JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2019

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| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXVIII Nº 345 | ABRIL DE 2019 | PORTE PAGO

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Passes mensais custam menos 50% na região

Medida exclui o transporte escolar e corresponde a 550 mil euros de investimento W pág. 05

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Adega comemora 60 anos com especial Real Batalha

Andebol atinge patamar inédito na sua história

Concelho quer 150 mil euros para limpar florestas

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Foto: Wikimedia Commons/Michal Klajban

Suplem nesta edeiçnto ão

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Jornal da Batalha

Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Não podemos deixar que a nossa história seja deturpada e vilipendiada Nos “Apontamentos” deste mês tive de voltar a um tema que é caro, ou que devia ser, a todos os Portugueses. E voltei porque os nossos Descobrimentos continuam a ser alvo de ataques que não podemos deixar passar em branco sem os enfrentar e tentar desmantelar. Repito: Houve, com certeza e como em todas as obras humanas, erros e atitudes condenáveis, mas os benefícios para a Humanidade facilmente os superaram. Dos Descobrimentos ressalta a lição de como um pequeno povo (então pouco

mais de um milhão de almas) foi capaz de pensar, organizar e levar avante uma empresa daquela dimensão universal, de que resultaram avanços notáveis e consideráveis no conhecimento do planeta que habitamos, nas ciências, na técnica da construção de navios, na oceanografia, na astronomia e noutros ramos do saber, lição que bem precisamos de reaprender no nosso tempo. Neste combate patriótico e da razão da verdade, todos temos um papel a desempenhar, particularmente quem, como na vila da

Batalha, vive paredes-meias com a história desse século XV luminoso e a evocação permanente, no seu régio panteão, dos príncipes que idealizaram e impulsionaram a espantosa epopeia protagonizada pelos nossos antepassados. A ilustrar o “Baú” um desenho de grande qualidade da fachada oeste do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, executado pelo pintor galego Chucho (é assim que ele quer ser designado), espírito livre, corpo vadio, língua destemperada, mas artista de méritos tão provados como desperdiça-

dos, semeador de tesouros que vai espalhando generosamente, ele um sem-terra despojado de todos os bens materiais a que estamos habituados, a troco de uns euros para a sopa e para o café.

s A opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Aproxima-se o verão Aproxima-se mais um verão e os receios da seca já começaram, com fundamento, atendendo ao nível de pluviosidade verificado nos períodos normais, nomeadamente o outono e inverno. A poupança de água deverá ser uma preocupação constante de todos, com especial ênfase em situações de seca e de seca prolongada, como será o caso presente atendendo aos anteriores anos de seca, sem a correspondente recarga dos aquíferos de subsolo. Olha-se quase exclusivamente para o nível das barragens e muitas vezes esquecemos que muitos concelhos do país ainda abastecem as suas popula-

ções através de captações no subsolo, como acontece parcialmente com a Batalha e com muitos outros. A poupança dos consumidores ajuda, mas não chega. É fundamental que se rejuvenesçam as condutas e redes mais antigas, de forma a evitar perdas nas tubagens. São investimentos cujo resultado não se vê a olho nu, que chateiam as pessoas pelos constrangimentos que causam, pó no verão, lama no inverno, dificuldades à circulação, mas fundamentais para a comunidade. Existem redes com 50, 60 e 70 anos que estão a atingir o limite de funcionamento, potenciando perdas de água significativas, redu-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira, João Vilhena, António Caseiro, António Lucas, Francisco

ção da qualidade do serviço e que a qualquer momento podem entrar em colapso. Assim sendo, estes investimentos municipais são urgentes e fundamentais para os cidadãos. A par do problema anterior junta-se outro não menos grave, concretamente a ligação das épocas secas com a potenciação dos incêndios florestais. As massas combustíveis encontram-se menos húmidas, potenciando a existência de incêndios florestais. Este tema tem sido muito falado e debatido, mas francamente no terreno pouco se vê, nomeadamente no que à gestão florestal diz respeito. É claro que a gestão das

André Santos, Francisco Oliveira Simões, Joana Magalhães, João Pedro Matos, João Ramos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

faixas de proteção às estradas e aos aglomerados urbanos são importantes, mas não é por aí que se protege a floresta. Minimiza-se o potencial de incêndio em relação às habitações, sem duvida, mas não se resolve o problema do valor económico da floresta, nem tão pouco o problema ambiental do fogo. Para quando medidas efetivas de prevenção dos fogos florestais? Medidas estruturais? E não apenas conjunturais, como temos visto. Cada ano que passa se constata que mais dinheiro publico é atirado para cima do fogo. Porque é que parte deste dinheiro não é dedicado anualmente ao ordenamento e à

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

gestão florestal? Porque é que o poder central e o local não potenciam o avanço da constituição das célebres ZIF – zonas de intervenção florestal? São condomínios florestais, com a floresta ordenada e gerida por profissionais, rentável e muito menos suscetível de sofrer incêndios. De que é que se está à espera? A solução existe, o dinheiro a olhar para o que gasta com o fogo, também. Então estamos à espera de quê? Ordenando e gerindo convenientemente a floresta, daqui a uma ou duas décadas, não seria necessário gastar dinheiro com os fogos, porque seriam praticamente inexistentes ou

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950

muito pontuais. Poupava o país, poupava-se o ambiente e certamente não teríamos mais episódios como os vividos em 2017 e que a continuarmos assim, infelizmente poderão repetir-se. Torno a falar neste tema porque convictamente penso ser esta a solução e existem condições para a sua implementação.

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Espaço Público Batalha

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s Diacrónicas

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Francisco André Santos

A lua é minha amiga Um dia olhei pela minha janela. Eram 6 da tarde. A lua, como sol, surgindo por de trás da verticalidade da cidade, descreveu uma trajetória na horizontal por entre a moldura. Pareceu estar a pedir-me para acordar. Outra vez depois de um turno, com o corpo a ressentir. Passar uma série de turnos a trabalhar à noite consegue pesar no corpo, mesmo quando se adota outro ritmo. Quando falei aos meus amigos em Portugal de que era guarda-noturno, olharam-me de alto a baixo e exclamaram: “ó Xiquinho, tu!?” Do meu pouco mais de metro e meio, enuncio as minhas principais tarefas que são limpar e abrir a porta a hospedes embriagados. Estes teimam em não perceber

como usar o cartão eletrónico para entrar no hostel. Se bem que o trabalho em si não tem muita dificuldade, um dos hospedes já teve de acabar em algemas e eu confesso que posso contar com o apoio do segurança do bar ao lado. Não sendo Amesterdão, trabalhar no meio da noite de Roterdão, vejo de tudo com uma sobriedade pouco invejável. Começo com um expresso duplo a compensar o cheiro de cerveja entornada. Ao longo da noite, mantenho esse passatempo de colecionar personagens. Algumas mais permanentes que outras. Penso nestas melhores pessoas como as que passam duas horas a conversar comigo num turno. O tópico é livre, e se bem que ainda consigo puxar o assunto para

a política, é mais comum falarmos de onde vimos, onde estamos e para onde vamos. Por volta das 4, no outro dia, sou interpelado com “um homem a ler um livro é tããão sexy.” Hoje de manhã, um Novo-Zelandês a viver no Reino Unido confessa-se perdido após ser despedido do seu emprego de 20 anos. Espero que encontre o seu caminho. Um Letão, um pouco mais novo do que eu, está desagradado com as suas escolhas. Felizmente, devolvi-lhe a coragem para que pedisse aos pais uma outra oportunidade para estudar. Disse-me com um sorriso noutro dia, que se não conseguir, terá que lhes pagar o dobro. Passam diferentes grupos de pessoas. Até às 2, os estu-

dantes afetados pela bolha imobiliária, estudam. Antes disso, os estudantes mais novos, em visita de estudo, salvo um ou outro que sai para um cigarro, já estão a dormir. A malta que vem em trabalho, como para o festival de cinema, não costuma ver filmes para além das 3. Entre as 4 e as 6, entram aqueles que vêm em grupo, para despedidas de solteiro e afins, e vão dormir. Novamente, à exceção dos aventureiros ou aquele tipo que se borrou e ficou-se pelo corredor. Entretanto, chega o senhor da lavandaria ou a senhora dos bolos. Até às 8, aparecem os que têm que apanhar o comboio ou o avião, ou a colega que trata do pequeno-almoço. Por esta hora, qualquer sem abrigo já arranjou um

refúgio ou canto. E entretanto, realizo algo fenomenal. Quando estamos tristes e encontramos alguém ainda mais triste, parece que nos alegramos. É nesses parágrafos que entregamos a nossa motivação e como que por surpresa, desenvolve-se outra perspetiva. As nossas nuvens escondem um céu. Podemos até nos concentrar nelas, mas quando o panorama se estende com as nuvens dos outros, aí, enquadramos um céu de possibilidades entre os problemas. A minha cabeça fica ocupada com o que perdi durante o dia e deixo de conseguir usar as horas mais monótonas. Por exemplo, aquele jantar que se evita para dormir antes do turno; o trocar das refeições; a falta de sol; o sair

da festa antes da meia-noite, qual Cinderela; ou o mal dormir. Trabalhar por turnos, em particular à noite, gasta mais tempo do que se imagina. Mas para ajudar, fiz uma amiga que está sempre presente e me ajuda a compensar essa falta de luz, que me mostra o lado certo da noite. Brilha, e muda todos os dias mas reflete sempre o sol e conhece o horizonte. Por de trás das nuvens, a lua é minha amiga. Enquadra uma galáxia de personagens e histórias e eu conheço-lhe a trajetória, e ela, ela sabe para onde vou.

s Pestanas que falam Joana Magalhães

O segredo Muitas vezes perguntam-me qual é o segredo. A mim e ao ‘mister’ que me acompanha há 7 anos, desde os meus 15. Porque as relações dos jovens de hoje “já não duram nada” ou porque somos “uma exceção à regra”. Bom, correndo o risco de não ser politicamente correta… não, o segredo não é o amor. Não

é gostar muito. É verdade que esses sentimentos se vão reforçando e restaurando com o tempo, mas o segredo não é esse. O segredo está na paciência, na tolerância e na compreensão que temos um com o outro. O segredo está na capacidade de pensarmos que do outro lado está alguém diferente de nós, que

aprendeu a vida de uma forma diferente e que a cada dia tenta acostumar-se às nossas próprias aprendizagens. Talvez seja isso que nos falta a nós, jovens, na maioria dos casos. Perceber que somos diferentes uns dos outros e que a nossa verdade não é a única certa. Isso e querer muito que resulte.

Nunca pensar que a primeira discussão deve determinar o fim de uma relação. Nem a primeira, nem as seguintes. Enquanto não se fizer mal um ao outro. Enquanto não houver mais dor do que felicidade, as discussões serão apenas pontos de mais aprendizagem sobre o outro.

Eu e o ‘mister’ já atirámos algumas vezes a bola ao poste, mas recuperámo-la sempre no ressalto. Já o árbitro foi de certeza comprado por nós, porque nunca chegámos ao tempo de compensação em 90 minutos onde não se ouve o apito final. Já nos deu alguns cartões amarelos, mas nunca nos levantou o verme-

lho. Por isso, continuamos em jogo.

s Opinião

Como agir numa emergência num espaço público Ao contrário de emergências em locais que conhecemos bem, como as nossas casas ou os locais de trabalho, nos espaços públicos o desconhecimento do local pode constituir um grave perigo para os seus ocupantes. É possível, nos recintos em que estão concentradas pessoas, criarem-se momentos de pavor que rapidamente podem escalar e causar feridos e perdas humanas. Estes perigos são ainda maiores quando se verificam fenómenos como sismos, incêndios, colapso de estruturas, terrorismo ou atos de vandalismo, que facilmente geram o pânico. Durante uma situação de

emergência é imprescindível tentar manter a calma e acalmar quem está à sua volta. Quando ouvir o sinal de alarme, retire-se do local ordeiramente e não corra, optando sempre pelas escadas sinalizadas para evacuação – poderão existir caminhos que habitualmente usa, mas há a probabilidade de estarem bloqueados ou fechados. Se estiver dentro de um elevador saia no piso mais próximo. Em caso de ser necessário abandonar o local não se esqueça que a sua vida é o mais importante. Se tiver de abandonar malas, mochilas ou outros objetos para se movimentar melhor, não hesite

em fazê-lo! Nada vale mais que a sua vida. Se estiver sentado nos lugares mais altos de um estádio ou pavilhão, e se não estiver em situação de perigo, deve permanecer sentado até indicações da equipa de evacuação. No entanto, deve preparar-se para sair do recinto. Perante uma situação de pânico generalizado, não se precipite para uma saída de emergência, verifique se não existem alternativas com menos gente. Se cair durante a saída, tente levantar-se o mais depressa possível, porém, se não conseguir, proteja a sua cabeça com os braços e encolha-se. Se estiver a ser arrastado

por uma multidão, deve andar no mesmo sentido desta, tentando chegar-se para uma parte lateral da mesma. Se possível encoste-se a uma das paredes laterais, onde estará mais seguro. Nunca fique parado junto a portas ou saídas de emergência, uma vez que os acessos às mesmas devem estar livres. Se presenciar alguma situação de desacato ou violência, retire-se do local e avise as autoridades competentes. Nunca entre em provocações ou confrontos. Lembre-se, os agentes da autoridade e membros da organização estão consigo para o ajudar, por isso siga sempre as instruções dadas pelos mesmos.

Associação Portuguesa de Segurança (APSEI)

Numa situação de pânico nem sempre se conseguirá proteger a si mesmo e, por isso, proteger outra pessoa representa um enorme desafio. Crianças, grávidas, idosos e deficientes fazem parte do chamado grupos de risco e têm prioridade na evacuação do local da emergência. Se estiver a acompanhar crianças, é fundamental que nestas situações a consiga manter calma e, para isso, deverá também manter-se o mais sereno possível. No meio de uma multidão e numa situação de pânico, onde os empurrões são uma constante, as crianças, devido à sua estatura física, correm grandes riscos. Nunca

desvie a sua atenção delas, segurando-as pela mão e, se possível, pegando-as ao colo. No caso de estar com uma grávida, deve acompanhá-la para a saída de emergência, optando por fazê-la percorrer o caminho sempre junto a uma parede, para evitar choques na barriga. O mesmo se aplica aos idosos, em quem situações de queda ou choque podem ter consequências graves. Se o seu acompanhante for portador de alguma deficiência, deve informar alguém da equipa de evacuação o mais rápido possível, principalmente se a pessoa necessitar de ajuda para se locomover.


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Atualidade

m Adesão ao programa é voluntária, gratuita, automática e processa-se através da apresentação de um formulário junto dos operadores A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), que integra 10 municípios do centro e norte do distrito, incluindo o da Batalha, anunciou no dia 19 de março “a redução em 50% do tarifário dos passes dos transportes públicos”, o que corresponde a um investimento superior a meio mi-

lhão de euros. A CIMRL apresentou ao Governo o seu plano de aplicação do programa de apoio à redução tarifária na Região de Leiria (PART-RL) que concretiza, para um período de oito meses de aplicação, em 2019, a redução de 50% do tarifário dos títulos de transporte de utilização mensal do serviço rodoviário, a aplicar aos passes municipais e intermunicipais, com origem e destino dentro do território da comunidade. A percentagem de redução pode ser ajustada ao longo do ano, em função da monitorização da aplicação do programa. Desta iniciativa estão ex-

cluídos os passes do transporte escolar (pré-escolar, ensino básico e secundário). “Os passes municipais e intermunicipais interurbanos irão passar de um custo médio de 53 euros para um valor abaixo de 30 euros. Os passes urbanos irão passar de um custo médio de 15 euros para 10 euros. De igual forma, os estudantes do ensino superior (passe sub-23), passam a ter uma dupla redução, uma vez que o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMTT) irá aplicar a redução ao valor do passe após aplicação do PART-RL”, explica a CIMRL em comunicado.

Foto: RDL

Municípios da região reduzem preço dos passes em 50%

p Os passes do transporte escolar não estão abrangidos A CIMRL estima que “a população beneficiária da redução tarifária se situe entre os 7.500 e os 10 mil passageiros, prevendo-se que este plano entre em funcionamento em maio próximo, com duração até dezembro de 2021. Em 2020 e 2021 a redução tarifária resultará da monitorização constante da aplicação do plano, mas também das dotações anuais que vierem a ser disponibilizadas” à comunidade intermunicipal. Estas medidas de redução tarifária correspondem a um investimento de 550 mil euros a efetuar pela CIMRL, que investirá ainda 52.500 euros no aumento da oferta e da expansão da rede (Tumg, Marinha Grande; Pombus, Pombal, e Mobilis, em Lei-

ria). Nos termos do regulamento, ainda a aprovar, a adesão ao PART-RL é voluntária, gratuita, automática e processa-se através da apresentação de um formulário junto dos operadores, sem mais formalidades. A partir desse momento o passageiro tem acesso à redução tarifária. As compensações financeiras aos operadores serão efetuadas ao abrigo de um protocolo de execução a celebrar entre a CIMRL e as empresas de transportes. A percentagem da redução, assim como os títulos abrangidos, serão definidos pela CIMRL, em função da monitorização que for efetuada à implementação do programa e pode ser sujeita

a alterações ao longo do tempo. Se as alterações implicarem uma mudança no plano de aplicação da dotação do PART-RL, será solicitada uma modificação junto do Fundo Ambiental. Os passes inter-regionais (origem/destino partilhado entre a CIMRL e outras CIM) serão abrangidos pelo programa à medida que forem celebrados os protocolos de execução, sendo a percentagem de redução do tarifário dos títulos a definir em conjunto. A CIMRL abrange os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrogão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Produção e comércio de Carnes

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Vinho especial Real Batalha assinala 60 anos da adega m “É o pretexto para brindar à paz e assinalar todos os momentos e celebrações importantes das nossas vidas”, refere o gestor da adega, Ricardo Borges

A Adega Cooperativa da Batalha decidiu assinalar o seu 60º aniversário com o lançamento, no domingo, 24, de um vinho especial “Real Batalha/Reserva de 2017”, em garrafa magnum, numa série limitada de 1.333 exemplares. “O Real Batalha é pretexto para brindar à paz e assinalar todos os momentos e celebrações importantes das nossas vidas”, refere o gestor da adega, Ricardo Borges, explicando que resulta da “arte da adega de fazer vinhos especiais, aproveitando de forma magistral as vinhas trabalhadas por mãos hábeis e dedicadas que envolvem o Mosteiro da Batalha”. “Este tinto rico em sabor e aromas, produzido nas Encostas d’Aire, assinala

os 60 anos da Adega Cooperativa da Batalha, celebrando a memória de quem o saboreia e desfruta, numa associação única que cruza um dos monumentos mais visitados de Portugal e vinhos sóbrios, com caráter e dotados de forte personalidade”, descreve Ricardo Borges. As notas de prova indicam um néctar de “cor rubi e intensa, aromas com excelente definição onde se salientam notas mentoladas (balsâmicas) e bagas de bosque com algumas nuances de madeira de estágio onde permaneceram. Boca fresca e intensa dominada por acidez viva, mas equilibrada e taninos maduros e sedosos, bem integrados na estrutura do vinho, a proporcionarem final intenso e

Guia do investidor apresentado a autarcas da Noruega

de excelente persistência”. As recomendações de serviço apontam que deve estar à temperatura de 16º graus centígrados, em copo de pé alto. É considerado ideal para acompanhar pratos de caça, aves de capoeira e peixes gordos no forno. Nascido da colheita de 2017, após maceração pré-fermentativa a frio durante 48 horas, este Real Batalha fermentou em pequenas cubas de inox durante 10 dias à temperatura de 14 graus centígrados, após o que permaneceu em “cuvasion” com as suas massas durante 30 dias. O estágio decorreu durante 10 meses em barricas novas de carvalho nacional (60%) e barricas de carvalho francês usadas (40%).

p Ricardo Borges, gestor da adega da Batalha

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL p O presidente do município durante a iniciativa O presidente da câmara municipal apresentou no dia 1 deste mês a uma delegação de autarcas da Noruega, da região de Gjøvik, o Guia do Investidor do Município da Batalha. O documento, elaborado nas línguas portuguesa e inglesa, foi apresentado na sede da AICEP – Portugal Global, em Lisboa, e reúne em 16 páginas informação sobre os indicadores económicos do concelho, políti-

ca de fiscalidade, enquadramento legal do investimento em Portugal, bem como as áreas de localização empresarial da Batalha e de São Mamede. A publicação destaca também aspetos de interesse para os investidores como a demografia, rede viária, a proximidade a centros de investigação e desenvolvimento (I&D) e a localização geográfica do município. “O guia representa a dis-

ponibilização pela autarquia de mais um recurso que congrega informação válida, considerada fundamental para quem pretende investir neste território”, refere o presidente da câmara. Na perspetiva de Paulo Batista Santos, “esta é mais uma ferramenta de promoção da Batalha e do concelho, bem como da elevada capacidade que a região apresenta para a captação de investimento”.

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Opinião s Espaço do Museu

O museu dos sentidos. Ver Temos vindo a apresentar, nesta coluna, alguns dos recursos existentes na exposição do MCCB pensados para todos, incluindo as pessoas com alguma incapacidade ou deficiência. Abordámos, na última edição, o sentido do tato e as experiências através do toque, nomeadamente os objetos para tocar, a informação em código braille ou o trilho tátil no chão. Todas estas soluções são ajudas técnicas fundamentais para as pessoas com deficiência visual que, complementadas com o som e a descrição, potenciam uma visita mais completa. Quando falamos em deficiência visual pensamos tendencialmente na ceguei-

ra e nas pessoas que se fazem acompanhar por um cão guia ou que usam uma bengala branca. Mas é importante ter também presente as especificidades das pessoas que têm baixa visão, ou seja, que veem alguma coisa, ainda que pouco. Ausência de visão periférica e/ou central, dificuldade em focar a imagem, ver como se observasse através de um pequeno orifício são algumas dos sintomas das pessoas classificadas como portadoras de baixa visão. Estes podem ser de ordem genética, de género ou de idade. Podem ainda ser resultantes de alguma doença ou acidente. De acordo com Programa Nacional para a Saúde da Vi-

são, estima-se que em Portugal haja cerca de 35.000 pessoas que sofrem de baixa de visão relacionada com doenças da retina e da coróide, nomeadamente de Degeneres-

Não atrapalhar a organização natural

Elégias do tabelião culpas, caros leitores. Mas tenho aqui algo que promete ser mais animador. Vou relatar a incrível aventura de um jornalista na redação de uma revista cultural portuguesa. Lisboa brotava de vida cultural e intelectual. Festivais de cinema, lançamentos de livros, concertos de jazz e palestras de elevado grau de erudição e sabedoria. Jaime estava sentado na sua cadeira de escritório, num balanço ritmado. Buscava ideias para escrever um artigo que captasse a atenção dos hipsters e dos geeks. De repente, recebe um telefonema do Director daquela revista literária, dramatúrgica, cinéfila e cultural de renome. Pedia-lhe que comparecesse no seu gabinete. Jaime sentou-se, uma vez mais, em frente Do chefe. - Jaime, há quanto tempo trabalha aqui na revista Magazine Fanzine? - Há quatro meses. - É o nosso mais antigo funcionário, que honra. Estive a fazer contas e vamos ter de despedir. Temos de dar lugar

disponibilizar recursos que facilitem a visibilidade e a leitura de informação. No MCCB existe, entre outras soluções, alto contraste nos livros virtuais e na informação nas paredes, contraste de cores, legendas curtas e com tamanho largo nos vídeos, iluminação direcionada para peças e textos, informação sonora e recursos táteis. A baixa visão merece-nos, pois, especial atenção e deverá ser considerada em vários aspetos do dia-a-dia. Da leitura do jornal, passando pela informação da bula dos medicamentos ou ainda pelas “letras miúdas” dos contratos, instituições públicas e privadas deverão ter noção

desta realidade de forma a facultar a informação de forma democrática a todos os cidadãos. Reforçamos, novamente, o convite à visita ao museu, relembrando que aos primeiros domingos do mês, pelas 11h30, há visita guiada para todos. Nesse dia as entradas são gratuitas para os Munícipes. O museu está aberto de quarta-feira a domingo (10h00-13h00; 14h00-18h00). Fonte: www.retinaportugal. org.pt Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

s AMHO A Minha Horta

s Crónicas do passado

Hoje vi algo assombroso, assaz, aterrador e mordaz. Um ato tão diferente e maledicente, que ninguém se lembraria de o fazer. Depois de o contar, espero que consigam dormir sem pesadelos. O que tenho para vos dizer é… Bem, já não me lembro, mas sei que seria uma história interessante. Agora já não tenho artigo para apresentar. Do que irei falar este mês? Só se vos narrar a epopeia celestial e aventurosa de um tabelião na corte do Rei D. Dinis. Estávamos numa manhã de nevoeiro, no ano de Nosso Senhor de 1295, quando um dos tabeliões de El-Rei acordava para mais um dia de intensa atividade. Levantou-se, vestiu-se e preparou a tinta, os pergaminhos e a pena bem afiada. Dirigiu-se ao escritório de Sua Alteza. Bateu e regressou para o corredor do castelo, mais uma vez, não tinha qualquer trabalho a realizar. Esperava que fosse mais interessante. Peço as minhas mais encarecidas des-

cência Macular ligada à Idade, que afeta 5% das pessoas com mais de 55 anos e uma em cada 10 pessoas com mais de 65 anos. Estes dados indicam-nos que, à semelhança de outros países europeus, em Portugal verifica-se a tendência para envelhecimento da população, sendo a diminuição da capacidade visual uma realidade cada vez mais evidente. Viver com baixa visão não é necessariamente sinónimo de perda de autonomia, já que as pessoas podem fazer uma vida como os designados normovisuais. Todavia, para que tal aconteça em condições de conforto e segurança é necessário

Francisco Oliveira Simões Historiador

a sangue novo. - Mas eu só tenho vinte cinco anos. - Pois, já não vai para novo. - É capaz de ter razão. E foi assim que o pobre Jaime perdeu o emprego de uma vida. Pensei que seria uma história com mais sumo, mas, infelizmente, já terminou. Não são as elégias mais empolgantes deste século, mas foi o que o vento me trouxe à minha secretária. E com os vendavais que se têm feito sentir por estes dias, já foi uma sorte não ter levado com uma árvore em cima. Espero que estes episódios desoladores, mas tão ricos de emoções e paixões fortes, não tenham desgostado quem os ler e contemplar.

Este inicio frio e chuvoso de abril faz-nos lembrar o provérbio “abril águas mil”. Pois a sabedoria popular tem ainda outro muito interessante: “abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado”. E se olharmos para a natureza espontânea percebemos que nesta altura tudo desponta da terra. É ver crescer todas as plantas e flores e como se tornam viçosas com estas águas que têm caído. Gosto de ver assim os campos, exuberantes, com flores por todo o lado, e é com elas que enfeito as jarras cá em casa. Quanto mais conheço os atributos das plantas espontâneas, mais sinto gratidão pela natureza generosa que me rodeia. Para a maioria dos agricultores que conheço o meu quintal parece demasiado desorganizado, mas a verdade é que consigo colher muitas plantas e manter uma diversidade muito maior

de culturas, e algumas deixei de plantar/semear, pois crescem espontâneas por onde querem. Cada um tem a sua organização, a minha é a de não atrapalhar muito a organização natural. É também verdade que as plantas que partilho, como são mais “desenrascadas”, não precisam de muitos cuidados para se manterem saudáveis nas suas novas moradas. Reconheço cada vez mais as propriedades das plantas espontâneas. A urtiga passou a ser frequente nas refeições cá de casa e outras seguem-lhe o rasto. Assim precisamos cada vez menos de intervir. Há ainda técnicas para cultivar alimentos sem cavar, em suma a horta caseira já não precisa de ser uma canseira. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, broculos, cebolas, cenouras, coentros, couves-

Célia Ferreira

-flor, couves-repolho, couve-rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas, nabiças, nabos, pepinos, pimentos, salsa, tomates, rabanetes, rúcula e calêndulas. Jardim, semear: amores perfeitos, cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas (estas são excelentes para circundar a nossa horta), agrião de jardim e calêndulas. Arbustos e arvores de fruto para plantar: amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, morangueiros e videiras. Mantenha-se a par das partilhas em: https://www. facebook.com/AMHO.A. Minha.HOrta/ Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.


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Atualidade Batalha

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“Joia da Batalha” quer ser uma das “7 Maravilhas” m “A proposta foi inspirada em sete reis de Portugal que passaram pelo Mosteiro de Santa Maria da Vitória”, explica o restaurante, situado no Casal da Amieira

O Mosteiro do Leitão candidatou ao concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal” um doce que batizou de “Joia da Batalha”, composto com geleia de ginja e chocolate. “A proposta foi inspirada em sete reis de Portugal que passaram pelo Mosteiro de Santa Maria da Vitória”, explica o restaurante, situado no Casal da Amiei-

p Os candidatos são votados em 20 programas em direto ra, na Batalha, adiantando que é “feita sob a tradicional receita do macaron, contendo um inigualável sabor a ginja, transformado em geleia a partir da ginja de Óbidos Vila das Rainhas. E porque ginja rima com cho-

colate, o interior e exterior não passam despercebidos aos verdadeiros fãs do cacau. Acresce ainda folha de ouro comestível”. “As características da “Joia da Batalha” elevam o palato a um verdadeiro ban-

Doze projetos finalistas no Orçamento Participativo

p A votação decorre até ao dia 19 deste mês A câmara municipal revelou no dia 21 de março que o Orçamento Participativo da Batalha contempla 12 propostas finalistas, “já analisadas em termos de elegibilidade técnica e financeira”. Os projetos contemplam ideias ligadas à acessibilidade, criação de equipamentos desportivos, requalificação de infraestruturas e aquisição de viatura de combate aos incêndios (ver detalhe no fim da notícia). A proposta mais votada

será concretizada pela autarquia, que atribuiu 30 mil euros à iniciativa. A votação decorre até ao dia 19 deste mês. “O processo é simples e bastante intuitivo”, bastando aceder à plataforma http://op.cm-batalha. pt/projetos. “Através do Orçamento Participativo tem sido possível estimular a participação dos cidadãos na governação do município, representando este processo um exercício que consideramos de inques-

tionável importância”, afirma o presidente da câmara. “As intervenções já realizadas através das edições anteriores são bastante diversas e refletem, na sua diversidade, aspetos diferenciados de valorização do património, melhoria dos acessos viários ou o apetrechamento de equipamentos de utilização coletiva”, adianta Paulo Batista Santos. A divulgação do projeto vencedor decorre a partir do dia 20 deste mês.

quete real”, salienta o Mosteiro do Leitão na sua página no Facebook. As categorias a concurso são: doces de território, bolo de pastelaria, doce de colher e doce à fatia, biscoitos e bolos secos, doces festivos, do-

ces de fruta e mel e doces de inovação. Este ano os candidatos são votados por cada um dos 18 distritos e duas regiões autónomas, com 20 programas em direto a realizar nos meses de julho e agosto. Há

sete candidatos por distrito e regiões autónomas, num total de 140 doces, sendo que de cada programa na RTP sai um pré-finalista que passa às semifinais. Um grande júri, órgão constituído por sete figuras do espaço mediático, será responsável pela repescagem de oito candidatos que se irão juntar aos 20 pré-finalistas. Os 28 pré-finalistas são divididos por sorteio pelas duas semifinais, nos dias 24 e 31 de agosto, dois programas em direto na RTP1. Em cada semifinal são apurados os sete doces. A gala finalíssima decorre a 7 de setembro de 2019 e será transmitida pela RTP1. Dos 14 finalistas apurados vão ser eleitos sete doces pelos portugueses como “7 Maravilhas de Portugal”.


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Batalha Opinião

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s Tesouros da Música Portuguesa João Pedro Matos

Uma guitarra portuguesa universal Carlos Paredes descendia de uma família de músicos amadores e, à semelhança do seu pai e do seu avô, não quis romper essa tradição. Talvez gostasse demasiado da música que fazia para se tornar profissional. Por isso preferiu continuar a ser arquivador de radiografias no Hospital de São José e espraiar o seu talento genial no tempo que lhe sobejava. Até que, na década de oitenta do século passado, o Ministério da Saúde o dispensou dessa obrigação. Mas nunca deixou de considerar a música que compunha como pequena música, em contraposição com a clássica, essa sim a grande música. Restava saber se a sua arte, a que se entregava com paixão, era arte popular ou erudita. Além de todos os rótulos, a verdade é que bebeu do filão popular beirão,

porque nasceu em Coimbra, e não foi alheio à tradição trovadoresca medieval. Porém, a música de Carlos Paredes ultrapassa todos os compartimentos estanques de géneros e classificações, e a sua guitarra expressa uma dimensão universal. Não é de estranhar o diálogo que estabelece com outras artes, como seja a sétima arte ou o bailado. Escreveu para realizadores de cinema, entre outros, para Manoel de Oliveira, António de Macedo, José Fonseca e Costa e para o francês Pierre Kast. Mas foi com Paulo Rocha que teve a colaboração que lhe deu fama internacional, ao assinar a banda sonora do filme Verdes Anos. Datada de 1963, esta película constitui um marco na História do Cinema Português, por fundar o movimento que ficou conheci-

do por Cinema Novo. Também alguns dos trabalhos de Carlos Paredes foram coreografados e dançados, nomeadamente pelo Ballet Gulbenkian. Paredes tornou-se um símbolo da cultura portuguesa, porquanto realizou concertos um pouco por toda a parte do mundo: nos Estados Unidos, na China, na Alemanha, na Austrália, na Índia, no Senegal, sem esquecer o Brasil. Igualmente, colaborou com os Madredeus e gravou discos com Charlie Haden (baixista de jazz que foi membro do grupo de Ornette Coleman) e com António Vitorino D’Almeida. Sem contar com estes discos e um álbum ao vivo em Frankfurt, a discografia de originais de Carlos Paredes resume-se a três discos: o primeiro registo, batizado Guitarra Portuguesa, con-

tou com a participação de Fernando Alvim na viola e viu a luz do dia em 1967; o segundo, na nossa modesta opinião, a sua obra maior, foi lançado em 1971 sob o título de Movimento Perpétuo; e o terceiro, publicado em 1988, chamou-se Espelho de Sons. Mais tarde, em 1996, surgiria uma compilação de temas inéditos que ficaria conhecida por incluir faixas de álbuns que nunca chegaram a ser lançados e que receberia o nome de Na Corrente. A parcimónia da sua discografia reflete a enorme exigência do músico para consigo próprio, exigência que o conduzia a patamares de excelência cada vez mais elevados. Sobretudo reflete um virtuosismo que, ao contrário de ser uma frio tecnicismo, estava carregado de sentimentos e emoções.

Paredes era um homem que valorizava as relações humanas e a amizade. E um homem de causas. Mas acima de tudo, não obstante a sua lendária modéstia e timidez, ele transfigurava-se quando se entregava à sua arte, principalmente no palco quando se encontrava perante um público que o apreciava. Essa admiração que aqueles que o ouviam tinham por si, deixava-o sempre surpreso e melhor não podia fazer do que retribuir. E o maior tributo que podemos fazer a este homem, quinze anos depois do seu desaparecimento, é continuar a celebrar a sua obra. Escutando e sentindo a sua grande música que não é de todo pequena. E que tal começar por ouvir o disco Movimento Perpétuo? É o convite que vos faço este mês.

s Fiscalidade

Regime contributivo dos trabalhadores independentes Com a entrada em vigor do novo regime, janeiro de 2019, deixa de haver escalões de remuneração. O rendimento relevante passa a ser determinado através de declaração de rendimentos correspondentes à atividade exercida, obtidos nos 3 meses imediatamente anteriores. Nas situações em que o trabalhador independente não está enquadrado no regime dos trabalhadores independentes em virtude de após o decurso de pelo menos 12 meses do início de atividade nas finanças, o rendimento relevante anual não ultrapassou seis vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais, passa a ficar enquadrado no regime com obrigação declarativa trimestral e contributiva desde janeiro de 2019, inclusive. O valor do IAS em 2019 é

de € 435,76, tendo tido um aumento de 1,6%, face ao ano de 2018, o que representou um aumento de € 6,86. Está em curso, até 30 de abril de 2019, o prazo para entrega da segunda Declaração Trimestral através da Segurança Social Direta. Nesta segunda declaração trimestral de rendimentos são declarados os rendimentos auferidos nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2019. Todos os trabalhadores independentes têm de entregar a declaração trimestral de rendimentos, com exceção dos que estejam nas seguintes situações: a) Pensionistas e titulares de pensão resultante da verificação de risco profissional com incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70%; b) acumulam a sua atividade com ativida-

de profissional por conta de outrem, desde que, cumulativamente: O rendimento relevante mensal médio de trabalho independente seja de montante inferior a 4 vezes o valor do IAS; A atividade independente e a outra sejam prestadas a entidades distintas; c) estejam já obrigatoriamente enquadrados num outro regime de proteção social; e, a remuneração mensal média como trabalhador por conta de outrem seja igual ou superior a € 435,76. Advogados e os solicitadores integrados obrigatoriamente na respetiva Caixa de Previdência; i) trabalhadores que exerçam em Portugal, com caráter temporário, atividade por conta própria e que provem o seu enquadramento em regime de proteção social obrigatório de outro país; contratos

de arrendamento e de arrendamento urbano para alojamento local em moradia ou apartamento, produção de eletricidade para autoconsumo ou através de unidades de pequena produção a partir de energias renováveis. No caso dos titulares de direitos sobre explorações agrícolas e agricultores que recebam subsídios ou subvenções no âmbito da Política Agrícola Comum: Os trabalhadores independentes titulares de direitos sobre explorações agrícolas ou equiparadas cujos produtos de destinam predominantemente ao consumo dos seus titulares e dos respetivos agregados familiares e os rendimentos de atividade não ultrapassem o montante anual de 4 vezes o valor do IAS ( alínea a) do n.º 1 do art.º 139.º do Códi-

go dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social (CRC), para ficarem excluídos do regime dos trabalhadores independentes têm, por ora, que apresentar requerimento a solicitar essa exclusão. Os trabalhadores independentes agricultores que recebam subsídios ou subvenções no âmbito da Política Agrícola Comum de montante anual inferior a 4 vezes o valor do IAS e que não tenham quaisquer outros rendimentos suscetíveis de os enquadrar no regime dos trabalhadores independentes (alínea g) do n.º 1 do art.º 139.º do CRC), para ficarem excluídos do regime dos trabalhadores independentes também têm, por ora, que apresentar requerimento a solicitar essa exclusão.

António Caseiro Membro da Assembleia Representativa da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração














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Desporto Andebol da Batalha atravessa momento único de sucesso m O Batalha Andebol Clube (BAC) é o vencedor das presentes edições das taças Rui Faria e Pedro Afra O Batalha Andebol Clube (BAC) está a atravessar um momento único na sua história, quer no âmbito dos resultados desportivos, quer na captação de jovens para a modalidade, em resultado do trabalho que têm realizado ao longo dos anos junto da comunidade. As equipas seniores feminina e masculina foram apuradas, respetivamente, para as fases finais da 2ª e 3ª divisões, vencedoras das presentes edições das taças Rui Faria e Pedro Afra, e as atletas seniores femininas disputaram os quartos de final da Taça de Portugal. Na perspetiva do presidente do BAC, Luís Dias, este “percurso notável ao longo da primeira fase, em que foram alcançados resultados extremamente positivos, em jogos bastante equilibrados, atraíram os atletas da formação, pais, amigos e familiares, que encheram o pavilhão num apoio incondicional e fundamental para o alcance dos objetivos”. Neste contexto, a Batalha recebe equipas de referência do andebol português, como o Benfica, ABC de Braga e Sporting, dando visibilidade

ao “fruto do trabalho que se tem desenvolvido junto da comunidade, das escolas e dos infantários na captação de novos atletas que esta época já ultrapassam os 180”. É ainda de salientar o trabalho das equipas de infantis feminina e masculina, que estão a disputar o apuramento para o Encontro Nacional de Infantis, evento que se realizou na Batalha na última época. “Os resultados competitivos refletem – refere Luís Dias - muitas pequenas batalhas que foram sendo conquistadas, batalhas por vezes invisíveis, ao longo de todo o percurso do clube”. Mas, “mais importante que estes resultados, é a paixão e o amor que os atletas têm, não só pela modalidade em si, mas pelo clube. Vestem a camisola com orgulho e sentem que fazem parte de uma enorme família”, salienta. Para este ambiente “contribui também o papel importante dos pais, cada vez mais envolvidos, como apoiantes fervorosos, diretores de equipa e ainda como atletas”, refere o responsável pelo clube, salientando que “esta época – finalmente - conseguiu-se abrir espaço para que os pais e encarregados de educação possam jogar andebol, num treino semanal cheio de intensidade e divertimento”. Esta iniciativa reforça o conceito de família do BAC e transmite aos pais e encarre-

gados de educação um conhecimento maior das regras, ajudando-os na interpretação do jogo, no consequente apoio na bancada e na participação em diversos torneios, com destaque para o VIII Termas Andebol Cup em São Pedro do Sul, em que o clube estará presente pelo terceiro ano consecutivo, com mais de 100 atletas, com o apoio da Câmara da Batalha. Além destas atividades, o BAC organizou esta época a primeira edição do Torneio Inter-escalões, um evento interno em que os atletas constituem as equipas - mistas e com atletas de pelo menos três escalões -, e promove mais uma Festand, no dia 10 de junho, junto ao mosteiro, com a participação das associações da Batalha. Esta ainda a preparar o 20º aniversário do clube, no próximo ano, e organiza também os habituais convívios e jantares na sede com atletas, direção, pais e familiares. Para o desenvolvimento da modalidade, Luís Dias destaca ainda o trabalho Associação de Andebol de Leiria, que “desempenha um papel fundamental”. A sua nova direção, que tomou posse este ano, “empenhou-se desde o primeiro minuto em devolver ao andebol de Leiria o respeito e o prestígio que outrora mereceu”, demonstrando “um empenho ímpar no apoio aos clubes e um tratamento exemplar de equidade e igualdade”.

p As equipas de infantis feminina e masculina também têm bons resultados

p As equipas seniores feminina e masculina foram às fases finais da 2ª e 3ª divisões


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Património Os Descobrimentos Portugueses Os Descobrimentos Portugueses não podem ser julgados com paixão política nem avaliados à luz do nosso tempo, nem tão pouco analisados como de um só acontecimento se tratasse ora glorificando-os ora condenando-os na totalidade. Podemos dividi-los em dois períodos: o primeiro sensivelmente desde o descobrimento, em 1418, portanto no reinado de D. João I, da Ilha de Porto Santo, logo seguido, em 1419, do descobrimento da Ilha da Madeira, e ao longo de todo o século XV (além do reinado de D. João I, os reinados de D. Duarte I, D. Afonso V, D. João II e primeiros tempos do de D. Manuel I, sem esquecer a regência do Infante D. Pedro, e o segundo a partir dos finais do reinado de D. Manuel I, sublinhando desde já que esta medição do tempo é discutível, estendendo-se até ao fim da ocupação castelhana dos Filipes. O primeiro período, com cerca de cem anos, corresponde ao da consolidação da independência de Portugal, habilmente conduzida por D. João I, e à reorganização do reino em termos da modernidade de então e, inclusivamente, de superação dos reinos europeus. É o período da preparação, em termos científicos e técnicos, dos Descobrimentos. E da sua realização. Criam-se os novos navios, como é o caso das caravelas, inteligentemente adaptados às novas condições de navegação, aos novos mares, guiados por novos céus e impulsionados por novos ventos, chega-se a continentes ainda desconhecidos ou mal conhecidos dos europeus, escrevem-se brilhantes páginas, tantas vezes insuperáveis, da ciência náutica, da construção de navios, da astronomia, da oceanografia, da geografia, do conhecimento não só de novas terras, várias insuspeitadas,

mas de novas produções agrícolas que vieram revolucionar os hábitos alimentares europeus, ao mesmo tempo que espalhavam os nossos, levam-se os nossos conhecimentos, então avançados nas mais diversas matérias, a pontos tão longínquos como a Índia, a China e o Japão, sendo significativos exemplos disso a reforma do Observatório Astronómico de Pequim pelos nossos jesuítas, a difusão do nosso e avançado modelo hospitalar desde a África ao Brasil e ao Oriente, que teve o seu ponto mais alto no gigantesco hospital de Goa com mais de duas mil camas e a que já me referi em números anteriores do “Jornal da Batalha”, ou leva-se para fora da Europa a tipografia, como aquela oferecida por D. Manuel I à Etiópia, acompanhada por mestres e oficiais desta arte, a primeira a chegar à África. Em 13 de Abril de 1977, o distinto jornalista António de Figueiredo publicou no “Diário Popular” uma entrevista que fez ao rei Ubulué II do povo Obulu, no Benim, que intitulou “Carta da Nigéria – Lição de História por um Rei de Benim”, em que este afirmou: “Os portugueses foram grandes amigos dos meus antepassados. Ainda hoje, no meu reino, há espécies de vacas e de cães descendentes de animais que os portugueses nos trouxeram (…). Estes colares e pulseiras que ostento hoje, foram-nos oferecidos pelos seus antepassados. “Sabe, vocês, portugueses, ainda não recuperaram do trauma da descolonização, mas não se devem deixar abater moralmente. Não devem deixar influenciar-se demasiado por certas críticas e sentimentos de culpa (…). Afinal, continuou o rei, dos cinco séculos de colonização portuguesa em África, quatro foram-no na condição de mercadores e aliados dos nossos reis. Os

portugueses prestaram uma grande contribuição à África e foram os seus antepassados que nos ensinaram a forjar o ferro e a trabalhar em madeira. “O moderno colonialismo de ocupação foi um fenómeno mais recente, em que Portugal, pequeno e pacífico país, foi arrastado por influência da expansão do império britânico e pelo germanismo que se manifestou na Conferência de Berlim

de 1895. “Portugal, para nós, será sempre o país que bateu à porta, não a empurrou como os outros. Portanto – terminou o rei – voltem à África com o vosso engenho e espírito de iniciativa, com a vossa capacidade de adaptação”. Ora, este meu novo apontamento sobre os nossos Descobrimentos, no tempo corrente alvos escolhidos por quem nos pretende

apoucar a memória e diminuir ainda o pouco orgulho cívico que nos resta, vem a propósito duma entrevista, publicada na Revista “Visão” nº 1357, de 7 a 13 de Março último, feita ao inglês residente no nosso País, Barry Hatton, em que ele em determinado ponto diz: “Os portugueses gostam de enaltecer os Descobrimentos, mas vivem na fantasia de que foi tudo bonito e limpo. Aconteceram chacinas, massacres. É pena não terem noção da sua própria História”. Contrariando o que o Sr. Hatton diz, há ainda portugueses que têm noção da sua própria História, que sabem que em expansões com a dimensão da nossa teria de haver violência, talvez até chacinas de que também foi vítima a nossa gente, e que sabem, e é pena não serem todos a terem disso conhecimento, que os nossos Descobrimentos abriram à Europa outros mares e outros continentes e desencadearam nalguns países europeus o propósito de nos imitar, levaram a todo o Mundo os mais avançados conhecimentos técnicos e científicos daqueles tempos, contri-

buíram decisivamente para desvendar os mistérios da Terra. Sobre isto, que devia ser profusamente espalhado e causa sagrada das Escolas, levaria anos a escrever e preencheria dezenas, senão centenas, de páginas deste jornal. A imagem que se publica mostra a nau Santa Catarina do Monte Sinai que em 1512 era, com outras suas congéneres portuguesas, dos maiores navios do Mundo. Tinham uma tripulação de novecentos homens e era dotada de condições que espantaram o barão Filipe de Trevi, um veneziano e incumbido da função de espiar a nossa esquadra que fôra enviada a Génova para acompanhar a Infanta D. Isabel, filha do rei D. Manuel I, que ia desposar o duque de Saboia. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (192) Emenda: Por lapso meu, ao indicar no Apontamento nº 191, 2º da Encamisada, a obra de Tito Larcher sobre Nossa Senhora da Encarnação, de Leiria, escrevi Nossa Senhora da

s Registo

Divisão a divisão, a Casa da Cultura do Rosas do Lena Vemos agora, no primeiro andar do vasto palheiro transformado em casa da Cultura, a divisão destinada não só a sala de reuniões, como as assembleias gerais do agrupamento, mas a iniciativas culturais diversas. Em finais de 2017 aqui foi gravado o mais recente disco compacto do Rosas do Lena que contém além das músicas para dançar, os Cânticos da Quaresma, os rimances, as rezas da medicina popular e as loas da “Encamisada”. Neste espaço estão também imensos troféus do

agrupamento e diplomas de muitos países em que participou em festivais internacionais e mundiais, a maior parte sob a égide do CIOFF, de que é sócio. Há ali recordações da Estónia, Lituânia, Rússia, Ucrânia, Polónia, Eslováquia, Áustria, Itália (Sicília e Sardenha), Holanda, França, Espanha, Alemanha, Sérvia, Croácia, Eslovénia, entre outros. Uma das aulas da Escola de Concertinas e Harmónios funciona aqui regularmente. Desta divisão passa-se para o gabinete da direcção do agrupamento. J.T.S.

Conceição.


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Criado Conselho Municipal da Cultura para atuar em rede m Será “um interlocutor privilegiado” com a Rede Cultura 2027 e de interação com a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura

A Câmara da Batalha aprovou no dia 18 a criação do Conselho Municipal de Cultura, que visa “a promoção da democratização do acesso à cultura, mediante a parceria entre o município e as instituições da sociedade civil”. A proposta resulta de

p A proposta resulta de uma sugestão dos agentes culturais uma sugestão dos agentes culturais do concelho na sequência de uma reunião local da Rede Cultura 2027,

que pretende fomentar a criação de uma malha de cidades e vilas que cooperarão no domínio das artes, da

cultura e do conhecimento. O Conselho Municipal de Cultural será “um interlocutor privilegiado” com a

Rede Cultura 2027 e de interação com a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura, “assumindo-se também como um espaço

para integrar a multiplicidade de agentes culturais instalados no território concelhio, promovendo a cooperação e interação que possa potenciar as capacidades instaladas e estabelecer redes locais de complementaridade”, refere uma comunicado do município. “Esta medida representa uma opção de valorização dos agentes de cultura, uma aposta na criação local e na dinamização de uma plataforma de concertação entre as instituições e agentes culturais e artísticos implantados no território municipal”, considera o presidente do município, Paulo Batista dos Santos.

s Noticias dos combatentes

Os combatentes – esses velhos caquéticos Chegou-nos ao conhecimento haver por aí alguém que, referindo-se aos Combatentes, terá desabafado algo do género: “Esses combatentes não passam de uns velhos caquéticos, que não há maneira de desaparecerem, para deixarem de chatear”. Provavelmente, isto é boataria de alguns intriguistas, embora seja verdade que os combatentes do ultramar vão ficando cada vez mais velhos e alguns também já algo caquéticos. Porém, continuam a orgulhar-se do que fizeram pela Pátria e ainda hoje, quando chamados a representá-la, revivendo esse passado, nunca deixam de responder “presente”, quantos deles fazendo enormes sacrifícios, designadamente físicos! E os da Batalha estão sempre na primeira linha! Querem exemplos? Eis os mais recentes: 1º - Em novembro pretérito, em Lisboa, aquando das comemorações do centenário da assinatura do Armistício, de um contingente de seis combatentes, que nos haviam solicitado ini-

cialmente para desfilarem, quase nas vésperas, fomos instados a irmos pelo menos outros tantos. Em cinco dias, numa operação “porta a porta”, de seis passámos a 21! Divulgámos o episódio no artigo desse mês e só lamentamos que o nosso pedido de ajuda (transporte) tivesse caído em “saco roto”… Com o tempo havemos de ficar calejados… 2º - Meados de março: somos informados de que, na capital, irá ser comemorado, em 4 de abril, o 70º aniversário da fundação da OTAN (NATO). São solicitados aos núcleos 30 combatentes para integrarem o desfile e os respetivos porta-guiões (+30). Como já andávamos assoberbados com duas comemorações, que iriam ocorrer na Batalha em 5 e 6 de abril, e nas quais tínhamos grandes responsabilidades, pedimos escusa de comparência naquele evento, o que inicialmente foi aceite. Mas eis que, uns dias antes, voltámos a ser instados a participar e já não só com dois elementos, mas ao menos com

quatro. E ainda com uma agravante: na véspera, dia 3 de abril, devíamos ir aos ensaios! Enfim, não fomos quatro; fomos sete! E não fomos mais por apenas ser essa a capacidade da viatura que nos transportou. 3º - 5 de abril: decorreu, no salão de eventos dos nossos abnegados bombeiros (que, mais uma vez, no-lo cederam gratuitamente – bem-hajam!), o jantar-convívio, a culminar a comemoração do 79º aniversário

do núcleo. Se, eventualmente, houver por aí alguém que ande a apostar no nosso declínio, apanhou mais uma deceção: este convívio nunca reuniu tanta gente (cerca de 200 convivas!), ao ponto de nos últimos dois dias termos deixado de aceitar inscrições, com receio de não caberem no recinto. 4º - 6 de abril: comemorações nacionais, na nossa vila, do “Dia do Combatente” e do 101º aniversário da batalha de La Lys. Para

além de uma preparação prévia, indispensável e nos bastidores, consubstanciada em reuniões, inúmeros contactos, etc., em que sempre estamos envolvidos e que são cruciais para que no dia “D” nada falhe, acresce que, mais uma vez, e para além da imprescindível presença, na cerimónia e no desfile, do nosso vitalício e garboso porta guião (Joaquim Cerejo Gregório), o nosso núcleo voltou a ser altamente prestigiado, ao se-

rem escolhidos no seu seio os porta-estandarte nacional e porta guião da Liga dos Combatentes (respetivamente, António Carneiro Alves e António Soares de Sousa)! Acedam à nossa página no Facebook e lá encontrarão notícias e fotos de todos estes eventos e onde, inclusive, identificarão vários dos nossos velhos combatentes, os quais, de uma forma tão garbosa, continuam e elevar bem alto o nome da Batalha! Que pena a incompreensão com que são tratados na sua terra por aqueles que, verdadeiramente, podiam contribuir para que pudessem conviver mais um pouco entre si, mas, por razões que nos ultrapassam, preferem ostracizá-los! Enfim, podemos já estar velhos e até caquéticos, mas ainda fazemos questão de não deixarmos os nossos créditos por “mãos alheias” e, por muito que sejamos desvalorizados, continuaremos, orgulhosamente, a dar o nosso melhor, em honra da nossa “ditosa Pátria”!


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Saúde Câmara aceita competências do Estado m “Uma oportunidade de colaborar com a Unidade de Saúde Familiar Condestável da Batalha na modernização dos serviços”, diz o presidente do município

A Câmara da Batalha decidiu aceitar competências da administração central nas áreas da saúde e cultura já em 2019 e adiou para o próximo ano o exercício nas áreas da proteção e saúde animal e de segurança dos alimentos, por se tratar de “um domínio que carece de um plano de

formação de recursos ainda não realizado no contexto da autarquia” No domínio da educação e formação, “considerando que tratam-se de competências já exercidas pelo município desde julho de 2015”, a câmara municipal decidiu, na reunião extraordinária de sexta-feira, 22, “manter o regime em vigor do contrato e adiar para 2020 ou 2021 a receção da competência por via legal”. “As novas competências nas áreas da saúde e cultura são particularmente relevantes, porque concretizam a possibilidade de melhor servir os cidadãos em áreas muito significativas para a sua qualidade de vida e bem-estar”, afirma o presidente da

p Unidade de Saúde Familiar Condestável câmara municipal. “Em particular, no domínio dos cuidados primários de saúde cujas competências de gestão, manutenção e conservação são transferidas para os municípios, cons-

titui uma oportunidade de colaborar com a Unidade de Saúde Familiar Condestável da Batalha na modernização dos serviços e melhorias dos cuidados de saúde da população”, adianta Paulo Batista

dos Santos. No âmbito desta competência, “será transferida uma verba anual de cerca de 155 mil euros, que compreende o apoio à gestão e conservação dos centros de saúde da

Batalha e São Mamede, cujos edifícios passarão a integrar o património municipal, assim como assegurar a manutenção da extensão de saúde do Reguengo do Fetal, a funcionar em instalações arrendadas”, adianta a autarquia. No domínio da cultura, a câmara municipal passará a dispor da competência do controlo prévio e fiscalização de espetáculos de natureza artística, assim como a possibilidade de recrutamento, seleção e gestão dos trabalhadores afetos ao património cultural que, sendo classificado, se considere de âmbito local e aos museus que não sejam denominados museus nacionais. O Mosteiro da Batalha encontra-se fora deste âmbito.

, SA ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde

Dr. João Cardoso.............................................. segunda - tarde

Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã

Medicina Dentária

Outras Especialidades: Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde

Dra. Sâmella Silva

Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde

Terça/quinta-feira - Tarde

Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde

Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde

Implantologia

Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde

Cirurgia Oral

Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde

Telerradiografia

Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde

Próteses Dentárias

Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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SaĂşde Batalha

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Obstipação, como combater? A obstipação, vulgarmente conhecida como “prisĂŁo de ventreâ€?, ĂŠ um sintoma bastante comum que afeta pessoas de todas as idades, em particular crianças e idosos. Pode manifestar-se por diminuição da frequĂŞncia e/ou do volume das dejeçþes ou ainda por necessidade de maior esforço defecatĂłrio ou por sensação de incompletude defecatĂłria. Existem vĂĄrias causas, algumas das quais podem surgir simultaneamente. SĂŁo elas: ingestĂŁo inadequada de ĂĄgua e fibras; um estilo de vida sedentĂĄrio (nĂŁo se mexer o suficiente); doenças orgânicas do foro gastrointestinal ou outro (endĂłcrino, neurolĂłgico...) ou o efeito de certos medicamentos. A obstipação pode ainda ser agravada pela gravidez, por viagens ou por alteraçþes na dieta. Em algumas pessoas, poderĂĄ ser o resultado de, repetidamente, ignorarem a vontade para defecar. A mensagem principal ĂŠ a de que qualquer alteração persistente dos hĂĄbitos intestinais (> de 3 semanas) – aumento ou diminuição da frequĂŞncia, consistĂŞncia ou tamanho das fezes ou maior dificuldade para defecar, necessita de avaliação mĂŠdica. Nas situaçþes em que exista doença orgânica na sua origem, esta deve ser tratada e nas obstipaçþes provocadas por fĂĄrmacos deve ser ponderado o ajuste de dose ou a suspensĂŁo dos mesmos. Caso isso nĂŁo se verifique, ĂŠ

necessårio tomar medidas para combate da obstipação. 1º passo: aumento da ingestão de ågua (no mínimo, 1,5 l/dia) e fibras (uma colher e meia por dia). 2º passo: mecanismo de biofeedback (sentar-se na sanita uma vez por dia, sempre à mesma hora, durante 15 minutos. Ao fim de alguns dias serå mais provåvel ter uma dejeção a essa hora) 3º passo: Aumentar a pråtica de exercício físico (pelo menos 30 minutos por dia) Se todas estas medidas falharem, serå necessårio utilizar medicação para tratar a obstipação. Mesmo com fårmacos, as medidas gerais nunca devem ser esquecidas. Assim, os três passos anteriores devem sempre ser tidos em atenção. A medicação para a obstipação deve ser prescrita pelo mÊdico apesar de a maioria dos laxantes serem de venda livre, porque hå regras. A primeira das quais Ê começar pela ordem correta, uma vez que hå fårmacos de primeira, segunda, terceira e quarta linhas. Quando o

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Cicatriz

fĂĄrmaco de um patamar nĂŁo resultar, devemos adicionar um fĂĄrmaco do segundo patamar e nĂŁo substituĂ­-lo (tratamento cumulativo e nĂŁo substitutivo). A reatividade individual a estes fĂĄrmacos difere muito, pelo que ĂŠ Ăştil o acerto posolĂłgico pelo prĂłprio doente, dentro dos limites impostos pelo mĂŠdico. Deve ser evitada a escalada terapĂŞutica e o tratamento deve ser de curta duração e nĂŁo mantido cronicamente. É importante que se perceba que, depois de uma dejeção abundante provocada por um laxante potente, podem decorrer alguns dias sem nova dejeção (esvaziamento maciço do intestino) pelo que nĂŁo devem ser tomados laxantes nos trĂŞs dias seguintes a uma dejeção abundante. Qualquer dĂşvida sobre o tema deve ser esclarecida com o seu mĂŠdico. Ana Carolina Rodrigues MĂŠdica Interna de MGF 4Âş ano na USF CondestĂĄvel - Batalha

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Ser submetido a uma intervenção cirúrgica remete a que haja um corte, com alguma profundidade e que rompe vårias camadas de tecidos. A sutura constitui assim uma agressão direta ao corpo, provoca lesão/stress em todos os tecidos abrangidos: pele, fåscia, tecido subcutâneo, tecido adiposo, músculos e órgãos. Uma cicatriz altera a mobilidade dos tecidos, a função dos mesmos e assim a dinâmica corporal (biomecânica). A zona suturada, cosida, agrafada ou colada tem uma intenção de fecho e de fixação. O tecido cicatricial Ê naturalmente mais duro e rígido, não permitindo mover-se nem esticar-se. Inequivocamente a flexibilidade da zona operada fica então diminuída. As cicatrizes podem apresentar diversas dimensþes e

atÊ alteraçþes de pigmentação. Podemos classificå-las da seguinte forma: normotróficas (ou normais), atróficas, hipertróficas e quelóides. As cicatrizes normotróficas (ou normais) correspondem ao processo de cicatrização normal. Jå nas atróficas não se produz tecido conjuntivo em quantidade suficiente e a cicatriz fica a um nível mais baixo do que a pele que a rodeia. As cicatrizes hipertróficas e quelóides são variaçþes da cicatrização normal, caracterizam-se por um crescimento excessivo do tecido conjuntivo (tecido fibroso) após processo inflamatório. Ambas apresentam maior relevo e com coloração rosa. A quelóide tem um aspeto brilhante e ultrapassa os limites da ferida, invadindo o tecido normal adjacente de forma irregular. Existe pru-

JoĂŁo Ramos Fisioterapeuta

rido, dor, presença de nódulos e não regride espontaneamente ao longo do tempo. No caso da hipertrófica, a cicatriz tem maior tensão, as margens limitam-se à årea original, contÊm fibras elåsticas e tende à regressão espontânea. Tratamento de Fisioterapia Dermatofuncional Em relação ao tratamento de cicatrizes, a Fisioterapia apresenta uma boa eficåcia nos casos recentes (atÊ três meses de cirurgia); aconselha-se que procure um fisioterapeuta que farå a avaliação da sua cicatriz e saberå qual o tipo de tÊcnicas que deverå executar de modo a controlar o excesso de tecido cicatricial característico destas situaçþes.

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Batalha Atualidade

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Campeão de Jiu Jitsu dá aulas na Quinta do Sobrado m Aulas de introdução ao Jiu Jitsu e auto defesa, destinadas a ambos os sexos, inicialmente para maiores de 12 anos

O atleta Lucas Rafael Miranda (cinturão preto), que garantiu o 1º lugar na categoria até 75 quilos e a 3ª posição na classificação absoluta (sem limite de peso) no campeonato Porto Challenge de Brazilian Jiu Jitsu, começou a dar aulas no dia 30 de março no Centro Cultural Recreativo Quinta Sobrado e Palmeiros (Batalha). O atleta e professor de defesa pessoal, que reside em Fátima, “começou a dar aulas de introdução ao Jiu Jitsu e auto defesa, destinadas a

p Lucas Rafael Miranda (cinturão preto) ambos os sexos, inicialmente para maiores de 12 anos. No mês abril, ainda sem data definida, arrancam também aulas para 8 a 12 anos”, revela um comunicado, enviado

por Aline Abelini, em representação do projeto. O Jiu Jitsu é uma arte marcial japonesa que utiliza uma série de diferentes técnicas e golpes corporais

com o objetivo de derrotar ou imobilizar o adversário. “Atualmente, é o desporto marcial que mais cresce no mundo”, adianta. “O intuito é dar visibilidade a este desporto e fazer da Batalha um polo de Jiu Jitsu no país”, refere Lucas Rafael Miranda, adiantando que o seu “objetivo enquanto atleta ainda não foi alcançado, que é o Europeu, que acontece todos os anos em Lisboa, e o mundial, em Los Angeles, no próximo ano.” Na vertente de ensino, o atleta pretende “mostrar mais sobre o desporto na região e aumentar o numero de atletas”, encontrando-se já a dar aulas no Crossfit de Fátima Artes Marciais e no FitTraining Academy, em Pombal. Depois, os campeonatos servem para divulgar a sua atividade e pôr à prova o trabalho desenvolvido.

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2440 BATALHA - Tel. 244 767 971 CARTÓRIO NOTARIAL DE ELSA SOFIA AGOSTINHO NOGUEIRA DA SILVA AFONSO, SITO NO CONDOMÍNIO FECHADO BEIRA RIO, AVENIDA 8 DE JULHO, NÚMERO SEIS, LOJAS DEZ E ONZE, EM TORRES NOVAS.

EXTRACTO

Elsa Sofia Agostinho Nogueira da Silva Afonso, Notária, CERTIFICA, para fins de publicação, que por escritura desta data a fls. 146, do livro de notas para escrituras diversas n° 145-1-1, deste Cartório: JÚLIO VIEIRA VICENTE e esposa MARIA INÊS SOUSA MOREIRA VICENTE, casados na comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós e ela da freguesia de Parceiros de Igreja, concelho de Torres Novas, residentes na Rua da Fraga, n° 181, na vila e freguesia de Mira de Aire, concelho de Porto de Mós; DECLARARAM: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: RÚSTICO, sito em Cabeço da Curva, na freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, composto de terra de cultura com oliveiras, com a área de seiscentos e setenta metros quadrados, confrontando de Norte e Poente com caminho, de Sul com José Barros Carvalhana e de Nascente com Baldio, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 13850, com o valor patrimonial e atribuído de oitenta e oito euros e quarenta e dois cêntimos, o qual se encontra na matriz em nome de Manuel Vicente. Que adquiriram o prédio, por volta do ano de mil novecentos e noventa, por partilha verbal por óbito de seu pai e sogro Manuel Vicente, residente em Demó, Alqueidão da Serra, não tendo, porém, dada a forma de aquisição, título que lhes permita fazer prova do seu direito. Que possuem o prédio há mais de vinte anos, sem interrupção e ostensivamente, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio e com a convicção de não lesarem o direito de ninguém, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de S. Mamede, lugares e freguesias vizinhas, cultivando o prédio e colhendo os seus frutos, limpando-o de mato, entrando e saindo livremente do prédio, cuidando dos seus muros e vedações e agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o prédio por USUCAPIÃO. ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Torres Novas, 08 de Abril de 2019 A Notária Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e seis a folhas cento e sete, do Livro Duzentos e Trinta e Nove - B, deste Cartório. Adelino Silva, NIF 165 741 643 e mulher Maria Alice Alexandre dos Santos, NIF 165 741 635, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde residem na Rua de São Mamede, n°3, Casais de São Mamede, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de casa de habitação de rés do chão, com a superfície coberta de oitenta e cinco metros quadrados, e logradouro com a área de setecentos e catorze metros quadrados, sito na Rua da Luz, n° 9, no lugar de Casais de São Mamede, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1574, com o valor patrimonial de €21.800,00; Que, o identificado prédio veio à posse dos justificantes no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por compra verbal a Salvador da Silva e mulher Vitalina de Jesus Marques, residentes na Estrada da Batalha, n° 47, no lugar de Covão da Carvalha, São Mamede, Batalha, contudo sendo a transmissão meramente verbal não existe título formal que a comprove, para proceder ao registo; Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias, dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, dezanove de março de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019

Jornal da Batalha

EXTRATO

CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de justificação lavrada neste Cartório, no dia quinze de março de dois mil e dezanove, de folhas noventa e oito a folhas cento e duas do respectivo Livro e de Notas para Escrituras Diversas número TREZENTOS E VINTE E TRES, Luis António Lage Vieira, NIF 229.826.032, solteiro, maior, natural do Brasil, residente na Estrada de Fátima, Edif. Santa Iria 3, Fátima, Ourém, declarou: Que, é com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor dos seguintes imóveis: 1- prédio rústico, terra de cultura, com a área de quatro mil e novecentos metros quadrados, sito no lugar de Cova da Corneta, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte e do nascente com Gabriel Vieira, do sul e do poente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 8520, com o valor patrimonial de € 648,12 e a que atribui igual valor. 2- prédio rústico, eucaliptal, com a área de mil quatrocentos e sessenta e três metros quadrados, sito no lugar de Povrage, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com António Neves Novo, do nascente com Augusto Vieira, do sul com Manuel Vieira Pastilha e do poente com João Vieira Mendes, inscrito na matriz sob o artigo 8614, com o valor patrimonial de € 79,58 e a que atribui igual valor. 3- um/quarto indiviso, único direito que possui no prédio rústico, mato e oliveiras, com a área de quatro mil quinhentos e sessenta metros quadrados, sito no lugar de Covão da Junqueira, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte, do sul e do poente com Câmara Municipal e do nascente com Gabriel Vieira, inscrito na matriz sob o artigo 8475, sendo de € 89,42 o valor patrimonial do direito justificado e a que atribui igual valor.--- São comproprietários deste prédio João Vieira de Jesus, viúvo, residente na Rua Nossa Senhora da Assunção, nº 22, Vale de Barreiras, São Mamede, Batalha e os herdeiros Manuel Vieira, residentes em Vale de Barreiras, São Mamede, Batalha. 4- um/terço indiviso, único direito que possui no prédio rústico, terra de cultura, oliveiras e mato, com a área de nove mil metros quadrados, sito no lugar de Portela de Minde, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com José da Silva Vieira Novo, do sul com Câmara Municipal, do poente com Francisco António Pedro e do nascente com estrada, inscrito na matriz sob o artigo 8688, sendo de € 369,01 o valor patrimonial do direito justificado e a que atribui igual valor. São comproprietários deste prédio os herdeiros de José da Silva Vieira Novo, residentes em Loureira, Santa Catarina da Serra, Leiria, herdeiros de Joaquim Francisco, residentes em França e os herdeiros de Manuel Vieira, residentes em Vale de Barreiras, São Mamede, Batalha. 5- Vinte e dois mil e vinte e três/cem mil avos indivisos, único direito que possui no prédio rústico, terra de cultura, oliveiras e mato, com a área de dois mil quinhentos e vinte metros quadrados, sito no lugar de Vale de Barreiras, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com António da Silva Vieira, do sul com Manuel Vieira, do poente com Francisco António Pedro e do nascente com estrada, inscrito na matriz sob o artigo 8690, sendo de € 90,35 o valor patrimonial do direito justificado e a que atribui igual valor. São comproprietários deste prédio os herdeiros de José da Silva Vieira Novo, residentes em Loureira, Santa Catarina da Serra, Leiria e herdeiros de Joaquim Francisco, residentes em França. 6- prédio rústico, terra de cultura e mato, com a área de mil quatrocentos e sessenta metros quadrados, sito no lugar de Vale de Barreiras, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com João Vieira Mendes, do nascente com António das Neves, do sul com estrada e do poente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 8951, com o valor patrimonial de € 439,01 e a que atribui igual valor. 7- prédio rústico, terra de cultura, com a área de dois mil e oitocentos metros quadrados, sito no lugar de Cabeço da Matinha, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte e do poente com serventia, do nascente com caminho e do sul com José da Silva Novo, inscrito na matriz sob o artigo 9247, com o valor patrimonial de € 127,77 e a que atribui igual valor. 8- Vinte e cinco mil e cento e cinquenta e três/cem mil avos indivisos, único direito que possui no prédio rústico, terra de cultura, eucaliptal e mato, com a área de mil setecentos e quarenta metros quadrados, sito no lugar de Banjancão, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com António José Bernardo, do sul com António Silva Vieira, do poente com caminho e do nascente com Manuel Órfão, inscrito na matriz sob o artigo 9889, sendo de € 112,09 o valor patrimonial do direito justificado e a que atribui igual valor. São comproprietário deste prédio os herdeiros de Joaquim Francisco, residentes em França. 9- prédio rústico, terra de cultura e eucaliptal, com a área de mil setecentos e quarenta metros quadrados, sito no lugar de Banjancão, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com Joaquim Francisco, do poente com caminho, do nascente com Manuel Órfão e do sul com José Pedro de Jesus, inscrito na matriz sob o artigo 9890, com o valor patrimonial de € 423,53 e a que atribui igual valor. 10- um/quarto indiviso, único direito que possui no prédio rústico, terra de cultura, eucaliptal, mato com pinhal, com a área de mil setecentos e quarenta metros quadrados, sito no lugar de Banjancão, freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com António Vieira, do sul e do poente com estrada e do nascente com Manuel Órfão, inscrito na matriz sob o artigo 9891, sendo de € 104,78 o valor patrimonial do direito justificado e a que atribui igual valor. São comproprietários deste prédio os herdeiros de José Pedro de Jesus, residentes na Amadora. Que os prédios não se acham descritos na Conservatória do Registo Predial de Batalha e vieram à sua posse por doação verbal feita por António da Silva Vieira e mulher Gracinda de Jesus Lage, residentes que foram em Vale de Barreiras, São Mamede, Batalha, em mil novecentos e oitenta e cinco, sem que dela ficasse a dispor de título suficiente e formal que lhe permita fazer o respectivo registo.- Que possui os indicados imóveis em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de São Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, limpando-os de mato, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriu os ditos prédios por USUCAPIÃO. Cartório Notarial de Ourém, a cargo da Notária Alexandra Heleno Ferreira, quinze de março de dois mil e dezanove. A Colaboradora autorizada pela Notária em 12/08/2016, Cláudia Vieira Arrabaça, n.º 260/8 Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019


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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e onze a folhas cento e doze verso, do Livro Duzentos e Trinta e Nove - B, deste Cartório. Daniel dos Reis Tomás, NIF 172 644 690 e mulher Maria Teresa Gerardo Fialho Tomás, NIF 133 271 048, casados sob o regime da comunhão adquiridos, naturais, ele da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, ela da freguesia de Benedita, concelho de Alcobaça, residentes na Rua dos Eucaliptos, n.º3, no lugar de Perulheira, São Mamede, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveira, pinhal e mato, com a área de mil e duzentos metros quadrados, sito em Chão de Oliveira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte e de poente com António Pires de Oliveira, de sul com Martins Fetal Gomes e de nascente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1701, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €313,01. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e dois, por partilha verbal por óbito Laura Gomes dos Reis, mãe do justificante, residente que foi no lugar de Perulheira, São Mamede, Batalha, contudo sendo a transmissão meramente verbal, não dispõem os justificantes de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela partilha verbal, possuem o referido prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e dois de março de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de janeiro). Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas vinte a folhas vinte e uma, do Livro Duzentos e Quarenta - B, deste Cartório. António Monteiro Ribeiro, NIF 114 651 698 e mulher Isabel Maria de Sousa Ferreira Ribeiro, NIF 114 651 701, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha, ela da freguesia e concelho de Leiria, residentes na Rua Cândido de Figueiredo, n°.91 H, Lisboa, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis, ambos sitos na freguesia e concelho da Batalha: UM — prédio urbano, composto de casa de rés do chão para habitação, com a superfície coberta de oitenta e seis metros quadrados, e logradouro com a área de duzentos e noventa e sete metros quadrados, sito na Rua da Azenha, Catraia das Brancas, a confrontar de norte e de poente com Francisco Ribeiro, de sul com caminho público e de nascente com herdeiros de António Ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1530, com o valor patrimonial de €14.770,00; DOIS — prédio rústico, composto de pinhal novo, atravessado por caminho norte-sul, com a área de mil oitocentos e vinte metros quadrados, sito em Choisa, a confrontar de norte com Manuel Vieira Pragosa Junior e outros, de sul com João Baptista Peixe, de nascente com Eng. António Almeida Monteiro e de poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 321, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €198,50. Que, os justificantes adquiriram os identificados prédios no ano de mil novecentos Maria Monteiro Ribeiro, pais do marido, residentes que foram em Brancas, Batalha, não dispondo, os justificantes de qualquer título formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mesmos. Que em consequência daquela doação verbal, possuem os identificados prédios há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando o prédio urbano, dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, amanhando o rústico, dele recolhendo os frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os referidos prédios, por usucapião. Batalha, oito de abril de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas vinte e duas a folhas vinte e três, do Livro Duzentos e Quarenta - B, deste Cartório. Aníbal Silva Carreira, casado, natural da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde reside no lugar de Casal Suão, que outorga na qualidade de procurador de: Gracinda da Silva Carreira, NIF 118 916 602, solteira, maior, natural da dita /freguesia de São Mamede, onde reside no lugar de Lapa Furada, que no uso dos poderes que lhe são conferidos pela referida procuração, declara que a sua representada é dona e legítima possuidora dos seguintes prédios, ambos sitos na freguesia de São Mamede, concelho da Batalha: 1 - Urbano, composto de uma casa de habitação de rés do chão, com a superfície coberta de cinquenta e seis metros quadrados, sito em Lapa Furada, a confrontar de norte com Gracinda da Silva Carreira, de sul e de poente com caminho e de nascente com Joaquim Alexandre, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 360, com o valor patrimonial e atribuído de €7.399,35; 2 - Urbano, composto de uma casa de habitação de rés do chão e anexos, com a superfície coberta de cento e oitenta quatro metros quadrados, e logradouro de seiscentos e noventa e dois metros quadrados, sito na Estrada de São Mamede, n°.37, no lugar de Lapa Furada, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 4350, com o valor patrimonial e atribuído de €19.040,00. Que a sua representada adquiriu identificados prédios nano de mil novecentos e oitenta, por doação verbal de seus pais António Carreira e mulher Maria da Silva Valente, residentes que foram no lugar de Lapa Furada, São Mamede, Batalha, contudo, sendo estas transmissões meramente verbais não existe qualquer título formal, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, a sua representada, possui os identificados prédios em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando os prédios, deles retirando todas as utilidades de que são susceptíveis, neles fazendo benfeitorias, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu os referidos prédios por usucapião. Batalha, oito de abril de dois mil e dezanove. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019

NOTARIADO PORTUGUÊS

CARTÓRIO NOTARIAL DE CARLOS ARÊS EM ALCANENA A cargo do Notário Carlos Manuel Godinho Gonçalves Arês Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de JUSTIFICAÇÃO lavrada no dia oito de Abril do ano de dois mil e dezanove, exarada de folhas quarenta e nove a folhas cinquenta e uma do Livro de Notas para Escrituras Diversas número SETENTA E CINCO - E, deste Cartório Notarial, os senhores JOAQUIM LOPES DA CRUZ e mulher, MARIA DE FÁTIMA DO ROSÁRIO LEIRIÃO DA CRUZ, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha e ela da freguesia de Maceira, do concelho de Leiria, residentes na Estrada Nacional 1, número 27, em Santo Antão, Batalha, declararam que com exclusão de outrem, são donas e legítimos possuidores do prédio rústico denominado “Estrada do Vale” ou “Golpilheira”, sito na freguesia de Golpilheira, do concelho da Batalha, com a área de mil e setecentos metros quadrados, composto de terra de semeadura, que confronta de Norte com Estrada do Vale, de Sul e de Poente com Maria do Rosário Lopes Pereira, de Nascente com Pedro Ricardo Soares Carreira, omisso na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 839. Que o referido prédio veio à sua posse por doação verbal efectuada ao casal no ano de mil novecentos e noventa, pelos pais do justificante marido, Luís Henriques da Cruz e Maria Laura Monteiro Lopes, casados que foram na comunhão geral de bens e residentes em Golpilheira, Batalha, sem, contudo, terem chegado a celebrar a respectiva escritura pública, tendo passado, desde a referida data, a exercer continuamente a posse sobre o referido prédio, à vista de toda a gente, limpando os matos e as ervas, semeando e colhendo, sempre na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, pacificamente, porque sem violência, contínua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja, verificando-se assim todos os requisitos legais para que se possa declarar que adquiriram o referido imóvel por usucapião, título este que, por natureza, não é susceptível de ser comprovado pelos meios normais. Está conforme o original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Alcanena, 08 de Abril de 2019. O Notário, Jornal da Batalha, edição nº 345, 10 de abril de 2019

José António Siva Cerejo Matias (61 anos) N. 16 – 11 – 1957 F. 16 – 03 – 2019 Brancas – Batalha

AGRADECIMENTO

Sua esposa e filhas agradecem a todos os que o homenagearam nesta altura em que faltam palavras para expressar a tristeza que permanece nos corações mas também faltam para agradecer todo o carinho que tiveram na despedida do seu querido marido e pai. Queremos que o recordem como o homem bom que foi, amigo do seu amigo e dedicado á sua família e ao seu trabalho e que por isso mesmo continuaremos por ele a sua obra iniciada há 39 anos. Descansa em paz…Nós levamos o barco… Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Edite Lourenço Balata Afonso (80 anos) N. 28 – 01 – 1939 F. 17 – 02 – 2019 Pinheiros – Batalha

AGRADECIMENTO Seu marido: António Guilherme Afonso, filhos: António e Carlos Afonso, noras, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada. Aqueles que amamos não morrem..Apenas partem antes de nós..” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)


A fechar

B

7º Cross Noturno da Batalha O BAC organiza a 27 deste mês o 7º Cross Noturno da Batalha. O percurso, em carreiros e caminhos desnivelados, tem dois níveis de dificuldade: o cross com 16 km e a caminhada com sete. Por cada inscrição da caminhada revertem 0,50 cêntimos para a Casa do Mimo.

Concelho quer mais 150 mil euros para limpar florestas m No ano passado apenas 18 autarquias do continente se candidataram

A Câmara da Batalha está a “ultimar” o processo de candidatura à linha de crédito disponibilizada este ano pelo Governo para limpar a floresta. No ano passado apenas 18 autarquias do continente se candidataram.

“Estamos a ultimar o processo, que é algo burocratizado, e o pagamento só é feito com evidências de adjudicação”, disse ao Diário de Notícias o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, que integra o conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios. “Terminámos agora o procedimento de adjudicação e vamos submeter a candidatura. No ano passado não o fizemos porque ela foi disponibilizada mais tarde. Estimamos nesta primeira fase um valor na ordem dos 150 mil euros”, adiantou o autarca ao jornal, publicado no dia 29 de março.

“Como se trata de um empréstimo normal, os municípios têm de percorrer aqui um caminho que não é fácil: primeiro tem de ser aprovado em reunião de câmara, depois pela assembleia municipal, e consultar pelo menos três entidades financeiras”, acrescenta Paulo Batista Santos, referindo-se à linha de crédito contratualizada pelo Estado com bancos. O Ministério da Administração Interna revelou que apenas 18 dos 278 municípios de Portugal continental se candidataram em 2018 à linha de crédito de 50 milhões de euros, e daqueles 11 “não apresentaram qualquer despesa elegível”.

ABRIL 2019

Formalizada entrada do MCCB na Rede Portuguesa de Museus O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) recebeu no dia 4 deste mês o diploma correspondente à sua integração formal na Rede Portuguesa de Museus, durante uma cerimónia que decorreu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. A rede reúne os principais museus do país e visa incentivar o reforço da transversalidade de iniciativas e da comunicação entre os espaços que integra. A cerimónia formalizou a integração de 15 novos museus na estrutura, fundada em 2000, que conta agora 156 espaços, de diversa natureza, em todo o país e sob responsabilidade de entidades como o Estado, municípios, san-

p Ana Moderno, do MCCB, mostra o certificado tas casas da misericórdia, irmandades ou fundações. A ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou durante a iniciativa a abertura este mês das candidaturas ao Programa ProMuseus, que dispõe de uma verba de 500 mil euros, e que passa também a

incluir as áreas da digitalização e da internacionalização. O MCCB faz parte da Rede Portuguesa de Museus desde junho de 2017 e o anúncio foi feito no dia 19 de abril anterior, pela diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva. Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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