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Opinião Espaço Público
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Jornal da Batalha
Baú da Memória Batalha, a Vila feita de calcário Na Batalha o calcário está presente em tudo: no Mosteiro, na Matriz, na Ponte da Boitaca (para lá foram as pedras do 3º claustro do Convento), no pelourinho, nas padieiras, ombreiras e nos arrebates das portas, nas padieiras, ombreiras, nos peitoris e nos aventais das janelas, nas cimalhas, nas colunas das varandas, em escadas, no mais representativo e belo artesanato da vila (as preciosas miniaturas feitas pelos seus canteiros) até nas salgadeiras e nas pias do azeite… Tem a Vila a claridade e a doçura desta pedra que adquire tons doirados ao Sol e, dada a sua origem, parece ser a ante-câmara do Mar. Na Batalha deveria aproveitar-se esta sua característica, com fins turísticos também, povoação para isso vocacionada, e fazer-
s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira
Combater pragas com malaguetas
Calcário Fui a pedra, que dizem feita de terra e de mar, moldada para gravar em Alcobaça e na Batalha, em Belém e Tomar, na relativa eternidade da minha matéria, a glória e a tragédia de um Povo destinado a desvendar os quatro cantos do Mundo, sem nunca a ele próprio se achar. Na minha fragilidade foi isso que me coube contar, épico destino duma pedra feita de terra e de mar.
-se tudo para a conservar e desenvolver, pedindo-se inclusivamente aos construtores que continuem a usar o calcário nas suas obras, e ao mesmo tempo retomar, decididamente, as diligên-
cias para se restabelecer a sua Escola de Canteiros que teve o seu período de ouro nos tempos do Mestre Alfredo Ribeiro, altura em que aqui se formou um notável grupo de escultores.
A imagem é precisamente a da oficina da Escola, que funcionou no claustro de D. Afonso V. José Travaços Santos
Y cartas
As próximas eleições autárquicas É tempo de mudança em Portugal, no mundo e no concelho da Batalha. Para o ano que vem há eleições autárquicas, a fim de eleger o presidente da câmara municipal e seus adjuntos. São estes atos normais no nosso país depois da madrugada gloriosa da Revolução do 25 de Abril de 1974. A Batalha e o seu concelho - todo o concelho, todas as freguesias e aldeias que o compõem – podem aspirar a mais uma mudança positiva no progresso social e
económico das suas gentes, mas é necessário que todos arregacem as mangas e não se sujeitem apenas aos almoços de “porco no espeto” que têm sido oferecidos com uma regularidade fantástica aos cidadãos. Não é só isto que faz progredir o concelho. A oferta social e cultural está pelas “horas da morte”, uma vez, salvo certos casos, as aldeias do concelho da Batalha têm carência desses produtos indispensáveis que são a cultura e a história.
Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;
A juventude, por nossa responsabilidade, está a sofrer os efeitos de conteúdos irresponsáveis, porque as novas tecnologias são aproveitadas pelas grandes empresas para contaminar velhos e jovens, impedindo que aprendam tudo o que significa Portugal e a sua história de 800 anos. Por estas circunstâncias, as próximas eleições autárquicas de 2017 devem servir para um certo exame de consciência, para que o escrutínio sirva verdadeira-
António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440) Redação e Contactos
Comendador José Batista de Matos Paris
mente o concelho da Batalha e os seus habitantes.
Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos)
Chegou o outono. Agora, com o frio e as breves geadas, é tempo das culturas que o toleram. É também o momento de queimar os excessos da horta, que não devem ser incorporados no composto (apenas restos de plantas com doenças). Tudo o resto pode ser aproveitado e devolvido à terra pela decomposição, até os galhos das podas, depois de triturados com equipamento adequado ou simplesmente deixados a apodrecer para libertarem mais lentamente os seus nutrientes. Uma horta biológica também precisa de ser alimentada, mas sempre com o cuidado de o fazer com produtos naturais. Por cá deixamos as ervas que arrancamos em baldes com água ou barricas e é com essa água, que tem os nutrientes das plantas, que regamos a horta. Simples não acham? Uma queixa que ouço regularmente por estes dias é a dos ataques das lesmas e caracóis às couves e afins. Pois bem, temos uma solução simples na nossa despensa. Usar malaguetas bem picantes e um dente de alho muito bem triturados com água e depois de coar a água pulverizar as couves e outras hortícolas. Quando maior for o ataque, mais picante deve ficar o preparado. Pode
Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda.
ainda adicionar à água um pouco de sabão azul, ou do liquido com que lava a loiça, que evita a deposição de ovos da mosca branca, que também se prepara para atacar as culturas nesta altura. Não se preocupe que as hortícolas não ficam picantes (a não ser que as colha logo), pois o efeito passa com o tempo, principalmente se houver muita chuva. Isto quer dizer que o procedimento deve ser repetido de acordo com a quantidade de chuva que cair. Hortícolas para Semear e/ou plantar ao ar livre: acelgas, alfaces, alho francês, brócolos, cebolas, cenouras, coentros, couves várias, couve-rábano, espinafres, espargos, favas, mostardas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula e salsa. Jardim, semear e/ou plantar: amores-perfeitos, margaridas, açucenas, cíclames, narcisos, crisântemos, jacintos e tulipas. Se é das pessoas que no inverno não tem tempo para cuidar da horta, pode deixar terreno em pousio ou semear plantas que fazem adubação verde, como a tremocilha, alfafa ou luzerna, entre outras. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.
Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt
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Y cartas
Espaço Público Opinião
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_ Editorial
s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha
Orçamentos para 2017
Bem haja senhor presidente Também com as pequenas obras se fazem grandes homens - provérbio dos meus avós e para o confirmar vou contar um caso que se passou comigo no dia 5 de outubro, feriado nacional. Vindo eu da minha casa vi chegar um carro com o nosso digníssimo presidente da câmara da Batalha. Cumprimentou-nos e eu fiquei honradíssimo por, num dia feriado nacional, vir ver com os seus próprios olhos as obras que ali se faziam. Estas ações são dignas de louvar pela sua preocupação com o bem de todos. Bem haja senhor presidente. Continue assim, a dar a devida atenção aos seus semelhantes e que Deus o proteja e lhe dê sempre força para continuar. Bem haja. António Moreira Batalha
O orçamento do Estado para 2017 foi aprovado na generalidade no parlamento. O governo e os partidos que o apoiam referem que é um bom orçamento, que aumenta as verbas para a educação, os partidos da oposição dizem o oposto, que é mau e que reduz as verbas para a educação. Os primeiros defendem a sua interpretação dizendo que compararam a execução orçamental prevista para 2016 com o orçamento de 2017, para contrapor à comparação da oposição entre orçamento de 2016 e orçamento de 2017. Aqui chegados, podemos concluir que ambos têm razão, ou então, que nenhum terá razão. Em bom rigor, deveria fazer-se algo, que raramente acontece, ou seja, comparar o que é comparável e acima de tudo comparar as execuções orçamentais em termos de períodos homólogos e as respetivas verbas orçamentadas. Só assim se perceberá convenientemente se a execução orçamental correspondeu ao inscrito no respetivo orçamento. O atual governo continua a apostar no aumento dos impostos indiretos, em detrimento da aposta do governo anterior que incidia nos impostos diretos, nomeadamente no IRS. Este governo defende-se dizendo que alguns destes impostos incidem sobre produtos não essenciais e que todos pagam, incluindo
os turistas, nomeadamente no caso do IVA, o anterior refere que assim ataca-se a economia. É caso para dizer, venha o diabo e escolha! O que é que nos diz a vida real? Que de uma forma ou de outra, o “ministério” do serviço da divida é dos maiores do país, que a divida publica continua a crescer, que os juros que o país paga continuam elevadíssimos e muito acima dos juros de mercado e que o defice teima em não descer da forma que se desejava, não obstante todos os esforços e apertos que o país sofre. Diz-nos ainda que continuamos na corda bamba e nas mãos das empresas de rating, e que não fora a DBRS a salvar-nos, mantendo o rating da república, já nem o BCE nos emprestava dinheiro. Tudo isto porque nos endividamos em demasia e ainda também pelo malfadado defice das contas públicas. Aqui vem a terreiro a afirmação do presidente francês, dizendo que não tem cumprido o defice. Perante isto, alguém ouviu a comissão europeia, ou alguém ouviu o ministro das finanças alemão? Porque será? Uma coisa parece pacifica, a nossa divida, tal como está estruturada, jamais será paga. Será isto que os credores querem? Voltando aos orçamentos, o anteriormente referido aplica-se a todas as entidades, onde se incluem obviamente os municípios, que também aprovaram
Carlos Ferreira Diretor
recentemente os seus orçamentos. Tão ou mais importante que uma análise fina de cada orçamento é a análise da execução orçamental, nomeadamente em sede de comparação da execução com o orçamentado e com a execução homóloga de anos anteriores. A análise destes dados, daria enormes surpresas e constatar-se-iam enormes diferenças entre o orçamento e a execução, entre as intenções e a realidade. Seria interessante que os relatórios de gestão e as contas de gerência passassem a dar realce a estas comparações. Uma nota final para informar que em dezembro teremos eleições para os órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia da Batalha e para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, duas importantes associações de solidariedade do nosso concelho, quiçá as mais importantes, apelando por esta via à participação dos associados nos atos eleitorais, mas também à sua disponibilização para ajudarem as equipas de voluntários que colaboram ativamente com estas instituições.
s Conversas da Mariana Por Mariana Lopes
Pouco Importa Olá amigos, Está de chuva hoje, mas espero que se encontrem bem. Abrigados. O que importa é que ainda há conversa que nos una, por mais uma vez. Num dia chuvoso como este, o primeiro dia lacrimoso deste outono (se a memória não me falha), estava eu por terras invictas, quando algo me arregalou o ouvido. Ouviu-se um estouro, seguido de um grito másculo imponente, que de imediato romperam com os barulhos quotidianos, quase silenciosos, porque despercebidos. Afluíram de um
autocarro petrificado pessoas, como gotas que se desprendem de uma torneira aberta, e polvilham superfície circundante. Pareciam desajeitadas, elas. Assustadiças. - Acho que um velhote escorregou no passeio e foi contra um autocarro em andamento. Dizem que tem sangue na cabeça – comentou o empregado do café com os clientes da mesa vizinha. Era gordinho, tinha bigode, o sotaque e camisa branca a rigor. Gostaria de poder dizer-vos mais acerca do infeliz que esbarrou no passeio em horário
demasiado errado, mas não tenho como. A verdade é que, depois do sucedido, aconteceu uma coisa apenas: o continuar de todas as coisas. Findado o susto que nos entalou as goelas, a conversa sobre os chuviscos inoportunos, procedeu; as idas para o emprego continuaram em marcha pelas calçadas húmidas; e para empregado do café: - olhe, são três cafezinhos, e um deles cheio. E no meio de tanto burburinho desgraça-me esta falta de benevolência, de vínculo. Sem grandes conclusões me despeço, porque para os bons
entendedores que vocês são, certamente que meia palavra basta. Resta-me esperar que o velhote tenha permanecido de hirta saúde, sem torcicolos nem nada de pior.
Ter pressa de ter vagar A tecnologia é um dos motores da Humanidade - não interessam agora os diferentes prismas de análise, positivos ou negativos. No nosso tempo nascem quase todos os dias revolucionárias formas de fazer. Um breve olhar à nossa volta, ou para o equipamento que seguramos, certifica de imediato esta ideia. A Indústria 4.0 (Internet das Coisas ou a 4ª Revolução Industrial) é o último grito de novidade na produção industrial. Em termos simples, significa que máquinas e computadores (entenda-se informação) estão a fundir-se cada vez mais no sentido de produzirem com a menor presença de trabalhadores possível. Parece ficção, mas é-o cada vez menos. Num recente congresso sobre a Indústria 4.0 - a designação alemã para a mudança tecnológica em curso - questionaram um empresário sobre as implicações nos postos de trabalho. O homem respondeu que esse era um problema para os sociólogos e filósofos resolverem. E disse bem, segundo o princípio de que cada macaco deve observar o mundo do seu galho. Mas, tenho para mim que esta é a questão fundamental. Se as máquinas dispensarem os trabalhadores (muitas vezes já procuraram sossegar-me dizendo que é uma ideia de ficção), como vamos - é força de expressão, porque nessa altura não estarei aqui escrever, presumo - viver cada dia e como vamos conseguir rendimentos para pagar aquilo que as máquinas produzirem? O que me preocupa, e pelo que tenho percebido, é que a atenção centra-se quase exclusivamente na Indústria 4.0 enquanto facilitadora da produção industrial e do desenvolvimento tecnológico, descurando o debate quem deve ser o beneficiador de toda a tecnologia: o Homem. E o problema não é tecnológico. É de ter Vida.
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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m “Projetos essenciais para o
concelho já estão aprovados na sua maioria” Centro”, que junta Coimbra, Batalha, Alcobaça e Tomar ou o Programa Cultural em Rede - OP(us) - Ópera no Património. “Os programas de envelhecimento ativo, academia sénior e apoio à construção de duas novas unidades residenciais para idosos, na Batalha e em São Mamede, são ações em destaque para 2017 e que representam uma importante resposta para a população idosa do concelho”, refere a câmara em comunicado. No orçamento de 2017, a autarquia “destaca ainda a opção de impostos locais nos valores mínimos e taxas municipais reduzidas, como estímulo ao investimento local e medida de apoio às famílias. O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) mantém-se no valor mais baixo de 0,3% e com descontos no quadro do IMI familiar”. A despesa de capital, relativa a investimento, regista uma variação positiva de 74% face ao ano anterior. Já
na despesa corrente (custos de funcionamento), prevê-se para 2017 uma redução de 3%. “Temos a ambição de realizar investimentos de 23,8 milhões de euros até 2020, concretizando projetos essenciais para o concelho da Batalha, na sua maioria já aprovados e que serão cofinanciados por fundos comunitários e o pelo Fundo de Turismo, entre outras fontes de financiamento”, salienta o presidente da câmara, adiantando que a aprovação dos documentos resulta de “um processo participado e que contou com sugestões dos vereadores da oposição”. No entender de Paulo Batista Santos, “a opção de otimizar os fundos europeus para projetos ambientais e de regeneração urbana, a par de uma política fiscal amiga das pessoas, está a dar frutos ao nível da realização de novos projetos de qualidade e também na fixação de negócios e de novas famílias na Batalha”.
p Agrupamento de escolas recebe obras de fundo
p Um dos projetos é o que visa proteger o mosteiro do trânsito
OM2017: Valores superiores a 100 mil euros RECEITAS
DESPESAS
Programa Operacional Região Centro - CENTRO 2020
4.199.653,00
Escolas
2.807.721,00
Fundo de Equilíbrio Financeiro
3.092.593,00
Instalações de serviços
1.572.834,00
Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
1.756.103,00
Pessoal em funções
946.274,00
1.229.818,00
Recolha e tratamento de efluentes (AGL)
875.519,00
514.086,00
Encargos das instalações
795.396,00
Participação fixa no IRS
440.650,00
Empresas públicas municipais e intermunicipais
591.000,00
Imposto único de circulação
436.340,00
Limpeza e recolha de lixos
557.363,00
Derrama
391.471,00
Pessoal em Funções - Cedência MEC / AE (Educação)
482.822,00
Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas Imóveis
356.173,00
Caixa Geral de Aposentações
360.933,00
Fundo de Equilibrio Financeiro
343.621,00
Alimentação-Refeições confeccionadas
357.208,00
Recolha e tratamento de lixos
308.531,00
Viadutos, arruamentos e obras complementares
299.516,00
Conservação e tratamento de esgotos
272.841,00
Parques e jardins
295.400,00
Concessão parque eólico
246.000,00
Instalações desportivas e recreativas
283.000,00
Fundo Social Municipal
245.790,00
Instituições sem fins lucrativos
256.000,00
POSEUR
152.915,00
Manutenção de parques e jardins
245.000,00
Concessão parque eólico (Chão Falcão)
125.000,00
Tratamento de lixos (Valorlis)
236.022,00
Serviços sociais
100.040,00
Estado
225.832,00
Investimentos incorpóreos
188.400,00
Diversos
162.000,00
Contrato Interadministrativo Educação (MEC/DGPGF) Concessão electricidade (EDP)
Seminários, exposições e similares
158.747,00
Pessoal dos quadros
156.510,00
Transportes
151.617,00
Titulares órgãos soberania e membros de órgão autárquicos
148.750,00
Outros bens
138.594,00
Outros trabalhos especializados
130.300,00
Habitantes do concelho podem propor projetos até 30 mil euros Os munícipes da Batalha podem submeter propostas ao Orçamento Participativo até 31 de dezembro, através da plataforma eletrónica http://op.cm-batalha.pt, segundo uma nota da câmara municipal divulgada no dia 14 deste mês Os interessados também podem entregar as propostas em suporte físico, devidamente identificadas, na câmara municipal ou nas juntas de freguesia. O Orçamento Participativo – que permite, numa segunda fase, a votação dos projetos – tem uma dotação orçamental de 30 mil euros. Esta iniciativa permitiu a recuperação da ex-Escola António Cândido da Encarnação e a requalificação
p A antiga Estrada Real D. Maria foi recuperada da antiga Estrada Real D. Maria. O Orçamento Participativo “pretende tornar a gestão do município mais próxima do cidadão e mais transparente e plural”, refere o presidente da câmara, Paulo
Batista Santos, adiantando que “a câmara tem registado o interesse concreto dos munícipes no envolvimento deste processo de auscultação popular”.
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Batalha Atualidade
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Vinte mil foram ao posto de turismo em nove meses m Quarto lugar da lista dos postos de informação afetos ao Turismo do Centro com maior atividade
O Posto de Informação Turística da Batalha (PITB) contabilizou nos primeiros nove meses do ano 20.246 visitantes, ou seja, 2.300 atendimentos mensais, de acordo com os dados oficiais do Turismo do Centro. Estes números posicionam PITB no quarto lugar da lista dos postos de informação afetos ao Turismo do Centro com maior atividade, num território constituído por mais de 100 con-
Grupo Para Sempre dinamiza oração na Golpilheira O grupo de jovens Para Sempre, da paróquia da Batalha, está a dinamizar uma oração na igreja da Golpilheira todas as primeiras sextas-feiras do mês, até junho de 2017. A oração intitulada Shemá (escuta) baseia-se no estilo praticado na comunidade francesa de Taizé, à base de cânticos e momentos encenados, com o envolvimento de todos os participantes. A primeira edição desta iniciativa aconteceu no dia 7 de outubro, com a participação de uma centena de pessoas de todas as idades.
p Posto de turismo recebe 2.300 pessoas por mês celhos. Os dados “evidenciam que o sector do turismo se encontra numa trajetória francamente positiva e que
2016 ficará na história como um dos melhores anos para esta atividade económica na Batalha”, refere o presidente da câmara, Paulo Ba-
tista Santos. O autarca adianta que o próximo ano “se assumirá como um ano de grande importância neste contexto
Ópera no património procura financiamento da Europa
de atividade devido às comemorações do centenário das aparições de Fátima e da visita, já confirmada, de Sua Santidade, o Papa Francisco”. O número de turistas nacionais atendidos no PITB registou também um crescimento face a 2015, ainda que sejam os estrangeiros quem mais procura este espaço informativo de âmbito turístico. Segundo o município, “o ano de 2016 registou um crescimento consolidado de turistas no concelho da Batalha, com expressão significativa na ocupação hoteleira e nos estabelecimentos de restauração”.
Autarcas foram a Trujillo ver como se faz uma incubadora Uma comitiva da Batalha, dirigida pelo presidente da autarquia, visitou no dia 8 deste mês o centro de incubação de empresas i-Novo, um projeto de referência em Espanha, localizado em Trujillo, uma cidade geminada com a Batalha. O presidente da câmara da Batalha, Paulo Batista dos Santos, acompanhado de vereadores e outros responsáveis da autarquia, procura oportunidades de parceria que permitam melhorar o projeto em preparação sobre uma incubadora de start-ups na Batalha. O município está a preparar a criação do Espaço Jovem, um investimento de
p A comitiva batalhense com o presidente da câmara de Trujillo 500 mil euros, que pretende apostar no empreendedorismo local, sobretudo direcionado para as áreas do património e turismo. A parceria estabelecida
com a i-Novo permitirá à Batalha beneficiar da experiência da incubadora espanhola, bem como da rede europeia e extraeuropeia. A comitiva portuguesa
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Jornal da Batalha
também visitou as obras do centro iGastrolab, onde terão lugar projetos de formação e inovação ao nível da gastronomia e hotelaria.
A câmara de Leiria está a liderar a candidatura do programa “O.P.(us) - Ópera no Património” aos fundos comunitários do Centro 2020, um projeto que visa a realização de um conjunto de eventos de cariz operático associados ao património, à cultura e aos bens culturais dos territórios de Leiria, Batalha, Viseu, Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Coimbra, num total de 91 espetáculos por ano. Com um investimento de 972 mil euros, está calendarizado para os três próximos anos. Segundo a autarquia, este programa assenta na realização de 18 obras referenciais da história da música a partir de uma estrutura profissional que integra orquestra, coro, solistas, encontrando-se alinhado com uma estratégia regional que tem como objetivo contribuir para a preservação dos valores naturais e culturais. Uma das ideias chave do “O.P.(us) - Ópera no património”, que tem como mentor e programador o maestro José Ferreira Lobo, é a dinamização do património material, através da organização de espetáculos em imóveis ou locais de valor patrimonial extraordinário, seja arquitetónico, urbano ou natural, concedendo à obra musical uma dimensão cénica notável, refere a câmara em comunicado.
Nume
“Tanta luta, só azedume Limpe suas lágrimas e vá ao Nume” Nota: “Lanço cartas com dom de cartas, não jogo à sueca” V.P. Amigo * humano * presciente * polímata Alternativas e soluções espirituais 91486710 - Google: Doctoris Numeratus
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Batalha Atualidade
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Jornal da Batalha
Câmara e AEB ensinam 750 crianças a combater a obesidade m Vai será avaliada a composição corporal dos alunos, com a medição do peso, altura e cálculo do IMC A câmara municipal, em articulação com o Agrupamento de Escolas da Batalha, esta a desenvolver desde o dia 2 deste mês um projeto de combate à obesidade infantil denominado “Batalha Saudável”. O projeto é dirigido aos alunos do pré-escolar e do 1º CEB e tem como objetivo proceder à classificação do estado nutricional das crianças, bem como dotá-las de conhecimentos sobre a importância de uma
alimentação saudável. Numa primeira fase, será avaliada a composição corporal das crianças, com a medição do peso, altura e cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), através das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde. “Com a recolha e a sistematização destes dados, realizar-se-ão diversas abordagens aos alunos, no âmbito de temáticas consideradas essenciais, designadamente o tipo de lanches consumidos nas escolas, a importância do pequeno-almoço e o consumo de fruta”, explica a câmara municipal em comunicado.
p O projeto alerta para a necessidade de uma alimentação saudável
O projeto contempla, em paralelo, sessões dirigidas aos pais e aos educadores, bem como a distribuição de diverso material informativo. Para Paulo Batista Santos, presidente da câmara, a implementação deste projeto, dirigido a mais de 750 alunos, “afigura-se como bastante importante, no âmbito da prevenção da obesidade infantil”. Os dados oficiais disponíveis sobre esta matéria “atestam que é urgente a implementação de estratégias e programas capazes de suscitar nas crianças a importância de uma alimentação saudável”, conclui o autarca.
Quatro famílias do concelho montaram peça de teatro O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) apresenta no dia 4 de dezembro, pelas 11h30, um espetáculo de teatro protagonizado por quatro famílias do concelho - 13 pessoas com idades entre os cinco e os 50 anos – no âmbito da programação cultural do município, em articulação com um projeto de investigação integrado no Mestrado de Intervenção e Animação Artísticas da
Escola Superior de Ciências Sociais de Leiria. Ao longo de seis meses, pais, mães e filhos fizeram parte do grupo de trabalho participante em diversas ações no MCCB, de acordo com as fases implicadas na investigação. Do jogo e expressão teatrais, passando pela criação de narrativas, argumento, diálogos, personagens e adereços, os familiares tiveram a oportunidade de
desenvolver diversas capacidades pela via do teatro. O processo de construção e montagem do espetáculo foi desenvolvido sob orientação da conservadora do MCCB e investigadora do projeto, Ana Moderno, contando ainda com visitas de um docente da ESECS, com experiência profissional em encenação. Esta atividade designa-se “uma visita encenada ao MCCB”.
p Os participantes neste projeto no MCCB
Alunos têm música nos tempos livres A câmara da Batalha e o Orfeão de Leiria assinaram no dia 17 deste mês um protocolo para o ensino da música aos alunos do 1º ciclo do ensino básico, no âmbito das atividades de enriquecimento curricular. O acordo estabelece que “o ensino da música deve ser realizado de forma articulada e construtiva, assente num caráter lúdico,
procurando ao mesmo tempo amenizar a sobrecarga letiva decorrente da permanência prolongada nas instalações da escola pelos alunos”. A escolha do Orfeão de Leiria – Conservatório de Artes para garantir o ensino da música no concelho “relaciona-se com a disponibilidade deste organismo em garantir um corpo do-
Estudantes mais novos empenhados no xadrez cente qualificado e disponível para garantir a oferta musical a todos os alunos do 1º ciclo do ensino público”, explicou o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Mais de 500 alunos do concelho beneficiam desta nova oferta nas atividades de enriquecimento curricular, um projeto que representa um investimento municipal de 14 mil euros.
O Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) disponibiliza este ano a atividade de xadrez a todos os alunos do primeiro ciclo, em consequência dos bons resultados obtidos desde outubro de 2015, quando foi introduzida em cinco escolas - e envolveu 104 crianças. Este ano há mais de 140 participantes e as inscri-
ções continuam abertas. O projeto é dinamizado por Fátima Gaspar, professora na escola sede do AEB, no âmbito da Associação Cultural e Desportiva do Rio Seco, coletividade que se empenhou em divulgar o xadrez junto dos alunos, muitos dos quais já participaram em torneios. Na realidade terço dos
alunos (33) participou em competições da Associação de Xadrez de Leiria e no torneio aberto das festas da Batalha. Este projeto envolve, além do AEB e da coletividade da freguesia do Reguengo do Fetal, a câmara municipal e o monitor de xadrez e árbitro internacional Carlos Dias.
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Opinião s Crónicas do passado
A conquista e defesa do território Após os grandes feitos cristãos frente ao infiel, o cavaleiro tornava-se cada vez mais símbolo católico da paz e da ordem pública, mas os objectivos e ganancias do Homem, pediam guerra, saciando assim a ânsia de poder. A Batalha de Aljubarrota, insere-se na defesa do território português, e mostrou que os cavaleiros portugueses desejavam combater pelo seu Rei, e sobretudo contra os apoiantes do antipapa de Avinhão, Clemente VII, lutando por uma causa religiosa. Exemplo da sua devoção ao cristianismo e à fé, é a edificação do Mosteiro em honra de Santa Maria da Vitória, imagem sagrada adorada pelos monges guerreiros cristãos das ordens dos Templários, dos Hos-
pitalários e dos Espatários, durante a guerra santa em Jerusalém. Na disposição táctica dos famosos arqueiros galeses, que utilizavam o long bow, e dos besteiros portugueses, eram dispostos duzentos cavaleiros nas duas alas da vanguarda, de modo a protege-los, sendo lançadas entre dez a doze setas por minuto. É nesta época que os cavaleiros passam a ser representados unicamente pela nobreza, esquecendo-se assim o papel dos ricos-homens, e os escudeiros eram agora filhos de famílias importantes, deixando de ser possível um plebeu alcançar o grau de cavaleiro, perdendo a sua oportunidade de se enobrecer pelos seus feitos, ao serviço do rei ou de uma ordem re-
ligiosa de cavalaria. Começa a ser mais visível, a partir de então, uma nobreza de toga, denominada de fidalguia, era o caso de João das Regras. No ano de 1411 assinou-se um tratado de paz com Castela. Em 1415 passa-se a combater no norte de África, com a conquista de Ceuta, desde então Portugal possuía uma importante praça de comércio, mas sobretudo um local onde os cavaleiros portugueses podiam libertar o seu ardor combativo. Sobre este confronto recomendo a leitura da obra comemorativa dos seus 600 anos, 1415 – A Conquista de Ceuta, da autoria de João Gouveia Monteiro e António Martins Costa. Esta era uma das razões para a partida de uma armada, coman-
dada pelo Infante D. Henrique, para Tanger no ano da graça de 1437, que terminou num ataque fracassado, resultando no exílio do Infante D. Fernando. Nesta conjuntura Portugal passava de um reino governado pela desconfiança ao seu vizinho castelhano, para uma potência naval que ameaçava as zonas costeiras de África, deixando a classe medieval combativa, onde o cavalo era o centro de todas as atenções, no que diz respeito ao confronto directo, virando agora os interesses para as caravelas do século XV. O cavalo era nas sociedades aristocráticas um símbolo de poder e de riqueza, elemento crucial de algumas profissões. A ligação do homem com o seu cava-
lo é marcante nas ordens de cavalaria, como a dos Templários, ou mais ligado ao nosso território circunscrito, à Ordem de Avis. Para se mostrar a grande devoção à fé cristã, havia cavaleiros mais abastados que empreendiam peregrinações a locais santos como a Palestina, Roma ou Santiago de Compostela. Os cavaleiros vilãos eram os que actuavam mais nas áreas rurais, zonas inconstantes e de transformação permanente, devido à sua fraca defesa, eram saqueadas com frequência, ao contrário das áreas urbanas, onde actuavam os cavaleiros de proveniência nobre.
Francisco Oliveira Simões Historiador
s Noticias dos combatentes
A perenidade da Liga dos Combatentes Acabada de comemorar 95 anos de idade, a Liga dos Combatentes é uma das mais antigas Instituições de cariz social existentes no nosso País (Trata-se de “uma organização cívica e patriótica portuguesa que reúne os antigos combatentes das forças armadas e de segurança. A LC é uma pessoa coletiva de utilidade pública administrativa, tutelada pelo Ministério da Defesa Nacional”). Lembremos que a sua criação nasceu da necessidade, sentida por um grupo de proeminentes cidadãos exemplares e solidários, de ajudar órfãos, viúvas e pais das dezenas de milhares de jovens portugueses que combateram na 1ª Grande Guerra (1914-1918). E, para além dos milhares que pereceram no conflito, também grande parte dos que
regressaram vivos, vieram doentes, estropiados, gazeados, incapazes de prover ao seu sustento e dos seus familiares e que foram simplesmente deixados ao abandono pelos sucessivos governos de então. Recordemos que, por essa época, a situação política em Portugal, nascida da implantação da República, 8 anos antes (05 de outubro de 1910), era uma anarquia total, com os governos a caírem, uns após outros, pouco depois de tomarem posse, isto num país cada vez mais empobrecido, empobrecimento que, como já acontecia antes e infelizmente continua a acontecer nos nossos dias, atinge sempre a esmagadora maioria da população, em contraponto com as autoproclamadas elites que, não tanto estranhamente como
alguns espíritos mais ingénuos possam pensar, conseguem sempre aumentar as suas riquezas, na proporção direta em que a miséria geral aumenta. No início da década de 60 do século passado, provavelmente mais de metade dos sobreviventes daquele conflito já teria perecido, tanto mais que, à época, a esperança média de vida da população portuguesa era significativamente menor que nos nossos dias e daí não ser despiciendo que, pelo menos alguns dos líderes da Liga dos Combatentes, começassem a temer a extinção da Instituição. É então que começam as guerras independentistas nas ex-colónias portuguesas, sucessivamente em Angola, Guiné e Moçambique, conflitos que duraram 13 anos, durante os quais fo-
ram mobilizados para ali combaterem cerca de um milhão de jovens, só de Portugal continental insular. Não vamos repisar sobre os milhares que por lá morreram nem as dezenas de milhar que regressaram com mazelas mais ou menos graves, tanto físicas como mentais. Recordaremos apenas que, em termos de apoio, socioeconómico e psíquico, não houve grandes diferenças, relativamente ao que já tinha acontecido no rescaldo do conflito mundial de 1914-1918. Lembraríamos ainda que, na sequência da revolução de Abril de 1974 e, pese embora esta ter sido feita praticamente sem derramamento de sangue, tal não evitou grandes lutas ideológicas fratricidas, ao ponto de, nos anos subsequentes, os combatentes, mandados arris-
car a vida “sem saberem ler nem escrever”, mas apenas no cumprimento das ordens do poder político à época instituído, quase terem sido considerados criminosos de guerra! Valeu (e continua a valer), a muitos milhares deles a existência da Liga dos Combatentes que, não tardando em adaptar-se aos novos tempos, mais uma vez, em tudo quanto lhe foi (tem sido) possível, os vai ajudando, designadamente em termos de dignidade e orgulho, por terem servido a Pátria sem esperarem qualquer contrapartida, mesmo tendo consciência que muitos não regressariam com vida, como de facto não regressaram. Hoje, 42 anos após o termo do conflito africano, para além de, felizmente, estimar-se haver ainda
mais de 700.000 combatentes vivos (também devido ao aumento médio da esperança de vida, que entretanto subiu mais de 10 anos), a Liga dos Combatentes continua a renovar-se a cada dia que passa, agora também com combatentes de outra estirpe, os milhares de militares que têm feito parte das chamadas “missões de paz”; missões que não são tanto de paz quanto a designação indica, o que leva muita gente, quase sempre por ignorância, a tecer comentários, não raro depreciativos, acerca destes nossos bravos compatriotas. Este assunto merece aprofundamento e voltaremos a ele em próxima oportunidade. NCB
Jornal da Batalha
Atualidade Batalha
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Prémios diferentes para homens e mulheres geram polémica m A Associação Recreativa Batalhense explica as diferenças nos valores com o número de ciclistas masculinos e femininos inscritos A diferença de valor dos prémios atribuídos a mulheres e homens classificados no pódio da prova noturna de BTT Urban Night MTB, promovida no dia 28 de outubro pela Associação Recreativa Batalhense (ARB), gerou uma polémica sobre uma alegada situação de discriminação de género. As três primeiras classificadas da prova, que decorreu junto ao mosteiro, receberam prémios de 100, 50 e 25 euros, correspondentes aos três primeiros lugares, enquanto os melhores
p A organização refuta as acusações de discriminação da classificação masculina ganharam 150, 75 e 50 euros, respetivamente, para primeiro, segundo e terceiro lugares. A atribuição de valores diferentes para atletas masculinos e femininos valeu
aos organizadores da prova algumas críticas nas redes sociais. Em declarações ao jornal Região de Leiria, a direção da ARB “justificou a existência de diferenças no valor dos prémios com o facto de “existirem esca-
lões diferenciados, sendo que o masculino tem mais de 95% do total de inscritos em todas as edições deste evento”. Para a ARB, adianta o jornal, “não se trata de uma discriminação de género,
Dono de prédio junto à Ponte da Boutaca pede mais um ano
apenas se trata de igualdade de valor de prémios entre participantes de cada escalão”, ou seja, “uma vez que os atletas do género masculino são em maior número do que as do género feminino, então o valor do prémio
será maior”. No entanto, Catarina Canha, antiga diretora da Federação Portuguesa de Ciclismo, considerou, em declarações ao Região de Leiria, que esta “é uma forma de discriminação” e que a prova “não deixa de ser tão exigente para os homens como para as mulheres, porque o percurso é o mesmo e o número de horas é o mesmo”. Duarte Marques, diretor da Federação Portuguesa de Ciclismo para o BTT, reconhece ao jornal que “em provas nacionais, a discrepância na atribuição dos prémios para mulheres e para homens é de quase metade do valor”, adiantando, no entanto, que “nas provas internacionais integradas no calendário da União Ciclista Internacional os prémios monetários a atribuir a homens e mulheres são iguais”.
Obras de 40 mil euros na sacristia do mosteiro A sacristia do mosteiro vai receber obras no valor de 40 mil euros, que têm a duração de dois meses e o objetivo de parar a degradação que a atinge. O projeto prevê a limpeza, tratamento e restauro do mobiliário da sacristia, no sentido de preservar o conjunto, maioritariamente do período barroco. Os painéis
e os móveis necessitam de tratamento e limpeza. No futuro, o espaço poderá vir a ser aberto ao público, mas só depois das obras a hipótese será ponderada. A intervenção deve estar concluída até ao início de 2017. No final do ano passado, a instalação elétrica foi renovada e colocada nova iluminação na sacristia.
Ok Sofás abriu junto à Exposalão p Aspeto da obra em agosto de 2014, dois anos após o início A câmara da Batalha está a analisar o segundo pedido de extensão, por mais um ano, do prazo da licença de construção do edifício situado junto à Ponte da Boutaca, na Batalha, que se destina a negócios na área da restauração. A estrutura do edifí-
cio, em betão armado, em construção há quatro anos, junto à antiga Estrada Real que ligava Lisboa ao Porto, chama a atenção de quase todas as pessoas que por ali passam. A obra, iniciada em outubro de 2012, pertence a um investidor estrangeiro – que quer abrir um estabe-
lecimento de restauração e bebidas - e tem registado poucos desenvolvimentos no último. A construção tem parecer favorável da Direção Regional de Cultura do Centro, apesar de algumas criticas pelo impacto que tem na paisagem e por se situar muito próximo da
Ponte da Boutaca. A primeira autorização de construção previa que a obra fosse concluída em dois anos, mas como tal não sucedeu foi pedida uma primeira prorrogação do prazo e depois a segunda.
Uma loja Ok Sofás abriu no Casal da Amieira, junto ao Centro de Exposições Exposalão, na Batalha, no dia 29 de outubro. O espaço de exposição tem 1.100 metros quadrados, distribuídos por dois pisos. A marca tem uma loja aberta há quatro anos na Zona Industrial do Casal do Cego, em Leiria, e neste momento pensa instalar uma nova zona comercial
no distrito. A Ok Sofás está no mercado nacional há 15 anos, tem 20 lojas em Portugal e 60 em Espanha. A marca dedica-se ao comércio de sofás, colchões, camas, tapetes e outros artigos de decoração, provenientes de 24 fábricas em Portugal e Espanha. Tem mais de 600 referências de tecidos.
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Batalha Opinião
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Jornal da Batalha
s Fiscalidade
Regime facultativo de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento O Decreto -L ei n .º 66/2016, de 3 de novembro, (entrou em vigor em 4/11/2016), cria um regime de reavaliação do ativo fixo tangível e propriedades de investimento, ou seja, um regime de incentivo (se quiserem, o regime é opcional), à reavaliação de certos ativos afetos ao exercício de atividades empresariais das empresas portuguesas. As empresas podem reavaliar os seus ativos, para atualizarem e mostrarem aos bancos as suas demonstrações financeiras com mais capitais próprios, para assim, poderem obter mais financiamento daquelas instituições. A reavaliação fiscal dos elementos afetos à atividade das empresas realizada ao abrigo do presente decreto-lei, sendo facultativa, será reportada, para os sujeitos passivos cujo período de tributação coincide com
o ano civil, a 3112/2015, e produzindo efeitos, em termos de depreciações, a partir do exercício de 2018. Nos termos do normativo contabilístico aplicável, os bens que integram o ativo fixo tangível são inicialmente valorizados pelo seu custo. Após a mensuração inicial, pode optar-se por um modelo de mensuração pelo custo ou de revalorização. Na generalidade dos casos, opta-se pelo modelo de custo. Esta opção implica, com o decorrer do tempo, a subavaliação dos ativos das empresas e, portanto, a transmissão de uma imagem menos fiel dos respetivos capitais próprios, com as consequências negativas que daí resultam ao nível, designadamente, da angariação da confiança necessária à obtenção de financiamento. A opção pelo modelo de revalorização, embora per-
mitindo uma maior aproximação dos capitais próprios ao seu valor real, acarreta maiores custos associados ao apuramento, numa base regular, dos ajustamentos necessários ao valor dos bens no balanço. Os efeitos da referida revalorização, bem como de eventuais “reavaliações livres” são desconsiderados fiscalmente, desincentivando a sua concretização. Com efeito, por um lado, a reserva de reavaliação não concorre para a formação do lucro tributável, por respeitar a mais-valias potenciais ou latentes e, por outro lado, o acréscimo de depreciações não é considerado para efeitos fiscais. Para o efeito, sujeita-se a reserva de reavaliação fiscal a uma tributação autónoma especial e, em contrapartida, permite-se aos sujeitos passivos abrangidos a dedução fiscal dos acrés-
cimos de depreciação dos ativos objeto de reavaliação. Excluem-se da reavaliação; os elementos totalmente depreciados ou amortizados na data a que se reporta a reavaliação, exceto quando ainda estejam aptos para desempenhar utilmente a sua função técnico-económica e sejam efetivamente utilizados no processo produtivo do sujeito passivo; os elementos de reduzido valor cujo custo de aquisição ou de produção tenha sido deduzido num só período de tributação; os elementos cujo custo unitário de aquisição ou de produção não exceda € 15 000,00; os elementos que não sejam depreciáveis ou amortizáveis ou cuja depreciação ou amortização não seja, na sua totalidade, dedutível para efeitos de IRC ou IRS, com exceção dos imóveis, relativamente aos quais se admite a reavaliação do res-
petivo valor de construção, e dos elementos já reavaliados ao abrigo de diploma lega e os ativos fixos tangíveis e as propriedades de investimento afetos a um estabelecimento estável localizado fora do território português. Em caso de opção pelo regime estabelecido no presente Decreto-Lei, é devida uma tributação autónoma especial equivalente a 14 % do valor da reserva de reavaliação a que se refere o artigo 6.º, desta Lei, sem possibilidade de qualquer dedução. A Tributação Autónoma especial, é liquidada pelo sujeito passivo em declaração de modelo oficial, a enviar, por transmissão eletrónica de dados, até 15/12/2016. O facto tributário verifica-se com a apresentação da declaração até 15/12/2016. O montante apurado é pago, em partes iguais, até ao dia 15 de de-
António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração
zembro dos anos de 2016, 2017 e 2018. O montante da tributação autónoma especial determinado nos termos da Lei, ainda que contabilizado como gasto do período de tributação, não é dedutível para efeitos da determinação do lucro ou rendimento tributável.
s Espaço do Museu
As tertúlias do MCCB - quatro anos de conversas e partilha de conhecimento Na sala que o Museu dedica à época romana, o grande Magistrado em mármore evoca o tempo em que, no forum (praça pública), se discutiam assuntos de interesse para a cidade de Collippo. Hoje, neste espaço circular, recordarmos a importante cidade romana e recuperamos os encontros com a comunidade. Desde 2012, que o público geral assiste e participa em conversas que contam com convidados de várias áreas do conhecimento. Criaram-se, por isso, os Ciclos de Tertúlias do MCCB. A iniciativa vai na sua quinta edição e regista já a realização de 12 conversas. Os encontros pretendem dar a conhecer trabalhos de investigação de uma forma acessí-
vel, informal e aberta. O V Ciclo de Tertúlias, a decorrer neste momento, abriu com as gárgulas do Mosteiro, numa comunicação conduzida pela investigadora e Professora Universitária, Catarina Barreira. A comunicação apresentada incidiu sobre o interesse que estas “criaturas” representam no nosso imaginário. Mas, se a Arte e a História se discutem com uma notável presença do público, não menos procurados são os temas relacionados com a Etnografia. Contámos, nesta área, com convidados como o jornalista e gastrónomo Manuel Poças das Neves (MAPONE), que nos veio falar sobre as alcunhas do Reguengo do Fetal. Já José Travaços Santos e alguns elementos do Rancho
Rosas do Lena, trouxeram-nos a temática das mezinhas e dos costumes da região estremenha. No MCCB fomos às nossas origens geológicas. O antigo diretor do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e Geólogo, Galopim de Carvalho, com mais de 80 anos de idade, fez-nos entender de forma sublime, a ciência e, com esta, as particularidades e características dos nossos terrenos. As escavações da cidade romana de Collippo marcaram também o programa das tertúlias, através do Arqueólogo e Professor Universitário, João Pedro Bernardes, numa conversa sobre um povo que deixou fortes marcas na nossa região.
O Direito também teve presença nestes encontros, pela voz do antigo Presidente do Tribunal Constitucional, Professor Rui Moura Ramos, natural da Batalha. O especialista falou-nos da influência do Direito nacional nos países lusófonos. As origens das freguesias do concelho foram reveladas pelo historiador e Professor Universitário, Saul Gomes, que percorreu diversos arquivos para encontrar os primeiros topónimos. Numa abordagem ao Turismo, o artista plástico Bruno Gaspar levou-nos “pela estrada fora”, conduzindo-nos na sua motorizada por uma viagem única pela Alta Estremadura. O escritor Afonso Lopes Vieira, apaixonado pela Batalha, também veio ao Mu-
seu, através da Professora Universitária e investigadora Cristina Nobre, que estudou a vasta obra de um dos maiores autores da região de Leiria. Nas tertúlias não faltaram os temas em torno do Mosteiro da Batalha. E para além das gárgulas, assinalámos a arte renascentista nas Capelas Imperfeitas, orientadas pela análise do historiador de arte, António Luís Ferreira. Das mesmas Capelas nos falou o Engenheiro Adriano Luís Monteiro, desvendando alguns segredos desta construção e de todo o monumento. O investigador e Técnico Superior do Mosteiro, Pedro Redol desvendou-nos um monumento desaparecido, trazendo desenhos, plantas e relatos de
estrangeiros ilustres, como James Murphy, William Beckford e Julia Pardoe. A próxima tertúlia decorre já no dia 2 de Dezembro, às 21h00. José Alberto Sardinha, Advogado, e conceituado Etnomusicólogo, realizou a principal recolha de instrumentos tradicionais e cantares portugueses, por todo o país. Nesta tertúlia haverá sons que distinguem a diversidade da cultura popular portuguesa. O Município da Batalha, através do MCCB, relança o convite aos leitores do Jornal da Batalha a participar nestas conversas. Mais informações em www.museubatalha.com Município da Batalha MCCB (Museu da Comunidade Concelhia da Batalha)
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Atualidade Batalha
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Centro da Golpilheira elegeu novos dirigentes da coletividade
Baldios passam para as freguesias de Reguengo do Fetal e São Mamede m Centena e meia de
p O CRG é a maior coletividade do concelho A assembleia geral do Centro Recreativo da Golpilheira (CRG) de 21 de outubro foi uma das mais participadas na última década, com a presença de 68 sócios, devido à existência de duas listas concorrentes aos órgãos sociais, uma situação que não se verificava desde 1978. Esta sessão deu continuidade à assembleia geral ordinária de 23 de setembro, que aprovou as contas de 2015 (ver edição de outubro do Jornal da Batalha), mas não elegeu os corpos sociais por ausência de concorrentes. Agora, pelo contrário, concorreram duas listas, que envolveram quatro dezenas de pessoas. A lista A venceu com 42 votos e a B obteve os restantes 26 votos, assumindo Fernando Ferreira a presidência da nova
direção do CRG. Na assembleia foi aprovado por unanimidade um voto de louvor à direção cessante, dirigida por Belarmino Almeida, por ter assumido os destinos da coletividade num momento difícil e recuperado o equilíbrio orçamental do CRG. A votação de uma proposta de alteração ao objeto social da coletividade voltou a ser adiada, devido à necessidade de uma revisão alargada aos estatutos. A nova direção foi mandatada para constituir uma comissão de trabalho que elaborará uma proposta de revisão dos estatutos, a apresentar numa próxima sessão da assembleia geral. O presidente da direção cessante, Belarmino Almeida, era candidato à reeleição na lista vencida.
terrenos integrados no perímetro florestal da Batalha encontram-se na titularidade da câmara A câmara da Batalha anunciou a 18 de outubro que vai colaborar com as juntas no sentido de devolver a titularidade dos terrenos baldios às freguesias, inscrevendo-os em nome e sob gestão das autarquias de Reguengo do Fetal e de São Mamede. “Historicamente, o município fez inscrever os baldios em nome da câmara, como forma de evitar a crescente apropriação de baldios nas freguesias do Reguengo do Fetal e de São Mamede”, explica a autarquia em comunicado. Por essa razão, adianta, “e com fundamento legal em 1989, a generalidade da
p O processo deverá estar concluído até ao final do ano centena e meia de terrenos baldios integrados no designado perímetro florestal da Batalha encontram-se inscritos na titularidade da autarquia” A regularização pretende dar sequência ao regi-
Corpos sociais
Direção – Presidente: Fernando Joaquim Figueiredo Ferreira – Vice-presidente: Rui Jorge Vieira Fernandes – Tesoureiro: Carlos Manuel Patrício Ferreira – 1º Secretário: Joaquim Monteiro Filipe Vieira – 2º Secretário: José Carlos Pereira de Sousa – Vogal: Hélder Manuel Fernandes Monteiro – Vogal: Hélder Monteiro Silva – Vogal: José dos Santos Silva – Vogal: Rui Pedro da Silva Nazário – Vogal: Tiago Emanuel Bento Sousa Conselho fiscal – Presidente: Isabel Maria Monteiro Costa – Vice-presidente: Célia Maria Pereira Capitão – Secretário: José de Jesus Henriques Grossol
me legal dos baldios (Lei nº 68/93, de 4 de setembro, na redação dada pela Lei 72/2014, de 2 de setembro), que determina a sua inscrição na matriz em nome do próprio baldio. “A câmara vai colabo-
rar neste processo de regularização com as juntas de freguesias de Reguengo do Fetal e de São Mamede, que dispõem de poderes delegados de administração dos baldios pelas respetivas assembleia de compartes, prevendo-se que esteja concluído até ao final do ano”, adianta o comunicado. “Este é mais um processo com 30 anos, nem sempre bem compreendido pelas populações das freguesias de São Mamede e do Reguengo do Fetal, e que pretendemos resolver de vez”, refere o presidente da câmara. “Nos termos da lei, a titularidade e gestão dos terrenos baldios deve estar na esfera das assembleias de compartes e das juntas de freguesia, e será também assim na Batalha com a colaboração do executivo municipal”, acrescentou Paulo Batista Santos, no final de uma reunião com as juntas de freguesia.
CERTIDÃO
s registo
Assembleia geral – Presidente : Carlos Agostinho Costa Monteiro – Vice-presidente: Manuel Carreira de Almeida Rito – 1º Secretário: Maria de Fátima Gomes Monteiro – 2º Secretário: Maria Helena Pimparel Ribeiro Guerra
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Convocatória Conforme as disposições do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, nomeadamente dos artigos 22.º, 23.º, 24.º, convoco todos os Irmãos para a reunião ordinária da Assembleia Geral a realizar no salão desta Irmandade, na vila da Batalha, no dia 24 de Novembro de 2016 pelas 20h00, com a seguinte ordem de trabalho: 1. Apreciação e aprovação do Orçamento e Plano de Actividades para 2017 e o Parecer do Conselho Fiscal; 2. Ponto de situação do projeto de construção da Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) e reabilitação da cozinha e lavandaria; 3. Tomada de conhecimento do estado de implementação do Projeto de Saúde Domiciliária; 4.
Outros assuntos de interesse.
Na ausência de quórum e ao abrigo do n.º 1 do artigo 24º, ficam os Irmãos convocados para a reunião ordinária da mesma Assembleia Geral, às 20h30m no mesmo dia, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, realizando-se esta com os irmãos presentes. Batalha, 10 de Novembro de 2016 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (António José Martins de Sousa Lucas)
Certifico para efeitos de publicação, que por escritura datada de hoje, exarada a folhas cento e dezanove e seguintes, do respetivo livro de notas número CINQUENTA E NOVE – A, do Cartório Notarial de Adelaide Josefa de Campos Videira – Torres Novas, compareceram os outorgantes: ARMINDO RODRIGUES DO CANTO e mulher ILDA HELENA SANTOS LOURO CANTO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, contribuintes fiscais números 191.713.376 e 191.353.191, naturais, ele da freguesia de Açores, concelho de Celorico da Beira, ela da freguesia de Monsanto, concelho de Alcanena, onde residem na Rua da Saudade, número 47. Pelos, primeiros outorgantes, foi dito: Que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, dos seguintes veículos: UM - Trator com a matrícula EV-99-60, de marca SAME, quadro número DF35FRT29338, com inscrição de aquisição a favor de José da Costa Baptista, infra identificado pela apresentação número setenta e um de três de Fevereiro de mil novecentos e oitenta e nove; e DOIS – Reboque com a matrícula L-91586, de marca JOPER, quadro número 10791F, com inscrição de aquisição ainda a favor de José da Costa Baptista, infra identificado pela apresentação número zero de catorze de Dezembro de mil novecentos e oitenta e oito. Que estes veículos, vieram à sua posse por compra e venda verbal, feita por volta de mil novecentos e noventa, ao referido José da Costa Baptista, já falecido, casado que foi com Maria Isabel dos Santos Batista sob o regime da comunhão geral de bens, residente que foi em Cela de Cima, freguesia e concelho da Batalha, compra essa que não foi nem lhes é possível agora legalizar por documento autêntico que a comprove. Que em consequência da compra verbal que efetuaram, os requerentes estão na posse e fruição dos mencionados veículos, em nome próprio, utilizando-os diariamente, procedendo às revisões e reparações em oficinas próprias, exercendo todos os atos materiais correspondentes ao exercício do direito de propriedade, há mais de vinte anos, sempre com o conhecimento da generalidade das pessoas, sem oposição ou intromissão de quem quer que seja, e sem interrupção, portanto sob uma forma pública, pacífica e contínua, pelo que adquiriram o respetivo direito de propriedade por usucapião, causa esta de adquirir que não pode comprovar pelos meios extrajudiciais normais. E DECLARARAM: ESTÁ CONFORME Cartório Notarial, dezanove de Outubro de dois mil e dezasseis. A Notária, __________________________________ Conta Registada sob o número: 3/1520/2016 (Jornal da Batalha Edição 316, 14 de Novembro de 2016)
Jornal da Batalha
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-se: Pombal (13,2), Bombarral (12,8) e Caldas da Rainha (12,7). Nas últimas posições, ou seja, os municípios com menos dinamismo económico, estão: Nazaré (9,1), Castanheira de Pêra (8,6) e Figueiró dos Vinhos (7,7). O presidente da câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, reafirmou no dia 5 deste mês, a propósito deste ranking, na sua página no Facebook, que “no curto prazo” o concelho “contará com um novo projeto de apoio ao empreendedorismo e de acolhimento de iniciativas start-up nacionais e internacionais, a Unidade de Apoio à Rede Europeia do Conhecimento para a Juventude”. “O investimento já foi aprovado no âmbito do Plano de Ação de Regeneração Urbana da Batalha e ascende a 520 mil euros de investimento, comparticipa-
do em 85% por fundos europeus”, adianta o autarca. A Unidade de Apoio à Rede Europeia do Conhecimento para a Juventude será instalada no antigo Hospital da Misericórdia, situado no centro da vila, depois de receber obras de adaptação. A aplicação disponibilizada online pela Marktest desde 2014 permite às entidades locais ou às empresas com dispersão regional observar, de forma rápida e intuitiva, os principais pontos fortes e fracos de cada concelho. A tabela é composta por 16 indicadores que pretendem medir o dinamismo da economia de cada concelho. Cada indicador foi classificado com uma pontuação de 1 a 20, tendo em conta a posição do concelho no conjunto dos 308 concelhos do país.
Indústria 4.0 debatida no PIC em Santo Antão “A política industrial portuguesa não pode reduzir-se à sigla Indústria 4.0 alemã”, defendeu em Santo Antão o ex-ministro e administrador da Sociedade Portuguesa de Inovação, Mira Amaral, considerando que as alterações atuais não correspondem a uma revolução. Para Mira Amaral, “estamos perante um processo evolutivo, que é a continuação da digitalização. A base continua a ser a eletrónica e os sistemas digitais. A 4ª revolução industrial acontecerá no âmbito das ciências da vida e da biotecnologia”. “Os conceitos têm de ser aplicados às empresas portuguesas”, mas o antigo ministro da indústria alertou que “a Indústria 4.0 foi inventada pelos alemães para fazerem o upgrade dos sectores em que já eram competitivos à escala mundial e
Economia Batalha
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durante o processo desenvolveram tecnologia para vender”. Mira Amaral, que falava na conferência “Inovação empresarial: Industrias 4.0, o nascer de uma nova era?”, no dia 26 de outubro no PIC - Portugal Industries Center, destacou ainda os problemas da cibersegurança. O diretor executivo da D. Dinis Business School e professor do Politécnico de Leiria, Vítor Ferreira, concorda com Mira Amaral: “A Indústria 4.0 envolve um conjunto de tecnologias e metodologias que são importantes, mas não constituem em si uma revolução no sentido das anteriores”, afirmou na conferência organizada pela consultora Aidlearn, Associação Portuguesa de Criatividade e Inovação e escola de negócios de Leiria.
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“OE2017 não desilude porque a expectativa também era baixa” m Para o presidente da câmara “continua por cumprir a aplicação da Lei das Finanças Locais, em relação ao montante global a transferir para os municípios”
As câmaras do distrito de Leiria vão receber no total quase 113 milhões de euros (a Batalha, 4,122 milhões) em transferências previstas no orçamento do Estado para 2017 (OE2017), uma subida média de 3,05% em relação ao ano anterior e acima do resultado nacional (mais 2,9%). O presidente da câmara da Batalha reconhece que a proposta “incorpora medidas que restauram o respeito pela autonomia dos municípios”, mas também regista “a ausência de medidas de recuperação da capacidade financeira das autarquias perdida nos últimos anos”. “Genericamente, pouco difere dos anteriores orçamentos. Feitas as contas continua por cumprir a aplicação da Lei das Finan-
p Autarca discorda do novo imposto sobre imóveis ças Locais, em relação ao montante global a transferir para os municípios e para as entidades intermunicipais. Não desilude porque a expectativa também era baixa”, diz Paulo Batista Santos. O autarca “discorda em absoluto da criação de um novo imposto sobre o imobiliário a incidir em património a partir de 600 mil euros para contribuintes particulares e empresas, matéria que deveria estar
no âmbito da decisão dos municípios” “Também discordo da manutenção de regras de execução orçamental que tendem a beneficiar o “infrator”, ou seja, os municípios equilibrados e que não apresentam dívidas deveriam ser premiados no acesso aos fundos europeus, por exemplo, uma vez que dispõem de maior capacidade de execução e já estão a contribuir para a coesão nacional dos de-
mais por via da comparticipação no Fundo de Apoio Municipal, instrumento financeiro que visa apoiar as autarquias em desequilíbrio financeiro”, adianta Paulo Batista Santos. Por outro lado, “continua por cumprir a aplicação da Lei das Finanças Locais, em relação ao montante global a transferir para os municípios e para as entidades intermunicipais, ou seja, o principio consagrado de subsidiariedade entre as administrações públicas é um exercício incompleto, uma vez que a participação das autarquias nos impostos fica abaixo do valor resultante da lei”, refere o presidente da câmara da Batalha. Na sua perspetiva, “ficam também por cumprir alguns compromissos relevantes com as autarquias, designadamente a redução para 6% da taxa do IVA para os transportes escolares e para a iluminação pública, ou a manutenção do pagamento do salário mínimo à generalidade dos contratados pelas autarquias (na carreira de assistente operacional), o que afasta muitos profissionais especializados”.
SÃO MAMEDE. A Trigénius e a Primavera BSS organizam no dia 20 de outubro, nas Grutas da Moeda, em São Mamede, Batalha, uma conferência sob o tema “Transformação digital nos escritórios de contabilidade”, em que estiveram presentes 40 empresários da área da contabilidade e gestão empresarial.
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Património Estremadura, a nossa Província (II) O Poeta Dr. Afonso Lopes Vieira, como todos os intelectuais leirienses da época, opôs-se com veemência ao desmantelamento da Estremadura determinado pelo malfadado decreto de 1936. Na “Nova Demanda do Graal”, e lembro que este seu livro bem como toda a obra do Poeta, natural de Leiria, deviam ser reeditados e parte essencial devia ser dada a conhecer nas Escolas, pelo menos nas da nossa região, no capítulo “Passeio nas Minhas Terras”, reprodução da palestra que proferiu em 1940 na Casa do Distrito de Leiria em Lisboa, dizia: “(…) A nossa província – que para mim continua a ser a Estremadura, - possui características próprias, feições suas, na tradição histórica, no feitio das suas populações, tão certo é que a variedade na unidade é o dominante elemento do nosso país. Na expressão histórica, a Estremadura tem a glória de guardar três monumentos que resumem e definem a própria vida nacional – Alcobaça, Batalha, Tomar. Quanto à paisagem, creio que é a única extensão de terra portuguesa, e talvez de terra europeia (o Baedeker inglês reconhece que Portugal é o país mais imprevistamente variado da Europa), onde se pode, em cerca de três horas de automóvel, partir da praia, atravessar a floresta, descer ao vale e subir às altitudes da montanha (…)”. Vem a propósito da obra de Afonso Lopes Vieira dever ser divulgada nas Escolas, que é de lamentar (e de ficarmos apreensivos) que no Ensino se ande consecutivamente à volta de dois ou três romances, deixando o restante da imensa Literatura Portuguesa, e em Língua Portuguesa, no esquecimento. Este sistema, de que evidentemente os professores não têm qualquer culpa, é empobrecedor, é
injusto, para não dizer faccioso, e distorce a visão da quantidade, da qualidade, da variedade e da singularidade dos nossos poetas, prosadores e pensadores. Em Junho de 1936 um grupo de figuras representativas de Leiria e da sua região lança um manifesto que designa por “Leiria e a Reforma Administrativa (Representação ao Governo do Estado Novo)”. Embora não figure na Comissão Delegada, Afonso Lopes Vieira é um dos apoiantes do manifesto, senão seu principal idealizador. A Comissão é constituída pelo Dr. Américo Cortez Pinto, médico, professor e distinto escritor, tendo publicado mais de oitenta obras de que destaco “Talent de Bien Faire. A Divisa do Infante e a Criação do Estado da Índia”, livro que é urgente reeditar e dar a conhecer à juventude; Engenheiro Eduardo de Azevedo Monteiro, na altura presidente da Comissão de Iniciativa e Turismo de Leiria; Dr. António da Costa Guerra, advogado, professor da Escola Comercial e Industrial de Leiria e autor de pelo menos duas obras; Coronel Marino da Cunha Sanches Ferreira, que foi fundador de dois jornais leirienses “União Nacional” e “Portugal” e autor de pelo menos oito livros; e Rafael da Fonseca Barreiros Calado, natural do Juncal, jornalista, publicista, crítico de arte, arqueólogo e autor de diversos livros e opúsculos. Não obstante alguns dos signatários serem apoiantes do regime então vigente, revelam neste manifesto clara independência, coragem no repúdio da Reforma Administrativa e inteligência na apresentação de contra-propostas. Entre as suas objecções sublinho a de uma mazela que continua a afectar, senão piorou, os poderes públicos: desvalorizarem a opinião popular, furtarem-se à consulta dos
cidadãos (por onde param os referendos?) e fazerem exactamente o contrário daquilo que seria o desejo das populações e que favoreceria o interesse geral. Vejamos. Logo no segundo período da representação, diz-se: “(…) É certo que a actual divisão administrativa contem defeitos que urge reparar. Para isso deveria talvez ter-se, previamente, procedido a um rigoroso e minucioso inquérito, para os legisladores poderem trabalhar com bases absolutamente seguras e perfeito conhecimento não só das condições geográficas, ou naturais de cada uma das regiões, mas ainda das aspirações, caracteres, necessidades, tendências e costumes dos povos. Só assim se poderia apresentar obra completa e perfeita para servir os superiores interesses da Nação e o bem geral das populações. De contrário só as viria lançar no descontentamento e na desordem das rivalidades e questões de precedências, que a todos incomodam e prejudicam, sem que a ninguém venham a aproveitar”. Que belíssima lição para os políticos do Terreiro do Paço! Que vergastada para aqueles que ainda há pouco estilhaçaram a mais lógica região turística do nosso País, a da Rota do Sol, que bonito nome!, ou, mais tarde, de “Leiria/Fátima”! Continua, no capítulo seguinte, o notável manifesto: “O Distrito de Leiria, embora em prejuízo dos seus interesses futuros, que reivindica com energia, porque ninguém lhe pode contestar o lugar que de direito lhe compete, sente com profunda mágoa que a antiquíssima Província da Estremadura, a que teve a honra de pertencer, venha a ser desmembrada e ingloriamente sacrificada pela nova organização administrativa. “Esta notabilíssima pro-
víncia, cujo nome anda tão gloriosamente ligado à nossa história, em todas as suas páginas mais brilhantes e memoráveis, que quase, por assim dizer, resume toda a sonorosa epopeia das nossas conquistas e que foi teatro de tantas acções heróicas para a independência e defesa da Pátria, tem todo o direito à existência, porque, pelo seu nobre exemplo de amor e patriotismo tantas vezes manifestado, é bem o coração de Portugal! “Se pudesse manter-se una e indivisível seria a melhor forma de lhe respeitar os seus altos privilégios de nobreza e de sagrados direitos que tão brilhantemente soube conquistar. (…)”. Enfim, não cabe nestes “Apontamentos” transcrever todo o brilhante manifesto dos defensores da unidade estremenha e as propostas que apresentam. As razões, de ordem histórica, geográfica, económica, administrativa e sentimental, que exprimem, não foram convincentes para o Poder e a partir de 1937 torna-se efectiva a destruição da nossa província. Se foi incompreensível, em 1936/1937, o desmantelamento da Estremadura, o mais recente, de há meia dúzia de anos, desmantelamento da região turística de Leiria é de bradar aos céus. Aquela sucessão de paisagens, monumentos e santuários marianos, que vinda da Nazaré, corre por Santa Maria de Alcobaça, Santa Maria da Vitória, Senhora do Fetal do Reguengo e Senhora de Fátima, com o vínculo da vizinhança e das afinidades, e que bem se podia estender a Tomar, que só Leiria tem o direito secular de encabeçar, quebrada, como foi, golpeou rudemente, repito, o espaço turístico português mais bem delineado e mais legítimo. Continuarei, se Deus quiser, com a Estremadura no próximo número.
PEÇA A PEÇA, O MUSEU ETNOGRÁFICO DA ALTA ESTREMADURA As primeiras peças que apresentei aos leitores e as que apresentarei nos próximos números, estão expostas na divisão do Museu Etnográfico da Alta Estremadura, na Rebolaria, dedicada à vasta colecção de miniaturas, embora ali também se exponham outros valores museológicos. Hoje, cabe a vez às miniaturas de embarcações da costa da Alta Estremadura, nomeadamente da Nazaré e da Vieira de Leiria e do Pedrógão. A vitrina que reproduzo mostra ao alto, no exterior, uma traineira denominada rapa, para pesca do alto Mar. É embarcação do século XX. Foi executada pelo batalhense Carlos Pinho Ceiça. Na prateleira de cima, está a singular barca salva-vidas Nossa Senhora dos Aflitos que ao longo de grande parte do século XX salvou inúmeras campanhas em aflição no então perigosíssimo acesso dos barcos de pesca ao areal nazareno. Os seus arrais e remadores deixaram páginas de maior heroísmo e simultaneamente de abnegação sem limites. A peça foi executada por um grande artista da Nazaré, o antigo calafate Augusto Sabino, infelizmente já falecido. As proporções do espécime são rigorosas bem como todo o recheio do barco. O salva-vidas ainda existe e, depois de muitos anos arre-
cadado no porto da Nazaré, tem estado em exposição no areal, não sei se devidamente resguardado. Na prateleira do meio, está o curiosíssimo barco da carreira ou mar-em-fora, todo pintado de preto e com a proa pontiaguda forrada de cobre. O fundo é chato e sendo barco de vela e do Mar alto, que segredos dos calafates nazarenos conseguiam pô-lo a navegar em segurança? Creio ser uma das mais singulares embarcações de pesca portuguesas. Já não existe nenhum exemplar na Nazaré, achando que ainda podia fazer-se uma réplica para figurar em museu, que seria grande atractivo, instalado naquela praia. O modelo foi executado também, com todo o rigor, pelo Mestre Augusto Sabino. Na mesma prateleira está um barco da arte xávega (meia-lua) de Vieira de Leiria e do Pedrógão. Foi executado por outro hábil artista, natural da Vieira e também já falecido, Júlio Crespo. Na prateleira do fundo, outra preciosidade do Mestre Augusto Sabino, o batel do alto, de vela e remos, também da Nazaré, com linhas semelhantes às das barcas nazarenas, muito airoso e capaz de vencer os arremedos do nosso Mar. E a um canto, o barco de arte-xávega da mesma praia para a pesca na costa. Modelo de autor desconhecido. É muito característica a sua proa pontiaguda. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (164)
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Cultura
Grupo de teatro “O Alguidar” enche os palcos da Lapa Furada m Há um ano que a Lapa Furada tem um grupo de teatro amador. O coletivo nasceu da vontade de Rita Rosa, de 35 anos. A paixão pelo teatro está-lhe no sangue desde pequena. Nesta entrevista, a encenadora e fundadora transporta-nos ao palco de “O Alguidar” Como nasceu a ideia de formar o grupo? Quando voltei da faculdade, casei e vim viver para a Lapa Furada. Uma das maiores necessidades que sentia era a falta de iniciativas culturais na terra e a ausência completa do teatro. A ideia começou desde cedo a borbulhar e a primeira tentativa surgiu há uns anos, numa proposta à junta de freguesia de São Mamede, mas que não chegou a ter andamento. O ano passado, a direção da Associação da Lapa Furada mudou e eu, enquanto habitante da terra e como terapeuta/encenadora do grupo de teatro do CRIF (Centro de Reabilitação e Integração de Fátima), já com alguma experiência, propus a criação do grupo de teatro amador, dando assim o meu contributo voluntário à associação. A ideia foi de imediato aceite e o repto lançado no meu Facebook. No dia e à hora marcados apareceram oito pessoas. A semente tinha sido colocada e enraizou-se logo no primeiro encontro. Chama-se “O Alguidar” porquê? Desde sempre que me lembro de haver um algui-
p “O Alguidar” é constituído por 19 atores amadores
p O público tem aderido às atividades do grupo p Rita Rosa é uma apaixonada pelo teatro desde criança dar em casa das pessoas. A minha avó tinha um, a minha mãe tem e eu tenho. Atrevo-me a dizer que do mais sábio e erudito ao mais humilde e pobre, não deve faltar este objeto nas suas casas. O alguidar é um elemento fundamental e com tradição cultural na minha terra. A minha avó amassava o pão num alguidar de barro e essa memória prevalece até hoje. A ideia de que o teatro não tem idade, não tem estatuto social e económico, tal como o alguidar, levou-me a pensar que seria um nome interessante e que faria jus ao objetivo do grupo: juntar diferentes pessoas com a mesma paixão: o teatro. Háalgumatradiçãodeteatro na Lapa Furada? Nunca houve qualquer grupo de teatro até à criação de “O Alguidar”. Ogrupoéconstituídoapenas por atores amadores? Sim. Uso o teatro como forma de terapia na minha instituição e conto com alguns workshops e formações de teatro na área da deficiência e em termos pessoais. Quantos membros tem o
grupo? Atualmente são 19 (quatro rapazes e 15 raparigas). O elemento mais novo tem 11 anos e a mais velha tem 58 anos. Temos profissões como: enfermeira, trabalhador de ferro, operárias fabris, estudantes, arquiteta, estudantes universitários, engenharia civil e serviço social, higienista oral, geóloga, terapeuta ocupacional, psicomotricista, agente de viagens, terapeuta da fala. Vivem todos na Lapa Furada ou são de outras terras? Apenas dois elementos vivem na Lapa Furada. Os restantes vêm de Fátima, São Mamede, Casais de São Mamede, Casal Suão, Batalha, Vila Franca de Xira e Leiria. Como financiam o grupo? A t u a l m e nte , s om o s apoiados pela associação e por vários amigos do projeto, entre os quais destaco a junta de freguesia de São Mamede. Fazemos rifas para cada evento que temos promovido e cobramos bilheteira quando atuamos na freguesia. Quantas peças apresentaram neste ano de vida?
Num ano de existência apresentámos três peças, ambas originais e da autoria do coletivo. A primeira peça intitulava-se “O Circo Estrela”, protagonizada por um grupo de crianças dos cinco aos 14 anos e na turma dos adultos foram criadas as duas peças, “Não há panela sem testo, nem burro sem cabresto”, e a peça infantil “Aquilo”. Em que locais já representaram? A peça “Não há panela sem testo nem burro sem cabresto” foi apresentada na Associação Cultural e Desportiva da Lapa Furada e no salão da junta de freguesia de São Mamede e a bilheteira reverteu a favor da associação. A peça foi ainda apresentada no auditório do Centro de Estudos de Fátima (CEF) e a bilheteira reverteu a favor do CRIF e ainda, no cineteatro Rogério Venâncio, em Minde, e a bilheteira reverteu a favor do agrupamento dos escuteiros de Minde. O público tem sido muito recetivo e tem apoiado as nossas iniciativas. Qual o orçamento anual do grupo? Como somos um projeto
p Fez duas peças para crianças e uma para adultos
p Já representou em diversos palcos da região que ainda está numa fase muito embrionária, não nos candidatámos a qualquer apoio oficial. No entanto, temos o aval e apoio do senhor presidente da câmara para nos ser facultada a ajuda necessária a um maior crescimento. Qual é a vossa ligação à Associação Cultural e Desportiva da
Lapa Furada? O grupo faz parte da associação (sede e local dos ensaios), mas com total autonomia para tomada de decisões sobre locais a atuar, número de peças a realizar, e instituições ou causas que pretendamos apoiar de forma voluntária com as nossas performances.
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Desporto
Prova de BTT promove solidariedade com inscrições em géneros para doar m O valor a pagar traduz-se na entrega de bens alimentares, roupas de adulto e criança e brinquedos
As inscrições para o 4º passeio BTT solidário “O Natal na Batalha tem mais brilho 2016”, marcado para 18 de dezembro, organizado pela associação Batalha Bikers, estão a decorrer com boa ‘pedalada’ e no dia 10 deste mês já havia apenas 65 lugares disponíveis. A organização limitou as inscrições a 250 – 185 já preencheram o formulário na Internet - e o valor a pagar traduz-se na entrega de bens alimentares, roupas de adulto e criança e brinque-
p O cartaz da prova foi feito por alunos do AEB p O passeio está limitado a 250 participantes dos, “para tornar mais alegre o Natal de muitas famílias necessitadas”. A inscrição é obrigatória para efeitos de seguro e alimentação, e a organização pede àqueles que se inscreverem que participem de facto ou que a avisem em caso de terem de cancelar
Passeio TT Rota do Penedo aberto a jipes, motos e quads
p Podem participar jipes, motos e quads O Núcleo TTrepa do Centro Cultural e Recreativo Quinta do Sobrado e Palmeiros, na Batalha, está a organizar o Passeio TT Rota do Penedo, marcado para dia 14 de janeiro. A iniciativa está aberta a jipes, motos e quads, e desenvolve-se em contacto com a natureza, por montes, vales e com muita lama. As inscrições custam 25 euros e os contactos com a
organização do evento podem ser feitos através do email: ccrqsp@sapo.pt. A concentração está marcada para as 8 horas e o passeio tem o apoio câmara da Batalha e da Federação Portuguesa de Todo o Terreno O Centro Cultural e Recreativo Quinta do Sobrado e Palmeiros, fundado em 1976, desenvolve diferentes iniciativas culturais, recreativas e desportivas.
a sua presença. O passeio tem dois percursos, um de 18 quilómetros, considerado fácil de percorrer, e outro de 30 quilómetros, de dificuldade média. É obrigatório usar capacete. Os participantes têm direito a uma lembrança, ba-
nho e lavagem de bicicletas incluídos na inscrição. No final, há porco no espeto e sopa, a preços “low cost”, como diz a Batalha Bikers. Este ano, a associação Batalha Bikers propôs um concurso/desafio aos alunos do 8º C do Agrupamento de Escolas da Batalha, através do professor Ramiro, da disciplina de Educação Vi-
sual, no sentido de fazerem o cartaz da prova. A vencedora foi Juliana Vieira, seguida de Mariana Ribeiro, Mariana Videira e de Diana Santos. O grupo Batalha Bikers, criado oficialmente em 2010, é uma associação com sede na Batalha, que teve origem em 2006 num grupo de amigos amantes da bicicleta.
Em 2010 foi criada a ABB Associação Batalha Bikers, uma associação sem fins lucrativos, que tem como objetivo, entre outros, organizar e participar em eventos desportivos essencialmente ligados à prática do BTT, em representação da Batalha, fomentando e divulgando a modalidade no concelho, na região e a nível nacional.
UDL e câmara assinaram protocolo sobre a utilização do campo de ténis A câmara municipal e a União Desportiva da Batalha (UDB) assinaram no dia 31 de outubro um protocolo sobre as condições de utilização das instalações do Complexo Municipal de Ténis da Batalha, contribuindo para o desenvolvimento da modalidade desportiva, aberta a todos os munícipes. O documento, rubricado pelos presidentes da câmara, Paulo Batista Santos, e da UDB, Nelson Marcelino, concede à associação desportiva “a exploração das instalações desportivas municipais” e autoriza a instalação da sua sede no edifício anexo, até ao dia 31 de agosto de 2017. A UDB não paga qualquer renda, ficando o pa-
p O protocolo foi assinado no último dia de outubro gamento das despesas correntes e a contratação de seguro de responsabilidade civil do equipamento a cargo do município. Já o seguro de acidentes pessoais para todas as atividades cabe à UDB.
“A cedência tem por objeto proporcionar à UDB e seus associados a prática das modalidades adequadas ao espaço, sem prejuízo de poder ser utilizado por população escolar, em projetos municipais ou ou-
tras entidades”, refere o documento, adiantando que a associação “obriga-se a utilizar as instalações para desenvolvimento e fomento da prática desportiva em todos os escalões etários, sem qualquer discriminação”.
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