JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO NOVEMBRO 2014

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W págs. 22

Orçamento de 10,3 milhões à espera de fundos europeus

Batalha

| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 292 | Novembro de 2014 | PORTE PAGO

W pág.s 8 e 9

Biblioteca ainda continua a servir cultura ao domicílio

W pág.s 10 a 14

Adega aumenta vendas há três anos consecutivos W pág. 5

Jardim infantil e minigolfe no parque ecológico do Lena W pág. 21

Batalhabikers há oito anos a pedalar pelo concelho Publicidade

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Opinião Espaço Público

novembro 2014

Y cartas

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Adelino Mendes: para memória futura António Caseiro Técnico Oficial de Contas

Saúdo o Jornal da Batalha pelas belíssimas fotografias publicadas no penúltimo número, retratando as bonitas paisagens da Freguesia de Reguengo do Fetal. O senhor José Travaços Santos escreveu um artigo relativamente a Adelino Mendes, notável e destacado jornalista e escritor, natural de Reguengo do Fetal, no antepenúltimo número do Jornal da Batalha. Como jornalista, Adelino Mendes escreveu para o jornal O Século diversas reportagens, entre as quais algumas sobre a 1ª Grande Guerra, em França, onde esteve.

Três anos antes das comemorações dos 500 anos da freguesia, tentei discutir e analisar o que poderiam ser, com o desejo de participar com sugestões para o programa. Era minha intenção, no caso de haver possibilidade de analisar as comemorações, o que não aconteceu, propor – entre outros assuntos - uma homenagem à figura e obra de Adelino Mendes, que acabou ignorando por completo. Ainda era então viva no Reguengo do Fetal uma senhora familiar de Adelino Mendes – Maria Emília Vicente – a quem se deveria ter pedido um

depoimento para memória futura. A senhora faleceu entretanto. E, tanto quanto sei, ninguém lhe terá pedido esse testemunho. Aproveito para solicitar à junta de freguesia que reveja e corrija o português usado nalgumas placas toponímicas. Não custa nada. Até poderia servir de aula a alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. E pense-se numa nova imagem para estas placas. António Carvalho Mendes Reguengo do Fetal

Quase se aceita ‘enterrar’ Luís de Camões As grandes potências financeiras e empresariais tentam, cada vez mais, ‘brincar’ às línguas em voga comercialmente, como é o caso da inglesa, investindo em meios de comunicação social, musical e empresarial com violência e mesmo pouca vergonha - por exemplo em Portugal, onde por motivos materiais se oculta uma língua mundial, falada e escrita, segundo as estatísticas, por mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Neste momento, nesta ânsia de ganhar por qualquer preço, aceita-se quase ‘enterrar’ Luís de camões, que a começou a escrever e falar da maneira mais moderna. Hoje, nesta sociedade de aparelhos eletrónicos, sem controlo e ética, ajudados por magnatas das novas tecnologias, tudo fazem no silêncio e na submissão para acabar len-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

tamente com a língua de Portugal. Mesmo nas aldeias de Portugal, nos sítios mais escondidos, a língua de “Sua Majestade’’ é permanentemente escrita e falada em pequenas frases por “chico espertos” irresponsáveis perante o valor da nossa língua. O que fazer? Depende sobretudo de responsabilizar os maiores meios de comunicação social – rádio, televisão e mesmo as grandes agencias de publicidade.

O Governo, naturalmente, tem uma grande responsabilidade no descontrolo daquilo que de melhor possui a nação de Eça de Queirós, Afonso Lopes Vieira, José Saramago e outros. O que é indigno e “estupido” é ver jovens de uma certa idade, com mais de 30 anos, escreverem nas suas intervenções, nos meios associativos e outros, palavras que muitos não percebem, sendo assim agredidos. E mais que tempo do povo português, através de várias opções, ter a dignidade de tudo fazer para não ferir a língua portuguesa. Comendador José Batista de Matos Paris

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Valverde, João Vilhena, José Travaços Santos, José Rebelo, Manuel Órfão, José Bairrada, Graça Santos, Ana Fetal, Bárbara Abraúl Departamento Comercial Teresa Santos (962108783)

Mestrando em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

Portugal 2020: novas oportunidades de investimento para as PME Foi publicado o Decreto-lei nº 159/2014, o qual define os requisitos gerais para as candidaturas a apresentar ao novo Quadro Estratégico Comunitário 2014 - 2020. Irão ser publicadas brevemente as regras especificas de cada programa e lançados os primeiros avisos de abertura, para apresentação de candidaturas de projetos de investimento aos incentivos do novo quadro comunitário. Estão em perspetiva, incentivos fiscais, incentivos reembolsáveis com bonificação de juros e incentivos não reembolsáveis. Desde já sublinho algumas que me parecem mais relevantes e que devem ser tidas em conta nesta fase preparatória das primeiras candidaturas a apresentar, mas também ao longo de todo o período de vigência do quadro comunitário, a saber: As candidaturas e os documentos que as integram são todas submetidas pelos beneficiários por via eletrónica, no portal do Portugal 2020, sendo a autenticação dos mesmos realizada através de meios de autenticação segura, nos termos legais, nomeadamente o cartão do cidadão, a Chave Móvel Digital ou outra forma de certificação digital de assinatura, salvo quando no respetivo regime jurídico se prevejam procedimentos alternativos; São elegíveis as despesas que tenham sido realizadas e efetivamente pagas pelos beneficiários entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2023, sem prejuízo das demais regras de elegibilidade de despesas, designadamente as constantes da legislação europeia e nacional aplicável; De realçar neste Quadro Estratégico Comunitário o fato de a maior representatividade de mulheres nos órgãos de direção, de administração e de gestão e a maior igualdade salarial entre mulheres e homens que desempenham as mesmas ou idênticas funções, na entidade candidata, são ponderadas para efeitos de desempate en-

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

tre candidaturas aos fundos da política de coesão, quando aplicável. Assim, as mulheres, na gestão dos projetos apresentados, são fatores de desempate na comparação da valia dos projetos; A apreciação e a decisão fundamentada sobre as candidaturas serão tomadas pela autoridade de gestão, num período de 60 dias úteis, a contar da data limite para a respetiva apresentação; Os apoios a atribuir, podem ser reduzidos se não forem cumpridas as obrigações associadas, bem como a inexistência ou a perda de qualquer dos requisitos de concessão do apoio, podem determinar a redução ou revogação do mesmo e constituem fundamentos suscetíveis de determinar a redução do apoio à operação ou à despesa, ou, mantendo-se a situação, a sua revogação, designadamente e quando aplicável e o incumprimento, total ou parcial, das obrigações do beneficiário, incluindo os resultados contratados; O investimento produtivo ou em infraestruturas comparticipado deve ser mantido afeto à respetiva atividade e, quando aplicável, na localização geográfica definida na operação, pelo menos durante cinco anos, ou três anos quando estejam em causa investimentos de pequenas e médias empresas (PME), caso não esteja previsto prazo superior na legislação europeia aplicável ou nas regras dos auxílios de Estado, em ambos os casos, a contar da data do pagamento final ao beneficiário; Podem candidatar-se, entre outras, as PME, IPSS, com ou sem fins lucrativos, com situação contributiva regularizada, e que possuam meios técnicos, financeiros e humanos, adequados à execução dos projetos, e não podem concorrer entidades que tenham sido condenadas em processo crime, envolvendo fundos europeus e ainda se condenadas por “violação de legislação sobre o trabalho de menores e discriminação no trabalho e emprego”.

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Espaço Público & Opinião

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_ Editorial

Baú da Memória A destruição do idioma é suicídio cultural

Carlos Ferreira Diretor

Brindemos com ‘Batalha wine’

Não é um dos temas habituais desta secção o que se publica este mês. É um tema mais abrangente sobre um assunto que devia preocupar-nos seriamente a provocar a nossa mais viva indignação. Trata-se da Língua Portuguesa, raiz da nossa identidade e alicerce da nossa capacidade de expressão. Do estado calamitoso a que a deixámos chegar, descaracterizada e empobrecida, ao contrário do que se julgaria, com a invasão maciça e delapidadora de termos ingleses. Dou só dois exemplos: recebemos do inglês o vocábulo hall, monossilábico e feio, a indicar a entrada da casa, e logo se arrumaram de vez os nossos átrio e vestíbulo, mais sonantes, mais bonitos e mais

expressivos. Dirigir, mandar, comandar, governar, conduzir, encabeçar, foram metidos no caixote e substituídos por um liderar, também importado da Inglaterra. E deixámos de ter dirigentes e governantes para passarmos a ter líderes (leaders). Aliás, o nome assenta bem aos dirigentes do nosso tempo. E se isto não bastasse, um estranho “acordo ortográfico”, (ou proposta ortográfica, porque ainda é apenas isso, como diz o etimólogo Dr. Mário Cupido), veio criar total desordem no nosso Idioma. Também só dois exemplos: como distinguir foneticamente espetador (o que espeta) de espetador (o que assiste a uma acto ou espectáculo) ou receção (acto ou efeito de rece-

ber) de recessão (que em astronomia é o afastamento progressivo das galáxias e, em economia, a fase de flutuação económica), usando o que registam os dicionários. A imagem é a do Padre António Vieira, imperador da Língua Portuguesa, como o proclamou Fernando Pessoa, que se reproduz na

capa da excelente obra “1608-1697 Padre António Vieira O Imperador da Língua Portuguesa”, coordenada por José Eduardo Franco e editada pelo “Correio da Manhã” em 2008. José Travaços Santos

s registo Pinhal de Leiria, Património da Humanidade Li, com imenso agrado no “Região de Leiria” de 6 de Novembro, a referência à proposta do Professor Doutor Saúl António Gomes no sentido de candidatarmos o Pinhal Real a Património da Humanidade. Creio que o apoio à ideia vai ser geral e desejo que a Alta Estremadura não deixe os seus créditos por mãos alheias, encabeçando, a partir da sua capital – Leiria, o movimento, que se quer nacional, em prol dessa candidatura que razões de ordem histórica e científica o justifiquem.

António Caseiro

Pós Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Mestre em Fiscalidade

Os vinhos da Adega da Batalha nunca foram tão reconhecidos como são hoje – esse reconhecimento merece o destaque que o nosso jornal dá à cooperativa, num trabalho especial de cinco páginas. Ainda não podemos falar de um ‘Batalha wine’, porque as exportações cifram-se em apenas 5% do volume de negócios, mas o crescimento das vendas totais, consecutivo há três anos, é um sinal positivo da estratégia de implantação de néctares como o “Real Batalha”, “Arqueiros” e “Ala dos Namorados”. A adega tem 700 sócios - 255 entregaram uvas na última vindima. Eles e os trabalhadores da cooperativa têm um desafio importante pela frente: reforçar a qualidade dos vinhos da Batalha, o que passa inevitavelmente pela reconversão de vinhas e o abandono de castas desadequadas à região; já que na área tecnológica está atualizada. O programa comunitário Vitis pode ser uma solução de financiamento. A pensar, e muito, também em fundos comunitários, foi elaborado o orçamento da câmara para 2015, que ascende a 10,3 milhões de euros, um aumento de 630 mil euros (6,52%) em comparação com o ano em curso. As obras mais importantes procuram financiamentos europeus, que podem chegar a 85% do valor dos investimentos. “É importante capacitar o município dos meios necessários para abordar com sucesso o novo ciclo de fundos europeus, no quadro do “Portugal 2020”, constata Paulo Batista Santos.

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Atualidade

Limpeza para evitar cheias no inverno custa 25 mil euros As margens do rio foram limpas para evitar que transborde

m A A autarquia realizou operações de desobstrução dos leitos das zonas ribeirinhas

A Câmara da Batalha investiu 25 mil euros no desenvolvimento de um plano de prevenção de cheias, para além dos meios próprios envolvidos na operação, que se estendeu por duas semanas. O plano resultou numa “ação concertada de medi-

das de limpeza e conservação de linhas de água, como elemento fundamental para a sustentabilidade da bacia hidrográfica do rio Lena e ribeiras locais, como medida de proteção de cheias”, revelou o município num comunicado divulgado no dia 4 deste mês.

A autarquia realizou operações de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas, como sejam a limpeza e desobstrução dos leitos das linhas de água, por forma a garantir condições de escoamento dos caudais em situações extremas. Foram

também concretizadas empreitadas para garantir a estabilidade das infraestruturas públicas em situação de forte pluviosidade. “Cabe aos municípios um papel preponderante em antecipar riscos de cheias, ação que procuramos realizar em parceria com o or-

ganismo dotado de competência própria para a gestão dos recursos hídricos, mas agindo sempre orientados pelas nossas competências no quadro da proteção civil”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.

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BATALHA


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Atualidade Batalha

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Parque ecológico junto ao rio inclui um jardim infantil e pista de minigolfe m O projeto, com um investimento de 834 mil euros, prevê ainda a construção de um parque de estacionamento para 58 veículos ligeiros

A obra de valorização ambiental da margem nascente do Rio Lena - oposta ao jardim atual, na Batalha -, que engloba a construção de um parque ecológico e outro de estacionamento - deve começar ainda este ano e ficar concluída no primeiro semestre de 2015, após um investimento de 834 mil euros. O projeto, designado de “Valorização ambiental da

margem nascente do Rio Lena - Parque ecológico e Parque de estacionamento periférico de apoio intermodal ao centro histórico e turístico da vila da Batalha” prevê a instalação de equipamentos de apoio como um circuito de manutenção, um jardim infantil, zonas de desportos radicais e pista de minigolfe, uma ciclovia e um WC canino. A obra está orçada em 834.475 euros, “tem a perspetiva de receber apoios de fundos comunitários [85%] – foi admitida ao QREN - Quadro de Referência Estratégica Nacional em regime overbooking/ reprogramação e reúne os pressupostos para ser apoiada - e o prazo de execução é de 120 dias”, revelou o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. O in-

vestimento da responsabilidade da autarquia atinge os 125.171 euros. “O projeto procura a valorização ambiental do Rio Lena, promovendo o uso sustentado dos valores do património natural e da biodiversidade; a diminuição dos impactes ambientais através de operações de limpeza do leito e margens do rio, em zona com potencial risco de inundações, nas imediações da malha urbana, e impulsionar a promoção das condições de utilização e gestão sustentável dos recursos hídricos”, refere o autarca. Outros objetivos são “a qualificação do espaço público, promoção da utilização sustentada dos recursos naturais, nomeadamente através de atividades de recreio e lazer que con-

p Zona de implantação do parque ecológico e o respetivo desenho do projeto tribuem para demonstrar o modelo de desenvolvimento sustentável, e compatibilizar/articular o projeto com as intervenções previstas para a Área de Reabilitação Urbana”, adianta Paulo Batista Santos. A empreitada - adjudicada à empresa Cordovias - sustenta a continuidade

do Jardim do Rio Lena, fundamentando de uma forma contemporânea os valores das linhas de drenagem natural e do curso de água. O parque ecológico será constituído por uma zona verde, fragmentada por percursos pedonais articulados com percursos desportivos, que ligam a áreas de

s registo Estacionamento articulado com ciclovia e acesso ao centro

p O parque de estacionamento será construído frente ao edifício da junta

O parque de estacionamento, com capacidade para 58 veículos ligeiros, será construído no lote 14 da Célula B (na margem esquerda do Rio Lena, em frente à sede da junta de freguesia), e servirá de apoio intermodal ao centro histórico e turístico da vila. A localização, periférica ao centro histórico – mas de acesso fácil -, adjacente à Avenida dos Descobrimentos, será articulada com a ciclovia do parque ecológico urbano e a

rede pedonal de ligação às distintas zonas da vila. A esta obra correspondem 24.602 euros do total a investir. Ainda no âmbito rodoviário, mas num projeto autónomo, foi adjudicada à empresa Contec a obra de construção do “Eixo Circular Rio Lena e Parque de Autocarros de apoio Centro Histórico e Turístico da Vila da Batalha”. O projeto prevê um investimento de 511.980 euros e também foi candidatado aos fundos comunitários, em termos semelhantes aos do parque ecológico.

s AMHO A Minha Horta Sementes: tesouro a preservar

Novembro: calendário da horta/jardim

Tempo ameno, com humidade considerável, excelente momento para as plantações e transplantações. Assim, as plantas ainda têm tempo de se adaptar/preparar para o inverno que está a chegar. Lembra-se de como antigamente as sementes passavam de geração em geração? Pois bem, com a industrialização do comércio das sementes, houve quem perdesse a tradição de colher,

LEGUMES PARA SEMEAR Agriões, alfaces, beterrabas, cebolas, cenouras, couves, ervilhas, favas, nabiças, nabos, rabanetes, tomates e borragem.

armazenar e conservar as suas próprias sementes e, com isso, corremos o risco de desaparecerem espécies de plantas. Lanço o desafio: volte a colher, conservar e armazenar as suas sementes. Afinal as sementes rústicas e autóctones (nativas da região) são mais fáceis de cultivar. Sementes: tesouro a preservar num quintal perto de si…

CEREAIS PARA SEMEAR Aveia, centeio, cevada e trigo.

ARBUSTOS E ÁRVORES DE FRUTO PARA PLANTAR Alperces, ameixeiras, amoreiras, arandeiros, cerejeiras, figueiras, framboeseiros, groselheiras vermelhas e brancas, groselheiras negras, macieiras, mirtileiros, pereiras, pessegueiros e videiras.

LEGUMES PARA PLANTAR Alhos, batatas (em zonas que não sofram encharcamento) e tremoço.

Célia Ferreira

desportos radicais, parque infantil e um campo de minigolfe. O projeto prevê igualmente a construção de três pontes com uma estrutura mista em metal e madeira, de ligação ao jardim existente; assegurando a continuidade visual, funcional e biofísica do espaço com a área envolvente. Os percursos principais foram projetados em geometrias fortes, os elementos vegetais são comuns em termos de cor, textura e disposição, e a calçada miúda e em pavê (peças prémoldadas de concreto) e a madeira funcionam como elementos unificadores. Estão também previstas pérgolas em madeira (suportes/alpendres de plantas), equipamentos de mobiliário urbano, instalações sanitárias e bebedouros.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Estudantes do IPLeiria procuram soluções para preservar o mosteiro m Assinado protocolo

p Nuno Mangas (ao centro), presidente do IPLeiria e Joaquim Ruivo, diretor do mosteiro (à dir.) mação científica e técnica, na realização de ações conjuntas, atividades de carácter técnico-científico e de investigação, ensino, seminários, workshops, formação de recursos humanos,

visitas de estudo e outras iniciativas públicas”. O IPLeiria colabora ainda na realização de estágios no âmbito das suas formações, em áreas e número a fixar anualmente para o ano le-

tivo seguinte. Para o coordenador do curso de mestrado em Engenharia Civil na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), Florindo Gaspar, o departamento

“tem todo o interesse em desenvolver trabalhos que visem conhecer melhor o Mosteiro da Batalha e permitam mantê-lo e usá-lo melhor”. Na área da investigação

Antiga escola recuperada para receber centro de investigação

Jornal Região de Leiria

O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e o Mosteiro da Batalha assinaram um protocolo de cooperação na área da reabilitação e conservação do património edificado, conforme o Jornal da Batalha revelou na edição de outubro. No documento, cujos detalhes foram conhecidos a 29 de outubro, as duas instituições “comprometem-se a disponibilizar as suas instalações e equipamentos para promover a troca de infor-

João Pragosa

em que as duas instituições se comprometem na realização de atividades de carácter técnico-científico e de investigação

técnica e científica estão a ser desenvolvidas duas teses de mestrado em Engenharia Civil que têm como objeto de estudo o Mosteiro da Batalha e a sua preservação. O levantamento e diagnóstico das patologias do mosteiro e trabalhos relacionados com a caracterização do comportamento estrutural do monumento são outros exemplos de contributos técnicos para a futura manutenção ou reabilitação do monumento património da humanidade. O protocolo de cooperação foi assinado no âmbito do workshop “Caracterização do Património edificado: conhecer para intervir”, realizado no Mosteiro da Batalha. A iniciativa reuniu estudantes, engenheiros, arquitetos e outros profissionais da área.

p A obra espera por dinheiro da Europa para avançar A autarquia tem pronto um projeto de recuperação e adaptação do edifício dos antigos Paços do Concelho da Batalha para acolher e fixar investigadores da área do património. As obras custam um milhão de euros e o seu início depende da aprovação de uma candidatura aos fundos comunitários. O edifício, que já albergou a escola preparatória da vila

e uma escola profissional de artes e ofícios, foi doado ao município pelo médico José Maria Pereira Gens. A ideia da autarquia é criar condições para o trabalho de investigadores ligados ao património concelhio: do Mosteiro da Batalha aos vestígios da presença romana, por exemplo. O prédio está classificado de interesse municipal e a futura unidade ligada à

investigação pretende “fixar investigadores que se debrucem sobre as questões do património”, revelou o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, ao jornal Região de Leiria. O antigo Hospital da Misericórdia, situado nas proximidades, que está degradado e em risco de queda, também deverá ser reabilitado.


Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

O autocarro da Câmara da Batalha utilizado pela equipa feminina de futsal da Golpilheira foi apedrejado na noite do dia 8 deste mês, à saída do pavilhão do Porto Salvo, em Oeiras, onde se disputou um jogo a contar para o campeonato nacional de seniores. O ato de vandalismo, que não causou vitimas, foi praticado por um desconhecido(s) próximo do pavilhão, após a partida a contar para a 6ª jornada do campeonato, que as “Golpilhas” ganharam ao Clube Recreativo Leões de Porto Salvo por 2-1. A viatura da empresa Iserbatalha, Gestão de Equipamentos Urbanos, Cultural e Inserção; constituída pela Câmara

da Batalha, ficou com um vidro partido. A equipa anfitriã emitiu um comunicado, no dia 10, onde afirma que “o jogo para o campeonato nacional feminino já tinha terminado, há mais de uma hora, quando o autocarro ao serviço do Clube Recreativo da Golpilheira abandonou as instalações do Complexo Desportivo dos Leões de Porto Salvo e, mais ou menos a 150 metros do local, foi apedrejado, ficou com um o vidro partido e felizmente não houve mais do que danos materiais” “O clube, não tendo culpa, condena veementemente o ato e, assim que foi colocado ao corrente, disponibilizou-se para dar todo o apoio, não só ao Golpilheira, mas

An Joaquim Ferraz

Equipa da Golpilheira atacada à pedrada após jogo em Oeiras

p O autocarro ficou com um vidro partido. Não se registaram feridos igualmente junto das autoridades para colaborar na identificação do autor do crime de vandalismo”, adianta o documento. O jogo “decorreu com

a total normalidade, de resto como é habitual no nosso complexo”, referem os Leões de Porto Salvo, frisando, por isso, que “é absurdo este episódio que

nada tem a ver com o desporto, nem com os valores que preconiza”. A PSP de Porto Salvo tomou conta da ocorrência

Câmara cai 26 lugares no índice de transparência A Batalha caiu 26 lugares no Índice de Transparência Municipal (ITM), de acordo com os dados referentes a este ano divulgados no dia 7 deste mês pela TIAC - Transparência e Integridade Associação Cívica. O município ficou classificado em 3º lugar no ano passado, com 58 pontos em 100 possíveis no ITM. O índice de 2014 apresenta o concelho na 29ª posição, com 52 pontos. No ranking dos 10 melhores concelhos encontramse dois do distrito de Leiria, que subiram mais de duzentos lugares, com uma pontuação superior ao dobro da registada no ano passado: Porto de Mós (4º lugar, quando era 229º em 2013) e a Marinha Grande (em 7º, contra 216º na classificação anterior). A Câmara da Alfândega da Fé, no distrito de

Bragança, conquistou o primeiro lugar (ficou em 2º em 2013) substituindo a Figueira da Foz (caiu para o 11º posto). Há um ano, apenas 29 concelhos participaram no contraditório - fase em que cada autarquia se pronuncia sobre a avaliação da TIAC -, número que ascendeu a 126 este ano, mas a Batalha não está entre as participantes. O ITM mede o grau de transparência das câmaras municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nas suas páginas na Internet. É composto por 76 indicadores agrupados em sete dimensões: informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município; planos e relatórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade;

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Batalha e Golpilheira: colheitas de sangue O Instituto Português do Sangue promove duas colheitas no concelho. A primeira decorre dia 20 deste mês, das 9h30 às 13h00, no Agrupamento de Escolas da Batalha. A segunda colheita de sangue está marcada para o dia 23 deste mês, no mesmo horário, no centro Recreativo da Golpilheira. Ambas destinam-se ao público em geral.As datas poderão ser alteradas, pelo que os interessados devem consultar previamente o site do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, através do endereço www.ipsangue.org

Torre: 7º Passeio de BTT Noturno O 7º Passeio de BTT Noturno da Torre, com uma extensão aproximada de 25 quilómetros e grau de dificuldade médio/alto, realiza-se no dia 22 deste mês, com início às 20h30.Esta atividade é dinamizada pelo Centro Recreativo e Desportivo da Torre, local onde a prova inicia e termina. Os interessados podem efetuar a inscrição através dos seguintes contactos: desporto@crdt.pt, 917 319 377 e 919 070 702

Alcaidaria: formação contra incêndios

p O município ficou classificado em 3º lugar no ano passado contratação pública; transparência económico-financeira, e transparência na área do urbanismo. A TIAC é uma organização não governamental que tem como missão combater a corrupção, promover a legalidade democrática e a boa governação, e representa em Portugal da rede

global anticorrupção Transparency International. É uma associação sem fins lucrativos que desenvolve o seu trabalho em conjunto com entidades como a Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro; Núcleo de Estudos em Ad-

ministração e Políticas Públicas da Universidade do Minho; Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; e Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa.

A Associação Recreativa e Cultural da Alcaidaria promove uma ação de formação em combate a incêndios domésticos, no dia 30 deste mês, às 15 horas, com o formador certificado António Costa. A iniciativa demora duas horas e inclui a demonstração prática de uso de extintores no combate a incêndios. As inscrições são limitadas e podem ser efetuadas através do email arcalcaidaria@gmail.com e dos telefones 919693790 ou 919008510.


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Batalha Atualidade

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Jornal da Batalha

novembro 2014

Leitores da biblioteca equivalem dos habitantes da Batalha

Transparência municipal Foi dado a conhecer, no dia 7/11/2014, pela TIAC – Transparência e Integridade Associação Cívica, o ITM – Índice de Transparência Municipal, respeitante a 2014. Trata-se de um importante instrumento, que através de 76 indicadores, entre os quais informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município; planos e relatórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade; contratação pública; transparência económico-financeira; transparência na área do urbanismo, compara os 308 municípios. É com gosto que vemos dois municípios da nossa região entre os primeiros 10, concretamente Porto de Mós, em 4º lugar (estava em 229 em 2013) e Marinha Grande em 7º (estava em 216 em 2013), evidenciando de forma clara, por parte destes autarcas e das suas equipas, grandes preocupações na disponibilização de informação relevante, de forma clara e transparente, quer em particular aos seus munícipes, quer em geral a todos os cidadãos. A prestação de contas aos cidadãos deve ser uma preocupação constante e permanente de todos os que ocupam cargos públicos, não bastando propalar aos sete ventos que se é transparente, quando através da aferição comparativa, por modelos credíveis, se constata que a tal transparência não passa de mera conversa. Neste caso concreto, o modelo e os indicadores resultam de uma parceria entre, a Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro; Núcleo de Estudos em Administração e Políticas Públicas da Universidade do Minho; Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra; Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; e Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. Para os melhores classificados aumenta a responsabilidade de, pelo menos, manterem a classificação e se possível, melhorarem nos anos seguintes. Para os restantes, deve funcionar como um desafio, diário e permanente, no sentido de darem a conhecer, de forma clara, acessível e objetiva, onde são gastos os dinheiros dos impostos de todos. Pelo endereço a seguir indicado é possível verificar a classificação dos 308 municípios, comparando com a classificação de 2013. http://expresso.sapo.pt/ users/3590/359063/a_a5032a3266d99c3f8c53ddfcf2a2672f.pdf

p A biblioteca itinerante esteve este mês no Centro Escolar de São Mamede para entregar um baú com livros

m É uma referência nacional devido aos seus projetos de fomento à leitura e integra a Lista Restrita das Bibliotecas Associadas da UNESCO

A Biblioteca Municipal José Travaços Santos, com 25 anos comemorados em março, tem 7.726 leitores, num concelho com 15.805 habitantes. “É um serviço que envolve o equivalente a quase metade da população”, salienta Rui Cunha, chefe da divisão de Educação, Cultura e Desporto, destacando que “há uma grande proximidade”. A Biblioteca da Batalha foi constituída em 1989, com o apoio da Rede de Bibliotecas Fixas do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, então responsável pela atualização do fundo bibliográfico e do equipamento, e encontrase nas atuais instalações, no edifício dos paços do concelho, desde 2001. É hoje uma referência nacional, devido aos inúmeros projetos de fomento à leitura que tem desenvolvido

e faz parte da Lista Restrita das Bibliotecas Associadas da UNESCO. “Tem, de facto, conseguido mobilizar as pessoas, não só da Batalha, como também de outros concelhos, e é essencialmente um espaço agregador: contempla as pessoas que vêm ler o jornal, mas também uma mobilização de âmbito mais pedagógico, com todas as escolas a virem à biblioteca, um local onde bastantes jovens passam muitas horas ao longo do ano letivo”, refere Rui Cunha. Este resultado deve-se, sobretudo, aos projetos desenvolvidos ao longo deste quarto de século, para o sucesso dos quais, como destaca o chefe da divisão de Educação, Cultura e Desporto, têm contribuído “o trabalho excecional desen-

volvido pelas técnicas da câmara” e o empenho dos sucessivos executivos municipais, uma vez que, por exemplo, “nunca nenhum limitou a verba de 400 euros por mês destinada à aquisição de títulos em papel, CD e DVD”. Um dos exemplos da dedicação das técnicas foi constatado este mês pelo Jornal da Batalha, durante uma visita da biblioteca itinerante ao Centro Escolar de São Mamede. Catarina Coelho e Marta Antunes entusiasmaram, com a colaboração das professoras, as crianças sentadas à volta do baú de livros e com as histórias que contaram numa roda, no pátio, com a ‘mítica carrinha’ a servir de cenário. O PLIP-Projeto de Leitura Inclusiva Partilhada,

que disponibiliza o mesmo título em língua gestual, braille e diversos formatos para cegos, surdos e autistas, é uma das iniciativas emblemáticas da biblioteca. Está em desenvolvimento há três anos e envolve a Rede de Bibliotecas Escolares e o Agrupamento de Escolas da Batalha, o Instituto Politécnico de Leiria e a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. “A gaivota que lia romances de amor”, de Luís Sepúlveda; “Uma questão de azul escuro”, de Margarida Fonseca Santos e “A ordem do poço do Inferno”, de Nuno Matos Valente, são as três obras já disponíveis para todos os interessados. Mas a Biblioteca Municipal José Travaços Santos está empenhada noutros projetos relevantes (ver entrevista).

s registo Maioria dos visitantes requisita obras de literatura A biblioteca municipal registou, no ano passado, um aumento de 1.447 documentos no seu fundo, contra 751 em 2012, totalizando 24.447 títulos, que representam 40.637 exemplares, o que corresponde a 2,57 documentos por habitante do concelho, tendo por base os Censos 2011. No mesmo período recebeu 11.684 visitantes, dos quais 4.497 efetuaram requisições e emprestou um total de 10.277 documentos, 8.621 eram livros. O maior número de requisições corres-

pondeu a literatura (3.027), seguida das ciências aplicadas (400) e da psicologia e filosofia (398). No decorrer de 2013, o Pólo de São Mamede recebeu 1.687 visitantes, dos quais 814 efetuaram requisições e emprestou 2.177 documentos, 1.921 eram livros. A biblioteca itinerante funcionou durante 36 dias no ano passado, o equivalente a 113,5 horas, e recebeu 228 utilizadores, dos quais 147 efetuaram empréstimos domiciliários pelo menos uma vez no ano.


Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

a metade

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s registo Itinerante continua a fazer sentido hoje O concelho da Batalha recebeu, entre julho e dezembro de 1958, a Biblioteca Itinerante nÂş 1. O interesse que o serviço despertou estĂĄ bem patente no facto de, sĂł no ano de 1961, ter registado mais de 50 mil emprĂŠstimos. “Eu acho que a biblioteca itinerante no sĂŠculo XXI tem um papel renovado. HĂĄ pessoas que requisitam livros nalguns centros recreativos, Ă saĂ­da de fĂĄbricas, que nĂŁo iriam Ă biblioteca fixa. Mesmo na Batalha justifica-se a existĂŞncia de um serviço itineranteâ€?, refere Rui Cunha. “Os princĂ­pios da biblioteca itinerante continuam a fazer sentido: descentralização cultural ao divulgar o livro e promover a leitura junto das populaçþes mais afastadas da sede do concelho e contribuir para a formação integral e o bem-estar, reforçando, assim, o direito de todos ao acesso Ă culturaâ€?, adianta. A ‘famosa’ carrinha, que dispĂľe de um fundo documental de 1.300 documentos e livros, passou tambĂŠm a fazer parte do quotidiano das crianças das Escolas BĂĄsicas do Primeiro Ciclo e do PrĂŠ-escolar, contribuĂ­do para a criação de hĂĄbitos de leitura junto dos mais novos. O serviço funciona numa lĂłgica de complementaridade da biblioteca fixa e do polo de SĂŁo Mamede.

p Um nĂşmero significativo de alunos frequenta a biblioteca fixa durante o ano escolar, para estudar ou recreio

“As atividades e os projetos que propomos revestem-se de qualidadeâ€? m O presidente da câmara, Paulo Batista Santos, destaca o trabalho desenvolvido pela biblioteca, nomeadamente em parceria com outras instituiçþes

p A presidente da câmara realça o trabalho da biblioteca itinerante

Qual a importância que atribui Ă biblioteca municipal na sua ligação com os pĂşblicos mais jovens e aqueles que tem mais dificuldades em aceder a livros? É de grande importância, naturalmente, atendendo ao papel que quer a biblioteca fixa e o polo de SĂŁo Mamede, quer a itinerante, desempenham na promoção da cultura e do conhecimento junto da população concelhia. Aliada a esta questĂŁo, ressalvo com muita satisfação as

parcerias que temos vindo a concretizar com outras bibliotecas municipais e com a Fundação Calouste Gulbenkian, sinal de que as atividades e os projetos que propomos se revestem de qualidade.

2015. Nesse âmbito estamos a proceder à observância e ao levantamento das necessidades de todas as åreas orgânicas da autarquia para que possamos definir, com exatidão e rigor, o quadro de pessoal.

Que investimentos estão previstos para breve, no que respeita a meios e recursos humanos? O Município da Batalha Ê um dos poucos do país que dispþe de margem de contratação de pessoal para

Qual ĂŠ o projeto mais importante em desenvolvimento? Torna-se difĂ­cil e eventualmente redutor escolher um projeto concretizado pela Biblioteca Municipal, mas julgo importante des-

Talho

AntĂłnio Cerejo

a viajar sempre consigo. $//

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tacar o trabalho que vem sendo feito hå mais de 50 anos com a Biblioteca Itinerante e que envolve escolas, IPSS e associaçþes concelhias, as atividades realizadas no âmbito da Hora do Conto, com milhares de crianças e pais que têm participado nesta atividade de dinamização da leitura ou a realização da Feira do Livro e do Jogo da Batalha, que regista sempre pedidos de participação de livreiros a que não conseguimos dar resposta.

Deseja a todos os clientes e amigos um Feliz Natal e um prĂłspero Ano Novo


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Batalha Especial Adega da Batalha

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Jornal da Batalha

Especial Adega da Batalha

“Quem define a qualidade de um vinho é o consumidor. Se não souber bem a quem o bebe, quem o bebe não gosta dele” Como decorreu a vindima este ano? Foi uma campanha em sintonia com a do ano passado. Não é um ano de excelência, mas também não é mau. É equilibrado o suficiente para mantermos a qualidade a que temos habituado os consumidores. As condições climatéricas adversas contribuíram para a redução da quantidade de uvas em 17% em relação ao ano passado. A diminuição deve-se ao clima desfavorável e à redução do número de sócios a entregar uvas na adega. A que se deve a diminuição de entregas? Às novas leis da fiscalidade surgidas em 2013, que obrigam qualquer agricultor a passar uma fatura à adega correspondente às uvas que entregam. Por exemplo, uma pessoa de 70/80 anos que entregue, por exemplo, até mil quilos de uvas por ano (um valor máximo a rondar os 300 euros) tem de passar a fatura por ano, pagar impostos, sujeitar-se a ser penalizado na reforma e confrontar-se com a burocracia inerente ao processo. Ora, tudo isto faz as pessoas desistir. E esta é uma zona de pequenos viticultores. Por isso, a legislação teve maior impacto? Teve muito impacto.

m As vendas da Adega Batalha crescem há três anos consecutivos. No ano passado atingiram 1,2 milhões de euros. Os seus vinhos nunca foram tão reconhecidos como são hoje e as exportações, embora ainda em volume reduzido, provam-no. Um dos desafios mais importantes dos 13 funcionários e dos 700 sócios da adega é a reconversão das vinhas para incrementar a qualidade dos néctares da Batalha, pois em termos de equipamentos de vinificação e controlo de qualidade está atualizada. Para Ricardo Borges, de 36 anos, gestor da cooperativa desde 2007, a grande prioridade é fazer vinhos que agradem à generalidade dos consumidores, como refere nesta entrevista ao Jornal da Batalha.

Esta tendência de quebra mantém-se ou há sinais contrários? Há sinais de que, embora não dando para voltar às quantidades de uvas colhidas antigamente, dará pelo menos para manter o registo atual. Isto porque têm entrado um ou dois sócios por ano com alguma dimensão.

Quantos sócios são? Em 2010 houve 416 sócios a entregar uvas, enquanto este ano foram apenas 255. De 2012 para 2013, perdemos perto de 100 sócios. Comparando a vindima deste ano com a de 2010 temos uma quebra de 600 toneladas de uva. Como compensam estas perdas? Fazemos menos stock. Quando tínhamos a mais vendíamos a granel, o que hoje não acontece, influenciando assim o volume de negócios total da adega. O vinho a granel é um complemento, o engarrafado/embalado é o principal e o que tem mais valor acrescentado. O nosso crescimento de mercado nunca é do tipo ‘boom’ (uma explosão). Tem-se mantido a quantidade, com subidas e descidas nalguns anos. E, felizmente, apesar da quebra da produção de uvas, tem chegado para as necessidades do nosso mercado atual. A adega atingiu uma produção quase ideal? Não, de forma alguma. Apesar de a produção atual chegar para a quantidade que vendemos em engarrafados e permitir um crescimento razoável, limita-nos no volume de negócios total. E, como é sabido, existe um volume de negócios mínimo para uma empresa funcionar - quanto mais acima desse mínimo melhor. Com a quantidade atual torna-se difícil estar muito mais acima. Ainda que a situação não seja de “alarme”, estamos atentos a ela e a criar soluções para incrementar o melhor para o futuro da adega. Quanto à qualidade, como decorreu a vindima?

A qualidade mantém-se igual à do ano passado. Não é excelente, mas é boa. O clima foi muito adverso. Têm apostado na exportação? O principal destino dos nossos vinhos é o mercado nacional. Mas temos exportado, essencialmente para França, para o mercado da saudade, dos emigrantes. Esses envios são pontuais ou inserem-se numa estratégia de internacionalização da adega? Houve uma oportunidade pontual de negócio que levou a novas exportações. O nosso vinho não era conhecido, mas após o envio de uma referência surgiram contactos em feiras (como a Intergal, na Exposalão) que se traduziram em novas vendas para França. E continuamos à procura de mercados internacionais, mas não é fácil entrar porque isso envolve um investimento cujo o retorno não acontece de um dia para o outro. Por exemplo, é preciso ir meia dúzia de anos seguidos a uma feira internacional e montar uma estratégia para se conseguirem resultados. E esta adega nunca teve tradição na exportação. As primeiras exportações são de quando? Aconteceram por volta de 2010. Antes também se exportava, mas em pequena quantidade (uma ou duas paletes por ano) e raramente. O que houve sempre foi emigrantes a levar paletes do nosso vinho para os países de acolhimento. Mas de uma forma organizada, pensada, as exportações começaram há quatro anos. Em 2012 vendemos dois contentores para a China, nos anos anteriores


Jornal da Batalha

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Especial Adega da Batalha Batalha

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“Não se planta uma vinha como quem planta um jardim ou batatas no quintal”

p Ricardo Borges: “Temos de vender quanto mais melhor, mas a conquista do mercado externo tem de ser ponderada” enviámos igual quantidade para os EUA e também já exportámos para a Rússia. As exportações correspondem a que percentagem do volume de negócios? Houve um ano que chegou aos 5%. É muito pouco. A aposta principal da adega é no mercado nacional por muitos anos? Nós temos de vender quanto mais melhor. Agora, a conquista do mercado externo tem de ser ponderada. Para a estrutura da adega, não podemos desbaratar dinheiro em investimentos na exportação e não ter resultados imediatos; mas também não podemos ficar parados. Ou seja, temos de encontrar o ponto de equilíbrio, é o que andamos a fazer. Concorda que as adegas já produzem vinhos de qualidade como as quintas? Concordo. De facto as adegas têm hoje produtos de excelência, reconhecidos, medalhados internacionalmente e as exportações a crescer. Portanto, a diferença entre as adegas e as quintas acabou. As adegas já não fazem tudo de qualquer maneira, têm estruturas profissionais. Hoje a oferta é muito maior e melhor? Dantes o vinho das quintas era bom e o da adegas mau. Hoje são todos bons. Mas quem define a qualidade de um vinho é o consumidor - contra isso não há argumentos. Se não souber bem a quem o bebe, quem o bebe não gosta dele. No entanto, há produtos feitos para determinados segmentos. É óbvio que não se consegue fazer um “Real Batalha” a 1,30

euros (está a 2,55 euros, preço da tabela), mas temos o “Arqueiros” a 1,30 euros, um vinho com apresentação, para o dia a dia, para ser tomado à refeição. Mas o vosso alvo é o público em geral? Não podemos fazer o vinho apenas ao nosso gosto. Temos de produzi-lo de forma a que numa mesa de 10 pessoas todas gostem. Quanto mais gente gosta, mais gente compra, mais se vende, maior é a rentabilidade, maior é o sucesso e o negócio, o que é fundamental. O nosso objetivo é fazer vinhos para o maior número possível de consumidores, sem dispensar a qualidade, como é evidente. Pontualmente, em anos mais favoráveis, engarrafamos o “Real Batalha” ou fazemos outras marcas como o “Baga”, o “Baga Castelão” ou comemorativos, como no caso dos 50 e 55 anos da adega. Mas estas são produções de duas mil a três mil garrafas, com preços a rondar os cinco ou seis euros. No centro do nosso negócio estão os vinhos de curta duração. Nestes sete anos à frente da adega quais foram as principais dificuldades? O mais difícil de enfrentar são as constantes alterações anuais na legislação, relativa a rotulagem, subsídios, regulamentos vínicos… Ou seja, a burocracia e a legislação muitas vezes desadequada da realidade é o mais difícil. O envelhecimento da população agrícola na região também é preocupante e é um aspeto negativo. E sem agricultores novos não surgem vinhas? Há pouquíssimas vinhas novas.

E os aspetos positivos? O crescimento das vendas de vinhos engarrafados/ embalados, a certificação da adega com normas exigentes e as exportações para a China, EUA e França. O rejuvenescimento da imagem também foi muito importante, assim como sentir que a população fala da adega, tem orgulho nos seus vinhos e interage mais connosco. É uma obra dos últimos anos que resulta do esforço e trabalho de todos os colaboradores e associados da adega. As vendas de engarrafados/ embalados têm crescido? Desde 2007 até ao ano passado o volume de negócios dos engarrafados/embalados cresceu 50%. Em 2013 faturámos mais de um milhão de euros e foi um dos melhores anos, a par de 2009. Mas o crescimento não é linear: de 2007 para 2008 foi de 35%, em 2009 face ao ano anterior houve um crescimento de 15%; mas em 2010 registou-se uma descida de 16% e em 2011 o decréscimo em relação ao ano anterior foi de 11%. Ou seja, o que cresceu em dois anos decresceu noutros dois. Em 2012 a evolução foi positiva em 9% e no ano passado as vendas correram bem e registámos um crescimento de 22%.

As contas da adega estão equilibradas? Sim, as contas estão equilibradas. Compramos, pagamos; vendemos, recebemos. E apesar de dificuldades pontuais não sofremos com nenhum caso de incumprimento demasiado elevado, daqueles que podem pôr em causa uma empresa. Como é a relação da adega com os sócios? Que tipo de ações desenvolvem? As três assembleias gerais anuais - em que participam em média cem agricultores – servem, entre outros assuntos, para alertar os sócios para os cuidados a ter com a vinha para que tenhamos uma maior ren-

tabilidade e qualidade. Por outro lado, sabem que podem vir à adega falar com os nossos colaboradores sobre problemas que surjam na vinha. Nós prestamos apoio técnico. Os sócios são do concelho e das áreas limítrofes? Os sócios podem ou não ser da região demarcada Encostas d’Aire. Por exemplo, o “Real Batalha” é feito apenas com uvas de vinhas certificadas como Encostas d’Aire pela Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa. Para o vinho regional de Lisboa as exigências são menores. E para o restante, as uvas podem ter qualquer origem. Em qualquer dos ca-

sos, as vinhas têm de estar cadastradas no Instituto da Vinha do Vinho, porque são uma cultura condicionada. Um agricultor é obrigado a deter ou a adquirir direitos para plantar uma vinha (deve contactar a Direção Regional de Agricultura), respeitando determinadas regras, e tem de estar inscrito no Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) para vender as uvas. Não se planta uma vinha como quem planta um jardim ou batatas no quintal. E qualquer alteração que o agricultor faça na quantidade de cepas ou nas castas tem de ser comunicada ao IVV, até por causa da atribuição dos subsídios comunitários a Portugal.

“É um problema não termos uma grande quantidade de uvas de uma casta” As áreas das vinhas da região são pequenas? A área média das explorações ronda os três mil metros quadrados, o que é muito pouco. Este aspeto dificulta a gestão das castas e da qualidade das uvas, diferente conforme a origem. É um problema não termos uma grande quantidade de uvas de uma casta, porque as vinhas são muito antigas e pequenas. Quais são as castas aconselhadas para a área de influên-

cia da adega? A Fernão Pires e a Tamarez, nas uvas brancas – que dão vinhos de excelência e esta região tem apetência para os produzir -, e a Syrah nas tintas. Como é feito o pagamento aos sócios? Os pagamentos aos sócios estão dentro dos prazos e definidos nos estatutos. Só no fim da produção vendida é que conseguimos apurar a rentabilidade. Este ano vindimámos de 18 de

setembro a 4 de outubro. Em janeiro, os sócios recebem um abono (uma percentagem por conta das uvas entregues) e no final de 2015, depois da produção vendida, apura-se o resultado líquido a distribuir pelos sócios. A partir de abril de 2016 recebem o valor apurado no fecho das contas, após acerto com o valor do abono recebido. Ou seja, a partir do segundo ano, os sócios recebem dois pagamentos anuais, em janeiro e abril.

Em termos absolutos quais foram os resultados nos últimos três anos? Em 2011, o volume de vendas foi de 845.880 euros (1.285.641 de litros), no ano seguinte cresceu para 1.140.762 euros (1.732.173 de litros) e no ano passado manteve-se a tendência de crescimento, com um volume de vendas de 1.234.738 euros (1.453.692 de litros).

p Sílvia Pereira a trabalhar no departamento de qualidade e enologia da adega


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Batalha Especial Adega da Batalha

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Jornal da Batalha

Marcados pela história e temperados com tradição m Os vinhos da Adega da Batalha, da autoria do enólogo António Ventura, acompanham bem qualquer refeição ou momento aprazível da vida. Aqui ficam alguns deles. Real Batalha Região Espécie Castas

Arqueiros Alta Estremadura - Encostas d’Aire

Tinto - Aragonez/Baga

2009

Volume

13,5%

Vinificação

Notas

Espécie

Tinto

Castas

Baga, Castelão e Trincadeira

Volume

12,5%

Vinificação

Fermentado em cubas de inox com remontagem e fermentado à temperatura de 28º C

Notas

Cor rubi, aromas com frutos vermelhos maduros e compotas, boca redonda com taninos macios e de boa qualidade

Baga e Aragonez

Colheita

Este vinho foi vinificado com as castas separadas após vindima manual, em pequenas cubas de inox, com temperatura de fermentação controlada e posterior estágio a seguir a fermentação maloactica, durante oito meses em barricas de 225 litros de carvalho francês das melhores tanoarias. Cor rubi intenso, aromas complexos com bagas silvestres, folha de tabaco e toque mentolado. Boca estruturada com taninos omnipresentes, acidez bem integrada a proporcionar final de boca longo e intenso. Deve ser servido a temperatura de 16º C em copo de pé alto, acompanhando queijos de pasta mole e pratos de caça grossa.

Alda dos Namorados

Espécie

Branco

Castas

Fernão Pires, Tamarez, Rabo de Ovelha

Volume

12,5%

Vinificação

Fermentou 12 dias em cubas de inox à temperatura de 18º C

Notas

Cor citrina, aromas de frutos tropicais e mineral, boca fresca com boa acidez no final e excelente equilíbrio

Espécie

Rosé

Castas

Castelão

Volume

10,5%

Vinificação

Fermentou 12 dias em pequenas cubas de inox à temperatura de 18º C

Notas

O vinho tem cor rosada, aromas de frutos vermelhos e bagas silvestres com boca bem balanceada onde taninos muito suaves, acidez e frescura convivem em boa harmonia

Espécie

Branco

Castas

Fernão Pires e Tamarez

Volume

9,5%

Vinificação

Fermentou durante 12 dias em pequenas cubas inox à temperatura de 18ºC

Notas

Cor citrina. Aroma e sabor frutado com algum floral, ligeiro acídulo e frescura que o torna um óptimo vinho para acompanhar a refeição ou como aperitivo. Deve ser servido entre os 8º-10ºC

Espécie

Rosé

Castas

Fernão Pires, Tamarez e Castelão

Volume

10,5%

Vinificação

Fermentou durante 12 dias em pequenas cubas inox à temperatura de 18ºC

Notas

Vinho de cor rosada, aromas de frutos vermelhos e bagas silvestres com boca bem balanceada, onde taninos muito suaves, acidez e frescura convivem em boa harmonia. É um vinho refrescante e jovem, ótima companhia quer na refeição, quer nas entradas


Jornal da Batalha

novembro 2014

Especial Adega da Batalha Batalha

Aposta nos vinhos de baixa graduação tem dado bons resultados nas vendas m “As adegas têm provado que estão ao mesmo nível das quintas e outros produtores de qualidade”, afirma o diretor comercial da cooperativa batalhense “Apresentar vinhos de características diferentes dos demais” é a solução apontada por Joaquim Fialho, diretor comercial da Adega da Batalha, para conseguir a diferenciação num mercado muito concorrencial em que as marcas não param de crescer. “No caso da Batalha temse diferenciado na gama de vinhos de baixa graduação, que evoluiu com o recém lançamento no mercado do Ala dos Namorados rosé, que em conjunto com o branco se tornaram dos vinhos mais vendidos da adega”, adianta Joaquim Fialho. A tendência para vinhos de baixa graduação registada na última década tem como objetivo captar os jovens para o consumo. Quanto ao esbatimento registado nos últimos anos na diferença entre os vi-

nhos produzidos em adegas e nas quintas, o diretor comercial é perentório: ”Neste momento e dada a evolução do funcionamento das adegas, abrangendo áreas que vão desde a produção à comercialização, tem-se provado que estão ao mesmo nível das quintas e outros produtores de qualidade, pelo que a ideia de que apenas as quintas fazem vinhos de qualidade está atualmente ultrapassada”. Quanto ao futuro, a estratégia comercial da Adega da Batalha passa por “manter a dinâmica de criação de marcas e pela imagem dos produtos, que tem vindo a decorrer de forma faseada nos últimos anos, de forma a fidelizar os clientes atuais e captar novos mercados”, consolidando o objetivo de produzir “vinhos de qualidade a um preço acessível ao consumidor”. As vendas da cooperativa da Batalha são, sobretudo, regionais e nacionais, com algumas vendas internacionais. “A prioridade atual é manter a quota de mercado nacional e regional, e alargar o máximo possível o mercado internacional”, acentua o diretor comercial.

p Joaquim Fialho destaca como positiva a entrada em grandes cadeias de distribuição Um dos principais problemas enfrentados pela direção comercial resulta do “poder de compra ter reduzido bastante com a crise, pelo que a maior dificuldade é conseguir colocar vinho no mercado ao mais baixo custo, mas com

p A dinâmica de criação de marcas e a imagem dos produtos são prioritárias

a máxima qualidade”, diz Joaquim Fialho, salientando como aspeto positivo para a adega “a entrada em grandes cadeias de distribuição e nalgum mercado externo”.

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Cooperativa representa mais de 85% da produção vinícola do concelho A Adega Batalha, fundada a 12 de Fevereiro de 1959, aproveita o que há de melhor nas encostas que envolvem o mosteiro. Mais de 500 hectares de vinha, trabalhada com paixão, empenho e dedicação das suas gentes, dão origem a vinhos com sabor a tradição. A cooperativa representa mais de 85 % da produção vinícola da Batalha, integrando também o concelho de Porto de Mós e as freguesias de Azóia e Maceira, do concelho de Leiria. A região onde se insere, situada na Alta Estremadura, estende-se numa vasta área desde as encostas das Serras de Aire até ao Oceano Atlântico, e é composta por paisagens diversificadas. O solo e o clima temperado influenciam grandemente a produção agrícola. Na Alta Estremadura, as castas tintas ambientadas às condições específicas desta sub-região são essencialmente a Baga, Castelão e a Trincadeira. No entanto, a Baga, por vezes conhecida como “Carrasquenha”, é a mais representativa, tendo viajado para estas paragens desde a Bairrada, região onde é ainda hoje muito plan-

tada. Os solos argilo-calcários das vertentes expostas a Sul originam vinhos onde a acidez marcante e a forte estrutura possibilitam uma extrema aptidão para a guarda dos tintos, sobretudo os provenientes da casta Baga. No caso dos brancos, as castas predominantes são a Fernão Pires, a Tamarêz e a Arinto de Bucelas. Qualquer delas possui forte personalidade, sendo a Tamarez e a Arinto reconhecidas como de excelente estrutura ácida, muito utilizadas nos vinhos para as bases de espumante. A Fernão Pires é a casta branca dominante e é caracterizada pela sua precocidade e excelente potencial aromático. Vinda das terras do Ribatejo, encontrou na Alta-Estremadura um microclima que a torna mais fina e de acidez mais elevada do que é capaz na planície ribatejana. As encostas bem expostas da Alta-Estremadura tem condições para a produção de vinhos de grande potencial e capazes de viver alguns anos na garrafa, devido à boa acidez e complexidade aromática que a casta consegue na região.

p Mais de 500 hectares de vinha trabalhada com paixão, empenho e dedicação


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Batalha Especial Adega da Batalha

novembro 2014

Jornal da Batalha

Vinhas em estado “decrépito” impedem aumento da qualidade dos néctares m “As médias produtivas atuais são demasiado baixas para permitir uma rendabilidade aceitável para o viticultor”, refere o enólogo António Ventura A melhoria da qualidade dos vinhos produzidos na Adega da Batalha passa pela reconversão das vinhas e remodelação da viticultura praticada pelos seus associados, defende António Ventura, enólogo consultor da cooperativa e um dos mais prestigiados e influentes do país. Os vinhos batalhenses têm “muito carácter e são marcados, no caso dos tintos, pela casta Baga - na região por vezes conhecida como “Carrasquenha” e no caso dos brancos pelas castas Fernão Pires e Tamarez”.

Na opinião de António Ventura, “a sua acidez e frescura são notórias e no caso dos tintos os taninos são no primeiro ano muito severos, mas permitem nos anos seguintes uma evolução muito interessante. São vinhos que depois vivem bem longos anos na garrafa com uma evolução de aromas terciários surpreendente”. A Adega da Batalha está hoje “bastante atualizada” em termos de equipamentos de vinificação e controlo de qualidade, tem inclusivamente uma certificação com normas extremamente exigentes e foi uma das primeiras adegas a nível nacional a consegui-la. No entanto, ”qualquer incremento da qualidade dos vinhos da adega terá que ter a sua base de sustentação numa remodelação da viticultura dos seus associados e, neste sentido, o apoio do programa Vi-

p António Ventura defende que para aumentar a qualidade dos vinhos é preciso reconverter as vinhas tis será fundamental para a reconversão das vinhas em estado decrépito e com algumas castas desadequadas à região”, refere o enólogo. Os apoios do programa Vitis “são importantes e bem aproveitados podem permitir a médio prazo uma significativa melhoria da qualidade e também das

médias produtivas atuais, que são demasiado baixas para permitir uma rendabilidade aceitável para o viticultor”, destaca. E a importância da vinha é indiscutível. “Definitivamente. Desempenha o papel central na obtenção de qualquer vinho de qualidade e desde a sua implantação todas as decisões irão,

para o bem ou para o mal, condicionar ou potenciar a qualidade do futuro vinho”, considera António Ventura. “Uma viticultura profissional e sustentável é hoje indispensável em qualquer projeto orientado para metas exigentes. O laboratório, o controlo de qualidade e a tecnologia são fer-

ramentas importantes, no entanto são apenas complementares, pois se a vinha não for bem “trabalhada” jamais teremos um vinho de potencial qualitativo elevado por muita tecnologia e controlo que possam existir”, conclui o enólogo consultor da Adega da Batalha.

“Um vinho tem sempre a impressão digital do enólogo que o ajudou a nascer” O enólogo tem um papel central em todas as etapas da produção de um vinho, pois a sua intervenção inicia-se na própria implantação da vinha, com as análises de solos, escolha das castas, porta-enxertos, drenagens, condução, tipo de poda e outras intervenções. “Um vinho tem sempre a impressão digital do enólogo que o “orientou” e ajudou a nascer, pois cada um tem as suas próprias valias e convicções enológicas”, refere António Ventura, apontando uma “receita muito simples” para fazer um bom vinho: “as melhores uvas possíveis, alguma tecnologia e muita paixão e

saber fazer”. Neste processo, a cooperação entre o viticultor e o enólogo “é fundamental e indispensável para a obtenção de resultados”. “Cada vez mais a qualidade de um vinho é o resultado do trabalho de uma equipa e não de uma única pessoa. Apenas os conhecimentos técnico-científicos do enólogo não bastarão se não existir o trabalho, a experiência e o conhecimento do viticultor”, destaca o enólogo consultor da Adega da Batalha. Mas “as uvas são o vetor fundamental” na produção de um vinho, “pois sem boas uvas é impossível

produzir um vinho de qualidade assinalável”. Para chegar à obtenção de uvas de qualidade superior, “uma viticultura esclarecida e sustentável é a ferramenta indispensável, assim como o acompanhamento técnico desde a implantação da vinha até à elaboração do vinho é hoje um fator essencial. E a colaboração estreita entre viticultura, produção, enologia e marketing é nos dias de hoje a base de sustentabilidade de qualquer empresa desta área”, diz António Ventura.

p Um vinho é hoje o resultado da viticultura, produção, enologia e marketing

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Nova associação do concelho quer apostar na ‘Arte Sem Fim’ m O projeto tem como objetivo fundamental promover o desenvolvimento e a prática cultural, recreativa, desportiva e social junto da comunidade

A Batalha conta desde julho com uma nova associação, a Arte Sem Fim, nascida de um grupo de pessoas que reúne interesses comuns na área cultural e pretende promover o debate de ideias, a formação e a promoção de diversas vertentes artísticas, e criar e divulgar atividades culturais. Este projeto envolve nove

pessoas, oriundas de diferentes áreas profissionais, desde a arquitetura ao design, passado pelo turismo, engenharia, ensino e animação. O nascimento oficial da associação Arteleminiscata, reconhecida como Arte Sem Fim, aconteceu a 9 de julho deste ano. A ideia de a criar “surgiu de um desassossego criativo explorado” pela atual presidente, a artista Patrícia Virgílio de Almeida, de 23 anos, natural de Leiria, mas com raízes na Batalha e em Porto de Mós. A jovem está a finalizar o mestrado de Gestão Cultural e é licenciada em Artes Plásticas. A associação tem a sede no Edifício Avis, loja A, na Batalha, e está aberta de segunda-feira a sábado das 15 às 23 horas. Neste período

p A associação tem a sede no Edifício Avis, loja A, na Batalha há workshops, exposições e outras atividades dedicadas a diversas áreas artísticas e faixas etárias. As poupanças dos fundadores foram o “motor de arranque” da associação,

que conta com projetos desenvolvidos por artistas de forma voluntária. Neste momento apenas tem o auxílio dos sócios e de artistas que efetuam donativos, mas pretende promove ativida-

des que a consolidem. O projeto tem como objetivo fundamental promover o desenvolvimento e a prática cultural, recreativa, desportiva e social junto da comunidade; contribuir

para a melhoria dos tempos livres dos associados e da população em geral, desenvolvendo iniciativas como conferências e palestras culturais, ou organizando e mantendo cursos de formação. Pretende também incentivar a divulgação de legislação social e de conhecimentos essenciais em matéria cultural, orientar atividades com interesse educativo, organizar eventos, criar ou apoiar a organização de grupos artísticos, dinamizar exposições e espetáculos de teatro e cinema. A Arte Sem Fim está aberta a todas as pessoas, independentemente da idade, que queiram participar neste projeto cultural com diferentes áreas artísticas.

s Noticias dos combatentes

A origem do Cristo das Trincheiras (II) No artigo anterior, historiámos a saga relacionada com o Cristo das Trincheiras, designadamente desde que as nossas tropas com Ele se depararam quando chegaram à Flandres; a importância que teve para os nossos combatentes, durante a odisseia que tiveram de suportar nas trincheiras; as mutilações que sofreu na batalha do Lys; a forma como veio para Portugal e, finalmente, desvendámos também quais as famílias responsáveis pela sua existência. Por falta de espaço, apenas não revelámos como este último pormenor chegou ao nosso conhecimento, dado o mesmo não ser público, coisa que iremos fazer agora. Anotem. Nos primeiros dias de Setembro pretérito, fomos contactados pelo Sr. Dr. Joaquim Ruivo, Exmº Diretor do Mosteiro da Batalha, informando-nos ter recebido um mail duma família francesa, que se identificava

como descendente dos antigos proprietários do Cristo das Trincheiras. Aquelas pessoas projetavam uma visita por diversos locais de Portugal, incluindo a Batalha e o seu Mosteiro, onde supunham que ainda estaria o Cristo das Trincheiras, o qual, em 1958, através do governo francês, os seus avós haviam doado a Portugal, e agora muito gostariam de rever. Esta notícia interessavanos particularmente, dado ser a Liga dos Combatentes, via Núcleo da Batalha, a responsável pela preservação e manutenção de todos os ícones existentes na Sala do Capítulo, incluindo o Cristo das Trincheiras, pelo que a mesma foi retransmitida ao Sr. Presidente da DC/LC, Exmº General Joaquim Chito Rodrigues que, desde logo, passou também a acompanhar todo o processo. Mantiveram-se os contactos entre as partes; a visita à Batalha ficou aprazada para

22 de Setembro, dia em que os dois casais que nos visitaram – uma irmã, Gerardine, e um irmão, Bernard (bisnetos dos primitivos proprietários e netos dos dadores), acompanhados dos respetivos cônjuges – tinham, pelas 10H00 desse dia, à sua espera, na frontaria do Mosteiro, o Diretor deste e o Presidente da Liga dos Combatentes, bem como 4 elementos do Núcleo da Batalha. A visita, a todo o interior e exterior do Mosteiro, e com dois “cicerones” especiais, com destaque para o Dr. Joaquim Ruivo, um erudito notável, pelo menos em tudo o que diz respeito ao monumento, foi minuciosa e durou toda a manhã, tendo-se os visitantes emocionado mais que uma vez, em especial na Sala do Capítulo, perante o Cristo das Trincheiras, onde a sua comoção foi notória, mas também pela receção que lhes foi prestada e que culminou à mesa dum restaurante da

nossa Vila. Não temos dúvidas que regressaram ao seu país encantados, com vontade de voltarem e apostados em divulgar, aos seus conterrâneos, quer a nossa hospitalidade, quer as belezas da Batalha, naturalmente com relevo para o nosso imponente Mosteiro e todos os seus recantos e ímpares encantos. Para a posteridade, foram tiradas várias fotos, que poderão ser vistas no Núcleo, e algumas também no site da Liga dos Combatentes, por quem estiver interessado. Pode também ser consultado no Núcleo o ramo genealógico da família Bocquet, coproprietária inicial do Cristo das Trincheiras, até aos irmãos Gerardine e Bernard, que em 22 de Setembro nos visitaram. Finalizaremos este artigo, reportando-vos mais três breves notícias. 1ª – Decorreram, com a dignidade e solenidade pre-

vistas, as cerimónias evocativas do centenário do início da 1ª Guerra Mundial que, na tarde de 18 de Outubro, se realizaram na Batalha (Sala do Capítulo), em Reguengo do Fetal e em São Mamede. Para além de convidados, a estas três cerimónias estiveram sempre presentes alguns indefetíveis combatentes, a quem agradecemos a disponibilidade e fidelidade aos nossos ideais. 2ª – À medida que a idade avança, vão “partindo”, cada vez mais amiúde, alguns dos nossos sócios, camaradas e amigos combatentes. Não é possível lembrarmos nestes artigos todos eles, mas temos conseguido abrir uma exceção para os que foram dirigentes do Núcleo. É o que hoje voltamos a fazer, para invocarmos o já nosso saudoso amigo e camarada combatente, Cláudio Pereira da Silva, que nos deixou no dia 21 de Outubro passado.

Para quem não saiba ou já não se lembre, recordamos apenas que, para além de todas as suas excecionais qualidades humanas e de caráter, era ainda um homem extremamente solidário e defensor de causas justas como, entre outras, o ter sido dirigente do nosso Núcleo por mais de 27 anos (provavelmente, um record nacional!), entre os quase 48 que já levava como nosso associado! À família enlutada, renovamos os nossos sinceros votos de pesar, por esta sua insubstituível perda. 3ª – Em 14 de Dezembro próximo, voltaremos a estar presentes em mais uma Festa de Natal, desta vez em Peniche, juntamente com mais 6 Núcleos da Região. Mesmo não sendo nosso associado, se foi combatente e estiver interessado em saber como é, venha informar-se connosco. NB-LC


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Património As pessoas que trabalharam no Mosteiro e fundaram a Batalha (III)

p Iluminuras do “Missal de Lorvão” sobre as actividades medievais da pesca, da caça, da ceifa e da vindima, vindas a lume no 1º volume da “História de Portugal” do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão Antes de mais, tenho de dizer aos leitores que estes apontamento, que já vão no número 140, não são mais do que artigos de jornal sobre temas históricos e regionais e regionalistas, cujo mérito da investigação, na esmagadora maioria dos casos, pertence a outros, muito principalmente ao notável historiador Professor Doutor Saul António Gomes, vulto maior da investigação histórica do nosso País, embora não possa deixar de mencionar também João Madeira Martins, figura ímpar de estudioso e de publicista, que compunha e imprimia os seus próprios escritos e os de outros autores em que generosamente me incluiu. O único interesse dos meus apontamentos será o de proporcionar aos batalhenses, e aos leitores doutras proveniências, em termos simples, o conhecimento da história da nossa terra e do seu termo e da região em que estão inseridos: a Alta Estremadura. Conterão erros, por má interpretação do vasto espólio a que tenho acesso, e disso peço humildemente desculpa e sempre os corrigirei tão depressa der por eles. Salve-se, porém, a intenção. A Batalha tem muito para contar. Além dos temas já tratados pelos especialistas, há factos e figuras, sobretudo dos séculos XIX e XX (vivi quase 70 anos no século XX e conheci e tratei com bastantes pessoas nas-

cidas na segunda metade do século XIX), que talvez só tenham a minha memória, e a de pouco mais, como arquivo. É sobretudo isto que, duma maneira geral, pretendo preservar e divulgar, antes que este frágil e temporário “arquivo” se encerre de vez. Falei da “Mouraria” batalhense, possível espaço residencial de pedreiros mouros que trabalharam no Mosteiro, mas nenhuma referência fiz ainda aos Judeus que, na Idade Média e até no reinado de D. Manuel I e mesmo depois, já na qualidade de Cristãos-novos, eram outra das importantes comunidades a viver no nosso País. Haveria Judeus a viver na Batalha quatrocentista e quinhentista? Creio que sim, mas seriam poucos. Talvez alguns comerciantes, artesãos e até médicos… Do que há conhecimento é da Judiaria de Leiria, a que o Professor Saul Gomes faz referência em “Os Judeus de Leiria Medieval como Agentes Dinamizadores da Economia Urbana” (Separata da Revista Portuguesa de História – Coimbra, 1993), e da relação que os Judeus nela residentes tiveram com o nosso Mosteiro, ou, melhor, com o convento dominicano nele instalado, pois imóveis, que o convento batalhense possuía em Leiria, foram frequentemente emprazados (aforados a prazo, normalmente pelo tempo de uma, duas ou três vidas) aos

Judeus leirienses. A este propósito eis alguns exemplos, que vieram a lume no 1º vol. das “Fontes Históricas e Artísticas do Mosteiro e da Vila da Batalha” do Professor Saul Gomes: “Em 19 de Maio de 1447 foi feito, pelo Mosteiro de Santa Maria da Vitória, a Isaque Çadas, o emprazamento de um poço e quintal que o dito Mosteiro tinha na Judiaria de Leiria”; “em 19 de Agosto de 1449, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória empraza em, três vidas, pelo foro de duas dobras em ouro cada ano, umas casas situadas na Judiaria de Leiria, a Mestre Bulhamim, cirurgião”; na mesma data “o Mosteiro de Santa Maria da Vitória faz emprazamento, a Isaque Falcão, em três vidas de umas casas na Judiaria de Leiria”; também na mesma data “o Mosteiro… empraza, em três vidas, a Jacob Gordilha, umas casas na Judiaria de Leiria, pelo foro anual de 16,5 leais e com a condição de ser edificada uma outra casa num chão contíguo”; igualmente na mesma data o “Mosteiro… empraza a José Jaom, judeu e alfaiate, morador em Leiria, umas casas na Judiaria da dita cidade, pelo foro anual de sete leais de prata”… São particularmente interessantes as informações que o Professor Saul Gomes nos dá, no estudo primeiramente citado, sobre dois judeus, um deles, Isaac Batalha, o que sugere ter tido na nossa terra a sua origem,

que em 1407 se instala como comerciante em Aljubarrota, embora me pareça prematura aquela designação, pois em 1407 mal principiada estava a nossa povoação e o topónimo Batalha ainda não existia. Aquele apelido quereria dizer, com certeza, outra coisa. O outro judeu é Mosem Maçondra que “em 1495 aparece-nos como rendeiro no almoxarifado das obras do mosteiro da Batalha”. O que nos ficou dos Judeus, entretanto feitos Cristãos-novos e misturados, com certeza, na população? Alguns hábitos, alguns costumes, inclusivamente relacionados com a alimentação, e algumas pingas de sangue. Naqueles primeiros tempos da construção do Mosteiro, séculos XIV e XV, a alimentação dos habitantes da Batalha, todos ou quase todos ligados à obra do Monumento, tinha de se subordinar ao que havia no local e nas suas vizinhanças. Desconhecia-se, então, a cultura da batata e do milho (entenda-se do milho graúdo, Zea Mays Lin., pois já existia milho miúdo, Panicum miliaceum lin.). A batata e o milho graúdo, aquele que hoje utilizamos na confecção da broa, das saborosas papas que acompanhavam as sardinhas assadas ou se adoçavam com mel, de várias doçarias, etc., só chegariam, trazidos das Américas, no século XVI. O pão era de trigo, mas

também havia o de centeio e o de cevada. O peixe chegava, sobretudo, da Pederneira, onde então se fixara a comunidade de pescadores que haveria de dar origem à Nazaré. Uma carta régia, datada de 19 de Julho de 1444, privilegia um homem, morador na Pederneira, que tivesse o encargo de comprar o pescado para os frades do Mosteiro da Batalha (1º vol. das “Fontes Históricas…” do Professor Saul Gomes). Pouco depois, no mesmo reinado de D. Afonso V, em 24 de Agosto de 1451, era privilegiado com a isenção de determinadas contribuições o estalajadeiro Prestes Afonso, com estalagem na Batalha, na altura ainda designada por Mosteiro de Santa Maria da vitória, que era peixeiro como seu pai também o fôra. A pesca no rio Lena, naquela época com caudal abundante e que corria todo o ano, era uma prática comum, em que os frades dominicanos, mais por entretimento, participavam também. O rio tinha abundância de barbos, bogas e enguias, havendo referência, mas mais tarde, à existência de lampreias e dum pequeno marisco. A população não iria desprezar este contributo para a sua alimentação, parecendo que era livre a pescaria. Nos muitos emprazamentos e vendas, que o Professor Saul Gomes regista, damos

conta do que se cultivava no termo batalhense, sendo frequentes as referências às vinhas, aos pomares, aos olivais, aos pinhais, às terras de pão (subentenda-se: cultivo de cereais). Alguns exemplos: “em 5 de Junho de 1409, …emprazamento de três talhos de vinha nas imediações do Mosteiro”; “em 19 de Fevereiro de 1414 …emprazamento duma herdade situada acima do Mosteiro, a fim de nela fazerem vinha”; “em 20 de Outubro de 1417, venda duma courela de vinha e pinhal (Jardoeira)”; “em 1 de Maio de 1423, venda a um casal das Piedosas (Alcanadas) das árvores existentes numa propriedade daquele lugar (oliveiras, zambujeiros, carvalhos, cerejeiras”); “em 1 de Maio de 1446, compra de parte de um pinhal em Vila Facaia (Batalha”; “13 de Janeiro de 1453, venda ao mestre Fernão de Évora duma vinha situada junto à Faniqueira”. Continuarei no mês que vem, se Deus quiser. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (140) Obras de Apoio: Além dos volumes I e II das “Fontes Históricas e Artísticas do Mosteiro e da Vila da Batalha”, do Professor Doutor Saul António Gomes, também o nº 1, de Junho de 1971, e o nº 2, de Julho de 1973 (artigo do Dr. Luciano Justo Ramos sobre o estalajadeiro Prestes Afonso) dos Cadernos da Vila Heróica”.


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Saúde A importância da tiróide As doenças da tiróide são bastante comuns e afetam sobretudo mulheres, sendo os principais distúrbios o hipotiroidismo e o hipertiroidismo. Em Portugal surgem por ano mais de 400 casos de cancro da tiróide. Pelo menos uma em cada 15 mulheres e um em cada 60 homens em Portugal tem um nódulo nesta glândula, que pode ser sentido ao toque. A importância da deteção precoce desta patologia deve-se, sobretudo, ao risco

de carcinoma. No entanto, apenas 5 a 10% dos nódulos da tiróide são malignos. Apesar de pequena, é uma glândula essencial e importante do nosso organismo, produzindo hormonas que têm como uma das suas principais funções regular o crescimento, a digestão e o metabolismo. Quando não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo, em graus variáveis de severidade, desde sintomas que muitas vezes po-

dem passar despercebidos até formas extremamente graves com risco de vida. Nela são produzidos os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis por manter eficientes todas as funções do nosso corpo. Problemas na tiróide podem ocasionar vários sintomas e, por isso, é comum as pessoas suspeitarem de outras doenças, demorando a descobrir a verdadeira causa do problema. Quando não está a funci-

onar adequadamente pode libertar hormonas em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotiroidismo). De uma maneira geral, quando a glândula está hiperfuncionante, ocorre uma aceleração do metabolismo em todo organismo, podendo ocorrer agitação, diarreia, taquicardia, perda de peso, etc. Ao contrário, quando a glândula está hipofuncionante pode ocorrer cansaço, fala arrastada, obstipação e aumento de peso.

Os principais sintomas do hipertiroidismo são a taquicárdia, perda de peso, perda de apetite, nervosismo, ansiedade e inquiteção, intolerância ao calor, sudorese aumentada, fadiga e caimbras musculares, aumento de digecções, irregularidade menstrual. Os principais sintomas de hipotiroidismo são a fraqueza e cansaço, intolerância ao frio, obstipação, aumento de peso, depressão, dor musclar e nas articulações, unhas finas, queda de

cabelo e palidez. Se apresenta um ou mais desses sintomas, procure um médico para receber orientações. Lembre-se: a saúde é o seu maior bem. Fazer um ‘check-up’ anual é uma ótima ideia. Halyna Tymchal médica na USF Condestável, Batalha

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Cultura

A União Cultural e Recreativa de Santo Antão (UCRSA) está a organizar o Festival de Bandas de Garagem da Batalha 2014, que decorre no início de dezembro e tem um prémio monetário de 500 euros para os conjuntos vencedores. O grande objetivo da iniciativa, promovida de 5 a 7 de dezembro, é a divulgação de novos projetos musicais de autores desconhecidos do público em geral. Além do prémio monetário, a organização promete diversas recompensas ao longo do festival e lembranças para todos os grupos participantes. As inscrições estão abertas em http://ucrsanto-antao.pt/ até ao dia 23 deste mês e têm uma joia de 10 ou 15 euros por cada elemento da banda a concurso, incluindo o valor mais elevado as refeições. Se não for apurada para o festival, o dinheiro é devolvido. O Festival de Bandas de Garagem da Batalha 2014, que resulta de uma par-

Ana Labate/www.freeimages.com

Festival de bandas de garagem quer destacar músicos da região

p O festival aposta em bandas sem contratos discográficos ceria entre o município e a UCRSA, visa divulgar a produção musical dos grupos nacionais amadores, com especial destaque para os locais, assim como estimular a criação artística dos jovens. A organização admite a concurso os projetos coletivos ou individuais, a nível nacional, que nunca tenham tido qualquer con-

trato discográfico. O júri seleciona entre as maquetas recebidas oito bandas para a fase de eliminatórias e quatro suplentes - pelo menos duas do total devem ser do concelho da Batalha Os prémios monetários são atribuídos às três melhores bandas – 250, 150 e 100 euros -, que terão ainda direito a entre três e uma

atuações remuneradas. No decurso do festival há prémios para os melhores tema original, guitarrista, baixista e baterista. Qualquer um dos três melhores grupos pode ser convidado apara atuar num evento promovido pela Câmara da Batalha. As três noites do festival fecham com a atuação de DJ.

Novo folk do sul da Europa toca no auditório municipal Um dos principais grupos de música folk da região basca e do novo folk do sul da Europa, os Xarnege, atua no dia 22 deste mês no Auditório Municipal da Batalha, no âmbito do 18º Festival Outonalidades, organizado pela Dorfeu - Associação Cultural. A proposta do grupo Xarnege é mestiça e resulta de um projeto de colaboração entre músicos de ambos os lados da fronteira – País Basco e Gasconha - para criar uma música livre e contemporânea, a partir da

p O grupo utiliza mais de uma dezena de instrumentos nos concertos tradição destes povos e dos abundantes elementos comuns a ambas as culturas. A música do grupo é tradicional e rica em timbres arcaicos, harmonizados

e interpretados ao modo basco e gascão, embora com o mesmo espírito. A sua ampla gama sonora resulta da mais de uma dezena de instrumentos que

s Opinião

Ar, Água, Terra e Fogo As mudanças climáticas e o aquecimento global são temas para os quais a Organização das Nações Unidas (ONU) tem vindo a alertar nas suas reuniões gerais. As propagações de doenças infecciosas ou vírus como a malária ou o ébola, por exemplo, espelham as alterações das temperaturas e das condições sanitárias das regiões mais quentes do planeta. Estas matérias merecem destaque nos meios da comunicação social e a consequente sensibilização das populações. Servem, também, de introdução a esta coluna para enquadrar a abordagem dos temas relacionados com a preservação do Ambiente. Num museu que se dedica à história da região da Batalha desde as suas mais remotas origens até à atualidade, a equipa que concebeu o MCCB considerou pertinente enquadrar uma área como a do Ambiente, capaz de permitir a reflexão sobre o mundo em que vivemos, numa perspetiva de sensibilização e de sustentabilidade. Os quatro elementos da Natureza também figuram no espaço criado para o efeito, por meio de diversas fotografias sobre o bom e o mau uso dos mesmos e numa clara mensagem de alerta ou denúncia para os erros que ainda se praticam. A água, essencial à sobrevivência das espécies, exibese em fantásticas imagens de rios, lagos, cascatas… mas também aparece poluída e suja. O Fogo, fundamental na confeção das singulares iguarias desta região ou na produção de peças de artesanato, é também assustador quando devora florestas, ameaçando as habitações e os bens. A Terra – casa onde habitamos – é fornecedora dos alimentos indispensáveis à nossa sobrevivência e da matéria-prima, resposta à demanda do conforto e ambição humanas. O ar que em movimento fornece a energia capaz de girar moinhos e gingantes aerogeradores, é ameaçado pela emissão de gases poluentes e maléficos para a saúde da grande generalidade dos seres vivos. As imagens, que aqui se podem literalmente espreitar, foram fornecidas por vários munícipes, escolas, bombeiros, associações, entre outros. O contributo para a melhoria deste espaço e para o enriquecimento deste banco de imagens dedicadas à Natureza pode ser “alimentado” por qualquer cidadão interessado em colaborar com o nosso museu. A equipa do MCCB

utiliza nos concertos, muitos deles de fabrico próprio, já que um dos músicos é ‘luthier’ (artesão especializado na construção e reparação de instrumentos de corda com caixa de ressonância) e investigador de folclore. Um dos sons mais atrativos é produzido pela sanfona, “um instrumento que passou da Corte Francesa aos mendigos”, segundo os Xarnege. O concerto começa às 21h30, a entrada é livre e os lugares limitados.

p MCCB, área dedicada aos quatro elementos da Natureza


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Cultura Batalha

Autarquia finalista dos prémios “Município do Ano” com o museu m O concurso contou com a participação de 66 câmaras municipais, que apresentaram 98 projetos. Para a final foram apuradas 28 A Batalha foi um dos três concelhos finalistas dos “Prémios Município do Ano Portugal 2014”, entregues no dia 7 deste mês, em Guimarães, com o projeto do Museu da Comunidade Concelhia (MCCB), na categoria de autarquias da região Centro com menos de 20 mil habitantes, O prémio nesta categoria foi atribuído a Idanha-a-Nova (com o projeto da Incubadora de Base Rural). O outro finalista vencido é o concelho de Constância (Parque Ambiental de Santa Margarida). No total, candidataramse 66 municípios, com 98 projetos e foram apurados para a final 28, em nove categorias. A cidade de

p O Museu da Comunidade Concelhia de novo em destaque Lisboa, com o projeto “Há Vida na Mouraria” venceu o prémio nacional. Este bairro lisboeta, com génese no século XII, “é hoje o mais multicultural do país”, afirmou João Menezes, representante do concelho. A requalificação da Mouraria começou em 2008, com um duplo propósito de “melhorar a vida

dos cidadãos e atrair novos moradores” e implica um investimento de 13 milhões de euros. Foram ainda distinguidos outros seis municípios: Guimarães (Norte), Vinhais (categoria Norte com menos de 20 mil habitantes), Fundão (Centro), Odemira (Alentejo), Estremoz (Alentejo com

menos 20 mil habitantes), Tavira (Algarve), e Funchal (regiões autónomas). Esta foi a primeira edição do concurso, promovido pela Universidade do Minho, através da plataforma UM-Cidades e tem como objetivo proceder à escolha de autarquias que se destacam na perspetiva da divulgação de boas prá-

ticas nos domínios do território e da economia. “A plataforma foi pensada como academia direcionada para os municípios, com a qual se pretende preencher a lacuna entre o conhecimento, a política e a prática na temática das cidades e das regiões, e propõe-se manter na agenda tópicos relevantes para o desenvolvimento urbano e regional, bem como para a afirmação das cidades enquanto espaços centrais para a criação de valor, na perspetiva social, económica e cultural”, referem os responsáveis pela iniciativa. A UM-Cidades e os “Prémios Município do Ano Portugal” são um “modo diferente de fazer” a universidade, adianta o reitor da Universidade do Minho, António Cunha. “É uma iniciativa em que a universidade procura desafiar e mobilizar os municípios em torno de projetos e de reconhecer o mérito a projetos que sejam diferentes e diferenciadores”, conclui o reitor.

Um dia inteiro de canções infantis condensado em 45 minutos é a proposta do espetáculo “Bebés com Música - A magia dos sons e da dança”, marcado para o dia 13 de dezembro na Biblioteca Municipal José Travaços dos Santos, na Batalha. A iniciativa é promovida pela d’Orfeu Associação Cultural e permite às famílias recriar um dia inteiro, desde o acordar até o anoitecer, repleto de canções, jogos e danças, durante 45 minutos. O espetáculo desenvolve-se graças a um repertório de músicas infantis e a um baralho de cartas, com divertimento garantido,

Foto: Sandra Rodrigues

Espetáculo “Bebés com Música” condensa um dia em 45 minutos

p O espetáculo destina-se às crianças e familiares durante o qual os miúdos se tornam músicos com a ajuda dos graúdos. “Esta atividade lúdica,

que tanto embala os mais irrequietos como dá vida aos mais tímidos, consciencializa os mais pe-

quenos da diversão que pode ser aprender”, destaca a d’Orfeu Associação Cultural.

A produção desta atividade, destinada às famílias, está a cargo da d’Orfeu Associação Cultural e tem a participação dos artistas formadores Alexandra Silva e João Pratas, dos colaboradores pontuais Lara Figueiredo e Ricardo Falcão, e direção artística de Léa López e Ricardo Falcão. O espetáculo está marcado para as 16h00 e destina-se a bebés e a crianças dos 0 aos 4 anos. As inscrições podem ser efetuadas através do email biblioteca@cm-batalha.pt ou do telefone 244 769 871.

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Batalha: concerto com André Sardet Numa organização da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Batalha, tem lugar no pavilhão gimnodesportivo da vila, no dia 14 de dezembro, domingo, às 15 horas, um concerto com o músico André Sardet. O espetáculo integrase na Festa de Natal do Agrupamento de Escolas e, para além da participação de André Sardet, contará ainda com outros momentos de animação a cargo dos alunos do agrupamento, bem como da Academia B. Ballet. A entrada é gratuita.

Rebolaria: adiafa cultural e sessão de teatro O Rancho Folclórico Rosas do Lena leva a efeito a 22 deste mês, às 21h30, nas instalações do agrupamento, na Rebolaria, uma adiafa cultural. A iniciativa juntará jograis e a música das concertinas, bem como teatro, com a peça “Deus lhe pague” de Joracy Camargo. A poesia e poetas portugueses e brasileiros, e a música tradicional e popular de várias origens estão em destaque.

Paulo Assim apresenta “Árvore Genealógica” O escritor Paulo Assim - pseudónimo de Paulo Carreira – residente na Batalha e natural de Porto de Mós – apresenta o seu último livro “Árvore Genealógica”, editado pela Labirinto, no dia 22 deste mês, pelas 16 horas, na Biblioteca Municipal de Porto de Mós. O autor nasceu em 1965, em Casais de Além, Calvaria de Cima, é desenhador de moldes e já recebeu vários prémios literários nas modalidades de romance, conto e poesia. O livro “Árvore Genealógica” foi distinguido com o Prémio de Poesia Soledade Summavielle 2013, do Núcleo de Artes e Letras de Fafe.


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Batalha Cultura

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Jornal da Batalha

Batalha guarda a maior homenagem aos portugueses abatidos na 1ª Guerra Mundial m Este mês passam 96 anos sobre a data da assinatura do armistício. O jornalista e escritor Joaquim Santos lembra no seu último livro a ligação entre a vila da Batalha e os combatentes portugueses em França e Moçambique

A 1ª Grande Guerra terminou há 96 anos. O armistício foi assinado a 11 de novembro de 1918. Pelo menos dois mil portugueses morreram apenas nas trincheiras da Flandres - o símbolo máximo destes combatentes, o “Soldado Desconhecido”, repousa no Mosteiro da Batalha. No seu livro “O Jornalismo Leiriense e a Grande Guerra (1914-1918), o jornalista e escritor Joaquim Santos, natural de Pousos, Leiria, lembra a chegada dos corpos dos dois soldados à Batalha, em 1921. Um foi derrubado em França e

o outro em Moçambique e chegaram em simultâneo a Lisboa, a 6 de abril, onde estiveram três dias no átrio do Parlamento. “Chegados a território leiriense a 9 de abril, os dois soldados seguiram para a Batalha onde foram colocados num só túmulo, na Sala do Capítulo, alumiados pelo Lampadário Monumental “Chama da Pátria”, feito por Lourenço Chaves de Almeida, um dos grandes amigos do escritor leiriense Afonso Lopes Vieira”, conta Joaquim Santos, de 42 anos, pós-graduado em imprensa regional e mestre em jornalismo e comunicação, pela Universidade de Coimbra. Esta homenagem teve cobertura jornalística nacional e constituiu “um acontecimento de grande importância para o jornalismo regional. A imprensa leiriense no pós-guerra referiu-se imenso ao momento, valorizando o conceito patriótico e a considerável dinâmica da vinda destes dois soldados falecidos como os novos protagonistas da Grande Guerra”, adianta o autor da obra, publicada em

p Joaquim Santos, o autor do livro “O Jornalismo Leiriense e a Grande Guerra” abril deste ano. Os restantes militares portugueses mortos em África e em França foram depositados em valas comuns, juntamente com soldados de outros países. “No entanto, em França, foi construído o cemitério militar de Richebourg (Pas-deCalais), onde foram sepul-

tados os portugueses, muitos deles vindos das valas comuns de várias regiões de França. Neste cemitério encontram-se 1.884 corpos, grande parte dos 2.089 portugueses que morreram na batalha da Flandres. Para além deste número de mortos dos “Serranos” portugueses, assim conhecidos

na guerra, ainda existiram 291 desaparecidos”, explica Joaquim Santos. Quando foi assinado o armistício, que marcou a rendição da Alemanha e o fim da 1ª Guerra Mundial (1914/18), o balanço era terrível: a guerra atingiu uma escala e intensidade até então desconhecidas, pôs em

confronto mais soldados, provocou mais mortes (10 milhões de pessoas morreram e 20 milhões ficaram feridas, sobretudo na Europa) e causou a maior destruição até à data. Para Joaquim Santos, “o exército português é um motivo de orgulho para a nação, porque sempre lutou contra o inimigo e muitas vezes também contra a falta de apoio nas missões. A 1ª Grande Guerra foi disso exemplo. Partiram para lutar contra tantos inimigos, mas sob as piores das condições humanas no terreno, com a agravante do Estado português não ter cumprido tantas vezes com a palavra dada aos soldados. Daí o desfecho triste da batalha de La Lys, com homens abandonados, até pelos próprios aliados”. E é esse orgulho que está refletido nas romagens ao tumulo do “Soldado Desconhecido”, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória e também, de certa forma, no livro “O Jornalismo Leiriense e a Grande Guerra (1914-1918).

s registo Padre-jornalista fez crónicas com relatos das trincheiras A investigação de Joaquim Santos é o resultado do seu trabalho de mestrado, com defesa de dissertação em Setembro de 2011, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Carlos Camponez e coorientação de Saul Gomes. O livro “O Jornalismo Leiriense e a Grande Guerra” vai muito além da análise jornalística do conflito, explica o autor: ”Retrata em vários capítulos o Portugal de então, da débil Monarquia à implantação da República; apresenta as origens do conflito e os primeiros repórteres; Leiria no final do século XIX e início do século XX; a análise da imprensa de Leiria da época e finalmente o objeto principal do estudo: capelanias militares e a luta de José Ferreira de Lacerda por esta causa na Grande Guerra e a crónica de guerra que este sacerdote-jornalista fez publicar com os seus relatos de pormenor diretamente das trincheiras, ao lado dos seus soldados valentes”. A obra “pode estimular o leitor para a análise, contextualizando as épocas mas também as motivações dos acontecimentos”, conclui.

p A chegada dos corpos dos soldados à Batalha foi um acontecimento de grande relevância


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Batalha

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Desporto

m Os praticantes de BTT da associação, que comemorou o oitavo aniversário no início do mês, querem promover a modalidade e o município A Associação Batalhabikers, que comemorou no início deste mês o oitavo aniversário, tem como objetivos principais a prática de BTT e a divulgação da modalidade e do Centro de BTT da Batalha/Pia do Urso, através da realização de eventos e da participação em competições, nalgumas das quais já obteve bons resultados. Neste momento, tem 35 associados pagantes de quotas “e o orçamento disponível é sempre muito pouco”. “Somos uma associação sem fins lucrativos e não temos muitas fontes de receita, o que nos deixa sempre com pouco fundo de maneio para investir nos eventos que organizamos”, refere Paulo Ribeiro, presidente da Associação Batalhabikers. “Nunca é suficiente, porque quando organizamos um evento ou passeio de

BTT temos sempre despesas fixas com seguros, autoridades de segurança, fitas, alimentação e outras que tornam o orçamento escasso”, adianta. A maior parte do orçamento da coletividade resulta das quotas anuais dos associados, inscrições nos passeios, patrocínios de empresas e das candidaturas aos programas de apoio da câmara. “E bem podemos dizer que a câmara apoia o desporto, apesar de precisarmos sempre de mais. Sempre que temos solicitado apoio em materiais de som, arco de meta, baias e logístico, tem sido prontamente dado e com excelente cooperação”, destaca Paulo Ribeiro. Quanto às dificuldades existentes, o presidente da associação destaca como “principais a falta de meios para apoiar os atletas em competição nacional e regional, com bons resultados, com custos elevados todos os fins de semana; o orçamento reduzido e a falta de sede”. Para obstar a estar dificuldades, vale o trabalho dos sócios que ajudam a organizar e a preparar os eventos, os amigos que se oferecem como volun-

Foto: Carlos Venceslau

Batalhabikers pedalam pelo desporto e promoção do concelho há oito anos

p O passeio de BTT “Pedaladas com história 2014” assinalou o 8º aniversário dos Batalhabikers tários para colaborar nos dias dos passeios e emprestam jipes e motas para

as deslocações de marcação e retirada das fitas dos passeios.

A associação - criada oficialmente em 2010, mas com origem num grupo de

praticantes formado em 2006 - tem atletas envolvidos no campeonato de XCR (XCR Resistência da Cidade de Fátima), raids, Maratona do Centro, Maratona de Mortágua, Urban Night Race da Batalha, Trofeu do Oeste, Douro Bike Race e em passeios e outros eventos de BTT, na região e no país. Os resultados mais importantes obtidos até agora foram o 2º lugar da geral em ‘veteranos A’ de Filipe Melo Ribeiro, no Troféu do Oeste; que conseguiu também o 5º lugar da geral e 3º no seu escalão no XCR Resistência da Cidade de Fátima. Na Maratona do Centro salientam-se as excelentes participações de Hélio Videira e Filipe Melo Ribeiro.

s registo Passeio solidário de Natal recolhe bens para quem precisa A Associação Batalhabikers promove dia 14 de dezembro o evento solidário de natal “2º Passeio BTT - O Natal na Batalha tem mais brilho 2014”. As inscrições estão limitadas a 200 atletas, de todas as idades e independentemente da sua experiência na modalidade, que têm à disposição dois percursos, de 16 e 30 quilómetros.

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A inscrição solidária é feita em produtos (bens alimentares, roupa de criança, roupa de adulto e brinquedos) e inclui seguro de responsabilidade civil e acidentes pessoais, policiamento, reforço alimentar (sandes, fruta, sumos e água), uma lembrança e banhos. O “2º Passeio BTT - O Natal na Batalha tem mais brilho 2014” realiza-se com apoio da câmara, associações de concelho que praticam BTT (ARB, Nasa, Skydoi, Genesse, GTEam e outros) e dos

lojistas da Batalha. Esta iniciativa tem como objetivo “promover a solidariedade para com os mais pequenos e famílias com menos recursos. Em conjunto com várias entidades e pessoas já foi possível recolher muita roupa, bens alimentares e brinquedos, entregues à Loja Social da Batalha”, diz Paulo Ribeiro. O orçamento do passeio é suportado em mais de 90% pela Associação Batalhabikers.


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Jornal da Batalha

A fechar

Fundos comunitários fundamentais para concretizar grandes projetos m Orçamento da câmara para o próximo ano cresce 630 mil euros (6,52%) devido nomeadamente ao aumento da receita de impostos diretos e da venda de bens e serviços

O orçamento da câmara municipal para o próximo ano, aprovado na reunião do executivo do dia 10 deste mês, ascende a 10,3 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 630 mil euros (6,52%) em comparação com o ano em curso. Este crescimento “é influenciado pelo ligeiro crescimento da receita de impostos diretos, em resultado das previsões de crescimento da economia e medidas fiscais, e consequência da evolução positiva da receita relativa à venda de bens e serviços correntes”, explica a autarquia, em co-

municado, adiantando que o documento “foi elaborado com base nos princípios da prudência, do rigor, da transparência e do equilíbrio”. O “Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2015” [contemplam exatamente 10.286.259 de euros] assentam numa “estratégia de consolidação das finanças do município, por via da contenção da despesa e otimização dos recursos, visando ainda o crescimento, através da manutenção de políticas de desenvolvimento sustentável, considerando as atuais condicionantes económico-financeiras do país e da Europa”. “Um orçamento de rigor e de aposta no crescimento inteligente” é como o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, caracteriza o documento, destacando “o aumento do investimento em mais de 23% (333.208 euros) face a 2014”. “Vivemos tempos em que é importante semear para capacitar o municí-

p Paulo Batista Santos: “É um orçamento de rigor e de aposta no crescimento inteligente”

p O orçamento prevê a criação de um novo parque de eventos na zona do antigo campo de futebol pio dos meios necessários para abordar com sucesso o novo ciclo de fundos europeus, no quadro do “Portugal 2020”, que começa a ser executado no próximo ano e é um desafio e uma oportunidade para os próximos tempos que pretendemos abraçar com uma renovada ambição”, destaca. Segundo Paulo Batista Santos, o orçamento “orienta-se para a manutenção dos níveis mínimos do endividamento, capazes de garantir uma tesouraria saudável, prazos médios de pagamento reduzidos e fundos disponíveis positivos em cumprimento com as novas regras da lei dos compromissos e dos pagamentos em atraso”. O documento está ainda orientado para as questões da coesão social, através do reforço das políticas sociais de apoio às famílias, aos idosos, às pessoas portadoras de deficiência e às instituições de solidariedade social, através da dinamização e incremento de iniciativas de ação social que complementem a intervenção do Estado e das instituições que atuam no concelho.

Em termos gerais, verifica-se um crescimento de 6,03% nas receitas correntes e um aumento de 8,78% nas receitas de capital. Nas despesas correntes a subida é menos significativa, com uma variação de 5,05%, e nas despesas de capital há um aumento de 12,35%. A previsão de crescimento orçamental das receitas “é maioritariamente orientada, no lado da despesa, para investimento com o intuito de fortalecer a estratégia de crescimento sustentável preconizada pelo Município da Batalha”, refere o comunicado da autarquia. Quanto às despesas, o maior peso regista-se na aquisição de bens e serviços, com um ligeiro agravamento de 4,94%, originado sobretudo pelo crescimento das faturas com a recolha e tratamento de efluentes (Simlis 1,154 milhões de euros) e recolha e tratamento de lixos (Valorlis e Suma, 818.752 euros). Na componente de juros e outros encargos, reflete a redução das taxas e do endividamento municipal, apresentando uma diminuição de 103.495 euros.

s registo Obras-âncora abrangem desde a juventude à resolução de problemas ambientais No que concerne às prioridades de investimento, a autarquia destaca os projetos enquadrados no QREN Quadro de Referência Estratégica Nacional (reprogramação), com o objetivo de captar taxas de cofinanciamento na ordem dos 85% que garantam a sua viabilização e o equilíbrio do orçamento, bem como uma forte aposta na abordagem local ao novo ciclo de fundos europeus “Portugal 2020”. Como projetos-âncora, as “Grandes Opções do Plano do Município para 2015”, evidenciam os projetos que “já têm uma perspetiva de contratos de financiamento comunitário assegurados”, como por exemplo a “Valorização ambiental margem nascente do Rio Lena - Parque ecológico e Parque de estacionamento periférico de apoio intermodal” [ver notícia na página 5 desta edição] e o “Eixo circular Rio Lena e Parque de autocarros de apoio centro histórico e turístico da vila da Batalha”, com um custo total estimado a rondar os 1,3 milhões de euros. A requalificação urbanística da zona envolvente ao Mosteiro de Santa Maria Vitória, junto EN1 e a criação de um novo parque de eventos (na zona do antigo campo de futebol), são projetos que representam um investimento superior a dois milhões de euros e “contribuirão decisivamente para a regeneração urbana e ambiental da Batalha, para além do primeiro procurar dar uma resposta aos graves problemas ambientais que afetam o mosteiro”, destaca a câmara. A construção da Casa da Juventude [unidade de apoio à Rede Europeia do Conhecimento para a Juventude], com um custo de 987.858 euros, e a criação do Centro de Apoio à Rede Europeia de Investigadores (FABLAB/laboratório de apoio ao património), orçado em 1,033 milhões de euros, são duas das opostas municipais na abordagem ao “Portugal 2020” e no âmbito do “Programa Horizonte 2020 - Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação”.


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Necrologia / Publicidade Batalha

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e oito a folhas setenta, do Livro Duzentos e Um - B, deste Cartório. Ilda Pinheiro da Silva, NIF 138 165 882, solteira, maior, natural da freguesia e concelho da Batalha, residente na Rua São João de Eudes, nº51, 4º Dto., Lomba d’Égua. Fátima, Ourém, declara que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do prédio Urbano, composto de uma casa de habitação de rés do chão e anexo com superfície coberta de cento e trinta e cinco metros quadrados, sito em na Rua do Carvalhal, nº 25, Quinta do Sobrado, freguesia e concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, Inscrito na matriz predial sob o artigo 1.451, pendente de avaliação a que atribuem o valor de treze mil euros; Que, adquiriu este prédio no ano de mil novecentos e oitenta e dois, por doação verbal de Maria Conceição Pinheiro, viúva residente que foi na Quinta do Sobrado, Batalha, não dispondo a justificante de qualquer titulo formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, habitando o prédio, nele fazendo benfeitorias, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o prédio por usucapião.

para Batalha (das 14h às 20h e sábado das 10h às 15h) Contacto: 964 140 800

Elvira Henriques Patrício

72 anos Casal da Amieira – Batalha N. 16 – 01 – 1942 F. 21-10-2014 AGRADECIMENTO

73 Anos N. 09-12-1940 F .18-10-2014 Golpilheira - Batalha

Sua esposa: Piedade Vieira da Silva Pereira da Silva, filhos: Carlos A. Vieira Pereira da Silva, Cláudia M. Vieira Pereira da Silva e Carolina T. Vieira Pereira da Silva e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda e ainda agradecer a todas as Instituições das quais o Sr Cláudio fez parte que o apoiaram durante a sua doença. Por fim, um agradecimento a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”. Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

AGRADECIMENTO Seu Marido, Filhos, Genro, Noras, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Óbitos Gracinda de Oliveira Machado

Batalha, onze de Novembro de 2014. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/3 Jornal da Batalha, ed. 292, de 17 de Novembro de 2014

EMPREGADA DOMÉSTICA

Cláudio Pereira da Silva

97 anos Torre – Reguengo do Fetal – Batalha N. 18 – 10 – 1917 F. 28 – 10 – 2014 AGRADECIMENTO Seu marido: Luís de Jesus Vieira, filhas: Mª Augusta Machado Vieira de Oliveira e Mª Luísa M V. Santos Carreira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “Permanecerás viva nos nossos corações. Descansa em paz.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Cupão de Assinatura Para novos assinantes ou renovações de assinaturas Desejo receber na morada abaixo indicada o mensário JORNAL DA BATALHA durante 1 ano (12 edições) por: 10 euros (Portugal) | 20 euros (Europa) | 30 euros (resto do mundo) Nome ________________________________________________Data Nasc.____/____/_____ Nº Contribuinte_________ Morada _____________________________________________ Localidade ________________Cod. postal_______-____ Tel./Telemóvel ____________________Email___________________________________Profissão __________________

Fernando da Silva Brogueira, 77 anos, casado com Maria da Silva Carreira, pai de Abel, Pedro e Joana Silva Brogueira. Residia em Tojal. Faleceu dia 17 de Outubro de 2014, tendo sido sepultado no cemitério de Tojal José Louro Carreira Gomes, 68 anos, viúva de Arminda Matilde de Sousa, pai de Pedro, Paulo e Telmo Sousa Gomes. Residia em Casais de Além. Faleceu dia 19 de Outubro de 2014, tendo sido sepultado no cemitério de Calvaria de Cima Cláudio Pereira da Silva, 72 anos, casado com Piedade Vieira da Silva Pereira da Silva, pai de Carlos, Cláudia e Carolina Vieira Pereira da Silva. Residia em Casal da Amieira. Faleceu dia 21 de Outubro de 2014, tendo sido sepultado no cemitério de Batalha José Manuel da Silva Mouco, 65 anos, casado com Maria Alice Maurício Louro da Silva, pai de Telmo, Nelson e Filipa Louro da Silva. Residia em Casais de Além. Faleceu dia 21 de Outubro de 2014, tendo sido sepultado no cemitério de Calvaria de Cima. José de Jesus Esperança, 78 anos, casado com Mª Amélia Rosa Carreira de Jesus Esperança, pai de Carla Sofia Carreira Esperança. Residia em Reguengo do Fetal. Faleceu dia 24 de Outubro de 2014, tendo sido sepultado no cemitério de Reguengo do Fetal Gracinda Oliveira Machado, 97 anos, casada com Luís de Jesus Vieira, mãe de Mª Augusta e Mª Luísa Machado Vieira. Residia em Torre. Faleceu dia 28 de Outubro de 2014, tendo sido sepultada no cemitério de Torre

Modos de pagamento (assinale a opção pretendida) Cheque ou Vale Postal no valor de _______€ à ordem de Bom Senso, Lda. Pagamento por Transferência Bancária NIB 003503930009288793092 CGD (indicar nome e anexar comprovativo)

Lourdes do Rosário Pacheco, 85 anos, viúva de António Moreira, mãe de António e Maria Isabel Pacheco Moreira. Residia em Jardoeira. Faleceu dia 10 de Novembro de 2014, tendo sido sepultada no cemitério de Batalha

Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B, Apartado 81, 2440-901 Batalha . info@jornaldabatalha.pt . Tel. 244 767 583

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