JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO JANEIRO 2017

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Opinião Espaço Público

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Jornal da Batalha

Baú da Memória “Vitória, a Romana que viveu na Batalha” Não me surpreendi porque a nossa Câmara Municipal já nos habituou à qualidade das suas iniciativas culturais e o prestigioso Museu da Comunidade Concelhia da Batalha à do seu trabalho e à originalidade das suas manifestações. Mas esta “Vitória, a romana que viveu na Batalha” encantou-se e levou-me a ler e a reler os seus textos e a tornar a ver, sempre deliciado, as suas imagens. Que belo livro! Óptimo aspecto gráfico, textos do Dr. Rui Borges da Cunha e da Dr.ª Ana Moderno, concisos, bem escritos, esclarecedores e acessíveis a toda a gente, especialmente à mais nova, ilustrações magní-

ficas de Luís Taklim e de Carla Rotchild e cuidado grafismo de Liliana Silva, tudo se conjugou para fazer desta obra uma das mais felizes edições do ano que agora findou.

Mas a importância desta publicação também resulta de nos chamar a atenção para Collippo, o município romano que se implantou no monte de S. Sebastião do Freixo, no local onde

Y cartas

antes estava uma povoação túrdula, e para a presença romana e a sua influência no lançamento dos alicerces culturais do Povo Português. O caso da estação arqueológica de S. Sebastião do Freixo tem de ser revisto e estudado o que ainda ali se pode fazer para salvar os vestígios que restam e que, em profundidade, nos poderão surpreender, bem como averiguar o que está disperso, e é bastante e significativo, tentando-se reunir tudo num só museu que poderia ser, como sugeriu o Professor Doutor Saul António Gomes, no local dos achados, ou na Batalha em cujo aro se situa. José Travaços Santos

Em defesa da língua portuguesa Com perto de cinco mil batalhenses a viver pelo mundo além, a Batalha não se esquece por um minuto que seja, uma vez que a luz que irradia dos seus monumentos, igrejas e capelas é de tal força que nos ajuda a viver melhor, com orgulho, saudade, às vezes com sofrimento no coração dos ausentes. A diáspora reflete a vida dos seus ex-vizinhos das aldeias do concelho que continuaram a riqueza verdadeira herdada do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, de onde irradiou a cultura, a arte, a história e, sobretudo, a língua portuguesa. Este legado riquíssimo está a ser desbaratado pelas novas tecnologias e, sobre-

Comendador José Batista de Matos Paris

tudo, pelos pseudo-doutores e professores da língua de Camões. É urgente e necessário um sobressalto nacional para neutralizar o atual ataque à língua e aos costumes riquíssimos que os nossos antepassados nos legaram.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Sementes: quando o caro sai barato Se queres ser alheiro, planta-os em janeiro. Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de janeiro. Estas são formas que os nossos antepassados tinham de passar a informação; os provérbios ou lengalengas, com rimas associadas, pois assim é mais fácil decorar. É interessante perceber a diferença de comunicação desde as épocas mais remotas, onde não havia a facilidade de acesso à informação que temos hoje. O mês de janeiro é um ótimo momento para planear as plantações do ano inteiro, é o momento em

que procuro as sementes biológicas que não consegui guardar ou de legumes que não tenho. Procuro sementes biológicas e/ou antigas, pois são as que me garantem plantas mais rústicas, capazes de viverem mais e melhor sem maleitas. Hoje em dia, já existem diversos locais onde se podem adquirir, mas onde encontro mais variedades é na Internet. Já existem também viveiros que fornecem pés de plantas biológicas.

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;

Por vezes pago mais na aquisição destas variedades em relação às restantes, mas se pensar que não preciso de me preocupar com a sua saúde, no final a produção fica-me mais barata. Caso tenha uma estufa, ou uma varanda abrigada, pode começar a colocar em pequenos vasos ou alveolos (os copos de iogurtes, os rolos do papel higiénico, são bons para esse efeito) as sementeiras para a primavera. A minha mãe ensina-

António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440) Redação e Contactos

-me que os alhos devem ser plantados no crescente deste mês, mas tenho ouvido outras teorias, pois conheço muitas pessoas que os plantam em novembro - acredito que as geadas terão influência em se preferir um momento ou outro. O ideal é lançar à terra em diferentes momentos e tirar as próprias ilações. Costumo orientar as sementeiras pelo ciclo da lua: quanto esta está a crescer também se está a afastar da Terra, por isso puxa pelas plantas para crescerem para cima (propicio para a

Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital: Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos)

sementeira dos legumes). Quando está em fase minguante puxa pelas plantas para o interior da terra (propicio às sementeiras dos legumes de raiz). Hortícolas para semear em local coberto: alfaces, alho francês, alhos, agriões, bróculos, cenouras, cebolas, coentros, couves, ervilhas, espinafres, favas, nabos, nabiças, rabanetes e salsa Hortícolas para semear ao ar livre em zonas menos propensas a geadas: alho francês; beterrabas, cebolas, cenouras, coentros, couves-flôr, couves-repo-

Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895 Impressão: Diário do Minho, Lda.

lho, espargos, espinafres, ervilhas, nabiças, nabos, rabanetes, rúcula, coentros e calêndulas. Jardim, semear: begónias, gipsófilas, goivos, lírios, miosótis, flor de lis, sécias, petúnias, roseiras, zinias e bolbos em geral. É também uma excelente altura para plantar arbustos e árvores de fruto. O meu jardim já está a ficar ladeado de arbustos que dão fruto, por cá privilegia-se tudo que seja produtivo. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.

Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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_ Editorial

s A opinião de António Lucas Presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Eleições autárquicas 2017 Por volta do próximo outubro teremos eleições autárquicas. Estas eleições trarão algumas novidades, nomeadamente pela possibilidade de antigos autarcas, que interromperam funções por imperativo legal, poderem novamente ser candidatos. Uma das novidades passa por se perceber se concorrerão pelos partidos em cujas listas foram anteriormente eleitos, se concorrerão em listas de outros partidos, se avançarão em listas de independentes, ou ainda se serão candidatos em listas de independentes, mas apoiadas por partidos. Todas estas soluções serão possíveis, embora a solução mais difícil seja a lista de independentes, uma vez que a lei lhe dá direitos mais difíceis de obter do que o concurso em listas partidárias. Não se justifica que assim seja, mas são os partidos a proteger os seus quintais. As razões que poderão le var antigos autarcas a ser novamente candidatos serão diversas e muito variadas, tais como, i) considerarem que têm conhecimentos, qualidades e disponibilidade para tornar a desempenhar muito bem a função, ii) considerarem que o poderão fazer melhor que os atuais autarcas e do que os pu-

tativos candidatos, iii) discordância substantiva dos modelos de gestão implementados pelos atuais presidentes, iv) vontade de defender afincadamente os interesses dos seus concelhos, v) considerarem que os caminhos seguidos nos últimos três anos não foram os mais adequados para o desenvolvimento dos respetivos concelhos. Haverá certamente outras razões, no entanto, considero que estas serão as que efetivamente poderão justificar as candidaturas de antigos autarcas. Só fará sentido este tipo de candidaturas se convictamente existirem conhecimentos, capacidades, disponibilidade, motivação, força e vontade para o desenvolvimento de um trabalho mais eficaz e assente no interesse dos munícipes, em detrimento da elevação do ego individual ou da ânsia da visibilidade mediática. Estes dois últimos aspetos costumam ser inimigos do bom desempenho em prol dos munícipes, porque o alvo primeiro das preocupações não é o cidadão, embora só fazendo sentido qualquer candidatura se o cidadão for o único e exclusivo alvo do trabalho à frente de qualquer autarquia. A politica é uma atividade nobre, desde que praticada com transparência e na defesa in-

transigente do interesse das pessoas, sejam elas quais fo rem, empresários ou trabalhadores, velhos ou novos, ricos ou pobres. A politica deve servir para a resolução de problemas, ou para a minimização daqueles que não se conseguem resolver de todo. A politica é a forma de encaminhar os dinheiros públicos, que são de todos, para os destinos que melhor servem o interesse geral, logo, quanto menos se gastar em atividades improdutivas mais haverá para destinar a bens e serviços que sejam utilizados pela maioria ou por todos os cidadãos. Haverá também diversos candidatos que não terão qualquer experiência autárquica. Será bom que todos, a começar pelos partidos, em cujas listas concorrerão, tenham consciência da responsabilidade que é gerir uma autarquia. Já fiz esta sugestão diversas vezes e pela sua importância irei repeti-la. Seria bom que qualquer candidato a presidente de câmara ou a vereador fizesse uma formação adequada, para assim reunir condições para o desempenho de um bom trabalho na função para a qual foi eleito. Isto aplica-se às maiorias e igualmente às oposições. As melhores oposições e as que contribuem efetivamente para o desenvolvi-

Carlos Ferreira Diretor

Muitas notícias boas e algumas más

mento dos seus concelhos não são as que dizem “ámen” a tudo. Pelo contrário, pois quando se diz “ámen” a tudo, ou se desconhece o assunto, ou não se estudou, ou não se preparou, ou então todos os assuntos discutidos são de tal modo importantes para os cidadãos, e são de tal modo as melhores soluções, que não levantam qualquer dúvida sobre a sua valia. A formação adequada, o respeito e a motivação para o bem comum ajudarão, e muito, a que aquilo que não se consiga fazer não se procure justificar com terceiros.

Y Crónicas do Passado Francisco Oliveira Simões

O ultimo sonhador romântico Enquanto Scriabin e Mahler tocavam piano e compunham, em mortes decadentes e amores dramáticos, um jovem poeta escrevia sob a dor da morte materna e a melancolia da paixão traidora. Nasceu em Leiria no ano de 1880, e fora batizado com o nome Joaquim Ribeiro de Carvalho. Apenas com 17 anos publicou a sua primeira obra, Livro d´um Sonhador. Nos dois anos seguintes levou à estampa mais duas de poesia, à semelhança da primeira, Margaritas e Dolores. Chegou a editar mais três volumes, dos quais temos pouca informação. Era sócio correspondente da Academia das Ciências. Ainda em 1906 ocupava o cargo de deputado, e foi nesse exercício que recebeu a Ordem Militar de Sant´iago da

Espada. Com Margaritas descobri o formidável talento deste romântico incurável. Ao contrário da sua vida politica activa, a sua poética tinha pouco dos ideais republicanos. Prevaleciam os desgostos amorosos, o fim da juventude, a natureza e a História. Assim nos ditam dois excertos que recolhi. Folhas Caídas As ilusões da minha juventude Vão perdidas num céu alabastrino, Como um bando de estrelas que o Destino Impelisse com mão pesada e rude. Primeiro Amor A Dona dos meus tristes pensamentos

Historiador

Que eu adorei com terna embriaguez Traiu há muito os doces juramentos Que tantas vezes nos meus braços fez! Quando se deu a implantação da República, Ribeiro de Carvalho estava na varanda dos Paços do Concelho, ao lado de José Relvas. A partir daí integrou o Partido Liberal, ocupando o cargo de deputado entre 1911 e 1925. Mas nunca deixou a sua arte para trás. Fundou e dirigiu o jornal Republica Portugueza. Ainda na Monarquia foi jornalista nos periódicos O Xuão e Aguia Azul. Quando se deu a revolta militar a 28 de Maio de 1926, Ribeiro de Carvalho parte para a Madeira, só tendo re-

gressado em 1930. Nessa época adquiriu a Quinta da Bela Vista em Sintra, dedicando-se à produção vinícola. O poeta, jornalista e político teria o seu fim no derradeiro ano de 1942, por terras de Lisboa, sem nunca saber que a guerra pereceria em breve.

Esta primeira edição do ano do Jornal da Batalha é marcada por boas notícias (e algumas más, claro) que merecem destaque: o trabalho da misericórdia e a solidariedade social, o bom desempenho turístico do concelho e até o desporto popular, cada vez com mais “Tolinhos”. A Misericórdia da Batalha está a implementar um serviço de Apoio Domiciliário Integrado, que compreende a área de saúde e reabilitação, para ajudar quem mais precisa – e por falar em quem precisa, é também importante que os batalhenses façam voluntariado na instituição. O objetivo da misericórdia é prestar um serviço global nas áreas sociais e de saúde. Numa área mais económica, mas não menos importante, as estatísticas do INE e do Turismo do Centro, referentes o triénio 2013-2015, revelam que o concelho obteve resultados positivos em todos os parâmetros em análise e liderou o crescimento da taxa de ocupação da hotelaria. O município foi em 2015, no distrito de Leira, o terceiro que mais cresceu em número de dormidas e o segundo que mais evoluiu em relação ao número de hóspedes. Estiveram hospedados no concelho 31 mil turistas. Quanto ao desporto amador, destacamos nesta edição “Os Tolinhos da Corrida”, um grupo de aletas, a maioria residentes na Batalha, que procuram ser felizes com os pés. Competir é importante, mas a prioridade do grupo, que existe há pouco mais de um ano, é o convivio. No campo oposto, esta edição inclui também notícias más, como a do batalhense emigrante em França que matou um compatriota à facada na região de Paris ou da casa assaltada pela segunda vez na Lapa Furada – os proprietários são emigrantes nos EUA.



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Casa assaltada de novo na Lapa Furada m Os ladrões partiram as portas novas e levaram as máquinas de lavar e secar roupa, de café e um frigorifico A casa de uma família de batalhenses emigrantes nos EUA foi assaltada, na noite de 23 de dezembro, por desconhecidos que causaram um prejuízo de dois mil euros, entre bens furtados e estragos na habitação, em Lapa Furada, São Mamede. “A família ainda não sabe muito bem como aconteceu o crime, mas os ladrões partiram as portas novas e levaram as máquinas de lavar e secar roupa, de café e um frigorifico que os meus pais tinham comprado de novo [após um outro assalto em fevereiro de 2015] e ainda não sabemos muito bem o que mais”, confirmou no dia 27 a filha do casal, Patrícia

p A casa foi assaltada e esvaziada duas vezes Gomes, em declarações ao Jornal da Batalha. “Não sabemos bem o dia exato do assalto, mas pensamos que foi na noite do 23 para 24 de dezembro e os ladrões estacionaram dentro do pátio, depois de destruírem a fechadura do portão”, adiantou Patrícia Gomes, frisando que a família está disposta a compensar com “200 euros quem der infor-

p No primeiro assalto foram levadas motas

mações que levem à localização dos assaltantes”. “Estou muito triste, sobretudo por causa dos meus pais, que tinham a esperança de regressar a Portugal, mas agora estão a perdê-la e nem nós queremos que eles voltem para ficar”, adiantou a filha do casal. “Agora só perdemos as coisas, ainda bem que os meus pais não tinham re-

gressado. Imagine se já lá estivessem?! Estas pessoas não têm coração”, diz Patrícia Gomes. A GNR da Batalha estava a investigar as circunstâncias em que aconteceu o assalto. A mesma casa foi assaltada em fevereiro de 2015. Então, os assaltantes saltaram um muro alto, arrombaram portas, encontraram as chaves do portão e do barracão

Relação confirma pena a homicida de advogada O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou em meados de novembro a pena de 19 anos de prisão ao economista acusado de matar a mulher, uma advogada, de 38 anos, natural da Faniqueira (Batalha), e simular um acidente em novembro de 2014, no concelho de Seia. A instância de recurso confirmou, assim, a condenação de Rui Andrade, pela prática de um crime de homicídio qualificado na pessoa de Ana Rita, decidida por um Tribunal de Júri na Guarda, em maio de 2016. O homem, de 39 anos, foi também condenado, ainda em primeira instância, ao pagamento de uma indemnização de 266 mil euros às duas filhas do casal e a 3.575 euros aos pais da vítima, relativos a despesas funerárias.

meditação do crime, a morte de Ana Rita Antunes poderá ter resultado do culminar de um “momento de exaltação”. O tribunal considera que Rui Andrade atuou com extrema violência, estrangulou a mulher e simulou um acidente de

altura Patrícia Gomes. O dono da casa, Fernando Gomes, de 61 anos, trabalhador da construção civil, vive nos EUA há 30 anos, e tinha mandado restaurar a mota Sach V5 no ano anterior, por dois mil euros. Os bens furtados nunca foram localizados, nem os assaltantes, pelo menos que seja do conhecimento da família.

Judiciária investiga caso de favorecimento

p O crime aconteceu em novembro de 2014 Na leitura do acórdão, o juiz da Guarda referiu que foi produzida “abundante prova” em relação aos factos provados. Segundo o tribunal, a vítima “faleceu com sinais evidentes de esganadura” e, apesar de existir ausência de pre-

e entraram na casa. Para além de duas motas, levaram eletrodomésticos, ferramentas, uma grande quantidade de bebidas, roupa de cama, alfaias e agrícolas e até uma máquina de ordenhar vacas. Apoderaram-se ainda de “quase todos os objetos pendurados nas paredes e até estiveram à lareira a beber Vinho do Porto”, contou na

carro na tentativa de ocultar o homicídio. O homicídio aconteceu em novembro de 2014 na estrada que liga Furtado a Sandomil, na região de Seia, distrito da Guarda. O condenado nega a autoria do crime.

A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria está a investigar um caso de suposto crime de favorecimento de uma agência funerária, na sequência de uma denúncia efetuada aos Bombeiros Voluntários da Batalha (BVB) e que a própria direção da associação humanitária enviou para o Ministério Público. Na sequência da investigação, a PJ efetuou buscas no dia 21 de dezembro nas instalações dos bombeiros e na Agência Funerária Espírito Santo (Batalha), que a queixa aponta como “beneficiada em serviços fúnebres, supostamente pelo facto da mãe do dono ser bombeira na corporação”. A informação foi adiantada no dia 22 pelo Correio da Manhã, segundo o qual a investigação está numa fase embrionária, foram apreendidos muitos documentos e ainda não há qualquer arguido constituído.

“A PJ fez buscas à minha agência funerária (na Batalha), mas só levaram alguns processos relativos a serviços fúnebres. Fizeram ainda buscas em minha casa onde tinha os veículos para fazer os serviços fúnebres”, admitiu André Espírito Santo, gerente da Funerária Espírito Santo, em declarações ao Diário de Leiria, acrescentando que mãe está “muito afetada com todo este processo”. “Ela é bombeira há mais de 30 anos e é inadmissível o que lhe estão a fazer. Está muito transtornada. Agora só nos resta esperar porque quero limpar o meu nome”, adiantou. O presidente da associação dos Bombeiros Voluntários da Batalha, Jorge Novo, confirmou as buscas, que a PJ levou “documentação diversa” e explicou: “Recebemos uma queixa e o que fizemos foi reencaminhá-la para o Ministério Público”.



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p O polidesportivo dos bombeiros acolheu centenas de pessoas Conceição. “O serviço de apoio domiciliário tem 69 utentes, já analisámos os utentes no centro de dia e agora vamos implementar um plano periódico de avaliação da situação dos nossos idosos a par das urgências e quando necessitem ou existir uma urgência, estaremos disponíveis para ir a sua casa”, adiantou Carlos Monteiro. Esta valência será complementada com uma nova resposta social, que envolve uma unidade de dia e de promoção da autonomia, cujo projeto piloto se desenvolverá, ao nível da região centro, na Misericórdia da Batalha, por decisão tomada em novembro pela Administração Regional de

Saúde do Centro. “Essa unidade de dia tem uma vertente reabilitativa muito forte e é um patamar intermédio entre a vertente de internamento e a vertente de saúde domiciliária, uma fase mais intensa de reabilitação quando as pessoas precisam de dar continuidade ao seu processo de recuperação”, explicou o provedor. “Deste modo, iremos buscar as pessoas a casa, tal qual como na resposta social, fumentamos a intervenção numa unidade com terapeutas de reabilitação, terapeutas ocupacionais, enfermeiros de reabilitação e apoio de fisiatria, e estamos convictos de que vamos acelerar o processo

p A comunidade foi sensibilizada para o voluntariado

s “Um parceiro importante ao nível da qualidade de vida” “Há uma década, década e meia, a nossa misericórdia estava praticamente inativa. Neste momento, vemos toda uma série de projetos de elevada qualidade, alguns inovadores, no terreno. Vemos outros em carteira para evoluirem a muito breve prazo, olhamos para a misericórdia e percebemos que temos um parceiro muito importante ao nível da qualidade de vida do concelho”,

de recuperação com maior sucesso junto dos nossos utentes”. O modelo, a publicar no Diário da República, vai definir o contexto em que as

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destacou António Lucas, presidente da assembleia municipal e da mesa da assembleia da misericórdia. A necessidade de recursos [o orçamento na misericórdia ronda os 2,5milhões de euros] humanos foi destacada por António Lucas: “Deixo o convite para que, no âmbito do voluntariado, extremamente importante em qualquer sociedade, todos aqueles que tenham tempo livre o dediquem à causa da misericórdia, que é muito nobre e conforta-nos interiormente dedicar algum do nosso tempo à comunidade”.

organizações se instalam no terreno, e é promovido e controlado pela rede nacional de cuidados continuados integrados. “É mais uma resposta para a comu-

nidade e que creio que terá, de facto, sucesso para aqueles que precisam de um processo de reabilitação mais continuo, mais extensivo, mas que não devem ser de-

senraizados das suas próprias habitações”, adiantou Carlos Monteiro. Noutra área, a misericórdia vai “graduar a resposta também nos cuidados continuados”, que já desenvolve há nove anos. “Temos de dar resposta a cuidados paleativos e a nossa intenção é disponibilizar este ano mais 13 camas para a rede nacional de cuidados continuados, fechando o ciclo de intervenção do Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição”, disse o provedor, adiantando que a proposta foi apresentada à Administração Regional de Saúde do Centro, que a “acolheu de uma forma muito aberta”.

s Lar de idosos deve estar concluído dentro de um ano Um dos grandes desafios que se colocam à misericórdia é a obra da estrutura residencial para idosos, cujo concurso foi publicado em Diário da República em 19 de agosto de 2016, por um preço base de 1,060 milhões de euros (mais IVA), no que respeita apenas à parte construtiva. A obra deve começar em fevereiro e irá durar, sensivelmente, 365 dias. “É um projeto muito ambicionado pela nossa comunidade, que tem nesta primeira fase a recuperação total das cozinhas e lavandaria, e a construção do piso de cima da unidade de residencial para idosos, com capacidade para 23 camas. Poderemos concretizar depois a segunda fase, que permitirá acolher globalmente uma estrutura residencial para idosos com 60 camas. Com o apetrechamento, o investimento global é de 1,250 milhões de euros”, explicou Carlos Monteiro. O provedor da misericórdia destacou, entre outros, os apoios financeiros da câmara municipal, que considerou “imprescíndivel para que a primeira pedra da estrutura residencial para idosos possa ser lançada”, e da Caixa Crédito Agrícola da Batalha, que deu à instituição “a possibilidade de ter na sua conta o montante de 450 mil euros para iniciar a obra”. AF_CA_OnlineParticulares_MP_205x135mm_26122016_cv.indd 1

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Secundária é a 3ª escola que mais contribui para o sucesso dos alunos

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Autarquia subsidia 85 mil refeições com 221 mil euros

p O fornecimento de refeições abrange 20 escolas

p Os alunos que foram distinguidos pelo AEB no ano 2015-2016

O indicador já podia ser utilizado no ensino básico e está este ano disponível pela primeira vez para o secundário

A Escola Básica e Secundária da Batalha é a 3ª do distrito de Leiria que mais contribui para o sucesso dos alunos do secundário, enquanto o Colégio de São Mamede ocupa a 10ª posição distrital no que respeita ao ensino básico, segundo o ranking divulgado no dia 17 de dezembro pelo Ministério da Educação. No ensino secundário, a tabela distrital é liderada pela Escola Secundária de Porto de Mós (10º no país/3ª pública, com 13,42 pontos), seguida do Colégio Dr. Luís Pereira da Costa, em Leiria (36º; 9,8) e da Escola Básica e Secundária da Batalha (55º; 7,06). No que respeita ao ensino básico, o ranking do “indicador de sucesso” no distrito de Leiria é liderado pelo Co-

légio Nossa Senhora de Fátima (19º; 15,24), seguido da Escola Básica Rainha Santa Isabel (24º; 14,57), ambos em Leiria, e do Externato D. Fuas Roupinho, na Nazaré (82º; 10,43). O Colégio de São Mamede surge na 10ª posição distrital (159º; 7,64), enquanto a Escola Básica e Secundária da Batalha está na 18ª posição (295º; 3,81). O indicador que mostra as escolas que mais contribuem para o sucesso dos alunos, que já podia ser utilizado no ensino básico, está este ano disponível pela primeira vez para o secundário.

Quanto à tabela tradicional, baseada nos exames nacionais, a Escola Básica e Secundária da Batalha perdeu a liderança distrital e caiu 27 posições na tabela nacional. Este ano está na 5ª posição distrital e na 62ª no país (com 11,81 pontos). O Colégio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, lidera a tabela no distrito (40º; 12,26), seguido da Escola Secundária de Porto de Mós, a 3ª melhor pública do país (44º; 12,12) e da Escola Secundária de Raul Proença, nas Caldas da Rainha (57º; 11,86). No ensino básico, Colégio de São Mamede caiu do

186º para o 363º lugar (2,90 pontos) a nível nacional e a Escola Básica e Secundária da Batalha desceu da 245ª posição para a 346ª (2,88), encontrando-se, respetivamente, na 23ª (12ª no ano passado) e 21ª (14ª) posição na tabela distrital. Esta classificação é liderada pelo Colégio de Nossa Senhora de Fátima, em Leiria (6º nacional, 4,07 pontos), seguido do Externato Liceal de Albergaria dos Doze, em Pombal (66º; 3,49) e do Colégio Conciliar de Maria Imaculada, em Leiria (69º; 3,48).

s registo Estudantes recebem certificados e diplomas O Agrupamento de Escolas da Batalha entregou no dia 9 de dezembro diplomas aos seus alunos do 12º ano, na sala polivalente da escola básica e secundária da vila, cheia de alunos, encarregados de educação, entidades oficiais e convidados. Os alunos receberam os certificados e diplomas de conclusão do ensino secundário, bem como os certificados e prémios de mérito, que distinguiram os melhores alunos do 12º ano em 2015-2016. Aos estudantes do Curso Profissional de

Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos foram entregues os certificados de conclusão do curso da Cisco Systems, uma mais-valia do Agrupamento de Escolas da Batalha, pois é o único agrupamento do país que oferece esta formação, “de grande prestígio e reconhecimento internacional, gratuitamente”, segundo o AEB. A cerimónia foi abrilhantada musicalmente pelos alunos do 6º C e do Clube da Oficina de Sons.

A câmara da Batalha decidiu no dia 20 de dezembro renovar o apoio atribuído às instituições e associações locais no domínio do fornecimento das refeições escolares até julho, num montante global estimado de 221 mil euros. A parceria envolve entidades como a Santa Casa da Misericórdia da Batalha, Centro Paroquial de Assistência do Reguengo do Fétal, Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede, Centro Recreativo da Golpilheira e Agrupamento de Escolas da Batalha, que fornecem refeições aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico e pré-escolar. Está previsto o fornecimento de 85 mil refeições durante sete meses,

envolvendo 20 escolas do concelho. A câmara decidiu manter o valor pago por refeição às entidades, assegurando o reforço do montante líquido atribuído, beneficiando as entidades da redução da taxa de IVA na restauração que passou de 23 para 13%. “A opção de fomentar esta parceria com as instituições locais para o fornecimento das refeições escolares, é uma medida que assegura refeições de maior qualidade, confecionadas com produtos locais selecionados, dinamiza a economia local e contribui para a sustentabilidade financeira das associações do concelho da Batalha”, diz o presidente da câmara, Paulo Batista Santos.

Aplicação deixa câmara à distância de um clique A câmara da Batalha lançou em novembro para todos os munícipes uma aplicação (APP) que considera uma “importante ferramenta, gratuita, que disponibiliza uma plataforma de comunicação moderna e intuitiva”. A aplicação permite, entre outras funcionalidades, a consulta de informações diversas, acesso à agenda cultural e às

notícias do município, receber notificações diversas, obter contactos e informações úteis concelhias, entre outras informações. A APP “Batalha À Distância de um clique” encontra-se disponível para download, nas três plataformas móveis disponíveis, em www.cm-batalha.pt


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Atual presidente da câmara candidato a novo mandato m A Assembleia de Militantes “avaliou muito positivamente o desempenho dos autarcas do PSD em funções na câmara e juntas de freguesia”

A Assembleia de Militantes, órgão máximo do PSD da Batalha, ”decidiu por unanimidade e aclamação, convidar o atual presidente da câmara Batalha para liderar as listas candidatas às próximas eleições autárquicas”, que se disputam em outubro, revelou em comunicado a Comissão Política de Secção do concelho. A proposta foi igualmente aprovada por unanimidade pela Comissão Política Distrital. Paulo Batista Santos aceitou “com humildade o desafio de apresentar a sua recandidatura, com o objetivo

p Paulo Batista Santos (à esq.) candidata-se a novo mandato de prosseguir uma política de proximidade com as pessoas”. “Estamos a realizar um projeto de valorização do concelho que apenas foi iniciado há três anos e desejamos continuar para o futuro, caso seja essa a vontade dos Batalhenses”, acres-

centou o autarca. Na mesma altura, a assembleia ”avaliou muito positivamente o desempenho dos autarcas do PSD em funções, na câmara e juntas de freguesia”, considerando que “pela sua ação foram realizados projetos

relevantes para o desenvolvimento local”. O comunicado destaca a revisão do PDM e a melhoraia das condições de localização empresarial, o Programa Aproximar e as correspondentes competências na gestão do ensino e a cria-

ção do Espaço do Cidadão, bem como a futura Loja do Cidadão. “Estes últimos anos foram igualmente determinantes em novos projetos de valorização ambiental e requalificação urbana, tendo a câmara realizado

Bombeiros do concelho têm uma nova viatura de comando Os Bombeiros Voluntários da Batalha têm agora uma “melhor capacidade de ação”, em resultado da aquisição de uma nova viatura de comando, revelou a corporação numa nota publicada no dia 10 deste mês, na sua página na Internet. A viatura de comunicações e operações táticas (VCOT) está “dotada de modernos equipamentos que permitirão responder com segurança e fiabilidade às ocorrências para que os bombeiros forem solicitados”, adiantam os voluntários da Batalha. Os bombeiros aproveitam a oportunidade para

“agradecer às entidades publicas e privadas que contribuíram para a aquisição da viatura, melhorando assim a sua capacidade de ação”. DESFIBRILHADOR AUTOMÁTICO. Os Bombeiros Voluntários da Batalha têm também ao seu dispor um novo desfibrilhador automático externo, oferecido por Júlia Fetal, residente em Casal Vieira. Este dispositivo equipa uma ambulância de socorro que se encontra na Secção de São Mamede A cooporação considera o desfibrilhador “essencial no socorro atempado em situações de paragem

cardiorrespiratória, tendo como principal função o restabelecimento do ritmo cardíaco aumentando assim a probabilidade de sobrevivência”. Os bombeiros têm 50 elementos certificados pelo INEM para utilização dos dois desfibrilhadores que estão ao dispor da corporação. A associação humanitária que suporta os bombeiros “agradece esta generosa oferta colocada ao serviço da população”.

p Júia Fetal doou o equipamento de socorro

um novo Parque Ambiental/“Parque dos Infantes”, assim como foi lançado um forte Programa de Reabilitação através do “Batalha Restaura””, lembra o comunicado. O apoio social e o programa de “Envelhecimento ativo” são igualmente áreas de reforço do investimento municipal, ampliando respostas e dinamizando novos projetos como a “Academia Sénior”, a funcionar na Batalha e em São Mamede, ou através dos programas de ginástica geriátrica e hidroginástica, explica o PSD da Batalha. “O Programa de Emergência Social, que já ajudou mais de uma centena de famílias carenciadas, as melhores condições de ensino, a distribuição de manuais escolares e reduções no valor das prestações do ATL; o forte desagravamento fiscal, estímulos à criação de empresas”, são outros aspetos destacados.


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Jornal da Batalha

Opinião s Fiscalidade

Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis Foram aditados ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), os artigos 135.º A a 135 K, criando o Adicional ao Imposto Municipal Sobre Imóveis (AIMI), tendo como incidência subjetiva as pessoas singulares (PS) ou coletivas (PC), que sejam proprietários, usufrutuários ou superficiários de prédios urbanos situados no território português. O AIMI incide sobre a soma dos valores patrimoniais tributários (VPT), dos prédios urbanos situados em território português de que o sujeito passivo (SP), coletivo ou singular, seja titular, ficando excluídos os prédios urbanos classificados como comerciais, industriais ou para serviços e ainda os que estejam classificados como outros.

Este AIMI abrange os prédios classificados como habitacionais e terrenos para construção. O AIMI, deduzido dos encargos de cobrança, constitui receita do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social. Para determinação do valor tributável (VT), dever-se-á atender à soma dos VPT, reportados a 1/1 do ano a que respeita o AIMI, dos prédios que constam nas matrizes prediais. Ao VT determinado nos termos do número anterior são deduzidas as seguintes importâncias: i - € 600 000, quando o SP é uma pessoa singular e ii - € 600 000, quando o SP é uma herança indivisa. Os SP casados ou em união de facto, podem optar pela tributação conjunta do

AIMI, somando-se os VPT dos prédios na sua titularidade e considerando-se a dedução de € 1.200.000,00. Os SP casados sob os regimes de comunhão de bens que não optem pela tributação conjunta do AIMI podem identificar, através de declaração conjunta, a titularidade dos prédios, indicando os prédios que são bens próprios de cada um deles e os prédios que são bens comuns do casal. Se não for apresentada a declaração no Portal das Finanças, entre 01/04 e 31/05, o AIMI incide, relativamente a cada um dos cônjuges, sobre a soma dos valores dos prédios que já constavam da matriz. Em relação às heranças indivisas, está previsto que a equiparação da herança a pessoa coletiva, pode

ser afastada se, cumulativamente: a) A herança, através do cabeça de casal, apresentar uma declaração identificando todos os herdeiros e as suas quotas e b). Após a apresentação da declaração referida na alínea anterior, todos os herdeiros na mesma identificados confirmarem as respetivas quotas, através de declaração apresentada por cada um deles. A declaração do cabeça de casal, deve ser apresentada de 1 a 31 de março. As declarações dos herdeiros, devem ser apresentadas de 1 a 30 de abril. As taxas previstas aprovadas para aplicação sobre o VT e após as deduções são de: 0,4% para as pessoas coletivas e uma taxa de 0,7% para as PS e heranças indivisas. Quando o VT apurado

for superior a € 1 milhão, ou o dobro desse valor quando seja exercida a opção de tributação conjunta do AIMI, é aplicada a taxa marginal de um 1%, quando o SP seja uma PS. Assim, ao valor apurado entre € 600.000,00 e € 1.000.000,00, é aplicável a taxa de 0,7% e ao valor acima de € 1.000.000,00, aplica-se a taxa de 1%. Relativamente aos prédios sujeitos a AIMI que sejam detidos por entidades sujeitas a um regime fiscal mais favorável, a taxa aplicável será de 7,5%. A liquidação do AIMI é efetuada em junho, com referência aos valores das matrizes a 1/1 de cada ano e o pagamento é efetuado no mês de setembro. O AIMI é dedutível á coleta do IRS e do IRC, até à concorrência da parte da

António Caseiro Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

coleta correspondente aos rendimentos prediais ou de arrendamento auferidos dos imóveis sobre os quais incide o AIMI.

s Tesouros da Música Por João Pedro Matos

Os dez melhores discos de 2016 A presente coluna tem por objetivo divulgar o mais importante que se faz no panorama musical português. O critério será o da qualidade: a inovação e a originalidade de cada projeto, sem nunca perder de vista as suas raízes e influências. Passaremos em revista álbuns novos e álbuns mais antigos que vão da música moderna à alternativa, da música popular à clássica e ao jazz. Para começar, apresentamos a lista daqueles que consideramos serem os dez melhores discos referentes ao ano de 2016. Vejamos, então, como estão ordenados: 10 – Paus, “Mitra”. Disco Musculado apoiado na bateria, na linha do rock germânico, o chamado krautrock, a fazer lembrar os trabalhos dos Faust. O melhor tema

é mesmo o instrumental “Olhos de Asma”. 9 – Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento. No cante alentejano há o cruzamento entre a música erudita e a cultura árabe e este disco, contando com preciosas colaborações, abre-se ainda a outras influências, designadamente ao fado. 8 – Norberto Lobo, “Muxama”. Nos primeiros trabalhos de Norberto Lobo eram os Blues que marcavam a sua identidade musical. Em “Fornalha” de 2013 e, principalmente com “Muxama”, envereda por caminhos mais experimentais e que têm o cunho de quem quer atingir a criação absoluta. 7 – Rui Massena, “Ensemble”. Rui Massena convidou a Orquestra Sinfónica Na-

cional Checa para gravar em Sintra um disco repleto de virtuosismo e sedução. Alguma crítica não gostou, mas nós adoramos. Brilhante! 6 – White Haus, “Modern Dancing”. Há alguns anos atrás alguém diria que este disco pudesse ser produzido em Portugal? Pois é português, apesar das múltiplas referências que transparecem numa produção de luxo, que fazem de “Modern Dancing” um primor de bom gosto, sem pejo de aludir ao Disco, a Brian Eno ou aos Talking Heads. 5 – Galgo, “Pensar faz Emagrecer”. O perfeito exemplo do pós-rock português, num trabalho quase exclusivamente instrumental. “Skela” foi o single de apresentação que balança entre guitarras frenéticas e

ritmos africanos. 4 – Peixe: avião, “Peso Morto”. Chegam de Braga com o seu quarto registo de longa duração na bagagem, o qual está muito longe de ser um peso morto. Na realidade, os Peixe: avião são hoje a mais inovadora banda de música portuguesa. Com recurso a uma panóplia cada vez maior de efeitos sonoros, donde a voz brota como um murmúrio, fazem músicas que fogem ao formato da canção, construindo atmosferas que embrenham o ouvinte num universo hipnótico. A descobrir com urgência. 3 – First Breath after Coma, “Drifter”. Eles são de Leiria e editaram no corrente ano o seu segundo álbum, o qual deve muito aos sons cósmicos dos Radiohead, mas que em alguns

temas vão ainda mais longe no abstracionismo sonoro, como é o caso das faixas “Dandelions”, “Nagmani” e “Umbrae”. 2 – Gisela João, “Nua”. Depois de um álbum de estreia que recebeu rasgados elogios e que atingiu o topo da tabela nacional de vendas, o segundo disco apresentava-se como um desafio que era preciso ganhar. Não só Gisela venceu o desafio, como colocou a fasquia ainda mais alta ao interpretar fados emblemáticos de Alain Oulman ou Alberto Janes, e poetas como David Mourão-Ferreira ou o brasileiro Cartola. 1 – Capitão Fausto, “Têm os Dias Contados”. O terceiro disco do Capitão Fausto é um autêntico tratado de filosofia, que tem por tema os pequenos dramas do quoti-

diano, por vezes lembrando as letras de António Variações. Musicalmente, o Capitão Fausto deve muito aos psicadélicos do pós-punk da década de setenta do século passado, designadamente à música dos Monochrome Set, no som retro do guitarrista do grupo, mas numa leitura atualista pontuada pelo clarinete, pelo trompete ou pela flauta. Por tudo isto, são plenamente merecedores do sucesso granjeado.


Jornal da Batalha

Opinião Batalha

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s Diacrónicas Por Francisco André Santos

Tecnologia e cultura Nos últimos anos temos vindo a assistir ao crescimento de novos canais de comunicação que passaram a fazer parte do nosso quotidiano. Estes canais, são, efetivamente, abstrações virtuais daquilo que se passa à nossa volta e que, já há algum tempo, vêm a transformar o espaço não-virtual. Um exemplo do sucedido é o do meu Avô ter perguntado ao meu Pai qual o significado da palavra “face-buque”, repetida nestas mesmas páginas até ao ponto que se julga não ser mais

necessário fazer uma introdução à rede social. Cada um de nós tem os seus próprios hábitos de navegação. O meu caracteriza-se em parte por ter dezenas de separadores abertos. Outras pessoas passam horas no 9gag, e temos quem prefira o Spotify ao Youtube para ouvir música. Em parte, estes hábitos são partilhados por quem nos é próximo, ou por quem partilha os mesmos interesses online. Mas existe também uma dinâmica regional associada, como quem diz fino em

vez de imperial. Podem averiguar ao perguntarem ao vosso amigo Ucraniano se tem Vkontakte ou se só o utiliza para ouvir música, ou ao vosso amigo Brasileiro, se já “eliminou” alguém do seu Orkut! Se bem que habitamos diferentes espaços virtuais, ainda assim, temos em comum o facto de estarmos todos ligados. De maneira a encontrar casa em Ioannina, Grécia, onde vivo atualmente, fiz uso destas ferramentas. De amigo em comum a encontrar apartamento, foram

meia dúzia de mensagens. Fácil, para quem tem facilidade em trabalhar a rede. Com o meu tempo limitado para poder fazer voluntariado no campo de refugiados local, resolvi desenvolver um workshop sobre estas mesmas tecnologias, para que possam desenvolver um habitat virtual, de maneira a que possam vir a “construir uma casa” no país que vão habitar, quer seja o grupo no Facebook a avisar sobre as operações stop em Leiria (sem querer fazer julgamentos morais),

ou partilhar os memes de futebol que coexistem nas nossas redes com anúncios de emprego. Estes exemplos são reflexos da nossa cultura, acessível a todos aqueles que sabem navegar na internet. Numa última nota, deixo um principio que adotei de um filme: “quando em dúvida, segue a recomendação da tua mãe.” Naturalmente, a questão a seguir seria a quem perguntar se não tivermos a nossa mãe por perto? Os meus alunos já sabem: pergunta ao Google!

Muito depressa, qualquer comunidade estará pronta a ajudar. Ah! E já agora, Avó, se houver alguma coisa que não tiveres percebido neste artigo, envia-me um email. Eu, ou qualquer neto, estamos prontos para ajudar.

s Conversas da Mariana Por Mariana Lopes

Manifesto antitecnologia Olá amigos, Quando me encontro na presença de conterrâneos mais velhos, faz-se sentir sempre uma paz de alma que me transcende e que penso estar relacionada com a sua presença. Não a presença em carne e osso, estamos todos igualmente inteiros, mas em pensamento. Apesar dos nossos pés estarem assentes no mes-

mo chão, a calcar a mesma terra, uns estão certamente mais lá do que outros. Nós, os mais novos, temos a tendência de subvalorizar as capacidades dos desentendidos das tecnologias, como se isso lhes medisse a inteligência. Rimos da tia mais velha e ela ri-se de volta, por sermos criancinhas que não sabem o que dizem. Passa-se que ela tal-

vez tenha razão quando insiste em frisar que “no meu tempo é que era”. Se calhar era mesmo. Se hoje janto com um grupo de amigos, faço-o na certeza de estarmos todos (eu incluída) a conversar com quem não está, ou a inspecionar o que a internet nos conta. É inevitável. Ao invés de conversarmos uns com os outros, temos dis-

cussões com ecrãs luzidios. Mas quando almoço com a tia… ela está lá. Estamos as duas lá. E ao ver as rugas que se lhe cravaram na cara com o sol, ou a terra ressequida que ainda não se lhe desprendeu das gretas das mãos, percebo que talvez ela perceba mais de tudo do que eu. Ela não se preocupa com o que não está. Se ela tem uma conversa está, de

facto, presente na conversa. E se ela vai passear importa-lhe mais o passeio do que o update das redes sociais, e é deste modo que a vejo mais feliz e mais leve. Um dos motivos pelos quais gosto tanto deste lugarejo é este: se há coisa que não escasseia, são as sábias tias mais velhas.

perigoso para se viver, ao ponto de questionarmos se a ganância e a luta pelo poder do ser humano, não virá a contribuir para a extinção da sua própria espécie, bem como para a maioria das outras, animais e vegetais. E isto tanto pode acontecer de uma forma mais lenta, mas quase inevitável, dada a forma como vimos destruindo a natureza; como poderá ocorrer de um modo ainda mais rápido, se a um qualquer dos poderosos que dispõem de recursos para isso, lhe der na veneta de, carregando num simples botão, vir a provocar um conflito nuclear Por outro lado, os ataques

terroristas, que vão ocorrendo um pouco por todo o mundo, criando um clima de medo e de terror, começa a dar os seus frutos, com o aparecimento, mesmo no seio das democracias, de regimes nacionalistas, xenófobos e extremistas, que inevitavelmente levarão aquelas para outros patamares, numa fase inicial convertendo-se em “democracias musculadas” mas, por certo, o impulso não parará por aí, enquanto não descambarem em ditaduras radicais, maioritariamente de direita, mas também de esquerda. Tudo isto porque as maiores potências militares e po-

s Notícias dos combatentes

Ano velho, ano novo Ninguém dirá que 2016 foi um “mar de rosas” mas, no conjunto, não terá sido pior que 2015 e até terá havido pelo menos dois momentos de exaltação coletiva: primeiro, com a conquista do euro, pela nossa seleção nacional sénior de futebol e, já mais para o final do ano, com a vitória de António Guterres na eleição para secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas). E sendo certo que nenhum destes acontecimentos colocou pão na mesa de quem o não tem para comer, também não será menos verdade que ambos (embora mais o futebolístico,

numa inversão de valores que há muito nos rege) conseguiram, por algum tempo, que até os mais desvalidos tenham sentido orgulho em serem portugueses. Todavia, no panorama internacional, as calamidades continuaram a acumular-se, especialmente com o prosseguimento de guerras sangrentas, em várias partes do globo, que, para além de causarem uma destruição de bens imensa, tanto coletiva com individual, pior do que isso, levaram à morte e mutilação de muitos milhares de pessoas inocentes e ao desenraizamento de milhões, causando um movimento migratório cre-

mos que jamais visto à escala mundial. Quanto a previsões para o ano que se inicia, quase sempre têm por base os acontecimentos vividos no anterior. Se, mais uma vez, partirmos desta premissa, no caso português talvez essa continuidade não seja o pior que nos possa acontecer. Porém, ao nível planetário, partindo do mesmo pressuposto, as expetativas gerais não podem ser muito elevadas, porque, pelo menos por agora, não antevemos uma melhoria significativa, ou seja, o Planeta Terra parece ir continuar a ser um lugar cada vez mais

líticas, com meios mais que suficientes para porem fim aos conflitos que grassam pelo mundo, se unissem esforços nesse sentido, em vez disso, quase sempre são elas as instigadoras dessas guerras, a que depois dizem querer pôr cobro, mas fazendo-o de forma totalmente antagónica, cada qual do seu lado da trincheira, maioritariamente por questões socioeconómicas, mas também ideológicas. NCB





Jornal da Batalha

Saúde Batalha

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Enxaqueca ou cefaleia de origem cervical? Atualmente, a cefaleia (dor de cabeça) está no top dos sintomas mais frequentes no dia-a-dia da nossa população tornando-se, em certos momentos, incapacitante. Nem sempre é fácil entender qual a origem da mesma, o que influencia diretamente o seu tratamento. O presente artigo tem como objetivo clarificar a dúvida que inúmeras vezes surge: será enxaqueca ou cefaleia de origem cervical? Enxaqueca e cefaleia não é, deveras, a mesma coisa. O que deixa cair por terra o velho mito que “quando um indivíduo apresenta uma dor de cabeça, identifica sempre como enxaqueca”. A enxaqueca é uma dor de cabeça crónica, com episódios de dor pulsátil e que persiste por várias horas. Consequentemente pode originar náuseas e vómitos e só a administração de medicação específica leva à diminuição dos sintomas. A cefaleia de origem cervical é a dor de cabeça irradiada por lesões/disfunções nas estruturas da coluna cer-

vical. Nos dias de hoje, caraterizados por estilos de vida atribulados e exigentes, existem cada vez mais pessoas que sofrem de problemas de coluna. A atividade física insuficiente, stress na vida pessoal e laboral, alimentação e estilo de vida pouco saudáveis são factores desencadentes deste tipo de disfunção. A dor de cabeça de origem cervical carateriza-se por: dor tipo aperto, pressão ou peso. É comum referir-se sentir “uma dor como se tivesse um capacete”; ocorre em episódios súbitos; geralmente afeta apenas um lado da cabeça; pode localizar-se mais na base da nuca e/ou irradiar pela lateral da cabeça até à região superior do olho; agrava com o movimento do pescoço ou em posições mantidas; pode originar sensação de formigueiro ou dormência no pescoço; limita a mobilidade da cervical; existência de espasmo muscular cervical. Uma elaborada avaliação médica é importante para

s Espaço do Museu

Sobre o Dia Mundial do Braille

estabelecer um diagnóstico adequado. Segundo estudos recentes as medicações analgésicas e anti-inflamatórias não revelam qualquer efeito positivo nesta condição clínica. Por outro lado é de referir que estes sintomas melhoram com tratamento local. Um programa de tratamento de Fisioterapia adaptado às necessidades do utente tratará de modo eficaz este problema. Deverão ser preveligiadas as técnicas de terapia manual, reeducação postural e reintegração da atividade física regular.

João Ramos Fisioterapeuta

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta e duas a folhas quarenta e três, do Livro Duzentos e Dezanove - B, deste Cartório. Hugo Alexandre Salgueiro de Azevedo, NIF 229 954 979, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho da Batalha, onde reside na Rua Principal, n’.33, no lugar de Casal do Relvas, declara que com exclusão de outrem é dono e legítimo possuidor do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão para arrecadação e arrumos, com a superfície coberta de quarenta metros quadrados, e logradouro com a área de trezentos e oitenta e cinco metros quadrados, sito na Rua Principal, Casal do Relvas, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com Diogo Fernando Rosa Teixeira, de sul com António da Silva Azevedo, de nascente com Rua Principal e de poente com Tecmill — Maquinas e Ferramentas, Lda., não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 9285, com o valor patrimonial de €5.170,00. Que, o justificante adquiriu o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por doação verbal de António da Silva Azevedo e mulher

Maria de Jesus Salgueiro Cabaço, seus pais, residentes em Casal do Relvas, Batalha, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal, para proceder ao registo; Que em consequência daquela doação verbal, possui o identificado prédio em nome propriedade há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio por usucapião. Batalha, dez de janeiro de dois mil e dezassete. funcionária com delegação de poderes Lucilia Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/5 Jornal da Batalha, edição 318 de 17 de janeiro de 2017

Arrancamos o novo ano destacando a comemoração do Dia Mundial do Braille, assinalado a 4 de Janeiro, e que evoca o sistema de escrita e de leitura desenvolvido pelo educador francês Louis Braille (1809-1852). Louis Braille perdeu a visão aos três anos de idade, mas tal não o impediu de ter uma vida normal, afirmando-se, desde cedo, como um aluno brilhante. Fundou o Instituto Valentin Haüy,onde criou um programa para ensinar os cegos a ler, através da gravação de letras grandes em alto relevo sobre papel grosso. Não sendo este um sistema totalmente eficaz, Braille aposta na criação de um novo código baseado na escrita nocturna usada na artilharia francesa, que se baseava em sons e pontos em relevo gravados no papel. Louis Braille simplificou o código e desenvolveu um método baseado em pontos de relevo que incluem, para além das letras, números e notas musicais.

Hoje, o sistema mantém-se praticamente fiel ao criado por Braille, em 1824. Forma-se por 64 sinais, gravados em relevo, obtidos pela combinação sistemática de seis pontos que se agrupam em duas filas verticais e justapostas de três pontos, à semelhança de uma sena de dominó posicionada na vertical. Cada sinal não excede o campo táctil e pode ser identificado com rapidez, pois, pela sua forma, adapta-se exatamente à polpa do dedo. O sistema facilita a inclusão das pessoas cegas, permitindo que estas desenvolvam actividades académicas, culturais, profissionais e sociais. Cada vez mais difundido, o braille está presente, por exemplo, nas caixas de medicamentos ou em embalagens de produtos alimentares, bem como em diversos equipamentos (multibancos e elevadores, por exemplo). E por que falamos de braille nesta rubrica mensal sobre o MCCB? Porque

o Museu dispõe de diversas soluções sensoriais, de que fazem parte as peças para tocar, sempre acompanhadas por legendas em braille. Também as instalações sanitárias e os cacifos estão devidamente assinalados com este código, procurando garantir a inclusão das pessoas cegas. Para a criação deste roteiro em braille, foi fundamental a colaboração de pessoas cegas e da ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal) Com este pequeno apontamento sobre um sistema inclusivo, reforçamos os nossos leitores a visitar o Museu de Todos, relembrando que há sempre visita guiada aos primeiros domingos do mês, às 11h30. Nestes dias, os ingressos para moradores no concelho da Batalha ou munícipes são gratuitos. O MCCB aguarda a sua visita. www.museubatalha.com Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB)

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Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

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Concelho lidera crescimento da taxa de ocupação da hotelaria s registo Posto de turismo com mais atendimentos

p O mosteiro é o principal motivo de atração de turistas

m O município regista evoluções positivas em todos os parâmetros analisados pelo INE, com exceção da estadia média, que foi ligeiramente negativa em 2015 Os estabelecimentos hoteleiros do concelho apresentam dados positivos na generalidade dos parâmetros avaliados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e Turismo do Centro, relativos ao triénio 2013-2015, liderando mesmo o distrito de Leiria no que respeita ao crescimento da taxa de ocupação. Os dados mais recentes – os resultados de 2016 ainda não estão apurados – reve-

lam que o município foi em 2015, no distrito, o terceiro que mais cresceu em número de dormidas, o segundo que mais evoluiu em relação ao número de hóspedes e o oitavo que mais aumentou as receitas resultantes do alojamento de turistas. Em qualquer dos anos, o concelho regista evoluções positivas em todos os parâmetros em análise, com exceção da estadia média, que não sofreu alteração em

2014 e foi ligeiramente negativa em 2015. Em termos absolutos, a Batalha ocupa a oitava posição no distrito em receitas, número de hóspedes e dormidas; a nona no que respeita à taxa de ocupação e a 11ª no referente à estadia média. Em 2015 estiveram hospedados no concelho 31 mil turistas, que pagaram 47,7 mil dormidas e permitiram aos estabelecimentos hote-

leiros receitas de 2,160 milhões de euros, resultados que têm sempre crescido desde 2013. No que respeita ao distrito de Leiria, as receitas dos estabelecimentos hoteleiros resultantes do alojamento cresceram 17,6 milhões de euros, entre 2013 e 2015, para quase 53,8 milhões. Há dois anos, foi visitado por 589.404 turistas, que reservaram mais de 1,1 mi-

Quanto aos resultados de 2016, apurados a nível local, mostram uma tendência semelhante aos anos anteriores. Os atendimentos efetuados no posto de informação de turismo da Batalha contabilizou 28.434 atendimentos, (mais 4598 do que em 2015), representando um aumento de 19% face ao período homólogo anterior. O posto de turismo da Batalha está, segundo a câmara, “nos lugares cimeiros da lista dos postos afetos ao Turismo do Centro com maior atividade, num território constituído por mais de 100 concelhos”. O mês que registou maior atividade no atendimento foi agosto, com 4.711 registos. Verifica-se “um crescimento do número de turistas nacionais”, sendo França, Espanha, Alemanha e Brasil as nacionalidades mais representadas. “Estes números evidenciam um crescimento consolidado do turismo que se encontra numa trajetória francamente positiva”, afirma o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, adiantando que “o ano de 2016 ficará na história como um dos melhores exercícios para esta atividade económica com grande importância no concelho e na região”.

lhões de dormidas, encontrando-se os concelhos de Óbidos, Leiria e Peniche entre os mais escolhidos para pernoitar. Os dois primeiros lideram também a tabela no que respeita ao nú-

Hotelaria no concelho Ano 2013

Ano 2014

Var%

Ano 2015

Var%

Proveitos

1 651 000

1 852 000

12,17

2 160 000

16,63

Hóspedes

19 178

25 310

31,97

31 008

22,51

Dormidas

30 930

39 767

28,57

47 746

20,06

18,70

24,50

5,80

29,20

4,70

1,60

1,60

0,00

1,50

-0,07

Taxa de ocupação Estadia média

mero de hóspedes, mas na terceira posição surge a Nazaré. E, naturalmente, são também as unidades hoteleiras destes concelhos que ficam com as receitas mais elevadas. Em matéria de alojamento turístico na região com influência na Batalha, encontra-se Ourém, por causa do turismo religioso em Fátima. No ano passado as receitas do alojamento hoteleiro ascenderam a 27,1 milhões de euros, investidos por 447.484 hóspedes, que reservaram quase 728 mil dormidas.

Número de visitantes do mosteiro cresceu 20,1% O Mosteiro da Batalha foi o monumento mais visitado fora de Lisboa, no ano passado, com um registo de 396.423 visitantes pagantes, um crescimento de 20,1%, face 2015, e o maior de todos os monumentos nacionais, segundo dados revelados este mês pela Direção-Geral do Património Cultural

(DGPC). “O facto do mosteiro ocupar, destacado, a terceira posição na lista dos monumentos mais visitados do país, realça a importância cultural e turística deste monumento, no contexto da entrada de turistas na região centro”, afirma o presidente da câmara.

Paulo Batista Santos destaca, para a obtenção deste resultado, “o trabalho de exceção que vem sendo concretizado pela direção do monumento”, liderada por Joaquim Ruivo, evidenciando “a articulação muito positiva entre autarquia e a tutela”. No topo da lista dos mo-

numentos mais visitados do país figura o Mosteiro dos Jerónimos, com 1,080 milhões de pessoas, seguindo-se a Torre de Belém, com 685.964 visitas. O presidente da câmara adiantou que o número de visitantes do mosteiro “evidencia a concretização, já em 2017, de projetos ligados

à preservação e proteção do monumento, como seja a instalação de uma barreira sonora e de um jardim na zona frontal do monumento e contígua ao IC2, bem como a realização de um programa cultural diverso e abrangente, que contemplará congressos científicos de âmbito internacio-

nal, concertos, atividades de serviço educativo junto das escolas e representações teatrais”. Em 2011 o Mosteiro da Batalha foi visitado por 286.499 mil pessoas, número que cresceu 38,4% até ao ano passado.



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Economia Carlos Rosa sócio-gerente da Moldes D4

“Prevemos um crescimento de cinco a 10% por ano”

p O ministro da Economia durante a visita à empresa A Moldes D4 inaugurou as novas instalações, em Pinheiros, no concelho da Batalha, a 30 de novembro, com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, segundo o qual “foram empresas como esta que fizeram com que Portugal tivesse um crescimento notável nos últimos 10 anos nas exportações e vão continuar a fazer o futuro do país”. A empresa, fundada em 2005, dedica-se à produção de moldes para a indústria de plásticos e exporta a quase totalidade da produção, para mercados como a Alemanha, França, Marrocos e EUA, maioritariamente para as indústrias automóvel e desportiva. O sócio-gerente da Moldes D4, Carlos Rosa, afirma nesta entrevista que a empresa tem agora melhores condições para responder às exigências do mercado. Quais as razões que justificam o investimento nas novas instalações? As principais razões que nos levaram a investir nas novas instalações foram o próspero e contínuo crescimento da empresa e as

p A equipa e os convidados para a inauguração crescimento de cinco a 10% por ano. Qual o balanço que faz de 2016 em termos de volume de negócios e mercados de exportação? Para a nossa empresa o ano de 2016 teve com balanço muito positivo, pois tivemos um acréscimo de encomendas e cada vez exportamos para mais mercados.

p Carlos Rosa, sóciogerente da Moldes D4 exigências atuais dos mercados. Vêm permitir o aumento da capacidade de produção, melhorar os processos e reforçar as competências internas de forma a melhorar e otimizar mais eficazmente a resposta aos clientes. Qual o impacto que terão na capacidade de produção e no volume de negócios de 2017 e seguintes? Com a mudança para as novas instalações, pretendemos aumentar a nossa capacidade produtiva, que prevemos que se traduza num

Quantos colaboradores tem a Moldes D4 e que contratações poderão acontecer? Atualmente contamos com 30 colaboradores, 10 deles foram contratados durante o ano de 2016, fruto do aumento das encomendas, e prevemos contratar ainda mais durante este ano. Qual o investimento feito nas novas instalações e que financiamentos europeus obteve? O investimento feito nas novas instalações foi de 1,6 milhões de euros e contámos com o apoio do Programa Portugal2020 em 40% do investimento realizado. Quais os mercados que pretende consolidar e entrar?

Pretendemos consolidar os mercados já existentes e estamos sempre abertos a novos desafios. Os principais clientes são da área automóvel. Essa dependência não pode ser problemática? A sector automóvel é uma área muito vasta e trabalhamos para diferentes marcas, nomeadamente BMW, Audi, Porsche, Volkswagen, Mercedes e Volvo. Mas a nossa empresa não está dependente do sector automóvel, temos também clientes noutras áreas, nomeadamente desporto, cosmética e alimentação. Como é que analisa o sector dos moldes neste momento? Neste momento o sector do moldes está no bom caminho, mas para competirmos com outros países precisamos de praticar prazos mais curtos e preços mais competitivos. Qual o projeto mais importante que a Moldes D4 está a desenvolve? Para nós todos os projetos são importantes, desde o maior ao mais pequeno.

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Jornal da Batalha

Património

Património de relevante importância histórica A primorosa publicação a que me refiro no “Baú da Memória” (“Vitória, a Romana que viveu na Batalha”) veio espicaçar-me e alentar-me para continuar a ocupar-me com a necessidade imperiosa da preservação do nosso património histórico, arqueológico e arquitectónico, património que uma vez destruído não há milagre que o possa ressuscitar, e de tentar envolver todos numa campanha junto das entidades oficiais para que se tomem, definitivamente, as providências que o defendam e o promovam. Continuo a perguntar para que tem servido o Ministério da Cultura cuja única preocupação, parece, tem sido o Teatro e o Cinema que se fazem em Lisboa, preocupação legítima se abranger com o mesmo ardor tudo o mais que é Cultura e que é parte essencial da nossa herança histórica, desde as capelinhas de aldeia aos grandes monumentos, da literatura à etnografia, da grande pintura e da grande escultura à arte popular, dos edifícios com características nacionais e regionais aos invulgares barcos da nossa costa como é o caso dos da Nazaré… A Língua portuguesa, nosso bilhete de identidade no Mundo e elo de ligação de duzentos e cinquenta milhões de seres humanos espalhados por 8 países, cuja destruição avança em ritmo acelerado com a introdução, desnecessária e inúmeras vezes ridícula, de termos ingleses, não mereceu ainda a qualquer governo uma defesa enérgica quer através duma legislação rigorosa e posta efectivamente em prática quer de intervenções decisivas no terreno, proibindo e corrigindo as expressões que estão a tornar-se uma praga no comércio (exemplos: shopping, outlet,

stock, trad-mark, etc.). Para além de Collippo (e de quantos casos mais?) temos na paróquia batalhense dois espinhos profundamente cravados nos nossos valores patrimoniais e históricos: a destruição da Igreja de Santa Maria-a-Velha, primeiro templo da povoação que nascia à sombra da edificação do Mosteiro de Santa Maria da Vitória e panteão de vários dos mais célebres arquitectos dos séculos XV e XVI, construtores de um património hoje classificado como património da Humanidade, entre eles comprovadamente os Mestres Huguet, Guilherme e Boytac (Boitaca). Na impossibilidade (e será mesmo impossível?) de refazer o velho e significativo templo e para isso há fotografias do seu corpo inteiro e do seu interior, e também gravuras, e há foto-

grafias apenas da sua capela-mor (uma delas que tirei no final dos anos quarenta) já em adiantado estado de ruina, no local, que é e continua a ser sagrado, deveria erguer-se um monumento a assinalar visivelmente a sua condição religiosa e histórica e a evocar os Mestres que ali tiveram a sua última e desassossegada morada, monumento que o seria também aos arquitectos portugueses e estrangeiros que cá se fixaram e deixaram obra relevante. O outro espinho cravado respeita à Quinta da Várzea, propriedade que foi do Convento Dominicano da Batalha, em 1834 espoliada pelo governo liberal e em 1837 adquirida ao Estado pelo que havia de ser, entre 1840 e 1843, o grande restaurador do nosso Mosteiro, que salvou da ruina, Luís da Silva Mouzinho de Albuquer-

que, figura ímpar da primeira metade do século XIX, militar, político impoluto, engenheiro, escritor, entre outros notáveis dotes do seu espírito multifacetado. Nesta Quinta haveria de nascer em 1855 esse outro grande vulto da História Pátria: Joaquim Mouzinho de Albuquerque, neto de Luís da Silva. Classificados o seu solar, dos poucos que restam na região, e a sua capelinha da invocação de S. Gonçalo, a classificação nunca chegou a ser publicada no Diário da República, por razão que continua a ser um mistério insondável. O que aconteceu? Ora, era isto que se deveria apurar e, mais do que esta diligência, retomar o processo da classificação. A Quinta da Várzea é indiscutível valor do nosso património histórico e arquitectónico pelo que o seu abandono é profundamente lamentável e a sua situação presente tem de ser analisada e o seu estatuto reapreciado pelo Ministério da Cultura. PEÇA A PEÇA, O MUSEU ET-

NOGRÁFICO DA ALTA ESTREMADURA. Mostra-se neste número a vitrina das miniaturas de carros de bois e de carroças de muares da Batalha e doutros pontos do País. Na prateleira de cima, dois carros de bois, um de eixo de madeira e outro de eixo de ferro, ambos feitos pelo saudoso Joaquim Saraiva do Nascimento Ceiça. Também da sua autoria, na segunda prateleira, uma carroça de muar, e na terceira, uma charrete. Este veículo, que normalmente só os lavradores abastados possuíam, é também um primoroso trabalho do Joaquim Ceiça. Era puxado habitualmente por cavalos ou éguas. Ao lado está uma sela feita na Correaria “Equicouro”, dos Irmãos Domingues, da Mata dos Milagres. Esta afamada correaria tem sido habitual fornecedora das empresas cinematográficas de Hollywood para as suas fitas históricas e do Oeste americano. Na prateleira seguinte estão duas carroças alentejanas e um carro de bois do Douro e na última um carro de bois, da nossa região, que transporta uma tina ha-

bitualmente usada nas vindimas. Desconheço os seus autores. Como sucede com muitas peças ali mostradas em miniatura, os carros e carroças da nossa região expõem-se em tamanho natural noutros espaços de Museu, neste caso na loja do edifício. Aproveito para informar os prezados leitores de que em 22 de Janeiro, das 15h00 às 17h00, se realizará no Museu Etnográfico mais uma oficina temática, esta dedicada às curas da medicina popular, e em 12 de Fevereiro, também das 15h00 às 17h00, uma oficina sobre a construção de instrumentos tradicionais e sobre a sua execução. Como sempre, a entrada é livre. Para quem não saiba, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura, fundado e administrado pelo Rancho Folclórico Rosas do Lena, situa-se na Rebolaria, na pequena calçada da Madalena. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (166)


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Cultura

Editado livro infantil sobre a cidade de Collippo m Divulga informações relativas aos hábitos do povo romano, à extensão e organização da cidade construída na Batalha e aos principais ofícios A antiga cidade romana de Collippo, edificada em São Sebastião de Freixo, é o tema do livro infantil, editado em dezembro pela câmara da Batalha, com o título “Vitória: a Romana que viveu na Batalha”. A figura central é uma criança, de nome Vitória, que apresenta de forma divertida algumas curiosidades associadas ao antigo povoado romano. Os autores dos textos são Rui cunha, chefe da Divisão de educação, Cultura e Desporto da Câmara da Batalha, e Ana Moderno, Técnica Su-

p O livro tem 24 páginas ilustradas perior do Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. A obra tem desenhos de Luís Taklim e Carla Rotchild, ilustradores de publicações como a National Geographic (versão portu-

SEGURANÇA SOCIAL

LICENCIAMENTO DO FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO DE APOIO SOCIAL

1- LICENÇA DE FUNCIONAMENTO Licença n.° 12 /2 0 1 6 Substitui a licença n.0 Centro Distrital de Leiria 2- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Denominação do estabelecimento Melhoralis Unipessoal Lda Localização do estabelecimento: Rua dos Bombeiros Voluntários nº11 blocoA fração A Localidade Batalha Código postal 2440-117 Batalha Distrito Leiria Concelho Batalha Freguesia Batalha Telemóvel / Telefone 918694826 Fax E-mail elisabete.pvm@gmail.com 3- IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE GESTORA Nome completo Melhoralis Unipessoal Morada Rual da Coletividade nº 2 Localidade Casal do Relvas Código postal 2440-343 Batalha 4- RESPOSTA SOCIAL A DESENVOLVER NO ESTABELECIMENTO Serviço de Apoio Domiciliário para Atendimento e Arquivo 5- CAPACIDADE MÁXIMA O estabelecimento pode abranger o número máximo de 28 / Vinte e Oito utentes. 6 6-EMISSÃO 2016/12/22 Maria do Céu Mendes (1) Emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.°64/2007, de 14 março, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.° 33/2014, de 4 Os dados constantes deste documento são registados no Sistema de Informação da Segurança Social. Poderá consultar pessoalmente a Informação que lhe diz respeito, bem como solicitar a sua correção. As falsas declarações são punidas nos termos da lei. Mod. AS 6212016 - DGSS (Página 1 de 1) versão www.seg-social.pt

Jornal da Batalha, edição 318 de 17 de janeiro de 2017

guesa). Ao longo de 24 páginas, são divulgadas informações relativas aos hábitos do povo romano, à extensão e organização da antiga cidade construída na Batalha e aos prin-

cipais ofícios dos habitantes. A importância de atividades como a agricultura e a caça, bem como à dieta alimentar e ao legado, que ainda hoje se faz sentir, ao nível da importância do direito e das leis são outras questões abordadas. A edição de “Vitória: a Romana que viveu na Batalha” constitui um “forte motivo de orgulho, razão pela qual todos os alunos do Pré-Escolar e do 1º CEB da rede pública receberam uma publicação”, explicou o presidente da câmara. A edição do livro associado à existência da antiga cidade de Collippo e destinado ao público infantil, “reveste-se de um importante contributo para a preservação da memória futura, atendendo à dimensão e à importância que o antigo povoado romano representou para a nossa região”, adiantou Paulo Batista Santos.

Alunos do concelho recebem bolsas de estudo de música Três alunos do concelho da Batalha matriculados no Ensino Superior (nos cursos de Medicina, Ciências Biomédicas e Cozinha e Restauração) receberam a 28 de dezembro da Páginas de Música - Associação de Solidariedade e Apoio Social, bolsas de estudo no valor de 900 euros. Fernanda Rodriguez, presidente da Páginas de Música, manifestou “grande orgulho no tra-

balho realizado pela associação a que preside, especialmente no que toca ao apoio dado à formação dos jovens”. Paulo Santos, presidente da câmara, acrescentou que “a oferta destas bolsas de estudo representa para os jovens bolseiros do concelho um estímulo”. Para o autarca, “este gesto da associação Páginas de Música é a constatação de que o mérito e o esforço são premiados”.

Batalhense Carlos Caldas lança livro de poesia O batalhense Carlos da Silva Caldas, antigo conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, lança o seu primeiro livro, de poemas, aos 86 anos, no dia 3 de fevereiro, em Lisboa. A obra, intitulada “No

tempo e no espaço”, é lançada no Chiado Café Literário, pelas 18h30, na avenida da Liberdade, galeria comercial Tivoli Forum, piso -1. O livro é editado pela Chiado Editora.


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Desporto

“Mais do que os resultados desportivos o nosso interesse é sermos felizes” m A iniciativa partiu do atleta Samuel Nunes que, após sofrer uma lesão grave no Cross Noturno da Batalha, recomeçou a treinar em junho de 2015, convidando para o efeito outros desportistas. O grupo foi crescendo e nasceram “Os Tolinhos da Corrida”, a maioria residentes no concelho. Sérgio Artilheiro, um dos elementos, descreve as principais características do grupo Quando foi criado o grupo e com que objetivos? O grupo tem pouco mais de um ano. Festejámos o 1º aniversário no dia 8 de novembro. Qual a relação que tem com o concelho da Batalha?

p A maioria dos atletas é da Batalha A relação é muito próxima, pois a maioria dos elementos habita neste concelho. Além disso, todas as terças-feiras há o “Treino dos Tolinhos”, pelas 20 horas, que normalmente começa e acaba junto ao campo de futebol. Por norma, também participamos com bastantes elementos nos treinos das quintas-feiras (Corrida d’ Avis) às 20h30 (começa e termina junto ao Mosteiro). Ainda no que se refere aos treinos, aos fins de semana, desde que não estejamos presentes em nenhuma prova, organizamos treinos

de conjunto com duração mais alargada, sendo que neste caso vamos variando mais os locais (como Porto de Mós, São Pedro de Moel, Nazaré, Alqueidão da Serra ou São Martinho). No que se refere às provas, não há propriamente um calendário estipulado. Tanto pelo distrito como pelo resto do País, há inúmeras provas praticamente todos os fins de semana (seja corrida de estrada ou trail). O que acontece é que, havendo interesse da parte de alguns elementos numa determinada prova, os restan-

RECORDE. A 4º ediçao da São Silvestre Batalha 2016, organizada pelo Atlético Clube Batalha e ganha por Wilson Conniott e Vera Portela, bateu o recorde de inscritos: 1.332 – dos quais participaram 650 na prova dos 10 quilómetros, 250 na caminhada e 270 na corrida jovem. A 5ª edição da São Silvestre Batalha já tem data marcada: 16 de dezembro.

p Sérgio Artilheiro, um dos membros do grupo tes são convidados a participar. Todavia, cada um é livre de escolher as provas onde quer estar presente. Qual o balanço que faz do último ano em termos desportivos? Mais do que os resultados desportivos, o nosso interesse passa por sermos felizes. Ora, para que esta felicidade aconteça, temos de nos sentir bem física e mentalmente e, ao mesmo tempo termos uma relação de amizade uns com os outros. Quais os principais resultados? Apesar de não ser, de todo, a nossa prioridade, algumas “Tolinhas” já conseguiram ficar no pódios em provas. Contudo, como acima de tudo está o companheirismo e a boa disposição, posso dizer que os resultados têm sido muito superiores às expectativas iniciais. Quais as principais dificuldades e melhorias registadas ao longo da época? Sinceramente, as dificuldades não têm sido muitas. Talvez a única que mereça algum relevo tenha a ver com o facto de o grupo ser bastante numeroso e por vezes, como cada um tem os seus compromissos familiares e profissionais, não ser fácil combinar treinos e/ou convívios de forma a abran-

ger o maior número de elementos possível. Já no que se refere às melhorias, têm sido imensas. O grupo tem crescido de forma sustentada. Há pessoas de outras equipas que experimentam treinar connosco e voltam. Isso para nós é bastante importante. Quantos atletas tem inscritos no grupo e idades? Como não somos uma equipa federada, não temos atletas inscritos, mas o núcleo duro tem 30/35 elementos. Mas como treina connosco quem quer, já somos mais de 50 “Tolinhos”. No que se refere às idades, temos atletas desde os 20 e poucos anos até muito perto dos 60. Mas a grande maioria tem entre 35 e 45 anos. Como financiam as vossas atividades? As nossas actividades são

financiadas por cada um de nós. Sejam as deslocações para os treinos e para as provas, sejam as inscrições. Quais são os principais objetivos a curto prazo? Os objectivos a curto prazo passam, principalmente, por manter este grupo com a união que se tem registado até agora. Depois, andamos a avançar com a criação de um equipamento próprio, de forma a sermos identificados com maior facilidade nos locais onde formos correr. Uma coisa que vamos tentar fazer com mais frequência é participar em eventos solidários. Já o fizemos a favor da Casa do Povo de Alqueidão da Serra e da escola primária da Martingança, mas queremos partir para novas e diferentes experiências em termos sociais.

Maria da Purificação Monteiro Gonçalves 06 – 01 – 2012 Casal Do Quinta – Batalha 5º ANO DE FALECIMENTO

Seu marido, filha, genro, netos e restantes familiares recordam-na com saudade, não apenas agora que faz 5 anos que partiu para a eternidade, mas todos os dias, porque aqueles que amamos não morrem: continuam a viver nos corações através das marcas que deixaram naqueles que ficaram…

Tratou: Funerária Santos & Matias, L.da – Batalha e Porto de Mós (Loja D. Fuas)


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Necrologia Batalha

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Alfredo de Sousa Jorge

95 Anos N. 23-06-1921 - F. 18-12 -2016 Natural | Residente em: Pinheiros –Batalha Foi sepultado no cemitério de Batalha AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhos, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar.

A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Deolinda Pereira Marques

94 anos N. 09 – 01 – 1922 - F. 12 – 01 – 2017 Reguengo do Fetal – Batalha AGRADECIMENTO Suas filhas: Teresa Cunha de Castro e Margarida Marques da Cunha, genros, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz.

António Pereira Monteiro

53 anos N. 17 – 03 – 1963 - F. 28 – 12 – 2016 Casal da Pedreira – Reguengo do Fetal

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Carlos Alberto da Costa Madureira

AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, irmãos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz.

58 anos N. 27 – 10 – 1958 - F. 04 – 01 – 2017 JARDOEIRA – BATALHA AGRADECIMENTO Seus filhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz.

A todos, muito obrigado. “Partiste cedo demais mas permanecerás para sempre nos nossos corações”

A todos, muito obrigado. Partiste cedo demais mas iremos recordar-te sempre. Descansa em paz

Tratou: Funerária Santos & Matias - Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Emília do Rosário Santos

90 anos N. 10 – 08 – 1926 - F. 09 – 01 – 2017 Cancelas – Batalha

Francisco Malta dos Santos

84 anos N. 05 – 11 – 1932 - F. 18 – 12 – 2016 Casal do Quinta – Batalha AGRADECIMENTO Sua esposa: Maria do Rosário V B Santos, filhos: José Fernando, António e Joaquim Bastos dos Santos, netos e e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todo o apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada.

Aqueles que amamos não morrem… apenas partem antes de nós.

AGRADECIMENTO Seus filhos: João, Mª Emília, Ilda e Mª do Carmo, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. Mesmo depois da partida, aqueles que amamos estarão sempre presentes através das boas lembranças….

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias - Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

João Bento Ribeiro “Taxista”

83 anos N. 21 – 02 – 1933 - F. 23 – 12 – 2016 Natural de Golpilheira Residia em Campos – Maceira AGRADECIMENTO Sua esposa, filhos, nora, genro, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. As boas memórias e os ensinamentos ficarão para sempre. Agora, descansa em paz… Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Laurinda Ferreira

89 Anos N. 08-02-1927 - F. 17-12 -2016 Natural de: Livramento – Porto de Mós Residente em: Batalha Foi sepultada no cemitério de Batalha AGRADECIMENTO

Suas Filhas, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

Maria Batista

F. 26 – 01 – 2016 Quinta do Sobrado – Batalha AGRADECIMENTO

Seus filhos: Artur Batista Vieira, Lídia Marques da Silva e restante família recordam-na com saudade agora que faz um ano que partiu e informam que será celebrada missa por sua intenção no dia 28 de Janeiro ( Sábado) às 19h00 na Igreja Matriz da Batalha, agradecendo desde já a quem estiver presente. Que Deus a guarde no céu, como nós a guardamos no coração, porque as lembranças são eternas…. Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Júlia da Piedade Santos

89 anos N. 18 – 06 – 1927 - F. 08 – 01 – 2017 Palmeiros – Batalha

A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos nem sempre estão junto a nós, mas nunca saem do nosso coração”

Júlia da Silva Monteiro

85 anos N. 03 – 04 – 1931 - F. 26 – 12 – 2016 Alcanadas – Batalha

AGRADECIMENTO Seu marido: Gregório Santos, filhos António e João Silva, noras, netos e e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. A dor da perda será agora substituída pelas memórias dos momentos que partilhámos… Descansa em paz.

AGRADECIMENTO Seu marido, filhos, genro, netos er estantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz.

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Luís Pereira Mota

79 anos N. 26 – 06 – 1937 - F. 11 – 12 – 2016 Palmeiros – Batalha

As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda…Descansa em paz

Manuel Henriques Pereira

83 anos N. 24 – 11 – 1933 - F. 17 – 12 – 2016 Pinheiros – Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. A Saudade fica e as lembranças também. Descansa em Paz

AGRADECIMENTO Seus filhos: Luís e João Oliveira Pereira, noras, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Aqueles que amamos não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Tratou: Funerária Santos & Matias - Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Mariana da Piedade Matias

94 anos N. 20 – 09 – 1922 - F. 18 – 12 – 2016 Casal do Relvas – Batalha AGRADECIMENTO Sua filha: Maria da Luz Matias Inácio, genro: Armando Cabaço, netos e netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que incorporaram o seu funeral, bem como a todos os que se interessaram pelo seu estado de saúde, ou que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.

Para sempre nos nossos corações. Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)

Matilde Louro Belo Monteiro 98 anos N. 08 – 04 – 1918 - F. 28 – 12 – 2016 Batalha

AGRADECIMENTO Seu filho: Alfredo Belo Monteiro, nora, netas e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “Permanecem vivos aqueles que deixam a sua marca naqueles que ficam… Descansa em paz.” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós (Loja Dom Fuas)



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