JORNAL DA BATALHA AGOSTO DE 2014

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| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 289 | Agosto de 2014 | PORTE PAGO

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W págs. 10 a 15

Cinco mil emigrantes no coração das festas

Batalha

W págs. 6 a 9

Golpilheira acelera para mais 45 anos de vida

W pág. 17

W pág. 3

W pág. 21

Dívida da câmara municipal equivale a 162 euros por habitante

Novo balcão facilita acesso a serviços públicos no município

Deputados querem estreitar IC2 e árvores para proteger mosteiro Publicidade

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Opinião Espaço Público

agosto 2014

Jornal da Batalha

_ Editorial

Baú da Memória Evocação da vitória que consolidou a nossa liberdade Em 1985, no âmbito das comemorações do 6º centenário da vitória do Povo Português na batalha real que mais tarde passou ser conhecida como “batalha de Aljubarrota”, a nossa Câmara Municipal, então presidida por Francisco Coutinho, patrocinou a composição de um hino e a respectiva edição em disco com capa da autoria do Mestre José Manuel Soares,

que para ela fez um belíssimo óleo sobre a gloriosa batalha, música e interpretação de Vicente (Frei e Vicente), versos de Odette Saint-Maurice e de António Brochado Rodrigues e arranjos e direcção musical de José Calvário. Foi um êxito e ainda hoje o hino é trauteado pelos batalhenses. Do interior da capa reproduz-se o desenho do pórtico principal do Mosteiro de San-

ta Maria da Vitória, também da autoria do notável Pintor José Manuel Soares que, embora doente, ainda vive na Costa da Caparica, e os retratos dos cinco principais intervenientes nesta inesquecível e muito significativa forma de evocar uma das mais importantes datas da história Pátria. José Travaços Santos

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Emigrantes Chegados a agosto, chegam também muitos compatriotas emigrantes ao seu país natal. Nos anos 60 e 70 teve lugar um enorme êxodo de portugueses, emigrando principalmente para França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, etc. Estes nossos emigrantes, normalmente com baixa formação académica, não viam futuro para si e para as suas famílias em Portugal. Dotados de uma coragem imensa, partiram em busca do desconhecido, correndo imensos riscos, para chegarem a França ou a qualquer outro país. Sem conhecerem o país de acolhimento, mas acima de tudo sem conhecerem a língua, tiveram vidas deveras difíceis. Tudo ultrapassaram, tendo sido peças fundamentais no desenvolvimento desses países de acolhimento, sendo hoje reconhecidos e bem integrados nessas comunidades. No entretanto,

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

ajudaram fortemente Portugal, através das suas remessas, especialmente nas décadas de 80, 90 e 2000. Continuam a ajudar, regressando a Portugal ou permanecendo parte do ano por cá e a outra parte junto dos filhos e netos, que certamente já não regressarão, como têm regressado os pais. A seguir a 1974, recebemos perto de um milhão de portugueses, popularmente conhecidos por retornados, que foram obrigados a regressar, em fuga de uma descolonização mal concebida. Com grande dificuldade, o país acabou por conseguir fazer a sua integração. Chegamos às décadas de 90 e 2000, em que recebemos grandes fluxos de imigrantes, especialmente dos países do leste da Europa, normalmente gente com elevada formação académica, procurando o trabalho que a indústria da

construção potenciava em Portugal. À medida que as obras iam escasseando, foram regressando aos seus países, tendo ficado alguns que se integraram bem, fazendo hoje parte da nossa comunidade. A barreira da língua foi minimizada através de imensos professores que se voluntariaram a ensinar o português a esta nova leva de imigrantes. Mais recentemente sentimos novo surto emigrante, desta feita jovens, sendo a maioria dotada de elevada formação académica, que não conseguiram resistir à excessiva austeridade a que o país tem sido sujeito. Estes jovens fazem muita falta aos seus pais e demais familiares mais próximos, mas farão no futuro muito mais falta ao país. Não estando cá, não terão cá os seus filhos, não descontam para a segurança social e certamente não terão grande motivação, nem condições para transferir dinheiro

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

para Portugal. Estes fluxos irão fazer imensa falta ao país e gerarão desequilíbrios enormes na natalidade e consequentemente na sustentabilidade da segurança social. Este é um problema gravíssimo para o qual não se vislumbra solução. A pirâmide demográfica está cada vez menos equilibrada e com tendências deveras nefastas para o país e para as gerações futuras. A par de tudo isto, o país investiu imenso na formação destes jovens, mas quem usufrui deste investimento são normalmente países mais ricos, que conseguem passar pelas crises de forma mais fácil, oferecendo emprego e gerando riqueza, na mesma medida do empobrecimento dos países do sul. É claro que esta oferta de emprego é positiva, pois de outra forma seria bem pior para os nossos jovens emigrantes.

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

Para não ser tudo mau, é fundamental que as tão apregoadas reformas estruturais se façam, sob pena de caminharmos alegremente para o abismo, porque sem elas jamais conseguiremos pagar a divida pública, que já ultrapassa 132% do PIB, ou seja da riqueza que o país consegue produzir num ano. Mas os emigrantes não têm qualquer culpa da malfadada divida e mais uma vez são muito bem vindos à sua terra natal. Boas férias e um grande abraço para os grandes amigos emigrantes que fiz ao longo destes anos.

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Carlos Ferreira Diretor

Batalha das festas e da emigração Em Portugal há 21 mil festividades por ano. Agosto concentra 800. Este é também o mês dos emigrantes. Estes dois temas assumem um dos principais destaques nosso jornal. As Festas da Batalha porque evocam um dos momentos mais relevantes da história de Portugal – a Batalha de Aljubarrota, e a diáspora batalhense porque é um fenómeno muito relevante. Há 2,3 milhões de portugueses espalhados pelo mundo - cinco milhões contando com os luso-descendentes. Os batalhenses são pelo menos cinco mil, um número significativo para a dimensão do concelho - 15.800 habitantes. E a “conjuntura económica” encarrega-se de aumentar diariamente o número daqueles que partem. As Festas da Batalha deste ano, além do habitual cartaz musical e de diversas atividades que procuram mostrar o melhor do concelho, destacam também os batalhenses na diáspora, como lhe contamos num trabalho especial de seis páginas.

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Atualidade Novo balcão na câmara facilita acesso aos serviços públicos m A renovação da carta de condução e o acesso aos registos Civil, Predial e Comercial passam a estar disponíveis no edifício da autarquia A Câmara da Batalha vai dispor de um Balcão Multisserviços, a partir de outubro, que permitirá aos cidadãos proceder, por exemplo, à revalidação da carta da condução, mudança de

morada ou pedido de segundas vias, serviços até agora apenas disponíveis nas delegações do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. O balcão, que funcionará no edifício da autarquia, resulta de um acordo entre o município e o Governo, que garantiu a adesão à Rede Nacional de Espaços do Cidadão, um projeto piloto que disponibilizará diversos serviços públicos. “Este acordo permitirá servir melhor os cidadãos,

proporcionando-lhes um modelo de atendimento mais rápido e mais próximo, facultando um alargado conjunto de serviços que hoje não existem na Batalha”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, num comunicado divulgado a 22 de julho. Para o autarca, “os Espaços do Cidadão apresentam um indubitável interesse municipal pelos benefícios que podem trazer aos munícipes em termos de desburocratização e poupança

p O Balcão Multisserviços vai funcionar no edifício da câmara de tempo útil, constituindo por isso, uma forma de potenciar o desenvolvimento do concelho”. O Balcão Multisserviços - a autarquia “prevê que a implementação do projeto decorra até ao final de outu-

bro” – oferece também serviços dependentes da Autoridade para as Condições do Trabalho, registos Civil, Predial e Comercial; Direção-geral do Consumidor, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Inspeção-geral

das Atividades Culturais e do Instituto da Segurança Social. Os funcionários públicos terão acesso à ADSE Direta e a serviços no âmbito da Caixa Geral de Aposentações.


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Batalha Atualidade

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Bombeiros ensinam a socorrer vítimas e a combater fogos m As ‘aulas’ têm uma forte componente prática, com o objetivo de desmistificar conceitos e dotar as pessoas de informação para uma atuação consciente em situações de emergência

A secção de São Mamede dos Bombeiros Voluntários da Batalha (BVB) desenvolveu um plano de formação junto da população no âmbito da prevenção e combate aos fogos urbanos e do socorro a vítimas de acidentes. A prevenção e atuação perante o fogo, sobretudo em habitações, e problemas de saúde (abordagem e avaliação da vitima, ativação dos meios de socorro, AVC, febre e convulsão, enfarte auto do miocárdio, incidentes domésticos) foram os temas abordados durante o projeto, desenvolvido pelos bombeiros em conjunto com a junta de freguesia e o Grupo de Jovens de São Mamede. “Estes temas, desenvolvidos sob uma forte componente prática, tiveram o objetivo principal de desmistificar conceitos e de dotar as pessoas de informação para uma atuação consciente em situações de emergência”, refere Jorge Novo, vicepresidente dos BVB, em comunicado.

p A população aprendeu a socorrer vítimas de acidentes ou doenças A população “foi informada acerca da importância da “passagem de dados” via telefone e compreendeu as dificuldades”, nalguns casos, dos meios de socorro “em compreenderem a situação concreta para poderem atuar da forma mais rápida e eficiente”. Esta iniciativa, desenvolvida em junho, pretendeu ainda consciencializar as pessoas de que as situações de emergência “são muito complexas e colocam à prova as emoções de cada um”, refere Jorge

Novo, adiantando ter ficado claro que “mais ações de formação são essenciais, assim como a sua atualização, pois as situações de emergência são imprevisíveis e devemos estar cientes das nossas capacidades e dos nossos conhecimentos”. A formação desenvolveu-se em três sessões, em três locais distintos da freguesia, e alguns dos participantes deram alimentos para um cabaz a oferecer a uma família carenciada da comunidade.

s registo Simulacro no mosteiro testa equipa e garante segurança A equipa de Grande Ângulo-Resgate e Salvamento dos Bombeiros Voluntários da Batalha promoveu um simulacro de resgate de vítimas nos terraços do mosteiro, no dia 27 de julho, com o objetivo de treinar as capacidades operacionais dos soldados da paz.

O exercício, realizado em colaboração com a direção do mosteiro, consistiu num resgate em maca por meio de autoescada, na zona das Capelas Imperfeitas. O treino teve também como finalidade garantir a abertura e visita dos terraços ao público em condições de segurança.

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s Notícias dos Combatentes

A Grande Guerra: 28 de Julho de 1914 a 11 de Novembro de 1918 Comemora-se este ano o 100º aniversário do início daquela que ficou conhecida pela “Grande Guerra”, décadas depois designada como a 1ª Guerra Mundial, para a distinguir do novo conflito que se desenrolou entre 1939 e 1945, catalogado como a II Guerra Mundial. Como sabemos, a história da Europa é um manancial de conflitos quase permanentes entre os seus diversos países e Portugal é um bom exemplo disso, especialmente pelos que manteve com a nossa vizinha Espanha. Quando, em 1870, se deu a unificação da Itália, mas em particular a da Alemanha no ano seguinte, estes dois países passaram a constituir mais duas potências europeias e se, quanto à Itália, eram mais as aparências que a realidade, no que se refere à Alemanha passou mesmo a ser uma das mais poderosas do mundo e, ao nível europeu, não tardou em querer disputar a hegemonia à França e em especial à Inglaterra, à época ainda o maior império mundial. E as ambições alemãs não tinham limite, pois apesar de, territorialmente, na Europa, apenas a Rússia a ultrapassar, desde a unificação, nunca escondeu o seu desejo de se continuar a expandir, primariamente em África (e nós muito sofremos com isso, pois os seus olhos viramse designadamente para Angola e Moçambique), mas sem também enjeitar a hipótese de expansão na própria Europa, fossem quais fossem os territórios que pudesse usurpar.

O pretexto que dará origem à mais sangrenta guerra até aí ocorrida na Europa e no Mundo acabará por surgir em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, quando o nacionalista sérvio-bósnio Gravilo Princip matou a tiro o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, quando este visitava a Bósnia-Herzegovina, que havia sido anexada por Viena em 1908. Encorajada pela Alemanha, de quem era aliada, a monarquia austro-húngara lançou um ultimato à Sérvia para restabelecer a sua autoridade na região e, perante esta situação, a Rússia, que era aliada da Sérvia, mobiliza-se para proteger este seu aliado e procurar intimidar os austro-húngaros. Estas manobras acentuam o belicismo na Alemanha e em França, que também se mobilizam em simultâneo, em nome da proteção dos respetivos aliados. A 28 de julho de 1914, exatamente um mês depois do assassinato do arquiduque Francisco Fernando, a Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia e assim eclode um conflito militar que irá assumir proporções indescritíveis, pela sua duração (mais de quatro anos), pelo número de vítimas civis e militares e pelas convulsões que originou no continente mais “civilizado” do mundo, onde muitas fronteiras foram redesenhadas, dando, inclusive, origem ao aparecimento de vários novos países. Provavelmente, no início deste conflito, nenhum dos países beligerantes foi capaz de imaginar as proporções

catastróficas de tal guerra, em particular pelo seu longo tempo de duração; tal como também ninguém terá sido capaz de prever a carnificina que a luta das trincheiras iria provocar. Infelizmente para nós, portugueses, também acabámos por nos envolver nesta cruenta guerra, desde o início (1914) em Angola e Moçambique onde, como acima aflorámos, os Alemães cobiçavam estes dois territórios e a partir de 1917 também em França onde, como está devidamente documentado, no dia 09 de Abril de 1918, na Flandres e mais concretamente na batalha do Lys, teremos sofrido, depois de Alcácer Quibir, a maior derrota militar da nossa história de mais de 870 anos. Sobre este tremendo conf lito e suas consequências muito mais se poderia dizer e talvez ainda voltemos ao tema. Por hoje queremos apenas relembrar que, no âmbito das centenárias comemorações do seu início, irão ocorrer tantas cerimónias no nosso país, quantas as localidades onde haja monumentos em honra dos nossos soldados que ali combateram. Designadamente na Batalha, na Sala do Capítulo, símbolo maior nacional de tal efeméride, bem como em Reguengo do Fetal e São Mamede, que proximamente pormenorizaremos. Continuação de boas férias a todos os batalhenses. NB-LC


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Atualidade Batalha

GNR apanha dois suspeitos de captura ilegal de aves m Os indivíduos usavam chamarizes vivos, cola de rato e armadilhas para apanhar espécies como pintassilgos e bicos de lacre O Núcleo de Proteção do Ambiente da GNR de Leiria identificou dois indivíduos na Golpilheira por captura de aves autóctones e cinegéticas, através de “meios e formas proibidas”, e apreendeu meia centena de exemplares, após uma denúncia. Os suspeitos recorriam a chamarizes vivos, cola de rato (visgo) e armadilhas de captura (palma), informa a GNR num comunicado divulgado no dia 22 de julho, um dia após a operação. Na sequência da identificação dos indivíduos, foram fiscalizadas as suas residên-

estado selvagem” em Portugal e captura de espécies autóctones “através de meios e formas proibidas”. Na operação foram apreendidos três chamariz, três lugres, 18 pintassilgos, 19 bicos de lacre, um pintarroxo, seis melros e dois gaios. Foram ainda aprendidas

Santo Antão: Festa em Honra da Senhora dos Remédios A Festa em Honra de Nossa Senhora dos Remédios, em Santo Antão, decorre de 8 a 11 deste mês com um vasto programa musical, religioso e recreativo. No primeiro dia dos festejos, antes da procissão das velas (21h30), estão previstas as confissões e a missa. No dia seguinte, o arraial abre às 14 horas e à noite, pelas 22 horas, atua o grupo musical “Sãos e Salvos”. No domingo, a banda

“Os Clássicos de Pataias” chega pelas 9 horas, seguindo-se a recolha de andores e ofertas (11 horas), a missa solene e a procissão (12 horas), a atuação da banda XL (16h30) e do grupo musical “Toc&foge” (22 horas). No último dia há uma missa solene por intenção dos festeiros (08h30), jogos tradicionais (9 horas) e a atuação do grupo musical “Os Lords” (22h00), antes do encerramento dos festejos com fogo de artifício.

Rotura de conduta deixa vila sem água

p A GNR apreendeu as aves e as armadilhas usadas pelos suspeitos cias, na Golpilheira, e encontradas 52 aves (44 autóctones e oito cinegéticas). Os infratores foram sujeitos a dois autos de contraordenação por detenção de espécies cinegéticas em cativeiro e outros dois por detenção de exemplares que “ocorrem naturalmente no

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duas armadilhas, oito cones de rede para retenção de chamarizes, três tubos de cola para ratos e duas gaiolas. A identificação dos suspeitos e a apreensão das aves aconteceu pelas 09h30 do dia 21 de julho.

Uma parte da vila da Batalha esteve na manhã de dia 17 de julho sem abastecimento de água, “durante 45 minutos”, devido a uma rotura numa conduta junto ao mosteiro, informou a empresa Águas do Lena. A rotura, resultante de “trabalhos efetuados por

trabalhadores ao serviço da câmara municipal”, afetou uma zona “entre o mosteiro e o edifício da empresa” concessionária do fornecimento de água, na rua Infante Dom Fernando, na Célula B. A falta de água verificouse entre as 10 e as 10h45.

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Especial CR Colpilheira

Uma das maiores coletividades do concelho nasceu na Golpilheira com base num televisor m O Centro Recreativo da Golpilheira está a comemorar 45 anos de existência, assumindose hoje como uma das mais importantes associações do concelho, reconhecida pelo trabalho que tem efetuado nas áreas desportiva, cultural e recreativa. A vitória no Campeonato Nacional de Futsal Feminino em seniores foi a ‘cereja no topo do bolo’ de aniversário.

A maioria da população da Golpilheira não tinha onde ver televisão. Estávamos na década de 1960 e a magia deste novo meio de comunicação era recente – as primeiras emissões experimentais da RTP datam de setembro de 1956. Então, um grupo de pessoas “pobres” comprou um televisor e pôlo ao serviço da aldeia. Foi o primeiro passo para o nascimento do Centro Recreativo da Golpilheira (CRG), oficialmente constituído em 5 de março de 1969. A história do CRG começou a escrever-se em 1963, anos antes da aprovação e depósito no Governo Civil

de Leiria do primeiro alvará de constituição da coletividade. “Algumas pessoas pobres da Golpilheira resolveram juntar-se e comprar um televisor para a população, constituída na maioria por gente sem acesso ao aparelho”, recorda Manuel Carreira Rito, ligado há 40 anos ao clube, onde já desempenhou quase todas as funções. Um morador – Joaquim da Silva Jorge, conhecido por Joaquim ‘Serralheiro’ cedeu uma sala, numa casa situada no centro da aldeia, hoje substituída por uma moradia, onde foi colocado o televisor e cada família

pagava uma quota mensal de cinco escudos para assistir aos programas. O clube apenas tinha de pagar a eletricidade. Mas, apesar da televisão ser um bem raro – e único suporte da coletividade durante anos --, e mesmo antes de nascer o clube, a população já desenvolvia muitas atividades de cariz cultural, recreativo e desportivo. “Havia festas, ranchos infantis e adultos, peças de teatro e num destes serões, no início da década de 1970 (a coletividade esteve inativa dois anos por esta altura), nasceu a ideia de construir uma sede”, conta Manuel

Carreira Rito, diretor-adjunto do Jornal da Golpilheira, propriedade do CRG, e treinador dos benjamins de futebol de 7. “Lembro-me bem. Foi num barracão cedido pelo Pedro Meneses Monteiro. Estava cheio e algumas pessoas ficaram a assistir na estrada. No final surgiu a ideia de construir a sede e, logo nesse dia, o Pedro Meneses Monteiro - presidente da assembleia geral do clube até este ano, cargo a que renunciou em junho por motivos de saúde e idade - ofereceu o terreno onde hoje está a sede”, recorda. Após a oferta do terreno,

outro morador, Cesário Baptista dos Santos, ofereceu a pedra e a brita para a obra e o conterrâneo Luís Henriques da Cruz deu toda a areia precisa para a construção. Estavam, assim, dados os primeiros passos para o início do edifício. Entretanto, seguiram-se as burocracias habituais nestes processos, relacionadas com a elaboração do projeto, legalização e preparação do terreno para a implantação da obra, cuja primeira pedra foi lançada em maio de 1976. “Até à primeira placa, toda a mão de obra foi oferecida pela população. Só a cofragem, um

A época desportiva começa em setembro. No dia 6, no Entroncamento, a equipa sénior de futsal feminino, as “Golpilhas”, disputa a final da Supertaça Nacional com o Benfica. A pré-temporada começa a 18 deste mês. O presidente do CRG, Belarmino Almeida, “apela e agradece” à população que queira apoiar a equipa no jogo de atribuição do primeiro troféu da época, adiantando que o objetivo do clube ”é manter a mesma atividade desportiva, paixão e ambição, procurando revalidar o título de campeão nacional de futsal”.

Ainda para setembro está programada uma prova de todo o terreno - a associação está filiada na Federação Portuguesa de Todo-o-Terreno -, que envolve alguma competição. Na mesma altura começam as épocas da dança e da musica. Entre outubro e novembro decorre a semana cultural, em dois fins de semana prolongados (sexta-feira, sábado e domingo), durante a qual clube oferece um almoço aos idosos. O CRG promove ainda outras atividades, como as ligadas ao natal e carnaval, e participa nalgumas promovidas pela autarquia, como a FIABA.

“A nível nacional, o futsal continua a ser a nossa grande aposta, mas vamos dinamizar mais as camadas jovens do futsal, bem como as secções de musica e dança, nas quais queremos envolver mais alunos”, diz Belarmino Almeida. Além das atividades já referidas, ao nível desportivo e cultural, a associação acolhe ainda uma equipa de veteranos de futebol de 11 e o Rancho Folclórico “As Lavadeiras do Lena”, fundado a 12 de julho de 1989.

LMFerraz/Jornal da Golpilheira

“Golpilhas”: primeiro desafio é a supertaça com o Benfica

p As “Golpilhas” querem revalidar o título nacional esta época

António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt


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CR Golpilheira Especial

p O bar é um dos pontos de encontro dos sócios e da população

Receitas de meio milhão de euros não cobrem todas as despesas O Centro Recreativo da Golpilheira tem receitas anuais na ordem do meio milhão de euros e terminou o último exercício com um saldo negativo de 31 mil de euros, no qual estão, no entanto, incluídas amortizações de 32 mil euros. Segundo as contas apresentadas na última assembleia geral, a 6 de junho, as vendas registaram uma quebra de 6,98%, as receitas de eventos cresceram 17,83% e os subsídios e donativos subiram 35,78%.

A associação tem uma dúzia de empregados, um ligado à secretaria, dois a trabalhar no bar e os restantes nove no Restaurante Etnográfico, a que se juntam dezenas de voluntários. O restaurante, além das refeições normais, fornece também as escolas da Golpilheira, Rebolaria e o Centro Escolar da Batalha, o que corresponde a cerca de 300 refeições por dia, no período escolar. Esteespaçoestáconstruído num terreno adquirido pela

p O terreno onde está construído o centro foi doado por um morador trabalho mais especializado, é que foi feito por gente de fora. A primeira fase acabou no final da década de 1970 e no início da seguinte a direção da associação decidiu levantar as paredes do lado de cima e colocar o telhado”, conta Manuel Carreira Rito, destacando que o bloco principal da sede (excluindo o Restaurante Etnográfico, localizado num terreno adquirido mais tarde pela coletividade) ficou concluído há uma dúzia de anos. Entretanto, mesmo antes da colocação do telhado,

p Manuel Carreira Rito está ligado ao clube há 40 anos

coletividade, no ano 2000, com o aval de alguns fiadores e foi inaugurado em 2003. “É uma grande dor de cabeça, mas também uma grande mais valia para a associação, que é responsável pela sua gestão”, destaca Manuel Carreira Rito. O clube movimenta 120 atletas e 150 alunos nas áreas da dança e da música, além de muitas outras pessoas que usufruem dos seus serviços, diariamente das 07h00 às 24 horas.

p O Restaurante Etnográfico serve refeições também para escolas do concelho

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começou a funcionar o bar, como forma de angariar receitas e ponto de encontro da população. Era gerido por sócios voluntários, como ainda hoje são a maioria dos serviços prestados pelo clube. Surgiram também as primeiras atividades organizadas pelo CRG, destacando-se na área desportiva o futebol de 11, primeiro em torneios e depois federado, em 1977, e depois o atletismo. Ao nível cultural destacavam-se então o grupo coral e a biblioteca. Mas a televisão, que es-

teve na origem da associação, viria também a revelar-se como o seu primeiro ‘inimigo’. “No início dos anos 1980 , com a revolução das telenovelas, o pessoal – sobretudo as mulheres, a maioria dos elementos do grupo coral – começou a entreter-se mais com a televisão”, lembra Manuel Carreira Rito, salientando que isso originou do fim do grupo coral, mas não da musica no clube, que continuou até hoje com uma escola e chegou a ter uma pequena orquestra ligeira.


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Especial CR Golpilheira

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‘Os gloriosos malucos das máquinas roladoras’ m A corrida de carrinhos de rolamentos reuniu centenas de pessoas que assistiram a um espetáculo de grande inovação tecnológica, humor e coragem, protagonizado por 52 pilotos de muita fibra. O CRG comemorou os 45 anos com três dias de festa, de 19 a 21 de julho, com a realização de diversas atividades desportivas, musicais e religiosas. Uma aula de zumba ao ar livre, com Liliana Ramos – Zumba Fitness, música com a banda Kontacto, Elsa e Marina e Foka Energie, e uma missa solene, por alma dos sócios falecidos, foram alguns dos aspetos mais relevantes dos festejos, a par, naturalmente, dos momentos de convívio entre os moradores da aldeia, por exem-

plo ao jantar no restaurante da festa. No entanto, os momentos mais espetaculares viveramse na tarde de domingo, 20, quando centenas de pessoas se juntaram nas bermas das rampas de Casal Mil Homens e da Golpilheira para assistir à prova “Rodas d’Aço 2014”, em que participaram 52 carrinhos de rolamentos, de todos os géneros e feitios, construídos e equipados a rigor ou mais ‘criativos’ - digamos assim. A corrida de carrinhos de rolamentos incluiu a descida das rampas de São Bento/Urbanização, no Casal Mil Homens; São Bento-Salgueiral e Golpilheira (estrada do cemitério/sede do clube). Os ‘bólides’, construídos em madeira, metal e outros materiais deram espetáculo e os seus condutores revelaram sentido de humor. Um deles, em cima da atualidade

noticiosa, tinha inscrita a frase “Dealer-Banana com aditivo!!”, com o design a lembrar um supermercado onde foi encontrada droga em caixas de bananas. Uns pilotos optaram por circular à margem da lei, pelo menos a avaliar pelos garrafões vazios que transportavam, e outros mostraram logo de início que não estavam para grandes correrias, como o decorado de caracol. Na prova competiram homens e mulheres, novos e menos jovens, com carros rudimentares ou quase karts, de transporte individual ou coletivo, e houve quem não chegasse ao fim das rampas sem antes experimentar o piso das valetas e das bermas. Ninguém se aleijou… por aí além. Afinal, a organização já tinha dado o mote nas t-shirts: “Keep calm que eu não tenho travões”.

p A corrida envolveu 52 pilotos com bólides de todos os géneros e feitios

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CR Golpilheira Especial

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“A nossa obrigação é continuar a baixar o passivo, como fizemos nos últimos anos” m A cumprir o terceiro ano à frente da direção do Centro Recreativo da Golpilheira, Belarmino Almeida, de 55 anos, quer equilibrar a coletividade ao nível financeiro e encontrar um “bom patrocinador” para a área desportiva. O empresário da área do equipamento para a construção civil considera bem empregue o tempo dedicado ao clube, mas gostaria que houvesse uma maior participação da população.

Jornal da Batalha – O Centro Recreativo da Golpilheira (CRG) está muito ligado ao desporto e avitórianoCampeonatoNacional de Futsal Feminino é disso exemplo. No entanto, têm outras atividades? Belarmino Almeida – Sim, estamos muito ligados ao desporto, mas também a atividades culturais, por exemplo nas áreas da dança e da musica. Só na dança estão envolvidos cerca de 130 alunos e na musica temos duas dezenas. É difícil gerir um clube com esta dimensão? Quer na parte desportiva, quer cultural, é muito complicado porque a direção do clube dirige também as várias secções. Somos diretores da coletividade, do desporto, do folclore, da dança… A direção abrange todas as secções. Na verdade, não há muita gente que queira trabalhar. Os sócios não participam na vida da coletividade? Os associados são 1.200, mas os pagantes apenas 40%. Neste caso, temos alguma culpa, porque não temos um cobrador de quo-

tas. Já tentámos, mas andar a bater de porta em porta é um trabalho complicado e as pessoas nem sempre reagem bem, o que desmotiva quem poderia fazer as cobranças. O CRG é uma das maiores associações do concelho? Talvez não sejamos a maior ao nível de atletas (o Amarense têm mais, pelo menos em termos de formação masculina de futsal, e a Quinta do Sobrado e a União Desportiva da Batalha também). Mas nós só agora começámos com o futsal. Temos duas equipas masculinas e a duas femininas, uma de juniores e a de seniores que é a campeã nacional. As primeiras passaram do futebol de 11 e de 7 para o futsal. Temos uma equipa de formação de futebol de 7 de benjamins. A que se deve esta mudança para o futsal, que se verifica em vários clubes? Esta mudança para o futsal tem como uma das razões principais a questão monetária. Uma equipa de futebol de 11 envolve muito mais atletas, equipamento e pessoal de apoio, do que o futsal. Depois, no futebol de 11, tem de se marcar o campo e neste momento não temos condições para isso. Tínhamos de jogar em “casa alheia”, na Batalha. Nós temos o Campo das Barrocas, mas não possui condições para jogar futebol de 11, apenas futebol de 7. Para os desportos de pavilhão temos boas condições, com menos custos e menos pessoal para trabalhar. Como é que procuram ultrapassar as dificuldades financeiras atuais? Hoje em dia não é fácil arranjar patrocinadores. Nós funcionamos no sentido de que cada secção, embora agregada ao clube, seja autónoma para conseguir verbas e patrocínios. Cada uma tem de se ge-

p O presidente Belarmino Almeida na sala de troféus do Golpilheira rir e ser sustentável. Não significa que o clube não ajude, mas tentamos que as secções sejam autónomas. No desporto, vivemos de patrocínios e dos apoios da câmara. Noutras secções, como a cultural (musica, dança), os alunos pagam uma mensalidade que suporta minimamente os custos. Mas também fazem peditórios e outras atividades para angariar fundos? Sim, fazemos peditórios, cobramos entradas no futsal sénior (um euro), e pedimos cinco a 10 euros a cada pessoa da terra por ano e arranjamos patrocínios. Neste caso, não são muitos e gostaria de ter um bom patrocínio, principalmente para a parte desportiva, sobretudo no campeonato nacional de futsal. Mas o futsal feminino ainda não é muito divulgado, os média não ligam muito à modalidade. A câmara ajuda-nos muito. É um dos principais financiadores da equipa. E temos o Restaurante Etnográfico, que é parte integrante do clube e serve algumas refeições à câmara e a escolas. Quais foram os momentos mais marcantes que viveu en-

quanto presidente do CRG? A nível do clube, o mais importante que temos são as boas instalações. Fizemos muitas obras, ficámos empenhados e a nossa obrigação é baixar o passivo. É isso que nós andamos a fazer nestes últimos três anos. A nível desportivo tivemos bons resultados: fomos campeões distritais de futsal várias vezes, tanto em juniores como em seniores femininos, duas das quais nos últimos três

anos, vencedores de diversas supertaças e taças distritais, e vencemos o Nacional de Futsal Feminino em seniores este ano, o primeiro em que houve esta prova. Também fomos campeões distritais de futebol de 11 na época 1997/98. A inauguração do pavilhão, pelo qual lutámos muitos anos, também foi fundamental para os resultados obtidos. E o passivo, comparando com os níveis anteriores, já não

é grande. Tem valido a pena estar à frente do CRG? Quando nos metemos numa coisa é porque achamos que vale a pena. Mas quem pode avaliar o nosso trabalho são os sócios e os moradores da aldeia. A direção pensa que tem valido a pena o tempo que dedica ao clube, caso contrário não estaríamos cá. Agora que é muito difícil e muito complicado é.

s registo “Quando não houver dificuldades pode ser que apareçam mais” Mas não é fácil arranjar quem queira dirigir a associação? Não é fácil constituir direções. Houve eleições este ano e nós fomos reeleitos [segundo mandato de dois anos] porque não se apresentou qualquer lista alternativa. E daqui a dois anos tenho quase a certeza que vai acontecer o mesmo. Não é fácil constituir corpos dirigentes e as assembleias são pouco frequentadas pelos sócios. Nas últimas duas assembleias gerais estiveram presentes apenas meia dúzia, o que é muito pouco para a dimensão da coletividade. Esta situação deve-se ao clube estar empenhado financeiramente e os sócios recearem assumir responsabilidades. Quando não houver dificuldades pode ser que apareçam mais.

E a população participa? A população participa na vida do clube, vem à sede e aos jogos. Em termos festivos, as pessoas estão mais viradas para as festas da Igreja, mas em geral aparecem, como sócios e como simples frequentadores. Nós somos, talvez, a instituição que mais faz pela aldeia. O clube é uma das instituições mais importantes, que reúne mais pessoas e desenvolve mais atividades, algumas em conjunto com a paróquia. Aliás, quero agradecer aos sócios, a todos os que trabalham connosco, aos nossos patrocinadores e financiadores, sem os quais este projeto não existiria. E este ano quero destacar, em particular, o magnífico trabalho desenvolvido pela Teresa Jordão [treinadora da equipa sénior de futsal feminino, juniores femininos e infantis].


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Diáspora batalhense homenageada com associação e protocolo de cooperação m As Festas da Batalha, que comemoram a vitória portuguesa sobre os castelhanos há 629 anos e o Dia do Município, dão este ano particular des-

taque aos emigrantes do concelho, a par de um vasto programa destinado às dezenas de milhar de visitantes que se deslocam à vila este mês

A diáspora batalhense, constituída por cinco mil emigrantes - o equivalente à segunda maior freguesia do concelho, que tem 15.800 habitantes – é um dos elementos centrais as Festas da Batalha, que decorrem de 14 a 17 deste mês e englobam um conjunto muito diversificado de atividades económicas, culturais, musicais e desportivas. A assinatura de um protocolo de colaboração entre o município da Batalha e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP), e a apresentação da Associação da Diáspora Batalhense, no dia 17, evidenciam a importância que a autarquia atribui ao estreitamento de relações entre os batalhenses na diáspora e os que vivem no concelho, nas vertentes económica e cultural.

A presença dos nossos compatriotas é aproveitada ainda para a realização do habitual Convívio Anual dos Emigrantes do Concelho, também no dia 17, este ano na Aldeia de Santo Antão, com a participação de 300 a 350 pessoas, e para uma receção na câmara a empresários luso-franceses, seguida de uma visita a empresas da região, no dia 16. O protocolo a rubricar entre a câmara e a CCIFP tem como um dos objetivos ajudar as empresas batalhenses no processo de internacionalização no mercado francês, nomeadamente através da divulgação dos seus produtos e serviços e da prestação de aconselhamento e acompanhamento em deslocações de negócios. O documento abre também caminho à divulga-


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ção e promoção de eventos culturais, da gastronomia regional, de recursos naturais, paisagísticos, patrimoniais e arquitetónicos do concelho em França. O acordo de cooperação “pretende estreitar as relações económicas entre o tecido empresarial do concelho e o universo das marcas francesas representadas na Câmara de Comércio e Indústria FrancoPortuguesa, abrindo novas janelas de oportunidade para empresas da Batalha e francesas”, referiu o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, em março, na sequência de um encontro com a comunidade emigrante em França. Neste país existem 45 mil empresas propriedade de portugueses e luso-descendentes e é neste universo que há maior potencial para concretizar negócios na área do município e através da internacionalização. Quanto à Associação da Diáspora Batalhense, um dos seus objetivos é “reconhecer” os expatriados do concelho que “mais se

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distinguiram na dinamização dos encontros de emigrantes”. A constituição da associação sem fins lucrativos tem também a intenção de “juntar os batalhenses emigrantes mais influentes que possam ajudar a aumentar as oportunidades nos respetivos países de acolhimento para as empresas e cidadãos” do concelho. Ao município compete “melhorar as condições de acolhimento e de apoio aos emigrantes, bem como pugnar pela valorização da diáspora batalhense”. “O concelho da Batalha não se pode limitar às suas fronteiras administrativas. Os mais de cinco mil batalhenses espalhados pelo mundo integram a ‘5ª freguesia da Batalha’, a segunda maior do concelho, e como munícipes devem beneficiar da ação da câmara e do seu apoio”, referiu Paulo Batista Santos, após o 23º Encontro de Emigrantes Batalhenses em França, promovido em março.

Festas da Batalha Especial

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p A mosteiro foi construído para comemorar a batalha de há 629 anos

p Paulo Batista Santos durante o encontro de emigrantes em França

s registo

Festas recebem 40 mil pessoas de todo o país Há 629 anos viveu-se um dia decisivo da História de Portugal: a Batalha de Aljubarrota. É este feito que a vila da Batalha, onde durante 150 anos foi construído o mosteiro que assinala a derrota dos castelhanos, comemora este mês. As festas são organizadas pela câmara e o orçamento ascende a 90 mil euros, metade dos quais investidos nos espetáculos (no ano passado atingiu os 74.500 euros, 30 mil dos quais aplicados nos espetáculos). Este investimento tem retorno, na medida em que as festas atraem mais de 40 mil pessoas, potenciam a Batalha como destino tu-

rístico e ao nível da hotelaria, da restauração e do pequeno comércio. Por outro lado, têm também resultados para as associações, que no recinto das festas, através da venda de comes e bebes, conseguem verbas importantes para financiar as suas atividades. Os visitantes chegam de Norte a Sul do País e há também um número muito significativo de emigrantes. As festas têm origem remota numa feira franca, realizada a 14 de Agosto e fundada pelo rei D. João I em 1389, que existiu em moldes semelhantes até 1948.

p As festas atraem mais de 40 mil pessoas oriundas de todo o país

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Coletividades e empresas divulgam capacidade económica e gastronomia m A VII Mostra das Atividades Económicas conta com a presença de 18 marcas e nas Tasquinhas Tradicionais do Concelho estão empenhadas oito associações A VII Mostra das Atividades Económicas da Batalha, que decorre no período de duração das festas, conta com a presença de 18 empresas – mais cinco em relação à edição de 2013 -, que representam a diversidade e capacidade económica do concelho e será visitada por dezenas de milhar de pessoas durante quatro dias. A área de exposição agrega empresas de diversos setores, como por exemplo a comercialização de veículos agrícolas e ligeiros de passageiros, produtos alimen-

tares, energia, educação, comunicações, tecnologia e cuidados corporais. Estão representadas as empresas Fogãosol, Adega Cooperativa da Batalha, Anália Neto, Marvitec - Tecnologia e Soluções, School House, Spa Secret, Paulo Santos - Telecomunicações, Pia do Urso - Azeites e Vinagres Selecionados, Abel Loureiro & Filhos e Quinta do Barroco. Na área dos veículos, marcam presença a Auto Júlio, Francisco Jordão, Pedro José M. Pragosa, Lizauto, Lizdrive, Lubrigaz, Quadripeças e Caetano Auto. Este ano a mostra localiza-se junto à Rotunda do Emigrante (próximo da zona de diversões) e está aberta das 16 às 24 horas. A entrada é livre, como em todas as atividades que integram as Festas da Batalha.

p As festas atraem milhares de pessoas por noite As Tasquinhas Tradicionais do Concelho são outro dos atrativos das festas e permitem às coletividades angariar fundos, através da venda de artigos e de produtos gastronómicos.

Este ano são oito as associações que marcam presença – mais duas em comparação com 2013 - empenhadas em divulgar os produtos tradicionais do concelho.

Na área alimentar estão presentes a Associação Recreativa Amarense, Rancho Folclórico Rosas do Lena, Casa do Benfica, Batalha Andebol Clube, Centro Recreativo e Desportivo da

Torre e o Centro Cultural Recreativo Quinta Sobrado Palmeiros; e no setor das bebidas marcam presença o Centro Recreativo da Rebolaria e a Associação Recreativa Batalhense.


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Manhã de desporto preenchida com atletismo e caminhada m No dia do feriado nacional disputam-se os prémios Mestre de Aviz, com a presença de centenas de atletas de todo o país. Mas as festas incluem outras modalidades desportivas A manhã do feriado nacional, dia 15, é preenchida com desporto, a partir das 09h00: Grande Prémio de Atletismo Mestre de Aviz, VII Prova de Atletismo Batalha Jovem e uma caminhada de sete quilómetros, em que participam centenas de atletas e amantes dos percursos pedonais. O Grande Prémio de Atletismo Mestre de Aviz, na distância de 6,4 qui-

p O grande prémio conta com a presença de centenas de atletas lómetros, em que devem participar 400 atletas de todo o país, inclui pela primeira vez cronometragem eletrónica. À chegada, a classificação instantânea é apresentada num ecrã. Os atletas partem do Campo Militar de São Jorge, passam por Tojal de

Baixo, Quinta do Sobrado, Batalha, Ponte da Boutaca, Rotunda da Igreja Matriz, Rotunda do Emigrante, campo de futebol, Rua Nossa Senhora do Caminho e terminam a prova na Praça Mouzinho de Albuquerque. As inscrições estão aber-

tas até dia 12, na Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL), através do email assleiria@adal. pt. Há prémios monetários entre 150 e 10 euros, prémios de presença e troféus para os cinco primeiros de cada escalão. No caso da VII Prova

de Atletismo Batalha Jovem - inscrições também na ADAL -, há prémios de presença e os três primeiros de cada escalão recebem troféus, enquanto os 4º e 5º classificados ganham medalhas. A Caminhada Mestre

de Aviz, na distância de 7 quilómetros, tem uma dificuldade moderada e os participantes recebem uma lembrança e reforço alimentar. As inscrições são na Câmara da Batalha até dia 12, através do email cultura@cm-batalha.pt. Antes da caminhada, há uma aula aberta de Sh’Bam, por Carla Leite e Ana Rita, do Clube Sem – Sempre em Movimento. Estas iniciativas são organizadas pela câmara e junta da Batalha, com o apoio da ADAL e do Atlético Clube da Batalha. Ainda no âmbito desportivo, realiza-se o Torneio de Futebol de 11 Inter-freguesias São Nuno de Santa Maria (final dia 16, às 19h30) e o VI Torneio Aberto de Xadrez (dia 17, às 15h00).


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“As festas têm um cartaz aliciante e diversificado” m “Os Azeitonas”,

As festas “têm um cartaz aliciante e diversificado”, com uma “grande aposta” nos DJ e em música de diversos géneros, no sentido de abranger públicos desde os mais jovens às famílias, refere Cíntia Silva, vereadora da Cultura da Câmara da Batalha. O cartaz destaca a atuação dos Oquestrada, “Os Azeitonas”, Berg (vencedor do Factor X) e Ana Moura. “O fado, Património Imaterial da Humanidade, não podia faltar, já que o mosteiro comemora os 30 anos da classificação como Património Mundial”, destaca a autarca, adiantando que os espetáculos incluem música destinada desde “os públicos mais jovens até às famílias”, como é o caso de Berg ou dos Oquestrada. No entanto, uma das “ grandes apostas são os DJ de renome, uma iniciativa que já no ano passado correu muito bem”, destaca Cíntia Silva. Quanto às cerimónias ofi-

(Foto: Paulo Bico)

Oquestrada, Berg e Ana Moura, a par das sessões com DJ, são as grandes apostas musicais, que pretendem abranger desde os públicos mais jovens às famílias

p “Os Azeitonas” são uma das bandas em destaque nas festas ciais, que decorrem no dia 14, feriado municipal, salienta a sua relevância por comemorarem uma “data de extrema importância” para a independência de Portugal, daí decorrerem no mosteiro que evoca a Batalha de Aljubarrota. Este ano, a Gala Internacional de Folclore, organi-

zada pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, realiza-se uma semana antes (sábado, dia 9, 21h30 no Largo do Condestável) dos quatro dias ‘oficiais’ das Festas da Batalha. Na XXIX edição da gala participam as Cantadeiras do Vale do Neiva (Minho), rancho anfitrião (Alta Estremadura), Grupo Folclóri-

co Amigos do Montenegro (Algarve), Ronda Típica da Meadela (Minho), Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da Universidade de Coimbra (Beira Litoral) Grupo Folclório ERA (Uzice, Sérvia), Grupo de Dança Jungwoo de Seul (Correia do Sul) e Grupo de Dança Crystall (Kazan, Rússia).

Batalhense encena no mosteiro peça sobre a lenda da abóboda Um dos momentos mais aguardados das festas deste ano é a apresentação do projeto cultural e teatral “A Abóboda não caiu, a abóboda não cairá”, uma ideia original do batalhense Tobias Monteiro, a partir da obra inédita de António Patrício “A Paixão de Mestre Afonso Domingues”, que é apresentado no mosteiro todos os dias. O espetáculo é produzido pela Kind of Black Box, uma associação cultural sem fins lucrativos, de Lisboa, da

qual Tobias Monteiro, ator e encenador, é um dos diretores. O texto acerca de abóbada da Sala do Capítulo é uma obra literária inacabada sobre um monumento inacabado. Inspirada na lenda, esta peça de teatro presta homenagem a dois mestres da cultura portuguesa: o arquiteto responsável pelo projeto original do mosteiro, o mestre Afonso Domingues e o dramaturgo António Patrício. O texto e encenação são de

Tobias Monteiro e o elenco nacional integra Ana Bustorff, Fernando Luís, Inês Nogueira, João Bandeira, João Craveiro, Margarida Gonçalves, Paulo Duarte Ribeiro, Bárbara Soares, Frédéric da Cruz, Hugo Inácio, Rita Soares e Sofia Neves (os últimos cinco elementos do Leirena). O elenco inclui ainda Fabio Gorgolini, do Teatro Pícaro - Ciro Cesarano (França/Itália).

p A peça de teatro é apresentada todos os dias

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Programa contempla cultura, desporto e lazer 09 de agosto - sábado 21h30 – XXIX Gala Internacional de Folclore, organizada pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, no Largo Condestável 14 de agosto - Feriado municipal 12h00 - Cerimónias civis e militares na Capela do Fundador 15h00 - Sessão solene nas Capelas Imperfeitas, com a presença da secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais Lançamento do livro “A Batalha Real”, uma edição da Fundação Batalha de Aljubarrota, da autoria de Saul António Gomes Atribuição de medalhas de mérito municipal 19h30 - Espetáculo de teatro “A Abóbada não caiu, a abóbada não cairá”, no mosteiro, com a participação especial dos atores Fernando Luís, Ana Bustorff e Tobias Monteiro. Espetáculo inédito, integrado no âmbito dos 30 anos de classificação do Mosteiro da Batalha como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, baseado num texto de António Patrício sobre o mestre Afonso Domingues e a conhecida lenda da abóbada do mosteiro. Produção Kind of Black Box. 22h00 - Concerto com a fadista Ana Moura 00h00 - Atuação dos DJ Zabz e BuZZ N’Bass, uma parceria com a Rádio 94FM 15 de agosto - Feriado nacional 9h30 - VII Prova de Atletismo “Batalha Jovem” 10h00 - Grande Prémio de Atletismo Mestre de Aviz 10h00 - Atividades desportivas, concentração na Praça Mouzinho de Albuquerque 19h30 - Espetáculo de Teatro “A Abóbada não caiu, a abóbada não cairá”, no mosteiro 19h30 - Torneio de Futebol de 11 Inter-freguesias “São Nuno de Santa Maria”, no campo de futebol sintético 22h00 - Concerto com Oquestrada 00h00 - Atuação do DJ Rui Santoro, uma parceria com a Rádio 94FM 16 de agosto - sábado 11h00 - Receção a empresários luso-franceses na câmara e visita a empresas do concelho 15h00/19h00 - Sunset no Largo Infante D. Henrique 19h30 - Espetáculo de Teatro “A Abóbada não caiu, a abóbada não cairá”, no mosteiro 19h30 - Final do Torneio de Futebol de 11 Inter-freguesias “São Nuno de Santa Maria”, no campo de futebol sintético 22h00 - Concerto com Berg, vencedor do programa televisivo Factor X 00h00 - Atuação dos DJ Nuno Fernandez e Miguel Chagas, uma parceria com a Rádio 94FM 17 de agosto - Domingo 11h30 - Assinatura de protocolo de colaboração entre o município da Batalha e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, no auditório municipal 12h00 - Apresentação da Associação da Diáspora Batalhense, com a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Almeida Cesário 13h00 - Convívio Anual dos Emigrantes do Concelho da Batalha 15h00 - VI Torneio Aberto de Xadrez, na Praça Mouzinho de Albuquerque 15h00 - Vacada, no recinto das festas 19h30 - Espetáculo de teatro “A Abóbada não caiu, a abóbada não cairá”, no mosteiro 22h00 - Concerto com “Os Azeitonas” 00h00 - Espetáculo piromusical, pela Pirotecnia Batalhense


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Saúde Varizes e insuficiência venosa A doença venosa é uma patologia crónica e evolutiva que afeta grande parte da população mundial. Portugal, pela sua localização e clima, não é exceção, estimando-se que cerca de um terço da população portuguesa sofra de alterações da circulação dos membros inferiores. Vulgarmente designada por “varizes”, a doença venosa corresponde a uma disfunção do sistema venoso causada por incompetência valvular e diminuição da tonicidade da pa-

rede das veias, que dilatam, com consequente acumulação de sangue nos membros inferiores. Dor, ardor, comichão ou desconforto sobre as varizes e a sensação de pernas pesadas de instalação e agravamento progressivo ao longo do dia constituem os principais sintomas. Pode ainda ocorrer edema (inchaço) dos pés e tornozelos e cãibras noturnas. Geralmente os sintomas agravam no verão, com o calor, e após longos períodos em pé ou sentado. São

mais frequentes nas mulheres e pioram na gravidez e com a obesidade. Para além das veias dilatadas visíveis podem ocorrer alterações da coloração da pele, hemorragia ou aparecimento de feridas dolorosas de difícil cicatrização (úlceras venosas). Podem ainda formar-se coágulos no interior das veias – trombose venosa – que podem migrar para os pulmões causando embolia pulmonar, uma situação de extrema gravidade. O diagnóstico é baseado nos sinais e sintomas, po-

p Veia normal (A) e variz (B)

dendo ser confirmado por Eco Doppler. O tratamento, que depende da gravidade da situação, visa aliviar os sintomas e

prevenir ou tratar complicações. A compressão elástica desempenha um papel essencial no tratamento, devendo as meias de compressão ser usadas logo desde que se levanta. A adoção de medidas gerais, tais como duches de água fria, elevação das pernas quando se senta ou deita, evitar cruzar as pernas, usar calçado confortável e roupa folgada, evitar excesso de peso e prisão de ventre, evitar expor as pernas a fontes de calor (radiadores ou aquecedores) e fazer exercício físico

(caminhadas, natação…) ou exercícios com as pernas se passar muito tempo sentado pode ajudar a melhorar os sintomas. Os medicamentos disponíveis atuam na parede das veias e na circulação, melhorando os sintomas, mas não eliminam as varizes nem evitam o aparecimento de novas. Alguns casos podem ser submetidos a cirurgia. Ana Mota Médica Interna de Medicina Geral e Familiar na USF Condestável, Batalha

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Economia

m A divida da câmara ronda os 2,6 milhões de euros, o que corresponde a um valor per capita de 162,56 euros, um dos resultados mais baixos a nível regional e nacional As contas da Câmara da Batalha relativas ao ano passado apresentam dos indicadores mais favoráveis a nível regional e, nalguns casos, quando comparadas com os dados nacionais; daí resultando, por exemplo, que cada batalhense deve apenas 162,

56 euros, segundo o Portal da Transparência Municipal. A divida total do município é de 2.571.659 euros, correspondendo a cada habitante um valor muito inferior ao verificado na média da região e do país. No caso da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), composta pelos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrogão Grande, Pombal e Porto de Mós, cada cidadão deve 472,96 euros, no caso dos municípios comparáveis o valor é de 514,91 euros e a média nacional

sobe para os 667,63 euros. O Portal da Transparência Municipal (http://www. portalmunicipal.pt), disponível desde 21 de julho, revela ainda que a autarquia teve em 2013 um saldo orçamental de 365.325 euros (contra 228.731 no ano anterior) e um grau de endividamento de 25%; contra 70,17% registado nos municípios comparáveis e a média nacional de 95,74%. O saldo orçamental cresceu de 2,19% para 3,55% da receita total; enquanto na CIMRL se verificou um resultado negativo de - 0,15% , que nos municípios comparáveis foi de - 8,11%, ambos

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Batalhenses são dos que devem menos p A divida autárquica por habitante é menor que a média nacional e regional no ano passado. Quanto aos prazos de pagamento a fornecedores, a Câmara da Batalha obtém um resultado excelente, já que não tem verbas em atraso e salda as dívidas em 12 dias – este valor está a descer desde 2010, quando se encontrava nos 48 dias. Na CIMRL, os pagamentos são a 26 dias; nos municípios comparáveis, o registo é de 198,80 dias e a média

nacional está em 130,34 dias. A despesa total da autarquia batalhense baixou de 10,2 milhões de euros há dois anos para 9,9 milhões em 2013. O município é também dos mais transparentes, obtendo 58 pontos em 100. Na CIMRL o registo é de 36 pontos, a nível nacional a média é de 33,14 e nas autarquias comparáveis o resultado é de 34,73 pontos. O Portal da Transparência

Municipal agrega 115 indicadores relativos à gestão municipal, que permitem “conhecer a realidade concreta dos municípios” e “comparar essa realidade”, segundo o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro. A sua gestão está a cargo da Direcção-Geral das Autarquias Locais e da Agência para a Modernização Administrativa.


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s Notícias do MCCB

Cultura

A exploração do carvão no território da Batalha

Jornadas internacionais debatem importância das minas no concelho m Encontro científico analisa durante três dias a indústria extrativa do carvão e o papel que assumiu no desenvolvimento da região da Batalha

Os concelhos da Batalha e Porto de Mós recebem, de 11 a 13 de setembro, as Jornadas Internacionais “Memórias do Carvão”, nas quais estará em destaque esta atividade extrativa que durante décadas alimentou indústrias regionais e nacionais. As sessões decorrem nos auditórios municipais de ambas as vilas e destacam o papel que esta indústria teve para o bem-estar dos consumidores, na laboração de empresas como fábrica de cimento da Maceira ou na central termoelétrica construída pelas concessionárias das minas, e no funcionamento de locomotivas dos caminhos de ferro da CP. “Adotando um registo

p Pormenor das minas de carvão da Bezerra internacional, as jornadas privilegiam comunicações originais e conferências por convidados, que contribuam para uma visão holística, interdisciplinar, das problemáticas em torno da exploração e utilização do carvão (indústria, transportes, eletricidade), desde os seus aspetos técnicos no âmbito das geociências e da engenharia aos contextos e impactos económicos e sociais e ao retrato da vida das

comunidades mineiras”, explica José Manuel Brandão, em representação da comissão organizadora. Pretende-se que este encontro científico constitua uma plataforma de partilha e troca de informação e experiências por parte de investigadores, académicos, técnicos e outros atores sociais envolvidos nas questões do estudo e preservação deste aspeto particular da herança cultural

portuguesa. O evento é promovido pelo Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência, Universidade de Évora, Instituto de História Contemporânea (FCSHUNL), Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (Câmara Municipal da Batalha), Museu Nacional de História Natural e da Ciência (Universidade de Lisboa) e Câmara Municipal de Porto de Mós.

Biblioteca ocupa crianças durante as férias escolares A Biblioteca Municipal José Travaços Santos e o polo de São Mamede levam a efeito até ao dia 29 deste mês o programa de atividades Biblioteca Ativa. Dirigido a crianças e a jovens dos 10 aos 15 anos, o programa compreende áreas como a ciência, a fotografia e o teatro. A inscrição é gratuita, mas obrigatória, estando os participantes cobertos com seguro de acidentes pessoais. O programa e demais informações necessárias encontram-se disponíveis na

Biblioteca da Batalha e São Mamede ou através do endereço: http://biblioteca. cm-batalha.pt/ EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL NO MOSTEIRO. Uma exposição internacional de escultura contemporânea, intitulada 5ª Essência, que apresenta diversas obras de conceituados autores nacionais e internacionais, está patente no Claustro Real do Mosteiro da Batalha até 30 de setembro. Entre os expositores contam-se Mathias Contzen, Filipe Curado, Maria

Leal, Beatriz Cunha e JeanFrederic Bourdier e Thomas Schiek. A curadoria da exposição pertence a Genoveva Oliveira. PAINÉIS DE NUNO GONÇALVES EXPOSTOS ATÉ SETEMBRO. A Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha acolhe uma inédita instalação artística, intitulada “Milagre – Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves”, da autoria de J. Rosa G., até setembro. Considerados por muitos como uma das pinturas por-

tuguesas do período medieval (1470 -1480) mais emblemáticas, os painéis, cuja autoria é atribuída ao pintor português Nuno Gonçalves, têm suscitado diversas interpretações. Esta exposição integra as comemorações dos 30 anos de classificação do Mosteiro da Batalha como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, contando com o patrocínio do Programa Mais Centro, do QREN e da União Europeia (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

António R. Batista, Encarnação Carvalho, Artur Rosa, António J. Santos, Francisco Ferreira, Emília Franco e Sulpício Rodrigues são alguns dos nomes da última geração de operários das minas de carvão na nossa região. Têm entre 80 e 100 anos de idade e mantêm memórias vivas do trabalho árduo da extracção do negro mineral que alimentava a luz eléctrica e movia transportes. A actividade de exploração de carvão na Batalha iniciou-se na segunda metade do século XIX, quando o comerciante britânico, George Croft, consegue a concessão das minas de Alcanadas e Chão Preto. Começava a odisseia de acontecimentos registados em cerca de cem anos de história e marcados por avanços e retrocessos, espelho da conjuntura nacional e mundial. A actividade do Couto Mineiro do Lena, ancorada à criação da linha de Caminho de Ferro do Lena e à Central Eléctrica de Porto de Mós deixa nesta região marcas do desenvolvimento económico e industrial, fundamentalmente no período entre as duas Guerras Mundiais. Depois das preces a Santa Bárbara, os homens, sob o mando dos capatazes, entravam nas galerias subterrâneas, munidos de picaretas e de pás, alumiados por gasómetros, para extrair o carvão que seria carregado em vagonetas. À entrada da mina, as mulheres separavam o carvão bom do carvão estéril. Um trabalho duro, dizem-nos nas entrevistas, com voz gasta e com as marcas dos anos no rosto. Duro, perigoso e mal pago, mas mais compensador que a vida no campo. Apesar da instabilidade das sucessivas passagens de testemunho da empresa de exploração (Sociedade Mineira do Lena, The Match and Tobacco Timber Supply Company e Empreza Mineira do Lena, SARL), os carvões permitiram o acesso a bairros sociais com luz eléctrica, ao comboio e às actividades de recreio (cinema, teatro, desporto…). O registo destas memórias forma parte de um trabalho de investigação participada desenvolvido pela equipa do Museu e pela comunidade, e que tem como objectivo a recolha de testemunhos documentais e orais (veja mais em: http://www.museubatalha.com/recursos-de-acessibilidade-investigacao-e-divulgacao). Deste projecto, pretende-se a concretização de uma exposição temporária alusiva à temática. E, porque a actividade também existiu em Porto de Mós, a investigação ultrapassa divisões administrativas, criando os dois municípios sinergias que visam enriquecer e perpetuar a memória colectiva associada ao património mineiro. Para além disso, ambas as autarquias recebem e promovem as Jornadas Internacionais “Memórias do Carvão” a ter lugar entre 11 e 13 de Setembro do corrente ano, co-organizadas com a Universidade de Évora, a Universidade Nova de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural e da Ciência. As sessões decorrem nos auditórios municipais da Batalha (dia 11) e Porto de Mós (dia 12), havendo uma visita pelo território no sábado, dia 13. O encontro, que acolhe conferencistas de reconhecido nome a nível mundial e nacional, pretende contribuir para um melhor conhecimento do impacto sócio-económico da indústria do carvão, estendendo-o a áreas como a história, a antropologia, a engenharia, a arquitectura, a sociologia ou a geologia. Mais informações em http://memoriasdocarvao.wordpress.com. A equipa do MCCB apela à participação nestas jornadas que, para os munícipes batalhenses, é gratuita. Recordamos, ainda que no Museu há uma vitrine com alguns objectos utilizados na exploração mineira e no caminho-de-ferro, complementados com o testemunho áudio de um antigo mineiro. A equipa do MCCB


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Património Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão entre os séculos XVI e XVIII” e “A Vila da Batalha na Legislação do Estado Novo (1928-1940)”. Os meus humildes “Cadernos da Vila Heróica” motivaram a sua atenção e o seu elogio e mereceram o seu conselho. A ele tive a honra de dedicar o pequeno poema “1º de Dezembro”, sobre esta data gloriosa da História Pátria e muito particularmente sobre as revoluções e as esperanças que fazem desabrochar mas que são, tantas vezes, de efémera duração: Jornal O Ribatejo

O Historiador e Professor Catedrático Doutor Joaquim Veríssimo Serrão acaba de ser homenageado pelo Município de Santarém e pelo Grupo de Amigos, que se constituiu para ser a sua permanente evocação e para impulsionar o conhecimento da sua vasta obra, com a inauguração duma estátua, que o retrata com o trajo académico, da autoria do Escultor Fernando Marques. O monumento situa-se no jardim junto ao Centro de Investigação que tem o nome do Historiador, na belíssima capital do Ribatejo, uma cidade que nos diz muito pela sua personalidade vincada, pela sua riqueza histórica e pela originalidade da sua cultura. Uma cidade que nos cativa facilmente, mas com fundas razões. A inauguração foi no dia 12 de Julho, notícia que respigo do “Região de Rio Maior”, jornal prestigioso dirigido por uma dos maiores jornalistas regionais e regionalistas, Professor Feliciano Júnior. A grande Comunicação Social não fez eco do acontecimento ou limitou-se a poucas e anémicas linhas, o que revela bem o estado a que tem sido reduzido tudo o que ainda é nobre e digno no nosso País.

O Professor Veríssimo Serrão tem uma obra impar no domínio da investigação, da interpretação, da crítica e da divulgação da história. Autor de inúmeros livros, destaco os 18 grossos volumes da “História de Portugal”, bem mais de dez mil páginas, “Historiografia Portuguesa”, “Portugal no Mundo nos Séculos XII e XVI”, “A Essência e o Destino de Portugal”, entre centenas de estudos pautados pelo rigor, pela vastidão

dos seus conhecimentos, pela elevação e pela qualidade literária. À Batalha dedicou alguns dos seus estudos, tendo, quando era presidente da Academia Portuguesa de História, por convite do presidente da nossa Câmara António Lucas, em 2001 e 2003, pelo menos insuflado a realização das duas “Jornadas de História da Vila da Batalha”, em que participou com “A população da Batalha

Clara e pura a manhã que quebra grilhetas liberta e forja a esperança. Cumprida? Que manhãs se cumprem depois da primeira hora? Alvoreçam de sol, aqueçam, floresçam de promessas e alegria e deixem-nos sonhar entontecidos por um dia. O Professor Joaquim Veríssimo Serrão nasceu em Santarém em 1925, e aí reside.

Adelino Mendes Não é preciso explicar as razões de ser nosso dever evocar Adelino Mendes. O silêncio sobre Adelino Mendes é que não tem explicação. No ano passado passoume completamente o cinquentenário da sua morte, o que é injustificável, mas qualquer altura é altura para o lembrarmos. Adelino Mendes, natural do Reguengo do Fetal, foi um dos maiores Jornalistas do seu tempo e continua a ser um dos maiores Jornalistas portugueses. Durante décadas editorialista de “O Século”, então um diário do maior prestígio e de ampla expansão nacional, deixou aí um trabalho de referência que, na minha meninice, eu ouvia elogiar às pessoas da geração do meu pai. Em 27 de Agosto de 1963, um dia depois do seu falecimento, escrevia-se em “O Século”: “Tinha uma pena acerada e incisiva como a aresta de um diamante. Era, pelo menos, essa a que mais se conhecia, a que mais se discutia. Uma pena implacável, intransigente, rectilínea - admirável de vigor e firmeza. Uma pena que deixou um trago indelével nos fundos do Século – que tanto contribuiu para o prestígio dos fundos do Século. - “Aquilo é, com certeza, do Adelino.

“E era. A sua marca estava sempre lá, inconfundível (…)”. Conheci-o em Lisboa, poucos anos antes do seu falecimento, em casa dum meu parente chegado de quem ele era amigo e nunca me esqueci do que me disse esse meu tio, irmão da minha avó materna, o médico Abílio Lopes Gomes: “que grande Homem o nosso distrito deu ao País!”. Ao conhecê-lo impressionou-me a solidez do seu carácter, que era evidente como evidente era, no que escrevia, a sua estatura moral e intelectual. “Que grande Homem o nosso distrito deu ao País!”. Há anos, por duas vezes pelo menos, pedi à Câmara de Lisboa, cidade onde ele viveu e onde, sobretudo, exerceu a sua actividade, apoiando-me muito principalmente no seu trabalho nos Jornais, nas obras que publicou, em ter sido o primeiro repórter português nas trincheiras da Flandres na 1ª Guerra Mundial e no estatuto a que se elevou no campo das Letras, que dessem o seu nome a uma das novas artérias. Mas a resposta foi sempre a mesma: que não tinham nem rua nem travessa disponíveis, quando, entretanto, iam baptizando com

nomes de politiquelhos as inúmeras artérias que surgiram por todo o lado. Só mais tarde percebi o motivo: Adelino Mendes tinha apoiado Sidónio Pais, durante o seu consulado, e tinha tomado outras atitudes na 1ª república que não agradavam às gentes da 3ª república. Nem podiam agradar a sua independência, a sua firmeza, a sua clarividência nem o seu patriotismo. Adelino Mendes, o que muita gente desconhece, escreveu também Poesia que se enquadra com mérito nos modelos do seu tempo. A ilustrar este breve apontamento, um seu soneto que publicou, com o pseudónimo de João Gil, em “O Portomozense”, antecessor do actual, em Junho de 1903. Devo o conhecimento deste e doutro seu soneto, ao investigador da história regional e autor de inúmeros estudos de comprovadas qualidade e originalidade, João Madeira Martins, uma outra figura de merecido relevo da nossa região que de forma alguma posso esquecer e a que me referirei oportunamente.

A Voz do Vento (a A. Balha e Melo) De noite, diz-me o vento quando passa Por sobre a natureza adormecida, Pondo em tudo uma nota dolorida, Vaga, como o caminho que a si traça. Donde provém essa dor que esvoaça Na tua fronte, já para o chão pendida, Que t’a tortura, e faz parecer vencida Pelo hálito sombrio da desgraça? A vida é bela. Encerra nas estranhas Prazeres divinos, sensações estranhas, Que o amor a cada passo faz nascer… Porque choras, meu pobre sonhador? Esquece o sofrimento. O lutador Também esquece a vida para viver.

José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (137)


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Batalha Cultura

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Mosteiro com informação em Braille para visitantes m Em preparação estão um guião pictográfico e outro de visita em linguagem gestual para incluir no site do monumento, cujo lançamento está previsto para setembro

Os visitantes cegos têm ao seu dispor, desde 14 de julho, informação geral em Braille sobre a história do Mosteiro da Batalha, que este ano assinala o 30.º aniversário como Património Mundial da Humanidade classificado pela UNESCO. “Está igualmente a ser testado um guião de visita em Braille, com imagens e plantas em relevo, para permitir ao visitante cego

p O monumento foi visitado por mais de 291 mil pessoas em 2013 a perceção do espaço de visita, com referência a algumas particularidades his-

tóricas e arquitetónicas”, explica Joaquim Ruivo, diretor do monumento.

Este projeto de promoção da inclusão resulta de uma parceria entre o Centro de

Jornal da Batalha Casal do Relvas promove partilha de livros escolares

Recursos para a Inclusão Digital (ESECS/Instituto Politécnico de Leiria) e o Serviço Educativo do Mosteiro da Batalha, com coordenação de Célia Sousa (CRID) e de Rita Quina (Mosteiro da Batalha). “Em preparação está, igualmente, um guião pictográfico, com vista à inclusão de visitantes com outro tipo de necessidades, e um guião de visita em linguagem gestual para incluir no site do monumento. O lançamento deste material está previsto para setembro, no âmbito das Jornadas Europeias do Património”, adiantou Joaquim Ruivo. Com 291.455 visitantes, o monumento foi, o ano passado, o terceiro mais visitado entre os espaços tutelados pela Direção-geral do Património Cultural, depois do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém.

Os interessados na partilha gratuita de manuais escolares podem fazê-lo no Casal do Relvas, na Batalha, onde está em funcionamento, desde outubro de 2012, um banco de livros associado à organização “Reutilizar - Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares”. Este movimento visa a recolha e partilha gratuita de manuais escolares, tornando a reutilização uma prática universal em Portugal. O banco de livros “Livro por Livro”, com sede na antiga escola primária do Casal do Relvas, “solicita a colaboração de todos por forma a promover verdadeiramente a troca de manuais escolares entre a população do concelho”. Contactos pelos telefones 917057980 ou 917058020.

Os beneficiários da ADSE já podem usufruir de consultas, exames, fisioterapia e outros atos médicos no Centro Hospitalar Nª Sra. da Conceição da Misericórdia da Batalha, no âmbito da tabela de preços convencionados da ADSE.

Protocolos com SNS, ADSE e outros subsistemas de saúde. Contactos: Fisioterapia: 244 769 436 Radiologia: 244 769 433 Geral: 244 769 430 geral@centrohospitalarbatalha.com Rua Principal, nº 26 l Brancas l 2440-090 Batalha


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s A minha horta

A fechar

Célia Ferreira

Cuidado com o calor

Deputados propõem cortina de árvores e redução do IC2 para proteger mosteiro m O monumento “está a degradar-se a olhos vistos”, por influência do trânsito automóvel, porque a Variante da Batalha/ A19 “não cumpre o objetivo” de o desviar

A redução da faixa de rodagem do IC2/EN1 e a plantação de árvores que formem uma cortina de proteção ao Mosteiro da Batalha são duas das medidas apontadas pelo grupo parlamentar do PSD para proteger o monumento Património da Humanidade, que “está a degradar-se a olhos vistos” por efeito da circulação automóvel. Os parlamentares apontam estas medidas num projeto de resolução, datado de 18 de julho, que agora será discutido e sujeito a aprovação na Assembleia da República (AR).

p O trânsito intenso no IC2/EN1 está a pôr em risco o monumento “Esta iniciativa assume a maior importância porque confere a oportunidade do tema ser discutido na AR e, confirmando-se a sua aprovação, como esperamos, haverá pela primeira vez uma recomendação legal ao Governo para o cumprimento de medidas de proteção ambiental ao Mosteiro da Batalha”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, que defende também a redução do valor das portagens na A19/Variante

da Batalha para os veículos pesados. A proposta dos deputados surge depois da divulgação de um estudo, realizado em Abril pelo Instituto de Soldadura e Qualidade, através do Laboratório de Ruído e Vibrações, que registou valores de ruído ambiente no mosteiro ”muito acima dos permitidos por lei, que se devem integralmente à influência do trânsito na estrada nacional”, como o Jornal da Batalha noticiou

FESTIBATALHA – O Rancho Folclórico Rosas do Lena promoveu a 9º Festibatalha, na Praça D. João I, no dia 13 de julho, que incluiu uma mostra/venda de produtos regionais, a atuação do grupo de concertinas do agrupamento organizador, um festival de folclore com os ranchos anfitrião, “Luz dos Candeeiros” (Porto de Mós), Regional de Argoncilhe (Douro) e o Grupo Académico de Danças Ribatejanas (Ribatejo); marchas populares da Fonte do Oleiro, Porto de Mós e Pedreiras, e um baile popular com Licínio e Leonel.

na edição de julho. “Vários especialistas referem que o monumento está a degradar-se a olhos vistos, em consequência do trânsito de veículos pesados no IC2/EN1, em larga medida porque a alternativa criada – a A19 – não cumpre o objetivo de promover o desvio do trânsito das proximidades do mosteiro”, afirmam os deputados. “A introdução de portagens na Variante da Batalha comprometeu o objetivo

principal do projeto, e desde o início da concessão o volume de tráfego é residual (inferior a 5%), face às previsões de tráfego constantes do projeto”, refere o texto do projeto de resolução. Os deputados propõem que a Estradas de Portugal “diligencie os maiores esforços no sentido de finalizar os projetos necessários para a concretização de medidas que minimizem os impactos ambientais do ruído, trepidação e gases poluentes gerados pelo excesso de tráfego, especificamente pela redução da faixa de rodagem e implementação de uma cortina arbórea de proteção ao monumento”. E defendem que, no âmbito do próximo quadro de fundos comunitários ou de programas operacionais regionais para a Cultura, “sejam consideradas prioritárias ações de valorização, salvaguarda e preservação do património” e a “definição de uma intervenção territorial integrada para os monumentos e sítios Património da Humanidade”.

O mês de agosto é normalmente marcado por tempo mais rigoroso - altas temperaturas. Por este motivo não é o momento mais adequado a muitos plantios e os que forem feitos devem ser bem acautelados, quer seja na rega, quer seja na proteção ao sol que se espera intenso. O mês de agosto é vulgarmente considerado o mês da abundância – pois pode colher todos os dias hortícolas frescos da horta. As regas são bastante importantes nesta altura do ano. Devem ser feitas preferencialmente de manhã. Dica do Mês: Os tomateiros ganham mais sabor e produzem mais se plantar por perto manjericão. Deve podálos cortando as três primeiras hastes que iriam dar tomates. Hortícolas para semear ao ar livre: acelgas, alfaces, agriões, beldroegas, cebolinhas francesas, cebolas, cenouras, chicórias, couves rábano, couves repolho, espinafres, feijão, nabos, rabanetes, rúcula, e salsa. Arbustos e árvores de fruto para plantar: morangueiros.

MOUZINHO - O presidente da câmara, Paulo Batista Santos (ao centro na foto) quer, em colaboração com diversas entidades, promover a trasladação do corpo de Mouzinho de Albuquerque para o mosteiro e a construção de um monumento que melhor evoque o militar e Patrono da Arma de Cavalaria, nascido na Quinta da Várzea, Batalha. A revelação foi feita durante a cerimónia militar de evocação de Mouzinho de Albuquerque, no dia 21 de julho, executada pelo Regimento de Cavalaria 3, de Estremoz, que contou com um desfile a cavalo.


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Opinião s Fiscalidade António Caseiro

Anteprojeto da reforma do IRS O Anteprojeto para a Reforma do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), apresentado em 18/07/2014 pela Comissão nomeada pelo Ministério das Finanças, tinha como objetivos primordiais “...promover a simplificação do imposto, a mobilidade social e a proteção das famílias, tendo nomeadamente em consideração a importância da natalidade”. A Comissão sugeriu uma larga modificação da estrutura do IRS para facilitar a vida dos contribuintes, defendendo as famílias mais numerosas e criando soluções inovadoras que colocarão o imposto ao nível das melhores aplicações internacionais. As alterações têm que ser analisadas da

seguinte forma: torna o IRS mais justo, mais simples, mais eficaz, ou não. Sabemos que quando se mexe numa Lei fiscal há vencedores e vencidos. A Comissão entende que as taxas atuais do IRS são completamente insuportáveis. Apesar da austeridade que o país atravessa, realço algumas das medidas do anteprojeto: a) Fixar determinadas verbas para as deduções fixas à coleta no IRS, sobretudo as relativas a despesas do agregado familiar, atribuídas numa base de capitação, que resultará numa maior justiça na tributação e num acentuar parcial da progressividade deste imposto. Constata-se aqui um cuidado de simplificação. Torna o sistema mais simples e evita

erros dos contribuintes, reduzindo drasticamente os custos de gestão deste imposto por parte dos contribuintes e da Autoridade Tributária, etc. b) Na área ligada à família, a Comissão propõe a introdução de uma solução mista: deduções fixas per capita e introdução do coeficiente familiar. Significa que na prática o número de filhos pode resultar numa diminuição da taxa efetiva que é aplicada. As famílias sem filhos vão pagar mais IRS do que as famílias com filhos. Temos assistido a uma diminuição da natalidade, provocada pela crise económica. Um aumento do rendimento disponível, através de intervenção fiscal, pode e deve fazer aumentar a taxa

Mestre em Fiscalidade, pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade, Técnico Oficial de Contas

de natalidade.. c) A opção pela tributação separada é uma revolução essencial até porque envolve um diferente entendimento daquilo que é hoje a realidade familiar, que logicamente não é igual à realidade familiar dos anos 80, quando foi criado o IRS. A Comissão propõe a possibilidade de os casados apresentarem as suas declarações fiscais de IRS em separado. A questão da tributação em separado é uma questão de opção. Se é uma opção só a escolherão aqueles que acham ser vantajosa. A questão da tributação vai além da questão fiscal. Temos hoje uma dupla situação completamente absurda. Por exemplo, um casal que optou, porque a Lei permite-lhe isso, casar

em separação de bens, a Lei permite-lhes não terem de prestar contas um ao outro. Cada um administra os seus rendimentos, pensando numa lógica do que o que é meu é meu e o que é teu é teu. Só que, absurdamente, depois a Lei fiscal obriga-os a preencher uma declaração em conjunto. O sistema fiscal deveria ser coerente com a Lei geral, nomeadamente com a Lei que rege os efeitos patrimoniais do casamento. Os unidos de facto podem escolher entregar em separado ou em conjunto o seu IRS. Os casados mesmo em separação têm que entregar em conjunto. Logo, temos aqui uma situação discriminatória dos casados e, portanto, uma inconstitucionalidade.

d) O pré-preenchimento das declarações fiscais e o fim da entrega da declaração para um grande número de contribuintes são alterações muito positivas e ainda a atribuição de vales sociais de educação (até aos 16 anos de idade). De acordo com o anteprojeto estas medidas devem entrar em vigor de preferência em 01/01/2015.

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RUA ALFREDO NETO RIBEIRO

BATALHA


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Necrologia / Publicidade Batalha

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e dezasseis a folhas cento e dezoito verso verso, do Livro Cento e Noventa e Oito - B, deste Cartório. a) Emília Pereira Miguel, NIF 153 328 258, viúva, natural da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha; b) Maria Fernanda Miguel de Oliveira, NIF 120 402 513, divorciada, natural da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha; c) Maria Emília Miguel de Oliveira, NIF 120 402 505, solteira, maior, natural da referida freguesia de Reguengo do Fetal, todas residentes na Estrada Nossa Senhora de Fátima, nº 16, no lugar de Alcaidaria, Reguengo do Fetal, Batalha; e, d) Luís Miguel Alves dos Santos, NIF 184 589 096, casado com Gabriela Miguel de Oliveira, NIF 198 225 008 sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho de Leiria, ela da dita freguesia de Reguengo do Fetal, residentes na Rua das Tojeiras, no dito lugar de Alcaidaria, declaram que, com exclusão de outrem, as outorgantes identificadas em a), b) e c) conjuntamente com a representada do outorgante identificado em d), são donas em comum e sem determinação de parte ou direito, do prédio rústico, composto de pinhal, com a área de seis mil novecentos e cinquenta e nove metros quadrados, sito em Selada, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Manuel Domingos Neto Reis, de sul com José Ferreira Gaspar, de nascente com caminho e de poente com Uno Miguel de Oliveira, inscrito na matriz sob o artigo 8.805, com valor patrimonial para efeitos de IMT de €410,71, a desanexar do descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número quinhentos e cinquenta e cinco/Reguengo do Fetal, onde se mostra registada a aquisição a favor de José Nogueira Rodrigues casado com Maria José dos Reis Hipólito, residentes em Casal da Amieira, Batalha, pela apresentação dois, de vinte e seis de Outubro de mil novecentos e sessenta e cinco; Que adquiriram o citado prédio por dissolução da comunhão conjugal e sucessão por óbito de Alfredo Carreira de Oliveira, NIF 709 594 372, que faleceu no dia quatro de Junho de dois mil e doze, residente que foi na Estrada Nossa Senhora de Fátima, nº 16, no referido lugar de Alcaidaria, encontrando-se devidamente habilitadas por procedimento simplificado de habilitação de herdeiros n.º 309/2014 outorgado na Conservatória do Registo Predial da Batalha em dezassete de Janeiro de dois mil e catorze. Que, por sua vez, o referido Alfredo Carreira de Oliveira e mulher, haviam adquirido o prédio ora justificado por doação de Francisco de Oliveira Miguel e mulher Maria Cristina Pereira, outorgada por escritura publica em vinte e quatro de Janeiro de mil novecentos e setenta e nove, iniciada a folhas oitenta e seis do livro C-cinquenta e nove, das notas do Cartório Notarial da Batalha; Que aquele Francisco de Oliveira Miguel, havia adquirido o prédio no ano de mil novecentos e sessenta e seis, por compra meramente verbal aos referidos José Nogueira Rodrigues e mulher Maria José dos Reis Hipólito, actualmente já falecidos, contudo tendo a indicada transmissão sido meramente verbal, não existe, consequentemente, qualquer título formal que comprove a dita aquisição; Que, eles outorgantes e anteriormente o referido casal Alfredo Carreira de Oliveira e mulher Emília Pereira Miguel, estão na posse e fruição do mencionado prédio, há mais de vinte anos, com a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento dos impostos e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte e quatro de Julho de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4 Jornal da Batalha Ed. 288 de 14 de julho de 2014

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Amílcar Monteiro Guerra Quinta do Sobrado – Batalha 95 anos 27.04.1919 - 20.07.2014 AGRADECIMENTO

Sua esposa: Alzira Cunha Filipe do Rosário, filhos: Vítor e Maria Edite Filipe Nazário, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Seus filhos, netos, bisnetos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “ A morte não existe quando permanecemos vivos no coração daqueles que amamos” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

António Vitória de Oliveira Torrinhas – Reguengo do Fetal 18.03.1932 - 24-07-2014 AGRADECIMENTO Sua esposa Júlia Neto Ferreira, filhos Horácio Ferreira de Oliveira, Mª da Graça Ferreira Oliveira Reis, Mª Teresa Ferreira Oliveira, Acácio Manuel Ferreira Oliveira na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho. Agradecem ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “A morte não existe quando permanecemos vivos no coração daqueles que amamos” A família recorda-o com saudade. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

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