JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE JANEIRO 2015

Page 1

Publicidade

W págs. 9

Bombeiros consideram urgente novo modelo de financiamento

Batalha

| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 294 | Janeiro de 2015 | PORTE PAGO

W págs. 3 e 18

Estado perde processo e deixa arruinar património

Classificação há quase 30 anos da Casa e Capela de São Gonçalo deu em nada W pág. 21

Vila recebe 14 torneios oficiais de ténis este ano

W pág. 15

Vinho Real Batalha premiado pelos Escanções de Portugal

W pág. 10

Câmara apoia atividade das associações com 300 mil euros Publicidade

T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com


2

Opinião Espaço Público

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Y cartas

Desenvolver a Linha do Oeste

Este malfadado destino Quem nasceu no nosso bom e belo país - algo que pode ler-se na sua história e na nossa própria vivência, costumes e tradições -, sente-se efetivamente diferente e privilegiado. Foi assim na nossa meninice e juventude, e é agora na nossa velhice. Pertencer à família lusitana traz-nos o mais distinto troféu, que ao longo da vida nos orgulha e transporta para a sua própria história universal. Depois vêm-nos ao pensamento os encantos e desencantos que ao longo da história nos encheram de orgulho e muitas vezes de raiva e desamor! Esta situação é, felizmente, passageira, uma vez que a nossa vivência na “terra de Santa Maria” tem muitas coisas fabulosas. Por isso, muito do que se diz, especialmente dos nossos governantes atuais e do passado, nos enche de vergonha, muitas vezes de raiva! Atualmente o nosso país, infelizmente um dos que tem mais vigaristas na Europa “per capi-

ta”, está a braços com a prisão do dito socialista ex-primeiroministro de Portugal. É simplesmente vergonhoso, criminoso e arrepiante. Aqui em Paris fala-se do caso muito de mansinho nos Meios de Comunicação Social, para não “esfumaçar” o nosso pequeno-grande país, governado à maneira da Europa “neo liberal”! Os dois milhões de portugueses da diáspora que por aqui vivem, trabalham e fazem progredir França, estão deveras en-

vergonhados com atos de roubo e crime do “bonito” e vigarista anunciados pelo tribunal português. José Sócrates, a ser verdade o que se anuncia no tribunal, não merece ser português porque, e isto deve ser salientado, traiu a nossa Democracia saída da Revolução de 25 de Abril. É indigno, se forem confirmadas as suspeitas, de ser português. Estes “engenheiros” hipócritas e gente sem ética deveriam ser julgados pelos portugueses que sem os matar, deviam fazêlos trabalhar numa herdade do Alentejo ou outro sítio qualquer do nosso país. Não era de mais! Mas o Sr. Dr. Juiz irá certamente ser muito benevolente. Como é costume. Comendador José Batista de Matos Paris

Tenho uma sugestão para fazer ao Dr. Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha: agora que tanto se fala de milhares de milhões de euros da União Europeia para o relançamento da economia, julgo que todos os autarcas da zona Centro, com interesses na Linha do Oeste e no Pinhal de Leiria, deviam tentar – o que os seus antecessores não conseguiram – que a via férrea fosse reclassificada e eletrificada. E também que olhassem para as estradas da mata nacional, que mais parece uma pista de motocrosse, de tal forma que uma família que queira gozar a sombra das acácias e dos eucaliptos centenários tem de deixar as viaturas na Marinha Grande ou em São Pedro de Moel e levar a bagagem às costas. Julgo que se todas as autarquias destinassem 10 ou 15% do seu orçamento para a realização destas duas obras estariam a contribuir para um grande investimento económico e ambiental.

VIRA O DISCO E TOCA O MESMO António Costa, digníssimo candidato a primeiro-ministro pelo PS, comprometeu-se durante uns meses com uma descida dos impostos e o fim dos cortes salariais e nas reformas, uma vez eleito. Em suma, a austeridade acabaria e, olhando ao desequilíbrio salarial, os ordenados dos funcionários seriam aumentados, porque, em abono da verdade, têm sido umas vítimas e possuem profissões de risco. Só quem anda a trabalhar com máquinas numa pedreira, na agricultura, um motorista que passa 24 horas num camião ou um empregado de um posto de abastecimento, que não têm quem os defenda, não têm profissões de risco para os políticos. Mas neste caso, António Costa, pelos vistos, já virou o disco e os salários dos funcionários públicos dificilmente serão repostos em 2016. Manuel Gomes João Golpilheira

Sonho sem direito a tostões suíços Não sou contra a obrigatoriedade do ganha-pão que somos forçados a seguir. Não sou contra a rotina, o horário fixo, o contrato sem termo, o dinheiro certo. Sou influenciavelmente a favor. Um dia, o risco compensou-me a vontade de guardar a arquitetura e poder sonhar com meninos a desenhar e a correr! Mas o que faço agora com o que pagaram para ser e faço bem? O que faço com um curso que não é um sonho, mas é um jeito que se foi construindo pela exibição? O que faço com as provas do meu traço guardadas em cofres pesados? Onde guardo a coleção da secção de classificados dos jornais oferecidos? O que faço com as bolas e os lápis de cor? O que faço sobretudo com os outros e com o sucesso planeado que anseiam para mim? O que faço com o que querem fazer de mim? Já houve um tempo em que sonhei com uma vida descomprometidamente feliz. Em que o ser e o estar, em que o momento vivido bastava. Em que o objetivo traçado à noite era suficiente para viver o dia. Já acreditei em sopros

(quentes) do deserto que traziam segredos. Já acreditei em pássaros da alma que se aguentam a vida inteira de pé. Já acreditei, um dia, num mundo azul. Hoje acredito simplesmente em sonhos escondidos. Acredito no tempo parado e em histórias irrepetíveis que se recontam e se revivem. Em pessoas que ficam e que inconscientemente esperam. Em gavetas que param de crescer. Em tesouros que moram cá dentro e guardam crianças agarradas a bolas e lápis de cor. Em traços bem rasgados e bem definidos em tempos exatos e intemporais. Acredito que a vontade não se sobrepõe nem tão pouco se impõe. Acredito que o estereótipo e o rumo prevalecem numa terra de pessoas iguais e rotinadas. Agora acredito porque me pesa. Porque o peso nos meus ombros é o dobro do peso dos planos que cada um tem para mim. Eu, agora, quero o sonho guardado que não precisa de grandes tostões suíços. Não torço por luxos repetidos. Torço por um peito pintado de todas as cores, em que as bolas são

p Referências ilustrativas: SNUNIT, Michal, O Pássaro da Alma, Veja Editora, 5ª Edição, 2007; ITOH, Mamoru, Quero Falar-te dos Meus Sentimentos, Entre Letras Editora, 1ª Edição, Pero Pinheiro, 2001 lançadas como sentimentos. Um luxo de balões cheios que voam e espalham sorrisos. Uma vida rotinada do que me faz bem. Do próximo e do perto. Do estar sempre. Do ser sempre. Do poder ser sempre. Disciplinada, rigorosa, profissional, dedicada, empenhada e plenamente satisfeita. Livre. Não queiram que continue a deixar de ser uma sonhadora para ser uma seguidora dos outros, que

carrega o peso dos outros e luta por seguir os planos dos outros. Não me empurrem para o mundo lá fora quando eu moro já ali. Bem longe cá dentro. Desistam de me obrigar a ser o que eu não quero. Deixem-se dos recados diretos e leiam-me as entrelinhas. Têm o trunfo garantido de que a luta que travo cá dentro será sempre ganha por vós.

Abracem-me um dia e acreditem naquilo em que eu, ainda me lembro, já acreditei. Susana Jordão (Texto e ilustração) Batalha


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Espaço Público & Opinião

3

_ Editorial

Baú da Memória O caso lamentável da Quinta da Várzea

Carlos Ferreira Diretor

Quando o Estado é uma ficção

A protecção e a valorização do nosso património histórico, que não se compõe apenas dos grandes monumentos, grandes e rendosos para o Estado, continua em lume brando, sendo inúmeros os casos de estações arqueológicas abandonadas, de templos demolidos, de edifícios de estilo alterados ou destruídos. Até hoje a classificação como interesse público ou valor concelhio de pouco ou nada tem valido. A diferença entre um imóvel classificado e o imóvel que o não está é que aquele quando cai, cai classificado… Recordo que só no nosso concelho, e isto visto pela rama, se perderam uma estação arqueológica da importância de Collippo e diversas “vilas rústicas” e outras pequenas estações espalhadas por todo o termo batalhense, e se destruíram

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

a Igreja de Santa Maria-a-Velha, na Vila, panteão dos grandes mestres que dotaram o nosso País com um património que hoje é da Humanidade, e as igrejas de Santa Iria da Torre da Magueixa, multissecular, e de Santo António na Rebolaria, construída em 1643. O que se passa agora com o espaço histórico da Quinta da Várzea é grave e reflecte bem a nossa insensibilidade e a forma como o património é tratado pelo Terreiro do Paço. O solar existente na Várzea, dantes conhecida pela Várzea dos Frades pois pertenceu durante séculos ao Convento Dominicano da Batalha, e a Capela de São Gonçalo que lhe está ao pé, foram há anos classificados pelo Ministério que trata destas coisas como “de interesse público” mas o despacho ministerial, perdido não se sabe onde,

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

nunca chegou a ser publicado no “Diário da República”. Em vista disso e de o solar, que é um dos três existentes na freguesia da Batalha, os outros são os da Quinta do Fidalgo, na Vila, e da família Sousa Monteiro na Rebolaria, e da capela terem entrado em ruina acelerada, está correr o processo da respectiva desclassificação e assim resolve-se tudo, sem mais incómodos, dando-se forma legal ao abandono e à ruina de valores classificados e desculpando-se o desleixo do documento ministerial não ter sido publicado, no seu devido tempo, no jornal oficial. Que se pode fazer agora para tentar reverter o processo? A quinta que, como propriedade do Convento batalhense, já tinha importância histórica, viu-a aumentada por ter sido adquirida em 1837

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

(adquirida ao Estado por ter sido confiscada à Igreja pelo governo liberal) por Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, uma das maiores figuras da 1ª metade do século XIX, cientista, poeta, escritor, estadista e restaurador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, que salvou da ruina iminente, e por nela ter nascido o seu neto, Joaquim Mouzinho de Albuquerque, uma das figuras mais marcantes da História Pátria na segunda metade daquele mesmo século. José Travaços Santos

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Há coisas que nem ao Diabo lembram. Há quase 30 anos, o ministro da cultura aprovou a classificação como Imóvel de Interesse Público da Casa e Capela de São Gonçalo, na Quinta da Várzea. Hoje, o espaço está recuperado e embelezado. Os imóveis cumprem uma importante função cultural, turística e histórica; ligada ao antigo convento dominicano, ao mosteiro e a Mouzinho de Albuquerque. O Leitor pensa que o parágrafo anterior corresponde à verdade? Não corresponde, é ficção, como o Estado nalgumas funções. Há duas dezenas de anos ouvi a José Travaços Santos esta frase: “A diferença entre o património não classificado e o classificado, é que este quando cai, cai classificado”. Neste caso caiu no limbo. O Estado diz hoje que, como o despacho do ministro da Cultura Lucas Pires nunca foi publicado em Diário da República e desapareceu o processo original relativo à classificação dos imóveis - “vicissitudes diversas”, afirma - , o melhor é revogar a decisão ministerial. O Leitor imagine que não cumpre uma ordem do Estado, perde a respetiva documentação e deixa prolongar o processo por longos anos, afirmando depois que, passado tanto tempo, o melhor é deixar tudo como está. Pois é, caía o Carmo e a Trindade. Assim caiu ‘apenas’ a Casa e Capela de São Gonçalo.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


4

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Atualidade

Confirmado dinheiro da Europa para obras de requalificação na vila m A valorização da margem nascente do Rio Lena prevê a criação de um parque verde, com zonas pedonais, pistas cicláveis, um circuito de manutenção e um jardim para os mais pequenos

A requa lif icação paisagística da zona envolvente ao campo de futebol sintético, a valorização ambiental da margem nas-

cente do Rio Lena e o parque de autocarros para apoio do centro histórico turístico da vila vão ser financiados com fundos comunitários. Os contratos de financiamento para os três projetos, que envolvem uma comparticipação de 1,5 milhões de euros, foram outorgados pela câmara municipal com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro. A comparticipação financeira, assegurada pelo FEDER, é de 85% do investimento elegível e os projetos, no caso da valorização ambiental da margem nas-

cente do Rio Lena, envolve a construção dos parques ecológicos e de estacionamento periférico de apoio intermodal ao centro histórico da vila e o eixo circular ao rio Lena. “Os contratos de financiamento vão traduzir-se em dinâmicas inovadoras para a Batalha, para os seus munícipes e para todos aqueles que nos visitam, estando a autarquia empenhada em contribuir para a valorização ambiental, promovendo em complemento os valores da biodiversidade, da continuidade espacial e da valorização dos espaços verdes e de lazer”, refere o presi-

dente da câmara, Paulo Batista Santos. Como exemplo desta lógica, o município destaca a valorização da margem nascente do Rio Lena, onde o projeto prevê a criação de um parque verde, com zonas pedonais, pistas cicláveis, um circuito de manutenção e um jardim para os mais pequenos. No entender de Paulo Batista Santos “o conjunto destas intervenções beneficiará, em larga medida, o território concelhio e as suas gentes, contribuindo para a qualidade de vida das populações e para a fixação de população”.

p A comparticipação da União Europeia é de 1,5 milhões de euros

Talho

António Cerejo Rua António Cândido da Encarnação, nº 24 A 2440-036 Batalha Telefone: 244768405 Telefone (Residência): 244 765 872 Telemóvel: 967792920

Todo o concelho. Toda a informação

Assinaturas 10 euros (Portugal) | 20 euros (Europa) | 30 euros (resto do mundo) Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B, Apartado 81, 2440-901 Batalha

info@jornaldabatalha.pt

. Tel.

244 767 583


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Atualidade Batalha

5

Pais dão indemnização por morte de filho aos irmãos e a associação m “Nós queríamos fazer o nosso luto e andar sempre em tribunais, sempre a mexer no mesmo assunto, é uma dor muito forte, não dava para continuar”, explicou a mãe do menor. A indemnização de 90 mil euros atribuída aos pais da criança que morreu há 11 anos na Batalha, devido à queda de um muro no recinto desportivo da vila, durante um torneio de futebol, vai ser distribuída pelos dois irmãos da vítima e pela a Associação Girassol. A revelação foi feita a 17 de dezembro, pelos pais da criança, à CMTV. Os irmãos da vítima, Rúben Pinto, têm 10 e 18 anos, e a Associação Girassol dedica-se ao apoiar crianças em risco. “Não há dinheiro nenhum que pague, nem o

p Rúben Pinto morreu aos 11 anos na queda de um muro

p Os pais aceitaram o acordo para poderem “fazer o luto” valor da indemnização que nós tínhamos pedido inicialmente pagava a vida do meu filho, mas foi até onde conseguimos ir”, referiu a mãe do rapaz, Maria José Pinto. “Nós queríamos fazer o nosso luto e andar sempre em tribunais, sempre a mexer no mesmo assunto, é uma dor muito forte, não dava para continuar”, adiantou, emocionada. Para o pai de Rúben, que tinha 11 anos à data do acidente, “a justiça que devia ter sido feita, nunca chegou

nem vai ser feita”. “Temos de pensar em fazer o luto e pôr um ponto de final no meio do sofrimento destes anos todos. Foi muito tempo de sofrimento, de ansiedade, para que se resolvesse tudo”, adiantou Joaquim Pinto à estação de televisão do Correio da Manhã. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, revelou a 15 de dezembro que a autarquia tinha viabilizado a indemnização, 90% da qual foi assumida pela seguradora

e a parte restante pelo município. Rúben Pinto morreu a 19 de junho de 2003, na sequência da queda do muro do Complexo de Ténis da Batalha, junto ao campo de futebol, que um relatório ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil concluiu “não satisfazer as condições de segurança estrutural”, pois “não foi concebido de acordo com as exigências técnicas associadas às suas funções”. A criança estava e festejar a vitória da sua equipa,

o Sport Lisboa e Marinha, da Marinha Grande, num torneio de futebol quando aconteceu a tragédia. O Ministério Público acusou, em 2007, o chefe de divisão de manutenção e exploração do município da Batalha de um crime de homicídio por negligência, considerando que o técnico ordenou a pintura da estrutura, apesar da “existência de fissuras”, para “esconder o real estado do muro”. O arguido pediu a abertura de instrução e o juiz optou por não mandar se-

guir o caso para julgamento. Os pais de Rúben Pinto, de Camarnal, na Marinha Grande, intentaram então, no mesmo ano, uma ação cível no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria contra o município. O julgamento estava agendado para 22 deste mês, mas entretanto as partes chegaram a acordo. “A câmara da Batalha viabilizou um acordo de indemnização aos pais da criança, no valor de 90 mil euros, sendo que esse montante foi assegurado em 90% pela companhia seguradora e o restante pelo município”, esclareceu Paulo Batista Santos. “Entendemos que este assunto, que se arrastava há vários anos, deveria ser encerrado, procurando, assim, minimizar a dor e os danos à família da criança, que faleceu em circunstâncias trágicas num equipamento desportivo municipal”, adiantou o autarca. O acordo foi homologado a 12 de novembro.

Bolseiros recebem 20 mil euros mas têm de ‘pagar’ com trabalho comunitário

Quinta do Sobrado e Palmeiros quer atrair crianças e familiares para a associação

Os alunos carenciados do concelho matriculados no ensino superior no ano-letivo de 2014-2015 vão receber bolsas de estudo, no valor global de 20 mil euros, atribuídas pela Câmara da Batalha. Este valor, segundo um comunicado da autarquia, “respeita a renovações e à atribuição de novas bolsas” a 50 estudantes universitários, que passam a receber mensalmente “um importante auxílio financeiro para prossecução dos estudos”. O apoio financeiro cresceu 30% em comparação com ano-letivo anterior. Os estudantes abrangidos pelas bolsas ficam obrigados, como contrapartida, a prestar traba-

O Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Palmeiros (CCRQSP), na Batalha, promoveu a 11 deste mês uma iniciativa destinada às crianças que consistiu na apresentação de uma historia dinamizada por Marta Silva, técnica formada em educação especial. A atividade, intitulada “Ler, sonhar, cantar e brincar…”, teve a duração prevista de uma hora e meia. A tarde foi programada “a pensar nas crianças” e o CCRQSP convidou os educadores a levarem os filhos, netos, sobrinhos e vizinhos, por forma a participarem e fazerem desta iniciativa “o início de um novo projeto”. Para participar não foi necessária inscrição, nem efetuar qualquer pagamento. Esta é a segunda vez que o

lho comunitário no período das férias escolares a favor da autarquia ou de outras instituições concelhias. A atribuição das bolsas de estudo “reflete o forte empenho em contribuirmos para um população mais qualificada e mais capaz de enfrentar o exigente mercado laboral dos nossos dias, sem que as dificuldades financeiras das famílias impeçam tal desiderato”, considera o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. O município organizou a 29 de dezembro, na sala de sessões do município, um encontro com os jovens abrangidos pelas bolsas de estudo, durante a qual foram apresentados projetos relacionados

com voluntariado jovem. O objetivo do encontro foi “manter o contacto e proceder a uma correta avaliação das dificuldades e dos percursos académicos dos estudantes beneficiários”. O encontro, em que participaram 30 jovens bolseiros, serviu para fazer um balanço do seu percurso académico e perceber as dificuldades que sentem no âmbito da formação escolar, e a apresentação de projetos de empreendedorismo social e voluntariado jovem pela Associação Fazer Avançar (www.fazeravancar.org).

p A iniciativa de reunir as crianças na associação começou em dezembro CCRQSP promove uma ação semelhante, que pretende venha a ter uma periodicidade mensal. Em dezembro, duas dezenas de crianças fizeram bolachinhas de Natal e, depois de ouvirem uma história, praticaram exercícios de psicomotricidade. Este evento, embora destinado sobretudo aos mais pe-

quenos, serve também para promover a associação. Nestes dias há filhós e café da avó para vender. Em fevereiro, a convidada é a Associação Serviço e Socorro Voluntário de São Jorge, Porto de Mós. Neste caso, a participação custa um euro, que reverte a favor da associação.


6

Batalha Atualidade

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Agrupamento de escolas tem o melhor projeto a nível nacional m O programa Erasmus+KA2 promove a aprendizagem entre pares, a partilha de práticas letivas entre professores e o aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos e científicos A candidatura do Agrupamento de Escolas da Batalha ao programa Erasmus+KA2 – Ensino Escolar, na categoria de “Escolas Coordenadoras”, foi considerada a melhor a nível nacional, com um total de 99,5 pontos em 100 possíveis. O projeto eTwinning, intitulado “MORE – Mobile Resources on Education: let’s learn each other”, é composto por quatro escolas parceiras de Portugal (escola coordenadora), Itália, França e Eslovénia.

p Os alunos envolvidos no projeto têm ainda oportunidade de visitar as escolas parceiras O “MORE” visa formar professores e alunos nas áreas da robótica, dos microcontroladores e da programação para tecnologias móveis. Neste momento, estão a ser produzidos objetos de aprendizagens (Apps) para a área da matemática e das ciências, que serão testados pela escola da Eslovénia, com alunos do 1º e do 2º ciclos.

Ao longo de dois anos, os alunos envolvidos no projeto, em particular os do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (informática), têm ainda oportunidade de visitar as escolas parceiras e de desenvolver um trabalho conjunto relacionado com o conhecimento das componentes cultural e histó-

rica dos países/regiões envolvidos. Este projeto promove a aprendizagem entre pares, a partilha de práticas letivas entre professores e o aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos e científicos dos professores e dos alunos. O projeto apresenta ainda como mais-valias a preparação dos alunos para

o mercado global e para a aprendizagem ao longo da vida, bem como a consciencialização para a importância das oito competências-chave definidas pela Comissão Europeia e a sua importância no respetivo desenvolvimento profissional e pessoal. Pretende-se, desta forma, que os alunos se sintam cidadãos da Europa e do

Mundo, proporcionandolhes o contacto com professores e alunos de outros países, de modo a que desenvolvam e melhorem as suas competências na vertente técnica, mas também na componente social e cultural. Mais informação em: http://www.proalv.pt/ erasmusmais/resultadosda-selecao.html.

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Transferências de competências para os municípios O tema da transferência de competências do poder central, para o local, tem atualidade apenas porque estão novamente negociações em curso, entre poder central e poder local, através do municípios e CIM – comunidades intermunicipais. É um tema recorrente, por via das diversas transferências que têm vindo a ocorrer ao longo das últimas décadas de funcionamento do poder local democrático. Desta feita, estão em cima da mesa, competências nas áreas da educação, saúde e cultura. Participei em diversas negociações similares, a última das quais precisamente na área da educação, cujo resultado foi a recusa na aceitação por parte do município da Batalha das competências que o Governo à data nos pretendia

transferir. Concretamente, pessoal não docente, conservação e manutenção de todos os edifícios escolares, ação social escolar, etc. Cerca de 100 dos 308 municípios aceitaram o tal pacote de novas competências, tendo vindo a demonstrar, ao longo dos últimos anos, vontade de as devolver ao poder central, uma vez que lhes foi entregue um presente envenenado. De todas as competências recebidas, uma larga maioria foram os ditos presentes envenenados, por via de protocolos não cumpridos por uma das partes, concretamente, os sucessivos governos (independentemente da cor politica). Analise-se a título de exemplo, os transportes escolares, as estradas nacionais, etc. O que aconteceu invaria-

velmente passou pelo agravamento sucessivo, por via da constante legislação publicada, das condições de prestação do serviço transferido, com aumentos de custos constantes a recaírem sobre os orçamentos municipais, sem que existisse qualquer atualização das verbas transferidas por parte dos governos. Os exemplos são imensos. Bastou alterar a legislação dos transportes escolares, obrigando ao uso de cadeirinhas e à utilização de auxiliares nos autocarros, para que os custos se agravassem e fossem alterados os pressupostos do protocolo. Aqui também os exemplos são muitos. Sou claramente a favor da transferência de competências, nas áreas e sub áreas em que os municípios e as CIM possam fazer tão

bem ou melhor que o estado central a menor custo. Os fatores da proximidade dos cidadãos e dos seus problemas com os órgãos de decisão são fundamentais para se fazer melhor, porque se conhecem melhor os problemas, para se fazer mais rápido, porque o problema vê-se e sente-se diariamente e mais barato, quanto mais não seja porque as soluções estão mais próximas e normalmente em estruturas mais pequenas e menos onerosas. No entanto, considero fundamental que as partes estejam de boa-fé e que os protocolos, prevejam claramente e salvaguardem todos os aumentos de custos, que a verificarem-se impliquem a respetiva atualização dos fluxos financeiros correspondentes. No caso concreto da edu-

cação, considero possível e desejável a transferências das seguintes competências: a) Conservação, manutenção e gestão de todos os edifícios escolares. A contrapartida financeira deve cobrir todos os custos atuais com o funcionamento dos edifícios. Os edifícios devem ser entregues em perfeito estado de funcionamento e cumprindo com todos os requisitos legais (o que não acontece com a maioria). E ainda deve ser entregue aos municípios uma verba que cubra os custos futuros de manutenção, recuperação, rejuvenescimento, novas competências na educação, etc. b) Ação social escolar. c) Pessoal não docente. Estando todo o pessoal não docente em gestão pela mesma entidade será pos-

sível otimizar a utilização dos recursos, entre o pré escolar, o 1º CEB e as restantes ciclos até ao secundário. O que não acontece hoje. Poupam-se recursos e melhora-se o serviço prestado à comunidade educativa. Não faz qualquer sentido o pessoal docente passar para a gestão municipal. Não explico porquê, em virtude do texto já ir longo. Por último, sugiro um debate aberto e participado, entre o executivo municipal, toda a comunidade educativa, o conselho municipal de educação e a assembleia municipal.


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Atualidade Batalha

7

Câmara descarta gestão de professores mas aceita ficar com o pessoal auxiliar m Autarquia quer que o Estado assegure o dinheiro necessário ao funcionamento da escola básica e secundária da vila A Câmara da Batalha integra um grupo de 20 municípios envolvidos com o Ministério da Educação no processo de descentralização de competências na área da educação, com o objetivo de reforçar a autonomia do projeto educativo do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB). “Este processo é uma oportunidade para a melhoria da qualidade do serviço educativo no concelho e enquadra-se nos objetivos de qualificar a educação que sempre preconizámos para a Batalha”, considera o pre-

sidente da autarquia, Paulo Batista Santos. “Para a câmara sempre foi claro que esta descentralização deve reconhecer, respeitar e aprofundar a autonomia do AEB e nessa medida deve ser articulada desde a primeira hora com os órgãos do agrupamento e necessariamente discutido com a comunidade educativa, nomeadamente com os pais e encarregados de educação”, acrescenta o autarca. Em termos financeiros, o Ministério da Educação “deverá assegurar integralmente as transferências inerentes ao funcionamento da Escola Básica e Secundária da Batalha, bem como outras transferências correntes inerentes à educação no concelho, ao nível dos transportes escolares, complemento de apoio à família, refeições 1º ciclo, encargo com limpeza e atividades de enriqueci-

p Autarquia defende que a descentralização deve reconhecer e aprofundar a autonomia do AEB mento curricular, entre outras despesas já hoje cofinanciadas pelo Estado central”, explica a câmara em comunicado, datado de 5 deste mês. O projeto em avaliação não abrange qualquer intervenção municipal ao nível da gestão de professores

e não prevê ajustamentos de recursos humanos, nem consigna no modelo financeiro proposto valores para indemnizações no âmbito de eventuais rescisões por mútuo acordo. Nesta componente, “apenas se admite a possibilidade de transferência para a

gestão municipal do pessoal não docente, que inclui maioritariamente os assistentes técnicos e assistentes operacionais, mantendo estes colaboradores as mesmas condições laborais do serviço de origem”, adianta a autarquia. O processo encontra-se

“ainda em aberto, sem decisões finais e foi partilhado desde a primeira hora com os principais órgãos do AEB e representantes da comunidade educativa, procurando focalizar este processo no desempenho escolar dos alunos e no crescente envolvimento da comunidade educativa”. A concretização do projeto será faseada e evoluirá ao longo deste ano. “A sua possível implementação será realizada de acordo com os períodos letivos para promover a estabilidade na escola, bem como em permanente diálogo social com os trabalhadores e com a comunidade local, logo que haja uma proposta final de descentralização de competências de educação e o respetivo modelo financeiro”, conclui o comunicado do município.

70% dos docentes do concelho rejeitam propostas do Governo O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC/ FENPROF) promoveu uma concentração em frente ao edifício da câmara municipal, a 8 deste mês, para contestar o processo de descentralização de competências em negociação entre as autarquias e o Governo, considerando, por exemplo, que conduz ao despedimento de docentes e à perda de autonomia das escolas. No decurso da concentração, que reuniu duas dezenas de docentes, os representantes do sindicato entregaram ao vice-presidente

da autarquia e vereador da Educação, Carlos Henriques, uma petição “com a assinatura de 115 (70%) dos docentes do concelho, rejeitando” a aplicação das propostas do Governo. Para Francisco Almeida, do secretariado nacional da FENPROF, este “pretenso processo de descentralização” resultará “em mais desresponsabilização, despedimentos de trabalhadores (entre os quais docentes) e privatização”. Os objetivos do Governo, segundo o responsável da FENPROF, são, entre ou-

tros, “entregar a gestão das escolas a operadores privados, colocando em causa o direito de todos a uma educação gratuita, democrática e de inclusiva; reduzir o número de docentes entre 12% e 15%, e permitir a interferência das autarquias na gestão pedagógica e curricular das escolas e agrupamentos”. O SPRC considera que “este processo tem contornos extremamente negativos, que atingem não apenas os professores e educadores”, frisando que as mudanças propostas pelo Ministério da Educação, a

p Francisco Almeida explica as suas razões a Carlos Henriques (à dir.) concretizarem-se, “servem os interesses de quem sabe existir neste sector um mercado aliciante e muito vantajoso para os empresários do ensino”. O vereador da Educação reiterou, no final do encontro com os representantes

António Caseiro

Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade

dos professores, que o processo “não está fechado” e que a autarquia “não quer ser responsável pedagógica das escolas ou ter o pessoal docente sob a sua alçada”. “O que queremos, e pensamos que fazemos melhor, é a manutenção dos espaços

escolares e a gestão do pessoal auxiliar”, disse Carlos Henriques, adiantando que a câmara municipal “não assinou, nem está disposta a assinar, qualquer contrato que penalize a educação no concelho”, que tem 1.798 alunos no ensino público.

Estamos disponíveis para planear o seu negócio e avaliar o potencial do seu projeto de invesƟmento…

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


8

Batalha Atualidade

janeiro 2015

Câmara investe 235 mil euros para contratar 27 novos trabalhadores

p A jardinagem é uma das áreas a reforçar com novas contratações

m As áreas do ambiente, eficiência energética e da requalificação urbana são algumas das que verão os seus quadros de pessoal reforçados A Câmara da Batalha anunciou a contratação de até 27 novos funcionários este ano, para áreas como o ambiente, eficiência energética ou a requalificação urbana, o que corresponde a um acréscimo de despesas salariais na ordem dos 235 mil euros. O aumento do quadro de pessoal em 2015 é possível “em virtude das contas do município se encontrarem equilibradas e o nível dessa despesa não ser superior a 35% da média da receita corrente líquida cobrada nos últimos três exercícios”, explica a autarquia num comunicado divulgado a 31 de dezembro. O executivo municipal “pretende recrutar até ao limite de 27 novos postos de trabalho, dos quais sete são técnicos superiores e os restantes na categoria de assistentes operacionais

em diversas áreas funcionais, atendendo às necessidades prementes sentidas em diversas áreas de atuação do município, o que corresponderá a um acréscimo das despesas com o pessoal em cerca de 235 mil euros, face à estimativa de fecho em 2014”, adianta o comunicado. A medida, segundo a autarquia, “visa contribuir para a melhoria e eficácia dos serviços municipais, privilegiando áreas estratégicas de intervenção, como sejam os domínios do ambiente, eficiência energética ou na componente da requalificação urbana. Áreas deficitárias ao nível de recursos humanos, como sejam de apoio à jardinagem, serviços de pintura, motoristas e eletricistas, completam os domínios de recrutamento municipal”. A previsão de efetivo total do pessoal para 2015 foi fixada em 101 colaboradores, contabilizando os movimentos de entrada e saída, o que mesmo com as novas admissões coloca a Câmara a Batalha no grupo das 30 autarquias que apresentam menor peso do pessoal nas despesas totais (previsão de 20,7%).

Apenas 55 autarquias, de um total de 308, podem contratar pessoal este ano e 85 estão mesmo obrigadas a reduzir os quadros. “Verificando-se os pressupostos do equilíbrio orçamental e dadas as necessidades sentidas na autarquia, bem como o aumento das áreas de intervenção, entendemos de grande importância proceder ao recrutamento de novos colaboradores, embora orientados por critérios de rigor orçamental”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Por outro lado, “mediante esta decisão, a autarquia contribui para o aumento efetivo de emprego, bem como para o estímulo e dinâmica da economia local ”, adianta o autarca. No domínio do apoio aos recém licenciados, a câmara aderiu ao Programa de Estágios Profissionais na Administração Local, destinados a fomentar o empreendedorismo e a propiciar uma experiência profissional e formativa em contexto de trabalho, familiarizando os jovens com as regras e práticas da administração local.

Jornal da Batalha

s Noticias dos combatentes

2015: Ano de mudanças políticas, quais? Com maior ou menor consenso, é comum aceitar-se que tudo quanto qualquer ser humano diz, faz ou escreve tem sempre uma determinada carga política. Portanto, não sendo o principal objetivo dos nossos artigos regê-los por conteúdos intrinsecamente políticos, aceitamos que, de forma mais ou menos óbvia, essa conotação nos possa ser atribuída, tanto mais que, até, uma ou outra vez, já o fizemos de maneira explícita. E este artigo consubstanciará mais um desses momentos, porque em 2015 iremos ter eleições legislativas, logo irá ser um ano intenso em termos políticos, com cada um dos partidos a querer convencer-nos que é melhor que os outros, normalmente fazendonos promessas que eles próprios sabem, de antemão, que não conseguirão cumprir. Contudo, os ‘staffs’ partidários também sabem, por 40 anos de experiência, que nós, a maioria dos eleitores, temos demonstrado ter a memória curta e estamos sempre predispostos a acreditar em novas promessas, esquecendo-nos que, das que anteriormente nos fizeram, poucas ou nenhumas foram cumpridas. Entretanto, com este seu pouco ético procedimento, os partidos, cada vez mais fechados sobre si próprios, parece que ainda se não aperceberam que, quer eles quer a generalidade dos seus responsáveis, estão cada vez mais desacreditados no nosso país, devido a todos os dias nos chegarem notícias de fraudes, de prepotências ou incompetências, de decisões anti democráticas,

de corrupção aos mais diversos níveis da sociedade, quase sempre com os políticos como protagonistas. E a esporádica condenação de um ou outro político não é suficientemente dissuasora para evitar que a maioria continue a achar que, face a risco tão pouco provável, valerá a pena continuar a trilhar caminhos menos retilíneo. Não queremos afirmar que não haja, entre os políticos, gente honesta que queira servir dignamente a causa pública. Mas a verdade é que parecem ser cada vez em menor número ou pelo menos já pouca capacidade têm em fazerem ouvir as suas vozes, quase sempre estas a acabarem abafadas e trituradas pelas engrenagens partidárias. Infelizmente e como também sabemos, estas anormalidades não são exclusivas do nosso país, pois o mesmo se passa um pouco pelo mundo além, conforme ecos que diariamente nos chegam, parecendo que os políticos apenas preferem copiar os maus exemplos uns dos outros! Porque será? No início da década de 1990 começou a ser exibido um filme americano, “The Hunt for Red October” (“Caça ao Outubro Vermelho” – tradução portuguesa) em que, a certo momento, um dos atores que desempenha o papel dum político, faz, cinicamente, esta afirmação lapidar: “Sou político, logo um intrujão e mentiroso, que quando não beijo criancinhas estou a roubar-lhes o chupachupa”. Mais que uma metáfora, esta frase será uma sátira que pretende retratar o conjunto dos políticos universais. Ora, independentemente do exa-

gero do exemplo dado, a expressão não deixa de ter um fundo de verdade, face à forma como, no caso concreto de Portugal, temos sido “governados” nas últimas quatro décadas e não valerá a pena recuarmos mais no tempo porque é há 40 anos que é suposto vivermos em democracia; democracia cada vez mais em perigo e posta em causa por quem tem a maior responsabilidade e o dever de melhor a defender: toda a classe política! Enfim, parece restarnos a esperança de que, perante tantas vicissitudes que os ditos políticos nos têm feito passar que, finalmente, os mesmos sejam subitamente tocados por uma epifania que, ao menos uma vez na vida, os leve a ficarem mudos e envergonhados, cada vez que, nas eleições legislativas que se avizinham, abrirem a boca para nos mentirem. (Sim, sim, caros leitores, temos consciência de que estamos a pedir um milagre, num tempo em que estes já se esgotaram ou estarão pela hora da morte.) Terminamos com uma informação: em 06, 07 e 08 de Fevereiro vamos fazer mais uma excursão a Trás-os-Montes – Ponto alto: um dia passado na Feira do Fumeiro de Vinhais! Ainda temos algumas vagas no autocarro. Se houver alguém interessado, contacte-nos. Feliz 2015 para todos os Batalhenses em geral e para os nossos associados em particular! NB-LC


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Atualidade Batalha

9

Bombeiros têm plano “cauteloso” e querem melhorar a sua segurança m “O novo comando abre uma janela de oportunidade para que se possa incrementar e desenvolver um trabalho assertivo e eficaz”, considera a direção da associação

O Plano de Atividades da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Batalha (AHBVCB) para este ano é “contido e cauteloso”, “reveste-se de alguma imprevisibilidade” face à “incerteza” da conjuntura atual e caracteriza-se por “uma gestão rigorosa das despesas correntes”.

O plano “é uma previsão, e como tal, é de salientar que na atual conjuntura caracterizada pela incerteza, o planeamento reveste-se de alguma imprevisibilidade sobre o que possa ocorrer”, refere a direção da AHBVCB, salientando que dá continuidade ao do ano anterior, em que foi dado maior relevo aos equipamentos para o corpo de bombeiros. Os “constrangimentos financeiros” de 2014 e a “incerteza” para este ano “obrigaram à elaboração de um plano contido e cauteloso”. Para a direção da associação é “urgente encontrar um paradigma de financiamento realista, equilibrado e estável”, porque o panorama de atual dos bombeiros obriga ao aumento

Batalhenses podem escolher obra que queiram ver feita Os munícipes do concelho podem votar durante este mês um dos 10 projetos finalistas do Orçamento Participativo da Batalha, de um total de 170 inicialmente apresentados a ‘concurso’. As votações podem ser efetuadas através da página do município na Internet (www.cm-batalha.pt), na página do Facebook da autarquia (https://www.facebook. com/pages/Município-daBatalha/150796998309625?fref=ts) ou nos paços do concelho. As propostas submetidas à câmara, já selecionadas e analisadas pelo executivo municipal, compreendem diversas áreas de intervenção, divididas por três grandes rubricas: obras municipais e ordenamento do território, cultura e turismo e apoio à atividade empresarial. O âmbito das propostas é bastante diverso e prendese, por exemplo, com o reforço da iluminação pública, da sinalização das zonas empresariais e das empresas localizadas nessas áreas

ou a reabertura do auditório municipal para a projeção de cinema. A câmara registou 170 propostas, sendo os munícipes da freguesia da Batalha os que mais participaram, com 76 ações. A Golpilheira participou com 11 propostas, o Reguengo do Fetal com 12 e São Mamede com 35 propostas. Foram ainda apresentadas 40 ações/projetos de âmbito concelhio. A câmara afetou ao Orçamento Participativo 30 mil euros, uma verba igual à prevista para o ano de 2015. O investimento “demonstra o empenho que o executivo coloca no Orçamento Participativo, num processo de consulta aos munícipes que se espera venha a crescer e a ganhar cada vez mais representatividade”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. O autarca apela a todos para que votem nos finalistas, “demonstrando assim toda a validade e pertinência do Orçamento Participativo”.

da estrutura de funcionamento, mas está “marcado por baixos valores na prestação de serviços”. A prioridade do documento é dada ao corpo de bombeiros, mas isso “não impedirá”, segundo a associação, o desenvolvimento de outras atividades, nomeadamente no âmbito da Loja Social e culturais e recreativas. O plano de atividades prevê a aquisição, “caso existam condições financeiras”, de equipamentos de proteção individual, para fogos florestais e urbanos, para que se possam garantir condições de segurança aos bombeiros; de uma nova ambulância de emergência devidamente certificada e de um veículo de comando para melhoria da operacionalidade dos bom-

Almoço para angariar fundos A Paróquia do Reguengo do Fetal promove no dia 25 deste mês um almoço convívio (13h00), no salão da Casa do Povo, cuja receita reverte para o fundo de recuperação da residência paroquial. A ementa é constituída por sopa de cozido, bucho com acompanhamento, sobremesa e café da avó. Os lugares são limitados e os bilhetes custam 15 euros para os adultos e 7,50 euros para as crianças com idades entre os seis e 12 anos. Os mais novos não pagam. Também na Casa do Povo do Reguengo do Fetal, mas no dia anterior (24), disputa-se um “Torneio Relâmpago de sueca”, com início previsto para as 21h00. As inscrições custam 10 euros por equipa. Os prémios são produtos alimentares (bacalhau, queijo, vinho e chouriças).

beiros. A associação pretende ainda complementar os atuais equipamentos do salvamento em grande ângulo e do veículo urbano de combate a incêndios. No que respeita à interação entre direção, comando e corpo ativo, “este deverá este ano de um novo quadro de comando”, pretendendo a direção que “haja um interação franca e eficaz com um relacionamento profícuo que se transmita a todo o corpo de bombeiros”. “Assim, surge agora uma janela de oportunidade para que se possa incrementar e desenvolver, no respeito mútuo pelas competências de cada um, um trabalho assertivo e eficaz, que possa melhorar a nossa organização e funcionamento”, conclui a direção da AHBVCB.

Orçamento para 2015 Receitas Correntes Prestação de Serviços

203 000,00

Subsídios

242 500,00

Quotizações

14 500,00

Proveitos e Ganhos Financeiros Total de Receitas Correntes

7 250,00 467 250,00

Receitas de Capital Proveitos Extraordinários

36 000,00

Total de Receitas Capital

36 000,00

Total de Proveitos

503 250,00

Reserva Financeira (deposito a prazo)

255 000,00

Total de Proveitos + Reserva Financeira

758 250,00

Despesas Correntes Fornecimentos e Serviços de Terceiros

143 100,00

Custos com Pessoal

325 000,00

Total de Despesas Correntes

468 100,00

Despesas de Capital Viaturas e Equipamentos de Proteção Individual e Outros Total de Despesas de Capital

169 203,00

Total de Despesas

637 303,00


10

Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

janeiro 2015

Coletividades recebem 300 Assembleia recomenda ao Governo medidas para mil euros para atividades proteger o mosteiro desportivas e culturais m Portal do Movimento Associativo da Batalha (MOVA) passará, entre outras funcionalidades, a gerir a apresentação das candidaturas

A Câmara da Batalha atribuiu quase 300 mil euros a associações do concelho, na primeira fase de apoios, destinados a auxiliar a concretização de mais de 60 candidaturas submetidas à autarquia, no âmbito de financiamentos de atividades desportivas e culturais e realização de obras. A disponibilização dos 281.498 euros ao movimento associativo concelhio “é bem representativa do valor que a autarquia atribui às associações e tem adesão com o valor do incentivo agora disponibilizado”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. O autarca destaca que, atendendo ao orçamento para este ano (10,2 milhões de euros), “é bem evidente a importância que a Autarquia coloca na realização dos diferentes projetos e intervenções das associações e do seu manifesto interesse para o concelho e para os batalhenses”. A assinatura dos contra-

p A atividade desportiva é uma das áreas financiadas tos-programa com os dirigentes associativos estava marcada para 16 deste mês (já depois do fecho desta edição), no Centro Cultural e Desportivo da Quinta do Sobrado e Palmeiros, com a presença do secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro. Na cerimónia estava prevista a apresentação do novo Portal do Movimen-

to Associativo da Batalha (MOVA), que, entre outras funcionalidades, passará a gerir a apresentação exclusivamente online das candidaturas ao programa de apoio financeiro do município ao associativismo e a consulta de uma bolsa de recursos logísticos das coletividades que poderá ser partilhado pelas associações.

A Assembleia da República aprovou a meados de dezembro um projeto de resolução apresentado pelo PSD, que recomenda ao Governo medidas que minimizem os impactos ambientais do ruído gerado pelo tráfego no IC2 sobre o Mosteiro da Batalha. O documento defende uma modulação das taxas de portagem, de acordo com as categorias dos veículos, na variante da Batalha (A19), e uma solução ao nível de infraestruturas que minimize o tráfego no IC2, junto ao mosteiro. Por outro lado, recomenda ainda que, no âmbito do próximo quadro comunitário (programa “Portugal 2020”), “o mosteiro não seja esquecido e haja verbas alocadas para a requalificação”. O projeto de resolução foi apresentado pela deputada social-democrata Conceição Pereira, que, após recordar a história e importância do monumento Património Mundial da Humanidade, lembrou que “tem vindo a sofrer graves danos estruturais, devido ao ruído e às vibrações causadas pelo elevado tráfego da estrada nacional”. “Um estudo recente revelou que as medições de ruído apresentam valores muito acima dos permitidos por Lei. Sabemos e acompanhamos as preocupações que a câmara mu-

p O monumento esta a deteriorar-se devido à poluição rodoviária nicipal tem expressado”, referiu. Na zona do mosteiro, nomeadamente em alguns espaços abertos do seu interior, os parâmetros previstos no Regulamento Geral do Ruído, “não cumprem os valores regulamentares”, dado que se registaram 72 decibéis “para um limite legal de 65 e 62 decibéis para um limite de 55, respetivamente, como revelou a autarquia. A deputada afirmou que a intenção do PSD é solicitar à empresa pública Estradas de Portugal que diligencie

no sentido de encontrar as medidas que minimizem os impactos ambientais do ruído, da trepidação e dos gases poluentes gerados pelo elevado tráfego junto ao Mosteiro da Batalha. O Mosteiro de Santa Maria da Vitória resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, travada a 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal.

Papa telefonou a doente internada no hospital de Leiria O Papa Francisco telefonou a uma doente internada no Hospital de Santo André, em Leiria, no dia 12 deste mês. Stella Maris Kriger, natural da Argentina, enfrenta um cancro, em fase avançada, e o chefe da Igreja Católica fez questão de a abençoar. O Papa só conseguiu falar com a imigrante à segunda tentativa, pelas 15 horas (antes a doente não pudera atender), mostrando que es-

tava “determinado a reconfortar a imigrante e dizerlhe que iria rezar por ela e mencioná-la nas intenções da eucaristia de domingo”, 18 deste mês, como explicou a Diocese de Leiria-Fátima, que divulgou a notícia. A paciente ficou “profundamente emocionada com este gesto do Papa Francisco, que considera um dos momentos mais marcantes da sua vida”. O sumo pontífice soube

p Stella Kriger com a amiga Isa Azinheiro da situação de Stella Kriger e do seu contacto através de

amigas da doente e de um jornalista, em Roma.

A doente, de 61 anos, entretanto transferida para o hospital de Alcobaça, natural do país onde nasceu o Papa, enfrenta um cancro da mama, “em estado bem avançado e com poucas esperanças de resolução”, segundo a Diocese de Leiria-Fátima. “Apesar do desespero, da dor e da impotência, o sorriso e a esperança já faziam parte do dia a dia desta imigrante”, em Portugal há 17

anos, destaca. Stella Maris Kriger “ajudou muitas pessoas ao longo da sua vida pessoal e profissional, com saber e entrega a causas sociais, mas também com o seu profissionalismo como massagista terapeuta, profissão que aprendeu na Argentina, essencialmente em hospitais, mas foi em Portugal que melhor a colocou em prática, nomeadamente em Leiria”, conclui a Diocese de Leiria-Fátima.


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Atualidade Batalha

Alunos de São Mamede aplicam-se na matemática e a ajudar os outros

p O diretor do colégio, Manuel Madama, falou aos alunos no Natal

m O colégio participou na campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, com o envolvimento de estudantes e professores Os alunos do Colégio de São Mamede participaram recentemente em quatro atividades que envolveram toda a comunidade escolar: a 1.ª eliminatória das 33ª Olimpíadas Portuguesas de Matemática, uma campanha de recolha de alimentos, a festa de Natal e uma peça de teatro sobre a lenda de S. Martinho. A 1.ª eliminatória das 33ª Olimpíadas Portuguesas de Matemática contou com a participação de 18 alunos na categoria Júnior (7.º ano de escolaridade) e de 33 na categoria A (8.º e 9.º anos de escolaridade). Este ano destaca-se a participação dos alunos Rodrigo Simplício (7.º B) e

Rodrigo Mendes (9.º A), que obtiveram a melhor classificação nas categorias Júnior e A, respetivamente. A 2ª eliminatória decorreu no dia 14 deste mês (já depois do fecho desta edição) e a final nacional tem lugar na Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira (Rio Maior) de 19 a 22 de março. Estas olimpíadas, organizadas anualmente pela Sociedade Portuguesa de Matemática, são um concurso nacional de problemas de matemática, dirigido aos estudantes do ensino básico e secundário, que visa incentivar e desenvolver o gosto pela disciplina. O colégio participou na campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, com o envolvimento de alunos e professores, que estiveram presentes em dois supermercados em Fátima a dar algum do seu tempo em prol dos mais desfavorecidos. A sua colaboração ajudou a recolher alimentos

para dezenas de instituições de solidariedade social da região de Leiria e Fátima. A festa de Natal do Colégio decorreu na Igreja Paroquial de São Mamede e ficou marcada por uma novidade: o professor Paulo Ferreira e a academia de rádio da escola proporcionaram um excelente momento de rádio aos ouvintes, em direto da Igreja, com entrevistas ao diretor do colégio, Manuel António Madama, e ao padre João. A festa começou com os meninos do ensino pré-escolar, vestidos de estrelas, seguindo-se momentos de espetáculo e cor com os alunos mais velhos. Finalmente, no dia de S. Martinho, os alunos do 2º A apresentaram aos colegas do 1.º Ciclo e do Pré-Escolar uma teatro sobre a lenda do santo. As outras turmas também apresentaram as suas peças. Depois do momento de teatro, as castanhas foram as ‘protagonistas da festa’.

Conceição Silva da SIC ensina “Cake design” no Reguengo A comentadora do programa “Queridas manhãs”, da SIC, Conceição Silva, vai orientar um fim de semana de workshops na Casa do Povo do Reguengo de Fetal, na Batalha, em fevereiro. No dia 6, a sessão é orientada para o “Cake design” e decorre a partir das 21 horas. No dia seguinte, pelas 9h30, o destaque vai para os bombons de chocolate,

p Conceição Silva e pelas 14h30 os protagonistas são os salgados (ris-

sóis, croquetes e pasteis de mansa tenra). Cada workshop custa 18 euros e os formandos recebem um certificado profissional. Para mais informações, os interessados devem contactar a organização através do telefone 916181085 ou do email casadopovo.reguengodofetal@ sapo.pt.

11

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Solo sem ervas é antinatural Ano novo, vida nova! Nas hortas também podemos pensar assim, pois este é o melhor mês para começar a planificar as suas plantações/sementeiras, até porque, dizem os mais velhos, os primeiros dias de janeiro revelam como será o tempo dos meses do ano, que até agora parece com pouca água. Chamavam-lhe arremedas, dos dias 1 a 12 (o tempo que fizesse seria idêntico ao que aconteceria, correspondendo o dia 1 a Janeiro e o dia 12 a dezembro). Depois vinham as desarremedas, que associavam os meses por ordem inversa. O dia 13 correspondia a dezembro, o dia 14 a novembro e por diante até ao dia 24, que correspondia novamente a janeiro. A junção do tempo que ocorria nos dias de arremedas e desarremedas era indicador do que se podia esperar ao longo do ano. Este é o Ano Internacional do Solo pela ONU. Já pensou o quanto dependemos dele? Agricultores ou não, todos comemos alimentos que nos são fornecidos direta ou indiretamente pelo solo. Como tem tratado o seu?

Sabia que a camada superior da sua horta (cerca de 25-30 cm) é a mais rica de todas, e quanto mais a revolvemos (se for profundo ainda pior) mais estrangulamos as suas ligações naturais. O ideal seria intervir o mínimo possível na camada superficial, deixando a natureza fazer o seu trabalho. Ter um solo sem ervas é antinatural, deixa-o desprotegido. As ervas retêm água e nutrientes que podem ser aproveitados para as nossas culturas. Quando aplica herbicida queima todas as ervas inclusivamente as boas, por isso prefira o corte com equipamento adequado ou remoção manual com ancinho. Deixo-vos também um pedido: tenho verificado junto aos caixotes do lixo do nosso concelho, desperdícios orgânicos (restos de colheitas, aparas de jardim, etc). Estes elementos são da natureza e tudo o que eles retiraram ao solo para crescer podiam devolver se os deixassem a decomporse num qualquer local, de preferência à sombra para que as minhocas e afins pudessem tratar de os de-

compor. No meu caso, já pedi a algumas pessoas das redondezas que me dessem esse lixo, pois sempre posso alimentar galinhas e aumentar o conteúdo do meu compostor. Deixo apenas uma advertência: verifiquem se os produtos levam muitos químicos e, nesse caso, não aconselho a sua utilização. Aconselho ainda que os detritos de plantas doentes sejam incinerados, para que não haja o perigo de propagação para as futuras plantações, mas apenas nesta época de inverno, para evitar o perigo de propagação de fogos. Na nossa região, e apesar das geadas dos últimos dias, ainda podemos semear diversas sementes. No entanto, e dado que a chuva não tem vindo, aconselho a que sejam regadas nos primeiros dias para que a germinação aconteça, de preferência com rega por aspersor, pois assim evita também que a geada se instale. Hortícolas para semear: alho francês, alhos, centeio, couves, ervilhas, favas, mostarda, nabos, nabiças, rabanetes, salsa, árvores e arbustos de fruto. Hortícolas para semear em local protegido (estufas ou canteiros cobertos): alfaces, alhos franceses, cebolas, couves flores, cenouras, espinafres, meloas, pepinos, pimentos e tomate. Jardim, semear: begónias, ervilhas de cheiro, gipsófilas, girassóis, goivos, jacintos, lírios, miosótis, flor de Lis, sécias e zínias. Nos próximos sábados 17 e 24 de janeiro, entre as 14 e as 17 horas, estarei a realizar oficinas no Museu do Moinho do Papel, em Leiria, sob os temas: dia 17, “Planificação de uma horta. Plantas aromáticas e medicinais”, dia 24, “Pragas e doenças da horta – Identificação, análise, prevenção e tratamentos fitoterápicos”, com preparados de plantas. Boas colheitas!


12

Batalha Atualidade

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Cientista ‘batalhense’ acusa Cavaco e seguidores pela crise na ciência m “Há responsabilidades morais que começam no senhor que ocupa o Palácio de Belém, que, quando foi primeiro-ministro, acabou com tudo no que era produção”, diz Carlos Caldas

O médico e cientista ‘batalhense’ Carlos Caldas considera que a crise do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “é da responsabilidade” do Presidente da República, Cavaco Silva, bem como de outros dirigentes atuais que tem “um pedigree que começa nesse senhor”. A crise vivida no SNS é

culpa daqueles que “nos desgovernam”, refere Carlos Caldas em entrevista ao Diário de Notícias, publicada a 4 deste mês. O médico, que lidera um laboratório no instituto de investigação sobre cancro, em Cambridge, no Reino Unido, considera que os avanços registados em Portugal na medicina e na ciência estão a ser destruídos e menosprezados. Já numa entrevista concedida ao Jornal da Batalha, em março de 2014, o médico - nascido em Oliveira de Frades, mas que passou a infância e juventude no concelho – considerava um “desastre” a política do atual governo para as áreas da ciência e da saúde. “O que de bom se fez nos últimos 15 anos está a ser completamente destruído por este Governo. Um de-

p Carlos Caldas diz que “avanços na medicina e na ciência estão a ser destruídos” sastre!”, referia. Questionado sobre em que condições ponderaria regressar

ao país e continuar aqui o seu trabalho, afirmou: “Seria sempre muito difícil.

Com as políticas deste Governo para a saúde e ciência é uma impossibilidade!”

Agora é ainda mais contundente na entrevista que dá o DN: “Há responsabilidades morais que começam no senhor que ocupa o Palácio de Belém, que, quando foi primeiro-ministro, acabou com tudo no que era produção e cavou a dependência da União Europeia em que nos encontramos”. A culpa é também dos “dirigentes atuais, que têm um pedigree que começa nesse senhor”, adianta Carlos Caldas, considerando que em Portugal há um ensino “muito bom”, que deve ser aproveitado no futuro da ciência nacional. Carlos Caldas, de 55 anos, é filho do juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, reformado, Carlos da Silva Caldas, natural da Batalha. É afilhado de batismo do historiador José Travaços Santos.

CASA DO BENFICA NA BATALHA Informação Informam-se os sócios da Casa do Benfica na Batalha que terão de proceder à atualização da ficha de sócio, visto que todos os cartões de Sócio da nossa Casa irão ser substituídos. Não esquecer que têm de entregar também uma cópia do BI ou CC. Alertamos também quem ainda não tenha regularizado as suas quotas para que o faça o mais brevemente possível e até 31 de março de 2015, como definido em Assembleia Geral no passado dia 7 de novembro de 2014.


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Atualidade Batalha

13

Projeto de proteção do mosteiro prevê parque e redução de trânsito s registo

m A proposta elaborada pelo município abrange o troço entre o Casal da Amieira e Santo Antão/Faniqueira, numa extensão de 2,650 quilómetros O projeto da autarquia para a implementação de medidas que “minimizem os impactos ambientais registados sobre o mosteiro, em resultado do tráfego na EN1/IC2” abrange o troço entre o Casal da Amieira e Santo Antão/Faniqueira, numa extensão de 2,650 quilómetros. Para a zona frente ao mosteiro prevê-se a aplicação de uma cortina de arbustos, complementada com barreiras antirruído, atuando como proteção contra a po-

“Incompreensíveis as resistências” A autarquia considera “incompreensíveis as resistências expressas pela direção do Departamento de Gestão Contratos de Concessão da EP” à sua proposta de construção de uma ligação ao IC 9, através da EN 356, na zona de São Mamede, “alegadamente justificadas na necessidade de proteger os acordos” existentes com a AELO (Litoral Oeste), subconcessionária do itinerário complementar. O projeto prevê uma ligação ao IC 9, através da atual EN356, na zona de São Mamede. O objetivo é promover uma maior utilização do itinerário, entre Fátima e a Batalha e “assegurar uma ligação mais eficiente e economicamente sustentável ao nó de Fátima da A1”.

p O projeto prevê a construção de um parque de estacionamento para 250 veículos luição sonora. Para reduzir a velocidade do tráfego, a autarquia sugere a implementação de sinalização luminosa com limite de velocidade, sinalização vertical e horizontal, aplicação de separadores e

guardas de segurança metálicas duplas com proteção para motociclistas, incluindo refletores e delimitadores de tráfego, impossibilitando a inversão de marcha. No mesmo sentido, o projeto propõe reequacionar a

rede envolvente numa lógica em que os utentes possam aceder de imediato à A19, sem passar na zona frontal ao mosteiro, a Norte e a Sul da vila (rotunda do IC2/Calvaria e IC2/Rua D. Maria II).

Por ultimo, a proposta “reflete” sobre a criação de um passeio infraestruturado com iluminação pública, complementado com árvores, desde a Avenida Dom Nunes Alvares Pereira, na vila, à Rua do Mosteiro da Visitação, na Faniqueira; assim como sobre

a criação de um parque de estacionamento com 250 lugares para veículos ligeiros, com acesso por uma via secundária e paralela à principal, com ligação através de um corredor pedonal ao Largo do Infante D. Henrique, à zona desportiva e à Rua das Piscinas.

Cooperativa Agrícola do Concelho da Batalha, CRL Combustíveis Aberto das 7 às 21 horas, exceto domingos e feriados das 8h às 21 horas

Armazém Aberto das 8h30 às 19 horas

Vendemos diversos produtos como: - Plantas hortícolas - Sementes diversas incluindo prados - Árvores de frutos - Adubos - Pesticidas - Rações para animais - Ferramentas de uso doméstico e agrícola - Prestamos serviços de campo aos agricultores associados disponibilizando os nossos serviços técnicos - Recolha de amostras de terreno para análise - Compramos e vendemos milho da região Acreditados pela Valorfito na recolha de embalagens

Mantemos os melhores preços da zona Largo 14 de Agosto de 1385, 2440-105 BATALHA | Telefone: 244765112 - Fax: 244767370


14

Batalha Atualidade

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Historiador batalhense investigou padre que salvou judeus do nazismo m “É pena não ser mais divulgada a história deste sacerdote leiriense, pois foi um verdadeiro herói, ao salvar dezenas de vidas com o risco efetivo de perder a sua”, refere José Travaços Santos O historiador batalhense José Travaços Santos considera “mais admirável” a ação do sacerdote Joaquim Carreira – o quarto português com o nome inscrito no Memorial do Holocausto de Jerusalém -, ao arriscar a vida para salvar judeus durante a II Guerra Mundial, do que a do cônsul Aristides de Sousa Mendes.

p O padre Joaquim Carreira foi distinguido com o título de “Justo entre as Nações” José Travaços Santos investigou a história do padre leiriense Joaquim Carreira e considera, em declarações ao semanário da Diocese de Leiria-Fátima “Presente”,

ser “até mais admirável a sua ação do que a do cônsul Aristides de Sousa Mendes, ainda que este possa ter salvo mais pessoas e seja mais conhecido por isso, mas

correndo, com certeza, menos perigos”. “É pena não ser mais divulgada a história deste sacerdote leiriense, pois foi uma figura de relevo na história eclesiástica do seu tempo e um verdadeiro herói, ao salvar dezenas de vidas com o risco efetivo de perder a sua”, adianta o historiador batalhense. O padre Joaquim Carreira foi distinguido com o título de “Justo entre as Nações” pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém, por ter arriscado a vida para salvar judeus durante a II Guerra Mundial. A atribuição deste título ocorreu a 4 de setembro de 2014, mas só agora foi conhecida.

um deles reitor do Colégio Pontifício Português. Nesta condição acolheu e escondeu dezenas de refugiados perseguidos pelo nazismo, alguns deles judeus, salvando-os da morte. As pessoas declaradas “Justo entre as Nações” são distinguidas com uma medalha e um certificado de honra, os seus nomes são inscritos no mural de honra do Jardim dos Justos do Memorial do Holocausto de Jerusalém e é-lhes concedida a cidadania de Israel, mesmo que seja a título póstumo. A entrega do diploma aos familiares do padre Joaquim Carreira deverá ocorrer na primavera ou verão deste ano, na embaixada de Israel em Lisboa.

Campanha de educação ambiental envolveu 528 alunos do concelho

Crianças cantam as Janeiras como manda a tradição

O novo programa de educação e sensibilização ambiental para as crianças do 1º ciclo das escolas públicas do concelho da Batalha, começou a 12 deste mês, sob o lema “Disposto a tolerar”. “Até quando está disposto a tolerar que outros sujem o

do cumprida por grupos de associações de São Mamede e, mais recentemente, da Batalha, em frente ao edifício dos paços do concelho, onde anunciam um bom ano à população. A festa das Janeiras consiste, tradicionalmente, em cantar músicas pelas ruas por grupos de pessoas anunciando o nascimento de Jesus e desejando um feliz Ano Novo.

que também é seu?”, é esta a frase-chave da campanha da Suma, que envolveu 11 escolas e 528 alunos. A iniciativa contemplou a realização de sessões de 45 minutos nas escolas, com a projeção de uma apresentação e a presença de um técnico que expli-

cou aos mais novos o que for necessário sobre como tratar os resíduos sólidos e proteger o ambiente. A ação desenvolveu-se durante cinco dias, de 12 a 16 deste mês, e implicou a realização de duas dezenas de sessões nos estabelecimentos de ensino.

CM Batalha

João Pragosa

A Câmara da Batalha recebeu no Dia de Reis, 6 deste mês, a visita dos alunos do Jardim Infantil Moinho de Vento e do Centro Escolar da Batalha, que, “de uma forma simpática e muito divertida”, anunciaram o Ano Novo e cumpriram “a importante tradição” de Cantar as Janeiras, como constatou o município na sua página no Facebook. A tradição de cantar as Janeiras tem sido rejuvenescida nos últimos anos, sen-

Um trabalho de investigação do jornalista António Marujo, publicado no jornal Público a 23 de dezembro de 2012, terá despertado a atenção do Departamento dos Justos do Yad Vashem para a figura e a ação do sacerdote Joaquim Carreira. O prémio é atribuído aos não-judeus que arriscaram a vida para salvar judeus da perseguição nazi e já foi atribuído a três outros portugueses: Aristides de Sousa Mendes, Carlos Sampayo Garrido e José Brito Mendes. O padre Joaquim Carreira nasceu no Souto de Cima, Caranguejeira, a 8 de setembro de 1908, e viveu grande parte da sua vida em Roma, onde desempenhou diversos cargos na Igreja,

p As crianças na ‘foto de família’ com os autarcas que os receberam

ESCOLAS EM FESTA. Numa organização da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Batalha, decorreu no pavilhão gimnodesportivo da vila, a 14 de dezembro, um concerto com o músico André Sardet. O espetáculo integrou-se na Festa de Natal do Agrupamento de Escolas e, para além da participação de André Sardet, contou ainda com outros momentos de animação a cargo dos alunos do agrupamento, bem como da escola de dança B.ballet.


Jornal da Batalha

15

janeiro 2015

Economia

Vinho Real Batalha premiado pelos Escanções de Portugal m “Este galardão é o reconhecimento do trabalho desenvolvido nos últimos anos na evolução dos vinhos da adega”, destaca Ricardo Borges, gestor da cooperativa.

O vinho tinto Real Batalha DOC Encostas d’Aire 2011 ganhou o prémio “Tambuladeira dos Escanções de Portugal de Bronze”, durante o 1º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu em Lisboa.

“Este galardão é o reconhecimento do trabalho desenvolvido nos últimos anos na evolução dos vinhos da Adega da Batalha”, destaca Ricardo Borges, gestor da cooperativa. Os prémios do concurso, organizado e certificado pelo Grupo Crédito Agrícola (CA), em parceria com a Associação de Escanções de Portugal, foram disputados por 280 vinhos, inscritos por 175 produtores. Um conjunto de enólogos, escanções, jornalistas, blogueiros especializados e colaboradores do CA avaliaram os néctares durante provas cegas. A qualidade dos vinhos

a concurso foi sublinhada pelo júri, que premiou 74 brancos e tintos, das regiões vitivinícolas dos Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Douro, Beiras, Dão, Bairrada, Tejo, Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo. A distinção de “Tambuladeira dos Escanções de Portugal de Ouro” foi atribuída a 21 vinhos pela sua excelência, com destaque para as regiões dos Vinhos Verdes, Douro, Dão, Península de Setúbal e Alentejo. Com o galardão “Tambuladeira dos Escanções de Portugal de Prata” foram premiados 32 vinhos e a “Tambuladeira dos Escanções de Portugal de Bronze”

p Ricardo Borges salienta que o galardão premeia o trabalho desenvolvido pela adega foi atribuída a 21 vinhos. A iniciativa decorreu durante a Feira Portugal Agro, realizada na FIL de 20 a 23 de novembro. Um dos desafios mais importantes dos 13 funcionários e dos 700 sócios da adega é a reconversão das

vinhas para incrementar a qualidade dos néctares da Batalha, pois em termos de equipamentos de vinificação e controlo de qualidade está atualizada. As vendas da Adega da Batalha crescem há três anos consecutivos. Em 2011,

o volume de vendas foi de 845.880 euros (1.285.641 de litros), no ano seguinte cresceu para 1.140.762 euros (1.732.173 de litros) e em 2013 manteve-se a tendência positiva, com um volume de vendas de 1.234.738 euros (1.453.692 de litros).

Gabinete ajuda agricultores no acesso aos fundos europeus Um Gabinete de Apoio aos Agricultores da Batalha começou a funcionar a 12 deste mês na sede da junta de freguesia da vila, com o objetivo de prestar informação sobre as candidaturas aos fundos comunitários, revelou a União dos Agricultores do Distrito de Leiria (UADL), organização responsável pelo funcionamento do serviço. “Um dos objetivos é informar os agricultores so-

bre os fundos comunitários a que se podem candidatar, no âmbito do programa ‘Portugal 2020’”, explicou António Ferraria, dirigente da UADL, adiantando que “uma parte muito considerável dos agricultores não estão informados sobre os apoios a que têm direito e só não se candidatam por falta de informação”. O Gabinete de Apoio aos Agricultores da Batalha

p António Ferraria defende apoios diferenciados para os pequenos agricultores

está também apto a fazer os manifestos dos suínos e do vinho, e a elaborar as candidaturas no âmbito do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). O serviço funciona às segundas-feiras, das 9 às 12 horas, no edifício da Junta de Freguesia da Batalha, e os agricultores podem colocar as suas duvidas “a uma pessoa habilitada para os informar sobre os seus

direitos”, adiantou António Ferraria, frisando que, “além de prestar informação, o gabinete também ajuda” os interessados a fazer os projetos. Para o dirigente da UADL, “devia haver apoios específicos para os pequenos agricultores, que produzem produtos de muita qualidade, mas depois não têm capacidade para concorrer no mercado”.

HERCULANO REIS Comercialização e Reciclagem de Consumíveis informáticos

SOLICITADOR

Com a garantia dos produtos O.C.P. gmbh Rua de Leiria · Cividade · Golpilheira 2440-231 BATALHA Telef.:/Fax: 244 767 839 · Telem.: 919 640 326

Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

Tratamos de toda a documentação do ramo automóvel Estrada Nacional nº 1 - Apartado 179 Santo Antão - 2440-901 Batalha Tel.: 244 768710 - Móvel: 917585327 - Fax.: 244 768810


16

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Saúde

Mulheres podem fazer rastreio de cancro da mama na vila m Muitas faltas de comparência decorrem da desatualização dos dados de morada nos registos dos centros de saúde, alerta a LPCC

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a promover um rastreio de cancro da mama no concelho da Batalha desde 7 deste mês e até ao início de março.

A LPCC “apela”, em comunicado, “a todas as mulheres com idades entre os 45 e os 69 anos residentes no concelho para participarem no rastreio, realizado através de um exame simples e gratuito”. A Unidade Móvel de Mamografia Digital da LPCC encontrar-se estacionada junto ao Centro de Saúde da Batalha e em funcionamento de segunda a quintafeira, das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00, e à sextafeira, das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 16h30. As mulheres com inscri-

ção atualizada no centro de saúde recebem uma cartaconvite com a indicação da

data e hora de realização do exame. Segundo a LPCC, “const-

ata-se que muitas faltas ao rastreio decorrem da desatualização dos dados de

morada nos registos dos centros de saúde, motivo pelo qual a liga apela à sua atualização e à participação no rastreio”. O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos de forma a garantir uma prevenção eficaz. Para marcações ou informações adicionais, os interessados devem contactar o Centro de Coordenação do Rastreio através do telefone 239 487 495/6 ou do e-mail rcmama.nrc@ligacontracancro.pt.

s registo Doença mata quatro pessoas por dia e surgem 4.500 novos casos por ano O cancro da mama é um problema de saúde pública, apesar de não ser dos mais letais, e tem uma alta incidência e uma alta mortalidade, sobretudo na mulher (apenas um em cada 100 cancros se desenvolvem no homem). “Em Portugal com uma população feminina de cinco milhões, surgem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja 11 por dia, morrendo por dia quatro mulheres com esta doença”, alerta a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) Segundo a LPCC, “são conhecidos alguns

fatores de risco para o cancro da mama, muito associados aos estilos de vida e a características reprodutivas inerentes à vida moderna e ocidentalizada”, mas “há entre cinco a 10% dos cancros da mama diagnosticados que aparentam características genéticas e hereditárias que, caso sejam confirmadas, obrigam a um acompanhamento mais precoce e cuidadoso das familiares”.

BURRO VELHO

RESTAURANTE TRADICIONAL

Produção e comércio de Carnes

BURRO VELHO

RESTAURANTE TRADICIONAL Rua Nossa Sra. do Caminho, nº 6A 2440 -121 Batalha Telf/Fax +351 244 764 174 http://burrovelho.com geral@burrovelho.com

Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt


Jornal da Batalha

janeiro 2015

SaĂşde Batalha

Prevenção do cancro O cancro Ê uma doença caraterizada por um grupo de cÊlulas que crescem e se multiplicam, de forma anormal e descontrolada (tumor), podendo afetar qualquer parte do corpo. Ter um tumor não Ê o mesmo que ter um cancro pois os tumores podem ser benignos ou malignos. Os tumores benignos são aqueles a que, de uma forma geral, não estå associado risco de vida e que não alastram para outros tecidos. Os tumores malignos tendem a ser mais agressivos, podendo ameaçar a vida. Este tipo de tumor designa-se cancro e pode danificar e invadir tecidos em redor, alÊm das cÊlulas malignas poderem alojar-se noutros locais do corpo, formando novos tumores - metastização à distância. Existem mais de 100 tipos de cancro conhecidos e os estudos de-

monstram que existem fatores que aumentam a probabilidade de se desenvolver um cancro. Entre esses fatores de risco estão: o envelhecimento, alteraçþes genÊticas, tabaco, exposição solar, radiação ionizante, alguns químicos, certos vírus e bactÊrias, ålcool, sedentarismo e uma alimentação pouco saudåvel. Muitos destes fatores podem ser evitados, sendo o tabaco a maior causa evitåvel de cancro no mundo; Ê responsåvel por 22% das mortes por cancro. Torna-se evidente que a prevenção do cancro pode estar ao alcance de todos nós. Em Portugal, a população tem ao seu dispor Programas de Rastreio Contra o Cancro cujo objetivo Ê detetar, o mais cedo possível, alguns tumores de forma a tratå-los adequadamente. Atualmente, decorrem três Programas de Rastreio, dirigidos Contra o Can-

cro: da mama, do cólo do útero e do cólon e do reto. Para qualquer informação sobre os rastreios deve contactar o seu mÊdico de família ou respetiva equipa de saúde no seu centro de saúde. Os rastreios são gratuitos e apenas para o seu próprio benefício. Os comportamentos e atitudes no seu dia-a-dia são tambÊm uma das principais formas de prevenir o desenvolvimento de cancro. Somos todos responsåveis pela nossa própria saúde, por isso, proteja-a, tenha håbitos saudåveis e participe nos rastreios. Sofia Luís MÊdica Interna de Medicina Geral e Familiar na USF Condeståvel, Batalha

CLĂ?NICA DE MEDICINA DENTĂ RIA DA BATALHA CONSULTAS DE 2.ÂŞ S A SEXTAS DAS 9.30 H Ă€S 12.30 H E DAS 14.00 H Ă€S 19.00 H AOS SĂ BADOS DE MANHĂƒ AssistĂŞncia exclusivamente mĂŠdica Rua AntĂłnio Cândido Encarnação - EDIFĂ?CIO JORDĂƒO 1Âş Piso - Sala 5 - 2440 BATALHA - Telef. 244 767 593

Clínica Dentåria e Osteopåtica Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentåria Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia EleutÊrio

s Restauraçþes s $ESVITALIZAĂŽĂœES s 0RĂ˜TESES lXAS E REMOVĂ“VEIS s "RANQUEAMENTOS

- Osteopatia Dr. Carlos Martins s 4RATAMENTO DE HĂ?RNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS s /PERADOS A HĂ?RNIAS LOMBARES QUE MANTENHAM A DOR s /MBRO DOLOROSO CONGELADO TENDINITES s #ORRECĂŽĂ?O POSTURAL EM CRIANĂŽAS ADOLESCENTES E ADULTOS s %STUDO DO DESENVOLVIMENTO MUSCULAR DA CRIANĂŽA s 4ORCICOLOS DORES MUSCULARES ARTICULARES E DOR CIĂˆTICA s 2ELAXAMENTO PROFUNDO

Acordos AXA, BES Seguros, Seguro Advance Care, Multicare, Tranquil Tranquilidade, SAMS, CGD e outros

Contactos para marcaç marcaçþes e informaçþes: 244 049 830 ou 911 089 187 Rua dos Bombeiros Voluntårios, Loja D Batalha

17


18

Batalha

janeiro 2015

Ex-colaborador do JB lança livro sobre a freguesia de Pedreiras

Cultura

Manuel Paula Maça

Autarquia defende interesse público da Casa e Capela de São Gonçalo m Estado reconhece que durante quase 30 anos não deu cumprimento a uma decisão de um ministro e ainda por cima perdeu o processo que a permitiria classificar os imóveis

O Câmara da Batalha contestou a proposta de anulação do despacho de classificação como “Imóvel de Interesse Público da Casa e Capela de São Gonçalo”, na Quinta da Várzea, propriedade do Seminário Diocesano de Leiria. A posição do município, dirigida à Direção Regional de Cultura do Centro, resulta da publicação em dezembro, em Diário da República, da proposta do Conselho Nacional de Cultura, da Direção Geral do Património Cultural, da proposta de revogação da classificação dos imóveis. A autarquia fundamenta a sua posição no facto da casa e capela terem pertencido durante séculos ao convento dominicano, com profundas ligações ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Além disso, a partir de 1837, foram adquiridas por Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, “assumindo-se assim como espaços de memória que devem

Jornal da Batalha

p Armindo Vieira (à dir.) na apresentação da sua obra

p A autarquia quer que a Casa e Capela de São Gonçalo, na Quinta da Várzea, sejam classificadas merecer da parte da tutela a devida classificação patrimonial”. A quinta, hoje em avançado estado de ruína, data do século XVII e nela nasceu, em 1855, Mouzinho de Albuquerque, herói militar e governador de Moçambique. Antes, tinha sido escolhida pelos frades dominicanos instalados no mosteiro para casa agrícola e de repouso. A contestação destaca ainda o facto de o principal edifício da quinta ser um dos raros solares que resta na região centro do país. “A proposta de revogação como Imóvel de Interesse Público da Quinta da Várzea merece total discordância do município”, refere o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, destacando que “o

edificado em causa, cuja homologação de classificação ocorreu a 15 de março de 1985, “deve merecer da parte do proprietário do espaço, mas também da tutela, atenção redobrada, atendendo à dimensão simbólica, mas também patrimonial que a quinta, a casa e capela ainda representam para a região e para o país”. O autarca lamenta ainda o facto de “o processo original de classificação do conjunto ter desaparecido por diversas vicissitudes, mediante o próprio parecer do Conselho Nacional de Cultura, circunstância que não abona na credibilidade desta decisão, nem se afigura uma boa prática quando está em causa um assunto sério como a classificação do património nacional”.

Em março de 1985 o ministro da Cultura Lucas Pires, assinou o despacho que classificava os imóveis como de interesse público, mas a decisão nunca foi cumprida e, a 15 de dezembro último, o Diário da República revelou a proposta de revogação do despacho de homologação, precisamente porque nunca foi publicada no jornal oficial. Ou seja, o Estado reconhece que durante quase 30 anos não deu cumprimento a uma decisão de um ministro e ainda por cima perdeu o processo que a permitiria implementar. Os interessados em contestar a revogação da proposta de homologação podem fazê-lo até 28 deste mês (Mais informação na pág. 3).

O jornalista Armindo Vieira, que foi colaborador do Jornal da Batalha durante 15 anos, lançou o livro “Pedreiras - A sua história e outras histórias”, no âmbito das comemorações dos 90 anos da criação da freguesia pertencente ao concelho de Porto de Mós. A obra, uma edição da junta de freguesia com produção da Textiverso, resume a história das Pedreiras, com particular destaque para as indústrias da pedra e do barro, principais fontes de rendimento da região, para além de abordar o património construído e cultural. Um conjunto de pequenas biografias das instituições e dos presidentes de junta que em 90 anos dirigiram os destinos da freguesia também está presente em “Pedreiras - A sua história e outras histórias”. Armindo Vieira destaca ainda histórias de vida de pessoas, famílias numerosas e curiosidades que completam a história da freguesia. O livro “Pedreiras - A sua história e outras histórias”, com 112 páginas, foi apresentado em dezembro, no

salão paroquial das Pedreiras e encontra-se à venda na junta de freguesia. A apresentação esteve a cargo de António Alves. Armindo Vieira nasceu em fevereiro de 1947 na freguesia das Pedreiras, onde reside. Ainda muito novo, iniciou a colaboração na imprensa regional, especialmente nos semanários de Leiria, como “A Voz do Domingo”, “O Mensageiro” e “Região de Leiria”. Esteve no início da Rádio D. Fuas, nas Pedreiras e, depois, em Porto de Mós, onde exerceu as atividades de noticiarista e animador radiofónico. Iniciou-se como jornalista profissional em setembro de 1993, no quinzenário “O Portomosense”, continuando a atividade no “Jornal da Batalha”, onde esteve até Abril de 2012. Atualmente colabora com órgãos da imprensa regional, com maior assiduidade no quinzenário “O Portomosense”. Tem publicadas as obras “Pequena Monografia das Pedreiras - Contributos para uma história” (maio de 2007) e “Pedreiras – A sua história e outras histórias” (dezembro de 2014).

Manuais escolares enviados da Batalha para Moçambique A empresa batalhense Leirilivro doou 4.100 manuais escolares, que terão como destino as bibliotecas carenciadas de Moçambique, numa missão que conta com o apoio do Exército português. Os livros escolares, de línguas inglesa e espanhola, incluindo gramáticas e dicionários, serão enviados em

março e entregues em escolas e instituições de alguns dos distritos da província de Maputo (Boane, Manhiça, Matola e Namaacha). Esta é a segunda vez que a empresa da Batalha participa nesta iniciativa - datando a primeira de 2012 -, que envolve, igualmente, outros organismos e entidades públicas e privadas

portuguesas. “É, sem dúvida, importante elogiar o empenho e preocupação do major Luís Miguel Paz Lopes, do Estado-Maior do Exército, em levar a cabo uma ação tão importante, que melhorará com toda a certeza a vida dos jovens moçambicanos”, refere Sandra Domingos, da Leirilivro.

A empresa da Batalha foi fundada em 2000, dedicase à coedição de manuais escolares e é constituída por uma equipa de 10 colaboradores. É representante exclusiva em Portugal da Express Publishing e do grupo SM, distribuindo os catálogos de ambas as editoras para todo o território nacional.

p Os manuais escolares seguem para Moçambique em março


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Cultura Batalha

Acessibilidade garante mais uma distinção ao museu m O MCCB vai receber uma equipa de investigação internacional, liderada pela Universidade de Westminster

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) recebeu em dezembro, em Lisboa, uma menção honrosa nos prémios “Concelho mais acessível”, uma iniciativa do Instituto Nacional para a Reabilitação. Os elementos do júri justificam a distinção com a preocupação que o MCCB atribui às pessoas com deficiência, bem como à diversidade de ajudas técnicas e de meios alternativos de interpretação dos conteúdos que disponibiliza a todos os cidadãos. A menção honrosa da primeira edição dos prémios “Concelho mais acessível” “vem corroborar o excelente trabalho desenvolvido no museu no domínio da inclusão, o que representa um excelente exemplo concelhio no âmbito das acessibilidades”, considera o pre-

p Investigadores internacionais avaliam soluções acessíveis no museu sidente da câmara, Paulo Batista Santos. Para o autarca, “o interesse que o MCCB e as soluções inclusivas nele instaladas tem suscitado junto da comunidade académica nacional e internacional é bem representativa da qualidade das soluções aplicadas”. O MCCB foi distinguido em 2013 com o Prémio Kenneth Hudson, atribuído pelo Fórum Europeu dos Museus na Bélgica; em 2012 foi

eleito o Melhor Museu Português do Ano, pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), e recebeu o prémio Mérito Regional, atribuído na IV Gala para a Inclusão do IPL 2013. O espaço proporciona uma viagem com mais de 250 milhões de anos, percorrendo as grandes transformações registadas em áreas como a geologia, a arqueologia e a paleontologia.

Este ano o museu recebe uma equipa de investigação internacional, liderada pela Universidade de Westminster, uma das mais cotadas internacionalmente. Os investigadores realizarão um estudo presencial de avaliação de soluções acessíveis instaladas no museu, com especial destaque para a área da disseminação de conteúdos junto da população com deficiência.

Rancho Rosas do Lena assinala centenário do mestre Marques O mestre folclorista António Marques é homenageado na data da passagem do centenário do seu nascimento, a 31 deste mês de janeiro, com uma série de iniciativas programadas pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, Batalha. António Pereira Marques Júnior, natural de Leiria, mas que passou a maior parte da sua vida em Forneiros, na Batalha, nasceu em

1915 e morreu a 16 de janeiro de 2001, tendo recolhido um vasto cancioneiro regional e memorizado os costumes e tradições das populações, na Serra de Aire e na freguesia da Batalha. Em 1963, um grupo de jovens da Rebolaria, que criara uma marcha, decidiu recorrer aos seus conhecimentos para transformá-la em rancho folclórico. Em poucos anos, o mestre António Marques introduziu

e ensinou o cancioneiro da região, adquiriu os trajos e estruturou a associação que se manteve até à atualidade e ganhou o prestígio que hoje a caracteriza. António Marques presidiu a direção do Rancho Folclórico Rosas do Lena durante vários mandatos, foi seu ensaiador, conselheiro e orientador, e quando se retirou foi proclamado presidente honorário do grupo.

A homenagem ao folclorista começa com uma romagem à sua campa, no cemitério da Batalha (16h30), seguindo-se uma missa na Capela de Santo António, na Rebolaria (17h30). Mais tarde, pelas 18h30, é inaugurada uma exposição na sede do Rosas do Lena e decorre a sessão solene, presidida pelo presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos.

19

s Opinião A equipa do MCCB

Viver na Biodiversidade Sabia que a Luscinia megathynchos se pode identificar pelo seu belíssimo canto? Ou que o Athene noctua não constrói ninho? E que a Malpolon monspessulanus pode atingir os 2,50m de comprimento? Provavelmente estes animais não lhe terão sido apresentados com estes nomes, mas se lhe falarmos do rouxinol, do mocho galego ou da cobra rateira, a fauna muda de figura. Porque vivemos na Biodiversidade e interagimos com diversas espécies, criámos, para o MCCB, um livro virtual que se dedica à Fauna e Flora do Concelho da Batalha. Neste módulo multimédia, organizado por temas e freguesias, é possível, através do toque, aceder a informação sobre variadas espécies de plantas e animais. Ficamos a saber, por exemplo que nas serranas freguesias de São Mamede e Reguengo do Fetal se podem encontrar ervas aromáticas como o tomilho ou a carqueja. Descobrimos que na Golplilheira, freguesia ainda marcada pelo cultivo de árvores de fruto e vinha, se identificam espécies de flora como a papoila e a ervilheira. Verificamos que na Batalha ainda se pode encontrar vegetação natural, nomeadamente junto à ponte da Boutaca. Aves, mamíferos, repteis e anfíbios podem também ser identificados neste suporte interativo. É possível, desta forma, aceder a fotografias e informação específica sobre as características das espécies, seus comportamentos e habitats. Este livro virtual é fruto de um trabalho articulado entre jovens investigadores na área da biologia, a comunidade concelhia e do Departamento de Informática Escola Superior de Tecnologia e gestão do Instituto Politécnico de Leiria. Contou ainda com a colaboração de um especialista com baixa visão para ajudar a equipa do museu a garantir a sua acessibilidade. Refira-se ainda que, no que à inclusão diz respeito, a existência de dois livros físicos com a informação impressa a Braille para que as pessoas cegas possam aceder aos seus conteúdos. O livro virtual sobre a Fauna e Flora da Batalha é um projeto em permanente atualização, contando com novas recolhas relacionadas com esta temática, com a finalidade de completar o mais possível a Biodiversidade onde vivemos e interagimos. A equipa está, por essa razão, recetiva à colaboração dos interessados nesta particular e importante área. Os contributos podem ser feitos através da cedência de fotografias ou de informação sobre existência de espécies que existam no concelho e que não tenham sido registadas neste posto de consulta virtual. Por isso, da próxima vez que encontrar uma Podarcis hispânica (lagartixa ibérica), lembre-se de que esta espécie coabita consigo na mesma Biodiversidade, dependendo a sua sobrevivência da nossa preservação. E, já agora, tire-lhe uma fotografia e mostre-a à nossa equipa. Quem sabe se não será digna de estar num Museu? *Mais informações sobre Biodiversidade e Natureza em: www.icnf.pt | www.cienciaviva.pt

p Cobra de água (Natrix maura)


20

janeiro 2015

Jornal da Batalha

Património O Mosteiro evocando a Dinastia de Avis evoca igualmente os Descobrimentos Destino Portugal faz lembrar um marinheiro inválido a quem deram um búzio para escutar o Mar. Por mais que escutasse e estava sempre a escutar era só uma voz distante a fingir que era Mar. A Portugal, que teve o mundo, só lhe resta para se aventurar essa voz fóssil, prisioneira numa bolha de ar.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória será mesmo o primeiro grande monumento português a evocar os Descobrimentos, essa epopeia que deu dimensão universal a Portugal e permitiu aos nosso antepassados quatrocentistas e quinhentistas revelar a sua capacidade de organização e de acção, que bastas vezes se revestiu de complexos aspectos científicos para a época, o seu espírito inovador, o seu pioneirismo, a sua habilidade nata para as difíceis tarefas do Mar, a sua audácia e a sua espantosa determinação. A simultaneidade da construção do Mosteiro com a empresa dos Descobrimentos, a sua qualidade de panteão dos seus maiores impulsionadores, muito principalmente o Infante D. Henrique, seu ideólogo, e os Reis D. João I, em cujo reinado se iniciou, e D. João II, e o ser o local do nascimento do Manuelino, em determinada medida a expressão artística da empresa, proporcionaram ao monumento essa primazia entre os seus marcos evocativos de maiores visibilidade e projecção. Os Descobrimentos e toda aquela época deveriam merecer-nos estudo aprofundado e constante e, sobretudo, a preocupação de ensinar às novas gerações o que os motivou e ocasionou e o que fez com que fossem, em quase novecentos anos da nossa Nacionalidade, a nossa mais perfeita realização e, no

p Caravela, segundo desenho de João Vaz, traçado a partir de um quadro da Igreja da Madre de Deus, em Lisboa

seu tempo, a mais original não só do Ocidente como de toda a Humanidade. E perceber e dar a perceber como Portugal passou de potência globalizante para impotência globalizada na actualidade. O Mosteiro bem pode ser um dos campos dessa investigação e desse ensino que contribuiria, com certeza, para a compreensão dos factores determinantes do que aconteceu então, um tempo de ascensão, em contraste com o que acontece agora, um tempo de decadência. A originalidade dos nossos antepassados, o seu conhecimento do Mar, o seu engenho e o seu avanço técnico, algumas destas virtudes ainda recentemente se verificavam na construção e utilização dos barcos da Nazaré, que deviam ter um museu adequado naquela singular praia, permitiram a adaptação duma antiga barca de pesca, pouco mais do que costeira, às viagens no Oceano. Trata-se da caravela que

tinha, entre outras particularidades a de ser construída com madeira de sobreiro e de azinheira. “Os navios portugueses eram os únicos no mundo, diz o almirante Rogério de Oliveira em “A Arquitectura Naval e a Expansão Marítima Portuguesa”, em que se usava o sobro e o azinho no cavername (esqueleto do navio), por serem madeiras resistentes à água, abundantes no País e oferecerem peças curvas naturais. Por vezes, mas raramente, também se empregavam o carvalho e o castanho, madeiras menos resistentes nas águas temperadas. “A quilha, o cadaste (peça da popa) e a roda de proa, e bem assim o forro do casco eram normalmente de pinho resinoso. Nas obras mortas eram usadas tanto o pinho bravo como o pinho manso (…)”. Mas a grande novidade das caravelas está na sua adaptação ao mar alto, à possibilidade de vi-

agens oceânicas mais extensas, para lá do Cabo Bojador, à sua maleabilidade e mobilidade em todos os quadrantes dos ventos. Porém, diz-se em “A Caravela e as Condições de Navegação na Época dos Descobrimentos” que elas só passaram a ser utilizadas a partir de 1441, altura em que Tristão da Cunha viaja até ao Cabo Branco. Até ali os descobrimentos foram feitos nas barcas ou barchas em que não cabiam mais do que 20 tripulantes, o que dá a ideia do arrojo e dos sacrifícios por que passaram os nossos navegadores. O reino das caravelas deve ter terminado pouco depois de Bartolomeu Dias ter passado o Cabo da Boa Esperança. Como se sabe, os navios de Vasco da Gama eram naus, levando uma única caravela, na primeira viagem marítima à Índia, que foi destruída no Cabo da Boa Esperança. Mas a Expansão Portuguesa não se revestiu só de originalidades técnicas, completamente inovadoras na arte de navegar, de que vários povos europeus vieram depois a aproveitar-se. Revestiu-se, sobretudo de notáveis realizações que vêm a ser, nos últimos decénios, inexplicavelmente esquecidas ou propositadamente escamoteadas e denegridas. O Dr. Américo Cortez Pinto em “Talant de Bien Faire – A Divisa do Infante e a Criação do Estado da Índia” dá-nos conta dalgumas dessas realizações: “(…) De todos os modos se manifesta este pendor humanista dos Portugueses. Outras Nações pensaram talvez que um estado de ignorância era condição propícia a uma sujeição mais ou menos inconsciente. E desta maneira colheriam fáceis benefícios comerciais, sem se interessarem pela dignificação dos povos que lhos proporcionavam. Os Portugueses muito pelo contrário, cuidaram sempre de universalizar a própria cultura. “Assim foi que ensinaram a construir palácios e pontes na Abissínia; que elevaram o ensino ao mais alto grau de todo o Oriente, na Ín-

dia; que ensinaram Matemática, Astronomia e Mecânica, na China; Cartografia e Náutica, Medicina e Belas-Artes, o fabrico da pólvora e a indústria do vidro, no Japão; que revelaram o livro impresso e a tipografia a todos os povos das Conquistas. (…)” E mais adiante: “(…) E quando em 1490 el-Rei D. João II manda regressar ao Congo alguns indígenas, já eles iam convenientemente instruídos na leitura e na escrita (…) Em 1504 (já no tempo de D. Manuel I) o Rei “enviava para o Congo mais mestres de ler e escrever, encarregando-os de multiplicarem as escolas para ensino dos gentios. A iniciativa frutifica de tal maneira que em 1514 já as escolas se haviam multiplicado de forma tal que existiam algumas 80 a 90 léguas da costa, com mestres negros leccionados uns em Lisboa, outros em S. Salvador (…)”. “(…) E era com os olhos na Abissínia que se iniciava um facto histórico que deve considerar-se proeminente e sem par na história da cultura universal: - a primeira expansão da Tipografia para fora da Europa e a sua introdução nas terras desconhecidas do Levante. (…) Pois bem. A primeira embaixada mandada à Abissínia por el-Rei D. Manuel caracteriza-se já por esta feição eminentemente intelectual: a oferta duma tipografia (…): Com o Embaixador, vão artistas e letrados; um Músico, um Pintor e Mestres do ensino da nossa Língua (…)”. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (142) Obras de apoio: “A Caravela e as Condições de Navegação na Época dos Descobrimentos (Roteiro-Guia para Visitas de Estudo à Caravela Boa Esperança”, donde se extraiu a imagem que se publica. Edição do Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses; “Naus, Caravelas e Galeões – Na iconografia portuguesa das Descobertas”, edição da “Quetzal Editores”, de 1993, onde vem o estudo do Almirante Rogério d Oliveira; “Talant de Bien Faire – A Divisa do Infante e a Criação da Estado da Índia” do Dr. Américo Cortez Pinto, edição da Agência Geral do Ultramar, 1955.


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Batalha

21

Desporto

Vila recebe 14 torneios oficiais de ténis durante este ano m A escola da União Desportiva da Batalha tem 50 alunos juvenis, seniores e veteranos. As inscrições continuam abertas A Secção de Ténis da União Desportiva da Batalha prevê a realização de 14 torneios oficiais durante este ano, bem como de competições internas com a participação dos alunos da Escola de Ténis (por grupos, desde o mês passado) e o “Torneio Escada”, em que podem inscreverse os sócios da UDB, du-

rante todo o ano, que culminará em dezembro com o “Masters” com os 16 melhores classificados. Na vertente de formaçao, a Escola de Ténis, que tem inscrições abertas, conta com 50 alunos - juvenis, seniores e veteranos - e três treinadores credenciados pela Federação Portuguesa de Ténis, “de modo a melhor formar e com qualidade, com o objectivo de podermos participar nos diversos campeonatos regionais de equipas”, explica João Silva, responsável pela Secção de Ténis da UDB. O Complexo de Ténis

p As instalações são consideradas excelentes para a prática de ténis possui, além do edifício que alberga a recepção, bar, balneários, sanitários e arrecedações, e espa-

ços para a direção e diretores técnicos; três campos e bate-bolas em relva sintética, com “excelentes

potencialidades e capacidades únicas a nível Local, regional e nacional para a realização de eventos de ténis do calendário nacional dos grupos juvenil, sénior e eeterano e eventos internacionais ITF Juvenil, ITF Future, WTA Women e ATP Sénior”, destaca João Silva. Para cumprir os objetivos é preciso que “continuem os apoios incondicionais do município, futuras parcerias com unidades hoteleiras e patrocínios de empresas de indústria e comércio, interessadas no desenvolvimento e intercâmbio da modalida-

RUA ALFREDO NETO RIBEIRO

de, bem como no conhecimento nacional e internacional da vila e concelho”, adianta o responsável pela Secção de Ténis da UDB. Entretanto, nos últimos dois meses do ano, realizaram-se três torneios do Calendário Nacional de Provas do grupo juvenil nível C (2) e grupo veterano nível B (1), com 26+30 e 45 atletas participantes oriundos de todo o país. “O sentimento geral é que a Secção de Ténis da UDB recebe bem e notamse melhorias muito significativas na organização e bem-estar”, conclui João Silva.

BATALHA

Venha conhecer um novo espaço de Saúde e Bem-Estar

FISIOTERAPIA

Músculo-Esquelética, Cardio-Respiratória e Neurológica Pilates Clínico Tratamento ao domícilio Massagem de Relaxamento e Recuperação Desportiva Pacotes para Redução de Volume Corporal e Rejuvenescimento Facial Mesoterapia Homeopática Terapia da Fala

BEM-ESTAR

Massagem de Relaxamento Estética Facial e Corporal Direção Técnica Ana Rita Dias Patrocínio Sousa - Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia

Contactos para informações e marcações Estrada do Areeiro, Nº 91, Lt 8, R/C Dto, Jardoeira, 2440-373 Batalha (Junto à Capela) GPS: 39.666262,-8.835505 | Telem.: 96 95 18 018 | E-mail: fisiobatalha@gmail.com


22

Batalha

janeiro 2015

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

A fechar

A reforma do IRS

Corta Mato Vila da Batalha junto à Ponte da Boutaca

p Meio milhar de atletas nos 10 quilómetros da S. Silvestre O 1º Corta Mato da Vila da Batalha, a contar para o Campeonato Distrital de Corta Mato Curto, organizado pelo Atlético Clube da Batalha, disputa-se a 22 de fevereiro, num ambiente natural e histórico, a Quinta do Fidalgo Junto e a Ponte da Boutaca. Os atletas interessados em participar, incluindo os filiados na Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL), têm de se inscrever até ao dia 16 de fevereiro, através do telefone 244827580, telefax 244 812 972 ou do email assleiria@

adal.pt. Nesta prova, que começa às 10h00 e é apoiada pela ADAL e pela Câmara da Batalha, podem participar atletas federados, escolas ou individualmente, desde que possuam seguro desportivo, mas os títulos de campeão distrital só podem ser alcançados por federados na associação distrital. 850 NA 2ª S. SILVESTRE A 2ª S. Silvestre da Batalha, promovida no final de dezembro, registou a presença de 500 atletas na corrida de

10 quilómetros e de 250 na prova destinada aos mais jovens. A caminhada contou com 100 participantes. Nos 10 quilómetros, os primeiros foram José Neves e Ricardo Fernandes, em representação do Grupo de Atletismo de Fátima, seguidos de Júlio Henriques, do Industrial Desportivo Vieirense. As melhores foram Ana Mafalda Ferreira, do Sporting Clube de Portugal, Dulcinea Silva, individual e Mariana Cordeiro, do Clube Atletismo de Marinha Grande.

Trilhos do Pastor com inscrições para 550 atletas e caminheiros Estão a decorrer as inscrições para o trail “VII Trilhos do Pastor”, organizado pelo Atlético Clube São Mamede, com a colaboração da Câmara da Batalha e das Juntas de Freguesia de São Mamede e do Reguengo do Fetal. A prova decorre a 29 de março em São Mamede, na distância aproximada de 30 quilómetros, percor-

rendo estradões, carreiros e trilhos por serras e vales no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, passando pelas Grutas da Moeda. Paralelamente à prova principal, há uma caminhada de 10 quilómetros, com um percurso que passa pelas grutas e pela aldeia típica da Pia do Urso. As inscrições, limitadas a

350 atletas e 200 caminheiros, são efetuadas através do preenchimento de uma ficha online, disponibilizada no portal da Weventual (www.weventual.com) ou no site www.acsmamede. webnode.pt, até ao dia 20 de março. A organização pode ser contactada através do mail inscricoestrilhosdopastor@gmail.com ou do telemóvel 916233813.

A reforma da tributação das pessoas singulares, orientada para a família, para a simplificação e para a mobilidade social, altera, entre outros, o Código do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS), – Lei n.º 82E/2014, de 31/12, e a partir de 2015, o Sujeito Passivo é visto individualmente, ou seja, o regime regra é considerar o sujeito passivo, individualmente. Os sujeitos passivos podem optar pela tributação conjunta dos seus rendimentos na declaração modelo 3 do IRS. A partir do momento em que nós consideramos que o sujeito passivo não é um agregado, mas sim, a pessoa individual, vai ter de desmultiplicar um conjunto de consequências muito importantes. É evidente que a opção da tributação conjunta será sempre particularmente vantajosa, nos casos em que haja um desnível significativo de rendimentos entre um sujeito passivo e o outro, porque a adoção do quociente já hoje favorecia isto e futuramente ainda favorecerá mais, face ao novo conceito de quociente familiar. No IRS anterior, os casados eram tributados conjuntamente e os unidos de facto, tributados conjuntamente e ou por opção. A partir de agora teremos sempre como regra, a tributação separada, podendo os sujeitos passivos exercer a opção pela tributação conjunta. Na sequência disto, temos uma alteração na definição do conceito de dependente, conforme n.º 5, do Art.º 13.º. O novo conceito de dependente, vai até aos 25 anos, refere que os filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que até à maioridade estiverem sujeitos à tutela de qualquer dos sujeitos a quem incumbe a direção do agregado familiar, que não tenham mais de 25 anos nem aufiram anual-

mente rendimentos superiores ao valor da retribuição mínima mensal garantida. Antes havia a exigência de eles estarem a frequentar o 11.º ou 12.º ano, ou estabelecimento de ensino médio ou superior. A nova regulamentação da tributação de casados e os unidos de facto é a seguinte: os cônjuges e os unidos de facto apresentam uma declaração na qual consta a titularidade dos rendimentos obtidos por todos os membros que integram o agregado familiar, ambos os cônjuges ou unidos de facto devem exercer a opção na declaração de rendimentos “Modelo 3”. A opção só é considerada se exercida dentro dos prazos previstos, sendo válida apenas para o ano em questão. Tendo a opção sido exercida dentro do prazo, a mesma pode ser mantida ainda que seja apresentada declaração de substituição fora de prazo. Na tributação separada cada um dos cônjuges ou dos unidos de facto, apresenta uma declaração da qual constam os rendimentos de que é titular e declara 50% dos rendimentos dos dependentes que integram o agregado. Se for exercida a opção pela tributação conjunta, á uma única declaração com todos os rendimentos, de todos os membros do agregado e é necessário exercer a opção que é valida para o ano em causa. Quanto aos dependentes numa tributação separada, as deduções relativas aos dependentes são consideradas por metade em cada um dos cônjuges. Não esquecer que um dependente só faz parte de um único agregado familiar. Não importa quem é que pagou a despesas. A responsabilidade pelo pagamento do IRS, sendo exercida a opção pela tributação conjunta é da responsabilidade dos sujeitos passivos, responsabilidade

António Caseiro Mestre em Fiscalidade, pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade e licenciatura em Contabilidade e Administração

solidária, no caso da tributação separada, a responsabilidade dos cônjuges pelo pagamento do imposto é a que decorre da Lei Civil, presumindo-se o proveito comum do casal. As taxas fixadas, ao quociente familiar tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados judicialmente de pessoas e bens ou unidos de facto, nos casos em que haja opção pela tributação conjunta, as correspondentes ao rendimento coletável dividido pela soma de 2 com o produto de 0,3 pelo número de dependentes que integram o agregado familiar e de descendentes e nos casos em que não seja exercida a opção, as correspondentes ao rendimento coletável dividido pela soma de 1 com o produto de 0,15 pelo número de dependentes que integram o agregado familiar e de descendentes. Com o novo IRS passamos a considerar um novo conceito de residência parcial, por exemplo, quando hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, de permanência em Portugal, em qualquer período de 12 meses com início ou fim no ano em causa, ou tendo permanecido por menos tempo, aqui disponham, num qualquer dia do período de habitação em condições que façam supor intenção atual de a manter e ocupar como residência habitual. Isto passa a permitir que o sujeito passivo no mesmo ano, possa ser considerado residente e não residente o que pode determinar inclusive que ele tenha que entregar duas declarações de rendimentos, uma como residente e uma como não residente.


Jornal da Batalha

janeiro 2015

Publicidade/Necrologia Batalha

23

ADMITE-SE

MARCENEIRO E APRENDIZ 244 514 470 - 936 978 041

Óbitos Maria Emília de Jesus Carreira, 85 anos. Viúva de Luís Gomes Gaspar. Natural e residente em Torre. Faleceu dia 15 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Maximino de Figueiredo Coimbras, 91 anos. Casado com Maria Augusta do Céu. Natural de Santar, Nelas e residia em Golfeiros – Batalha. Faleceu dia 17 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Canas de Senhorim

Adriano da Silva Marques

Joaquim Batista Santos

46 anos 04 – 05 – 1968 - 13 – 12 – 2014 Casais dos Ledos – Batalha

Casal do Azemel – Batalha 85 anos 13 – 11 – 1929 - 26 – 12 – 2014

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Sua esposa, filhos, pais, sogros, irmãos, cunhados e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem com agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Seus filhos: Ilda Bastos dos Santos, Mª Fernanda Bastos dos Santos e José Carlos Bastos dos Santos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “ Enquanto existirem lembranças, a saudade é eterna. Por isso estarás sempre nos nossos corações.” Tratou: Funerária Santos & Matias, L. da – Batalha

João Monteiro, de 86 anos. Viúvo de Emília da Conceição Fino Monteiro. Natural de Brancas e residia em S. Jorge. Faleceu dia 20 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério novo de S. Jorge Emília Vieira da Costa de 87 anos. Viúva de Joaquim Carreira Bastos. Residia em Casal Novo – Batalha. Faleceu dia 21 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Rui Reis Oliveira de 44 anos. Casado com Elisabete Vieira Rodrigues Oliveira. Natural e residente em Torre. Faleceu dia 24 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Torre António Ascenso Pereira de 89 anos. Viúvo de Júlia Alves de Sousa. Residia em S. Jorge. Faleceu dia 27 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério velho de S. Jorge Maria Vieira Tomás de 88 anos. Viúva de António Alexandre. Residia em Piqueiral – Reguengo do Fetal. Faleceu dia 30 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Reguengo do Fetal Júlia de Jesus Carreira de 97 anos. Era viúva de Firmino Bernardino de Carvalho. Residia em Brancas – Batalha. Faleceu dia 30 de Novembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha

João Monteiro

Manuel da Conceição Mira

S. Jorge – Calvaria de Cima 86 anos 03 – 05 – 1928 - 20 – 11 – 2014

97 anos 24 – 04 – 1917 - 03 – 01 – 2015 Reguengo do Fetal – Batalha

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Seus filhos: Paulo Manuel Fino Monteiro, Margarida Maria Fino Monteiro e genro: Eugénio José Ferreira de Oliveira, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, um bem-haja. “Deus o guarde no céu, como nós o guardamos no coração. “ Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Seus filhos: Maria Clarisse Bernardes Mira Santos, António Bernardes Mira, Joaquim Manuel Bernardes Mira e João Bernardes Mira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos não morrem. Apenas partem antes de nós.“ Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria do Rosário Monteiro Rodrigues, 76 anos. Casada com José Novo Rodrigues. Residia em Freiria – Batalha. Faleceu dia 02 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Joaquim Moreira Madeira de 83 anos. Casado com Maria Emília Ferreira. Residia em Casal do Azemel – Batalha. Faleceu dia 04 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Maria do Rosário Oliveira Filipe, 66 anos. Casada com Joaquim da Silva Filipe. Residia em Tojal. Faleceu dia 08 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Tojal Adriano da Silva Marques, 46 anos. Casado com Ivone Belo Lopes Cardoso. Residia em Casais dos Ledos. Faleceu dia 13 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Maria de Jesus Henriques, 84 anos. Viúva de Joaquim da silva Guerra. Residia em Golpilheira. Faleceu dia 24 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Golpilheira Maria da Conceição Clemente, 84 anos. Casada com Armindo da Conceição. Residia em S. Jorge. Faleceu dia 26 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério velho de S. Jorge Joaquim Batista dos Santos, 85 anos. Viúvo de Eugénia Ferreira Bastos. Residia em Casal do Azemel. Faleceu dia 26 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Batalha

Manuel do Rosário Monteiro 58 anos 08 – 01 – 956 - 31 – 12 – 2014 Golpilheira

AGRADECIMENTO Seus filhos: Andreia Catarina Pereira Monteiro e Jorge Manuel Pereira Monteiro, genro e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Partiste cedo demais mas ficarás para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria Rosa Carvalho Romão, 96 anos. Viúva de Alfredo Pereira Romão. Residia em Torre. Faleceu dia 29 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Torre Manuel do Rosário Monteiro, 58 anos. Residia em Golpilheira. Faleceu dia 31 de Dezembro de 2014 e foi a sepultar no cemitério de Golpilheira Maria Lucinda Silva Santos, 87 anos. Viúva de Manuel Ramos. Residia em Casal do Arqueiro. Faleceu dia 2 de Janeiro de 2015 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Joaquim Carreira Soares, 87 anos. Viúvo de Maria Ferreira Gaspar. Residia em Torrinhas. Faleceu dia 3 de Janeiro de 2015 e foi a sepultar no cemitério de Torre Manuel da Conceição Mira, 97 anos. Viúvo de Maria Capela Bernardes. Residia em Reguengo do Fetal. Faleceu dia 3 de Janeiro de 2015 e foi a sepultar no cemitério de Reguengo do Fetal Antónia Peile da Costa Maya (Irmã Joana Margarida) de 97 anos. Residia em Mosteiro da Visitação – Faniqueira. Faleceu dia 5 de Janeiro de 2015 e foi a sepultar no cemitério de Batalha Maria Vitória de Oliveira, 81 anos. Viúva de António Vieira Menezes. Residia em Torre. Faleceu dia 7 de Janeiro e foi a sepultar no cemitério de Torre Vitalina do Fetal Rebelo, 82 anos. Casada com António Justino dos Santos. Residia em Reguengo do Fetal. Faleceu dia 13 de Janeiro de 2015 e foi a sepultar no cemitério de Reguengo do Fetal Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria Vitória de Oliveira 82 anos 12 – 02 – 1933 - 07 – 01 – 2015 Torre – Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO Seus filhos: Manuel, Mª Lúcia, Mª Blandina, Guilhermina, Mª Margarida, António, José, Eugénia, Joaquim e Luís Oliveira Menezes, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o carinho e apoio bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Não existe uma verdadeira partida para aqueles que permanecem eternamente nas nossas lembranças e nos nossos corações “. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha


24

Publicidade

Auto Jordão Todos os serviços, com a qualidade BOSCH Para tudo o que o seu automóvel necessita

Auto Jordão, Lda. Rua 25 de Novembro - 2480 - 168 Porto de Mós Tel. 244 491 455 - Fax. 244 401 123 autojorda@boschcarservice.pt

janeiro 2015

Oftalmologia

Jornal da Batalha

Dr. Joaquim Mira sábado- manhã Dra. Matilde Pereira quinta- tarde / sábado - manhã Dr. Evaristo Castro terça-feira Dr. Pedro Melo sábado - manhã Dr. Vitor Coimbra quarta-feira Dr.Amilcar Silva terça-feira Dr. Edson Retroz quinta-feira Dr.Alexandre Dionísio sexta-feira Dr. David Durão sexta-feira segunda a sexta-feira Dr. Gustavo Soares terça / quinta-feira Dra. Ana Brinca quarta-feira Dr. Jaime Grácio sábado - manhã Dr. João Lopes sábado

Ortoptica Clínica Geral (acordos c/ Medis) Medicina Interna Urologia Neurologia Cardiologia Electrocardiogramas Neurocirurgia Dermatologia Psicologia Clínica Testes psicotécnicos Psicologia educacional/ Orientação Vocacional Dr. Fernando Ferreira Psiquiatria Dr. José Carvalhimho Otorrinolaringologia Dr. José Bastos Próteses Auditivas Cirurgia Plástica Dra. Carla Diogo Pneumologia/Alergologia Dr.Monteiro Ferreira Ginecologia / Obstetrícia Dr. Paulo Cortesão Dentista Dra. Ângela Carreira Rx-Orto/Tel/Próteses Dentárias Ortopedia Dr. António Andrade Endocrinologia Dra. Cristina Ribeiro Pediatria Dra. Carolina Cordinhã Dr. Frederico Duque Cirurgia Geral/Vascular Dr. Carlos Almeida Nutrição Clínica Dra. Rita Roldão Terapia da Fala Dra. Débora Franco Osteopatia Tec. Acácio Mariano

quarta / Sexta-feira sábado - manhã quarta-feira quarta-feira terça-feira quarta / sexta-feira segunda-feira terça/quarta/quinta/sábado segunda a sexta-feira segunda-feira segunda / terça-feira quarta / sexta-feira sábado - manhã sexta-feira sábado - manhã quinta / sábado - manhã quarta-feira

Rua da Ribeira Calva | Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente BATALHA | Tel.: 244 766 444 | 939 980 426


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.