JORNAL DA BATALHA AGOSTO 2016 by Jornal Batalha

W pág. 11

Especial Festas da Batalh1a pág. 7 a 1

Concelho à conquista do turismo religioso

Batalha

W pág. 12 e 13

Beleza de rainha voltou ao mosteiro W pág. 19

Oito melhores empresas rendem mais 7,7 milhões W pág. 21

Quatro famílias fazem peça de teatro no museu

Foto: Rui Gouveia

W pág. 16

Autarca pede consideração na homenagem a Mouzinho Publicidade

Opinião Espaço Público

agosto 2016

Jornal da Batalha

Baú da Memória 14 de Agosto Divino é o dia que nasce contrário aos medos, sagra heróis, sacraliza as espadas, e divina a vitória que é a da razão, promete o futuro e prenuncia a maior gesta universal. Fosse o desígnio de Deus adverso, como se cumpriria Portugal e a que povo, ungido da Missão, competiria desbravar o Universo?

É estranho, é lamentável e é extremamente perigoso o esquecimento dos ensinamentos da História sobre a independência das Pátrias e as possibilidades, que só ela proporciona, da afirmação, das realizações e da realização dos Povos. Sem a decisiva vitória de Aljubarrota, inteligente, hábil e esforçadamente alcançada pelos nossos antepas-

sados em 14 de Agosto de 1385, Portugal ter-se-ia desintegrado na Espanha. Não seria então, o nosso povo a ter a primazia dos Descobrimentos, a empreender a maior, senão a única epopeia dos tempos modernos e a inaugurar a nova Idade, a Idade do encontro dos dois hemisférios, abrindo-os ao conhecimento mútuo.

Sem a vitória nos campos de S. Jorge, não existiria uma das maravilhas mundiais da Arte, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, nem os Jerónimos, nem a Torre de Belém. A Língua Portuguesa, hoje um dos idiomas com maior número de falantes espalhados pelos cinco continentes e veículo de uma das mais brilhantes literaturas, ter-se-ia

vergado à espanholização, que se seguiria à nossa derrota, numa altura em que ainda muitos dos nossos valores estavam por consolidar, e um Camões não teria motivos para a sua obra heróica. E o que celebraria Fernando Pessoa numa sua outra “Mensagem”? A lição de Aljubarrota devia ser aprendida nas Escolas e em cada 14 de Agosto

os pais deviam levar os filhos a S. Jorge e ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória e explicar-lhes o que aconteceu naquele já longínquo dia, o que dele resultou e a importância que tem a Independência total de um País para a realização plena do seu povo. A gravura oitocentista, que se reproduz, dá-nos uma ideia de como era,

aproximadamente, a capela da Senhora da Vitória, mas também conhecida pela capela de S. Jorge, no século XIX. Como se sabe, este templo foi mandado erguer pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira no local da memorável batalha. José Travaços Santos

s Conversas da Mariana Por Mariana Lopes

À conversa com as palavras Às vezes, quando se achega esta altura do mês, é-me difícil gatafunhar umas conversas à maneira para mais uma coluna a ser preenchida neste jornal. Não que me falte assunto, tenho muitos, mas faltamme antes as palavras. E as palavras existem, eu conheço-as, elas andam por aí, soltas. Mas passa-se que às vezes cruzam os braços e

ficam meio rabugentas, modos que se torna difícil aliciá-las e tentar norteá-las até mim. Até nós. Nestas situações fica-se um pouco atónito e petrificado, sem saber ao certo o que fazer. Quer-se prosseguir caminho, mas sem elas torna-se difícil e acaba por se criar um emaranhado de rabiscos, que pouco significam. Depois de muito recla-

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;

mar sem que ninguém nos acuda, agente desfaz o que concebemos, e começamos do zero sem nos rendermos, porque o amor é tanto. E às vezes pergunto-me no meio de tanto apagar e rescrever, se isto é afinal uma questão de jeito ou de labuta? Eu diria que de nenhuma das duas, é mais uma questão de compromisso e de perdição. Escrever é ficar-se nu

António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440) Redação e Contactos

e exposto. É ser-se genuíno e por isso vulnerável. Mas não se enganem, escrever é muito prazenteiro, e sem lhe conhecer bem o motivo, sei apenas que sabe bem. Como um mergulho em dia tórrido ou um abraço carregado de saudade: deixa um rasto de deleite simpático por dentro. Mas tem dias em que elas aparecem, como hoje,

Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos)

bem bonitinhas e arranjadas como em dia de festa. E agente agradece-lhes a visitinha. “Com licença e até à próxima” – dizem, com o seu jeito bem cortês. E eu grito-lhes de longe – “até ao mês que vem, minhas caras”. Assim permaneço, solitária e saudosa, à espera que regressem.

Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda.

Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt

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Espaço Público Opinião

_ Editorial

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

A União Europeia no seu melhor A União Europeia (UE), como foi agora dado a conhecer, prepara-se para suspender a transferência de alguns fundos comunitários para Portugal e Espanha. Fundamenta esta decisão com o incumprimento da meta de 3% do défice entre 2013 e 2015, bem como com o aligeirar das medidas de austeridade em 2016. A meta dos 3% de défice não é nova nas regras do tratado orçamental e já foi objeto de incumprimento mais de 100 vezes, por diversos países, nunca tendo sido aplicada qualquer sanção até ao presente. Aqui chegados, cabe perguntar: com amigos destes, quem precisa de inimigos? Claro está que temos uma dívida monstruosa que, por via dos juros quase a roçar a usura, continua a aumentar. Alguns de nós trataram de a fazer, mas todos temos que a pagar. Também será pacífico que não podemos continuar a permitir que a dívida aumente e, logicamente, se o défice não for controlado e reduzido a dívida continuará a aumentar. Logo a situação tem que ser invertida. Não devemos esquecer que o défice em 2013 e 2015 não foi cumprido, não obstante o país te seguido à risca as orientações e os modelos que a UE, o BCE e

o FMI nos obrigaram a implementar. Perante isto, com que legitimidade vêm agora impor sanções a quem seguiu a sua cartilha de régua e esquadro? Não faz sentido! Por outro lado ainda, se o argumento passa pelo facto deste Governo ter aligeirado as medidas de austeridade, deveriam esperar pelo menos até saírem os resultados da execução orçamental de 2016, para se saber se o défice foi ou não cumprido. Todos sabemos que não será nada fácil cumprir, mas esperemos mais um pouco! Aceitaria sem reservas as sanções previstas nos tratados se as regras tivessem sido sempre cumpridas e com um aviso prévio razoável. Nunca desta forma, em que se penaliza desconhecendo se as metas de 2016 serão ou não alcançadas. Incompreensível e inaceitável. Tudo isto resulta de tratados mal estudados e preparados, ou não, e ainda pelo facto de estarmos a ser governados em sede de UE por uma enorme quantidade de eurocratas, muito bem pagos e com imensas mordomias, e talvez por isso completamente afastados da vida real da generalidade dos cidadãos. Tomar este tipo de medidas, suspensão dos pagamentos dos

fundos comunitários em relação a países em dificuldades, como e o nosso caso, terá exatamente o impacto inverso daquele que a UE deveria querer para Portugal, ou seja, que reduzíssemos o défice e pagássemos a dívida. Mas será que não é mesmo intencional? Dá jeito aos maiores e mais ricos países europeus que países como Portugal, Espanha, Irlanda, Grécia e Itália tenham dívidas monstruosas. Porquê? Porque continuam a pagar milhares de milhões em juros quando vão aos mercados e cobram-lhe juros a taxa zero ou a taxas negativas. Logo, o corte dos fundos comunitários aumentará a necessidade de financiamento do país e o pagamento de mais juros, aos mesmos. Grande ciclo vicioso, mas que muito jeito dá a alguns. No que respeita aos governos e a sua gestão orçamental, se o incumprimento do orçamento não for claramente motivado por razões totalmente imprevistas, no momento da preparação do orçamento deveriam ser fortemente penalizados os seus executores, para não repetirem a asneira. No que concerne aos gestores bancários e aos titulares de créditos incobráveis de elevados montantes, que também deram uma enorme ajuda para o aumento

Carlos Ferreira Diretor

Esquecer o essencial

da nossa dívida, deveria fazerse apenas o que os EUA fizeram com Madoff. Em seis meses preparam o julgamento, julgaram, condenaram e arrestaram todo o seu património, da família e de todos os que colaboraram na enorme burla financeira por ele perpetrada. Por fim, temos que ter consciência que não podemos gastar mais do que a riqueza gerada pelo país e o mais certo será que qualquer dívida superior a 50% da riqueza se torne a breve prazo totalmente incontrolável, e a nossa já vai em 130%. Será bom que sejamos governados por quem olhe primeiro para os interesses do país e dos seus cidadãos.

Y cartas

A nossa língua em crise A língua portuguesa está em crise profunda. Os gritos de alarme estão cada dia mais presentes e são cada vez mais continuados. Existe perigo. As novas tecnologias, apontadas como as causadoras da destruição das línguas mundiais, entre as quais a portuguesa, têm grande impacto nos jovens. E os nossos jovens, com culpa dos seus pais e das escolas, estão, sem se aperceber desta grave situação, no caminho para aniquilar um dos valores supremos da estrutura dos países, no caso de Portugal a sua língua de Camões.

Não queremos, mesmo com a nossa longa idade, provocar continuadamente a discussão sobre o perigo iminente de uma das nossas maiores riquezas estar a afundar-se. Por vezes, entendemos os nossos familiares e amigos ao não darem importância ao problema, uma vez que os nossos meios de comunicação social, em particular as televisões, também não dão qualquer importância a este assunto sério, nacional e internacional. Em tudo o que é sítio, os cartazes particulares e públicos, em especial os de muitas câmaras municipais, as informações so-

bre as atividades culturais, oficiais ou históricas, são dadas em línguas estrangeiras, em especial na língua inglesa. É estranho e falta da responsabilidade, pois aqueles escritos rebaixam o valor histórico do português que o nosso poeta Luís de Camões lhe deu e nos uniu ao longo dos séculos. Naturalmente, com o desenvolvimento industrial e tecnológico no mundo, por exemplo das novas tecnologias de transmissão, as línguas naturais correm mais riscos de sofrer alterações, muitas das quais prejudiciais e evitáveis.

Comendador José Batista de Matos Paris

Há alturas em que nos esquecemos do essencial. E, verdade de la palice, acontece por regra quando nos preocupámos, pelo menos em algum momento, com pessoa ou coisa dispensável. Não sei qual foi a pessoa ou coisa concreta que, em julho, decidiu desviar a minha atenção de molde a fazer-me sentir agora como o equilibrista cujo pé pisou em falso a cem metros de altura. A verdade é que, cumprindo o Jornal da Batalha em julho o 26º aniversário – este era, aliás, o tema central da edição – esqueci-me por lamentável razão, seja qual for, de chamar às letras impressas aqueles que mensalmente connosco colaboram, sem os quais a caminhada seria bem mais difícil ou mesmo impossível. Quero, portanto, agradecer aos nossos Leitores, Anunciantes e Colaboradores, o empenho com que têm ajudado a construir o Jornal da Batalha. E estes dois meses, julho e agosto, em que publicamos edições especiais, são um bom exemplo dessa colaboração permanente, porque obrigam a novas rotinas e pedidos. Um abraço a cada um. Obrigado. E por falar em agosto, estão aí as festas. Uma altura de alegria, de reencontros e de recordações. E um tempo também de homenagem aos cinco mil emigrantes da Batalha espalhados pelo mundo. Nesta edição dedicamos cinco páginas especiais às festas da Batalha e imprimimos também as notícias sobre os principais acontecimentos do último mês no concelho. Uma das mais importantes respeita às maiores empresas instaladas na Batalha, que aumentaram o volume de negócios em 7,7 milhões de euros nos últimos dois anos. É um bom sinal. E há também uma empresa batalhense de videojogos que é notícia por causa do... Reino Unido e da União Europeia. Boas festas, boas férias! Até setembro.

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Jornal da Batalha

Atualidade

Pedreira ilegal revolta cĂ˘mara e moradores m Embargados trabalhos de remodelaĂ§ĂŁo de terrenos e de abertura de um caminho para acesso Ă exploraĂ§ĂŁo

A CĂ˘mara da Batalha anunciou no dia 18 de julho que solicitou Ă DireĂ§ĂŁoGeral de Energia e Geologia (DGEG) â&#x20AC;&#x153;esclarecimentosâ&#x20AC;? sobre uma pedreira em Casal do Gaio, Torre, e â&#x20AC;&#x153;determinou o embargo da abertura de um caminho sem

licenĂ§a municipalâ&#x20AC;?. A decisĂŁo do municĂpio resulta da â&#x20AC;&#x153;ausĂŞncia de documentaĂ§ĂŁo e o desenvolvimento de trabalhos sem a competente autorizaĂ§ĂŁo administrativaâ&#x20AC;?, refere a autarquia em comunicado, â&#x20AC;&#x153;exigindo daquela entidade uma urgente atuaĂ§ĂŁo em conformidade de acordo com o disposto legalmenteâ&#x20AC;?. A denĂşncia surgiu de um grupo de moradores da Freguesia do Reguengo do Fetal que, a 11 de julho, enviou comunicaĂ§Ăľes a diversas entidades. O â&#x20AC;&#x153;Grupo Alargado de CidadĂŁosâ&#x20AC;?, representado

por Fernando Breda, mandatou ainda um advogado de Coimbra para estudar a viabilidade de apresentar uma queixa, no MinistĂŠrio PĂşblico, contra as entidades com responsabilidades no caso. O municĂpio â&#x20AC;&#x153;solicitou a aplicaĂ§ĂŁo de medidas cautelares, nomeadamente junto da ASAE, entidade competente para determinar as providĂŞncias quando existe um risco grave para o ambiente ou a violaĂ§ĂŁo do cumprimento das normas legais em vigor para a pesquisa e exploraĂ§ĂŁo de massas mineraisâ&#x20AC;?.

FERRAGENS FERRAMENTAS FECHADURAS DE ALTA SEGURANĂ&#x2021;A CĂ&#x201C;PIAS DE CHAVES Rua D. Filipa de Lencastre, N.Âş 7 A 2440-116 BATALHA 5FM t 'BY & NBJM HFSBM!GFSSBHFOTEPMFOB QU XXX GFSSBHFOTEPMFOB QU

p Aspeto da pedreira ilegal situada em Casal do Gaio O municĂpio â&#x20AC;&#x153;exige uma atuaĂ§ĂŁo rĂĄpida das entidades envolvidas com responsabilidade no licenciamento deste tipo de pesquisas e exploraĂ§Ăľes (fora do Ă˘mbito municipal), das empresas exploradoras, porquanto o interesse pĂşblico e a defesa

da legalidade devem ser observadosâ&#x20AC;?, explica o presidente da cĂ˘mara, Paulo Batista Santos. â&#x20AC;&#x153;Esta questĂŁo nĂŁo serĂĄ de forma nenhuma politizada, pois nĂŁo queremos que resvale do domĂnio tĂŠcnico para o polĂtico. Ă&#x2030; sensĂvel

e recomenda alguma prudĂŞncia, sendo o Ăşnico objetivo da populaĂ§ĂŁo preservar os seus direitos e ver salvaguardado o interesse pĂşblico, no estrito cumprimento da leiâ&#x20AC;?, adianta, por seu lado, Fernando Breda.

Batalha Atualidade

Jornal da Batalha

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Saída do Reino Unido inspira batalhenses a fazer videojogo m Estúdio independente cria jogos para dispositivos móveis, como tablets e smartphones, mas também quer apostar nos PC e consolas

Uma empresa de desenvolvimento de jogos para dispositivos móveis (telemóveis e tablets), com sede na Batalha, acaba de lançar no mercado gratuitamente o “Mr Brexit”, inspirado no referendo que conduziu à saída do Reino Unido da União Europeia. O videojogo, concebido pela empresa fundada em 2014 por Paulo Cristo, de 39

p Paulo Cristo é o autor do videojogo “Mr. Brexit” anos, residente da Batalha (natural de Rio de Moinhos, Évora) está disponível na loja online ‘Google Play’. A PC Dreams Software foi lançada pelo antigo aluno do curso de Engenharia Informática da ESTG, do Instituto Politécnico de Leiria. A sua mulher, Andreia Ri-

beiro, de 35 anos, natural de Alcanadas, licenciada em Educação Social também pelo IPleiria, desenvolve as áreas de marketing e comunicação. “Trata-se de um estúdio independente de desenvolvimento de videojogos, sobretudo destinados a dispo-

sitivos móveis, como tablets e smartphones, embora no futuro pretenda apostar igualmente em jogos para PC ou consolas. Até ao momento lançámos sete títulos distribuídos para as plataformas Android, IOS, MAC OSX e Windows”, conta Paulo Cristo.

“Normalmente, os jogos têm um certo tom relaxado e cómico, embora o próximo título (nome provisório é “A night In The Woods”), tenha uma tónica mais sombria e elementos de terror”, adianta. Quanto ao “Mr. Brexit” encontra-se disponível a

versão para Android e a versão para IOS deverá ser lançada nas próximas semanas. “É uma divertida paródia e ao mesmo tempo uma crítica social sobre o drama do Brexit. Trata-se de um jogo de plataformas 3D em que a personagem, tipicamente britânica, procura fugir a todo o custo da perseguição efetuada pela União Europeia em modo diabólico, saltando de bloco em bloco, tendo como pano de fundo o mapa da Europa onde começam a proliferar alguns muros. Pelo caminho terá de evitar os restantes países da UE que tudo farão para que a fuga termine quanto antes”, conta Paulo Cristo. Link para download do jogo: https://goo.gl/voEaFv

ACORDOS: ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.. ......sábado - manhã Oftalmologia .............................................................. Dr. Joaquim Mira ........................................... sábado - manhã Dra. Matilde Pereira ..........quinta-tarde/sábado - manhã Dr. Evaristo Castro..................................................terça - tarde Ortoptica ....................................................................... Dr. Pedro Melo ................................................. sábado - manhã

Pediatria ........................................................................ Dra. Carolina Cordinhã ............... quarta/sábado - manhã Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia ............................................ Dr. José Bastos ......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas..........................................................................................................................................quarta - tarde Nutrição Clínica ........................................................ Dra. Rita Roldão ............................................. sábado - manhã Terapia da Fala .......................................................... Dra. Débora Franco .....quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura .............. Tec. Acácio Mariano ...........................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Outras Especialidades: Clínica Geral ................................................................ Dr. Vítor Coimbra .................................................quarta - tarde Medicina Interna...................................................... Dr. Amílcar Silva ......................................................terça - tarde Urologia ......................................................................... Dr. Edson Retroz .................................................. quinta - tarde Dermatologia ...................................................Dra. Mª Inês Coutinho .......................................quinta - tarde Cirurgia Plástica ....................................................... Dra. Carla Diogo ......................................................terça - tarde Cardiologia .................................................................. Dr. David Durão..........................................................sexta-tarde Electrocardiogramas .............................................................................................................. segunda a sexta - tarde Neurologia ................................................................... Dr. Alexandre Dionísio ........................................ sexta - tarde Neurocirurgia ............................................................ Dr. Gustavo Soares ...............................terça / quinta - tarde Psicologia Clínica ................................................... Dra. Carolina Malheiro ................................ sábado - manhã Psicologia Educacional/vocacional ..........Dr. Fernando Ferreira .......................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos ............................................. Dr. Fernando Ferreira .......................... quarta/sexta - tarde Psiquiatria ................................................................... Dr. José Carvalhinho .................................... sábado - manhã Pneumologia/Alergologia ................................. Dr. Monteiro Ferreira . quarta - tarde / sábado - manhã Ginecologia / Obstetrícia.................................... Dr. Paulo Cortesão ......................................... segunda - tarde Ortopedia ..................................................................... Dr. António Andrade .....................................segunda - tarde Endocrinologia ......................................................... Dra. Cristina Ribeiro .......................segunda / terça - tarde

Medicina Dentária Dra. Ângela Carreira Terça / quarta / quinta - tarde / sábado - manhã

Dr. Evandro Gameiro Segunda / sexta - tarde

Implantologia Cirurgia Oral Ortodontia Rx-Orto Telorradiografia Próteses Dentárias

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ESPECIAL FESTAS DA BATALHA

Espetáculos gratuitos para 50 mil pessoas

A IX Mostra das Atividades Económicas, com exposição de viaturas, máquinas agrícolas e produtos locais; uma zona de diversões, a tenda eletrónica com DJ, a 31ª Gala Internacional de Folclore, os Xutos e Pontapés, José Cid, The Gift e Dengaz, e a gastronomia tradicional são algumas das boas razões para visitar a Batalha no dia 6 ou de 12 a 15 deste mês. Todos os espetáculos têm entrada gratuita. Para quem gosta de desporto, há torneios de futebol, a prova de atletismo “Batalha Jovem”, uma caminhada, o Grande Prémio de

Atletismo Mestre de Avis e xadrez. A câmara da Batalha investiu 150 mil euros na organização das festas de agosto, 100 mil dos quais destinados a assegurar os espetáculos. Há ainda alguma despesa interna do município, relacionada com meios logísticos disponibilizados em parcerias e às associações. A expetativa do município é que 50 mil pessoas participem nos cinco dias de festa.

Especial Festas da Batalha

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Jornal da Batalha

Desde o folclore aos Xutos e Pontapés passando pela gastronomia regional m As receitas das tasquinhas resultam numa das melhores formas de financiamento das associações do concelho O programa das festas da Batalha é muito abrangente. Para os mais novos, atua Dengaz, no dia Internacional da Juventude, e para sucessivas gerações de portugueses o programa reservou a atuação de José Cid. Os Gift e os Xutos e Pontapés, que preenchem duas noites das festas, também dispensam grandes comentários. Antes dos quatro dias de festa, decorre a Gala Internacional de Folclore, no dia 6 deste mês, um momento de grande relevância para a

p Muita música e gastronomia animam as festas etnografia, a cargo do Rancho Folclórico Rosas do Lena, o melhor guardião da cultura folclórica da Alta Estremadura. Atuam o Gaitilena, Rosas do Lena, gru-

pos folclóricos de Arcozelo (Vila Nova de Gaia), Etnográfico Boa Vista (Portalegre), Grupo Modeno (São Tomé e Príncipe) e grupos da Turquia e Roménia.

Quanto às tasquinhas, uma dezena no total, têm este ano mais espaço para receber os visitantes. A gastronomia regional vai estar, mais uma vez, em des-

TASQUINHAS TRADICIONAIS XXXI GALA INTERNACIONAL DE FOLCLORE

www.cm-batalha.pt

taque. As receitas resultam numa das melhores formas de financiamento das associações culturais, desportivas e recreativas do concelho, que organizam as tas-

quinhas. Os visitantes tem, portanto, pelo menos duas boas razões a fazer uma refeição no recinto. Aliás, são precisamente duas associações as responsáveis pela exploração da tenda eletrónica, mais direcionada ao público jovem; que neste caso são menos do que na FIABA - Feira de Artesanato da Batalha, por ser altura de férias e mais difícil mobilizar voluntários para este tipo de iniciativas. O Convívio Anual dos Emigrantes do Concelho da Batalha também volta a decorrer este ano no recinto das festas, mantendo uma maior proximidade entre os residentes os que vêm do estrangeiro nesta altura do ano. No total, o almoço, pelas 13 horas de domingo, dia 14, reunirá mais de 250 pessoas.

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Especial Festas da Batalha

agosto 2016

Recinto precisa de mais espaço para responder à maior procura m As tasquinhas ganharam esplanadas mais amplas e ficaram de fora empresas por falta de capacidade da mostra de atividades económicas O espaço destinado à mostra de atividades económicas, produtores locais e às tasquinhas presentes nas festas de agosto poderá ser ampliado em breve para responder à procura e criar melhores condições para os participantes e público. As tasquinhas já têm este ano esplanadas maiores e a procura de empresas para a mostra foi superior à oferta. A solução passa pela requalif icação do antigo campo de futebol, onde

agora decorrem as feiras, cuja contratualização se previa que ficasse concluída na última semana de julho. O novo espaço, multi funcional, será um parque de eventos, mais agradável que o atual e com capacidade para acomodar mais componentes da festa de agosto, nomeadamente os produtos locais e as atividades económicas. A autarquia considera “muito importante” que os equipamentos municipais, durante o período mais intenso de festas, sejam também uma possibilidade para os comerciantes e os empresários potenciarem as suas atividades. “Queremos dar a nossa ajuda. O negócio dos comerciantes, dos produtores locais é, naturalmente, economia para o nosso concelho. Costumo dizer que

p A mostra de atividades económicas esgotou o espaço disponível os bons números que, felizmente, o concelho da Batalha tem, quer ao nível do desemprego, quer ao nível da produtividade, a capacidade de instalação de novas

p O espaço da atual feira de diversões vai ser requalificado

empresas, é mérito dos empresários, das pessoas com capacidade de investir. O papel da câmara é de facilitador e no sentido de criar oportunidades. E as festas

também têm esse papel”, diz o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Precisamente no sentido de potenciar os negócios e a capacidade das empresas

locais, o dia 15 de agosto termina com um espetáculo piromusical desenvolvido por uma unidade familiar do concelho, a Pirotecnia Batalhense.

Especial Festas da Batalha

agosto 2016

Município distingue nove personalidades e instituições

Jornal da Batalha

Programa 6 AGO | SÁBADO - LARGO DO CONDESTÁVEL XXXI Gala Internacional de Folclore 21h30 | Gaitilena /Rancho Folclórico Rosas do Lena (Batalha)/ Grupo Folclórico Arcozelo (Vila Nova de Gaia)/Grupo Folclórico Etnográfico Boa Vista (Portalegre)/Grupo Modeno (São Tomé e Príncipe)/Grupo da Turquia/Grupo da Roménia 12 AGO | SEXTA-FEIRA CAMPO DE FUTEBOL ANTÓNIO GOMES VIEIRA 18h30 | Abertura da XI Mostra das Atividades Económicas 20h00 | Animação Musical com Licínio e Leonel 22h00 | Concerto com DENGAZ 00h00 | Tenda Eletrónica DJ David Souza e DJ RIDE 13 AGO | SÁBADO 18h30 | Torneio de Futebol 11 Masculino Inter-freguesias “São Nuno de Santa Maria” 20h00 | Animação Musical com Célia e Luís Torneio de Futebol 11 Masculino “São Nuno de Sta Maria” 22h00 | Concerto com JOSÉ CID 00h00 | Tenda Eletrónica Deejay AC e DJ EDDIE FERRER

p A cerimónia decorre nas Capelas Imperfeitas, como em 2015

m A Assembleia da República, o pároco José Gonçalves e o diretor do mosteiro, Joaquim Ruivo, são alguns dos medalhados

A câmara da Batalha decidiu atribuir medalhas de mérito municipal e de cultura e mérito desportivo a nove pessoas e entidades, que recebem as distinções nas cerimónias do Dia do Município, domingo, 14 deste mês. A Medalha de Honra do Concelho da Batalha será entregue à Assembleia da República, “pelos serviços relevantes prestados ao município, designadamente pela decisão unânime em reconhecer o estatuto de

Panteão Nacional ao mosteiro, de que resulta maior renome para o concelho, maior benefício e honra em especial para o mosteiro”. A Medalha de Mérito Municipal (Grau ouro) foi atribuída ao padre José Ferreira Gonçalves, de 75 anos, 35 dos quais ao serviço da paróquia da Batalha, que celebra a 15 deste mês as bodas de ouro sacerdotais. A distinção é-lhe atribuída porque “assistiu e foi parte ativa no percurso de vida cristã de diferentes gerações de batalhenses, tendo presidido a muitos dos seus sacramentos; e por ter vivido, enquanto pároco, diferentes e importantes momentos determinantes para o desenvolvimento económico, social e cultural”. O Instituto Politécnico de Leiria também recebe a Medalha de Mérito Municipal (Grau ouro).

A Medalha de Mérito Municipal (Grau prata) foi atribuída a José Vieira dos Reis, ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha; Carlos Alberto Gonçalves, deputado à Assembleia da República; Joaquim José Pereira Ruivo, diretor do Mosteiro de Santa Maria da Vitória e Luís Miguel Faustino Novais, diretor do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB). O diretor do mosteiro é distinguido porque, no “âmbito das suas funções, tem sabido criar uma notória dinâmica cultural do monumento, acolhendo e proporcionando diferentes projetos direcionados para diferentes públicos, quer em idade quer em opções culturais” e pela “sua sempre pronta disponibilidade para colaborar com a autarquia, na dinamização de diferentes projetos envol-

vendo o monumento património da humanidade”. O diretor do AEB recebe a Medalha de Mérito Municipal (Grau prata) porque “tem sabido, junto com a sua equipa, projetar o AEB para um excelente lugar no ranking das escolas do país que melhores resultados apresentam” e pela “cooperação leal e competente que sempre colocou no processo de autonomia escolar e de descentralização que partilha com a câmara”. A Medalha de Cultura e Mérito Desportivo (Grau prata) será entregue à comissão organizadora da 25ª edição do Jantar Convívio dos Batalhenses em Paris, representada por Rafael Matos e David Monteiro, e a Medalha de Assiduidade e Bons serviços (Grau cobre) caberá a Ivone Ferreira Tomás, por 16 anos ao serviço na autarquia.

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Jornal da Batalha

Especial Festas da Batalha

agosto 2016

“Queremos incrementar a oferta ao nível do turismo religioso” “As festas foram pensadas no contexto da valorização das relações locais, mas este ano também colocámos muito empenho em que tivessem visibilidade externa, de forma a que quem visita o nosso país e o Mosteiro da Batalha possa beneficiar do nosso programa”

m A câmara da Batalha quer aproveitar a vinda do Papa a Fátima para atrair mais peregrinos e turistas ao concelho. O presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, explica nesta entrevista qual é a estratégia a seguir e fala-nos também das festas municipais

O que destaca nas festas deste ano? Estas festas são, do ponto de vista simbólico, muito focadas na diáspora batalhense e na distinção de Panteão Nacional concedida ao mosteiro. Na parte mais lúdica, a nossa preocupação foi programar umas festas de agosto transversais: que agradem tanto aos mais novos, como aos mais idosos, à generalidade da população, enquanto festas verdadeiramente municipais, sem perder o ponto de vista turístico e económico. As festas incluem o Dia do Município, do ponto de vista institucional o mais relevante, mas como somos um território de turismo, felizmente cada vez com maior crescimento, também estamos muito focados neste sector. Para isso é importante a promoção? As festas foram pensadas no contexto da valorização das relações locais, mas este ano também colocámos muito empenho em que tivessem visibilidade externa, de forma a que quem visita o nosso país e o Mosteiro da Batalha possa beneficiar do nosso programa, pela sua riqueza, pela sua diversidade; atraindo mais economia para o concelho. É evidente que as festas não têm de dar lucro à câmara, mas têm de se traduzir em economia para o concelho.

“O Governo abriu este precedente [reduzir o valor das portagens nalgumas auto-estradas do interior], e bem, do meu ponto de vista, e fui informado que está a analisar o problema da A19 com o mesmo rigor”

p O presidente da câmara defende vantagens da cooperação com a CCILF A estratégia tem sido de diversificação. Há alguma nova área para breve? Queremos incrementar a oferta turística, importante, ao nível do turismo religioso. O próximo ano é particularmente importante, pela vinda de Sua Santidade o Papa a Fátima e pela nossa proximidade. Por isso, estamos a desenhar um programa, em colaboração com os escuteiros, o Santuário de Fátima e a nossa comunidade ca-

tólica, com um conjunto de respostas e de ofertas de estadia e de eventos, procurando que as pessoas, nomeadamente as que percorrem os caminhos de Fátima traçados no concelho, possam ver a Batalha como um sítio de acolhimento e de turismo. É um ano muito importante, porque o fenómeno de Fátima não se esgotará no dia da vinda do Papa. Há um conjunto de eventos que se prolongam durante o ano.

p As tasquinhas são sempre uma das áreas em destaque

Mas é uma programação com aspetos culturais, religiosos… É uma programação desenhada com respostas de natureza cultural, religiosa, de acolhimento, oferta de produtos da natureza ou de gastronomia, por exemplo. É, entre outros aspetos, muito importante que as igrejas estejam abertas e visitáveis, porque temos património fantástico em todas as freguesias. A igreja da Golpilheira recebeu o al-

tar que estava na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, criando mais uma ligação entre o concelho e Fátima. A igreja matriz está aberta, visitável para as pessoas e isso deve-se à boa colaboração entre a paróquia e as autarquias locais e queremos que isso seja replicado no resto do concelho. Quem quiser visitar uma igreja deve poder ter um programa de visitação e vamos incentivar as juntas a envolverem-se neste projeto. Como está a Associação da Diáspora Batalhense? Esse projeto não é municipal, foi desenhado e apoiado pelo município, mas deseja-se que seja liderado e conduzido pela nossa comunidade de emigrantes. Há um conjunto de jovens mais dinâmicos e mais disponíveis (não que os mais antigos não o fossem) liderado por David Monteiro, em princípio com Rafael Matos. Há um grupo de emigrantes disponível para integrar os órgãos da associação e levar o projeto a bom porto. Se tudo correr bem, os eventos a realizar em 2017, na Batalha e em França, já serão organizados pela associação.

E como está a relação com Câmara de Comércio e de Indústria Luso-Francesa (CCILF)? As coisas têm corrido muito bem. A CCILF tem estado muito ativa no apoio aos nossos empresários e há, seguramente, uma boa meia dúzia que, neste último ano, beneficiaram com o nosso apoio de mediação e do apoio, através da incubadora e outros meios, que a CCILF coloca à disposição das empresas da Batalha. Esta cooperação envolveu empresas dos sectores da pedra, mobiliário e de materiais de construção. Desiludiu-o não haver já redução no valor das portagens da A19? Não, pelo contrário. Eu vejo sempre oportunidades nos desafios. É uma oportunidade porque significa que o Governo está disponível para avaliar a questão da A19. O Governo abriu este precedente [reduzir o valor das portagens nalgumas auto-estradas do interior], e bem, do meu ponto de vista, e fui informado que está a analisar o problema da A19 com o mesmo rigor. Mas há questões pendentes, como a negociação entre o Governo e a concessionária.

Batalha Atualidade

Orgulho

agosto 2016

Jornal da Batalha

Jovem de Gondomar conquista Miss Portugu junto ao mosteiro m “O sonho tornou-se

Viagens únicas por uma região que nos une. Grandes reportagens em revistas para ler e guardar.

líder de audiências desde 1935 www.regiaodeleiria.pt

p Cristiana Viana coroada pela sua antecessora

Rui Gouveia

Uma moldura constituída por centenas de pessoas acolheu a gala de eleição da Miss Portuguesa 2016, que decorreu no largo do Condestável, entre a estátua de Nuno Alvares Pereira e o mosteiro, na noite de 30 de julho. O título mais importante foi entregue à jovem Cristiana Viana, de 19 anos, de Gondomar, que assim representa Portugal no concurso Miss World 2016, em Washington (EUA). O título de 1ª Dama foi entregue a Ana Bomfim, de 25 anos, da Madeira, também Miss Elegância, que levará as cores nacionais ao Miss Grand International, em Las Vegas (EUA) e o troféu de 2ª Dama coube a Carina Caldeira, de 20 anos, igualmente da Madeira, que representa o nosso país no Miss Tourism International, na Malásia. A organização do Miss Portguesa atribuiu ainda os títulos Miss Desporto a Rafaela Lopes, de 16 anos, de Torres Vedras; Miss Fotogenia a Carolina Monteiro, de 16 anos, de Ourém; Miss Talento a Ana Batista, de 19 anos, de Grândola, e Miss Popularidade a Vanessa Sousa, de 19 anos, da Madeira. No final, a nova Miss Portuguesa estava visivelmente satisfeita: “O sonho tornouse realidade. Não existem palavras para descrever o que sinto neste momento! Foram 18 dias de provas, de muita aprendizagem, de momentos bons e menos bons, mas que valeram a pena sem dúvida alguma. Jamais irei esquecer este momento!” “Foi uma grande noite que

Pasma/organização

realidade. Não existem palavras para descrever o que sinto neste momento!”, disse Cristiana Viana, de 19 nos

p A Miss Portuguesa ladeada pelas damas de honor

Rui Gouveia

p As eleitas e os representantes da organização juntou duas belezas fantásticas: o mosteiro e a gala. Foi uma honra receber esta iniciativa”, descreveu o presidente da câmara. “Esta foi uma excelente edição, em beleza, e seguramente que para o ano cá estaremos de

novo, com o Turismo do Centro, a afirmar um território de excelência, a nossa Batalha”, acrescentou Paulo Batista dos Santos. Pedro Machado, presidente do Turismo Centro e um dos jurados, afirmou

Jornal da Batalha

agosto 2016

Atualidade Batalha

p As dez jovens que chegaram à fase final do concurso

Tozé Brancas

que “o turismo vive da criação de emoções, expetativas, mas também muito da beleza que conseguimos conquistar para os nossos destinos. Este concurso ajuda-nos, não só a posicionar a belíssima vila da Batalha, que já é rica em património e cultura, também para os grandes eventos e para a beleza”. “O incremento de competências sociais que é dado a estas jovens é muito importante para nós, porque vai ser fundamental para o seu dia de amanhã. O futuro é dos jovens e eu não tenho dúvida de que se os dotarmos de competências sociais vão deixar o mundo de amanhã mais bonito do que é hoje, sem sombra de

Rui Gouveia

uesa

p O fogo de artifício foi um dos momentos altos

duvida”, adiantou, por sua vez, André Loureiro, vereador da Juventude e Desporto da câmara da Batalha. Na gala atuaram os cantores Micael Abreu (Vencedor Got Talent 2016), Guilherme Azevedo (Finalista The Voice Portugal 2016) e Iolanda Soares, que cantou o tema “Nosso Fado”, do seu novo álbum Royal Fado, a lançar em setembro. Os bailarinos internacionais

Hanna Karttunen e Victor da Silva, e o espetáculo piromusical, montado pela Pirotecnia Batalhense, foram dois dos momentos mais interessantes da noite. As misses foram eleitas após 18 dias de estágio em diversos pontos do país em que participaram as 14 candidatas finalistas. À primeira fase da iniciativa, designada Miss Municipal, aderiram quatro municípios

(Ourém, Gondomar, Estremoz e Alcácer do Sal) e a organização pretende alargar o concurso a mais 15 municípios no próximo ano. Na noite de gala desfilaram em fatos fatos de época, roupa casual e em vestido da noite, a coleção Luxury de Rafael Freitas, que demorou quatro a meses a criar, com 580 metros de seda metálica de origem italiana e milhares de cristais swarovski.

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Opinião

agosto 2016

Jornal da Batalha

Opinião s Fiscalidade

IRC: majoração de gastos em combustíveis O artigo 172.º da Lei do Orçamento do Estado para 2016 concedeu uma autorização legislativa ao Governo que previa uma majoração da dedutibilidade com gastos em combustível das empresas de transporte de mercadorias, de transporte público de passageiros e de táxi. Considerando que os benefícios desta natureza estavam anteriormente limitados no sentido de apenas poderem reduzir até 10% do montante do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (CIRC), a suportar pelos sujeitos passivos, elimina-se tal restrição, determinando-se expressamente que este benefício está excluído do âmbito de aplicação do nº 1 do artigo 92º do CIRC - para as entidades que exerçam, a título principal, uma atividade de

natureza comercial, industrial ou agrícola, bem como as não residentes com estabelecimento estável em território português, o imposto liquidado nos termos da Lei, líquido das deduções previstas nas alíneas a) a c) do n.º 2 do mesmo artigo, não pode ser inferior a 90% do montante que seria apurado se o sujeito passivo não usufruísse de benefícios fiscais e do regime previsto no nº 13 do artigo 43.º Tendo em vista um impacto imediato desta medida no setor dos transportes, em sede de cálculo dos pagamentos por conta (PC) em 2016, a majoração abrange o combustível abastecido desde 1 de abril de 2015. Adicionalmente, para efeitos do cálculo do IRC a pagar em 2017, é majorado todo o combustível abaste-

cido em 2016 pelo setor. A autorização legislativa foi concretizada com a aprovação do Decreto-Lei n.º 38/2016, de 15 de julho de 2016, procede à alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 215/89, de 1 de julho. O artigo 70º do EBF – Medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de mercadorias, menciona que os gastos suportados com a aquisição, em território português, de combustíveis para abastecimento de veículos são dedutíveis, em valor correspondente a 120% do respetivo montante, para efeitos da determinação do lucro tributável, quando se trate de: a) Veículos afetos ao transporte público de passageiros e estejam registados como elementos do ativo

fixo tangível de sujeitos passivos de IRC que estejam licenciados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) I.P.; b) Veículos afetos ao transporte rodoviário de mercadorias público ou por conta de outrem, com peso bruto igual ou superior a 3,5 toneladas, registados como elementos do ativo fixo tangível de sujeitos passivos IRC ou alugados sem condutor por estes e que estejam licenciados pelo IMT, I.P e c) Veículos afetos ao transporte em táxi, registados como elementos do ativo fixo tangível dos sujeitos passivos de IRS ou de IRC, com contabilidade organizada e que estejam devidamente licenciados. Os benefícios fiscais previstos na presente Lei são aplicáveis durante o período de tributação que se ini-

cia em ou após 1 de janeiro de 2016 e seguintes. Com a entrada em vigor deste novo Decreto-Lei, o cálculo dos PC a efetuar durante os períodos de tributação que se iniciem em 2016, pode ser considerado o imposto que seria liquidado nos termos do n.º 1 do artigo 90º do CIRC, relativamente ao período de tributação imediatamente anterior, caso o disposto nos nº (s)., 4 e 5 do artigo 70º do EFB, na redação dada pelo presente decreto -lei, tivesse sido aplicado aos gastos previstos no nº 4 do mesmo artigo que o sujeito passivo haja suportado a partir de 1 de abril de 2015. As empresas realizam três PC por ano, efetuados normalmente em julho, setembro e até 15 de dezembro. Estes pagamentos são calculados com base no

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

imposto liquidado relativamente ao período de tributação do ano anterior àquele em que se devam efetuar esses pagamentos. O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Beldroega boa para a saúde e para comer O mês de agosto é de abundância para os hortelãos: tudo está a crescer e a produzir, a maior parte com boas colheitas. De ressalvar que os legumes da horta devem ser colhidos antes do sol intenso, para poderem manter-se frescos por mais tempo. Se os apanhar em pleno sol ficam murchos com facilidade e podem até causar dores de barriga (no caso dos frutos comidos em cru). Com este tempo mais intenso de calor, as sementeiras devem ser acompanhadas de regas constantes e regulares. Prefiro as sementeiras aos transplantes, pois quando transplantamos as plantas sofrem com a mudança, devido aos rigores

do tempo. Quando transplantar, faça-o à tardinha, regando-as bem, para que se “acomodem” ao novo local durante a noite. Por esta altura, a horta costuma apresentar uma infestante, a beldroega, com alto teor de ómega 3. É uma planta muito interessante em termos de nutrientes, além de fazer o efeito de cobertura de solo, pois quase não compete com as outras plantas. Assim, quando vir beldroegas a nascer, deixeas progredir, colha as folhas e faça uma bela sopa. Por cá usamo-las em diversos pratos. A maior parte dos hortelãos da região, como as beldroegas nascem sem as semearmos, não lhe dá qualquer valor e arranca-

as e tem trabalho a cultivar outras plantas. Isto fazme pensar que costumamos não dar o devido valor ao que temos em abundância

e que não tivemos que lutar para ter. Agora consciente desse facto, use as beldroegas, que até se podem comer cruas

(as folhas mais tenras). Cá em casa não apreciamos o sabor delas em cru, mas gostamos na sopa. E aprenda a dar valor ao que tem.

Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: acelgas, alfaces, beringelas, beterrabas, beldroegas, cenouras, coentros, couves-repolho, couve-rábano, espinafres, feijões diversos, malaguetas, milho, nabos, pepinos, pimentos, physalis, salsa, tomates, Rabanetes, rúcula. Jardim, semear e/ou plantar: amores-perfeitos, asteres, goivos, margaridas, e prímulas. Se soubermos observar e aprender com a natureza, teremos muito a aprender. Na horta podemos cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.

Jornal da Batalha

agosto 2016

Opinião

s Espaço do Museu

Férias, praia e museus Das três palavras que integram o título deste artigo, “férias” e “praia” são as que, muito possivelmente, suscitam mais a atenção neste período do ano. O sol e o calendário escolar ditam a interrupção letiva nos quentes meses em que boa parte das famílias portuguesas usufruem de férias. Os areais das nossas praias pintam-se pelas cores das toalhas e dos chapéus de sol. Os longos dias de Verão apelam às festas e festivais, aos encontros e reencontros, aos piqueniques, à natureza. A oferta é abundante num pequeno país de paisagem, costumes e patrimónios muito diversificados. E eis que chegamos a terceira palavra do nosso título: “museus”. Puxando a brasa à sardinha deste Verão, o MCCB e outros museus e monumentos proporcionam aliciantes programas nesta época do ano.

Concertos, atividades para crianças, oficinas, passeios temáticos são algumas das iniciativas disponibilizadas.

Uma vez deslocado o automóvel até uma das nossas belas praias, será seguramente interessante ir à descoberta do espaço en-

volvente. A probabilidade de vir a conhecer um castelo, um palácio, um sítio arqueológico e um museu é bastante grande.

Na nossa região, os areais à beira-mar complementam-se com praias fluviais envolvidas de maravilhosas florestas. E, aqui tão perto,

não faltam castelos, excelentes museus e monumentos que são Património da Humanidade. Enfatizamos ainda a programação que o Mosteiro disponibiliza neste período, nomeadamente através de diversos concertos, exposições e visitas temáticas (informações em: www.mosteirobatalha.pt), bem como as iniciativas para famílias a desenvolver no MCCB durante Agosto. O Município da Batalha, através do MCCB, recomenda aos amigos e leitores do Jornal da Batalha uma visita aos tesouros patrimoniais do nosso Concelho. Da serra ao vale, as grutas, as aldeias, as igrejas seculares, o Mosteiro e, naturalmente, o nosso Museu, enriquecerão, certamente, estas férias de Verão. Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)

s Noticias dos combatentes

Combatentes portugueses legionários O mês julho foi pródigo para os portugueses em acontecimentos positivos de cariz desportivo (futebol: campeões europeus; atletismo: várias medalhas, incluindo três de ouro; hóquei em patins: campeões europeus), os quais ajudaram a que a generalidade do nosso povo andasse com o ego um pouco mais em alta durante uns bons tempos. Estas vitórias dariam matéria para um bom artigo mas, apesar disso, optámos por abordar um outro assunto que, cremos, também não deixará de despertar a atenção dos nossos leitores. Vamos a ele: Recordemos que a França, no rescaldo da II Guerra Mundial, foi um dos países que mais devastado ficou, designadamente em termos de perdas de vidas humanas. Assim, para fazer face à escassez de mão de obra,

este país abriu as suas fronteiras a emigrantes e de Portugal acolheu muitas dezenas de milhar, grande parte deles combatentes do exultramar que, regressados de África e sem quaisquer perspetivas de futuro no nosso país, para ali foram tentar governar a vida. A partir de 1970, a necessidade de mão de obra em França já era bem menor mas, mesmo depois desta data, milhares de outros combatentes continuaram a seguir o mesmo rumo. Só que, sendo já mais reduzidas as suas oportunidades de trabalho, uma das formas de muitos se “desenrascarem” foi alistarem-se na Legião Estrangeira Francesa. Afinal, já tinham preparação militar e experiência de combate; tinham conseguido escapar à morte em África e podia ser que a “sorte” os continuasse a

proteger. Calcula-se que se terão alistado mais de dois mil portugueses, cumprindo um ou mais contratos (cinco anos cada), até se desvincularam e irem continuar a sua vida por outras paragens. O que muitos destes legionários não saberão é que o governo francês tinha, para eles, um sistema de compensações bastante aliciante, mas de que ainda hoje não usufruirão, uns por falta de informação, outros por desleixe, etc. Ora, em especial com o objetivo de ajudar estes seus companheiros a recuperarem tais direitos, um grupo desses legionários portugueses, entretanto regressados à Pátria, decidiram fundar a Associação de Veteranos da Legião Estrangeira Francesa em Portugal (AVLEFP).

Para melhor compreensão destes seus objetivos, passamos a transcrever o seguinte texto, que nos foi facultado pelo presidente da sua direção e com quem temos todo o gosto em colaborar nesta demanda: “Caros amigos e, ou colegas legionários, Muitos de nós temos direitos adquiridos durante o serviço prestado na Legião Estrangeira. Cada um deve poder recuperar os direitos que são seus e, eventualmente, ainda não foram reconhecidos pelo estado francês. Para que a associação e eu próprio vos possamos ajudar, é necessário proceder ao estudo do processo de cada um, o que só pode ser feito com a vossa colaboração. Assim, os interessados devem enviar-nos uma fotocópia do seu atestado de serviços prestados (Attesta-

tion des services accomplis – service militaire), também chamado ESS – Etát signalétique des services. Caso não possuam o ESS, podem enviar, por escrito, os elementos relativos ao serviço na legião, às campanhas em que participaram (operações OPEX, Compagnie tournante, afectações, etc) e nós tentaremos fazer tudo o necessário para que cada um possa pedir o seu ESS ao 1º regimento, tratando-se de cidadãos portugueses. Nos casos de dupla nacionalidade, o pedido será feito aos Arquivos Nacionais de Pau (Centre des Archives du personnel militaire de Pau – CAPM). Os nossos direitos de antigos legionários são: Cartão de Combatente – Reforma de Combatente – Título de Reconhecimento da Nação (Titre de reconnaissance de la nation – TRN)

– Irantec (Retraite complementaire publique), para quem tem menos de 15 anos de serviço. O reconhecimento, pelo estado francês, de qualquer destes direitos, resultará sempre numa melhoria financeira. Conto com todos para colaborarem neste esforço de melhoria de condições dos antigos legionários. O presidente da AVLEFP/Rafael de Matos Maurício.” Terminamos com a informação de que esta Associação tem a sua sede na rua da Portela, 2-A, 2495-031 PIA DO URSO, São Mamede – Batalha e ainda os seguintes contactos: 926 395 551 e 926 158 741 + e-mails: rafaeldapia@gmail.com e cabral. aurelio@hotmail.fr NCB

Batalha Atualidade

agosto 2016

Jornal da Batalha

Autarca pede mais consideração pelas homenagens aos militares p Homenagem decorreu junto ao monumento que evoca o militar

m “Na Batalha é uma honra e um orgulho evocarmos a vida de Mouzinho de Albuquerque”, diz Paulo Batista Santos O presidente da câmara da Batalha lamentou que as honras militares nem sempre sejam objeto da “devida consideração” e que alguns dos seus feitos não tenham o reconhecimento que merecem, durante a homenagem ao batalhense e patrono da

arma de Cavalaria, Mouzinho de Albuquerque, no dia 21 de julho. “Evocamos a valentia, a coragem e a sua brilhante carreira militar e ainda o grande exemplo de cidadania de tão ilustre cavaleiro batalhense”, disse Paulo Batista Santos, frisando que “as honras militares que aqui prestamos nem sempre, para aqueles que acompanham a vida militar e a vida nacional, são tidas com a devida consideração; ou sequer são reconhecidas como feitos que devem ser assinalados”.

“Na Batalha é uma honra, é um orgulho evocarmos a vida, a missão, a ação de Mouzinho de Albuquerque e fazemo-lo como testemunho de reconhecimento a todos os portugueses que têm servido a Pátria. É esse o tributo que prestamos na evocação a Mouzinho de Albuquerque”, adiantou Paulo Batista Santos. O diretor honorário da arma de Cavalaria, tenentegeneral José Caldeira, é o único oficial no ativo que integrou a primeira marcha a cavalo à Batalha, há 38 anos, e cumpriu agora

a última, uma vez que por motivos estatutários abandonará a sua função. José Caldeira considerou “salutar que a segunda parte do curso de formação de sargentos e o tirocínio para oficias (que está na origem da homenagem a cavalo) continuassem a integrar esta marcha”, apelando que no “planeamento das atividades curriculares desses cursos seja sempre aberta a porta para que possam participar”. “Pela importância que tem, é uma atividade que o Exército e arma de Cavalaria não podem deixar de continuar a fazer. Exortovos a continuarem com o mesmo espírito com que nós a iniciámos”, adiantou o diretor da arma de Cavalaria. A homenagem foi organizada pelo Regimento de Cavalaria 4 de Santa Margarida e câmara municipal, com a participação da GNR. A marcha a cavalo, entre Mafra e a Batalha, na distância de 50 quilómetros, durou dois dias e nas cerimónias participaram 39 conjuntos cavaleiro-cavalo.

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Jornal da Batalha

agosto 2016

SaĂşde

InsĂłnias - quando dormir ĂŠ um problema! Dormir ĂŠ uma necessidade bĂĄsica do corpo, fundamental para a nossa sobrevivĂŞncia. Em mĂŠdia passamos um terĂ§o da nossa vida a dormir! Se por um lado a quantidade de sono ĂŠ variĂĄvel de pessoa para pessoa, diminuindo com o aumento da idade, por outro a eficĂĄcia deste ĂŠ tĂŁo importante quanto a sua duraĂ§ĂŁo.

Existem trĂŞs tipos de perturbaĂ§Ăľes do sono: insĂłnias (sono insuficiente ou nĂŁo reparador), hipersĂłnias (sonolĂŞncia diurna excessiva) e parassĂłnias (comportamentos, movimentos, sensaĂ§Ăľes ou outras manifestaĂ§Ăľes que ocorrem durante o sono). InsĂłnia ĂŠ a perturbaĂ§ĂŁo de sono mais comum, atingindo 30-40% da popula-

Ă§ĂŁo, e aumenta com a idade. Traduz-se por dificuldade em iniciar ou manter o sono (acordar vĂĄrias vezes, dificuldade em voltar a adormecer ou acordar cedo demais) ou pela sensaĂ§ĂŁo de que nĂŁo se dorme o suficiente, causando no dia seguinte sonolĂŞncia, irritabilidade, cansaĂ§o e/ou dificuldade de concentraĂ§ĂŁo, com diminuiĂ§ĂŁo do rendi-

mento laboral e aumento dos acidentes de trabalho e viaĂ§ĂŁo. Geralmente a insĂłnia resulta de vĂĄrios fatores (genĂŠticos, fĂsicos, sociais, psicolĂłgicos), podendo ser agravada por outras condiĂ§Ăľes (ansiedade, depressĂŁo, sĂndrome de apneia obstrutiva do sono, dor, medicamentos, drogas, cafeĂna, entre outros fatores externos como mudanĂ§a de profissĂŁo, luto ou conflitos familiares).

Para uma boa qualidade de sono ĂŠ fundamental manter um horĂĄrio regular de deitar e levantar, mesmo aos fins de semana, evitar sestas durante o dia, ir para a cama apenas quando tiver sono e manter um ambiente no quarto adequado para dormir (evitar calor, frio, ruĂdo ou luz, recorrendo a tampĂľes para ouvidos ou venda nos olhos se necessĂĄrio). Evite comer, ler ou ver televisĂŁo na cama, bem como refeiĂ§Ăľes pesadas, ĂĄl-

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agosto 2016

Jornal da Batalha

Economia

Papastress comemora 15 anos e renova aposta na qualidade m “Sunset Pool Party” reuniu em convívio amigos e clientes, e serviu para recordar o trajeto da empresa até à atualidade

O ginásio Papastress, instalado em Cancelas, na Batalha, comemorou a 16 de julho o seu 15º aniversário, com uma “Sunset Pool Party”, que reuniu em convívio amigos e clientes, e serviu também para recordar o trajeto da empresa até

à atualidade. “O ginásio abriu portas fruto da ousadia de dois professores de educação física e dos restantes sócios”, contou ao Jornal da Batalha Luísa Carvalho, um dos responsáveis pelo projeto, recordando que “há 15 anos, os ginásios existentes na região (Batalha, Leiria, Porto de Mós, Alcobaça) eram escuros, sem qualidade, quase de vão de escada. O Papastress veio surpreender e revolucionar mentalidades”. Já na altura, apostou em instalações e serviços de qualidade, com muita cor, tornando-se um espaço

p A festa de aniversário reuniu clientes e amigos agradável para treinar, mas também para conviver. Por isso, conseguiu satisfazer os clientes da região, muitos

dos quais se mantêm fieis ao Papastress. ”Continuamos a ser um espaço agradável para trei-

nar e conviver. Prezamos por ter ao nosso serviço professores com formação específica para trabalhar em ginásio, com os diversos tipos de população, para assim dar confiança aos utentes”, explica Luísa Carvalho, adiantando que o Papstress tem “clientes com necessidades especiais, com limitações a nível de saúde, e só com professores qualificados tem a confiança dos utentes”. Para Luísa Carvalho, “dar qualidade e alegria de treinar aos clientes é fundamental”. No início, é-lhes feita uma avaliação física e

criado um plano de treino, de acordo com os seus objetivos. O cardiofitness, a musculação, aulas de grupo diversificadas, como por exemplo “spinning”, “body pump”, pilates, “step”, “combat”, “power training” e treino funcional, são algumas das modalidades ao dispor dos clientes. “Prezamos também proporcionar ações diversificadas de convívio noutros contextos, para satisfazer a família Papastress, que solicita atividades de convívio e bem estar, como foi o caso da festa de aniversário”, conclui.

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Jornal da Batalha

agosto 2016

Economia Batalha

Erofio é a melhor e a Oliveiras a maior m O volume de negócios no concelho da Batalha é de 511,8 milhões de euros, 134 milhões dos quais provenientes da indústria

As oito maiores e melhores empresas do concelho da Batalha atingiram no ano passado um volume de negócios superior a 2014 em 7,7 milhões de euros, cifrando-se nos 150,7 milhões de euros, de acordo com um

estudo publicado pelo “Região de Leiria”. A revista “100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém”, publicada pelo jornal, inclui 53 empresas de Leiria, 10 da Marinha Grande, oito da Batalha, sete de Ourém, seis de Caldas da Rainha, seis de Pombal, quatro de Alcobaça, quatro de Porto de Mós, uma de Óbidos e uma de Peniche. O concelho da Batalha é, portanto, o terceiro mais representado na listagem, encabeçada pela Olivei-

ras S.A. como a maior empresa do município e a Erofio - Engenharia e Fabricação de Moldes, S.A. como a melhor. A Erofio Atlântico, S.A., que integra o grupo da anterior, foi considerada a terceira melhor. Em 2014, o volume de negócios no concelho da Batalha foi de 511,8 milhões de euros, 134 milhões dos quais provenientes da indústria, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este dado demonstra bem a importância económica das oito maiores empresas do concelho

abrangidas pelo estudo. Os dados resultam da aplicação de uma metodologia de recolha e análise de dados por parte do Região de Leiria que, com a assistência Baker Tilly Portugal, selecionou um conjunto de indicadores e rácios económico-financeiros que permitem avaliar o desempenho destas empresas e identificar as vencedoras. Esta análise incluiu os seguintes indicadores: volume de negócios dos anos de 2015 e 2014, total de ativo, total do passivo, total do capital próprio, resultado líquido do

p Manuel Novo (dir.), administrador da Erofio período, valor acrescentado bruto, número de empregados, auto financiamento sobre volume de negócios, EBITDA sobre volume de negócios, dívida líquida sobre EBITDA, rentabilidade líquida do capital próprio,

As maiores empresas do Concelho da Batalha (*) Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 TOTAL

Posição nas 100 M&M 23 27 28 37 41 73 92 99

Empresa Oliveiras, S.A. Construções Pragosa, S.A. Unifato – Confecções do Centro, Lda. Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda. Matceramica - Fabrico de Louça, S.A. Erofio Atlântico, S.A. Erofio - Engenharia e Fabricação de Moldes, S.A. Simplastic – S.I. De Matérias Plásticas, Lda.

As melhores empresas do Concelho da Batalha (*) Sector

Construção Construção Comércio por grosso e a retalho Comércio por grosso e a retalho Indústrias transformadoras Indústrias transformadoras Indústrias transformadoras Indústrias transformadoras

Volume de negócios 2015

Volume de negócios 2014

33.582.928 27.052.505 26.166.927 19.430.063 18.227.015 10.612.984 8.323.134 7.328.310 150.723.866

38.510.656 23.577.764 25.659.610 15.144.698 14.596.455 9.836.416 8.660.332 7.031.961 143.017.892

Lojas abertas até à meia noite no primeiro Shop On na vila Os principais estabelecimentos comerciais da Batalha estiveram abertos até à meia noite no dia 9 de julho, no âmbito da iniciativa Shop

On, que decorreu pela primeira vez no concelho, mas já é uma tradição anual em Leiria, onde este ano acontece oito dias antes.

p Montras vivas e desfiles marcaram a noite

produtividade, contribuição para impostos, rentabilidade líquida das vendas, receitas por trabalhadores, solvabilidade, liquidez geral e crescimento de volume de negócios.

A 1ª edição do Shop On Batalha (abertura dos estabelecimentos até às 24 horas) foi uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós (ACILIS) e da câmara da Batalha, que incluiu muita animação – dança, música, atividades para crianças, ranchos, ginásios, desfiles de carros antigos, vespas e bicicletas e serviços gratuitos de estética, entre outras atividades. A maioria dos 54 estabelecimentos aderentes promoveu as suas próprias ações de animação, descontos e promoções, degustações de produtos, desfiles de moda, montras vivas, música ao vivo, dança do ventre ou esplanadas, vendas e mostras na rua. O evento decorreu das 19 às 24 horas, período durante o qual o trânsito automóvel esteve encerrado entre a rotunda do Largo Papa Paulo VI e a rua D. Filipa de Lencastre, para facilitar a circulação dos peões.

Resultado líquido do período 418.285 282.016 184.844 518.721 450.448 1.030.040 1.385.612 504.388 4.774.354

Número de empregados 240 196 398 50 599 89 104 117 1.793

Posição

Indicador de performance geral

Empresa

1 Erofio - Engenharia e Fabricação de Moldes, S.A. 2 Matceramica - Fabrico de Louça, S.A. 3 Erofio Atlântico, S.A. 4 Simplastic – S.I. de Matérias Plásticas, Lda. 5 Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda. 6 Unifato – Confecções do Centro, Lda. 7 Construções Pragosa, S.A. 8 Oliveiras, S.A. * Fonte: Jornal Região de Leiria

7,52 6,90 6,90 6,75 6,08 5,56 5,43 5,38

Adega promoveu vinhos da região em Lisboa

p Participantes no evento brindam com vinho da Batalha A câmara da Batalha associou-se ao município de Lisboa e à comissão vitivinícola da região para promover o património turístico e os vinhos na capital, entre 30 de junho e 2 de julho no Mercado da Ribeira e nos dias seguintes na rua Augusta. O município e a Adega Cooperativa da Batalha participaram em diversos eventos, como uma feira/ mostra de vinhos e produtos da região de Lisboa, que “pretenderam potenciar o turismo na Batalha

e a promoção dos vinhos de qualidade da adega cooperativa do concelho”, segundo o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos. A autarquia “quis aproveitar o enorme fluxo turístico que a cidade de Lisboa regista presentemente, revestindo-se estas ações promocionais de importância extrema”, adiantou o autarca. “Ao longo de dez dias, a Adega Cooperativa da Batalha deu a conhecer a milhares de turistas e ao

público nacional os seus vinhos de referência, que obtiveram excelente recetividade junto dos participantes do evento”, adiantou Joaquim Fialho, diretor comercial da adega. O evento pretendeu dar a conhecer a excelência dos vinhos desta região, atendendo à importância turística crescente que a capital do país vai registando, sendo bem patente pelo número de pessoas que diariamente acorreram à rua Augusta”, adiantou Joaquim Fialho.

agosto 2016

Jornal da Batalha

Património Arquitectura oitocentista na Vila (III)

Na fotografia, que reproduzo, da colecção do saudoso fotógrafo Jaime Santos Costa e cedida amavelmente por António da Costa Coelho, cuja casa, de que falei nos apontamentos anteriores, se vê em primeiro plano, fotografia tirada cerca de 1969, já demolida a parte da Vila condenada pelo plano de urbanização dos anos sessenta, e já novos edifícios em construção, como é o caso da residência de Alfredo Louro Barros, colhe-se uma expressiva vista das actuais ruas dos Dominicanos e de Álvaro Sampaio, da praça de Mouzinho de Albuquerque, da rua 18 de Março de 1500 (elevação da Batalha a vila), do Carvalho do Outeiro, da rua António Cândido da Encarnação, do largo da Misericórdia, da Estrada da Fátima e do largo de Goa, Damão e Diu. Por trás das casas da praça de Mouzinho de Albuquerque, três das quais reproduzidas no último número, a Igreja Matriz, uma empena quase escondida da Misericórdia, e o edifício setecentista da Drª. Liliana Ribeiro. No largo de Goa, Damão e Diu, que antes fôra o Rocio onde se faziam as feiras do gado, o prédio do Coronel Francisco Moreira Ribeiro; no início da rua 18 de Março de 1500, onde agora está o café Esquina, propriedade adquirida pela família Couto Pinho, morou a família Dias pelos princípios do sé-

culo XX, tendo um dos filhos ido para Leiria e estabelecendo-se na praça Rodrigues Lobo com loja de tecidos, e o outro, que veio a ser oficial do Exército, para Moçambique, onde passou a maior parte da vida e veio a falecer. Ao cimo, no Carvalho do Outeiro, a casa do Dr. José Maria Pereira Gens, médico distinto e homem de grande cultura, natural do concelho de Ourém mas que na Batalha se fixou nos anos 20, tendo, na nossa Vila, desempenhado entre outras funções, as de presidente da Câmara. Nesta casa, onde mais tarde funcionou o ciclo preparatório e a Câmara teve as suas instalações até à construção dos actuais Paços do Concelho, há uma lápide a evocar a figura deste saudoso médico. Mais abaixo, no largo de Goa, Damão e Diu, onde agora está o Centro Comercial Jordão, era a residência da família Moura que deu à Batalha as figuras ilustres do Dr. Ruy de Moura Ramos, que veio a ser em dois mandatos deputado à Assembleia Nacional e inesquecível director da Prisão-Escola de Leiria, onde realizou obra até hoje nunca igualada, Dr. Joaquim Moura Ramos, conceituado médico na Mira de Aire, Engenheiro Francisco Ramos Moura, que foi presidente da nossa Câmara Municipal, e o filho do primeiro, Professor Doutor Rui Gens Moura

Ramos, que há poucos anos exerceu o alto cargo de presidente do Tribunal Constitucional e é notável catedrático da Universidade de Coimbra. Não sei se a casa do Coronel Ribeiro, no largo de Goa, Damão e Diu, ainda foi construída no século XIX, mas a sua traça leva-me a crer que sim. Na fachada voltada a nordeste, a que dá para o largo, uma fachada digna de um palacete, ombreiras, padieiras e aventais das janelas são graciosamente trabalhadas no calcário regional, o mesmo calcário do Mosteiro. O portão, que dá acesso a um pequeno pátio, paredes meias com o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, integra-se perfeitamente no conjunto. No rés-do-chão há hoje dois estabelecimentos de modas, um pertencente a Cristina Moreira da Silva e outro a Fátima Cruz. É curioso referir que neste largo, onde está a minha casa quase em frente da da família Moreira Ribeiro, houve outros edifícios, demolidos na sequência do arranjo deste espaço, entre eles o da afamada casa de pasto de Natália Monteiro e aquele onde em 1917 se iniciou o oficina Ceiça que haveria de passar nos anos 30 para o prédio que é agora o da Pensão Vitória, no largo da Misericórdia,

e dali em 1946 para o local, onde se mantém, no início da Estrada da Fátima. A oficina continua na posse da família Ceiça, sendo seu proprietário um neto do fundador, Armando Matias Ceiça. No momento há três estabelecimentos centenários na Batalha: a oficina que nomeei, fundada por Joaquim do Nascimento Ceiça no ano indicado, completando cem anos em 2017; a Casa Barros, fundada em 1895 por Alfredo do Nascimento Barros na rua da Senhora do Caminho, e a Farmácia Ferraz fundada em 1902 por Joaquim Ferraz de Carvalho. A Casa Barros, embora noutro edifício, pertence a um neto do fundador, José Luís Barros. A Farmácia Ferraz deixou, há pouco tempo, de pertencer à família Ferraz. Antes de passar para o prédio actual, esteve no largo de D. João I, no rés-do-chão da casa dos meus avós paternos. Joaquim do Nascimento Ceiça e Alfredo do Nascimento Barros, oriundos do concelho de Alcobaça, ainda eram parentes pelo lado materno. Na rua António Cândido da Encarnação, o edifício onde está o Café Frazão, edifício de que é proprietária Palmira Frazão, ostenta na sua fachada, no alto, a data de 1888. Prédio pequeno, quase rural, não deixa de ser um exemplar da arquitectura oitocentista da Vila

e, como todos os que sobraram do vendaval urbanístico dos anos 60, merecedor de ser preservado. Vou deixar para outra ocasião a nossa pequenina Capela de Nossa Senhora do Caminho, na rua do mesmo nome, e que dantes estava incrustada no muro da cerca conventual. Este templo, tanto da devoção dos antigos batalhenses, insere-se, porém, no barroco, um barroco rural tardio e, na Batalha, é espécime único. Infelizmente, está desprotegido das Leis, embora cuidado pelos seus zeladores, a família Sampaio Reis e Silva. A dos edifícios antigos não apenas por serem antigos, mas porque são distintivos da nossa arquitectura e porque têm, duma maneira geral, linhas harmoniosas que se enquadram bem no espaço de um monumento como o nosso Mosteiro e, inclusivamente, na natureza que nos rodeia. Normalmente pintados de branco não nos saturam os olhos, que se bastam do colorido dos campos em redor. A defesa de todo esta património continua a merecer reparos, que se resumem num só reparo: as Leis não são suficientemente claras, aliás como é hábito, e não têm força suficiente para se imporem. Se um valor patrimonial classificado pode ser alvo de todos os desacatos, veja-se o caso da Quinta da Várzea, os que não beneficiam (!?) da classificação estão condenados a desaparecer pura e simplesmente. O Ministério da Cultura tem de se preocupar não apenas com o teatro e cinema que se fazem em Lisboa, mas com todas as manifestações culturais do País. Com o seu folclore e com tantas outras manifestações da criatividade popular. Com o património construído e que desaparece a olhos vistos. Com as estações arqueológicas, que pouco e pouco vão sendo destruídas ou estão, simplesmente abandonadas, como é o caso de Collippo entre centenas ou milhares. Com os templos aldeãos, que vão sendo deitados abaixo e substituídos por verdadeiros mamarrachos. O Ministério da Cultura, de onde se devia afastar toda a política partidária, tem de ter outros propósitos e de ser claramente um verdadeiros provedor, com poderes bem definidos, da Cultura e do Património portugueses. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (161)

Jornal da Batalha

agosto 2016

Cultura

Pais e filhos viram atores em peça de teatro no MCCB m Ao longo de seis meses fizeram parte de um grupo de trabalho participante em diversas ações no museu O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) recebeu, no da 17 de julho, um espetáculo de teatro protagonizado por quatro famílias do concelho - 13 pessoas com idades entre os cinco e os 50 anos – no âmbito da programação cultural do município, em articulação com um projeto de investigação integrado

p A peça envolve 13 pessoas de quatro famílias da Batalha no Mestrado de Intervenção e Animação Artísticas da Escola Superior de Ciências Sociais de Leiria. Ao longo de seis meses,

pais, mães e filhos fizeram parte do grupo de trabalho participante em diversas ações no MCCB, de acordo com as fases implicadas na

investigação. Do jogo e expressão teatrais, passando pela criação de narrativas, argumento, diálogos, personagens e

adereços, os familiares tiveram a oportunidade de desenvolver diversas capacidades pela via do teatro. O processo de construção e montagem do espetáculo foi desenvolvido sob orientação da conservadora do MCCB e investigadora do projeto, Ana Moderno, contando ainda com visitas de um docente da ESECS, com experiência profissional em encenação. A peça desenvolveu-se em diferentes áreas do MCCB, selecionadas pelas famílias, de acordo com o seu apreço pelos temas e objetos em exposição, e consistiu numa visita teatral ao tempo em

que a Batalha era mar, passando pelas primeiras comunidades, época romana e Batalha de Aljubarrota; uma visita de um magnata inglês que veio ao MCCB para conhecer as plantas e maquetas do mosteiro, para construir uma réplica em Inglaterra, e uma viagem aos tempos da atividade mineira na região. O objetivo é levar a peça de novo ao MCCB, dando a oportunidade a que mais pessoas possam fruir do espaço cultural através da linguagem teatral, com a particularidade de poderem ter elementos da família como atores.

agosto 2016

Jornal da Batalha

Desporto

“O clube colocou sempre atletas na frente das corridas ou no topo da geral” m O Atlético Clube de São Mamede (ACSM) dedica-se ao atletismo e à caminhada, em qualquer tipo de piso e em contacto com a natureza. Organiza os “Trilhos do Pastor”. António Silvino, secretário do clube, revela os principais resultados e ambições da associação p A equipa participa em provas em qualquer tipo de piso Qual o balanço que faz da última época desportiva? O ACSM é uma associação apenas com praticantes de atletismo e caminhada. Participou em 55 competições, em estrada, trail e em areia, tanto a nível nacional como internacional, cujos resultados foram de presença marcante. Um grande orgulho em ver que, em qualquer prova, o clube colocou sempre atletas na frente das corridas, na luta salutar pela discussão dos primeiros lugares, e até a ganhar a geral. Quais os principais resultados? Por equipas, o clube subiu ao pódio oito vezes. Estivemos no Circuito Território do Centro (composto por quatro provas de trail, versão 20/25 kms) e ficámos em 1º lugar na geral masculina, pelo 3º ano consecutivo, e no 2º lugar da geral feminina. Participámos no Challenge do Algarve, constituído por três provas disputadas em três dias (corta-mato, corrida na areia e meia maratona em estrada). Um atleta masculino e a feminino ganharam o escalão no conjunto das três provas e subiram ao pódio em cada uma delas. Estamos a participar no Circuito do Calcário, do

qual fazem parte nove provas de trail. A equipa está classificada no 2º lugar e um atleta masculino encontrase também na 2ª posição. A atleta feminina ganhou 15 vezes a geral absoluta e esteve 20 vezes no pódio no escalão; e no sector masculino ganhámos a geral absoluta 15 vezes e conseguimos 47 presenças no pódio nos respetivos escalões. Assim, em masculinos e femininos dá ao todo: 30 vitórias na geral e 67 presenças no pódio nos escalões. Quais as principais dificuldades e melhorias registadas ao longo da época? Falta um pavilhão em São Mamede, que facilitaria a vida à nossa e a outras organizações de eventos, nomeadamente na concentração dos participantes e do público, centralização da logística, refeições, banhos e entrega de prémios. Os treinos são realizados, livremente, dentro dos horários de cada praticante ao ar livre. Quantos atletas tem inscritos, por escalões? Atualmente 11 atletas, sendo seis seniores masculinos, uma veterana feminina, e os restantes quatro são veteranos masculinos,

onde o mais maduro tem 72 anos. Como é constituído o corpo técnico? Não existe corpo técnico. Cada um segue os seus planos de treino, inspirado em revistas da especialidade, dicas de colegas mais experientes e no sentir do seu corpo. Quantos sócios e quais as quotas mensais que pagam? Somos uma associação sem fins lucrativos, que não tem sócios, nem há lugar ao pagamento de qualquer quota. Quais são os principais patrocinadores/financiadores do clube? Candidatamo-nos anualmente ao programa municipal de apoio ao associativismo com dois projetos, cujo valor monetário tem sido da maior importância. A Junta de Freguesia de São Mamede disponibiliza uma carrinha para a deslocação dos atletas às provas mais distantes. Participamos nas atividades desenvolvidas pela junta, como o festival das sopas, a festa da juventude e a comemoração do centenário da freguesia. O clube realiza a sua prova (trial), em São Mamede, con-

p Alguns dos elementos do ACSM tando com alguns patrocinadores, como as juntas de freguesia de São Mamede e Reguengo do Fetal. A nossa sede funciona na escola primária da Lapa Furada, que foi remodelada e cedida pela câmara municipal. Qual foi orçamento da última época? O orçamento foi de 6.700 euros. A política é poupar e proporcionar ao grupo o melhor que se consegue.

Quais são os principais objetivos a curto prazo? Sermos iguais a nós próprios, fazendo o que mais gostamos (correr em qualquer piso e correr e caminhar na natureza), sempre dignificando o clube e o desporto em geral. Como nasceu o clube? A associação nasceu em 2008 em resultado da vontade de um grupo de amigos praticantes de atletismo. Começou por chamar-se Clube

Veteranos Serra de Aire, adquirindo mais tarde o nome atual por questões relacionadas com a promoção da freguesia. O principal projeto da associação é a prova de “trail” anual, denominada “Trilhos do Pastor”. É uma prova de montanha de 25/30 km e já teve oito edições. Em simultâneo, decorre um passeio pedestre destinado à população num percurso de trilhos numa extensão aproximada de 10 km.

FUTSAL. O Centro Recreativo e Jardim Infantil da Demó venceu a XIII edição do Torneio de Futsal Município da Batalha, ao derrotar no dia 8 de julho na final a Sociedade Recreativa Relvense (3-0). No torneio, organizado pela Associação Recreativa Amarense, participaram 14 associações.

Jornal da Batalha

agosto 2016

AVISO

HASTA PÚBLICA PARA ALIENAÇÃO DE VIATURAS E VELOCÍPEDES COM MOTOR USADOS Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos, Presidente da Câmara Municipal da Batalha, torna público que, nos termos do disposto na alínea cc) do n.º 1 do artigo 33.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e da deliberação desta Câmara Municipal n.º 2016/0313/GAP, de 4 de julho de 2016 , proceder-se-á à alienação, mediante hasta pública, de um pesado de passageiros, velocípedes com motor, viaturas ligeiras de passageiros. O ato público realiza-se no dia 11 de agosto de 2016, pelas 10 horas, nos Armazéns Municipais, localizados na Rua da Saudade, Jardoeira, Batalha. O programa da hasta pública encontra-se afixado no hall de entrada do edifício dos Paços do Concelho e nas instalações dos armazéns municipais, podendo ser ainda consultado em http://www.cm-batalha.pt (Balcão Virtual/ Avisos/Editais Municipais).

Paços do Município da Batalha, 8 de julho de 2016 O Presidente da Câmara Municipal a) Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos

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Eduardo Pedro Santos de Oliveira 29-06-1928 - 13-07-2016 Moinho de Vento - Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos e restante família querem agradecer a todos os que demonstraram o seu carinho nos momentos finais da despedida. Um agradecimento especial às diferentes equipas de auxiliares, enfermeiras, médicos e equipas directivas do Centro Hospitalar de Leiria, da Residencial XXI e muito particularmente ao Centro Hospitalar Nª Sra. da Conceição, das Brancas-Batalha, por todo o apoio e carinho prestado nos últimos três anos. Ainda um agradecimento final aos Bombeiros da Batalha, por toda uma vida de partilha e pelo momento da despedida. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Edviges do Nascimento Monteiro Moita (Néné) 81 anos N. 24 – 01 – 1935 F. 06 – 07 – 2016 Almada | Batalha

AGRADECIMENTO Seu marido, Arménio Moita, filha: Luísa Monteiro, neto João e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “Permanecerás viva nos nossos corações. Descansa em paz.” Tratou: Agência Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e trinta e uma a folhas cento e trinta e duas verso, do Livro Duzentos e Catorze - B, deste Cartório. Paulo Jorge Frazão Baptista dos Santos, casado, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Moinho de Vento, nº6, que outorga na qualidade de Presidente da Câmara, em representação do: MUNICÍPIO DA BATALHA, pessoa coletiva número 501 290 206, com sede na Rua Infante D. Fernando, Batalha, declara que o Município da Batalha, que representa, é dono e legitimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão que se destina a escola primária, com a superfície coberta de cento e dezasseis metros quadrados e logradouro com a área de mil e vinte e dois metros quadrados, sito na Rua da Escola Primária, nº.6, Covão da Carvalha, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1429, pendente de avaliação; Que o Município da Batalha adquiriu o referido prédio, no ano de mil novecentos e sessenta cinco, por transmissão verbal da Direção Geral das Construções Escolares, com sede na Praça de Alvalade, em Lisboa, não dispondo, assim, o justificante de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde a referida data, entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência da referida transmissão verbal, o Município da Batalha possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu, sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, vinte de Julho de dois mil e dezasseis. A funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Delegação de poderes autorizada pela Notária Sónia Marisa Pires Vala, publicada na Ordem dos Notários, em 03 de Fevereiro de 2015 (artº 8º do Dec. Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro e artº6º da Portaria 55/2011 de 28 de Janeiro). Jornal da Batalha, edição 313 de 5 de agosto de 2016

Maria de Jesus Coelho 76 anos N. 15 – 06 – 1940 F. 24 – 07 – 2016 Arneiro – Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos: Manuel, Mª da Soledade e Mª Goreti Coelho Bento, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm agradecer todo o apoio e carinho para com eles nesta altura de profunda dor e sentimento de perda. Agradecem ainda a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Que descanse em paz. “ Aqueles que amamos não morrem, apenas partem antes de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha

António Gordinho Correia 93 Anos N. 06-11-1922 - F. 23-07 -2016 Celeiro – Reguengo do Fetal

AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhos, Noras, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou Funerária Espirito Santo - Batalha

A fechar

Trial e caminhada no Reguengo O Atlético Clube Batalha com apoio da Junta Freguesia do Reguengo Fetal e Casa do Povo do Reguengo, organiza a 4 de setembro a 1º edição dos Trilhos do Reguengo, que consiste em duas provas: trail e uma caminhada, com partida e chegada ao Reguengo Fetal (Largo da Praça da Fonte).

Empresário morre afogado na piscina da sua habitação m Em julho morreram dois conhecidos batalhenses, um ligado à vida empresarial e outro ao associativismo O empresário batalhense Ricardo Vieira (Caves Ganita) morreu vítima de afogamento na piscina de sua casa no dia 16 de julho. Ricardo Neves Gomes Vieira, de 69 anos, era natural de São Mamede, onde desenvolveu negócios como grossista de vinhos e a sua família encontra-se também ligada ao sector da cerâmica e porcelanas. O empresário residia em Cova da Iria, Fátima

p Ricardo Vieira (Ourém), onde aconteceu o afogamento, ao que foi possível apurar em resultado de um problema de saúde. A morte foi declarada pela equipa da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital de Santo André, em Leiria. O

p Eduardo Oliveira alerta foi dado pelas 19h30. Foram ainda mobilizados oito bombeiros e duas viaturas da corporação de voluntários e uma patrulha da GNR de Fátima. EDUARDO OLIVEIRA. Três dias antes, a 13 de julho, fa-

leceu aos 88 anos outro conhecido batalhense, Eduardo Pedro Santos de Oliveira, reconhecido pelo seu papel no concelho em diversas áreas, entre as quais o associativismo. Era pai de Pedro Oliveira, diretor criativo na empresa Sistema4. “O meu Pai teve uma vida feliz. Feliz porque os seus únicos vícios foram o trabalho, a família, a Batalha e o associativismo”, escreveu Pedro Oliveira na sua página na Internet, adiantando: “Eu e minha irmã fomos testemunhas do que é ter um Pai que tudo faz pela sua família, pela sua mulher, pelos seus filhos e pelos seus netos”.

AGOSTO 2016

Abertas inscrições para jovens que queiram fazer voluntariado A câmara da Batalha, em parceria com as instituições sociais e os bombeiros voluntários, está a promover um programa de voluntariado jovem, no período das férias escolares, com o objetivo de lhes proporcionar uma experiência de participação cívica em diferentes projetos. O programa destina-se a jovens da Batalha, com idades compreendidas entre os 14 e os 25 anos, que podem realizar uma atividade voluntária em agosto e setembro, nas seguintes áreas: apoio a idosos e crianças, saúde,

biblioteca, cultura/património e loja social. Os jovens poderão realizar a atividade em qualquer freguesia do concelho e em diferentes áreas de intervenção, pois são várias as entidades parceiras disponíveis. Todos os voluntários terão cobertura de seguro de acidentes pessoais e um certificado de participação emitido pelo município da Batalha. As inscrições são efetuadas no Gabinete de Desenvolvimento Social do Município da Batalha (contacto 244769110).