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Quinta do Escuteiro prepara-se para o Papa
Mateus Fernandes une Batalha e Covilhã
Município quer investir 29 milhões em cinco anos
Batalha
| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 304 | Novembro de 2015 | PORTE PAGO
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Que mistérios ainda esconde o mosteiro? Publicidade
T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com
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Opinião Espaço Público
novembro 2015
Jornal da Batalha
Baú da Memória O Retábulo que está na Covilhã Setenta anos depois voltei a ver (e com que emoção!) o altar e o retábulo que estavam, no nosso Mosteiro, na Capela de Nossa Senhora do Rosário ou do Santíssimo Sacramento, segunda a contar da Sacristia e onde agora está a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Estão, aliás bem cuidados, na Igreja covilhanense de Nossa Senhora da Fátima ou de São Martinho, templo barroco de granito que, embora nos dê a impressão de ser setecentista, foi construído nos anos quarenta do século XX. O altar e o seu grande retábulo que, para caber no templo para onde foi tras-
ladado igualmente nos anos 40, teve de ser parcialmente amputado, datam de cerca de 1775 e foram, muita coisa o indica, obra do mestre entalhador António Pereira da Silva. À jovem historiadora Dr.ª Renata Vieira devemos valiosa investigação sobre os nossos retábulos que regista no seu livro “Santa Maria-a-Velha da Batalha – A Memória da Igreja (Séculos XIV a XX)”. A comitiva batalhense, que foi fidalgamente recebida na Covilhã onde se realizou o segundo encontro entre as respectivas Câmaras Municipais na celebração do Mestre Mateus Fernandes, cujo quinto cente-
nário da morte ocorreu em Abril último, teve oportunidade de rever o retábulo e de escutar o historiador Dr. Carlos Madaleno que a acompanhou e guiou na visita aos templos covilhanenses. O sacrário que pertencia ao altar, continua, porém, na Batalha, presentemente na Capela de Santa Bárbara, a que está junto à Sacristia. A fotografia, tirada na Igreja de Nossa Senhora da Fátima ou de São Martinho, foi-me amavelmente cedida pelo director do “Jornal da Batalha”. José Travaços Santos
s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha
Quando teremos Governo? A Grécia teve eleições recentemente. Três dias após a realização das mesmas, o governo estava formado. Um governo assente numa coligação pós eleitoral. No que respeita à divida e à forma de a negociar não aprenderemos nada com eles, o mesmo não acontece no que respeita a formar governo e a colocá-lo em funções. Não é aceitável que, um mês e uma semana volvidos, ainda não se preveja uma data para que um governo assente numa maioria estável entre em funções. Temos um governo que mais não será que um governo de gestão, que não pode tomar medidas de fundo e um parlamento que não funciona. Está a cum-
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)
prir-se a Constituição, não discuto! Mas sendo assim, algo na Constituição não estará bem. Logo, haverá que a rever. Mas para isso são necessários dois terços do parlamento, ou seja, o PSD e o PS. Ambos esticaram a corda, impedindo que se atingisse esse objetivo e a implementação de uma série de reformas de fundo que o país precisa, mas que se vão paulatinamente adiando. Será isto a prestação de um bom serviço ao país por parte dos nossos dois maiores partidos? Mas nem tudo é mau. O país não pára, logo quem faz mesmo falta, para que o país ande, são os cidadãos, as empresas, e os serviços públicos eficientes. Isto deverá ser olhado com muita
atenção pelos parlamentares e pelos políticos em geral, não vá o povo acreditar que não fazem falta. O que faz mesmo falta são serviços públicos eficientes e preocupados com a vida dos cidadãos e das empresas, desburocratizados e sempre disponíveis para ajudarem a encontrar soluções, tornando-se sempre parte da solução e nunca parte do problema. Infelizmente assim não é. Salvo raras e honrosas exceções, a administração pública e os seus funcionários, apesar da tão propalada desburocratização, estão enredados numa teia burocrática que só os governos e o parlamento podem resolver, mas que teimam em adiar. Continuam a existir ser-
Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena; António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha.
viços públicos que se atropelam, complicando a vida dos cidadãos e empresas e contribuindo fortemente para que a nossa produtividade seja das piores da Europa. Muitos empresários também ainda não perceberam que o tempo dos modelos arcaicos de produção, apenas assentes na mão de obra barata, e em produtos de baixo preço, possibilita apenas competir com a China da década de 80/90. Ora sem produtividade e inovação, continuaremos eternamente a produzir produtos/serviços de baixo valor acrescentado. O preço será sempre uma componente importante na cadeia de valor, mas não poderá continuar a ser o único argumento de venda. Será
Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440) Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 €
sempre um argumento, mas terá que deixar de ser o argumento mais importante. Para que isso aconteça terão que ocorrer mudanças de mentalidades e fortes mudanças em muitos serviços públicos e essas só acontecerão por iniciativa de governos fortes e empenhados em resolver os problemas do país. Nem sempre o produto mais barato é aquele que se torna mais barato ao longo da sua utilização. É preciso perceber estas diferenças e reunir argumentos sólidos e fortes para a sua demonstração. Com o modelo politico existente, que é o menos mau dos conhecidos, será bom que rapidamente tenhamos um governo estável a governar com reais preo-
Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA
cupações em tomar medidas amigas dos cidadãos e das empresas. Só assim será possível demonstrar que somos capazes e merecedores da confiança dos credores, para que permitam reestruturar a divida, para que a mesma seja pagável, em paralelo com uma efetiva melhoria das condições de vida dos portugueses.
Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.
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Espaço Público Opinião
Y cartas
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_ Editorial
Faltam sombras na Batalha Sou um cidadão português a viver no estrangeiro, mas desloco-me com alguma facilidade pelo país, incluindo a Batalha, que adoro. Neste último verão estive com grupos de estrangeiros na vila
da Batalha, vindo da Europa e do continente americano, e uma das perguntas ouvidas foi esta: “Onde estão as sombras para podermos repousar um pouco?” E qual foi o meu espanto quando conclui que a Batalha não tem
sombras, pois o a poda de árvores é constante, o que impede que cresçam e façam a sua função de criar sombras e produzir oxigénio. Venho pois sugerir que façam um apelo a câmara para não efec-
tuar podas nas árvores, principalmente em variedades como as tílias e freixos, que devem crescer. Rui Batista
Carlos Ferreira
(Por email)
Diretor
A história em que assentamos
s Fiscalidade
IRS – Deduções à coleta em 2015 (Continuação da última edição) O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), de 2015 obedece a novas regras. O IRS foi objeto de grandes alterações que entraram em vigor no passado dia 1/1/2015 e que se aplicam a rendimentos e despesas efetuadas desde essa data. Deixo aqui umas achegas sobre as deduções, que deverão ser tidas em conta durante este ano e seguintes. 35% das despesas gerais familiares, novidade da reforma do IRS, (por exemplo, despesas com supermercado, vestuário, combustíveis, água, luz, gás ou outras), até ao máximo dedutível de € 250 por sujeito passivo (corresponde à realização de despesas até € 715 por sujeito passivo), salvo quando respeitantes a atividades que permitam deduções à coleta referentes a despesas de saúde, despesas de educação e encargos com imóveis. No caso de famílias monoparentais, a dedução é de 45% até € 335). 15% das despesas de saúde, até um máximo dedutível de € 1.000. Despesas de saúde dedutíveis: internamentos e intervenções cirúrgicas; próteses e ortó-
teses (muletas, aparelhos dentários, óculos); serviços de médicos, enfermeiros e analistas; tratamentos termais, desde que prescritos por um médico; medicamentos; despesas com ambulâncias; fraldas, para incontinentes; leites para bebés desde que prescritos por receita médica, com finalidade preventiva, curativa ou de reabilitação; produtos cosméticos prescritos por receita médica, com finalidade preventiva, curativa ou de reabilitação; alimentos sem glúten, desde que as faturas sejam acompanhadas por um relatório médico; prémios de seguros de saúde; contribuições pagas a associações mutualistas ou a instituições sem fins lucrativos que tenham por objeto a prestação de cuidados de saúde. Despesas de saúde não dedutíveis: leites, para bebés sem receita médica; fraldas para bebés que não sejam incontinentes; chás ou ervas medicinais; produtos cosméticos, mesmo que comprados na farmácia e colchões ortopédicos. 30% das despesas de educação e formação, até um máximo dedutível de € 800. Tratando-se de des-
pesas com educação e reabilitação do sujeito passivo ou dependentes, podem ser deduzidas 30% das despesas sem limite. Quanto às despesas de educação, desde 1/1/2015, passam a ser dedutíveis à coleta as despesas que constem de faturas que titulem prestações de e aquisições de bens, isentas de IVA ou tributadas à taxa de 6%. Apenas serão consideradas despesas de educação os encargos com o pagamento de creches, jardins de infância, lactários, escolas, estabelecimentos de ensino e outros serviços de educação como por exemplo explicações, bem como as despesas com manuais e livros escolares, deixando todos os outros materiais escolares que poderão ser incluídos nas despesas gerais familiares. São despesas de educação não dedutíveis: material escolar (cadernos, borrachas, lápis, canetas, mochilas, etc), computadores, enciclopédias e instrumentos musicais. 15% das despesas com rendas de habitação, até um máximo dedutível de € 502 ou 15% das despesas com juros de empréstimo à habitação, no caso de casa própria, até um máximo
dedutível de € 296. 25% das despesas com lares de 3.ª idade, até um máximo dedutível de € 403,75. São considerados os encargos com apoio domiciliário, instituições de apoio à terceira idade relativo ao sujeito passivo, bem como os encargos com lares e residências autónomas para pessoas com deficiência, seus dependentes, ascendentes e colaterais até ao 3.º grau que não possuam rendimentos superiores à retribuição mínima mensal de € 505,00; 15% do IVA suportado em cada fatura referente a despesas nos setores: alojamento, restauração e similares, salões de cabeleireiro e institutos de beleza, manutenção e reparação de veículos automóveis e de motociclos e manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios, até um máximo dedutível de € 250. À coleta devida pelos sujeitos passivos são deduzidas 20% das importâncias comprovadamente suportadas e não reembolsadas respeitantes a encargos com pensões de alimentos a que o sujeito esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado nos termos da lei civil,
António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
salvo nos casos em que o seu beneficiário faça parte do mesmo agregado familiar para efeitos fiscais; Nos donativos ao Estado e outras entidades são dedutíveis à coleta 25% das importâncias declaradas com o limite de 15% da coleta, com exceção dos donativos ao Estado que não estão sujeitos a qualquer limite.
Rua D. Filipa de Lencastre, 1 . Batalha . 244 768 839 Algés, Alverca, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Odivelas, Viseu, Batalha
A história é o pilar de um povo. É o pilar de um país. Por isso, saber mais sobre quem construiu o que somos hoje e os bens que nos foram legados é um dever mínimo de cidadania. As investigações que decorrem no Mosteiro da Batalha, com recurso às mais modernas tecnologias da geofísica – como noticiamos nesta edição – são um exemplo do dever cumprido (ou quase cumprido, porque estas matérias são inesgotáveis). Os investigadores das universidades de Aveiro, do Porto e de Coimbra, a empresa Morph e o diretor do monumento, Joaquim Ruivo, merecem um aplauso pelo trabalho em desenvolvimento. Toda a informação recolhida no Monumento Património da Humanidade é relevante para a história de Portugal e muita há de resultar das pesquisas. Mas esta edição conta ainda outra história da nossa cultura e património. Os municípios da Batalha e Covilhã estabeleceram um protocolo de cooperação, com diversas vertentes, aproveitando os laços que as unem ao arquiteto do Mosteiro da Batalha Mateus Fernandes e ao Infante D. Henrique. É mais um passo na preservação da memória histórica comum e uma demonstração de como o passado pode constituir-se como um motor de realizações no presente. Neste caso, quem merece o cumprimento são os autarcas Paulo Santos Batista e Vítor Pereira, e o historiador José Travaços Santos.
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Município projeta 29 milhões de euros de investimentos para cinco anos m As verbas mais volumosas – mesmo as correspondentes a projetos que já têm dinheiro destinado no próximo ano – estão previstas para 2017 e 2018
p O orçamento do município foi aprovado por todos os vereadores mentares de realinhamento do Parque Industrial da Jardoeira recebe uma verba de 153 mil euros e a estrada de ligação de Crespos à Moita do Martinho tem uma dotação de 151 mil euros. GRANDES PROJETOS. A reabilitação da Estrada das Hortas, em São Bento, tem destinados 111 mil euros para o próximo ano e o projeto do Pavilhão Municipal Desportivo de São Mamede recebe 101 mil, neste caso de um total de 651 mil euros. O apoio ao investimento associativo receberá 100 mil euros, a mesma verba que a beneficiação da estrada D. Maria II, rua Nossa Senhora do Monte – Casal dos Lobos. Mas, as verbas mais volumosas – mesmo as correspondentes a projetos que já têm investimentos no próximo ano – estão previstas para 2017 e 2018. A requalificação do edifício Dr. Gens/Unidadade de apoio à Rede Europeia de Investigadores para o Património tem previstas verbas de 650 mil e 700 mil euros, respetivamente em 2017 e 2018, de um total de 1,4 mi-
lhões de euros; enquanto o projeto de salvaguarda do mosteiro dos impactos negativos do IC2 recebe 300 mil euros em 2017 e 1,5 milhões de euros em 2018, de um total de 1,8 milhões. A requalificação do Pavilhão Multiusos da Batalha tem destinados 500 mil euros e 700 mil, respetivamente em 2017 e 2018, de um total de 1,2 milhões, enquanto a Unidade de Apoio à Rede Europeia do Conhecimento - Casa da Juventude disporá de 350 mil euros em 2017 e 750 mil euros no ano seguinte, de um total de um milhão de euros. A requalificação das antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho tem uma dotação de 300 mil em 2017 e 350 mil em 2018, de um total de 663 mil euros. O Eixo Circular Rio Lena (II fase), entre a avenida dos Descobrimentos e a Estrada de Fátima recebe 300 mil e 525 mil euros, respetivamente em 2017 e 2018, de um total 925 mil euros, e para a ecovia/percurso pedonal na margem do Lena entre a Ponte Nova e limite freguesia da Golpilheira estão destinados 350 mil em 2017 e 550
João Pragosa
A Câmara da Batalha aprovou por unanimidade, no final de outubro, o orçamento para 2016, no valor de 10,5 milhões de euros, idêntico ao deste ano, e projeta investimentos plurianuais até 2020 de 29 milhões de euros. O Plano Plurianual de Investimentos para 2016-2020 do município prevê para o primeiro ano como prioridades a requalificação da escola sede do Agrupamento de Escolas da Batalha (680 mil euros, de um total de 2,8 milhões) e a construção do Centro Escolar do Reguengo do Fetal (435 mil euros, de um total de 1,1 milhões de euros). “As grandes prioridades de investimento têm a ver com a educação, através da requalificação dos equipamentos escolares e novos projetos formativos; os projetos em curso no âmbito da modernização administrativa, apoio social e valorização ambiental; intervenções de regeneração urbana nas sedes das freguesias e a requalificação das áreas de localização de empresarial na Batalha e São Mamede”, disse no dia 26 de outubro o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. A beneficiação de imóveis da autarquia, incluindo a adaptação do edifício municipal para acolhimento da Loja do Cidadão prevê um investimento de 435 mil euros; a construção de infraestruturas comple-
p O Eixo Circular Rio Lena será continuado até à Estrada de Fátima mil euros em 2018, de um total de 921 mil euros. TERMAS DAS BRANCAS. O desenvolvimento do projeto termal das Brancas recebe 600 mil euros em 2017 e os restantes 51 mil do valor total já no próximo ano. A readaptação do campo de futebol para Parque de Eventos Santa Maria da Vitoria tem destinados 300 mil euros, igualmente repartidos pelos anos de 2017 e 2018 e a requalificação da margem nascente do Rio Lena, junto à rua do Moinho da Vila (cooperativa) prevê um investimento de 50 mil euros em 2017 e 300
mil em 2018, de um total de 421 mil euros. Para Paulo Batista Santos, “os investimentos projetados para os próximos anos serão enquadrados nos objetivos dos fundos europeus acordados no âmbito do Portugal 2020 e traduzem uma aposta na qualificação e competitividade do território do concelho, onde o purismo, o património e a investigação terão uma maior expressão, com natural destaque nas ações de valorização e proteção do Mosteiro”. “A ação social continua a merecer especial atenção do executivo, sendo que
as verbas para 2016 crescem face aos anos anteriores, com projetos como a Academia Sénior e a Teleassistência Domiciliária a Idosos. Nas áreas cultural e desportiva regista-se também o reforço o investimento previsto no Programa Municipal de Apoio ao Associativismo”, adianta o autarca. O orçamento vai ser submetido à apreciação da assembleia municipal no final deste mês, foi aprovado por unanimidade e “contou com sugestões dos vereadores do PS e do CDS-PP”, refere o município numa nota à imprensa.
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m A “Sinalização de trânsito” é a secção que acumula mais queixas seguindo-se a “Conservação e iluminação pública” e o “Estacionamento de veículos”
O serviço “Eu Alerto!”, criado a 12 de outubro pela Câmara da Batalha e que permite aos cidadãos apresentar reclamações ao município pela Internet, recebeu 31 denúncias até ao início deste mês, 19 das quais já foram resolvidas. O objetivo é que os mu-
nícipes comuniquem ocorrências ou situações que querem ver resolvidas de imediato (sinalização, animais abandonados, roturas de água ou, por exemplo, limpeza de valetas). Uma das situações apresentada por um munícipe, dia 3 deste mês, refere-se à observação de “três cães de grande porte à solta pelas ruas da Faniqueira, mais propriamente na Rua Mouzinho de Albuquerque”. O autor da queixa considera os animais “perigosos” e lembra que as ruas onde foram avistados “são muito frequentadas, principalmente por crianças”. “Os serviços da divisão de manutenção e exploração – respondeu a câmara ao morador - deslocaram-se ao local hoje [dia 4] de manhã e pela tarde, não tendo
Foto: “Eu Alerto!”
Câmara recebe uma reclamação por dia através do “Eu Alerto!”
p Uma das queixas respeita a cães à solta na via pública
sido avistados os cães na rua referida e nas imediações. Nos próximos dias vamos continuar a acompanhar a situação”. Este caso é um dos 10 que estavam “em resolução”, no início do mês, havendo apenas dois com o rótulo “por resolver”, referentes a um pedido de alcatroamento para a Rua dos Caseiros/ Beco da Vinha Grande, no Casal do Quinta e a uma critica à forma como foi construída a rotunda da Jardoeira (IC2). Nos primeiros 27 dias do “Eu Alerto”, 19 participações referem-se a situações na Batalha, cinco na Golpilheira, quatro no Reguengo do Fetal e três em São Mamede. A “Sinalização de trânsito” é a secção que acumula mais queixas (7), seg-
uindo-se a “Conservação e iluminação pública” (6) e o “Estacionamento de veículos” (5). No caso da iluminação pública, uma das queixas foi apresentada a 12 de outubro. Um morador escreve que “parte da Rua do Crespo e Travessa do Crespo [na Batalha] não têm iluminação pública”. Faltam uns quatro ou cinco candeeiros. O local é de passagem de muitas pessoas a pé”. No dia 23 de outubro, a câmara respondeu que “o município solicitou uma proposta à EDP para a extensão da rede de iluminação pública com aplicação de quatro postes e respetivas luminárias, sendo dois para a Travessa do Crespo e dois para a Rua do Crespo”.
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Câmara facilita a vida aos jovens que queiram estudar no interior
p Paulo Batista Santos quer que o protocolo tenha resultados práticos
m O protocolo de cooperação entre as câmaras da Batalha e Covilhã resulta de afinidades entre ambos os municípios, pelas suas ligações a duas figuras históricas: o Infante D. Henrique e o arquiteto Mateus Fernandes Os estudantes do Concelho da Batalha que queiram estudar na Universidade da Beira Interior (UBI) serão “discriminados positivamente” no acesso às bolsas anualmente entregues pelo município, na sequência de um protocolo de cooperação assinado em outubro entre a autarquia batalhense e a sua homóloga da Covilhã. O protocolo, rubricado no dia 17 no mosteiro e ‘reforçado’ com a presença
de uma comitiva da Batalha nas celebrações dos 145 anos da elevação da Covilhã a cidade, no dia 24 seguinte, resulta de afinidades entre ambas as terras, pelas suas ligações a duas figuras históricas: o Infante D. Henrique e o arquiteto Mateus Fernandes. O autarca da Batalha, Paulo Batista Santos, começou a sua intervenção, na segunda cerimónia, precisamente por afirmar que “a relação entre os dois municípios foi cimentada” através daquelas personalidades. A primeira foi “Senhor” da Covilhã há 600 anos e está sepultada no mosteiro e a segunda, um dos grandes arquitetos do monumento, é natural da Covilhã. No sentido de dar corpo ao documento rubricado pelas autarquias, Paulo Batista Santos garantiu a apresentação aos seus vereadores, “na próxima segunda-
p Uma comitiva de batalhenses participou nas comemorações na Covilhã
feira [26 de outubro], de três ou quatro medidas”. Uma delas é a “discriminação positiva dos alunos candidatos às bolsas municipais do ensino superior que queiram estudar na UBI”. A mesma política será seguida noutras áreas. “Vamos fazê-lo no domínio da cultura, turismo e atividades económicas”, referiu o presidente da Câmara da Batalha, exemplificando: “O município da Covilhã poderá estar presente no nosso posto de turismo sempre que entender e nas nossas realizações, como é a FIABA – Feira de Artesanato da Batalha”. Por outro lado, a Câmara da Covilhã será “parceiro em projetos empresariais” que a sua congénere “está a lançar”. “As oportunidades partilhadas pelo município da Batalha serão colocadas ao município irmão, para que os seus autarcas e agentes económicos possam de-
cidir”, explicou. As associações batalhenses que estabeleçam parcerias - de negócios, cultura, desporto ou outras atividades – na Covilhã “terão o apoio do município batalhense para a concretização dos projetos”.
Objetivos > Proporcionar a realização de novos projetos, possibilitando o acesso a novas e importantes iniciativas nas mais diversas áreas. > Desenvolver parcerias ao nível do desenvolvimento e promoção da cultura, educação, juventude e do desporto, tal como intercâmbios culturais ao nível de exposições de artes plásticas, espetáculos musicais preformativos e cénicos, estabelecimento de prémios supramunicipais e realização de provas desportivas e outras que se julgue oportunas. > Implementar mecanismos de cooperação institucional que permitam otimizar as práticas da gestão de ambas as entidades. > Fomentar a cooperação económica
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rique e o arquiteto Mateus Fernandes: “Foram homens capazes de fazer a diferença no seu tempo. E este é o desafio que temos, mesmo perante algumas dificuldades: fazer a diferença, em todas as áreas”.
s O que diz o protocolo
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E o próximo “challenge” (desafio) da Câmara da Batalha, que envolve todos os funcionários do município, poderá decorrer na Covilhã, como referiu Paulo Batista Santos, antes de concluir a sua intervenção evocando de novo o Infante D. Hen-
através da aproximação das empresas às realidades das entidades e que dessa forma possam contribuir para o desenvolvimento local e para a promoção de novas oportunidades de negócio recíprocas. > Procurar ativamente formas de cooperação nos mais diversos domínios e que serão futuramente e para os devidos efeitos enquadrados no espírito contido no acordo. > Implementar projetos geradores de desenvolvimento turístico ancorados em recursos de referência nacional, como a Serra da Estrela e o Mosteiro de Santa Maria da Vitória.
Todo o concelho. Toda a informação
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“Temos fundadas razões para estreitar os nossos laços” Para o presidente da Câmara da Covilhã, o seu homólogo deixou no discurso “notas muito importantes daquilo que pode ser o relacionamento” entre ambos os municípios. “Nós temos elos tão fortes quanto a importância das grandes figuras que nos unem”, referiu Vítor Pereira. “Temos de facto que estreitar os nossos laços. E temos fundadas razões para o fazer: pertencemos, por exemplo, à mesma Comissão de Coordenação da Região Centro, partilhamos o mesmo território e temos muitas afinidades e similitudes”, adiantou o autarca. Por regra, nas geminações ou parcerias, em Portugal ou no estrangeiro, “há muitas proclamações, mas pouca ação”, lamentou Vítor Pereira, elogiando a forma pragmática como o seu homólogo encara o protocolo que ambos ru-
p O presidente da Câmara da Covilhã discursa após a inauguração do monumento bricaram, e considerando “louvável a notícia de discriminar positivamente os alunos que queiram estudar na UBI”. Para o presidente da Câmara da Covilhã, as re-
lações entre as instituições deviam desenvolverse “sem bairrismos, nem capelinhas, que, por vezes, prejudicam aquilo que muitas vezes podíamos fazer em conjunto, aproveitando
sinergias”. Vítor Pereira mostrou-se disponível para receber o “challenge” (desafio) dos funcionários da Câmara da Batalha e, entre outras iniciativas, destacou que “é raro
o dia em que não haja um evento cultural no concelho. É o município com mais associações per capita, 248 no total”. O coordenador das comemorações no Concelho da
descansados. Mais do que isso, acabámos por concordar que a decisão se consubstanciou numa ótima operação de marketing (perdoe-se-nos a heresia da palavra utilizada), uma vez que, tendo tudo corrido bem, as entidades envolvidas terão ficado a ganhar com a mesma. O Santuário de Fátima, porque viu exponencialmente enriquecido o espólio da sua, já de si, proeminente, exposição e a Liga dos Combatentes que, anuindo ao pedido, também terá marcado pontos valiosos na divulgação da existência e significado do “Cristo das Trincheiras”, designadamente perante os milhares de visitantes da exposição, muitos dos quais, se nunca tinham passado pela Sala do Capítulo do nosso mosteiro, quiçá, terão ficado
com vontade de o fazer e de passar a palavra. Mudando de tema e aproveitando o espaço que ainda nos resta, passamos a fazer uma curta incursão pela política que, embora não fazendo parte da génese destes nosso artigos, talvez hoje se justifique, face aos resultados das eleições legislativas, ocorridas em 4 de outubro passado. Na data em que escrevemos este artigo (4 de novembro) ainda ninguém sabe se o Governo empossado pelo Sr. Presidente da República, em 30 outubro, irá ter vida curta ou longa, dado não dispor de maioria absoluta na Assembleia da República. Face a esta incerteza, perfilam-se outros cenários que vão sendo objeto, em toda a comunicação social, das mais variadas, partida-
Covilhã, Carlos Madaleno, elogiou o “ilustre historiador batalhense” José Travaços Santos, pela forma como apresentou e tem estudado a obra de Mateus Fernandes, que introduziu o estilo manuelino em Portugal, e explicou os aspetos mais importantes da vida do Infante D. Henrique, um dos membros da Ínclita Geração, sepultado no mosteiro da Batalha, primeiro “Senhor” da Covilhã, há 600 anos. Além dos 145 anos da elevação a cidade e dos 600 anos do primeiro “Senhorio”, a Covilhã assinalou também, no dia 24 de outubro, os 500 anos da morte de Mateus Fernandes. Neste âmbito, foi inaugurado um monumento em homenagem ao arquiteto, no jardim junto à rua com o seu nome, na Covilhã.
s Noticias dos combatentes
E o (nosso) Cristo voltou! Se os nossos leitores ainda estão lembrados, no artigo de dezembro de 2014 dávamos notícia de que o nosso “Cristo das Trincheiras” havia sido, no dia 28 de novembro desse ano, removido da Sala do Capítulo do Mosteiro da Batalha, para ir fazer parte da exposição “Neste Vale de Lágrimas”, instalada no museu subterrâneo frente à Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima. Como previsto, em 31 de outubro pretérito a referida exposição foi encerrada e o “Cristo das Trincheiras”, qual filho pródigo, regressou ao seu lar de sempre em Portugal (desde 1958): a Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, ou seja, o Mosteiro da Batalha. O regresso ocorreu no dia 03 do corrente e originou
uma complexa, melindrosa e demorada operação técnica, que praticamente se prolongou por todo o dia. Com a Sala do Capítulo encerrada a visitantes, acompanhámos de perto a operação e, como já tinha acontecido aquando da sua retirada para a exposição de Fátima, os responsáveis do Santuário não se pouparam a qualquer restrição para que tudo decorresse sem o mínimo incidente. Recordemos que ainda antes da ida do ícone para Fátima, logo que a notícia começou a circular, foram muitas as vozes que se levantaram contra tal possibilidade, algumas até de altos responsáveis locais, mas também de gente anónima, com realce para alguns combatentes que, à semelhança do que haviam feito os seus camaradas que
combateram na Flandres, em 1917-18, há muito adotaram o “Cristo das Trincheiras” como seu “anjo da guarda”. Até nós, numa fase inicial, ficámos apreensivos com tal perspetiva, inclusive por considerámos muito precários e débeis, quer a cruz, quer o “corpo”; este já por demais mutilado, opiniões que chegámos a expressar, até publicamente. Todavia, perante a decisão superior de remover o conjunto temporariamente para Fátima e face às garantias que nos foram sendo transmitidas acerca da forma minuciosamente planeada e segura como a mudança iria ser feita, e que tivemos oportunidade de constatar, por também termos acompanhado toda a operação de remoção, fomos ficando cada vez mais
rizadas e até desvairadas opiniões, o que só tem servido para lançar tremendas confusões nas mentes da maioria dos portugueses, em especial daquela gente simples que não consegue compreender os meandros da política, nem das sinuosas mentes que vão expelindo tão complexas opiniões, ao ponto de chegarmos a pensar que até os seus autores já terão dificuldade em se desenredar da própria e intrincada teia que vão tecendo. Para bem de todos nós, esperamos que, no mais curto espaço de tempo, tudo isto se clarifique, antes que os danos desta incerteza nos causem, e ao nosso país, danos irreversíveis. NB-LC
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Batalha Atualidade
novembro 2015
Jornal da Batalha
Batalha quer ir a Cabo Verde estreitar relações de negócios m Uma comitiva cabo-verdiana esteve no nosso concelho para promover iniciativas de cooperação institucionais e empresariais Uma missão política e empresarial da Batalha poderá visitar a região do Fogo e Brava, em Cabo Verde, no primeiro trimestre do próximo ano, anunciou no dia 21 de outubro a Câmara da Batalha, na sequência da visita ao concelho de uma comitiva de empresários e autarcas do país africano. “A possibilidade de realização [da visita] ficou agendada para março/abril de 2016”, adianta o município batalhense, destacando que a presença da comitiva
p A comitiva cabo-verdiana visitou a Hortoflorícola de Santo Antão cabo-verdiana no concelho “procurou estreitar as relações de cooperação institucionais e empresariais entre Cabo Verde e a Batalha”. Os participantes visitaram a Hortoflorícola de
Santo Antão, “uma das principais referências do país ao nível da produção de plantas” através de hidroponia (cultivar plantas sem solo, que recebem apenas uma solução de água e nu-
trientes). Segundo a câmara municipal, “os participantes cabo-verdianos registaram elevado interesse relativamente à utilização da técnica da hidroponia, dadas
as condições naturais do arquipélago africano e atendendo ao facto de a maioria das suas culturas ser de sequeiro”. Para o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Ba-
tista Santos, “a visita da comitiva ao concelho e à região de Leiria “assume importância através de diversas formas de cooperação, com o intuito de poderem ser equacionadas ideias e potencialidades de negócio entre os empresários de ambos os países”. A deslocação da comitiva cabo-verdiana resulta de um protocolo de cooperação assinado entre a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e a Associação de Municípios do Fogo e da Brava, em maio deste ano. A visita terminou com um jantar onde marcaram presença empresários da Batalha de áreas como a construção, o turismo, a agro-indústria e a produção agrícola.
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Jornal da Batalha
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Atualidade Batalha
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Encargos financeiros da câmara custam 1,35 euros por habitante m A autarquia atingiu no ano passado 24% do limite legal de endividamento, dispondo de uma folga superior a 8,4 milhões de euros O concelho da Batalha é o município do distrito de Leiria com menor passivo exigível, com um valor de 3,074 milhões de euros, uma redução superior a meio mi-
lhão de euros face a 2012, segundo dados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2014, revelados a 19 de outubro pela câmara municipal. No que diz respeito aos municípios que apresentam menor volume de juros e outros encargos financeiros pagos em 2014, a Batalha alcançou o 35º lugar em termos nacionais, com 21.384 (1,35 euros por habitante), ficando colocado no ranking global de eficiência fi-
nanceira entre os 22 melhores municípios de pequena dimensão. Quanto aos municípios que apresentam menor peso dos pagamentos da despesa com pessoal nas despesas totais, a Batalha regista o 14º lugar, no total dos 308 municípios, alcançando a 34ª posição no que respeita às autarquias com maior grau de execução da receita cobrada e o 35º lugar nos municípios com melhor índice de divida total, apenas utili-
p Concelho tem o menor passivo exigível do distrito zando 24% do limite legal de endividamento, ou seja, dispõe de uma folga superior a 8,4 milhões de euros. No conjunto do distrito, nove das 16 câmaras fecharam as contas do ano passado com resultados líquidos positivos, entre os
919 e os 14,4 milhões de euros (Alcobaça, Ansião, Bombarral, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Peniche, Pombal e Porto de Mós). O documento – elaborado pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e pela Universidade do Minho,
com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados e a colaboração do Tribunal de Contas - é considerado uma referência na monitorização da eficiência do uso dos recursos públicos na administração local.
A Câmara da Batalha e o Orfeão de Leiria assinaram, no dia 3 deste mês, um protocolo que garante um financiamento de 26.800 euros para o curso básico de música dos alunos matriculados no ano letivo 2015/2016. A assinatura do documento resulta, segundo a câmara, do “ajustamento do financiamento atribuído ao Orfeão de Leiria pelo Ministério da Educação e Ciência”, que pôs em “risco a garantia da continuidade do ensino artístico” no Agrupamento de Escolas da Batalha, nas componentes da formação musical e de instrumento. Este projeto representa um investimento inicial de 26.800 euros, ajustável em função do valor final do financiamento do Ministério da Educação e Ciência ao ensino artístico especializado, atribuído à formação artística para o Conservatório de Artes de Leiria.
Miguel Marques
Município investe 26.800 euros na música após cortes do Estado
GOLPILHEIRA. Um incêndio destruiu na noite de 13 de outubro um carro estacionado na rua do Choupico, em Cividade, sem causar danos pessoais. Ter-se-á tratado de um curto-circuito.
p Momento após a assinatura do protocolo entre o município e o Orfeão A Câmara da Batalha revelou ainda que “pretende reforçar a colaboração com a Escola de Música do Orfeão de Leiria, em novos projetos extra-curriculares que promovam o gosto pela música junto dos alunos, permitindo o desenvolvimento de capacidades”. Esta decisão “enquad-
ra-se no âmbito das competências descentralizadas recebidas pelo município na área da educação e representa um compromisso com a formação artística que desejamos reforçar na componente extra-curricular”, considera o presidente da câmara. “Consideramos a educa-
ção musical e as artes como fator de desenvolvimento social e até económico, bem como áreas fundamentais para a formação integral dos alunos, pelo que iremos continuar a colaborar com o Orfeão de Leiria em novos projetos”, conclui Paulo Batista Santos.
25 anos de experiência Alvará “Licença de funcionamento n.º 14/2009”.
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Batalha Atualidade
Jornal da Batalha
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Concelho promovido em filme premiado em festival turístico m O projeto foi desenvolvido pela comunidade intermunicipal e realizado por Paulo Cunha, da empresa leiriense Slideshow
O Concelho da Batalha é um dos munícipios retratados no filme “Região de Leiria Território de Maravilhas”, que no dia 23 de outubro venceu a 8ª edição do ART&TUR - Festival Internacional de Cinema Turístico, que apresentou um total de 256 películas, de 54 países. O fime tem cinco minutos de duração, foi distinguido com o “Grand Prix ART&-
p A comitiva da região após ter recebido o prémio em Gaia TUR 2015 – Competição Nacional”, em que participaram 88 filmes em 13 cate-
gorias temáticas, e recebeu também o primeiro prémio na categoria “Destinos Tu-
rísticos”. “Região de Leiria Território de Maravilhas” foi
produzido pela CIMRL Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (que engloba os concelhos de Ansião, Alvaiázere, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Leiria, Pombal, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós) e realizado por Paulo Cunha, da empresa leiriense Slideshow. O vídeo promocional foi candidatado às secções “Destinos Turísticos”, “Turismo Cultural” e “Turismo Rural e de Natureza” e apresentado, pela primeira vez, na Feira de Turismo de Lisboa (BTL), que decorreu em fevereiro. O projeto, que retrata apenas para os cinco concelhos do sul da CIMRL, orçamentado em 15.500 euros (mais IVA), “leva-nos a viajar até aos ícones turísticos mais relevantes dos concelhos,
passando pelo património histórico/cultural, natural e gastronómico da região de Leiria”, referiu na altura a CIMRL. Um dos objetivos é “reforçar a identidade dos concelhos que integram a CIMRL, dando realce à sua diversidade e complementaridade, de maneira a promover o seu potencial turístico”. Na competição internacional, o vencedor do “Grand Prix ART&TUR 2015” foi “Hola Islas Canarias”, com quatro minutos e oito segundos, que também ficou em primeiro lugar na categoria “Tourism Destination” e venceu o prémio “Best Commercial”. O festival decorreu no Auditório Municipal de Gaia e incluiu a primeira Conferência Internacional “Cinema, Destination Image and Place Branding”.
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Jornal da Batalha
25 anos
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“Coutinho sai da câmara” m O ex-vereador ponderou factos que “integram e consubstanciam verdadeira e injustificada perseguição pessoal impeditiva do desempenho do cargo”
A edição de novembro de 1990 do Jornal da Batalha destaca três temas principais na capa: “Coutinho sai da câmara” é a manchete (título principal), podendo ainda ler-se “Investimento de 150 mil contos em 30.000 m2 – Parque de exposições nasce na Batalha” e “Oferta hoteleira cresce – Milhares de contos para o turismo”. “Francisco Coutinho renunciou ao seu mandato, no
passado dia 26 de outubro, após um longo período em que se manteve suspenso (por vontade própria) das funções de vereador”, escreve o jornal na página 5, adiantando que o antigo presidente da Câmara da Batalha baseou a renuncia em diversos factos de que se queixa. Coutinho considera-se alvo de “atitudes claramente discriminatórias e prepotentes”, inseridas, segundo diz, numa campanha de desinformação e intoxicação da opinião pública”. “O ex-vereador vai mais longe e considera que tais factos “integram e consubstanciam verdadeira e injustificada perseguição pessoal impeditiva do desempenho do cargo”, lê-se na notícia, que adianta: “Perante este quadro Francisco Coutinho afirma que “vem por indeclináveis razões de
ética política renunciar ao seu mandato”. “Projeto pioneiro nasce na Batalha – Vamos ter parque de exposições” é como o jornal titula no interior o nascimento do Centro de Exposições Exposalão, embora a notícia da época não desvendasse o nome do projeto, nem do investidor, que hoje sabemos, naturalmente, ser o empresário José Frazão. “O projeto tem vindo a ser implementado no seio de um certo secretismo. O principal responsável do centro de exposições tem desenvolvido intensos contactos com o objetivo de se inteirar dos índices de rentabilidade de um negócio com estas características. Aquele empresário disse ao Jornal da Batalha que “há entusiasmo à volta deste parque e os estímulos cheg-
o am-nos um pouco de todo o lado”. O jornal noti-cia que o “o complexo será implantado numa área de trinta mil metros quadrados, 15 mil dos quais serão destinados a zona de estacionamento automóvel. O projeto poderá vir a desenvolver-se em diversas fases, prevendo-se para o início a construção de uma área coberta com 6.400 m2, aproximadamente”. O empreendimento é “o primeiro parque de exposições do país propriedade duma empresa privada, fruto dum investimento
avultado protagonizado por uma empresa local, ligada ao setor cerâmico”, refere a notícia.
p A capa do JB de Novembro de 1990
O nascimento da Rádio Batalha em nome de valores culturais
Unidades hoteleiras abriam boas perspetivas no turismo
“Há três anos, mais precisamente no dia 30 de novembro de 1987, na altura do “boom” do espetro radiofónico em frequência modulada, com as chamadas “rádios piratas”, eis que surge na Batalha um projeto de rádio”, conta o jornal, destacando: “Tudo começou com uma conversa informal, num café, entre quatro amigos, todos eles ligados à atividade radiofónica: José Travaços Santos e Carlos Valverde, da Batalha, Joaquim Santos e Fernando Soares, de Leiria”. “A estes elementos – adianta a notícia – juntaram-se mais 17 oriundos também da Batalha e Leiria, dando corpo à Assembleia de Fundadores que originou a cooperativa Emissora Regional – Rádio Batalha”. “Divulgação dos valores culturais, com principal incidência na região onde se insere, Alta
“O Concelho da Batalha parece, finalmente, estar a descobrir a sua vocação turística. Estão na forja investimentos de largos milhares de contos que irão possibilitar o aparecimento de novas unidades hoteleiras, aumentando, assim, a oferta do parque de alojamento, restauração e outros serviços”, notícia o Jornal da Batalha na edição de novem-
bro de 1990. “Na Batalha começaram já as obras de construção de uma nova unidade, no caso uma residencial com uma vintena de quartos. Ainda na sede do concelho está para breve a construção de um outro estabelecimento (o projeto deve ser aprovado até final do ano). Trata-se de uma albergaria (talvez de quatro ou cinco
p A Rádio Batalha emitiu pela primeira vez em 1988 Estremadura e a preservação da identidade portuguesa, foram os objetivos subjacentes à sua criação”. O jornal adianta: “Sem financiamento de base e sem instalações, era esta a motivação à partida. Localizadas as instalações, na Rebolaria, houve necessidade de contrair um empréstimo de 1.200
contos, em nome particular, para a compra do equipamento imprescindível. E foi assim que no dia também histórico, de outros tempos é claro, em 25 de abril de 1988, tiveram início as emissões na frequência que a legislação anterior previa, nos 104.1 Mhz”.
p O turismo começava a ganhar dinâmica em 1990
estrelas) que será construída na Quinta da Cerca. Num outro quadrante do concelho, em S. Mamede, vai nascer aquele que se apresenta, de momento, como o maior empreendimento em curso. Trata-se de uma estalagem com 41 quartos, quatro dos quais suítes, que será edificada na zona de pinhal entre S. Mamede e a vila de Fátima”.
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Batalha Atualidade
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Jornal da Batalha
Quinta do Escuteiro já está a programar vinda do Papa
p Concluída 1ª fase do centro de acolhimento
m O campo tem quatro hectares e capacidade para receber 440 pessoas. Está em construção uma capela que será dedicada a Nossa Senhora Mãe do Escuta
A Quinta do Escuteiro, na Quinta do Sobrado, nascida da necessidade do movimento escutista da região de Leiria criar melhores condições e dar resposta à proibição do “campismo selvagem”, inaugurou em outubro a primeira fase do Centro de Acolhimento e Formação Ambiental e, entre outras atividades, está a preparar-se para acolher, em 2017, peregrinos que se desloquem a Fátima para receber o Papa Francisco. O terreno foi adquirido
em 1986, pela Junta Regional de Leiria, com o objetivo de servir as atividades dos escuteiros e responder também às alterações da lei, que passaram a proibir o campismo fora dos locais aprovados para o efeito. Aliás, esta foi uma das razões que levaram à criação de 36 centros escutistas em todo o país, alguns com características superiores às de parques de campismo. “A Quinta do Escuteiro é um centro de acolhimento e de formação am-
p Os escuteiros de região ligaram-se ao mundo no JOTA-JOTI
biental. Ou seja, queremos que as pessoas venham cá, tenham uma atividade, acampem e transmitir-lhes valores ambientais”, explicam João Santos, 29 anos, chefe da quinta, e Andreia Domingues, de 25, responsável pelas atividades no espaço. Os utilizadores podem dispor, entre outras estruturas, de casas de banho, um bloco com balneários e chuveiros, pontos de água e de luz, e existe um contentor que serve de casa
de apoio para a equipa que trabalha na quinta. Está em fase de conclusão uma capela, com capacidade para 20 a 40 pessoas. Em outubro ficou concluída a primeira fase do Centro de Acolhimento e Formação Ambiental, um edifício em construção desde dezembro de 2012 que serve de dormitório e sala de formação, já que é polivalente e pode albergar diversas atividades. Inclusive de empresas que, porventura, queiram fazer ações de for-
p O mau tempo prejudicou algumas atividades
mação ou outras iniciativas que envolvam os seus colaboradores. Quando estiver concluída a fase seguinte, o edifício albergará, além de sítios para dormir (em beliches ou camas), a secção de apoio administrativo, salas para formação – de dirigentes, de iniciação pedagógica - e um conjunto de outros espaços de apoio às estruturas da Quinta do Escuteiro e escutista regional, que envolve 2.600 pessoas e cuja sede é na Cruz da Areia,
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Atualidade Batalha
p Andreia Domingues e João Santos em Leiria. Quem pode usufruir da quinta? “Estamos dispostos a acolher quem não seja escuteiro, mas não somos um parque de campismo, que recebe qualquer tipo de pessoas. No entanto, se uma escola da região quiser vir aqui fazer uma atividade ou um piquenique de fim de ano, por exemplo, estamos abertos a propostas”, explica João Santos, salientando, no entanto: “Pode ser qualquer pessoa ou grupo, desde que respeite a filosofia escutista”. A Quinta do Escuteiro, com quatro hectares, tem capacidade para 400 pessoas a acampar e 40 a acantonar, mas em maio de 2013, durante o acampamento regional, deu resposta, com recurso aos terrenos situados em frente, a 2.300 escuteiros. A equipa que gere
habitualmente a quinta é constituída por oito elementos, que podem recorrer, quando necessário, a um grupo, que tem entre 30 a 40 inscritos por atividade que gostariam de realizar. À exceção do edifício do centro de acolhimento, a generalidade das infraestruturas são obra dos escuteiros, como é o caso da capela, que será dedicada a Nossa Senhora Mãe do Escuta e deverá estar concluída até ao final deste ano. “Um dos nossos principais objetivos é tornar o campo acessível a pessoas de mobilidade reduzida (por exemplo fazendo uma casa de banho adequada), porque o escutismo deve ser inclusivo. Nestes espaços, dar resposta aquele tipo de questões é sempre difícil, mas vamos trabalhar nesse sentido”, concordam os jo-
p Quinta recebe sobretudo crianças dos 6 aos 14 anos vens João Santos e Andreia Domingues. Entre outras atividades, os responsáveis pela Quinta do Escuteiro estão já a pensar nas comemorações do centenário das Aparições
de Fátima, em 2017. “Queremos ser um centro fulcral para as pessoas que se dirijam a Fátima. Queremos que passem pelo campo, que durmam cá”, afirma João Santos, adian-
tando que tanto podem ser “peregrinos a pé ou escuteiros que venham de fora de Portugal”. A Quinta do Escuteiro, frequentada sobretudo por crianças com idades entre
os 6 e 14 anos, adotou o ambiente e a formação ambiental como o seu tema central, dado o espaço natural preexistente – devido à diversidade da fauna e da flora e um rio.
XIII Jantar Conferência do Região de Leiria Homenagem às maiores e melhores empresas do distrito de Leiria e concelho de Ourêm
3 dezembro 2015 19h30
Quinta do Paúl // Ortigosa, Leiria
s registo // Oradores //
Ligados ao mundo a partir do campo O rádioamadorismo foi o elo de ligação entre 500 escuteiros da região de Leiria, presentes de 16 a 18 de outubro no JOTA-JOTI, na Quinta do Escuteiro, e mais de um milhão de colegas em todo o mundo. O chefe da Quinta do Escuteiro, João Santos, considerou que “tudo correu às mil maravilhas”, garantindo que “apesar da chuva toda a gente se divertiu imenso”. O chefe regional, Pedro Ascenso, responsável máximo pelo escutismo em Leiria, sublinhou a importância desta atividade na medida em que, “além de ser ligado à natureza, o escutismo é ligado à superação de desafios”, afirmando que os escuteiros “aproveitaram a tecnologia para superar desafios”. As condições atmosféricas acabaram por impedir a concretização de um dos grandes objetivos do fim de semana, que era o contacto via rádio com a Estação Espacial Internacional. “A ideia de realizar aqui na quinta um JOTA-JOTI foi a de dar-lhe dimensão nacional e internacional”, pois os jovens, nas suas comunicações via rádio e internet, passaram a mensagem de que estavam na Quinta do Escuteiro, apelando à visita de outros escuteiros, concluiu João Santos.
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Batalha Atualidade
novembro 2015
Portagens podem ser abolidas e edifício da câmara vai crescer m Na última campanha eleitoral, tanto a coligação Portugal à Frente como o PS admitiram haver condições para reduzir ou eliminar as portagens em determinadas regiões
Jornal da Batalha
p A A19 não provocou a diminuição do trânsito frente ao mosteiro
O presidente da Câmara da Batalha revelou, em outubro, que participou em reuniões com representantes do Governo de Passos Coelho em que foi abordada a possibilidade de abolir as portagens na A19/variante da Batalha. Paulo Batista Santos, que falava aos jornalistas no dia 12, durante a apresentação
do Orçamento Participativo e da plataforma na Internet “Eu Alerto!”, adiantou que, durante a última campanha eleitoral, tanto a coligação Portugal à Frente como o PS admitiram haver condições para reduzir ou eliminar as portagens em determinadas regiões do país. No caso da Batalha, a autoestrada foi construída para desviar o trânsito do IC2, frente ao mosteiro, mas o efeito foi quase nulo por os automobilistas terem de pa-
De acordo com o n° 1, conjugado com o art. 2° da Lei n° 26/94, dou conhecimento que o Município da Batalha atribuiu, durante o primeiro semestre de 2015, os seguintes subsídios: Entidade Valor (Euros) Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Batalha (Comparticipação Despesas Funcionamento)....................................................................... 30.000,00 (Comparticipação Geradores/Palmatórias)............................................................................ 17.200,00 (Comparticipação Aquisição de Viatura)................................................................................ 20.000,00 BAC — Batalha Andebol Clube (Comparticipação Atividades Desportivas-1ª e 2ª Tranche).................................................. 21.937,50 (Comparticipação Aquisição Equipamento)............................................................................... 400,00 Associação Recreativa Amarense (Comparticipação Atividades Desportivas -1ª e 2ª Tranche)................................................. 15.150,00 (Comparticipação Substituição Portões Pavilhão).................................................................. 2.400,00 (Comparticipação Remodelação Telhado Pavilhão).............................................................. 10.000,00 (Comparticipação Pintura do Pavilhão)................................................................................... 6.783,00 Centro Cultural Recreativo Quinta Sobrado/Palmeiros (Comparticipação Atividades Desportivas -1ª e 2ª Tranche)................................................. 16.875,00 (Comparticipação Reestruturação Bar).................................................................................... 5.000,00 (Comparticipação Atividades Tempos Livres)............................................................................. 500,00 (Comparticipação Caminhada Liberdade).................................................................................. 440,00 UDB - Associação Desportiva da Batalha (Comparticipação Atividades Desportivas-1ª e 2ª Tranche).................................................. 19.473,75 (Comparticipação Manutenção Campo de Futebol e Balneários)............................................. 600,00 (Comparticipação Manutenção do Complexo de Ténis)............................................................. 800,00 (Comparticipação Torneios de Ténis).......................................................................................... 486,69 (Comparticipação Melhoria de Equipamentos)....................................................................... 1.383,86 Nota: Mais se informa que estes são apenas os subsídios que ultrapassam o limite obrigatório. Paços do Concelho da Batalha, 05 de outubro de 2015 O Vereador com Competência Delegada Carlos Agostinho da Costa Monteiro
*(Competências Delegadas em 01/10/2015)
gar portagens. Na mesma altura, o autarca anunciou que o edifício dos paços do concelho será ampliado para acolher uma Loja do Cidadão. O projeto de arquitetura prevê a construção de três módulos nas traseiras do atual edifício, virados para a
Praça do Município, que albergarão a repartição de finanças, conservatória, serviço local de segurança social e o espaço do cidadão, os dois últimos agora instalados no edifício principal. “O projeto de arquitetura está na fase final e já temos acordos com o Instituto de
Registos e Notariado, Autoridade Tributária e com a Segurança Social para o acolhimento desses serviços”, explicou o autarca, concluindo que obra custará 500 mil euros, 300 mil dos quais provenientes de financiamentos comunitários.
s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira
É bom mandar a sopa às urtigas O mês de novembro começa solarengo, com o sol a puxar por todas as sementeiras, dado que durante a noite arrefece e humedece, e durante o dia o sol aquece. Pelo vigor das plantas espontâneas percebe-se que este é um momento favorável para as plantações e sementeiras, conforme adiante indico. Queria relembrar que existem bastantes plantas espontâneas que são igualmente comestíveis e que nos devolvem os mais variados nutrientes, como é o caso da urtiga. Conhecida por alguns, mas ainda com algumas dúvidas por outros. Cá em casa consome-se em sopas, bolos e em infusões. Sei também de uma receita de cerveja de urtigas, mas ainda não me atrevi a fazê-la. Devo salientar que para ingestão deve sempre colher apenas as folhas tenras e mais jovens. Na próxima sopa, em vez das nabiças, use as urtigas - vai ver que nem se nota
muito a diferença. Sinta-se abençoado se tiver urtigas no seu quintal, é sinal que tem um bom índice de matéria orgânica, colha algumas para a sua alimentação e as restantes corte-as e deixe-as sobre a terra, pois fazem uma cama nutritiva para as plantações futuras. Se as colher antes de apanharem sol não picam, se for muito sensível use luvas ao manuseá-las. Logo que apanhem água quente perdem os “picos”. Legumes para semear: agriões, alfaces, beterrabas, cebolas, cenouras, couves, ervilhas, favas, nabiças, nabos, rabanetes, tomates e borragem. CereaisparaSemear:aveia, centeio, cevada e trigo. Legumes para plantar: alhos, batatas (em zonas que não sofram encharcamento), tremoço. Arbustos e árvores de fruto para plantar: alperces, ameixeiras, amoreiras, arandeiros, cerejeiras, figueiras, framboeseiros, groselheiras vermelhas e brancas, groselheiras ne-
gras, macieiras, mirtileiros, pereiras, pessegueiros, e videiras. Se as suas cebolas cresceram pouco nas últimas plantações volte a colocálas na terra, vai ver que se continuarão a desenvolver. Quando cortar uma cebola, pode aproveitar a zona onde tem as raízes, colocá-la na terra e ter novas cebolas. A natureza é muito abundante, precisamos de conhecê-la melhor e assim podemos coletar muitos alimentos que crescem espontâneos por estes campos fora. Se já não consegue pegar muito bem na enxada e quer semear batatas, limpe de ervas numa determinada zona do seu quintal, coloque batatas no chão à superfície e depois cubra com uma camada abundante de palha, regue para acamar e vai ver que nascerão batatas sem ter grande esforço. Tenha o cuidado de escolher uma palha sem sementes de outras ervas. Na minha horta cultivo alimentos e sentimentos!
Jornal da Batalha
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Atualidade Batalha
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m Filipe Ligeiro Silva diz que “é importante pelo reconhecimento” do seu trabalho e pelo facto do montante que recebeu “ajudar a colmatar despesas” com seus estudos
O aluno do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) Filipe Ligeiro Silva, do 9ºano, foi premiado pela Caixa de Crédito Agrícola no concurso “CA Nota 20”, devido aos bons resultados que alcançou no ano letivo 2014-2015. O concurso é promovido a nível nacional e atribui 120 prémios em dinheiro aos clientes do segmento CA
Jovem com a melhor média do 7º ao 12º ano de escolaridade, com o objetivo de incentivar os alunos a poupar e a obter boas classificações. Para o aluno, o prémio “é importante pelo reconhecimento” do seu trabalho e pelo facto do montante que recebeu “ajudar a colmatar despesas” com seus estudos. Afonso Marto, presidente da Caixa de Crédito Agrícola da Batalha – onde decorreu a cerimónia de entrega do prémio, no dia 8 de outubro - , referiu que “é uma forma de apoiar a comunidade educativa e de contribuir para incentivar os jovens à poupança, podendo, no futuro, ter benefícios enquanto depositantes”. O responsável, citado na página do AEB no Facebook, num artigo da auto-
António Sequeira/Fotovisão
Aluno do 9º ano do AEB ganha prémio devido a bons resultados
p O aluno no momento em que recebia o prémio na CA Batalha ria Juliana e Joana (11ºA e C), considerou ainda que “os bons princípios se adquirem desde tenra idade e a interação da instituição com a juventude é uma
forma de criar bons hábitos que se refletirão na idade adulta”. Finalmente, o diretor do AEB, Luís Novais, manifestou “orgulho por ter alu-
nos de mérito”, adiantando que “este prémio representa uma forma de premiar o esforço dos alunos e o trabalho que eles desenvolveram ao longo do ano”.
A Caixa de Crédito Agrícola da Batalha é uma parceira do AEB , uma vez que apoia há anos iniciativas como o jornal Alfabeto e o Quadro de Mérito.
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Batalha
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Jornal da Batalha
Saúde Obstipação - Como evitar? A obstipação, prisão de ventre ou intestino preso, Ê uma queixa frequente, sendo que 80% das pessoas podem sofrer de obstipação em algum momento da vida. É uma alteração do trânsito intestinal caraterizada por dejeçþes pouco frequentes (inferior a 3/semana), em menor quantidade/volume de fezes e necessidade de fazer mais força para evacuar. A dor e inchaço abdominal, sensação de enfartamento ou esvaziamento incompleto do reto, flatulência e,
por vezes, sangue nas fezes podem ser outros sinais ou sintomas acompanhantes da obstipação. As principais causas de obstipação incluem uma dieta pobre em fibras, o consumo excessivo de carnes vermelhas e gorduras, a ingestĂŁo insuficiente de ĂĄgua e lĂquidos, o sedentarismo, adiar a vontade de evacuar, alguns medicamentos (p. ex., analgĂŠsicos, diurĂŠticos, suplementos de ferro e cĂĄlcio, sedativos, antidepressivos), o abuso de laxantes e
fatores psicológicos. PorÊm, tambÊm pode ser um sintoma de lesþes no intestino ou de alteraçþes noutros sistemas orgânicos, pelo que as pessoas que sofrem de obstipação crónica devem consultar o seu mÊdico assistente no sentido de esclarecer as causas e avaliar a necessidade de tratamento. As alteraçþes na dieta, a gravidez, as viagens e a imobilização são fatores agravantes da obstipação. E nt re as med idas gerais e alteraçþes
comportamentais que podem contribuir para evitar a obstipação, encontram-se as seguintes: ingerir alimentos ricos em fibras (pĂŁo integral escuro, farelo de trigo, linhaça, frutas e vegetais, p. ex., ameixa, kiwi, brĂłcolos, couve-flor); refeiçþes em horĂĄrios regulares, comer devagar e mastigar bem os alimentos; aumentar a ingestĂŁo de ĂĄgua e lĂquidos (p. ex., chĂĄ, sopas, caldos); praticar exercĂcio fĂsico regular; nĂŁo ignorar a vontade de defecar; “HorĂĄrio intes-
tinal� – tente ir ao quartode-banho todos os dias à mesma hora, preferencialmente de manhã, e disponibilize algum tempo para iniciar e terminar a defecação
CLĂ?NICA DE MEDICINA DENTĂ RIA DA BATALHA Dra. SĂlvia Manteigas Dr. Ricardo Gomes
Direção ClĂnica: Dr.ÂŞ Ana Freitas - Medicina DentĂĄria Dr.ÂŞ Ana Freitas Dr.ÂŞ Silvia EleutĂŠrio
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Saúde Batalha
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O concelho é o 4º mais ‘saudável’ do país e o melhor da região centro m No distrito de Leiria, a seguir à Batalha (876,7 pontos), encontram-se Óbidos (870,6) e Caldas da Rainha (868).
O Concelho da Batalha é o quarto mais ‘saudável’ do país e obtém o melhor resultado entre os municípios da região centro e do distrito de Leiria, de acordo com um estudo da Universidade de Coimbra divulgado em outubro e intitulado “Índice de Saúde da População” (INES). Os resultados do estudo, que abrange os últimos 20 anos e pode ser consultado na Internet no link http:// goo.gl/J9NVLK, permitem concluir que à frente da Batalha estão apenas o Entroncamento, Alcanena e Constância.
No distrito de Leiria, a seguir à Batalha (876,7 pontos), encontram-se Óbidos (870,6) e Caldas da Rainha (868). O INES abrange seis dimensões que correspondem a grandes áreas de preocupação para a saúde, quatro ligadas a determinantes da saúde e duas relacionadas com resultados em saúde. As determinantes da saúde dizem respeito a fatores ligados às condições do ambiente em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem, que influenciam os resultados em saúde, e incluem as categorias económica e social, ambiente físico e cuidados de saúde e estilos de vida. Nos resultados em saúde, que avaliam o estado de saúde coletivo num dado momento temporal e área geográfica, incluem-se a mor-
p Os cuidados de saúde estão entre os aspetos avaliados talidade e a morbilidade. Estas dimensões agregam 43 critérios que permitem avaliar o desempenho
dos municípios. As conclusões resultam de um projeto de investigação da Universidade de
Coimbra, divulgado no dia 26 de outubro, que analisou a saúde da população portuguesa entre 1991 e 2011,
concluindo que melhorou em 98% dos 278 municípios de Portugal Continental.
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas dezasseis a folhas vinte, do Livro Duzentos e Nove - B, deste Cartório. José Rosa Ribeiro, NIF 118 902 903, e mulher Rosária Ribeiro Leal, NIF 104 904 488, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, onde residem na Rua Principal, nº.480, no lugar de Garruchas, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes bens: Dois – prédio urbano, composto de casa de habitação de res do chão, com a superfície coberta de cento e setenta metros quadrados e logradouro com a área de quinhentos e setenta e cinco metros quadrados, sito em Garruchas, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Cândida Ribeiro, de sul, de nascente e de poente com Joaquim Vieira Leal, não descrito na Conservatória do registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1153, com o valor patrimonial e atribuído de €23.070,00. Três – prédio rustico, composto de terra de cultura, vinha, tanchas e arvores de fruto, com a área de quinhentos metros quadrados, sito em Tagalhanas, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Francisco Vieira da Rosa, de sul com José Henriques Ribeiro, de nascente com Manuel Soares e de poente com caminho, não descrito na Conservatória do registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 144, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €211,77. Sete - prédio rustico, composto de terra de semeadura com oliveiras, com a área de mil cento e oitenta metros quadrados, sito em Vale Sanguinho, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com José Trindade Ribeiro, de sul com Joaquim Vieira Leal, de nascente com caminho e de poente com José Leal Ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 248, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €352,80. Doze – prédio rustico, composto de semeadura com oliveiras, com a área de mil quinhentos e sessenta metros quadrados, sito em Garruchas, freguesia de Reguengo do Fétal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Manuel Bento de Oliveira, de sul com ribeiro, de nascente com Joaquina Ribeiro Vª e de poente com Manuel Maria Ferreira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 3690, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €357,22. Que adquiriram as verbas dois e sete e doze, no ano de mil novecentos e setenta e três, por partilha verbal por óbito de Joaquim Vieira Leal e mulher Emília Ribeiro, pais da mulher, residentes que foram em Garruchas, Reguengo do Fetal, Batalha e a verba três, no ano de mil novecentos e setenta e nove, por doação verbal de José Henriques Ribeiro e mulher Maria Rosa Leal, pais do marido, residentes em Garruchas, Reguengo do Fetal, Batalha, sem que no entanto ficassem a dispor de títulos formais, para proceder ao registo, mas desde logo entraram na posse e fruição dos referidos bens. Que em consequência daquelas partilha e doação verbais possuem aqueles prédios, em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando e habitando o prédio urbano, dele retirando todas as utilidades de que é susceptível, amanhando os rústicos, deles recolhendo os frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram os referidos prédios por usucapião. Batalha, nove de Novembro de dois mil e quinze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, Edição 304, de 13 novembro 2015
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Batalha
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Património
Tecnologias pioneiras ajudam a desvendar segredos do mosteiro
p Manuel Matias (à dir.) é o líder da equipa de investigadores
m Um georradar, energia elétrica e pequenas ondas sísmicas estão a ser usados no estudo do subsolo, das colunas e das paredes do monumento
As mais modernas tecnologias estão a servir para fazer uma ‘radiografia’ do Mosteiro da Batalha, que permitirá aos investigadores de três universidades portuguesas desvendar mistérios e confirmar teses sobre a forma como o monumento foi edificado e, por exemplo, onde se encontram sepulturas. O projeto, desenvolvido em colaboração com a em-
presa Morph, de Coimbra, foi iniciado em 2014 e objeto de um protocolo assinado em abril entre a Universidade de Aveiro (UA) e a Direção-geral do Património Cultural. A equipa de investigadores tem desenvolvido trabalhos regulares, os últimos dos quais em outubro, focados “em particular na possível existência de estruturas debaixo do pavimento, na procura de informação sobre o tipo de fundações e o estudo da estrutura interna de paredes e colunas”, explica Manuel Matias, professor de Geofísica da UA. “Não é um trabalho meramente científico, é também prático, porque procura uma solução para qualquer problema encontrado”, adianta Manuel Matias, líder da equipa de especialistas,
p Alunos da Batalha participaram em aula de física aplicada
explicando que “as técnicas utilizadas são muito variadas, adaptadas problema a problema, sala a sala”. Na Sala do Capítulo foram tiradas medidas de “elevadíssima frequência”, com um georradar, bem como noutras zonas do mosteiro, para detetar sepulturas, umas conhecidas historicamente, outras onde há tradição de terem existido. “Temos resultados que favorecem a sua existência”, afirma o professor da UA, esclarecendo que “agora cabe às entidades competentes prosseguir estes estudos”, pois não compete à sua equipa, que engloba também investigadores das universidades de Coimbra e Porto, “levantar as lajes e pô-las à vista”. Quanto às fundações do mosteiro, os técnicos sa-
bem agora a profundidade a que está a rocha firme, que 3 a 4 metros abaixo do monumento existe (o que parece ser) entulho e uma zona de água a seguir, coincidente com a existente no poço dos claustros. No que respeita às colunas, já foram avaliadas quatro e, em relação a uma delas foi possível concluir que o interior é heterogéneo, ou seja, não é de pedra maciça. E para que serve esta informação? “Serve para a preservação do monumento, para perceber as técnicas construtivas utilizadas nos séculos XIV e XV e consolidar algumas teorias que existiam sobre a construção do mosteiro - é muito importante para a alguma intervenção de conservação”, explica Manuel Matias.
TÉCNICAS USADAS . O trabalho de investigação envolve professores das três universidades, estudantes de pós-graduação de duas universidades (não há do Porto), e a 21 de outubro, quando o Jornal da Batalha assistiu às atividades, decorreu uma aula de física aplicada para os alunos do 12º ano da Escola Secundária da Batalha e respetivos docentes. Uma das técnicas utilizadas recorre ao uso de um georradar de superfície, que permite enviar impulsos eletromagnéticos, que são refletidos no terreno e mostram com uma resolução muito grande o que existe de 1,5 a 2 metros abaixo da superfície, dentro e fora do mosteiro. Foi usado, por exemplo, na Sala do Capítulo. Nas colunas, foram utili-
zados métodos sísmicos de elevada resolução. Os técnicos provocaram vibrações nas estruturas, com um pequeno martelo, e mediram a chegada das ondas sísmicas no perímetro das colunas para testar a sua homogeneidade. No pavimento, por exemplo na nave central, recorreram a métodos elétricos bidimensionais. Uma corrente elétrica é injetada no terreno, entre dois pontos, e a resposta é medida noutros dois pontos. Consoante a resistência, os especialistas conseguem estimar os tipos de terreno existentes, que corresponderão, grosso modo, a zonas onde há mais ou menos pedra, construções ou onde tenham sido removidas e o espaço esteja cheio de terra bastante remexida.
Jornal da Batalha
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“Importante para a história e ciência da construção do monumento” “Nós, na realidade, não esperamos nada e esperamos tudo, porque quando se trata de saber, tudo o que advém deste tipo de investigação é sobremaneira importante para conhecer o monumento sob determinados pontos de vista”, afirma Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro da Batalha. “Podemos, por exemplo, encontrar vestígios de antigos sepultamentos que desconhecemos, uma informação preciosa para sabermos o passado do monumento; conhecer melhor as suas fundações estruturais - até que nível iam, por exemplo, os caboucos, onde está o nível freático - e como eram constituídas as paredes e as colunas”, refere Joaquim Ruivo, considerando que “tudo isso é extremamente
importante para a história e ciência da construção do edifício, até porque normalmente associamos muito o estudo do monumento às áreas da história, da arquitetura ou da arte, mas a geofísica é igualmente importante, pois permite fazer arqueologia sem escavar”. O diretor do monumento destaca ainda o facto de “estarem a ser usadas as técnicas mais avançadas de prospeção geofísica”, referindo que “são trabalhos que numa situação normal seriam extremamente onerosos e estão a ser feitos a bem da investigação. Aliciam, por um lado, os investigadores a conhecer melhor o monumento e para o mosteiro é extremamente importante este conhecimento”.
p Uma das técnicas usa corrente elétrica para detetar anomalias
Indícios apontam para localização de túmulo de D. Filipa de Lencastre
p Nuno Barraca explica as técnicas de prospeção utilizadas
Nuno Barraca trabalha há quatro anos na empresa Morph – Geomática e Geofísica (grupo Dryas Octopetala) e é o técnico de geofísica do projeto. “Aplicamos técnicas para a deteção de estruturas escondidas, alterações ao edificado ocultas por modificações posteriores, de relevância para a condição atual do edifício”, explica o especialista, também vereador na Câmara da Batalha. “Por exemplo, é muito importante saber como estão as fundações, o nível freático e a sua influência no edifício”, adianta Nuno Barraca, destacando que foram encontradas “estruturas de interesse arqueológico que, mais que não seja, valorizam ainda mais o nosso monumento, e anomalias [alterações, ir-
regularidades] que poderão ser relevantes em futuras intervenções”. A empresa tem uma equipa dedicada a este projeto, que reúne pessoas de diferentes valências, como arqueólogos, antropólogos, engenheiros geógrafos e geofísicos. “Quando estamos a falar de interpretação, temos de recorrer obrigatoriamente a um arqueólogo, porque é quem sabe, na prática, como funcionam as anomalias, como nós lhes chamamos, e a um historiador, que nós dá uma ideia de contextualização e do que é expectável encontrar”, explica o técnico de geofísica. “Encontrei muita coisa que me surpreendeu. Quando mais se mexe, mais se descobre e mais duvidas surgem. A última vez que pro-
cessei a sério sinais de radar de grande profundidade feitos na igreja do mosteiro, encontrei uma coisa extremamente interessante”, diz Nuno Barraca, escusandose a revelar detalhes: “É uma anomalia muito interessante, numa secção muito interessante do mosteiro, onde os arqueólogos devem fazer um estudo científico, se tiverem possibilidade”. “Encontrámos coisas relacionadas com a história do mosteiro, que podem ser estruturas interessantes pósinterpretação. Uma anomalia está associada à possível localização do túmulo de D. Filipa de Lencastre, quando foi transladada para o mosteiro. Mas, agora é preciso fazer um trabalho de arqueologia, que valide ou invalide o que encontrámos”, conclui.
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s Espaço do Museu
Museus e Comunicação m Comunicar é Sobretudo, “ser acessível”, e não falar bem. Da exposição “Comunicar”, Museu dos Transportes e Comunicações no Porto. Investigar, preservar, conservar, educar e comunicar são funções essenciais aos museus de qualquer parte do mundo. Nesta coluna mensal, dedicada ao Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) destacamos a função “Comunicar”. A comunicação está presente em vários aspetos de um Museu. A forma como está organizada uma vitrine, através do posicionamento dos objetos ou da informação contida nas legendas pressupõe a definição
de uma correta estratégia de comunicação. A informação impressa e facultada ao visitante (folhetos, catálogos, folhas de sala…) são recursos que complementam a narrativa que o Museu pretende exprimir através da exposição que mantém patente. Também os conteúdos vídeo ou áudio cumprem esta função, alargando-se às exigências do visitante. No caso do MCCB, todos estes recursos fazem parte de um programa museológico comum, ou seja, da articulação dos conteúdos do Museu, nas suas múltiplas áreas temáticas (Paleontologia, Arqueologia, Arte, História…). Este programa “casa” com o projeto museográfico, isto é, a conceção plástica da exposição (vitrines, posicionamento das peças, mobiliário, cores…). Deste mesmo casamento,
faz parte o projeto de acessibilidade, que contempla todas as soluções inclusivas do espaço (informação em braille, trilho tátil no chão, língua gestual, conteúdos áudio, tamanho de letra dos textos, peças originais e réplicas para tocar…) Este enlace permitiu fa-
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zer um Museu capaz de se assumir como rigoroso, afável, seguro e acessível; um museu que comunica com os visitantes e respeita as suas diferenças. Os vários níveis de informação existentes no MCCB permitem que tanto um investigador académico, como uma cri-
ança, ou mesmo um idoso que não saiba ler possam sentir-se de igual forma integrados e bem acolhidos. Ser acessível não é necessariamente “falar bem”, como é dito na citação que introduz este texto. Ser acessível é saber comunicar e escolher a forma e o conteúdo
certos para chegar ao recetor (neste caso o visitante ou o participante). A comunicação é, pois, um desafio permanente para os museus dentro e fora de portas. Os museus têm ao seu dispor diversos meios para poderem comunicar-se, mas no mundo atual, em que as ferramentas de comunicação estão disponíveis a quase toda a gente e que tudo acontece num instante, as exigências são acrescidas. O Município da Batalha, através do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, desafia-o a si, leitor que leu este texto em papel ou em formato digital, a comunicar com o Museu, a visitálo e a revisita-lo.
Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)
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Património Batalha
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Alguns canteiros dos séculos XIX e XX (IV) Vitralistas de Santa Maria da Vitória Na fragilidade do vidro gravei telas imortais e colori com arco-íris os raios de sol que iluminam as catedrais. Dotei a luz, nos panteões reais, dos tons etéreos que lhes convinham mais e dei à palidez das pedras reflexos próprios das cores siderais.
A rua António Cândido da Encarnação, evocação do benemérito que, entre outras vultosas dádivas à Batalha, dotou a nossa Vila com um magnífico edifício escolar, que ainda hoje pode servir para os fins a que se destinava, situada naquele espaço que os documentos quinhentistas chamam de “Chão da Mouraria” e onde suspeito, o nome o diz, teriam vivido pedreiros mouros das obras do Mosteiro, foi na primeira metade do século XX uma rua de canteiros. Ali, que eu me lembre, estavam as oficinas de Joaquim Jorge Ribeiro, onde também trabalharam um ou dois dos seus filhos, exímio canteiro e depois guarda do monumento, a que me referi no último número, seu irmão António Jorge Ribeiro, filhos dum canteiro do século XIX, Manuel Jorge, e irmãos do mestre Pedro Jorge Ribeiro, referido no número de Agosto, e José Pinheiro, conhecido por “Cara Antiga”. António Jorge Ribeiro haveria de receber em sua casa um menino, que criou, ensinou a sua arte e incutiu o gosto pela cantaria, José Carreira Madeira, meu velho companheiro dos bancos da Escola Primária, ainda a residir naquela zona da Vila. Logo a seguir à frequência da Escola, aos 11 anos, José Madeira iniciou a aprendizagem e como canteiro trabalhou até aos 27 anos. Foi depois motorista, actividade de que se reformou aos 65 anos
para voltar, como passatempo e pelo espaço de mais de dez anos, à ocupação da sua meninice e da sua juventude, ainda com os dedos hábeis e presentes os ensinamento que recebera na oficina do pai adoptivo. E teve resultados surpreendentes este seu retorno ao antigo ofício: fez reaparecer os pequenos trabalhos de cantaria, a que com graça se chamavam “gogós”, reproduziu outros mais elaborados como a esfera armilar entrelaçada na Cruz de Cristo, reacendendo em muitos batalhenses a paixão por estes objectos feitos na mesma pedra do Mosteiro que se voltaram a ver em várias casas da Vila e, hoje, também expostos no Museu Etnográfico da Alta Estremadura, na Rebolaria, e contagiou pelo menos mais um hábil executante da arte, o seu genro Armando Pinheiro, que tem vindo a orientar. Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque trouxe de Lisboa, entre outros artífices, a família dos Céus que, uma vez estabelecidos na Batalha por cá ficaram e deixaram descendentes que conservam este seu e honroso apelido. Entre eles os Céus Barros e Céus Monteiros. Creio que vieram logo no ano de 1840. Eram canteiros e vitralistas, parecendo-me, mas ainda sem prova absoluta, que aquele José Maria que Luís Mouzinho elogia na notável “Memória Inédita acerca do Edifício Monumental da Batalha”, e que transcrevi no apontamento de Agosto, primeiro
p Oficina de canteiros, no claustro de D. Afonso V, da Escola de Artes e Ofícios Tradicionais da Batalha, de que foi mestre Alfredo Neto Ribeiro. A Escola era dirigida pelo Dr. Luís Jordão
desta série, seria o patriarca da família. Dois filhos, também oficiais dos mesmos ofícios, acompanharam-no nas obras que fez no Mosteiro e, com certeza, nas que executou nas estações arqueológicas das redondezas, nomeadamente em S. Sebastião do Freixo, onde se ergueu Collippo, e no Arneiro da Maceira, como conto em “À Volta de Collippo” série de oito artigos publicados neste jornal e inseridos no 2º volume de “Apontamentos para a História da Batalha” (2008). Na 2ª metade do século XIX e pelo menos na primeira metade do século XX fez-se regra geral a convicção de que nas estações arqueológicas seria de tirar, para o preservar, tudo
o que era amovível e, nos monumentos, retirar o que não era primitivo ou que colidiria com os estilos originais. Temos por cá diversos exemplos e um deles foi, no que respeita ao património arqueológico, o trabalho de que foi encarregado José Maria do Céu. Em S. Sebastião do Freixo coube ao artífice levantar o mosaico encontrado na “adega de S. Sebastião”, que suponho ser aquele hipocampo que haveria de ser adquirido por Leite de Vasconcelos e está no Museu de Belém que tem o nome do notável arqueólogo, historiador e etnógrafo, expondo-se no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha uma feliz réplica, e levantar igualmente
o mosaico, designado por “Orfeu I” (o “Orfeu II” pertencia à estação arqueológica de Martim Gil, Leiria) do Arneiro, da Maceira. Executou estes trabalhos com uma mestria rara, inventando um processo de retirar as peças sem danificar o conjunto. Mas os Céus foram também vidraceiros e vitralistas sendo a maior parte dos vitrais das Capelas Imperfeitas executados por esta família, não ficando nada a dever aos vitrais anteriores doutras zonas do monumento. No quadro respeitante a estes artífices publicado em “O Restauro do Mosteiro da Batalha – Pedreiras Históricas, Estaleiro de Obras e Mestre Canteiro” da Dr.ª Clara Moura Soares, a au-
tora regista, de 1840 a 1845, João Claro, de 1850 a 1884, José Maria do Céu e, de 1878 a 1884, Joaquim do Céu (Céo, como se grafava no século XIX), e no quadro dos aprendizes, de 1842 a 1843, João Marcelino Cordeiro, de 1843 a 1845 Vicente José Ribeiro, de 1861 a 1862 Carlos Maria do Céu, que havia de passar a aprendiz de canteiro ainda no princípio de 1862, Joaquim do Céu de 1866 a 1878 e António do Céu de 1897 a 1900. Operários importantes das obras conventuais foram também os pedreiros e os carpinteiros, dos quais dependiam as estruturas do edifício, escoramento, moldes, andaimes, etc.. Muitos nomes dos registos do século XIX sugerem-nos a sua ligação a famílias que existem na actualidade no aro da Batalha: Sousa, Carreira, Pacheco, Vieira, Besugo, Santos, Coelho, Bagagem, quanto aos pedreiros; Moniz, Céu, Jordão, Zeferino, Oliveira, Carreira, entre outros, quanto aos carpinteiros. É curioso verificar que os Céus, conhecidos pela sua habilidade manual e grande jeito para o desenho, se encontram nos vários quadros profissionais do Mosteiro: cantaria, vidraria, carpintaria. Embora apenas em quatro artigos e bastante pela rama, pois os muitos elementos de que disponho, bastantes apenas arquivados na memória, precisam de ser coordenados, analisados e sujeitos a revisão por quem tem aprofundado estas matérias, tentei lembrar quem nos últimos dois séculos foi da encarregado da conservação e restauro de Santa Maria da Vitória, no século XIX sob a direcção de dois célebres arquitectos, Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque (que, na realidade, não era arquitecto mas engenheiro) e Lucas José dos Santos Pereira, e, lembrando-os tentar prestar-lhes uma singela homenagem. Se mais nada se colher dos quatro artigos, salve-se a intenção e guardem-se estes nomes com respeito e carinho.
José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (152)
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Batalha
novembro 2015
Jornal da Batalha
Economia Vindima foi uma das melhores da década com mais 35% de uvas m Existem perspetivas de crescimento nas exportações em 2016, nomeadamente para os EUA e países Africanos
A Adega Cooperativa da Batalha (ACB) considera a vindima deste ano “uma das melhores da década”, devido à qualidade das uvas e ao aumento da produção em 35% em relação a 2014. “A qualidade é superior em relação aos anos anteriores, em virtude das condições climatéricas que decorreram no ano de 2015 serem extremamente favoráveis para cultura da vinha, sendo reconhecidamente uma das melhores vindimas da ultima década”, explicou Ricardo Borges, administrador da ACB. Apesar do mercado “ter vindo a decair nos últimos anos, devido a crise que se tem feito sentir, existem perspetivas de crescimento em 2016 nas exportações, nomeadamente para os EUA e alguns países Africanos”, adiantou Ricardo Borges, notando que “no mercado nacional, pela dimensão que tem, prevê-se um decréscimo ou estagnação” das
p Ricardo Borges satisfeito com a vindima deste ano vendas. Os 250 hectares de vinha abrangidos pela ACB renderam 315.680 quilos de uvas brancas em 2014, valor que subiu para 443.320 este ano (mais 40%) e 872.240 quilos de uvas tintas, que aumentaram para 1.155.380 quilos nesta última vindima (mais 32%). Em termos globais, a vindima rendeu 1.187.920 quilos de uvas em 2014 e este ano 1.598.700 quilos (mais 35%). A ACB, fundada a 12 de fevereiro de 1959, aproveita o que há de melhor nas encostas que envolvem o mosteiro. Mais de 250 hectares de vinha, trabalhada com paixão, empenho e dedica-
ção das suas gentes, dão origem a vinhos com sabor a tradição. A cooperativa representa mais de 85 % da produção vinícola da Batalha, integrando também o concelho de Porto de Mós e as freguesias de Azoia e Maceira, do concelho de Leiria. A região onde se insere, situada na Alta Estremadura, estende-se numa vasta área desde as encostas das Serras de Aire até ao Oceano Atlântico, e é composta por paisagens diversificadas. O solo e o clima temperado influenciam grandemente a produção agrícola.
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Enigmática amplia instalações para servir melhor os alunos A academia de estudos Enigmática ampliou a sua área para 500 metros quadrados “com o objetivo fundamental” de manter “um eficaz acompanhamento que conduza ao sucesso escolar” dos seus atuais 120 alunos, revelou Sara Santos Cardoso, diretora da empresa, instalada na Batalha. “O arranque deste ano letivo ficou marcado por várias novidades, como sejam a obtenção do registo da marca Enigmática e a abertura do novo espaço – Enigmática 3, ampliando a área da academia para 500 metros quadrados - no ano letivo anterior foi inaugurada a Enigmática 2”, adiantou Sara Santos Cardoso. A academia, aberta desde 2013, acompanha os alunos, em salas de estudo, com explicações de todas as disciplinas e todos os níveis de ensino, férias pedagógicas
p A academia alargou as instalações este ano com atividades desportivas e culturais, e workshops em colaboração com associação cultural batalhense Arte sem Fim. “Tem sido um caminho árduo e de constante aprendizagem, mas o balanço é bastante positivo”, diz Sara Santos Cardoso, cujo empreendedorismo contribuiu para a criação de nove postos de trabalho a tempo inteiro e mais alguns a tempo parcial. A academia, que faz o
transporte das crianças das escolas para o espaço de explicações, em duas viaturas próprias, trabalha em articulação com diversas entidades locais, destacando-se o Fundo Social dos Trabalhadores do Município da Batalha, com quem estabeleceu um protocolo. A Enigmática tem alunos oriundos das diversas escolas do concelho da Batalha e de Porto de Mós, Leiria, Fátima, Juncal, Maceira ou São Mamede.
Batalhense abre Vícios e revela os seus segredos Habituada a pedirem-lhe as receitas, sobretudo dos seus bolos e bolachas, Sónia Oliveira Costa, de 37 anos, natural de Casal do Meio, na Batalha, decidiu abrir, no dia 25 de outubro, um estabelecimento na Cova da Iria onde apresenta produtos gourmet e regionais, e partilha a sua experiência em pastelaria e doçaria. Na Vícios há bolos, biscoitos, bolachas, chocolates, gomas e bombons; cereais, sementes, flocos e frutos secos, além de chás e de cafés. Os produtos regionais, como o vinho, queijo e o azeite, também estão presentes. Além do espaço de “cake design”, disponibiliza uma área de mercearia, com produtos de alimentação, como enchidos, massas ou enla-
p Retrato de família de Sónia Oliveira Costa na Vícios tados, e produtos de limpeza da casa e de higiene. Há também espaço para a compra de presentes e de utilidades domésticas. Quem é que ainda se lembra de comprar farinha, café e canela a peso? Pois bem, isso volta a ser possível na Vícios, onde junto aos ingredientes é explicado o
uso a dar-lhes na confeção de produtos de panificação e de pastelaria. Sónia Oliveira Costa disponibiliza-se ainda para contar os seus segredos e truques de pastelaria aos clientes, em dias temáticos: do chá, café, bolos secos ou das bolachas de chocolate.
Jornal da Batalha
novembro 2015
Publicidade/Necrologia Batalha
Anabela Sofia Ribeiro Alves
Deolinda da Conceição Santos
Edite Silva Félix
31 Anos “Sofia Alves Cabeleireiro” 28-01-1984 - 23-10-2015 Casal da Cortiça - Barreira
94 Anos 21-01-1921 - 18-10-2015 A do Barbas - Maceira
80 Anos 20-02-1935 - 31-10-2015 Pinheiros – Batalha Cruz d`Areia - Leiria
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO Seu Marido, Filhas e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo
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AGRADECIMENTO Seu Filho, Nora, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado.
Tratou: Agência Funerária Espírito Santo
Seu Marido, Filha, Genro, Netas e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e trinta e oito a folhas cento e trinta e nove, do Livro Duzentos e Oito - B, deste Cartório. Gonçalo Manuel Marcelino de Jesus, NIF 229 868 266 e mulher Liliana Carina da Costa Jorge, NIF 217 345 565, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Cortes, concelho de Leiria, ela da freguesia de Valongo do Vouga, concelho de Águeda, residentes na Estrada Principal, n”.180, no lugar de Rio Seco, Reguengo do Fetal, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de cultura, oliveiras e mato, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, sito em Rio Seco, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte e de sul com Francisco Carreira Marcelino, de nascente com António Gomes Carreira e de poente com Rio, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 369, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €477,47. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e cinco por compra verbal a Adriano Manuel de Jesus Mota Pedrosa e mulher Maria Alice Cordeiro Filipe Pedrosa, residentes em Casal do Marra, Batalha, que por sua vez o haviam adquirido por compra verbal a José Batista Rino e mulher Arminda Henriques Marcelino, residentes no lugar de Casal do Marra, Batalha, não dispondo, os justificantes, de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, dois de Novembro de dois mil e quinze. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes- 46/5
Carlos Manuel Ferreira dos Santos 65 Anos 13-01-1950 - 20-10-2015 Batalha
AGRADECIMENTO
Sua Mãe, Esposa, Filho, Enteados, Irmãs e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo
Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha
Rui Manuel Oliveira Grosso 14º ANO DE FALECIMENTO
Joaquim Vieira Tomás 82 anos N. 27 – 04 – 1933 F. 02 – 11 – 2015 Perulhal – Reguengo do Fetal
AGRADECIMENTO
Teus pais e Irmã recordam-te com eterna saudade
Aonde o Tarôt é uma arte dignificada. Saber Integridade sigilo e discrição. Numerologia Onomástica-Radestesia 914 867 710
81 anos N. 28 – 04 – 1934 F. 04 – 11 – 2015 Torre – Reguengo do Fetal
Sua esposa: Mª Celeste Custódia S Oliveira, filhos: Luís, Jorge e Paula Silva Oliveira, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, esta altura de profunda dor e sentimento d perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última mora, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós”
AGRADECIMENTO
Jornal da Batalha, Edição 304, de 13 novembro 2015
NUME TARÔT
Manuel Silva Oliveira
Na passagem de mais um ano que partiste para o céu. Eras tão querido e tão amado que para nós serás sempre Lembrado Beijinhos dos teus pais, irmã e sobrinha
Maria de Lourdes Lopes dos Santos 84 anos 03-01-1931 | 05-11-2015 Faniqueira
AGRADECIMENTO Seu Marido, Filhos, Noras, Netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que de algum modo demonstraram o carinho e o seu pesar neste momento de dor e tristeza. A todos agradecemos de coração.
Sua filha: Graça Tomás Duarte, netas: Inês, Rute e Vera Duarte, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado. Ao melhor pai e avô, sempre presente nos bons e maus momentos. Obrigada pelos ensinamentos. Continuarás presente nos nossos corações e nas nossas lembranças. Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha
Maria Júlia de Jesus Carvalho 89 Anos 02-02-1926 F . 27-08-2015 Golpilheira - Batalha
AGRADECIMENTO
Seus Filhos, Noras, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo
A fechar
B
Rosas do Lena organiza Adiafa Cultural O Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, organiza na sua sede, no dia 21 deste mês, a partir das 21h30, a 6ª Adiafa Cultural, que inclui poesia, teatro e música. A iniciativa conta com o apoio da câmara e é uma das marcas do calendário anual de atividades do grupo.
NOVEMBRO 2015
s registo
Autocarro de 200 mil euros serve alunos e associações
Autarquia quer vender sucata que tem armazenada
m A viatura substitui a anterior que, por ter atingido os 16 anos de uso, deixou de poder ser utilizada para transporte escolar, conforme estabelece a lei
A Câmara da Batalha anunciou, no dia 10 deste mês, a aquisição de um novo autocarro para garantir o transporte escolar ainda no decurso do presente ano letivo. A viatura substitui a anterior que, por ter atingido os 16 anos de uso, deixou de poder ser utilizada para transporte escolar, conforme es-
p O autocarro tem capacidade para 55 passageiros tabelece a lei. O novo autocarro, que representa um investimento de 200 mil euros, suportados pelo município, assegurará prioritariamente o transporte escolar, mas está tam-
bém à disposição dos munícipes. Tem lotação para 55 passageiros, além do motorista e um guia. Para o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, “este inves-
timento garante e reforça a resposta municipal nos transportes escolares, mas também nas solicitações do movimento associativo local e em saídas para visitas de estudo organizadas pela
comunidade escolar”. A Câmara da Batalha deliberou ainda vender em hasta pública equipamentos obsoletos e o autocarro agora substituído.
A Câmara da Batalha vai vender em hasta pública, em data a anunciar, viaturas para sucata e sucata diversa, que se encontram ao dispor dos interessados, para apreciação, nos armazéns municipais, na Jardoeira. À hasta pública vão quatro lotes, com bases de licitação entre 250 euros e 15 mil euros. Um pesado de passageiros, cinco velocípedes com motor, uma relvadeira mecânica, um dumper, uma caldeira de alcatrão a diesel e duas a lenha, um cilintro de dois rolos, uma máquina de corte de madeira com mesa e um depósito de gasóleo são os bens que a autarquia quer vender.