Publicidade
W pág. 3
Batalhenses vão poupar 300 mil euros nos impostos
Batalha
| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 290 | Setembro de 2014 | PORTE PAGO
W suplemento
Reguengo escala caminhos do turismo W pág. 18
Ex-mineiros contam histórias da mina das Barrojeiras W pág. 21
Atlético aposta na melhor São Silvestre de sempre Publicidade
T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com
2
Opinião Espaço Público
setembro 2014
Jornal da Batalha
_ Editorial
Baú da Memória Mestre José Manuel Soares A cidade de Pinhel, por iniciativa da sua Câmara Municipal, criou o Museu José Manuel Soares, para ali levando o grosso da sua obra o que se cifra em centenas de quadros. A inauguração foi em 25 de Agosto último, ficando a nova instituição da histórica cidade beirã instalada num palácio onde já estava a sua Casa da Cultura, na Parada Coronel Lima da Veiga. O Mestre José Manuel Soares, considerado um dos maiores pintores portugueses cultores da temática histórica, embora alentejano de nascimento reside há muito na Costa da Caparica e esteve muito ligado a Leiria, onde viveu alguns anos e teve uma galeria de Arte, e à Batalha, em ambas tendo feito exposições e pintado temas locais. O Mosteiro de Santa Maria da Vitória e a batalha real de Aljubarrota, como não podia deixar de ser, a nossa Igreja Matriz e paisagens regionais
foram objecto privilegiado da sua pintura, e o mesmo se pode dizer de várias figuras ligadas tanto à batalha real de 14 de Agosto de 1385 como ao Mosteiro. Em Agosto de 1998, por ini-
ciativa da nossa Câmara Municipal, presidida por António Lucas, realizou-se na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque a sua notável exposição “Os Descobrimentos Portugueses e o Manuelino” em
que tive a honra de colaborar com pequenos textos poéticos alusivos aos quadros, aliás como já sucedera na de 1991 em Leiria. Fotografias alusivas à exposição na Batalha já aqui foram publicadas, numa delas vendo-se o Professor Doutor José Hermano Saraiva e a esposa. A fotografia de hoje foi tirada nas Capelas Imperfeitas, por altura dum concerto de Frei e Vicente. Além do Cantor e Compositor, estão José Manuel Soares e a esposa Ângela Vimonte. Em 1985, como referi no número de Agosto, Frei e Vicente, compondo e cantando, e José Manuel Soares, ilustrando a capa do disco, participaram na iniciativa de dotar a Batalha com um hino que celebrasse a vitória de 14 de Agosto e a Vila que é guardiã do seu monumento evocativo. José Travaços Santos
Y cartas
A nova emigração de jovens para a Europa Neste ano de 2014, em princípios de julho, assistimos a mais um “drama” de uma família das Alcanadas - emigraram todos para o país de “Jean Jaurès”, da Liberdade, Igualdade e da Fraternidade. Foi doloroso, patético, mesmo impensável. Toda a família: pai, mãe e três filhos, jovens de 9, 7, 6 anos, embarcaram numa pequena camioneta, que também transportou as camas com colchões portugueses, os utensílios para a futura casa, já alugada nos arredores de Paris, e o que respeita à escola dos três rapazes.
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)
Havia naquela quartafeira uma espécie de gelo nos corações dos protagonistas, que brotavam lágrimas furtivas, como alguns vizinhos presentes! Era o “drama” vivido numa aldeia e numa família jovem. Pensámos há anos, durante o “exílio” dos anos 1960/70, que estes “dramas” nunca mais se repetiriam neste Portugal linguístico, social, histórico e cultural. Enganámo-nos redondamente e, falta de sorte, a Revolução do 25 de Abril de 1974 foi um interregno de muito poucos anos! Portugal está, infelizmente, pela hora da
morte! Só se fala da vigarice dos bancos e industriais, de advogados e homens da “massa”. Mesmo com “as pipas de dinheiro que virão da União Europeia”, como diz o futuro candidato à presidência da republica, Durão Barroso, actual chefe da Comissão Europeia. Entretanto, todos os dias centenas, senão milhares de portugueses, abandonam as suas aldeias, vilas e cidades deste velho Portugal e, tal como a família do David das Alcanadas, vão enriquecer os países da emigração, como têm feito outros nossos compatriotas.
Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)
Assim, as crianças que foram forçadas a emigrar terão razões mais do que suficientes para banir, quando forem adultas, esta Pátria de quase 900 anos que lhes foi madrasta, vigarista e sem coração, com senhores da banca e alguns governantes que, entretanto, se governam materialmente. É mais do que suficiente este desastre causado pelos governos, os mais reacionários e incompetentes! Adeus David e família.
Carlos Ferreira Diretor
Uns querem partir, outros são obrigados Há três histórias impressionantes nesta edição: a do engenheiro francês que está a dar a volta ao mundo em bicicleta, passando pela Batalha; a dos antigos mineiros das Barrojeiras e a da família inteira de Alcanadas que emigrou para França. Há, claro, muito mais para ler. Michel Bouyssou, de 68 anos, já percorreu 36 mil quilómetros num triciclo, por 49 países da Europa, América, Ásia e Oceânia. Esteve na Batalha e contou ao nosso jornal a sua aventura, que justifica com o “turismo”. Mas a sua história de vida caminha para além da curiosidade turística. António Baptista, de 87 anos, ex-mineiro nas Barrojeiras, é outro dos nossos protagonistas. As lágrimas querem brotar-lhe dos olhos que jovens viram as entranhas da terra quando nos desfia, durante as Jornadas Internacionais “Memórias do Carvão”, o rosário que viveu nas galerias da noite perpétua. As suas memórias e as de muitos outros ex-mineiros são objeto de uma investigação que o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha está a desenvolver sobre a atividade mineira do carvão no concelho, que durou cem anos e deu trabalho a centenas de pessoas. Uma carta do comendador José Batista de Matos, nesta página, conta o drama da família de David de Alcanadas. Todos, pai, mãe e três filhos, jovens de 9, 7, 6 anos, partiram numa pequena camioneta para os arredores de Paris. A viatura transportou também as camas, colchões, utensílios para a futura casa e o material escolar dos três rapazes. “Adeus David e família”, escreve o nosso leitor, presidente honorário da Associação da Diáspora Batalhense (ADB). É também por estes novos emigrantes que são importantes a ADB – “um projeto arrojado, sobretudo porque temos a consciência de que a intervenção da autarquia não se esgota nas suas fronteiras físicas”, como diz o presidente da câmara – e o protocolo de cooperação assinado entre o município de a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa.
Comendador José Batista de Matos
Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:
Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895
Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.
Jornal da Batalha
setembro 2014
Batalha
3
s A opinião de António Lucas
Atualidade
Presidente da Assembleia Municipal da Batalha
Redução de impostos gera poupança de 300 mil euros m A autarquia aprovou um pacote de incentivos fiscais destinado a aliviar o bolso dos batalhenses e dos empresários que invistam no concelho. A descida mais significativa é no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
p Paulo Batista Santos: “É uma questão de justiça fiscal” A Câmara da Batalha anunciou no início deste mês uma redução em 2015 do IMI para o limite mínimo e a diminuição em 50% para os prédios urbanos de associações recreativas e culturais. Para tornar o concelho “mais competitivo sob ponto de vista fiscal”, o executivo aprovou uma proposta de “Pacote de redução fiscal” que prevê a descida para o mínimo legal de 0,3% da taxa IMI a vigorar em 2015 (a taxa atual é de 0,35%) e a redução em 50% do imposto aplicável aos prédios urbanos propriedade das associações recreativas e culturais. Segundo a autarquia, estas medidas “significam a devolução de valor aos contribuintes e uma despesa fiscal para a câmara na ordem dos 300 mil euros, que corresponde globalmente ao acréscimo de receita de 2013, em resultado do processo de reavaliação do património”. Em contrapartida, apro-
vou o agravamento do IMI sobre os prédios em ruínas, que não cumpram a sua função ou ponham em perigo a segurança (de 30%, para 0,39%,) e a aplicação do dobro da taxa, ou seja de 0,60%, para os imóveis considerados devolutos. A câmara concretizou ainda uma revisão orçamental que prevê incentivos fiscais para Área de Reabilitação Urbana (ARU), com um valor estimado de 30 mil euros este ano, com o objetivo de qualificar espaços na vila e zonas envolventes. A autarquia quer promover “áreas de expansão ambientalmente sustentáveis, inovadoras e compatíveis com o crescimento demográfico e económico, bem como estimular o investimento imobiliário”. No caso do IRS, foi aprovada uma dedução à coleta de 30% dos encargos suportados pelo proprietário, relacionados com a reabilitação, até ao limite de 500 euros, e as mais valias serão
tributadas à taxa reduzida de 5%, quando respeitem à alienação de imóveis reabilitados em ARU. No caso dos rendimentos prediais, será aplicada a tributação à taxa reduzida de 5%, após a realização das obras de recuperação e há ainda uma descida de IVA de 23% para 6% nas empreitadas. Ainda no quadro da ARU, prevê-se a isenção do IMI por um período de cinco anos, prorrogável por mais cinco, e do IMT na primeira transmissão de imóvel reabilitado, destinado exclusivamente a habitação própria e permanente. Estas medidas “representam um passo decisivo para a competitividade do município e um forte estímulo ao investimento”, afirma o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, adiantando que a autarquia pretende “aliviar a carga fiscal sobre as famílias, cumprindo, em simultâneo, um compromisso de justiça fiscal com os munícipes
cumpridores e que cuidam do seu património”. “Estamos também a criar condições, do ponto de vista fiscal e do território”, para facilitar o investimento dos emigrantes e empresários, referiu Paulo Batista Santos durante a assinatura do protocolo de colaboração entre o município da Batalha e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP) e apresentação da Associação da Diáspora Batalhense, a 17 de agosto. “Seremos a muito curto prazo um dos territórios da região centro mais competitivos do ponto de vista fiscal, ou seja, onde ficará mais barato investir e ter habitação”, destacou. O autarca adiantou que o município vai “criar uma via verde para os empresários que queiram investir no concelho”, destacando que na ARU - 135 hectares na zona envolvente do mosteiro – “terão condições mais favoráveis do ponto de vista fiscal”.
IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis Estamos em tempo das autarquias aprovarem as taxas de IMI que servirão de base ao cálculo do imposto que todos os proprietários de imóveis irão pagar em 2015. Para todas as câmaras, economicamente saudáveis e financeiramente equilibradas, estão reunidas todas as condições para a redução das taxas de IMI, que poderão ir até ao valor máximo de 0,5% e mínimo de 0,3%, do VPT - valor patrimonial tributário dos prédios, uma vez que já se conhece o impacto da avaliação extraordinária, ocorrida em 2012, que implicou, em muitos casos, uma subida significativa do VPT. Este valor máximo, terá que ser obrigatoriamente aplicado, pelas câmaras financeiramente desequilibradas. Aqui está mais um exemplo, da direta penalização dos cidadãos, nos casos em que as suas câmaras foram mal, direi muito mal geridas. Atendendo ao substancial aumento de impostos que os cidadãos têm vindo (e continuam) a sofrer, as autarquias têm mais uma vez um papel fundamental no contributo para minimizarem as dificuldades das famílias, bastando para isso querer e o já referido equilíbrio económico financeiro. Mas podem fazer mais! Alertando os seus munícipes para a utilização de outras ferramentas, que lhes permitirão (de maneira simples) reduzir ainda de forma mais significativa o imposto a pagar. Existem vários fatores que contribuem para o cálculo do referido VPT. Dois deles, que em minha opinião deviam ser automaticamente atualizados pela Ata – Autoridade Tributária e Aduaneira (vulgo Finanças), concretamente o Vc – Valor do m2 dos prédios e o Cv – Coeficiente de vetustez (idade dos prédios). Como essa atualização não acontece de forma automática, os cidadãos deverão fazê-lo pelas próprias mãos. Quem tiver acesso à internet, entra no portal da Ata, consulta a sua caderneta predial e verifica se o Vc utilizado para calcular o seu IMI é superior a 603€ (em muitos casos será). Deverá verificar também, se o Cv corresponde à idade do seu prédio, uma vez que vai descendo, por conjuntos de anos de vida do prédio, por exemplo: até 2 anos, de 2 a 8, de 9 a 15 e assim sucessivamente. Quem não tiver acesso à internet, pode pedir a algum familiar ou amigo que faça esta consulta, ou ainda, pode recorrer às finanças, para o efeito. Verificando que os indicadores referidos estão acima dos 603€ ou a idade do prédio permite descer o Cv, deverão introduzir um pedido de avaliação no portal na Ata e daí a uns dias verificarão que o VPT do seu prédio foi corrigido, para baixo. Se o fizerem agora, ou até ao final do ano, já sentirão na carteira, em 2015, o impacto desse pequeno trabalho. Juntando os efeitos da descida da taxa, com a descida do VPT, a redução final pode ser bem importante. A meu ver, emitir opinião também poderá e deverá passar pela emissão de sugestões, conselhos e transmissão de conhecimentos que permitam e possibilitem alguma mais valia para quem perde algum do seu tempo a ler o que escrevemos.
4
Batalha Atualidade
Jornal da Batalha
setembro 2014
Volta ao mundo passa frente ao mosteiro m Um engenheiro eletricista francês de 68 anos, que já percorreu 36 mil quilómetros num triciclo, em 49 países, esteve oito dias no concelho da Batalha
Um engenheiro eletricista francês, que está dar a volta ao mundo num triciclo, partiu no dia 10 deste mês de frente do Mosteiro da Batalha com destino ao sul de Portugal e, depois, a Marrocos, um país situado no quinto continente que visita nos últimos sete anos. Michel Bouyssou, de 68 anos, reformado, já percorreu 36 mil quilómetros durante esta aven-
tura – a que se juntam 40 mil que fez antes com uma “bicicleta normal”, grande parte na companhia da mulher, falecida há 10 anos – por 49 países da Europa, América, Ásia e Oceânia. A motivação do aventureiro, que viaja sozinho, é “o turismo”, conforme referiu ao Jornal da Batalha antes de partir em direção a Lisboa, junto à costa atlântica. Michel Bouyssou, que tem dois filhos e quatro netos, entrou em Portugal a 30 de Agosto pela fronteira de Valença e desceu até à Batalha passando pelo Porto, Aveiro e Coimbra. Esteve oito dias na Batalha e assistiu a um espetáculo de fado do mosteiro. “Eu gosto muito de fado, mesmo sem compreender a letra”, disse, elogiando também o pa-
trimónio e a gastronomia portugueses. Nesta passagem pela Batalha foi acolhido pelo seu amigo António Novo Rodrigues (‘Arriaga’), um batalhense que foi emigrante em França e nos EUA, e esteve envolvido em causas como as de Timor-Leste, as gravuras de Foz Côa e a preservação da memória de Aristides Sousa Mendes. A viagem, que custou até agora 100 mil euros, é inteiramente financiada com a reforma e as rendas do aluguer de apartamentos que o engenheiro eletricista tem em França. O aventureiro, que partiu a 21 de Outubro de 2007, tinha como objetivo terminar o projeto em sete anos. Agora, como refere, já “não tem data para terminar”, até porque ainda quer “explorar” África,
p Michel Bouyssou, António Rodrigues e António Coelho a América do Sul e outras regiões do planeta. O triciclo em que passa em média 60 quilómetros por dia (no máximo 150),
foi adquirido na Alemanha e, tirando algumas peças, é “normal”. O francês fica em hotéis, parques de campis-
mo e em casa de amigos. A aventura pode ser acompanhada em http://tourdu-monde- en-tricycle. blogs-de-voyage.fr/
Venha conhecer um novo espaço de Saúde e Bem-Estar
FISIOTERAPIA
Músculo-Esquelética, Cardio-Respiratória e Neurológica Pilates Clínico Tratamento ao domícilio Massagem de Relaxamento e Recuperação Desportiva Pacotes para Redução de Volume Corporal e Rejuvenescimento Facial Mesoterapia Homeopática
BEM-ESTAR
Massagem de Relaxamento Estética Facial e Corporal Direção Técnica Ana Rita Dias Patrocínio Sousa - Fisioterapeuta Mestre em Fisioterapia
Contactos para informações e marcações Estrada do Areeiro, Nº 91, Lt 8, R/C Dto, Jardoeira, 2440-373 Batalha (Junto à Capela) GPS: 39.666262,-8.835505 | Telem.: 96 95 18 018 | E-mail: fisiobatalha@gmail.com
RUA ALFREDO NETO RIBEIRO
BATALHA
Jornal da Batalha
setembro 2014
Atualidade Batalha
Tomate com 1,640 quilos cultivado numa horta da vila
5
Concelho tem a segunda maior taxa de reciclagem do distrito
m Armando Pinheiro, técnico de vendas reformado, não encontra explicação para o crescimento anormal do tomate maçã A Batalha é Património, História e Pátria. E agricultura de boa cepa, pelo menos a avaliar pelo tomate à Entroncamento cultivado por Armando Pinheiro, colhido a 6 de agosto numa estufa na propriedade da sua filha, na rua dos Golfeiros. O tomate maçã em causa pesa 1,640 quilos, o que é uma raridade, pese embora o tomateiro em que nasceu apresente exemplares que poderão seguir o caminho do primeiro. Os tomateiros maçã foram plantados no meio de filas de outros das espécies chucha e coração de boi. Armando Pinheiro, técnico de vendas reformado, de 67
p Armindo Pinheiro na estufa onde colheu o tomate anos, não encontra explicação para o crescimento anormal do tomate maçã. Os tomateiros foram plantados há três meses e tratados com o mesmo carinho que dispensa ao resto da horta: alfaces, uma ‘famosa’ rotunda de ervas aromáticas, pepinos, feijão e couves.
O seu destino é a panela, para dar cor e paladar a um cozinhado, e as sementes, embora poucas, guardadas para manter a descendência da espécie, embora Armando Pinheiro não acredite por aí além que uma colheita de tal peso possa repetir-se. O tomateiro maçã não
teve tratamento especial, apenas foi cuidado com água, sem qualquer ajuda adicional, na estufa que o próprio Armando Pinheiro construiu há um ano com todo o cuidado; desde o acesso ao portão, passando pela cobertura e sistema de rega, até à iluminação.
O concelho da Batalha apresenta a segunda maior taxa de lares do distrito de Leiria em que é feita reciclagem de embalagens, segundo dados da Sociedade Ponto Verde, divulgados no âmbito da campanha “Missão Reciclar”, que abrange todo o país. O resultado de um questionário feito pela empresa revelou que 81,6% de inquiridos do concelho afirma fazer regularmente a reciclagem de embalagens usadas, procedendo ao correto depósito nos ecopontos. Aqueles que não cumprem esta regra ambiental (18,4% dos inquiridos) justificam a atitude “com a noção do excessivo trabalho implicado em tal tarefa”, segundo um comunicado da câmara municipal. Na sequência da ação
realizada no concelho, foram entregues 397 conjuntos de “ecobags”, constituídos por três sacos das cores dos ecopontos para a separação seletiva de embalagens. Os resultados da “Missão Reciclar evidenciam a consciência ambiental e a importância atribuída à reciclagem, assumida como fundamental pelas famílias” residentes no município, afirma o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. “Os resultados desta ação configuram para o município um enorme orgulho e evidenciam todo o resultado no investimento que vem sendo realizado na componente da sensibilização ambiental, especialmente junto das camadas mais jovens”, conclui o autarca.
s Fiscalidade
Ativos por impostos diferidos
António Caseiro Técnico Oficial de Contas Mestrando em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade
Foi publicada a Lei n.º 61/2014, de 26 de agosto e no seu artigo 1.º, aprova o regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos que tenham resultado da não dedução de gastos e variações patrimoniais negativas com determinadas perdas por imparidade em créditos e com benefícios pós-emprego ou a longo prazo de empregados. O regime permite a aplicação de regras específicas de dedutibilidade futura dos gastos e variações patrimoniais negativas em questão, limitando a dedução prevista nos termos da lei, em cada exercício, ao valor do lucro tributável calculado antes da dedução desses gastos e variações patrimoniais negativas: na prática, da dedução fiscal
desses gastos ou variações patrimoniais negativas não pode resultar prejuízo fiscal, permitindo a dedução aos lucros tributáveis futuros, com o mesmo limite; a conversão de tais activos por impostos diferidos em créditos tributários, quando o sujeito passivo apure resultado líquido negativo ou entre em liquidação por dissolução involuntária, insolvência decretada por sentença judicial ou, quando aplicável, revogação da respectiva autorização por autoridade de supervisão competente, caso em que os gastos e variações patrimoniais associados passam a não concorrer para a dedução ao resultado fiscal do sujeito passivo. A conversão de tais ativos em créditos tributários
obriga à constituição de uma reserva especial em valor equivalente a 110% dos créditos e de direitos Este regime é aplicável aos gastos e variações patrimoniais negativas contabilizados nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2015, bem como aos ativos por impostos diferidos que se encontrem registados nas contas anuais relativas a 31 de Dezembro de 2014 e à parte dos gastos e variações patrimoniais negativas que lhes estejam associados. O n.º 1, do artigo 2.º da Lei, permite aos sujeitos passivos de IRC que pretendam aderir a este regime especial devem manifestar essa intenção através de comunicação dirigida ao membro do Governo res-
ponsável pela área das finanças, a apresentar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até ao décimo dia posterior ao da publicação da Lei, ou seja, até ao passado dia 5 de Setembro. De acordo com o n.º 2.º do mesmo artigo, a adesão ao regime depende da manifestação de intenção supra referida, bem como da respectiva aprovação por deliberação da assembleia geral, a qual deve aprovar igualmente o cumprimento de todos os requisitos legais do regime especial. De realçar que os requisitos legais de adesão ao regime especial devem verificar-se ao longo de todo o período de tributação do sujeito passivo em que o regime se aplique. Após adesão ao regime,
Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
os sujeitos passivos podem renunciar à aplicação do mesmo até ao final do período de tributação imediatamente anterior àquele em que se pretende que essa renúncia produza efeitos, através de comunicação dirigida ao membro do Governo responsável pela área das finanças, a apresentar à AT. No caso de instituições de crédito e sociedades financeiras, a renúncia prevista no número anterior depende de prévia autorização da autoridade competente, nos termos do Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento e do Con-
selho, de 26 de junho de 2013, relativo aos requisitos prudenciais para as instituições de crédito e para as empresas de investimento e que altera o Regulamento (UE) n.º 648/2012. O pedido de renúncia previsto no n.º 4 deve ser acompanhado da autorização concedida nos termos do número anterior. Em caso de renúncia, os gastos e variações patrimoniais que não eram dedutíveis fiscalmente em resultado da aplicação do regime são deduzidos ao lucro tributável do período em que essa renúncia produza efeitos.
6
Batalha Atualidade
setembro 2014
Vereadora nomeada Conselheira para a Igualdade m Cíntia Silva tem como objetivo desenvolver estratégias de combate à violência doméstica e outras formas de discriminação
igualdade de género e no desenvolvimento de estratégias de combate à violência doméstica e outras formas de discriminação”, refere a autarquia em comunicado. A vereadora com os pelouros da Cultura, Acção Social e Solidariedade terá atribuições ao nível da “implementação de práticas concelhias promotoras da igualdade e o acompanhamento e dinamização de políticas para a cidadania e combate à violência doméstica”, adianta a câmara. “A nomeação da vereadora
A vereadora da Câmara da Batalha Cíntia Silva foi nomeada Conselheira Local para a Igualdade. A decisão, aprovada pelo executivo municipal por unanimidade, tem como objetivo “o reforço do papel do município na promoção da
p Cíntia Silva quer promover a igualdade de género
Cíntia Silva evidencia a importância que o município atribuiu à causa da igualdade, sendo esta uma matéria de grande relevo”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. “A valorização desta temática, consubstanciada nas políticas públicas de âmbito local, deve merecer por parte das autarquias forte empenho, devendo esse esforço estar direcionado numa ótica de cooperação entre a administração central e o poder local”, adianta o autarca da Batalha.
O Rancho Folclórico Rosas do Lena promoveu a 29ª Gala Internacional de Folclore da Batalha, a 9 de agosto, a que assistiram três mil pessoas num cenário alusivo às romarias, composto com as “ofertas” da Festa da Santíssima Trindade. A abertura do espetáculo coube ao Grupo das Cantadeiras do Vale do Neiva, Viana do Castelo, que apresentou os Romeiros à Senhora Aparecida; seguindo-se o conjunto anfitrião que, numa peça bailada, mostrou o trajo alto-estremenho, e apresentou o vira e o fandango de expressão estremenha, os jogos do “mioto” e do pau, a moda de dois passos e o bailarico. O Algarve esteve representado pelo Grupo Folclórico dos Amigos do Montenegro, de Faro, que se exibiu antes do
s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira
Couve em compressas alivia as dores articulares O mês de Setembro termina o grande ciclo de produção das nossas hortas. Por conseguinte, é tempo de recolha e armazenamento de sementes, e de limpar. Sugestão do mês: consuma as sementes que entretanto brotam das plantas em fim de ciclo, têm diversas propriedades medicinais. Sementes de abóbora pevides: ricas em vitaminas B, E e K. Possuem propriedades antimicrobianas. Ajudam a promover o sono e a diminuir estados depressivos. Consideradas boas aliadas na prevenção de doenças da próstata. Sementes de girassol: excelente fonte de magnésio, selénio e vitamina E. Possuem propriedades anti-inflamatórias. Ajudam a baixar o colesterol e protegem contra doenças cardiovasculares. Sementes de couve - brócolos (germinados), teor elevado em minerais e vitaminas, tem propriedades antimicrobianas, possuem efeitos calmantes (antálgicos e anti inflamatórios) e são considerados um auxiliar na prevenção e tratamento das artroses. Como consumir: adici-
onados às saladas, pão, bolos, iogurtes são excelentes, ou como lanche. Como germinar: colocar durante a noite num copo com água uma colher de sopa de sementes, no dia seguinte deitar sobre um coador e molhar durante o dia para que as sementes se mantenham molhadas, sem exagerar. Ao fim de alguns dias já terá brotos de fora e podem ser consumidos assim mesmo. Sabia ainda que: a couve em geral pode ser aplicada em compressas, é desinfetante, cicatrizante, tonificante e calmante. Alivia as dores articulares (artroses ou entorses), e trata igualmente as escoriações e as feridas simples, não ulcerosas, assim como as queimaduras ligeiras, as gretas, as frieiras e o cieiro. Considerada uma excelente aliada da dieta mediterrânica. Hortícolas para semear ao ar livre: acelga, alfaces, agriões, cebolas, cenouras, chicórias, coentros, ouves, espinafres, nabos, rabanetes, rúcula. Nota: semeie os coentros entre as couves, pois auxiliam na prevenção de ataques de insetos indesejados
LM Ferraz/Jornal da Golpilheira
Gala de folclore atraiu três mil pessoas e evocou romarias
Jornal da Batalha
p A gala contou com a presença de três grupos estrangeiros primeiro agrupamento estrangeiro, o “Era”, de Uzice, Sérvia. O cancioneiro vianense, representado pela Ronda Típica da Meadela, de Viana do Castelo, voltou a trazer ao palco as tradi-
ções do Minho. O segundo conjunto estrangeiro a atuar foi o Grupo de Dança Jungwoo, de Seul, capital da Coreia do Sul. A seguir, o Grupo Folclórico da Casa do Pessoal da Universidade de
Coimbra deu uma “lição” sobre a arte e os costumes da cidade universitária e a gala encerrou com a exibição do agrupamento de dança “Crystall”, de Kazan, Rússia.
António Caseiro Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 • Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 • Site: www.imb.pt • e-mail: imblda@mail.pt
Jornal da Batalha
setembro 2014
Atualidade Batalha
7
m O objetivo é promover a igualdade de oportunidades de acesso à escola e incentivar os jovens a prosseguir os estudos para além do ensino secundário
O período para a apresentação e renovação de candidaturas às bolsas de estudo instituídas pela Câmara da Batalha, destinadas a alunos carenciados do ensino superior, está a decorrer até 15 de Outubro. As bolsas respeitam ao ano letivo de 2014-2015 e o requerimento e o formulário de candidatura devem
ser entregues no edifício da câmara, acompanhados dos documentos comprovativos das condições de acesso ao financiamento. O objetivo desta atribuição anual a “jovens estudantes residentes no concelho, em situação socioeconómica adversa à frequência de grau de ensino superior, é promover a igualdade de oportunidades de acesso ao ensino e incentivar os jovens a prosseguir os estudos para além do ensino secundário”, refere o regulamento aprovado pela autarquia. Os candidatos têm de provar a carência de recursos económicos para o início ou prosseguimento dos estudos, frequentar um curso de ensino superior, ter tido aproveitamento es-
Arquivo/IPLeiria
Estão abertas as candidaturas às bolsas para o ensino superior
p Os candidatos têm de provar que estudam no ensino superior colar no ano letivo anterior e ser residentes no concelho da Batalha há mais de três anos.
Por outro lado, não podem possuir habilitações ou um curso equivalente àquele que pretendem fre-
quentar, ou outro curso médio ou superior; têm de ser estudantes a tempo inteiro, não exercendo uma
profissão efetiva remunerada (sem prejuízo dos part-time), e não podem ter, por si ou através do agregado familiar, um rendimento mensal per capita superior ao salário mínimo nacional. O requerimento, o formulário de candidatura e o Regulamento Municipal de Atribuição Bolsas de Estudo encontram-se disponíveis no endereço eletrónico http://www. cm-batalha.pt/areas-deintervencao/educacao/ bolsas-de-estudo. Para qualquer esclarecimento poderá ser contactada a Rede Social, através do telefone 244769110 ou do e-mail redesocial@cmbatalha.pt
MUNICÍPIO DA BATALHA CÂMARA MUNICIPAL SUBSÍDIOS ANO DE 2014 – 1º SEMESTRE De acordo com o nº1, cojugado com o artigo 2º da lei nº 26/94, dou conhecimento que o Município da Batalha atribuiu durante o 1º semestre de 2014, os seguintes subsídios: Entidade
Valor
BAC – Batalha Andebol Clube (Comparticipação Atividades Desportivas) (Comparticipação Aquisição Equipamento Informático)
23.287,50 960,00
Centro Cultural Recreativo Quinta do Sobrado (Comparticipação Atividades Desportivas) (Comparticipação Aquisição Placard Eletrónico)
15.337,50 3.900,00
(Comparticipação Aquisição Equipamento de Cozinha)
900,00
(Comparticipação Atividade Tempos Livres)
500,00
(Comparticipação Aniversário do Centro)
1.060,00
UDB – Associação Desportiva da Batalha (Comparticipação Atividades Desportivas)
19.271,50
(Comparticipação Manutenção Campo de Futebol e Balneários)
600,00
(Comparticipação Manutenção do Complexo de Ténis)
800,00
Nota: “mais se informa que estes são os subsídios que ultrapassam o limite obrigatório” Paços do Concelho da Batalha, 29 de Agosto de 2014 O Vereador em Regime de Permanência Carlos Agostinho da Costa Monteiro
8
Batalha Atualidade
setembro 2014
Associação e protocolo procuram aproximar batalhenses e empresários
Jornal da Batalha
s Notícias dos Combatentes
Cerimónias evocativas do centenário da 1ª Grande Guerra
m “Esta aproximação é uma obrigação da câmara, porque entendemos a diáspora como uma prioridade para o município”, considera Paulo Batista Santos “A Associação da Diáspora Batalhense (ADB) é um projeto arrojado, em que o município está disponível para colocar recursos, sobretudo porque temos a consciência de que a intervenção da autarquia não se esgota nas suas fronteiras físicas”, referiu o presidente da câmara, Paulo Batista dos Santos, na apresentação da associação e assinatura do protocolo de cooperação entre o município de a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP). “Esta aproximação é uma obrigação da câmara. Estamos a procurar fazê-la através desta associação, à qual será possível afetar algum investimento, porque entendemos a diáspora como uma prioridade para o município”, adiantou o autarca, que falava a 17 de agosto, um
p O presidente da câmara e o secretário de estado, com membros da ADB e da CCIFP dos dias mais importantes das Festas do Concelho da Batalha. A ADB tem como objetivos organizar uma rede de contactos dos batalhenses e seus descendentes, promover iniciativas que juntem os naturais da Batalha e valorizem a cultura, as tradições e a história locais, e estabelecer e aprofundar as ligações entre a associação com outras redes da comunidade portuguesa no exterior. Sobre o protocolo com a CCIFP, o autarca considerou que “permitirá aproximar as duas realidades económicas, em Paris e na Batalha”, ape-
lando aos empresários nos dois países que “vejam a autarquia como parceiro estratégico”. O comendador José Baptista de Matos, presidente honorário da ADB, considerou a criação da associação “uma iniciativa fantástica, única” e louvou o empenho da autarquia. “Hoje é um dia excecional para a Batalha”, adiantou, lembrando que os 23 encontros em Paris da diáspora batalhense “são um caso único no país”. O secretário Estado das Comunidades, José Cesário, agradeceu a José Batista de Matos “aquilo que tem feito
por todos aqueles que vivem no exterior” e considerou que “as associações têm, do ponto de vista estratégico, um papel fundamental, no sentido de fazermos lóbi”. Finalmente, Carlos Vinhas Pereira, presidente da CCIFP, disse que a instituição “é um sitio onde os empresários podem receber todo o apoio para instalar as suas empresas”. “Queremos com este acordo celebre outra vitória [além da Batalha de Aljubarrota], esta económica, que será a de conseguimos criar empregos para portugueses, em Portugal e em França”.
Quatro personalidades distinguidas no dia do município m A Câmara da Batalha atribuiu Medalhas de Mérito Municipal a quatro personalidades do concelho, no dia 14 de agosto, durante as festas concelhias.
Júlio Orfão
Benildo Filipe
António Neves Rosa
Samuel Remédios
Medalha de Cultura e Mérito Desportivo - Grau Prata
Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata
Medalha de Mérito Municipal - Grau Prata
Medalha de Cultura e Mérito Desportivo - Grau Prata
Pelo seu percurso de vida, maioritariamente ligado ao exercício de funções públicas no concelho; por exemplo na câmara, nos bombeiros e no mosteiro.
Por ser um empresário “respeitado e solidário” e pelo seu espírito empreendedor que está na origem da abertura das Grutas da Moeda ao público em 1974.
Pela sua ligação ao Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal, ajudando a dotar a sua freguesia de uma infraestrutura indispensável à população.
Por se tratar de um atleta que se tem destacado a nível nacional no atletismo, em permanência/residência no Centro de Alto Rendimento, no Jamor, há três anos seguidos.
Em 01 de Setembro completaram-se 75 anos sobre o início da 2ª Guerra Mundial e abordarmos o acontecimento este mês seria bem apropriado. Todavia, temos de adiar tal propósito, porque outros acontecimentos, que mais de perto nos dizem respeito, se lhe sobrepõem, como se compreenderá a seguir. Assim e conforme aflorámos no artigo de Agosto, neste ano de 2014 irá ser evocado em Portugal, tal como noutros países da Europa e do Mundo, o centenário da 1ª Guerra Mundial, que, como sabemos, teve o seu início em 28 de Julho de 1914. No que ao nosso País se refere, estas cerimónias serão de cariz oficial e de abrangência nacional, conforme Despacho do Sr. Ministro da Defesa Nacional, de 27 de Novembro de 2012. Neste Despacho consta, designadamente, a criação de uma “Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da I Guerra Mundial”, que tem a seguinte composição: tenente-general (REF) Mário de Oliveira Cardoso, que preside; um representante do Chefe do Estado-maior da Armada; um representante do Chefe do Estado-maior da Força Aérea, um representante da Liga dos Combatentes; um representante da Comissão Portuguesa de História Militar. Como constatamos e não poderia deixar de ser, a Liga dos Combatentes faz parte desta Comissão e é através dela que todos os Núcleos vêm sendo informados do programa das cerimónias a levar a cabo. No que ao concelho da Batalha diz respeito, salvo qualquer imponderável de última hora, tais evocações estão marcadas para o dia 18 de Outubro, realizandose, sequencialmente, nos seguintes horários e locais: 14H30 – Batalha: Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo do Mosteiro; 15H15 – Reguengo do Fetal: junto ao Monumento aos Combatentes, localizado no exterior do cemitério; 16H00 – São Mamede: junto ao Monumento aos Combatentes, frente à Casa do Povo/Sede da Junta de Freguesia. Quanto às cerimónias em si, revestir-se-ão da singeleza própria das homenagens aos que combateram pela Pátria, cujo programa é o que se indica, em cada um dos referidos locais: presença de uma força militar, que prestará as devidas honras, ao som dos toques de clarins; deposição duma coroa de flores; descerramento duma placa, a perpetuar a efeméride. Brevíssima alocução, alusiva ao acontecimento. Prevenindo eventuais dúvidas, esclarece-se que a razão para estas cerimónias se realizam nestas três localidades, e não noutras, se deve à circunstância de serem as únicas que, no concelho da Batalha, têm monumentos, no todo (Sala do Capítulo) ou em parte (Reguengo do Fetal e São Mamede), alusivos aos combatentes da 1ª Grande Guerra. Posto o que precede, desde já aqui deixamos o convite a todos os combatentes, sócios do Núcleo e população em geral para não faltarem a estas cerimónias de homenagem aos nossos antepassados que, entre 1914 e 1918, em Angola, Moçambique e França, combateram heroicamente em defesa da integridade da Pátria, milhares deles com sacrifício da própria vida. Finalizamos com uma retificação/informação, exclusivamente destinada aos sócios do Núcleo: conforme acima se diz, as cerimónias do dia 18 de Outubro decorrem na tarde desse dia, no horário aqui indicado e não durante a manhã, como consta da Circular nº 5, devido a uma alteração que apenas nos foi transmitida já depois do seu envio aos nossos associados. As nossas melhores saudações a todos os BatalhenNB-LC ses.
Este suplemento é parte integrante do Jornal da Batalha, edição nº 290 de setembro de 2014 e não pode ser vendido separadamente.
Suplemento
Reguengo do Fetal: ponto de encontro entre a natureza e o turismo
II
Batalha Suplemento Reguengo do Fetal
setembro 2014
Jornal da Batalha
“O Reguengo do Fetal quer apostar no tu e no desporto ligados à natureza para se
m A freguesia de Reguengo do Fetal tem 2.521 habitantes e um tecido empresarial frágil, mas possui, em compensação, uma riqueza natural e ambiental com um enorme potencial de desenvolvimento. Horácio Sousa, o atual presidente da junta, quer aproveitar estas condições naturais para o desenvolvimento de projetos de turismo e de desporto ligados à natureza. A escalada é uma das apostas do autarca, mas as caminhadas, os passeios de BTT e a recuperação de casas para turismo rural também estão entre as prioridades do executivo da freguesia. Qual o seu percurso enquanto autarca? Estou na junta de freguesia há 13 anos. Fiz o primeiro mandato de António Rebelo e os dois mandatos do de Fernando Lucas, como secretário. Nas últimas eleições aceitei dar continuidade ao trabalho que tínhamos planeado e iniciado nos mandatos anteriores e candidatei-me a presidente da junta de freguesia. Profissionalmente, exerço a função de supervisor de uma rede de peritos de sinistros automóveis. Quais foram as propostas que sustentaram a sua candidatura? A minha candidatura assentou, essencialmente, na resolução dos problemas da minha comunidade e no desenvolvimento de projetos de apoio à sociedade. O que nos interessa são as pessoas e a nossa missão é trabalhar para resolver os seus problemas. Interessa-nos estar próximo dos idosos, das es-
colas e da população em geral. As áreas da educação e do turismo são igualmente prioridades para o executivo da freguesia. Como pensa impulsionar o turismo? O turismo rural e de natureza tem cada vez mais adeptos e vai ser a nossa grande aposta. Nas áreas do turismo e do desporto uma das nossas principais prioridades é divulgar a Escola de Escalada do Reguengo do Fetal, na Pia da Ovelha. Estamos agora numa fase de reabilitação das paredes de escalada e para tal já comprámos o equipamento e o material necessário para reabilitar as vias antigas e criar novas vias. E há infraestruturas para receber os turistas? Por enquanto praticamente não existem infraestruturas e as que existem estão mal divulgadas. Assim, temos dificuldade em albergar os turistas que
chegam para as caminhadas, escaladas ou passeios BTT. Por vezes, os visitantes pedem à paróquia a casa do peregrino, junto ao cemitério, que não possui as condições necessárias para um alojamento com dignidade. A curto prazo (um ano) pensamos requalificar as antigas instalações da escola primária, dado encontrar-se em elaboração o projeto para construção de uma nova escola. Assim, as antigas instalações passarão a ser usadas como alojamento, onde os visitantes poderão pernoitar, cozinhar e tomar banho. O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Reguengo do Fetal terá também um espaço para ensaios e instalação da sua sede. Qual é a âncora deste projeto de desenvolvimento? A âncora são todas as atividades relacionadas com o desporto de natureza, sendo a escalada um ponto fulcral,
apesar de também apostarmos nos percursos pedestres, como o do “Buraco Roto”, a “Mata do Cerejal” e outros percursos ainda não classificados, como o Passeio Pedestre da Alcaidaria, Rio Seco e Torrinhas e a Rota das Pedreiras, que aguarda classificação pelas entidades competentes. É igualmente importante o apoio aos ciclistas que passam nas nossas serras, onde há caminhos com muita qualidade para que as provas de BTT possam singrar e ter grande adesão. O futuro económico da freguesia passa pelo turismo? Sim. Pensamos que a freguesia do Reguengo do Fetal e a sua área geográfica têm de se vocacionar para o turismo e para o setor empresarial tradicional. Esta é a razão da junta querer divulgar e desenvolver todas as atividades relacionadas com a escalada e outras atividades de ar livre e de contacto com a natureza.
Estamos convencidos que o futuro da freguesia passa, essencialmente, pelo desenvolvimento do turismo. Queremos relacionar o turismo com o desporto e desenvolver um projeto de recuperação de casas antigas degradadas. A recuperação das casas tem que objetivo? O objetivo é recuperar as casas para turismo rural. A câmara já tem propostas de isenção do IMI durante 5 a 10 anos e também a redução do IVA para a taxa de 6%, mas estamos sobretudo à espera da abertura de candidaturas a fundos comunitários para que as pessoas consigam recuperar os imóveis. A nossa ideia é criar uma marca que envolva o turismo de natureza, rural e desportivo, assim como as tradições (danças e cantares), a doçaria tradicional (cavacas do Reguengo, os bolos de perna e os biscoitos) e a gastronomia (ta-
chadéu, a morcela de arroz, o bucho, os brosegos ou as papas de serrabulho) da freguesia de Reguengo do Fetal. Quem são as pessoas que já visitam a freguesia? Neste momento não fazemos uma ideia de quem são e quantas são as pessoas que visitam o Reguengo do Fetal. Sabemos que vêm muitos jovens fazer escalada e que todos os fins de semana há pessoas a fazer o percurso pedestre. No momento, estamos a procurar um sistema que nos permita ter dados precisos sobre quem nos visita. Isto passa pela instalação de uma caixa de sugestões no local e nos cafés do largo e pelo preenchimento de um impresso. Os percursos estão marcados, mas é difícil contabilizar as pessoas, porque os caminhos têm o ponto de partida no Reguengo do Fetal, mas estão implantados sobretudo na zona de serra,
Jornal da Batalha
setembro 2014
Suplemento Reguengo do Fetal Batalha
III
rismo desenvolver” o que torna esse trabalho difícil. O mesmo acontece com a escalada que também fica “escondida” e torna difícil termos a perceção de quem nos visita. Em que consiste a escola de escalada? A Escola de Escalada do Reguengo do Fetal foi criada há 24 anos, através da junta de freguesia, que tem a responsabilidade da manutenção do espaço. Por isso, a despesas dos trabalhos de recuperação a efetuar serão pagas pela junta, até porque nos compete, de certa forma, incentivar a participação e dar as condições de segurança e a qualidade aos praticantes. A escola, que está classificada, não tem qualquer infraestrutura de apoio, além da zona de guias, ou monitores, e começou por iniciativa de um jovem reguenguense, Alexandre Rebelo, que teve o apoio de colegas e de associações de escalada. O nosso objetivo é investir para melhorar as condições da escola, que é um elemento central do nosso projeto de promoção ao nível do turismo e desporto na natureza. A médio prazo pensamos realizar um encontro de escalada a nível nacional. As associações e clubes da freguesia estão envolvidos? Nós queremos envolver as associações e clubes da freguesia neste projeto, mas entendemos que primeiro temos de ser nós a criar as condições para podermos avançar. Mas a sua participação é importante, até porque os visitantes podem estar envolvidos em diversas atividades, nomeadamente as realizadas pelas coletividades. E tem a chamada ‘Procissão dos Caracóis’ para completar a oferta? A Procissão de Nossa Senhora do Fetal teve um grande impulso nos últimos anos. Hoje esta festa é
a responsável pelo conhecimento que as pessoas têm da nossa freguesia a nível nacional. É a festa ex-libris da freguesia e movimentou no ano passado entre 7 a 8 mil pessoas no sábado. É uma festa que dá um enorme trabalho a quem nela está envolvido. O apoio da freguesia é dado como um incentivo financeiro (que ronda os dois mil euros) para os prémios do “Concurso de Iluminações com Cascas de Caracóis”, incentivando assim as pessoas a continuarem envolvidas nesta grande organização. Vamos também realizar o “2º Concurso de Fotografia” sobre a Festa da Senhora do Fetal, que no ano passado teve grande adesão, divulgando ainda mais esta tradição. Esta festa poderá ser enquadrada na promoção turística da freguesia? Sem dúvida. Apesar da festa e da procissão terem um cariz religioso, a nossa ideia é, obviamente, envolvê-la no nosso projeto global de promoção turística da freguesia. Por exemplo, a procissão poderá servir no futuro de âncora para atrair turistas que possam ficar dois ou três dias e aproveitar também para praticar desportos de natureza e pernoitar na freguesia. Já há um calendário para a concretização destas ideias? Neste momento, o que nos impede de traçar objetivos com datas na área do desenvolvimento turístico é não sabermos se conseguimos as verbas comunitárias para ajudar a financiar a recuperação das casas rurais. Em relação à escalada, assim que a nova escola primária esteja concluída serão feitas de imediato as obras para adequar a antiga escola às necessidades dos turistas. Gostaríamos muito de ter o novo estabelecimento de ensino concluído e de realizar uma iniciativa de escalada a nível nacional no próximo ano e
outra de âmbito internacional daqui a dois anos. A freguesia tem estradas boas? Em termos de vias rurais estamos bem servidos, fazemos manutenção constante nos caminhos de acesso às serras, terrenos, vinhas e, à parte uma ou outra situação pontual, não há grandes problemas nesta matéria. É precisamente por isso que podemos virar-nos para outras áreas, como o apoio aos seniores, às crianças e jovens, e à promoção da educação e do turismo. O tecido empresarial da freguesia é muito frágil? O Reguengo do Fetal, infelizmente, tem cada vez menos empresas. A entidade que gera mais emprego é o Centro Paroquial de Assistência de Reguengo do Fetal. Existiam empresas que agora apenas mantêm a sua sede social na freguesia. A quase totalidade dos trabalhadores tem os seus empregos fora da freguesia. Ainda se mantêm algumas empresas, mas nada com-
parado com o que acontecia há 13 anos, muitas acabaram também porque estavam na área da construção civil, que entrou em colapso. A agricultura tem pouco peso na freguesia, pois já são poucos os que amanham as vinhas, ocupandose mais com os olivais e os pomares. Temos exploração de pedra, mas é em pequena quantidade. Como está a promover a fixação das famílias e jovens na freguesia? Aprovámos o regulamento de apoio à natalidade. Quais são os apoios à natalidade? Os limites do apoio dependem do rendimento dos pais, variando entre os 500 e 350 euros. É obrigatória a apresentação dos documentos comprovativos da necessidade do apoio e das despesas, que têm de ser efetuadas no concelho da Batalha. E no caso do associativismo, também tem um regula-
mento de apoios? Sim, no sentido de criar condições para que as associações possam ser mais ativas. A junta de freguesia está disponível para comparticipar as atividades das associações. Os subsídios serão atribuídos de acordo com os valores pré-estabelecidos por tipo de atividade e analisados por uma comissão de avaliação eleita em assembleia de freguesia. O valor máximo a atribuir é de 500 euros por tipo de atividade. Na área da saúde, o centro responde às necessidades? Quando a médica de serviço no centro de saúde esteve de licença de maternidade passámos por um período de incerteza. Estávamos com receio e vimos movimentos no sentido de fechar o Centro de Saúde do Reguengo do Fetal. No entanto, fizemos reuniões em Leiria e na Batalha, e o presidente da câmara empenhou-se bastante no sentido de se evitar o fecho do centro, o que com a boa colaboração de todas as enti-
dades envolvidas, foi possível evitar. Portanto, excetuando um período de dois ou três meses, em que foi preciso encontrar soluções alternativas, como o transporte gratuito de doentes para a Batalha, disponibilizado pela câmara, não há constrangimentos ao nível da saúde na freguesia. Quais as atividades desenvolvidas com os seniores e crianças da freguesia? Anualmente oferecemos uma excursão aos reformados da freguesia, no sentido de poderem confraternizar uns com os outros. Estamos também empenhados em recolher informação detalhada sobre os idosos que vivem isolados nas suas residências, nomeadamente as condições da habitação, acessibilidades e situação familiar. Quanto às crianças, a junta já agendou uma reunião com as professoras das escolas primárias para em conjunto elaborar um plano de atividades para este ano letivo.
“A nossa ideia é criar uma marca que envolva o turismo de natureza, rural e desportivo” p Horácio Sousa está há 13 anos na junta de freguesia e cumpre o primeiro mandato como presidente
IV
Batalha Suplemento Reguengo do Fetal
setembro 2014
Jornal da Batalha
Casa do povo investe no pavilhão e nos meios do rancho folclórico m A instituição pretende divulgar a cultura e os saberes dos habitantes, e preservar a cultura e as tradições da freguesia
A Casa do Povo do Reguengo do Fetal procedeu já este ano à reabilitação da cobertura do seu pavilhão, introduzindo isolamento e uma nova camada de chapa exterior, para eliminar as infiltrações e melhorar as condições térmicas. Um investimento igualmente importante foi canalizado para os trajes, um armário-roupeiro e instrumentos musicais do rancho folclórico. A instituição tem um orçamento de 40 mil euros e despesas de igual volume, “na medida em que investe continuamente em atividades e melhoria dos seus espaços”, explica Carlos Fiúza, presidente da casa do povo e do rancho folclórico. Sem qualquer funcionário, “conta com o voluntariado” e “o apoio incondicional de grande parte dos conterrâneos”.
A realização de iniciativas recreativas, educativas e lúdicas, destinadas à comunidade, é uma das prioridades da casa do povo, que pretende, no essencial, divulgar a cultura e os saberes dos habitantes e preservar a cultura e as tradições da freguesia. A instituição tem procurado desenvolver atividades em áreas diversas, com o objetivo de promover as tradições, o convívio e ainda a prática desportiva. Assim, a nível cultural, realizou o X FSG, a 1ª Feira de Artesanato e Gastronomia, “muito importante para dar a conhecer os produtos/artesãos da freguesia”, como destaca Carlos Fiúza, e a sardinhada no mês dos Santos Populares. Na área do desporto, promoveu torneios, desde o ténis de mesa aos matraquilhos, passando
Rua Nossa Sra. do Caminho, nº 6A 2440 -121 Batalha Telf/Fax +351 244 764 174 http://burrovelho.com geral@burrovelho.com
pela sueca. Para 18 de outubro está prevista uma jornada de paintball. “Procuramos igualmente envolver os jovens, que tiveram a responsabilidade de organizar bailes e festas (como o Baile da Pinhata ou a Festa do Emigrante)”, refere o presidente da casa do povo, adiantando que até “ao final do ano haverá ainda um concerto com entrada livre (25 outubro), o tradicional magusto, a tão aguardada Festa de Natal e, por fim, a Passagem de Ano, relançada no ano passado”. A casa do povo financia-se através da quotização dos associados, receitas das atividades e das atuações do rancho folclórico, donativos, cedência de espaço e dos protocolos assinados com a câmara e a junta de freguesia.
p Um dos investimentos foi feito na melhoria dos trajes do rancho
Jornal da Batalha
setembro 2014
Suplemento Reguengo do Fetal Batalha
Procissão iluminada com caracóis deu a conhecer a freguesia ao país m Três dezenas de utentes de lar e do centro de dia ‘processam’ 20 mil caracóis e igual número de torcidas
A Festa de Nossa Senhora do Fetal, com as iluminações feitas de cascas de caracóis, é a principal responsável pela divulgação da freguesia a nível nacional. Este ano a chamada procissão dos caracóis está marcada para as 22 horas do dia 27 deste mês e 4 de outubro. O Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal (CPARF) é uma das instituições envolvidas na festa, pois os seus utentes participam na escolha e lavagem dos caracóis, corte e contagem das torcidas e têm a sua própria iluminação em representação do centro. A participação é mais ativa nos últimos cinco anos, envolvendo três dezenas de utentes do lar e do centro de dia, que ‘processam’ 20 mil caracóis e igual número de torcidas,
arrumadas em saquinhos de 200 unidades. Os utentes mais autónomos ajudam na elaboração dos desenhos da iluminação criada pelo CPARF, com duas mil cascas, para ladear a procissão, num espaço cedido pela junta. Os caracóis são colados com barro nas paredes, muros e painéis e cheios com o azeite, onde é mergulhada a torcida. Este ano, pela primeira vez, a festa começa a um sábado, com a descida de Nossa Senhora do Fetal à igreja matriz. A procissão repete-se passados oito dias, com o regresso da imagem à ermida. A festa envolve, além do CPARF, a população em geral e outras instituições da freguesia, orgulhosa da sua tradição, e tem outros atrativos – embora, sem dúvida, a iluminação de
ruas, casas e monumentos com ‘candeias’ de caracóis seja o mais espetacular. No sábado, 27 deste mês, os festejos começam com o cortejo para o santuário (20h30), seguindo-se a missa e a procissão. A noite continua com o arraial na Praça da Fonte e a atuação do duo Oxygénio. No sábado seguinte, 4 de outubro, a missa na igreja paroquial está marcada para as 21h00, antes da procissão e do arraial com o duo Zé Café e Guida. Para domingo está marcada a recolha de ofertas (10h00), o cortejo para o Santuário de Nossa Senhora do Fetal (11h00) e a missa. O arraial abre às 13h00 e atuam a Filarmónica das Cortes e o Grupo Notas Soltas.
p As ruas e casas são iluminadas com milhares de cascas de caracóis
Reguengo do Fetal. Apaixona-te!
Descubra a tradição, inspire a natureza e viva a adrenalina dos vales e montanhas. Apaixone-se pela nossa cultura e região.
A freguesia de
Reguengo do Fetal saúda-vos
V
VI
Batalha Suplemento Reguengo do Fetal
setembro 2014
Jornal da Batalha
Passeios pedestres revelam beleza natural e muitas histórias m O vale serve de habitat a muitas espécies e a fauna é abundante. Ao nível da flora, as orquídeas destacamse pela sua raridade e pela beleza que apresentam na paisagem cársica A freguesia tem dois passeios pedestres oficiais marcados: Mata do Cerejal (PR1), em Alcanadas, e Buraco Roto, no Reguengo do Fetal (PR2). O Buraco Roto é uma gruta necrópole, de beleza e enquadramento paisagístico excecional, que nos meses mais chuvosos se transforma numa cascata. Está situada numa zona de mata, em que se destacam os carvalhos, loureiros e sobreiros. Após a passagem pelo túnel natural, segue-se por um trilho estreito ladeado de carvalhiças, madressilvas e gilbardeiras (ou giz barbeiro), até um caminho empedrado que serve de atalho aos peregrinos que
caminham para o Santuário de Fátima. Pouco depois alcança-se o Malhadouro, uma zona das saliências calcárias e a parede da escalada do Reguengo do Fetal. Entre as escadas de madeira e a pedra há a Chaminé, um fenómeno natural resultante da erosão da água e do vento, e no fim a Pia da Ovelha, uma cova natural de grandes dimensões. O vale serve de habitat a muitas espécies e a fauna é abundante. Ao nível da flora, as orquídeas destacamse pela sua raridade e pela beleza que apresentam na paisagem cársica. Adiante o percurso continua por um trilho sinuoso e atinge o seu ponto mais alto aos 400 metros de altitude, encaminhando-se depois para os campos agrícolas, Vale da Pena e para o ponto de partida. O percurso pedestre da Mata do Cerejal tem início junto às capelas de S. Mateus e de Nossa Senhora do Ó, imóveis considerados de interesse religioso, percorrendo de seguida os sítios
p A beleza natural da freguesia convida à realização de passeios pedestres mais interessantes de Alcanadas. Parte do percurso está inserido numa área classificada como sítio da Rede Natura e o habitat é caracterizado por comunidades
florestais, de copa cerrada, atribuindo-lhes uma aura misteriosa e lendária. A parte intermédia do percurso desenvolve-se em redor da mata, uma zona bastante rica e diversa, em es-
pécies animais e vegetais. Em Alcanadas encontram-se pontos de importância histórica, como a entrada da mina de carvão das Barrogeiras e os Polvarinhos – locais onde se ar-
mazenava a pólvora utilizada na atividade mineira, ainda bem conservados. Há também um marco sobre a lenda da “Arca de Noé”, que dizem ter encalhado em Alcanadas...
Achados arqueológicos atestam povoamento da região muito antigo A freguesia do Reguengo do Fetal, denominada Reguengo da Magueixa até 1910, foi criada em 1512 pelo prior mor de Santa Cruz de Coimbra com jurisdição sobre Leiria. Este bispo, D. Pedro Vaz Gavião, desmembrou a freguesia da Igreja de S. Martinho da então Vila de Leiria e deu-lhe
por orago a Santíssima Trindade. Só mais tarde, julga-se que aquando da construção da atual igreja matriz do Reguengo do Fetal, foi mudado para a Senhora dos Remédios. Na década de 1610/20 foi-lhe desanexada a freguesia de S. José, do Alqueidão da Serra (hoje
do concelho de Porto de Mós). Em 1916 registou-se uma nova desanecção, desta vez para criar a freguesia civil de S. Mamede, constituída em paróquia em 1920. A freguesia é de povoamento muito antigo, conforme atestam os achados arqueológicos: ma-
chados de pedra lascada, fragmentos de cerâmica, lápides e moedas, estas da época romana. A este facto não é alheia a proximidade da antiga cidade de Collippo.
p Imagem de Nossa Senhora do Fetal
HERCULANO REIS Comercialização e Reciclagem de Consumíveis informáticos
SOLICITADOR
Com a garantia dos produtos O.C.P. gmbh Rua de Leiria · Cividade · Golpilheira 2440-231 BATALHA Telef.:/Fax: 244 767 839 · Telem.: 919 640 326
Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA
2440 BATALHA - Tel. 244 767 971
Tratamos de toda a documentação do ramo automóvel Estrada Nacional nº 1 - Apartado 179 Santo Antão - 2440-901 Batalha Tel.: 244 768710 - Móvel: 917585327 - Fax.: 244 768810
Jornal da Batalha
setembro 2014
Suplemento Reguengo do Fetal Batalha
VII
Centro paroquial é o maior empregador
Associativismo na freguesia
m A adaptação de
A Associação Cultural e Desportiva do Rio Seco, fundada 1994, tem organizado iniciativas como passeios pedestres, que divulgam as paisagens naturais do concelho, curso e torneios de xadrez, com grande envolvimento dos mais jovens e a obtenção de prémios. A coletividade criou um clube de xadrez e participa em atividades organizadas pelo município, como a Fiaba, o desfile de Carnaval, torneios de futsal e de cartas, cursos de bordados.
uma área devoluta em ginásio de reabilitação terapêutica foi um dos maiores projetos deste ano ao nível das infraestruturas. O Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal (CPARF), que conta 59 anos existência, tem neste momento 92 colaboradores, no conjunto das respostas sociais, pelo que é um dos principais polos empregadores do concelho e o maior da freguesia. O seu serviço de apoio
domiciliário presta auxílio a 39 pessoas da freguesia, mas tem capacidade para 42. O centro de dia tem sete utentes e o lar, hoje designado “Estrutura Residencial para Pessoas Idosas”, acolhe 84 utentes, a capacidade máxima. O Centro Paroquial de Assistência tem ainda uma creche e um jardim de infância, com 40 e 55 crianças, respectivamente. “Para educar e formar homens do amanhã”, possui uma equipa de 16 colaboradoras, entre elas uma equipa técnica composta por cinco educadoras. As prioridades dos responsáveis do CPARF pas-
sam por melhorar as instalações, eliminando barreiras arquitetónicas, permitindo uma melhor acessibilidade e mobilidade; dotar o centro de infraestruturas como a sala de fisioterapia e reabilitação terapêutica; melhorar os recursos humanos, formando-os; e ser uma instituição de referência na Diocese de Leiria-Fátima. Os investimentos em curso prendem-se com a conclusão da unidade de reabilitação e fisioterapia, num espaço a funcionar desde dezembro de 2013; criar uma sala de snoezelen que permita trabalhar as patologias psíquicas, e a aquisição de uma viatura para trans-
porte de doentes (cadeira de rodas). A adaptação de uma área devoluta em ginásio de reabilitação terapêutica foi um dos maiores projetos deste ano ao nível das infraestruturas. Os utentes podem utilizá-lo de forma espontânea, mas também existe acompanhamento especializado de uma fisioterapeuta, em áreas como a mecanoterapia (terapia com recursos mecânicos) e massagem (reabilitação pelo toque e pela estimulação sensorial). Há ainda um projeto para a criação de uma sala de snoezelen (conforto através do estimulo).
A Associação Cultural e Recreativa de Alcaidaria foi fundada a 28 de maio de 1986. Com 130 sócios, conta com sede própria, construída no ano de fundação da coletividade e um pavilhão desportivo coberto. Tem organizado encontros com escritores de literatura infantil, corridas de carrinhos de rolamentos, torneios de cartas, bilhar e de ténis de mesa. Outras apostas da ARCA são os passeios turísticos abertos aos sócios, feiras do livro e sessões de contadores de histórias. A Casa do Povo de Reguengo do Fetal foi fundada em 1942 com o intuito de criar uma infraestrutura de cooperação social destinada a colaborar no desenvolvimento económico e cultural. Em 1973 foi inaugurado o atual edifício com três espaços distintos: salão polivalente, área de serviços diversos e extensão do Centro de Saúde. Nos últimos anos tem organizado uma caminhada anual, denominada “Buraco Roto”, um dos percursos pedestres mais interessantes da região, com 300 participantes. O Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fetal é uma IPSS concelhia fundada a 24 de julho de 1955, com o objetivo de auxiliar os pais que não tinham onde deixar filhos. Esta instituição de solidariedade tem garantido respostas sociais à população e organizado iniciativas relacionadas com a solidariedade, o convívio e a promoção da qualidade de vida. Em 2003 foi agraciada com a Medalha de Mérito Municipal, grau prata. O Centro Recreativo das Alcanadas, fundado a 5 de julho de 1972, tem desenvolvido diversas atividades relacionadas com a defesa do meio ambiente, recolhas sobre a extração do carvão na mina das Barrojeiras, bem como a organização de passeios pedestres, destacando-se o percurso da “Mata do Cerejal”. E também conhecida pelas Semanas Culturais, provas de BTT, torneios e jogos tradicionais. O Centro Recreativo e Desportivo da Torre foi fundado em março de 1981, sucedendo ao Grupo Desportivo da Torre, formado por volta dos anos 50 do século passado. Deve a sua origem a uma equipa de futebol, cujo primeiro fardamento foi oferecido por Francisco Vieira Romão. Mais recentemente passou a organizar provas desportivas, destacandose o passeio de BTT noturno, com grande adesão dos participantes.
p Os serviços do centro abrangem 225 idosos e crianças
VIII
Batalha Suplemento Reguengo do Fetal
setembro 2014
Jornal da Batalha
Gastronomia típica inclui doçaria e pratos de carne de cabra e porco m Na Alta Extremadura há duas dezenas de maneiras de preparar morcelas. No Reguengo do Fetal existem dois tipos: uma feita com sangue e outra branca. A boa gastronomia regional não podia faltar no Reguengo do Fetal. E ainda bem porque a natureza abre o apetite. Ora, para repor energia, após um passeio ou uma escalada, pode provar um destes pratos ou sobremesas: tacharéu, bucho, morcelas de arroz ou sangue, bruzegos, cavacas ou bolos de perna. O tacharéu é o nome dado à fritada de porco em tacho de barro. É um prato típico, com este nome, no Re-
p A gastronomia de qualidade é também um bom motivo para visitar a freguesia guengo do Fetal, de criação recente, oriundo dos petiscos feitos nas antigas matanças do porco em casa.
O bucho leva carne de porco e arroz, entre outros ingredientes, transformados numa massa, e no fim
Produção e comércio de Carnes
Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt
de cozido é cortado em fatias. A massa que serve para encher o bucho (estômago) pode ser usada para fazer
morcelas brancas. Por falar em morcelas, na Alta Extremadura há duas dezenas de maneiras de as preparar. No Reguengo do Fetal existem dois tipos: uma feita com sangue e a “branca ou de vinha de alhos” - esta não tem sangue, ambas com arroz. Os bruzegos são feitos com bucho e carne de cabra e arroz. Esta iguaria, tradicional e muito antiga, inspira-se nos maranhos da
Beira Baixa e nos tortulhos da Serra de Aire. Finalmente, a docaria: as cavacas do Reguengo do Fetal e os bolos de perna. As primeiras fazem lembrar as suas homólogas das Caldas da Rainha, mas os apreciadores sabem notar as diferenças; os segundos são muito típicos da freguesia. Têm a forma de uma ferradura e são perfumados com a raspa de limão, canela e erva doce.
Jornal da Batalha
setembro 2014
Batalha
9
Saúde Dia Mundial do Coração - 29 de Setembro As doenças cardiovasculares – o que inclui doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC) – afetam pessoas de todas as idades e grupos populacionais, incluindo mulheres e crianças. Muitas dessas doenças têm início do desenvolvimento na infância e adolescência, levando ao estágio avançado da doença ou à morte prematura na vida adulta. Crianças, em grande parte, dependem dos adultos para orientação sobre comportamentos saudáveis por isso precisamos garantir que elas adotem bons
hábitos de vida. A melhor forma de prevenir ou adiar ao máximo o surgimento de doenças cardiovasculares é levar uma vida saudável. Assegure a ingestão de alimentos saudáveis - coma mais fruta e vegetais, evite gordura. Tenha cuidado com alimentos processados, que frequentemente contêm muito sal e elevam a tensão arterial. A boa alimentação pode evitar problemas de colesterol, tensão alta e obesidade. Seja ativo e tente controlar
a sua saúde cardíaca - mesmo 30 minutos de atividade física podem ajudar a evitar patologias cardíacas. Traga exercícios para a sua vida. Inclua atividade física na sua rotina diária- vá ao trabalho de bicicleta, use as escadas em vez de elevador. A atividade física beneficia o controlo da tensão arterial, do colesterol e também da glicose, além de ajudar a emagrecer. Está comprovado cientificamente que as pessoas que fazem de vinte a trinta minutos de exercícios físicos diários vivem mais e melhor. As ativi-
dades mais indicadas são as aeróbicas, como caminhadas, natação e ciclismo. Diga “Não” ao tabaco - o risco cardiovascular diminui depois de deixar de fumar. Hoje existem várias técnicas que ajudam a minimizar o desejo de acender o cigarro, como gomas de mascar, adesivos e remédios. Mas o principal mesmo é ter força de vontade. Mantenha um peso saudável - a perda do peso, em associação junto com a diminuição do consumo de sal, leva à diminuição da tensão
arterial Visite o seu médico da família para saber os seus valores de tenção arterial, colesterol, glicose, para calcular Índice de Massa Corporal (IMC) e risco cardiovascular. Uma vez conhecido seu risco, você pode desenvolver um plano especifico para melhorar sua saúde. Limite a ingestão de álcool - o excesso de álcool pode
fazer a sua tensão arterial e seu peso aumentar. Todas as pessoas têm o direito a fazer escolhas saudáveis para o seu coração, independentemente do local onde vivem, trabalham ou brincam. Prevenir é o melhor remédio - principalmente para o coração. Marina Vasina Médica Interna da USF Condestável,
CLÍNICA DE MEDICINA DENTÁRIA DA BATALHA CONSULTAS DE 2.ª S A SEXTAS DAS 9.30 H ÀS 12.30 H E DAS 14.00 H ÀS 19.00 H AOS SÁBADOS DE MANHÃ Assistência exclusivamente médica Rua António Cândido Encarnação - EDIFÍCIO JORDÃO 1º Piso - Sala 5 - 2440 BATALHA - Telef. 244 767 593
Clínica Dentária e Osteopática Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas Especialidades - Medicina Dentária – Dr.ª Ana Freitas e Dr.ª Silvia Eleutério Restauração, próteses fixas e amovíveis, branqueamentos e implantes - Osteopatia – Dr. Carlos Martins Tratamento de hérnias, ombros, tendinites e correção postural - Acunpuntura Médica - Dr. Francisco Fernandes Auricoloterapia, Tratamento de Dor e Estética - Psicoterapia e Hipnose Clínica – Dr. António Venâncio Autoajuda, depressões, baixa autoestima - Psicologia de crianças e adolescentes Problemas de hiperatividade, medos, crises familiares, dificuldades de aprendizagem. - Terapia da fala – Dr.ª Eva Pinto Problemas de dislexia, paralisia cerebral, gaguez, dificuldade em engolir e problemas de compreensão. - Aulas de preparação para o parto – Enf.ª Carina Carvalho (Enfermeira especialista do Hospital de Leiria) Acordos AXA, BES Seguros, Medis, Advance Care, Multi-Care, Tranquilidade, SAMS, CGD e outros
Contactos para marcações e informações: 911 089 187 ou 964 108 979 Rua dos Bombeiros Voluntários, Loja D Batalha
Batalha
10
Batalha
setembro 2014
Jornal da Batalha
Cultura
Antigos mineiros trazem à superfície da história a labuta nas Barrojeiras m O trabalho era difícil? “Já se sabe, era dentro de uma mina a arrancar carvão. As dificuldades eram todas, não havia nada. Era o gasómetro, a pá e trabalhar”, conta um dos homens. António Baptista está emocionado. As lágrimas querem brotar-lhe dos olhos que jovens viram as entranhas da terra na mina de carvão das Barrojeiras. O antigo mineiro olha o museu da fábrica de cimentos de Maceira-Liz (Secil), o seu nome do meio – Rosário – é também o de uma máquina de extrair água das minas. E, por muito que queira, aos 87 anos élhe difícil desfiar o rosário que viveu nas galerias da noite perpétua. O velho mineiro, acompanhado de antigos colegas de Alcanadas, Porto de Mós e Rio Maior - e de especialistas de diversas disciplinas, nacionais e estrangeiros, que participam nas Jornadas Internacionais “Memórias do Carvão” -, visitam a fábrica que foi durante décadas o destino do carvão que arrancavam à mão das galerias. É o último dos três dias das jornadas, 13 deste mês, intitulado pela organização “Visita de estudo”. A conclusão de um conjunto de conferências de grande importância para o estudo da atividade mineira em Portugal e de experiências estrangeiras em vários domínios, desde a história ao turismo. Os antigos mineiros recordam experiências, o mais importante, aquilo que estudo algum
pode dispensar. “Trabalhei nas minas, lá dentro a arrancar carvão e cá fora nas ‘vagonas’ [vagons]”, diz Sulpício Rodrigues, de 81 anos. O trabalho era difícil? “Já se sabe, era dentro de uma mina a arrancar carvão. As dificuldades eram todas, não havia nada. Era o gasómetro, a pá e trabalhar. Era tudo trabalho manual, com a cegonha [espécie de picareta] e com o fogo [explosivos]”. Sulpício Rodrigues trabalhou quatro anos e meio na mina das Barrojeiras. Tinha 14 anos quando começou: “Primeiro cá fora e depois lá dentro”. “O desmonte era uma sala como esta [salão do Centro Recreativo de Alcanadas, onde 40 pessoas almoçam numa mesa em ‘U’]. A gente ia avançando pelo desmonte acima. O que era bom saía da mina, o que era mau ficava lá a segurála”, conta. Para guardar estas e outras memórias, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha está a desenvolver uma investigação sobre a atividade mineira do carvão no concelho, que durou cem anos e deu trabalho a centenas de pessoas. Este trabalho procura a relevância da mineração, nos aspetos económico, social e político, sobretudo no período entre as duas grandes guerras mundiais. As minas de carvão deram emprego às gentes do concelho da Batalha e a trabalhadores provenientes de outros pontos do país, assumindo-se como uma alternativa à agricultura de subsistência. Sulpício Rodrigues imagina-se a reviver a história mais de perto. “Gostava de ver o interior da mina, se a boca desse passagem.
Não tenho saudades do trabalho, mas gostava de ver as galerias, os desmontes, porque havia coisas em que a gente ficava a pensar um bocado”. Era um trabalho perigoso? “Era um trabalho debaixo da terra. A gente chegava e experimentava o teto para ver se estava fixo. Batíamos com as cegonhas e se tocasse a choco saíamos ou tentávamos botar a pedra para baixo”. Na altura de Sulpício Rodrigues trabalhava pouca gente na mina – “já estava a ficar um bocado falida”. “Havia carvão, mas não quem o gastasse. O nosso carvão incendiavase. Se estivesse 15 dias num monte começava a arder por ele e por isso não se arrancava”. Um antigo mineiro pragmático e bem disposto é Camilo Santos. “Aquilo era um trabalho duro? Era tão duro como agora, não há nenhum serviço macio. Eu nunca trabalhei em nenhum serviço macio. O que tinha de melhor era o horário de 8 horas por dia”, diz o homem, que trabalhou 15 anos na mina de Alcanadas, a partir dos 13 anos de idade, em “galerias que passavam por baixo do hospital das Brancas, do rio e chegavam às Cancelas”. “Tenho saudades desse tempo e da idade que tinha”. Mas tem mais saudades da idade? “Não. Tenho mais saudades da mina e de lá trabalhar de noite”, ironiza o antigo mineiro, de 82 anos. Na mina trabalhavam homens e mulheres. Eles arrancavam e transportavam o carvão e elas escolhiam-no. Os grandes perigos eram as derrocadas e os gases. “O gasómetro dava sinal quando havia
p O primeiro comboio a entrar no ramal da fábrica de Maceira-Liz (6/6/1921, foto: ECL)
p Sulpício Rodrigues, Camilo Santos e António Baptista, com outro ex-mineiro gases perigosos: a luz fazia um arco-íris e a gente já sabia o que era. O carvão acendia-se na mina porque tinha muito enxofre”, diz. “O meu pai morreu na mina, faz de conta que foi no espeto. Era canalizador, estava a fazer uma canalização, caiu um bocado do teto e o tubo furou o meu pai de um lado ao outro, como num espeto. E eu andei três meses a trabalhar no mesmo sítio onde o meu pai morreu”, recorda Camilo Santos. A investigação sobre a exploração mineira consiste na recolha de documentos, objetos, e de depoimentos audiovisuais com a última geração de trabalhadores nas minas e no caminho-de-ferro que
serviu ao transporte do carvão e de pessoas. O estudo, com comissariado científico do investigador José Brandão, deve estar concluído até ao início de 2015, encontrando-se em perspetiva a realização de uma exposição sobre as minas. Uma exposição que António Baptista terá muita dificuldade em ver. À boca da mina das Barrojeiras, onde trabalhou cinco anos, a contar dos 27, volta a emocionar-se quando recorda os tempos passados. “Era um trabalho muito difícil e ainda mais para quem não estava habituado, como eu, que ia morrendo com tanto trabalho. Foi muito complicado”, diz.
“Nomearam um homem para me dar lições de trabalho, mas que andou só um dia comigo. Deixoume, por ordem dos capatazes, e passei a andar sozinho no transporte de carvão em ‘vagonas’, o que era muito, muito trabalhoso”, adianta, hesitante, comovido, lembrando o trabalho quase todo manual: “Só havia um guincho elétrico para trazer o carvão à superfície, tudo o resto era feito à mão. Foram momentos muito difíceis”. Este dia de “Visita de estudo” fica-lhe na memória? “Este dia fica-me de recordação para o resto da vida…” As lágrimas, de novo, teimam em emergir e encerram o diálogo.
Jornal da Batalha
setembro 2014
Cultura Batalha
Visitas encenadas atraem alunos do básico ao mosteiro m As encenações pedagógicas têm a duração de uma hora, de segunda a sexta-feira, mediante marcação prévia e o preço de 2,5 euros por criança
Os alunos do 1º ao 3º ciclos do Ensino Básico são os ‘convidados especiais’ de duas visitas encenadas ao Mosteiro da Batalha, protagonizadas pelo grupo de teatro “O Nariz”, que têm como objetivo facilitar a aprendizagem de importantes aspetos da história de Portugal. As encenações pedagógicas, promovidas no âmbito do Serviço Educativo do mosteiro, têm a duração de uma hora, de segunda a sexta-feira, mediante marcação prévia e o preço de 2,5 euros por criança. “A visita do Marquês” é conduzida por três atores (um marquês e dois frades) que iniciam o seu percurso no portal principal, passando por vários espaços do mosteiro até ao claustro D. Afonso V. Trata-se, segundo a sinopse da obra, de “uma vi-
p “A visita do Marquês” é conduzida por um marquês e dois frades sita guiada ao Mosteiro da Batalha pela mão de um visitante habitual, apaixonado pela história e pelos detalhes do imenso e riquíssimo espaço deste Convento Dominicano. Para ficar a conhecer melhor pormenores e grandes narrativas, desde o esplendoroso portal ao panteão real, do claustro real ao dormitório, da cozinha ao refeitório, do monumento
por excelência da independência nacional e da afirmação da segunda dinastia dos reis de Portugal, seguimos um visitante faminto e os seus anfitriões num percurso de deslumbramento e descoberta que, na verdade, nunca acabará”. O texto é de Luís Mourão, com encenação de Pedro Oliveira e interpretação de João Augusto, João Bandeira, Miguel Matos
e Pedro Oliveira. A encenação “Eram só pedras quando tudo começou” é conduzida por três atores (arquitetos) que se reúnem de 100 em 100 anos para verificar as condições em que se encontra o seu trabalho. A sinopse levanta um pouco do véu da história: “De cem em cem anos, a não ser que algo de extraordinário aconteça, todos os arquitetos que fizeram do Mosteiro da Batalha aquilo que é, reúnem-se num breve encontro para verificar as condições em que se encontra o seu trabalho. Assim, fazem uma visita rápida por alguns dos pontos chave do desenho arquitetónico do monumento, desde o Portal de Huguet (e que abre o corpo do mosteiro, à vila, a Portugal e ao mundo), ao Portal de Mateus Fernandes, que envolve num manto de delícias e subtilezas as capelas nunca mais completas”. O texto é de Luís Mourão, com encenação de Pedro Oliveira e interpretação do grupo de teatro “O Nariz”. Para mais informações contactar o Serviço Educativo do mosteiro através do telefone 244 765 497 ou do email rquina@ mbatalha.dgpc.pt.
“Pró Diabo kus carregue” no centro paroquial A peça de teatro de revista “Pró Diabo kus carregue”, com direção artística e encenação de Natalina José, é apresentada no Centro Paroquial da Batalha no dia 15 de novembro, às 21h30. O espetác u lo conta com a interpretação de Natalina José, Anita Guerreiro, Vítor Emanuel, Paulo Oliveira, Ana Paula Mota e Suzana de Lacerda. “É um verdadeiro fes-
tival de gargalhada que nos leva a fazer esquecer a crise!” esta peça de teatro de revista à portuguesa produzida pela C2E. Os bilhetes para este espetáculo, para maiores de 12 anos, estão à venda no Quiosque da Batalha e na Creche/ Jardim Mouzinho Albuquerque. As reservas podem ser feitas pelo telefone 966797226.
p O espetáculo conta com “um elenco de luxo
11
s Opinião
A luta pela independência e afirmação do Concelho da Batalha
p Pormenor do estandarte da vila da Batalha Ao longo da segunda metade do século XIX, o municipalismo local enfrentou um difícil processo de afirmação. Entre os diversos esforços da comunidade da Batalha, o mais duro consistiu na luta travada e ganha pela população em defesa da manutenção do território concelhio. O Concelho da Batalha foi extinto em 1836, num período de grande degradação do Mosteiro, tendo mesmo sido transferida a sede da freguesia da Batalha para o convento. Foi, no entanto, restaurado um ano depois, em 1837. M a s a ex t i nç ão do concelho e a sua integração em Leiria, de novo em 1895, provocaram uma forte reação da comunidade que, liderada por José Taibner Crespo de Morais, apresentou um abaixo-assinado ao rei D. Carlos em Março de 1897, protestando contra essa decisão, nos seguintes termos: “Senhor: Os abaixo assignados, cidadãos eleitores e elegíveis das freguezias da Batalha e Reguengo, que formavam o exticto concelho da Batalha (…) veem respeitosamente perante Vossa Magestade reclamar a restauração do seu concelho. A extinção do referido concelho (…) foi um golpe profundamente illegal, injusto e immerecido nos interesses moraes e mate-
riaes dos supplicantes e de todos os habitantes d’esse concelho. Illegal porque ataca a lei fundamental do estado, a Carta Constitucional, que no artigo 133 diz: «em todas as cidades e villas, ora existentes, e nas mais que para o futuro se crearem, haverá câmaras, ás quaes compete o governo económico e municipal das mesmas villas e cidades (…)” Este esforço da comunidade originou a restauração definitiva que teria lugar por real decreto de 13 de Janeiro de 1898. A luta pela recuperação do Concelho da Batalha deu à população e aos seus líderes a oportunidade de se associarem por uma causa e de comprovarem a força e o poder da comunidade. A iniciativa promoveria o sentido da identidade de pertença, desenvolvimento económico, cultural e sociopolítico que daria frutos por todo o século XX. O MCCB conta com a exposição de alguns objetos associados a esta época, entre eles um curioso “Código addicional de Posturas sobre a Polícia de Cabras” e o estandarte concelhio, bordado com fio de prata. Fontes: Catálogo do MCCB, 2011; TAIBNER, José: A restauração do Concelho da Batalha; Typ. do Comércio de Portugal; 1897
12
Batalha Atualidade
setembro 2014
Jornal da Batalha
Património As pessoas que trabalharam no Mosteiro e fundaram a Batalha (I) A construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, para além da história, da arte e da técnica, instiganos, como não podia deixar de ser, a querer saber, para além do interesse estatístico, que pessoas nela intervieram, quem eram, donde vieram, se se fixaram definitivamente, como viviam e se se contam entre os fundadores da povoação, que é hoje a Vila da Batalha, e das povoações dos arredores que também nasceram à sombra do monumento. Infelizmente, a capacidade para me abalançar a estudo deste género é pouca pelo que vou fazer mais perguntas do que tentar dar respostas. De qualquer forma, tentarei chamar a atenção dos leitores para este aspecto, que considero extremamente importante, que é o das pessoas que se estabeleceram aqui pelos finais dos anos oitenta do século XIV, muitas, talvez, nossas possíveis antepassadas. E, mais uma vez, vou socorrer-me das obras do notável Historiador Professor Doutor Saúl António Gomes, principalmente “O Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século XV”, “Vésperas Batalhinas”, “Fontes Históricas e Artísticas do Mosteiro e da Vila da Batalha” (Séculos XIV a XVIII) 4 volumes, e ainda dos três volumes do “Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses” doutro notável Historiador que foi o Dr. Francisco de Sousa Viterbo, que curiosamente era formado em medicina (quantos vultos ilustres da Literatura e do Pensamento a medicina tem dado a Portugal?). Não obstante o Rei D. João I estar ocupado na luta com Castela, que se havia de continuar muito para além da vitória da batalha real de 14
p Gravura do século XV reproduzindo a construção dos edifícios religiosos, vinda a lume na “História do mui nobre Vespasiano, Imperador de Roma”, impressa em 1496, em Lisboa, por Valentim Fernandes. Gravura publicada na obra do Professor Doutor Damião Peres sobre “D. João I”. de Agosto, e com a busca de soluções para os inúmeros problemas económicos e sociais que se lhe levantavam na reconstrução do País, não tardou em dar cumprimento à promessa que fizera à Santíssima Virgem e, assim, teria logo iniciado a escolha de um arquitecto que projectasse o monumento, do local para o erguer e da gente que haveria de participar na magnífica empresa. Nestes preparativos teria gasto os anos de 1386 e de 1387 de forma a tornar possível o início da obra em Janeiro de 1388, segundo a opinião, hoje praticamente assente, de alguns autores. Entretanto, estava escolhido o mestre, um português, talvez natural de Lisboa, Afonso Domingues que naqueles anos preparatórios delineara, com certeza cumprindo o que o Rei pretendia, o projecto, no qual, como é óbvio, não estavam incluídos os dois panteões reais (Capela do Fundador e Capelas Imperfeitas) nem o
Claustro de D. Afonso V. Montar os estaleiros, construir casas para instalar os obreiros e tudo o mais que respeitava à obra, que se haveria de revelar duma dimensão invulgar, teria sido ocupação, pelo menos, no ano de 1387, a que acresceriam a escolha das pedreiras e o preparar dos caminhos de acesso aos estaleiros. A primeira pedra haveria de ser carreada da já histórica Pedreira do Valinho do Rei, por cima da Torre da Magueixa, na freguesia do Reguengo do Fetal. Repare, caro leitor, o corrupio de carros de bois que seria para trazer o calcário dalguns quilómetros de distância, os caminhos que tiveram de ser abertos e as pessoas que trabalhavam tanto no corte da pedra como no seu transporte. Que gente era esta? É bem possível que tivesse sido recrutada na região, como também parte da que se ia instalando na obra. Entretanto, gente especializada na construção de catedrais, nacional e estran-
geira, ia sendo contratada: pedreiros, canteiros, carpinteiros essenciais para se fazerem os simples (armações de madeira para sustentar arcos e abóbadas enquanto eram feitos) e para erguer os andaimes, ferreiros, etc., etc.. Ao mesmo tempo chegavam outros profissionais indispensáveis à vida duma povoação que crescia a olhos vistos e tanto que em 1389 o Rei cria-lhe a sua feira franca com a duração de oito dias, sendo o principal o Dia de Santa Maria de Agosto, 15 desse mês. Foram chegando sapateiros, alfaiates, carniceiros, peixeiros, entre outros, e evidentemente agricultores. Ao longo do século XV e em parte do século XVI fixavam-se não só no lugar do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, que haveria de se tornar Vila em 1500 e sede de paróquia em 1512, o que revela o seu desenvolvimento, mas ao seu redor, inúmeras famílias. Com excepção da Golpilheira, já assinalada em 1343, da Canoeira e possi-
velmente do sítio da recolha do sal nas Brancas, sendo de admitir, como é lógico que os salineiros habitassem no local, praticamente todos os outros lugares surgiram com gente atraída à Batalha e a quem iam sendo aforados os aprazados os futuros casais do termo batalhense. Entre os estrangeiros, veio comprovadamente gente de vários países europeus, nomeadamente da Inglaterra, da Flandres, da Alemanha, da Itália, da França, onde vicejava o gótico, e da Espanha. E das comuns muçulmanas e judias espalhadas, então, pelo nosso País? É de crer que sim. Entre os Mouros havia bons pedreiros e carpinteiros e oficiais doutros ofícios que eram necessários tanto à obra monumental como à população da povoação nascente. Ora não sendo a Batalha terra medieval nela não houve mouraria da mesma forma que havia em Leiria. Então, porque se designava de Chão da Mouraria o local onde no século XVI se ergueu a igreja matriz? Creio que, por enquanto, é um mistério, pelo que são meras hipóteses as que me atrevo a apresentar: Se houve muçulmanos a trabalhar na construção do Mosteiro e mantendo eles a sua religião, como nos séculos XIV e XV lhes era permitido e inclusivamente beneficiando de protecção dos nossos reis, é natural que vivessem apartados da comunidade cristã, tendo para isso o seu bairro ou o seu espaço próprios. Seria este o caso e teria chegado a haver um núcleo muçulmano instalado naquele que foi designado por Chão da Mouraria. Ou adviria a designação do apelido dum Mouraria ou, ainda, esse Mouraria teria recebido o nome daquele chão?
No 2º volume das “Fontes históricas e Artísticas do Mosteiro e da Vila da Batalha” o Professor Doutor Saúl António Gomes dá-nos a conhecer um documento, datado de 12 de Dezembro de 1458, que refere um emprazamento que o Mosteiro faz, de “uma vinha morta com um chão, pelo foro de um par de galinhas e meia dúzia de ovos em dia de Natal, a um Gil Afonso da Mouraria e, a sua mulher, Maria Afonso…”. Era este Mouraria pedreiro e morava na Batalha e situavase esta “vinha morta com o seu chão que a dicta ordem (de São Domingos) HA A PAR DO DICTO Mosteiro que parte com caminho do conçelho e com Bras Eanes e com Catalina Lourenço padeira que foi dos frades e com ereos (herdeiros) de Fernam Diaz e com Meem Rodriguez da parte do chão…”. Evidentemente que é difícil identificar o local, mas sabe-se que estava próximo do Mosteiro, pois o documento o afirma. A Batalha em nascimento recebeu uma massa humana provinda dos mais diversos pontos do País e do estrangeiro e, com certeza, de diversas etnias. Desta massa se formou a população local. Os habitantes católicos da povoação tiveram o seu primeiro templo e o seu primeiro local de enterramento em Santa-Maria-a-Velha, no terreiro a leste do Mosteiro, local que depois do Monumento é o que tem a maior carga histórica e um simbolismo que os batalhenses jamais deveriam esquecer e muito menos deixar desaparecer. Continuarei no próximo número, se Deus quiser. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (138)
Jornal da Batalha
setembro 2014
Batalha
13
Desporto
Atlético prepara 2ª São Silvestre e investe na formação de atletas em todos os escalões m As inscrições estão abertas e o valor a pagar aumenta com o passar do tempo. O clube tem menos de dois anos, mas já movimenta 40 jovens
p Os atletas do ACB treinam no circuito de manutenção e participam em provas oficiais do atletismo. Entretanto, a Câmara da Batalha cedeu ao ACB um espaço no pavilhão multiusos, onde desde 15 deste mês “pode arrumar as suas coisas e tem um ponto de encontro”. “Até agora a minha carrinha era a nossa ‘sede’”, refere. O objetivo de Casimiro Gomes é formar os jovens
enquanto atletas, “porque querem competir ou não se interessam pela modalidade, mas os aspetos ligados à saúde, ao ensino e às vantagens do desporto em geral também não são descuradas”. O clube, que integra a Associação de Atletismo de Leiria (ADAL), organiza atividades como a Prova de São Silvestre (dia 27 de Dezem-
bro), Cross Noturno da Batalha (25 de Abril), Corrida e Caminhada de Avis (às quintas-feiras), em que participam 200 pessoas; zumba e ioga, no verão; Convívio Jovem (março) e sessões de Corrida Técnica aberta a todos (3ª feira). Outro dos projetos do ACB é organizar o 1º Corta Mato Vila Batalha e o Corta Mato
Distrital Curto, junto à Ponte da Boutaca, a 22 de Fevereiro. Para isso, no entanto, precisa da colaboração dos proprietários dos terrenos envolventes, no sentido de autorizarem a sua desmatação. “É só desmatar, a prova não causa qualquer dano e o local é excelente”, destaca Casimiro Gomes. Quanto à 2ª Prova de São Silvestre, destinada a todos os escalões, disputa-se a 27 de dezembro, a partir das 15h00, na Batalha. A corrida tem 10 quilómetros e as inscrições custam entre 6 e 10 euros, pois os valores sobem à medida que a iniciativa se aproxima. A inscrição para a caminhada, que começa às 17h10 e tem seis quilómetros, custa cinco euros. As inscrições podem ser feitas através dos telefones 910730436 e 910087670 ou em www.trilhoperdido. com, www.facebook.com/ atletico.batalha e atleticoclubebatalha@live.com.pt.
Foto: FPF
O Atlético Clube da Batalha (ACB) tem uma prioridade: a formação dos jovens. “Quando fazemos uma prova, independentemente do escalão, as crianças têm sempre de participar. É uma maneira de as motivar, de as sensibilizar para o desporto”, refere Casimiro Gomes, presidente e treinador do clube que fundou, em 2012, com um grupo de atletas batalhenses, entre
os quais Joel Pinheiro, Alexandrina Gomes e a Sofia Pinheiro. A 2ª Prova de São Silvestre, a 27 de dezembro, em que são esperados mil desportistas, é o próximo desafio do ACB. As inscrições já estão abertas, há prémios de presença (t-shirts técnicas) para todos os atletas e troféus para os três primeiros classificados de cada escalão. O Atlético é o único clube de atletismo do concelho que abrange todos os escalões e disciplinas e foi fundado a 7 de Dezembro de 2012 por iniciativa de Casimiro Gomes, natural de Leiria, onde foi atleta do Bairro dos Anjos durante 20 anos, mas a viver na Batalha há 11 anos. “Já temos 40 atletas e não são mais porque não possuímos estrutura. Os atletas são de todos os escalões e disciplinas, dos 7 aos 18 anos”, refere o treinador do clube, detentor de recordes e troféus em diversas disciplinas
AMARENSE - A Associação Recreativa Amarense, que disputa a 2ª Divisão Nacional de Futsal, Série D, apresentou o corpo técnico e os jogadores da equipa sénior, no dia 8 deste mês, no auditório da Câmara da Batalha. O treinador, Luís Silva “Peixe” traçou os objetivos: ficar nos dois primeiros lugares da série para passar à segunda fase. Este objetivo “assenta um grupo ambicioso e com muita vontade de trabalhar. Espero um campeonato difícil, em que a pressão da conquista dos três pontos se irá sentir semanalmente, mas este plantel dá-me total confiança para excelente desempenho”.
SUPERTAÇA - A equipa da Golpilheira, campeã nacional de futsal feminino sénior, não encontrou argumentos para vencer, no dia 6 deste mês, o conjunto do Benfica, que arrecadou a primeira supertaça do escalão, ao ganhar por 6-2. Os encarnados foram os primeiros a marcar e “As Golpilhas” empataram pouco tempo depois. Os golos do Benfica foram acontecendo e ao intervalo a equipa do Centro Recreativo da Golpilheira perdia por (2-4). Na segunda parte, os encarnados ampliaram o resultado com mais dois golos sem resposta. O jogo disputou-se no Pavilhão Municipal do Entroncamento.
14
Batalha
setembro 2014
A fechar “Capas das Glórias” abrem inscrições para jovens praticantes de patinagem
p O Clube de Patinagem Artística da Batalha tem 20 praticantes
m O clube representa o concelho em competições regionais, nacionais e internacionais, e produz espetáculos de patinagem artística Clube de Patinagem Artística da Batalha “Capas das Glórias”, constituído por 20 atletas federados nos vários escalões e quatro em fase de adaptação, tem inscrições abertas para todos os interessados em praticar esta modalidade desportiva. O “Capas das Glórias” dispõem de três treinadores, um deles principal (Daniel) e duas ex-atletas (Marina Loureiro e Daniela Santos), e pratica, com maior frequência, as modalidades de patinagem livre e solo dance. O clube está inscrito na Associação de Patinagem de Leiria e na Federação de Patinagem de Portugal. Esta época os seus atletas já participaram em torneios organizados pela associação e em campeonatos distritais e nacionais. Nos torneios participam os atletas com níveis para os distritais (iniciação e benjamins). Os restantes, tendo
os níveis de promoção suficientes, competem nos distritais e no apuramento para os nacionais. A coletividade nasceu em 2012 e resultou da secção de patinagem da União Desportiva da Batalha, criada em 2006. O crescimento do número de atletas e a vontade de criar um projeto desportivo vocacionado exclusivamente para esta modalidade desportiva esteve na origem das “Capas das Glórias”. O clube já conquistou prémios nacionais e tem representado o concelho em competições regionais, nacionais e internacionais, com destaque para o Campeonato Europeu de Show e Precisão. Também produziu espetáculos de patinagem artística, com destaque para a recriação do musical “O Aladino”. Os treinos realizam-se no pavilhão gimnodesportivo da Batalha, às segundas e quartas-feiras, das 18 às 20 horas (patinagem livre); às quintas- feiras, das 21 às 23 horas (solo dance) e aos sábados, das 10h30 às 13 horas (patinagem livre e solo dance).
CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia nove de Setembro de dois mil e catorze, exarada a folhas cento e doze do livro de Notas para Escrituras Diversas Trezentos e Cinco – A: DR. VITOR MANUEL PEREIRA CARVALHO, casado, natural da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, advogado com domicílio profissional na rua Padre Manuel Afonso e Silva,8, 1º Drto. em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, na qualidade de procurador de: MANUEL VIEIRA DA COSTA e cônjuge, MARIA ODETE FRAZÃO, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, residentes habitualmente em França e quando em férias na Rua das Gafarias, 4, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Nifs: 167 298 666 e 178 994 383, declarou: Que os representados são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: UM - Prédio rústico, sito em Vale Salvado, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de vinha oliveiras e mato, com a área de mil quatrocentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com Manuel Rodrigues e outros, do sul e nascente com Herdeiros de José de Matos e poente com José Frazão, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1.630, com o valor patrimonial de IMT de €352,80. DOIS - Prédio rústico, sito em Vale Salvado, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de terra de semeadura e mato, com a área de dois mil e setecentos metros quadrados, a confrontar do norte com José Roque, do sul com Encarnação Amado, nascente com Pedro Vieira Santana e serventia e poente com Carlos Emanuel Vieira da Rosa, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1.646, com o valor patrimonial de IMT de €118,92. TRÊS - Prédio rústico, sito em Chão Falcão, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de terra de cultura, com a área de quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte com Adriano Carvalho, do sul com Bernardino da Silva, nascente com Joaquina da Silva Felício e poente com Manuel Batista Júnior, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 7 284, com o valor patrimonial de IMT de €167,56. QUATRO - Prédio rústico, sito em Vale das Crelas, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de terra de cultura, oliveiras e mato, com a área de mil setecentos e oitenta e oito metros quadrados, a confrontar do norte com Francisco Ferreira dos Santos, sul com Estrada, nascente com João Batista e poente com Francisco de Jesus Ferreira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10.648, proveniente de parte do artigo 1852 da mesma freguesia, com o valor patrimonial de IMT de €145,45. CINCO - Prédio rústico, sito em Vale das Crelas, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de terra de cultura, oliveiras e mato, com a área de três mil trezentos e setenta e um metros quadrados, a confrontar do norte, sul e nascente com Estrada, e poente com Manuel Bastos e Francisco de Jesus Ferreira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10.649, proveniente da restante parte do artigo 1852 da mesma freguesia, com o valor patrimonial de IMT de €273,66. Que os seus representantes adquiriram os referidos prédios por doação verbal de João Ferreira Cecílio e mulher Águeda Jesus Frazão, residentes que foram em Alqueidão da Serra, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e sessenta e seis, já no seu estado de casados. Que, não obstante não terem título formal de aquisição dos referidos prédios, foram eles que sempre os possuíram, desde aquela data até hoje, logo á mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivaram-nos e colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como os seus donos por toda a gente, posse essa de boa-fé por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. A Colaboradora com delegação de poderes, (Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes) Jornal da Batalha, edição 290, de 09 de setembro de 2014
Jornal da Batalha
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinquenta e três a folhas cinquenta e quatro, do Livro Cento e Noventa e Nove - B, deste Cartório. Fernando Barbeiro de Sousa, NIF 187 426 171, e mulher Graça Maria Henriques Pereira , NIF 120 680 254, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia e concelho de Leiria, ela da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua Casa do Mato, nº 123, Golpilheira, Batalha, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de vinha, com a área duzentos e vinte metros quadrados, sito em Quintas, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Manuel de Sousa Pereira, de sul com Maria Olinda Vieira de Sousa Pereira, de nascente com Joaquim Henriques Filipe e de poente com Caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, Inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 2.699 da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €105,66. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e noventa e três por compra verbal que fizeram a Fernando Pereira da Costa e mulher Maria Clementina Carvalho Pereira, residentes no lugar de Casa do Mato, Golpilheira, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião. Batalha, oito de Agosto de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria dos Santos Fernandes-46/3 Jornal da Batalha, ed. 290, de 09 de Setembro de 2014
CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Rua Francisco Serra Frazão, lote B, 4º r/c dto 2480-337 Porto de Mós Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia dezanove de Agosto de dois mil e catorze, exarada a folhas do Livro de Notas para “Escrituras Diversas” Trezentos e Cinco – A, deste Cartório: LINO MIGUEL OLIVEIRA DA SILVA, solteiro, maior, natural da freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, residente em Torre, Reguengo do Fetal, Batalha, Nifs: 229 822 894, declarou: Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor de metade indivisa do prédio rústico, sito em Barro Vermelho, freguesia de Reguengo do Fetal, concelho da Batalha, composto de pinhal e eucaliptal, com a área de mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do norte e sul com caminho do nascente com Francisco Soares Meneses, e do poente com Manuel Lino Gil, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 8690, com o valor patrimonial IMT correspondente de €105,89, a que atribui igual valor. Que adquiriu os referidos direitos no identificado prédio por doação verbal de Lino Miguel de Oliveira e esposa Beatriz Silva Gil, residentes em Torre, Reguengo do Fetal, Batalha, doação essa que teve lugar no mês de abril do ano de mil novecentos e noventa e quatro. Que, não obstante não ter título formal de aquisição dos ditos direitos, foi ele que, conjuntamente com os demais comproprietários, sempre possuíram o identificado prédio, desde aquela data até hoje, logo á mais de vinte anos, em nome próprio, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivaramno e colheram os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca, como causa de aquisição dos referidos direitos no indicado prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Conferida está conforme. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro dezanove de Agosto de dois mil e catorze. A Colaboradora com delegação de poderes, Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes 83/8 Jornal da Batalha, ed. 290, de 09 de setembro de 2014
Cupão de Assinatura Para novos assinantes ou renovações de assinaturas Desejo receber na morada abaixo indicada o mensário JORNAL DA BATALHA durante 1 ano (12 edições) por: 10 euros (Portugal) | 20 euros (Europa) | 30 euros (resto do mundo) Nome ________________________________________________Data Nasc.____/____/_____ Nº Contribuinte_________ Morada _____________________________________________ Localidade ________________Cod. postal_______-____ Tel./Telemóvel ____________________Email___________________________________Profissão __________________ Modos de pagamento (assinale a opção pretendida) Cheque ou Vale Postal no valor de _______€ à ordem de Bom Senso, Lda. Pagamento por Transferência Bancária NIB 003503930009288793092 CGD (indicar nome e anexar comprovativo) Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B, Apartado 81, 2440-901 Batalha . info@jornaldabatalha.pt . Tel. 244 767 583
Jornal da Batalha
setembro 2014
Necrologia / Publicidade Batalha
15
ENCONTRO dos nascidos em 1959
Pedro de Sousa Ribeiro
Anabela Antunes dos Santos
Jardoeira – Batalha
Contacto: 966 797 226
77 anos 29.06.1937 - 04.08.2014 AGRADECIMENTO
Suíça e Casal do Alho 45 anos 09.01.1969 - 02.09.2014
BATALHA Precisa-se
VENDEDOR (A) COMISSIONISTA Respostas ao nº 325 Apartado 81, 2440-901 Batalha
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e vinte e três a folhas cento e vinte e quatro, do Livro Cento e Noventa e Nove - B, deste Cartório. Martinho Marques Tavares, NIF 193 923 009, e mulher Maria Isabel Pinheiro da Conceição Tavares, NIF 193 922 991, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Valmaior, concelho de Albergaria-a-Velha, ela da freguesia do Reguengo do Fétal, concelho da Batalha, onde residem na Rua Carreira do Vale, nº.1, no lugar sede, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de prédio rústico, composto de terra de semeadura, oliveiras e tanchas, com a área de mil quatrocentos e sessenta e cinco metros quadrados, sito em Casal Velho, freguesia de Reguengo do Fétal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Caminho, de sul e de nascente com António Emílio Gomes e de poente com António Marcelino do Rosário, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 2361, com o valor patrimonial de IMT de €238,29 Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por compra verbal a Martinha do Fétal Neto e marido José Oliveira, residentes no lugar da Torre, Reguengo do Fétal, Batalha, não dispondo os justificantes de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possuem o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, amanhando o prédio, dele recolhendo os frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, dois de Setembro de dois mil e catorze. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/4 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 13 de Fevereiro de 2012 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, ed. 290, de 09 de setembro de 2014
Serviço fúnebre completo Trasladações e Cremações Serviços de documentação ADSE, Segurança Social, Estrangeiro Funeral Social Micael Cantanhede 912 331 162 Paulo Pragosa 916 002 216 Marinha Grande | Batalha/São Jorge
Sua esposa: Mª Júlia Coelho, filhas: Mª Helena e Mª da Conceição Coelho Ribeiro e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda e ainda a todas as pessoas que se dignaram estar presentes naquele que foi o último adeus, ou que de outra forma lhe prestaram homenagem. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”
AGRADECIMENTO Seu marido: Paulo Jorge da Silva Ribeiro, filhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer o apoio e carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”
Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha
Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e oito a folhas sessenta e nove, do Livro Cento e Noventa e Nove - B, deste Cartório António Mendes da Cunha, Nlf 1573348.05, viúvo, natural da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, onde reside na Estrada Principal n° 16, no lugar de Casal Suão, declara que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor do prédio rústico, composto de pinhal, com a área de novecentos e dez metros quadrados, sito em Casal Suão, freguesia de São Ma~-ede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com António Gomes dos Anjos, de sul com Manuel da Silva, de nascente com José da Silva e de poente com Manuel Carreira, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 14.456, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €118.92. Que, adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta nove por compra verbal, que fez a Luís Vicente e mulher Deolinda de Jesus Vieira, residentes no lugar de Bouceiros, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, não dispondo o justificante de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio , posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o indicado prédio por usucapião. Batalha, treze de Agosto de dois mil e catorze. Lucília Maria Ferreira dos Santos F mandes - 46/3 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa P ir~s Vala, publicada na Ordem dos Notár ios, em 10 de Fevereiro de 2012 (art° 8° do Oec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e art°6° da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, ed. 290, de 09 de setembro de 2014
Óbitos Daniel Maria dos Santos Carreira, 50 anos. Casado com Maria de Lurdes Marques Gomes Carreira. Era natural de Quinta do Sobrado e residia em Rio Seco – Reguengo do Fetal. O funeral realizou-se no dia 3 de Agosto para o cemitério de Cortes José da Encarnação Carvalho, 86 anos. Casado com Vitória Rodrigues dos Santos. Era natural e residia em Reguengo do Fetal. O funeral realizouse no dia 06 de Agosto para o cemitério de Reguengo do Fetal Pedro de Sousa Ribeiro, 77 ano. Casado com Maria Júlia Coelho. Residia em Jardoeira. O funeral realizou-se no dia 06 de agosto para o Complexo Funerário da Figueira da Foz Matilde Inácia Monteiro, 101 anos. Viúva de José Vieira de Carvalho. Residia em Golpilheira. O funeral realizou-se no dia 11 de Agosto para o cemitério de Golpilheira Maria Palmira e Jesus Filipe, 82 anos. Viúva de António Marto da Silva Bagagem. Residia em Cova do Picoto. O funeral realizou-se no dia 15 de Agosto para o cemitério de Golpilheira Maria Fernanda Vieira Monteiro, 77 anos. Casada com Mário Monteiro Costa. Residia em Golpilheira. O funeral realizou-se dia 21 de Agosto para o cemitério de Golpilheira Maria Rosa Gomes, 96 anos. Viúva de José Gomes de Oliveira. Residia em Torre. O funeral realizou-se no dia 30 de Agosto para o cemitério de Torre Maria Alice Batista Frazão, 76 anos. Viúva de Armando Rodrigues de Matos Frazão. Residia em Alcanadas- O funeral realizou-se dia 5 de Setembro para o cemitério de Alcanadas Anabela Antunes dos Santos, 45 anos. Casada com Paulo Jorge da Silva Ribeiro. Era natural de Golpilheira e residia em Suiça e Casal do Alho. O funeral realizou-se no dia 6 de Setembro para o cemitério de Batalha Maria Lúcia Cardoso, 85 anos. Viúva de Alfredo Inácio. Residia em Jardoeira O funeral realizou-se dia 11 de Setembro para o cemitério de Batalha António das Neves Louro, 83 anos. Casado com Maria Deolinda Rodrigues Pereira Louro Era natural de Calvaria de Baixo – Batalha e residia em Telheiro – Leiria. O funeral realizou-se no dia 13 de Setembro para o cemitério de Calvaria de Cima Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, Lda – Batalha
Funerária Santos & Matias, Lda. Serviços Fúnebres www.funerariasantosematias.pt.vu Telefone 244 768 685/244 765 764/967 027 733
E-mail: fune_santosematias@sapo.pt
Estrada de Fátima, nº 10 B - 2440-100 Batalha
16
Publicidade
Oftalmologia Ortoptica
setembro 2014
Dr. Joaquim Mira sábado- manhã Dra. Matilde Pereira quinta- tarde / sábado - manhã Dr. Evaristo Castro terça-feira Dr. Pedro Melo sábado - manhã
Clínica Geral (acordos c/ Medis) Dr. Vitor Coimbra Medicina Interna Dr.Amilcar Silva Urologia Dr. Edson Retroz Neurologia Dr.Alexandre Dionísio Cardiologia Dr. David Durão Electrocardiogramas Neurocirurgia Dr. Gustavo Soares Dermatologia Dra. Ana Brinca Psicologia Clínica Dr. Jaime Grácio Psiquiatria Dr. José Carvalhimho Otorrinolaringologia Dr. José Bastos Próteses Auditivas Cirurgia Plástica Dra. Carla Diogo Pneumologia/Alergologia Dr.Monteiro Ferreira Ginecologia / Obstetrícia Dr. Paulo Cortesão Dentista Dra. Ângela Carreira Rx-Orto/Tel Próteses Dentárias Ortopedia Dr. António Andrade Endocrinologia Dra. Cristina Ribeiro Pediatria Dra. Carolina Cordinhã Dr. Frederico Duque Cirurgia Geral/Vascular Dr. Carlos Almeida Nutrição Clínica Dra. Rita Roldão Terapia da Fala Dra. Débora Franco Naturopatia Dr. Jorge Fidalgo Osteopatia Tec. Acácio Mariano
quarta-feira terça-feira quinta-feira sexta-feira sexta-feira segunda a sexta-feira terça / quinta-feira quarta-feira sábado - manhã sábado - manhã quarta-feira quarta-feira terça-feira quarta / sexta-feira segunda-feira terça/quarta/quinta/sábado segunda a sexta-feira segunda a sexta-feira segunda-feira segunda / terça-feira quarta / sexta-feira sábado - manhã sexta-feira sábado - manhã quinta / sábado - manhã sexta-feira quarta-feira
Rua da Ribeira Calva | Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente BATALHA | Tel.: 244 766 444 | 939 980 426
Jornal da Batalha
Auto Jordão Todos os serviços, com a qualidade BOSCH Para tudo o que o seu automóvel necessita
Auto Jordão, Lda. Rua 25 de Novembro - 2480 - 168 Porto de Mós Tel. 244 491 455 - Fax. 244 401 123 autojorda@boschcarservice.pt