JORNAL DA BATALHA MAIO DE 2014

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| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 286 | Maio de 2014 | PORTE PAGO

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Donos limpam matos contra fogos florestais

Batalha

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“São Mamede deve manter-se no concelho” - Diz o presidente da junta, Marco Vieira, em entrevista W pág. 9

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Produtores do mundo rural ganham lugar na FIABA

Ambulância e trator para cisterna foram as ‘prendas’ dos bombeiros

Câmara dá 2,5 euros a cada criança que comprar livros Publicidade

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Opinião Espaço Público

maio 2014

Jornal da Batalha

_ Editorial

Baú da Memória Sensibilidade e beleza da alma do povo português Quem se dedique a averiguar a forma como o nosso povo trajava, quando o trajo popular tinha aspectos distintivos e com significado, verifica que o trajo reflectia não só circunstâncias temporais e profissionais mas sobretudo a criatividade, o bom gosto e a beleza da alma de quem vivia nas aldeias e se ocupava das tarefas agrícolas. Em exposição comemorativa do 51º aniversário do Rancho Folclórico Rosas do Lena, realizada na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, na nossa Vila, foi isso que se provou, transpondo das recolhas do agrupamento, particularmente das efectuadas nos anos 60 e 70 do século findo e de gravuras do século XIX e fotografias dos séculos XIX e XX, com relevo para as da excelente reportagem da revista

Carlos Ferreira Diretor

A diferença está nas pessoas

“Portugal-Brasil” de Dezembro de 1901, pormenores e posturas, que são verdadeiramente artísticos, que dão fé dos sentimentos e dos gostos dos nossos avós e bisavós camponeses da paróquia da Batalha e das gentes da Alta

Estremadura. O trajo popular também é isso: exercício da sensibilidade e da originalidade que, a querer cultivar-se no nosso tempo, tem de saber compreender e de respeitar o espírito que presidia às suas manifes-

tações. A fotografia de António Luís Sequeira, reproduz uma imagem parcial da exposição. José Travaços Santos

Y cartas

Falta de indicação para a Batalha Na rotunda frente ao Hospital de Alcobaça, rua de Leiria, não há qualquer indicação para a Batalha. Na rotunda a seguir, que dá acesso ao IC9 e à VCI também não existe, apesar de haver ligação à Batalha pelo IC9 e pela Estrada Nacional nº8. Passo todos os dias a pé e muitos condutores perguntam-me qual a estrada que liga à Batalha. Sabemos que atrai muitos turistas, como Alcobaça gosta de receber, por isso também a Batalha agradecerá se em Alcobaça se indicar esse destino. João Barbosa, Alcobaça

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Quase todos nós, até por causa (ou sobretudo) da crise económica que atravessamos (ou que nos atravessa), desesperamos com as incapacidades do país para resolver problemas fundamentais. Esse desalento é ainda maior quando, a cada dia, percebemos a forma como uma parte dos nossos recursos foi mal aplicada nas últimas décadas. Ora, apesar de tudo, a verdade é que há quem lute diariamente por diversas causas, oferecendo-nos o melhor de si, muito para além do que vale um salário – quando existe. São pessoas comuns, mas com uma vontade férrea de fazer bem. Rui Teixeira, comandante do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro de Alcaria, coordena uma equipa de militares da GNR que faz um trabalho extraordinário na Batalha, em parceria com a autarquia, na prevenção dos fogos florestais. Mas, mais importante, não se limita a cumprir os mínimos: analisa e revela os problemas, aponta as soluções e desenvolve um projeto exemplar no país. É, por isso, merecedor do nosso reconhecimento. Às vezes há frases tão certeiras que parecem

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

setas apontadas ao peito. Francisco Freitas, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros da Batalha: “Os bombeiros nunca regateiam se está a chover ou a fazer sol. Não inventam desculpas. Velam pela nossa segurança noite e dia; sábados, domingos, feriados, quer seja no Natal ou no fim de ano. O que seria de nós se não existissem os bombeiros?” E o que seria de nós se “inventássemos” menos desculpas? Esta edição inclui um suplemento de oito páginas sobre a freguesia de São Mamede. É o primeiro de uma série de trabalhos especiais que prendemos editar sobre o nosso concelho. O grande objetivo autárquico de Marco Vieira, presidente da junta, é resolver os problemas sociais provocados diariamente pela crise económica e a emigração. “É mais importante do que arranjar uma estrada”, diz. É, sem dúvida, preciso abrir novos caminhos. E muitos entre nós fazemno bem.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Atualidade

Proprietários limpam floresta à volta de casa contra os fogos s registo Administração Interna empenha-se no acesso aos dados das Finanças

p O 1º sargento Rui Teixeira, Paulo Batista Santos e o cabo Avelino, em São Mamede

m Ação de fiscalização leva 89% dos infratores a cumprir a lei e a criar uma zona de segurança de 50 metros à volta dos edifícios

A esmagadora maioria dos proprietários rurais da Batalha cumprem as regras de prevenção dos fogos florestais nos dias seguintes a serem notificados das infrações pelos militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS-GNR). Esta é uma das conclusões da ação de sensibilização e fiscalização em curso desde o início do ano, no âmbito da qual foram detetadas 728 situações ilegais em três das quatro freguesias do concelho.

Esta operação de proteção da mancha florestal do município - para evitar a repetição de fogos como os de 2003 e 2005 – envolve a câmara, a GNR e os bombeiros da Batalha, e o GIPS-GNR de Alcaria, em Porto de Mós. É considerada inédita a nível nacional e está a ser replicada noutras regiões. Até ao momento, as autoridades fiscalizaram 27.698 das 30.067 propriedades do concelho e detetaram 728 infrações por falta de gestão de combustível (limpeza de matos) numa área de 50 metros à volta das edificações. A freguesia com mais situações ilegais é a de São Mamede (365), seguindo-se a Batalha (297) e a Golpilheira (66). A ação começou no Reguengo do Fetal apenas a 24 de abril, pelo que ainda não há resultados. Este trabalhado é garan-

tido por 19 militares, que realizaram 29 patrulhas e um total de 1.699 quilómetros. Segundo Rui Teixeira, comandante do GIPS-GNR de Alcaria, “estão previstas ações de fiscalização novamente em todo o concelho, de forma a verificar se os proprietários cumpriram as normas legais – até agora 89% cumpriram - de que foram informados e notificados pela câmara municipal”. “O município atribui a maior importância a este projeto. É prioritário porque tem uma mais valia ambiental muito forte e um valor económico muito significativo, mas sobretudo porque tem a ver com a segurança de pessoas e bens”, explicou o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, antes da primeira reunião descentralizada do executivo, realizada a 14 de abril em São

Mamede, dia em que completava seis meses de mandato. Para Rui Teixeira, “depois da sensibilização, de todos sabermos as regras, importa levar os proprietários a cumprir voluntariamente as novas normas impostas pela lei. Esta segunda fase da ação está a provar que as pessoas cumprem quando sensibilizadas”. Esta operação de fiscalização intensiva é inédita no País em vários aspetos, como sejam a georreferenciação, levantamento fotográfico e a disponibilização através da Internet da localização e visualização das infrações. A inexistência de cadastro das propriedades rurais no concelho e a impossibilidade do GIPS-GNR aceder a bases de dados com a identificação dos donos, como a das Finanças, são algumas dificuldades do projeto.

O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida assistiu na Batalha, a 27 de abril, à apresentação do projeto desenvolvido pelo GIPS-GNR de Alcaria. No final referiu que, no âmbito da revisão da legislação atual, o Ministério da Administração Interna ficará responsável pela aplicação das coimas devidas pelos proprietários de terrenos que cometam infrações como, por exemplo, não limpar uma faixa de terreno florestal junto às habitações. As receitas continuarão, no entanto, a reverter para os municípios. O secretário de Estado garantiu ainda o seu empenho para que o GIPS-GNR passe a aceder à base de dados das Finanças para identificar os proprietários. “Não me parece, sinceramente, que seja um problema, e trabalharemos com a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais para agilizar a questão. Não vemos que obstáculos possam ser levantados”, referiu o governante, embora ressalvando: ”Sendo tão simples e não estando feito, alguma razão há de haver. Acho que faz sentido, procurarei saber porque sendo tão importante não está feito. Mas tenho confiança que conseguiremos resolver o problema”.

SEGURANÇA. O comandante do posto da GNR, cabo Avelino, o presidente da câmara, Paulo Batista Santos e o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, junto à viatura que a autarquia adquiriu por 15 mil euros e colocou ao dispor dos militares no dia 27 de abril.

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Batalha Atualidade

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‘Pelos Trilhos do Centro’ bate recorde com 400 participantes

s Notícias dos Combatentes

25 de abril: Democracia versus amor ou ódio No rescaldo das comemorações do 40º aniversário dos acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974, foram tantos os comentários, verbais e escritos, emanados das mais diversas fontes e personalidades, que dariam para editar uma obra com muitos milhares de páginas. Muitos desses comentários foram drasticamente influenciados pela terrível crise financeira, económica, social e política que vivemos, bem como pelo episódio, muito empolado, criado à volta da intensão da Associação 25 de Abril, de só se fazer representar, nas comemorações levadas a cabo na Assembleia da República, se um seu porta-voz também pudesse discursar o que, como sabemos, não aconteceu. O que também sabemos é que o 25 de Abril não agradou a todos os portugueses, designadamente à maioria dos muitos milhares que, havia anos, se não mesmo há gerações, tinham toda a sua vida organizada nas ex-colónias e que, de um dia para o outro, se viram forçados a regressar à metrópole, a maioria em péssimas condições económicas, por não terem conseguido trazer os seus haveres. Outros portugueses a quem, naturalmente, o 25 de Abril não terá agradado, foram os privilegiados do regime ditatorial de então, com destaque para a classe política que nos governava e a restante nata da sociedade, constituída pelos mais poderosos, económica e financeiramente, para além de mais uns milhares de situacionistas que gravitavam à volta do poder, simbolizado pelos drs. Salazar e Caetano, designadamente os seus principais executores e sustentáculo; casos da polícia política e dos tribunais.

Ora, os tropeções que o regime democrático tem dado, seja por inexperiência, seja por incompetência ou ganância dos seus executores, à cabeça dos quais estão os políticos que nos têm (des)governado ao longo destas décadas, infelizmente, atiraram-nos para o estado de pobreza e indigência em que vive grande parte da nossa população e esta situação tem sido um excelente maná onde aqueles e outros, eternamente insatisfeitos, se têm alimentado e, pior do que isso, têm conseguido fazer disseminar, insidiosamente, a ideia de que a culpa do estado em que nos encontramos é da democracia, como um estudo de opinião recente salienta, ao apontar 85% da população portuguesa como estando descontente com esta! No entanto, todos deveríamos saber que a culpa não é da democracia mas, sim, dos seus executores que, aliás, não são mais que aqueles nossos compatriotas que elegemos de quatro em quatro anos para nos governarem, mas quando fazemos essas escolhas, habitualmente consideramos mais importante o partido político em que militam de que as suas reais competências e grau de honestidade. E, tão mau (ou pior) de que não sabermos fazer as escolhas corretas, é irmos ficando progressivamente mais alheados da política e sermos cada vez menos a votar, o que significa que os eleitos qualquer dia o são apenas com os votos dos militantes dos partidos (os tais boys que tanto criticamos) e os ferrenhos partidários, que esses votam sempre, o que, tenhamos consciência disso, não tira legitimidade à eleição. Com efeito, milhões de eleitores, a pretexto de que estão desconten-

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tes com a democracia (coitada da democracia, que tem as costas tão largas!...), com a política e com os políticos, porque estes, diz-se, “são todos iguais”, ou seja, incompetentes, desonestos e corruptos, pura e simplesmente não vão votar, quando, afinal, nas urnas, é o local mais pragmático e cívico para poderem manifestar o seu descontentamento, dado que também podem votar branco ou nulo. Queiram desculpar-nos esses abstencionistas por opção, mas a abstenção, nas nossas atuais condições de vida, mais do que uma forma de protesto; mais do que uma forma de conformismo; mais do que uma manifestação de descontentamento é um ato de comodismo e até de egoísmo, isto para não lhe chamarmos de irresponsabilidade ou de covardia, pois além de nos estarmos a alhear dos graves problemas do nosso País, deixando a sua solução apenas para uma minoria, no mínimo, também não é uma decisão patriótica. Passando a vida a protestar contra a política, os políticos e até a democracia, mas nem sequer ao menos usando a melhor arma que temos – o VOTO – para tentarmos mudar o que consideramos estar mal, desculpem, caros leitores, mas isso não passa de uma mera forma de masoquismo, que nem sequer nos dá o direito de continuarmos com tais protestos ou fazermos a mínima crítica a quem nos governa! Felicidades para todos… e no dia 25 deste mês não se esqueçam de ir votar! NB-LC

p A Associação Batalhabikers limitou as inscrições a 400 atletas

m A prova está integrada na Feira Internacional de Artesanato e Gastronomia e tem como objectivo a divulgação do Centro de BTT da Pia do Urso

O passeio “3º FIABA BTT – Pelos Trilhos do Centro”, organizado pela Associação Batalhabikers, com o apoio do Jornal da Batalha, deverá contar com a presença de 400 participantes, um recorde em relação às edições anteriores. A iniciativa está marcada para 1 de junho, integrada na Feira Internacional de Artesanato e Gastronomia da Batalha, que decorre de 29 de maio a 1 de junho, e servirá de meio de divulgação do Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso. O “1º Fiaba BTT” envolveu 260 participantes e no ano passado registaram-se 350 inscrições. Este ano o limite é de 400 atletas, por motivos de segurança. O passeio tem três tipos de percursos, para que todos possam participar com a família, de filhos a avós. As distâncias, de 46 quilómetros, de dificuldade alta; 30 quilómetros, dificuldade média e de 20 quilómetros, de dificuldade fácil, estarão sinalizadas com placas

e fitas informativas e inseridas nos trilhos do Centro de BTT Pia do Urso. Para facilitar a participação dos amantes da modalidade e a presença dos respetivos acompanhantes, e porque é o Dia Mundial da Criança, a organização dedicará um espaço aos mais novos, que poderão ocupar-se em jogos, insufláveis e outras atividades, com pessoas responsáveis por tomar conta deles. As inscrições custam oito euros e devem ser feitas na página da Associação Batalhabikers no facebook.

O passeio conta também com o apoio de entidades como a Câmara da Batalha, Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso, GNR e bombeiros. O grupo Batalhabikers, criado em 2010, é uma associação desportiva sem fins lucrativos, com sede na Batalha, que tem como objetivo participar em eventos ligados à prática do BTT, representando a vila e divulgando o concelho na região e no País.

s registo Três horas de resistência em bicicleta em Santo Antão A ‘3ª Resistência 3 Horas BTT’, organizada pela União Cultural e Recreativa de Santo Antão e pela NASA/Leiribike, uma prova com caráter desportivo/competitivo, em bicicletas de todo-o-terreno, disputa-se a 8 de Junho, “com o objetivo de fomentar a prática de desporto”, segundo a organização. A prova decorre num circuito mais suave que o das edições anteriores, de dificuldade média/fácil com a distância aproximada de cinco quilómetros em terreno misto e acumulado de 100 metros por volta. A duração da prova é de três horas, acrescidas do tempo necessário à conclusão da volta que esteja a decorrer quando se esgotar o tempo pré-definido. As inscrições estão abertas até 5 de junho e custam 10 euros. O almoço de cada acompanhante obriga ao pagamento de seis euros. Há troféus para o primeiro da classificação geral, para os três primeiros classificados de cada escalão e para a equipa mais numerosa, além de lembranças para todos os atletas.


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Atualidade Batalha

Câmara contesta prolongamento da concessão do lixo à Valorlis m Paulo Batista Santos quer precaver a eficiência dos sistemas de gestão de resíduos, com redução dos custos associados e impacto no tarifário O presidente da Câmara da Batalha discorda da proposta do Governo de prolongamento até 2034 da concessão da exploração e gestão do sistema de resíduos no concelho, atualmente entregue à Valorlis. Em resposta a uma carta do ministro do Ambiente, relativa ao projeto de diploma sobre a alteração dos estatutos da Valorlis, Paulo Batista Santos “expressou a sua discordância da proposta de prorrogar até 31 de dezembro de 2034 (em

p O Governo quer prolongar a concessão à Valorlis para além de 2021 vigor até 2021), a concessão da exploração e gestão do sistema multimunicipal da Alta Estremadura”. Para o autarca, “a concessão por mais 13 anos, a

exercer em regime exclusivo por uma entidade privada, para além de outros fatores, exige uma partilha de responsabilidades e de benefícios (ao nível da

estabilidade futura do tarifário), aspetos centrais que não vislumbramos devidamente salvaguardados no projeto de diploma ou noutro documento relativo

à privatização da Empresa Geral de Fomento”. “A alternativa – para Paulo Batista Santos -, com o objetivo de aumentar a eficiência dos sistemas de gestão de resíduos com redução dos custos associados, com impacto no tarifário futuro, passa pela prévia contratualização e acordo entre os sistemas municipais de recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos e o correspondente sistema multimunicipal”. Em sua opinião, esta medida justifica-se “porque a exploração e gestão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos consubstancia um serviço público essencial, cujo objetivo fundamental é contribuir para o saneamento público e para o bem-estar das populações”.

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Autarquia oferece selos temporais a fornecedores O Câmara da Batalha organizou uma ação dirigida aos fornecedores, a 24 de abril, com o intuito de esclarecer e habilitar os utilizadores plataforma eletrónica de contratação pública das competências necessárias no lançamento e gestão de procedimentos de compras. O objetivo foi “fazer chegar à bolsa de fornecedores locais informação relativa a este tema, destacando-se, em complemento, a aquisição pela autarquia dos selos temporais utilizados na plataforma, o que se traduzirá na isenção da sua aquisição pelos fornecedores do município”. Paulo Batista Santos, presidente do município, considera a compra dos selos temporais “um apoio de grande relevância para as empresas fornecedoras da câmara”.


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Batalha Atualidade

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Aniversário da nossa associação de bombeiros Comemorou-se em 27/4/2014, mais um aniversário da nossa grande associação humanitária de bombeiros. Aqui fica mais um grande abraço de parabéns para todos os que se dedicam á instituição, especialmente para o elo mais importante, ou seja, os VOLUNTÁRIOS. Para que qualquer organização funcione bem, é necessário reunir uma série de fatores de carater físico e material, mas sobretudo bons, competentes, motivados e dedicados recursos humanos. Sem estes últimos, nenhuma organização funciona. O associativismo em geral, mas os bombeiros em particular, têm prestado elevadíssimos serviços ao concelho, que importa enaltecer, e recordar aos menos atentos, a necessidade de apoiarem a nossa corporação. Mesmo para os que não tenham condições para darem apoio material, existem outras formas de apoio, que serão sempre bem acolhidas. Se duvidas ainda existirem sobre a importância e valor desta nossa associação, basta chamarmos a nossa memória e pensarmos a quem recorremos em situações de maior necessidade e urgência, mormente em presença de um incêndio, de um acidente, de uma inundação, de um temporal ou de uma doença grave. O associativismo tem desenvolvido um trabalho de enorme valor, direi mais, insubstituível, para o país e para os cidadãos. E porque a crise afeta tudo e todos, seria bom que o nosso ESTADO, olhasse de forma diferente e com maior sensibilidade para todos estes homens e mulheres, que se dedicam de corpo e alma á causa dos bombeiros. Será bom não esquecer que existem inúmeras associações de bombeiros em enormes dificuldades materiais (felizmente não é o nosso caso), e outras com di-

ficuldades maiores, por falta de voluntários. Este tipo de problemas terá necessariamente impacto na qualidade do serviço prestado aos cidadãos e sendo serviços de uma elevada importância, será bom que os consideremos como tal. Felizmente para o nosso concelho, temos tido excelentes comandantes, começando pelo comandante Aurélio Gonsalves, passando pelo comandante Manuel Órfão e terminando no comandante em exercício Fernando Oliveira, cujo papel foi, tem sido e será preponderante, para o bom desempenho dos nossos bombeiros. O verão está próximo. O inverno foi longo e intenso. A massa combustível ampliou-se e o período de incêndios aproxima-se rapidamente. O concelho aprendeu muito com os grandes incêndios de agosto de 2003 e de 2005, apostando muito na prevenção, tendo criado brigadas florestais e tentando sensibilizar os proprietários, para a limpeza da floresta, tendo assim apostado na criação de condições de retaguarda para o ataque aos incêndios. Mercê destas ações, do trabalho de excelência dos nossos bombeiros, da sorte, mas também da ajuda divina, praticamente podemos dizer que não ocorreram mais fogos no concelho. Quero com isto dizer, que o caminho do país, passará muito mais pelo reforço do investimento em prevenção do que pelo investimento no ataque aos incêndios. PESSOA. O senhor comandante Aurélio Gonsalves, recentemente desaparecido, teve um papel fundamental e de relevo elevado, na instalação e evolução do nosso corpo de bombeiros, merecendo por isso ser recordado e enaltecido por todos os batalhenses.

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‘Soldados da paz’ lembram o seu primeiro comandante m Os bombeiros receberam como ‘prenda’ de aniversário um trator para rebocar uma cisterna de grande porte e uma ambulância de transporte de doentes

Os Bombeiros Voluntários da Batalha lembraram um dos seus fundadores e primeiro comandante, Aurélio Gonsalves, recém-falecido, durante as cerimónias do 36º aniversário da corporação. A bênção de duas viaturas e o anúncio do aumento da cobertura dos seguros dos ‘soldados da paz’ também marcaram o dia. O comandante honorário e crachá de ouro, falecido a 9 de março, aos 84 anos, foi recordado pelo atual líder dos bombeiros, Fernando Oliveira: “Onde quer que esteja, zele por nós. Obrigado por tudo o que fez pela corporação e pelo tempo em que esteve na Batalha”, disse. O presidente da câmara destacou, na sua interven-

p Um trator e uma ambulância foram abençoados no dia de aniversário ção nas cerimónias, realizadas a 27 de abril, que nas “associações humanitárias de bombeiros, de voluntarismo, e sobretudo nas que não têm fins lucrativos, é muito importante que homens bons, pessoas honradas, a troco de nada, deem o seu esforço em nome da nossa terra”. “É essa justa homenagem que aqui presto. Sei bem que nem sempre são devidamente reconhecidos, mas o vosso trabalho é apreciado por todos.

Não há dinheiro que pague isso. É a glória e a honra que vos acompanha. Que acompanhou o nosso comandante Aurélio Gonsalves”, destacou Paulo Batista Santos. O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, que presidiu às cerimónias, também lembrou Aurélio Gonsalves, e elogiou a Loja Social da Batalha, pelo seu trabalho de “dedicação e partilha ao serviço da comunidade”. “É um exem-

plo extraordinário, para além do serviço habitual dos bombeiros”, frisou o governante. O dia de aniversário incluiu a bênção de duas viaturas. Um trator para rebocar um veículo cisterna de grande dimensão, pago pela autarquia e apadrinhado pelo seu presidente, e uma ambulância de transporte de doentes, adquirida pelos Voluntários, de que é madrinha Maria de Fátima Ferreira Dias Lucas.

Cobertura dos seguros aumenta cinco vezes O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, revelou na Batalha que o valor das coberturas dos seguros de acidentes sofridos por bombeiros voluntários vai aumentar cinco vezes, com especial incidência no internamento e na assistência em ambulatório. A cobertura atual, de 20 de vezes o salário mínimo

nacional, passará para cem vezes o índice. Esta “multiplicação por cinco é um esforço muito importante no sentido de não haver bombeiros voluntários que, por exemplo, dando o seu esforço num combate desigual nos incêndios florestais, fiquem desprotegidos em caso de acidente, o que seria de todo inaceitável”, referiu o secretário de Es-

tado. Em caso de morte ou invalidez permanente, os valores passam de 225 para 250 vezes o salário mínimo nacional. No que respeita ao financiamento das associações humanitárias, João Almeida garantiu que o “Governo está disponível para promover legislação”, até ao final do man-

dato, que defina as regras de atribuição de verbas, de modo a ser previsível o investimento do Estado”. No quadro da nova lei, considera possível, “no âmbito do pilar privado das associações, ir buscar receitas a algumas áreas que beneficiam do trabalho dos bombeiros, como sejam os seguros ou as concessões das autoestradas”.


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“Bombeiros não inventam desculpas e estão sempre prontos para ajudar” m Presidente da associação humanitária lamenta a quebra de receitas no serviço de transporte de doentes e alerta para a necessidade de substituir viaturas e de mais Voluntários em São Mamede “Os bombeiros estão sempre disponíveis quando alguém lhes bate à porta a pedir ajuda. Nunca regateiam se está a chover ou a fazer sol. Não inventam desculpas. Velam pela nossa segurança noite e dia; sábados, domingos, feriados, quer seja no Natal ou no fim de ano”, enfatizou o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha (AHBVCB) durante as comemorações do 36º aniversário da corporação. “As instituições como a

p O secretário de Estado João Almeida passa revista às forças em parada nossa são insubstituíveis e indispensáveis na sociedade. O que seria de nós se não existissem os bombeiros?”, questionou Francisco Freitas, adiantando que o facto serem constituídas por voluntários “não implica que tenham de andar de mão estendida, como se o seu financiamento fosse uma esmola”. Para o presidente da AHBVCB, “as associações

Medalhas e louvores atribuídos àqueles que se destacaram

p Francisco Freitas, presidente da associação humanitária

de bombeiros não têm de viver desse género de caridade. Os subsídios e apoios são um direito próprio, que lhes assiste em virtude da sua missão”. “A sociedade civil tem obrigação de contribuir com o seu esforço e sacrifício para que estas e outras associações sejam uma realidade, mas cabe sobretudo ao Estado e às instituições públicas a obriga-

ção de assegurar a sua sobrevivência”, adiantou Francisco Freitas. Para o responsável, os batalhenses “podem orgulhar-se dos seus bombeiros [109 homens e mulheres, 18 dos quais assalariados], das boas instalações e das viaturas, que são suficientes”, embora algumas - a maioria com idades entre os 25 e 36 anos – careçam “de urgente substituição”, sobre-

tudo na área do combate a incêndios, pois apenas o bom trabalho de manutenção as tem mantido operacionais. No que respeita à secção de São Mamede, considerou que está bem equipada de veículos, mas “faltam meios humanos, uma situação que urge resolver”. Francisco Freitas lamentou, por outro lado, “a diminuição de serviços e recei-

tas” na área de transporte de doentes e pediu ao Governo que “tenha em atenção esta matéria, fundamental para as associações aquando de alterações que venham a ser feitas, para que não prejudiquem mais as associações”, na medida em que esta é a sua principal fonte de receitas próprias. Por fim, elogiou e agradeceu o trabalho da Loja Social da Batalha.

As cerimónias foram aproveitadas para atribuir medalhas e louvores aos Voluntários que pelo seu trabalho e exemplo se distinguiram ao serviço da corporação batalhense ao longo dos últimos anos. Assim, foi atribuída a ‘Medalha de Dedicação de Grau Ouro’, por 25 anos de “bons e

efetivos serviços”, ao Voluntário de 1ª classe Fernando José Monteiro da Silva. A ‘Medalha de Assiduidade Grau Ouro’ por 20 anos de “bom e efetivo serviço prestado à causa dos bombeiros portugueses”, foi entregue ao comandante da corporação, Fernando Oliveira.

Pela forma como desempenharam o seu trabalho voluntário “no cumprimento extraordinário de serviço” de piquete na sede e na secção de São Mamede, em 2012 e 2013, foram louvados os ‘soldados da paz’ de 2ª classe Pedro João Pinheiro Marques, João Carlos Ferreira Moreira e Ana Rita Remé-

dios Inácio. Os elementos de formação do corpo de bombeiros também foram louvados pelo seu “conhecimento, disponibilidade e capacidade de ensinar” e todos os elementos do corpo ativo dos bombeiros elogiados “pela preciosa colaboração no socorro” às populações.

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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‘Márito’ voltou aos escuteiros que ajudou a fundar há 50 anos m Um acampamento do Agrupamento do Seminário de Leiria e o padre Manuel do Rosário foram decisivos no nascimento do 194 da Batalha O ‘Márito’, de 67 anos, reformado bancário, nascido numa casa que existiu junto à porta lateral do mosteiro, foi um dos fundadores do Agrupamento de Escuteiros 194 Batalha. Mário Júlio Silva Santos vive em Pombal e a poucas horas de partir de férias para a Turquia esteve no acampamento do 50ª aniversário “para dar um abraço aos colegas”. A ligação de ‘Márito’ aos escuteiros começou em

p Mário Santos esteve nos escuteiros cinco anos 1961, quando seminaristas da Batalha – um deles o seu irmão - o convidaram para um acampamento (em Monte Real ou Monte Redondo) do Agrupamento do Seminário de Leiria. “O padre Manuel do Ro-

sário foi-me buscar de lambreta e perguntou-me: ‘Gostas mais dos escuteiros ou da Mocidade Portuguesa’. Prefiro os escuteiros, temos contacto com a natureza, aprendemos muita coisa. ‘Então porque é que

não fundamos os escuteiros na Batalha?”, recorda Mário Santos. O primeiro chefe foi Armando Bagagem e os fundadores acamparam na Jardoeira, em 1961, com o Agrupamento do Seminário de Leiria, e mais tarde na Quinta do Sobrado. O processo de constituição evoluiu e o grupo foi oficializado em 16 de junho de 1964, ano em que ‘Márito’ e os colegas participaram no Jamboree Internacional, em Teixoso, na Covilhã. Em 1965 foi trabalhar para Angola, onde constituiu família e viveu até 1975. Quando partiu, os escuteiros eram quatro dezenas. “Foi um legado importante que a gente deixou”, conclui Mário Santos, emocionado.

p O convívio decorreu entre 25 e 27 de abril e englobou diversas atividades

p O Jornal da Batalha também esteve presente na Quinta do Escuteiro

p A ‘aldeia elevada’ foi uma das maiores construções do acampamento

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p O acampamento reuniu duas centenas de escuteiros e antigos escuteiros

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São Mamede quer as pessoas em primeiro lugar

Este suplemento é parte integrante da edição nº 286 de maio de 2014 do JORNAL DA BATALHA e não pode ser vendido separadamente.

Os 42 quilómetros quadrados da freguesia despovoam-se em resultado da emigração. Hoje os habitantes já são menos do que os 3.560 registados no último Censos. A crise económica é responsável pela partida dos ativos e pelo surgir diário de pessoas com problemas sociais. Esta é a principal preocupação de Marco Vieira, presidente da junta, a quem cabe gerir os 245.900 euros do orçamento da autarquia, que tem “boa saúde financeira”.


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Marco Vieira Presidente da Junta de Freguesia de São Mamede

“A freguesia não teria benefícios em muda dada a boa relação que mantemos com a Com a experiência autárquica que tem, este cargo não será uma surpresa para si. Mas permite-lhe resolver os problemas da autarquia? Esta freguesia é muito extensa, tem uma área muito grande. Mas o papel de presidente não é uma função que eu achasse muito diferente daquilo que via Silvestre Carvalhana [anterior presidente] fazer. Esta é uma função mais intensa do que aquelas que desempenhei. Exige mais tempo, mais responsabilidade. É uma luta contra o tempo porque os problemas surgem todos os dias. E não é um trabalho a tempo inteiro? Não. É a meio tempo. Quais são os problemas com os quais é confrontado diariamente? Agora o que está na atualidade é a limpeza dos matos. Com a campanha de sensibilização que temos feito com o GIPS-GNR, câmara e bombeiros, dada a altura do ano em que estamos, tenho sido muito confrontado com questões sobre a limpeza à volta das casas. Depois, há a questão dos caminhos para arranjar, uma vez que esta é uma zona muito rural. O inverno foi muito rigoroso e muitas estradas, sobretudo as de macadame, ficaram danificadas, e há muitos habitantes a solicitar intervenções. Por outro lado, temos as questões sociais, dada a conjuntura económica do país. Todos os dias aparecem pessoas com necessidades. Por uma questão de proximidade, a junta é a entidade a quem as pessoas recorrem. Que meios tem a junta para lhes acudir? A nossa obrigação é inteirarmo-nos da situação

e tentar resolver alguma questão imediata, dentro das nossas obrigações e disponibilidade. Se não nos for possível resolver, comunicamos à câmara para que a assistente social possa intervir. Estes casos têm aumentado muito nos últimos anos? Infelizmente têm. Há muito mais casos, mais pessoas com necessidades – muitas ainda escondidas, reveladas à autarquia por vizinhos e familiares. E temos tido outro problema grave, a agravar mais aqueles, que é a emigração. As pessoas que emigram são ativas, novas, que antes ajudavam a amparar algum vizinho ou familiar. Agora os que ficam sentem-se mais desamparados. As pessoas que apresentam estas necessidades são idosas ou são ativos que a crise arrastou para estas situações? A grande parte são pessoas mais idosas, porque os novos emigraram e procuraram outras soluções. Os idosos, que ficam, são aqueles que se sentem mais desamparados e têm dificuldade em divulgar os seus problemas. Nós temos conhecimento de casos diários de pessoas em dificuldade, porque a reforma não chega e começam a ter problemas económicos. Mas, infelizmente, também temos alguns casos de pessoas mais novas. A freguesia tem a maior mancha florestal do concelho. A limpeza é sempre uma preocupação para a junta? Sim, esta é uma área que nos preocupa sempre, até porque temos investido muito nos caminhos para a agricultura, mas também nos acessos para os bombeiros poderem atuar. A população tem aderido à ação de limpeza e sinto que está preocupada em contribuir para

a segurança da floresta. A floresta é uma riqueza económica para a freguesia? Não a entendo como uma riqueza económica, mas é uma riqueza paisagística, ambiental. Ainda quanto à segurança, mas no que respeita à criminalidade, tem havido problemas. A criminalidade tem alguma dimensão e é bastante preocupante. No entanto, neste momento, a situação parece ter acalmado. Mas passámos por uma fase má, em que a violência dos próprios crimes estava a aumentar. Eram sobretudo assaltos em casas, nomeadamente de emigrantes, e de veículos. Agora, com a colaboração do município, que

cedeu à GNR um veículo para permitir uma maior mobilidade aos militares, e a presença frequente dos GIPS-GNR no terreno fez diminuir os crimes. Neste contexto, penso que vamos conseguir combater esses focos de criminalidade. O seu mandato tem pouco mais de seis meses. Até agora fez tudo aquilo que queria? Ainda é muito cedo para fazer uma avaliação. Para já, estou muito satisfeito com a minha equipa, com toda a assembleia, incluindo a oposição, e com o modo como as coisas têm vindo a decorrer. Penso que vamos conseguir fazer um bom trabalho, que estamos no bom caminho e iremos executar grande parte do

que queríamos no tempo programado. A junta tem os meios financeiros suficientes para gerir a freguesia? Sim, tem. É evidente que nós queremos sempre mais, mas herdámos uma saúde financeira bastante boa. Não temos problemas com pagamentos. Se tivéssemos mais, conseguíamos fazer mais, mas não temos problemas financeiros. Quais são as principais fontes de financiamento? Temos rendas de pedreiras e de parques eólicos, que são bastante significativas. Qual é o peso dos parques eólicos? É equivalente ao Fundo

de Equilíbrio Financeiro (FEF). E o FEF contribui com... 70 mil euros. Noutra área, a do ensino, a freguesia está bem servida? Temos condições bastante boas. Temos o colégio, com os 1º e 2º ciclos, e o centro escolar, com o ensino pré-escolar e o ensino básico. É um edifício recente, com condições para abranger toda a freguesia. A população faz mais a sua vida diária em direção a Fátima ou à Batalha, dada a proximidade da primeira? No que respeita ao trabalho, ao dia a dia, é em Fátima, nas lojas de venda de artigos religiosos. Poucas


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“Conjuguei os estudos com a emigração durante as férias”

ar de concelho a Batalha”

É natural da freguesia? Sou nascido e criado no Vale Barreiras. Aos 17 anos emigrei. Regressei aos 23 e estabeleci-me por conta própria em Vale Barreiras com um estabelecimento de restauração. Tenho dificuldade em responder. São duas vertentes muito diferentes, uma cultural, outra religiosa. Fátima é vista como um polo económico e não tanto religioso. Ainda assim, por uma questão geográfica, é Fátima. São Mamede poderia integrar um eventual concelho de Fátima? Penso que esse concelho nunca será uma realidade e dada a boa relação que temos com o município da Batalha também não vejo benefícios em mudar. Até porque também mudaríamos de distrito, para Santarém, o que não seria benéfico para a freguesia.

A sua atividade sempre foi a restauração? Eu estudei no Colégio de São Miguel, em Fátima, até aos 19 anos, porque conjuguei os estudos com a emigração durante as férias. Em que País?

No Canadá. Noutros períodos de férias escolares anteriores já tinha trabalhado na restauração em Fátima. Foi uma área de que sempre gostei e estabeleci-me por conta própria. Fiz uma formação na Batalha, em 2004, de Gestão de Hotelaria. Como emigrante também trabalhou na restauração ou teve outras atividades? Trabalhei na construção civil. Como é que se envolveu na vida autárquica?

O meu percurso autárquico já vem longo. Já estou ligado à junta de freguesia há 12 anos, ou seja, três mandatos. Desde o primeiro mandato do anterior presidente. Nos primeiros quatro anos fiz parte da assembleia de freguesia (2001-2005). No segundo mandato fui secretário, com a atual vereadora Cíntia Silva e o então presidente da junta Silvestre Carvalhana, e no terceiro fui tesoureiro. E agora [há seis meses] fui eleito presidente.

“Falta-nos uma infraestrutura adequada para o desporto”

Quais são as principais empresas, por exemplo no que respeita ao emprego? Temos três empresas que concentram a grande parte dos postos de trabalho. A Matcerâmica tem para cima de 500 funcionários, a Derone Confeções uns 300 e depois temos as cerâmicas; por exemplo as Faianças Ideal e a Value.

p A freguesia está muito próxima de Fátima, sobretudo por causa do emprego

O presidente da junta de São Mamede, que completou este mês 39 anos, acumula uma experiência autárquica de três mandatos. Marco Vieira tem muitos projetos, alguns deles importantes para a freguesia, mas o seu grande objetivo é manter a coesão social, ameaçada pelas dificuldades económicas que todos os dias afetam mais pessoas.

pessoas trabalham na Batalha, por uma questão geográfica. Quanto às questões administrativas, são todas resolvidas na Batalha, como

é evidente. São Mamede é mais Mosteiro da Batalha ou Santuário de Fátima?

Qual é o seu principal objetivo até ao final do mandato? É resolver os problemas sociais que têm surgido. O meu principal objetivo é ter uma freguesia equilibrada do ponto de vista social. São problemas que tem surgido todos os dias e cada vez mais graves, que nós temos de encarar de frente e resolvê-los. É mais grave do que uma estrada com buracos. Em nosso entender é uma das prioridades. Por outro lado, gostaria de ver concretizado até ao final do mandato o lar para seniores e deficientes em São Mamede. Embora não estejamos diretamente ligados à obra, que é do Centro Social, vamos apoiar no que for possível. O projeto será candidatado a financiamentos comunitários.

No turismo, os principais atrativossãoasGrutasdaMoeda, o Centro de BTT e a Pia do Urso. Há cooperação entre estas entidades e a junta? Sim. Há vários eventos em que temos colaborado, em que tem havido trabalho conjunto de promoção. O Centro de BTT tem dois anos e é um sucesso, também graças a uma equipa de patrulheiros voluntários, que repõe os percursos e as placas, zelam pelo percurso. Há centenas de quilómetros de trilhos? No total são 400 quilómetros marcados, embora uma parte fora da freguesia, para a prática de BTT. Temos outro percurso, este pedestre, que é a Rota dos Moinhos, no planalto

calcário, que passa por moinhos antigos, alguns recuperados, destinado a turismo de lazer. Qual é o papel das coletividades na freguesia? Nós não temos uma infraestrutura adequada para a prática desportiva. Temos associações que trabalham muito bem, na área cultural e desportiva, mas falta-nos um pavilhão gimnodesportivo coberto. Estamos, com todo o esforço, a trabalhar em fase embrionária no sentido de alterar esta realidade. Como as várias associação estão dispersas, é intenção da autarquia interligá-las de molde a unirmos mais a freguesia e fazermos iniciativas de maior dimensão. A ideia é levá-

las a cooperar mais. A relação com na paróquia também tem dado bons resultados? Temos trabalhado muito bem, tem colaborado bastante. Existe uma boa relação com a Igreja. Colaboraram,porexemplo, na catequese? Sim. Nós fizemos uma intervenção numa escola primária que estava inativa, no Casal Vieira, e criámos seis salas que cedemos, em protocolo com a câmara e a Igreja, melhorando as condições para a catequese. A religião aqui não está diminuir e temos dois sacerdotes novos que estão a dinamizar bem a freguesia.


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Grandes empregadores da cerâmica e têxtil apostam nas exportações m As duas maiores unidades de faianças resultaram do processo de reestruturação da antiga Faiart

O setor da cerâmica e as confeções constituem o principal núcleo empregador da freguesia de São Mamede, onde tem sede a maior empresa de faianças da Península Ibérica e uma das maiores da Europa. Neste grupo, apenas as confeções Derone, que desde 1984 confecionam vestuário para homem – blusões, parkas, gabardines e sobretudos -, não estão ligadas à cerâmica. Em meados de 1989 reconverteu a linha de produção e ampliou a fábrica para a confe-

ção de casaco estruturado e prosseguiu até hoje um processo de modernização que aumentou a sua capacidade de resposta ao mercado, sobretudo no segmento feminino. A empresa, com sede em Casal Vieira, conta 300 funcionários e exporta para a Europa (sobretudo França e Espanha). A cerâmica Value, situada na sede de freguesia, é uma das duas empresas que nasceram da extinta Faiart e começou em 2002 o fabrico e comercialização de loiça utilitária e doméstica em faiança, terracota e grés. A marca aposta numa gama de oferta alargada de produtos e afirma ser uma das “poucas fábricas europeias a poderem oferecer os seus produtos em terracota, faiança ou grés”.

p O sector cerâmico é um grande empregador na freguesia A empresa foi fundada em 1998, exporta 90% da sua produção e tem 150 funcionários. A Matcerâmica, também resultado da reestruturação do grupo Faiart, trans-

São Mamede um passado sustentado, um futuro melhor.

formou-se desde 2000 “na maior empresa de faiança da Península Ibérica e uma das maiores da Europa”. A marca, com sede em Vale de Ourém, tem uma capacidade produtiva supe-

rior a um milhão de peças por mês. O seu volume de negócios assenta na exportação, essencialmente para a Europa e EUA, estando presente desde as grandes superfícies ao retalho mais

especializado. A Matcerâmica é a maior empregadora da freguesia de São Mamede, com 500 trabalhadores. Em Vale de Ourém situase também a terceira empresa cerâmica, a Faianças Ideal, que produz faiança decorativa e grés. A marca faz parte da CMG, fundada em 1992 e constituída por duas unidades fabris. A mais recente está instalada em Torres Novas e produz faiança utilitária de uso doméstico. A Faianças Ideal nasceu em 1979 e pode produzir até 15 mil peças diárias. As duas empresas empregam 285 funcionários e a exportação é o destino da parte mais significativa da produção.


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Pia do Urso e Grutas da Moeda são atrativos turísticos p O Centro de BTT tem dois anos de existência e é um sucesso

m O centro de BTT e o ecoparque sensorial são únicos no país

A aldeia da Pia do Urso, com o ecoparque sensorial e o Centro de BTT da Batalha e as Grutas da Moeda são dois dos mais importantes polos turísticos da freguesia de São Mamede. A aldeia oferece aos visitantes uma paisagem natural deslumbrante, com habitações típicas da região serrana, em que a pedra e a madeira foram os principais materiais utilizados no seu restauro. É neste espaço que existe o primeiro ecoparque sensorial em Portugal destinado a invisuais. Um conceito inovador, que pretende pro-

mover a apreensão do meio envolvente utilizando os restantes sentidos, particularmente o tato e o olfato. O Centro de BTT da Batalha, outro dos atrativos da Pia do Urso, é constituído por um edifício dotado de balneários, instalações sanitárias, área informativa e uma zona para lavagens e pequenas reparações das bicicletas. A rede de trilhos cicláveis e sinalizados atinge os 265 quilómetros, divididos em quatro níveis de dificuldade. Noutro ambiente, bem diferente, existem as Grutas da Moeda, a apenas dois quilómetros de Fátima, descobertas em 1971. A extensão visitável é de 350 metros e a profundidade é de 45 metros abaixo da cota de entrada. A temperatura ronda os 18.º C, mantendo-se constante todo o ano.

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A religião e a história ligadas por património natural único m A freguesia pertenceu ao Reguengo do Fetal até 1916 e há referências muito antigas à existência do povoado de São Mamede e de uma capela no alto da serra

A freguesia de São Mamede está localizada em pleno Maciço Calcário Estremenho, a poucos minutos do Santuário de Fátima, visitado anualmente por cinco milhões de pessoas, e também próximo do Mosteiro da Batalha, que recebe meio milhão de turistas

por ano. É, por isso, uma região onde se cruzam os recursos naturais, uma beleza paisagística marcante, os fenómenos religiosos mais intensos e a história fundamental do nosso país. A extensão máxima da freguesia é de 15 quilómetros, no eixo norte-sul, e de metade, na direção nascente-poente. Fica distante da sede de concelho 16 quilómetros e as povoações que a compõem estão a altitudes semelhantes, variando entre os 372 e os 402 metros. A agricultura é de sequeiro, com exceção das hortas junto às casas, numa paisagem dominada pelo

pinheiro, embora o eucalipto tenha já conquistado importantes manchas florestais. O carvalho quase não existe, embora outrora tenha tido alguma importância e a oliveira encontra-se a espaços por toda a região. A freguesia civil foi criada a 15 de junho 1916, por separação da autarquia de Reguengo do Fetal. A paróquia seria instituída pouco tempo depois, pelo bispo da Diocese de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, e em novembro de 1924 foi nomeado o primeiro padre para a dirigir, José da Cunha Gomes. Na década de 1940, o aumento demográfico e de fiéis justificou

p Imagem antiga do largo de São Mamede, onde hoje existe a sede da freguesia a demolição da igreja e a construção no mesmo sítio de outro tempo, que, entre outras características, possuía elementos inspirados no Mosteiro da Batalha, sobretudo nas entradas de luz. Este tipo de ‘janelas’ foi eliminado durante as primeiras obras de reparação e beneficiação. A história de São Mamede é muito antiga. Em 1142, quando D. Afonso Henriques atribuiu o foral a Leiria e delimitou a sua área, a zona que hoje corresponde à freguesia estava incluída. “A zona, devido às estradas romanas, era sítio de passagem para comerciantes, exércitos, invasores, romanos, bárbaros, visigodos, mouros, cristão e até D. Nuno Alvares Pereira usou estas estradas para de deslocar do Alentejo para Aljubarrota”. Em 1220, ou mesmo antes, já existiria no alto da serra uma capela e a povoação de São Mamede, cuja origem

terá mais de dois mil anos, embora a primeira referência direta documentada conhecida ao povoamento das serras date apenas de 1551.

– Fonte: “História e Tradições da Freguesia de São Mamede”, edição da Câmara da Batalha, 15 de junho de 2006.

Centro escolar moderno e biblioteca com 2.500 títulos O Centro Escolar de São Mamede, no centro vila, abriu as a 7 de outubro de 2012, como objetivo resposta à Carta Educativa do Município da Batalha, que define para a região respostas ao nível do ensino préescolar e 1º ciclo do ensino básico, em espaços renovados e modernos e dotados de equipamentos tecnologicamente evoluídos. O edifício, composto por dois pisos, tem capacidade para acolher até 150 crianças.

Com o intuito de descentralizar as práticas de fomento à leitura, foi criado o polo da Biblioteca da Batalha, em São Mamede, em 2004. Esta infraestrutura funciona numa sala da junta de freguesia e disponibiliza um fundo bibliográfico constituído por mais de 2.500 títulos, entre livros, revistas e material audiovisual.


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Colégio debate a escola e os livros no Sarau Literário “Às páginas tantas” m O padre Luís Borga e uma o humorista Nilton foram as figuras centrais do encontro em que reviveram histórias do tempo das reguadas e abordaram temas da atualidade

p O sarau incluiu diversos momentos musicais e de dança O Colégio de São Mamede organizou no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, o Sarau Literário “Às páginas tantas…”, que reuniu personalidades da região e nacionais em torno de um programa de rádio dedicado à cultura literária. O evento contou com momentos musicais, dança, ginástica, poesia e entrevistas moderadas pela Academia de Rádio do Colégio (csm_ webradio).

As presenças mais destacadas foram as do padre José Luis Borga, num dos painéis, e Nilton, humorista e apresentador do talk-show “5 Para a Meia-Noite”, da RTP 1, que apadrinha o projeto csm_webradio – o sarau serviu também para marcar o início da webtv - e deixou uma vídeo-mensagem. “Esta iniciativa [promovida a 2 deste mês] é uma forma de valorizar a nossa cultura literária e divulgar

o trabalho que desenvolvemos na escola com os nossos alunos”, explica Manuela Santos, da direção pedagógica do CSM. A docente salienta ainda a importância do evento por “proporcionar o contacto direto dos alunos com personalidades da região, de diferentes áreas. Ao longo da noite passaram pelo palco os alunos do colégio, desde o pré-escolar até ao 9.º ano de escolaridade,

p O padre Luís Borga cantou e falou dos seus tempos de escola para mostrar o seu talento e dedicação”. O sarau começou com “Sons da Escola”, um momento musical da responsabilidade dos alunos, seguindo-se uma conversa entre Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, e Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, acerca das suas memórias dos tempos de escola. Paulo Costa, psicólogo

Estudantes mostram o que valem em diversas atividades Os alunos do Colégio de São Mamede estiveram envolvidos em diversas iniciativas em abril. No final do mês participaram, na Universidade de Aveiro, na 25ª edição das Competições Nacionais de Ciências, que envolveram um total de 12 mil alunos (do 1.º ao 12.º ano) provenientes de todo o país. A participação do colégio envolveu mais de seis dezenas de estudantes, que obtiveram bons resultados nalgumas das ‘modalidades’. No início do mês de abril, o estabelecimento viveu as suas Jornadas Culturais, com o objetivo envolver os alunos em diversas atividades lúdico-didáticas, no âmbito das diferentes áreas curriculares, porque “tam-

p Os alunos do colégio participaram nas Competições Nacionais de Ciências bém se aprende a brincar”. Entre as atividades destacam-se a Feira do Livro, a Feira de Rochas, Minerais e Fósseis, Canguru Matemático, Jogos Matemáticos, Jogo Duplo, palestras, atividades de orientação, atividades desportivas e atelie-

res de música e artes. No 2.º período letivo decorreu a fase escolar do concurso SuperTmatik – Cálculo mental. No dia 2 deste mês decorreu a grande final nacional online. O colégio foi representado pelos alunos Francisco

Coelho e Cynthia Figueira do 5.º ano, Mariana Carvalho e Matilde Gabriel do 6.º ano, André Reis e Bruno Rodrigues do 7.º ano, Rodrigo Mendes e Guilherme Amado do 8.º ano e João Mendonça e Nádia Garcia do 9.º ano.

de pediatria no Hospital de Santo André e Susana Dias, praticante de padel, falaram dos “Livros da minha infância”. Miguel Chagas, diretor da Rádio 94 FM, Iolanda Nunes, jornalista da Rádio D. Fuas, Paulo Jerónimo, diretor do quinzenário O Portomosense, e Carlos Ferreira, diretor do mensário Jornal da Batalha, falaram sobre “O Poder das Palavras” na sociedade atual.

Numa noite dedicada à literatura do passado e do presente, houve ainda lugar para recordar Fernando Pessoa, Luís de Camões e Eça de Queirós pela voz dos alunos do CSM. A ginástica antecipou o momento alto da noite: o padre José Luis Borga e João Ribeiro, antigo aluno do CSM, juntam-se à conversa para partilhar memórias marcantes dos seus tempos de escola.

Bombeiros ensinam primeiros socorros a população Com o objetivo de dar formação à população em primeiros socorros e intervenção em caso de incêndio, a secção de São Mamede dos Bombeiros Voluntários da Batalha está a realizar ações de sensibilização em diversas localidades da freguesia. Estes “workshops” decorrem este mês e em junho, às sextas-feiras à noite e sábados durante o dia, e são realizados com o apoio do grupo de jovens e da Junta de freguesia de São Mamede. As temáticas a abordar no apoio a vítimas e em caso de incêndio são: primeira abordagem até à chegada dos meios de intervenção, avaliação do estado das vítimas de modo a prestar melhor

informação ao INEM, intervenção em casos de pequena gravidade, noções básicas de primeira intervenção em incêndios em habitações e utilização de extintores. Estas ações decorrem em diversos lugares da freguesia de modo abranger o maior número possível de moradores e a chegar à população mais idosa. A secção de São Mamede dos Bombeiros Voluntários da Batalha pretende, com esta iniciativa, consciencializar os habitantes para procedimentos ainda muitas vezes desconhecidos, de modo a minorar as consequências de acidentes.


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Associações desenvolvem um papel fundamental na freguesia m Junta quer fomentar a cooperação entre as várias organizações

A junta de São Mamede quer promover uma maior cooperação entre as associações recreativas, desportivas e culturais da freguesia, para facilitar a organização das suas iniciativas. O trabalho destas organizações é considerado da maior importância e muito diversificado. Por exemplo, a Associação Cultural Desportiva e Recreativa do Casal apoia a juventude no futebol de cinco e cursos socioeducativos de bordados, enquanto o Atlético Clube investe fortemente no trial e no passeio pedestre Trilhos do Pastor, que organiza todos os anos.

p Os Trilhos do Pastor são das atividades mais conhecidas Noutra vertente atua o Grupo de Cantares do Planalto, cujo objetivo essen-

cial é a divulgação do cancioneiro de São Mamede e a realização de atividades

como cantar das Janeiras e passeios de todo o terreno turístico, em colaboração com o Planalto Motor Clube. O Centro Cultural e Recreativo os Barreirenses destaca-se pela participação em marchas populares, torneios de futebol de cinco e de chinquilho, enquanto o Clube de Tiro Caça e Pesca, como o próprio nome faz antever, tem outros projetos desenvolvidos: organização de batidas às raposas, repovoamentos de espécies cinegéticas, limpeza de áreas florestais, construção de refúgio de áreas de caça e de um campo de treino de caça. Os cursos socioeducativos e a participação em festas de tasquinhas são algumas das atividades mais relevantes do Centro Recreativo e Jardim Infantil da Demó.


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Economia

Mundo rural associa-se à festa do artesanato e da gastronomia m Os produtores do concelho, por exemplo de mel, azeite e vinho, têm um espaço próprio na edição deste ano da FIABA, que decorre no final do mês

Uma ‘Mostra do Mundo Rural’ é uma das novidades da XXIV FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha, que decorre nos últimos três dias deste mês e a 1 de junho na vila, no largo Cónego Simões Inácio. A FIABA tem uma “forte implantação no plano regional e nacional”, const-

ituindo-se como “um dos certames de referência no que concerne ao artesanato genuíno e à gastronomia típica”, movimentando milhares de pessoas, refere a câmara, responsável pela iniciativa. Na altura que o Jornal da Batalha fechava a presente edição, a componente final da animação ainda não es-

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Músculo-Esquelética, Cardio-Respiratória e Neurológica Pilates Clínico Tratamento ao domícilio Massagem de Relaxamento e Recuperação Desportiva Pacotes para Redução de Volume Corporal e Rejuvenescimento Facial Mesoterapia Homeopática

BEM-ESTAR

Massagem de Relaxamento Estética Facial e Corporal Direção Técnica Ana Rita Dias Patrocínio Sousa - Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia

Contactos para informações e marcações Estrada do Areeiro, Nº 91, Lt 8, R/C Dto, Jardoeira, 2440-373 Batalha (Junto à Capela) GPS: 39.666262,-8.835505 | Telem.: 96 95 18 018 | E-mail: fisiobatalha@gmail.com

RUA ALFREDO NETO RIBEIRO

BATALHA

p A FIABA é um dos principais certames nacionais de artesanato e gastronomia tava concluída, mas encontrava-se já garantida a participação de 41 artesãos, de norte a sul do País, 17 tasquinhas, a cargo de associações concelhias, e de 13 organizações institucionais. Na rua Nossa Senhora do Caminho, junto ao largo

Infante D. Henrique, serão instalados dez stands atribuídos aos produtores do concelho com produtos como o mel, azeite, vinho e doçaria. “Esta aposta do município pretende valorizar o que de melhor se produz

no concelho, associando os produtores e as suas marcas a um evento de grande notoriedade”, destaca a câmara. A FIABA aposta também na animação, com destaque para a música tradicional portuguesa.


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Saúde Transporte de crianças em automóvel Os traumatismos e ferimentos resultantes de acidentes rodoviários são uma das causas mais importantes de morte e incapacidade temporária ou definitiva em idade pediátrica. O princípio da proteção correta começa desde o momento que escolhe o primeiro Sistema de Retenção Infantil (SRI), vulgarmente conhecido como cadeirinha. Antes de comprar qualquer SRI, deverá testar o modelo escolhido

nos automóveis em que será utilizado. Para oferecer segurança, O SRI tem que estar aprovado pelas normas internacionais mais recentes devendo ter a etiqueta “E” com o número de aprovação 03 ou 04. É importante saber o peso orientativo para a mudança de SRI. Caso tenha uma cadeira O+ deverá ser por volta dos 15-18 meses que a sua criança terá o peso limite (13kgs) para começar a utilizar um novo

SRI, a cadeira I ou I/II. Esta última, que possibilitará a proteção de criança até aos 18kgs (se grupo I) ou 25 Kg (se grupo I/II), deverá estar presente até sensivelmente aos 3-4 anos, momento que deverá trocar por uma cadeira ou banco elevatório II/III. Somente por volta dos 12 anos, ou mais concretamente ao alcançar 1,35m de altura é que a criança poderá ser transportada sem qualquer SRI, não obviando o uso correto do

cinto de segurança. Até aos 18 meses deverá instalar sempre o SRI no sentido inverso ao da marcha do automóvel. A partir dessa idade torna-se possível pelo código da estrada transportá-lo com o SRI colocado no sentido da marcha do veículo. No entanto, cada vez mais existem evidências de que a proteção é superior se a criança for transportada com o SRI colocado no sentido inverso ao da marcha do automóvel

até aos 3 anos. Os acidentes rodoviários são frequentes, e alguns deles acabam por ser mortais, sendo que esta mortalidade é maior para as crianças tendo em conta a sua fragilidade e peso. Por isso, não facilite…não deixe que questões como esquecimento, falta de tempo ou trajeto curto promovam a não utilização/incorreta utilização dos SRI.

CLÍNICA DE MEDICINA DENTÁRIA DA BATALHA CONSULTAS DE 2.ª S A SEXTAS DAS 9.30 H ÀS 12.30 H E DAS 14.00 H ÀS 19.00 H AOS SÁBADOS DE MANHÃ Assistência exclusivamente médica Rua António Cândido Encarnação - EDIFÍCIO JORDÃO 1º Piso - Sala 5 - 2440 BATALHA - Telef. 244 767 593

Clínica Dentária e Osteopática Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas Especialidades - Medicina Dentária – Dr.ª Ana Freitas e Dr.ª Silvia Eleutério Restauração, próteses fixas e amovíveis, branqueamentos e implantes - Osteopatia – Dr. Carlos Martins Tratamento de hérnias, ombros, tendinites e correção postural - Acunpuntura Médica - Dr. Francisco Fernandes Auricoloterapia, Tratamento de Dor e Estética - Psicoterapia e Hipnose Clínica – Dr. António Venâncio Autoajuda, depressões, baixa autoestima - Psicologia de crianças e adolescentes Problemas de hiperatividade, medos, crises familiares, dificuldades de aprendizagem. - Terapia da fala – Dr.ª Eva Pinto Problemas de dislexia, paralisia cerebral, gaguez, dificuldade em engolir e problemas de compreensão. - Aulas de preparação para o parto – Enf.ª Carina Carvalho (Enfermeira especialista do Hospital de Leiria) Acordos AXA, BES Seguros, Medis, Advance Care, Multi-Care, Tranquilidade, SAMS, CGD e outros

Contactos para marcações e informações: 911 089 187 ou 964 108 979 Rua dos Bombeiros Voluntários, Loja D Batalha

Alexandra Coelho Médica interna de Medicina Geral e Familiar na USF Condestável, Batalha


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Património Carta de 1918 dum batalhense emigrante no Brasil Na segunda quinzena de Julho de 1918 o meu pai, então com 20 anos e aluno da Faculdade de Direito de Lisboa, fundou o “Ecos do Lena”, segundo jornal da Batalha, o primeiro fôra “A Batalha Nova” fundado em 31 de Outubro de 1909 pelo Prof. Álvaro Sampaio, fazendo seus destinatários principais os muitos batalhenses que viviam fora, sobretudo a grande colónia batalhense que desde o século XIX se instalara no Brasil. No século XIX e na primeira metade do século XX houve famílias cuja maioria dos membros emigraram para a grande nação que formámos na América do Sul, como foi o caso da família Freire, hoje, que eu saiba, já sem qualquer descendente na Batalha. Entre os Freires, contava-se o escritor Joaquim Freire, autor de vários estudos históricos e literários, entre eles “Fronteiros de Portugal – de Aljubarrota a Ceuta, 1383-1433”, “Os Árabes nas Hespanhas (Subsídios)” e um sobre as primeiras edições de “Menina e Moça” de Bernardim Ribeiro, todos editados no Rio de Janeiro. Desconheço o grau de parentesco com António Freire, que subscreve a carta datada de 5 de Setembro de 1918, que transcrevo a seguir, mas suponho que seria irmão. Por Portugal ficara o Dr. Joaquim Vicente da Silva Freire, primo daqueles, médico de nomeada em Lisboa, natural da Jardoeira, que em 1906 mandara restaurar e ampliar a capelinha de Nossa Senhora do Caminho. Foi casado com uma das filhas do arquitecto Lucas José dos Santos Pereira e cunhado de António Freitas Sampaio. Eis a carta endereçada ao meu pai: “Acabo neste momento de receber com a máxima satisfação e alegria o seu

bem redigido Jornal “Ecos do Lena”. “É sempre agradável a um filho da gloriosa terra de Camões, que se acha em longínquas plagas, receber notícias frescas da terra bendita onde viu o alvorecer dos primeiros clarões de luz da sua existência. Queira pois o Amigo de me mandar dizer o importe anual da assinatura para lhe enviar o importe pelo correio ou num cheque para receber na casa do meu Amigo e Companheiro de infância o Snr. Alfredo Mendes (pai de Alfredo de Azevedo Mendes Costa) ou em Leiria em casa indicada pelo Amigo. “Eu estive aí em 1915, depois de ausente trinta e tantos anos, mas digolhe francamente quantos mais anos se passam por este meu corpo, mais vivo eu tenho na mente coisas do sagrado berço onde eu dei os primeiros vagidos e onde eu passei o melhor tempo da minha mocidade. Nunca me poderei esquecer do tempo que eu passei com a rapaziada do

meu tempo, vivendo uns e outros terão passado à eternidade. Nunca jamais poderei esquecer a imagem sublime e gloriosa desse majestoso Mosteiro do Convento da Batalha que representa um dos feitos militares mais notáveis da nossa história pátria e pode-se afirmar com orgulho de que nele está representada e sintetizada a consolidação da nossa integridade de Nação Livre! “É nesses mármores (evidentemente que são calcários) amarelados e denegridos do tempo que está afirmada a valentia e o heroísmo da raça portuguesa! “É nesse granito (evidentemente calcário) que está bem patente esse feito glorioso alcançado nos plainos de Aljubarrota por uma plêiade de arrojados portugueses vencendo e aniquilando os poderosos exércitos de Castela! “É nessa maravilha de arte, é nesses rendilhados do mais fino lavor, é nessa admirável Casa do Capítulo e nessas Capelas

Imperfeitas, nessas colunas e capitéis, na Capela do Mestre de Avis, que se irá afirmando de geração em geração a redenção da nossa raça e do nosso querido Portugal! “Aqui nesta parte da América, neste pedaço desmembrado de Portugal, eu tenho dito e continuo a dizer: O português que vai visitar a sua pátria e volta sem conhecer de viso a Batalha, não conhece de certo a sua história nem o heroísmo dos nossos antepassados; é preciso ir à Batalha para se avivar mais na nossa alma o amor à pátria e a ter-se orgulho de pertencer a tão nobre e altiva raça! “Alcobaça, ao pé da Batalha, é um montão de pedra (evidentemente que é uma expressão exagerada) mas não deixa de ser uma glória, uma relíquia da nossa terra. “Mas, a Batalha!, meu caro Amigo, a Batalha faz parte do nosso ser e da nossa alma! Continuo a dizer: É preciso ir à Batalha para termos orgulho de

sermos portugueses! “Desejava ser mais extenso mas faltando-me o tempo e temendo abusar da vossa benevolência, termino pedindo-lhe que receba os protestos de alta estima e consideração dum Batalhense de gema que sente bastante não poder já liquidar os seus negócios nesta casa, de onde sou sócio, e seguir para aí e instalar-me nessa vila com minha família e assim poder ser útil ao seu desenvolvimento e progresso do qual ela tanto carece, pois é triste dizer: é uma vergonha não haver aí um homem de valor social e moral que se interesse perante o governo do País para acabar com esse desleixo e relaxamento da falta de saneamento e embelezamento da Vila, dando assim melhor impressão ao visitante estrangeiro que aí vai em visita ao majestoso Monumento. “Suponhamos: a entrada da Batalha, a avenida, que está em frente do Monumento, não era mais bonito e mais belo ter as va-

letas bem alinhadas e desobstruídas do barro que desce das barreiras e nas suas margens ter uns belos eucaliptos (?!) e outras árvores frondosas e belas que temos no nosso País. Digo-lhe, meu caro Amigo, é uma vergonha a entrada na Batalha. É preciso haver mais cuidado nas coisas públicas e a pátria precisa de ter filhos que se esmerem pelo seu engrandecimento e progresso. E disse. António Freire”. Embora esta cópia seja do original, a carta foi transcrita no número 9 do “Ecos do Lena”, da primeira quinzena de Novembro de 1918, na mesma altura em que terminava a 1ª Guerra Mundial (a Grande Guerra). Actualizei (para antes do acordo ortográfico que recentemente veio devastar a Língua portuguesa) a grafia. Saudade, amor à terra natal e ao País (à pequena e à grande Pátrias), orgulho por a sua terra ser a guardiã do principal monumento português e a preocupação pelo estado da vila naquela época perpassam na carta de António Freire que era, então, sócio da firma familiar “Adolpho Freire & Comp.ª”, dona de “Ao Moinho de Ouro”, que comerciava chocolate e café e estava instalada na Rua Luís de Camões, nº 2, no Rio de Janeiro. O que estará por lá agora e que descendentes haverá desta família batalhense no Brasil? A fotografia que se publica corresponde sensivelmente à época em que António Freire teria partido da Batalha ou talvez à época da sua meninice. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (134)


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Cultura

Feira do Livro e do Jogo revela vencedor do ‘Fio da Memória’ m O certame decorre durante quatro dias na vila e inclui um programa paralelo de atividades para toda a família A 13º edição da Feira do Livro e do Jogo da Batalha, que assinala os 25 anos de atividade da Biblioteca Municipal José Travaços Santos, conta com a participação de 10 stands onde estão representadas as principais livrarias da região, bem como dois espaços de

p Cada criança tem direito a um cheque livro para descontar na feira comercialização das mais recentes novidades em jogos didáticos.

A iniciativa decorre na praça Mouzinho de Albuquerque, de 15 a 18 deste

Os beneficiários da ADSE já podem usufruir de consultas, exames, fisioterapia e outros atos médicos no Centro Hospitalar Nª Sra. da Conceição da Misericórdia da Batalha, no âmbito da tabela de preços convencionados da ADSE.

Protocolos com SNS, ADSE e outros subsistemas de saúde. Contactos: Fisioterapia: 244 769 436 Radiologia: 244 769 433 Geral: 244 769 430 geral@centrohospitalarbatalha.com Rua Principal, nº 26 l Brancas l 2440-090 Batalha

mês, e em paralelo desenvolve-se um programa de animação dirigido a toda

a família, com destaque para espetáculos de teatro e magia. Ainda no âmbito da programação da feira, realizase no sábado, 17, às 16h30, a cerimónia de divulgação dos vencedores da 6ª edição do concurso literário “O Fio da Memória – o Conto”, em que participaram 26 jovens estudantes. Este concurso é uma organização da Câmara da Batalha, com o apoio do Jornal da Batalha e dos estabelecimentos de ensino do concelho e dirige-se aos alunos do concelho matriculados nos 2º e 3º ciclos e

no ensino secundário. No domingo, 18, a partir das 16h00, é apresentado um PLIP – Projeto de Leitura Inclusiva Partilhada. A Câmara da Batalha oferece a cada criança do préescolar e do 1º ciclo do ensino básico da rede pública um cheque livro no valor de 2,5 euros, que pode ser trocado na feira, na aquisição de livros ou jogos. A feira funciona no seguinte horário: 15 de maio das 09h30 às 21h00; 16 de maio, 09h30 às 23h00; 17 de maio, das 11h00 às 24h00, e domingo, 18, das 11h00 às 20h00.


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s Fiscalidade

Desporto

António Caseiro Mestre em Fiscalidade, pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade, Técnico Oficial de Contas

Andebol Clube promove torneio adaptado à deficiência mental

p A equipa BAC/CERCILEI ficou em 2º lugar na prova disputada na Nazaré

m “É uma honra acolher este projeto no clube, que quer ser uma referência ao nível desportivo, mas também educacional”, diz o presidente do BAC

O Batalha Andebol Clube (BAC) promove na vila um torneio de andebol adaptado à deficiência mental, integrado na Festa do Andebol - Festand 2014, a 10 de junho, anunciou a organização na sequência da divulgação dos resultados obtidos pela coletividade no Nazaré Cup. O BAC/ CERCILEI ob-

teve o 2º lugar na abertura do torneio da responsabilidade da Associação de Andebol Externato Dom Fuas Roupinho, em que participou pelo segundo ano, no dia 13 de Abril. “É uma honra poder acolher este projeto no nosso clube, que quer ser uma referência não só ao nível desportivo, mas também educacional. Queremos mostrar à sociedade batalhense que o desporto é muito mais do que ganhar ou perder”, afirma Luís Dias, presidente do BAC. Para o psicólogo da Cercilei Ricardo Cardoso, um dos mentores do projecto, “é graças ao clube que estes jovens podem sentirse mais felizes e completamente inseridos na sociedade, que muitas vezes os

exclui sem antes perceber o seu valor”. Na abertura do torneio Nazaré Cup, realizou-se uma prova de andebol adaptado à deficiência intelectual, em que participaram equipas de todo o País: BAC/CERCILEI, Clube Gaia, CARPD-Touguinha, CEERIA/Cister e a Equipa Nacional. O BAC/CERCILEI “enfrentou a equipa de Gaia, que lhe fez a vida difícil, mas revelou-se mais forte do que o conjunto de Alcobaça, obtendo um honroso segundo lugar, que há muito tempo era namorado pela nossa equipa, constituída por jovens motivados e empenhados na aprendizagem do andebol”, descreve o clube da Batalha em comunicado.

Atletas e caminheiros desafiam percursos noturnos na Batalha O Atlético Clube da Batalha, em colaboração com a câmara, organizou o 2º Cross Noturno da Batalha, que englobou uma corrida e uma caminhada no ambiente natural e histórico da vila. A iniciativa, que envol-

veu centenas de participantes, era composta por um percurso de trilhos, carreiros e caminhos desnivelados, com dois níveis de dificuldade: o cross teve 16 quilómetros e a caminhada sete. Realizou-se ainda o 2º Cross kids, para crian-

ças com idades dos 6 aos 14 anos. A prova competitiva teve lugar num percurso circular, com partida e chegada perto do mosteiro, na rua da Nossa Senhora do Caminho, com um grau de dificuldade médio.

Princípios orientadores da reforma da fiscalidade verde

AComissãoparaaReformadaFiscalidade Verde (RFV), liderada pelo Dr. Jorge Vasconcelos, ex-presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, tem em mãos a tarefa de rever as bases do sistema de tributação ambiental energética, elaborando um relatório com propostas e recomendações para uma visão pós-troika. Nele, a Fiscalidade Verde aparece como orientação para que os impostos ambientais possam aliviar parcialmente a tributação do trabalho. Após um estudo aprofundado foi recentemente publicado o Relatório Preliminar sobre os princípios orientadores da RFV. O relatório final deverá ser conhecido em junho de 2014. Teve como linhas gerais: 1 – A fiscalidade verde deverá funcionar como um estímulo à inovação e ao desenvolvimento sustentável contribuindo para conciliar a proteção do ambiente e o crescimento económico (“Crescimento Verde”); 2 - O conceito de neutralidade fiscal, subjacente à reforma da fiscalidade verde, aplica-se ao sistema fiscal numa perspetiva global; 3 - A reforma da fiscalidade verde deverá estar alinhada com os princípios gerais e com os objetivos que regem a política de ambiente, designadamente os identificados nas normas e orientações nacionais e da União Europeia; 4 - A reforma da fiscalidade verde deverá contribuir para alcançar as metas de ambiente e energia constantes dos planos nacionais e dos compromissos assumidos por Portugal a nível europeu, designadamente os objetivos de conservação da biodiversidade da União Europeia para 2020; 5 - Os tributos ambientais têm como função contribuir para incentivar comportamentos que promovam as boas práticas ambientais de atores públicos e privados e responsabilizar as atividades causadoras de danos ambientais; 6 - A correção de incentivos desadequados deverá constituir a primeira preocupação da reforma da fiscalidade verde; 7 - A reforma da fiscalidade verde deverá proporcionar incentivos à eficiência na utilização dos recursos, contribuindo para rentabilizar e preservar o capital natural e promovendo uma utilização justa e sustentável do solo,

do território e do espaço urbano; 8 - A reforma da fiscalidade verde deverá introduzir sinais que facilitem a transição tendencial para uma economia de baixo carbono; 9 - A reforma da fiscalidade verde deverá ter em conta a existência de outros instrumentos económicos e financeiros da política de ambiente, fomentando a sua harmonização, bem como os mecanismos de regulação aplicados em cada sector; 10 - Na formulação da reforma da fiscalidade verde deverá ser promovido o alargamento da base tributável ambiental, numa ótica de justa repartição dos encargos; 11 - A partilha das contribuições sectoriais e locais deverá ser reequilibrada numa perspetiva de eficiência e equidade, tanto na definição da incidência dos tributos como no momento da aplicação das receitas e 12 - A reforma da fiscalidade verde pressupõe a adequada avaliação prévia de impactos ambientais, económicos, orçamentais e sociais, numa perspetiva transparente e participativa, e deverá propor a introdução de mecanismos de monitorização e controlo das medidas propostas. Os tributos relacionados com o ambiente são: Imposto sobre Veículos (ISV); Imposto Único de Circulação; Imposto único de Circulação; Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos; Imposto sobre produção de petróleo; Contribuição extraordinária sobre o sector energético; Taxa sobre Lâmpadas de Baixa Eficiência Energética; Taxa de Gestão de Resíduos; Taxa de Regulação sobre Serviços de Resíduos; Taxa de Notificação de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos; Licenciamento da Gestão de Resíduos; Taxa de Recursos Hídricos; Taxa de Regulação sobre Serviços de Abastecimento de Água e Águas Residuais; Taxa de Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano; Taxa SIRAPA; Taxas de gestão de sistemas de reciclagem; Taxa de exploração de instalações elétricas; Taxa de recolha de cadáveres de animais mortos em explorações; Taxa de licenciamento anual de pesca; Taxa de licença de caça e Licenças de emissão de gases com efeito de estufa.

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s Opinião

A fechar

As memórias dos ilustres visitantes estrangeiros

Livro de batalhense conta tragédia na adolescência p Batalha, Portugal ilustrado, por Rev. W. M. Kinnsey, B.D. p. 420, Londres 1828

m Rui Ruivo conta mudança radical de hábitos de jovem em “Perdão sem Julgamento”

O batalhense Rui Ruivo acaba de lançar o seu primeiro livro, intitulado “Perdão Sem Julgamento”, com a chancela da Chiado Editora. A obra conta o desenrolar da vida de uma rapariga que em determinado momento da adolescência se vê confrontada com uma mudança radical dos seus hábitos, em resultado da morte da mãe, muito jovem, num acidente. Este momento trágico obriga-a a assumir o papel de dona de casa numa família pequena e humilde, mas feliz. O autor nasceu na Rebolaria, em 1963. Na adolescência, o interesse pela música levou-o a fabricar uma viola, com a qual criou dezenas de músicas, chegando a editar algumas delas em 1991. O seu caminho na es-

Piscinas municipais assinalam Dia da Família As piscinas municipais assinalam no dia 24 deste mês, das 16h00 às 18h00, o Dia da Família, uma atividade aberta a toda a comunidade. Esta iniciativa pretende destacar, através de diversas atividades, como a hidroginástica e jogos aquáticos, os benefícios de uma vida saudável e a importância da natação. Os interessados podem obter mais informações através do telefone 244 766 033.

p Esta é a primeira obra publicada pelo autor crita começou em 2007, com a “História de Vida” que elaborou no âmbito do programa “Novas Oportu-

nidades”. Este livro é o terceiro da sua coleção, mas o primeiro a ser publicado.

A destruição dos séculos XVIII e XIX descrita no último artigo desta rubrica dedicada ao Museu da Batalha é, de novo, abordada nesta rubrica, ainda que de outro prisma. O país, os monumentos abalados pelo Terramoto de 1755 e pelas invasões de Napoleão suscitaram grande curiosidade por parte de uma elite aristocrata oriunda de vários países europeus. O mediatismo das destruições e a curiosidade pelo mundo supersticioso e católico, motivaram as digressões de Beckford, Kinsey, Murray, Murphy, Lichnowsky, Haupt, Hume e muitos outros cujos nomes se pronunciam com sotaques inglês, belga, alemão, checo… Viajantes ligados às artes bélicas, à diplomacia ou à arquitectura vinham fazer o “grand tour” da Europa Clássica e do Mediterrâneo. O Portugal que descrevem é de ruína, pobre, mas rico em gentes e monumentalidade. Para além da visita a Lisboa, esta região constituía também forte atracção. O vislumbre pelo Mosteiro da Batalha é notório nos relatos deixados e nas fantásticas gravuras elaboradas pelos ilustradores visitantes. Nos escritos, é frequente a comparação entre o monumento

da Batalha e as grandes igrejas góticas europeias. O príncipe checo Lichnowsky descreve o Mosteiro como “…o primeiro de todos os templos da península hispânica (…) uma das mais perfeitas edificações de todos os tempos e de todos os países”. Martin Hume, escritor inglês confessase: “…a Batalha tem um encanto especial que nunca encontrei em nenhuma outra igreja gótica”. Já o famoso arquitecto James Murphy que concebeu, ao detalhe, algumas das mais interessantes plantas e desenhos técnicos do Mosteiro durante as 13 semanas em que permaneceu no monumento, descreve-o como “…um dos mais belos exemplares da arquitectura gótica que existem na Europa. (…) O efeito geral, que é grandioso e sublime, não deriva de quaisquer embelezamentos espúrios, mas do mérito intrínseco do traçado.” Na Batalha de hoje todos os visitantes são ilustres. No MCCB também. Visite-nos e viaje no tempo, apreciando alguns dos magníficos trabalhos realizados por alguns destes ilustres turistas. A equipa do MCCB

‘Bomba’ lançam sementes de plantas comestíveis No dia 26 de abril, durante a tarde e no decorrer da celebração dos 50 anos do Agrupamento de Escuteiros da Batalha, havia um tempo dedicado a ‘workshops’ e predispusme a fazer um sobre biodiversidade. O tema era realizar ‘Bombas de sementes’ ou ‘Cápsulas do tempo’ e os miúdos preferiram o termo ‘bombas’. Usámos barro, sementes e uma mistura

de terra com composto e a ação destinava-se a miúdos e graúdos. Os objetivos eram observar a natureza, percebendo a biodiversidade, colonizar a quinta com mais plantas selvagens comestíveis e consciencializar para a importância dos sentimentos nas nossas ações - estas ‘bombas’ foram recheadas de boas sementes e bons sentimentos. O evento pretendeu ainda

valorizar as plantas espontâneas e aumentar a biodiversidade da quinta, tendo o cuidado de introduzir sementes autóctones. No futuro pretende-se que cresçam e se disseminem para no próximo ano poderemos colher alimentos ‘selvagens’. No decorrer da sessão foi valorizado o poder das sementes, todos perceberam que comem sementes regularmente (arroz, feijões,

Tasquinhas na Golpilheira

batatas, etc.) e consciencializaram-se que é de uma coisa tão pequena que nascem grandes árvores. O resultado foi muito positivo, as crianças e os pais aderiram com entusiasmo e todos fizeram ‘bombas’, que espalharam livremente pela quinta. Célia Ferreira Batalha

O Rancho Folclórico ‘As lavadeiras do vale do Lena’ organiza nos dias 17 e 18 deste mês, no Centro Recreativo da Golpilheira, uma festa com tasquinhas. Além dos comes e bebes tradicionais, há uma quermesse e uma exposição etnográfica, bem como animação musical com Mário Bento, no domingo.


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Necrologia / Publicidade Batalha

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Atenção especial a idosos Maria Celeste Vieira Santos

Atividades de ocupação, estimulação cognitiva e animação. Indicadas para idosos com demência; isolamento social; deterioração cognitiva e funcional. Deslocações ao domicílio. Para mais informações: 915027799

SANTO EXPEDITO Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes, socorre-me nesta hora de aflição e desespero, interceda por mim ao Sr. Jesus Cristo. Vós que sois o Santo dos desesperados e das causas urgentes. Proteja-me e daime força, coragem e serenidade. Atenda ao meu pedido...devolva-me a paz atendendo ao meu pedido...com urgência. Serei grato o resto da minha vida e levarei o seu nome a todos os que tiverem fé. Rezar um Pai Nosso

Luís de Sousa Monteiro Pereira

82 Anos 27-02-1932 - 05-05-2014 Batalha

Faniqueira – Batalha 97 anos 19-03-1917 - 20-04-2014

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Seu marido, filhos, noras, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado

Suas filhas, nora, genro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido até à última morada, esperando que descanse em paz. Por tudo e a todos, muito obrigado. “Deus o guarde no Céu, como nós o guardamos no coração”

Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Joaquim da Silva Cordeiro 87 anos 15-09-1926 - 03-05-2014 Casal do Arqueiro – Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

Maria do Rosário Coelho 79 anos 12-05-1934 - 30-04-2014 Casal do Marra

AGRADECIMENTO Seu marido, filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer a todos os que estiveram presentes no último adeus ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. Agradecem ainda aos serviços de Medicina II e Cirurgia I do Hospital de Leiria pelo carinho e profissionalismo dispensado à sua familiar enquanto lá permaneceu. A todos, muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Júlia da Conceição Pereira

Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge

94 anos 03-04-1920 - 02-05-2014 Quinta do Sobrado – Batalha AGRADECIMENTO Seus filhos: Lurdes Patrocínio, Júlia Patrocínio Oliveira e João Patrocínio, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor, bem como agradecer a todos os que a acompanharam até à última morada. Agradecem ainda à equipa de enfermagem do Centro de Saúde da Batalha, assim como à Dra Teresa Bacelo todo o profissionalismo e atenção que sempre dispensaram à sua familiar. A todos, muito obrigado. “ A saudade é a memória do coração. Estarás sempre presente.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733

E-mail: fune_santosematias@sapo.pt

Estrada de Fátima, nº 10 B - 2440-100 Batalha

Maria do Rosário Costa 87 anos 19-01-1927 - 21-04-2014 Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em Paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Sebastião Franco de Almeida e Silva

78 anos - 08-08-1935 - 22-04-2014 Alcanadas – Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa: Deolinda Franco Soares, filhos: Carlos Manuel Soares e Silva, Maria da Luz Soares e Silva, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “ A morte não existe se permanecermos vivos no coração daqueles que amamos” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha


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maio 2014

Dr. Joaquim Mira sábado- manhã Dra. Matilde Pereira quinta- tarde / sábado - manhã Dr. Evaristo Castro terça-feira Dr. Pedro Melo sábado - manhã

Clínica Geral (acordos c/ Medis) Dr. Vitor Coimbra Medicina Interna Dr.Amilcar Silva Urologia Dr. Edson Retroz Neurologia Dr.Alexandre Dionísio Cardiologia Dr. David Durão Electrocardiogramas Neurocirurgia Dr. Gustavo Soares Dermatologia Dra. Ana Brinca Psicologia Clínica Dr. Jaime Grácio Psiquiatria Dr. José Carvalhimho Otorrinolaringologia Dr. José Bastos Próteses Auditivas Cirurgia Plástica Dra. Carla Diogo Pneumologia/Alergologia Dr.Monteiro Ferreira Ginecologia / Obstetrícia Dr. Paulo Cortesão Dentista Dra. Ângela Carreira Rx-Orto/Tel Próteses Dentárias Ortopedia Dr. António Andrade Endocrinologia Dra. Cristina Ribeiro Pediatria Dra. Carolina Cordinhã Dr. Frederico Duque Cirurgia Geral/Vascular Dr. Carlos Almeida Nutrição Clínica Dra. Rita Roldão Terapia da Fala Dra. Débora Franco Naturopatia Dr. Jorge Fidalgo Osteopatia Tec. Acácio Mariano

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Rua da Ribeira Calva | Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente BATALHA | Tel.: 244 766 444 | 939 980 426

Jornal da Batalha


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