JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE JULHO 2015

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João Pragosa

Parque dos Infantes é o novo centro

25anos PORTE PAGO

W pág. 16

DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXVI nº 300 | Julho de 2015 |

W Especial aniversário. Pág. 02 a 15 Francisco Coutinho (dir.) com o ministro da presidência Fernando Nogueira, na Batalha, em 1987

Um quarto de século contado por quem governou o concelho Publicidade

T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com


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25 anos

Edição especial

julho 2015

Jornal da Batalha

As memórias de 25 anos do Jornal da Batalha e do concelho Carlos Ferreira

João Pragosa

Parque dos Infantes é o novo cent ro

PORTE PAGO

25anos

Diretor

W pág. 16

DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jorn aldabatalh a.pt | www.jorn aldabatalh a.pt | MENSÁRIO Ano XXVI nº 300 | Julho de 2015 |

W Especial aniversário. Pág. 02 a 15

Francisco Coutinho (dir.) com o ministro da presidência Fernando Nogueira, na Batalha, em 1987

Um quarto de século contado por quem governou o concelho T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com

“Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado”. A frase, atribuída à professora e historiadora brasileira Emília Viotti da Costa, serviu de guião a esta edição especial que assinala os 25 anos do Jornal da Batalha. Um quarto de século é pouco tempo na história de um país, ou de um concelho como o nosso, mas é o suficiente para percebermos melhor o legado deixado pelas personalidades que desempenharam cargos de relevância pública e por muitos outros cidadãos que contribuíram para transformar a Batalha - hoje

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

completamente diferente do que era em 1990. Este número 300 do Jornal da Batalha reúne os depoimentos de 15 personalidades que, em diversas áreas, recuperam da memória pessoal e coletiva momentos que mudaram a história do Concelho da Batalha. Ao longo de 14 páginas, pode o leitor relembrar, por exemplo, o trabalho desenvolvido pelos três primeiros presidentes do município do pós-25 de Abril. – Ainda se lembrava que Francisco Coutinho assumiu a autarquia com apenas 24 anos? “Fui eleito presidente da câmara pelo PPD, em 1976, o que muito me honra, nas primeiras eleições autár-

quicas livres realizadas em Portugal”, lembra o também ex-Governador Civil do Distrito de Leiria, recordando obras dos seus mandatos: “Criou-se o primeiro PDM a nível nacional, o que veio a permitir o início do planeamento urbano do concelho. Iniciaram-se as infraestruturas para a futura zona industrial da vila, para o núcleo urbano da célula B e para zonas desportivas na sede do concelho e nas freguesias. Foram, ainda, construídos diversos blocos para a habitação social. Ia-se procedendo, paralelamente, à difusão do saneamento básico e da água canalizada”. Raúl Castro, agora presidente da Câmara de Lei-

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena; António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha.

ria, considera que “aceitar o desafio para falar da Batalha no período iniciado em 1990 é folhear o livro da vida de alguém que um dia mereceu a confiança dos Batalhenses para dirigir os seus destinos na perspetiva autárquica”. “O processo criativo para atrair visitantes era reforçado pelo surgimento da Feira Internacional de Artesanato - FIABA, pela realização de torneios internacionais, nomeadamente andebol, com transmissões televisivas. Aproveitava-se, sempre que possível, realizações televisivas que promoviam o concelho - os Jogos Sem Fronteiras ou as Cantigas da Minha Rua”, destaca.

Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 962108783) Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 €

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António Lucas procurou focar-se especialmente no período compreendido entre 1997 e 2013, ou seja, nos quatro mandatos à frente da câmara municipal e salienta: a ampliação da rede de saneamento do concelho, finalização do edifício sede da câmara, construção da biblioteca, ludoteca e auditório, dos centros escolares da Batalha e de São Mamede, da zona desportiva e parque envolvente, requalificação do Largo 14 de Agosto, Cónego Simões Inácio e da sede da freguesia de São Mamede, requalificação da Pia do Urso e construção do parque eco sensorial e o centro de BTT. O atual presidente da au-

Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

p Reprodução das capas da 1ª edição e da atual

tarquia, Paulo Batista Santos, que em outubro completa dois anos à frente dos destinos do município, também escreve nesta edição do Jornal da Batalha, completando o leque dos quatro autarcas que governaram o concelho desde o 25 de Abril de 1974. Mas há muito mais para ler e ver. Aceite o caro Leitor o nosso desafio de seguir em frente nas páginas e na nossa companhia nos anos vindouros. Aceitem também os nossos Colaboradores o mesmo desafio. A todos, obrigado pela dedicação, colaboração e carinho que têm dedicado ao Jornal da Batalha. Boa leitura!

Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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p O recéminaugurado Parque dos Infantes p Incêndio em Santo Antão, na empresa Lislaca, em 2005

Fotos: Rui Gouveia

Imagens preservam a vida do concelho Rui Gouveia é autor de imagens marcantes e inconfundíveis, captadas no Concelho da Batalha. É engenheiro civil de profissão e partilha com os leitores do Jornal da Batalha fotografias que, por razões diferentes, o sensibilizaram ao longo dos anos. Rui Gouveia tem 52 anos, 34 dos quais dedicados à fotografia, reside na Batalha e é chefe da Divisão do Ordenamento do Território e Obras Municipais da câmara municipal. Há 23 anos que vive na vila e, entre as mudanças a que já assistiu, destaca a variante nascente e o Parque dos Infantes. “Talvez seja uma das mais marcantes, pela importância que têm o eixo viário e parque ecológico”, explica.

p Cabra à janela na Rebolaria

p O músico Pedro Abrunhosa nas Festas da Batalha em 2012

p Gala lírica com Carlos Guilherme e Isabel Alcobia, acompanhados pela Orquestra das Beiras, no mosteiro

p Incêndio florestal em São Mamede em 2007 p Neve no Largo de São Mamede

Rua D. Filipa de Lencastre, 1 . Batalha . 244 768 839 Algés, Alverca, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Odivelas, Viseu, Batalha

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s António Lucas

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s Francisco Coutinho Consultor, TOC, presidente da assembleia municipal e ex-presidente da Câmara da Batalha

Sentimos menos a crise do que os municípios endividados Em primeiro lugar quero deixar um voto de parabéns ao Jornal da Batalha, desejando que daqui a mais 25 anos possamos comemorar as bodas de ouro deste mensário, com uma comunicação de qualidade ao serviço dos Batalhenses e da região. Um quarto de século é muito tempo, tendo acontecido imensos factos, importando recordar e meditar sobre os mesmos. Procurarei focar-me especialmente no período compreendido entre 1997 e 2013, ou seja, nos quatro mandatos à frente da Câmara Municipal, referindo projetos e atividades importantes para o concelho e retratadas e dadas a conhecer aos cidadãos pelo Jornal da Batalha. Na ótica económico/financeira, os dois primeiros mandatos ainda foram muito difíceis, procurando continuar a equilibrar as contas municipais, lançando bases para um futuro sustentável, sempre com a preocupação na implementação de medidas e projetos que gerassem desenvolvimento e qualidade de vida para os cidadãos, sem os penalizar excessivamente com impostos, tarifas e taxas municipais. Esta estratégia viria a produzir resultados muito positivos e muito percetíveis, a partir do momento em que a crise se acentuou em Portugal, com cortes nas transferências do OE, com imperativos de redução de despesa, com a introdução da lei de compromissos e pagamentos em atraso. Em sede de gestão municipal, acabámos por sentir menos a crise e os seus efeitos, do que os municípios muito endividados, com quadros de pessoal ampliados e com despesa corrente muito elevada. Este equilíbrio permitiu a concretização de importantes projetos fundamentais para o desenvolvimento do

p António Lucas em 2003 concelho, a par de outros menos visíveis, de caráter mais imaterial, mas igualmente importantes para as camadas mais frágeis da nossa população. Permitiu também, a maximização do aproveitamento dos fundos comunitários, no âmbito do QCA II, QCA III, QREN e a partir de 2014 permitirá potenciar a utilização dos fundos do Portugal 2020. Em suma, são precisos muitos anos para reorganizar e estabilizar financeiramente uma Câmara Municipal, é necessário ainda uma gestão controlada em permanência, para que se mantenha a situação de equilíbrio, bastando algumas distrações e euforias, para que os desequilíbrios surjam, aumentando de imediato a fatura dos munícipes. De outra forma, a fatura será sempre mais cara para os cidadãos. Ao longo do período em análise, executaram-se muitos projetos importantes, limitando-me a referir alguns que considero mais relevantes. Projetos de caráter material: ampliação da rede de saneamento do concelho, finalização do edifício sede da câmara, construção da biblioteca, ludoteca e auditório; construção dos centros escolares da Batalha e de São Mamede, construção

da zona desportiva e parque envolvente, requalificação do Largo 14 de Agosto, Cónego Simões Inácio e da sede da freguesia de São Mamede, requalificação da Pia do Urso e construção do parque eco sensorial, centro de BTT, casas velório, Museu da Comunidade Concelhia, pavilhão gimno desportivo na Golpilheira, requalificação de muitos quilómetros de vias municipais, investimentos no setor das águas que fizeram com que as perdas na rede passassem de mais de 50% para 25%, diversos investimentos de proteção da floresta contra incêndios, piscina de Reguengo do Fetal, Etc. Projetos de caráter material desenvolvidos pelo poder central em parceria com o município: Centro de Saúde de São Mamede, variante da Batalha, posto da GNR, posto de vigilância de incêndios florestais, requalificação da Ponte da Boutaca, requalificação da Igreja Matriz, requalificação da Igreja de São Mateus, etc. Projetos em parceria com IPSS: Unidades de Cuidados Continuados da Misericórdia da Batalha. Projetos de caráter imaterial: introdução dos tempos livres e refeições para todos os miúdos do pré escolar e 1º CEB, introdução do

inglês nos 3º e 4º anos do 1º CEB, implementação da comparticipação nos medicamentos para idosos e reformados, implementação de bolsas de estudo; implementação de diversos protocolos com as IPSS e coletividades, forte apoio aos bombeiros, implementação de isenções em licenças de construção para jovens casais, na construção de habitação própria; implementação do orçamento participativo, imensos projetos inclusivos, que continuam a gerar prémios para o município, etc. Captação de investimento estrangeiro: projeto Fassa Bortolo, com um investimento direto de 25 milhões de euros. Como resultado da união de esforços entre município, freguesias, IPSS, coletividades, empresários, colaboradores da autarquia e cidadãos, foi possível o desenvolvimento do concelho, demonstrado em vários indicadores de carater regional e nacional, entre os quais os índices de desemprego, mas acima de tudo a evolução da população com os censos de 2001 e 2011 a evidenciarem crescimentos populacionais bem acima da média nacional. Também aconteceram momentos difíceis e muito tristes, como foi o caso da morte de um miúdo num equipamento desportivo, a morte do meu pai, os incêndios de 2003 e 2005 e diversos acidentes mortais no IC2, mas nos dois últimos casos, também foram lançadas bases para que a sua repetição seja mais difícil e menos provável. Em suma, quando a gestão é racional, isenta, discreta, próxima das pessoas e com o envolvimento dedicado dos colaboradores, os resultados acabam por aparecer de forma sustentável, permitindo olhar o futuro com tranquilidade e esperança.

Não existe comparação possível com a qualidade de vida atual

p Francisco Coutinho assumiu o cargo de autarca aos 24 anos No início dos anos 70, fui viver para a Batalha, por razões de ordem profissional. Na altura, a vila era uma pequena comunidade, predominantemente rural, com inúmeras carências a todos os níveis. Havia o Mosteiro e as consequentes transformações da pequena urbe, em resultado de opções políticas do Estado Novo, que alteraram a fisionomia do espaço envolvente. Não existe comparação possível com a qualidade de vida que actualmente se vive no concelho. Havia carências de toda a ordem. Faltavam escolas, estradas, arruamentos, água canalizada, saneamento, recolha de lixos e uma enorme carência de assistência médica. Na altura, estava por concluir a electrificação do concelho. Ter um frigorífico ou ver televisão não era uma possibilidade acessível à generalidade da população. Não havia qualquer jornal local, nem as novas tecnologias da informação. Fui eleito presidente da

Câmara pelo PPD, em 1976, o que muito me honra, nas primeiras eleições autárquicas livres realizadas em Portugal, com vinte e quatro anos. Exerci quatro mandatos à frente dos destinos do concelho. Uma das prioridades da ação desenvolvida foi a criação de oportunidades educativas para os mais novos, em colaboração com a administração central. Neste período, foram construídas diversas escolas, desde o ensino préprimário ao secundário, e iniciados os transportes escolares, para além do apoio aos jovens estudantes. Deram-se passos importantes no âmbito da educação de adultos e da ocupação de tempos livres. As novas dinâmicas sociais e o apoio autárquico permitiram o desenvolvimento do associativismo cultural por todo concelho. Diligenciou-se, também, a criação de legislação que instituiu o museu do Mosteiro e o respectivo conselho consultivo. A fim de proteger o princi-


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s Raul Castro Professor Universitário de Direito, ex-presidente da câmara

Ex-presidente da Câmara da Batalha

e antigo Governador Civil de Leiria

e atual líder do Município de Leiria

Está a surgir uma grande área metropolitana

pal símbolo da Batalha, procedeu-se à sua classificação como património mundial pela UNESCO e comemorou-se os 600 anos da Batalha de Aljubarrota, de onde veio a nascer o actual museu de Aljubarrota. Criou-se o primeiro PDM a nível nacional, o que veio a permitir o início do planeamento urbano do concelho. Iniciaram-se as infraestruturas para a futura zona industrial da vila, para o núcleo urbano da célula B e para zonas desportivas na sede do concelho e nas freguesias. Foram, ainda, construídos diversos blocos para a habitação social. Ia-se procedendo, paralelamente, à difusão do saneamento básico e da água canalizada, que, hoje, muitos não têm condições de pagar devidos aos custos, em resultado da precipitada privatização. Na área da saúde e da assistência actuou-se no sentido de garantir um crescente bem-estar às populações. Procedeu-se à criação dos centros de saúde da Batalha,

de São Mamede e à construção do quartel dos Bombeiros Voluntários, bem como ao início do seu equipamento. Em ligação com as associações económicas e outras entidades procurou-se apoiar as actividades comerciais e turísticas, em particular a Feira de São Mamede, as Festas Batalha e os certames relacionados com as actividades agrícolas, artesanais e a pecuária. Foi construída, ainda, uma central fruteira na localidade da Jardoeira. Durante o período dos mandatos, houve a necessidade de apoiar a população vinda do antigo Ultramar e de criar mecanismos de apoio aos nossos emigrantes. Ainda em resposta às aspirações da população foi criada a freguesia da Golpilheira. Foram tempos de grandes desafios, em condições excepcionais e muitas vezes conturbadas, vividos intensamente e procurando servir as populações, apesar das grandes fragilidades da orgânica autárquica e dos seus serviços. Não posso deixar de ter uma palavra para todos quantos fazendo parte dos órgãos municipais se empenharam em contribuir para o desenvolvimento da Batalha e na superação dos entraves então existentes. Viviam-se tempos de mudança, mas também de confiança. Os problemas hoje são diferentes e muitos sentem a dureza do modo de vida. Vivem desencantados com a política e descrentes no futuro.

Aceitar o desafio para falar da Batalha no período iniciado em 1990 é folhear o livro da vida de alguém que um dia mereceu a confiança dos Batalhenses para dirigir os seus destinos na perspetiva autárquica. Uma Batalha adormecida à sombra do seu imponente Mosteiro e que suscitou um desafio de projetar os seus valores e potencialidades. A surpresa do resultado autárquico aumentou a responsabilidade de justificar essa opção. A recuperação financeira, o arrumar a casa, a envolvência do associativismo, as parcerias com as empresas, a resolução de alguns dossiers com relevância económica, foram segmentos onde se aplicaram os melhores esforços para se obterem os melhores resultados. A pouco e pouco, foram surgindo projetos com especial influência na educação dos mais jovens, que pela sua originalidade tiveram reconhecimentos pelas entidades mais credíveis do País. De uma taxa de sucesso de 66% passou-se finalmente a 100% em 1995!... Hoje é reconhecido por muitos o esforço desenvolvido pelo Município, pelos professores e pelos Pais. Noutra área, conseguiase finalmente ter um pavilhão desportivo na Batalha, bem como um complexo de piscinas, para além de se construírem um conjunto de polidesportivos pelo concelho, posteriormente transformados também em pavilhões. O processo criativo para atrair visitantes era reforçado pelo surgimento da Feira Internacional de Artesanato - FIABA, pela realização de torneios internacionais, nomeadamente andebol, com transmissões televisivas. Aproveitava-se, sempre que possível, realizações televisivas que pro-

p Raul Castro em 1991 moviam o concelho - os Jogos Sem Fronteiras, Cantigas da Minha Rua, etc. O associativismo passava a assumir-se como parceiro estratégico, colhendo exemplos nomeadamente do Rosas do Lena, em que Travassos Santos era o grande impulsionador juntamente com muitos outros Bairristas. A Batalha ganhava vida. Muitas iniciativas marcavam o concelho. Muitos das redondezas já procuravam ir até à Batalha desfrutar da calma e segurança… A relação com os nossos emigrantes era fortalecida a diversos níveis. No sector empresarial, havia agora mais empresas a instalarem-se no concelho, justificando uma baixa taxa de desemprego. Muitos contribuíam para tais resultados. A implicação no urbanismo era evidente, com o aparecimento de novas habitações e mais moradores externos. Face a esses resultados

havia que dar passos em frente, buscando mais talento e inovação, projectando o concelho, com uma interação mais forte com os concelhos vizinhos. Era preciso conseguir força de “bastidores” para alcançar outros benefícios em favor dos Batalhenses. Falava-se por exemplo na criação da Comarca, na construção de um auditório monumental frente ao Mosteiro que o defenderia dos efeitos da circulação automóvel, bem como numa Escola Nacional de Artes e Ofícios que traria até nós muitos alunos de vários pontos do País e futuramente de outros Países. Infelizmente não se conseguiram concretizar. As acessibilidades há muito faladas acabaram por surgir: a variante interna da Batalha e anos mais tarde uma via rápida com portagem, que acaba por não ter o efeito pretendido, o qual seria desviar o trânsito da frente do Mosteiro.

Depois de percorrer as folhas deste livro de vida, vejo que de forma natural mas progressiva, está a surgir uma grande área metropolitana formada por Leiria, Marinha Grande e Batalha e posteriormente estendida até Pombal e Porto de Mós. Surpresa? Basta imaginar as fronteiras destes municípios há 50 anos… Fica desta passagem com responsabilidades autárquicas a Amizade com muitos Batalhenses, que ainda hoje é expressa pelas inúmeras provas, de que me sinto devedor, por parte de Todos os que me ajudaram no exercício daquelas funções.


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92,3% de utentes satisfeitos com os serviços de saúde Vinte e cinco anos passaram a correr. Conheço a Batalha desde que nasci. Aqui comecei o meu percurso escolar e tambÊm foi neste concelho que iniciei a minha profissão: mÊdica de família. Quando cå cheguei, hå cerca de 22 anos, tudo era diferente. Tínhamos um Centro de Saúde, cujo diretor, um mÊdico sensato e com caråcter assente em princípios, sempre lutou pelo sucesso do Centro de Saúde e pela sua equipa de 11 mÊdicos de família. Nessa altura, excetuando as åreas

de prevenção obrigatórias como o Planeamento familiar, Saúde Materna e a Saúde Infantil, todas as outras consultas eram marcadas ao acaso. Lembro-me das longas filas de espera para se marcar uma consulta, mas tambÊm para solicitar um medicamento ou para avaliação de exames complementares de diagnóstico. Privilegiava-se as consultas marcadas no dia e para o dia. A programação das consultas, quando existia, era realizada pelos utentes. A recorrência ao

Serviço de Atendimento Permanente (SAP) surgia como alternativa aos utentes/doentes. A valorização dos doentes de elevado risco cardiovascular era reduzida, sendo a sua observação clínica semelhante às restantes. Num país onde a principal causa de morte Ê o acidente cerebrovascular (AVC), esta desvalorização tornou-se clinicamente preocupante. Todos estes fatores representavam para mim grande preocupação e angústia, uma vez que, ape-

sar da envolvência da especialidade que optara por seguir, não se apresentara possível a aplicabilidade pråtica daquilo que defendia. Foi neste seguimento que optei por criar rapidamente a consulta de Diabetes em São Mamede, onde me encontrava colocada. Aos poucos começou a pensar-se em constituir uma Unidade de Saúde Familiar. Foi um processo longo, arduamente trabalhoso e de muita contestação. Apesar de tudo, temos a

USF Condeståvel, cuja atividade iniciou a 30 de setembro de 2011, constituída por uma equipa de nove mÊdicos, nove enfermeiros e oito secretårios clínicos e por três polos. Por opção de toda a equipa, comecei por ser a Coordenadora deste projeto. Alterar formas de trabalhar, de pensar, de agir não Ê fåcil. Numa altura em que o país estå a sofrer grandes mudanças e em que os salårios são cada vez menores e o horårio laboral cada vez mais longo, Ê muito di-

CLĂ?NICA DE MEDICINA DENTĂ RIA DA BATALHA Dra. SĂ­lvia Manteigas Dr. Ricardo Gomes

Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentåria Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia EleutÊrio

DESDE 1995

Dra. CĂŠlia Neto - Ortodontia Dra. Joana Barros Ferreira - Odontopediatria

ClĂ­nica DentĂĄria e OsteopĂĄtica s Restauraçþes s $ESVITALIZAĂŽĂœES s 0RĂ˜TESES lXAS E REMOVĂ“VEIS s "RANQUEAMENTOS

- Osteopatia Dr. Carlos Martins s 4RATAMENTO DE HĂ?RNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS s /PERADOS A HĂ?RNIAS LOMBARES QUE MANTENHAM A DOR s /MBRO DOLOROSO CONGELADO TENDINITES s #ORRECĂŽĂ?O POSTURAL EM CRIANĂŽAS ADOLESCENTES E ADULTOS s %STUDO DO DESENVOLVIMENTO MUSCULAR DA CRIANĂŽA s 4ORCICOLOS DORES MUSCULARES ARTICULARES E DOR CIĂˆTICA s 2ELAXAMENTO PROFUNDO

Acordos AXA, BES Seguros, Seguro Advance Care, Multicare, Tranquil Tranquilidade, SAMS, CGD e outros

Contactos para marcaç marcaçþes e informaçþes: 244 049 830 ou 911 089 187 Rua dos Bombeiros Voluntårios, Loja D Batalha

fícil instalar processos de mudança, estimulando, motivando e demostrando o caminho sem o impor. Tornou-se um processo motivador mas de muito trabalho para todos os elementos da equipa. Hoje temos 92,3% de utentes satisfeitos/muito satisfeitos com os serviços prestados (questionårio). Temos consultas de Hipertensão, Diabetes, Saúde Infantojuvenil, Saúde da Mulher (Planeamento Familiar, Saúde Materna, ClimatÊrio e rastreio oncológico - mama

Consultas de segunda a sĂĄbado L 244 767 593 L 937 901 566


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e colo do útero), enfermagem, domicílios, rastreio colo-retal e consultas programada, aberta e de intersubtituição. Temos espaços temporais dedicados ao receituário, atendimento telefónico e reunião semanal. Para além de médico de família existe a enfermeira de família, com toda a sua função e envolvência, sendo fundamental o seu reconhecimento por cada utente. As consultas são preferencialmente marcadas previamente pelo próprio utente ou cuidador, presencialmente, por telefone ou por e-agenda. As consultas do dia – consulta aberta, são apenas para doença aguda (têm duração de 10 minutos). Todos sabemos o que fazer e como fazer: existe

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Plano de Ação, Plano de Acompanhamento Interno, Regulamento Interno, Manual de Procedimentos e de Boas Práticas, Guia do Utente, Direitos dos Utentes, mas também Deveres e Carta de Qualidade. A nossa USF é também um centro de formação: recebemos alunos de medicina e de enfermagem, bem como médicos estagiários do Centro Hospitalar de Leiria. Atualmente cinco dos nove médicos da USF Condestável são orientadores de formação da especialidade de Medicina Geral e Familiar, encontrandose 10 médicos internos em formação da especialidade (desde o 1º ao 4º ano). Somos uma equipa unida e trabalhamos todos com

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p Centro de Saúde da Batalha um objetivo comum: o bemestar físico e psíquico da população do concelho da Batalha, sendo este o nosso compromisso assistencial.

Ser médico de família é ser especialista do doente, no seu todo, desde a preconceção até à morte. A sua função é muito mais abran-

gente do que a curativa, pois assenta na promoção da Saúde e prevenção da doença.

*Promoção Tchin-Tchin Verão válida de 08/06/2015 a 31/08/2015. Ver detalhes na ótica

Maria da Soledade Fino Lopes Médica de Família Especialista de Medicina Geral e Familiar e Diretora do Internato Médico de MGF do ACESPL


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Palco de artistas da rádio já não é de terra batida

p Antigo Largo Infante D. Henrique. Ao fundo as piscinas, então acabadas de construir

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O Jornal da Batalha perfaz 25 anos da sua existência neste mês de julho de 2015. Está no auge da sua juventude e pujança e, naturalmente, para assinalar tão marcante efeméride, Carlos Ferreira, seu MI Diretor, lançou o repto aos habituais “cronistas” no sentido de, neste mês, orientarem a agulha das suas bússolas em direção diferente da habitual, comentando, com um ou mais factos e fotos, as transformações operadas nos últimos 25 anos, que mudaram a face da nossa Vila. Como também gostamos de desafios, decidimos aceitar o repto e aqui vamos nós… Começando por fazer um pouco de “estória”, para melhor nos enquadrarmos… O responsável por esta “crónica” nasceu no início da década de 40 do século passado e viveu a maior parte da sua meninice e juventude numa aldeia pertencente à freguesia da Batalha, localizada a cerca de 2 quilómetros da Vila, até quase ao final da década

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seguinte. Então não iria à Batalha mais que uma vez por semana e nas décadas de 60 e 70 ainda menos, mas ainda hoje tem memória da dimensão da Vila dessa época, uma pequena urbe, que já então vivia imenso à sombra do Mosteiro que lhe deu vida e nome, enquanto as suas gentes eram acérrimas bairristas. A partir de 1974 este panorama alterou-se positivamente e, centrando-nos apenas nos últimos 25 anos (desde 1990, portanto) podemos apontar a construção de vários edifícios e equipamentos públicos, que muito vieram melhorar a vida das populações e dignificar a Batalha e o poder local, principal responsável por tais melhorias. Entre tais construções merecerá a pena recordar as mais emblemáticas: quartel dos Bombeiros (1991), Piscinas Municipais (1995), Complexo de Ténis (1997), Câmara Municipal (1998), Rotunda de Trujillo e Variante da Batalha (1999), Auditório Municipal (2001),


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Pavilhão Multiusos (2002), Centro Escolar (2012). Todavia, é uma outra obra que o “cronista” irá escalpelizar mais em pormenor; obra que, por sinal, só em pequena escala julga ser da responsabilidade autárquica. Referimo-nos à requalificação do Largo Infante D. Henrique. Para quem não consiga identificá-la pelo nome, lembra-se que se trata do largo onde antigamente se faziam as festas de Agosto, entre as quais se destacavam os serões de variedades, com os maiores nomes artísticos da nossa rádio e donde também eram lançados os feéricos fogos-deartifício, que faziam as delícias de todos os presentes, autor incluído. Pois como pelo menos a “rapaziada da minha criação” estará lembrada, o recinto era em terra batida, com a normal poeira no verão e lama no inverno. Manteve-se assim por décadas e neste caso nem o “25 de Abril” lhe serviu de muito, pois só recentemente (2014) beneficiou de obras que o transformaram naquilo que é hoje; uma obra que deveria honrar os seus mentores por, além de se enquadrar na monumentalidade do Mosteiro, nos oferecer uma bela e suave geometria. Mas não foi por acaso que utilizámos a palavra “deveria”. É que, muitas vezes, parece que “não há bela sem senão”. Acontece que as lajes que ali foram aplicadas não são anti derrapantes, tornandose extremamente escorregadias com as chuvas, ficando ainda mais perigosas com uma espécie de óleo que cai das árvores existentes no recinto. No último inverno, a Direção do Mosteiro teve de interditar a passagem por grande parte dessas lajes, para evitar quedas de quem por ali circula, com relevo para a multidão de turistas que visitam o monumento, mas esperamos que entretanto seja tomada uma decisão de fundo, por quem de direito, que resolva a situação em definitivo. Parabéns ao Jornal da Batalha pelo seu 25º aniversário e boas leituras para todos os Batalhenses. NB-LC

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Investimento de 600 mil euros perpetua ideal da “Menina Cilinha” A Creche-Jardim Mouzinho de Albuquerque, inaugurada a 28 de junho de 2013, foi coroar de todo o trabalho iniciado em finais de dezembro de 2011, após a falecimento da “Menina Cilinha”, que em 1948 começou e organizou uma obra social na Batalha com o objectivo de dar apoio lúdico, humano e educativo às muitas crianças que terminavam a escola e não tinham ocupação. Um trabalho exaustivo e persistente, encetado por meia dúzia de pessoas que não se deixaram vencer pelo momento de austeridade que se vive. Todas as adversidades não foram suficientes para demover esta direção, que ao longo de 16 meses esteve graciosamente neste lindo projecto inovador da nossa tão grande instituição. A finalização da nova Creche-Jardim Mouzinho de Albuquerque tornou o Concelho da Batalha mais rico. O sentimento da direção, dos restantes membros dos corpos sociais, dos funcionários e de todos os ativos intervenientes, nomeadamente o

p Aspeto de uma das atuais salas da cheche-jardim de infância e uma imagem antiga Sr. Padre José Ferreira, é de tal maneira intenso e confortante que nos preenche por completo na responsabilidade de prosseguir agora com a receção e especial cuidado dos bebés do Concelho da Batalha e não só. Estamos felizes por este grupo ter criado uma obra que a nossa querida “Menina Cilinha” tanto desejava e que se caracteriza por um edifício com a área de 706 m2, com dois berçários, mais quatro salas com generosas dimensões, uma cozinha, oito instalações sanitárias, hall de entrada, sala expediente, sala direcção, cozinha totalmente

equipada, despensa, sala de máquinas, sala da coordenadora/direcção, sala das educadoras, dois amplos corredores, etc. Um investimento total de 600 mil euros. Uma obra dotada com as mais recentes normas de segurança, higiene e conforto, condições essas que serão majoradas com o carinho dos nossos colaboradores no cuidado especial aos bebés que ansiosamente esperamos receber. Desafiamos a gestão diária desta obra com a definição de preços competitivos para ambos os lados, de maneira a tanto nós, como os pais dos bebés, terem a

certeza que prosseguimos no mesmo caminho. Por acharmos que a vossa opinião é deveras importante, gostaríamos que fizessem parte dos órgãos sociais desta grande obra. Mais uma vez, a gestão releva a importância da vossa contribuição no acompanhamento contínuo e cuidado dos futuros homens e mulheres do nosso concelho. Desde setembro de 2013 que quadro de pessoal conta com a presença de uma psicóloga que acrescenta um papel muito importante no desenvolvimento de toda a nossa organização. Só com muito empenho

e com muito gosto de ajudar sem olhar a quem, sem qualquer contrapartida e com muito amor à causa é que conseguimos levar por diante esta obra, já com 67 anos, hoje designada “Junta de Ação Social da Paróquia da Batalha” e considerada uma Instituição Particular de Solidariedade Social. (Nota: por razões de espaço, a crónica iniciada em junho terá continuidade na próxima edição) António Caseiro Mestre em Fiscalidade, Pósgraduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade, Licenciatura em Contabilidade e Administração

Das descamisadas ao pisar das uvas Há 25 anos as práticas agrícolas eram menos mecânicas e, por isso, precisavam de mais mão-de-obra, o que motivava uma maior cooperação entre vizinhos em determinadas tarefas, como era o caso das descamisadas. As descamisadas funcionavam como um acontecimento: convidavam-se vizinhos e outros apareciam para ajudar e lá ficávamos noite dentro a descamisar o milho, sempre entre conversas prazerosas. Os mais velhos contavam-nos as histórias de antigamente. E havia canções para todas as atividades, nalguns casos servindo de orientadoras e para marcar o ritmo de trabalho, tornando-o, no geral, mais prazeroso.

Naqueles tempos, a produção de uvas para fazer vinho era muito frequente. A vindima continua a fazer-me lembrar o início da escola, com aquele cheiro característico das primeiras chuvas, que deixa no ar o aroma da terra molhada. A vindima também tinha uma quantidade interessante de costumes, um dos quais era o almoço na fazenda: parecia que, por mais normal que fosse, tinha sempre um sabor muito mais interessante. Havia também o pisar das uvas, a parte mais divertida para as crianças. As uvas eram transportadas até à adega - devido à quantidade e procedimentos menos mecanizados na adega cooperativa, as ruas da vila, de noite e de dia,

ficavam entupidas com os tratores e realizavam-se belos serões, com os tratoristas horas nas filas. Lembro-me que naqueles dias quase não via o meu pai, que andava sempre numa azáfama ainda mais complexa do que o habitual, no controlo e gestão de diversos atrelados, tudo feito sem comunicações móveis: ele, como tratorista, observando o ritmo dos trabalhadores conseguia prever quando os caldeiros estariam cheios de uvas. Recordo também uma tendência da época, a produção de húmus com as minhocas americanas. Parecia ser uma área rentável, mas acabou por não ser assim tão bem conseguida. Por aqueles anos, alguns

agricultores também apostaram na produção de tabaco. Recordo que andei na colheita das folhas de tabaco, tarefa penosa, pois libertavam uma goma que se colava ao corpo. A colheita era feita nos meses mais quentes, na maioria por jovens com 14-16 anos, que mais facilmente se metiam entre as plantas e apanhavam as folhas, depois enfiadas em cabos de arame e postas a secar nos celeiros, que outrora secavam a palha para dar aos animais no inverno. Nessa altura, era comum os jovens considerarem a escola como sendo as férias, pois nas supostas férias trabalhavam no duro. Na colheita da fruta, vinham pessoas de todas as

terras para ajudar a apanhar as maçãs e peras. Tudo era feito à mão e as caixas carregadas e empilhadas por homens que assim treinavam os seus abdominais e peitorais - esses eram os ginásios da altura. Naqueles tempos também era comum a maior parte dos filhos dos agricultores serem incentivados a estudar e a seguir outro caminho que não a agricultura, pois era um trabalho mais árduo e uma atividade de desgaste rápido, que, com as parcelas fragmentadas da zona, não permitia rentabilizar as produções. Célia Ferreira AMHO A Minha Horta


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Jornal da Batalha

Diário de um infotainer Batalha, finais de junho de 2040. Os 38º graus lá fora, pelo 23º dia consecutivo, marcam a normalidade. É início da manhã e o atual líder do Coletivo Regional Administrativo, eleito há escassos 90 dias na já corriqueira validação por impulso bio eletrónico por parte dos eleitores residentes com mais de 16 anos de idade da zona oeste da Ibéria, visita a Batalha. Há a necessidade de ativar o sensogravador – uma pequena maquineta que regista vídeo multidimensional, áudio e reações das redes neurosociais – para acompanhar a visita. Em boa verdade, para os leitores pouco familiarizados com as tecnologias do neojornalismo deste final de meio século, importa lembrar que o jornalista acompanha à distância todo o evento, coordenando-o. No terreno, a pequena máquina voadora, traduzirá em direto, para português

e outras 14 línguas, o sinoinglês do líder: um luso descendente de segunda geração, oriundo da megapolis Benelux. O trabalho de campo é liderado pelo sensogravador que, à semelhança dos arcaicos drones do início do século, acompanha e regista tudo. O jornalista, que nesta altura já nem tem essa designação (é um infotainer), gere o fluxo informativo e distribui-o pelas 32 plataformas que fazem parte do canal de infoentretenimento local. Esta será uma história que vai durar meia dúzia de horas, no máximo, perdida no universo de notícias que marcam o dia nas socio redes de entretenimento informativo. Neste tempo, em que cada um só consome as notícias que o seu perfil de utilizador lhe faz chegar, estima-se que apenas 3,7% dos seguidores do Jornal da Batalha – que se prepara para co-

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memorar meio século de teimosa existência - nela estejam interessados. As questões político-administrativas estão no fim da pirâmide de interesses. O tema quente do dia é mesmo a descoberta de um novo holo-vídeo do mais recente êxito sensório-musical do artista do momento. Foi gravado no

Mosteiro da Batalha. Um adolescente, famoso por conseguir sobreviver ao mais duro concurso filmado na estação espacial lunar, tenta agora a carreira na música. Os fãs adoram-no. Os anunciantes, também. São bem diferentes estes tempos daqueles que, no início do século, experimentei no jornalismo local, na Batalha. Então ainda integrada no antigo país conhecido como Portugal – para os menos recordados, até há poucas décadas, esta era a divisão administrativa que delimitava as nações – , a Batalha era ainda uma vila. Vigoravam as agora ultrapassadas regras de mediação que faziam com que o jornalista recolhesse informação, a tratasse de acordo com regras da profissão, e a transmitisse vários dias depois num formato arcaico, o papel. Enfim, a interatividade era reduzida e o consumidor não interferia grandemente no produto. Há muito, contudo, que a proliferação das redes baseadas em ligações sociais, introduziram a democratização do infoentretenimento. A cada segundo, nascem milhares de estórias. Cada um escolhe o que produz e o que consome. É um maravilhoso mundo novo, ape-

nas balizado pelas regras do consórcio mundial de conteúdos, sedeado em Xangai. Os conteúdos são cotados em bolsa e o mercado faz o resto. Quanto à Batalha, conseguiu singrar enquanto polo de atração turística. Travou a diminuição de população que atinge esta zona da Ibéria, e mantém uns saudáveis 15 mil habitantes naturais da região, a que se somam cerca de duas dezenas de milhar de residentes provenientes da zona norte da Grande Europa. O sol, a História e os resquícios da gastronomia sempre os cativaram. E sempre espreitam os nossos conteúdos, traduzidos em 14 línguas, para além do sino-inglês. E isso é bom. E, reparo agora, a história do tal miúdo está bem cotada na bolsa de Xangai. Pena é que a nota sobre o protesto dos ativistas que pediam mais preservação do Mosteiro, não tenha sido aceite para cotação e tenha passado completamente despercebida. Enfim, é o mercado. Carlos S. Almeida Ex-diretor do Jornal da Batalha, atualmente jornalista no Região de Leiria

De banco da comunidade

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O edifício onde presentemente se instala o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha albergou durante vários anos aquele que era considerado o banco dos “lavradores”. Com a remissa de fomentar o acesso ao crédito em dinheiro ou em espécie, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) tinha por objectivo incentivar a produção de uma actividade que sustentava as populações urbanas e que era vital para as populações rurais. Em Abril de 1933, um grupo de agricultores do

Concelho da Batalha reuniu-se na Câmara Municipal com o intuito de fundar uma CCAM que fizesse face às dificuldades com que se deparava, então, o mundo rural. No mesmo mês e ano se aprovaram os Estatutos da Caixa e se lavrou a escritura da constituição da CCAM. Os órgãos sociais desta instituição incorporaram, desde sempre, tanto os nomes influentes do Concelho, como os dos trabalhadores mais honestos. Depois de passar por três espaços provisórios,

a CCAM instalou-se em sede própria num edifício construído com essa finalidade. O imóvel, localizado no Largo Goa Damão e Diu, teve, de acordo com a documentação do Município, três fases de construção. O processo inicial foi licenciado 1966 e construído entre 1969 e 1970. A segunda fase de construção realizou-se em 1980, conforme processo de 1979. Posteriormente foram construídos vários anexos nas traseiras do edifício. Em Maio de 1998, a CCAM passava a funcionar na sua


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Jornal da Batalha - Um grande Jornal Neste mês de Julho faz precisamente 25 anos que o Jornal da Batalha viu, pela primeira vez, a luz do dia. Quase um ano antes, Francisco Coutinho havia perdido a Câmara da Batalha para Raul Castro, que concorreu à autarquia batalhense acoitado pela bandeira do CDS. Na época, o Jornal da Batalha não foi bem aceite pelo novo autarca e, muito menos, por grande maioria dos seus apoiantes, pois era visto como um “instrumento” de apoio ao candidato entretanto derrotado. Cheguei ao Jornal da Batalha em Junho de 1997 e, por consulta às edições anteriores, verifiquei que a sua aceitação pela população local tinha sido difícil e continuava a sê-lo, embora os responsáveis tudo fizessem para que isso não acontecesse. Valia a persistência. O Jornal da Batalha encontrava-se numa pequena loja situada no Edifício Jordão – Centro Comercial Batalha. Além de noticiar o que se passava no concelho, o JB promoveu viagens à Madeira e aos Açores, esteve numa visita às obras da Expo 98 em Lisboa, visita essa da responsabilidade da organização do certame e esteve em Paris num dos primeiros encontros de ba-

talhenses, quase à revelia dos organizadores. O pequeno mensário batalhense começou a ser visto “com outros olhos” depois da minha entrada, não porque eu fosse melhor do que quem lá estava inicialmente, que não era, mas porque começou a aparecer nos eventos que havia, fazendo um acompanhamento local do que ia acontecendo, pelo menos daqueles de que se tinha conhecimento, porque não havia no concelho o hábito de informarem a comunicação social local. Durante dezena e meia de anos que estive no Jornal da Batalha aconteceram

muitas coisas e acompanhei muitas das atividades que se desenrolaram no Concelho da Batalha e outras que aconteciam fora, mas em que a Batalha estava envolvida. Dos acontecimentos mais importantes dos primeiros meses da minha estada no JB, além das Festas da Batalha, estive na inauguração do Colégio de São Mamede, em Setembro de 1997. Foi assim que em 1998 me desloquei a Paris, para acompanhar o habitual encontro de emigrantes batalhenses. Lembro que a viagem foi da responsabilidade do jornal, a dormida foi em casa dos batalhenses José

Batista de Matos e Luís Oliveira, a quem estou grato e a alimentação esteve a cargo da organização. Por várias vezes estive em Trujillo, cidade espanhola geminada com a Batalha, a convite da Câmara da Batalha, fazendo o acompanhamento de diversas actividades e iniciativas. Entretanto o JB mudou de instalações, fixando-se na Célula B, onde ainda se encontra. Acompanhei uma deslocação do Rancho Folclórico Rosas do Lena, no caso concreto a Wroclaw, na Polónia. Uma viagem de duas semanas, em autocarro, cuja dormida durante

a viagem se fazia na viatura, ou no chão quando se parava o tempo suficiente para isso. As refeições da viagem eram confecionadas na altura, onde se parava, havendo a colaboração de todos. Durante a viagem procurava visitar-se algo interessante nas paragens e no local de destino, procurávamos conhecer o que havia de importante, tendo mesmo nessa viagem efectuado uma visita a Auchwitz. Antes, na viagem havíamos visitado Praga e no regresso Paris. Também acompanhei o Grupo de Música Popular “Cancioneiro da Magueixa”, de Reguengo do

a Museu a Comunidade sede actual, na Rua Infante Dom Fernando. Para o antigo edifício estavam destinadas outras funções. Em 2003, assinava-se um contrato de comodato entre a CCAM e Município da Batalha, sendo então presidente da Direcção da Caixa, João Afonso Marto Ramos. Os estatutos do documento registam a cedência do edifício para a instalação aquele que viria ser o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB). O trabalho de “parto” do Museu demoraria alguns

anos. Até 2011, ano da inauguração do MCCB, seguiuse um longo percurso de investigação, de angariação de objectos e de processamentos administrativos. A estas acções acrescentouse a obra de adaptação total do edifício. Do interior do antigo banco nada restou, mas manteve-se a traça da fachada de uma construção que faz parte da zona de protecção do Mosteiro de Santa Maria da Vitoria, Monumento Nacional e Património da UNESCO. Refira-se ainda que o edifício, no decorrer deste período,

acolheu provisoriamente a GNR da Batalha até que se concluíssem as instalações do novo posto. Hoje, a comunidade da Batalha tem o seu Museu numa das zonas mais nobres da Vila da Batalha, graças à dedicação do gerente e presidente da Direcção da Caixa, João Afonso Marto Ramos. Equipa do MCCB

p O edifício onde agora está instalado o MCCB

Fetal, a Zamora, em Espanha, quando da sua participação numa edição da Europeíade. Em 2007, aquando do concurso nacional “7 Maravilhas de Portugal”, o Jornal da Batalha lançou o concurso local denominado “7 Maravilhas da Batalha”, cuja marca foi registada e se encontra em vigor e na posse do mensário batalhense. Participei em muitas outras iniciativas que se desenrolaram na Batalha e, em todas elas procurei dar o meu melhor divulgando ou procurando divulgar o que se passava no concelho. Seria fastidioso enumerá-las uma a uma. Considero-me feliz por ter trabalhado no Jornal da Batalha. Foi nele que, ao trabalhar com Francisco Rebelo dos Santos, Teresa Rita Santos, Carlos dos Santos Almeida e Henriqueta Ligeiro, aprendi bastante da atividade profissional que desempenho. Agradeço a todos eles e a todas as outras pessoas que comigo trabalharam ou colaboraram, o apoio que tive. Por tudo isso considero o Jornal da Batalha um grande Jornal. Armindo Vieira Colaborador do Jornal da Batalha e jornalista no Portomosense


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Jornal da Batalha

p Requalificação e reordenamento da zona norte da vila da Batalha, zona desportiva

Temas que marcaram um amante da fotografia p José Caldas Ribeiro “Carcaça” uma personagem pitoresca, conhecida e acarinhada pelos batalhenses

João Pragosa, de 51 anos, técnico de construção civil, natural da Batalha, afirma que “foi grande o regozijo” com que recebeu e aceitou “o desafio” do Jornal da Batalha, pois “comemorar esta data (25 anos), para um meio de comunicação social, é sem dúvida um grande motivo de orgulho”.

“Para ilustrar o desafio propriamente dito (mudanças, personalidades ou eventos), que na minha opinião alteraram significativamente o Concelho da Batalha, no último quarto de século, escolhi algumas fotografias”, adianta João Pragosa. “Quanto ao gosto pela fotografia,

que tem já muitos anos, começou por ser um importante auxilio à minha atividade profissional, mas rapidamente se tornou num passatempo”, conclui o técnico de construção civil, endossando os “parabéns ao Jornal da Batalha”.

Junta de Acção Social da Paróquia da Batalha INSCRIÇÕ ES ABERTAS

Creche e Pré-Escolar Rua da Cerca Conventual nº 183, Batalha – Apartado 112 - Batalha - Tel. 244 765 486


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Antes Depois p Requalificação e regeneração urbana da aldeia da Pia do Urso, na freguesia de São Mamede

p Passagem pela Batalha da volta a Portugal em balões de ar quente

p Variante nascente e Parque dos Infantes

ACORDOS: ADSE, ADM, Multicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAD-PSP, SAMS Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Pediatria ........................................................................ Dra. Carolina Cordinhã ............... quarta/sábado - manhã

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.. ......sábado - manhã

Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida................................................. sexta - tarde

Oftalmologia .............................................................. Dr. Joaquim Mira ........................................... sábado - manhã Dra. Matilde Pereira ..........quinta-tarde/sábado - manhã Dr. Evaristo Castro..................................................terça - tarde Ortoptica ....................................................................... Dr. Pedro Melo ................................................. sábado - manhã

Otorrinolaringologia ............................................ Dr. José Bastos ......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas..........................................................................................................................................quarta - tarde Nutrição Clínica ........................................................ Dra. Rita Roldão ............................................. sábado - manhã Terapia da Fala .......................................................... Dra. Débora Franco .....quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura .............. Tec. Acácio Mariano ...........................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Outras Especialidades: Clínica Geral ................................................................ Dr. Vítor Coimbra .................................................quarta - tarde Medicina Interna...................................................... Dr. Amílcar Silva ......................................................terça - tarde Urologia ......................................................................... Dr. Edson Retroz .................................................. quinta - tarde Dermatologia ...................................................Dra. Mª Inês Coutinho ..........................................terça - tarde Cirurgia Plástica ....................................................... Dra. Carla Diogo ......................................................terça - tarde

Medicina Dentária Dra. Ângela Carreira Terça / quarta / quinta - tarde / sábado - manhã

Cardiologia .................................................................. Dr. David Durão..........................................................sexta-tarde Electrocardiogramas .............................................................................................................. segunda a sexta - tarde Neurologia ................................................................... Dr. Alexandre Dionísio ........................................ sexta - tarde

Implantologia

Neurocirurgia ............................................................ Dr. Gustavo Soares ...............................terça / quinta - tarde

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Psicologia Clínica ................................................... Dr. Jaime Grácio ............................................. sábado - manhã

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Psicologia Educacional/vocacional ..........Dr. Fernando Ferreira .......................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos ............................................. Dr. Fernando Ferreira .......................... quarta/sexta - tarde

Rx-Orto

Psiquiatria ................................................................... Dr. José Carvalhinho .................................... sábado - manhã

Telorradiografia

Pneumologia/Alergologia ................................. Dr. Monteiro Ferreira . quarta - tarde / sábado - manhã

Próteses Dentárias

Ginecologia / Obstetrícia.................................... Dr. Paulo Cortesão ......................................... segunda - tarde Ortopedia ..................................................................... Dr. António Andrade .....................................segunda - tarde Endocrinologia ......................................................... Dra. Cristina Ribeiro .......................segunda / terça - tarde

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Os votos de milhares de portugueses

Os nossos mortos nestes 25 anos Dir-me-á quem ler este breve apontamento que faltará evocar muitos outros que mereciam, também, lembrança e homenagem. E terão, com certeza, razão. Primeiro tive de circunscrever ao período de tempo que é o dos vinte e cinco anos de existência do “Jornal da Batalha”, ao espaço de que disponho, à limitação da minha própria memória e à maior proximidade e ao maior relacionamento que tive com aqueles que vou lembrar com particulares carinho e admiração, tendo em conta, evidentemente, os serviços que prestaram à comunidade a que pertencemos. Aurélio Agrela Gonsalves foi o primeiro director deste jornal e foi o primeiro comandante dos nossos Bombeiros. Presidiu ao nascimento de ambos e impulsionou o seu crescimento. José Rino Barraca, falecido há dias, foi um dos fundadores e dos primeiros dirigentes da Rádio Batalha, um conhecedor profundo das plantas e, com elas e as suas pertinentes recomendações, acudiu a inúmeras pessoas que lhe batiam à porta. Ele e o Aurélio deixaram livros de poesia que bem revelam a sensibilidade e a cultura de ambos. Alfredo Neto Ribeiro, foi o Mestre de várias gerações e o artista que deixou obras (como o pelourinho reconstituído) que atestam a sua arte e o seu saber. Francisco Calé, das Brancas, um artista do ferro, com ideias originais e invenções de que hoje, infelizmente, se desconhece o autor. (Que pena, a nora que ofereceu à Caixa Agrícola não poder estar à vista do público!).

p Aurélio Gonsalves, primeiro director do Jornal da Batalha e comandante dos bombeiros Fernando Vieira Belo, ceramista, escultor, pintor, autor, entre outras obras, do monumento a Mouzinho. Joaquim Saraiva do Nascimento Ceiça e Joaquim Pinheiro Trovão, ambos fundadores da Rádio Batalha, ambos exímios tocadores de instrumentos de cordas, ambos carácteres de grande firmeza e de enorme transparência. O Quim Ceiça foi o fundador da Orquestra Típica e Coral da Batalha e muitos anos componente do Rosas do Lena e em ambos participou, igualmente, o Quim Trovão. Joaquim Soares Duarte, homem da Rádio em toda a acepção do termo, foi locutor e realizador da Radiodifusão e colaborador, entre outras estações emissoras, da Rádio Batalha, onde prestou relevantes serviços. António do Rosário Matias, livreiro que facilitava, aos mais novos, a aquisição dos livros, regionalista que acompanhou e apoiou, mesmo quando vivia em Angola, as iniciativas e as instituições batalhenses. Cláudio Pereira da Silva, uma alma nobre ao serviço, sempre

com imensa humildade e imenso préstimo, de instituições como a Santa Casa da Misericórdia e os Bombeiros. António Saraiva Sequeira, mestre de fotografia artística e divulgador incansável da nossa Batalha, encarregado do Mosteiro numa época de transição e de instabilidade dos poderes de Lisboa. Dr. Sérgio Guimarães de Andrade, primeiro director do Mosteiro, naquela fase difícil da existência do Monumento, responsável por uma intensa animação dos espaços conventuais, autor de um dos melhores guias, simultaneamente estudo completo, de Santa Maria da Vitória. Dr. Ruy de Moura Ramos, figura de antes quebrar do que torcer, de uma só fé e de um só rosto, doador duma preciosa biblioteca à nossa Biblioteca Municipal, responsável pela criação do Ciclo Preparatório na Batalha, interventor em inúmeros processos de valorização da grande e da pequena pátrias. João Afonso Marto Ramos, o homem do Crédito Agrícola, responsável pela ascensão da Caixa ba-

talhense ao primeiro plano das Caixas nacionais, fundador da Central deste prestigioso movimento. António Pereira Marques e Francisco Gomes Calado, aquele residente na Rebolaria, este no Reguengo do Fetal, mestres na arte e nos saberes do Povo, a quem se deve a formação de prestigiosos grupos folclóricos da região. Dr. Armindo Arede de Carvalho, o médico que era “a nossa unidade de cuidados continuados e saúde familiar” como disse o nosso presidente da Câmara na abertura da rua (uma verdadeira avenida), que ficou com o nome do distinto clínico, e na inauguração do belíssimo, e cheio de significado, Parque dos Infantes. Quantos não esqueço nesta breve evocação dos nossos mortos ao longo de vinte e cinco anos da vida deste jornal! Peço aos leitores que corrijam as minhas falhas. A emenda será feita no seu devido tempo. José Travaços Santos Historiador

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Jornal da Batalha

Não é um fenómeno novo no nosso país, mas está hoje a germinar com muita eficácia. Sem muito alarido ou pressões, os contaminados nas guerras coloniais e os nostálgicos dos regimes de Hitler, Mussolini ou Salazar, estão a levantar a cabeça e, mais ou menos, livremente, dão largas às suas ambições fascistas de serem os únicos defensores da camada privilegiada na condução política e religiosa do mundo. A cada passo encontram-se as suas superioridades ideológicas. São perigos constantes para as sociedades, uma vez que aliam os seus ideais neo nazis às suas certezas de existirem os tais “salvadores da Pátria” para erradicar os antigos adversários políticos e sociais, que são hoje, não os sovietes, mas os russos, sem esquecer os novos comunistas. Temos levado muitas décadas a compreender os inimigos da sociedade e do mundo, sobretudo neste país da liberdade conquistada há 41 anos. Tantos anos passados e sempre a preocupação e o medo de sermos usurpados da nossa Pátria pelos russos. É cruel e ao mesmo tempo vexante para um país, um dos mais velhos da Europa, pensar apenas nos “malandros” que nos querem levar tantos anos de história. Mas no fundo, na vida social, po-

lítica e religiosa, aqueles dos ideais fascistas e nazis, com quem vivemos mais de 50 anos, continuam a sua “mestria” para propagandear as suas ideologias diabólicas e anti cristãs. Só a violência, a força física lhes interessa, na preocupação de manterem a pressão sobre as pessoas boas e simples, que não preconizam a violência, nem o chico-espertismo. São situações perigosas e perniciosas para a sociedade portuguesa e não só, que podem fazer escola em toda a Europa. Não é por acaso que em França, numa das últimas eleições, a extremadireita de Le Pen conseguiu ser um dos partidos com maior votação, com votos de milhares de portugueses. Comendador José Batista de Matos Paris

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25 anos

Edição especial

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25 anos a defender a Batalha e os Batalhenses

p Paulo Batista Santos

Começo este texto, naturalmente, por felicitar o Jornal da Batalha, o seu diretor e a entidade proprietária do título, pela comemoração dos 25 anos de existência deste importante órgão de informação concelhio. Recordo-me perfeitamente do início do Jornal da Batalha, ainda sob a direção do saudoso e já desaparecido, Comandante Aurélio Gonsalves. Muita coisa mudou ao longo deste quarto de século de existência quer no panorama local, quer em termos nacionais e, seguramente, no plano internacional. Em consequência destas alterações de ordem variada, também o Jornal da Batalha mudou e, hoje, já maior de idade, assume-se como o principal órgão de comunicação do concelho. Não posso deixar de enfatizar o papel importante e fundamental da imprensa

regional, em geral, e do Jornal da Batalha em particular, pois ao longo de duas décadas e meia tem contribuído de forma decisiva para o enriquecimento do arquivo cultural e histórico do Concelho da Batalha. O seu papel tem sido ainda relevante para o desenvolvimento da comunidade local, tornando-a mais informada e vinculada às suas raízes, designadamente junto da diáspora Batalhense. Os jornais e as rádios locais assumem-se, hoje mais do que nunca, como verdadeiros baluartes da identidade regional dos povos e devem, na medida da sua importante ação, defender, valorizar e pugnar pela defesa e promoção dos seus territórios e das suas gentes. O papel dos media no Século XXI, mesmo aqueles de pequena e média dimensão, reveste-se de enorme atualidade e acu-

tilância, face ao desafio supremo que constitui o exercício da Informação com rigor, pluralismo e independência. Neste desiderato, só posso expressar o meu contentamento pela longevidade do Jornal da Batalha, pelo serviço público que tem prestado à Batalha e às nossas gentes, mas também ao movimento associativo, às empresas e aos empresários, aos clubes desportivos, à comunidade emigrante e a todos aqueles que fazem com que a Batalha seja um território pujante, dinâmico e atrativo. Parabéns ao Jornal da Batalha. Paulo Batista Santos Presidente da Câmara da Batalha


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Parque dos Infantes é o novo centro da vila

p O presidente da câmara experimenta o minigolfe do jardim

m Jardim e variante custaram dois milhões de euros, a esmagadora maioria provenientes de fundos comunitários

Os nomes completos são estes: “Eixo circular ao rio Lena e parque de autocarros, de apoio ao centro histórico e turístico da vila da Batalha” e “Valorização ambiental da margem nascente do rio Lena - Parque ecológico e Parque de estacionamento periférico de apoio intermodal ao centro histórico e turístico da vila da Batalha”. A identificação fácil é esta: variante nascente da Batalha e Parque dos Infantes. As obras foram inauguradas a 29 de junho, uma década após o surgimento da ideia e dois milhões de euros de investimento, 1,6 milhões provenientes de fundos europeus. A variante nascente liga a rua da Ponte Nova e a avenida dos Descobrimentos, e entre a nova estrada e o rio Lena foi construído o parque, com percursos pedonais e desportivos articulados, área de desportos radicais, parque infantil e um campo de minigolfe, além de outros elementos, ligados por três pontes ao jardim existente do lado da vila. A ideia da obra pertence

ao antigo vereador Alfredo Monteiro de Matos (PSD, 1998/2002), que com “o colega de bancada apresentou o projeto, numa altura em que temas como estes, nomeadamente as questões ambientais, pouco se discutiam”, recordou o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos. “Estas infraestruturas são próprias de um país civilizado do norte da Europa”, considerou o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, que presidiu à inauguração da obra, possível porque “a Batalha, devido a ter boas contas, candidatou-se ao dinheiro que os outros municípios não conseguiram usar”. O historiador José Travaços Santos explicou a razão de ser do “Parque dos Infantes” e a sua ligação à ínclita geração (filhos do rei João I e de Filipa de Lencastre), quase todos sepultados no Mosteiro da Batalha, e aos

Descobrimentos. Paulo Batista do Santos acrescentou que há oito painéis no jardim que “contam a história da nossa cultura, através dos Infantes [Dinastia de Aviz] e da poesia de Fernando Pessoa, que na “Mensagem” evoca a ínclita geração”. O nome de Armindo Arede Carvalho, antigo médico da Batalha está agora inscrito na rua entre a avenida dos Descobrimentos e a rua da Ponte Nova. “Era a nossa unidade de cuidados continuados e saúde familiar, o serviço hospitalar, no fundo era tudo”, referiu o presidente da câmara. “Foi o João Semana da Batalha”, adiantou, emocionado, José Travaços Santos. Os nomes de João Afonso Marto Ramos, gerente da Caixa de Crédito da Batalha durante 56 anos e dos Combatentes estão inscritos nas rotundas que fecham a variante nascente.

julho 2015

Jornal da Batalha

Homenagem na praça a Mouzinho de Albuquerque A Praça Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, recebe a 18 deste mês, a partir das 11h00, uma homenagem de evocação a Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque, numa iniciativa da Câmara Municipal e do Regimento de Cavalaria Nº 6. A cerimónia é precedida por uma marcha a cavalo, constituída por 43 conjuntos, incluindo oficiais, sargentos e praças, que começa na Escola das Armas, em Mafra, no dia 16 de julho e passará pelas regiões de Soudos e São Mamede,

p Homenagem com parada militar nos concelhos de Torres Novas e Batalha, terminando a 17 de julho. Na sessão a realizar na Batalha, decorre uma ce-

rimónia de homenagem, com uma parada militar a cavalo, junto ao busto de Mouzinho de Albuquerque.

Alunos de São Mamede descem o Tejo em caiaque Os alunos do 9.º ano do Colégio de São Mamede, na Batalha, desceram o rio Tejo em caiaque, entre Constância e Vila Nova da Barquinha, numa iniciativa em que a paisagem e o Castelo de Almourol foram dois dos principais protagonistas. Ao longo do percurso, os alunos foram a banhos, observaram a paisagem, visitaram o Castelo de Almourol e assistiram a uma largada de paraquedistas nas proximidades, na

p Entre Constância e Barquinha zona do Polígono Militar de Tancos. O almoço decorreu no parque de Vila Nova da

Barquinha. Esta descida do rio Tejo aconteceu a 4 de junho.

FESTAND. O Batalha Andebol Clube (BAC) organizou, a 10 de junho, a festa do andebol Festand, que decorreu junto ao mosteiro com a participação de 196 atletas e 21 equipas da Batalha, Caldas da Rainha, Ansião, Leiria, Alcobaça, Figueira da Foz, Marinha Grande, Pombal, Alcanena e das Cercis de Alcobaça e Leiria. O BAC ofereceu lanche e lembranças aos atletas. p O espaço é a nova atração da vila


Jornal da Batalha

julho 2015

25 anos

Edição especial

CPCJ: ações de prevenção de maus-tratos

Centenária de Alcanadas: “Nada me espantou na vida” m É avó de sete netas e dois netos e bisavó de sete bisnetas e quatro bisnetos A centenária Maria da Piedade Ferreira nasceu a 3 de junho de 1915, em Alcanadas. Aos 26 anos casou com Manuel Bastos, de Casal Novo, e foram viver para o Casal do Quinta, onde nasceram os seus três filhos: Maria da Piedade Bastos, de 74 anos, João Ferreira Bastos, de 71, e José Ferreira Bastos, de 68 anos. O casal de proprietários rurais desenvolveu as atividades agrícola e pecuária. Maria Piedade é avó de sete netas e dois netos e bisavó de sete bisnetas e quatro bisnetos. A vida da centenária é condicionada por dificul-

dades de visão e locomoção, mas a sua postura serena irradia simpatia.

Como era o trabalho no campo? O trabalho foi sempre muito duro. Trabalhei muito. Tínhamos agricultura, vinhas, oliveiras e criávamos ovelhas para vender e comer. E matávamos um ou dois porcos por ano para comer.

Acha que a sua vida valeu a pena? Valeu a pena, porque tive uma vida feliz. Qual o período mais feliz? O nascimento da minha filha e dos meus filhos.

Quando era rapariga divertiu-se muito? Sim. Ia às festas da terra e às vezes às da Batalha. Mas só me lembro de dançar nas cavas das vinhas: juntavamse os rapazes e as raparigas e dançava-se ao toque do realejo.

E os períodos mais tristes? A morte do meu marido, aos 71 anos; quando o João foi para a guerra para Moçambique e quando os dois foram trabalhar para França. Hoje diz que não tem alegria. Porquê? Porque vivo sozinha e não tenho saúde. O que é mais importante para si, a família ou a riqueza?

p Maria Ferreira já tem sete bisnetas e quatro bisnetos O mais importante é a família. Se pudesse pôr o mundo à

sua maneira, o que faria? Não fazia nada, porque eu não sou exigente.

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Qual a coisa que mais a espantou? Não houve nada que me espantasse na vida. T.E.M.

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco da Batalha (CPCJ) organizou, no dia 12 de junho, no auditório da junta de freguesia, uma ação de formação subordinada ao tema “Maus Tratos/ Abusos contra crianças e jovens: Instrumentos de Avaliação e de Diagnóstico”. Na ação participaram 30 técnicos com competência nas áreas da infância e juventude. A formação esteve a cargo de Fátima Duarte, psicopedagoga e pós-graduada em direito de menores, membro da CNCJR. Nos dias 6 e 7 de junho, a CPCJ esteve presente numa ação de divulgação na FIABA, com o objetivo de chamar a atenção para os abusos e maus-tratos contra crianças e jovens.


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25 anos

Edição especial

BTT atrai 8.500 pessoas por ano O Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso, inaugurado em 2012, tem registado uma média de 8.500 visitantes por ano, assumindo-se como um projeto estruturante na região centro na componente do turismo de natureza e de aventura, revelou a câmara, dia 2 deste mês, a propósito de uma visita de autarcas. A presença da delegação de autarcas, técnicos superiores e gestores de associações de desenvolvimento local da região do BaixoTâmega, teve o intuito de conhecerem em pormenor esta infraestrutura desportiva e turística. O grupo integrava o presidente da Câmara de Marco de Canaveses, Manuel Moreira e o vice-presidente do município de Amarante.

julho 2015

Jornal da Batalha

Câmara quer aproveitar fundos europeus ao máximo m “Estamos a desenvolver ações que nos permitam reagir imediatamente assim que sejam abertas candidaturas”, diz o vereador Carlos Monteiro

A Câmara da Batalha está “a avaliar todos os projetos no sentido dos candidatar aos fundos comunitários” e montou uma “estratégia com objetivos coincidentes com os da União Europeia”, revelou, em Bruxelas (Bélgica), no dia 2 deste mês, o vereador com pelouro das candidaturas a fundos estruturais. A autarquia “está neste momento a traçar o seu plano de ação, cujos vetores estratégicos entron-

p Carlos Monteiro (2º à esq.), autarcas, e Carlos Moedas (ao meio) cam nos objetivos da União Europeia. Estamos a desenvolver ações que nos permitam reagir imediatamente assim que sejam abertas candidaturas”, disse Carlos Monteiro ao Jornal da Batalha, à margem de uma visita de trabalho à Comissão Europeia, organizada pelo centro de informação Europe Direct da Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura.

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“Nós temos como prioridades o desenvolvimento do tecido económico, a empregabilidade jovem, o desenvolvimento e a inclusão sociais, a politica de educação orientada para as necessidades do território, entre outras, que podem entroncar no Portugal 2020”, adiantou o vereador. “Estamos a fazer o ‘follow up’ [avaliação] de todos os nossos projetos no sentido

de os candidatar aos fundos comunitários”, até porque o município “sempre potenciou” os fundos comunitários, adiantou Carlos Monteiro. A comitiva, constituída por 25 autarcas e outras entidades, chegou a Bruxelas no dia 1 deste mês e permaneceu três dias, com o objetivo de conhecer novas oportunidades de fundos comunitários.

O grupo conseguiu falar com o comissário europeu Carlos Moedas, a quem pediu que intercedesse para que o IPLeiria fosse transformado em universidade e ficou a saber que não há fundos europeus para abrir Monte Real à aviação civil. Já para modernizar a linha do oeste pode haver dinheiro, pois as ferrovias são uma prioridade da União Europeia.


Jornal da Batalha

julho 2015

25 anos

Edição especial

Maior site de viagens premeia três restaurantes do concelho m As três casas são muito diferentes e representam alternativas interessantes para os clientes

O maior site de viagens do mundo, o TripAdvisor, revelou os três restaurantes do Concelho da Batalha a quem os clientes, como resultado das suas opiniões, entregaram o “Certificado de Excelência 2015”: Mosteiro do Leitão (1º classificado), Pérola do Fetal (2º) e Burro Velho (3º). “Este prémio tem um significado muito especial por ser atribuído pelos próprios clientes e assim espelhar o reconhecimento de toda a dedicação e esforço diário da nossa equipa”, afirmam Bruno e Zita Freire, proprietários do Mosteiro do Leitão, fundado em 2008.

“Este ano está a ser muito positivo, porque ganhámos igualmente o 1º prémio do concurso gastronómico promovido pelas Adegas José Maria da Fonseca (prémio de âmbito Nacional). A nível de produto, ganhámos o prémio sabor do ano com as empadas de leitão”, adiantam. Paulo Anastácio, responsável pelo Pérola do Fetal, fundado em 2000, também está satisfeito com a distinção do TripAdvisor: “É o reconhecimento do nosso trabalho e dedicação ao longo destes 15 anos”, refere, adiantando que o restaurante já recebeu a mesma distinção em 2014, foi finalista do concurso a nível nacional Masterchef e obteve o 2º lugar no Festival de Gastronomia de Leiria 2007. O bacalhau, o polvo à lagareiro e as coxas de pato no forno são apenas três

p O típico da bairrada é a razão de ser do Mosteiro do Leitão das muitas iguarias deste restaurante, também preparado para a realização de eventos, como casamentos. No caso do Burro Velho, “este prémio é o resultado de uma equipa que trabalha de corpo e alma, em que

todo o esforço é refletido”, diz Bruno Monteiro, sóciogerente do restaurante, que recebeu garfo de ouro em 2009 e a medalha de prata do concurso de vinhos do Tejo em 2013. O Burro Velho, fundado em 2006, aposta nos gre-

lhados de peixe e carne em carvão, mas também no arroz de lavagante. “Todos os legumes são de produção própria”, salienta Bruno Monteiro, destacando a qualidade dos produtos.

Auto Jordão ganha dois prémios A Auto Jordão, em Porto de Mós, foi distinguida com o Prémio de Melhor Bosch Car Service Nacional e Prémio de Melhor Índice de Qualidade Nacional, no 3º Congresso Bosch Car Service, que reuniu a sua rede nacional de oficinas em Alcochete. “Estes prémios representam o empenho, dedicação e profissionalismo da nossa equipa, juntamente com clientes, fornecedores e parceiros”, afirma Fernando Jordão, gerente da empresa, que recebeu as distinções em abril. “O nosso objetivo é sermos ainda mais fortes; continuar a oferecer serviços de qualidade e excelência a todos os clientes”, adianta. A Auto Jordão atua na área da reparação e manutenção automóvel desde 1996.

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25 anos

Edição especial

Bombeiros: mais dinheiro e equipamento A Câmara da Batalha entregou, no dia 1 deste mês, 55 conjuntos de equipamentos completos de proteção individual aos bombeiros voluntários e reforçou o apoio operacional ao dispositivo de combate a incêndios florestais em 30 mil de euros. A entrega dos equipamentos, num valor superior a 23 mil euros, resulta de um protocolo conjunto celebrado com a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, e de uma candidatura a fundos europeus, cabendo ao município a comparticipação de 50% do montante correspondente à parte da componente nacional, e os restantes 50% ao Ministério da Administração Interna.

julho 2015

PDM aprovado e empresas legalizadas seguram emprego m Seis projetos considerados de interesse público representam 300 postos de trabalho

A Câmara da Batalha “apreciou positivamente” metade das 351 participações apresentadas por cidadãos e autarcas no âmbito da discussão pública do Plano Diretor Municipal (PDM), aprovado pela assembleia municipal a 26 de junho. O município aprovou o documento, que esteve 14 anos em preparação, com os contributos de “vereadores, deputados municipais, juntas de freguesia e munícipes, que tiveram a oportunidade de analisar e contribuir para o enriquecimento da proposta”, refere a câmara em comunicado. “A câmara apreciou posi-

p A qualidade de vida e as atividades económicas são prioridades tivamente mais de 50% das pretensões apresentadas pelos batalhenses, o que conduziu a melhorias da proposta de PDM, sem alterar os seus fundamentos principais”, adianta. “Este PDM traduz um novo paradigma para o desenvolvimento local, mais orientado para a qualidade

de vida das pessoas e com novas oportunidades de expansão para as atividades económicas”, destaca o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Na mesma assembleia municipal, foi aprovada uma proposta da câmara de reconhecimento do interesse público municipal de algu-

mas unidades empresariais, como forma de as legalizar. Até agora foram reconhecidos seis projetos industriais, pecuárias, de operações de gestão de resíduos e de exploração de pedreiras, viabilizando atividades que representam 300 empregos e dez milhões de euros de faturação.

Jornal da Batalha Visita virtual ao mosteiro na internet A Google, com o apoio da Direção-Geral do Património Cultural, disponibiliza, desde 29 de junho, visitas virtuais a património artístico, natural, arquitetónico e cultural importante do país, incluindo ex-libris reconhecidos como o Mosteiro da Batalha. À distância de um clique (https://goo.gl/ MM577r) num dispositivo móvel ou computador é possível, por exemplo, descobrir cada detalhe e esplendor do interior do Mosteiro da Batalha, um dos melhores exemplos da arquitetura religiosa gótica, manuelina e revivalista. No total são disponibilizadas visitas virtuais a 57 sítios, de norte a sul do país.


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julho 2015

25 anos

Edição especial

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No 6º Centenário da morte de D. Filipa de Lencastre D. Filipa de Lencastre Mais do que rainha fui mãe e aos meus filhos doei o talento e a vocação do Bem. Com a minha acção tracei a Portugal, segunda pátria que servi e amei, o seu destino universal, quando o dotei com os Altos Infantes que gerei.

Merece D. filipa de Lencastre ser evocada só por ter sido rainha e por estar sepultada no Mosteiro de Santa Maria da Vitória? Evidentemente que a evocação, na altura em que se completam seis séculos da sua morte, que ocorreu em 19 de Julho de 1415, tem motivos bem mais poderosos: a sua invulgar estatura moral e intelectual e os serviços que prestou, de diversas maneiras, a Portugal. Nascida em Inglaterra em 1359, filha dos duques de Lencastre e neta do soberano inglês Eduardo III, vem a casar em 1387 com o nosso D. João I. Dotada das mais altas qualidades de carácter e de grande elevação espiritual, imprime os seus princípios à corte portuguesa e neles educou os príncipes, seus filhos, aquela Ínclita Geração de Altos Infantes que haveria de projectar-se e de projectar universalmente o pequeno reino do ocidente ibérico, estando, pela sua extraordinária acção como formadora, na origem daquele novo tempo de consolidação da independência desta sua pátria adoptiva, de plena reconstrução nacional e de preparação para a empresa do Descobrimento e da Expansão, autêntica missão divina do Portugal quatrocentista. Mas neste breve apontamento de evocação da excelsa rainha apenas vou dar a conhecer aos leitores, embora resumidamente,

p Gravura de “Chroniques d’Angleterre” de Jean de Wavrin, transcrita do 2º volume da “História de Portugal”, direcção do Prof. Doutor José Mattoso. o pinturesco episódio da recepção que o povo de Viseu dispensou a D. Filipa quando ela se acolheu naquela notável cidade da nossa Beira alta, em 1391, para dar à luz o futuro rei D. Duarte I. O relato transcrevo-o de “VISEU – Letras e Letrados Viseenses” de Maximiano Aragão, edição da “Seara Nova”, Lisboa-1934: “(…) E tanto que chegados foram ao pé da casa onde estava a rainha (D. Filipa de Lencastre) e o seu pai (duque de Lencastre), que era em S. Pedro, se fez sinal com as canhorras, trompas, clarins, tambores e outras gaitas e até com as achincalhadeiras do juiz do povo (…) Como fosse passado algum tempo da assuada, o juiz do povo alevantou a vara e toda a assuada cessou e o sr. Deão da sua mula, tirou o barretim de borlas, que entregou a um dos coreiros (…) e então se fez a segunda assuada e as mulheres da rua atiraram para o ar com as chapeletas e para o mirante com trovas de diversas qualidades (…) E então a senhora rainha começou a fazer mesuras e tocaram

os clarins do sr. Duque, mailas trompas, pois nem canhorras, nem tambores, nem achincalhadeiras traziam na comitiva (…) pelo que foi muito saudado e achincalhado, o que ele agradeceu com mesuras (…) E se fez a dita ponte de três braças de largura com toda a segurança e se cobriu pela parte de fora com pernadas de loiro, alecrim e murta, com enfiadas de flores naturais e feitiças, e se lhe pôs um sobrecéu muito enfeitado de laços com brilhantinas de permeio. E dum e doutro lado das guardas (da ponte) havia uma carreira de doze lâmpadas de espelhar, entremeio de duas carreiras de trinta lampelhas, para de dia fazerem vista e de noite darem clareza e brilho. “(…) E tanto que rompeu a alba (amanheceu) no dia 10 de Agosto (de 1391) se fez assuada com as duas achincalhadeiras do concelho e uma muito artificiosa e de mui grande som em cinco tons, que por encomenda do sr. Deão fez mestre Jacó de Flandres, com oito tambores e três zabumbas, seis flagolés, cinco trombas e

doze canhorras (…) Terceiramente ia o estrondo de solfas, composto de quinze gaitas, uma achincalhadeira e uma zabumba. Em quarto lugar, as raparigas das danças e seus conversados com adufes e bandolins… “(…) de modo a seu tempo pegarem lume a seis bufões de estralejar, que eram máquinas de fogo, cada uma com quatro estalos (…)”. Isto é apenas um fragmento da descrição, capaz de ser transcrito nas páginas dum jornal. Ora pelo que se lê e se passa em Agosto de 1931, D. João I ainda não estava em Viseu, tendo sido a festa de recepção dedicada apenas a D. Filipa de Lencastre e a seu pai o duque de Lencastre. Segundo vemos em “Os Itinerários de El-Rei D. João I (1384-1433)”, do Professor Doutor Humberto Baquero Moreno, o nosso Rei chega a Seia em 1 de Agosto, está em Gouveia de 8 a 10 e em Trancoso de 21 a 28, e depois de outras andanças só chega a Viseu em 15 de Setembro. Seu filho Duarte nasce em 31 de Outubro, permanecendo a família real em Viseu até

pelo menos 12 de Março de 1392, quando a Rainha já estava apta para viajar. Suponho que para Coimbra. Os termos assuada, achincalhar, chacota e outros não têm o mesmo significado que hoje lhe damos. Assuada seria neste caso uma recepção barulhenta, mas festiva e amável, achincalhar tinha a ver com o uso das achincalhadeiras, instrumentos músicos de arame e com soalhas, e chacota era dança medieval que se conservou para além do século XVII. Em 1602, foi a Lisboa participar na importante procissão do Corpo de Deus uma chacota leiriense e, assim, a chacota era tanto a dança como o conjunto dos seus bailadores. Depressa as virtudes de D. Filipa se espalharam pelo País e se o povo a não “canonizou” como fez a D. Isabel, mulher de D. Dinis, revelou-lhe, como nesta recepção em Viseu, por todo o lado, amor e respeito. As figuras reais, apesar das dificultosas viagens de então, deslocavam-se a todas as parcelas do Reino, como o comprovam os itinerários percorridos incessan-

temente pelos soberanos, o que as dava a conhecer às populações. E entre as virtudes e os serviços prestados pela Rainha, não é o de menor conta a sua acção na consolidação da aliança com a Inglaterra, essencial para enfrentarmos o poderio e as agressões de Castela. Se na altura nos tivéssemos deixado dominar pelo vizinho castelhano, seríamos presentemente outro País Basco ou outra Catalunha, com todas as consequências a que temos assistido. Senão, piores no nosso caso. A Rainha D. Filipa de Lencastre faleceu em Odivelas em 19 de Julho de 1415, estava a corte a preparar a expansão para o Norte de África, sendo Ceuta conquistada em 21 de Agosto, prelúdio da Expansão Universal de Portugal. Tinha casado em Fevereiro de 1387, na catedral do Porto, com D. João I. Depois do seu féretro ter estado alguns anos na capela-mor do Mosteiro, é tumulado definitivamente, na Capela do Fundador, junto do seu marido, em 1434. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (148) Obras Consultadas: “Viseu – Letras e Letrados Viseenses”, de Maximiano Aragão, edição da “Seara Nova”, Lisboa, 1934; “Os Itinerários de El-Rei D. João I (1384-1433)”, do Prof Doutor Humberto Baquero Moreno, Ministério da Educação, 1988; “D. João I”, da Prof.ª Doutora Maria Helena da Cruz Coelho, edição do “Círculo de Leitores”, Lisboa, 2005; “A Rainha Inglesa de Portugal, Filipa de Lencastre”, da Prof.ª Doutora Manuela Santos Silva, edição do “Círculo de Leitores”, Lisboa, 2012; “História de Portugal”, direcção do Prof. Doutor José Mattoso, segundo volume, segunda parte (1325-1480) do prof Doutor Armindo de Sousa; “História de Portugal”, do Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, 1º e 2º volumes.


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25 anos

Edição especial

Casal do Alho: morto por trator Um homem residente no Casal do Alho morreu na noite de 27 de junho na sequência de um acidente com o trator que conduzia. José Pereira Alves, de 78 anos, esteve a trabalhar durante a tarde numa propriedade agrícola e o acidente aconteceu quando regressava a casa. O capotamento deuse numa estrada secundária e quando os Bombeiros da Batalha chegaram a vítima, natural da Golpilheira, conhecida por “Zé Palmeirante”, estava em paragem cardiorrespiratória debaixo do trator. A equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação ainda tentou salvar José Pereira Alves, casado, com seis filhos, mas a sua morte acabou por ser confirmada a no local.

julho 2015

Jornal da Batalha

Golpilheira festeja aniversário com rodas d’aço e muita música m O Centro Recreativo da Golpilheira é uma das mais importantes associações do concelho e faz 46 anos O Centro Recreativo da Golpilheira (CRG) assinala o seu 46º aniversário a partir de 17 deste mês, com muita música e desporto, merecendo especial destaque a corrida em carrinhos de rolamentos “Rodas d’Aço’. O CRG é uma das mais importantes associações do Concelho da Batalha, reconhecida pelo trabalho que tem efetuado nas áreas desportiva, cultural e recreativa, oficialmente constituído em 5 de março de 1969. A história do CRG começou a escrever-se em 1963, anos antes da aprovação e depósito no Governo Civil

p No ano passado participaram na prova 52 carrinhos de Leiria do primeiro alvará de constituição da coletividade e foi-se desenvolvendo até atingir a notoriedade e importância que tem hoje

no concelho e justifica os quatro dias de festa. No primeiro dia há DJ golpilheirenses, Festa da Espuma (21h30) e o Concurso

T-shirt Congelada (24h00). No dia seguinte, sábado, há um jogo de futebol de solteiros contra casados, Zorb Ball (16 h00), seguindo-se

“O cagar do leitão” (17h30) e a atuação da Banda Kroll (22 horas). No domingo, 19, há missa solene por alma dos sócios falecidos (9h30), Corrida Rodas d’Aço Colorida (16h00) e a atuação da ‘entretainer’ Elsa Gomes (21h30). O último dia de festa, segunda-feira, começa às 21h00 com uma aula de zumba ao ar livre, com Liliana Ramos, seguindo-se a atuação de Isidro Alves (22 horas). A corrida em carrinhos de rolamentos é a mais espetacular iniciativa destes quatro dias. No ano passado, centenas de pessoas juntaram-se nas bermas das rampas de Casal Mil Homens e da Golpilheira para assistir à prova Rodas d’Aço, em que participaram 52 veículos, de todos os géneros e feitios, construídos e equipados a rigor ou mais ‘criativos’.

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Contactos para informações e marcações Estrada do Areeiro, Nº 91, Lt 8, R/C Dto, Jardoeira, 2440-373 Batalha (Junto à Capela) GPS: 39.666262,-8.835505 | Telem.: 96 95 18 018 | E-mail: fisiobatalha@gmail.com


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julho 2015

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83 anos N. 01 – 11 – 1931 F. 17 – 06 – 2015 Casal do Quinta – Batalha

AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhos, Genros, Noras, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

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AGRADECIMENTO Seus filhos: José António Meneses Frazão, Maria Teresa Meneses Frazão e Maria Isabel Meneses Frazão, netos e restantes familiares na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a gradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Por fim, um agradecimento especial a todos os colaboradores do Lar do Reguengo do Fetal pela dedicação e profissionalismo com que trataram a D. Ilda enquanto permaneceu na Instituição. Por tudo e a todos, muito obrigado. “ Permanecerás nos nossos corações pelas boas lembranças que nos deixaste”

Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

JOÃO SALGUEIRO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO SUPRA, TORNA PÚBLICO QUE: 1 — A Câmara Municipal em reunião ordinária realizada em 25 de junho do ano em curso, deliberou proceder à alienação de 16 lotes da Zona Industrial de Porto de Mós, nos termos do Regulamento de Aquisição de Lotes Industriais, sendo 4 lotes da 2.1 fase (613, 7B, 8B e 9B) e 12 lotes da 3.1 fase (1C, 2C, 3C, 4C, 10 C, 11C, 12C, 13C, 14C, 15C, 16C e 22C). 2 — O Prazo de candidatura é de vinte dias úteis, a contar da presente publicação, sendo o preço por metro quadrado de dez euros. 3 — O Regulamento atrás mencionado, poderá ser solicitado no Gabinete de Apoio Jurídico (Notariado), desta Câmara Municipal, dentro do horário normal de expediente. Porto de Mós, 02 de julho de 2015. O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL (João Salgueiro)

Manuel dos Reis Baptista Peixe

José Rino Barraca

68 Anos N. 13-02-1947 F . 19-06-2015 Quinta do Sobrado - Batalha

73 anos N. 27 – 09 – 1941 F. 27 – 06 – 2015 Cela – Batalha

AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhos, Genro, Nora, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

AGRADECIMENTO Sua filha: Ana Cristina Duarte Caleira Barraca, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer o apoio e carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cinquenta e nove a folhas sessenta verso, do Livro Duzentos e Seis - B, deste Cartório. José Pinheiro da Silva Jordão, NIF 109 394 488 e mulher Maria Idalina da Silva Pereira, NIF 153 046 554, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, onde residem na Rua do Castro, nº 20, no lugar de Arneiro, declaram, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de metade indivisa do prédio rústico, composto de vinha com árvore de fruto, com a área de dois mil cento e vinte metros quadrados, sito em Casal do Alho, na freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com José da Costa Pinheiro, de sul com Francisco Pinheiro Jordão, de nascente com Júlia Vieira Tomás Louro e de poente com serventia, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 2.448, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €628,45. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e sessenta, por doação verbal de Francisco Pereira da Cunha, viúvo, pai da mulher, residente que foi na Rua da Madalena, Rebolaria, Batalha, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, os primeiros outorgantes possuem o referido direito no prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuicões e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o referido direito predial por usucapião. Batalha, vinte e seis de Junho de Dois mil e quinze. A funcionaria com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes-46/5 Jornal da Batalha, Edição 300 de 14 de Julho de 2015

Pedro de Vasconcelos Casqueiro 89 anos N. 26 – 11 – 1925 F. 02 – 07 – 2015 Pinheiros – Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa: Dina dos Prazeres Moreira Casqueiro, filha: Sara Maria M. de Vasconcelos Casqueiro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. A todos, muito obrigado. “ Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós”. Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

NOVENA INFALÍVEL Ao Divino Espírito Santo, ao Menino Jesus e Sua Santíssima Mãe e Santo António. Ó Jesus que disseste: Pede e receberás, procura e acharás, bate e a porta se abrirá. Por intermédio de Maria Vossa Mãe Santíssima eu bato, procuro e vos rogo que minha prece seja atendida. (Menciona-se o pedido); Oh! Jesus que dissestes : Tudo o que pedires ao Pai em Meu nome Ele atenderá. Com Maria, Vossa Santa Mãe, humildemente rogo ao Pai, em Vosso nome, que a minha prece seja ouvida. Menciona-se o pedido. Oh! Jesus que disseste: O céu e a terra passarão mas a minha palavra não passará. Com Maria, Vossa Mãe bendita, eu confio que a minha oração seja ouvida. Menciona-se o pedido. Rezar 3 Avé-Marias e uma Salvé-Rainha. Em casos urgentes esta novena deverá ser feita 9 horas seguidas. Publicar a Oração assim que receber a graça. Agradeço a graça recebida. P.L.


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Batalha

edição especial

25

JULHO 2015

anos

Câmara extingue Iserbatalha e assume pessoal e funções m A empresa representa 53,5% do volume de emprego municipal, ou seja, 92 trabalhadores

O câmara aprovou na sua última reunião a extinção da Iserbatalha, assumindo os postos de trabalho e as competências exercidas pela empresa municipal, e obtendo uma poupança de cem mil euros, anunciou o município em comunicado. A empresa, que será dissolvida no prazo máximo de um ano, foi criada em

1999, recebeu subsídios à exploração, através do município, de 1,052 milhões de euros no ano passado e representa 53,5% do volume de emprego municipal (92 trabalhadores). Ao longo da sua existência exerceu competências nas áreas da cultura, tempos livres, desporto, ação social, saúde, equipamentos urbanos, ambiente e proteção civil. “A Câmara aprovou [na reunião de 6 deste mês] dar início aos procedimentos para dissolver a empresa municipal e internalizar os seus serviços e os trabalhadores no município, garantindo a manutenção de todos os

p A empresa municipal será extinta no prazo máximo de um ano postos de trabalho”, adianta o comunicado. A medida visa “promover a consolidação na esfera municipal das atividades de-

senvolvidas pela Iserbatalha e contribuir para a qualificação dos serviços prestados aos cidadãos e pugnar pela otimização de recursos, con-

tribuindo para o esforço de sustentabilidade financeira do município”. Numa década e meia de existência, a empresa muni-

cipal interveio em diversos domínios como a gestão da exploração do Museu da Comunidade Concelhia ou do Centro de Interpretação do Parque Pia do Urso. A câmara considera, no entanto, que “as condições que justificaram a sua constituição alteraram-se de modo significativo nos últimos tempos”, em resultado da legislação sobre “a correta delimitação do perímetro das entidades empresariais e do objeto social das empresas municipais, quer ainda por via da extensão ao setor empresarial local das regras orçamentais aplicáveis às autarquias e limites à contratação de pessoal”.


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