JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE JUNHO DE 2014

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| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXIII nº 287 | Junho de 2014 | PORTE PAGO

W págs. 11 a 14

W pág. 8

W pág. 3

Jovens querem salvar clube de Santo Antão

Centro de interpretação: fecho “inexplicável e grave”

Praticado um crime por dia no concelho

W pág. 15

Meio milhar de pensionistas invadem terras alentejanas

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W págs. 4 e 5

Batalhenses reciclam três milhões de garrafas de vinho

Batalha

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Opinião Espaço Público

junho 2014

Jornal da Batalha

_ Editorial

Baú da Memória Ponte da Boitaca (ou Boutaca)

Carlos Ferreira

A iniciativa do Rancho Folclórico Rosas do Lena “Uma Tarde na Ponte da Boitaca” veio pela segunda vez chamar a atenção para a beleza e para a originalidade da ponte batalhense construída nos anos 60 do século XIX, por onde passava a estrada nacional de Lisboa ao Porto, a nacional nº 1, e chegou a passar nos anos 30 do século XX, em arco aberto por essa altura e para esse fim, a linha do caminho de ferro do Vale do Lena. A originalidade da ponte está nas casas dos portageiros que se dividiam nos dois extremos e a beleza nos seus seis arcos neo-góticos que, vistos de baixo, são imponentes, e no seu traçado geral verdadeiramente elegante. Curiosidade está em ter sido construída com materiais do terceiro claustro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, o Claustro de D. João III, que os invasores franceses

Diretor

Quatro temas, um alerta e três sucessos

haviam destruído na terceira invasão. Não obstante evocar o nome de Boitaca (Boytac), o célebre mestre dos séculos XV/XVI, a ponte foi erguida mais de trezentos e trinta anos após a sua morte, devendo-se a designação ao arquiteto ter tido ali uma propriedade, cujo nome se conservou. A curta distância do seu

extremo sul ergueu-se a primeira posição das Forças Portuguesas na batalha real de Aljubarrota, uma posição fortificada com troncos de árvores, engodo para as tropas castelhanas, agora assinalada com um centro de interpretação dependente da Fundação da Batalha de Aljubarrota, aberto expressamente naquela “Tarde na Ponte da Boitaca” e que eu creio poderá

ser visitado com marcação feita na Fundação e apenas para grupos de pelo menos 10 pessoas. A fotografia tirei-a por altura do restauro que em boa hora a Câmara Municipal ali realizou, nos anos de 2005 e 2006. Notam-se bem a elegância e a beleza dos arcos em que assenta.

importante na vida do que poder exprimir-se sem ter medo do outro, nacional ou estrangeiro. Estes acontecimentos, mais ou menos em consonância com a cultura atual, ensinada nos meios de comunicação social, paga em boa parte pelos contribuintes do nosso país e dos portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro, é de tal forma inclinada à mediocridade que o futebol e a religião têm um lugar de excelência no panorama nacional! De quem é a culpa? De nós todos, e em todo o caso,

com maior incidência nos que mantêm a peso de dinheiros os tais canais de televisão, rádios e jornais. E não é dizer mal. É transmitir e escrever o que nós vivemos no nosso dia a dia, neste tempo de férias e de sol no nosso país. As férias não são somente banhar-se nas águas do nosso mar atlântico, nas praias da nossa zona, mas também, e sobretudo, estarmos acordados para o que de menos bom assistimos em Portugal. Só futebol, não!

José Travaços Santos

Y cartas

O futebol, as férias e Portugal É sempre assim: quando estou a viver na minha aldeia, a linda, histórica e famosa Alcanadas, no concelho da Batalha, vivo a realização de jogos de futebol, transmitidos pela “droguista” televisão. Desta vez até foi na SIC que com muitos amigos “assisti” ao jogo do Benfica, a minha equipa deste 1945, com o clube espanhol Sevilha. Os portugueses perderam! Mas havia muitos “espanhóis”-portugueses a assistir. Foi muito admirativo, sobretudo lembrandome do feito histórico conseguido pelos nossos com-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

patriotas na minha vila da Batalha, em 1385, na célebre Batalha de Aljubarrota, e aqui tão perto, no Campo Militar de S. Jorge. Foi um pesadelo gratuito, mas demonstrativo como o futebol e o clubismo baixaram a dinâmica e o portuguesismo, tão necessários e urgentes nos dias de hoje. A mundialização das nações, mais umas do que outras, faz com que os portugueses esqueçam as suas origens, língua, história, cultura e tradições, que são efetivamente as riquezas individuais de cada um de nós, porque nada é mais

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

José Batista de Matos

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Esta edição do Jornal da Batalha destaca quatro temas principais: a criminalidade no concelho, que está a aumentar; o contributo essencial da população para a reciclagem de embalagens e papel, o Passeio de Pensionistas, que levou a terras alentejanas meio milhar de batalhenses, e a FIABA, uma feira de grande importância para o município e para as coletividades, que encontram nela uma das suas principais fontes de financiamento. Nos últimos dois anos e no primeiro trimestre deste ano, as estatísticas indicam que a média diária de crimes cometidos no concelho oscilou entre 1,3 e 1,4; verificandose um aumento global de casos de 2012 para 2013. A insegurança não é (ainda) de molde a poder dizer-se que é perigoso viver no município, mas os sinais de alerta devem servir para evitar que o fenómeno evolua. Mais positivo, e sinal de civismo dos batalhenses, é o facto de terem contribuído, nos últimos cinco anos, para a reciclagem de 1.104 toneladas de vidro, suficientes para produzir 3,1

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

milhões de garrafas de vinho (0,75 l), como revelam as estimativas feitas pela Valorlis. Nas outras áreas da recolha seletiva os resultados também são bons. Noutra área, a do associativismo, a FIABA voltou a deixar a sua marca nos cofres das coletividades, pelas receitas que obtiveram com a exploração das tasquinhas. E também porque a autarquia assinou na altura com as associações protocolos que implicam a atribuição de subsídios no valor global de 15 mil euros. Por fim, mas não menos importante, realizou-se mais um Passeio de Pensionistas, uma iniciativa da Junta de Freguesia da Batalha, elogiada por quase todos os participantes. Há 20 anos que acontece e é um marco importante no convívio entre os seniores do concelho. Até 2017, pelo menos, está garantida a continuação da iniciativa.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


Jornal da Batalha

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junho 2014

Atualidade Comissão debate projeto da Batalha contra incêndios

António Joaquim

GNR regista um crime por dia no concelho

p A GNR toma conhecimento de um crime por dia

m A criminalidade subiu nos últimos dois anos por causa dos assaltos, que anularam a quebra verificada na generalidade das infrações à lei

Uma dupla de assaltantes foi ‘travada’ em fragrante delito pela GNR quando assaltava, numa madrugada de maio, uma casa na freguesia de São Mamede. Os detidos, de 18 e 21 anos, são suspeitos da prática de diversos furtos deste género, um dos mais comuns no concelho. Os crimes contra o património (onde se incluem os

furtos de/em veículos e em casas ou estabelecimentos), foram os únicos a crescer nos últimos dois anos na área do município, onde acontece pelo menos um crime por dia, de acordo com dados revelados ao Jornal da Batalha pela Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR. Nos últimos dois anos e no primeiro trimestre deste ano, as estatísticas indicam que a média diária de crimes cometidos no concelho oscilou entre 1,3 e 1,4; verificandose um aumento global de 41 casos de 2012 para 2013. Este resultado é uma consequência direta do crescimento dos crimes contra o património, mais 60 em 2013 do que no ano anterior. Quanto aos ladrões apa-

s registo Mais idosos vivem isolados A GNR da Batalha está envolvida – além das outras missões conhecidas - na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e no Conselho Municipal de Defesa da Floresta, destaca o major Marco Cruz, da Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR. A reorganização da circulação, estacionamento e travessia de peões na vila e a segurança a espetáculos desportivos e outros eventos têm também contado com a participação dos militares. No âmbito dos levantamentos que têm efetuado, detetaram três idosos a viver isolados em 2012 e sete no ano passado.

p Apreendidos telemóveis, armas e outros objetos aos assaltantes nhados em São Mamede, as detenções foram consumadas pelas 02h00 de 21 de maio, pelo Núcleo de Investigação de Criminal do Destacamento Territorial de Leiria (NIC Leiria), em resultado de uma investigação de combate à criminalidade. A investigação foi “motivada pela preocupação sentida pela população de Mendiga, Serro Ventoso, Arrimal e outras localidades vizinhas”, revela a GNR em comunicado, adiantando que a dupla, constituída por dois jovens residentes na zona da Batalha e de Porto de Mós, foi detida em flagrante delito no interior da residência. No âmbito da operação policial foram apreendidos artigos provenientes do furto,

bem como uma pistola de calibre 6,35 mm e uma arma de ar comprimido. O NIC Leiria “continua a efetuar diligências no sentido de recolher o máximo de informação que possa relacionar os detidos com furtos ocorridos na região”, adianta o comunicado. Por outro lado, o comando territorial de Leiria da GNR “demonstra preocupação com a segurança da população e espera desta forma ter conseguido pôr cobro ou diminuir o sentimento de insegurança que tem assolado” a região. Nos outros grandes grupos de criminalidade apontados pela GNR, o concelho regista uma ligeira melhoria, comparando os dados dos anos de

2012 e 2013. Os crimes contra as pessoas (como roubos, extorsão, burla, agressões, ameaças) são os mais frequentes, apenas atrás dos crimes contra o património. Os crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal (por exemplo, discriminação racial ou religiosa); contra a vida em sociedade (falsificação de documentos, fogo posto, pirataria ou condução ilegal), contra o Estado (tráfico de influências, crimes tributários ou branqueamento de capitais) e os previstos em legislação avulsa (por exemplo, especulação, infração aos direitos de autor, abate clandestino de animais ou jogo ilegal) têm pouca expressão no concelho da Batalha.

Criminalidade registada pela GNR no concelho Crimes

2012

2013

Crimes Contra as Pessoas

119

114

1º Trimestre 2014 24

Crimes Contra o Património Crimes Contra a Identidade Cultural e Integridade Pessoal Crimes Contra a Vida em Sociedade

287

347

82

0

0

0

36

27

4

Crimes Contra o Estado

6

5

1

Crimes Previstos em Legislação Avulsa

38

34

5

Total

486

527

116

Fonte: GNR

A Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar vai analisar o modelo de prevenção de fogos florestais e fiscalização nas zonas rurais, implementado no concelho da Batalha, que a autarquia considera “pioneiro” e capaz de uma “elevada otimização dos recursos humanos e materiais”. A Câmara da Batalha e o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR (GIPSGNR) de Alcaria iniciaram, em 2014, “um projeto pioneiro a nível nacional, tendo em vista o cumprimento da legislação em vigor e o reforço das ações de fiscalização dos espaços rurais”, refere a autarquia em comunicado. O concelho já foi fiscalizado na totalidade, tendo sido percorridos 2.282 quilómetros, por 37 patrulhas envolvendo 124 militares, que detetaram 953 infrações. “O potencial deste projeto é enorme, atendendo ao facto que existem 700 militares integrados no GIPS em Portugal, desde que, naturalmente, desenvolvido em estreita articulação com as diversas entidades com competências ao nível da execução de ações de prevenção e de intervenção”, considera Paulo Batista Santos, presidente da câmara. Este modelo foi implementado também nos concelhos de Porto de Mós e Alcanena, e poderá avançar em breve nos concelhos de Leiria, Alcobaça, Caldas da Rainha, Ourém e Mação. A análise em sede de comissão parlamentar da Assembleia da República acontece por proposta da câmara.


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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

junho 2014

Vidro reciclado em cinco anos d

s Notícias dos Combatentes

Arrependimentos

m Estimativas da soal, ávidos de caçarem mais uns votitos, fosse à esquerda, ao centro ou à direita! Ou seja, os nossos políticos continuam a tratar os cidadãos como autênticos atrasados mentais, estúpidos, broncos e analfabetos, como se nos últimos 40 anos nada tivéssemos aprendido e daí poderem continuar a manipular-nos, como sempre têm feito! É claro que tiveram a resposta que mereciam: a maior percentagem de abstenção, votos brancos e nulos como não há memória! Mesmo assim, e infelizmente para os portugueses, duvidamos que os nossos políticos tenham aprendido alguma coisa com estes catastróficos resultados eleitorais e o mais certo é irem continuar a trilhar o caminho de sempre, em que a última coisa que os preocupará é o bem-estar do nosso povo. Em palavras e promessas, será isso que lhes continuaremos a ouvir. Mas, na prática, continuarão a fazer o contrário. Quem nos dera que estivéssemos enganados! Enfim, temos andado a matutar nestas práticas políticas, tão diferentes de outras, em alguns países por esse mundo fora, designadamente nos escandinavos onde, de facto e como regra, se pode dizer que a generalidade dos políticos têm honra e orgulho em servir o seu país e o seu povo, quase todos eles ficando a perder monetariamente quando vão exercer cargos públicos, relativamente ao que auferiam anteriormente. Terá sido por andarmos com estas ideias “malucas” na cabeça que uma noite destas tivemos um sonho incrível! Talvez volo contemos numa próxima ocasião. Por hoje, apenas desejar o melhor para a comunidade batalhense. NB-LC

Valorlis mostram decréscimo na recolha de papel e de vidro e uma tendência de aumento do aproveitamento de embalagens de plástico e de metal

José Carlos Sousa

Pelo menos de quando em vez, arrependemonos de algo que dissemos ou fizemos. Quando tal acontece, por norma, o arrependimento advém-nos da circunstância de essas palavras ou atos terem atingido ou prejudicado terceiros. E então pedimos desculpa. Acresce que há uma expressão, não sei se de origem portuguesa ou assimilada, que reza assim: “as desculpas não se pedem; evitam-se”. Pois é, caros leitores, hoje estamos numa dessas situações, em que sentimos que vos devemos um pedido de desculpas. E porquê? – Porque, como não há regra sem exceção, no nosso último artigo, a pretexto das comemorações do 40º aniversário do “25 de Abril” e das eleições para o parlamento europeu, que estavam à porta, avançámos um pouco política adentro, acabando, aliás, a instigar os batalhenses a nelas irem votar. É em especial deste último pormenor que provém o nosso arrependimento! Na verdade, quando exortámos os cidadãos a irem votar, tínhamos a esperança de que, finalmente, os nossos políticos iriam fazer uma campanha limpa, esclarecendo-nos sobre a importância da nossa integração na comunidade europeia; sobre a importância do parlamento europeu; do papel que os deputados neste iriam desempenhar em nossa defesa, etc., etc. Pura ilusão, ingenuidade, burrice nossas! Com efeito, mais uma vez, quase todos os nossos políticos foram iguais a si próprios porque, ao invés de nos terem esclarecido sobre tudo quanto diz respeito à UE, passaram o tempo a bombardear-nos com mais do mesmo: insultos constantes uns aos outros, inclusive de âmbito pes-

p A Valorlis tem instalados 68 ecopontos no concelho Os habitantes do concelho contribuíram nos últimos cinco anos para a reciclagem de 1.104 toneladas de vidro, suficientes para produzir 3,1 milhões de garrafas de vinho (0,75 l), revelam dados resultantes de estimativas feitas pela Valorlis. As 932 toneladas de papel aproveitadas evitaram o abate de 14 mil árvores e as 526 toneladas de plástico recolhido equivalem à produção de 2,1 milhões de t-shirts XL, adianta a empresa responsável pela recolha seletiva, triagem, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos da Alta Estremadura. As estimativas para o concelho da Batalha, feitas

“com base no recolhido em ecoponto”, apontam para um gradual decréscimo na recolha de papel/cartão e de vidro, e para uma tendência de aumento nas embalagens de plástico e de metal. Na área do município estão instalados 68 ecopontos, a grande maioria na freguesia da Batalha (42), seguindo-se São Mamede (11), Reguengo do Fetal (8) e Golpilheira (7). A Valorlis investiu 25 milhões de euros nos últimos anos na construção de uma Central de Valorização Orgânica por digestão anaeróbia e na renovação da Central de Triagem de embalagens, entre outros projetos, que “contribuem

significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos da região da Estremadura”, segundo a própria empresa, que espera “um forte investimento na área da recolha seletiva de embalagens em todos os municípios”, em resultado da revisão do

Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos, que está em curso. Na área da sensibilização para a reciclagem, decorre este ano a campanha “Reciclar é que está a dar”, que envolve duas instituições de solidariedade social, os escuteiros e 12 escolas do

‘Poupança’ resultante da reciclagem Toneladas Vidro

Garrafas 0.75l

1104

3.154.286

Papel/cartão Árvores poupadas 932

13.980

Plástico

T-shirts XL

526

2.146.939

Recolha no concelho da Batalha 2009/2014 (ton) Papel/cartão

Embalagens de plástico e de metal

Vidro

2009

211

90

215

2010

204

97

218

2011

185

97

214

2012

151

111

208

2013

148

108

205

1ªtrimestre 2014

33

23

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Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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dá para 3,1 milhões de garrafas concelho da Batalha. A ideia é promover a recolha de resíduos domésticos recicláveis, como embalagens de plástico e de metal ou papel/cartão; através de ações de sensibilização e educação ambiental. Em simultâneo resulta na doação de material de ação pedagógica, bens materiais ou serviços às escolas, agrupamentos de escuteiros e instituições de solidariedade social. “O esforço das entidades será recompensado” pela Valorlis com a aquisição de bens pagos com o dinheiro conseguido da seguinte forma: embalagens de plástico e metal, um euro por cada 10 quilos recolhidos; papel/cartão, 0,5 euros por cada 10 quilos entregues à empresa, que limitou a 500 euros o valor máximo a atribuir por instituição.

s registo População participa mais na recolha seletiva A percentagem de resíduos indiferenciados depositados para recolha diminuiu 8,5% e a participação da população na deposição seletiva aumentou, em média, 20%, em resultado das ações de sensibilização realizadas no concelho, revelou a Suma, empresa que recolhe os resíduos sólidos urbanos. Os dados foram conhecidos a propósito da campanha “Até quando está disposto a tolerar que os outros sujem o que também é seu?”, desenvolvida pela Câmara da Batalha em parceria com a Suma, com o objectivo de alertar a população para a necessidade de contribuir para a limpeza urbana, evitando, entre outros problemas, o agravamento do orçamento camarário destinado a esta área. Esta mensagem foi transmitida aos alunos do 5º ano, no dia 12 de maio, e reforçada com a entrega de jarrinhas de flores e de folhetos com informação sobre a limpeza urbana. “Uma recente análise de resultados pré e pós intervenções de educação ambiental que a Suma levou a cabo permitiu concluir que, entre os anos que medeiam o início de implementação de campanhas no município e a atualidade, a percentagem de resíduos indiferenciados depositados para recolha diminuiu 8,5%, tendo a participação da população na deposição seletiva aumentado, em média, 20%”, revela a empresa em comunicado.


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Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

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Acordeonista José Pisco morre em colisão frontal m Aos 72 anos era considerado um dos melhores na sua arte em Portugal. O acidente vitimou também uma mulher de 61 anos, natural de Alqueidão da Serra.

O acordeonista batalhense José Frutuoso, mais conhecido por José Pisco, de 72 anos, morreu a 11 de maio, na sequência de um acidente na EN 118, entre Gavião e Nisa. A viatura ligeira que conduzia colidiu de frente com outra. Uma mulher que o acompanhava, Maria Celeste Vieira, de 61 anos, natural de Alqueidão da Serra, Porto de Mós, também morreu no desastre. José Pisco, que residia

p O acidente envolveu um Peugeot 407 e o BMW 324D conduzido pelo acordeonista agora em Fátima, editou diversos CD, era um dos acordeonistas portugueses de referência e deslocava-se com frequência ao Alentejo, onde decorria a maioria das suas atuações. Em paralelo à atividade artística, comercializava instrumentos musicais, sobretudo acordeões. O acidente aconteceu pe-

las 15h45, a dois quilómetros do cruzamento para a freguesia de Arez, no distrito de Portalegre, e causou ainda ferimentos em mais duas pessoas, uma delas uma menina de três anos, que ficou em estado considerado grave. A colisão frontal deu-se ao km 175,1, numa curva

pouco acentuada, e envolveu o BMW 324D em que viajava o acordeonista, no sentido de Gavião, e uma carrinha Peugeot 407, em que seguia um casal e a sua filha de três anos. O condutor da carrinha, Pedro Simões, de 33 anos, de Castelo Branco, foi transportado para o Hospital de

Portalegre, com ferimentos graves; à semelhança da sua filha, Madalena Almeida Simões, que foi levada de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um traumatismo craniano. A mãe da criança, de 28 anos, não necessitou de tratamento hospitalar. As causas da colisão estão

a ser apuradas pelo Núcleo de Investigação de Crimes e Acidentes de Viação da GNR. Segundo o jornal Alto Alentejo, ”a mulher que viajava na carrinha Peugeot terá contado ao seu sogro que quando iam a descrever a curva lhes apareceu o outro carro pela frente e deuse o embate sem hipótese de fuga ou reação”. A violência do acidente obrigou os bombeiros a recorrer a material de desencarceramento para retirar os corpos das viaturas, operações que decorreram durante as duas horas em que o trânsito esteve condicionado na zona, com a circulação para ligeiros a fazer-se por uma estrada de terra. Na valeta e junto à chapeleira do BMW repousavam os bocados de um acordeão vermelho – o último em que José Pisco tocou.

João Ramos: faleceu o líder histórico do crédito agrícola batalhense

p João Ramos dirigiu a CCAM Batalha durante 56 anos

João Afonso Marto Ramos, de 82 anos, uma figura marcante do crédito agrícola batalhense - assumiu durante 56 anos a direção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Batalha, onde começou a trabalhar com 17 anos - e do movimento das caixas de crédito agrícola do país, faleceu no dia 13 de maio, vitima de doença. A capacidade de liderança, reconhecida por todos, levou-o a integrar a direção da Federação Nacional das Caixas de Crédito

Agrícola, de que também foi fundador, e mais tarde a assumir a presidência da mesa da assembleia geral do Central Banco de Investimento. Por sua decisão, cedeu para instalação do município o edifício onde está o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, “num gesto de grande relevo cultural e sentido cívico para com os batalhenses”. Mesmo depois de aposentado, João Afonso Marto Ramos continuou a merecer

grande consideração e a ser consultado com frequência pelos seus antigos pares nas instituições com sede em Lisboa. Em 2013, no feriado concelhio da Batalha, foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Municipal – Grau Prata. “Pelo sentimento de pesar e pela atividade desempenhada em prol do desenvolvimento do concelho da Batalha e da região”, o município decretou luto municipal no dia 14 de maio. Para Paulo Batista San-

tos, presidente da câmara, “o falecimento do senhor João Ramos constitui uma enorme perda para a Batalha, dado o trabalho relevante que desempenhou durante décadas em prol do desenvolvimento do concelho”. O autarca expressa ainda “enorme gratidão pelo gesto de abnegação” que João Ramos praticou ao ceder o antigo edifício da Caixa de Crédito Agrícola da Batalha para a instalação do Museu da Comunidade Concelhia.

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Atualidade Batalha

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Pequenas reparações ao domicílio ajudam população idosa e carenciada m Junta de Freguesia da Batalha lançou o programa SOS Reparações, a que podem candidatar-se moradores com mais de 65 anos, pensionistas, em situação de carência

O programa SOS Reparações, lançado pela Junta de Freguesia da Batalha, recebeu três pedidos de realização de pequenas obras até ao início de junho. Um dos pedidos referese ao fecho de fendas numa parede de uma sala e ao arranjo de uma torneira, precisamente o género de reparações em que a autarquia se compromete a intervir. “A nossa obrigação é ajudar as pessoas com dificuldades económicas a terem uma vida melhor”, destaca Germano Santos Pragosa, presidente da junta de freguesia, que desenvolve o programa em sintonia com a câmara, por exemplo através do Gabinete de Apoio ao Idoso, e a Misericórdia da Batalha. A SOS Reparações tem um orçamento de 2.500 euros, “uma verba significativa considerando que abrange apenas pequenas

p Germano Santos Pragosa garante a continuação do programa até 2017 obras, mas também é verdade que a freguesia é muito grande e tem 29 lugares”, refere Germano Santos Pragosa. O projeto está assegurado até 2017. “É para se manter no nosso mandato (eu estou no último). Depois depende do futuro executivo”, garante o autarca. Este programa disponibiliza um serviço gratuito de pequenas reparações domésticas no interior das habitações dos residentes na

freguesia da Batalha, com idade igual ou superior a 65 anos, pensionistas e que se encontrem em situação de carência ou de fragilidade social, mediante validação dos Serviços de Acção Social do Município da Batalha. A junta de freguesia garante a realização de trabalhos nas áreas da carpintaria (pequenas reparações em portas e janelas, incluindo colocação de dobradiças, puxadores e

s registo Freguesias do distrito mais ligadas à associação nacional O presidente da junta da Batalha é o novo coordenador distrital da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Entre os objetivos da equipa de Germano Santos Pragosa conta-se o reforço do associativismo das freguesias. O distrito de Leiria tem 110 autarquias e 62,7% integram a ANAFRE, um resultado acima da média nacional, uma vez que apenas 46,3% das 3.091 freguesias fazem parte da associação. “O nosso objetivo é tornar a ANAFRE mais forte, porque será melhor para as freguesias do distrito e do país”, refere Germano Santos Pragosa, adiantando que a associação “tem tido um papel ativo na dignificação e defesa dos interesses das

juntas”. “Aproveito para convidar os colegas a inscreverem-se. A ANAFRE tem feito muito pelas freguesias. É em resultado do seu trabalho que este ano vamos ter 1% IMI urbano e o total do IMI rústico a cair diretamente nos cofres das juntas, quando neste caso era de apenas 50%”, salienta o autarca da Batalha. Germano Santos Pragosa, autarca há nove anos, já fazia parte da delegação distrital da associação e tomou posse com a sua equipa a 2 de maio. O mandato termina em 2017.

fechaduras; colocação de guarnições em madeira e pequenas reparações de soalhos), eletricidade (substituição de lâmpadas, arrancadores, tomadas e interruptores), canalização (afinação, substituição de torneiras e válvulas, colocação ou substituição de sifões, acessórios de bancada de cozinha e sanitários) e da serralharia (pequenas reparações em portas e janelas, colocação de fechaduras, puxadores e vedantes em caixilharia de alumínio, reparação simples de estores, colocação de barras de apoio). Os pedidos de ajuda enviados ao programa SOS Reparações têm de ser acompanhados de fotocópias do cartão do cidadão e de documento demonstrativo dos rendimentos.


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Batalha Atualidade

Câmara paga subsídio sem cortes A câmara da Batalha vai pagar o subsídio de férias em simultâneo com o vencimento de junho a todos os colaboradores, sem os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014, em cumprimento da decisão do Tribunal Constitucional. O tribunal considerou inconstitucionais os cortes dos salários dos funcionários públicos acima dos 675 euros. No entanto, mantêm-se os cortes de 5% aplicáveis aos eleitos locais e aos membros do gabinete de apoio pessoal do presidente e vereadores da câmara. Esta medida abrange 190 trabalhadores.

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Fecho do centro de interpretação considerado “inexplicável” e “grave” m Os deputados do PSD enviaram um requerimento ao secretário de Estado da Cultura a solicitar “a reabertura urgente” do espaço instalado no mosteiro

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria consideram “inexplicáveis” e “graves” as “deficiências” apresentadas pelo Centro de Interpretação do Mosteiro da Batalha, inaugurado em março de 2012, após um investimento de 700 mil euros. Neste contexto, enviaram ao secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, um requerimento em que solicitam “a reabertura

p Deputados exigem “reabertura em boas condições de utilização” urgente” do espaço, cuja situação atual “gera a maior estranheza junto dos milhares de visitantes, impedidos de contactar com o equipamento, embora divulgado como elemento da visita cobrada”. O centro de interpreta-

ção está integrado no circuito de visita do mosteiro e pretende proporcionar “um novo olhar” sobre o monumento, possibilitando uma melhor compreensão dos seus espaços, evolução construtiva e contextualização histórica e simbó-

lica. Uma dos atracões é a projeção em 3D das fases da construção do mosteiro ao longo dos séculos. No requerimento, datado de 31 de maio, os deputados destacam que o encerramento do centro “tem suscitado a maior apreensão

por parte do presidente da câmara” e “prejudica a fruição cultural do Mosteiro da Batalha”, o que “exige uma urgente resposta por parte da tutela”. Por isso, os deputados do PSD eleitos por Leiria solicitam ao secretário de Estado da Cultura que os informe sobre a data de “reabertura em boas condições de utilização” do espaço, instalado na antiga adega dos frades dominicanos. O Mosteiro de Santa Maria da Vitória está a comemorar 30 anos de classificação pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, “evento de singular simbolismo nacional que nos últimos tempos, infelizmente, tem sido veiculado por razões menos positivas”, afirmam os deputados.

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BATALHA


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Atualidade Batalha

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MPT de Marinho Pinto foi a grande surpresa m A coligação PSD/ CDS venceu nas quatro freguesias do concelho e o Movimento Partido da Terra é a terceira força política

O Movimento Partido da Terra (MPT), liderado pelo ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, registou a maior su-

p Resultados no concelho

bida no concelho da Batalha nas eleições europeias realizadas a 25 de maio, um crescimento que se verificou também nos resultados totais nacionais, causando a maior surpresa do escrutínio – o partido elegeu dois deputados. O MPT passou a ser a terceira força política mais votada na área do município, acima do PCP. No concelho, a coligação PSD/CDS venceu em todas as freguesias, com 46,93%

dos votos. No entanto, os dois partidos conseguiram menos votos agora (2.731) do que quando concorreram separados em 2009: neste ano o PSD obteve 2.455 votos e o CDS chegou aos 733. O PS foi o segundo partido mais votado no município, obtendo melhores resultados do que os alcançados há cinco anos, mas de forma pouco expressiva. No conjunto dos 16 concelhos do distrito de Leiria,

p Freguesia da Batalha

a coligação PSD/CDS conseguiu conquistar a maior fatia do eleitorado (36,84%), embora abaixo da soma das votações obtidas pelo PSD (38,33%) e pelo CDS (9,35%) nas últimas eleições europeias. O PS alcançou 24,69% dos votos (20,46% em 2009). O MPT também obteve um resultado inesperado, constituindo-se como a quarta força política (6,83%, quase 10 mil eleitores), abaixo do PCP (8,64%).

p Freguesia da Golpilheira

A abstenção foi de 67,68%, acima da média nacional e dos 64,26% atingidos há cinco anos. Quanto aos dados nacionais, recorde-se, o PS conquistou mais de um milhão de votos (31,46%) e oito deputados, à frente do PSD/ CDS, que ficou com sete deputados e quase 910 mil votos (27,71). O PCP, com três deputados; o MPT, com dois; e o BE, com um, são os outros partidos representados no

p Freguesia do Reguengo do Fetal

Parlamento Europeu. Finalmente, em termos europeus, o PPE – Partido Popular Europeu, que congrega os partidos de centro direita, como o PSD e o CDS, venceu as eleições e conquistou 221 dos 751 lugares do parlamento. Em segundo lugar ficou o S&D – Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas – com 190 deputados.

p Freguesia de São Mamede

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Resultados eleitorais - Europeias Os sistemas democráticos não estão bem, parece ser óbvio, por diversas razões. Os últimos resultados eleitorais, se duvidas existissem, confirmam-no à exaustão. Os partidos da extrema direita, xenófobos e racistas, cresceram significativamente, o que não augurará nada de bom. Em Portugal, foi demasiado recorrente, ouvirmos pessoas “esclarecidas” dizendo que possivelmente não iriam votar, outras que não sabiam se votariam nulo ou branco e ainda outras referiam que talvez votassem no “Coelho da Madeira”, ou no Marinho Pinto. Os resultados vieram comprovar o afastamento da larga maioria dos cidadãos eleitores, dos par-

tidos referidos usualmente, como do arco da governação. Esta situação não será preocupante? Vislumbra-se na atuação destes partidos alguma mudança, tendente a alterar este estado de coisas? Não me parece. O que é preocupante, uma vez que dos sistemas conhecidos, este é o menos mau. Com defeitos, muito por culpa dos próprios partidos, mas ainda assim, o menos mau. Mas que reação esperar dos cidadãos, quando uma classe bem instalada de burocratas europeus passa dois anos a estudar legislação para regulamentar o tamanho das sanitas? Será que a Europa não tem problemas maiores? E que esperar também

quando diretivas comunitárias são aplicadas até à exaustão pelos países bem comportados, quando os maiores e/ou mais ricos não as aplicam da mesma forma? E que esperar ainda, quando os nossos “parceiros” europeus ricos, lucram com as crises dos outros? Porque também se lucra, quando o investimento na formação de uma geração jovem, é paga por um país e essa geração o tem que abandonar, quando a crise aperta, indo trabalhar para esses países ricos. Vai gerar mais riqueza para o norte da europa, ficando o seu país de origem com o futuro mais negro. Será que a mensagem e as

atuações dos políticos evidenciam a defesa dos interesses dos seus países e dos seus cidadãos, ou pelo contrário, demonstram quase exclusivamente o cumprimento de regras que levem à concretização dos interesses dos grandes banqueiros e de outros investidores internacionais? Será que os governos e a união europeia perceberam estes resultados eleitorais? E estarão a fazer alguma coisa, para inverter estas tendências? O tempo passa depressa e cada vez permite menos distrações. Qualquer cidadão consciente, deve assumir e interiorizar que a divida do país, foi criada por nós. Por via direta, ou indireta. Uns com

mais e outros com menos ou até sem culpa. Mas a divida é do país e tem que ser paga. Mas só será paga, se o país gerar recursos, que a permitam pagar, possibilitando em simultâneo aos seus cidadãos uma vida digna e dotando-os da convicção que vale a pena lutar para se pagar essa divida. Será que a dívida está estruturada (prazos e juros) de forma que possa ser paga por este país? Muitos especialistas defendem que nunca a conseguiremos pagar, da forma como está estruturada. Para ser paga, nos termos em que se encontra, o país teria que crescer 4% ao ano, durante muitos anos consecutivos. Será que alguém acredita

que esse crescimento é possível? A política é uma atividade nobre, porque, quando bem executada, permite usar bem o dinheiro do país, ou de um grupo de países em prol dos interesses dos seus cidadãos. E os cidadãos têm que perceber, têm que ver que assim é. Será que os governantes da europa e de cada um dos países que a compõem, ainda não leram os resultados eleitorais? Seria bom que os lessem rapidamente!


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Batalha Atualidade

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Gastronomia e artesanato atraíram 60 mil pessoas à vila p O presidente da câmara e o secretário de Estado António Amaro

m No primeiro dia da feira foram entregues as verbas correspondentes à 2ª fase de apoios ao associativismo, no total de 15.178 euros

sentam produtos de excelência da região – por exemplo mel, azeite, vinho e doçaria. “A FIABA assume-se como um evento de grande importância para a Batalha e para a região, que deve servir para projetar o concelho, as suas gentes e os produtores locais”, considera Paulo Batista Santos, presidente da câmara. A feira, organizada pela Câmara da Batalha, foi inaugurada com a presença do secretário de Estado da Administração Local, António

Leitão Amaro, que assistiu à assinatura dos protocolos de apoio ao associativismo concelhio. A autarquia apreciou 44 atividades apresentadas por 21 associações e coletividades, e decidiu subsidiar 28. Os subsídios oscilam entre 20 e 80% do valor pedido nas candidaturas. No total, foram atribuídos 15.178 euros no âmbito 2ª fase de apoios ao associativismo, neste caso destinados apenas a atividades regulares e desportivas não federadas.

p A gastronomia estremenha esteve representada em 16 tasquinhas

António Joaquim

A 24ª Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha (FIABA), “um dos certames de referência a nível regional”, contou este ano com uma Mostra do Mundo Rural. No total, reuniu 60 artesãos de todo o País, 16

tasquinhas e 10 produtores dos melhores produtos do concelho. O certame decorreu de 29 de maio a 1 de junho, com destaque, na componente gastronómica, para a participação das associações do concelho, que serviram ao público - calculado em 60 mil pessoas -, as iguarias tradicionais da região estremenha. A Mostra do Mundo Rural, que decorreu pela primeira vez, contou com a participação de 10 produtores do concelho, que apre-

p A Mostra do Mundo Rural foi a novidade ano

p O passeio “3º FIABA BTT – Pelos Trilhos do Centro” envolveu 400 pessoas

p A latoaria foi uma das artes tradicionais presentes na Fiaba

p Os espetáculos musicais animaram as noites da feira

José Carlos Sousa

José Carlos Sousa

p Crianças assistem à exibição do Rosas do Lena

p 1º Passeio de Motorizadas Antigas B.V. Batalha

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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Especial UCR Santo Antão

“Estamos com vontade de elevar o nome do clube ao ponto alto em que esteve” m A União Cultural e Recre-

noite. Temos jogos de matraquilhos, cartas, bilhar, uma máquina de setas e o jogo do chinquilho, cujos tabuleiros acabam de ser restaurados.

ativa de Santo Antão existe há 40 anos, comemorados a 25 de maio. Já foi uma das maiores coletividades do concelho. Agora com uma direção de jovens, dirigida por Paulo Silva, procura sobreviver e recuperar o lugar que merece no associativismo concelhio

Jornal da Batalha – Qual era a situação do clube quando tomou posse? Paulo Silva - A direção tomou posse no final de 2012, quando soubemos que a anterior tinha a intenção de não continuar e a associação corria o risco fechar. A atividade era muito fraca e o bar já só abria ao fim de semana. As pessoas, como não tinham o café durante a semana, deixaram de vir. Foi então que decidiram meter mãos à obra? Sim. Juntámos a malta mais nova para evitar que a associação fechasse. Pensámos que, como o bar tinha recebido obras há pouco tempo, era importante agarrar o clube. São todos jovens? É tudo gente nova. Tirando o meu irmão, que tem 30 anos e é o mais velho, os outros são mais novos do que eu. Portanto, não tinham experiência no associativismo? Nós pegámos na associação mesmo para não fechar. Até foi mais para manter o bar funcionar. Depois informei-me sobre as questões do associativismo, as candidaturas aos apoios da Câmara da Batalha (muito importantes) e os projetos que podíamos fazer. Entretanto, decidimos dar continuidade à participação em iniciativas com mais impacto no concelho, como a FIABA e o desfile de Carnaval. Apostámos também

E preveem a realização de outras iniciativas? Sim. Em Setembro vamos ter uma turma de kickboxing, com aulas ministradas por um professor federado, Gonçalo Cardal, da nossa terra, que foi campeão nacional. Para finais de Outubro, início de Novembro, estamos a programar um festival de bandas de garagem.

p Um grande objetivo de Paulo Silva é evitar a degradação da sede na festa de aniversário, que atrai muita gente [130 pessoas no dia do 40º aniversário] e no encontro de sócios e amigos no almoço de domingo.

tard ‘Zé Povinho’. Promovemos festas com música ao vivo e com DJ. Tentamos fazer pelo menos uma iniciativa por mês, para arranjar fundos.

As vossas atividades são a que níveis? Desportivo, cultural... A nível desportivo e lazer temos o BTT, através do grupo de atletas amadores chamado NASA – Núcleo Aventura de Santo Antão. E também acolhemos o Grupo Mo-

A população reconhece o vosso trabalho? Penso que a nossa direção está a ser bem aceite. As pessoas têm a noção que estamos com vontade de fazer crescer a associação, de trabalhar e elevar o nome

do clube ao ponto alto em que esteve há anos. Não é uma tarefa fácil. É difícil. Esta foi uma das maiores associações do concelho. Tinha muita participação popular, muitas atividades, muitos bailaricos e até uma biblioteca. Que atividades oferecem aos sócios? Temos o bar sempre aberto à

“Cedência de utilização do terreno deu avanço para o licenciamento” E quanto às instalações, são necessárias obras? O palco precisa de obras ao nível dos camarins e do acesso exterior. A cozinha necessita de uma intervenção de fundo. O telhado é novo: destruído pela tempestade de 19 de Janeiro de 2013, foi arranjado com financiamentos das autarquias e a vontade das pessoas que ofereceram o seu trabalho. Na altura, foi também melhorada a

zona do bar e dos jogos. A outro nível, o edifício da sede não está licenciado. Estamos em fase de licenciamento. É, de facto, um dos grandes problemas da associação. O processo tem-se arrastado ao longo dos anos. O terreno foi cedido à coletividade pelo eng. Monteiro, mas, ao mesmo tempo, considerado zona verde na sequên-

cia da construção de uma urbanização. Assim, o edifício foi construído num terreno da câmara. O contrato de cedência de utilização do terreno foi assinado por mim e pelo anterior presidente da câmara, António Lucas. Foi um grande avanço. Agora é preciso adequar o projeto antigo ao que existe no terreno para poder ser aprovado pela autarquia.

Têm outros projetos ou a ideia é consolidar os atuais? Vamos tentar sobreviver com estas atividades. Os recursos humanos são escassos e o nosso objetivo essencial é não reduzir o número de iniciativas. Ou seja, apostar no BTT, música ao vivo, dedicada aos mais jovens; festa de aniversário, carnaval, FIABA e mais um ou outro evento. Como é que se financiam? As receitas próprias são muito poucas, basicamente as resultantes do funcionamento do bar, que pagam as despesas com a água, luz, internet (grátis para os visitantes), televisão e telefone. As outras resultam dos financiamentos concedidos pelos protocolos de apoio ao associativismo realizados com a câmara e da participação na FIABA. Qual é o seu grande objetivo como presidente do clube? O grande objetivo é evitar a degradação do edifício. Gostaríamos de requalificar a cozinha e o palco (gostava que fosse usado para espetáculos de teatro). E é pena termos um ringue e balneários sem utilização, porque não há atividades desportivas. O edifício está a precisar de uma pintura exterior e de retoques de pedreiro para tapar buracos, mas faltam-nos verbas para estes trabalhos. A nossa intenção é avançar com obras em 2015, através de um projeto a candidatar aos financiamentos da câmara.


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Especial União Cultural e Recreativa de Santo Antão

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“Sentimos orgulho no que ajudámos a constr associativismo perdeu-se em todo o lado” m Quando quatro dos fundadores da União Cultural e Recreativa de Santo Antão (UCRSA) se juntam à mesa para relembrar como nasceu a coletividade, passados 40 anos, o trabalho mais difícil para o jornalista não é fazer perguntas, é ‘controlar’ os entrevistados, ávidos por contar as histórias que marcaram décadas das suas vidas e da população de Santo Antão e da Faniqueira.

Os convivas são Vítor Nuno, 60 anos, comerciante; Joaquim Patrocínio, 60 anos, industrial de máquinas; Joaquim Carreira de Sousa, 71 anos, industrial de reboques, e Francisco Carvalho, 61 anos, contabilista. Todos fizeram parte das primeiras direções do clube – e de outras mais tarde. À primeira pergunta, sobre como nasceu a UCRSA, é Joaquim Carreira quem comenta: “A nossa associação surgiu de conversas que tivemos uns com os outros. No início não falávamos em formar uma associação, mas um clube. A sede era para ser na escola velha, aqui a uns 150/200 metros do edifício atual. Era do meu avô e ficava à beira da estrada, ainda a alagámos. A obra que está aqui [a sede onde decorre a conversa], era para ser feita no

p O alm

p Paulo Silva, presidente do clube, com quatro dos elementos fundadores da coletividade sítio da escola”. Vítor entra na conversa: “Era para ser um clube ape-

nas no sentido desportivo, porque na altura ainda não havia muito a ideia de associação como hoje. Havia um grupo de jovens que jogava à bola, que também está na origem da UCRSA. Alguns dos membros desse clube, digamos assim, e outros juntaram-se para formar a União Cultural”. Joaquim Patrocínio e Francisco avançam na história: “Juntámo-nos todos e alugámos um barracão ao lado das instalações do Calhau Pneus. Pagávamos uma renda mensal o Ti Joaquim e começámos a fazer uns bailaricos, ao domingo à tarde, com um gira discos. E foi onde tudo começou. Mais tarde vieram também acordeonistas. Na altura éramos uns 10 no núcleo principal”. Ordem à mesa, pensa o jornalista. Faltam as datas, importantes para enquadrar a história. Mas isso foi em que altura? As respostas surgem de todo o lado. O melhor é sintetizar. Em 1972, o grupo já organizava festas no barracão, mas o clube ainda não estava legalmente constituído. Estas instalações serviram os propósitos dos jovens durante uns quatro anos, período durante o qual foi constituída a cole-

tividade, a 25 de Maio de 1976. Entretanto, a vida da UCRSA centrava-se nos “bailaricos e vinho com gasosa”. “Era o que a associação fazia: serviço de bar e bailes”. Mas em breve as coisas mudariam. Como o terreno da escola era pequeno e o eng. Monteiro deu um maior para a construção da sede [ver também entrevista na página 11], os trabalhos avançaram sem demoras. Joaquim Carreira: “Estas instalações começaram a ser construídas em 1976. Nós queríamos evoluir e, apesar de termos chegado a levar tijolo para junto da escola, viemos para aqui. Foi tudo feito com voluntários, ao domingo. Ao sábado não, porque na altura ainda era dia de trabalho. A confrangem, por exemplo, era feita de dia e nós enchíamola à noite”. Francisco acentua: “Isto foi sempre sendo feito. A primeira base foi um barracão. No primeiro ano pôs-se a cobertura. Foi quase como o Mosteiro da Batalha... Depois foi o palco, construído do lado de fora para não interferir com o espaço existente; depois foi a cozinha, o bar....” Seja como for, a verdade

é que em 1977, um ano após a sua constituição oficial, a UCRSA já tinha sede. E no final da década de 1980 estava construída quase como é hoje. E então sim, a coletividade mostrou aquilo que era capaz de fazer: ralis, motocross, passeios de bicicleta, teatro, coro, festas de Natal para as crianças da escola, ginástica para as senhoras, cursos de bordados, uma equipa de futebol de salão (com torneios), chinquilho e outros jogos tradicionais. E mais, como lembra Vítor: “Apresentávamos cinema para a população. Havia uns homens que andavam numa carrinha e alugavam os filmes. Havia sempre cinema aqui”. E bailes de máscaras, o famoso baile da pinhata, grandes passagens de ano que enchiam a coletividade. Havia então uma grande dinâmica. A partir de 1998 o entusiasmo começou a perder-se, as iniciativas a diminuir, a população a aderir menos e a encontrar outros interesses. “As discotecas deram cabo disto tudo. A partir daí o funcionamento do clube foi intermitente. E esteve mesmo fechado de 2005 a 2009. Foi o único período em que encerrou. Não havia

p O rin


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ruir mas o

moço de aniversário reuniu 130 pessoas, no dia 25 de maio

União Cultural e Recreativa de Santo Antão Especial

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Servir a população é uma preocupação desde o início A União Cultural e Recreativa de Santo Antão, criada no dia 25 de maio de 1974, nasceu da vontade de um grupo de residentes em constituir um espaço destinado ao convívio. Este ano dispõe de um orçamento de 38 mil euros, deficitário em quase seis mil euros, devido às obras de requalificação do bar e dos espaços adjacentes. De forma a fomentar o recreio e a participação em iniciativas lúdicas, num ambiente familiar, a coletividade realiza festas, bailes e diversas ações abertas à população. Nos seus estatutos destaca-se a preocupação dos fundadores em promover atividades culturais a partir da criação de um gabinete de leitura, com serviço de empréstimo de livros e revistas aos associados. Tem realizado eventos destinados em larga maioria à camada mais juve-

p A sala de jogos é um dos atrativos da UCRSA nil, destacando-se uma prova de BTT, concertos com bandas de garagem e a participação no Festival de Sopas. Enquanto sociedade recreativa, tem como objetivo proporcionar ao público em geral e, em particular, aos associados, diversas atividades durante o ano. Para melhor contribuir para a realização das suas tarefas sociais, o edifício

que serve de casa à associação foi remodelado, dando origem a um espaço mais moderno e adequado às necessidades. A União dispõe de um serviço de bar a funcionar todos os dias, das 20h30 às 24 horas. O jogo da sueca, chinquilho, dominó, snooker e matraquilhos são algumas atividades disponíveis na associação – que também não falha a transmissão

em ecrã gigante dos grandes jogos de futebol - e dispõe de acesso gratuito à internet. A associação serve ainda de casa a outros dois grupos, que, em parceria com a própria instituição, desenvolvem diversas atividades de carácter lúdico, desportivo, cultural e social: o Grupo Motard “Zé Povinho” e o NASA - Núcleo Aventura de Santo Antão.

‘3ª Resistência 3 Horas BTT’ com inscrições abertas

gue, palco de grandes jogos de futsal, está ao abandono mesmo nada”. Os almoços com mais de 300 pessoas não voltaram a repetir-se. Vitor conclui: “Agora, para a nova direção, é preciso motivação e que as outras pessoas participem. Eles estão um bocadinho de mãos atadas. Penso que nós,

os mais velhos, devemos ajudar no que pudermos. Nós sentimos orgulho no que ajudámos a construir, temos sempre o bichinho do clube. Mas o mal é geral, o associativismo perdeu-se em todo o lado”.

A ‘3ª Resistência 3 Horas BTT’, organizada pela União Cultural e Recreativa de Santo Antão e pela NASA/Leiribike, uma prova com caráter desportivo/competitivo, em bicicletas de todo-o-terreno, disputa-se a 29 deste mês, “com o objetivo de fomen-

tar a prática de desporto”, segundo a organização. A prova decorre num circuito mais suave que o das edições anteriores, de dificuldade média/fácil com a distância aproximada de cinco quilómetros em terreno misto e acumulado de 100 metros por volta.

A duração da prova é de três horas, acrescidas do tempo necessário à conclusão da volta que esteja a decorrer quando se esgotar o tempo pré-definido. As inscrições estão abertas até 26 deste mês e custam 10 euros. O almoço de cada acompanhante obriga

ao pagamento de seis euros. Há troféus para o primeiro da classificação geral, para os três primeiros classificados de cada escalão e para a equipa mais numerosa, além de lembranças para todos os atletas.

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Especial União Cultural e Recreativa de Santo Antão

Núcleo de aventura dá cartas no BTT

A NASA – Núcleo de Aventura de Santo Antão nasceu em 1991. “Eu tinha 17 anos. Com cinco colegas de Santo Antão, mais ou menos da mesma idade, resolvemos ir passar 15 dias de férias para o Gerês de BTT”, conta João Novo, responsável pela organização, adiantando: “Embarcámos de comboio em Pombal e fomos até Braga. Depois foi sempre a curtir com BTT, uma mochila às costas que pesava mais de 30 quilos e a dormir onde calhava”. O grupo decidiu então criar uma equipa, com o nome NASA, que começou a participar em passeios e provas de BTT. O primeiro passeio que organizou foi noturno, em 5 de novembro de 1995. Mas o grupo de jovens de Santo Antão promoveu também raides de motos de 50cm3 - na altura um sucesso -, passeios pedestres, tudo atividades ligadas à natureza e à aventura. Hoje o grupo, com 50 elementos, está mais ligado ao BTT. “Este ano surgiu um patrocínio e fizemos um protocolo com 24 elementos da NASA, para divulgar e promover o BTT na nossa região, pelo que a equipa passou a chamar-se NASA/Leiribike”, explica João Novo. Um dos eventos que realiza, já este mês, é a “3ª Resistência 3 Horas BTT’, em Santo Antão. A NASA está ligada à União Cultural Recreativa Santo Antão, onde tem a sua sede e da qual recebe apoio para todas as atividades.

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‘Zé Povinho’ quer ajudar a acabar com ideias erradas m A UCRSA acolhe a

p João Novo, responsável pela NASA

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sede do grupo motard, que todos os anos organiza um encontro com centenas de amantes das motas O Grupo Motard ‘Zé Povinho’, cuja sede funciona nas instalações da UCRSA, existe há dez anos e resulta da conjugação de esforços de um conjunto de amantes dos passeios de mota, que queriam visitar outras organizações do género, com o objetivo de dinamizar o convívio entre motards. A organização não está constituída como associação. É um grupo informal de amigos das motas, que reúne 35 sócios. É constituído sobretudo por homens, na casa dos 30/40 anos, com predominância para a primeira faixa etária. O facto de conviverem com pessoas da UCRSA e alguns residirem em Santo Antão e Faniqueira, levou à constituição da parceria entre as duas organizações para a cedência de um espaço ao ‘Zé Povinho’. “Nós vamos a outros grupos de motards todos os fins de semana e anualmente fazemos um encontro, na data do nosso aniversário, em Março. Nessa altura, convidamos os colegas a visitarem-nos. Vêm

passar um fim de semana diferente connosco, de convívio, de confraternização”, explica Sónia Marques, 32 anos, escriturária e presidente do Grupo Motard ‘Zé Povinho’. No encontro deste ano participaram 400 motards. Há três anos seguidos que também participa um espanhol, Manolo, de Bejar. “O ano anterior foi um bocadinho melhor em número de participantes e esperamos que o próximo também seja. Com esta conjuntura económica difícil, não conseguem deslocar-se dos vários pontos do país à nossa região”, explica Sónia Marques. A festa tem recebido sempre muito acolhimento do público. “O nosso interesse é também que as pessoas da terra nos visitem, porque os motards são muitas vezes apelidados de pouco sociáveis e nós temos tentado desmistificar esta ideia errada, porque a família motard é de muito acolhimento, de ajuda, mesmo a um desconhecido”, adianta a presidente do grupo. O Grupo Motard ‘Zé Povinho’ tem como próximos objetivos visitar outros grupos e organizar o seu 11º encontro em março de 2015, além de se associar às atividades da UCRSA. Em situações pontuais tem participado em iniciativas da câmara, como o desfile de pais Natal em 2012.

p Sónia Marques, presidente do grupo motard

p O grupo guarda as recordações na sede da UCRSA

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Atualidade Batalha

Caravana com 450 seniores conquista terras alentejanas

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s Fiscalidade António Caseiro Mestre em Fiscalidade, pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade, Técnico Oficial de Contas

Incentivos de natureza fiscal de apoio ao investimento p O grupo era constituído por meio milhar de pessoas

m O Passeio de Pensionistas organizado pela junta da Batalha tem como objetivo permitir o convívio e o conhecimento de outras regiões

É um passeio que se repete todos anos. Há mais de 20. Ter 65 anos ou ser reformado é a única condição obrigatória para participar na festa de convívio e cultura que a Junta de Freguesia da Batalha organizou este ano a 7 de junho. O Passeio de Pensionistas reuniu 450 convivas, sem contar com o ‘staff’ de apoio – ao todo a caravana transportou meio milhar de pessoas. E o termo caravana não vem a despropósito porque foram precisos nove autocarros para levar o grupo por terras alentejanas. “Eu fiz o reconhecimento do percurso e o total são uns 630 quilómetros”, conta Germano Santos Pragosa, presidente da Junta de Freguesia da Batalha, adiantando que o número de participantes tem-se mantido nos últimos anos. “O objetivo da iniciativa é promover o convívio entre os seniores da freguesia. Por um lado, damos a possibilidade de viajar a muita gente que não o faz durante o ano (é outra das nossas atividades em que procura-

mos chegar à população carenciada) e aproveita para ir connosco e divertir-se. Mas envolvemos também aqueles que estão habituados a passear. É uma iniciativa muito diferente das outras”, destaca o presidente da junta. A freguesia, que tem 8.548 habitantes – mais de metade da população do concelho -, é responsável pelo aluguer e pagamento do serviço de autocarros e por todas as questões logísticas, enquanto os participantes respondem pelo almoço, que têm de levar de casa. O Passeio dos Pensionistas tem um custo variável, dependendo do destino. Este ano ficou em cinco mil euros. “Ao longo dos anos fomos a quase todo o lado, começam a faltar-nos sítios. Quer dizer, nós não podemos ir ao Algarve ou ao Norte, porque não conseguiriamos fazer o passeio num dia, por isso já corremos quase tudo o que fica perto”, conclui Germano Santos Pragosa.

p Arranjar local para todos puderam almoçar é complicado

s registo Património e festa do tapete em Arraiolos em destaque Este ano o destino foi o Alentejo. O grupo saiu da Batalha ao início da manhã, em direção a Arraiolos – a primeira paragem foi para ‘ocupar’ duas áreas de serviço da A13, na zona de Salvaterra de Magos, e tomar o pequeno almoço em meia hora. Em Arraiolos, a festa “O Tapete está na rua” - tapetes expostos nas fachadas das casas, bordadeiras a trabalhar e uma feira medieval - despertou a atenção dos seniores, antes da visita à Igreja da Misericórdia. A paragem seguinte foi em Vila Viçosa, na Mata Municipal de Vila Viçosa. Aqui, houve tempo para almoçar e dançar ao som dos acordeões, antes da visita ao San-

tuário de Nossa Senhora da Conceição. O destino seguinte foi Elvas e o Forte de Santa Luzia – onde os pensionistas chegaram uma hora atrasados devido a um engano no caminho e às dificuldades em manobrar nove autocarros em locais pouco espaçosos. A última paragem aconteceu no Parque de Merendas da Comenda, em Gavião, para o lanche. Este ano não houve tempo para o baile, era preciso regressar. E o regresso à Batalha, concretizado já o sol se tinha posto, fez-se com a alegria habitual, com cantigas, anedotas e muita conversa.

Estão em vigor dois regimes de incentivos fiscais que poderão também ser relevantes para as decisões de investimento, nomeadamente: - RFAI - Regime Fiscal de Apoio ao Investimento, até 2017: consiste numa dedução à coleta de IRC, de 20% sobre os investimentos produtivos afetos à exploração (até ao valor de EUR 5 milhões) ou de 10% (para valores superiores) e que visem a criação líquida de postos de trabalho. Para auferir este benefício não é necessário a apresentação de candidatura - CFI/BFC - Código Fiscal do Investimento / Benefícios Fiscais Contratuais, até 2020: Consiste numa dedução à coleta de IRC de 10% a 20% de IRC sobre os investimentos com impacto para a economia, fomentando a criação de emprego. Para beneficiar deste regime é necessário que os investimentos se iniciem após a apresentação de candidatura, com um investimento mínimo de investimento elegível de EUR 3 milhões. DE NATUREZA FINANCEIRA. Está, na presente data, em fase de transição de quadros comunitários de apoio, entre o anterior Quadro de Referência Estratégico Nacional (“QREN”) e o próximo quadro Portugal 2020, que estará em vigor entre 2014 e 2020. Não estão atualmente disponíveis avisos para apresentação de candi-

daturas a incentivos de natureza financeira de apoio ao investimento. É esperado que os primeiros regulamentos que vão definir os programas operacionais e respetivos sistemas de incentivos do Portugal 2020 sejam publicados no início do segundo semestre de 2014, e que os primeiros avisos de abertura para apresentação de candidaturas apenas venham a ocorrer no último trimestre de 2014. Assim, sem a publicação dos respetivos regulamentos, não é possível proceder a uma análise das condições de elegibilidade de despesas de investimento, dos projetos e das empresas a estes sistemas de incentivos financeiros. É no entanto e desde já possível adiantar que, se os projetos em perspetiva pelas empresas, estiverem relacionados com a produção de produtos inovadores, com uma forte orientação para os mercados externos, poderão os mesmos ter enquadramento no programa operacional “Competitividade e Internacionalização” do Portugal 2020. Como os investimentos relacionados com trabalhos de construção e/ou aquisição de edifícios industriais estavam excluídos das despesas elegíveis no âmbito do QREN, é expetável que o mesmo aconteça no âmbito dos novos sistemas de incentivos integrados no Portugal 2020.


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Saúde Osteoporose – Mais vale prevenir do que remediar A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea e enfraquecimento progressivo dos ossos, tornando-os mais susceptíveis de sofrerem fracturas. Trata-se de uma “doença silenciosa”, ou seja, os doentes não têm sinais ou sintomas. Frequentemente, a primeira manifestação é uma fractura após um traumatismo mínimo ou pequena queda. Em Portugal, estima-se que cerca de 500 mil pessoas sofrem de osteoporose. Geralmente, é mais asso-

ciada às mulheres, devido à perda de estrogénios no organismo após a menopausa. Porém, os homens também podem sofrer de osteoporose, dado existirem vários factores de risco que podem contribuir para o aparecimento desta patologia (p.ex. idade superior a 65 anos). As fracturas devidas à osteoporose ocorrem com maior frequência nas vértebras (coluna), punhos e ancas e podem causar dor intensa, incapacidade significativa e até mesmo morte. A adopção de hábitos saudáveis constitui a principal

p Osso com osteoporose e normal forma de prevenção. Uma alimentação saudável é indispensável para minimizar a perda de massa óssea que ocorre com a idade, sendo essencial garantir níveis adequados de cálcio, vitamina D (ajuda a absorver o cálcio) e prote-

ínas no organismo. O consumo excessivo de sal, café e bebidas alcoólicas deve ser evitado. O leite e seus derivados, brócolos, espinafres e feijão são boas fontes de cálcio. A vitamina D pode ser obtida através da exposição

regular e moderada da pele ao sol (15-20 minutos/dia, em horários adequados) e da ingestão de certos alimentos, por exemplo, leite e peixes gordos (p.ex., atum, cavala, sardinha, salmão). As proteínas podem ser encontradas em alimentos como os ovos, a carne (vermelha, aves), o peixe, o leite e derivados, os frutos secos (p. ex., nozes, amendoins) e os cereais (p. ex., aveia, trigo). É importante corrigir e evitar hábitos de vida prejudiciais para a saúde, como fumar e o sedentarismo. A prática de exercício físico re-

gular (caminhada, ginástica) é benéfica para a saúde em geral, contribui para a solidez do osso e ajuda a prevenir o aparecimento de osteoporose. Também é essencial prevenir as quedas, principalmente nos idosos. A osteoporose pode causar um impacto negativo na saúde e qualidade de vida dos doentes, seus familiares e cuidadores, além dos elevados custos associados. Cuide da saúde dos seus ossos. Drª Sofia Luís Médica Interna na USF Condestável,

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noite de S.Pedro

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Cultura

‘Fio da Memória’ premiou contos e ilustrações de alunos

s Opinião

A Estrada Real que passava pela Batalha

m O Agrupamento de Escolas da Batalha apenas não conquistou o 1º lugar na categoria 2º CEB/Contos, que foi entregue ao Colégio de São Mamede p “Termo da Batalha”, detalhe do mapa topográfico do século XVIII. Instituto Geográfico Português Os alunos Leandro Pinto (Colégio de São Mamede), Ana Sofia Filipe Bastos, Luís Carlos Real Carreira, Constança Rosa Lucas e Beatriz Barros Perpétua da Luz Mota (Agrupamento de Escolas da Batalha) são os vencedores das três categorias de conto e duas de ilustração do 6º Concurso Literário “O Fio da Memória – O Conto”, uma organização da Câmara da Batalha, com o apoio do Jornal da Batalha e dos estabelecimentos de ensino do concelho. O concurso apresentou duas vertentes: trabalhos escritos e ilustrações, e dirigiu-se aos alunos do concelho matriculados nos 2º e 3º ciclos e no ensino secundário. O nome dos vencedores foi divulgado no dia 17 de maio, na Feira do Livro e do Jogo. Na cerimónia foi lançado o livro que reúne os contos e ilustrações da edição anterior.

p O presidente da câmara, Paulo Batista Santos, entrega um dos prémios

s Premiados Categoria 2º CEB | Contos 1º lugar – “O tesouro da felicidade” – Leandro Pinto (1) 2º lugar – “O caracol doirado” – Érica Sofia Costa Guedes 3º lugar – “Os mistérios da Vila” – Mariana Filipa Costa Macedo

Menções Honrosas “A arca nada?” – Samuel Pereira Vieira “Uma visita de sonho” – Bruna Monteiro Vala

Categoria 3º CEB | Contos 1º lugar – “A espada perdida de D. Nuno” – Ana Sofia Filipe Bastos 2º lugar – “O fantasma de Santa Maria da Vitória” – Magda Manuela Teixeira Góis

Categoria Secundário | Contos 1º lugar – “Ganância: a chave da destruição” – Luís Carlos Real Carreira 2º lugar – “Ao abandono” - Cristiano José da Silva Sales 3º lugar – “ As gárgulas” – Sara Henriques

Menções Honrosas “O tesouro à vista de todos” – Bruno Miguel Repolho Pires “A união faz a força” – João Pedro Vieira Silva

Categoria 2º CEB | Ilustração 1º lugar – Constança Rosa Lucas 2º lugar – Joana Lourenço Bagagem 3º lugar – Mafalda Soares Franco

Menções Honrosas Daniel Alexandre Pereira Constantino Mariana Pinheiro Espírito Santo

Categoria 3º CEB | Ilustração 1º lugar – Beatriz Barros Perpétua da Luz Mota 2º lugar – Ana Sofia Filipe Bastos

O mapa topográfico do século XVIII que se encontra no átrio do MCCB é foco de atracção de muitos visitantes, não só pelas suas dimensões, mas também pela riqueza de detalhe que apresenta. O documento original encontra-se no Instituto Geográfico Português e tem quase três metros de largura. O levantamento efectuado, realizado pelos oficiais do exército em 1791, tinha por finalidade determinar o percurso da Estrada Real, desde Rio Maior a Leiria A determinação foi ordenada pela rainha D. Maria I que, no Alvará de 28 de Março de 1791, declara: “Eu a rainha faço saber que aos que este Alvará virem: Que tenho entendido o estado de ruína, em que se achão as Estradas Públicas do Reino, ainda a mais principal dellas, que comunica esta Capital com a Cidade do Porto, tão considerável peia sua Situação, População, Comércio e Riqueza (…) Resolvi mandar proceder ás Obras da Construção das Estradas principais, dirigidas á cómoda, e útil communicação interna deste Reino”. O documento envolve todo levantamento marginal ao longo da extensão da estrada: topónimos, povoações, lugares, caminhos, quintas, linhas de água, relevo, terras de cultivo… Tudo é marcado e bem desenhado. No mapa estão assinalados os termos de Leiria, Batalha, Porto de Mós e os Coutos de Alcobaça. São também evidenciadas as construções reais da época. O Mosteiro da Batalha merece especial destaque neste documento, com uma ilustração de grande minúcia e elevada qualidade. A Carta tem abaixo uma escala com a curiosa designação “Petite de Meya Legoa” que corresponde no mapa a 155,5 mm (1.4000 braças). Aqui fica, pois, o convite para uma visita ao MCCB para que possa, através deste magistral documento, identificar a sua localidade e descobrir as curiosidades de um dos mais antigos registos geográficos da nossa região. Fonte: d’AZEVEDO Ricardo Charters d’Azevedo, A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791, Editora Textiverso, Colecção Tempos e Vidas, 15, Leiria, 2011. A Equipa do MCCB


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Património Exaltação da Virgem e da Liberdade da Pátria e Evocação da Ascensão de Portugal A primeira natureza do nosso Mosteiro é a religiosa, monumento erguido em louvor da Santíssima Virgem e agradecimento pela vitória do Povo Português, alcançada em 14 de Agosto de 1385, em defesa da sua independência. As outras naturezas são a histórica e a artística. Sobre elas têm-se debruçado as maiores figuras das Letras e das Artes, de que destaco, no nosso tempo, o notável historiador Professor Doutor Saul António Gomes. Contudo, continuamos sem saber aproveitar, senão sem compreender, as mensagens e as lições contidas no monumento. Exaltação da Virgem, Mãe de Cristo e principal intercessora da Humanidade junto do Seu Filho, exaltação da liberdade da Pátria, mãe de todas as liberdades e condição indispensável à prática das virtualidades e das capacidades de um povo, e exaltação dos principais intervenientes nos acontecimentos de então. Os portugueses e muito principalmente os batalhenses têm de estar atentos à natureza religiosa do Mosteiro, mantendo ali os actos e as manifestações próprias dum templo católico, que o é antes de tudo o mais, antigo e prestigiado convento da Ordem Dominicana que lhe imprimiu pronunciado carácter cultural. Lembro que, aqui, foi mestre Frei Bartolomeu dos Mártires sendo as suas aulas na Batalha, para efeito de bacharelato, reconhecidas como se fossem dadas na Universidade de Coimbra, o que durante alguns anos (Frei Bartolomeu dos Mártires esteve cá cerca de 10 anos), concedeu um verdadeiro estatuto universitário aos estudos no nosso Con-

p Desenhos, de 1808, de Domingos Sequeira, reproduzindo armas e capacetes de D. João I e de D. João II, que então estavam num armário (arco vazio da parede oeste) da Capela do Fundador e que agora estão, segundo suponho, no Museu Militar, no largo do Museu de Artilharia, em Lisboa. vento. Da sua natureza histórica ressaltam os vultos dos séculos XIV e XV e, ainda do XVI, que nele têm sepultura. Em D. João I, Mestre de Avis, como caudilho da causa nacional e do movimento patriótico de resistência à absorção por Castela, consubstancia-se a própria liberdade de Portugal. Sem ele, tudo o indica que não teria sido possível levar a bom termo a revolução, que duma verdadeira revolução se trata porque desencadeia um novo tempo, novíssimos caminhos e uma poderosa afirmação da identidade nacional e propicia a missão universal que coube ao nosso país, não obstante a sua aparente pequenez, cumprir. Na sua mulher, D. Filipa de Lencastre, concentramse as virtudes da mãe, da educadora, da conselheira e da reformadora que consegue, não só formar a Ínclita Geração, e digo-o num sentido sobretudo espiritual, como modificar e moralizar

a corte. D. João I não poderia ter tido uma companheira melhor nem os Infantes melhor mãe. O casal real corresponde plenamente aos anseios e às necessidades da época e ainda hoje, ou principalmente hoje, constituirão um modelo que seria útil interiorizar e seguir. D. Duarte I, não obstante o curto reinado, é o sucessor perfeito do Mestre de Avis ao dar continuidade ao projecto que se iniciara com o seu pai. E não só na política, na condução dos negócios do Estado. D. João I fôra um príncipe culto, autor dum livro sobre a montaria (arte de caçar) e possuidor de biblioteca, empenhado em divulgar a leitura. O filho não só lhe seguiu as pisadas como nitidamente as reforça, deixando duas obras que os séculos haveriam de consagrar: “Leal Conselheiro”, tratado abrangente que reflecte os conhecimentos do seu tempo sobre filosofia, medicina e psicologia, enriquecido com auto-observações e pensamentos originais, e “Ensinança de

Bem Cavalgar toda a Sela”, um pouco na continuidade temática de seu pai. D. Afonso V, apesar do recuo na linha revolucionária fincada na crise de 1383-1385 e da má influência do “partido” em que pontificava o Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança, não deixa de ser ponte entre a política de seu sogro e tio Infante D. Pedro, o notável regente do Reino entre 1439 e 1448, e a do seu filho D. João II e, durante o seu reinado, embora mais empenhado na conquista do que no descobrimento, não esmorece a preparação da expansão marítima. D. Isabel, mulher de D. Afonso V e filha do Infante D. Pedro, falecida em plena juventude, é o rosto da tragédia que atinge o cume da dor em Alfarrobeira, mas dela nascem uma figura consagrada pela Igreja, Santa Joana (sepultada no Convento de Jesus em Aveiro), e um dos maiores soberanos de todos os tempos: D. João II. D. João II volta à política

populista do seu avô, Infante D. Pedro, enfrenta corajosamente embora com uma certa crueza (talvez então necessária) o “partido” senhorial, consolida a posição de Portugal, impõese claramente à Espanha e assenta em inteligentíssima acção os alicerces da expansão marítima. O Infante D. Pedro foi possivelmente o Príncipe que melhor compreendeu e assumiu o espírito da revolução que levou ao trono D. João I. Homem viajado e letrado, também cultor da escrita, foi visível, e o Povo sentiu-o bem, o seu carinho pelo terceiro estado. Tivesse podido conservar o poder, outra teria sido a face social do Portugal quatrocentista. O Infante D. Henrique é o Príncipe imbuído do espírito de missão, empenhando uma vida inteira naquilo que havia de ser o destino do Povo Português: revelar um hemisfério ao outro, desbravar o mar tenebroso, criar novos mundos. É um dos raros homens que cumprem um sonho. A visão dos dois irmãos, embora em campos diversos e nem sempre coincidentes, dificilmente o homem comum a conseguirá alcançar. O Infante D. João que, não obstante ter sido casado com uma filha do seu meioirmão D. Afonso, Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança, é um apoiante do Infante D. Pedro, tendo compreendido a sua razão e entendido e apreciado o seu génio. Há quem diga que se não tivesse morrido antes da batalha de Alfarrobeira, ele teria evitado a tragédia. Talvez, em vista dos campos estarem profundamente extremados. D. Fernando, o mais novo dos filhos de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, é ou-

tro rosto de tragédia, duma entre tantas que inevitavelmente a expansão haveria de desencadear. O Povo fê-lo santo, sensível ao seu sofrimento de cativo só remido depois de morto. Mas outras figuras houve que, não sendo da Realeza, foram protagonistas decisivos nos acontecimentos daquele tempo e, por isso, mereceram sepultura no real Convento: Martim Gonçalves de Maçada (de seu apelido verdadeiro: Macedo), que salvou a vida a el-Rei D. João I na batalha de Aljubarrota, ao travar o golpe e derrubar o castelhano que estava prestes a ferir o Mestre de Avis, e, salvando-a, salvou a independência da Pátria Portuguesa e o surgimento da época mais brilhante da nossa História, a época que o Mosteiro consagra e evoca. Mateus Fernandes, o criador da arquitectura que celebra a ascensão de Portugal e espelha a sua originalidade e o seu espírito criativo e é um hino a uma nação que se soube erguer sozinha, vencer contrariedades que pareciam intransponíveis e cumprir uma missão universal de que mais nenhum país ocidental pode vangloriar-se. Um exemplo que devia calar fundo nos homens, sobretudo nos políticos do nosso tempo. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (135) Nota: A propósito das figuras sepultadas no Mosteiro, torno a lembrar que o brasão do Infante D. Henrique está errado nas “diferenças” dos pendentes do banco de pinchar, que deviam ser flores de lis e não um entalhe igual ao do seu irmão D. João.O brasão da Rainha D. Isabel de Coimbra, mulher de D. Afonso V, é uma confusão de símbolos, aparecendo no escudo da sua casa também o entalhe do Infante D. João quando deviam ser os arminhos, distintivos de seu pai, o Infante D. Pedro.


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Jovens empreendedores criam projetos inovadores em concurso intermunicipal

We.Study anima festas infantis

Batalha Economia

Economia

m A ideia de fazer uma toalha de praia que repele os grãos de areia ganhou a nível concelhio e um sistema de segurança infantil venceu a final

As alunas do Agrupamento de Escolas da Batalha Carolina Carreira, Daniela Capitão e Beatriz Sequeira, venceram a fase concelhia do concurso “Escolas empreendedoras”, que decorreu a 27 de maio,

p Os participantes na final concelhia na Batalha na Batalha. O projeto vencedor - um dos seis concorrentes chama-se “Nappe” e consiste numa toalha de praia que repele os grãos de areia

e associa o design inovador e personalizado. O concurso “Escolas Empreendedoras” é uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Região de

Os beneficiários da ADSE já podem usufruir de consultas, exames, fisioterapia e outros atos médicos no Centro Hospitalar Nª Sra. da Conceição da Misericórdia da Batalha, no âmbito da tabela de preços convencionados da ADSE.

Protocolos com SNS, ADSE e outros subsistemas de saúde. Contactos: Fisioterapia: 244 769 436 Radiologia: 244 769 433 Geral: 244 769 430 geral@centrohospitalarbatalha.com Rua Principal, nº 26 l Brancas l 2440-090 Batalha

Leiria (CIMRL), do Município da Batalha e da OPEN, dirigida a alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Secundário. O principal objetivo é

promover valores como a capacitação, o empreendedorismo e o espírito de iniciativa, junto dos jovens, preparando-os para a criação do seu próprio emprego. O projeto “Still Here”, que usa a tecnologia para evitar que uma criança fique esquecida num veículo, apresentado pelas alunas Sofia Cabral, Ana Rita Reis e André Rodrigues, da Escola Profissional e Artística da Marinha Grande, venceu a final intermunicipal, disputada em Leiria, a 5 deste mês, em que foram apresentados nove projetos.

O Centro de Estudos e Explicações We.Study, localizado em São Mamede, junto à farmácia, tem agora um serviço de animação de festas infantis, como as de aniversário ou nas escolas. O aluguer de insufláveis, a modelagem de balões e as pinturas faciais são algumas das atividades possíveis de realizar. Entretanto, estão abertas as inscrições para as Oficinas de Verão, com apoio escolar aos alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, atividades de verão para crianças e jovens e minicursos também para adultos. As inscrições efetuadas até 20 deste mês têm descontos no preço.


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Desporto

por Célia Ferreira

O que plantar e semear este mês

Torre vence troféu escolar de xadrez

O mês de junho assinala o meio do ano – o final da primavera e o início do verão A maioria das sementeiras pode e deve ser feita ao ar livre, pois assim as plantas não sofrem com o transplante e crescem muito mais rápido. Esta época de abundância também é propícia ao aparecimento de ataques de certas pragas como: caracóis, lesmas, insetos ou aves. DICA DO MÊS: Para evitar que os caracóis e lesmas ataquem as folhas jovens das sementeiras, pulverize-as com um preparado de malaguetas e alho. Pode catá-los atraindo-os com uma manta velha ensopada regularmente e recolhê-los todos os dias e oferecê-los aos patos e galinhas. Durante os próximos meses abordaremos o tema como controlar pragas e doenças recorrendo apenas a preparados caseiros.

p A equipa da Torre venceu a prova disputada em Leiria

m A equipa constituída por 14 alunos foi também a terceira mais representada na iniciativa que envolveu 170 xadrezistas

A equipa da Escola Básica nº1 da Torre venceu o 1º Torneio Escolar de Xadrez Manuel da Costa, que se disputou na Praça Rodrigues Lobo, em Leiria, em que participaram 170 alunos provenientes de 23 estabelecimentos de ensino. “Um feito absolutamente notável”, segundo os responsáveis da escola, na medida em que o projeto do xadrez começou há menos de um ano. A intenção é introduzir a modalidade desportiva como ferramenta pedagógica no processo de ensino/ aprendizagem, abrangendo

os alunos do 1º ciclo do ensino básico, porque potencia o desenvolvimento das qualidades intelectuais e promove a integração social. A equipa, ‘treinada’ pela professora Paula Pereira e pelo formador Sérgio Gomes, classificou-se à frente do Jardim Escola João de Deus e do Colégio Nossa Senhora de Fátima, que ficou na terceira posição. O Jardim Escola João de Deus, com 20 participantes, foi o estabelecimento mais representado na iniciativa do clube Corvos do Lis, seguindo-se a EB1 da Barosa, com 17 alunos, e a EB1 da Torre com 14 participantes. “Mais do que uma mera competição, o torneio - disputado a 7 deste mês - foi sobretudo um grande evento pedagógico”, considera a organização, adiantando que, “uma vez mais, se comprovou que o xadrez é uma modalidade que capta

p O 2º Festival Xadrezarte decorreu no Rio Seco o interesse das crianças, desperta nelas o sentido da perseverança e revela-lhes o prazer que podem retirar da mobilização de todas as suas capacidades e aptidões”. FESTIVAL XADREZARTE. No mesmo dia decorreu o 2º Festival Xadrezarte, organizado pela Xadrezarte e pela Associação Cultural e Desportiva do Rio Seco, que envolveu jovens xadrezistas do Rio Seco, do Cen-

tro Educativo de Miranda do Corvo e do Ginásio do Louriçal. O torneio foi disputado em cinco rondas, com o maior destaque a pertencer a Filipe Carraco (Ginásio Louriçal). Por equipas, venceu o Ginásio do Louriçal, seguido do Rio Seco e do Centro Educativo de Miranda do corvo. O evento contou com o apoio da câmara, da Junta do Reguengo do Fetal e de LD taças e Troféus.

HORTÍCOLAS PARA SEMEAR AO AR LIVRE Acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, cebolinhas francesas, cenouras (com o bom tempo, crescem mais rapidamente), chicórias, couves de Bruxelas, calabresas, flor, galega e de repolho; feijão, feijão verde, rabanetes, salsa, nabos e pepinos (os dois últimos poderão ser colhidos em Agosto/ Setembro). Abóboras: semeie duas sementes de cada vez e quando estiverem germinadas retire a mais fraca. Não se esqueça de deixar um bom espaçamento entre elas pois ocupam muito espaço. Beterrabas: as que semear no início e no final de junho poderão ser colhidas em Setembro/Outubro. Curgetes: semeie duas sementes de cada vez e quando estiverem germinadas retire a mais fraca. Não se esqueça de deixar um bom espaçamento entre as plantas. Devem ser regadas com bastante frequência. Faça-lhes uma cobertura de solo, com palha, para manter a terra húmida, como elas gostam. Ervas Aromáticas: esta é a última oportunidade de semear manjericão e coentros. HORTÍCOLAS PARA PLANTAR AO AR LIVRE Abóboras, aipo, alho francês, batata doce (ainda vai a tempo, regue apenas até agarrarem, depois deixe sem regar ate à colheita), beringelas, brócolos, couves de Bruxelas, flor e de repolho, feijão, malaguetas e pimentos (ao transplantar pimentos evite pegá-los pelo caule). Frutos para plantar: tomates, melancias, meloas, melões, physalis (plante-os num local protegido e soalheiro). JARDIM, SEMEAR Begónias, calêndulas (as pétalas são comestíveis e é uma planta com propriedades medicinais), gipsófilas e goivos. Boas Colheitas!


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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

A fechar

Caseiro dá palestra acerca dos impostos sobre a banca O batalhense António Caseiro, mestre em Fiscalidade, deu uma palestra sobre os “Desenvolvimentos recentes da Tributação Internacional – Impostos sobre as Transações Financeiras”, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL). “Foi ótimo reviver o espírito académico decorrente dos dois anos do mestrado que permitiu alicerçar e ampliar conhecimentos nos mais variados impostos, junto do excelente corpo docente que o ISCAL detém, em especial a professora Clotilde Celorico Palma, para uma atenta e exigente audiência”, disse António Caseiro, sócio gerente da IMB – Gestão e Contabilidade. O convite para a palestra, no dia 23 de maio, partiu de Francisco Faria, presidente do ISCAL, e de Clotilde

p Clotilde Palma e António Caseiro Palma, diretora do Curso Mestrado em Fiscalidade. “Para nós foi um privilégio ter aqui o dr. António Caseiro a fazer uma intervenção acerca dos impostos sobre as transações financeiras. Foi um dos melhores mestrandos do Curso

de Mestrado em Fiscalidade do ISCAL e que demonstrou sempre um especial empenho, uma especial predileção por esta temática, tendo aprofundado ao máximo o tema”, referiu Clotilde Palma, considerando que o batalhense

“apresentou uma brilhante tese de mestrado, aliando uma componente teórica aprofundada a uma vastíssima experiência prática no setor, algo excecional”.

Aluno da Batalha selecionado entre 400 autores

p Alfredo escreveu “Um amigo improvável”

O aluno da Escola Básica e Secundária da Batalha Alfredo Coelho Monteiro (6º C) é um dos autores selecionados no âmbito do II Concurso Internacional de Escritores Lusófonos Infanto-Juvenis La Atrevida, promovido pela Librería Luso-Hispânica La Atrevida. No concurso, destinado a crianças e adolescentes dos quatro cantos da lusofonia, participaram 400 autores, com 500 trabalhos. O júri distinguiu “Um amigo improvável”, “um

texto atrevido do nosso aluno que nos conta a história de um pequeno cágado para quem a matemática, amizade, família e a liberdade são sinónimos de uma vida feliz”, explica a professora Fernanda Cardoso. Este e mais 35 trabalhos literários escritos em língua portuguesa serão publicados no livro II Antologia Atrevida, um projeto que dá a palavra ao público infanto-juvenil.

Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e cinco a folhas, quarenta e seis verso, do Livro Cento e Noventa e Sete - B, deste Cartório. José Moreira Guerra, NIF 117 425 524 e mulher Maria da Purificação Silva Frazão, NIF 113 043 015, casados sob o regime de comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Rua do Arraial, nº6, no lugar do Casal do Alho, declaram que são donos legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: Um - rústico, composto de vinha, com a área de dois mil e cem metros quadrados, sito em Paveia – Casal do Alho, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com Maria de Sousa Ligeiro, de sul com serventia, de nascente com Adriano de Oliveira e de poente com Alfredo da Silva Vieira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 2.463, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €1.225,94. Dois - rústico, composto de terra de vinha, oliveiras e árvores de fruto, com a área de dois mil e duzentos e cinquenta metros quadrados, sito em Casal do Alho, freguesia e concelho da Batalha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o numero oito mil novecentos e trinta e dois/Batalha, onde se mostra registada a aquisição a favor de António Oliveira Guerra e mulher Emília Moreira, pela apresentação três, de cinco de Maio de mil novecentos e sessenta e seis, inscrito na matriz sob o artigo 2.450, com o valor patrimonial para efeitos de IMT e atribuído de €678,18. Que os primeiros outorgantes adquiriram o prédio identificado na verba um, no ano de mil novecentos e setenta e dois, por doação verbal de Luis Vieira Frazão, viúvo, residente em Casal do Alho, Batalha, não dispondo de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que na consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha dos frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. Batalha, Dezasseis de Maio de dois mil e Catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4 Jornal da Batalha, ed. 287, de 06 de Junho de 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e duas a folhas setenta e quatro, do Livro Cento e Noventa e Sete - B, deste Cartório. PRIMEIRO: António Silva Vieira, NIF 148 935 311, e mulher Sofia do Rosário Henriques Vieira, NIF 148 935 389, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia e concelho da Batalha, ela da freguesia de Olalhas, concelho de Tomar, residentes na Rua do Paveia, nº7, Casal do Alho, Batalha. SEGUNDO: Alfredo da Silva Vieira, NIF 104 904 445, viúvo, natural da dita freguesia da Batalha, onde reside na Rua Cabeça do Alho, nº12, no lugar de Casal do Alho. TERCEIRO: José da Silva Vieira, NIF 129 631 175 e mulher Maria Fernanda Soares Vieira, NIF 171 285 620, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da dita freguesia da Batalha, onde residem na Rua Cabeça do Alho, nº14, Casal do Alho. Declaram os primeiros, segundo e terceiros outorgantes que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, na proporção de um terço indiviso para cada um, do prédio rústico, composto de vinha e terra de semeadura, com a área de dois mil metros quadrados, sito em Casal do Alho, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com António Alexandre Pinheiro, de sul com José da Silva Calhau, de nascente com Luísa Vieira Pinheiro e outro, e de poente com serventia, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial sob o artigo 2434, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €1.336,47. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta, por partilha verbal por óbito de pais dos outorgantes varões Alfredo Sousa Vieira e mulher Maria Laura, residentes que foram no lugar de Casal do Alho, Batalha, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela partilha verbal, os justificantes, possuem o referido prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e dois de Maio de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4 Jornal da Batalha, ed. 287, de 06 de Junho de 2014


Jornal da Batalha

junho 2014

Necrologia / Publicidade Batalha

Joaquim de Jesus Franco

José de Jesus Pereira Frutuoso

78 anos 29-11-1935 - 10-05-2014 Alcanadas - Batalha

“José Pisco” 72 Anos 25-03-1942 - 11-05-2014 Lombo de Égua - Fátima

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “ Enquanto existirem lembranças, a saudade é eterna. Por isso estarás sempre nos nossos corações.” Tratou: Funerária Santos & Matias, L. da – Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos, genros, netos, bisneto e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que se associaram às cerimónias fúnebres e que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

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João Afonso Marto Ramos 82 Anos 27-05-1931 - 13-05-2014 Natural e Residente: Batalha

AGRADECIMENTO Sua filha, neta, bisnetas e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que se associaram às cerimónias fúnebres e que, neste momento de dor e de despedida, manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado

Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

CARTÓRIO NOTARIAL ALEXANDRA HELENO FERREIRA CERTIFICO, para fins de publicação e em conformidade com o seu original, que por escritura de Justificação lavrada neste Cartório, no dia catorze de Maio de dois mil e catorze, de folhas trinta e quatro a folhas trinta e seis do respectivo Livro de Notas para Escrituras Diversas número DUZENTOS E DOZE, Maria Emília Reis da Silva, NIF 166.607.029, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Native Silva Fartaria, NIF 166.607.037, natural da freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, residente na Rua da Floresta, n° 21, Loureira, Santa Catarina da Serra, Leiria, que outorga na qualidade de procuradora de Manuel dos Santos Silva, NIF 107.853.540 e mulher Emília da Conceição Reis, NIF 107.853.531, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, onde residem na Rua das Passadeiras, n.” 10, Casal Suão, declarou: Que, os seus representados são, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores dos seguintes imóveis: 1- Prédio rústico, terra de cultura, com a área de quinhentos e vinte e cinco metros quadrados, sito no lugar de Vale, freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com António Pereira dos Santos, do sul com António Pereira dos Santos, do nascente com António Gomes Vieira e do poente com estrada, inscrito na matriz sob o artigo 6085, com o valor patrimonial de € 4,90 e a que atribuem igual valor. 2- Prédio rústico, pinhal com mato, com a área de cinco mil seiscentos e sessenta e nove metros quadrados, sito no lugar de Terra dos Pinheiros, freguesia de S. Mamede, concelho de. EXTRACTO Rua Dr. António Justintano da Luz Preto, n.” 31 Edif. Conde Ferreira, Loja 6 2490-5520URÉM Tel.: 249 545 607 - Fax: 249 545 592 Batalha, a confrontar do norte com Manuel Gomes dos Remédios, do sul com serventia, do nascente com Joaquim Carreira Gregório e do poente com Manuel Gomes dos Remédios, inscrito na matriz sob o artigo 5669, com o valor patrimonial de € 1,39 e a que atribuem igual vai01’. 3- Prédio rústico, terra de cultura, com a área de setecentos metros quadrados, sito no lugar de Demó, freguesia de S. Mamede, concelho de Batalha, a confrontar do norte com caminho, do sul com Manuel Antunes Vicente, do nascente com António Vicente Meireles e do poente com José Ribeiro dos Remédios, inscrito na matriz sob o artigo 10921, com o valor patrimonial de € 6,41 e a que atribuem igual valor. Somam os bens o valor de € 12,70. Que os prédios não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial de Batalha, e vieram à posse de ambos por doação verbal feita por Joaquim Narciso da Silva, viúvo de Maria Vitória, residente que foi em Reguengo do Fetal e por Cristina de Jesus, viúva de Herminio Luís dos Reis, residente que foi em S. Mamede, Batalha, em mil novecentos e sessenta e oito, sem que dela ficassem a dispor de título suficiente e formal que lhes permita o respectivo registo. Que possuem os indicados prédios em nome próprio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram, sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente da freguesia de S. Mamede, lugares e freguesias vizinhas, traduzida em actos materiais de fruição, conservação e defesa, nomeadamente. usufruindo dos seus rendimentos, cultivando e recolhendo os respectivos frutos, limpando-os de mato, pagando os respectivos impostos e contribuições, agindo sempre pela forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram os ditos prédios por USUCAPIÃO Cartório Notarial de Ourérn, a cargo da Notária Alexandra Heleno Ferreira catorze de Maio de dois mil e catorze. A Colaboradora autorizada pela Carla Sofia Pinheiro Coelho Neto

José de Jesus Pereira Frutuoso

Jesuíno Brito

82 Anos 15-11-1931 - 03-06-2014 Calvaria de Baixo - Batalha

AGRADECIMENTO

A família agradece em nome de José Pisco (acordeonista), à Agência Funerária Espírito Santo, pelo seu magnífico trabalho prestado neste momento tão doloroso para nos. Agradecemos por toda a disponibilidade apresentada, acompanharam nos sempre de forma incansável. O serviço que prestaram foi excecional como há poucos a fazê-lo...

Sua esposa, filhos, netos, bisnetos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que se associaram às cerimónias fúnebres e que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado

A família de José Pisco

Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e vinte e três a folhas cento e vinte e quatro, do Livro Cento e Noventa e Sete - B, deste Cartório. José Gaspar Pires, NIF 153 046 686 e mulher Maria Sofia da Silva, NIF 153 046 694, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Silvares, concelho do Fundão, ela da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, residentes nesta última, na Rua Principal, nº.74, no lugar de Perulheira, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto de casa de rés do chão e primeiro andar destinada a habitação, com a superfície coberta de noventa e cinco metros quadrados e logradouro com a área de quatrocentos metros quadrados, sito na Estrada Principal, nº.74, Perulheira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 2.032, com o valor patrimonial de €32.210,00. Que adquiriram o solo do identificado prédio no ano de mil novecentos e setenta e seis, por doação verbal de Manuel Gomes da Silva e mulher Maria do Fetal da Silva, pais da mulher, residentes que foram em Perulheira, São Mamede, Batalha, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias, habitando -o, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, quatro de Junho de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/3 Jornal da Batalha, ed. 287, de 06 de Junho de 2014

Dr José Afonso de Carvalho Moreira Padrão 70 anos 04 – 07 – 1943 -10 – 05 – 2014

AGRADECIMENTO Seu filho, irmãs, cunhados, sobrinhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

José Lopes da Rosa 86 anos 12-07-1927 - 31-05-2014 Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO Sua esposa: Florinda Carvalho Vieira Rosa,, filho: José Guilherme Carvalho Rosa, nora e restantes familiares na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Deus o guarde no Céu, como nós o guardamos no coração”

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha


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Oftalmologia Ortoptica

junho 2014

Dr. Joaquim Mira sábado- manhã Dra. Matilde Pereira quinta- tarde / sábado - manhã Dr. Evaristo Castro terça-feira Dr. Pedro Melo sábado - manhã

Clínica Geral (acordos c/ Medis) Dr. Vitor Coimbra Medicina Interna Dr.Amilcar Silva Urologia Dr. Edson Retroz Neurologia Dr.Alexandre Dionísio Cardiologia Dr. David Durão Electrocardiogramas Neurocirurgia Dr. Gustavo Soares Dermatologia Dra. Ana Brinca Psicologia Clínica Dr. Jaime Grácio Psiquiatria Dr. José Carvalhimho Otorrinolaringologia Dr. José Bastos Próteses Auditivas Cirurgia Plástica Dra. Carla Diogo Pneumologia/Alergologia Dr.Monteiro Ferreira Ginecologia / Obstetrícia Dr. Paulo Cortesão Dentista Dra. Ângela Carreira Rx-Orto/Tel Próteses Dentárias Ortopedia Dr. António Andrade Endocrinologia Dra. Cristina Ribeiro Pediatria Dra. Carolina Cordinhã Dr. Frederico Duque Cirurgia Geral/Vascular Dr. Carlos Almeida Nutrição Clínica Dra. Rita Roldão Terapia da Fala Dra. Débora Franco Naturopatia Dr. Jorge Fidalgo Osteopatia Tec. Acácio Mariano

quarta-feira terça-feira quinta-feira sexta-feira sexta-feira segunda a sexta-feira terça / quinta-feira quarta-feira sábado - manhã sábado - manhã quarta-feira quarta-feira terça-feira quarta / sexta-feira segunda-feira terça/quarta/quinta/sábado segunda a sexta-feira segunda a sexta-feira segunda-feira segunda / terça-feira quarta / sexta-feira sábado - manhã sexta-feira sábado - manhã quinta / sábado - manhã sexta-feira quarta-feira

Rua da Ribeira Calva | Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente BATALHA | Tel.: 244 766 444 | 939 980 426

Jornal da Batalha


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