JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO ABRIL 2016

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Acidentes aumentam e fazem mais vítimas

Batalha

pág. 8

| DIRETOR: Carlos Ferreira | Preço 1 euro | e-mail: info@jornaldabatalha.pt | www.jornaldabatalha.pt | MENSÁRIO Ano XXV nº 309 | Abril de 2016 | PORTE PAGO

W pág. 12 e 13

Quatro gerações de refugiados recebidas em São Mamede Wpág. 05

W pág. 07

Wpág. 16

Bombeiros precisam de novos sócios a pagar

Burlão engana turistas e outro simula assalto

Jardoeira já pode ampliar e receber novas empresas Publicidade

T 244 870 500 R. da Graça - 4-10 - Leiria www.opticacunhafonseca.com


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Opinião Espaço Público

abril 2016

Jornal da Batalha

Baú da Memória Figuras enigmáticas do Mosteiro Estas figuras, esculpidas em diversos pontos do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, só são enigmáticas por desconhecermos o que os seus escultores nos queriam transmitir. Assim, só nos resta investigá-las ou tentar as hipóteses mais credíveis. O único estudo que conheço sobre esta cativante matéria é o do notável historiador Professor Saul António Gomes, publicado no capítulo “Temas Mitológicos Clássicos” das suas “Vésperas Batalhinas – Estudos de História e Arte” (Edições Magno – 1997). A imagem que reproduzo

(fotografia que tirei em Fevereiro último) está numa das mísulas do lado norte do pórtico principal do Monumento e sobre ela diz o Professor Saul Gomes: “Alusivo a um outro mito heracliano, será, cremos, a mísula do lado norte do pórtico que apresenta um fortíssimo viajante trazendo, no seu ombro esquerdo, um enfraquecido atleta. Figuração da lenda de Hércules e de Anteu? Muito provavelmente. Garante a lenda que Anteu era um gigante, filho de Posídon e de Geia… Anteu obrigava todos os viajantes a lutar consigo. Tendo-os vencido e morto, levava os

seus despojos para enfeites do templo de Posídon. A sua força temível tornava-o invulnerável enquanto estivesse em contacto com a mãe-terra, o solo (…)”. Ora tendo sido isso descoberto por Hércules, levantou-o do chão e facilmente o venceu. No lado sul do pórtico, noutras mísulas reproduzem-se temas muito possivelmente referentes também a Hércules (Hércules e o leão de Nemeia e Hércules e o touro do Rei Minos, em Creta). Mas diz o Professor Doutor Saul Gomes que a primeira pode ser alusiva ao atleta dos Jogos Olímpicos

e dos Jogos Píticos, o célebre Mílon de Crotona, que é morto por um leão quando tenta abrir uma árvore ao meio, numa demonstração da sua força invulgar mas ficando com as mãos presas no tronco que rasgou. Como o leitor vê, observado atentamente e não em corrida, como tanta gente faz, o Mosteiro revela coisas surpreendentes e sempre primorosamente talhadas, resplandecentes de beleza e, também, de significado. José Travaços Santos

s Espaço do Museu

Sobre o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios Estava-se em 1964 quando, em Veneza, se consagraram os princípios de uma Carta Internacional para a Conservação e Restauro dos Monumentos e Sítios. O documento veio no seguimento de uma série de tentativas de união das nações, depois dos abalos da 2ª Guerra Mundial. No mesmo a no, a UNESCO apadrinhou a criação do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) com vista à defesa do património e à proteção de edifícios históricos. O organismo, sem fins lucrativos, tem 144 comissões internacionais. Portugal acolhe uma delas, trabalhando para a conservação e preservação dos sítios

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444)

património cultural. Conta com a colaboração de diversos especialistas em áreas como a história, a arquitetura, a arqueologia, a geografia, o urbanismo, entre outras (mais informações em www.icomos.pt). Tendo em vista a promoção do património português, classificado ou não pela UNESCO, o ICOMOS celebra um dia dedicado aos monumentos e sítios - o 18 de Abril. ICOMOS e Direção-Geral do Património Cultural desafiam as autarquias a celebrar a data com a realização de atividades que visem o usufruto do Património pela comunidade. O tema de este ano é o “Património do Desporto” e pretende celebrar o papel da prática desportiva na

melhoria da vida das pessoas. Paralelamente, valoriza instalações dedicadas ao desporto (estádios ou piscinas, por exemplo) e sua importância nas comunidades. Na história mais recente da Batalha, o desporto correlaciona-se com o encontro

Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena; António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha.

comunitário e associativo. Na primeira metade do século XX, os trabalhadores das minas de carvão já se reuniam para fins desportivos, formando uma equipa de futebol que lhes fomentava a socialização e uma evasão à dureza do trabalho. Hoje, o desporto cada vez

Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440) Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 €

mais parte da vida da comunidade batalhense, servindo de encontro a várias pessoas que, formal ou informalmente, se reúnem em caminhadas, corridas ou o ciclismo. Diversas estruturas desportivas existentes no concelho constituem património coletivo de usufruto comunitário servindo a prática física e o lazer, juntamente com o associativismo. O Município da Batalha, através do MCCB, comemorou o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios no dia 17 de Abril, com uma atividade que desafiou a comunidade a “mexer-se” pelo Património. Uma caminhada pela antiga cerca conventual do Mosteiro. O percurso recorda o antigo

Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

muro e outras estruturas de apoio ao convento (moinho, lagar de azeite) e evoca as memórias das atividades de recreio e lazer dos frades dominicanos, nomeadamente a caminhada e a pesca. A proposta junta a prática desportiva a uma oportunidade de que muitos batalhenses ainda não usufruíram. O MCCB desafia os leitores do Jornal da Batalha a acompanhar as iniciativas promovidas, através da página Web do museu em www.museubatalha.com ou directamente, no centro da Vila (Largo Goa, Damão e Diu). Museu da Comunidade Concelhia da Batalha Município da Batalha

Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo.


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Espaço Público Opinião

s A opinião de António Lucas

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_ Editorial Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

A Europa e os refugiados Estamos em presença de um tema que continua com total atualidade, não obstante já se falar muito menos do que há poucos meses atrás. A situação continua gravíssima, com centenas de milhar, ou até milhões de homens, mulheres e crianças, quase abandonados à sua “sorte”. Como não têm aparecido corpos de crianças nas praias da Europa do sul, ainda bem, a comunicação social desviou as atenções quase exclusivamente para os atentados na europa e agora para os Panamá Papers. Mas o problema dos refugiados mantém-se e sem solução à vista. E se refrescarmos a memória, tudo terá começado com mais intensidade a partir da invasão do Iraque pelas forças aliadas. Cujo sinal de partida foi dado nos Açores, na célebre (por más razões) cimeira das Lajes, pelo ex-presidente Bush, pelo ex-1º ministro da Inglaterra Blair, pelo ex-presidente do governo Espanhol Aznar e pelo ex-presidente da Comissão Europeia Barroso, que

ditou a invasão do Iraque. Esta intervenção absurda originou a situação dos refugiados que hoje vivemos e potenciou a espiral de ódio de alguns (muitos??) muçulmanos contra o ocidente, com especial incidência para a Europa. Uma das consequências desta invasão foi a criação do chamado “estado islâmico”, uma força militar muito organizada e potencialmente muito perigosa, liderada por antigos generais do regime de Saddam Hussein e pela sua famosa (por más razões), guarda nacional republicana. A invasão deixou à deriva muitos milhares de militares que se juntaram, sob um comando profissional , e que desataram a cometer atrocidades contra o seu próprio povo e contra os que têm uma visão diferente, como é o caso da Europa. Aqui chegados, continuo a pensar que o problema dos refugiados só será passível de uma solução aceitável se o trabalho se iniciar na origem, ou seja, nos seus países de naturalidade. A não ser assim, o

problema perdurará e gerará conflitos de difícil resolução. Pelos vistos a Europa não pensa assim e tem vindo a atirar com muitos milhões de euros para cima do problema, como confirma a recente decisão da devolução de centenas de milhar de refugiados para a Turquia, a troco de milhares de milhões de euros. O concelho da Batalha recebeu esta semana a primeira família de refugiados. Concordo com a adesão do município a este projeto solidário. Concordo que estas pessoas, cujos últimos anos têm sido complicadíssimos, fugindo à guerra, à fome e à instabilidade, tenham acesso a condições básicas de vida, como é o caso da habitação, saúde, educação, trabalho, etc. Mas também acho que os municípios e o país não podem, nem devem, esquecer os seus cidadãos que ainda não têm as mesmas condições básicas de vida. Todos têm habitação condigna? Todos têm médico de família? Todos têm emprego?

Carlos Ferreira Diretor

Quero apenas com isto dizer, e repito que concordo que o país deve ajudar a resolver este grave problema mundial, mas também tem a obrigação e o dever de olhar com toda a frontalidade para os problemas que existem dentro do seu território, tomando medidas urgentes para os resolver com maior celeridade. Para que o problema dos refugiados seja minimizado, será sempre imperioso que a sociedade civil se envolva de corpo e alma e isso só acontecerá se forem mais visíveis as medidas e decisões que mais rapidamente colmatem as desigualdades sociais que o país ainda evidencia.

s Conversas da Mariana

Uma certa cobiça pela pacatez sedentária Esta terra já não é muito nossa. Chega-se a uma idade em que já não se estuda aqui, já não se trabalha aqui, já não se passeia por aqui e também já não se sai muito aqui. Os vizinhos não nos reconhecem a cara, o tio afastado mal nos põe os olhos em cima, e os amigos de infância admiram-se porque “estamos tão diferentes”. É quase estranho pensar que as gerações que nos são anteriores fizeram tudo neste canto: trabalharam, fizeram amizades, apaixonaram-se, casaram-se, sem nunca arredar pé.

E no entanto não deixo de sentir uma certa cobiça por essa pacatez sedentária. Há vezes em que vamos embora, não por não querermos este lugar, mas antes por acharmos que este lugar não nos quer a nós. Parecenos tudo muito antigo, muito esmorecido e muito desenhado para idades maiores que as nossas. E por isso saímos a achar que a terra que nos deu luz não passa de um berço, incapaz de nos sustentar o peso dos anos. Ainda assim, fica sempre um certo dissabor por nos

terem podado as raízes. Passa-se que muitos, mesmo que com idades vizinhas da minha, discordarão com o que digo. Sentem-se íntegros aqui, não lhes falta nada, e não precisam de arredar pé como os antigos. A esses, invejo-os. É que quando se sai daqui em busca de algo que nos carece, parte-se na certeza de que para trás fica sempre coisa alguma que posteriormente nos fará falta no outro lugar. Nunca estamos preenchidos. Era bonito que os ares daqui rejuvenescessem, no

Por Mariana Lopes

entanto se me torcerem o nariz e permanecerem iguais, gosto deste lugarejo na mesma - e quem sabe se o motivo que me leva a gostar tanto dele não é exatamente esta eterna imutabilidade.

Y cartas

A responsabilidade de ensinar o passado Está a tornar-se um ‘bico de obra’ a responsabilidade inadiável de ensinarmos, dentro do nosso saber e vivências, aquilo que herdámos dos sacrifícios dos nossos compatriotas, que ao longo de mais de oito séculos fizeram o Portugal de hoje. Ao lermos sobre os sacrifícios feitos em guerras e guerrilhas organizadas, sabemos que os nossos antepassados nos deixaram um le-

gado que nos honra. Nesta época controlada pelo avanço inexorável das tecnologias, sobretudo audiovisuais, a intranquilidade está a apoderarse do nosso dia a dia, retirandonos os valores nascidos do berço e que fizeram este país fabuloso encostado ao oceano Atlântico e a Espanha. E para a imortalidade do país dos “Lusíadas” é sempre urgente

arregaçar as mangas para não nos deixarmos invadir por línguas e costumes vindos do estrangeiro, que até nos quer retirar a riqueza da culinária e as tradições que fizeem a nossa história e cultura. Os exemplos positivos têm de ser ensinados e transmitidos aos jovens portugueses em todo o mundo. É, efetivamente, uma grande responsabilidade manter a nossa identidade, língua, cultura, costumes e

tradições, a história. É uma riqueza que é bom preservar e transmitir aos vindouros e nos cinco continentes onde há emigrantes. Deve ser assim. Temos a responsabilidade de continuar o país de Luís de Camões, Afonso Henriques, Eça de Queirós ou Afonso Lopes Vieira. Comendador José Batista de Matos Paris

Os críticos do sofá Aquilo que nos é estranho, estranhamos. É natural, é um mecanismo de defesa e de preservação do nosso estado das coisas, das nossas rotinas, das nossas ideias; que tendemos a não contrariar porque isso nos obrigaria, frequentemente, a encarar o (nosso) mundo de uma perspetiva diferente, mais trabalhosa e incerta. Esta nossa postura, cada vez mais habitual, como reflexo do mundo inseguro e instável em que vivemos, leva-nos, muitas vezes, a avaliar os outros como se fossem portadores de hábitos e ideias insanas – alguns são, como foram portugueses ao longo da história e são na atualidade. Mas, nós, que desde o princípio, de Guimarães até às paragens mais recônditas do planeta, primámos pela tolerância e respeito pelos diferentes povos que encontrámos, corremos hoje o risco de ir na enxurrada impensada de ataques aos que nos são estranhos. O concelho da Batalha tem cinco mil emigrantes. Portugal pelo menos cinco milhões, incluindo os descendentes serão uns 30 milhões. Ora, perante esta experiência, deve resultar como natural o acolhimento de refugiados (uma família de oito pessoas em São Mamede) no nosso concelho; tanto mais que fogem da guerra e da fome, trazendo consigo crianças e idosa, atravessando mares de violência inqualificável à luz da civilização. É isso, estou certo, que vai acontecer com a generalidade dos batalhenses, alheios aos críticos de sofá e da Internet.


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Jornal da Batalha

s Noticias dos combatentes

Neste mês de abril, o Núcleo de Combatentes da Batalha está na “crista da onda” no que se refere ao número de eventos em que está envolvido: quatro, dos quais um é de âmbito nacional e os outros três de amplitude mais restrita, sendo que, quando este artigo chegar ao conhecimento dos leitores, três deles já foram consumados. O 1º evento ocorreu no dia 2 e tratou-se da repetição de um passeio que fizemos no dia 12 de março (117 pessoas, dois autocarros), visitando Setúbal, Troia (travessia de ferryboat), Grândola e Alcácer do Sal. O passeio terá agradado de tal forma que tivemos de o repetir, agora com mais 100 pessoas e de novo dois autocarros. O 2º evento desenrolouse no dia 8 e teve para nós um significado especial, pois tratou-se da comemoração do nosso 76º aniversário. Esta comemoração dividiuse em duas partes distintas: a primeira ocorreu pelas 14h30,

sob a forma de um colóquio acerca da 1ªGG, conforme vos demos conta nos dois artigos anteriores, e a segunda desenrolou-se no salão de festas dos nossos “Soldados da Paz”, traduzida num jantar-convívio, com uma adesão de participantes de tal modo elevada que chegámos a recear termos de recusar inscrições dos mais retardatários, o que, felizmente, não chegou a acontecer. Mas foi, sem dúvida, o 3º evento o mais marcante e badalado, quer a nível de toda a comunidade batalhense, quer nacional! Estamos a falar do Dia do Combatente e da efeméride da batalha de La Lys, cujas cerimónias alusivas, de âmbito nacional, todos os anos se realizam na nossa Vila. Só que este ano estas cerimónias tiveram um brilho especial, pois foram presididas pelo nosso novel Presidente da República, Prof. Dr. Marcelo Duarte Nuno Rebelo de Sousa que, mesmo ainda há tão pouco tempo

na presidência, devido à sua forma de ser e de estar, já se transformou num fenómeno de popularidade, de tal relevância, que arrasta atrás de si multidões cada vez maiores, como se voltou a confirmar no dia 9 de abril, aqui, na Vila de Stª Maria da Vitória! Nem a chuva desmotivou a multidão, ainda que nos tenha feito temer efeitos nefastos nos velhos, mas sempre garbosos combatentes que, vindos de quase todo o país, a aguentaram estoicamente, empunhando as muitas dezenas de guiões dos seus núcleos, primeiro formados na retaguarda das tropas em parada e depois marchando orgulhosamente em continência ao Sr. Presidente da República. E se, por algum momento, qualquer destes Combatentes das savanas e tenebrosas florestas africanas, chegou a interrogar-se porquê S. Pedro decidira abrir as torneiras, precisamente naquela altura, por certo que não tardou a esquecer a contrari-

Presidência da República

Mês de abril especial

edade quando, de novo, todos formados no interior do Mosteiro, Sua Excelência o Sr. Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, quebrou mais uma vez o protocolo, para os ir cumprimentar pessoalmente, um a um! Foi, temos a certeza, um dos momentos mais marcantes na vida destes bravos que, há mais de 40 anos, partiram em defesa da Pátria, a enfrentar um inimigo desconhecido, quase sempre emboscado e invisível.

E ainda com a agravante de, ao regressarem - os que tiveram essa sorte - em vez de receberem algum reconhecimento, terem sido recebidos com indiferença, para não dizermos ostracizados, quase como se fossem criminosos de guerra! Foi preciso passarem décadas para, ainda que lentamente, começarem a sentir que lhes ia sendo retirado aquele estigma e agora, neste 9 de abril de 2016, no seu dia – O Dia do Combatente! – Cremos que todos se voltaram a

galmente aprovada, não possam ter utilização geradora de quaisquer rendimentos ou só possam ter utilização geradora de rendimentos agrícolas ou silvícolas e estejam a ter, de facto, esta afetação. A atualização do Valor Patrimonial Tributário (VPT), dos prédios urbanos afetos a uma atividade comercial, industrial ou de serviços deixa de ser anual, passando a ser trienal. Aquela atualização é definida pela aplicação do coeficiente de desvalorização da moeda, fixado anualmente por Portaria do Governo, para efeitos do Imposto Sobre o rendimento (IRS) e do Imposto sobre Rendimento Pessoas Coletivas (IRC), correspondente ao ano da última avaliação ou atualização. Em 2016, o VPT dos prédios urbanos afetos a uma atividade comercial, industrial ou de serviços será ob-

jeto de uma atualização extraordinária de 2,25%. Esta atualização é apenas aplicável aos prédios cujo VPT foi atualizado entre 2012 e 2015. No que concerne a alterações à Legislação Complementar, saliento, a gratuitidade dos manuais escolares e recursos didáticos no 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico. No início do ano letivo de 2016/2017 são distribuídos gratuitamente os manuais escolares a todos os estudantes do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico. A distribuição dos manuais escolares é feita pelas escolas aos encarregados de educação, mediante documento comprovativo. Cada aluno tem direito a um único exemplar dos manuais adotados, por disciplina e por ano letivo. É criado um grupo de trabalho, por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação, tendo como missão a definição de um programa de aquisição

sentir cidadãos de pleno direito, graças à prestigiante deferência que o mais alto magistrado da Nação teve para com eles. Bem haja, Sr. Presidente! Vivam os Combatentes! … E já não vamos pormenorizar o 4º evento de abril (dia 29), porque muito pouco representa, perante os momentos extraordinários que os combatentes viveram na Batalha, como acima relatamos. NC-LC

s Fiscalidade

Orçamento do Estado para 2016 Foi publicado no Diário da Republica, 1. ª série, n.º 62 – 1.º suplemento, de 30/03/2016, a Lei n.º 7-A/2016, que aprovou o Orçamento do Estado para 2016, tendo introduzido alterações a diversos Códigos Fiscais, assim como, a outra legislação complementar. Em termos de IVA, passam a beneficiar da taxa reduzida de IVA, 6%, as bebidas vegetais de arroz, aveia e amêndoa sem teor alcoólico, usadas como alternativa ao leite e ainda, as algas vivas, frescas ou secas, sumos e néctares de frutas e de algas ou de produtos hortícolas, assim como, prestações de serviços que contribuem para a produção aquícola, entre outros. A partir de 1 de julho de 2016, passam a estar abrangidas pela taxa intermédia de IVA, 13%, as refeições prontas a consumir, nos regimes de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicilio, assim como, prestações

de serviços de alimentação e bebidas, com exclusão das bebidas alcoólicas, refrigerantes, sumos, néctares e águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico ou outras substâncias. A entrega de refeições preparadas, com ou sem um serviço de transporte associado, é considerada, para efeitos de IVA, uma transmissão de bens. Passa, assim, a ser tributada à taxa intermédia do imposto, por exemplo, a entrega de refeições preparadas em regime de take away. Não estão abrangidos a entrega de quaisquer outros produtos alimentares que não consistam em refeições preparadas, pelo que os mesmos devem ser tributados à taxa de imposto que lhes corresponda individualmente. Quando o serviço inclua elementos sujeitos a taxas distintas para o qual é fixado um preço único, o valor tributável deve ser repartido pelas várias taxas, tendo por

base a relação proporcional entre o preço de cada elemento da operação e o preço total que seria aplicado de acordo com a tabela de preços ou proporcionalmente ao valor normal dos serviços que compõem a operação. Não sendo efetuada aquela repartição, é aplicável a taxa mais elevada à totalidade do serviço. Em termos de Imposto Sobre o Património (IMI), define o conceito de prédio rústico para os terrenos situados fora de um aglomerado urbano, exceto os que sejam de classificar como terrenos para construção e os que tenham por destino normal uma utilização geradora de rendimentos comerciais e industriais, desde que estejam afetos a atividades agrícolas ou silvícolas e ainda o conceito de prédios rústicos para os terrenos situados dentro de um aglomerado urbano, desde que, por força de disposição le-

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

e reutilização de manuais escolares e recursos didáticos com vista a implementar progressivamente, no prazo da atual legislatura, a sua gratuitidade em toda a escolaridade obrigatória e o Governo define os procedimentos e condições de distribuição e recolha dos manuais escolares, bem como o alargamento progressivo aos restantes anos e ciclos de ensino da escolaridade obrigatória.


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Atualidade

m A quota, de apenas um euro por mês, é muito importante para a associação, como disse o presidente da AHBVB na cerimónia comemorativa do 38º aniversário O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha (AHBVB), Francisco Freitas, lamentou o atraso no pagamento das quotas e incentivou os batalhenses a

fazerem-se sócios da instituição, que vive com “as finanças apertadas”, durante a cerimónia comemorativa do 38º aniversário, que decorreu na Batalha no dia 17 deste mês. “Quem é sócio, por favor não deixe de pagar a quota, não espere que alguém lhe bata à porta, até porque é muito difícil arranjar voluntários para esta tarefa”, apelou Francisco Freitas, adiantando que “o contributo é bastante importante” e “todo o cêntimo que entre é bem-vindo e bem aproveitado”.

“Quem não é, por favor faça-se sócio. Além de contribuir para uma associação que está disponível 24 horas para ajudar” a população, “oferece vantagens aos associados” e “um euro por mês não é muito”, embora para a AHBVB “seja um grande auxilio”, explicou. O presidente da AHBVB constatou que “as associações de bombeiros voluntários vivem sempre com as finanças apertadas”, num “esforço grande para não faltarem aos compromissos”, obtendo receitas dos subsídios de entidades ofi-

s registo Principais dificuldades

Aquisições e obras em 2015

* Angariação de novos elementos para o corpo bombeiros. Importante a criação de incentivos locais para motivar os jovens

* Viatura de transporte de doentes * Sete equipamentos de proteção Individual para combate a fogos urbanos * Computador para a central de São Mamede * Computador portátil para serviço do comando * Equipamento quartel online que permite monitorizar pessoal e equipamentos, facilitando a organização e gestão de recursos, com um pacote extra de envio automático de SMS * Central telefónica e extensões compatíveis com o sistema informático * Equipamento de desencarceramento * Recuperação de poço que apresentava elevado grau de ruína * Recuperação das cancelas * Melhoria significativa das condições na zona da churrasqueira * Rampas em pedra para deficientes * Arranjo exterior da zona da estação de serviço * Platibanda no parque de estacionamento * Pequena arrecadação nas traseiras do quartel * Remodelação e ampliação do posto médico Aluguer de espaço para a central de fibra ótica da Vodafone, permitindo obter uma renda mensal num espaço que não tinha utilidade. Fonte: AHBVB

Melhorias * Melhor gestão dos recursos materiais e humanos do corpo ativo, no sentido de garantir a presença permanente de bombeiros na Batalha, mas principalmente em São Mamede, para uma primeira intervenção mais rápida, eficaz e musculada, em situações de emergência médica * Aposta na formação contínua dos bombeiros * A tomada de posse de um novo comando trouxe um novo paradigma de operacionalidade, de organização e gestão do Corpo de Bombeiros

Necessidades * A viatura do INEM veio usada para a Batalha há 12 anos. Como tem muito uso, está com muita frequência na oficina (em 2015 foi 11 vezes). Substituição pedida ao INEM desde 2015. * O veículo do comando é antigo e não oferece segurança a quem o utiliza e muito menos quando está no teatro das operações. A AHBVB está a reunir esforços para adquirir um que satisfaça as condições exigidas

Arquivo/JB

Bombeiros precisam de quotas pagas e de novos associados p Francisco Freitas elogiou a dedicação dos bombeiros ao bem público ciais, como a câmara da Batalha, dos serviços que efetuam e das quotas. “É precisamente na cobrança das quotas que estamos a sentir maiores dificuldades. Há poucos anos havia pessoas que generosamente se ofereciam para fazer esse serviço, agora não. É um trabalho árduo e nada fácil. O pior é que se tornou um hábito, se não forem a casa cobrar já não pagam. São poucos aqueles que se dirigem à associação para o fazer ou que

o fazem por transferência bancária”, lamentou Francisco Freitas. Sobre a cerimónia, considerou que “estão de parabéns” os bombeiros, que com “o seu sacrifício, dedicação e saber, fazem que a associação cumpra a sua nobre missão de socorrer quem precisa sem olhar a quem”, sendo de “inteira justiça homenagear quem tanto dá e tão pouco recebe”. “Hoje, ser bombeiro não é fácil. Desengane-se

aquele que pensa que é só para os que não sabem fazer mais nada. É uma atividade que nos desafia diariamente sobre as nossas capacidades, físicas ou intelectuais. A formação nos mais diversos setores e atualização de conhecimentos são constantes. A evolução dos tempos obriga-nos a ser cada vez mais exigentes naquilo que fazemos e não se compadece com a ineficácia nem com a incompetência”, concluiu o presidente da AHBVB.

Atividade e contas dos Soldados da Paz 2014 42 18 24 3.719 7.838 1.592 1.590 61 77 283

2015 56 32 24 3.109 7.699 1.372 1.396 96 123 299

Total +14 +14 = -610 -139 -220 -194 +35 +46 +16

Km percorridos Pessoas transportadas Total de serviços Média mensal de serviços

309.409 9.419 5.697 475

310.025 9.214 4.986 416

+616 -205 -711 -59

Orçamento (principais valores) Total de despesas Custos com pessoal Fornecimentos e serviços de terceiros Prestação de serviços Despesas correntes Receitas correntes Total de proveitos + Reserva financeira (255 mil €)

637.303 325.000 143.100 203.000 468.100 467.250 758.250

608.342 360.000 148.200 220.000 508.200 541.600 820.600

-28.961 +35.000 +5.100 +17.000 +40.100 +74.350 +62.350

22 5

108 17 5

108 -5 =

Incêndios Urbanos/industriais/transporte Rurais/florestais Serviços de saúde Doentes transportados Serviços de urgência/emergência Doentes assistidos Acidentes rodoviários Doentes socorridos Outras ocorrências

Corpo ativo (incluindo assalariados) Bombeiros assalariados Equipa de intervenção permanente


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Batalha Atualidade

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Idosa e filho desaparecidos estiveram três dias em Espanha m Estiveram três dias sem comer, nem beber, dentro do carro. O seu destino era a casa de familiares em Vendas Novas

Um homem e a sua mãe residentes no concelho da Batalha, que estiveram desaparecidos quatro dias, foram auxiliados em Sevilha (Espanha) e regressaram a casa na manhã de 29 de março. O carro em que seguiam, aparentemente sem destino, avariou e a mulher conseguiu pedir ajuda a um polícia. Pouco depois, apanharam um autocarro

com destino a Lisboa e daqui para Leiria, chegando de táxi a casa, em Mouratos, Batalha. José Carlos Ferreira Florindo, de 34 anos, e a mãe, Edviges Pereira Ferreira, de 77, estavam desaparecidos desde o dia 25, pelas 11 horas, e foram vistos pela última vez junto à sede da associação da Quinta do Sobrado. O homem, empregado numa fábrica de fornos industriais na Zona Industrial da Jardoeira, não estaria bem de saúde, devido ao agravamento de uma depressão de que padecia. “Isolou-se, deixou de falar com as pessoas e começou a ter atitudes pouco normais”, adiantou um familiar. O batalhense, divorciado há pouco mais de um ano, sem filhos, praticante de caça, tinha como destino

p José Florindo e a mãe, Edviges Ferreira, vivem em Mouratos Vendas Novas, no Alentejo, onde iria com a sua mãe passar a Páscoa. Atrás deles, noutro carro, seguia o irmão mais velho de José Carlos Ferreira Florindo, que os perdeu de vista assim que a viatura

onde seguiam acelerou. O homem e a sua mãe - que apresenta dificuldades de mobilidade e andava muito preocupada com o estado de saúde filho - não atenderam os telemóveis, desligados pelo menos desde

que os familiares tentaram contactá-los. A idosa e o filho não souberam explicar por onde andaram, nem o que os levou até Espanha, quando o destino era a casa de familiares em Vendas Novas.

Estiveram três dias sem comer, nem beber, dentro do carro, e José Carlos Ferreira Florindo foi internado no hospital de Leiria devido ao agravamento do seu estado depressivo. A mãe está bem de saúde.

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Jornal da Batalha

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Atualidade Batalha

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Arrendava para férias apartamentos e casas que não eram seus s registo

m Burlou dezenas de pessoas de norte a sul do país e no estrangeiro. Tem diversos processos em tribunal Um homem residente no concelho da Batalha é suspeito de usar as redes de acesso público (Wi-Fi) da Internet, nomeadamente de estabelecimentos comerciais, para burlar dezenas de pessoas que pretendiam arrendar apartamentos ou casas destinados a férias. O suspeito, de cerca de 30 anos, sem ocupação conhecida, pedia as palavraspasse nos estabelecimentos – na Batalha aconteceu pelo menos num café – e depois publicava anúncios com fotografias no site OLX a arrendar apartamentos ou casas de terceiros. Um jovem de 18 anos, residente no concelho de Porto de Mós é uma das vítimas. Era responsável pelo arrendamento de uma casa na Nazaré para um grupo de 18 amigos comemorarem a passagem de ano 2015/2016.

Simulou assalto para enganar a seguradora

p O homem usava a Internet para falsos arrendamentos Após uma pesquisa na Internet, encontrou uma casa com piscina, situada na Pederneira, e entrou em contacto com o suposto arrendatário. O burlão pediu-lhe que pagasse, por transferência bancária, metade do valor do arrendamento. Após o pagamento, a vítima não mais conseguiu contactar o suspeito, que desligou o telemóvel e deixou de responder aos emails. Por isso, o jovem e a irmã dirigiram-se à casa que supunham estar para arrendar, verificando que era ha-

bitada por uma senhora. Os irmãos apresentaram então queixa na PSP da Nazaré, onde constataram a existência de outras denúncias semelhantes, nomeadamente uma em que os burlados compõem um casal de estrangeiros que ficaram sem casa para comemorar a passagem de ano. O indivíduo terá lesado pessoas de norte a sul do país e no estrangeiro; havendo a decorrer contra ele diversos processos em tribunal. As autoridades policiais conseguiram ligar o sus-

peito às fraudes porque as vítimas transferiam o dinheiro para as suas contas bancárias e através dos números de ID (IDentificação do acesso) das redes de Wi-Fi dos locais públicos que utilizava e cujos verdadeiros proprietários são testemunhas nos processos em curso. O dinheiro conseguido pelo burlão também terá passado por contas bancárias da sua companheira, mas desconhece-se o eventual envolvimento da mulher no esquema fraudulento.

Uma mulher, negociante de arte, de 65 anos, residente no concelho da Batalha, preparava-se para burlar uma seguradora, depois de simular um assalto à sua própria casa e o furto de artigos de valor, quando foi detida em flagrante delito pela Policia Judiciária (PJ) de Leiria. A alegada burlona “denunciou a prática de um crime de furto de obras de arte, jóias e outros objetos valiosos” da sua casa com “a intenção de ludibriar as autoridades” revelou no dia 15 de março o Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria. A PJ “esclareceu factos participados fraudulentamente, que ocorreram no dia 11 de março, na Batalha”, refere em comunicado, adiantando que “a alegada ofendida tinha a intenção de ludibriar as autoridades, pretendendo fazer crer que acabara de ser vítima de crime de furto no local de residência, mediante arrombamento, do qual teria resultado a subtração de artigos com valor consideravelmente elevado”. No desenvolvimento da investigação, a PJ “determinou que a versão apresentada pela denunciante era falsa, integrando um plano criminoso mais amplo que consistia na subsequente obtenção de enriquecimento ilegítimo através de burla a uma entidade seguradora”. Afinal, a mulher tinha escondido em casa os 13 quadros valiosos, esculturas e jóias de ouro e diamantes, entre outros bens, que dissera terem sido furtados. A mulher está em liberdade, por decisão do tribunal, sujeita a termo de identidade e residência.

Festival de sopas na Golpilheira ajuda a fazer escola no Quénia O Centro Recreativo da Golpilheira recebe sábado, 30, um Festival de Sopas Solidário, cujos fundos revertem para o projeto de construção de uma escola destinada a meninas no Quénia. “O festival tem outros objetivos, além de ajudar esta causa, porque não esquecemos a população mais carenciada do concelho, pelo que faremos, em simultâneo, uma recolha de bens”, explicou ao Jornal da Batalha Jéssica Rito, organizadora do festival. O projeto destinado à construção de uma escola na favela de Mathare, no Quénia, para 78 meninas, chama-se “Há ir e voltar” e foi fundado por Di-

p A escola no Quénia destina-se a 78 meninas ana Vasconcelos (no Facebook, no link: https://goo. gl/9ZN8vY). “Entrei em contacto com a Diana Vasconcelos através do Facebook, onde ela partilha fotos e vídeos, e fiquei a conhecer o seu projeto, adianta Jéssica Rito. “Em 2015 construiu uma escola em Kibera (Quénia),

o maior bairro de lata do mundo, para 75 crianças, com ajuda de muitos portugueses. Em setembro do ano passado viu-se obrigada a deixá-la, devido a uma emboscada feita pela polícia do Quénia”, conta. Além da escola em Kibera, o projeto “Há ir e voltar” já apadrinhou mais de

200 crianças e criou micronegócios para os pais delas. Agora está a construir a segunda escola na região. “Mas não nos esquecemos da população mais carenciada do concelho da Batalha e, como tal, pedimos que tragam bens alimentares e de higiene, brinquedos e roupa para serem distribuídos, com a ajuda da Junta de Freguesia da Golpilheira, pelas crianças carenciadas da região”, destaca Jéssica Rito. A entrada no Festival de Sopas, marcado para as 19h30, custa cinco euros e inclui a taça, todas as sopas e um copo de sumo. Tem o apoio da junta de freguesia e do Centro Recreativo da Golpilheira.

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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Acidentes e consequências aumentam no concelho m Houve um significa-

Sinistralidade rodoviária

tivo aumento (+18%) do número de despistes e de feridos leves (+34%) no ano passado. Em contrapartida, na criminalidade regista-se uma quebra generalizada

Natureza

Vítimas

Total de Acidentes Colisão Despiste Atropelamento Mortais Graves Leves

2014 226 169 49 8 0 2 74

2015 235 171 58 6 1 9 99

Patrulhamento Total de patrulhas Total de Km

2014

2015

1 438 81 738

1 547 82 121

2014

2015

106 319 16 3 0 35

105 268 18 3 1 24

Criminalidade p O papel dos militares na segurança da população foi enaltecido nas cerimónias O número de acidentes e as suas consequências aumentaram no concelho da Batalha em 2015, face ao ano anterior, enquanto criminalidade baixou, segundo dados da GNR, revelados à margem das comemorações do 7º aniversário do Comando Territorial de Leiria, que decorreram na Batalha, nos dias 1 e 2 deste mês. No ano passado, houve mais nove acidentes rodo-

viários no concelho (+4%) do que em 2014, sendo de salientar o significativo aumento (18%) do número de despistes e de feridos leves (+34%). Com excepção dos atropelamentos, que foram menos dois, todos os outros parâmetros das estatísticas da GNR fornecidas ao Jornal da Batalha registaram subidas de 2014 para 2015. Em contrapartida, a criminalidade participada à

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GNR no concelho caiu ou manteve-se em todos itens, com exceção dos crimes contra a vida em sociedade (por exemplo falsificação ou condução sob efeito de álcool), que foram mais dois no ano passado. A quebra mais acentuada verifica-se nos crimes contra o património (-16%), que incluem, por exemplo, os furtos em veículos ou em residências e estabelecimentos comerciais. No ano passado, a GNR da Batalha percorreu mais 383 quilómetros do que em 2014, correspondendo o total anual a 225 quilómetros por dia, contribuindo para o sentimento de segurança e de proximidade da população, defendido pelo coronel Vasco Martins, Comandante do Comando Territorial de Leiria da GNR (CTL/ GNR) durante as comemorações realizadas na Batalha. “Para cumprir a parte importante da sua missão” de patrulhamento dos postos territoriais e de proximidade, “o comando necessita de ser dotado de meios adequados, como sejam viaturas, material informático, bem como meios humanos imprescindíveis para atingir a eficiência desejada”, disse Vasco Martins na sua intervenção. A última distribuição de militares “foi madrasta” para o CTL/GNR, contemplando-o apenas com 14 mi-

litares. O comandante da unidade espera que “o número de efetivos a atribuir em setembro permita dotar os postos mais desguarnecidos dos meios humanos necessários”. Por outro lado, “a situação financeira do país, da GNR e do CTL/GNR, vem afetando o normal funcionamento da unidade, com reflexos necessariamente ao nível do moral e da operacionalidade”, referiu Vasco Martins, destacando que “as dificuldades fazem-se sentir dia a dia, especialmente ao nível da manutenção dos equipamentos e viaturas, a atingirem níveis de paralisação e de inoperacionalidade preocupantes, com reflexos na atividade operacional”. O comandante do CTL/ GNR registou e enalteceu “a generalizada e crescente

Exposição. No âmbito das comemorações, esteve patente no Posto de Turismo da Batalha, de 30 de março a 9 deste mês, uma exposição com 21 fotografias, intitulada “Por caminhos que Patrulhamos”, resultado de um concurso interno promovido no CTL/ GNR que premiou três militares.

Crimes contra as pessoas Crimes contra o património Crimes contra a vida em sociedade Crimes contra o estado Crimes contra animais de companhia Crimes previstos em legislação avulsa

procura de soluções” pelas câmaras municipais, que “minimizem o sentimento de insegurança das populações, em verdadeira parceria, fruto de um relacionamento aberto e leal que têm com a Guarda”. Para Vasco Martins, “a descida dos índices de criminalidade e o aumento das detenções em flagrante delito são sinais evidentes da melhoria do desempenho operacional dos militares, que ajudam a manter o distrito no grupo daqueles onde é seguro viver”. O comandante operacional da GNR, o major-general Luís Botelho Miguel, também destacou o facto de

Leiria apresentar dos mais baixos índices de criminalidade a nível nacional, “resultado do esforço e trabalho dos militares da GNR”. Para o presidente da Câmara “a realização na Batalha das comemorações do dia do CTL/GNR revestiuse de um enorme motivo de orgulho para o município, atendendo ao prestígio que a GNR detém no país e no estrangeiro”. “Com a celebração desta efeméride, a Batalha prestou também a sua homenagem a todas e a todos os militares que desempenham as mais diversas funções na GNR”, concluiu Paulo Batista Santos.


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“Foi o dia mais terrível que nós portugueses vivemos” m Batalhenses recordam ataques bombistas em Bruxelas que fizeram 35 mortos. A comunidade de emigrantes do concelho não foi atingida p Daniel Santos Os batalhenses residentes em Bruxelas – onde na manhã 22 de março atentados terroristas causaram pelo menos 35 mortos e 340 feridos de 20 nacionalidades – escaparam ilesos aos ataques, de acordo com os contactos estabelecidos pelo Jornal da Batalha junto da comunidade de emigrantes. “Aqui vive-se um clima de medo e desconfiança contra muçulmanos, o que não será de estranhar, pois já se sabia que os atentados, mais cedo ou mais tarde, iriam acontecer”, afirmou Daniel Santos, natural do Casal da Quinta, na Batalha. Daniel Santos, de 36 anos, vive a um quilómetro do local do segundo atentado, perto do parlamento Europeu. “Quanto a voltar para

p Os atentados aconteceram no metro e aeroporto de Bruxelas Portugal, seria um sinal de fraqueza perante os terroristas e é isso que eles querem: espalhar o terror e a insegurança e temos de fazer com que isso não aconteça; temos de nos manter unidos e firmes”, adiantou. “Sei que várias pessoas da Batalha estão bem”, referiu, por sua vez, Fernanda Borges, natural da Batalha, que reside há 27 anos em Bru-

xelas e habita a 20 minutos do aeroporto e da zona do metro onde se deram as explosões. “Foi o dia mais terrível que nós portugueses vivemos, até porque muitos se encontravam a caminho do trabalho e das escolas”, explicou a batalhense, reforçando: “Foi o dia de maior tristeza e de terror que vivemos e nos deixa marca-

dos para sempre”. “Provavelmente regressarei ao meu país”, lamenta. Já o casal Carla e Joaquim Cerejo, de 36 e 40 anos, também da Batalha, que vivem a 10 minutos do aeroporto e muito perto da estação do metro onde ocorreram as explosões, referiu que “as autoridades aconselharam a população a não sair de casa, as redes telefónicas

p Fernanda Borges

p Joaquim e Carla Cerejo estiveram congestionadas e as escolas receberam ordem para se manterem fechadas” O casal, que está há nove anos em Bruxelas, vai “continuar a fazer a vida normal”. “Isto não vai acabar por aqui, disso nos estamos certos, mas também não podemos deixar tudo para trás e partir, pois em todos os países há conflitos e pro-

blemas”. Pelo menos 35 pessoas morreram (mais três terroristas que se fizeram explodir) e 340 ficaram feridas em duas explosões no aeroporto Zaventem e outra na estação de metro de Maelbeek, em Bruxelas, pelas 07 horas do dia 22 de março, segundo um balanço das autoridades.

Vereador e ex-candidata a junta envolvidos em violência doméstica O vereador do PS na câmara da Batalha e a sua mulher, candidata pelo mesmo partido à presidência da Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal nas últimas eleições autárquicas, são “arguidos e queixosos” num processo que envolve ambos num caso de violência doméstica que deverá acabar em tribunal. A mulher, Nélia Cid, exmembro da assembleia de freguesia do Reguengo do Fetal, acusa Carlos Repolho, ainda marido (o processo de divórcio litigioso

está em curso) de violência doméstica, mas o ex-candidato à liderança da câmara da Batalha nega as acusações. “A violência tem sido física e sobretudo psicológica”, disse Nélia Cid ao jornal Região de Leiria, de 24 de março, adiantando que “os episódios de violência doméstica têm-se arrastado e agravado como resultado do pedido de divórcio, em setembro” de 2015. A violência psicológica, adiantou, “é muito presente com chantagem a ní-

p Carlos Repolho vel profissional”, para além de “ameaças de posse de arma”. “A violência física ocorre com pontapés e empurrões”, adiantou Nélia Cid ao jornal, destacando

p Nélia Cid que teve de pedir a intervenção das autoridades: “A polícia protegeu-me para sair de casa, numa noite em que as ameaças não pararam”.

Carlos Repolho, vereador com os pelouros do desenvolvimento rural e do ordenamento florestal, afirma que a sua mulher utiliza a sua função no município para, “através da descredibilização e difamação, conseguir prejudicá-lo pessoalmente, politicamente e profissionalmente”. “Não confirmo nada do que a anda a acusar-me na praça pública”, adiantou em declarações ao Região de Leiria. O autarca considera ainda que a sua situação não está colocada em causa por

estes acontecimentos, até porque não foi judicialmente “acusado de nada”. “Tanto eu como a minha esposa somos queixosos e arguidos em simultâneo neste processo”, salienta. Este caso foi revelado a 2 de março pelo jornal I, que publicou excertos do relato que a GNR da Batalha recolheu de Nélia Cid. Segundo o jornal, a GNR foi chamada várias vezes a casa do casal. Pelo menos numa situação foram feitas duas chamadas na mesma noite.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

193 camas para séniores após investimento de três milhões m Misericórdia da Batalha e Paróquia de São Mamede responsáveis pela construção de dois novos lares

A construção de dois novos lares destinados a séniores, nas freguesias da Batalha e São Mamede, orçamentados em três milhões de euros, vai aumentar para 193 o número de camas no concelho, atendendo a que o lar existente no Reguengo do Fetal tem 84 camas, embora apenas duas estivessem disponí-

veis em março. O lar a construir na Batalha, pela Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, corresponde a um investimento total de 1,8 milhões de euros e 60 camas (um milhão e 30 camas na primeira fase), e o que será construído em São Mamede, pelo Centro Social e Cultural da Paróquia, prevê um investimento de 1,2 milhões de euros para albergar 49 camas. No dia 15 de março, a autarquia e as duas instituições assinaram, no Centro de Artesanato da Batalha, onde decorrem atividades da Academia Sénior, os protocolos de apoio à cons-

p O presidente da câmara fala aos alunos da Academia Sénior trução dos lares. A câmara comparticipa com 240 mil euros, um encargo anual de

120 mil a atribuir de forma igual pelas duas Instituições Particulares de So-

lidariedade Social (IPSS), este ano e em 2017. O apoio financeiro do

município foi aprovado por unanimidade pela assembleia municipal e, segundo a autarquia, “consubstancia a importância que a ampliação da rede de apoio residencial para idosos representa para o concelho”. Tanto mais que, como constatou o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, “regista-se um défice de camas e de unidades de acolhimento de pessoas idosas e de mobilidade reduzida, razões que conferem aos novos projetos uma forte expectativa de toda a comunidade, associada ao aumento da qualidade de vida e de bem-estar”.

Câmara vai ter Serviço de Apoio ao Consumidor para resolver conflitos

Rosas do Lena aprova voto de louvor ao Jornal da Batalha

A câmara da Batalha vai disponibilizar aos munícipes um serviço de apoio e de informação ao consumidor, em resultado de um protocolo com o Centro de de Estudos de Direito do Consumo – Associação Portuguesa de Direito do Consumo, anunciou a autarquia a 29 de março. O novo serviço, de âmbito gratuito e disponível a todos os munícipes, incluirá a promoção de ações de informação e aconselhamento relativos aos direitos do consumidor, a instituição de

A assembleia geral do Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria (Batalha), aprovou a 18 de março, “por unanimidade, um voto de louvor e de agradecimento” ao Jornal da Batalha e ao seu diretor, Carlos Ferreira. A decisão da assembleia geral dirige-se ao diretor do jornal e “ao prestigioso jornal que dirige tão superiormente, pela feliz e generosa divulgação que têm feito das atividades do Rancho Folclórico Rosas do Lena, dando a conhecê-las em termos cativantes e levando-as, de forma prestigi-

mecanismos de mediação de litígios de consumo e ainda a realização de ações de formação dirigidas aos alunos e à população em geral relativas a esta temática. Segundo o presidente da câmara, pretende-se “garantir o cumprimento da lei e facultar aos munícipes de todo o concelho informação qualificada relativa aos direitos do consumidor”. No entender de Paulo Batista Santos, o serviço de apoio ao consumidor, a instalar na autarquia, “visa a prestação de um

contributo válido em matéria de aconselhamento e no que se refere à satisfação de dúvidas e questões relativas aos direitos instituídos e legalmente previstos”. O “Serviço de Apoio ao Consumidor” tem como grandes objetivos informar, esclarecer e aconselhar a população sobre os direitos e deveres em matérias de conflitos de consumo, oriundos das aquisições de bens e serviços, estando ainda prevista a mediação de conflitos resultantes de atos de consumo.

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ante para o agrupamento, ao público da região”. “Este voto é uma enorme honra e uma forte motivação para continuarmos a fazer o nosso trabalho, noticiando toda a informação, mas apostando sobretudo na divulgação dos elementos distintivos do nosso concelho, que o Rancho Folclórico Rosas do Lena retrata com um rigor e saber reconhecidos em Portugal e em dezenas de outros países”, referiu Carlos Ferreira. “Aproveito também para agradecer toda a colaboração que o Rancho Rosas do Lena tem dado ao nosso jor-

nal, sobretudo nas pessoas de José Travaços Santos e do seu presidente, José António Bagagem”, adiantou o diretor do Jornal da Batalha. A assembleia aprovou, também por unanimidade, votos de louvor e agradecimento à câmara da Batalha, ao seu presidente, Paulo Batista Santos; aos vereadores e aos serviços técnicos do município, na pessoa do seu chefe, Manuel Gameiro, e aos jornais Folclore e ao seu diretor, Manuel João Silva Barbosa, e Jornal da Golpilheira e ao seu diretor, Luís Miguel Ferraz.

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25 anos

“Pedreiras: as mães de todos os buracos. Vai Rebentar!” m “Uma história que mete dinheiro, buracos, licenças e ambiente. Pode rebentar a qualquer momento”, dizia o JB na edição de abril de 1991

Na edição de março 1991 o Jornal da Batalha destaca quatro temas, muito diferentes, desde o mercado imobiliário a uma viagem à Madeira, iniciativa do próprio jornal. “Os preços das casas” é um dos títulos, explicado a seguir: “O mercado de habitações não regista uma grande oferta. Os preços das moradias não apresentam, também, uma grande disparidade entre si. Saiba o resultado da pesquisa efectuada pelo JB”. “Batalhenses vão à Madeira. O nosso Jornal está a lançar a ideia: ir à Madeira em ritmo de passeio em junho próximo. Trata-se da primeira de muitas iniciativas inéditas que propomos

p As capas das edições de março e abril de 1991 aos leitores. Descubra a “Pérola do Atlântico”, incentiva o texto publicado na capa de março de 1991. “A Câmara Municipal vai realizar uma Feira Interna-

cional de Artesanato. Será em final de junho. A promoção da Batalha não se ficará por aqui. No final de maio uma equipa do concelho vai a Itália participar

nos Jogos sem Fronteiras. E milhões de telespectadores irão ouvir falar da Batalha”, lê-se no texto que justifica o título: “Vamos ter Feira de Artesanato e Jogos sem

Fronteiras. Batalha nas bocas do mundo”. Finalmente, “Cavaco “assinou” promessas” é o último título da capa, explicado assim: “O Primeiro

M Ministro veio à Batalha e sem prometer nada fez m muitas promessas. A hist tória parece complicada, m não é. Contamos os mas q quês e os porquês”. A edição de abril de 1991 te apenas três títulos na tem ca capa. “A Hora da Juventu tude” é um deles. “São deste mundo e vive na Batalha. Querem vem pa participar e ter uma voz ac activa. são jovens à procu cura dum lugar próprio, têm ideias e projectos. E que querem tratar por tu o futur turo e por senhor o passad sado. Falamos deles”, conta o jo jornal. ““Pedreiras: as mães de tod todos os “buracos”. Vai Reben bentar!”, é o título que justifica “uma história que mete din dinheiro, buracos, licenças e am ambiente. Pode rebentar a qua qualquer momento” O último título de capa é: “Ba “Batalhenses de Paris em Festa. Longe da Terra Perto do Coração”. “Os nossos emigrantes passaram a Páscoa em Festa. Foi uma maneira diferente de partilhar amêndoas e saudades. Estivemos lá”, destaca o JB.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Flores comestíveis agradam a todos os sentidos O mês de abril traz-nos o aumento das horas de sol, os dias ficam maiores e parece que temos mais tempo para as atividades (pelo menos as de ar livre). É uma altura propicia para as sementeiras ao ar livre, no entanto podemos correr o risco das geadas. Por cá costumo não semear tudo de uma só vez. Se tem um pacote de sementes, lance-as à terra em diferentes alturas, assim pode evitar perder as pequenas plântulas e tem a vantagem de ter legumes em crescimento em diferentes fases. Porque gosto de estar sempre a colher e não ter de conservar, faço isso com cenouras, couves

fechadas, rabanetes, beterrabas e afins, pois são sempre melhores quando acabados de colher. Por isso, de duas em duas semanas, ou mensalmente, lanço novas sementes à terra. Tem-me acontecido que algumas sementes só despontam quando assim o entendem e depois aparecemme legumes espontâneos que já nem me lembrava que ali estariam. Isto também acontece porque deixo a maior parte das minhas plantas ganharem sementes. Por este andar qualquer dia deixo de ter de semear, para apenas coletar. Cá em casa consideramos que a grande variedade de alimentos que ingerimos

é a melhor garantia para manter uma boa saúde. As nossas saladas usam muitas folhas de legumes e incluem flores. Usamos na saladas folhas de beterraba (as mais jovens e tenras) de rúcula, de coentros, de alface, e flores de cebolinho, de borragem e de calêndulas. Também podíamos usar flores de capuchinha (mas não apreciamos o seu sabor). Em suma, criámos por cá um jardim comestível, que para além de ser aprazível aos olhos e ao olfacto também o é para o palato. Por esta altura aparece nalguns terrenos uma planta de seu nome comum borragem (Borago officinalis), antigamente conhecida

pelo nome de “planta da coragem”. Parece ser uma ótima companheira para os pomares e para os campos de morangueiros, pois é uma boa consociação na horta e pomar. Diz-se que a borragem dá coragem. Devido aos seus componentes, produz no corpo uma sensação hilariante, levantando a moral e ajudando a combater depressões, mas deve ser consumida com moderação. Tal como tudo na vida, precisa de ter conta e medida. Foi lançado o desafio de colocar a Batalha a florir, pois eu acrescento: usem flores comestíveis, assim

podemos agradar a todos os sentidos. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, couves flor, couves repolho, couve rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas, nabiças, nabos, pepinos, pimentos, salsa, tomates, rabanetes, rúcula e calêndulas. Jardim, semear: amores perfeitos (só os de flor pequena é que são os naturais e pode comer as suas flores), cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas (estas são excelentes para circundar a nossa horta), agrião de jardim e

calêndulas. Arbustos e arvores de fruto para plantar: amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos, morangueiros e videiras. Algumas plantas, como é o caso das pimenteiras e dos pimentos, se tiverem ficado abrigadas das geadas, podem apenas ser podadas que voltam a produzir frutos. Mantenha-se a par das partilhas no Facebook em: https://goo.gl/SLkUzI Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas Colheitas.


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Batalha Atualidade

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Jornal da Batalha

Quatro gerações de família iraquiana fogem da guerra para São Mamede p O presidente da câmara e a vereadora da cultura com os refugiados

m “Num período de transição das suas vidas, oferecemos-lhe uma oportunidade e se quiserem fixar residência no concelho temos muito gosto em recebê-los”, diz o presidente da câmara

Uma bisavó. Um casal com dois filhos menores. Um casal com um filho maior de idade. Esta é a

composição das quatro gerações da família iraquiana que está a viver na antiga escola primária de São Mamede, na Batalha, desde o dia 4 deste mês, no âmbito do compromisso solidário de Portugal com a Europa para o acolhimento a pessoas em fuga de países em guerra. O grupo, cujo elemento mais velho tem 77 anos e o mais novo apenas seis, saiu do Iraque há seis anos e viveu na Síria, Jordânia, Egito, Líbia e Itália. Chegou à Europa atravessando o Mediterrâneo num barco superlotado, semelhante aos que os média tem mostrado inúmeras vezes nos últimos anos. “Nós viemos para Portugal por acaso. Não fomos nós que escolhemos, calhou em sorteio. Mas como temos familiares na Bélgica, Suíça e Suécia, Portugal é um país mais próximo”, explica o patriarca da família, Hassan Jamal, de 49 anos. No segundo dia no concelho, a família teve oportunidade de ir ao centro de saúde, ao Centro Social e Cultural da Paróquia e à escola de São Mamede destinada às crianças, ao Santuário de Fátima, às Grutas da Moeda e ao Mosteiro da Batalha. A visita foi organizada pela câmara e serviu também para os refugiados conhecerem estabelecimentos comerciais. “O processo de acolhimento correu bem, permitiu-nos ter mais tempo de preparação para receber estas pessoas, que tiveram de fugir dos seus países e procuram uma melhor vida na Europa”, afirma o presidente da câmara.

“Num período de transição das suas vidas, oferecemos-lhe essa oportunidade e se quiserem, no futuro, fixar a sua residência no concelho temos muito gosto em recebê-los. Mas, para já, trata-se de um acolhimento de transição, para que se possam integrar, beneficiar da nossa solidariedade e ambicionar uma nova vida”, adianta Paulo Batista Santos. Quanto à receção aos refugiados pela população, o autarca afirma que “a gente da Batalha é solidária e disponível”. “Sempre que alguém precisou da nossa ajuda estivemos disponíveis. Não tenho duvidas nenhumas que assim sucederá neste caso. Não tenho absolutamente receio nenhum neste âmbito e a garantia que posso dar aos munícipes é que a forma como estamos a acolher estas pessoas e a mesma como apoiamos os batalhenses que precisam”, explicou o presidente da câmara. Quanto à possibilidade do concelho receber mais refugiados, Paulo Batista Santos afirma: “Nós temos uma capacidade limitada e apenas os queremos receber com qualidade, como acontece com esta família. Se tivermos capacidade para receber mais famílias nas mesmas condições iremos fazê-lo, mas o que ambicionávamos, num quadro geral, era ocupar o espaço que tínhamos disponível”. A antiga escola onde os refugiados estão alojados é composta por dois apartamentos T3, equipados, e a rede de apoio constituída por entidades, voluntários


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p As crianças estrangeiras brincam no jardim da vila e empresas da Batalha para os acolher está a trabalhar para que tenham aulas de português, as crianças frequentem as atividades de tempos livres e mais tarde a escola, comecem a trabalhar e tenham acesso a outros meios que lhes per-

mitam ter uma vida normal com brevidade. A língua – a família apenas fala árabe – é uma dificuldade, ultrapassada no primeiro dia com a ajuda de um intérprete da Mesquita de Leiria; gestos, as primeiras palavras em por-

tuguês, como “obrigado”, e a língua inglêsa, mesmo que apenas para demonstrar a satisfação pela forma como foram recebidos – “Very Good!”.

p A família nas Grutas da Moeda

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Batalha Atualidade

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Agrupamento de escolas premeia mérito e presta homenagem a Travaços Santos m Jornadas culturais proporcionaram espaços e momentos de aprendizagem não formal e divulgaram as boas práticas As 4ªs Jornadas Culturais do Agrupamento de Escolas da Batalha, que decorreram a 7 e 8 deste mês, incluíram a realização de meia centena de atividades e uma homenagem ao historiador batalhense José Travaços Santos. O diretor do agrupamento, Luís Novais, destacou, pela sua importância, a cerimónia de homenagem aos antigos colaboradores, a entrega de certificados e prémios de mérito aos alunos que se evidenciaram pelo aproveitamento e comportamento no último ano letivo e “a tradicional homenagem a um vulto do concelho da Batalha, com um pa-

p Os melhores alunos foram distinguidos pela escola pel relevante no campo da educação e da cultura”, este ano José Travaços Santos. “O grandioso espetáculo de som, luz e performance desportiva “4º Sarau Desportivo - Educação Física”, onde evoluíram mais de três centenas de participantes, entre alunos, professores, pais e funcionários do agru-

pamento”, foi outro dos momentos destacados por Luís Novais. “Foram dois dias cheios de atividades, que evidenciam o dinamismo e a abrangência do agrupamento de escolas, cuja oferta educativa vai desde o pré-escolar até ao secundário, passando pelo ensino geral do 1º, 2º e 3º

p José Travaços Santos durante a homenagem CEB, profissional, vocacional e pelo ensino de adultos”, referiu o diretor. A iniciativa “pretendeu proporcionar espaços e momentos de aprendizagem não formal e divulgar as boas práticas nos diversos níveis de ensino e áreas lecionados”, “dentro do espírito inovador que caracteriza”

Alunos recebem bolsas de estudo no valor de 26 mil euros A câmara da Batalha atribuiu no presente ano letivo 50 bolsas de estudo a alunos do concelho matriculados no ensino superior, que apresentam carências financeiras, no valor total de 26 mil euros – mais 6.750 euros e nove alunos do que no último ano letivo. “Esta medida reveste-se de grande importância no contexto do apoio socioeconómico aos alunos beneficiados, bem como para às famílias dos estudantes”, considerou o presidente da câmara, no dia 23 de março, no final de uma cerimónia, na autarquia, com a presença dos alunos. Para Paulo Batista Santos, “a capacitação dos jovens da Batalha é entendida como uma verdadeira prioridade da autarquia e merece, por essa via, a disponibilidade de recursos públicos atendendo a esta dimensão de

p A câmara atribuiu 50 bolsas de estudo a jovens do ensino superior qualificação da nossa população”. O programa de atribuição de bolsas de estudo aos alunos do ensino superior visa a valorização dos jovens e do seu percurso académico, tendo em vista o contributo que poderão dar para o aumento da qualificação de recursos humanos no concelho, promovendo, em paralelo, o desenvolvimento social, económico e cultural.

Os cursos mais representativos no grupo de alunos que usufruem deste apoio são da área das engenharias, direito e gestão. No âmbito da atribuição de bolsas de estudo pelo município da Batalha, os alunos que beneficiam de ajuda financeira têm de prestar serviços comunitários no concelho, no período de férias. A câmara vai alargar, no ano letivo de 2016/2017, o

apoio a bolseiros de Cabo Verde (Ilhas da Fogo e Brava) no âmbito do protocolo subscrito entre a Associação dos Municípios da Região Fogo e Brava e Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria. O protocolo tem como objeto a cooperação e troca de boas práticas abrangendo áreas no âmbito da solidariedade para com a população local.

o agrupamento, segundo Luís Novais, permitindo, igualmente, o cruzamento de diferentes elementos da comunidade nos laboratórios, exposições, espaços lúdico-pedagógicos, palestras, workshops, oficinas, animação de exterior e espetáculos. O agrupamento é o 5º me-

lhor a nível nacional, no que diz respeito a escolas públicas, e o 1º no distrito de Leiria (incluindo escolas particulares), no ranking elaborado pelo jornal Público e pela Universidade Católica, com base nos dados dos exames nacionais fornecidos pelo Ministério da Educação.

Estudantes estrangeiros cooperam com batalhenses Um grupo de 12 alunos e sete professores oriundos de países como França, Itália e Eslovénia, esteve uma semana no concelho para, em conjunto com colegas do Agrupamento de Escolas da Batalha, desenvolverem trabalho de programação de robôs e construção de aplicações para dispositivos móveis. A iniciativa decorreu no âmbito do projeto MORE (Mobile Resources on Education: let’s learn each other), do programa Erasmus+ e o programa da estadia incluiu visitas culturais na região (Batalha, Fátima, Nazaré e Alcobaça), bem como um dia para conhecerem Lisboa e a Sintra. “Uma das particularidades do projeto é a interação com alunos mais novos, nomeadamente do 1º CEB, o que, a nível das demonstrações dos robôs, se tem revelado um sucesso”, explicou o subdiretor do Agrupamento de Escolas da Batalha, Jorge Pereira, no dia 4 de abril. “Esta é a última mobilidade do projeto que envolve alunos, depois das mobilidades realizadas em 2015, em Pau (França), Medvode (Eslovénia) e Sassari (Itália)”, adiantou o professor.


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“Inventores” do Moinho de Vento disputam prémio nacional de ciência m O prémio visa estimular o interesse dos alunos pelas ciências e áreas tecnológicas

A sala dos “Inventores” do Centro Infantil Moinho de Vento (CIMV) está a participar na 13ª edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho “Ciência na Escola”, cujo tema é “A Ciência e a Tecnologia ao serviço de um mundo melhor”. O pré-escolar do CIMV ano letivo passado também participou na iniciativa -, é

o único representante do concelho e candidatou três projetos à primeira fase do concurso, ficando apurado o dos “Inventores”, com o tema “A Criança... e a Magia do Computador”. Este prémio, uma parceria da Fundação Ilídio Pinho, do Ministério da Educação e Ciência e do Ministério da Economia, visa estimular o interesse dos alunos, da educação préescolar, dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, pelas ciências e áreas tecnológicas através do apoio a projetos inovadores. Neste momento e até 20

de maio decorre a fase de desenvolvimento dos projetos apurados, que implica o envio à organização de um relatório final. O objetivo dos “Inventores”, da educadora Madalena Grácio, é chegar à final e aprender sobre os temas do projeto. A divulgação dos cem projetos selecionados para uma exposição pública acontece a 7 de junho e em data a anunciar realiza-se a cerimónia de entrega dos prémios. Os prémios atribuídos por escalão na primeira fase, do pré-escolar ao secundário, variam entre 200

e 500 euros e destinaram-se a apoiar a implementação dos projetos selecionados pelo Júri regional, como é o caso do da CIMV, da Associação de Propaganda e Defesa da Região da Batalha. O valor dos três prémios e três menções honrosas finais por escalão oscila entre dois mil e 20 mil euros. 60% do valor é atribuído diretamente à escola e destina-se a apoiar a continuação das atividades do projeto premiado; 15% é para o professor coordenador do projeto e 25% é destinado aos alunos envolvidos no projeto.

p É a segunda vez que as crianças do centro participam

Batalhenses convidados a florir varandas e janelas

p Paulo Batista Santos diz que os custos não são elevados

FRANÇA. A 25ª edição do convívio de batalhenses radicados em França juntou mais de 150 participantes no dia 9 de abril, na cidade de Ormesson-Sur-Marne, na região de Paris. Este convívio “prestigia o concelho e todos aqueles que, estando em Portugal ou no estrangeiro, sentem como sua a Batalha”, disse o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.

A câmara aderiu ao movimento “Florir Portugal”, através da iniciativa “Florir Batalha”, lançada no dia 6 deste mês, no Auditório do Mosteiro da Batalha, com a presença do ator Virgílio Castelo, e de Tó Romano, mentor do projeto. A ideia consiste em desafiar a população a colocar flores nas janelas e nas varandas das habitações e já envolve 25 municípios. Segundo a câmara, que ofereceu aos presentes no lançamento um vaso com flores, o projeto “pretende projetar uma tendência vi-

sual de alegria e cor bem como uma oportunidade para reforçar a importância dos pequenos mercados, e da atividade florícola de grande importância para o concelho, onde se localizam das principais unidades produtivas de plantas do país”. “O projeto “Florir Batalha” revela-se de grande importância, quanto à capacidade de mobilização que suscita junto dos munícipes, bem como na imagem que poderá projetar da Batalha e do próprio país no domínio do turismo”, referiu o presidente da câmara.

Paulo Batista Santos assegurou que o “Florir Batalha” não tem custos significativos e pediu a todos os batalhenses para colaborarem, colocando floreiras nas varandas e janelas das suas casas, até ao dia 9 de maio, data em que a vila recebe a imagem de Nossa Senhora de Fátima, numa procissão da Jardoeira até à Batalha. A autarquia vai colocar floreiras nos edifícios públicos e locais turísticos, incluindo candeeiros de iluminação pública.

ASSOCIAÇÕES. A câmara vai investir 18 mil euros em obras na Igreja do Mosteiro da Batalha, com o objetivo de melhorar as condições do culto e da fruição do monumento. Nesse sentido foi assinado um protocolo de colaboração com a Fábrica da Igreja, no dia 11 deste mês. No âmbito das atividades sócio-educativas atribuiu seis mil euros a 14 associações.


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Economia

Parque Industrial da Jardoeira já pode receber novas empresas m O novo plano permite igualmente melhores condições de expansão às empresas A revogação do plano de pormenor da Zona Industrial Concelhia da Batalha (Parque Industrial da Jardoeira), uma decisão tomada na assembleia municipal de 26 de fevereiro, foi publicada no dia 21 de março no Diário da República. Esta iniciativa permitirá uniformizar as áreas de construção com as regras em vigor para as atividades económicas no novo Plano Diretor Municipal (PDM), em vigor desde agosto de 2015, favorecendo ampliações e melhores índices construtivos para o parque

industrial. “O município da Batalha pretende igualmente apresentar estas infraestruturas empresariais no âmbito da “pré-qualificação de áreas de acolhimento empresarial” da região centro, a decorrer até ao dia 3 de maio e tem em vista o mapeamento das necessidades em termos de áreas para acolhimento empresarial, sendo uma fase de pré-qualificação que culminará com a identificação dos investimentos a financiar no quadro 2014-2020”, explica a câmara num comunicado divulgado a 21 de março. “Este caminho de inovação e apoio à localização empresarial foi uma opção assumida desde o início do atual mandato autárquico e que agora conhece um forte de-

p As empresas também já podem ampliar as suas instalações senvolvimento no incentivo à fixação de novos projetos empresariais, mais também, não menos relevante, permite melhores condições de expansão às empresas já fixadas na Batalha”, considera o presidente da câmara. “Dispor de uma fiscalidade

reduzida, apoio ao desenvolvimento de projetos e possibilidade de isenção de taxas municipais são outros fatores que a autarquia coloca à disposição dos empreendedores e das empresas locais”, adianta Paulo batista Santos.

Recorde-se que, no âmbito dos trabalhos desenvolvidos no Plano Estratégico do Concelho da Batalha 2020, a câmara municipal definiu como prioridade a melhoria das áreas de acolhimento empresarial, nomeadamente ao nível da

Apicultores abrem loja para vender e dar formação A Cooperativa de Apicultores Produtores e Embaladores de Mel (CAPEMEL) abriu recentemente, na Batalha, a “Loja do Apicultor”, situada entre o Intermarché e a Cooperativa Agrícola. Neste espaço, o público encontra material apícola diverso, produtos naturais, mel e seus derivados - própolis, geleia real, pólen – considerados excelentes para a saúde e bem-estar. A CAPEMEL foi criada em julho de 20015, na Batalha, e conta 26 cooperantes de várias regiões do país. Tem como finalidade comercializar produtos das explorações apícolas dos cooperadores e todo o tipo de material apícola. Para além da vertente comercial, tem ainda como missão prestar apoio técnico

p A loja situa-se próximo da cooperativa da Batalha aos apicultores, formação e divulgar o mundo apícola a crianças e jovens, através de sessões informativas e visitas guiadas, caso sejam solicitadas pelas escolas. A “Loja do Apicultor” está aberta de segunda a sexta-

feira, das 9 às 13 horas e das 15 às 18 horas. Mais informações podem ser solicitadas pelo email geral@ capemel.pt ou na página da CAPEMEL no Facebook, clicando no link https://goo.gl/ kpCHhF.

ampliação da Zona Industrial Concelhia da Batalha (Jardoeira) e da definição de uma nova Área de Acolhimento Empresarial em São Mamede - este último projeto suporta, igualmente, a concretização de nova ligação rodoviária entre o IC9 e a EN 356, na zona de São Mamede. “As novas áreas de localização empresarial irão ampliar consideravelmente a oferta de lotes empresariais na área do município e localizam-se estrategicamente junto dos principais eixos rodoviários, a Zona Industrial Concelhia da Batalha com ligação direta à A 19/ A8 e a Área de Acolhimento Empresarial em São Mamede junto ao nó acesso da A1 em Fátima”, destaca o comunicado da autarquia.

EXPOSIÇÃO. A EDP Distribuição e a Fundação EDP, em parceria com a câmara da Batalha têm patentes uma exposição intitulada “A Eletricidade na Batalha: à luz de um novo olhar” na Galeria Mouzinho de Albuquerque, até 24 deste mês. O presidente da EDP distribuição, João Torres, destacou, na Batalha, o projeto de redes inteligentes Inovgrid, lançado em 2007, que “continua a ser reconhecido internacionalmente como de referência”. TURISMO. A câmara da Batalha esteve presente na Nauticampo Salão Internacional de Navegação de Recreio, Desporto, Aventura e Caravanismo, na FIL, de 6 a 10 deste mês, com o objetivo de dar a conhecer ao público e aos operadores turísticos a sua oferta turística na área da natureza e da aventura. Promoveu a rede de percursos pedestres, Centro de BTT, escalada e a espeleologia no Reguengo do Fetal, para além do mosteiro e do museu.


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Saúde Antibióticos: de melhores amigos a inimigos As doenças infeciosas podem ser provocadas por vårios microorganismos: bactÊrias, vírus, fungos e parasitas. Todos eles têm características diferentes, provocam doenças distintas e, por conseguinte, exigem tratamentos tambÊm diferentes. Os antibióticos são medicamentos que apenas têm lugar no tratamento de in-

feçþes provocadas por bactÊrias. Daí que não faça sentido tomå-los para o tratamento de infeçþes víricas ou atÊ fúngicas. A confusão surge quando certas doenças podem ser provocadas por vírus ou por bactÊrias. Por esta razão, cabe ao seu mÊdico avaliar os sinais e sintomas e perceber qual o microorganismo que estå por detrås

da doença e aí tomar a decisão de prescrever ou não antibiótico. Quando, de facto, os antibióticos são necessårios (e isso Ê uma decisão mÊdica), devem ser tomados de acordo com as indicaçþes dadas pelo seu mÊdico: na dose, horårio e duração por ele aconselhadas. Isto porque, no caso de alguma destas recomendaçþes falhar, cont-

ribui-se para o aparecimento de resistências aos antibióticos, ou seja, as bactÊrias não só não são destruídas, como acabam por se tornar mais fortes e adquirem a capacidade de resistir a esse antibiótico. Esta situação representa um problema para a saúde do próprio e tem tambÊm implicaçþes graves para a saúde pública, pois as bactÊrias transitam entre as pessoas e entre estas e o meio ambiente. A resistência antibiótica Ê um drama que tem vindo a preocupar cada vez mais a comunidade mÊdica. O uso indevido de antibióticos não

só em medicina, mas tambÊm em åreas como a pecuåria e a agricultura têm contribuído para o emergir de novas resistências que nos deixam cada vez com menos armas eficientes para o combate das infeçþes. Outra questão importante Ê a do desperdício de medicação sobrante. Quando a caixa de antibióticos tem mais comprimidos do que aqueles que lhe foram recomendados, não dispense os restantes no lixo comum, pois isso pode fazer com que sejam processados junto com o restante lixo e integrados em fertilizantes

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agrícolas, contribuindo assim para a perpetuação das resistências. Os antibióticos são uma das maiores evoluçþes da medicina, têm de ser tratadas com o respeito que merecem para poderem continuar a ser úteis. Jå alguma vez tinha pensado nisto? O uso de antibióticos deve ser racional e acontecer apenas quando aconselhado por um mÊdico. Siga as recomendaçþes do seu.

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Batalha Saúde

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O que é o autismo?

Dia Azul deu a conhecer crianças com problemas de desenvolvimento O infantário Jardim da Isabel, na Batalha, promoveu um conjunto de ações para comemorar o Dia Azul - Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, que se assinalou no dia 2 deste mês. “O objetivo era dar a conhecer crianças que veem o mundo de forma diferente, - já que o autismo é um problema de desenvolvimento infantil - mas que, se as ajudarmos, podem ter uma vida de sucesso”, explicou Isabel Grosso, diretora do infantário, que pretendeu envolver “o maior número de pessoas no concelho da Batalha”. O programa contou com a colaboração do Atlético Clube Batalha, no que respeita à organização da Corrida D’Avis do Dia Azul, no dia 31 de março, com início às 20h30, junto ao posto de turismo da Batalha. An-

p O Dia Azul mobilizou centenas de batalhenses tes houve uma sessão de aquecimento e alongamentos, com a professora Carla

Leite, e decorreu também uma caminhada para crianças. A participação era

gratuita. A câmara da Batalha também participou na ini-

ciativa, iluminando um edifício público de azul e colaborando na organização de todos os eventos. A organização contactou os comerciantes, para que seguissem algumas das suas ideias para “vestir a Batalha de Azul”, como aconteceu em muitos estabelecimentos. O infantário propôs que os comerciantes e todos os batalhenses se vestissem de azul, divulgassem e afixassem o cartaz do Dia Azul, com um logótipo especial para as lojas aderentes; pendurassem balões azuis à porta dos estabelecimentos, decorassem uma montra de azul, colocassem uma faixa azul numa zona exterior visível ou iluminassem os estabelecimentos com luzes azuis ou filtradas de azul.

“O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. O bebé pode mostrar indiferença pelas pessoas e pelo ambiente, pode ter medo de objectos. Por vezes tem problemas de alimentação e de sono. Pode chorar muito sem razão aparente ou, pelo contrário, pode nunca chorar. Dos dois aos cinco anos de idade o comportamento autista tende a tornar-se mais óbvio. A criança não fala ou ao falar, utiliza a ecolália ou inverte os pronomes. Há crianças que falam correctamente mas não utilizam a linguagem na sua função comunicativa. Os adolescentes podem melhorar as relações sociais e o comportamento ou, pelo contrário, podem voltar a fazer birras, mostrar auto-agressividade ou agressividade para com as outras pessoas”. Fonte: Federação Portuguesa de Autismo

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Cultura

repousam alguns dos nomes com maior significado histórico da idade média e que representam a independência nacional e os Descobrimentos A câmara da Batalha defendeu, a 31 de março, a atribuição ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória do estatuto de Panteão Nacional, pela importância para a história de Portugal das personalidades sepultadas no monumento. A posição da autarquia surgiu na sequência do agendamento de um projeto de lei do PS para que o Mosteiro dos Jerónimos seja elevado a Panteão Nacional e “reveste-se da mais elementar justiça e cumprirá, por via dessa classificação, a função régia para que foi erigido e onde está sepultada a Dinastia de Avis”, segundo o presidente da câmara. Paulo Batista Santos elogia a pretensão do PS quanto ao Mosteiro dos Jerónimos, mas recorda que no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, monumento nacional e património mundial da humanidade da UNESCO, estão “alguns dos nomes com maior significado histórico da idade média e que representam quer a independência nacional, quer a expansão encetada através do Descobrimentos”. O município realça, em comunicado, que na Capela do Fundador, repousam D. João I, “o garante da Independência de Portugal”, D. Filipa de Lencastre, “sua esposa e distinta formadora da Ínclita Geração dos Altos Infantes”, o infante D. Henrique, “o Navegador e mestre da Ordem de Cristo”, o infante D. João, mestre da Ordem de Santiago, sua esposa, D. Isabel, D.

Fernando, mestre da Ordem de Avis, “que morreu com fama de santo, no cativeiro de Fez”, e ainda D. Afonso V e D. João II. Nas Capelas Imperfeitas está ainda localizado o panteão de D. Duarte, “um dos maiores vultos da Dinastia de Avis e da cultura portuguesa”, refere o comunicado, acrescentando que no mosteiro também “repousa o Soldado Desconhecido”. A câmara da Batalha escreveu a todos os grupos parlamentares, defendendo que o mosteiro seja incluído na discussão do projeto de lei do PS para o Mosteiro dos Jerónimos.

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Mosteiro poderá receber estatuto de Panteão Nacional


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Batalha Cultura

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DJ da Golpilheira ganha concurso e atua no maior festival estudantil m O seu primeiro origi-

O jovem Miguel Marques, DJ e produtor musical residente na Golpilheira (Batalha), venceu um concurso para participar no “13º Festival Secundário”, que decorreu de 20 a 24 de março em Gouveia, e é considerado o maior do género em Portugal - reuniu 43 mil festivaleiros em 12 edições. No f inal do festival, Miguel Marques estava satisfeito: “Correu super bem, superou as minhas expectativas, foi uma experiência incrível e uma grande sensação e espero lá voltar nas próximas edições!” O DJ Miguel tem apenas três anos de experiência

Foto: Festival Secundário/Fotoslente 2016

nal intitula-se “Rebola” e teve apoio de deejays (DJ). O estilo atual de DJ Miguel é o “Afro House/ Comercial”

p Miguel Marques durante a sua atuação em Gouveia (começou em 2013), mas já é considerado “uma jovem promessa” no panorama nacional da música de dança eletrónica. A sua carreira começou “por brincadeira”, como re-

fere, utilizando o software “Virtual DJ” e sentindo a cada passo “uma crescente paixão pela música”, o que o levou a entrar no “mundo do deejaying com o intuito de animar as pistas de dança”.

Miguel Marques, de 19 anos, passou, entretanto, a utilizar outros softwares de música, fez remixes e foi “sentindo uma crescente evolução” enquanto passava por casas e eventos festivos

da zona centro. O seu primeiro original intitula-se “Rebola” e teve apoio de alguns deejays (DJ). O estilo atual de DJ Miguel é o “Afro House/ Comercial”, no qual deverá “continuar a apostar no futuro”. O jovem ambiciona “mostrar inovação e desenvolver projetos com lançamentos em breve”. O ponto mais alto da carreira de Miguel Marques, até ao momento, é a participação no “13º Festival Secundário”, que durante cinco dias reuniu no Sr. dos Verdes, na Serra da Estrela, milhares de estudantes de ensino secundário e os seus amigos. A Urban Fun, empresa promotora do evento, organizou um concurso de DJ para dar oportunidade aos “novos talentos da música eletrónica nacional de atuar no festival”. O DJ Miguel foi um dos dez vencedores.

Rancho do Reguengo do Fetal precisa de novos elementos O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fétal lançou este mês um apelo ao associativismo da população, no sentido de aumentar o número de elementos do grupo etnográfico, fundado há 48 anos. “São necessários novos elementos, a partir dos seis anos para as diversas especialidades etnográficas do rancho folclórico, como sejam dançarinos, cantores, músicos e figurantes”, afirma o grupo num comunicado. Os ensaios são às sextas-feiras, às 21h30, na sala da cooperativa da Casa do Povo do Reguengo do Fetal, e todos “são bem vindos”, como refere o grupo. O Rancho Folclórico da Casa do Povo do Reguengo do Fetal foi fundado em junho de 1967, com base numa marcha popular, por João Neves da Costa Rei e Francisco Gomes Calado, e retrata as danças e cantares

p O rancho foi fundado em junho de 1967 da parte serrana da Alta Estremadura. Está filiado na Federação Portuguesa de Folclore e INATEL e ganhou o Prémio Montepio da Nª Senhora da Vitória – Batalha (1968) e o 1º Prémio do Concurso

de Ranchos Folclóricos da Região Etnográfica-Leiria (1970). Gravou discos e fez digressões à Checoslováquia, França, Suíça, Grécia, Espanha e Dinamarca. Participou na Europeade de

Arte Popular 1993 em Horsens, Dinamarca (1993), na produção e apresentação do vídeo “Memórias da Minha Aldeia” (filmado entre 1992/1993) e na 1ª Convenção do Rancho Folclórico e Serões na Aldeia (1994)

Em 1999 interrompeu a sua atividade, que viria a se retomada após diligências nesse sentido desenvolvidas em 2013 por um grupo de pessoas do Reguengo do Fetal.

Jornal da Batalha Museu etnográfico ao vivo na Rebolaria

O Rancho Folclórico Rosas do Lena promove a 8 de maio, das 15 às 17 horas, o “Museu ao Vivo”, no Museu Etnográfico da Alta Estremadura, na Rebolaria, com a casa rural a revelar lidas domésticas. As 17h30, na sede do grupo, decorre um Festival Regional de Folclore. No dia 15 de maio, das 15 às 18 horas, acontece mais “Uma tarde na ponte da Boitaca”, com artesanato ao vivo, taberna típica, doçaria regional, música popular, na ponte neogótica da Boitaca na antiga estrada nacional LisboaPorto, a 300 metros do mosteiro. A ponte, construída no século XIX, tem a originalidade das casas dos portageiros nos dois extremos. Na ocasião, pode ser visitado o Centro de Interpretação da 1ª Posição do Exército Português na Batalha Real de Aljubarrota, a poucas dezenas de metros do extremo sul da ponte. No 10 de julho, das 15 às 24 horas, na Praça de D. João I e no Largo do Condestável, decorre o 11º Festibatalha, com mostra/venda de artesanato, música popular pelo Grupo de Concertinas do Rosas do Lena, Festival Nacional de Folclore, marchas populares e bailarico.


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Património Arquitectura barroca setecentista na Vila (I) Tem a vila da Batalha quatro preciosos exemplares da arquitectura barroca setecentista que vou designar por edifício da Misericórdia, que pertence à Irmandade da Santa Casa, edifício no largo da Misericórdia, propriedade da distinta médica Drª. Liliana João de Sousa Monteiro Ribeiro, solar da Quinta do Fidalgo, repartido pelo empresário Jorge Filipe, na parte com fachada para a estrada nacional, e pela distinta poetisa e pintora D. Maria Adelaide Lemos de Oliveira Simões, e edifício do largo de Goa, Damão e Diu, a minha casa. Na imagem que se publica estão por esta ordem. Pena é não se saber, pelo menos eu não sei, quem teriam sido os construtores dos quatro edifícios. Andei às voltas com os mestres, arquitectos ou engenheiros que no século XVIII tiveram ligações à Batalha, talvez mais teóricas do que práticas, como foram os casos de Manuel do Couto, que em 1689 foi nomeado mestre dos paços reais de Almeirim e de Salvaterra de Magos e do Mosteiro da Batalha, mantendo-se nestes cargos cerca de 40 anos e vindo a falecer em 1733, do seu sucessor capitão engenheiro Custódio Vieira, nomeado para a Batalha em 1734, falecido em 1747, e do coronel engenheiro Carlos Mardel de nacionalidade húngara, que veio para Portugal em 1733, falecendo em 1763, que a partir de Fevereiro de 1747 assumiu o cargo de arquitecto dos paços reais da Ribeira, de Sintra, de Salvaterra e de Almeirim e do Mosteiro da Batalha. As vindas, destes encarregados da conservação do nosso Mosteiro, à Batalha, seriam esporádicas e pouco contacto teriam com a povoação. Não me parece que tivessem assumido qualquer obra por cá. Do mesmo século XVIII eram o mestre José da Silva e o seu filho Joaquim da Silva, naturais do Juncal,

p Exemplares de arquitectura barroca (fotografias do autor) concelho de Porto de Mós. Além do belo Santuário do Senhor dos Milagres (Milagres, concelho de leiria) deixaram obra por toda a região mas também não me parece que tivesse havido intervenção sua nos quatro edifícios em referência. Pode ser que investigação mais aprofundada nos esclareça sobre o assunto. O edifício da Misericórdia foi erguido, no reinado de D. João V, pelo segundo ou terceiro decénio do século XVIII. A velha Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória, instituída por D. João I em 1427, em 2 de Agosto de 1714 foi erigida em Santa Casa da Misericórdia e, com certeza, pouco depois se começariam as obras de demolição do hospital e dum pequeno templo da invocação do Senhor do Bom Despacho para dar lugar ao edifício actual e à sua capela. A capela tem na parte superior das ombreiras do deu portal as características vieiras (conchas) e nos cantos superiores do edifício vasos flamejantes. As vieiras não estão muito visíveis pelo que passam um tanto despercebidas. É curioso verificar que na intercessão de duas paredes por cima do átrio que dá acesso a uma porta late-

ral do templo e à porta dos serviços da instituição, a vazar as águas do telhado está uma gárgula de calcário esculpida em forma de trom ou canhão à semelhança das gárgulas do mosteiro. A janela por cima do portal ostenta o escudo real do tempo de D. João V, também de calcário da nossa região. No interior do templo, bastante conservado, no tecto vê-se o mesmo escudo real. O altar e o formoso retábulo, de madeira policromada, datando já do terceiro quartel do século XVIII, crendo-se que sejam obra do mestre entalhador António Pereira da Silva, que na época tinha oficina na nossa Vila, estão referenciados na obra do Professor Doutor Francisco Lameira, da Universidade do Algarve, “Retábulos das Misericórdias Portuguesas”. Por sua vez, o outro altar da capela, feito de calcário, deve ter pertencido ao templo primitivo da Confraria do Hospital: “(…) O imóvel (da velha Confraria) tinha também um oratório ou pequena capela (seria a do Senhor do Bom Despacho?) em cujo altar se encontrava “huã imagem de Nossa Senhora, de pedra”. Tratava-se de um espaço central da vida da Confraria e do Hospital. Este

oratório ou altar, cremos, ainda hoje se encontra bem visível na parede nascente da actual igreja da Misericórdia, podendo verificar-se, no piso superior do imóvel, a arcatura primitiva, sendo que o altar propriamente dito deve resultar de obra posterior à intervenção de Mestre Boytac, conquanto de finais de Quinhentos ou início do século XVII. “Este altar e/ou oratório deveria conjugar-se com o espaço ou câmara onde se encontravam os leitos para os pobres e doentes, próximo, portanto, dos modelos organizacionais erguidos noutros hospitais da época em que, no fundo das enfermarias, se abriam oratórios (…)”. (Professor Doutor Saul António Gomes em “O Livro do Compromisso da Confraria e Hospital de Santa Maria da Vitória - 1427-1544”). Na mesma obra, o notável Historiador publica uma imagem do altar que era dedicado a Santa Maria do Pranto. Guardada agora pela Misericórdia batalhense há uma formosa imagem de Nossa Senhora, do século XVI. Não me parece, contudo, tratar-se de uma Senhora do Pranto. Aliás, é tradição local que a imagem que está na Misericórdia é

a de Santa Maria da Vitória, que julgo correcto, e que pertencera à Igreja de Santa Maria-a-Velha. Que destino teve a imagem da Senhora do Pranto? O outro edifício do largo da Misericórdia deve ser, também, joanino e erguido por altura muito próxima do da Misericórdia. Pertenceu em grande parte do século XX a Bernardo Fernandes Monteiro, que foi figura marcante na nossa Vila, e depois a seu filho Horácio Fernandes Monteiro, emigrante no Brasil onde faleceu. Por este foi vendido a Sérgio Gonçalves Ferreira, mais conhecido por Sérgio Pinto, pertencendo agora a sua sobrinha, Dr.ª Liliana Ribeiro. Como consequência das demolições do Plano de urbanização dos anos 60, ali estiveram instalados o Grémio da Lavoura e a Caixa de Crédito Agrícola. Os arcos das portas e das janelas, de calcário regional, são primorosamente ornados de elementos próprios do barroco a que não faltam os vasos flamejantes. Pena é que os aventais das janelas estejam degradados, aguardando a actual proprietária autorização para o restauro do exterior do edifício, que

ela louvavelmente se propõe manter com rigor. O interior há muito que foi alterado completamente pelo que não vejo razão para não se autorizar a proprietária a adaptá-lo agora às suas necessidades. Vou deixar para o próximo mês o edifício da Quinta do Fidalgo, em vista do muito que há a dizer sobre ele, passando já ao do largo de Goa, Damão e Diu, adquirido pelo meu pai no princípio dos anos 30 do século XX aos proprietários da Quinta do Fidalgo. O tipo de ornatos das portas da varanda e das janelas indicam, e foi esta a explicação dos especialistas, que se trata de construção do reinado de D. José I, por volta de 1750. Arcos e aventais das janelas são de calcário, o mesmo sucedendo às padieiras e ombreiras das portas da varanda. Estas muito trabalhadas, ostentam grandes vieiras e vasos flamejantes. A varanda larga, com o alpendre assente em colunas de grande elegância, é igualmente de calcário bem como a escadaria muito bem dimensionada com degraus largos feitos à medida da passada humana. Na varanda o painel de azulejos, reproduzindo São João Baptista, é do século XX, da extinta “Cerâmica Lusitânia”. No interior, com tectos e sobrados de madeira, em três janelas mantêm-se as “conversadeiras”, bancos de pedra em que as pessoas se sentam frente a frente. Continuarei no próximo mês, se Deus quiser. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (157) Obras Consultadas: “O Livro do Compromisso da Confraria do Hospital de Santa Maria da Vitória (14271544)”, do Professor Doutor Saúl António Gomes; Magno Edições, 2002; “Retábulos das Misericórdias Portuguesas”, do Professor Doutor Francisco Lameira; edição do Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve e União das Misericórdias Portuguesas, 2009; “Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses”, do Dr. Sousa Viterbo, Volumes I, II e III; edição da Imprensa Nacional – Casa da Moeda; “Cadernos da Vila Heróica”, nº 4, Novembro de 1980.


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Desporto

Futsal conquista três títulos e atleta fica em 9º nos mundiais de atletismo

Atlético de São Mamede com bons resultados O Atlético Clube de São Mamede marcou presença, a 13 de março, pelo 4º ano consecutivo, na maratona e na meia maratona de Badajoz. Na maratona concluíram 468 atletas, sendo o melhor da coletividade António Silvino, em 46º da geral e 6º escalão, com 2:57’.43’’. Na meia maratona terminaram 707 atletas e Bruno Reis classificou-se em 61º da geral e 60º escalão, com 1:28’:44’’ Pelo 2º ano consecutivo, Filipe Tomás brilhou no pódio como o atleta mais idoso, 72 anos. Os atletas do clube participaram em Altura, Castro Marim, no 7º Challenge do Algarve, de 25 a 27 de março. António Silvino foi 1º em veteranos IV no corta mato e

na corrida da praia e 3º na meia maratona. Anabela Remédios foi a 1ª em veteranos II nas três provas. Charles Custódio foi 7º nos séniores em corta mato; 6º em séniores na corrida na praia e 11º séniores na meia maratona. António Silvino e Anabela Remédios venceram nos respetivos escalões e Charles Custódio obteve o 6º lugar. O clube participou pela terceira vez consecutiva no Trial Serra dos Candeeiros, com 21 quilómetros, no dia 25 de março. Concluíram a prova 122 atletas, conseguindo o Nélio Almeida o 2º lugar da geral, com 1:51’56”. A título coletivo, ficou em 2º lugar.

Natural das Alcanadas candidato à APAF p O Amarense venceu a Taça do Distrito em Futsal Júnior Masculino

m Câmara atribuiu votos de louvor, atendendo à importância desportiva dos resultados

A Associação Recreativa Amarense foi a terceira equipa do concelho da Batalha a vencer uma competição no fim de semana de 12 e 13 de março, depois do Centro Recreativo da Golpilheira ter conquistado a Taça do Distrito em Futsal Júnior Feminino e o Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Palmeiros vencido o Campeonato Distrital da 1ª Divisão em Futsal Sénior Feminino - Grupo B. A equipa do Amarense venceu a Taça do Distrito em Futsal Júnior Masculino, ao derrotar o Peniche

Amigos Clube (4-0) em jogo disputado no Pavilhão Gimnodesportivo da Nazaré. Nas meias finais, o Amarense tinha derrotado o Externato da Benedita (2-1). Entretanto, as “Golpi l h a s” der rota ra m o Louriçal (6-0) e conquistaram a Taça do Distrito em Futsal Júnior Feminino, em partida disputada no Pavilhão Gimnodesportivo da Martingança, Alcobaça, e conseguiram a dobradinha esta época. No dia 20 de fevereiro tinham conquistado o 1º lugar do Campeonato Distrital de Leiria de Futsal Júnior Feminino, ao vencerem em casa o Vieirense (17-3). “Muito orgulho nas minhas jogadoras!!”, foi como a treinadora Teresa Jordão comentou, no Facebook, a exibição das atletas. Precisamente no Pavi-

lhão Municipal da Golpilheira – a casa habitual da equipa de Teresa Jordão –, a equipa sénior feminina do Centro Cultural e Recreativo da Quinta do Sobrado e Palmeiros conquistou, o Campeonato Distrital da 1ª Divisão - Grupo B, ao derrotar a Associação Recreativa e Cultural da Alcaidaria (3-2). Por outro lado, Samuel Remédios, atleta da Freguesia de São Mamede, que representa o Benfica, ficou em 9º lugar no heptatlo no Campeonato do Mundo de Atletismo, em pista coberta, que decorreu de 17 a 20 de março em Portland (EUA). “No decurso dos excelentes resultados desportivos obtidos por equipas e atletas do concelho, a câmara municipal atribuiu diversos votos de louvor, atendendo à importância desportiva

que os resultados conquistados representam para o município e para a região”, anunciou o município em comunicado. Por estes resultados “de excelência desportiva”, o presidente da câmara refere que “deve ser enaltecido o desempenho dos atletas e o exemplo e dedicação dos treinadores e dirigentes dos clubes cujos resultados dignificam o desporto e contribuem para a divulgação do concelho”. Paulo Batista Santos destaca que o investimento do município na prática desportiva, que na presente época desportiva ascende a 117 mil euros em subsídios, “têm garantido aos clubes condições de estabilidade e de trabalho para a prossecução de bons resultados em termos desportivos e de formação cívica”.

Luciano Gonçalves, de 36 anos, natural de Alcanadas, na Batalha, é candidato à presidência da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF). As eleições para os novos órgãos sociais estão marcadas para 20 de maio. O desafio foi-lhe lançado em março pelo árbitro internacional Artur

Soares Dias, presidente da assembleia geral da associação. Luciano Gonçalves conta com o apoio de nomes relevantes da arbitragem nacional, como Artur Soares Dias, Pedro Proença e o próprio José Fontelas Gomes, bem como das associações distritais de Leiria, Braga, Porto, Santarém e Guarda.

Xadrez do CDRT da Torre em destaque Os atletas do CRDT Torre alcançaram cinco títulos no Campeonato Distrital de Jovens Clássicas de Xadrez de Leiria 2015/2016 (três de campeão, um de vice campeão e um terceiro lugar do pódio), no dia 3 deste mês, na sede dos Corvos do Lis. O atleta Simão Meneses

obteve o 3º lugar do pódio geral dos Sub 8; Maria Gomes sagrou-se campeã feminina nos Sub 8; Sofia Gomes foi campeã feminina nos Sub 10 e obteve o 4º lugar da geral, e Sofia Meneses sagrou-se campeã feminina Sub 14 e também vice campeã da classificação geral.


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Publicidade/Necrologia Batalha

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas setenta e seis a folhas setenta e sete, do Livro Duzentos e Doze - B, deste Cartório. Carlos Alberto Oliveira Henriques, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside no lugar de Santo Antão, com o cartão do cidadão n° 07161628 4 ZY3 válido até 27/01/2020, que outorga na qualidade de Vice-Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declaram que com exclusão de outrem, declara que o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão que se destina a escola primária, com duas divisões, quatro portas e dezoito janelas, com a superfície coberta de cento e noventa e quatro metros quadrados, um telheiro com a área de cento e dois metros quadrados, uma cabine com a área de quatro metros quadrados e um recinto descoberto com a área de novecentos e sessenta e um metros quadrados, sito na Rua dos Moinhos, n°.2, Portela das Cruzes, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 4252, com o valor patrimonial de €47.110,00. Que o Município da Batalha adquiriu o referido prédio, no ano de mil novecentos e setenta e quatro, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, a justificante de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, seis de Abril de dois mil e dezasseis. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Batalha, Edição 309, de 14 de Abril de 2016

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sessenta e sete a folhas sessenta e oito verso, do Livro Duzentos e Doze - B, deste Cartório. António da Conceição Ribeiro, NIF 167 843 915 e mulher Maria Fernanda Calado Vieira Ribeiro, NIF 167 843 923, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, onde residem no lugar de Casal Duro, declaram que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura, pinhal com mato, com a área de dois mil e oitocentos metros quadrados, sito em Cova da Barreira, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Joaquim Inácio, de sul com Manuel João, de nascente com caminho e de poente com Câmara Municipal, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 9999, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €656,96. Que, adquiriram o identificado prédio no ano de mil novecentos e sessenta e nove por doação verbal de António Ribeiro Moço, viúvo, pai do marido, residente que foi no lugar de Casal Duro, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, não dispondo, os justificantes, de qualquer titulo formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, possuem o identificado prédio e direito predial em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio, por usucapião. Batalha, quatro de Abril de dois mil e dezasseis. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, Edição 309, de 14 de Abril de 2016

Maria da Conceição Vale da Serra

Lucinda Bento da Silva

84 anos N. 03 – 02 – 1932 F. 02 – 04 – 2016 Reguengo do Fetal – Batalha

90 anos N. 16 – 05 – 1925 F. 17 – 03 – 2016 Santo Antão – Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos: Susana, José João e Maria João Rei, netos e e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Que descanse em paz. “ Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

Joaquim Carreira Vieira

Manuel António de Jesus

70 anos N. 18 – 11 – 1945 F. 01 – 04 – 2016 Batalha

95 anos N. 04 – 12 – 1920 F. 15 – 03 – 2016 Torre – Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Sua filha, irmã e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado. Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da

88 anos N. 17 – 09 – 1927 F. 30 – 03 – 2016 Golpilheira – Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, netos e restantes familiares, e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem com agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. “ Permanecerás para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha

Rua Francisco Serra Frazão, Lote B, 4º r/c dto -2480-337 Porto de Mós

MARIA DA PIEDADE LOPES DA SILVA e cônjuge MANUEL FERREIRA MONIZ DA SILVA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho da Batalha, residentes na Rua dos Romanos, 56, Bico Sacho, Golpilheira, Batalha. Se declararam, com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do prédio rústico sito em Bico Sacho ou Bico Sachos, freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, composto ,de terra de semeadura, oito oliveiras e duas árvores de fruto, com a área de mil cento e dez metros quadrados, a confrontar do norte com Laura Vieira, do sul com serventia, do nascente com Rua Padre Jerónimo Ribeiro e do poente com Rua Nossa Senhora da Boa Viagem, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 655, por proveniência do artigo rústico 3.209 da freguesia da Batalha, com o valor patrimonial IMT de € 260,40, a que atribuem igual valor. Que o prédio veio à sua posse por doação verbal de Manuel Lopes e es-

Seus filhos: Armindo, Joaquim e Mª Emília, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada. A todos, muito obrigado. “ Aqueles que amamos nem sempre estão junto a nós, mas nunca saem do nosso coração” Tratou: Funerária Santos & Matias L.da – Batalha

Pedro José Meneses Monteiro

CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRO Certifico para fins de publicação, que por escritura de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia cinco de abril de dois mil e dezasseis, exarada a folhas cento e trinta e três a folhas cento e trinta e quatro verso do Livro de Notas para “Escrituras Diversas” Trezentos e Trinta e Dois — A:

AGRADECIMENTO Seus filhos: Joaquim da Silva Oliveira, Carlos da Silva Oliveira, Mª Arminda da Silva Oliveira Ferreira, noras, genro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “ Permanecerás viva nos nossos corações. Descansa em paz.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

posa Maria Júlia da Piedade, residentes que Bico Sacho, Golpilheira, Batalha, doação essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta e oito, já no seu estado de casados. Que, não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, por força daquela compra verbal, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, pagaram os respetivos impostos, gozaram todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivaram-no, colheram os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o ostensivamente e sem oposição de quem quer que seja, posse essa de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados. Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. A colaboradora, (Sandra Marisa Guerra da Silva Oliveira) Jornal da Batalha, Edição 309, de 14 de Abril de 2016


B

A fechar

Inscrições abertas para a maratona em BTT A 10ª edição da Maratona do Centro em bicicleta todo-o-terreno (BTT), com organização e promoção da responsabilidade da Airbike – Associação de ciclismo, decorre na Batalha no dia 15 de maio. As inscrições, no site www.airbike.net, custam 16 euros e encerram às 24 horas de 8 de maio.

ABRIL 2016

m O Presidente da República presidiu, no Mosteiro da Batalha, às cerimónias de Comemoração do Dia do Combatente O Presidente da República presidiu, no Mosteiro da Batalha, no dia 9 deste mês, às cerimónias de comemoração do Dia do Combatente, ao 98.º aniversário da Batalha de La Lys e à 80.ª romagem ao Túmulo do Soldado Desconhecido, onde depositou uma coroa de flores. Na sua intervenção, perante as forças em parada,

Marcelo Rebelo de Sousa realçou o vínculo dos militares portugueses à luta “pela Pátria, paz e liberdade”, recordando que Portugal nasceu há quase 900 anos “no regaço dos soldados”. “Nada nem ninguém fará vacilar a nossa vontade de lutar pelas causas da Pátria, da paz, da liberdade, da democracia e da dignidade da pessoa humana”, disse o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, enaltecendo a ação dos militares portugueses em diversos teatros de operações, em missões internacionais, “defendendo a paz e o direito internacional” quando “novos

Foto: Presidência da República

“Ninguém fará vacilar a nossa vontade de lutar pelas causas da Pátria”

p O Presidente da República enalteceu o papel dos militares paradigmas” se apresentam à sua eventual intervenção no campo de batalha. Marcelo Rebelo de Sousa destacou as “novas ameaças” à paz no mundo e disse

que “a formação, os valores e os princípios dos combatentes se mantêm fiéis aos princípios doutrinários que sempre caracterizaram” os militares portugueses.

“Se os adversários da liberdade e da tolerância contam com o temor, com a intimidação, com a hesitação ou com a dúvida da nossa parte, desenganem-se”, acentuou

o Presidente da República, convicto que “o crescente protagonismo” do país “no cenário internacional em transformação” e o seu “compromisso com a paz e o multilateralismo em vários continentes” prestigia a imagem de Portugal no mundo. Marcelo Rebelo de Sousa participou na missa de sufrágio pelos combatentes falecidos, celebrada pelo bispo Manuel Linda e assinou o livro de ouro da Liga dos Combatentes, no Museu das Oferendas, onde agora está também exposta a última Bandeira Nacional hasteada em Macau.


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