JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE SETEMBRO DE 2019

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXIV Nº 350 | SETEMBRO DE 2019 | Publicidade

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Rendimento das famílias cresce mil euros no concelho W pág. 2/3

As pedreiras da ira

Foto: Lena Svensson/Pixabay

Reguengo do Fetal revoltado contra novas explorações

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Grupo Aves da Batalha faz ‘hostéis’ para corujas

Há meio milhão de euros para apoiar projetos nas aldeias

Fibra ótica vai cobrir 75% da área do município Publicidade

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Jornal da Batalha

Atualidade

População do Reguengo contra novas pedreiras na freguesia s registo

m Os moradores e a câmara querem que a Direção Geral de Energia e Geologia não licencie uma exploração na Barrosinha. Como os terrenos em causa são baldios, a solução pode passar pela não cedência dos terrenos pela junta de freguesia e assembleia de compartes O pedido de licenciamento de uma exploração de pedra com mais de 12,1 hectares, que se encontra em fase de consulta pública de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) fez explodir a ira dos moradores contra novas explorações na freguesia do Reguengo do Fetal. A população e a câmara municipal estão contra a aprovação de novas pedreiras, nomeadamente a da Barrosinha, a que fez despoletar a polémica. A proposta de investimento, apresentada por uma empresa de Alcobaça, encontra-se em consulta pública até 7 de outubro, no âmbito do “Procedimento de AIA do projeto de execução da pedreira de calcário ornamental da denominada pedreira da Barrosinha”. A Comissão Especial de Defesa do Reguengo do Fetal, criada na sequência de uma assembleia de populares, realizada no dia 7 deste mês, revelou que o seu “objetivo imediato é a oposição à instalação da pedreira da Barrosinha, bem como a outros pedidos de exploração que se encontram em avaliação”. No encontro, promovido na Casa do Povo do Reguen-

Estudo diz que é viável

p Reunião de criação da Comissão Especial de Defesa do Reguengo do Fetal go do Fetal, “foi aprovada por unanimidade a apresentação de uma moção à assembleia de freguesia”. O objetivo é que o órgão “esclareça a sua posição relativamente aos pedidos e processos de licenciamento em curso de diversas explorações, convidando-o ainda a rever as posições tomadas e a não emitir qualquer decisão final sem que seja ouvida a Associação de Compartes de Terrenos Baldios”. O presidente da junta de freguesia do Reguengo do Fetal, Horácio Sousa, garantiu que “a decisão será delegada na assembleia de freguesia e não haverá uma posição final antes de ser ouvida a assembleia de compartes dos terrenos baldios”. A assembleia de freguesia foi marcada para 19 deste mês (já depois do fecho desta edição, pelo que o Jornal da Batalha atualizará toda a informação na sua edição online). Na assembleia popular, que “contou com mais de 400 moradores da freguesia e lugares limítrofes, intervieram diversos especialistas no domínio técnico e jurídico, e foram prestados es-

clarecimentos à população relativamente aos impactos da instalação de pedreira, e explicados e comentados aspetos técnicos relativos aos seus efeitos no local”. A Câmara da Batalha, reunida a 2 deste mês, decidiu por unanimidade emitir parecer desfavorável ao projeto, situado próximo do Casal da Pedreira. A decisão do município “tem por base fundamentos técnicos que apontam para restrições culturais e arqueológicas, uma vez que o local está abrangido pela zona especial de proteção do painel turístico em azulejo da extinta companhia aérea Pan Am, cuja delimitação é sobreposta pela pretensão do promotor”. “De igual forma - esclarece a autarquia - a norte da localização proposta existem os sítios de interesse municipal das pedreiras históricas de Valinho do Rei e de Pidiogo, que possuem uma zona especial de proteção”. E ainda porque “foi verificada a importância da Pedreira do Caramulo, próxima das pedreiras históricas classificadas, que originaram a marcação do percurso

pedestre “Rota das Pedreiras Históricas Medievais”. A rota, com nove quilómetros, inclui três pedreiras na freguesia do Reguengo do Fetal, “das quais estudos científicos comprovam que foi retirado o calcário para as diferentes fases de execução do mosteiro, e também para a sua recuperação, após o terramoto de 1755”. Na sua apreciação, a câmara municipal destaca que “esta matéria encontra-se apenas em discussão pública e não existe qualquer decisão por parte da entidade competente, a Direção Geral de Energia e Geologia/ Ministério do Ambiente e Transição Energética” A autarquia decidiu ainda pedir uma “reunião urgente” ao secretário de Estado da Energia, João Galamba, para avaliar o pedido de licenciamento da pedreira da Barrosinha e analisar “demais pedidos pendentes”. Em simultâneo, “reclama a suspensão de licenciamentos de pesquisa e exploração de massas minerais até a conclusão dos trabalhos em curso de estudo e valorização das Pedreiras Históricas do Mosteiro da Batalha”.

A documentação disponível na Internet, nomeadamente o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), refere que “não é previsível que a implementação da pedreira venha induzir impactes ambientais negativos significativos ao ponto de inviabilizar o seu licenciamento”. “Os principais impactes negativos identificados terão, quase exclusivamente, incidência local e serão de caráter temporário, dado que na sua maioria se fazem sentir exclusivamente na fase da exploração”, refere o documento, destacando que os “impactes positivos refletem-se essencialmente na componente socioeconómica, significativa a escala regional e local, pela manutenção de emprego direto e indireto, contribuindo eficazmente para a economia nacional”. A vida útil da exploração rondará os 15 anos, a que acrescem dois relativos a trabalhos de recuperação ambiental, e empregará quatro trabalhadores. “O instrumento de gestão do território que poderá condicionar parte do projeto é o PDM”, já que o investimento apresentado pela empresa Mármores Vigário “enquadra-se no regime de uso do solo de espaços naturais tipo II inseridos em Rede Natura 2000, que proíbe novas explorações de massas em território fora das áreas concessionadas ou licenciadas”. Por outro lado, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), alertou, em 2016, aquando do “licenciamento de prospeção e pesquisa de massas minerais”, que a zona está classificada como Sítio de Importância Comunitária Serras de Aire e Candeeiros (SICSAC)” e “tem um declive muito acentuado, pelo que a abertura da exploração provocará um grande impacte paisagístico, nomeadamente na estrada que liga Fátima à Batalha”. No entanto, para os autores do EIA, o projeto pode ser viabilizado “uma vez que o local onde se pretende instalar já foi objeto de prospeção geológica autorizada pelo ICNF” e “por se verificar a sua compatibilidade com as determinações legais”. Na sua perspetiva, “a área de implementação da pedreira da Barrosinha não está factualmente em conflito com os instrumentos de gestão do território eficazes para a região em apreço”. A pedreira uma área de 121.570 m2 – 33.559 m2 afetos à exploração (38%) - e uma área de defesa de 15.979 m2. No início de agosto, a Junta de Freguesia do Reguengo, “detentora dos terrenos baldios” para onde se prevê a exploração, informou que “o contrato de arrendamento se encontra em análise pelo departamento jurídico e será efetuada a escritura pública no prazo de 365 dias”. Para a prospeção e pesquisa de rochas ornamentais, a junta de freguesia e a câmara municipal (conforme deliberação do executivo municipal em maio de 2016), cederam 169.390 m2 de terreno à empresa, por 1.500 euros e pelo período de um ano, apenas para realizar estes trabalhos, que decorreram conforme previsto.


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Atualidade Batalha

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DGEG quer licenciar pedreira no Casal do Gaio A Câmara da Batalha revelou que a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) manifestou a intenção de licenciar uma nova pedreira e aprovar três pedidos de pesquisa de rochas ornamentais na freguesia de Reguengo do Fetal, que se encontram suspensos por seis meses, até à conclusão dos processos relativos à delimitação da área de proteção das pedreiras históricas. O presidente da autarquia refere, num “esclarecimento” divulgado a 5 deste mês, que “um dos pedidos suspensos por iniciativa da autarquia se reporta à intenção de exploração efetiva – pedreira em Casal do Gaio/Marmo-

p A população quer preservar a qualidade ambiental da freguesia batalha”, com 19 mil metros quadrados. Este pedido “merece a maior preocupação da câmara, uma vez que não obstante a rejeição e embargos

municipais já realizados, trata-se de terrenos privados, alienados pelos respetivos proprietários para esse fim e já foi reportado pela DGEG a intenção de viabilizar a ex-

ploração”, explica Paulo Batista Santos. “Trata-se de uma situação que considero da maior gravidade e que por sobreposição da exploração compro-

mete o projeto de Valorização das Pedreiras Históricas do Mosteiro da Batalha (Valinho do Rei e Pidiogo), em fase final de estudo prévio/ projeto de execução da equipa técnico-científica coordenada pela Universidade de

Aveiro”. Portanto, à pedreira da Barrosinha “juntam-se mais alguns pedidos de licenciamento (pesquisa e exploração) em análise pela DGEG”, que foram “suspensos por período compaginável com a conclusão dos trabalhos em curso relativos ao Estudo e Valorização das Pedreiras Históricas do Mosteiro da Batalha”. No caso das pesquisas, referem-se aos lugares de Caramulo, Selada e Sobreirinha, todos da freguesia de Reguengo do Fetal – a decisão da DGEG foi suspensa por meio ano, mas já passaram alguns meses sobre esta medida.

Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha

“Não haverá qualquer exploração na Barrosinha” Sendo os terrenos baldios administrados pelas autarquias, por que não impedem a instalação de pedreiras não assinando contratos com as empresas interessadas? O baldio do Reguengo do Fetal é administrado pela junta de freguesia e pela assembleia de compartes, intervindo a câmara municipal apenas quando solicitada e porque existem inscrições antigas de terrenos na esfera municipal. No caso concreto da Barrosinha posso confirmar que não haverá qualquer exploração de nova pedreira, porquanto a área proposta sobrepõe-se com áreas de proteção, infraestruturas e projetos de valorização turístico-patrimonial de administração municipal. Desta forma, não haverá qualquer hipótese de acordo para a exploração de pedreiras naquele local. Por que razão a câmara municipal dá parecer favorável a

pesquisas e depois é contra o licenciamento das explorações? Não há aqui uma contradição? Não há qualquer contradição entre os pareceres positivo relativo à licença de pesquisa e desfavorável quanto à licença de exploração [cuja aprovação é competência da DGEG], apenas a constatação que alguns destes trabalhos de pesquisa poderão ser úteis aos projetos municipais. Naquele local e zona envolvente, realizaram-se nos últimos cinco anos cerca de meia dúzia de pesquisas, essenciais para o conhecimento do património geológico em geral e fundamentais para o processo em curso de ampliação da Zona Especial de Proteção dos Sítios de Interesse Municipal das Pedreiras Históricas de Valinho do Rei e Pidiogo.

avanço das pedreiras na freguesia do Reguengo do Fetal? O alargamento e aprovação das zonas de proteção (pedreiras históricas e painel da Pan Am) são processos que ajudam no objetivo de preservação ambiental e valorização daquela zona que já se encontra bastante fustigada com explorações de inertes e manifestamente regista um enorme potencial arqueológico. No entanto, o Município da Batalha tem alguns argumentos e atribuições específicas, nomeadamente nos terrenos do baldio que irão condicionar fortemente qualquer intenção de exploração. Nos terrenos privados, como seja na zona da Torre/ Casal Gaio, não excluí a possibilidade de uma ação judicial cautelar ou de encetar processo de expropriação por interesse público.

O alargamento e aprovação das zonas de proteção é a única forma de impedir o

Em que circunstâncias e em que locais é possível licenciar novas explorações de pedra

no concelho? Por nossa iniciativa e na sequência de ação municipal junto da DGEG, todos os processos de novas pedreiras na região do Reguengo do Fetal foram suspensos pelo período de seis meses a um ano, porquanto estão em curso trabalhos científicos para preservação arqueológica, ordenamento e valorização ambiental das pedreiras históricas e percursos pedestres. Estou certo que o trabalho que estamos a realizar, naturalmente em diálogo com as comunidades locais e os possíveis promotores, irá definir um novo ordenamento para o sector da pedra na Batalha, orientado por critérios de sustentabilidade ambiental e de valor acrescentado para o concelho, o que, na nossa perspetiva, não sucede com os novos pedidos de licenciamento que se encontram atualmente em análise na entidade licenciadora (DGEG).

s registo

Deputados alertados O presidente da Câmara da Batalha alertou os cabeça de lista às próximas eleições legislativas, pelo círculo de Leiria, para “os riscos de novas pedreiras no Reguengo do Fetal”, em áreas “ambientalmente sensíveis e sítios de elevado interesse arqueológico, cultural e turístico”. Numa carta enviada a 6 deste mês aos candidatos a deputados à Assembleia da República, Paulo Batista Santos demonstra “as preocupações locais relativas aos pedidos de novas explorações”, que nalguns casos colidem com a preservação das pedreiras históricas do Mosteiro da Batalha, classificadas de interesse municipal. “Os candidatos a deputados por Leiria, todos sem exceção, têm nos seus programas objetivos de proteção ambiental e valorização do património, pelo que esta questão que nos mobiliza, estou certo, irá merecer um forte apoio político daqueles que desejam representar a nossa região”, afirma o autarca na exposição. A propósito da consulta pública de avaliação de impacte ambiental da “Pedreira Barrosinha” e outros pedidos de exploração, que “se encontram em fase final de licenciamento” pela DGEG, Paulo Batista Santos salienta que “tiveram a rejeição e parecer desfavorável por parte da Câmara da Batalha, por motivos de defesa ambiental e patrimonial”. “Estes projetos conhecem igualmente uma forte oposição por parte da população local”, destaca o presidente do município, alertando também os candidatos a deputados para “o facto da zona em questão, junto ao traçado do IC 9/EN 356 (Batalha – Fátima), já se encontrar bastante fustigada com explorações de inertes, algumas das quais representam hoje um forte passivo ambiental, cuja recuperação tarda em conhecer uma solução por parte das entidades competentes e proprietários das explorações desativadas”.


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Espaço Público s A Opinião de André Loureiro Presidente do PSD da Batalha

Os “Pardais” Henriques que prosperam na luta popular Com a falta de interesse generalizado em discutir as questões estruturais que verdadeiramente afetam os cidadãos, num tempo em que a informação rigorosa é confundida com “posts” nas redes sociais e algumas “bocas” no café, o negócio da luta vendido pelos “Pardais” Henriques do nosso país, e até na nossa terra, tem tudo para prosperar. Todos temos presente a saga do conhecido dr. Pardal Henriques, o mediático jurista e líder sindical dos motoristas de matérias perigosas, que por duas ocasiões praticamente parou o país, forçou medidas extraordinárias do Estado, uma situação quase de guerra civil, sem paralelo desde os tempos do PREC, inclusive pela sua ação foram mobilizadas as forças

armadas, com custos para a economia e despesa pública que alguns economistas estimam em mais de 500 milhões de euros, para além dos prejuízos na vida da generalidade dos cidadãos. Tudo isto, como hoje todos sabemos, apenas mobilizado por um punhado de agitadores sociais liderados pelo dr. Pardal Henriques, que afinal está a ser investigado por burla, constituiu um sindicato ilegal e, pasme-se, surge como candidato a deputado nas listas do Partido Democrático Republicano (PDR), liderado por Marinho e Pinto. Ou seja, neste caso, como infelizmente em alguns outros, valeu tudo para dar visibilidade pública a um alegado “burlão” que a coberto da luta sindical e da defesa do povo, nada mais pretendia

do que um lugar no Parlamento português. E mais grave ainda, este agitador da política nacional, segundo algumas sondagens, regista algumas hipóteses de poder vir a ser eleito, e assim dar sequência os trabalhos mais ou menos legais que desenvolve a pretexto da luta sindical, naturalmente pago pelo Estado e com imunidade parlamentar o que certamente permitirá continuar as suas atividades burlescas. Ora, este episódio do porta-voz do sindicado dos motoristas não teria tanta relevância, não fosse a evidência que este tipo de fenómenos tendem a repetir-se no país e também nos meios locais, onde com alguma regularidade vão surgindo agitadores locais que normalmente recorrem a

técnica do “Papão” ou do “Velho do Saco”. Figuras bem conhecidas das nossas crianças quando por alguma razão estão a esquivar-se de comer a sopa ou cumprir com os deveres escolares. “Se não comes a sopa, vem aí o Papão!”; “Se não fazes o trabalho da escola, chamo o Velho do Saco!”. Assim se enganam as pobres criancinhas, mas elas lá comem a sopa ou fazem os deveres da escola, e todos ficam contentes. Embora, talvez fosse preferível explicar aos menores a importância de uma refeição equilibrada e motivar o interesse ao estudo através de jogos e ações pedagógicas que mais tarde podem ajudar à disciplina e conhecimentos da criança. Este exemplo infantil re-

pete-se na rua e nos lugares da nossa sociedade, naturalmente com outra sofisticação, mas na génese a questão é a mesma. Agitam-se bandeiras e anunciam-se perigos para o povo – vem aí o “Papão”! Mobilizam-se meios e animam-se as redes sociais, criticam-se tudo e todos, para a seguir surgirem os nossos “Pardais” Henriques, como autênticos salvadores da pátria e verdadeiros especialistas em qualquer tema que preocupe os cidadãos. Mais tarde, honrando o seu inspirador, serão também candidatos a qualquer coisa pública que os ajude a manter o status de líderes da luta popular. Problemas resolvidos, nenhum! Por fim, alerto que seria abusiva qualquer comparação com factos atuais que

se passaram ou venham à acontecer na nossa terra, todavia a demagogia e o populismo são temas que nos devem fazer pensar a todos sobre o futuro que desejamos para a nossa sociedade.

s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Portugal a 20 anos de completar 9 séculos Podemos considerar a fundação de Portugal como nação independente entre 1139, ano em que D. Afonso Henriques, vencedor dos Mouros na batalha de Ourique, se proclama Rei, e 1143 em que seu primo Afonso VII de Leão e seu suserano o reconhece como tal na Conferência de Samora (Zamora), confirmando, portanto, a independência de Portugal, o que quer dizer que estamos a vinte anos da efeméride. Simultaneamente em 2040 passam 400 anos da recuperação da independência que em 1580, num grave momento da História Pátria, havíamos perdido.

Se não vivêssemos hoje, no que diz respeito à Pátria e à respectiva liberdade, que é a liberdade de todos nós, em acentuada confusão habilmente explorada pelos gatos pingados das nações, podíamos desde já ir pensando em comemorações de extraordinária grandeza e relevante significado, que não se limitariam a festejar mas a analisar, a estudar e a debater profundamente o significado das acções que, há séculos deram azo a esta velha de nove séculos independência nacional, sobretudo nestes tempos em que surgem novos Filipes da Macedónia com os seus machos carregados de tentadora prata.

O Povo Português tem de rever os seus valores e de revisitar a memória dos seus antepassados que tornaram este nosso País livre, que deram mundos ao Mundo, que nos dotaram dum pensamento original e duma cultura capaz de produzir vultos universais como Camões, Fernando Pessoa e muitos outros. Portugal inteiro devia mobilizar-se para isto, aproveitando a oportunidade para se reinventar e reinventar-se como país definitivamente livre e de novo capaz de dar surpreendentes contributos à Humanidade. A imagem que ilustra este breve apontamento trans-

crevi-a, com a devida vénia, do 2º volume da “História de Portugal”, publicação notável dirigida pelo Historiador Prof. Doutor José Mattoso. Reproduz, conforme o texto que a acompanha, “o brasão de D. Afonso Henriques, segundo uma pintura anónima do século XVIII (Lisboa, Academia das Ciências). Pormenor de um quadro representando a genealogia dos reis de Portugal. Esta representação iconográfica do brasão antigos dos reis de Portugal, embora tardia, reproduz certamente, uma forma autêntica, pois assemelha-se aos sinais de Sancho I desenhados num documento de 1189 (…)”.


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Espaço Público Opinião

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s A Opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

A importância das IPSS e associações e do voluntariado As IPSS (instituições particulares de solidariedade social) e as associações de bombeiros, de cultura, desporto e recreio, têm vindo a assumir um papel cada vez mais importante nas sociedades modernas, tanto maior quanto maior é a incapacidade das entidades públicas para fazerem bem o seu trabalho, em prol das comunidades em geral, e das mais fragilizadas em particular. Estas entidades, geridas por voluntários, por gente que veste a camisola e que dedica uma boa parte do seu tempo a causas comuns à comunidade, contribuindo decisivamente para a melhoria da qualidade de vida e para o bem-estar social de qualquer sociedade em geral e da nossa em particular. Gente esta tantas vezes incompreendida

e mal tratada, mas que com espírito de bem-fazer continua a trabalhar afincadamente em prol dos outros a troco de nada de material, mas procurando apenas o conforto interior da ajuda ao próximo e da consciência tranquila. Isto acontece no nosso concelho com muitas dezenas de pessoas, ou até centenas, nas diversas IPSS e associações existentes e com muitas dezenas de milhar, ou até centenas, pelo país fora. Ora o que estes voluntários precisam é de espírito aberto, de total colaboração e disponibilidade permanente de quem está à frente das instituições do poder local e do central para que possam desenvolver bem e com menor sacrifício o seu voluntariado. Para todos os efeitos e em bom rigor qualquer voluntário presta

um serviço à comunidade e um grande favor às entidades públicas, uma vez que lhes está a retirar de cima dos ombros trabalhos muito significativos a troco de nada. No mínimo deveriam merecer o agradecimento dos representantes destas entidades. Mas o que é que recebem com demasiada frequência? Para falar em linguagem popular, direi que recebem “grandes parelhas de coices”. Ora por inveja do bom trabalho, ora porque quem gere o dinheiro sou eu, logo, eu é que mando, ora porque para mostrar quem manda, arranjo mais uns passos burocráticos, etc, etc. Tudo o que o voluntariado não precisa. Até porque este tipo de atuações fazem com que seja cada vez mais difícil arranjar gente competente e com motivação para tra-

balhar em prol dos outros a troco de nada. Quando os voluntários dirigentes de uma qualquer associação/IPSS têm que perder tempo a mendigar o dinheiro que lhe é devido para poderem ter a associação a funcionar em condições, na prestação de serviços à comunidade, algo vai mal no “reino”. Direi que vai muito mal. Quando o voluntário tem que encontrar soluções alternativas porque não são disponibilizadas a tempo e horas as condições para desenvolver o seu voluntariado, algo vai mal no “reino”. Os dirigentes dos diversos poderes não são donos das instituições. Estão lá por nomeação ou eleição, para estarem ao serviço das pessoas e nunca para complicarem a vida às pessoas, no caso concreto aos volun-

tários e aos cidadãos que usufruem dos serviços das associações. Nunca devendo esquecer que se não forem os voluntários, os serviços dos bombeiros, dos lares, do apoio domiciliário, do desporto e muitos outros, não teriam a qualidade que têm, e muitos deles não existiriam, com enormes prejuízos para as populações. O mínimo que obrigatoriamente têm e devem fazer é facilitar a vida a quem trabalha de borla para os outros. Isto não se deve pedir, isto é uma obrigação de qualquer dirigente, seja ele nomeado ou eleito. Por vezes fica-se com a sensação que existe gente que não se importava que estas instituições funcionassem mal, desde que os seus dirigentes não chateassem. Espero estar enganado, porque de outra forma

a situação seria bem pior e a população merece o melhor. Deixo aqui um grande abraço de agradecimento a todos os que praticam o voluntariado, pela ajuda insubstituível que dão aos cidadãos em geral, mormente aos mais desprotegidos e necessitados.

s A Opinião de Augusto Neves Jurista e presidente da Concelhia da Batalha do PS

As eleições de 6 de outubro enquanto verdadeiro ato de cidadania No próximo dia 6 de outubro terão lugar as eleições legislativas que levarão a eleição de novos deputados pelos vários círculos eleitorais e à formação de um novo governo, para os próximos quatro anos. É um momento de exercício de cidadania puro, daqueles que temos de considerar imperdíveis. É o momento em que a voz do povo se materializa na escolha daqueles que queremos para gerir os destinos do nosso país. Já se vê que é um poder enorme. Não o desperdicemos. A campanha eleitoral está aí. É o momento decisivo para que os partidos digam o que pretendem para o futuro do país por um lado e que prestem contas da governação os que governaram e da oposição construtiva que fizeram os outros.

Pelo curso que está a levar ou muito nos enganamos ou andará muito à volta disto: a direita a ver se consegue passar sem implodir, por outro lado, e os partidos à esquerda do PS a lutar para que este não tenha maioria absoluta. Todos sentimos na pele a política de empobrecimento do país levada a cabo pelo Governo do PSD/CDS, atacando sobretudo os vencimentos e as pensões dos mais pobres até à classe média e os serviços públicos. Aqueles dois partidos acreditavam e ainda não disseram que tinham mudado de ideias que essa política de empobrecimento e de emigração forçada dos nossos quadros levaria a uma espécie de rejuvenescimento da economia com empresa à prova de crise e cidadãos habituados a não terem rendimento disponí-

vel. Tudo que saísse desta matriz levaria o pais à banca rota. Vinha aí o Diabo. E então com a geringonça seria o caos político no país. O partido socialista formou governo depois de ter cumprido com o PCP, os Verdes e o Bloco a suprema exigência de Cavaco Silva ao exigir documentos assinados dos compromissos a que aqueles haviam chegado. O PS no Governo desfez todos os mitos da direita. O Diabo não veio, houve reposição de rendimentos do trabalho e das pensões, a economia ganhou confiança e o país cresce acima da média da zona euro sendo que a OCDE considera que Portugal tem o rendimento disponível mais alto do conjunto de países. Manteve as contas certas. O Deficit está ao nível mais baixo de sempre, a dívida pública continua a descer e

com isso o país consegue colocar divida a juros negativos. Todos nos lembramos do ênfase que se dava à Alemanha quando se dizia que os investidores ainda apagavam para comprar divida da Alemã. Pois bem o impossível aconteceu: Portugal atingiu um nível de credibilidade internacional que lhe permite financiar-se às taxas mais baixas de sempre, e em igualdade de circunstâncias com as economias mais fortes da zona euro. O Governo do Partido Socialista estabeleceu um conjunto de prioridades: maior igualdade, com o aumento anual das pensões e de abono de família e a criação da proteção social para a inclusão; atribuição automática da tarifa social da eletricidade que abrange 800 mil famílias contra as 100 mil anteriormente;

mais crescimento (nos últimos três anos consecutivos Portugal cresceu acima da média da união europeia, a economia recuperou confiança e foram criados 350 mil novos postos de trabalho dos quais 92% com contrato sem termo, o desemprego está a níveis mínimos deste século). Houve o fim da sobretaxa no IRS, a redução no IVA da restauração, a distribuição gratuita de manuais escolares, o descongelamento das carreiras e a reposição das 35 horas na função pública, e muitas outras medidas que este texto não permite elencar. É por tudo isto que o PS merece a confiança dos portugueses e com essa confiança merece também ganhar as eleições legislativas com maioria qualificada.


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Concelho pode candidatar-se a meio milhão para projetos rurais mA iniciativa “Renovação de aldeias” tem como objetivo preservar, conservar e valorizar os elementos patrimoniais locais, paisagísticos e ambientais, bem como o património imaterial de natureza cultural e social A Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura (ADAE) tem abertas até 30 deste mês as candidaturas ao programa “ADAE Rural 2020”, de apoio a projetos de investimento relativos à “Diversificação de atividades na exploração agrícola” e “Renovação de aldeias”, que têm uma dotação global de investimento público de 452 mil euros. No caso da da iniciativa “Renovação de aldeias”, as “candidaturas devem prosseguir o objetivo de preservar, conservar e valorizar os elementos patrimoniais locais, paisagísticos e ambientais, bem como dos elementos que constituem o património imaterial de natureza cultural e social dos territórios”, segundo o texto do concurso. “A tipologia de intervenção a apoiar respeita a investimentos em recuperação e beneficiação do património local, paisagístico e

ambiental de interesse coletivo e seu apetrechamento, sinalética de itinerários paisagísticos, ambientais e agroturísticos e elaboração e divulgação de material documental relativo ao património alvo de intervenção, incluindo ações de sensibilização, produção e edição de publicações ou registos videográficos e fonográficos com conteúdos relativos ao património imaterial”. O apoio abrange ainda “outros investimentos relativos ao património imaterial, nomeadamente aquisição de trajes, estudos de inventariação do património rural, bem como do “saber-fazer” antigo dos artesãos, das artes tradicionais, da literatura oral e de levantamento de expressões culturais tradicionais, imateriais, individuais e coletivas”. O custo total elegível tem de variar entre cinco mil e 200 mil euros, sendo a dotação orçamental de 352.560 euros (despesa pública). No caso do concelho, são abrangidas as freguesias da Batalha, Reguengo do Fetal, São Mamede e Golpilheira. No que respeita “À diversificação de atividades na exploração agrícola”, que abrange a mesma área, “as candidaturas devem estimular o desenvolvimento de atividades que não sejam de produção, transformação ou comercialização

p Os programas visam salvaguardar a riqueza do mundo rural de determinados produtos agrícolas, criando novas fontes de rendimento e de emprego e contribuir diretamente para a manutenção ou melhoria do rendimento do agregado familiar, a fixação da população, a ocupa-

ção do território e o reforço da economia rural. A intervenção a apoiar - a dotação total é de cem mil euros de despesa pública tem de respeitar a investimentos em atividades económicas não agrícolas nas

explorações agrícolas cujo custo total elegível varie entre 10 mil e 200 mil euros. As atividades económicas elegíveis são as seguintes: unidades de alojamento turístico nas tipologias de turismo de habitação, turismo

no espaço rural nos grupos de agroturismo ou casas de campo, alojamento local, parques de campismo e caravanismo e de turismo da natureza nas tipologias, serviços de recreação e lazer, entre outros.

Turismo do Centro bate recordes O mês de junho foi positivo para a atividade turística no Centro de Portugal. Os números do INE – Instituto Nacional de Estatística, conhecidos a 14 de agosto, mostram que este foi o melhor mês de junho de sempre no Centro de Portugal e que a procura da região cresceu muito acima da média nacional. No total de dormidas, o

mês de junho de 2019, em comparação com o mesmo mês de 2018, registou um aumento percentual de 11,4% no Centro de Portugal: tinham sido 610.021 em junho de 2018 e foram 679.658 no mesmo mês de 2019. Ou seja, verificaram-se mais 69.637 dormidas. Este aumento de 11,4% foi mais do dobro da média nacional, que se cifrou nos 5,6%.

A subida foi mais marcante entre os visitantes nacionais, cujas dormidas cresceram 14,8%, para 363.350 – o que indica que esta região continua a ser uma das preferidas dos portugueses para passar férias ou para uns dias de descanso. As dormidas com origem no estrangeiro tiveram também um aumento significativo de 7,8%, para 316.308.

No indicador do número de hóspedes, o Centro de Portugal cresceu também na ordem dos dois dígitos: 13,1%. Em junho de 2018 tinham sido contabilizados 353.732 hóspedes na região; em junho de 2019 foram 400.087. O indicador dos proveitos da atividade hoteleira merece também destaque. Estes subiram de 28,9 mi-

lhões para 33,1 milhões de euros (mais 14,6%) entre junho de 2018 e junho de 2019. São mais 4,2 milhões de euros que as unidades hoteleiras do Centro de Portugal ganharam no sexto mês do ano. Se consideramos o conjunto acumulado do primeiro semestre de 2019, de janeiro a junho, os números do Centro de Portugal são

também positivos. Assim, entre janeiro e junho, as dormidas aumentaram 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com as dormidas dos nacionais a subirem 7,5% e as dos estrangeiros a crescerem 4,8%. O número de hóspedes progrediu 7,3% e os proveitos melhoraram 8,5%.


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Câmara reserva um milhão para apoiar freguesias m O “Regulamento Municipal de Apoio às Freguesias” prevê apoios a atividades regulares, à infraestruturação, beneficiação e modernização, e pontuais para atividades diversas

A Câmara da Batalha lançou um novo projeto municipal de apoio às freguesias, através da aprovação de um “Regulamento Municipal de Apoio às Freguesias”, que prevê apoios a atividades regulares, à infraestruturação, beneficiação e modernização, e pontuais para atividades diversas. A proposta de regulamento, revelada a 3 deste

mês, enquadrada os apoios financeiro a obras de conservação e beneficiação de instalações, técnico à elaboração de projetos para conservação, beneficiação, construção e reconstrução das instalações, a cedência de prédios ou frações para instalação das suas sedes ou outras atividades, e o apoio financeiro para aquisição de viaturas para transporte e equipamentos diversos. “Os apoios logísticos previstos são, nomeadamente, a cedência de tendas e mobiliário diverso, de materiais perecíveis, equipamentos móveis, maquinaria, apoio em mão de obra e prevê-se a possibilidade de apoio técnico e administrativo”, explica a autarquia em comunicado. A estimativa orçamental para este projeto, a considerar na elaboração do próximo orçamento municipal,

p A Golpilheira é uma das quatro freguesias que compõem o concelho ascende a um milhão de euros, valor que poderá variar em função das candidaturas apresentadas pelas quatro freguesias do município. “As freguesias são um parceiro de excelência e têm uma especial relação de proximidade que lhes con-

fere uma posição privilegiada na missão de apoios os munícipes. É inegável que, a par dessa posição privilegiada, algumas freguesias dispõem de meios bastante escassos, que muito dificultam o desenvolvimento das atividades imprescindíveis

ao cumprimento de tal missão”, considera o presidente do município. “Considero que processo de descentralização de competências nas freguesias é um caminho virtuoso e gradual, em função das necessidades e da decisão

dos competentes órgãos autárquicos, todavia não esgota os limites das parcerias que em benefício das populações devem ser realizadas entre a câmara municipal e as respetivas freguesias”, acrescenta Paulo Batista Santos.

Novo pároco da Batalha e do Reguengo tomou posse O padre Armindo Ferreira tomou posse no dia 14 deste mês como pároco do Reguengo do Fetal e Batalha, comunidades que o receberam “de braços abertos, com grande alegria e assembleias numerosas, celebrações bem cuidadas e gestos de bom acolhimento”, segundo relato da diocese. O padre Armindo sucede aos padres Clemente Dotti (Reguengo do Fetal) e José Ferreira Gonçalves (Batalha). O mesmo pároco para as duas paróquias é uma situação nova. A primeira celebração realizou-se na igreja paroquial do Reguengo do Fetal e teve a participação de residentes no lar do Centro Social Paroquial. A segunda contou com a colaboração de um grupo de acólitos e de um coro ju-

venil e decorreu no mosteiro da Batalha. Nesta celebração participou também o padre Juvenal, líder da comunidade ortodoxa Batalha. Em ambas as paróquias houve a saudação ao padre por um representante da paróquia. Na Batalha, Luís Ferraz apresentou “a igreja viva”, traçando as necessidades e expectativas dos fiéis das diferentes idades e condições. O padre Armindo agradeceu o acolhimento recebido em ambas as paróquias e apelou a que cada um “trabalhe acima de tudo para anunciar o evangelho do amor de Deus a todos, prometendo dar o melhor de si para fazer o possível, já que o impossível só Deus o pode fazer”, refere a a Diocese de Leiria-Fátima. Na Batalha, porque se cele-

p O padre Armindo agradeceu o acolhimento dos paroquianos brava a festa da Exaltação da Santa Cruz e o 507º aniversário da criação da freguesia, a junta ofereceu aos presentes um lanche e música. Inter-

veio também um coro da comunidade ucraniana presente na região. O padre Armindo Ferreira estava há 10 anos na Marinha

Grande e passou por paróquias como Leiria, Pataias e Nossa Senhora das Misericórdias (Ourém). O padre José Gonçalves tinha sido no-

meado para a paróquia da Batalha a 25 de dezembro de 1980, há mais de 38 anos. O padre Clemente Dotti aposentou-se.


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Fibra ótica vai cobrir 75% do concelho e interligar edifícios da autarquia m O operador compromete-se a desenvolver a rede de fibra ótica no concelho nos próximos 22 meses e a permitir a partilha de recursos e acesso aos 32 quilómetros rede de condutas O Município da Batalha subscreve no dia 19 deste mês protocolos de cooperação com os operadores para a expansão da rede de fibra ótica no concelho de Batalha, de forma a alcançar uma taxa de disponibilidade superior a 75% do número de fogos e assegurar a utilização das condutas de comunicação, “o que permitirá a interligação em fibra ótica dos edifícios municipais de

uma forma mais eficiente e com menores custos”. “O investimento em redes de comunicação de nova geração e a oferta de serviços baseados em redes de banda larga são cruciais para o desenvolvimento da economia local e para o aumento da competitividade do território, constituindo os acordos com a Altice Portugal/ MEO, um estímulo ao investimento na expansão da rede de fibra ótica no concelho”, refere a autarquia em comunicado. O operador compromete-se a desenvolver a rede de fibra ótica no concelho nos próximos 22 meses, devendo garantir uma taxa de cobertura superior a 75% do número de fogos, permitindo simultaneamente a partilha de recursos e acesso aos 32

p A rede de fibra ótica interligará os edifícios municipais quilómetros rede de condutas instalada no município. Os operadores apenas devem facultar o acesso a condutas integradas na ORAC (Oferta de Referência de

Acesso a Condutas, regulada pela ANACOM) a outros congéneres de comunicações eletrónicas. Por acordo entre as partes, “entende-se que o interesse público sub-

jacente aos projetos de interligação em fibra ótica dos edifícios municipais justifica plenamente, ainda que com caráter excecional, que o município utiize a rede de

condutas”. “Este passo de otimização e expansão da rede de fibra ótica no concelho é um importante contributo ao nível da melhoria dos serviços de comunicações, televisão e acesso à Internet disponibilizado às famílias e empresas, com ganhos no muito curto prazo em alguns lugares das freguesias de Reguengo do Fetal e São Mamede, onde a oferta destes serviços é insuficiente”, refere o presidente da câmara municipal. “Outro ganho deste acordo é o objetivo de evitar a duplicação de infraestruturas no município e reduzir o volume de intervenções no subsolo mediante o recurso e partilha das condutas existentes”, adianta Paulo Batista dos Santos.

Academia Sénior envolve 350 utentes

p Tem ao dispor atividades como ginástica, inglês e informática O auditório municipal foi palco no dia 11 da apresentação do próximo ano letivo da Academia Sénior da Batalha e do programa Mova Sénior. Mais de 350 alunos estarão envolvidos em atividades como a ginástica geriátrica, hidrogeriatria, teatro, inglês, informática, artes plásticas e dança.

“A Academia Sénior da Batalha é hoje uma resposta de manifesta importância, junto da população sénior de todo o concelho, que dinamiza e promove o convívio e a educação não formal”, refere o município. A Academia Sénior da Batalha pretende ser uma resposta social e cultural, que

visa criar, dinamizar e organizar regularmente atividades culturais, de educação não formal, recreativas e de convívio. Destina-se a toda a população sénior do concelho, preferencialmente para maiores de 55 anos, não exigindo qualquer grau de escolaridade dos participantes.


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Creches atingem apenas uma taxa de cobertura de 40% das necessidades Foto: Omar Medina Films/Pixabay

m O programa “Crescer Mais” visa “assegurar a gratuitidade sem obrigatoriedade de frequência dos estabelecimentos de infância das redes privada e solidária O programa municipal de educação e desenvolvimento da primeira infância “Crescer Mais”, que deverá entrar em execução ainda este mês ou em outubro, inclui um diagnóstico à rede instalada que identificou “fortes carências na resposta de creche no concelho, com particular significado na freguesia da Batalha”. A taxa de cobertura não deverá exceder os 40% das necessidades e as respostas nesta valência dos sectores social e privado “caracteri-

p A capacidade instalada em creche situa-se nas 230 crianças za-se globalmente pela prática de comparticipações familiares acima da média nacional - valores cobrados em função da situação socioeconómica do agregado familiar”.

A rede pública tem oferta parcial de educação pré-escolar, sendo que a nível de creches a oferta é exclusivamente do foro privado. Tanto a nível de jardim de infância, como de creches, as IPSS

beneficiam de copagamentos efetuados pelo Estado. As creches e jardins-de-infância de foro integralmente privado são pagas pelos utentes. Os jardins-de-infância apresentam uma variedade

considerável em termos de tutela, gestão, financiamento e abordagem pedagógica. A nível oficial, a responsabilidade é partilhada pelos Ministérios da Educação e do Trabalho e Solidariedade, explica o documento que sustenta o programa. A capacidade instalada em creche no concelho da Batalha situa-se nas 230 crianças. O “Crescer Mais” visa “assegurar a gratuitidade sem obrigatoriedade de frequência dos estabelecimentos de infância das redes privada e solidária (não inclui alimentação, transportes, complementos horários ou outros serviços). Note-se que apenas 6,5% das crianças beneficiam de apoio gratuito na valência de creche. O programa prevê o pagamento de um IAS (em 2019 de 435,76 euros) a todas as grávidas num pagamento único

no último mês de gravidez com o objetivo de facilitar os investimentos referentes à chegada de um novo membro, instalação/construção de um novo equipamento social destinado a creche, de natureza municipal, através da aplicação de recursos de parte do Fundo Social Municipal, preferencialmente junto a zona empresarial, a criação de uma linha apoio financeiro até 125 mil euros anuais sempre que entidades sociais ou privadas, de forma individual ou em associação, se proponham a investir na abertura de uma Creche/Jardim de infância. “A aplicação destas medidas fará que em quatro anos estejam a frequentar creche e 350 crianças, o que quase duplicará os números atuais. Estima-se ainda a necessidade de abertura de mais 6 salas”, estima o município.

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Opinião s Crónicas do passado Francisco Oliveira Simões

Uma escola na Escócia Há umas semanas falaram-me de um anúncio de emprego para trabalhar na Escócia. Tratava-se de uma proposta para exercer as funções de professor de História, integrado numa escola onde poderia ganhar novas competências e crescer intelectualmente, caso conseguisse sobreviver às adversidades. Não dispunha de muitas informações, referentes a esta vaga tão promissora, desta feita, pus pernas ao caminho. Depois do avião ter aterrado em Londres, segui para a estação de comboios de Kings Cross. Lá chegado, ninguém era capaz de me dizer onde ficava a minha linha. Até que vi gente a atravessar uma parede entre a linha 9 e 10. Parece estranho isto de esconder linhas atrás das paredes, mas deve ser uma prática comum em terras britânicas. Apanhei o comboio movido a carvão e imaculadamente preservado, realmente os ingleses sabem conservar bem o património, temos muito a aprender com eles.

As paisagens verdejantes a perder de vista eram mágicas. Serviram-me uma refeição deveras curiosa. Comi de tudo, só houve uns feijões que me pareceram um pouco indigestos, mas a cozinha inglesa não tem a maior das famas. Só alcancei o meu destino no alvor da noite. Arranjei um barco e remei até à tal escola colossal e assombrosa, não só na imponência, mas também a nível arquitetónico. Fui recebido por um senhor austero com uma gata assanhada. Encaminhou-me pelos corredores intermináveis e intrincados daquele castelo em estilo gótico, todo iluminado à luz das velas, devem andar a tentar poupar na eletricidade, bem os entendo. A escadaria com incontáveis lances movia-se de forma estranha, são daqueles mecanismos hidráulicos modernos. Portentosa tecnologia. Eu estava maravilhado, como é que nunca ouvira falar antes daquele portento histórico e patrimonial? A escola não tem as melhores condições, ouviam-se ruídos

terríveis nas canalizações. Fui deixado junto a uma sala com uma porta em madeira de carvalho, mesmo ao pé de outro Professor de cabelo louro e ricamente vestido, que também seria entrevistado. Ele meteu conversa comigo, talvez para saber se tinha uma concorrência à altura. - Também é candidato à vaga para professor? - Sim, de História. - Ah! Eu estou candidato à outra. Sabe eu tenho uma vasta experiência e livros publicados na área de especialização. Já deve ter visto a minha cara aí algures. - Por acaso, não. Entretanto fomos interrompidos pelo senhor carrancudo e a sua malfadada gata. Transponho a porta da sala e deparo-me com três académicos. Um decano de barba branca longa, um cavalheiro de cabelo preto comprido e uma senhora muito direita de tez sábia. O decano começa. - Seja muito bem-vindo à nossa escola, agradecemos por se ter deslocado até cá.

Historiador

Foi fácil dar com o castelo? - Foi muito fácil, não custou nada. Só tive de apanhar um avião, um comboio e um barco a remos, nada mais simples. - Folgamos em saber, mas se for contratado terá estadia permanente no local de trabalho. - Mesmo que não seja o mais seguro… - afirmava sombriamente o cavalheiro de negro – Pode-nos falar um pouco da sua experiência profissional? Contei todo o meu percurso académico e profissional, sem entender se lhes agradava ou não. - Parece muito interessante a sua trajetória – constatava a senhora. - Que varinha usa? – perguntava pragmaticamente o mesmo cavalheiro de negro. - Uma Moulinex. - Não conheço. Mas porque diabo queriam eles saber que varinha mágica usava? Até se metem nos meus cozinhados. Confesso que nunca tive uma entrevista tão intrusiva na vida. - Se gostar de desporto te-

mos um campo à sua disposição, até lhe facultamos uma vassoura – informava o decano de barba longa. - O meu desporto favorito é a memória – respondi atónito – não varro a poeira da História. - Vai precisar dela para combater o herdeiro de Salazar. A conversa era tudo menos normal. Parece que a História de Portugal nos persegue. - Passando agora para a remuneração. Estamos a falar de um montante na casa dos 500 galeões líquidos por mês, já com estadia e refeições incluídas. - Quanto é esse valor em euros? - Agora não tenho bem presente, mas está interessado? - Sim. - Tem de saber lidar com criaturas mitológicas e seres sobrenaturais, tem estômago para esse tipo de coisas? – perguntava o cavalheiro de negro – é que no ano passado morreu-nos um Professor e não queremos que se repita, já deve ter visto nas noticias.

- Estou muito habituado a lidar com os alunos difíceis, se é isso que quer dizer. Não li nada sobre isso, realmente não estamos seguros em lado nenhum hoje em dia. Se me é permitido perguntar, como é que morreu esse professor? - Foi possuído por um senhor, de quem não vou pronunciar o nome, e de seguida morto por um aluno. - Ah! - Se não tiver mais nenhuma questão, damos por encerrada a entrevista. Depois receberá uma coruja em casa com a nossa resposta, mesmo que não seja o escolhido. Ainda não recebi nenhuma coruja na varanda, só os pombos do costume, mas não me parece que queira assim tanto aquele emprego.

s Espaço do Museu

Crânio com 3,8 milhões de anos: a descoberta que faz repensar os antepassados humanos “Não consegui acreditar quando descobri o resto do crânio. Foi um momento-eureka e um sonho tornado realidade”, assim relembra o antropólogo Haile-Selassie Yohannes, do Museu de História Natural de Clevelan, de Ohio, nos EUA, quando reconheceu o significado do exemplar de crânio do ancestral do homem mais antigo até hoje encontrado. O crânio foi descoberto praticamente intacto e foi identificado como o antecessor mais antigo da espécie Australopithecus anamen-

sis (a espécie de hominídeo do género dos australopitecos mais antiga, que viveu entre os 4,2 e os 3,9 milhões de anos). A espécie anamensis, foi descoberta em 1994, mas só mais recentemente é que cientistas lhe associaram um rosto. Assim desvenda a revista Nature, em dois artigos publicados em agosto de 2019, desvendando o mais antigo dos australopitecos. Apelidado de MRD, o crânio foi descoberto em 2016, na região de Afar, na Etiópia, a 30 quilómetros do sítio

onde foi descoberto, em 1974, o famoso fóssil da Lucy (um Australopithecus afarensis com 3,2 milhões de anos). O MRD mostra que não há uma escalada linear de evolução até chegar ao homem moderno. Ele é, de acordo com revista Nature, “um ótimo complemento para o registo fóssil da evolução humana. A sua descoberta afetará substancialmente nosso pensamento sobre a origem do género Australopithecus, em particular, e sobre a árvore genealógica evolutiva dos primeiros hominídeos,

em geral.” Para determinar a idade do crânio recentemente descoberto, a equipa (antropólogos e historiadores) datou minerais das camadas de rochas vulcânicas próximas do sítio onde o fóssil foi encontrado. Chegou-se, assim, à conclusão de que o fóssil tem 3,8 milhões de anos, correspondendo à época do Pliocénico O mais revelador da nova descoberta é que as duas espécies - anamensis e afarensis - coexistiram durante, pelo menos, 100 mil anos.

Até esta conclusão, acreditava-se que o anamensis era o ancestral direto do afarensis, por sua vez o antepassado direto dos primeiros seres humanos do género Homo, que inclui todos os homens modernos. Os peritos creem, portanto, que mais de uma espécie de hominídeos conviveu nesse período e que acabaram por se distanciar, de acordo com a passagem do tempo, desenvolvendo as suas próprias características. Não temos – ainda -, no MCCB a réplica do fóssil des-

coberto, mas recordamos que todos podem conhecer mais de perto o afarensis, numa reprodução muito fiel ao que seria o crânio do primeiro pré-hominídeo descoberto. Fontes: www.nature.com, https://observador.pt, Público (Edição 10.720, 29/8/ 2019, pp. 24-25). Errata do último artigo publicado (onde se lê 379 anos, deve ler-se 634 anos). Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)


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Grupo Aves da Batalha instala ‘hostéis’ para corujas-das-torres

p A instalação obrigou a trabalho de equipa e durou duas horas

m Está prevista apenas a instalação de mais uma caixa-ninho, envolvendo a escola da Golpelheira. “A ideia é os alunos, pais e professores encontrarem um habitat favorável

O grupo Aves da Batalha está a desenvolver um projeto ambiental de preservação da coruja-das-torres, que consiste na colocação de caixas-ninho que facilitem a fixação e reprodução da ave. O primeiro foi colocado no dia 9 deste mês numa árvore na Golpilheira. Esta atividade contou com o apoio dos presidentes do Centro Recreativo da Rebolaria, Paulo Bagagem, e da Junta de Freguesia da Batalha, Rosa Abraúl.

“Não foi uma tarefa fácil, mas passadas quase duas horas conseguimos fixar a caixa ao carvalho, sempre com um enorme cuidado para não comprometer a saúde da árvore. Agora é esperar que durante o outono e inverno o novo ‘hostel’ da Rebolaria seja usado”, referiu João Tomás, membro do grupo Aves da Batalha, que “agradece a todos os que ajudaram na instalação”. Para já, está prevista apenas a instalação de mais uma caixa-ninho, envolvendo a escola da Golpilheira, no início de outubro. “A ideia é os alunos, pais e professores encontrarem um habitat favorável para a espécie nas imediações da Golpilheira. Nós avaliaremos o local e ajudaremos na instalação. Depois, juntos instalaremos a caixa, falaremos sobre a iniciativa e a sua importância para os interessados da comunidade escolar”, explicou João To-

más. No final da ação, poderá ser devolvida à natureza uma ave selvagem de um um centro de recuperação da região. Os Casais dos Ledos e o Casal de Santa Joana também poderão receber caixas-ninho, mas as datas ainda não estão definidas. O grupo de Aves da Batalha construiu cinco caixas-ninho, cuja instalação compete a igual número de membros do coletivo. Se houver interesse da população e das entidades locais, poderão ser construídas mais e instaladas por todo o concelho. “O modelo destas caixas-ninho é um dos muitos que existem, que já são utilizados há alguns anos em países do norte e centro da Europa, como por exemplo o Reino Unido. São específicos para corujas-das-torres”, explica João Tomás. Os custos (15 euros por caixa-ninho) são suportados pelos membros do gru-

s registo Espécie tem diminuído A iniciativa surgiu do facto das populações ibéricas de coruja-das-torres terem diminuído muito nas últimas décadas. Há vários fatores que têm contribuído para esta diminuição, como por exemplo o uso de raticidas e de pesticidas, que diminuem a disponibilidade alimentar e, de forma indireta, acabam por matá-las ao ingeriram ratos envenenados. Outra aspeto, é a alteração do uso dos solos, já que muitos dos campos agrícolas que havia passaram a ser floresta, habitat que não favorece a espécie. Por fim, outro fator de ameaça e a razão que levou o Grupo Aves da Batalha a esta iniciativa, é o desaparecimento de locais para a construção dos ninhos, como palheiros e casas abandonadas. Por isso, as caixas-ninho procuram aumentar a disponibilidade de locais onde a espécie possa nidificar. As corujas são muito importantes para o controlo para populações de ratos.

p O novo ‘hostel’ para corujas-das-torres na Golpilheira po, que, por ser uma iniciativa de cidadãos, e não uma associação, não tem apoios financeiros. “As atividades que temos realizado são a custo zero, tanto para quem organiza, como para quem

participa. O nosso objetivo principal é dar a conhecer o património natural do concelho aos batalhenses e aos interessados de fora do concelho, fazer alguma monitorização da fauna e

flora existente e abordar a questão da sustentabilidade ambiental. Afinal de contas, não se pode exigir a ninguém que proteja aquilo que não conhece”, explica o membro do grupo.


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“O voluntariado não é receita para uma depressão”

p Na sessão solene foi entregue a medalha de mérito municipal a várias personalidades

p O padre Lino Maia, presidente da CNISS

p O autarca defendeu a ética como prioridade política

m O voluntariado foi o tema central da sessão solene do Dia do Município da Batalha, um dos momentos mais significativos das festas concelhias, que este ano terão atraído mais de 60 mil pessoas e tiveram como cabeça de cartaz do programa de espetáculos o músico brasileiro Seu Jorge “O voluntariado não é receita para uma depressão ou para ocupar os tempos livres, é um exercício consciente e responsável

do direito e do dever de cidadania, de disponibilidade para dar e receber, de assumir responsabilidades e compromissos e de treinar capacidades”, considera o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNISS), padre Lino Maia. “O voluntário não é aquele que faz turismo, que anda a saltitar, a ver coisas, mas é aquele que se interessa com responsabilidade, com compromisso, com consciência da suas aptidões e disponibilidades”, explicou o padre Lino Maia durante a sua intervenção, intitulada “O voluntariado e o seu papel social”, na sessão solene do Dia do Município da

Batalha, 14 de agosto. Na perspetiva do orador convidado da cerimónia, ser voluntário “é ter disponibilidade para dar e receber” e um “exercício consciente que tem efeitos em cada um e dá sentido e vida”. Mas, alertou, “os voluntários não são turistas, têm de se enquadrar num programa”. “Se nos limitássemos a fazer aquilo que é estritamente obrigatório para obter algum rendimento o país estaria muito pior e nós seríamos muito mais infelizes”, adiantou o presidente da CNISS, considerando que “todos somos voluntários”, nomeadamente autarcas, bombeiros, vicentinos, escuteiros ou “pastores”,

como exemplificou. Para o presidente da Assembleia Municipal da Batalha, Júlio Órfão, “o voluntariado é antes de mais um ato de cidadania, traduzindo-se numa componente importante no percurso da vida das pessoas, ao contribuir para reduzir a disparidades sociais e promover a necessidade e o dever de ajudar o próximo”. “O voluntário aproveita de forma desinteressada toda a oportunidade para minorar as diferenças sociais, para proporcionar bem-estar e contribuir, nem que seja apenas um pouquinho, para a felicidade de alguém, porque se criam relações, promove a pessoa, se estimula e desenvolve o que

cada um tem de melhor”, adiantou. No entanto, passados já 21 anos desde a promulgação da lei sobre o voluntariado, “a necessitar de ser ajustada a novos contextos, continua a haver muita gente que encara um pouco de soslaio esta obrigação de ser solidário, apenas por que acha constitui uma obrigação do Estado, esquecendo-se que a este não cabe tanto prestar serviços quanto garantir direitos”, considera Júlio Órfão. Na sua opinião, “não devemos ter uma visão redutora deste conceito, porque de facto o voluntariado vai muito além da nobre e altruísta prática, em que todos pensarão em primei-

ro lugar, e que eu designo de voluntariado assistencial, desenrolando-se também em vários outros domínios, como sejam no cultural, científico, ambiental, desportivo e até religioso”. No ano passado, a taxa de voluntariado foi de 7,8%, ou seja, 655 mil pessoas da população residente em Portugal, com 15 ou mais anos, participou em pelo menos uma atividade de trabalho voluntário. Foi exercido em 91% dos casos em entidades da economia social e correspondeu no ano passado a 263 milhões de horas trabalhadas, em 62 mil entidades no sector, que significam 235 mil empregos remunerados.


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28º Jantar Diáspora Batalhense marcado para 16 de novembro No 28º Jantar Anual de Confraternização da Diáspora Batalhense está marcado para o dia 16 de novembro, na região de Paris, anunciou Anabela Albuquerque, no Dia do Município, em representação da Comissão dos Convívios Batalhenses. No ano passado a festa reuniu 200 pessoas [oriundas de Portugal, França, Bélgica e Inglaterra], e a diáspora batalhense em França foi homenageada no Museu Nacional da História da Imigração, em Paris, e durante o jantar anual dos emigrantes do concelho,

em Champigny-sur-Marne, com a presença da Turma de Teatro e Canto da Academia Sénior da Batalha. A data foi anunciada durante o almoço de confraternização realizado no primeiro dia das Festas da Batalha – decorreram de 14 a 18 de agosto -, que contou com a presença do deputado pela emigração Carlos Gonçalves (PSD). “Este território [a Batalha] será mais forte e mais competente, se contar com todos os batalhenses, dando uma globalidade ao concelho”, afirmou Carlos Gonçalves, destacando que “a

s registo Autarca quer ética no debate político O presidente da câmara da Batalha apelou à “ética na vida política e pública” durante a sessão solene do Dia do Município, destacando que comportamentos de sentido contrário “não têm a compreensão da população”. Paulo Batista Santos constatou que os cidadãos “estão afastados da política e da função nobre do exercício de atividades públicas”, adiantando que “hoje fazer política ou desempenhar atividades públicas sem o sentido ético da responsabilidade, não tem a compreensão da população”. “Vejo os meus colegas vereadores, autarcas, deputados e tantos outros que exercem funções de prestígio e nobres na política nacional pouco estimulados, acanhados, envergonhados com aquilo que veem nas notícias relativamente à atividade pública e à atividade política”, referiu o autarca. Na sua perspetiva, “fazer política sem ética e sem responsabilidade desacredita a função” daqueles que exercem atividades públicas”. Por isso, “o desafio é que todos tenhamos a consciência de que tem de haver cada vez mais um compromisso de ética e de responsabilidade” entre quem as desempenha e os cidadãos. “Não é um compromisso exclusivo dos políticos – adiantou Paulo Batista Santos -, é de todos os cidadãos, da sociedade em geral, mas tem de ser feito com a força de quem confiou nos seus representantes e quer ver neles um exemplo na gestão pública ou na representação parlamentar”. “O exercício da ação política tem de ser sempre um exemplo para os cidadãos como referência da nossa atividade coletiva. É este o caminho que todos temos de perseguir sem hesitações ou cedências. E para tal não são precisas mais leis, mas sim vontade política e determinação para prevenir e censurar comportamentos eticamente indefensáveis”, destacou o autarca. “Mais do que anunciar grandes obras, vale a pena colocar no centro da agenda política nacional e regional o tema da ética na vida pública. Mais do que novas promessas, os cidadãos procuram nas lideranças um sentimento de credibilidade e a responsabilidade de afirmar princípios e defender valores”, concluiu o presidente do município.

afirmação externa do país depende sobretudo” dos emigrantes. “A Batalha não é só o seu território, é a sua gente espalhada pelo mundo, independentemente da distância a que está da sua terra, que continua a investir e a amar de uma forma notável o seu país e sua terra de origem”, adiantou o deputado. O presidente do município, Paulo Batista Santos, salientou que as suas “obrigações e dos vereadores não terminam nos limites físicos do concelho, porque a Batalha será sempre onde estiver um batalhense”.

p O próximo convívio da diáspora batalhense é em novembro

Festas atraíram 60 mil pessoas

p Os concertos atraíram dezenas de milhar de pessoas As Festas da Batalha “terão atraído à vila mais de 60 mil pessoas, com especial destaque para a participação muito elevada de público no primeiro dia, no concerto do músico brasileiro Seu Jorge”. Segundo o presidente da câmara municipal, citado num comunicado da autarquia, “esta edição é um marco importante, sendo visível que as festas se assumem como um evento com enorme capacidade de atra-

ção de público, nacional e estrangeiro”. “A aposta de um artista internacional tem-se revelado muito importante e tem permitido fazer crescer a notoriedade além fronteiras das Festas da Batalha”, adianta Paulo Batista Santos. O programa contou com diversas atividades, destacando-se o Grande Prémio de Atletismo Mestre de Avis, que contou como madrinha da prova a cam-

peã olímpica Rosa Mota, e torneios de futebol (feminino e masculino), xadrez e desportos eletrónicos. Houve também visitas teatralizadas ao Mosteiro da Batalha, num trabalho concretizado pelo Grupo de Teatro O Nariz, que registaram lotação esgotada em todas as sessões. Também foi possível ao público conhecer produtos produzidos no Concelho da Batalha, através da exposição e venda do mel, azeite,

vinho e doçaria. A autarquia destaca, no comunicado, “o forte envolvimento das associações concelhias neste evento, ao assegurarem a confeção de milhares de refeições servidas no recinto dos festejos ao longo dos cindo dias de programação”. Na sessão solene do Dia do Município foi lançado o novo vídeo institucional do município, intitulado “Cinco Sentidos”.


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s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

O encontro entre o fado e o jazz O jazz, o qual resulta de sessões musicais mais ou menos livres, esteve sempre aberto a combinações harmónicas improvisadas, consoante a capacidade inventiva dos seus executantes. Mas a verdade é que os melhores instrumentistas de jazz sempre se inspiraram em frases melódicas já preexistentes numa tradição cultural, seja ela a tradição afro-americana (o blues) ou outra. Por isso não surpreende que um dos seus géneros mais apreciados seja a chamada fusão (não somente com o rock), e que advém do encontro com outros estilos ou culturas. O primeiro registo de fusão foi talvez o disco Manteca de 1947, de Dizzy Gillespie e Chano Pozo, onde o trompete e a voz de jazz se combinam com os ritmos la-

tinos e africanos da música cubana. Mas só em 1959, pela mão de Miles Davis, é que o jazz bebeu a influência da cultura hispânica, designadamente da Andaluzia, no álbum Sketches of Spain, onde se salientava o belíssimo Solea. No ano de 1963 o jazz recebeu a bossa nova através do saxofonista norte-americano Stan Getz, quando convidou João Gilberto e Astrud Gilberto para gravarem o famoso tema Garota de Ipanema. Um ano antes já Stan Getz havia alcançado êxito assinalável com uma versão de Desafinado, um original de António Carlos Jobim. E em 1968 o sax tenor Don Byas, elemento fundamental na transição entre o swing e o bop, foi apresentado a Amália Rodrigues por Luiz Villas-

-Boas. Pensou-se de imediato em fazer um disco que refletisse a fusão entre os dois mundos, o fado e o jazz. Então, na tarde de 11 de Maio de 1968, sem preparação e quase de improviso, foram gravadas doze faixas, entre elas clássicos do fado tais como Povo Que Lavas no Rio, Estranha Forma de Vida, Rua do Capelão ou Ai Mouraria. A realidade é que Amália já havia sido comparada a Bessie Smith (a imperatriz do Blues) pela entoação da sua voz, pelo que não pareceu estranho o contato das duas linguagens musicais. E, por outro lado, a diva do fado havia atuado por diversas vezes nos Estados Unidos, atuações que culminaram com os espetáculos na Broadway e que depois foram registados

em 1965 com arranjos e direção de orquestra de Norrie Paramor. Assim, o jazz estava longe de ser uma expressão musical estranha à cantadeira; o mesmo vale para o jazz que já havia conhecido o fado, quando o lendário Louis Armstrong gravara em 1953 a canção Coimbra. É preciso não esquecer que a referida canção, traduzida sob o título April in Portugal, já dera a volta ao mundo. E Lisboa Antiga seguiu-lhe os mesmos passos, sendo hoje fácil encontrar nas plataformas digitais inúmeras versões instrumentais desta canção. Naturalmente, Coimbra e Lisboa Antiga integraram o reportório da sessão de gravação de 1968, produzida em Paço de Arcos e que tivera ainda como protagonistas

Raul Nery e Fontes Rocha na guitarra portuguesa, Júlio Gomes, na viola e Joel Pina, na viola-baixo. As doze faixas apenas foram reunidas em disco no ano de 1973, e agora reeditado em 2019. Talvez o resultado não tivesse sido plenamente satisfatório, o que explica o disco ter sido só editado cinco anos depois da sua gravação. Não obstante chamar-se Encontro, não expressa propriamente uma fusão entre o fado e o jazz, mas o diálogo entre as duas linguagens musicais: Don Byas não se limita a acompanhar Amália, sendo que o seu saxofone surge como uma segunda voz (como sucede nas faixas Rua do Capelão e Não é Desgraça Ser Pobre), a qual improvisa por vezes sobre a linha melódica dos fados.

les Sociais são considerados gastos do período, nos termos do n.º 9 do art.º 43.º do CIRC, o qual, dispõe que “Os gastos referidos no n.º 1, quando respeitem a creches, lactários e jardins-de-infância em benefício do pessoal da empresa, seus familiares ou outros são considerados, para efeitos da determinação do lucro tributável, em valor correspondente a 140%.”, ou seja, beneficiam de uma majoração de 40%. Quantos aos Tickets Infância (Vales Infância), são destinados ao pagamento de creches, jardins-de-infância e lactários. Os Vales Sociais devem ser atribuídos a todos os trabalhadores em condições idênticas, não podendo a sua atribuição estar sujeita

a outras condições adicionais impostas pela entidade empregadora, De facto, o conceito de “caráter geral” deve ser o mesmo quer para efeitos de IRS e do disposto no Decreto-Lei n.º 26/99, de 28 de janeiro, quer para efeitos de IRC. A atribuição dos Vales Sociais (Vales Infância e Vales Educação) não pode constituir uma substituição, ainda que parcial, da retribuição laboral devida ao trabalhador. Uma vez que as verbas a atribuir a este título revestem a natureza de rendimento do trabalho dependente, nos termos da alínea b) do n.º 3 do art.º 2.º do Código do IRS, para efeitos de IRC são considerados como gastos nos termos do art.º 23.º

do respetivo diploma. A Lei do Orçamento de Estado para 2018 procedeu à alteração da alínea b) do n.º 1 do art.º 2.º A do CIRS, eliminando a exclusão de tributação relativa aos Vales Educação até ao limite anual de 1.100 euros por dependente com idade compreendida entre os 7 e os 25 anos (que vigorou entre 2015 e 2017), pelo que, a partir de 01-012018, a totalidade dos montantes atribuídos aos colaboradores em Vales Educação, reveste a natureza de rendimentos de trabalho dependente na esfera do trabalhador, nos termos da citada alínea b) do nº 3 do art.º 2.º do Código do IRS.. De qualquer modo, considerando-se os “Tickets Ensino” atribuídos como rendi-

Há que sublinhar que este álbum é precursor de outros que aproximaram o jazz das músicas do mundo, antecessor de álbuns como o genial Rosensfole de Jan Garbarek com a cantora de música tradicional norueguesa Agnes Buen Garnas. Numa próxima ocasião, tencionamos aflorar a vasta carreira de Amália, a propósito do centenário do seu nascimento.

s Fiscalidade

Vales Sociais O Decreto-Lei, n.º 26/99, de 28 de janeiro, na redação dada pela Lei n.º 82-E/2014 de 31 de dezembro, estabelece as condições de emissão e atribuição, com caráter geral, dos denominados “Vales Sociais” e aplica-se às entregas pecuniárias efetuadas pelas entidades empregadoras às entidades emissoras, para a criação de fundos destinados à emissão de VS a serem utilizados junto das entidades aderentes. Nos termos daquele Decreto-Lei, na redação dada pela Lei n.º 82-E/2014, de 31/12, os denominados Vales Sociais têm por fim proporcionar, através da constituição de fundos, o apoio das entidades empregadoras aos seus trabalhadores

que tenham a cargo filhos ou equiparados nas seguintes idades: a) Com idade inferior a sete anos - vales infância; b) Com idade compreendida entre os sete (7) e os vinte e cinco (25) anos - vales educação. Consideram-se Vales Sociais, os títulos que incorporem o direito à prestação de serviços de educação e de apoio à família com filhos ou equiparados, bem como à aquisição de manuais e livros escolares, cujas idades se enquadram nos escalões referidos no n.º 2 do art.º 1.º, dos trabalhadores por conta de outrem. Dispõe o referido Decreto-Lei, que os encargos suportados pelas entidades empregadoras com o pagamento daqueles Va-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, António Caseiro, António Lucas, Francisco

André Santos, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

mentos do trabalho dependente, o gasto respetivo é aceite na esfera da entidade empregadora, nos termos do art. º 23.º do CIRC.

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Projeto familiar promove turismo rural nas Brancas m O espaço que agora o Nature ocupa era uma antiga mercearia da aldeia, fundada por Manuel e Noémia. Toda a remodelação do espaço foi feita pela família e amigos O Nature et. al. House é um projeto familiar de alojamento local situado em meio rural nas Brancas, a dois quilómetros da Batalha. A casa de família, com o crescimento dos filhos Sofia e Gonçalo foi ficando mais vazia e, aliando esse facto ao gosto de todos por acolher e conviver com pessoas, a família decidiu criar este espaço. O Nature, aberto desde 1 de junho, é um reflexo do que

caracteriza a família. “Adoramos animais e plantas e muitas vezes cuidamos e tratamos deles com os nossos hóspedes. Interessamo-nos pelo ambiente e gostamos de caminhar e andar de bicicleta pela aldeia”, diz Sofia Ribeiro, licenciada em turismo e mestre em geografia. O seu irmão Gonçalo é intérprete de língua chinesa, mas nos tempos livres toda a família se ocupa com o alojamento. O espaço que agora o Nature ocupa era uma antiga mercearia da aldeia, fundada pelos seus pais, Manuel e Noémia. Toda a remodelação do espaço foi feita pela família e amigos, e a linha decorativa dos interiores procurou seguir o modo de estar na vida da família: simplicidade e tranquilidade. Algum do mobiliário já antigo e per-

tencente à família foi recuperado pelos promotores. O alojamento é composto por dois quartos, um duplo e um twin, com capacidade no total para cinco pessoas, uma casa-de-banho partilhada e uma cozinha, sala-de estar e jardim e quintal 300m2 para usufruto dos hóspedes e onde é possível fazer diversos tipos de eventos. O Nature et. Al. está rodeado de muitos sítios de relevância histórico-cultural e de lazer: localiza-se a dois quilómetros da vila da Batalha, dez da Serra de Candeeiros e as suas grutas, 12 do Santuário de Fátima, 13 de Alcobaça e a 15 quilómetros da praia da Nazaré. Os preços variam entre os 40 e os 50 euros e o aluguer do espaço para eventos é sob orçamento.

p O Nature, aberto desde 1 de junho, é um reflexo do que caracteriza a família

Policlínica D. Nuno inaugura instalações em São Jorge

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL p Policlínica D. Nuno inaugura em São Jorge A Policlínica D. Nuno inaugura as suas instalações de Porto de Mós no dia 23 deste mês – 11 horas, estrada da Calvaria nº1, rotunda do Continente -, com o objetivo de prestar os seus serviços com maior proximidade, sobretudo na área da medicina dentária. Nesta especia lidade é possível fazer Raio X à boca, ortopantomografia (Raio X total à boca), teleradiografia de perfil, e TAC

à cavidade oral, por exemplo, para a colocação de implantes, que não existia até agora nos concelhos da Batalha e Porto de Mós. A clínica em São Jorge, instalada no edifício onde funcionou uma agência bancária, em frente ao hipermercado Continente, que foi completamente remodelado e adaptado às suas novas funções, dará prioridade também às análises clínicas (uma parceria

com os Laboratórios Beatriz Godinho) e à fisioterapia (uma parceria com a Cepomel, de Leiria). As duas unidades (São Jorge e Batalha), distantes apenas quatro quilómetros, “complementam-se e colocam ao dispor dos pacientes as suas melhores qualidades ao nível de infraestruturas, equipamentos, serviços e quadro clínico”, refere a empresa.

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Saúde Tenho perdas de urina, e agora? A incontinência urinária (IU) é uma situação patológica que resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina. É caraterizada por perdas urinárias involuntárias que se apresentam de forma muito diversificada, desde fugas muito ligeiras e ocasionais, a perdas mais graves e regulares. Estima-se que em Portugal haja cerca de a 600 mil incontinentes, nos diferentes segmentos etários. Atualmente, 33% das mulheres com mais de 40 anos têm sintomas da doença, segundo dados da Associação Portuguesa de Urologia. Existem vários tios de Incontinência urinária. A incontinência de esforço caracteriza-se por pequenas

perdas de urina que acontecem quando o indivíduo se ri, tosse, espirra, faz exercício, se curva ou pega em algo pesado. Ocorre quando os músculos do pavimento pélvico estão enfraquecidos e existe uma pressão exercida sobre a bexiga. É mais prevalente em mulheres entre os 45 e 65 anos, que decorre da fragilidade dos músculos pélvicos que suportam a bexiga e a uretra. Em alturas de maior esforço, a pressão abdominal aumenta e o esfíncter (válvula responsável pela retenção da urina na bexiga) perde a força e deixa escapar a urina. Outro tipo de incontinência é a incontinência por urgência ou imperiosidade que ocorre repentinamente, acompanhada de uma

vontade súbita e intensa de ir à casa de banho. A bexiga apresenta súbitas contrações, causando urgência em urinar. Este tipo de incontinência pode estar relacionado com o envelhecimento e o avanço da idade, mas também surge em idades mais jovens, associado a doenças neurológicas ou muitas vezes sem causas identificáveis. Quando existe a combinação da incontinência de esforço com a incontinência de urgência estamos perante uma incontinência urinária mista. O diagnóstico da incontinência urinária tem início no historial clínico do doente, que descreve em que condições sofre de perdas de

urina. O médico de família pode, nesta fase, diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado face às queixas do utente. Na última década foram feitas importantes descobertas nesta área. Existem, inclusivamente, formas de incontinência urinária que são tratadas com medicamentos ou técnicas de reabilitação, e a maioria das cirurgias quase não implicam internamento, sendo a vida normal retomada horas ou poucos dias depois. O tratamento cirúrgico desempenha um papel preponderante na incontinência urinária de esforço. A cura é possível em cerca de 90% dos casos. Na incontinência urinária

de urgência, o tratamento com fármacos orais consegue melhorias sintomáticas na maioria dos doentes. Nos casos refratários à terapêutica oral ou que não a tolerem, pode recorrer-se à administração de fármacos diretamente na bexiga, um procedimento simples e com boa eficácia e segurança. Como se trata de um assunto que toca a intimidade da pessoa, a incontinência urinária ainda é encarada como um tabu que condiciona a vida do doente a vários níveis: pessoal, familiar, social e laboral. Este problema pode conduzir a uma fuga do contacto social e ao isolamento, porque está sempre presente o medo e a vergonha de que os outros sintam o cheiro.

A incontinência urinária, sobretudo na mulher, é um grave problema cultural. Como a mãe e a avó também sofreram da mesma doença, assume-se erradamente a incontinência urinária como uma herança. É importante reter que a IU é, na maior parte dos casos, uma doença curável e de tratamento fácil, em especial quando detetada precocemente. Se suspeita que pode sofrer de Incontinência urinária, consulte o seu médico de família. Gabriela Amorim Reis, MD Interna de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar USF Condestável - ACES Pinhal Litoral, Batalha

, SA

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia...sábado - manhã Oftalmologia...............................................Dr. Joaquim Mira............................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira.quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro................................. terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................. segunda - tarde

Nutricionista...............................................Dra. Ana Rita Henriques........................ terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular.............................Dr. Carlos Almeida.................................sexta - tarde Otorrinolaringologia.................................Dr. José Bastos.................................... quarta - tarde Próteses Auditivas................................................................................................... quarta - tarde Terapia da Fala...........................................Dra. Débora Franco.quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura.........Tec. Acácio Mariano............................ quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortóptica.....................................................Dr. Pedro Melo................................ sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades:

Clínica Geral................................................Dr. Vítor Coimbra................................ quarta - tarde Medicina Interna........................................Dr. Amílcar Silva..................................... terça - tarde Urologia.......................................................Dr. Edson Retroz..................................quinta - tarde

Dra. Sâmella Silva

Terça/quinta-feira - Tarde

Dermatologia............................................ Dr. Henrique Oliveira...................... segunda - tarde

Dr. Evandro Gameiro

Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Estética .......................................................Enf. Helena Odynets..............................sexta - tarde Cardiologia..................................................Dr. David Durão.....................................sexta - tarde Electrocardiogramas...............................................................................segunda a sexta - tarde Neurocirurgia.............................................Dr. Armando Lopes......................... segunda - tarde Neurologia..................................................Dr. Alexandre Dionísio..........................sexta - tarde

Implantologia Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional........ Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Testes psicotécnicos..................................Dr. Fernando Ferreira...............quarta/sexta - tarde

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.........................Dr. Monteiro Ferreira............................sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..........................Dr. Paulo Cortesão........................... segunda - tarde

Telerradiografia

Ortopedia....................................................Dr. António Andrade....................... segunda - tarde

Próteses Dentárias

Endocrinologia............................................Dra. Cristina Ribeiro............segunda / terça - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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SaĂşde Batalha

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Doenças dos pÊs são mais comuns no verão

Manuel Portela Podologista e presidente da Associação Portuguesa de Podologia

Os pÊs passam cerca de 2/3 da nossa vida fechados, razão pela qual lhes damos pouca importância. Durante a estação do verão, devido a uma maior exposição, a preocupação com os pÊs Ê maior, porÊm a falta de cuidados especiais aumenta o número de patologias. O aumento da temperatura, o excesso de transpiração, o calçado aberto ou a sua ausência nas praias e zonas de banho são motivo para o aparecimento de algumas patologias dos pÊs mais típicas de verão. A xerose cutânea, conhecida por pele seca, Ê uma das principais complicaçþes de verão devido à exposição dos pÊs ao ar, ao calor, às areias, ao excesso de transpiração e à permanência excessiva dentro de ågua, nas praias ou piscinas. Esta patologia provoca pele seca, por vezes åspera e com fissuras nas zonas da planta dos pÊs e nos calcanhares, que podem representar riscos elevados para a pele e para o organismo. As fissuras ou gretas são a porta de entrada para os microrganismos responsåveis por algumas infeçþes da

pele e tecidos como as celulites ou outras com elevado risco para o doente. As infeçþes da pele dos pĂŠs sĂŁo tambĂŠm muito frequentes, pela vulnerabilidade da pele seca e fissurada e pelo contacto com zonas contaminadas, como sejam as de acessos Ă s piscinas, bares de praia e casas de banho ou chuveiros. As infeçþes podem ser provocadas por diversos micro-organismos, como bactĂŠrias, fungos e vĂ­rus. O aparecimento de dermatomicoses, panarĂ­cios, verrugas plantares, entre outras sĂŁo frequentes nesta ĂŠpoca do ano. O cuidado preventivo ĂŠ fundamental, assim como o diagnĂłstico precoce e o tratamento especializado pelo podologista sĂŁo determinantes para o sucesso da recuperação. As queimaduras solares nos pĂŠs sĂŁo muito frequentes, devido Ă negligĂŞncia e Ă indiferença das pessoas por esta zona do seu corpo. A colocação de protetor solar no dorso dos pĂŠs e nos dedos ĂŠ um gesto simples e recomendĂĄvel, que evita queimaduras e pode tambĂŠm prevenir o cancro da pele. Os cuidados diĂĄrios com os pĂŠs sĂŁo fundamentais para permitir um melhor estado geral de saĂşde da pessoa, funcionalidade e estabilidade do pĂŠ e da marcha. A “boaâ€? saĂşde dos pĂŠs garante uma melhor qualidade de vida, melhor produtividade laboral e performance desportiva. Lavar os pĂŠs diariamente com um sabĂŁo de pH neutro,

promover uma secagem eficaz sem fricção e aplicar um creme hidratante são açþes fundamentais para manter uma boa integridade da pele. No caso de existir hiperidrose, excesso de transpiração, deve ser usado um antitranspirante de forma controlar a perda de ågua e xerodermia. Não andar descalço em locais públicos, usar chinelos em instalaçþes como piscinas, balneårios e saunas Ê fundamental para prevenir e evitar o contacto com bactÊrias e fungos. Este gesto evita, quase na totalidade, a contaminação por microrganismos responsåveis por algumas infeçþes, assim como os traumatismos do pÊ e da pele. As unhas têm como função proporcionar o efeito de alavanca durante o caminhar e de proteção da zona distal dos dedos. São suscetíveis a microtraumatismos provocados pelo calçado apertado e vulneråveis a infeçþes fúngicas e a processos de onicocriptoses (unhas encravadas). O cuidado com as unhas Ê igualmente importante, começando com um corte ungueal de forma correta. Perante lesþes dermatológicas, o autotratamento estå contraindicado jå que o uso de material não adequado e, na maioria dos casos não esterilizado, associado às limitaçþes individuais, origina um risco elevado de erro. Atendendo às características das unhas e à sua composição, Ê igualmente recomendåvel a hidratação e a preservação da sua morfologia. Não de-

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vem ser retiradas as “cutĂ­culasâ€?, porque estas significam uma proteção e barreira para as infeçþes. O corte das unhas deve ser feito com alicate individual e de forma reta. Desde que as unhas estejam em condiçþes de saĂşde normal, sem qualquer alteração, podem ser pintadas durante perĂ­odos de tempo curto. NĂŁo se deve manter as unhas impermeabilizadas e sem luz mais que 7 dias, correndo o risco de ocultar

alguma alteração na fase inicial. Sempre que existem alteraçþes da unha esta não deve ser pintada, mas sim tratada. O uso de peúgas Ê importante para um melhor controlo da humidade nos pÊs e para evitar as forças de atrito e fricção entre a pele e o calçado, como bolhas, queimaduras ou feridas. O calçado, para alÊm de ser eståvel e protetor, deve ser de material natural com caraterísticas de respirabilidade e sem

compromissos de traumatismo. Deve ter-se atenção ao calçado tipo sandålia com tiras, que podem provocar compromissos de circulação e risco vascular, se forem demasiado apertadas. Consulte um podologistas sempre que exista qualquer sinal ou sintoma de patologia nos pÊs, ou no caso de não existir qualquer alteração nos pÊs deverå realizar uma consulta de podologia 1 vez por ano como medida preventiva.

Clínica Dentåria e Osteopåtica Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentåria Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia EleutÊrio

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Batalha Opinião

setembro 2019

Jornal da Batalha

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Remédio para a mosca e o pulgão Neste início de setembro parece que temos finalmente o verão, com dias de grande calor, o que altera um pouco as colheitas, mas é aquilo que chamo a época da abundância, pois o quintal e as árvores de fruto presenteiam-nos com os seus saborosos frutos e legumes. Nestes dias continuamos em época de colher a abundância dos nossos quintais

e até zonas selvagens. Os passeios com as crianças têm tido a intenção de colher as adoráveis amoras são mais saborosas as provenientes de silvas selvagens, o que nos faz lembrar o que têm de bom, pois passamos a maior parte do ano a desejar que não entrem nos nossos quintais. Mas como a natureza faz tudo bem feito, também elas têm

os seus benefícios, mesmo até medicinais, para além dos frutos maravilhosos. Este ano apanhámos aos quilos. As plantações estão em plena produção, outras em final, e em setembro podemos começar a antecipar algumas sementeiras de outono/inverno. A relembrar. Para controlar mosca braca da couve,

fazer o seguinte preparado: um litro de água, um chávena de café de vinagre, uma colher de sopa de liquido da loiça ou sabão azul diluído, pulverizar as plantas com esta mistura, podem desaparecer logo, se tiver no início da infestação ou então aplicar cada oito dias, até desaparecerem por completo. Ou então colocar aromáticas várias em sua volta.

Contra pulgão: Chá de arruda, num tacho coloque a ferver um litro de água, deite sobre ele as folhas e talos de arruda, deixe macerar por 10 minutos, depois deixe arrefecer e use diluído para pulverizar as plantas. Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: Agriões, aipo, acelgas, alface de inverno, bróculos, cenouras, cebolas, cenouras,

coentros, Couves várias, coentros, espinafres, ervilhas, favas, nabos, nabiças, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear amores-perfeitos, cravos, gipsófilas, calêndulas, miosótis, papoilas. Em bolbo: jacintos, narcisos e tulipas. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas Colheitas.

s Pestanas que falam Joana Magalhães

O cansaço “Estou cansado” - deve ser a frase que mais ouvimos nos dias de hoje. Todos a dizem, a toda a hora e por todas as razões. “Estou cansado”. Quando estou cansado, estou cansado, quando estou triste, estou cansado e quando estou feliz, estou cansado. O cansaço é quase uma forma cultural de se estar. Não se sai de

casa porque se está cansado, não se vai ao jantar, porque se está cansado. E o cansaço é real e chega a cada um de nós. A verdade é que o cansaço nem sempre é mau. Há o cansaço bom e o cansaço mau. O bom é o das pessoas que fazem as coisas que gostam e quando se deitam o corpo parece dormente e o

sono é tranquilo. É o cansaço da felicidade, das coisas boas, da agenda preenchida com eventos desejáveis. É o cansaço feliz, o cansaço que sabe bem e que por muito que seja cansaço, não nos leva a cancelar qualquer atividade vindoura. O cansaço mau não é assim. Tirar-nos a energia, tira-

-nos a vontade de fazer mais e melhor. Tira-nos a vontade de fazer. É o dos que têm a agenda preenchida mas com coisas que não gostam, que não lhes dá prazer. Esse é o cansaço que dá dores de cabeça e nos impede de dormir. Todos passamos pelas duas fases do cansaço e, muitas vezes, o nosso “estou can-

sado” tem múltiplas razões de ser que não passam necessariamente pelo cansaço físico que se sente mas por muitas outras questões. “Estou cansado” é o verdadeiro “preciso de parar” nos dias de hoje. E é assim quando se está feliz e quando se está triste. Afinal, quantas vezes já

disseste “estou cansado” na última semana?

s Noticias dos combatentes

Aí estão elas (as eleições) e eles (os políticos) No próximo dia 06 de Outubro haverá eleições legislativas, pelo que voltamos a ser chamados às urnas, naturalmente para elegermos os deputados para a Assembleia da República, cujo mandato vigorará para os próximos quatro anos e donde resultará também o XXII governo constitucional, em princípio, para o mesmo período. Nos regimes ditos democráticos, como ocorre em Portugal, votar é, não só, um dever de cidadania, mas também a melhor “arma” de que o povo dispõe para manifestar a sua opinião, relativamente a quem o governou nos últimos tempos. Quem entende que foi, ao menos minimamente, relativamente bem governado, vota no partido que exerceu o poder; se considera que o governo não governou para a maioria

da sociedade, então castiga-o, votando noutro partido. Isto é apenas uma teoria de como qualquer cidadão empenhado e consciente gostaria de proceder, mas não é, infelizmente, o que no nosso país habitualmente acontece, porque, em boa verdade, neste “jardim à beira mar plantado”, “outros valores mais altos se “alevantam”. Com efeito, após a reimplantação, há 45 anos, da nossa democracia, não tardou que a desconfiança e o desalento começassem a grassar no seio da população em geral, ao dar-se conta de que, salvo exceções que, felizmente, ainda continuam a existir, grande parte dos políticos que nos foram governando, ao longo das últimas quatro décadas, fizeram-no de forma a merecer mais crí-

ticas do que encómios. Por inexperiência? – Sim, no princípio talvez. Por incompetência? – Sim, também terá havido uma boa dose de incompetentes a governar-nos. Por calculismo ideológico? – Sem dúvida, também, porque cada partido e os seus apaniguados têm doutrinas e agendas próprias. Por colocarem os interesses pessoais, oligárquicos e obscuros bem à frente dos coletivos? Por caciquismo, nepotismo, compadrios, subjugação ao poder económico e situações afins? Infelizmente não nos têm faltado exemplos do conjunto destes anacronismos. E se, com alguns deles, podemos ser minimamente condescendentes e até indulgentes, outro tanto não se passa com os últimos referidos, por minarem, cada

vez mais, a nossa democracia, e a nossa confiança nos políticos que nos têm governado, ao ponto de hoje observarmos dois fenómenos preocupantes: haver cada vez mais gente a invocar Salazar, que o mesmo é dizer, a suspirar por uma ditadura, em detrimento da nossa democracia; vermos crescer a percentagem, que começa a atingir números assustadores, do apelo à abstenção, que nalguns casos já ultrapassou os 50%, e veremos se nestas eleições tal não se repetirá. Tememos que, se, a curto prazo, não houver uma reforma radical na forma como se faz política em Portugal, a situação de descrença, desinteresse e suspeição sobre os políticos continuará a grassar e, a certo momento, os catos eleitorais pouco mais contarão do que com

os respetivos fanáticos partidários. Em nosso entender, a abstenção massiva só facilita a vida aos carreiristas da política e achamos que não será essa a nossa melhor postura cívica. Se o “nosso” partido, no poder ou na oposição, não trilhou os caminhos que devia ter trilhado, castiguemo-lo, votando noutro que nos pareça menos mau. Mas, se consideramos que nenhum nos serve, seja pela ideologia que apregoa, seja por que não acreditamos nos seus líderes, que fazer? Abstemo-nos de votar? - Não! A abstenção continua a não ser a melhor solução e até “cheira” um bom bocado a comodismo. Vamos às urnas e votemos branco, mas votemos, porque só uma percentagem significativa de votos em branco (ou nulos) é que

fará arrepiar caminho aos políticos! Até por que, só votando, seja em quem ou de que maneira for, é que temos moral para criticar. Quando optamos pela abstenção, apenas estamos a colocar o nosso futuro, e dos nossos concidadãos, num número cada vez mais restrito duma elite que se está nas tintas para os abstencionistas, uma vez que estes não evitam que essa elite continue no “poleiro”, governando a seu belo prazer. Portanto, caros concidadãos, no dia 06 de outubro nós iremos usar a nossa “arma”, o voto, cumprindo o nosso dever cívico. Quem, por opção, não fizer o mesmo, deixa de ter qualquer argumento para se queixar dos políticos. NCB


Jornal da Batalha

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Economia

Rendimento das famílias do concelho cresceu mais de mil euros em três anos m Em 2017, as famílias residentes no município declararam 11.853 euros de rendimento (a mediana do país é de 11.500), o que coloca o concelho entre os três melhores do distrito

Os agregados familiares do concelho da Batalha foram os que mais viram crescer o seu rendimento bruto mediano declarado em sede de IRS entre os concelhos do distrito, no triénio 2015/2017, segundo o estudo “Estatísticas do rendimento ao nível local”, agora divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O crescimento registado no concelho foi de 1,077 euros, encontrando-se em segundo lugar Peniche (834) e em terceiro Porto de Mós (778 euros). No que respeita aos contribuintes individuais (sujeitos passivos), mantém-se a ordem na tabela das famílias que mais viram aumentar o seu rendimento bruto declarado: Batalha (1.004 euros), Peniche (782) e Porto de Mós (747 euros). Em 2017, as famílias do

Rendimento anual no distrito

Agregados Familiares

Total Concelho Batalha Peniche Porto de Mós Ansião Óbidos Leiria Pombal Alvaiázere Figueiró dos Vinhos Caldas da Rainha Castanheira de Pera Alcobaça Nazaré Bombarral Marinha Grande Pedrogão Grande Total Portugal

2015 110 455 181 639 155 086 70 716 78 932 1 032 147 325 639 36 308 35 331 374 972 17 706 377 707 100 254 79 610 331 560 21 067 3 329 129 82 413 578

2017 122 932 199 077 169 790 76 857 87 693 1 139 364 353 039 37 888 36 352 413 830 18 509 409 150 111 187 85 997 361 968 22 278 3 645 911 90 360 666

Variação 2015/2017 12 477 17 438 14 704 6 141 8 761 107 217 27 400 1 580 1 021 38 858 803 31 443 10 933 6 387 30 408 1 211 316 782 7 947 088

Média 2015 10 776 9 934 10 367 9 240 9 534 12 004 10 326 8 732 8 754 10 019 9 029 10 383 9 949 9 543 12 975 8 642 9 942 10 833

Média 2017 11 853 10 768 11 145 10 013 10 293 12 717 11 038 9 431 9 420 10 659 9 633 10 979 10 545 10 097 13 467 9 024 10 602 11 500

Variação 2015/2017 1 077 834 778 773 759 713 712 699 666 640 604 596 596 554 492 382 661 667

Contribuintes Média 2015 8 056 7 507 7 800 7 007 7 217 9 050 7 679 6 630 6 750 7 817 6 499 7 871 7 540 7 280 9 810 6 686 7 524 8 242

Média 2017 9 060 8 289 8 547 7 773 8 004 9 834 8 398 7 401 7 368 8 510 7 096 8 573 8 190 7 824 10 535 7 273 8 240 8 962

Variação 2015/2017 1 004 782 747 766 787 784 719 771 618 693 597 702 650 544 725 587 716 720

Fonte INE; “Estatísticas do rendimento ao nível local” com base em dados das Finanças; Rendimento bruto declarado em sede de IRS; Valores em euros.

concelho declararam 11.853 euros de rendimento (a mediana do país é de 11.500), o que coloca o concelho entre os três melhores do distrito, apenas atrás da Marinha Grande (13.467) e Leiria (12.717 euros). No caso dos sujeitos passivos, mantém-se a ordem: Marinha Grande (10.535 euros), Leiria (9.834) e Batalha (9.060 euros). Em qualquer dos casos, o concelho cresceu acima das medianas distritais e nacionais. No conjunto das famílias, o Município da Batalha ocupa a oitava posição dos concelhos que mais cresce-

ram no período em análise (12,477 milhões de euros), para um resultado absoluto em 2017 de 122,932 milhões de euros. O estudo “Estatísticas do rendimento ao nível local’, elaborado com base nos dados de liquidação do IRS, indica que o rendimento global do distrito em 2017 foi superior a 3,6 mil milhões de euros, o que corresponde a uma mediana de 10.602 euros por família, quase 900 euros abaixo do verificado no país. O concelho de Leiria lidera a tabela regional e é o único acima dos mil mi-

lhões de euros. A seguir encontram-se as Caldas da Rainha e Alcobaça: as famílias residentes em cada um dos municípios declararam às Finanças mais de 400 milhões de euros em 2017. No período de três anos fiscais (2105, 2016 e 2017) o rendimento dos agregados do distrito cresceu 317 milhões de euros: Leiria mais 107 milhões de euros, à frente de Caldas das Rainha, Alcobaça e Marinha Grande, os únicos que aumentaram as receitas mais de 30 milhões de euros. O rendimento anual mediano das famílias subiu no

período 661 euros no distrito, em linha com o comportamento registado a nível nacional. Em termos percentuais, o rendimento subiu 6,64% no distrito, acima dos 6,16% a nível nacional, no período estudado pelo INE. A Batalha (9,99%), Peniche (8,40%) e Ansião (8,37%) ocupam os três lugares do pódio. Quanto aos contribuintes considerados individualmente (sujeitos passivos), cada morador no distrito obteve 8.240 euros de rendimento em 2017, mais de 700 euros abaixo do resul-

tado do país. A receita mediana por contribuinte subiu 716 euros no distrito, entre 2012 e 2017, quatro euros menos do que o valor apurado a nível nacional. Os maiores aumentos do rendimento bruto registam-se na Batalha, seguindo-se Óbidos e Leiria. Se atendermos a uma análise percentual, verifica-se que a receita subiu 9,52%% no distrito, acima dos 8,74% apurados a nível nacional. A Batalha (12,46%), Alvaiázere (11,63%) e Ansião (10,93%) ocupam os três lugares do pódio distrital.

Desemprego cai para metade no município O Concelho da Batalha registava em julho apenas 219 desempregados (76 homens e 143 mulheres), o que o coloca na sexta posição do distrito nesta matéria, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Estes dados significam uma redução de 224 desempregados (menos 120 homens e 104 mulheres) desde

julho de 2015, ou seja, uma quebra de 50,56%, a sexta maior do distrito. Em termos gerais, o número de desempregados no distrito de Leiria caiu para quase metade em quatro anos. Havia 9.267 pessoas sem trabalho em julho último na região – menos 46,53% em relação ao período homólogo de 2015. No início do quinquénio

havia 17.332 pessoas sem ocupação profissional, mas desde então foram criados 8.065 postos de trabalho, a maioria (4.096) ocupados por mulheres. No período em análise, percentualmente, o desemprego no distrito caiu 52,77% entre os homens e 41,75% entre as mulheres. Os concelhos de Leiria, Marinha Grande e Caldas

da Rainha lideram a tabela do número de desempregados, os únicos que registam acima de mil pessoas sem ocupação profissional. Mas, Leiria também está à frente na criação de postos de trabalho (1.900; 971 dos quais para mulheres), seguindo-se as Caldas da Rainha (919; 478 deles para homens) e Alcobaça (852; 446 destinados a mulheres).

Em termos percentuais, a maior redução do volume de desemprego verifica-se em Castanheira de Pera (64,32%), seguindo-se Ansião (61,98%) e Porto de Mós (57,70%). Os concelhos de Pedrogão Grande e Castanheira de Pera são os únicos em que o trabalho feminino cresceu acima do masculino, e apenas 1,38% 1,31%, respetivamente.

Em comparação com o conjunto dos distritos do continente, a percentagem de desempregados do distrito era de 3,37%, um valor que diminui para 3,12% se incluirmos os valores referentes à Madeira e Açores (total nacional de 297.290 pessoas). Há quatro anos as percentagens eram de 3,47% e 3,25%, respetivamente.


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Jornal da Batalha

Património Jogos tradicionais do povo (III) Antes de me referir ao jogo escolhido para este número, o Jogo do Pau, regresso ao Jogo do Mioto para anotar que tendo os jogos recolhidos na Maceirinha (Maceira, Leiria), e em Serpa, a característica de serem acompanhados de diálogo travado entre a mãe da ninhada (galinha, perdiz, etc.) e o milhafre, na recolha feita na Torre da Magueixa não o obtivemos ou porque não o tinha ou porque dele se esqueceu o Mestre António Pereira Marques de no-lo transmitir. Posto isto, eis a nossa secular arte marcial, o Jogo do Pau, possivelmente tão velha como a nossa Nacionalidade e uma das manifestações mais originais do Povo Português, tão original que a poderemos considerar única, pelo menos na Europa, o que me leva a insistir na proposta de classificação como património imaterial da Humanidade. A origem perde-se no tempo e as informações sobre ela são escassas, pelo menos até ao século XVIII, o que é natural por se tratar de um jogo (arte ou esgrima) próprio do povo humilde das aldeias, que só no século XIX, por acção do José Maria Silveira, conhecido pelo Saloio, ganha um novo estatuto ao ser introduzido nos meios desportivos de Lisboa. Também têm sido poucos os estudos que se lhe referem, sendo de destacar a obra “O JOGO DO PAU” de Frederico Hopffer. No século XIX acentuam-se e cultivam-se as diferenças entre as províncias onde esta esgrima de varapaus se mantivera ou onde ganhara novos alentos, criando-se escolas e instalando-as em instituições de prestígio como o Ginásio Clube Português, o Lisboa Ginásio Clube ou a Casa Pia (onde tem pontificado o Mestre Russo), isto no caso de Lisboa. Há várias associações onde se pratica no Norte.

Duma maneira geral o Jogo do Pau praticava-se em todo o espaço continental do nosso País e, pelo menos, na Ilha Terceira nos Açores, mas sobressaem, presentemente, três regiões demarcadas, chamemos-lhe assim: a do Norte, minhota mas estendendo-se a Trás-os-Montes e inclusivamente à raia galega, a do Ribatejo, ribatejana ou pataieira, e a de Lisboa, saloia ou estremenha, em que se insere a nossa Alta Estremadura. Isto, porém, não quer dizer que a nossa velha arte marcial esteja esquecida noutras províncias ou espaços nacionais. Sei, por informação do Dr. Adélio Amaro, aturado investigador da nossa Cultura, que na Ilha Terceira há em funcionamento uma “oficina” do Jogo no Museu Militar, tendo sido publicado, nesta formosíssima Ilha onde as Tradições são plenamente revividas, um valioso livro sobre o assunto, “O Jogo do Pau na Terceira” (edição de 1992 apoiada pela Câmara de Angra do Heroísmo) de Paulo de Ávila de Melo. Do Algarve também tenho notícias sobre a existência de praticantes da modalidade, faltando-me, porém, apurar se têm “escola” própria ou se inserem noutra que seria, talvez, a de Lisboa. Na nossa região a sobrevivência do Jogo do Pau deve-se ao Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, que ante o facto dos nossos velhos jogadores já terem desaparecido do número dos vivos ou se encontrarem incapazes de o transmitir, isto na década de 70 do século XX, foi reaprender a surpreendente esgrima na escola do Mestre Nuno Russo da Casa Pia de Lisboa. Na primeira lição do Jogo do Pau aprende-se a escolher o varapau que se adeque à altura do praticante, desde o chão até ao lábio superior, evidentemente a

madeira de que é feito sendo considerada a do lódão a melhor, na falta desta a de carvalho, de marmeleiro e

nada que desvie a atenção, o respeito pelas regras. A existência de público a assistir, o que é normal nas

inclusivamente a de eucalipto de recente usança. O varapau tem de ser cuidadosamente alisado e ter o mesmo diâmetro de ponta à ponta. Para se manter macia e resistente de forma a não se quebrar, sobretudo a madeira de eucalipto, deve ficar algumas horas, antes de cada jogo, de molho. A forma de pegar o varapau constitui a segunda lição, sempre no extremo e não a meio. Pegado a meio ou com as mãos muito avançadas, a derrota do jogador é pronta e dolorosa. A maneira de colocar os pés assemelha-se à da esgrima das armas brancas, mantendo-se os passos curtos e firmes nas diversas posições. Nas primeiras aulas é isto que tem de aprender: a postura do corpo, o jogo dos pés, a firmeza dos passos, a atenção concentrada no adversário, a escolha do varapau, a forma de o pegar,

exibições do Rosas do Lena, torna frequentemente difícil concentrar a atenção, o que só se consegue com muito treino. Segue-se a aprendizagem das várias posições e das pancadas, começando-se pela guarda de espera, posição, como o nome indica, em que com o varapau em riste se espera a pancada do adversário. Depois, a arrepiada, pancada que é dada de baixo para cima; a parada, defesa de cada pancada do adversário tentando descobrir sempre de onde virá e como será, o rebate em que o varapau descreve um círculo sobre a cabeça do jogador; a pontuada que é uma pancada desferida com a ponta do pau; o sarilho que combina várias evoluções do varapau; etc.. Escusado será dizer que os varapaus não podem ser ferrados, a não ser, possivelmente, se fossem utilizados em guerras, como consta

que aconteceu durante as Invasões Francesas, em que os nossos camponeses, sem outras armas, atacaram à paulada os invasores… Uma das figuras mais curiosas desta arte marcial é o chamado varre-feiras, lutador que sozinho enfrenta vários adversários. Contam-se proezas deste género do famigerado bandoleiro oitocentistas José do Telhado e doutros que deixaram nome pela habilidade do manejo do varapau e pela valentia que revelavam, vários que tiveram a honra de figurar em romances de Camilo Castelo Branco, de Aquilino Ribeiro e doutros grandes vultos das Letras. A escola do jogo do pau do Rancho Rosas do Lena apresenta normalmente, nas suas exibições, três posições que eram habituais nas lutas a sério que se desencadeavam nas festas, nas feiras e nas esperas nocturnas: um jogador contra um adversário, o apartador que intervinha entre dois lutadores apartando-os e o varre-feiras que se defendia de vários adversários levando, muitas vezes, a melhor; defendia e atacava utilizando a pancada de sarilho. E, casos houve em que dois jogadores amigos, costas com costas, enfrentavam um número considerável de inimigos. A propósito do jogo do pau, a excelente “Revista da Armada”, no seu número de Setembro de 1985, se a minha memória não falha, e pela pena do comandante Melo e Sousa, depois de nomear os benefícios para o corpo e para o espírito na prática da modalidade, referindo elogiosamente a iniciativa do Corpo de Fuzileiros de a retomar, dizia: É pois necessário não deixar morrer esta arte, este desporto tipicamente nacional. A todos os bons portugueses se lança este alerta, muito especialmente àqueles

que gostam do exercício físico em geral e também a todos aqueles que têm a cargo a difusão do desporto no nosso País”. Além dos livros que se indicam no texto, há um do Dr. Ernesto Veiga de Oliveira, que foi autor entre outras obras preciosas de “Instrumentos Musicais populares Portugueses”, “O jogo do Pau em Portugal” essencial para o conhecimento da nossa arte marcial. A fotografia que se publica foi tirada há anos no “Mercado do Século XIX”, na nossa Praça Mouzinho de Albuquerque, aos jogadores do Rosas do Lena. Uma nota final: publicou o “Jornal de Notícias” de 3 de Abril do corrente ano, que se deslocaram aos Estados Unidos dois membros do Centro Cultural e Recreativo da Juventude de Cepães, concelho de Fafe e distrito de Braga, os srs. Pedro Silva e Óscar Cunha, que, convidados pela organização americana Immersion Labs Foundation, ali foram revelar o Jogo do Pau num certame em que estiveram representadas tradições de vários países das Américas, da Europa e do Oriente. A associação a que pertencem tem tido notável actividade na prática e divulgação da nossa arte marcial. Segundo informação vinda a lume em Maio de 1988, se estou certo na data, no jornal “Voz das Misericórdias”, está sedeada no Ateneu Comercial de Lisboa, outra prestigiada agremiação que se preocupa com a manutenção e divulgação da nossa várias vezes centenária arte marcial, a Associação Portuguesa do Jogo do Pau.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (197)


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Desporto A União Desportiva é uma das equipas patrocinadas pela empresa Filstone m A nível nacional o destaque vai para a equipa de futsal (seniores masculinos) e a equipa feminina de futebol do Sporting

A União Desportiva da Batalha (escalões de formação e de competição) é uma das equipas que a empresa Filstone patrocina durante esta época, enquanto a nível nacional o destaque vai para a equipa de futsal (seniores masculinos) e a equipa feminina de futebol do Sporting.

O apoio estende-se à equipa sénior de futebol do CD Fátima, às equipas de voleibol do GD Fátima (todos os escalões), Clube Atlético Ouriense (todos os escalões de formação e a equipa sénior feminina, que disputa o mesmo campeonato que o Sporting), ADRC Vasco da Gama (todos os escalões de formação) e Associação Recreativa Cultural e Desportiva da Mendiga (todos os escalões de formação e equipa sénior de futsal). Quanto ao Sporting, o contrato firmado pela empresa de extração de pedra, com sede em Fátima, tem duração de quatro temporadas e pretende acrescentar visibi-

p O Sporting é uma das equipas patrocinadas pela Filstone lidade institucional à marca e potenciar uma coleção de produtos para interiores lançada recentemente. O apoio a uma equipa feminina e a outra masculina vai ao encontro da política

Mestre de Avis concluída por 289 atletas A Corrida Mestre de Avis 2019, numa distância de 7,3 quilómetros, foi concluída por 289 atletas. Integrada nas Festas da Batalha, a corrida, realizada na manhã do dia 15 de agosto, contou este ano com a presença da campeã olímpica da maratona em Seul’1998, Rosa Mota. Na prova Batalha Jovem, o Atlético Clube da Batalha continua a apresentar muitas crianças e jovens, também o Atlético Clube de São Mamede se apresentou forte, em especial do ponto de vista qualitativo, com três atletas nos 10 melhores seniores e o 2º lugar coletivo. Ocuparam os primeiros lugares da classificação geral desta prova Carlos Costa, do CD S. Salvador do Campo, em 22m24s, seguido de Jorge Robalo,

do Vitória Futebol Clube, com mais um segundo, e de José Gaspar, Individual, com 23.07 minutos. Nas senhoras, as melhores foram Emília Pisoeiro, do Recreio de Águeda, com 24m28s (9ª da classificação geral), a 2ª foi Marisa Barros, do Sport Comércio e Salgueiro, a 14 segundos e a 3ª foi Joana Ferreira, da União Clube Eirense, em 25m54s. Na classificação coletiva a vitória pertenceu ao Industrial Desportivo Vieirense, com os seus três melhores atletas (Pedro Januário, Vitor Dinis e António Ferreira) a somarem 35 pontos. O Atlético Clube de São Mamede ocupou o 2º lugar com 48 e o 3º lugar foi ocupado pela União Desportiva Alfornelos, totalizando 62 pontos. Por escalões etários os

vencedores foram os seguintes: em juniores femininos Joana Bagagem (AC Batalha); em juniores masculinos Miguel Silva (JV); seniores femininos Emília Pisoeiro (RD Águeda), seniores masculinos Carlos Costa (CD S. Salvador do Campo); Nas Master F35 ganhou Marisa Barros (SC Salgueiros); F40 Clarisse Cruz (GRECAS); F45 Sónia Freitas (A Natureza Ensina); F50 Clidia Coelho (A Natureza Ensina); F55 Tina Silva (Juventude Vidigalense); F60 ROSA MOTA; Nos Masters M35 triunfo para Jorge Robalo (Vitória FC); M40 José Gaspar (individual); M45 Vitor Dinis (ID Vieirense); M50 João Vaz CCD “O Alvitejo”; M55 José Raimundo (CR Amieirinhense); M60 António Alves (Clube SEM).

adotada pela empresa no que toca à igualdade de género e à garantia de que homens e mulheres gozam das mes-

mas oportunidades. “A cultura da Filstone vai muito ao encontro da cultura do Sporting, no que diz respei-

to à ambição, conquistas e à paridade”, destaca o CEO da empresa, Ricardo Jorge. A equipa de futsal do Sporting já conquistou 21 títulos. O Sporting CP venceu sete dos 10 campeonatos possíveis, tendo sido campeão europeu na última época desportiva. A competir na Liga Placard, Liga dos Campeões, Taça da Liga e Taça de Portugal, e com a Supertaça já conquistada, os leões contam com jogadores com internacionalizações por Portugal, Brasil, Itália e Cazaquistão.


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

Y Opinião

A Casa do Benfica da Batalha tem a melhor bifana do mundo! Houve um dia que, nos meus deambulanços pelo asfalto português, fui parar à Batalha, mais precisamente à Casa do Benfica. Tenho uma certa familiaridade com as sinaléticas da A8, mas nunca me tinha dado para um devaneio viajante assim de realeza mais histórica. No meio do zapping radiofónico, que me obrigava a ouvir poluição sonora ao estilo reggaetónico, o Mosteiro da Batalha surgiu imponente no horizonte. Dado que, nesse dia, a minha persona emocional estava um pouco à semelhança das ruínas de Conímbriga, foi um tanto majestoso deparar-me com aquele pedaço de pedra intacto, inquebrável aos campos de batalha de uma vida e, ao mesmo tempo, moldado pelas excentri-

cidades de góticos, manuelinos e renascentistas. O estômago roncava. Sabe o túmulo de Filipa de Lencastre há quantas horas não dava largas aos sucos gástricos. As redondezas eram acolhedoras, bem arranjadas e de arquitetura simples, curvando sempre o protagonismo ao Mosteiro que se impunha a jeito em todas as esquinas. Dei duas ou três voltas de reconhecimento, estacionei e entrei na Casa do Benfica. Meia dúzia de locais assistiam ao programa futebolístico da época, deglutindo os nervos na dose recomendada de jolas por jogo. Ora a Casa do Benfica da Batalha serve a melhor bifana do mundo. Pelo menos do meu, e olhem que eu já comi muitas. Para além de se perceber logo na primeria trinca a qualidade premium

da carne, vem simplesmente temperada com sal q.b. e extremamente bem aviada. No meio da carcaça não está só um, mas dois bifes de dimensão generosa que excedem (e bem) as bordas da carcaça. É uma bifana anti-semítica e a saciação é garantida, não é preciso mandar vir outra porque a primeira “não coube na cova de um dente” como acontece por vezes em roulottes alheias. A Casa do Benfica em si, foi das mais catitas que já vi. Moderna, com materiais atuais, placards com lendas do Benfica, bandeiras por todo o teto e uma pequena loja de artigos benfiquistas no recanto. Asseada e bem tratada, não tinha aspeto de tasco clandestino na lista negra da ASAE. A colmatar, havia o sorriso aberto e hospitaleiro do casal atrás do balcão.

No meio disto tudo, não visitei o Mosteiro na sua íntegra, mas creio que esse nunca foi o meu objetivo quando ali cheguei, se é que tinha algum. Uma coisa é certa, saciei a fome e aos poucos reconstitui Conímbriga num claustro mais estável. No fundo, não é só na almofada que estão os bons conselhos, um pitéu por vezes serve esse efeito e a fé no Bruno Lage também.

Desvios no caminho, finto-os todos. Nem todas as nossas tentativas de golo vão trespassar a linha de baliza e a vida nunca é acerca do destino final. Regresse a casa da melhor maneira com este “pitéu pós-férias”. Faça uma paragem na Batalha! Aprecie o que de melhor as redondezas têm para oferecer e prepare o estômago e a alma para as suas próximas

“jornadas” com a melhor bifana do mundo. Vai ao Estádio da Luz? Deixe que as suas pupilas gustativas tenham as primeiras impressões do sabor a vitória. O Pedro e o Ricardo, responsáveis pela hospitalidade gloriosa da Casa do Benfica da Batalha, estão prontos a recebê-lo! Maria Bonifácio Lopes takeaflightonthewildside.com

Município adere à Semana Europeia da Mobilidade A 18ª Semana Europeia da Mobilidade está a decorrer até dia 22 deste mês, sob o tema “Caminhar e pedalar em segurança”. O Município da Batalha associa-se a esta organização, que pretende suscitar a alteração comportamental das populações, tendo em vista a adoção de meios de transporte

ativos e livres de emissões poluentes. A câmara municipal concretiza diversas iniciativas, com o intuito de promover hábitos e formas de mobilidade sustentáveis e que envolvem passeios de bicicleta, caminhadas e atividades de demonstração de manobras radicais com bicicletas.

No dia 22 realizam-se o Passeio de BTT em Família, com partida do Largo Condestável, às 9h00; a Caminhada Intergeracional pelos Direitos das Crianças, com partida às 10h00 na câmara municipal, e o Rude Action Bike Tour 2019 , pelas 11h30, no Largo do Condestável.

Produção e comércio de Carnes

Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt

AVISO ALTERAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DA BATALHA Nos termos do n.º 2 do artigo 88º do RJIGT, a Câmara Municipal da Batalha, em reunião de 8 de julho de 2019, deliberou determinar a abertura de um período de participação pública pelo prazo de 30 dias úteis, a contar da data da publicação em Diário da República, destinado à apresentação de sugestões e esclarecimentos aos eventuais interessados, sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito da alteração do PDM - Plano Diretor Municipal da Batalha. Neste sentido, os eventuais interessados poderão apresentar as sugestões e pedidos de esclarecimento mediante requerimento dirigido ao Presidente da Câmara, devidamente identificado, a apresentar diretamente nos serviços da Câmara Municipal da Batalha, ou a enviar por meio de correio registado para a morada - Rua Infante D. Fernando, 2440- 118 Batalha, ou ainda por via do correio eletrónico para o endereço PDM2020@cm-batalha.pt. Os interessados poderão ainda consultar toda a informação referente ao assunto na Divisão de Ordenamento do Território na Câmara Municipal da Batalha, todos os dias úteis, no horário compreendido entre 09.00h - 12.00h, e 14.00h - 17.00h, ou no portal eletrónico do Município da Batalha, em www.cm-batalha.pt. Paços do Município da Batalha, 27 de agosto de 2019 O Presidente da Câmara Municipal Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

setembro 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e sete a folhas setenta e nove, do Livro Duzentos e Quarenta e Quatro - B, deste Cartório. Américo Leal Ferreira, NIF 104 904 925, e mulher Maria Elisa de Almeida Marcelino, NIF 141 513 640, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde residem na Rua da Fonte, n.°6, no lugar de Garruchas, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes bens, ambos sitos na freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha: um — um terço indiviso do prédio rústico, composto de vinha com arvores de fruto, com a área de mil e oitenta metros quadrados, sito em Vale Sanguinho, a confrontar de norte com José Ferreira, de sul com Francisco Ferreira, de nascente com Joaquim Prior e de poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito nas matriz sob o artigo 309, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €260,25; dois — um terço indiviso do prédio rústico, composto de vinha com arvores de fruto, sito em Vale Sanguinho, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número seis mil quinhentos e quatro/Reguengo do Fetal, sem inscrição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz sob o artigo 310, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €692,48. Que adquiriram o referido direito nos identificados prédios no ano de mil novecentos e setenta e três, por compra verbal a Joaquim Vieira Brites e mulher Fernandina de Jesus Ferreira, ele já falecido, residentes no lugar de Abadia, Cortes, Leiria, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado direito nos prédios, em compropriedade com os restantes proprietários, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os identificados direitos prediais por usucapião. Batalha, vinte e nove de agosto de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, edição nº 350 de 19 de setembro de 2019

Júlio Monteiro Costa

(88 anos) N. 02-02-1931 - F. 07-09-2019 Faniqueira, Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm desta forma agradecer todas as manifestações de apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Um agradecimento especial à Equipa do Domus Mater Dei pelo carinho e profissionalismo dedicado. A todos, muito obrigado. Tratou: Funerária Santos & Matias - Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

HERCULANO REIS SOLICITADOR Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas oitenta a folhas oitenta e uma verso, do Livro Duzentos e Quarenta e Quatro - B, deste Cartório. José Carreira Justino, NIF 111 456 240 e mulher Maria Alice Costa Santo Justino, NIF 224 548 271, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua da Ribeira Calva, lote 6, Batalha, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do um terço indiviso do prédio rústico, composto de cultura e oliveiras, com a área de dois mil setecentos e sessenta metros quadrados, sito em Palmeiros, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte e de poente com Rosa da Piedade, de sul com João Rodrigues Júnior e de nascente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 8457 com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €335,26. Que, adquiriram o identificado direito no prédio no ano de mil novecentos e oitenta e cinco por doação verbal de José Justino dos Santos e mulher Emília Carreira Santos, pais do marido, ele já falecido, residentes no lugar de Palmeiros, Batalha, contudo sendo a transmissão meramente verbal, não dispõem os justificantes de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o referido direito predial em compropriedade, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido direito predial por usucapião. Batalha, vinte e nove de agosto de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, edição nº 350 de 19 de setembro de 2019

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Certifico para efeitos de publicação que por escritura de Justificação outorgada no dia nove de Agosto de dois mil e dezanove, exarada a folhas oitenta e duas e seguintes do Livro de Notas número Setenta e Oito – J, deste Cartório, Luís Manuel Correia da Costa e esposa Maria de Fátima Carreira Fiel da Costa, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, e ela da freguesia da Pedreiras, concelho de Porto de Mós, onde residem no lugar de Cruz da Légua, nº 203, C.F., respectivamente, números 108.340.684 e 147.728.622, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte: Um terço indiviso que é tudo quanto possuem no prédio rústico, situado em Gordalha, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho de Batalha, composto no todo por vinha, terra de cultura, oliveiras e mato, com a área de quatro mil e cem metros quadrados, a confrontar a norte com Manuel Maria Gaspar, a nascente com António Vieira Laranjeiro e outro, a sul com José Pereira Rolo, e a poente com extrema do Concelho, inscrito na matriz predial respectiva, em nome de José da Costa, sob o artigo 3.021, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT e atribuído, correspondente àquele direito, de duzentos e sete euros e trinta e quatro cêntimos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Batalha. Que o identificado direito veio à posse dos justificantes, por volta do ano de mil novecentos e noventa e sete, já no seu estado de casados, por compra meramente verbal feita à indicada Maria da Conceição Correia, viúva, residente que foi no dito lugar e freguesia de Alqueidão da Serra, mas nunca tendo chegado a formalizar entre eles qualquer escritura pública de Compra e Venda e não tendo eles agora justificantes, qualquer título válido para registar o referido direito na Conservatória. Que, assim, por falta de título, não têm, eles justificantes, possibilidade de comprovar, pelos meios normais, o seu direito de propriedade. Mas a verdade é que eles são os titulares desse direito, pois vêm possuindo o mesmo direito desde aquela data, há, portanto, mais de vinte anos, de boa-fé, sempre em nome próprio e na firme convicção de não lesar direitos de outrem, respeitando o uso a que os restantes consortes têm direito, sem a menor oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de toda a gente, ostensiva e ininterruptamente desde o seu início, posse essa que se tem materializado pelo aproveitamento de que os mesmos são susceptíveis, para seu benefício e zelando pela sua conservação. Que esta posse, pacífica, contínua, pública e de boa-fé, fundamenta a aquisição do respectivo direito de propriedade por USUCAPIÃO, o que pela sua natureza impede a demonstração documental do seu direito pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original. Cartório Notarial de Alcobaça, a cargo da Notária Ana Almeida, nove de Agosto de dois mil e dezanove. A colaboradora autorizada pela Notária Ana Almeida, desde 05.02.2018. Mónica Constantino Ribeiro (nº113/6) Conta registada sob o n.º FAC 2019003/504 Foi emitido recibo. Jornal da Batalha, edição nº 350 de 19 de setembro de 2019


A fechar

B

6ª Caminhada Intergeracional A 6ª Caminhada Intergeracional pelos Direitos das Crianças está marcada para o dia 22 deste mês a partir das 10 horas, com concentração junto aos paços do concelho. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na CPCJ (junta de freguesia) ou no município.

SETEMBRO 2019

Candeias de caracóis iluminam Senhora do Fetal nas procissões mComeça a ser preparada com seis meses de antecedência e são necessárias 10 a 15 mil cascas de caracóis nas duas procissões e 500 litros de azeite As procissões iluminadas com candeias feitas com cascas de caracol e pavios embebidos em azeite, durante a Festa de Nossa Senhora do Fetal, estão marcadas para os dias 28 de des-

te mês e 5 de outubro. A procissão percorre uma distância de 800 metros e o número de participantes tem aumentado bastantenos últimos anos. Há duas décadas envolveria umas 200 pessoas, quando hoje se calcula que sejam 15 mil. Para iluminar as ruas, encostas e a paisagem envolvente ao percurso da procissão, que começa a ser preparada com seis meses de antecedência, são necessárias 10 a 15 mil cascas de caracóis nas duas procissões e 500 litros de azeite. Na edição de 2018 foram

usados seis quilómetros de torcida de algodão. As iluminações mantêm-se acesas por um período de 20 e os 30 minutos, e o uso dos caracóis e do azeite explicar-se-á com o facto de serem materiais originalmente comuns no mundo rural. Em paralelo aos festejos, a junta de freguesia promove um concurso de fotografia, que vai na sexta edição. Há prémios monetários para os três melhores classificados, bem como para os participantes mais jovem e mais idoso.

s Programa 28 de setembro 20h30 Cortejo para o santuário Missa e procissão Arraial na Praça da Fonte com D’Arromba 5 de outubro 21 horas Missa e procissão para o Santuário da Senhora do Fetal Arraial na Praça da Fonte com Licínio & Leonel 6 de outubro 10 horas Recolha de oferendas 11 horas Cortejo para o Santuário de Nossa Senhora do Fetal Missa solene 13 horas Abertura do arraial Animação com a Filarmónica das Cortes 19 horas Sorteio de rifas

p A procissão percorre uma distância de 800 metros

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Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

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Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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