JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO JANEIRO 2016

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Exposições no mosteiro são as mais vistas do país

Dois irmãos da Torre dão música no Canadá

Veterinário batalhense investe 300 mil euros na vila

Batalha

| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 306 | Janeiro de 2016 | PORTE PAGO

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Foto: Luís Miguel Ferraz/Jornal da Golpilheira

Telhas velhas valem igreja nova na Golpilheira

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Concelho vai ter dois novos lares de idosos Publicidade

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Opinião Espaço Público

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Jornal da Batalha

s A opinião de António Lucas

Baú da Memória

Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

A Batalha dos anos 30 Curiosa fotografia da antiga rua do Comércio, que desembocava na praça Mouzinho de Albuquerque, vendo-se algumas casas, inclusivamente as que já ficavam no largo de D. João I, e a artística grilhagem que cercava o patim sul do Mosteiro. Grilhagem e patins que aumentavam o espaço monumental. Quem conseguirá identificar as pessoas que nela circulavam e que tudo indica serem naturais da Vila e da sua paróquia? Devo a cedência da fotografia à amabilidade do conterrâneo e amigo Alfredo José Saldanha Barros, possuidor dum espólio sobre a Batalha que é digno, e será útil aos estudiosos, de ser revelado numa grande exposição sob o signo do Mosteiro e da Vila e da paróquia que surgiram à sombra do monumento e, muito especialmente, do convento dominicano que albergou.

IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis – Coeficientes de localização

José Travaços Santos

_ Estatuto editorial 1. O Jornal da Batalha é um jornal mensal. 2. O Jornal da Batalha tem como preocupação dominante a defesa dos valores. 3. O Jornal da Batalha é um jornal independente de quaisquer forças políticas e/ou económicas.

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

4. O Jornal da Batalha regese, única e exclusivamente, pelos valores e princípios deontológicos que norteiam o exercício de uma Comunicação Social livre, democrática, aberta e responsável.

6. O Jornal da Batalha é pluralista na opinião. 7. O Jornal da Batalha é um espaço aberto a todas as opiniões conscientes sobre temas de interesse para a região onde se insere.

3. O Jornal da Batalha assume-se como palco privilegiado da reflexão necessária ao desenvolvimento do concelho da Batalha.

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena; António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha.

Volto novamente ao tema, em virtude de existirem dados novos e certamente de manifesto interesse para os leitores. A componente que mais peso tem no VPT – valor patrimonial tributário, é o CL – coeficiente de localização, logo, é aquele que faz com que a fatura de IMI a pagar seja maior ou menor. Os CL foram alterados a partir de 01 de Janeiro de 2016, produzindo efeitos para o IMI de 2016, a pagar em 2017. Em condições normais e não obstante os cuidados do município, quando da entrada em vigor do código do IMI, em 2004, estes coeficientes deveriam ter sido reajustados negativamente em todo o país. E porquê? Porque o VPT da generalidade dos prédios urbanos, mercê da degradação do valor comercial/de mercado, deveria ter sido fortemente reduzido, logo após o início da crise, o que nunca aconteceu. Mesmo para os mais otimistas, a crise continua por aí, sendo o VPT, na generalidade, superior ao valor de mercado. Assim sendo, deverá proceder-

Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440) Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 €

se à sua correção. O que aconteceu agora. Logo que os serviços da AT – Autoridade Tributária disponibilizem a informação, deverão os proprietários verificar o seu CL, por consulta à sua caderneta predial e ao site da AT, comparando com o novo CL da zona onde se encontra localizado o seu prédio urbano. Constatando que teve lugar uma redução do CL, deverá apresentar uma reclamação, solicitando a correção do VPT do seu prédio, em virtude da alteração do CL. Este procedimento não deveria ser necessário, se tivéssemos serviços públicos mais amigáveis e com maior consideração pelo contribuinte. Deveriam ser os serviços a tomar a iniciativa de proceder unilateralmente à correção, como fizeram recentemente, com a avaliação geral, em que não foi pedida qualquer autorização aos proprietários para o aumento do VPT e o consequente aumento do IMI a pagar. Isto para aqueles que passaram a pagar mais, porque também ocorreram muitas re-

Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. no SRIP da I.C.S. sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

duções de IMI. Em simultâneo com este procedimento, deverá aproveitar-se para conferir o Cv – coeficiente de vetustez, ou seja, a idade do prédio. Este indicador vai reduzindo à medida que o prédio vai envelhecendo, e a sua correção implicará mais uma ligeira descida do VPT e a consequente descida do IMI a pagar. Estes CL são tão mais elevados quanto a melhor ou pior localização dos prédios. Para se perceber melhor e no caso da Batalha, a zona onde os CL eram maiores localizavase na sede do concelho, com o indicador de 0,95, num máximo legal de 3,5. Estes simples passos e partindo do princípio que o CL da área onde se encontra o seu prédio desceu, o que terá que ser previamente confirmado, poderá implicar uma descida do valor a pagar de IMI.

Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 3.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Espaço Público Opinião

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Y cartas

Portugal num período de transição política e social Já passaram 41 anos de Abril de 1974: uma data histórica, para a Diáspora portuguesa no mundo e ainda mais para a população portuguesa a viver no país. São notórias as modificações estruturais, sociais e políticas desde esse dia “Maior”, que deu aos cidadãos de Portugal a possibilidade de serem livres. Naturalmente, devemos a data em grande parte aos fantásticos Capitães de Abril que, em união com a maioria dos lusitanos do mundo, libertaram Portugal! Nestas quatro décadas, contra ventos e marés, fomos guardando as peças mestras da revolução: a liberdade, a responsabilidade e o amor à pátria, no sentido

da solidariedade, liberdade e igualdade. A um mês do dia de Natal de 2015, foi surpreendente que os deuses deixassem que os portugueses em Portugal, à sombra da Constituição, nomeassem um governo de salvação! Sim de salvação e legal - e que os “donos” materiais e da informação no nosso país não queriam aceitar. E dizem-se democratas. Era Vê-los e ouvi-los na comunicação social portuguesa com as palavras carregadas de ódios e certezas, dignos descendentes dos salazaristas dos anos 1930-1974. Falavam com o mesmo à vontade dos esbirros da pide, quando espancavam os nossos conterrâneos nas

prisões de Peniche e Tarrafal. Para dizer a verdade, este período, antes da nomeação de António Costa como primeiro ministro pelo presidente Cavaco Silva, existiram por que foram criadas para isso dúvidas de ilusões, uma vez que os “senhores doutores” não aceitavam ir trabalhar para fora da governação. Muitos lusitanos que vivem em França há dezenas de anos, mas continuam a enviar para as suas terras de Portugal as poupanças, viveram no dia 12 de novembro de 2015 uma alegria interior na esperança de que, enfim, a justiça social, a solidariedade e a paz chegue a Portugal.

NÃO SE DEVE PERDER A ESPERANÇA. É um combate permanente. Não com pistolas e espingardas, mas para que cada um ganhe a dignidade da vida. Esta esperança é em muitos de nós uma constante da vida, por assim dizer, uma batalha para que o ser humano possa observar o outro sem medo da sua superioridade ou inferioridade. Este mundo físico em que vivemos é, naturalmente, fantástico, belo e bom, quando olhado com fraternidade e respeito, mas sobretudo com amor, solidariedade, liberdade e igualdade na vida. Mas é muito complicado chegar a “este milagre”, onde o homem e a mu-

lher encontrem um entendimento e onde o respeito seja o seu combate permanente. Naturalmente, esta “guerra” é difícil, como o foi sempre ao longo dos milhões de anos de existência da humanidade. No entanto terá de chegar o tempo em que os homens comecem a refletir sobre tanta perda de tempo, mortes, catástrofes e aniquilação de inocentes. A suposta superioridade de alguns homens e países findaram quase sempre com o aniquilamento de milhões de homens, mulheres e crianças, como aconteceu no nosso tempo de vida, em 1940-1945.

Comendador José Batista de Matos Paris

s Fiscalidade

Sistema de Inventário Permanente (SIP) De conformidade com a legislação em vigor, até 31 de dezembro de 2015, as organizações a que seja aplicável o Sistema Normalização Contabilística (SNC), ou as normas internacionais de contabilidade adotadas pela UE estão dispensadas de aplicação do sistema de inventário permanente (SIP) quando não ultrapassem, durante dois exercícios consecutivos, dois dos três limites indicados no n.º 2 do artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), deixando essa dispensa de produzir efeitos no exercício seguinte ao termo daquele período. Os limites do n.º 2 do artigo 262.º do CSC são: total do balanço: € 1.500.000,00; total das vendas líquidas e outros proveitos: € 3.000.000,00 e número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50. A partir de 2016, os limites previstos para a obrigatoriedade de IP, em função da dimensão da entidade são alterados. Na sequência destas alterações, foi alar-

gado de forma significativa o universo de empresas obrigadas a implementar o IP a partir de 1 de janeiro de 2016. De salientar que a Comissão Europeia pretendeu introduzir alguma simplificação administrativa e redução de custos de contexto para as pequenas e médias empresas, incluindo as microempresas, com o objectivo de apoiar essas empresas. O legislador português achou que não deveria ser assim e impôs a obrigação da adoção do SIP para as empresas de reduzida dimensão, incluindo as entidades do sector não lucrativo. Tendo em consideração o contexto legal, as empresas que passam a estar obrigadas ao SIP necessitam de efetuar uma gestão efectiva e contínua de quantidades e do custo das suas mercadorias. Nos termos do artigo 12º do Decreto-Lei (D.L), n.º 158/2009, republicado pelo D.L n.º 98/2015, de 2/6, as entidades a que seja aplicável o SNC ou as normas

internacionais de contabilidade adotadas pela UE ficam obrigadas a adotar o SIP na contabilização dos inventários, exceto para as entidades que se classifiquem como microentidades de acordo com os limites definidos no n.º 1 do artigo 9.º (conforme aferição em, ou após, 1 de janeiro de 2016: total do balanço: € 350 000,00; volume de negócios líquido: € 700 000,00 e número médio de empregados durante o período: 10). Apenas as entidades que não ultrapassarem, durante dois períodos consecutivos, dois dos três limites acima indicados, podem ficar dispensados de implementar SIP. Para além da dispensa que opera em função da dimensão da empresa, o mesmo art.º 12.º contém a referência a outras situações de dispensa: ficam também dispensadas do estabelecido no n.º 1 as entidades nele referidas relativamente às seguintes atividades: a) agricultura, produção animal, apicultura e caça; b) silvicultura e explo-

ração florestal; c) indústria piscatória e aquicultura e d) pontos de vendas a retalho que, no seu conjunto, não apresentem, no período de um exercício, vendas superiores a € 300 000,00 nem a 10% das vendas globais da respetiva entidade. Ficam ainda dispensadas do estabelecido no n.º 1 as entidades nele referidas cuja atividade predominante consista na prestação de serviços, considerando-se como tais, para efeitos deste artigo, as que apresentem, no período de um exercício, um custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas que não exceda € 300 000,00 nem 20% dos respetivos custos operacionais. As dispensas previstas na alínea d) do n.º 4 e no número anterior mantêm-se até ao termo do período seguinte àquele em que, respetivamente, as atividades e as entidades neles referidas tenham ultrapassado os limites que as originaram. Não obstante o disposto no número anterior, podem voltar a beneficiar das dis-

pensas previstas na alínea d) do n.º 4 e no n.º 5 as atividades e as entidades neles referidas em relação às quais deixem de se verificar, durante dois períodos consecutivos, os requisitos estabelecidos para a concessão da dispensa, produzindo efeitos a partir do período seguinte ao termo daquele período. Deste modo, se as entidades referidas no ponto 1 e 2, não se enquadram em nenhum dos casos de dispensa expressamente mencionados, parece-nos que, ficarão obrigadas a adotar o SIP em 2016 (se ultrapassarem dois dos três limites referidos no artigo 9º do DL 158/2009, redação do DL 98/2015 - em dois períodos consecutivos imediatamente anteriores, no caso em 2014 e 2015). De referir que, tal aferição não se obtém por uma média. Quanto à perda de benefícios fiscais pela não adoção do SIP é entendimento da Direção de Serviços do Imposto Sobre o rendimento das Pessoas Coletivas no sentido de se considerar que o facto de uma entidade

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

não adotar o SIP, estando a tal obrigada, não é só por si razão para se concluir que não foi adotado o SNC e que a contabilidade não se encontra regularmente organizada.


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Jornal da Batalha

Quando começar a casa pelo telhado é o melhor dos sinais

Luís Miguel Ferraz/Jornal da Golpilheira

Atualidade

p A troca do telhado foi aproveitada para realizar obras no interior

p Aspeto das obras exteriores na fase inicial

m A Comunidade Cristã da Golpilheira quer angariar 200 mil euros para pagar as obras da igreja. Para isso, está a trocar cada uma das velhas telhas do templo por donativos ou empréstimos de mil euros

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, o principal centro de culto da Golpilheira, precisava de obras há anos. Em meados de 2015, a comunidade cristã reuniu-se para conhecer e aprovar a proposta de melhoramentos, que implicam um investimento arredondado de 300 mil euros e já estão em curso. A participação da população é, quase sempre, um factor essencial na concretização destes projetos, mas no caso da Golpilheira assume um aspeto particularmente interessante: quem

desejar associar-se ao projeto pode doar ou emprestar mil euros em troca de uma das velhas telhas retiradas da igreja. Em caso de donativo, a telha é tratada e apresentada numa moldura especialmente cuidada, com a inscrição de uma dedicatória personalizada de agradecimento. É começar a construir a casa pelo telhado, mas no bom sentido. A 27 de julho de 2015, sete dezenas de pessoas participaram na assembleia da comunidade cristã local, a convite da Comissão da Igreja da Golpilheira, para debaterem, entre outros assuntos, as obras de remodelação da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. A intervenção resulta da necessidade de substituir o telhado da igreja e, neste contexto, “aproveitar a ocasião para uma remodelação, para melhor conformidade litúrgica e conforto da assembleia”. Além de uma nova cobertura, a obra contempla a renovação e adequação

p Nesta imagem já se tem uma ideia do novo interior do templo litúrgica do presbitério, a reformulação e requalificação da iluminação natural e artificial, a melhoria do conforto térmico, acústico e estético, e a configuração de espaços próprios para o coro litúrgico, a celebração da Reconciliação e a capela do Santíssimo. O projeto global foi encomendado a uma equipa de arquitetos e melhorado com os contributos de técnicos e da população, e aprovado pelo Departamento do Património Diocesano de Leiria-Fátima. PARTICIPAÇÃO. Na assembleia de julho de 2015 estiveram presentes os padres

José Gonçalves, pároco da Batalha, e Jorge Guarda, vigário geral da Diocese de Leiria-Fátima, que sublinharam a importância de “acompanhar a renovação do espaço celebrativo com a revitalização da Igreja feita de pessoas”. Foi nesse sentido que, em outubro, foi constituída oficialmente a Comunidade Cristã da Golpilheira, como entidade que identifica esta parcela da paróquia da Batalha no território da freguesia civil da Golpilheira. Cerca de meia centena de pessoas integram o Conselho Pastoral e Administrativo que a dinamiza, distribuídas por equipas de trabalho, em

s registo Para participar contacte igrejagolpilheira@gmail.com Miguel Ferraz - 910 280 820 José Carlos Ferraz - 914 961 543 Carlos Agostinho - 924 106 521 Cesário Santos - 962 343 232 Transferência Bancária - NIB: 0045 5080 4015 2316 6922 2 (enviar comprovativo de transferência)

áreas como a liturgia, a catequese, a pastoral social, a organização de eventos ou a gestão do património. Quanto à obra, tanto o pároco como o vigário geral consideraram que “é adequada às necessidades, bem estruturada tecnicamente e de estética agradável”, adiantando que “parece ser um esforço orçamental viável para esta comunidade, se para tal se mobilizar”. Ora, no que ao dinheiro diz respeito, a empreitada foi adjudicada à empresa Arlindo Lopes Dias, do Olival, Ourém, por 267.918 euros, aos quais acrescem 15 mil euros para iluminação. Poderá ainda ponderar-se a climatização, se forem angariados fundos suficientes. Um terço da verba já existia e quase se esgotou no pagamento da primeira factura, em dezembro. O contrato com a empresa do Olival foi assinado na missa dominical do dia 13 de setembro de 2015 e as obras arrancaram no dia seguinte, com uma duração contratual de 210 dias, pre-

vendo-se a inauguração da ‘nova’ igreja para maio do corrente ano. A intervenção estava a ser preparada há mais de cinco anos. Para angariar os 200 mil euros em falta, surgiu a ideia original: trocar 200 telhas retiradas do velho telhado por mil euros cada, em forma de donativo ou de empréstimo. “Fique com esta recordação da cobertura que serviu a casa de Deus durante mais de meio século! Muitas destas telhas representam o trabalho dos nossos pais e avós que sob elas rezaram”, apela a Comissão da Igreja da Golpilheira, adiantando que “cada telha levará uma dedicatória desta campanha”. Quem não puder disponibilizar mil euros e quiser fazer outro donativo ou empréstimo, “a sua ajuda será bem-vinda e terá uma lembrança”, adianta a comissão. Até dezembro, a campanha das telhas e outros donativos dos fiéis permitiram angariar cerca de 25 mil euros.


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Atualidade Batalha

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Mãe e filha feridas em colisão frontal com camião no Casal da Amieira m O acidente terá

CMTV

Vasco Santos

acontecido quando o pesado colidiu com um segundo veículo ligeiro e se despistou contra aquele em que seguiam as vitimas

p O veículo em que seguiam as mulheres no IC2 Um acidente ocorrido ao início da tarde do dia 30 de dezembro, no Casal da Amieira, no IC2, que envolveu três viaturas, causou dois feridos graves, naturais do Concelho da Batalha, e um ligeiro. Os feridos graves são Ana Cristina Gregório Bastos (Nocas Gregório), de 44 anos e a filha, Bárbara Bastos, de 19 anos, e seguiam num carro ligeiro, que co-

lidiu de frente com um camião, no sentido sul-norte, na descida do Casal da Amieira. O ferido ligeiro é o condutor do veículo pesado de mercadorias. O acidente terá acontecido, pelas 12h30, quando o camião e um segundo veículo ligeiro colidiram lateralmente, no sentido nortesul, numa zona de faixa dupla, acabando o pesado por se despistar e atingir de

frente a viatura onde viajavam os feridos graves. Ana Bastos é emigrante no Luxemburgo e estava na Cela, Batalha – para onde se dirigia quando aconteceu o acidente -- a passar férias de Natal e Ano Novo, enquanto a filha reside no concelho. A jovem foi assistida no Hospital de Santo André, em Leiria, e teve alta médica ainda na tarde do dia 30 de dezembro, enquanto a mãe

p A estrada esteve cortada ao trânsito durante três horas foi operada em Coimbra a ferimentos graves que sofreu numa perna. Às 12h17 do dia 7 deste mês, Nocas Gregorio deixou uma mensagem de agradecimento na sua página no Facebook: “Boa tarde caros amigos. A pedido da minha mãe, deixo uma mensagem de agradecimento por todo o apoio e toda a força que têm dado. Um muito obrigada a todos vocês”, escre-

veu. No dia 9 continuava internada em Coimbra, a recuperar dos ferimentos que sofreu. A violência do embate foi tal que o pesado de mercadorias tombou e o ligeiro, propriedade de Bárbara Bastos, que conduzia, ficou bastante danificado. Os bombeiros e a GNR tomaram conta do acidente, que obrigou ao condicionamento do trânsito durante

três horas, estando as autoridades policiais a averiguar as circunstâncias em que aconteceu. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, esteve no local para se inteirar da gravidade do acidente e tem reclamado junto da empresa pública Infraestruturas de Portugal obras que contribuam para melhorar os níveis de segurança da estrada.

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Batalha Atualidade

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Novos lares em fase de aprovação m O Concelho da Batalha, com um índice de envelhecimento de 123,4, regista um aumento da população sénior, acompanhando a tendência geral do país

A Santa Casa da Misericórdia da Batalha e o Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede têm em fase de aprovação dois projetos para a construção de novos lares de idosos. O Concelho da Batalha, com um índice de envelhecimento de 123,4, regista um aumento da população sénior, acompanhando a tendência geral do País. No caso da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, o projeto compreende a edificação de um novo lar, designado de Estrutura Residencial para Idosos, a desenvolver em duas fases, com uma capacidade inicial para o acolhimento de 23 utentes. Em causa está um investimento na ordem de um milhão de euros, que pretende colmatar uma lacuna do concelho, onde apenas existe um lar de idosos, em Reguengo do Fetal. “Dada a falta de vagas, a nossa população sénior que precisa desta valência tem de sair do concelho. Queremos fixá-los na comuni-

dade, com esta resposta de proximidade”, afirmou recentemente Carlos Agostinho, provedor da misericórdia, adiantando que a obra será objeto de uma candidatura a fundos comunitários, a formalizar durante o primeiro trimestre deste ano. “Numa segunda fase, e com a construção de um edifício contíguo ao primeiro, pretende a Santa Casa da Misericórdia atingir uma capacidade máxima para 60 utentes, com o acolhimento de respostas integradas de apoio social para pessoas idosas portadoras de demências e de deficiência em estrutura residencial modelar, adequada ao nível de dependência dos futuros residentes”, refere a câmara no seu último boletim municipal. O novo edifício tem 900 m2, com a inclusão de um elemento construtivo de ligação entre ambos os imóveis, de modo a permitir a acessibilidade dos utentes à unidade de medicina física, de reabilitação e de promoção da autonomia e serviços de imagiologia e de consultas clínicas. MAIS APOIO. O corpo técnico assistencial será distinto do existente, nas diferentes valências de apoio social e de saúde, prevendose a criação de 15 postos de trabalho. O projeto compreende ainda a reestruturação do edifício das cozinhas de apoio às valências sociais

Todo o concelho. Toda a informação

Assinaturas

p Aspeto do projeto do novo lar da Batalha

p Imagem do futuro lar de São Mamede (do centro comunitário, centro de dia, SAD e cantina social) e unidade de cuidados continuados, em espaço contíguo ao Centro Hospitalar Nossa Senhora da Conceição, nas Brancas, para o acolhimento dos serviços de cozinha e lavandaria, no rés-do-chão, adianta a autarquia. Quanto ao projeto do Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede,

prevê a construção de um novo edifício vocacionado para a prestação de respostas a pessoas portadoras de deficiência e um lar de idosos. O boletim municipal refere que o novo imóvel será construído junto ao atual edifício do Centro Social e Cultural, que atualmente assegura à população os serviços de centro de dia e de serviço de apoio domiciliário.

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O projeto compreende a construção de uma estrutura residencial para pessoas com deficiência, com capacidade para 14 utentes e um lar de idosos, com capacidade para 33 utentes. O espaço contemplará ainda uma sala de fisioterapia e de terapia ocupacional. O edifício será composto por três pisos, sendo o inferior destinado a garagens e arrumos, o piso zero dotado

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Atualidade Batalha

Aumenta número de peregrinos e frequência dos caminhos de Santiago

PEREGRINOS TRADICIONAIS Caminhos mais utilizados Francês....................................172.159 (65,61%) Português................................43.112 (16,43%) Norte .........................................15.871 (6,05%) Primitivo...................................11.426 (4,35%) Inglês.............................................9.240 (3,52%) Via de la Plata...........................9.220 (3,51%) Muxia-Finisterra .........................758 (0,29%)

Nacionalidade/País Espanha.................................122.306 (46,61%) Itália............................................22.109 (15,78%) Alemanha................................18.854 (13,46%) EUA .............................................13.656 (9,75%) Portugal....................................12.455 (8,89%) França...........................................9.907 (7,07%)

Como chegaram A pé..........................................236.194 (90,02%) Em bicicleta ............................25.343 (9,66%) A cavalo ..........................................771 (0,29%) Cadeira de rodas............................71 (0,03%) Total..........................................262.379 (Ano Santo 2010, 272.412) Mulheres .................................23.501 (47,07%) Homens ................................138.878 (52,93%)

Principais localidades de partida p Pelo menos 12.455 portugueses fizeram os caminhos de Santiago

m No concelho estão definidos dois percursos para Fátima e Santiago de Compostela, que atravessam a Freguesia de São Mamede.

O número de peregrinos tradicionais portugueses e a frequência do Caminho Português de Santiago de Compostela - que tem dois percursos no Concelho da Batalha - aumentaram ex-

ponencialmente na última década, segundo as estatísticas divulgadas no final de ano pelo Serviço de Acolhimento de Peregrinos da Catedral de Santiago de Compostela (SAP). O Caminho Português evoluiu de 6.466 (6,44% do total) peregrinos em 2006 para 35.491 (14,92%) em 2014 e 43.112 (16,43%) no ano passado, sendo o segundo mais importante, atrás do Francês. O número de portugueses a fazerem os caminhos de Santiago passou de 3.365 (6,99% do total) em 2006 para 11.655 (9,38%) há dois

anos e 12.455 (8,89%) em 2015, segundo as estatísticas, que analisam apenas os dados referentes aos peregrinos que se registam (pedem a Compostela) no SAP – os tradicionais, aqueles que chegam a pé, de bicicleta ou a cavalo. Em termos globais, Santiago de Compostela é visitada por 4,5 milhões de pessoas por ano. No Concelho da Batalha estão definidos dois caminhos, que são, simultaneamente, de Fátima e Santiago de Compostela e foram marcados pelo Centro Nacional de Cultura: Caminho do Mar (Estoril ou Cascais/

Oeste do distrito de Leiria/ Fátima/Santiago de Compostela) e Caminho da Nazaré (Nazaré/Fátima/Santiago de Compostela), que atravessam a Freguesia de São Mamede. O segundo, feito em sentido contrário, resulta numa espécie de Finisterra, ao terminar no mar da Nazaré. No entanto, as estatísticas divulgadas não registam peregrinos do distrito de Leiria, o que significa apenas que partiram de locais fora da região, como acontece quase sempre, ou não se registaram no SAP.

Porto ..........................................13.193 (5,03%) Valença ........................................5.687 (2,17%) Lisboa............................................2.059 (0,78%) Ponte de Lima ..........................1.560 (0,59%) São Pedro de Rates....................765 (0,29%) Barcelos ...........................................608 (0,23%) Braga.................................................505 (0,19%) Chaves..............................................322 (0,12%) Guimarães .....................................310 (0,12%) Coimbra ..........................................252 (0,10%) Viana do Castelo.........................227 (0,09%) Fátima ..............................................176 (0,07%) Povoa de Varzim........................... 98 (0,04%) Esposende.........................................74 (0,03%) Viseu ....................................................56 (0,02%) Faro .......................................................36 (0,01%) Benavente.........................................21 (0,01%) Aveiro...................................................20 (0,01%) Resto de Portugal...................2.140 (0,82%)

Idade Até 30 anos............................. 74.700 (28,47%) Entre 30 e 60 anos ............143.830 (54,82%) Maiores de 60 anos ...........43.849 (16,71%)

“Like Saúde” quer desviar alunos de comportamentos perigosos O projeto “Like Saúde”, cujo objetivo é a prevenção de comportamentos aditivos e dependências, resultado de uma parceria da Câmara da Batalha, foi apresentado no dia 15 de dezembro. O projeto envolve o Centro de Respostas Integradas de Leiria, a Administração Regional de Saúde, a GNR, os estabelecimentos escolares e o Centro de Competência Entre Mar e

Serra, e visa o trabalho em rede para contribuir para a prevenção do consumo de substâncias psicoativas em meio escolar. Para isso, serão desenvolvidas estratégias de trabalho integrado e continuado com alunos, envolvendo ainda o professores, auxiliares e as respetivas famílias. “O programa de prevenção está focado na melhoria do estado de saúde global

dos jovens, através da definição de políticas relacionadas com o controlo de consumos de substâncias aditivas”, explica Ana Filipa Soledade, técnica do Centro de Respostas Integradas de Leiria. Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, referiu que o “Like Saúde merece da autarquia toda a adesão, apoio e investimento”.

p O programa visa a melhoria da saúde dos jovens, disse Ana Soledade

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Jornal da Batalha

Alunos de São Mamede solidários e dedicados ao desporto escolar

p A prova decorreu no recinto exterior do colégio

m O colégio envolveu os alunos em diversas atividades no final do ano passado. Entre elas destacam-se quatro muito diferentes

Os alunos do Colégio de São Mamede, no Concelho da Batalha, estiveram en-

volvidos em quarto atividades muito diferentes: fizeram presépios, foram voluntários na campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, visitaram o Museu Machado de Castro e o Instituto da Juventude de Coimbra e participaram numa prova de corta-mato. No primeiro caso, foram desafiados, pelas professoras de Educação Moral e Religiosa Católica e de

Educação Visual, a fazer em família um presépio com materiais reciclados ou naturais. O resultado do concurso pôde ser apreciado nas instalações do colégio e os melhores presépios foram expostos na Junta de Freguesia de São Mamede. No dia 28 de novembro, alunos da escola participaram na campanha de recolha de alimentos do Banco

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Ediİcio Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt

Alimentar Contra a Fome. Acompanhados por professores, estiveram no supermercado Pingo Doce, em Fátima, para dar um pouco do seu tempo em prol dos mais desfavorecidos. A sua colaboração permitiu recolher alimentos para dezenas de instituições de solidariedade social de Leiria e Fátima. No dia 30 de novembro, os estudantes do 8º ano do

Colégio de São Mamede deslocaram-se ao Museu Machado de Castro e ao Instituto da Juventude de Coimbra. Os alunos observaram aspetos da cultura e arquitetura romanas, no criptopórtico do museu, e apreciaram uma exposição do período renascentista, composta nomeadamente por escultura. No Instituto da Juven-

tude, assistiram à peça de teatro “Matematicomania”, que aborda temas como áreas, volumes, interpretação de exercícios ou estatística, de uma forma cómica e divertida. O corta-mato decorreu no dia 16 de dezembro, no recinto exterior do colégio, com a participação de muitas dezenas de alunos.


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25 anos

Neve e confirmação da construção da Exposalão m O projeto de construção de um parque de exposições na Batalha, divulgado em primeira mão na edição de novembro, foi recebido com surpresa

A edição de dezembro de 1990 do Jornal da Batalha destaca cinco temas principais na capa: “1990: O início da década na Batalha, um ano em retrospetiva”, “Reguengo do Fetal “acorda para o desporto”, “Orçamento da câmara para 1991, mais de um milhão de contos” e “Chegou a “Supercaneta, Escola Secundária faz

jornalismo”. Mas o tema com maior destaque, curiosamente sem título na capa, apesar de ser a continuação de uma notícia dada em primeira mão pelo Jornal da Batalha, na edição de novembro, está na última página: “Em anexo ao recinto de feiras nasce um hotel, parque de exposições pronto a arrancar”. “O projeto de construção dum parque de exposições na Batalha [Exposalão], divulgado em primeira mão na edição de novembro do nosso jornal, foi recebido com surpresa por parte de inúmeros setores da população. Muitos ficaram entusiasmados com a ideia e todos aguardam agora, com expectativa, a realização do complexo”, descreve a notícia.

“O Jornal da Batalha está já em condições de divulgar novos dados sobre o empreendimento, cuja concretização está dependente (podemos revelá-lo agora) do empresário José Frazão”, adianta. “Depois do projeto ter sido aprovado pela câmara as obras poderão ser iniciadas dentro de 60 dias” – referiu ao JB o investidor, dando conta em seguida que o complexo estará concluído um pouco mais tarde do que inicialmente estava previsto. “Não será possível avançarmos com a realização de feiras no verão mas, em todo o caso, queremos a obra concluída até final de 91”, explicou José Frazão. “Previsão do tempo: neve na Batalha” – era assim que o jornal noticiava o facto de domingo, dia 9 de dezem-

o bro, ter nevado no concelho. “Vai fi-e car na memória de muitos como um dia em que ocorreu na Batalha um caso muito raro: queda de neve”. “Foi pelas primeiras horas da manhã, quando muitos estavam ainda a dormir. De repente, sem qualquer aviso, começou a cair neve, cobrindo de branco todos os locais”, conta o jornal, adiantando que “os mais madrugadores ficaram espantaoveitaram dos e muitos aproveitaram para brincar, qual viagem à Serra da Estrela”.

p Capa do JB de dezembro de 1990

Câmara aprova primeiro orçamento de Raúl Castro m Depois de 13 anos de orientação social democrata, chegou a hora de conhecer as propostas do novo executivo municipal

A edição de Janeiro de 1991 do Jornal da Batalha destaca cinco temas principais na capa: “Escola de Artes e Ofícios será realidade na Batalha”, “JB falou com os presidentes das freguesias, eles dizem de sua justiça”, “Desporto “mora” em Santo Antão”, “Supercaneta é voz da Escola Secundária” e “Da Batalha para o mundo, um livro sobre o mosteiro”. “O início do novo ano fi-

cou marcado pelo livro de Saúl António Gomes “O Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século XV”. A edição desta obra vem enriquecer em muito os estudos que tem sido efetuados sobre o monumento “onde mais Pátria há”. Ao registarmos, com muito agrado, o lançamento da obra, damos a palavra ao seu autor, transcrevendo na íntegra, o discurso que o Dr. Saúl António Gomes proferiu na cerimónia de apresentação”, escreve o jornal. Outra notícia em destaque: “A Batalha vai ter um dos cinco Centros de Ensino e Desenvolvimento Integrado que funcionarão a partir do próximo ano ano letivo, no âmbito do projeto de artes e ofícios tradicionais. Trata-se de uma iniciativa dos gabinetes dos ministros da educação e do planeamento”. “Na nova escola serão le-

cionados cursos de cantaria, vitral e vidro soprado, com a duração de três anos e paralelismo pedagógico. Os níveis a atingir ainda se encontram em fase de estudo prevendo-se que possam ser frequentados por dois grupos etários de alunos: um situado no terceiro ciclo, sétimo, oitavo e nono anos, e o outro abrangendo o Curso Complementar, do 10º ao 12º anos”, explica o jornal. “Algo morna, com alguns pontos de fervura – assim se pode caraterizar a reunião da assembleia municipal na sua última reunião de 1990, no dia 28 de dezembro”, refere o jornalista Carlos Valverde, explicando: “Um dos fatores que poderá ter contribuído para uma menos aguerrida reunião, poderá estar no facto da ordem de trabalhos contar com dez pontos em agenda, onde se incluia a aprovação do or-

1, çamento para 1991, documentos vitaiss para a autarquia”. a “Já a noite ia o longa e mercê do o fôlego adquirido no ponto anterior, chegou a vez da análise do orçamento e plano de atividades para 1991. Depois de 13 anos de orientação social democrata, era chegada a hora de conhecer a proposta, a primeira, do executivo liderado por Raúl Castro, que venceu o PSD sob as listas do CDS há um ano atrás”, conta a notícia. Os documentos foram aprovados por maioria, com oito abstenções.

p Capa do JB de janeiro de 1991


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Jornal da Batalha

m A EBS do concelho manteve a posição de 2014, subiu a média geral de 12,27 para 12,41 e os seus alunos fizeram 220 provas

A Escola Básica e Secundária da Batalha ficou em 5º lugar entre as escolas públicas do país e em 1º na classificação geral do distrito de Leiria no “Ranking Escolas 2015”, divulgado no dia 12 de dezembro, e elaborado pela Universidade Católica e pelo jornal Público, com base nas notas dos exames nacionais. A análise é claramente dominada pelas escolas privadas, que ocupam os primeiros 24 lugares da classificação do secundário. O

Instituto de Odivelas (25º) e a Escola Básica e Secundária Clara de Resende (28), são as primeiras públicas a surgir, encontrando-se a da Batalha em 5º lugar, na 35ª posição do resultado nacional geral. A escola da Batalha manteve a posição de 2014, subiu a média geral de 12,27 para 12,41 e os seus alunos fizeram 220 provas, segundo este ranking feito com dados fornecidas pelo Ministério da Educação. No distrito de Leiria, atrás da Batalha, encontram-se a Escola Secundária de Raul Proença (36º) e o Colégio Rainha D. Leonor (47º), ambos nas Caldas da Rainha. No que respeita ao 9º ano, o Colégio de São Mamede aparece em 186º lugar e a EBS da Batalha em 245º a nível nacional. A liderança distrital cabe ao Colégio Nossa Senhora de Fátima (42º), seguindo-se o Colégio da Cruz da Areia (57º), em

AE Batalha

Escola da Batalha é a 5ª melhor pública do país e a 1ª do distrito

p Alunos receberam prémios de mérito e diplomas de conclusão do secundário Leiria, e a Escola Secundária Raul Proença (100º), nas Caldas da Rainha. O Colégio de São Mamede está na 12ª posição no distrito e a EBS da Batalha em 14º. No 6º ano, os dois primeiros lugares foram igualmente atribuídos àqueles

colégios (17º e 38º posições nacionais), cabendo o 3º à Escola Básica e Secundária Henrique Sommer (128º), em Leiria. A escola da Batalha ficou na 14ª posição distrital (251º) e o Colégio de São Mamede na 43ª (690º nacional).

No que respeita ao 4º ano, no 1º lugar distrital ficou o Colégio Rainha D. Leonor (20º), nas Caldas da Rainha, seguindo-se o Colégio Nossa Senhora de Fátima (42º) e o Jardim Escola João de Deus (96º), estes em Leiria. A EBS da Batalha ficou

na 19ª posição distrital e na 518ª na classificação geral, enquanto o Colégio de São Mamede está nas 26ª e 604ª posições, respetivamente. Ainda no que respeita ao 4º ano, as escolas básicas do concelho da Batalha ficaram ordenadas da seguinte forma: Reguengo do Fetal, Rebolaria, Golpilheira, Quinta do Sobrado, Faniqueira, Casais dos Ledos, São Mamede e Brancas. Estas escolas não têm classificação no ranking nacional por terem efetuado menos de 50 provas. A nível nacional geral, as escolas com melhores resultados são: 1º) Colégio Nossa Senhora do Rosário, Porto; 2º) Colégio da Rainha Santa Isabel e 3º) Colégio de São Teotónio, estes em Coimbra, segundo a análise elaborada pelo Público e pela Universidade Católica Portuguesa.

A Câmara da Batalha atribuiu bolsas de estudo a estudantes carenciados do concelho que frequentam o ensino superior no valor de 26.775 euros, correspondentes a 50 candidaturas, o que reflete um crescimento de 20% em relação ao ano passado. O valor respeita a 24 renovações e a 26 novas bolsas de estudo, revela a câmara da Batalha num comunicado divulgado no dia 18 de dezembro, salientando que “correspondem a um aumento de 20% quanto ao número total do ano letivo transato”. “Esta atribuição a estudantes do ensino superior do concelho que registam

carência económica revela o forte empenho da autarquia em auxiliar as famílias com dificuldades em suportar o encargo da educação dos filhos”, afirma o presidente da câmara. “Este esforço financeiro do município, que tem aumentado nos últimos anos, contribuirá dentro de poucos anos para que a população jovem do concelho seja mais qualificada e detentora de ferramentas que auxiliem a enfrentar o exigente mercado de trabalho”, adianta Paulo Batista Santos. Como contrapartida pelo apoio, os estudantes têm de prestar trabalho comunitário, no período das férias

Arquivo/AE Batalha

Município atribui bolsas de estudo no valor de 26.775 euros

p A autarquia apoia os alunos do concelho com bolsas de estudo escolares, a favor da autarquia ou de outras instituições concelhias.

No ano letivo de 2014/2015 a câmara disponibilizou 20 mil euros em bolsas de es-

tudo, respeitantes a renovações e à atribuição de novas bolsas a 50 estudantes. Este

valor representa um crescimento de 30% em relação ao ano letivo anterior.


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IPLeiria ajuda na regeneração urbana da vila m Objetivos: consolidar o papel da zona patrimonial e envolvente ao mosteiro, fomentar a reabilitação dos edifícios e criar condições para a dinamização económica e social

A câmara municipal anunciou no dia 5 deste mês que decidiu desenvolver uma parceria com o Ins-

tituto Politécnico de Leiria (IPleiria) para a elaboração do Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU) do Município da Batalha. A assembleia municipal aprovou em fevereiro de 2014 a delimitação da área de reabilitação urbana (ARU) da vila, com o objetivo de “consolidar o papel da zona patrimonial e envolvente ao Mosteiro da Batalha, fomentar a reabilitação dos edifícios e criar condições para a dinamização económica e social”. O PARU será realizado por uma equipa de investi-

p Área de influência do plano de regeneração urbana, na foto a tracejado gadores do IPLeiria, que desenvolverá o plano e identificará as propostas de regeneração urbana sustentáveis, onde deverão estar indicadas as grandes linhas de orientação das intervenções a concretizar, suportando o acesso a financiamento comunitário.

Segundo a câmara, o documento “identificará as operações de requalificação a concretizar, nos domínios da qualificação e modernização do espaço público; recuperação, expansão e valorização de infraestruturas verdes; recuperação de beneficiação

de habitações particulares, intervenção em estruturas sociais e operações de urbanismo comercial. “Desenvolver este projeto em parceria com IPLeiria é a garantia de um trabalho de excelência e a confirmação de uma cooperação institucional fundamental

para o município da Batalha no desenvolvimento e promoção de projetos de natureza científica, pedagógica e cultural”, considera o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Aromáticas tratam da saúde às galinhas O mês de fevereiro marca o período em que o tempo começa a mudar. É uma boa altura para melhorar o solo, a sua composição e estrutura, através de estrume curtido ou composto. Este pode ser introduzido no solo ou posto à superfície, assim as minhocas irão incorporá-lo naturalmente. Pode também espalhar pedaços de cartão nas zonas que mais tarde serão de semeadura e plantio. É uma forma de ir preparando o solo, aquecendo-o e mantendo-o livre de plantas indesejadas. Se quiser plantar no futuro, prepare o terreno agora, deixe-o sem nada e dentro de semanas remova todas as ervas espontâneas: este processo chamase falsa plantação e pode ser feito sempre. Assim permitimos que as ervas espon-

tâneas se manifestem e depois removemo-las ainda pequenas antes das sementeiras/plantações, livrando as nossas plantas da concorrência por nutrientes das ervas espontâneas. Hortícolas para semear em local coberto: acelgas, alfaces, alho francês, bróculos, couves-repolho, ervas aromáticas, nabos, rúcula, tomates e pimentos. Horticolas para semear ao ar livre em zonas menos propensas a geadas: alho francês, beterrabas, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repolho, espargos, espinafres, ervilhas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, coentros e calêndulas. Jardim, semear: gipsófilas, manjericos, ciclames, cólios, sécias, bolbos, margaridas e cravinias. Nesta época é normal al-

guns transtornos de saúde nas galinhas em galinheiros. As aromáticas fazemlhes muito bem. É comum por aqui oferecer-lhes na água infusões de plantas, nomeadamente infusão de hortelã; assim limpam os intestinos, pois a hortelã ou as mentas servem como repelentes de vermes internos. No ninho das galinhas devem ser incorporadas diversas aromáticas, tais como: funcho – estimulante de postura, alfazema – calmante, aumenta a circulação sanguínea, reduz o stress e aromático, erva-cidreira – calmante e repelente de roedores, hortelã – repelente de vermes e insectos, urtigas – calmante (podem ser adicionais à pasta de sêmeas que lhes sirva pela manhã), salsa – rica em vitaminas e evita a proliferação de salmonelas,

tomilho – aumenta a saúde respiratória e é calmante (este também sirvo como chá na água) e o yarrow apaziguador do esforço. Para além de incorporarmos no galinheiro ervas aromáticas, também temos plantações delas em redor do galinheiro. Se dá grãos de cereais às suas galinhas, saiba que se os deixar germinar dão ainda mais nutrientes. Bbasta para isso que os humedeça uns dias antes - no inverno faço sempre isso, no verão com temperaturas mais altas nem tanto, pois tendem a azedar com facilidade. Mas com o tempo atual, este procedimento é muito fácil. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas Colheitas.


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Paços do concelho ampliados para receber Loja do Cidadão m O espaço concentrará os serviços locais de finanças e da conservatória, em três novos módulos que serão construídos nas traseiras do atual edifício da câmara A Câmara da Batalha vai candidatar 620 mil euros aos fundos europeus do programa operacional “Centro 2020” com o objetivo de ampliar o edifício do município e instalar a Loja do Cidadão, anunciou a autarquia no dia 22 de dezembro. A candidatura foi formalizada no final do mês passado, no âmbito do Sistema de Apoio à Modernização

p Imagem do projeto de alargamento do edifício da câmara e Capacitação da Administração Pública (Programa Aproximar), e o projeto visa “acolher no edifício dos paços do concelho serviços que ficarão à disposição dos

batalhenses e demais cidadãos”, refere a câmara em comunicado. A Loja do Cidadão concentrará os serviços locais de finanças e da conserva-

tória, nos três novos módulos que serão construídos nas traseiras do atual edifício da câmara, virados para a Praça do Município, como prevê o projeto de ar-

quitetura. “A instalação no edifício dos paços do concelho da Loja do Cidadão vai traduzir-se na disponibilização, no mesmo local, de diver-

sos serviços aos munícipes, e numa simplificação e modernização da relação dos cidadãos com o Estado”, refere o presidente do município, Paulo Batista Santos. As obras serão aproveitadas para melhorar a funcionalidade das instalações e os novos módulos ficarão enquadrados porque o atual edifício da câmara foi projetado e construído antevendo possíveis ampliações. Os paços do concelho acolhem desde 2014 o serviço local da segurança social e o Espaço do Cidadão, que asseguram o atendimento aos beneficiários da segurança social, revalidação da carta da condução, mudança de morada ou pedido de segundas vias, entre outros.

ACORDOS: ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.. ......sábado - manhã Oftalmologia .............................................................. Dr. Joaquim Mira ........................................... sábado - manhã Dra. Matilde Pereira ..........quinta-tarde/sábado - manhã Dr. Evaristo Castro..................................................terça - tarde Ortoptica ....................................................................... Dr. Pedro Melo ................................................. sábado - manhã

Pediatria ........................................................................ Dra. Carolina Cordinhã ............... quarta/sábado - manhã Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia ............................................ Dr. José Bastos ......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas..........................................................................................................................................quarta - tarde Nutrição Clínica ........................................................ Dra. Rita Roldão ............................................. sábado - manhã Terapia da Fala .......................................................... Dra. Débora Franco .....quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura .............. Tec. Acácio Mariano ...........................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Outras Especialidades: Clínica Geral ................................................................ Dr. Vítor Coimbra .................................................quarta - tarde Medicina Interna...................................................... Dr. Amílcar Silva ......................................................terça - tarde Urologia ......................................................................... Dr. Edson Retroz .................................................. quinta - tarde Dermatologia ...................................................Dra. Mª Inês Coutinho .......................................quinta - tarde Cirurgia Plástica ....................................................... Dra. Carla Diogo ......................................................terça - tarde Cardiologia .................................................................. Dr. David Durão..........................................................sexta-tarde Electrocardiogramas .............................................................................................................. segunda a sexta - tarde Neurologia ................................................................... Dr. Alexandre Dionísio ........................................ sexta - tarde Neurocirurgia ............................................................ Dr. Gustavo Soares ...............................terça / quinta - tarde Psicologia Clínica ................................................... Dra. Carolina Malheiro ................................ sábado - manhã Psicologia Educacional/vocacional ..........Dr. Fernando Ferreira .......................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos ............................................. Dr. Fernando Ferreira .......................... quarta/sexta - tarde Psiquiatria ................................................................... Dr. José Carvalhinho .................................... sábado - manhã Pneumologia/Alergologia ................................. Dr. Monteiro Ferreira . quarta - tarde / sábado - manhã Ginecologia / Obstetrícia.................................... Dr. Paulo Cortesão ......................................... segunda - tarde Ortopedia ..................................................................... Dr. António Andrade .....................................segunda - tarde Endocrinologia ......................................................... Dra. Cristina Ribeiro .......................segunda / terça - tarde

Medicina Dentária Dra. Ângela Carreira Terça / quarta / quinta - tarde / sábado - manhã

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“Loja do Caminho” tem a melhor montra da vila m Na 20ª edição do Concurso de Montras Brilho de Natal participaram 32 estabelecimentos, sete dos quais do concelho

A “Loja do Caminho” foi a mais bem classificada do Concelho da Batalha na 20ª edição do Concurso de Montras Brilho de Natal, organizado pela Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós (ACILIS), o que corresponde à 5ª posição entre todos os participantes. A concurso estiveram 32

montras e a decisão do júri foi conhecida esta sextafeira, 8: 1º) “Ballet Shop”, 2º) “David Jeans”, 3º) “ADN Kids” - todas de Leiria; 4ª) “Sapataria Chic & Trendy” (Porto de Mós) e 5ª) “Loja do Caminho” (Batalha). O Concelho de Leiria participou com 22 montras, seguindo-se o da Batalha, com sete, e o de Porto de Mós, com três. “Precisamos que o comércio seja dinâmico e consiga construir montras mais bonitas para atrair as pessoas”, disse o presidente da ACILIS durante a cerimónia de entrega dos prémios – aguarelas do pintor leiriense Kim Cruz --, que decorreu no restaurante

Tromba Rija, nos Marrazes. Por isso, Lino Ferreira lamentou a baixa adesão dos comerciantes: “Temos pena que este ano seja aquele em que há menos montras, mas percebemos que a situação não é favorável para todos e esperamos em 2016 ter mais montras a concurso”. O presidente da ACILIS fez um balanço do Natal e prestou “homenagem” ao presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, “pelo seu trabalho glorioso em termos do comércio local e pela sua preocupação” na organização da campanha natalícia. “Em conjunto [a câmara, a ACILIS e os comercian-

REVISTA

MOLDES PRINCIPAIS DESAFIOS

'2016

p O vice-presidente do município, Carlos Henriques, e as vencedoras tes] fizemos um evento na Batalha extremamente importante, que resultou na recolha roupas e outros bens” para fins de solidariedade, que “teve um êxito

muito grande”, adiantou Lino Ferreira. Entretanto, a ACILIS vai abrir uma delegação em Porto de Mós, à semelhança do que já fez na Batalha,

ambas a funcionar em instalações das autarquias e com um funcionário comum para atender os comerciantes de ambos os concelhos.


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Europa aprova em definitivo 1,5 milhões para obras na vila m Candidatura da “Estrada de Vale de Ourém a São Mamede”, no valor global de 350 mil euros, aguarda uma decisão final

A Câmara da Batalha anunciou no dia 28 de dezembro a “aprovação em definitivo” de três projetos municipais para uma comparticipação de 1,5 milhões de euros no âmbito do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, cujo investimento global corresponde a 1,8 milhões de euros. As obras subsidiadas são o “Eixo circular ao Rio Lena

p A zona desportiva recebeu obras de melhoramento e Parque de autocarros de apoio ao centro histórico e turístico da vila da Batalha” (429.125 euros, para um investimento total de 537.579 euros), “Valorização

ambiental da margem nascente do rio Lena - Parque ecológico e parque de estacionamento periférico de apoio intermodal ao centro histórico e turístico da vila

da Batalha” (706.122 em 834.475 euros) e “Valorização do espaço urbano nas imediações do centro histórico e do Mosteiro Santa Maria da Vitória” (314.899

em 370.470 euros). As obras foram concluídas a 30 de junho deste ano 2015 e a taxa de financiamento indicativa é de 85%. “É uma excelente notícia

de final de ano e um forte estímulo para novos projetos em 2016”, refere o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, adiantando que “a conclusão com êxito deste processo confirma a boa capacidade de gestão de candidaturas a fundos europeus por parte do município e a qualidade dos projetos realizados nas componentes de valorização ambiental e regeneração urbana”. A autarquia aguarda uma decisão final sobre a candidatura da “Estrada de Vale de Ourém a São Mamede”, cujo projeto corresponde à requalificação urbana e melhoria de acessibilidades, no valor global de 350 mil euros, “encontrando-se a empreitada concluída e totalmente paga pelo município”, conforme revela a câmara em comunicado.

s Noticias dos combatentes

Ao correr da pena e do consumismo Passada a quadra natalícia e entrados em 2016, têm-se visto por aí imensos balanços sobre o desbragamento consumista dos portugueses que, de ano para ano, sem crise ou com crise, vão batendo recordes de dinheiro levantado nos multibancos e gasto um pouco em tudo quanto é estabelecimento comercial, seja de que ramo for. Não duvidamos destas notícias, mas também sabemos que, nestas “contas”, não entram cerca de dois milhões de portugueses que, quer nestes períodos festivos, quer durante o resto do ano, apenas vão sobrevivendo da caridade alheia, tal como também vamos tendo oportunidade de ler e observar, neste caso via televisões, através dos muitos movimentos solidários em crescimento, que

vão conseguindo minorar as endémicas carências e até a solidão dessa imensidão de abandonados e desprotegidos da “sorte”. E aqui, escrevemos intencionalmente a palavra “sorte” entre aspas, porque, com ou sem aspas, há muita gente que a utiliza para se eximir às responsabilidades que tem na matéria. Mas isso serão contas de outro rosário, porque estávamos a falar em recordes de consumismo, pelo natal e passagem do ano e para isso bastam oito milhões de portugueses, não necessitando daqueles outros dois milhões para nada. Sendo, no entanto, também certo que uma razoável percentagem dos gastadores destas alturas vão pelo menos passar o mês de janeiro de cinto um bocado bem mais apertado, mas isso é um sa-

crifício que se faz quase de bom grado, atendendo a que o que interessa é manter as aparências e nunca se ficar atrás do vizinho, esse pavão que “não tem onde cair morto”, mas continua a fazer vida de rico!. “Onde irá o malandro buscar o dinheiro para tanto folclore?”- “Deve-o aos bancos, com certeza ou então anda para aí metido nalgum esquema”. Bem, não resistimos em meter aqui estas “farpas”, porque também fazem parte intrínseca do espírito português, mais conhecido por uma certa forma de estar a que, com toda a propriedade, chamamos inveja, uma genuína característica nossa. Enfim, entrados no novo ano, será normal começarmos por fazer um balanço do que acabamos de deixar

para trás, talvez até para tentarmos repetir o que de bom ele nos deu e aprendermos alguma coisa com o que de menos agradável nos aconteceu. Mas nestas coisas cada qual saberá de si, ainda que haja aspetos globais que, embora para eles não contribuamos individualmente, nem por isso deixam de nos afetar, positiva ou negativamente. E, neste pormenor, há algo que bate tudo o resto: os denominados movimentos terroristas, que dificilmente deixam alguém indiferente mesmo que, como é o nosso caso, vivamos num país onde, felizmente, essa praga ainda não chegou e esperamos que nunca chegue. Aliás, para nós, portugueses em geral e combatentes em particular, o vocábulo “terrorista” é-nos

por demais conhecido, pois embora já tenham passado mais de 40 anos sobre a descolonização, ainda não esquecemos que era dessa forma que, maioritariamente, designávamos os combatentes dos grupos independentistas dos territórios africanos onde combatemos sem tréguas entre 1961 e 1974. Felizmente que, passadas quatro décadas, as feridas advindas desses tempos estão praticamente saradas e hoje há um intercâmbio permanente entre Portugal e esses territórios, em especial Angola e Moçambique. Numa primeira fase, o fluxo migratório verificou-se de lá para cá e, entre nativos africanos (a maioria com nacionalidade portuguesa, lembre-se) e os chamados retornados (um dia destes ainda havemos

de dedicar um artigo a estes nossos compatriotas), a nossa população continental e insular cresceu repentinamente quase 10%. Porém, de há mais de uma década a esta parte e especialmente depois de 2011, já muitos milhares de portugueses foram governar a vida para aqueles países onde, tanto quanto sabemos e salvo raras exceções, têm sido bem recebidos, o que demonstrará já não haver grandes mágoas de parte a parte. Por hoje ficamo-nos por aqui, restando-nos desejar a todos um 2016 repleto de coisas boas. NCB


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Descontos para particulares e empresas entram em vigor

p A redução dos coeficientes de localização conduz à diminuição da taxa de IMI

m A nova avaliação do IMI é aplicada automaticamente pelas Finanças apenas no caso da determinação do valor dos imóveis novos

As novas taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), resultantes da redução dos coeficientes de localização aprovada pela Câmara da Batalha em outubro de

2015, entraram em vigor no primeiro dia de janeiro, de acordo com um comunicado do município, datado de dia 8 deste mês. Os coeficientes de localização são utilizados para calcular o valor patrimonial dos imóveis e servem de base ao IMI, cujas novas taxas entraram agora em vigor, em resultado da publicação da portaria nº 420-A/2015, de 31 de dezembro. No município da Batalha representam uma redução que varia entre 5%, para a habitação, e os 7,1% para indústria. O comércio

também beneficia de um corte de 5,6%, mantendo-se inalterados os valores para os serviços. A Câmara Batalha aprovou, em 2014, a redução da taxa para o mínimo legal de 0,30% e em 2015 introduziu o IMI familiar, com descontos a de 5%, 7,5% e 10% para as famílias com um, dois ou mais filhos, em aplicação no corrente ano. A atualização do coeficiente de localização dos imóveis aplica-se ao imposto a pagar em 2017. Para beneficiarem da atualização do valor fiscal do imóvel, os propri-

etários devem dirigir-se às Finanças ou consultar o serviço de avaliação de imóveis da Autoridade Tributária na internet. A nova avaliação será aplicada automaticamente pelas Finanças apenas no caso da determinação do valor patrimonial tributário dos imóveis novos. Nos antigos, terá de ser o proprietário a pedir a atualização. Os serviços municipais vão divulgar junto da população esta possibilidade de obter descontos no IMI, bem como disponibilizar informação detalhada às empre-

sas sobre a redução da carga fiscal sobre os imóveis. Segundo Paulo Batista Santos, presidente da Câmara da Batalha, o município “tem procurado aliviar a carga fiscal sobre as famílias e as empresas, opção sustentada numa gestão rigorosa dos orçamentos municipais”. “O município da Batalha é hoje reconhecido pelos impostos baixos e atrativo para as empresas, fatores que têm contribuído para o crescimento económico e estabilidade do emprego locais”, conclui o autarca

Câmara sobe seis lugares no índice de transparência

Oficinas de Artes e Ideias na Rebolaria

A Câmara da Batalha ocupa, na listagem global dos 308 municípios, a 22º posição no Índice de Transparência Municipal (28º posição na edição anterior), apresentado em Lisboa no dia 11 de dezembro pela Transparência e Integridade Associação Cívica (TIAC). Este índice mede o grau de transparência das câmaras municipais, através da análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos sites autárquicos e analisa 76 indicadores agrupados em sete secções: informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município, planos e relatórios, impostos, taxas,

O Rancho Folclórico Rosas do Lena inicia, a 31 deste mês, no Museu Etnográfico da Alta Estremadura, na Rebolaria, uma série de Oficinas de Artes e Ideias, com o objetivo de dar a conhecer práticas culturais do povo da paróquia da Batalha e da Alta Estremadura. As três primeiras decorrem de 15 em 15 dias, aos domingos, das 14h30 às 17h00. No dia 31, a oficina é dedicada à ornamentação das “ofertas” da Santíssima Trindade e à confeção de doçaria tradicional; a segunda, a 14 de fevereiro, ao uso dos instrumentos musicais tradicionais e à confeção de instrumentos de cana e a terceira, em 28 de fevereiro, às curas através da medicina tradicional. A entrada é livre, podendo quem assistir tomar parte nas atividades.

tarifas, preços e regulamentos, relação com a sociedade, contratação pública, transparência económico-financeira e urbanismo. O presidente da câmara, convidado pela TIAC como orador na sessão de apresentação dos resultados, destacou a importância do índice que, no seu entender, mede a “quantidade da informação online disponibilizada pelos municípios”. Paulo Batista Santos defende que a divulgação do Índice de Transparência Municipal “deve ser encorajada, no âmbito dos valores da transparência e da prestação de contas das autarquias para com os eleitores, pro-

movendo a aproximação dos eleitos aos eleitores”. Na sessão de apresentação do estudo estiveram igualmente os autarcas Basílio Horta, de Sintra e José Manuel Ribeiro, de Valongo. A Câmara da Marinha Grande ocupa o 7.º lugar da tabela nacional da transparência municipal, sendo a autarquia do distrito mais bem classificada. O município de Pombal ocupa a 9.ª posição, Leiria a 12ª e Porto de Mós a 14.ª. No fundo da tabela estão Pedrógão Grande (282.º) e Óbidos (261.º).


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Foto: JF Batalha

Jornal da Batalha: notícias mais lidas chegam a 53 mil pessoas p Os caminheiros ofereceram o seu trabalho à comunidade

Escuteiros do concelho limparam e pintaram Fonte dos Pinheiros

p Imagem retirada do filme “Região de Leiria Território de Maravilhas”

m O tema mais visto de sempre refere-se ao filme “Região de Leiria Território de Maravilhas”, que venceu um festival internacional

As doze notícias mais lidas de sempre no Jornal da Batalha na Internet alcançaram, em média, 53.351 pessoas e foram visualizadas cada uma por 20.360 leitores, segundo as estatísticas do Facebook disponibilizadas no dia 9 deste mês. A notícia mais lida de sempre tem como título “Filme que mostra Batalha ganha festival internacional”, foi publicada a 25 de outubro e refere-se ao filme “Região de Leiria Território de Maravilhas”, que venceu a 8ª edição do ART&TUR - Festival Internacional de Cinema Turístico. Até ao momento, esta no-

tícia, ilustrada com o vídeo, alcançou 154.0388 pessoas e foi visualizada por 40.953. O segundo tema publicado pelo Jornal da Batalha a obter maior adesão dos leitores também é ilustrado com um vídeo. Esta notícia, titulada “Lançado vídeo com música sobre o Natal na Batalha”, publicada a 7 deste mês de dezembro, alcançou 114.489 leitores e foi visualizada por 26.525. Revela a música (‘jingle’) promocional concebida pela banda “Tiago Borges & O Gato Maltês”. A primeira notícia ilustrada com fotografias encontra-se na terceira posição, com 83.726 pessoas alcançadas e 78.202 visualizações. Tratase do caso da jovem de 24 anos que morreu em consequência da colisão do carro que conduzia com um camião, no IC2, publicado a 9 de setembro. As três notícias seguintes desta classificação são: “Caracóis iluminam milhares de fiéis no Reguengo do Fetal” (46.938/18.956), “Ca-

mionista da Batalha assaltado à mão armada no sul de França” (42.531/9.240) e “Número de peregrinos e frequência do Caminho aumentam exponencialmente” (35.248/1.648). As notícias “Acidente no Casal da Amieira fere mãe e filha da Batalha” (34.581/15.018), “Condutora circula em contramão no IC2/EN1” (31.664/13.018) e “Museu da Batalha começa a ‘acelerar’ com Bruno Gaspar” (28.618/6.239) encontramse a seguir. Por fim, destacam-se os títulos: “Advogada da Batalha assassinada por companheiro de quem queria separar-se” (24.736/14.159), “Vitima de acidente: Funeral de advogada decorre sexta-feira na Batalha” (21.896/11.954) e “São Mamede: Desaparecido foi encontrado com vida” (21.743/8.407). Metade das notícias, publicadas entre 25 de outubro de 2014 e 09 deste mês, tem fotografias e as restantes vídeo.

A Junta de Freguesia da Batalha manifestou publicamente o seu agradecimento ao Agrupamento 194 de Escuteiros da Batalha, pelo seu envolvimento em ações de trabalho em favor da comunidade. Numa mensagem publicada no seu site, a autarquia refere que “a iniciativa surgiu da secção de Caminheiros do agrupamento”, que “mostrou interesse em colaborar em ações e trabalhos em prol da comunidade batalhense”, no âmbito do programa de 2015/2016. “O desafio colocado pela junta de freguesia destacava ações de limpeza, manuten-

ção e embelezamento de espaços públicos da freguesia”, refere a nota, publicada a 13 de dezembro, adiantando que “foi sugerida a limpeza e pintura da Fonte dos Pinheiros, identificada como um espaço carente de intervenção”. A junta de freguesia colocou à disposição dos Caminheiros os materiais e transporte necessários para a execução dos trabalhos. “Da dedicação, esforço e disponibilidade destes jovens, resultou um trabalho de qualidade que a junta agradece e felicita pelo excelente trabalho de equipa”, conclui a autarquia.

Município integrado na promoção turística do património mundial A Turismo Centro de Portugal vai investir três milhões de euros este ano na valorização e promoção dos sítios de Coimbra, Batalha, Alcobaça e Tomar que integram a lista de Património Mundial da Humanidade. A promoção integra o conjunto Universidade de Coimbra - Alta e Sofia, o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça e o Convento de Cristo, em Tomar, e será feita nos mercados nacional e internacional, atra-

vés de um vasto programa de animação. A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal vai privilegiar sobretudo os mais novos, num esforço para criar novos públicos e divulgar às novas gerações este património artístico e cultural. No âmbito desta estratégia, a Turismo Centro organiza ao longo do ano, em datas a revelar, quatro grandes eventos nos sítios que integram a lista do Património Mundial.


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Tertúlias abordam inspirações de construtores e de escritores m O batalhense Bruno Gaspar foi o primeiro convidado e contou como andou à descoberta da região da Estremadura viajando numa motorizada antiga

As conversas temáticas do IV Ciclo de Tertúlias do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) continuam em fevereiro (dia 26, às 21h00) com uma sessão dedicada à literatura, que traz à vila uma convidada que se dedicou ao estudo de Afonso Lopes Vieira: Cristina Nobre. Doutorada em Literatura Portuguesa, docente da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do IPLei-

ria, a oradora fala sobre escritores nacionais que buscaram inspiração para as suas obras na Batalha. “Na rota dos escritores - Inspirações da Batalha” é o tema proposto para a tertúlia de fevereiro. “As Capelas Imperfeitas e o Renascimento em Portugal” faz parte do título da obra da autoria do historiador António Luís Ferreira e é tema da última tertúlia deste IV Ciclo, que tem lugar a 18 de março, às 21h00. António Luís Ferreira falará dos percursos de dois dos mais influentes construtores do Mosteiro no século XVI: João de Castilho e Miguel de Arruda. Tendo-se debruçado sobre um tema pouco estudado, o convidado abordará a arquitetura renascentista presente nas Capelas Imperfeitas. As tertúlias começaram

p Bruno Gaspar ficou conhecido com o projeto “Pela Estrada Fora” no dia 8 deste mês com a presença de Bruno Gaspar, um jovem ilustrador de origem batalhense, que partilhou a sua experiência no projeto “Pela Estrada Fora”.

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No âmbito deste projeto, Bruno Gaspar andou à descoberta da região da Estremadura com uma motorizada antiga. O criativo e fundador do Festival de Cinema Etnográfico (cinAN-

TROP) partilhou uma aventura que valeu a cobertura pela estação televisiva SIC, em horário nobre. A participação nas tertúlias é gratuita e aberta a todos os interessados. Mais

informações podem ser obtidas através do MCCB: geral@museubatalha.com, telefone: 244 768 878 ou no Largo Goa, Damão e Diu, n.º 4, Batalha.


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Batalha

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Jornal da Batalha

Saúde Gordura não Ê formusura Hå 12% de portugueses obesos e 34% têm excesso de peso (prÊ-obesos), segundo dados nacionais de 2014 referentes à população geral. Se os números não nos tocarem particularmente, por termos a veleidade de pensar que são apenas estatística, experimentemos então pensar que em cada 10 de nós, pelo menos um Ê obeso. E agora, a pergunta que todos tememos - de quem Ê a culpa? Surge então um pro-

videncial håbito português. A culpa, estå bom de ver, Ê das companhias, da conjuntura, do tempo, das festas de Natal, do Ano Novo e da Påscoa, do verão e dos emigrantes! De tudo, de todos, à excepção do próprio que desgraçadamente sobe à balança. Chamemos-lhe o que quisermos, usemos o ålibi que melhor nos convier, o que mais nos aliviar o fardo da consciência. Dessa forma conseguiremos certamente

prolongar o conforto de uma espĂŠcie de â€œĂĄlibi partilhadoâ€? unanimemente pela sociedade – se os outros fazem, por que nĂŁo fazer tambĂŠm? – e a ilusĂŁo de que as consequĂŞncias nefastas se abatem exclusivamente sobre “os outrosâ€?. Existem, contudo, outros motivos para alĂŠm da humana fraqueza perante o pecado da gula. O sedentarismo a que, inicialmente, a carga laboral nos obrigou e ao qual, sem luta,

cedemos de forma (muitas vezes) definitiva; os alimentos brutalmente, ou direi mesmo, criminosamente aditivados com todo o tipo de substâncias intensificadoras de sabor; a alteração da disposição dos produtos nos supermercados, expondo em primeira linha os mais doces, mais populares, mais råpidos de preparar e consumir. E a isto temos obrigatoriamente de somar a constrição económica a que fomos/

estamos submetidos e assim compreender que, nĂŁo raras vezes, se opta por uma lata de “lulas estufadasâ€? de marca branca ou uns tristes ‘noodles’ importados, por permitiren uma poupança significativa. Assim, quando for ao supermercado, lembre-se da sopa - fĂĄcil, rĂĄpida, econĂłmica, saudĂĄvel! Quando se pesar, use o choque ou horror que eventualmente daĂ­ advenha para calçar uns tĂŠnis e sair para a rua: corra!

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Cultura

Exposições no mosteiro são as mais visitadas do país m Em 2014 ficou nos dois primeiros lugares, com as mostras “Milagre - um olhar sobre os Painéis de S. Vicente” (279.289 visitantes) e “5ª Essência - Exposição de Arte” (192.655) O Mosteiro da Batalha foi o serviço dependente da Direção-Geral do Património Cultural que obteve o maior número de visitantes em exposições temporárias em 2013 e 2014, segundo os dados mais recentes revelados numa auditoria do Tri-

bunal de Contas, conhecida no dia 5 deste mês. O monumento, como salienta o relatório, lidera destacadamente” o conjunto de exposições temporárias mais vistas. Em 2013, “Emílio Biel e o Mosteiro da Batalha” foi a mais visitada do país (248.120 mil pessoas), seguindo-se “Joana Vasconcelos no Palácio da Ajuda” (235.372) e de novo o Mosteiro da Batalha com a exposição ”Mário Lopes Escultura” (208.273). Em 2014 o mosteiro ficou nos dois primeiros lugares, com as mostras “Milagre um olhar sobre os Painéis de S. Vicente” (279.289 visitantes) e “5ª Essência - Ex-

posição de Arte” (192.655). O terceiro lugar foi ocupado pelo Palácio Nacional de Mafra, com a exposição bibliográfica “Os Países representados na ARRE” (93.859) Quanto ao total de visitantes anual, o Museu Nacional de Arte Antiga é líder com 631.258 visitantes (15 exposições) e 527.625 (12) em 2013 e 2014, respetivamente. Na segunda posição está o Mosteiro da Batalha, mas com muito menos atividade: duas exposições em 2013 com um total de 456.393 visitantes e o mesmo número de mostras no ano seguinte, vistas por 471.944

pessoas. Em terceiro lugar está o Palácio Nacional da Ajuda, com 285.742 e 22.207 visitantes, para duas e três exposições, respetivamente em 2013 e 2014. As exposições temporárias efetuadas pelos serviços dependentes da Direção-Geral do Património Cultural em 2013 (111 exposições), bem como o respetivo número de visitantes (2.634.258) foi superior ao registado em 2014 (105 exposições e 2.302.010 visitas). Noutra matéria, mas ainda relacionada com o Mosteiro da Batalha, a auditoria refere que recebeu 11 colaboradores, em 2014,

p Pormenor de “Milagre - um olhar sobre os Painéis de S. Vicente” no âmbito das medidas ativas de emprego/contrato de emprego inserção, no valor global de 18.955 euros, para as áreas de acolhimento e vigilância e serviço educativo. O Mosteiro da Batalha

registou 291.455 entradas em 2013 e 300.565 no ano seguinte. A auditoria do Tribunal de Contas avalia o “Impacto da criação da Direção-Geral do Património Cultural“.

s Espaço do Museu

Levar os filhos ao museu – como preparar uma visita? De pequenino se torce o pepino. Um velho e sábio ditado que bem traduz o que queremos transmitir nesta coluna que o Jornal da Batalha gentilmente cede ao Município da Batalha, através do Museu da Comunidade Concelhia (MCCB). No primeiro apontamento do ano, dirigimo-nos em especial às famílias do concelho. Incutir hábitos culturais nas crianças é uma preocupação permanente dos museus. É também uma preocupação de muitos pais que querem proporcionar experiências inesquecíveis aos seus filhos para motivar-lhes o interesse por estes espaços. Mas como preparar a criança para o que se vai visitar? As crianças são normalmente autónomas em relação aos seus desejos e curiosidades, influenciando muitas vezes as escolhas do que os rodeiam. Mas o seu conheci-

mento sobre a cultura é conduzido pelos adultos (familiares e educadores). A curiosidade das crianças é um mundo de exploração inesgotável. Formulam hipóteses, criam narrativas, questionam evoltam a questionar. Excelentes caminhos para levá-las a museus e a monumentos onde há tantos mundos para conhecer. Sabendo que para as crianças brincar é uma condição de aprendizagem, o jogo pode começar antes de se entrar pela porta do museu. A preparação para o que se vai ver associada a uma aventura familiar causará, certamente, expectativa e interesse nos pequenos visitantes. Para tal, uma consulta prévia sobre os conteúdos do que se vai visitar (através da internet ou diretamente no local) dará caminhos e pistas para o acontecimento que é a visita ao museu. Uma vez no museu, os de-

safios da descoberta são muitos. Dos objetos às imagens; dos filmes à exploração das palavras escritas, os museus dispõem de diversos recursos para crianças e adultos. No caso do MCCB, sendo um museu de comunidade, acrescenta-se a presença de histórias e vivências locais. Pode muito bem ouvir-se algo como “foi nestas minas que o avô trabalhou” ou “esta peça foi encontrada num terreno que era do tio”. São laços de afetividade que desencadeiam mais pistas para que a visita seja uma experiência inesquecível. Este museu dispõe de diversas formas de interpretação que auxiliam pais e educadores no fomento de uma visita estimulante. A existência de peças para tocar, por exemplo, é indubitavelmente um grande aliciante para dar resposta à curiosidade das crianças que normalmente gostam de ter um contacto

mais sensorial com os objetos. Uma visita guiada ou a participação numa oficina artística são também ótimas atividades para se viver em família. E depois da visita? Será interessante perceber aquilo de que as crianças mais gostaram e o que mais lhes prendeu a atenção. Se houver perguntas pós-visita é um excelente indicador de curiosidade e interesse que pode ser captado a futuras visitas a outros locais de interesse cultural. Fale com a equipa do MCCB e prepare a sua visita em família. Aproveitamos este espaço do Jornal para recordar que, a partir de 2016, aos primeiros domingos de cada mês, os residentes e naturais do concelho da Batalha têm entrada gratuita no MCCB. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)


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Batalha Cultura

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Irmãos da Torre lançam banda de rock alternativo no Canadá m George, de 36 anos, e Alexandre, de 27, trabalham na construção civil “por opção”. “Permite-nos ter horários flexíveis para podermos dedicar tempo à música”, explicam

Um é engenheiro químico - o outro é designer gráfico. São irmãos e ambos trabalham na construção civil... Para terem tempo para a música. George e Alexandre Lopes viveram na Torre – a mãe é desta localidade e o pai da Quinta do Sobrado, mas agora residem no Canadá, onde lideram a banda Social Hysteria, que lançou o álbum de estreia no ano passado. George e Alexandre Lopes nasceram no Canadá,

mas mudaram-se para a Torre quando o George tinha oito anos e o irmão apenas meses de vida. E viveram no Concelho da Batalha até o Alexandre fazer 15 anos e o irmão 23, regressando ambos então ao Canadá. A história dos Social Hysteria tem origens em Portugal, quando George Lopes integrou como baterista a banda da Batalha Flower Minds, que chegou, segundo o próprio músico, “a ter algum impacto na cena do rock alternativo português, entre 1996 e 2001”. Em 2001, o baterista largou as baquetas e começou “a aventura de escrever músicas”, conseguindo entrar no concurso Termómetro Unplugged, no Porto, no mesmo ano. O concurso ajudou a lançar bandas como os Silence 4 e Blind Zero. No ano seguinte, George e Alexandre Lopes mudar-

p A banda canadiana tem origens na Torre am-se para o Canadá e tiraram os cursos superiores de Engenharia Química e Design Gráfico, respetivamente, enquanto tocavam em Toronto e arredores, em diversas bandas. Em 2013 surgiram os Social Hysteria, uma banda de rock alternativo. Neste ano passado lançaram o álbum de estreia, recomeçaram a tocar em Toronto e abriram o concerto do Dia de Portugal, que tinha como cabeças de cartaz os The Gift e os Xutos e Pontapés. A banda é formada por três elementos: George Lopes (voz/guitarra), Alexandre Lopes (baixo) e Malcolm Obery (bateria), colega de trabalho de George, de origem sul-africana. Nesta altura está a promover o EP de estreia, intitulado “Strange way of life” (“Estranha forma de vida”)

“Porque é na melancolia e na saudade que se baseiam as músicas do EP. Uma pequena homenagem ao fado, que a nossa mãe (Teresa Lopes) tão bem canta. Algumas rádios estão a passar o primeiro single desse EP “The Other Side”. Também já demos entrevistas nas rádios e televisões locais para promover o nosso álbum”, explica George Lopes. O primeiro vídeo, que suporta o single de estreia, também já foi lançado e a “banda espera no futuro próximo ter mais sucesso, com mais música a passar nas rádios e televisões, talvez um contrato discográfico, e concertos no Canadá, EUA e Portugal. Neste momento estamos a lançar a semente. O que iremos colher ainda ninguém sabe, mas temos estado a trabalhar para que coisas muito boas pos-

p Capa do album “Estranha forma de vida” sam acontecer num futuro próximo”, adianta. George, de 36 anos, e Alexandre, de 27, trabalham na construção civil, “por opção”. “Permite-nos ter horários flexíveis para podermos dedicar tempo à música”, explicam. “Ainda não vivemos da música, mas esperamos chegar a esse

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ponto qualquer dia”. Influências músicais da banda são muitas. Nirvana, Jeff Buckley, Sonic Youth, Foo Fighters, Queens of The Stone Age, Muse, Dinosaur Jr; Zen, Mão Morta, Blind Zero e Silence 4, são apenas alguns exemplos. A primeira vez que George Lopes subiu a um palco foi na Batalha (nas festas ou num concerto organizado pela Rádio Batalha, já não se recorda ao certo). Tinha 15 anos e acompanhou a mãe. O primeiro concerto de Alexandre Lopes aconteceu no bar Sneaky Dee’s, em Toronto, tinha 19 anos. Atuou com o irmão – foram os primeiros acordes da futura banda de ambos. Os pais dos músicos estes vêm a Portugal com frequência, sobretudo nas férias de verão e no Natal – passam o inverno no Concelho da Batalha e o resto do ano no Canadá.


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Património Batalha

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Património A propósito de “Arquitectura Civil Quinhentista da Batalha – Três Peças Notáveis” de Pedro Redol e Orlindo Jorge Publicado nos “Cadernos de Estudos Leirienses”, no seu número 4, de Maio de 2015, uma revista que é uma das manifestações culturais mais notáveis de todos os tempos na nossa região, saíu um estudo do Dr. Pedro Redol, técnico superior do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, de que já foi director, como o foi do Museu Machado de Castro, de Coimbra, e do Convento de Cristo, de Tomar, um dos maiores especialistas portugueses do vitral, autor de obras de referência, e de Orlindo Jorge, que trabalhou até há cerca de um ano no Mosteiro, uma enorme vocação para a investigação arquitectónica e para a história. Como o título indica trata-se de investigação sobre algumas espécimes da arquitectura batalhense e do destino de três das suas peças manuelinas que foram parar a sítios completamente inesperados. Num edifício que existiu no pequeno largo, entre o largo de D. João I e a rua do Comércio que ia desembocar na praça Mouzinho de Albuquerque, a que aqui já me referi várias vezes e de que publiquei, no número de Maio de 2009, nestes mesmos apontamentos, uma fotografia de meados do século XIX que me tinha sido amavelmente facultada pelo Alfredo José Saldanha Barros, estavam duas janelas manuelinas. Segundo a tradição popular este edifício tinha sido a casa do Mestre Mateus Fernandes. Aliás, as duas janelas artisticamente trabalhadas naquele estilo, de que Mateus Fernandes teria sido o criador, indicam-nos que ali teria vivido gente importante e com possível ligação ao Mosteiro. Ora, na altura eu falei numa fotografia de 1854, o que não era improvável dado serem aproximadamente desse ano as primeiras fotografias tiradas ao Mosteiro. Aliás, essa data acompanhava a fotografia. Porém o Dr. Pedro Redol, com mais conhecimento de causa, aponta para a mesma fotografia, pois trata-se da mesma, o ano de 1869 e atribui-a ao fotógrafo francês Jean Laurent. Situava-se o edifício numa correnteza de casas, isto no século XX, que começava na casa de Álvaro Ferreira da Silva, proprietário do café “A Primavera”, continuava na casa de meus pais, onde estavam os escritórios do Notariado e do Registo Civil, na casa dos meus avós, onde estava a Farmácia Ferraz, ali fundada em 1902,

p Com a devida vénia reproduzo, do estudo dos Dr. Pedro Redol e Orlindo Jorge, o desenho, do alemão Haupt, das duas janelas manuelinas que estão na Quinta de Santo António, no concelho de Torres Vedras

na casa da família Monteiro, sensivelmente no local onde fora supostamente a residência de Mateus Fernandes, e na casa de Daniel Fernandes Luís, comerciante e pai de Bernardo Fernandes Monteiro, onde residiu o Dr. Ruy de Moura Ramos e ali lhe nascendo pelo penos o filho mais velho, professor universitário e que viria a ser presidente do Tribunal Constitucional. Seguia-se a rua do Cano. Noedifício,quesejulgavadeMateus Fernandes, ou já noutro construído talvez no século XIX, como aqui referi em Maio de 2009, esteve naquele século o Hotel Fernando, de Fernando da Silva, onde entre outros visitantes ilustres se hospedou Teixeira Gomes, escritor e que havia de ser, nos anos 20 do século XX, presidente da República, comprado no primeiro decénio do século XX por João dos Ramos, pai de Francisco Moniz Ramos e avô do distinto batalhense que foi João Afonso Marto Ramos. Este João dos Ramos foi um conhecido artista canteiro, com oficina na nossa Vila, constando que trabalhou na construção da estação do Rossio, em Lisboa. Foi ele, também, o autor da imagem de

Nossa Senhora da Vitória oferecida, em 1909 à capela da mesma invocação na Praia das Paredes da Vitória, pelos devotos batalhenses, que não é a que está lá presentemente. Que lhe teria acontecido? O Hotel Fernando passou a designar-se então por Hotel Ramos que daria lugar à Pensão Ramos depois instalada no início da avenida de D. Nuno Álvares Pereira e que veio a ser, na época, um estabelecimento de reconhecida qualidade. É curioso referir que foi seu hóspede, suponho que na década de 30 do século XX, o grande Poeta Eugénio de Castro que dali gostava de contemplar, com certeza como motivo de inspiração, o Mosteiro. Onde foi sucessivamente o Hotel Fernando e o Hotel Ramos e já na posse da família Monteiro, passando a designar-se por “casa do celeiro” por no rés-do-chão se ter instalado uma venda de cereais, viveu o pároco da Batalha até à construção da actual residência paroquial, sendo depois posto da Guarda Nacional Republicana. A GNR passaria daqui para a praça Mouzinho de Albuquerque (edifício do Centro Comercial que pertenceu a

António Moniz Ramos) e, depois, para o imóvel construído de raiz na rua Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, que evoca o célebre restaurador do Mosteiro entre 1840 e 1843. Volto ao imóvel da fotografia, agora reproduzida pelos Dr. Pedro Redol e Orlindo Jorge, onde claramente se vêem as janelas manuelinas, sendo estranho que tanto Fernando da Silva, autor dum curioso roteiro do Mosteiro, já aqui referido e parcialmente transcrito, como Teixeira Gomes, hóspede por uma noite do Hotel, autor duma obra de referência – “Regressos” – onde descreve a sua noite e o seu dia passados na Batalha, nada tenham dito sobre elas. As duas janelas, que teriam sido aquelas que o alemão Karl Albrecht Haupt desenhou em 1888, desenho que também acompanha o valioso estudo que motiva este apontamento, foram levadas para o palácio da Quinta de Santo António, nas Gateiras de Santo António, concelho de Torres Vedras, propriedade do 1º marquês da Foz, Tristão Guedes Correia de Queirós e Castelo Branco, que, conforme se diz no estudo “foram co-

piadas para perfazer as aberturas do mesmo nível”. A terceira peça, também uma janela manuelina, mas que não me parece do mesmo autor das anteriores, levou um rumo, repito, ainda mais inesperado que o das outras. Calcule o leitor que foi até à Polónia, para lá enviada pelo Conde Raczynski, que pela Batalha andou, como Haupt, pelo século XIX e da Batalha escrevendo as suas impressões. É sua guardiã a cidade de Obrzynsko, que não fica longe da cidade de Wroclaw, na parte ocidental da Polónia, onde por duas vezes já actuou em festivais internacionais o Rancho Folclórico Rosas do Lena. E qual teria sido o destino de origem da famosa janela? Talvez outro imóvel onde também se venderam cereais (loja da família Patrocínio) e, onde, no primeiro andar, se instalou a primeira tipografia da Vila, a Tipografia Vale, e se compôs e imprimiu o quarto jornal batalhense “O Defensor Batalhense” da iniciativa daquele tipógrafo e do saudoso António do Rosário Matias. Situava-se o edifício ao fundo da praça Mouzinho de Albuquerque, à ilharga das Capelas Imperfeitas e tendo como vizinha a ferradoria Belo. Segundo a voz do povo por ali se situava a casa de Afonso Domingues, uma das muitas lendas do imaginário local. No brilhante estudo do Dr. Pedro Redol e de Orlindo Jorge evidentemente não se refere a lenda popular, mas comprova-se a compra feita pelo Conde Raczynski, que foi embaixador do Rei da Prússia (tanto Obrzynsko como Wroclaw estavam, então, sob o domínio da Prússia) em Portugal, da citada janela. E lá permanece. A janela, segundo os dois investigadores, teria sido da casa do mestre João de Castilho, talvez a mesma casa que a lenda popular, evidentemente sem qualquer fundamento, queria de Afonso Domingues. Na povoação das Brancas registam-se outras duas janelas manuelinas que, segundo me consta, teriam sido vendidas para Lisboa. Foi pena não se ter feito investigação sobre estas janelas e mais pena, ainda, terem sido levadas para outro destino. E a janela das Cortes ainda estará na história povoação? José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha


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Batalha

janeiro 2016

Jornal da Batalha

Economia

“Veterinários têm a profissão mais cara e os impostos mais altos da saúde” mO Centro Veterinário D. Nuno Álvares Pereira abriu na Batalha a 1 de outubro, após um investimento de 300 mil euros. Nuno Santos, responsável pela clínica, faz um balanço positivo do projeto e augura-lhe um futuro promissor

- Que balanço faz destes primeiros meses? - O balanço é positivo. Sendo natural da Batalha, sei que esta é uma terra com muito potencial.

p Nuno Santos defende a especialização também na área da medicina veterinária - Quais os meios de que a clínica dispõe? - Quanto a meios humanos, sou eu e uma enfermeira

veterinária (Liliana Fresco), mas a minha ideia é aumentar a equipa, a médio prazo, de forma a conseguir dar

INSTALAÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS DERIVADOS DO :PETRÓLEO EDITAL Processo nº 062/10/04/159 (Área Centro) Em conformidade com a disposição do n.º 9.º da Portaria nº 1188/2003. de 10 de Outubro, alterada pela Portaria n.º1515/2007, de 30 de Novembro, são convidadas as entidades singulares ou coletivas a apresentar, por escrito, para, os serviços da DICC - Divisão de instalações de Combustíveis do Centro da DGEG (Área Centro), sitos na Rua Câmara Pestana, n.º 74, 3030-163. Coimbra, telefone n.º 239 700 200 e faxe nº 239 405 611, dentro do prazo de 20 dias, a contar da data da publicitação deste Edital, as suas reclamações contra a concessão da licença requerida pela entidade abaixo indicada, nos termos do Decreto-Lei n.º 267/2002, de 26 de novembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.° 217/2012, de 9 de outubro, podendo para o efeito examinar o respetivo processo nos serviços acima referidos. Entidade: Parceladecisiva. L.da. Localização da Instalação: Morada: Estrada Principal ( Troço 2) – Jardoeira Freguesia: Batalha Concelho: Batalha Distrito: Leiria Capacidade total: 64 480 litros. Produto Gasolina Euro Super (1.0.95) + Gasóleo rodoviário Gasóleo para aquecimento GPL carburante

Armazenagem

Capacidade (litros)

Reservatório Subterrâneo Reservatório Subterrâneo Reservatório Subterrâneo

10 000 ± 40 000 10 000 4 480

Tipo de instalação: Posto de abastecimento de combustíveis líquidos e gasosos (GPE. carburante). Finalidade: Venda e trasfega 25/11/20I5 Nelson Moreira, Chefe de Divisão da DICC

p A clínica obrigou a um investimento inicial de 300 mil euros

uma resposta cada vez mais eficaz às solicitações e à diversidade de serviços que vão surgindo.

- E materiais? - Embora possamos contar já com raio X, ecografia, análises clínicas, internamento de animais e sala de cirurgia equipada, falta sempre alguma coisa. Uma das prioridades será adquirir material para que o serviço de ortopedia possa também ser assegurado em breve. - E quanto a serviços, quais presta? - Consultas, cirurgias, análises clínicas, ecografias, radiografias, internamento, banhos e tosquias, serviço veterinário ao domicílio e serviço de urgência de 24 horas. - Quais os principais casos a que tem dado assistência? - Embora também nos dediquemos às espécies pecuárias (ainda no início do mês fizemos uma cesariana a uma cabra), estamos vocacionados essencialmente para animais de companhia; os nossos principais pacientes são cães e gatos. É curiosa a quantidade de animais jovens que têm vindo para primeira consulta. Estamos todos a encetar uma nova jor-

nada, que só pode significar um futuro promissor.

- Qual foi o investimento feito no centro veterinário? - O investimento inicial ronda os 300 mil euros, suportados pessoalmente e com algum apoio familiar. Para conseguirmos prestar um bom serviço é necessário começar com um investimento considerável. Os

equipamentos custam muito dinheiro, todos os dias. Temos a profissão mais cara da área da saúde. Além de que já temos os impostos mais altos da saúde. Se aquilo que um médico veterinário faz é tratar animais, que coabitam com as pessoas; se o que faz é Saúde Pública, então não faz sentido que continue a ter taxas de IVA de 23%.

s registo “Acompanhamento é muito importante” - Cuidamos bem dos animais de companhia? - Comparativamente ao resto da Europa estamos abaixo da qualidade dos outros países por falta de casuística, dinheiro e porque não dizê-lo, de alguma consciência. A consciência das pessoas para a importância do acompanhamento médico veterinário mais contínuo é muito importante para o desenvolvimento científico do setor veterinário, pois incita à promoção de uma melhor prática clínica. Tem-se vindo a assistir a um aumento cada vez maior dessa consciência, pelo que as nossas expectativas aumentam proporcionalmente. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, é indiscutível que estamos a cuidar cada vez melhor dos nossos animais! Qual o futuro da medicina veterinária? - Acredito que passa cada vez mais pela especialização/distinção dos seus profissionais em diferentes áreas. Não podemos ser bons em tudo, muito embora em meios pequenos como a Batalha ainda se veja o veterinário como alguém que pode tratar de tudo o que tenha patas. Um pouco à imagem de outros países mais desenvolvidos, os médicos veterinários portugueses tendem a especializar-se ou a incidir mais a sua actividade, porque ainda é cedo para falar em especialização em Portugal.


Jornal da Batalha

janeiro 2016

Publicidade/Necrologia Batalha

Amílcar Augusto Seixas

José Ramos de Sousa

Júlia Vieira Franco

78 Anos 19-12-1937 - 04-01-2016 Reguengo do Fetal

(86 anos) 17 – 05 – 1929 - 18 – 12 – 2015 Rebolaria – Batalha

79 Anos 13-06-1936 - 27-12-2015 Brancas – Batalha

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AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhos, Genros, Noras, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Sua esposa: Celeste Jordão, filhas: Mª de Lurdes, Mª Helena e Margarida Mª Monteiro de Sousa , netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem com agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. “ Permanecerás para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha

Inácia de Jesus Silva

Seu Filho João Pragosa, Nora e Neta e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Júlia Vieira Franco

89 Anos 16-10-1926 - 23-12-2015 Bico Sacho – Golpilheira

79 Anos -13-06-1936 - 27-12-2015 Brancas – Batalha

AGRADECIMENTO

Filho, Nora, Neta e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente como seria

Seus Filhos, Genros, Noras, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

AGRADECIMENTO

seu desejo, vêm desta forma agradecer a todos quantos lhes deram força para tentar superar estes momentos difíceis de uma perda irreparável. Aos que estiveram presentes, aos que não estiveram por não terem tido conhecimento, ou ainda, que de algum modo demonstraram o carinho e o seu pesar. Quero ainda agradecer de forma especial ao grupo de assistentes operacionais, ao grupo de enfermeiros bem como ao corpo clínico do Hospital de Santo André de Leiria, especialmente à equipa de cirurgia 1 e ao Dr. Nuno Rama pelo profissionalismo, empenho e dedicação para tentar reverter o impossível, foram inexcedíveis na tentativa de minimizar o sofrimento na doença da minha MÃE. A todos o nosso muito obrigado.

Nume Tarôt Polimata Espiritual Ciências Ocultas Sigilo Decoro 914 867 710

Deolinda do Rosário Costa 89 Anos 06-10-1926 - 02-01-2016

AGRADECIMENTO

Maria Fernanda de Sousa Valério (54 anos) 22 – 01 – 1961 21 – 12 – 2015 Jardoeira – Batalha

AGRADECIMENTO

Novena a Santa Clara Oh Santa Clara que seguiste a Cristo com a sua vida de pobreza e oração, faz que entregando-nos confiantes à Providência do Pai Celeste no inteiro abandono, aceitemos serenamente Sua Divina Vontade. Ámen. Rezar esta oração e nove Avé-Marias durante nove dias com uma vela acesa e no nono dia deixar a vela queimar até ao fim. Fazer três pedidos, dois impossíveis e um de negócios. S.S.

Seus Filhos, Netos, Bisneto e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial, a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Seu marido: Joaquim Félix, filha Beatriz, mãe e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Que descanse em paz. “ Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Maria do Rosário Vieira

Ilda Pereira Inácio

95 anos 03 – 03 – 1960 - 19 – 12 – 2015 Corga – Batalha

(72 anos) 05 – 12 – 1943 - 20 – 12 – 2015 Calvaria de Baixo – Batalha

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO Seu marido: Joaquim Mota, filhos: Carlos,

Seus filhos: Mª Fernanda, Inês, Joaquim, Júlia, José Manuel e Gabriel Vieira Gomes, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. Que Deus a guarde no céu, como nós a guardamos no coração.

Jorge, Luís, Cristina e Helena Pereira Silva e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “ Permanecerás viva nos nossos corações. Descansa em paz.”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha

Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha


A fechar

B

Reguengo angaria fundos com almoço Um almoço convívio, cuja receita reverte para o fundo de recuperação da residência paroquial de Reguengo do Fetal, está marcado para 14 de fevereiro, às 13h00, no salão da Casa do Povo. Ementa: sopa de cozido, bucho com acompanhamento, sobremesa e café da avó.

JANEIRO 2016

“Portugal em Festa” vem terceira vez à vila m Programa das tardes de domingo da SIC custa 4.500 euros à câmara e chega a mais de 800 mil pessoas

O programa “Portugal em Festa” da SIC realiza-se, pela terceira vez no espaço de um ano, junto ao Mosteiro da Batalha, no dia 24 deste mês, mostrando aspetos do concelho a mais de 800 mil pessoas, por um investimento municipal a rondar os 4.500 euros. Os custos para o município da emissão, que tem João Baião e Rita Ferro Rodrigues como principais protago-

nistas, “respeitam ao pagamento de refeições e estadia da equipa, segurança e alimentação elétrica do palco”, explicou o presidente da câ-

mara. “Este investimento – adiantou Paulo Batista Santos – fica totalmente no concelho, designadamente nas unida-

des hoteleiras e nos restaurantes. Em termos estratégicos e económicos é muito relevante para o concelho este tipo de eventos que mi-

nimizam a sazonalidade do turismo, em meses como janeiro, tradicionalmente menos expressivos em termos de visitantes”. Em média, as últimas edições do “Portugal em Festa” registaram 8.4 de rating e 27% de share (810.500 espectadores, só em Portugal, porque também é transmitido pela SIC Internacional). Neste contexto, Paulo Batista Santos considera que o “investimento é de muito baixo custo face ao auditório atingido ao nível da promoção da Batalha, durante seis horas de emissão em direto para o país e para toda a rede da SIC Internacional”. Quanto aos conteúdos da emissão, o presidente da

câmara refere tratar-se de “uma produção da exclusiva responsabilidade da SIC que, por razões editoriais e de sucesso das emissões, presume-se, tem escolhido a vila e o seu mosteiro como local de eleição”. “O município da Batalha não interfere nas decisões dos responsáveis do programa, embora pugnando pela excelência no acolhimento da equipa e ao nível de algumas facilidades logísticas”, concluiu Paulo Batista Santos. O “Portugal em Festa/ Festa do Mosteiro” decorre das 14 às 20h00, na praça D. João I. O programa já se realizou na Batalha a 25 de janeiro e 7 de junho de 2015.


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