JORNAL DA BATALHA ABRIL 2018

Page 1

Publicidade

W pág. 5

Finanças dos bombeiros escapam à tragédia dos fogos

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | E-MAIL: INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXV Nº 333 | ABRIL DE 2018 | PORTE PAGO

W pág. 4

Casal suspeito de dezenas de burlas em todo o país W pág. 20

Trail: ninguém apanha atletas de São Mamede

W pág. 9

Prédio em ruínas ameaça museu da Rebolaria

W pág. 24

Dívida do município baixa 19,7% em quatro anos Publicidade

Tel: 244 767 579 JORNAL BATALHA_SMART TONIC 2018_255X39MM.indd 1

28/02/18 14:49


2

abril 2018

Jornal da Batalha

Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos

Morreu o Mestre José Manuel Soares Foi já em 31 de Dezembro. Morreu o notável pintor José Manuel Soares, mestre da arte de contar a nossa História em telas que são parte também do acervo histórico português. Obras de corres fortes, adequadas à força e à grandeza dos temas, desenho firme e rigoroso e simultaneamente um toque poético em cada pincelada. José Manuel Soares foi um dos grandes pintores do século XX. Nascido em 1932 em São Teotónio, Odemira, residiu alguns anos em Leiria, melhor: entre Leiria e Lisboa, tendo tido na nossa capital de distrito uma galeria onde fez inesquecí-

veis exposições. Veio à Batalha várias vezes, aqui pintou alguns dos seus temas e na Galeria Mouzinho de Albuquerque fez, pelo menos, duas exposições. Tive a honra de escrever pequenos textos, quase poéticos, que acompanhavam as suas obras, sobretudo as que se referiam e retratavam o Mosteiro, a Dinastia de Avis e os Descobrimentos. Dele possuo dois quadros magníficos, os do pórtico manuelino da nossa igreja Matriz e do pórtico do Mosteiro dos Jerónimos, neste a escultura do Infante D. Henrique, e um pequeno quadro com o desenho do Castelo de Leiria.

p O Mestre José Manuel Soares (ao centro) Autor de banda desenhada, a sua obra é tão vasta que é difícil dar sequer uma ideia sobre ela nesta secção

do jornal, apenas destacando “A Ala dos Namorados”, cujo texto era de Artur Varatojo (lembram-se do Ins-

pector Varatojo?). O pintor ilustrou, também, a capa do disco com o “Hino à Batalha”, interpretado por Vicente (Frei e Vicente) que igualmente compôs a música, sendo a letra da autoria de Odete Saint- Maurice e de António Brochado Rodrigues. José Manuel Soares foi distinguido com inúmeros prémios e medalhas de prata e ouro, entre elas da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Secretaria de Estado da Cultura, e tem em Pinhel, cidade da Beira Alta, um museu onde está a maior parte da sua obra. Era casado com a também pintora Ângela Soares, a quem apresentamos os

mais sentidos pêsames. A fotografia que se reproduz, foi tirada em 14 de Agosto de 1998 pelo António Sequeira, na Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque da nossa Vila, vendo-se da esquerda para a direita o autor desta secção, a esposa do pintor, o Dr. Eduardo Saraiva, José Manuel Soares, o historiador Professor Doutor José Hermano Saraiva e a sua esposa D. Maria de Lourdes Sá Nogueira. De estranhar é que a morte do Mestre José Manuel Soares tenha sido completamente ignorada pela chamada grande Comunicação Social.

s Diacrónicas Francisco André Santos

Eletricidade, Internet e café É este o trio essencial que permite a tantos “hipsters” trabalhar desde o café. Se bem que ainda não desenvolvi nenhum problema de visão para utilizar óculos garrafais nem utilizo as calças assim tão justas, nos últimos meses adotei um café grego junto de casa como local de trabalho, como se fosse alternativo. Mas a isto acresceram dois problemas: os meus amigos gregos não me perguntam porque não estou no escritório desde as 10h00 nem permitem o meu isolamento no trabalho em frente ao computador. À parte daquela expressão clássica sobre a língua Helénica, a celebrativa alcunha de “Mourinho” a cada 10 minutos não me deixa desen-

volver a tática. Como relatei na crónica anterior, tratei de arranjar um espaço de trabalho. Um escritório onde venho durante o dia para me ligar à ficha, confirmar a qualidade do Wi-Fi, e poupar-me na limpeza da cafeteira de casa. Se bem que às vezes me faz lembrar os Gregos do café, ao menos os colegas do espaço de “co-working” interrompem-me para sincronizar intervalos ou, em alternativa, combinar uma sessão de meditação. Visto-me como quero. Ainda assim, os meus pares conseguem ser um pouco mais extravagantes. Além da personalidade, revelam a marca que imprimem no seu trabalho, como quando

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;

admitimos a “panca” de algum artista. Professores de canto, designers, tradutores. Consultores e especialistas em medicinas alternativas. As organizações e empresas fazem hoje em dia menos sentido perante as ambições individuais de cada um, desprovidas de hierarquia e dependentes de cooperação. O trabalho é em rede e o modelo de negócio é enquadrado em cada novo projeto por que se alternam. Estes “freelancers” são a ponta dum iceberg enfraquecido pelas águas quentes, procurando emergir na sua sustentabilidade financeira. Não é fácil, mas existem oportunidades. O “Impact-Hub” existe como ponto de encontro para empreen-

António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

dedores sociais em 92 localizações diferentes, criando um ecossistema de inovação, algures entre a incubadora de negócios e o centro social. O nosso, isto é, o de Roterdão, serve workshops, aulas, reuniões, cerveja e vinho, com a formalidade do formulário certo. Apontemos o dedo, uns aos outros, para sugerir ideias que não tenhamos alcançado. “Tudo é possível, e se eu consegui financiar o meu projeto, tu também consegues”. Um dos projetos, espalhou contentores por toda a cidade. Serve para o pão duro que transformam em biogás. O ciclo desta “economia circular” fecha quando o combustível é reutilizado na padaria. E já sabe

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

o que são impressoras 3D? Outro grupo aqui no “hub” recicla o plástico do tablier do carro para o filamento desta pequena máquina que “imprime” objetos personalizados. Considerando todos os pequenos objetos que embarcam em viagens intercontinentais e os custos associados à sua produção industrial, esta é outra pequena revolução impressa a partir do escritório. O design do porta-chaves, do cinzeiro ou da estatueta do Batman já estão online, à distância de alguns cliques. Uma vez por semana sou o “anfitrião”. Trocando algumas horas de trabalho, o meu acesso ao espaço é pago com a responsabilidade de ser o primeiro ponto

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950 - Fax 244 812 895

de contato a quem chega. E abrir a porta, porque ainda não se abrem sozinhas. Tal como sou confrontado com o Holandês, o meu conforto com o inglês serve de contacto com outras mundividências. Mais importante, cada vez falo melhor a língua desta gente. Deixo as aspas, o negrito ou o itálico. Normalizo o seu jargão. Eletricidade, Internet e café. Falamos a mesma língua?

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


Jornal da Batalha

Espaço Público Opinião

abril 2018

3

s A opinião de António Lucas Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Serviços públicos A existência de serviços públicos é justificada pela importância que têm para os cidadãos e sempre com o objetivo de serem melhores e mais baratos do que se fossem prestados por privados. A não ser assim o modelo seria certamente diferente. Também há quem entenda que os serviços fundamentais para a população devem estar no setor público, como serão os casos da segurança, da educação, dos tribunais, dos transportes de passageiros, do abastecimento de água e tratamento de esgotos, da recolha e tratamento de resíduos, etc. Se no que respeita à segurança e aos tribunais ninguém tem dúvidas de que tem mesmo que ser assim, já no que toca aos outros setores as opiniões dividem-se. Em qualquer destes, existem experiências positivas e negativas, sendo possível comparar o desempenho do público e do privado e havendo

exemplos de boas práticas quer de um lado, quer do outro. O que permite concluir que quer o público, quer o privado, podem sempre melhorar, prestando melhores serviços, a preços mais baratos para os seus utentes/ utilizadores. O preço é fundamental e deve ser monitorizado/controlado, mormente em serviços concessionados, mas mais importante do que o preço é a qualidade do serviço prestado ao cidadão. E sobre este, deve existir permanentemente um controlo ainda mais apertado. O primeiro nível de controlo deve partir dos próprios utentes, através dos mecanismos legais existentes e felizmente cada vez mais é praticado esse direito, embora algumas vezes com manifesta injustiça para os prestadores do serviço, mas temos que encarar estas situações como as exceções que confirmam a regra.

A meu ver, o setor onde a sensibilidade é maior é sem dúvida o setor da saúde. Começa logo pelo facto de uma parte dos utentes se encontrar numa situação de inferioridade, pelo facto de se encontrar doente. Tenho que deixar bem claro que a larga maioria dos profissionais de saúde é muito atenciosa e trata os seus utentes com empenho, profissionalismo, dedicação e simpatia, mesmo em precárias condições de trabalho, como acontece em vários equipamentos do país. Não obstante, também aqui existem as exceções que confirmam a regra e que em geral são execráveis, abomináveis e devem ser objeto de queixa e do tratamento adequado por parte das inspeções. Começa logo por se porem em bicos de pés, tratando o doente como se de “um saco de batatas” se tratasse quando se encontram numa situação de grande desigualdade, começando logo pelo

Y cartas

facto de quem está sentado em frente estar doente. Estas situações são inadmissíveis. Qualquer profissional de qualquer serviço público, recebe o seu ordenado porque existem utentes. Ou seja, se não existirem utentes, ou se forem a outro serviço, deixa de existir razão para aquele posto de trabalho e será extinto, não havendo ordenado. Logo, a pessoa que está sentada à frente do médico, do enfermeiro, do administrativo, ou de qualquer outro profissional de saúde, é um cliente, e os clientes têm de ser bem tratados, senão vão a outro sitio e o profissional perderá o emprego. É assim no privado e é assim nalguns serviços públicos, infelizmente não acontece em todos, por razões óbvias. Acima de tudo, alguns funcionários públicos, felizmente poucos, acham que quem lhes aparece à frente não é um utente, não é um cliente, mas é apenas mais

um chato, que ali vai para lhe estragar o descanso. Esta mentalidade tem que acabar, tem que desaparecer, para que os bons profissionais que estão ali ao lado não sejam metidos no mesmo saco e o cidadão não generalize dizendo regularmente que os serviços públicos são uma porcaria, porque teve o azar de ser atendido por um desses funcionários públicos que não merece o ordenado que os clientes lhe pagam. E quanto menor é a escala/ dimensão do serviço, mormente pequenas extensões de saúde, maior é a probabilidade destas situações anómalas ocorreram, por ausência de controlo, de escrutínio e de capacidade e receio dos utentes para atuarem de forma a colocar esta gente mal formada e indigna de ser funcionária pública, que privado também não quereria, no sitio certo. Mas mais uma vez se prova que mesmo em peque-

nas unidades também existem excelentes profissionais. Ainda recentemente um amigo que sofreu uma intervenção cirúrgica complexa me dizia que não fora a médica que está na extensão de saúde de São Mamede e já cá não estaria. Aqui está certamente uma excelente funcionária pública, que atuando desta forma, não tenho qualquer dúvida de que o privado também a quereria ter ao seu serviço. Trata os seus utentes, como clientes. Este deve ser sempre o objetivo primeiro de qualquer funcionário público.

s Pestanas que falam

Chaga permanente no mosteiro

À espera não se chega a lado nenhum

O senhor presidente da Câmara da Batalha, inimigo natural do Muro de Berlim, o do diferendo entre as duas alemanhas, divulgado felizmente com ênfase como um crime contra a paz e a concórdia, refletiu em erguer também um muro, não de Berlim, mas da Batalha, em frente ao Mosteiro de Santa Maria da Vitoria, património da humanidade. Isto por causa da estrada construída, após a demolição em 1966 da urbanização realizada depois da construção do monumento, mais um crime que Salazar e os seus fizeram. Não podemos de maneira nenhuma esquecer sítios e casas, monumentos, nomeadamente a escadaria da Pensão da Ti Romana, verdadeira peça artística que os ignorantes da época levaram até ao fim, roubando a arte, a

Este mês entreguei esta crónica com cinco dias de atraso. Podia ser falta de vontade ou falta de inspiração mas foi apenas falta de tempo. Desde a última crónica até agora comecei a trabalhar. Não, não é em jornalismo. Mas comecei a trabalhar, finalmente. E trabalhar consome tempo, obviamente, mas consome ainda mais energia. Energia e neurónios, que muito ajudam na hora de escrever este texto mensal, verdade seja dita. Na próxima quinta-feira (dia 19) faz um mês que comecei a trabalhar numa loja. Também faço anos nesse dia e perto dos 22 anos, licenciada e alguma experiência na minha área de trabalho, comecei a trabalhar numa loja. Há uma coisa que se ganha pelos lojistas logo nos primeiros dias de trabalho: respeito. Trabalhar numa loja não é só “arrumar roupa” e dizer “bom dia”. Vai bastante além disso. É passar um dia

história e a beleza da construção junto ao mosteiro. Estes episódios negros e nefastos que envergonham a arte e a criação continuam, infelizmente, séculos depois. Hoje, janeiro de 2018, o tal “Muro de Berlim” como lhe chamou uma batalhense ilustre, livre e responsável, senhora do antigo comerciante A. Barros, na televisão pública de Portugal, merece que nos debrucemos sobre o assunto, pois será uma chaga permanente no Mosteiro da Batalha, na vila e em Portugal. A ânsia que a autarquia nutre para realizar construções e reconstruções, concentradas na sede da vila, desvaloriza a arte, a história e a cultura das diversas aldeias das quatro freguesias do concelho. Foi uma escolha visível da nova municipalidade,

Comendador José Batista de Matos Paris

sob a orientação do senhor presidente Paulo Batista Santos. E pena, pois ao contrário não teria realizado o tal “Muro de Berlim”, que tem feito falar milhões de portugueses via RTP internacional.

inteiro em pé, a correr para atender o máximo de clientes possíveis e dar-lhes a melhor experiência de compras desde que entram na nossa loja até ao momento em que saem. E é sorrir sempre, independentemente do dia que estamos a ter (ou dos sapatos que escolhemos e que nos mordem os pés). Mas quando se chega a casa e se sentem aquelas dores nas pernas, nos pés e nas costas, essa é a melhor parte, porque prova que demos tudo o que tínhamos a dar naquelas horas de trabalho e não ficou nada por fazer. Claro que só damos tudo quando por detrás temos uma grande equipa, que eu também tive a sorte de encontrar. Nunca me tinha imaginado nesta profissão. Mas gosto. Fala-se com muita gente e com muita gente diferente. Esse é o ponto comum com o que sempre foi o meu sonho, o jornalismo. Foi e é. Porque nunca se deixa de ser jorna-

Joana Magalhães

lista quando se nasce com a “doença”. Mas esta pausa está também a permitir que conheça novos trabalhos e novas potencialidades que desconhecia. A vida é o que de mais imprevisível existe, a seguir a ela só mesmo as pessoas que nos rodeiam e depois delas, nós próprios, porque afinal também nós damos várias voltas e trambolhões até cair no sitio certo e encontrar o caminho. Às vezes o caminho vem ao nosso encontro. Outras vezes não. Mas à espera também não se chega a lado nenhum. Já aprendizagens, essas há em cada esquina e são sempre válidas e têm sempre valor. Agora tudo o resto, bardamerda (não me odeiem, eu também não estou a gostar da birra).


4

abril 2018

Jornal da Batalha

Atualidade

Casal do concelho suspeito de burlar dezenas em todo o país m Um levantamento efetuado pelo Jornal da Batalha permitiu identificar 12 casos de burla, em que os lesados perderam entre 100 e 2.000 euros, e 25 situações em que afirmam ter apresentado, ou irem apresentar, queixa às autoridades policiais

Um casal residente na Batalha é suspeito da prática de dezenas de burlas, pelo menos nos últimos três anos, através de falsos arrendamentos de casas e apartamentos. Há pessoas lesadas de norte a sul do país e, apesar das muitas queixas apresentadas às autoridades policiais e de processos em tribunal, a dupla é acusada de continuar a cometer os crimes. Nos últimos meses, aproveitando a expetativa das potenciais vítimas em relação ao arrendamento de casas para as férias de verão, por exemplo no Algarve ou Nazaré, o casal suspeito, Sérgio Silva e Tânia Tomé, “intensificou a sua atividade”, segundo dezenas de testemunhas que contactaram o Jornal da Batalha ou expuseram os seus casos em comentários-denúncia na Internet. Os suspeitos usam as redes de acesso público (Wi-Fi) da Internet, por exemplo de estabelecimentos públicos, para publicar anúncios com fotografias em plataformas como o OLX e Custo Justo a arrendar casas ou apartamentos, à semana ou à quinzena, pertencentes a terceiros, como o Jornal da Batalha noticiou em abril de 2016.

p Os suspeitos usam as redes de acesso público (Wi-Fi) da Internet Em simultâneo, suspeita-se que criam perfis falsos nas redes sociais e alteram elementos que possam conduzir à sua localização e identificação. Os lesados apercebem-se da burla tarde de mais: quando já fizeram o pagamento antecipado de pelo menos uma parte da renda ou do sinal, depositando o

dinheiro em contas bancárias indicadas pelo alegado mentor dos crimes. A mulher, sua companheira, terá um papel ‘secundário’. Os casos mais antigos conhecidos aconteceram em 2015, com o arrendamento de uma habitação para a passagem de ano. Um grupo de amigas fez uma transferência de 190 euros para o

suspeito, no dia 20 de outubro de 2015, e depois nunca mais o conseguiu contactar. Na mesma altura, um jovem de Porto de Mós, responsável pelo arrendamento de uma residência com piscina na Pederneira (Nazaré), para um grupo de 18 amigos comemorar a passagem de ano, pagou o sinal para garantir o arren-

damento da casa que, afinal, era habitada por uma senhora. As burlas sucedem-se nos anos seguintes, com algumas variantes, mas sempre com o objetivo final de ficar com as rendas ou sinais pagos antecipadamente pelos lesados. “Eu fui burlado por um suposto João Pedro Almeida, reservei uma

s registo Suspeito nega autoria dos crimes O homem residente na Batalha suspeito de, com a companheira, ter praticado dezenas de burlas em todo o país nos últimos três anos, através de falsos arrendamentos de casas e apartamentos, negou no dia 9 deste mês estar envolvido nos crimes. Num email enviado ao Jornal da Batalha, o indivíduo que se identificou como sendo Sérgio Silva, o suspeito, afirma que “tanto a notícia como os comentários” publicados na Internet “são falsos”. A mesma pessoa contactou pouco antes o jornal, por telefone.

O suspeito considera que “o que o jornal fez [a divulgação da notícia] é crime” e adianta que irá “tomar medidas” se não for “contactado com urgência” pelo jornal da Batalha. O email chegou à nossa redação às 12h47 [enviado de “Sérgio Moreita”], e foi respondido às 13h05: “Qualquer esclarecimento que queira fazer deve enviá-lo por esta via, por este email. Assim que o recebermos será publicado, tal qual foram as notícias anteriores”. Até à hora do fecho desta edição não chegou ao jornal qualquer esclarecimento adicional.

casa em Olhos de Água (Algarve) e paguei o sinal por pagamento de serviço - ele envia uma entidade e uma referência - e as casas não existem”, relata um dos lesados mais recentes, no final de março. A dimensão das burlas atribuídas a Sérgio Silva e Tânia Tomé (suspeitos de usarem outros nomes, como Catarina Leal, Ângela, Lia Moreira, Rita Almeida, Pedro Martins ou João Pedro Almeida) é difícil de contabilizar quanto ao número de pessoas lesadas e valor total do dinheiro conseguido ilicitamente. Mas os relatos são inúmeros. Um levantamento efetuado pelo Jornal da Batalha permitiu identificar 12 casos de burla, em que os lesados perderam entre 100 e 2.000 euros, e 25 situações em que afirmam ter apresentado, ou irem apresentar, queixa às autoridades policiais (GNR, PSP e PJ). Mas, só um dos casais lesados, que tem um processo em tribunal contra os suspeitos, afirma ter conhecimento de “13 burlas desde dezembro passado”. As autoridades policiais conseguiram ligar o suspeito às burlas porque os lesados transferiam o dinheiro para as suas contas bancárias e através dos números de ID (IDentificação do acesso) das redes de Wi-Fi dos locais públicos que utilizam e cujos verdadeiros proprietários são testemunhas em processos em curso. O suspeito Sérgio Silva foi julgado em pelo menos dois processos - absolvido num e condenado noutro a uma pena suspensa e a restituir o dinheiro ao lesado – e novos julgamentos estarão marcados para breve em diferentes comarcas do país.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

abril 2018

5

Bombeiros conseguem saldo positivo apesar da tragédia dos incêndios m A associação “sofreu elevados prejuízos materiais, elevados gastos em reparação de viaturas, em combustíveis e na aquisição de novos equipamentos”

“Os terríveis incêndios que assolaram o país e o concelho” marcaram muito pela negativa o ano passado e afetaram o saldo das contas da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha (AHBVB), como explicou o presidente, Jorge Novo, no âmbito das aprovação do relatório e contas de 2017 e apresentação do orçamento e plano de atividades para o corrente ano. As contas apresentam um saldo positivo na ordem dos 675 euros, um resultado inferior ao apresentado no ano anterior (16.844 em 2016), porque “2017 foi extremamente devastador no âmbito de incêndios florestais em Portugal” e a AHBVB, em resultado da sua intervenção no combate, “sofreu elevados prejuízos materiais, originando elevados gastos em reparação de viaturas, em combustíveis e na aquisição de novos

p Jorge Novo, presidente da AHBVB (esq.) recebe um donativo equipamentos”, explica Jorge Novo. Apesar de ter sido ressarcida de uma grande parte das despesas, encontram-se ainda por receber comparticipações. Para além dos fogos, “verificou-se um aumento de gastos com o pessoal, em remunerações e encargos para a segurança social, e também em gastos com formações e fardamentos”. A descida nas receitas provenientes dos serviços de transporte de doentes e o “aumento necessário” em gastos operacionais, foi, de certa forma, compensada

pelo aumento nos donativos atribuídos à associação e pelas receitas provenientes da organização de eventos, levando, apesar de tudo, a que terminasse o ano com um resultado positivo. O presidente da assembleia geral da AHBVB, António Lucas, referindo-se ao “ano trágico de incêndios”, realça “o espírito de solidariedade dos bombeiros de todas as corporações a nível nacional que se mobilizaram para apoiar os concelhos mais afetados por este flagelo”. Por outro lado, referiu que

“o governo tem investido milhões de euros no combate aos incêndios e muito pouco na prevenção”. Na sua opinião, “o importante é investir na prevenção através da criação das ZIF — Zonas de Intervenção Florestal de forma a ordenar o território, criando condições que evitem o abandono generalizado” das áreas rurais, com “novos modelos de gestão do território agrícola e florestal, que vão ao encontro dos interesses dos proprietários florestais em geral, permitindo que se torne sustentável”.

s registo Receita de um milhão para despesa de 768 mil A AHBVB dispõe este ano de um orçamento que prevê uma receita ligeiramente superior a um milhão de euros e uma despesa a rondar os 768 mil euros. As receitas correntes ascendem a 693 mil euros, as de capital totalizam 43 mil euros e existe uma reserva financeira (depósito a prazo) no valor de 275 mil euros. As despesas correntes ascendem a 568 mil euros e as de capital totalizam 199 mil euros. A vice-presidente da assembleia geral, Helena Vicente, destaca o investimento substancial feito na aquisição de viaturas, designadamente no veículo florestal de combate a incêndios (VFCI), “no valor estimado de 140 mil euros”, e realça o apoio da câmara municipal para este ano, estimado em 240 mil euros (“o dobro do apoio cedido em 2017”), assim como a cedência do edifício onde funcionou a Escola Primária dos Pinheiros, permitindo à associação dispor

de mais recursos para realizar atividades de formação. Helena Vicente salientou ainda que a formação contínua é essencial para a preparação de todos os bombeiros e “saúda as iniciativas que a associação está e pretende desenvolver, nomeadamente a realização de cursos e outras atividades que possam trazer as pessoas à associação, criando um maior laço de proximidade entre a população e o corpo de bombeiros”. Quanto à Loja Social da Batalha, prevê-se a realização este ano de diversas atividades que têm como objetivo a angariação de bens e de fundos para distribuição às pessoas mais carenciadas. “É uma vertente importante da associação, pelo que é de realçar a colaboração e trabalho de todas as voluntárias e das suas coordenadoras, permitindo a intervenção em colaboração com o município em situações de vulnerabilidade social”, lê-se num dos documentos.

Na perspetiva do presidente da AHBVB, “mais uma vez o corpo de bom-

beiros da Batalha esteve à altura das exigências e eficácia, no concelho e nos locais onde foi chamado a intervir”. Na sua opinião, em termos gerais, “o trabalho realizado e o investimento feito ao longo do ano foi francamente positivo”. As rubricas de despesas mantiveram-se com a exceção das despesas com assalariados, que aumentaram devido à subida do salário mínimo e ao número de contratados, que a associação considera ser “o mínimo adequado para a população servida e para área geográfica abrangida”. No fim do ano “tinha as contas a fornecedores em dia, manteve as aplicações financeiras que vinham de anos anteriores e tinha um saldo positivo nas contas à ordem considerável”.


6

abril 2018

Jornal da Batalha

Opinião s Espaço do Museu

O mês de aniversário do MCCB Abril é mês de dias marcantes na vida do nosso Museu. Em 12 de Abril de 2003, assinava-se um contrato de comodato com a Caixa de Crédito Agrícola - a antiga proprietária do edifício do Museu - que assumia a decisão de construir o Museu, ditando o seu rumo. Já em 2 de Abril de 2011, as portas do novo Museu abriam-se ao público pela primeira vez. A cerimónia de inauguração contou com a presença do então presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e trouxe centenas de pessoas curiosas em conhecer o novo espaço. Amigos, munícipes e representantes de outros museus, autarquias e de várias instituições, marcaram lugar na inauguração daquele que se assumia como “O Museu de Todos”. Uma vez abertas as portas

p O então Presidente da República, Cavaco Silva, inaugurou o museu e os bastidores de um projeto que contou com a participação de uma vasta equipa de trabalho e de muitos parceiros individuais e institucionais, o MCCB encetaria uma nova fase no trilho na sua

vida museológica. Ao longo de sete anos foi criando e dinamizando iniciativas envolvendo diversas franjas do público. Atividades de ocupação das férias dos mais jovens, tertúlias com

especialistas convidados, o Boletim do MCCB, as visitas sensoriais, os “Heróis do Museu” (com o Agrupamento de Escolas), são alguns dos projetos que fazem parte da programação cul-

tural do MCCB e que fidelizam muitos participantes. Paralelamente às dinâmicas culturais, a incorporação de novos objetos (muitos deles cedidos por munícipes da Batalha), os restauros, a investigação e a realização de exposições fizeram e fazem parte das ações do Museu. Neste trajeto, o MCCB foi sendo galardoado com algumas distinções regionais, nacionais e internacionais em diversas áreas da sua ação museológica. Em 2012, o MCCB recebia o prémio “Melhor Museu Português”, pela APOM – Associação Portuguesa de Museologia. Um ano mais tarde, o MCCB arrecadou, na Bélgica, o Prémio Kenneth Hudson, do Fórum Europeu dos Museus. Já em 2014, foi galardoado com o prémio Acesso Cultura. No final de 2017, foi distinguido com duas menções honro-

sas na área da Educação pelo Ibermuseus. Os prémios recebidos enaltecem o programa museológico, o envolvimento da comunidade e a existência de diversos recursos para pessoas com deficiência. A preocupação do Município da Batalha, através do MCCB, em matéria de acessibilidade e inclusão de todos os públicos, trouxe ao Museu a visita de vários técnicos de outros municípios e instituições culturais, que reconhecem, neste projeto, um modelo a seguir e aplicar noutros locais do país. Sete anos passados desde a data de inauguração do MCCB, o Município da Batalha, reforça o agradecimento a todos os que participam, colaboram e visitam o Museu de Todos. Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Amor-de-hortelão tem muito para oferecer Este mês de abril parece estar a fazer jus ao ditado popular: “abril águas mil”. Já assim esteve março e parece estar para continuar. A verdade é que a chuva é cá precisa, dava jeito era que tivesse sido mais espaçada no tempo, pois tenho os quintais alagados, dado que são de terra pouco permeável, o que lhes confere a particularidade de reterem mais os nutrientes, mas quando têm esta abundância de água, não a deixa escoar. Assim, este ano, não adiantei sementeiras e ainda bem que o não fiz, pois teria as plântulas já boas a colocar na terra, mas não posso. Gosto sempre de aprender coisas novas e tive a

oportunidade de ir ao evento “Flores no Prato” que aconteceu em Leiria, com a Fernanda Botelho. Nele fiquei a conhecer mais variedades de flores comestíveis. Os nossos pratos podem ser enriquecidos com as flores dos nossos quintais/jardins, daí ser fácil ter um jardim comestível - na próxima publicação partilho convosco. Neste evento, fiquei ainda a conhecer melhor uma planta que no meu quintal aparece em abundância por esta altura, e que tenho desvalorizado, mas parece que tem muita coisa boa para nos oferecer, que é o agarra-saias, ou amor-de-hortelão, nome cientifico:

Galium aparine L. Segundo esta especialista, a planta tem propriedades medicinais muito interessantes. Usa-se toda a planta, que é um excelente diurético, podendo eliminar pedras no

aparelho urinário e tratar infeções do mesmo. É um estimulante do sistema linfático, aliviando problemas de glândulas inchadas. Útil no tratamento de problemas de pele como sebor-

reia, eczema e psoríase para tal deve lavar-se com uma decocção feita fervendo a planta por 15 minutos, e pode usar-se para aclarar a pele ou combater a caspa. De preferência usar a decocção na hora, ou guardar no frigorífico por cinco dias. Com os seus frutos faz-se algo semelhante ao café e a raiz moída pode substituir a chicória. Como tenho tanto, vou experimentar estas opções. Hortícolas para semear e/ ou plantar ao ar livre: abóboras, aipo, alfaces, alho francês, batatas, beringelas, beterrabas, broculos, cebolas variedades tardias, cenouras, coentros, couves-

-flôr; couves-repolho, couve-rábano, espinafres, ervilhas, malaguetas, nabiças, nabos, nepinos, pimentos, salsa, tomates, abanetes, rúcula, calêndulas. Jardim, semear: amores perfeitos, cravos, crisântemos, dálias, bocas de lobo, capuchinhas (estas são excelentes para circundar a nossa horta), agrião de jardim, calêndulas (por cá somos fãs das suas pétalas nas saladas). Arbustos e árvores de fruto para plantar: amoreiras, arandos, framboesas, groselheiras, mirtilos. Na horta cultivamos alimentos e sentimentos! Boas colheitas.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

abril 2018

Homem espanca e ameaça matar a companheira m “Apertou-lhe com violência o pescoço, sufocando-a, ao mesmo tempo que lhe dizia: “Eu mato-te!”, segundo o Ministério Público

Um homem agrediu a companheira a murro, à chapada e ameaçou atropelá-la durante uma discussão na Batalha, na noite do dia 6 de março, que apenas terminou com a chegada de militares da GNR da vila, que detiveram o agressor. O homem começou a discutir e injuriou a companheira [ambos com idades entre os 45 e 50 anos], com quem reside há três anos,

p O homem está indiciado de um crime de violência doméstica pelas 23h30. De seguida, segundo o Ministério Público (MP), “desferiu-lhe um murro, atingindo-a no olho do lado direito e apertou-lhe com violência o pescoço, sufocando-a, ao mesmo tempo que lhe dizia: “Eu

mato-te!”. A mulher caiu, bateu com a cabeça no chão e desmaiou. Nesse momento, “o arguido entrou na sua viatura e engatou a marcha atrás, com a intenção de ir na direção” da vítima, re-

fere MP, adiantando que “uma amiga do casal colocou-se de pé entre o veículo e a ofendida”, evitando consequências ainda mais graves. Mesmo assim, o homem voltou a atacar a vítima,

7

Internet de borla no verão na vila

“desferindo-lhe murros e bofetadas na cabeça”, e só parou devido à intervenção de militares da GNR. Mas continuou com as ameaças à companheira: “Ainda levas mais!”, “Dei uma chapada, mas dava mais 10!”, disse. O homem está indiciado de um crime de violência doméstica e, por decisão do Tribunal de Leiria, aguarda o desenvolvimento do processo sujeito a termo de identidade e residência, proibição de contactar por qualquer meio com a vítima e à proibição de frequentar e/ou permanecer em qualquer espaço em que a companheira se encontre, incluindo a sua residência. A região de Leiria ocupa o 10º lugar no país em casos de violência doméstica (dois por mil habitantes).

O centro da Batalha, com destaque para a zona envolvente do mosteiro, vai contar com uma rede gratuita de acesso à Internet da Meo no verão, destinada em particular aos turistas que visitam a vila. O projeto prevê ainda a criação de uma aplicação móvel designada de “Batalha inesquecível”, para divulgação de informação sobre o mosteiro, o MCCB, rotas da região e outras informações úteis. Por outro lado, serve para monitorizar o fluxo turístico, tanto mais que o acesso à rede vai obrigar a uma autenticação do utilizador, sendo assim também possível perceber as suas preferências. O projeto foi candidatado junto do Turismo de Portugal e conta com 50 mil euros, a fundo perdido, para a sua implementação.


8

Batalha Atualidade

abril 2018

Jornal da Batalha

Município quer substituir o atual centro de saúde m Irá servir um universo de mais de nove mil utentes, num investimento estimado de cerca de 900 mil euros

A Câmara da Batalha anunciou no dia 20 de março a intenção de construir um edifício para albergar o atual centro de saúde da vila, que tem mais de 30 anos e “está limitado nas suas valências”. “A prioridade de construção de um novo centro de saúde na vila da Batalha, que irá servir um universo de mais de nove mil utentes, num investimento estimado de cerca de 900 mil

p O atual centro de saúde da vila tem mais de 30 anos euros”, surge no âmbito da disponibilidade que a câmara municipal apresentou ao governo para “receber competências na área

da saúde ao nível da gestão, conservação e equipamento das unidades de prestação de cuidados de saúde primários no concelho”.

“Esta posição de investimento na saúde”, adianta o município em comunicado, “foi assumida em reunião com o governo a propósito

da descentralização de novas competências para as autarquias” e visa criar “um moderno espaço para dotar de melhor condições de

funcionamento da Unidade de Saúde Familiar”. “A atribuição de competências às câmaras municipais na área da saúde é um passo em frente na melhoria das condições de vida das pessoas, uma vez que viabiliza novos investimentos e potencia melhores cuidados de saúde”, considera o presidente da câmara, Paulo batista Santos. O governo apresentou às autarquias um projeto decreto-lei sectorial na área da saúde que transfere para as câmaras municipais o exercício da competência de construção e equipamento de novas unidades de prestação de cuidados de saúde primários, decorrendo conversações com o objetivo de concretizar esta decisão durante o presente ano.

Rede viária e pedonal melhorada com 437 mil euros

Seniores têm programa “Erasmus” ao dispor

A Câmara da Batalha anunciou no final de fevereiro o reforço as verbas para a requalificação da rede viária e pedonal nas freguesias, no valor de 437 mil euros, com destaque para as intervenções nas estradas do Alqueidão da Serra e Covão do Espinheiro (São Mamede) e das Fontes (Reguengo do Fetal) e a requalificação do parque de autocarros na Batalha. “Os valores agora transferidos reportam-se a projetos realizados no último trimestre de 2017” e as obras pretendem “garantir a melhoria das condições de segurança e de acessibilidade nos arruamentos, prolongando a vida útil das estradas e dotando-as de passeios e zonas de proteção aos peões que utilizam estas vias para caminhadas”, explica a autarquia.

A Câmara da Batalha vai financiar o intercâmbio de turistas e possibilitar o acesso a programa turísticos aos seniores que frequentam o Projeto da Academia Sénior da Batalha, anunciou o município no dia 12 de março. Esta “espécie de Erasmus”, como carateriza a câmara, “visa promover viagens, a preços acessíveis, aos mais velhos, já a partir de 2018”, que poderão “conhecer melhor Portugal, viajar pela Europa e outros países”, ao abrigo deste programa de promoção turística para seniores, que conta com um investimento inicial de 15 mil euros. A iniciativa dá “prioridade aos seniores com poucos recursos” e na perspetiva da autarquia “constituirá uma lufada de ar fresco para o sector tu-

p Uma das intervenções é no Reguengo do Fetal Entretanto, no âmbito da colaboração com as juntas de freguesia, a câmara municipal apoiou as freguesias da Golpilheira e Reguengo do Fetal, respetivamente com o valor de 6.985 euros, para suporte de investimentos de conservação e manu-

tenção realizados pela freguesia, e com o montante de 18.295 euros, para a reabilitação de uma habitação atingida por um incêndio. Para o presidente da câmara, Paulo Batista Santos, “seja na recuperação dos danos resultantes dos fogos,

nas operações de limpeza da floresta, ou na requalificação das infraestruturas rodoviárias, a boa cooperação entre autarquias é meio caminho para o sucesso das políticas públicas que desenvolvemos para benefício das populações”.

rístico nos meses de época baixa, entre outubro e maio, uma vez que admite o intercâmbio com outros países e locais”. “Participar no programa Erasmus Sénior – Viver + proporciona uma oportunidade aos cidadãos com menos recursos de descobrirem destinos que desconhecem. Todos os cidadãos devem ter o direito de viajar”, explica o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. O município pretende envolver no programa mais de três centenas de seniores e estima duplicar este número nas visitas de seniores estrangeiros à Batalha. Os estudos demonstram que o turismo sénior é um bom investimento, pois por cada euro investido, os promotores têm três de retorno.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

abril 2018

9

Rosas do Lena preocupado com prédio em ruínas ao lado do museu m “Infelizmente agrava-se o estado de degradação de um edifício vizinho do do museu, continuando a procurar-se uma solução, que tarda” O Rancho Folclórico Rosas do Lena considera que “tarda” encontrar-se uma solução para o prédio contíguo ao Museu Etnográfico da Alta Estremadura – Casa da Madalena, cuja ruína poderá afetar o espaço museológico administrado pelo agrupamento da Rebolaria, na Batalha. No relatório da atividade no ano passado, aprovado a 19 de março, o rancho lamenta: “Infelizmente agrava-se o estado de degradação de um edifício vizinho do do museu, continuando a procurar-se uma solução, que tarda”. “Tem sido ventilada a possibilidade da cedência do prédio arruinado ao museu, que necessita de mais espaço para as coleções, o que tem sido inviabilizado pelos herdeiros da pequena propriedade”. Para a direção liderada por José António Bagagem, “sem intervenção adequada, acabará por ruir e afetar com gravidade o edifício do museu etnográfico” que, “inclusivamente, poderá ser assaltado a partir

p O museu precisa de espaço para as suas coleções da casa vizinha que está ao abandono”. Ainda no âmbito do património, o documento destaca que, “apesar dos gastos constantes e avultados com a conservação - além do museu, a sede, a casa da cultura, arrecadações e espaços envolventes - e com a atividade do agrupamento, especialmente as despesas com transportes para festivais de folclore, o equilíbrio entre despesas e receitas tem-se acentuado”. Mas, o Rosas do Lena tem outras preocupações, além das relacionadas com a conservação do património material, porque “um grupo folclórico não pode limitar-se a bailar umas modas, tantas vezes copiadas dou-

tro grupo congénere, a envergar um trajo, a fazer uns ensaios periódicos e a organizar um festival anual”. “A sua atividade – refere o relatório - tem de ser muito mais do que isso, começan-

do pelo trabalho de investigar, recolher e saber aproveitar o cancioneiro local e averiguar todos os outros aspetos da cultura popular da sua região que, evidentemente, não se limitam às

modas para bailar e às cantigas que as acompanham”. Por isso, “tem sido constante preocupação” do grupo da Rebolaria “o cancioneiro religioso, o cancioneiro social, a arte de

s registo Atividades muito para além do folclore As oficinas temáticas e o museu ao vivo, na Casa da Madalena - que recebeu visitas de estudo, sobretudo de escolas da região e de universidades da 3ª idade -, o encontro de grupos que entoam cânticos da quaresma, no mosteiro; o Encontro Nacional de Cantadores e Tocadores de Instrumentos Tradicionais, a Tarde na Ponte da Boutaca, que inclui artesanato ao vivo, música folclórica e taberna típica; a Festibatalha e a Gala Internacional de Folclore da Batalha,

Produção e comércio de Carnes

Produção própria de Novilhos Enchidos Tradicionais Talho: Largo Goa Damão e Dio | Batalha Tel. 244 765 677 | talhosirmaosnuno@sapo.pt

contam-se entre as principais atividades do Rancho Rosas do Lena. O grupo participou ainda no desfile do carnaval, na Feira de Artesanato da Batalha, na organização do presépio do mosteiro e começou a preparar uma exposição etnográfica prevista para este ano, que revela a relação do povo da paróquia batalhense com o mosteiro entre, sensivelmente, 1834 e 1938, período que corresponde ao último do uso do trajo distintivo dos camponeses da Alta Estremadura.

confecionar e deitar balões de ar quente ou a de fazer brinquedos e instrumentos musicais de cana, a medicina popular e as rezas das curas ou a utilização dos instrumentos tradicionais”. As buscas no cancioneiro regional resultaram em mais três modas “muito originais”, uma delas o vira mandado que ainda não tinha e o “trabalho continuado de Joaquim Moreira Ruivo e da escola de harmónios e concertinas proporcionaram ao agrupamento a possibilidade de aproximar o grupo de tocadores das tocatas tradicionais mais condizentes com os tons e os sons locais”. Em novembro, gravou ”um novo e mais original” disco compacto (CD), que constitui o 14° registo do agrupamento, agora incluindo, além das modas para bailar, os cânticos da quaresma, as loas a Santo António, as rezas das curas e os rimances. O disco é apresentado este mês. O agrupamento destaca ainda que “continuou a receber apoios decisivos da Câmara da Batalha, sem os quais não teria sido possível levar avante as mais importantes iniciativas que organizou” e “recebeu também apoios da junta da freguesia e da Caixa de Crédito Agrícola”.


10

Batalha Opinião

abril 2018

Jornal da Batalha

s Crónicas do passado

A Revolução foi 1/31 Os pássaros chilreiam na madrugada garrida, sob o trote dos cascos dos cavalos desembestados e os gritos sonoros dos cocheiros. Henrique aguardava uma tipoia que o levasse à redação do jornal, mas tardava em chegar. Encontrávamo-nos no dia 31 de Janeiro de 1891, e a opinião pública não estava propriamente feliz com o Ultimato Inglês, que nos impossibilitou de ligar Angola a Moçambique, através do Mapa Cor-de-rosa. Por fim, o nosso jornalista em ascensão arranjou maneira de chegar ao jornal O Milénio, com recurso a um meio de transporte revolucionário, o seu próprio pé. Já se encontrava no Chiado e dai a um instante entraria de rompante na sede do periódico com notícias retumbantes. - Acabo de receber um

telegrama do Porto do meu emissário – a prima Gertrudes, que vivia naquela cidade desde o seu casamento com o industrial Faustino Lopes de Almeida - pondo-me ao corrente de uma revolução republicana. - Meu caro Henrique Esteves Guimarães, tem de averiguar bem os factos, eu não vou publicar tudo o que anuncia, primeiro prove se é verdade – declarava o redator-chefe. - Gostaria de falar com o Diretor sobre o assunto. - O Senhor pensa que vai conseguir alguma coisa só porque é cunhado da prima em segundo grau do Senhor Diretor Eduardo Rodrigues de Sampaio? - Agora que fala nisso, por acaso até penso. - Cale-se, era uma pergunta retórica. No meio desta barafunda, entra o Senhor Diretor,

impecavelmente vestido com o seu fato escuro de lã, pronunciado a sua barriga proeminente. - Mas que notícia estrondosa, temos de colocar um artigo sobre este momento histórico para o nosso país – proclamava orgulhoso o Diretor. - O Senhor Diretor ouviu-nos? - Pois claro que ouvi, este jovem rapaz é uma autêntica bênção para o bem desta redação. Ainda na semana passada contou-nos a trágica e violenta sucessão de crimes que se passava na zona da rua do Ouro, levada a cabo por esse facínora do Jack, o estripador. E pensar que aqui tão perto viria atacar um criminoso bretão, não estamos a salvo em lado nenhum. Fez bem em alertar as autoridades britânicas, que em cooperação com a nossa polícia pu-

deram apanhar tão nefasto assassino. - Essa informação nunca foi comprovada, Senhor Diretor. - Fomos o único jornal a adiantar tão inacreditável notícia. - Se calhar é porque não é verdade. - Como disse, cavalheiro? - Nada, Senhor Diretor. Depois de ouvir o redator-chefe virou as suas atenções para Henrique. - Meu rapaz, vou confiar-lhe uma missão que nunca outrora confiei a alguém, será enviado para a cidade do Porto, a fim de averiguar a veracidade das boas novas que transporta. - Não sei se posso… - Com todas as despesas incluídas. - Muito bem, aceito a demanda que me propõe com o orgulho e a coragem de um tenaz repórter, em bus-

ca da verdade e da imparcialidade. - Não se esqueça que somos um jornal republicano. - Pois, pois… Em busca da mentira e da parcialidade. - Hum, está bem, parta sem demora. E quando regressar passe em casa da minha prima para brindarmos ao nosso sucesso. Henrique não conseguia conter a felicidade. Apressou-se logo a tratar de todas as vitualhas e utensílios para a viagem. Só havia um local onde poderia arranjar todos esses bens essenciais, a Casa Havaneza. Comprou charutos, cigarros e uma boquilha, nunca se sabe se vai dar jeito. Ah é verdade, também se precaveu contra possíveis catástrofes, recarregou o seu revolver e levou consigo a bengala, não podemos esquecer que estávamos numa revolução.

Francisco Oliveira Simões Historiador

s Tesouros da Música Portuguesa Por João Pedro Matos

Maria Teresa de Noronha: a condessa do fado Não se julgue que o fado é género estritamente popular. Na verdade divulgou-se com a mesma importância entre plebeus e nobres, e ainda que tenha crescido no ambiente das chamadas casas de fado, onde muitas vezes se desfiavam dramas de faca e alguidar, não deixou de contaminar cantadores e guitarristas provenientes de outros meios, mormente do círculo aristocrático. Este gosto da nobreza pelo fado é, aliás, tema recorrente entre os fadistas, desde os tempos da Severa cujos amores que manteve com o 13º Conde de Vimioso ficaram famosos. Mas a cantadeira mais ilustre descendente de berço aristocrático é, indubitavelmente, Maria Teresa de Noronha que nasceu em Lisboa em 1918. Este ano celebra-se o centenário do seu

nascimento. O fato de ter ascendência nobre poderá não ter grande importância para o seu excecional talento, com interpretação de timbre escorreito, e uma voz límpida, que seriam o seu contributo para a história do fado. Contudo, a sua linhagem fidalga tem origem na casa dos condes de Paraty, nome que deriva de uma localidade no Brasil. O 1º conde de Paraty foi par do reino e pertenceu à câmara de D. João VI. Como se isto não bastasse, Maria Teresa de Noronha casou com o 3º conde de Sabrosa e assim granjeou o título de condessa. O meio em que se moveu desde tenra idade traçou toda a sua carreira, pois começou a cantar em saraus organizados por familiares e amigos, principalmente em Alcochete onde a sua família

tinha casa e propriedades. Também fez parte do coro do maestro Ivo Cruz, o que culminou uma esmerada educação musical de piano e canto. Em 1938 surgiu a oportunidade que iria marcar o seu percurso artístico, no momento em que passou a integrar um programa radiofónico na então Emissora Nacional e que consistia na apresentação de quatro fados e uma guitarrada, onde era acompanhada por Abel Negrão, na viola, e Fernando Freitas, na guitarra. Conquistou tão grande êxito que houve outro programa, este de apresentação quinzenal, designado Fados e Guitarradas, o qual esteve no ar durante vinte e três anos seguidos. O sucesso alcançado pela cantadeira aos microfones da Emissora Nacional per-

mitiu-lhe construir uma imagem pública de nome maior do fado, só comparável a Amália Rodrigues ou Alfredo Marceneiro. Não foi nas casas de fado ou nos teatros que Maria Teresa de Noronha alcançou tal estatuto, mas graças à rádio. São também dignas de nota as digressões que fez no estrangeiro, principalmente na sequência dos convites que teve para atuar em Espanha, em 1946, e no Principado do Mónaco, perante Gace Kelly e Rainier III. Realizou ainda uma digressão pelo Brasil, onde recebeu o aplauso e carinho por parte do público. Talvez o fim que colocou na sua carreira tivesse sido prematuro, tendo em 1962 anunciado a sua retirada do meio artístico, quando na realidade só viria a falecer trinta e um anos depois, em

1993. Quanto à sua discografia, ela é irregular e dispersa, no entanto destacando-se o álbum editado em 1966 com o título de Saudade das Saudades. O fado que dá nome a este disco é um dos principais do seu reportório, a par de de Fado das Horas, Pintadinho, Mouraria ou Fado Anadia. Por isso, em vez de um álbum de originais, este mês destacamos uma coletânea, intitulada Essencial e publicada em 2014, e que contém fados de igual vulto, tais como Fado João, Fado da Idanha, Sina, Rosa Enjeitada ou Fado Hilário. De referir que Maria Teresa de Noronha protagonizou um certo arrojo ao cantar fado de Coimbra, numa época em que isso era prerrogativa de vozes masculinas. O último lugar em que a sua voz ímpar se ouviu foi

em Cascais, num concerto de Manuel de Almeida, quando este pediu-lhe encarecidamente que cantasse. E ela acedeu ao pedido, por uma vez derradeira. Estávamos em 1974.


Jornal da Batalha

Atualidade Batalha

abril 2018

Município é o 12º mais transparente do país online

11

Autarquia lidera centro em defesa da revitalização urbana

m Subiu 52 lugares no ranking, em relação a 2016, com uma pontuação global de 81,7 pontos em 100 possíveis O Município da Batalha ocupa a 12ª posição no Índice de Transparência Municipal, no conjunto dos 308 municípios, segundo o documento divulgado no dia 11 deste mês pela Associação Transparência e Integridade, que faz uma avaliação anual da informação de interesse público disponibilizada nos portais das autarquias. A Batalha subiu 52 lugares no ranking, em relação a 2016, com uma pontuação global de 81,7 pontos (numa escala de 0 a 100 pontos) devido a alterações efetuadas no portal municipal. A documentação ana-

p Autarcas pedem reforço de verbas para obras p Estudo analisa informação, por exemplo, sobre impostos e taxas lisada pela Associação Transparência e Integridade incide na avaliação de 76 indicadores, que compreendem domínios como a informação sobre a organização, impostos e taxas, contratação pública, urbanismo e documentação económico financeira. A média dos 308 municípios portugueses quanto à pontuação obtida devido à informação disponibilizada nos portais é de

51 pontos Para o presidente da Câmara da Batalha, os resultados obtidos pela autarquia “evidenciam o amplo trabalho que vem sendo desenvolvido em torno da transparência da governança, que consideramos da maior importância”. “É de assinalar – adianta Paulo Batista Santos que nalguns indicadores, designadamente quanto à relação do município

com a sociedade e ao nível da contratação pública, o município tenha registado aumentos significativos de pontuação que se devem estritamente ao modo como os documentos estão agora disponibilizados no portal”. O estudo é desenvolvido em colaboração com a Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro.

Jantar de fados solidário a favor da Associação Mimo tivos e, por isso, apela à comunidade no sentido de um “apoio à contínua melhoria dos serviços oferecidos e à construção da casa, através das iniciativas de “Apadrinhamento” e “Os Amigos da Casa do Mimo”.

p Os fadistas Emanuel Moura e Cristina Maria Um jantar solidário com os fadistas Emanuel Moura e Cristina Maria, a favor da Associação Casa do Mimo, na Batalha, está marcado o dia 24 deste mês, no restaurante Pérola do Fetal. A iniciativa, que tem o apoio da câmara municipal, marcada para as 20 horas, pretende angariar receita para ajudar a suportar os investimentos centro de ativi-

dades lúdico-pedagógicas para crianças e jovens. O restaurante situa-se no Reguengo do Fetal e a organização faz um apelo a todos: “Venham passar uma noite de boa disposição connosco e ajudar a nossa casa a crescer!” A Casa do Mimo é uma “resposta social de apoio a crianças e jovens com necessidades educativas

especiais e suas famílias, dos concelhos de Batalha e Porto de Mós”, que “atende, cuida e colabora na educação e reabilitação de crianças e jovens abrangidos pela escolaridade obrigatória e coopera com a família e a escola na sua transição para a vida ativa”. O centro de atividades lúdico-pedagógicas é uma instituição sem fins lucra-

Os municípios da região Centro defendem um reforço financeiro para os Planos de Ação de Regeneração Urbana dos centros de baixa densidade num documento apresentado à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Segundo o Município da Batalha, primeiro subscritor do documento, os autarcas defendem no quadro da reprogramação em curso dos fundos do Portugal 2020 a necessidade de reforçar a dotação financeira afeta aos Planos de Ação de Regeneração Urbana de Centros Urbanos Complementares (PARUS) nas prioridades de investimento afetas à regeneração urbana, qualificação do espaço público e ambiente urbano, incluindo espaços verdes e a qualificação dos edifícios públicos. Os autarcas admitem a possibilidade de os municípios apresentarem “projetos de regeneração urbana de centros urbanos que integrem o seu território, para além da sede do concelho, desde que delimitados por Área de Reabilitação Urba-

na (ARU), concretizando, desta forma, o alargamento das intervenções de qualificação urbana a outros centros urbanos de menor dimensão, numa visão policêntrica e indutora da qualificação e competitividade dos territórios”. Para os subscritores, “a valorização dos centros urbanos de ‘baixa densidade’ e a sua importância na potenciação do desenvolvimento dos territórios rurais” foi “insuficientemente tratada nos planos operacionais regionais, contribuindo, na execução das políticas urbanas e de regeneração das cidades, para mais um elemento de distorção territorial e de agravamento das componentes de coesão territorial e de desenvolvimento rural”. Os autarcas lembram que na região Centro aos centros urbanos complementares (PARUS), “que representam 68% dos municípios, foi consignada apenas 27% da dotação global para a política das cidades, num valor de 290 milhões de euros”.

FISIOTERAPIA OSTEOPATIA BEM-ESTAR JARDOEIRA - BATALHA

969 518 018


12

Batalha Opinião

abril 2018

Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Entrega da declaração do IRS A Portaria 385-H/2017, de 20 de dezembro, aprovou os novos modelos da Declaração de Rendimentos Modelo 3 e de todos os anexos (A,B,C,D,E,F,G,G1,H,I,J e L, que devem ser utilizados a partir de 1 de janeiro de 2018 para declarações de rendimentos. Esta Lei veio impor a entrega da Declaração Modelo 3 e seus anexos exclusivamente por transmissão eletrónica de dados, através do portal da Autoridade Tributária (AT), mesmo que relativa a rendimentos anteriores a 2015. A declaração Modelo 3 do IRS destina-se à apresentação anual dos rendimentos respeitantes ao, ano anterior e de outros elementos informativos relevantes para a determinação da situação tributária dos sujeitos passivos.

As declarações de IRS devem ser apresentadas pelas pessoas singulares que residam em território português, quando estas, ou os dependentes que integram o respetivo agregado familiar e, bem assim, os dependentes em guarda conjunta com residência alternada estabelecida e comunicada à AT nos termos do n.º 9 do artigo 22.º do Código do IRS, tenham auferido rendimentos sujeitos a IRS que obriguem à sua apresentação (artigo 57.º do Código do IRS). Desde o dia 01/04/2018 e até 31/05/2018, à semelhança do ano passado, podem os contribuintes entregar a declaração de IRS sobre os rendimentos que receberam em 2017, sendo que, pela primeira vez, só o podem fazer pela Internet,

deixando de estar disponível a entrega em papel nos Serviços de Finanças. No ano de 2016 houve mais de 800 mil pessoas a entregarem a declaração de IRS por via Internet. Este ano pode haver mais de 5 milhões de contribuintes. Está disponível no Portal da AT, uma funcionalidade que permite aos contribuintes, desde já, apurarem se vão receber reembolso ou, se, pelo contrário, terão que pagar IRS. O Governo quer reembolsar o IRS no prazo de 12 (doze) dias, se optarem pelo envio do IRS automático. Quanto mais rápido submeterem a vossa declaração mais rápido recebem o reembolso, se tiverem esse direito. No caso dos contribuintes que preencham a sua declaração, ou seja, não op-

tem pelo envio do IRS automático, o tempo de espera do reembolso sobe para 23 dias. O cidadão pode pré-agendar o atendimento presencial, pode ir junto das juntas de freguesia, aos serviços da AT, onde os funcionários estão devidamente preparados para ajudar todos os contribuintes, assim como nos espaços de cidadão. Está ainda previsto que a AT possa apoiar os contribuintes que possam ter maior dificuldade em fazer a entrega do IRS por via eletrónica através do Atendimento Digital Assistido. Os contribuintes abrangidos pelo IRS Automático e que durante o respetivo prazo de entrega não confirmem a declaração automática de IRS nem entreguem a declaração nos ter-

mos gerais verão, no final desse prazo, a declaração automática provisória tornar-se definitiva e ser considerada como a declaração entregue para todos os efeitos legais. Isto significa que estes contribuintes não estão obrigados a efetuar quaisquer procedimentos, seja de confirmação da declaração automática, seja de entrega da declaração nos termos gerais. A declaração automática do IRS vai estar disponível também para os sujeitos passivos do IRS que usufruam de benefícios fiscais respeitantes a donativos que sejam objeto de comunicação à AT por parte das entidades beneficiárias. Se existirem contribuintes com dívidas de IRS ou de IRC que se encontram em fase de cobrança coer-

António Caseiro Membro da Assembleia Representantes da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

civa ou estejam a ser pagas em prestações: o reembolso será aplicado no pagamento total ou parcial das dívidas fiscais pendentes. Só serão reembolsados se sobrar algum valor.

s Noticias dos combatentes

Um dia pleno, gratificante e inesquecível Conforme demos conta no nosso artigo de março, em 06 do corrente, numa organização conjunta da direção do mosteiro, da câmara municipal e deste núcleo, deu-se início, na Batalha, ao ciclo de eventos, relacionados com o centenário da Grande Guerra 1914-1918. Em concreto, realizámos um colóquio e inaugurámos uma exposição, eventos que fazem parte dum programa mais vasto e que iremos levar a cabo no corrente ano, sob a designação “De La Lys ao Armistício – Da guerra e da paz – 1918/2018”, conforme informação já amplamente divulgada. Todavia, a culminar estes dois eventos, o Núcleo de Combatentes da Batalha decidiu complementá-los com um jantar convívio, da sua exclusiva responsabilidade, para comemorar o seu 78º aniversário. A sua direção estava bem ciente das dificuldades acrescidas que isso lhe traria, por se abalançar a tal, num dia já tão preenchido, mas falou mais alto, entre outros aspetos, o nosso en-

sejo de, no convívio, poder estar um naipe extra de ilustres convidados e membros da organização, como veio a acontecer. Iniciou-se a jornada com o colóquio, no auditório do mosteiro, com este repleto de público (combatentes e sócios do núcleo em grande maioria) e mais de três dezenas de ilustres convidados. Findo o Colóquio, deslocámo-nos até à Galeria Mouzinho de Albuquerque, onde uma muito digna guarda de honra, constituída pelos 7 Guiões dos Núcleos de Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande, Peniche e Rio Maior nos deu as boas-vindas, na tão

aguardada inauguração da exposição “A Aviação Militar Portuguesa na Grande Guerra 1914-1918”. Por último, no salão de festas dos nossos “Soldados da Paz”, que mais uma vez nos foi cedido gratuitamente pela sua direção, segui-se o repasto que, embora modesto, terá sido do agrado geral e, no decorrer do qual receberam merecidas condecorações das campanhas de África, mais três patrióticos combatentes do nosso Concelho, tendo ainda sido atribuído um “Testemunho de Apreço”, por 25 anos de filiação, ao nosso camarada SMOR/PARAQ, António Carneiro Alves.

Dois dos ilustres convidados, exmºs presidente da câmara, Dr. Paulo batista santos, e diretor do mosteiro, dr. Joaquim Ruivo, “voluntariarem-se” para passarem a fazer parte da plêiade de sócios do Núcleo de Combatentes da Batalha, durante o convívio com tantas e tão proeminentes personalidades, incluindo cerca de 20 da instituição castrense (entre oficiais generais, superiores, subalternos e sub-oficiais) que, tal como todos os outros ilustres convidados, se dignaram honrar o núcleo com a sua presença, cuja direção desde já, deixa aqui expresso um sentido brigado, que também é devido à di-

reção do mosteiro e à cúpula do município batalhense, na pessoa da sua representante na organização, exmª vereadora da Cultura, Srª Arquiteta Liliana Moniz, entre outros motivos, por nos terem considerado capazes de estar à sua altura, nesta entusiasmante parceria. Num âmbito mais pessoal, o signatário, como presidente deste núcleo, não pode deixar de expressar o seu profundo agradecimento a todos os elementos do Coral, incluindo o mosso camarada e seu maestro Ricardo Botelho, pela sua permanente disponibilidade, voluntarismo e entusiasmo; agradecimento também extensivo a

todos os nossos associados que, mais uma vez, não só, disseram “presente”, como igualmente souberam estar à altura dos pergaminhos da instituição de que fazem parte. Finalmente, ainda um seu último e humilde agradecimento, aos “8 magníficos” que, com ele, compõem a Direção do Núcleo (sem esquecer a “cumplicidade” de um neofito “D’Artagnan”, que rapidamente vestiu a nossa “camisola”), por todo o esforço, dedicação, saber e pragmatismo como, mais uma vez, acabaram de demonstrar, no planeamento e execução de um programa altamente exigente, mas que, com a sua profícua capacidade, conseguiram tornar fácil e sem mácula. É um imenso privilégio fazer parte desta equipa, sem a qual o “chefe” nem se via! “Chefe” que também aqui deixa um público “Bem haja”, a todos e a cada um destes seus probos e responsáveis pares. SD-NCB


Jornal da Batalha

13

abril 2018

Projeto inovador procura cores antigas do mosteiro m “A análise da policromia abre um novo campo de estudo – é um ‘tubo de ensaio patrimonial!’, diz Joana Ramôa, responsável científica do projeto

Um projeto científico inovador, intitulado Policromia Monumental, procura descobrir as cores e texturas do túmulo de Dom João I e Dona Filipa de Lencastre, na Capela do Fundador, no Mosteiro da Batalha. A investigação, revelada na última edição da revista do National Geographic (Portugal, 28 de fevereiro) pretende “compreender melhor a extensão, significado simbólico e material da cor no plano religioso, familiar e político” no monumento. Joana Ramôa, investigadora do Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa e responsável científica do projeto, explica à revista que “a análise da policromia abre um novo campo de estudo – é um ‘tubo de ensaio patrimonial!’ É a primeira vez que é conduzida em Portugal em arquitetura e escul-

tura medieval, com o ensaio de novas técnicas e metodologias de trabalho. A história também se materializa nas estruturas, na sua cor, nos pigmentos utilizados!” “Apesar de aparentemente desprovida de cor, a pedra natural na Capela do Fundador encerra vestígios de policromia que só um olhar atento deteta, especialmente em pequenos interstícios da pedra, onde o acesso é difícil”, adianta Joana Ramôa. “Através da tecnologia de laser scan e fotogrametria, que cria nuvens de pontos, o primeiro resultado visível é o modelo 3D de toda a capela. Na realidade, é uma técnica fotográfica avançada que permite analisar o espaço tridimensionalmente, em diferentes perspetivas. E já tem uma aplicação prática: será instalado ali um ecrã interativo de grandes dimensões, com a imagem em 3D da sala colorida virtualmente, tal como ela terá sido construída originalmente”, conta a revista. No projeto estão envolvidos o Laboratório Hércules, Instituto Português de Heráldica, o Instituto Politécnico de Leiria e a Universidade Nova de Lisboa. A equipa é composta por arqueólogos, historiadores de arte, especialistas em heráldica, químicos e designers.

National Geographic

Cultura

p Projeto procura descobrir as cores e texturas do túmulo

IX Fórum

EMPREGO & FORMAÇÃO E NTRA

R DA LIV

E

Ensino Profissional | Ensino Superior | Cursos de Especialização Formação | Ofertas de Emprego | Orientação Vocacional

2, 3 e 4 de maio 2018 9h30 às 17 horas

Mercado de Sant’Ana ORGANIZAÇÃO:

Leiria

APOIO INSTITUCIONAL:


14

Batalha Cultura

Jornal da Batalha

abril 2018

Mosteiro cobra até três mil euros por eventos m As atividades e eventos “devem obrigatoriamente respeitar o prestígio histórico e cultural” do monumento

A utilização de espaços do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, para a realização de eventos e refeições custa agora aos promotores entre 300 e três mil euros, de acordo com despacho dos gabinetes dos ministros das Finanças e da Cultura em vigor desde quinta-feira, 22. O despacho número 2884/2018, publicado no Diário da República no dia

21 de março, entrou em vigor no dia seguinte e regula a cedência de espaços e imóveis afetos à Direção -Geral do Património Cultural (DGPC). As atividades e eventos “devem obrigatoriamente respeitar o prestígio histórico e cultural” do Mosteiro da Batalha, onde “não serão autorizados os pedidos de carácter político-partidário, ou inseridos em campanha eleitoral”, o mesmo sucedendo com o restante património nacional abrangido pela legislação. Os pedidos que “colidam com a dignidade” dos imóveis ou “perturbem o acesso e circuito de visitantes, bem como as atividades planeadas ou já em curso”, também serão recusados.

O diretor-geral da DGPC fica com a responsabilidade de decidir sobre “a oportunidade e interesse da cedência de espaços, bem como as condições a aplicar; autorizar o uso de outros espaços não contemplados” atualmente e autorizar uma redução de 50 % sobre os valores no caso de utilização até três horas”.

Mosteiro de Santa Maria da Vitória Lotação máxima

Jantares

Cocktails

Eventos culturais

Auditório

170

Claustro D. Afonso V

500

Claustro Real

500

1.000,00 €

Capelas Imperfeitas

300

1.000,00 €

3.000,00 €

1.500,00 €

Eventos especiais (sociais, académicos, etc)

300,00 €

500,00 €

1.000,00 €

1.500,00 €

Banda com raízes no concelho candidata a prémios no Canadá

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

MEDIAÇÃO DE SEGUROS

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt

A banda canadiana Social Hysteria, dos irmãos George e Alexandre Lopes, cujos pais são do concelho da Batalha e que viveram na Torre, Reguengo do Fetal, foi nomeada para três categorias dos International Portuguese Music Awards (IPMA), promovidos em Massachusetts, nos Estados Unidos. Os portugueses estão nomeados para as categorias Best Rock Performance, Song of the Year e People’s Choice Award. Os vencedores são conhecidos a 21 deste mês, durante um espetáculo. No espetáculo atuam os Xutos e Pontapés, que recebem o prémio Life Achievement Award. Também atuam, entre outros, Miguel Ângelo (ex-Delfins) e Carlão (ex-DaWeasel). Os irmãos viveram na Torre – a mãe é desta localidade e o pai da Quinta do Sobrado -, mas agora resi-

p A banda está ligada à Torre dem no Canadá, onde lideram a banda, que lançou o álbum de estreia em 2015. George, de 37 anos, e Alexandre Lopes, de 28, nasceram no Canadá, mas mudaram-se para a Torre quando George tinha oito anos e o irmão apenas meses de vida. E viveram no concelho da Batalha até Alexandre fazer 15 anos e o irmão 23, regressando ambos en-

tão ao norte da América. A primeira vez que George subiu a um palco foi na Batalha. Tinha 15 anos e acompanhou a mãe, Teresa Lopes, fadista. O primeiro concerto de Alexandre aconteceu no bar Sneaky Dee’s, em Toronto, tinha 19 anos. Atuou com o irmão – foram os primeiros acordes da futura banda de ambos.


Jornal da Batalha

Património Batalha

abril 2018

15

Património Alguns mistérios que rodeiam a figura de Mestre Boytac (III) Dois dos mestres dos finais do século XV e princípios do século XVI, ligados intimamente à Batalha, receberam honras excepcionais da parte do Poder Régio: Mateus Fernandes (e a família), a quem é concedida a invulgar homenagem póstuma de ser sepultado no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, em campa destacada logo à entrada da igreja e com visíveis legendas que ainda hoje perduram, e o seu genro Boytac que é armado cavaleiro da Casa do Rei não por feitos no campo de batalha, como era habitual, mas pelos serviços prestados na direcção das obras nas praças fortes portuguesas no norte de África, no território que é hoje do Reino de Marrocos. São dois factos que não constituem mistério, um deles com a prova à vista e o outro bem documentado. Um dos documentos guarda-o e mostra-o o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha: a inscrição na pedra tumular do mestre, da sua desassossegada sepultura na Igreja de Santa Maria-a-Velha: “Sepultura de Mestre Boitaca, cavaleiro da Casa del Rei, nosso senhor, e mestre das obras do Reino. Faleceu a 6 de Dezembro de …”. Ilegível o ano pelos ferimentos que a pedra recebeu na destruição selvática do velho e primitivo templo da Batalha. O mesmo sucedeu à inscrição da sepultura de

sua mulher, Isabel Henriques (Amriquez), filha de Mateus Fernandes e irmã dos mestres Mateus Fernandes, do mesmo nome do pai e que lhe sucedeu na direcção das obras da Batalha, Pero Henriques e Filipe Henriques. Mas na inscrição que lhe diz respeito ainda se pode ler a data do falecimento, cinco ou seis anos antes do marido: 23 de Abril de 1522. A honra da ascensão ao grau de cavaleiro a Boytac é concedida pelo conde de Borba que em 1508, 1509 e 1510 era governador de Arzila e confirmada pelo rei D. Manuel I em 1511. Sendo Mestre das Obras do Reino, Boytac viajou frequentemente por Portugal e pelo norte de África, como já vimos, e também teria ido à Madeira. Sabe-se que dirigiu obras no Mosteiro dos Jerónimos, que fez a Igreja de Jesus de Setúbal, que trabalhou em Coimbra e noutros pontos do País. E na Batalha? Obra comprovadamente dela na nossa Vila é o belíssimo pórtico da nossa igreja matriz, assinalada nas duas ombreiras pelo seu inconfundível b gótico. E teria sido também o arquitecto do templo, como crê o Professor Doutor Saul António Gomes? Diz Sousa Viterbo no “Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses” (1º volu-

me): “Depois da construção do mosteiro de Jesus de Setúbal, qual seria a obra em que se empregou Boytac? Seria a Batalha? Aí aparece efectivamente, em 1509, (lembro que o pórtico da igreja matriz batalhense só pode ter sido feito muito depois de 1514, data do início da construção do templo), segundo um documento de que se lembra o cardeal patriarca (Cardeal Saraiva, D. Frei Francisco de São Luís). Aí tinha a sua residência; aí possuía propriedades, conforme vimos. Os documentos, porém, designam-no apenas por mestre, o que dá a entender que ele exercia ou uma especialidade ou um lugar secundário. Na lista dos mestres da obra não pode ser intercalado. Há quem diga que ele fôra o primitivo arquitecto da igreja e mosteiro de Belém, mas não descobrimos prova irrefutável que o demonstre. O que se sabe é que ele é quem dirigia a

obra por 1514, segundo se vê pelo caderno das despesas da obra que se conserva no Arquivo Nacional, sendo para sentir que se tenham extraviado os cadernos anteriores, que nos ajudariam a resolver definitivamente o problema. As obras, porém, estavam ainda num estado rudimentar, porque é em 1517 que elas tomam um grande desenvolvimento, sob o impulso principal de João de Castilho coadjuvado por outros empreiteiros”. Por sua vez, diz o historiador Professor Saul António Gomes no livro, precioso estudo sobre o Mosteiro da Batalha, “Vésperas Batalhinas”: “(…) Em 1500, Boytac inicia trabalhos em Santa Maria de Belóm (o que hoje está assente). “Em 1507 é chamado à reconstrução de Santa Cruz de Coimbra, com o apoio régio, como refere Frei Timótio dos Mártires. Permanecerá ligado a elas até 1513.

s Casa da Madalena

Peça a peça, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura Mostro outro plano da casa do tear, tear em bom estado de funcionamento (todos os anos trabalha por altura do “Museu ao Vivo”), vendo-se também, à esquerda, a urdideira, em frente a roda de fiar,

e à direita alguns ferros de engomar da colecção do Museu. Num dos ferros, que não está visível na fotografia, em vez de carvão usava-se uma pequena barra de ferro que se aquecia na lareira até

ficar quase incandescente. Muito pesado, exigia de quem o utilizava um grande esforço. O manequim mostra como a mulher trajava nas suas lidas caseiras, sempre de lenço, com blusa de chita e saia

de riscadilho com barra vermelha. Frequentemente descalça, usava também com uma certa frequência os canos de lã e, às vezes, nas suas idas ao pátio, calçava tamancos. J.T.S.

“Em 1509, segundo Fr. Francisco de São Luís (Cardeal Saraiva), aparece na Batalha, porventura já com o estatuto de morador. Em 1512 era-o de facto e já então casado com Isabel Henriques, filha de Mateus Fernandes I. “Trabalhou em Coimbra, em obras municipais, por 1510. Nesse ano encontramo-lo ainda em Arzila, sendo armado cavaleiro pelo conde Borba, privilégio confirmado por D. Manuel em 5 de Janeiro de 1511. Aparecerá de novo na Batalha, porventura, no início de 1514. Em Março desse ano estava ainda à frente das obras dos Jerónimos. Também em 25 de Maio de 1514 partiu para o Norte de África e no dia 1 de Agosto de 1515 laborava nas proximidades de Mamora. Sabe-se que o Venturoso lhe aumentaria, entretanto, a tença de oito para doze mil reais (30.Abril.1515). Em 1516 foi substituído na direcção das obras de Belém.

“Nesta fase, Boytac parece sedentarizar-se na Batalha. De facto em 26 de Dezembro de 1515 surge como confrade examinador das contas do Hospital de Santa Maria da Vitória, o mesmo sucedendo um ano depois (26.XII.1516) (…) Entre a festa do Corpo de Deus de 1519 (Junho) e a de 1520 (Junho), Boytac assumiu a liderança da confraria como juiz (…)”. Uma coisa espantosa é a mobilidade da gente naqueles séculos. Não obstante os deficientes transportes e as deficientes vias, os mestres, aliás como o s soberanos, deslocavam-se frequentemente por todo o País e o Mar também não era obstáculo, quer nas comunicações entre o norte, o centro e o sul de Portugal, quer nas idas ao norte da África. Reproduzo as legendas das pedras tumulares do mestre Boytac e da sua mulher Isabel Henriques. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da Batalha (181)


16

abril 2018

Jornal da Batalha

Economia

Turismo acessível avança com projeto no mosteiro m “Estamos a capacitar e promover Portugal como um destino acessível para todos”, considera a secretária de Estado do Turismo A criação de percursos acessíveis e materiais de comunicação inclusiva no Mosteiro da Batalha é uma das iniciativas aprovadas no âmbito do programa “Turismo Acessível em Portugal”, que no conjunto contemplam já 69 projetos a nível nacional, no valor de 8,5 milhões de euros de incentivos. O contrato respeitante ao Mosteiro da Batalha foi um dos 11 assinados no dia 17 de março, na Batalha, pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. O valor total destes projetos ronda os 2,1 milhões de euros de investimento, incluindo 1,7 milhões de incentivos da Linha de Apoio ao Turismo

p A cerimónia de assinatura dos contratos foi na Batalha Acessível do Programa Valorizar. Como o Jornal da Batalha noticiou na edição de março, a nova estratégia municipal de desenvolvimento turístico passa por apostar no turismo acessível. O presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, explicou que “o objetivo é criar um produ-

to-chave que inclua a Pia do Urso, o MCCB e o mosteiro, além de iniciativas em diferentes áreas”. “É um turismo que está a crescer e gostava muito que a Batalha fosse conhecida nacional e internacionalmente também como uma marca do turismo acessível”, adiantou. “Estamos a capacitar e

promover Portugal como um destino acessível para todos”, referiu Ana Mendes Godinho, destacando: “Temos sido considerados muitas coisas, como Friendly Destination in the world, e agora o desafio é que sejamos o destino mais inclusivo e mais acessível do mundo”. A governante adiantou

que “há muito a fazer a nível de adaptação, nomeadamente dos espaços privados, dos hotéis, dos restaurantes”, mas também “uma oportunidade de um mercado de milhões”, uma vez que “só na Europa existem 90 milhões de turistas com necessidades específicas de mobilidade”. Ana Sofia Antunes sub-

linhou que a acessibilidade não se destina apenas a pessoas com deficiência, mas também àquelas que apresentam “incapacidades associadas à idade”. Entre os 11 contratos assinados encontram-se, na região Centro, os respeitantes ao Convento de Cristo (Tomar), Mosteiro de Alcobaça, Museu Nacional Machado de Castro (Coimbra), programas acessíveis para o Caminho de Santiago e instalação de equipamentos interativos de informação turística com conteúdos digitais acessíveis nas cidades de Ourém e Fátima. Ana Mendes Godinho e Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão e da Pessoa com Deficiência, visitaram, após a cerimónia, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB) e as diversas soluções acessíveis que disponibiliza ao público.

Proposta do município continua disputa das “7 Maravilhas à Mesa” A candidatura da Batalha às “7 Maravilhas à Mesa” é uma das 49 pré-finalistas do concurso, que registou 182 candidaturas na primeira fase. A candidatura submetida pela Câmara da Batalha, intitulada “Experiência única”, assenta numa “parceria que envolve restaurantes, unidades hoteleiras e produtores locais, consistindo na criação um roteiro gastronómico acessível, que

junta gastronomia de excelência e espaços culturais e unidades hoteleiras com preocupações ao nível das acessibilidades”, explica a autarquia em comunicado. O objetivo “é proporcionar a todos os cidadãos, independentemente das limitações que apresentem, uma experiência sensorial única através da degustação de pratos de elevada qualidade, de onde constam o leitão (Mosteiro do Leitão), o

bacalhau (Restaurante Vintage), os vinhos da Adega da Batalha e o azeite Pia do Urso”, adianta. A passagem à segunda fase do concurso “evidencia a qualidade da candidatura que aposta na acessibilidade e na gastronomia de referência como os seus principais argumentos”, considera o presidente da câmara. “É um projeto que recolhe contributos e participações de entidades privadas, que

p Escolhida entre 182 candidaturas representam os produtos de excelência como o vinho e o azeite que temos para oferecer e que detêm grande notoriedade, quer no nosso país, quer no estrangei-

ro”, adianta Paulo Batista Santos. “Aa atribuição pela organização do concurso do estatuto pré-finalista à mesa “Experiência única” é já

um enorme motivo de satisfação para a autarquia, dadas as quase 200 candidaturas recebidas”, conclui o autarca.


Jornal da Batalha

Economia Batalha

abril 2018

Empresa entrega ao domicílio refeições vegetarianas

17

Suma renova frota no concelho

m Está a distribuir marmitas na zona da Batalha e Porto de Mós, mas brevemente pretende chegar às cidades de Leiria, Marinha Grande e Alcobaça

Uma empresa da Batalha, em funcionamento desde agosto do ano passado, que confeciona e entrega ao domicílio marmitas com refeições vegetarianas, apostou agora também em lanches “confecionados artesanalmente”. “Somos uma família vegetariana e criámos este projeto Veggie Family com o objetivo de desmistificar a alimentação vegetariana, levar a comida cá de casa até ao cliente e dar a conhecer refeições práticas, saborosas, coloridas e até mesmo tradicionais”, explica Inês Silva, uma das mentoras do projeto. “O segundo objetivo é proporcionar conforto ao cliente na hora do almoço. Quando não se tem tempo para preparar a refeição, receber uma marmita pode-se tornar muito prático”, adianta Inês Silva. A empresa, nascida a 24

p As viaturas apresentam baixa emissão de CO2

p As encomendas são aceites até às 17 horas de agosto de 2017, dispõe de uma ementa semanal, com uma marmita diária; de duas opções de sopa semanais, uma com e outra sem batata, e confeciona salgados que podem ser congelados. O menu de saladas está disponível com cinco ingredientes à escolha e as seitanas com reservas à segunda-feira. “Uma novidade Veggie Family são os lanches saudáveis, confecionados artesanalmente, ideais para qualquer lancheira”, destaca Inês Silva. As encomendas são aceites até às 17 horas e entregues até às 13 horas do dia seguinte. O recipiente pode ser aquecido no mi-

cro-ondas e os clientes podem solicitar faca e garfo (de plástico). A empresa está a distribuir marmitas na zona da Batalha e Porto de Mós, mas brevemente pretende chegar às cidades de Leiria, Marinha Grande e Alcobaça. As refeições são 100% vegetais e a proteína animal e seus derivados foram substituídos por proteína vegetal. “A maioria dos nossos clientes não são vegetarianos. Contudo, pretendem ser ou simplesmente apreciam uma refeição diferente e experimentar outros sabores”, conclui Inês Silva.

A Suma colocou ao serviço do Concelho da Batalha, no dia 7 de março, uma nova frota de recolha de resíduos e limpeza urbana, um investimento de meio milhão de euros, segundo o presidente da empresa, Jorge Rodrigues. Esta renovação do parque de viaturas pesadas

enquadra-se na revisão do contrato de prestação de serviços celebrado entre a autarquia e a concessionária que prevê a aquisição de viaturas para recolher e compactar resíduos sólidos urbanos de diversas capacidades e uma viatura lava contentores de oito mil litros.

“As viaturas cumprem a norma Euro 6, apresentando baixas emissões de partículas e de poeiras finas, baixa emissão de CO2, redução dos consumos de gasóleo e do ruído produzido, cumprindo com as mais recentes normativas europeias para esta área”, refere a Suma.

WWW.JORNALDABATALHA.PT

MAIS

30

MIL DE V I S I TA S

A SUA PUBLICIDADE

ONDE ESTÃO OS CLIENTES


18

Jornal da Batalha

abril 2018

Saúde Testamento vital: Um direito de todos, conhecido por poucos O prolongamento artificial da vida, com recurso a técnicas e procedimentos médicos invasivos é uma preocupação cada vez maior de uma parte já significativa da população, sendo também um indicador de melhoria da literacia em saúde. Com o intuito de dar resposta às inquietações crescentes tanto por parte dos cidadãos como da classe médica, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), desenvolveram em 2014 o Testamento Vital, também conhecido por Diretiva Antecipada de Von-

tade (DAV). Trata-se de um documento formal, gerido através da plataforma RENTEV – Registo Nacional de Testamento Vital e acessível a partir da área do cidadão disponível do site do Serviço Nacional de Saúde. O objetivo do Testamento Vital é que o cidadão possa deixar claros os cuidados de saúde que pretende e os que não pretende receber numa hipotética situação de doença em que não esteja capacitado para tomar a decisão de forma autónoma e consciente. O mesmo testamento serve também para nomear um

procurador de cuidados de saúde, sendo esta a pessoa chamada a pronunciar-se e a tomar decisões na impossibilidade do utente poder tomá-las por si mesmo. É um direito nacional e, por conseguinte, válido apenas em território português. Pode ser preenchido por qualquer cidadão nacional, estrangeiro residente em Portugal ou apátrida, desde que seja maior de idade e não se encontre incapacitado ou legalmente interditado para o efeito. Para que o Testamento Vital seja considerado válido e produza efeitos, é necessário des-

carregar o modelo de Diretiva Antecipada de Vontade – disponível na área do cidadão – preencher a parte relativa aos cuidados de saúde e/ ou relativa aos procuradores de cuidados de saúde a designar, reconhecer a assinatura num cartório notarial ou presencialmente perante um funcionário RENTEV e entrega-lo no agrupamento de centros de

saúde da área de residência. O testamento é válido por um período de cinco anos a partir do momento da sua submissão, sendo possível cancela-lo ou revoga-lo a qualquer momento. Apesar de não ser necessária qualquer observação, relatório ou aval médico para o preenchimento e submissão da diretiva antecipada de vontade, e pelo

facto de não ser ainda um direito conhecido do grande público, recomenda-se que se consulte o médico assistente no sentido de tomar conhecimento exato do alcance das vontades expressas no documento em apreço. Vanda Reis Figueiredo Médica Interna de MGF, USF Condestável, Batalha

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon,

Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde

Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã

Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde

Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde

Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã

Outras Especialidades:

Medicina Dentária

Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde

Dra. Ângela Carreira Terça - tarde

Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde

Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta- tarde sábado - manhã

Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde

Implantologia

Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde

Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Psiquiatria .................................................................... Dr. José Carvalhinho..................................... sábado - manhã Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde

Ortodontia Rx-Orto Telerradiografia Próteses Dentárias

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


Jornal da Batalha

Saúde Batalha

abril 2018

19

O que são Fobias? Dia Mundial da Atividade Física João Ramos Fisioterapeuta

No dia seis de abril comemora-se a nível mundial o Dia da Atividade Física, data destinada a sensibilizar a população em geral para a prevenção e promoção de saúde. A atividade física e exercício são fundamentais para todas as idades, pessoas saudáveis e portadoras de alguma patologia. Todos nós devemos praticar. Dependendo das nossas características e necessidades, assim será a intensidade e frequência prescritas. Os benefícios da atividade física regular estão cada vez mais documentados e comprovados pelos estudos científicos que têm sido realizados nesta temática. Os mesmos têm impacto a vários níveis do nosso organismo, tais como: no peso e composição corporal; nas doenças cardiovasculares; no aparelho locomotor (ossos, músculos e articulações); a nível metabólico;

a nível psicológico (depressão, ansiedade/stress, função cognitiva e auto-estima); a nível hematológico; na pele; no Sistema Imunitário; entre outros aparelhos/sistemas do organismo. Apesar do nosso dia-a-dia “exaustivo” a nossa atividade física voluntária fica muito aquém da atividade física voluntária dos nossos antepassados. Segundo guidelines da Sports Medicine, para mantermos o mesmo “rácio de subsistência” em relação ao paleolítico, deveríamos despender do dobro da energia para a atividade física voluntária. Isto é, nós ingerimos (em média) duas mil e cem kilocalorias por dia e despendemos trezentas para a atividade física voluntária, o esperado seria entre seiscentas a setecentas kilocalorias/dia. Vivemos numa era em que todos os equipamentos são criados com o intuito de facilitar a mobilidade,

reduzindo assim o nosso esforço físico para realizar a tarefa. Desde os meios de transporte, os eletrodomésticos, os materiais específicos de cada profissão, tudo é desenvolvido no sentido da comodidade do utilizador, o que nos torna cada vez mais sedentários. Temos que começar a mudar esta filosofia, pois a atividade física é essencial para o bem-estar de qualquer individuo. Um adulto ativo deverá caminhar (pelo menos) dez mil passos por dia, nas várias atividades da sua rotina diária. Muitos são os equipamentos que na atualidade medem a atividade diária do utilizador, tais como smartphones e smartwatches. Já mediu os passos que caminhou hoje?

Joana Crispim Mestre em Psicologia Clínica e formada em Hipnose

As fobias traduzem-se em estados mentais e físicos causados por um medo inconsciente sobre determinada experiência ou exposição. Este é um processo mental desajustado que a nossa mente desenvolve a partir de uma experiência traumática passada. Verificamos que estamos num estado fóbico quando a ansiedade que sentimos é exagerada em relação ao perigo real que determinado estímulo representa. Alguns dos sintomas mais frequentes das fobias são, o medo elevado, sintomas de ansiedade, incapacidade de se man-

ter na presença do estímulo agressor, uma aversão ou mesmo repulsa e, uma necessidade excessiva e irracional de fuga. Existem três tipos principais de fobias: as específicas, as sociais e a agorafobia. As fobias específicas referem-se a um medo inconsciente sobre determinado estímulo, como por exemplo, o medo de andar de avião, de animais e de alturas. As fobias sociais caracterizam-se pela ocorrência deste medo quando o indivíduo necessita de se expor em público, como por exemplo fazer uma apresentação para um grupo. Por

fim, a agorafobia que representa um desconforto exacerbado por o indivíduo estar em espaços abertos e com multidão. As fobias serão dos temas de saúde mental mais frequentes, no entanto são igualmente dos mais rápidos a fim de serem solucionados. A Hipnose Clínica é uma técnica terapêutica na qual se utiliza o estado de relaxamento induzido em transe para alterar a relação emocional com o objetivo ou com o estímulo que provoca o tal medo exacerbado. Preocupe-se hoje com a sua saúde!

Clínica Dentária e Osteopática Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentária Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia Eleutério

• Restaurações • Desvitalizações • Próteses fixas e removíveis • Branqueamentos

- Osteopatia Dr. Carlos Martins

CLÍNICA DE MEDICINA DENTÁRIA DA BATALHA DESDE 1995

• Tratamento de hérnias discais, lombares e cervicais • Operados a hérnias lombares que mantenham a dor • Ombro doloroso/congelado, tendinites • Correcção postural em crianças, adolescentes e adultos • Estudo do desenvolvimento muscular da criança • Torcicolos, dores musculares, articulares e dor ciática • Relaxamento profundo

Dra. Sílvia Manteigas Dr. Ricardo Gomes Dra. Célia Neto - Ortodontia Dra. Joana Barros Ferreira - Odontopediatria

Consultas de segunda a sábado l 244 767 593 l 937 901 566

Acordos AXA, BES Seguros, Advance Care, Multicare, Tranquilidade, SAMS, CGD e outros

Contactos para marcações e informações: 244 049 830 ou 911 089 187 Rua dos Bombeiros Voluntários, Loja D Batalha


20

abril 2018

Jornal da Batalha

ATSK Batalha conquista 28 medalhas

Desporto

São Mamede domina trail curto e longo distrital sagrou-se campeão distrital por equipas e individual, nas provas disputadas em casa e na Bajouca, no Concelho de Leiria

O Atlético Clube São Mamede (ACS Mamede) sagrou-se no dia 25 de março campeão distrital por equipas e individual em trail longo, ao vencer a prova disputada em casa, a 10ª edição dos Trilhos do Pastor, acumulando com os títulos de trail curto. A equipa do Concelho da Batalha inscreveu quatro atletas no trail longo (28 km), conseguindo três dos quatro primeiros lugares: 2º) Nélio Almeida, 2:31:22, 3º) Carlos Bárbara,2:34:05,

p O ACS Mamede é campeão distrital da modalidade 4º) Francisco Reis, 2:37:12. No primeiro lugar classificou-se Nuno Dias, do CA Barreira, 2:29:06; mas como não é um atleta federado, a sua prova não conta para o apuramento dos campeões distritais. O ACS Mamede classificou ainda na posição 44 do trail longo a atleta Filipa Ca-

simiro, 3:20:23. No dia 17 de março, o ACS Mamede já se tinha sagrado campeão distrital por equipas e individual em trail curto (15 km), em resultado da participação no Trail dos Moinhos da Bajouca, no Concelho de Leiria. A equipa de São Mamede inscreveu seis atletas

Cross noturno com 200 atletas As inscrições para o VI Cross Noturno da Batalha, organizado pelo Atlético Clube da Batalha (ACB) estão abertas a um máximo de 200 atletas no cross e 150 na caminhada, não havendo limite na Corrida Jovem. O percurso é constituído por carreiros e caminhos desnivelados, pelo que a organização aconselha “alguma prudência aos participantes” na prova, que decorre a 21 deste mês, com início previsto para as 19 horas (corrida, benjamins) e 21 horas (cross). A competição tem um percurso circular, com partida e chegada no complexo desportivo da Batalha, com um grau de dificuldade médio, sendo o “facto de decorrer de noite a principal dificul-

p O cross tem um grau de dificuldade médio dade”, segundo o ACB. O cross tem 15 km e está aberto a atletas com idades dos 18 anos aos 65 anos, na Corrida Jovem podem participar aqueles que tenham entes 6 e 17 anos e a caminhada, com 7 km, está aberta a maiores de 12 anos, acompanhados com um adulto. As inscrições no cross no-

turno custam oito euros, enquanto na caminhada são cinco euros. As inscrições na Corrida Jovem são gratuitas. Quem pretender pode comprar uma t-shirt por quatro euros. A prova tem o apoio câmara municipal e da junta freguesia da Batalha.

no Trail dos Moinhos da Bajouca, conseguindo três ocupar todos os lugares do pódio após liderarem a prova de 15 quilómetros. Carlos Bárbara é o novo campeão distrital (tempo: 1:01:20) e nos lugares seguintes do pódio ficaram os seus colegas Nélio Almeida (1:01:20) e Francisco Reis (1:01:30). Os outros três atletas do ACS Mamede classificaram-se nas seguintes posições: 17ª, Samuel Reis (1:09:31), 50ª, Carlos Cunha (1:19:21) e 57ª, Filipa Casimiro (1:20:54). A 10ª edição dos Trilhos do Pastor, organizado pelo Atlético Clube São Mamede, com a colaboração do Município da Batalha e das juntas de São Mamede e do Reguengo do Fetal, contou com a presença de 900 participantes. Incluiu também um trail curto e uma caminhada, em paralelo.

p Praticantes do ATSK Batalha A 18ª Taça Nacional JSKA Portugal em karaté shotokan disputou-se no dia 8 deste mês no pavilhão gimnodesportivo da Golpilheira, com a presença de 135 praticantes da arte marcial. A competição, organizada pela Associação Tigre Shotokan Karaté-Do da Batalha, “foi importante para o concelho, também por causa dos visitantes a participar, apoiar e ajudar neste evento nacional”, explicou o treinador e presidente da assembleia geral, Bruno Carvalho. A ATSK Batalha participou com 27 atletas, tendo obtido 28 medalhas em kata e kumite: nove medalhas de ouro, nove de prata e 10 medalhas de bronze.

“O karaté tem como principal objetivo, não a vitória ou derrota, mas sim o aperfeiçoamento do caráter dos praticantes”, adianta Bruno Carvalho, salientando que, “além de físico e técnico, o karaté é mental, com o respeito, sinceridade, etiqueta, esforço e auto controlo a serem as suas cinco máximas”. A associação Tigre Shotokan Karaté-Do Batalha é membro da JSKA-Portugal e existe desde 2005, sempre sob a orientação do sensei Álvaro Carvalho, e admite novos membros, tanto iniciantes, como praticantes já com experiência e de diferentes idades.

“Golpilhas” vencem taça distrital O Centro Recreativo da Golpilheira (CRG) venceu no dia 11 de março a Taça Distrital de Leiria em futsal feminino, escalão júnior, conseguindo a “dobradinha”, uma vez que também conquistou, pelo terceiro ano seguido, o campeonato distrital. As “Golpilhas “ venceram na final o Núcleo Sport Pombal, nas grandes penalidades (3-1), após um empate (2-2) no tempo regulamentar e no prolongamento, em partida disputada no Pavilhão Gimnodesportivo dos Pousos. Na partida anterior, disputada a 21 de janeiro, a equipa da Golpilheira, re-

Joaquim Ferraz

m O ACS Mamede

p Vitoria pelo terceiro ano consecutivo cebeu e derrotou o ACRD Louriçal (6-3). As juniores do CRG já na época passada tinham conseguido a “dobradinha”.

No que respeita ao tricampeonato, foi garantido 15 dias antes, quando derrotaram em casa o Vidais.


Jornal da Batalha

Desporto Batalha

abril 2018

21

BAC levou comitiva de 100 pessoas a torneio de andebol m “As sete equipas tiveram uma excelente participação, com várias vitórias somadas em 35 jogos”, explicou Luís Dias, presidente do clube O Batalha Andebol Clube (BAC) participou nos últimos quatro dias de março no VII Torneio Internacional Termas Andebol Cup 2018, em São Pedro do Sul (Viseu), com uma comitiva composta por 102 elementos, entre jogadores, treinadores e dirigentes. O Termas Andebol Cup é um torneio que se destina à promoção do andebol para equipas de minis, infantis, iniciados, juvenis e seniores, disputado durante três dias de competição, com os jogos distribuídos pelos pa-

p A comitiva era composta por mais de cem pessoas vilhões de Vouzela e São Pedro do Sul. Esta edição contou com a participação de 84 equipas, em representação de clubes do território nacional, num total aproximado de 1.200 atletas. “As sete equipas do BAC tiveram uma excelente participação, com várias vitórias somadas em 35 jogos. Os resultados desportivos não são para nós o mais im-

portante, mas são reveladores do crescimento do clube e dos atletas, que culminou na participação na final do escalão de minis femininos”, explicou Luís Dias, presidente do clube. “O BAC esteve pelo segundo ano consecutivo presente no torneio, tendo este ano duplicado a comitiva. A participação dos atletas, treinadores e diretores de equipa e membros da dire-

Sporting abre núcleo na Batalha A direção do recém criado Núcleo do Sporting Clube de Portugal da Batalha abriu as suas futuras instalações no dia 24 de março a todos os interessados em conhecer o espaço, situado em frente à Igreja Matriz da Batalha, na antiga Maria Petinga. “Os núcleos do SCP não são franchisings, são associações sem fins lucrativos” e, como tal, explicou o presidente do núcleo, António Santos, “dependem da boa vontade e da disponibilidade de dirigentes voluntários e de benfeitores”. Neste contexto, o núcleo da Batalha “convida todos os interessados a conhecer o espaço da futura sede”. “O dia 24 de março foi também aquele em que a comissão instaladora do núcleo avançou”, adiantou António Santos, considerando que “o contributo de

p O núcleo foi fundado a 20 de fevereiro todos será fundamental”. “Relembramos que a comissão instaladora serão os sócios fundadores do núcleo. Um orgulho para os verdadeiros leões!”, concluiu. O Núcleo do Sporting Clube de Portugal da Batalha foi fundado a 20 de fe-

vereiro deste ano. As presidências dos órgãos sociais são as seguintes: direção: António José Soares Ferreira dos Santos (Tozé), mesa da assembleia geral: Marco António da Silva Melo, conselho fiscal: Andreia Patrícia Oliveira Dinis

ção é de enaltecer”, segundo Luís Dias, que salientou “a companhia durante os três dias de cerca de 40 pais que deram um enorme contributo em todos os jogos do clube”. Numa nota publicada na sua página no Facebook, o BAC faz um balanço das suas atividades, especificando que tem 12 equipas, 10 equipas dos escalões de formação, masculinas e fe-

mininas e duas equipas de seniores, masculinos e femininos. O clube, fundado em 2000 a partir de uma secção do Grupo Desportivo da Batalha (extinto), tem 174 atletas inscritos, oito equipas a disputar os campeonatos nacionais, e quatro os campeonatos regionais. Até agora, explica o documento, conquistou dois títulos de campeão nacional, 16

títulos de campeão regional e torneios oficiais, e 10 troféus (taças) de disciplina e fair play. Foi-lhe atribuída a Medalha de Cultura e Mérito Desportivo da Câmara da Batalha e a Medalha de Reconhecimento e Gratidão da Associação de Andebol de Leiria. “Uma das atletas mais internacionais da atualidade (Maria Pereira - atualmente a jogar na Islândia) teve na formação durante seis épocas no clube, que viu vários atletas serem convocados para as seleções regionais e centros de formação nacional e foi pioneiro em Portugal ao nível do andebol a celebrar um protocolo de cinco anos com a CERCILEI para proporcionar aos jovens portadores de deficiência intelectual a prática desportiva”, conclui o BAC.

EXCLUSIVO E SEMPRE DISPONÍVEL.


22

Batalha Atualidade

abril 2018

Prova de TT em bicicleta espera 400 e ajuda os bombeiros m O 7º FIABA BTT Raid destina-se ao público em geral e está dividido em dois percursos, de 48 e 20 quilómetros

Um euro por cada uma das 400 inscrições no passeio FIABA BTT reverte este ano a favor dos Bombeiros Voluntários da Batalha, anunciou a organização da prova, a Associação Batalha Bikers. O 7º FIABA BTT Raid está marcado para 3 de junho, às 9 horas, destina-se ao público em geral e está dividido em dois percursos, um de 48 quilómetros e outro de 20 quilómetros. O primeiro é de dificuldade média/alta e direcionado aos atletas mais experimentados, que procuram superar as suas capacidades, e não podem ter menos de 16 anos. O segundo passeio é de

Mais estacionamento junto a escola e pavilhão A zona do pavilhão municipal e da escola sede do agrupamento de escolas da Batalha vai beneficiar de mais espaço para estacionamento, porque o município decidiu comprar uma parcela de terreno com 2.444 metros quadrados, que também permitirá melhorar o acesso ao estabelecimento de ensino e à in-

fraestrutura desportiva. O alargamento do estacionamento decorrerá em paralelo com as obras de requalificação da escola sede do agrupamento, em curso, e deverá estar concluído em setembro ou outubro. A decisão de comprar o terreno a norte do pavilhão foi tomada no final de fevereiro.

Concurso de ideias para o largo do Reguengo

p Prova para todos e de todas as idades dificuldade fácil, destinado a atletas que pretendem pedalar mais tranquilamente com menos experiência pelos trilhos da zona da Batalha e Maceira. O percurso foi delineado em caminhos rurais e trilhos dos concelhos da Batalha, Leiria e Porto de Mós. As inscrições estão abertas até 27 de maio (ou até ser atingido o limite máximo de inscrições) e custam 13 euros para a prova

mais longa e 10 euros para o passeio com menos quilómetros. O almoço custa 8,5 euros por participante, que recebe uma senha para utilizar nas tasquinhas aderentes da FIABA. Os vencedores da geral feminina e masculina recebem 60, 40 e 20 euros, conforme o lugar em que se classifiquem. Os 4º e 5º classificados têm direito a prémios surpresa. Os três primeiros classifi-

cados de cada escalão, masculinos e femininos, recebem troféus. Há ainda prémios para as três equipas com maior número de inscritos, participantes mais novo e mais velho a terminarem a prova, que tem o apoio do município da Batalha. Pelas 11 horas, junto ao pavilhão multiusos da Batalha, há uma aula de zumba com o instrutor Gonça Rodrigues.

Barreiras de proteção do mosteiro estão quase prontas O trabalho de instalação de barreiras a dividir o IC2 do Mosteiro da Batalha, para proteger o monumento dos efeitos do ruído e outras fontes poluidoras, está quase concluído. Até maio toda a intervenção, que compreende ainda arborização e acessos pedonais, deverá ficar concluída. No início do mês de junho deverá receber a visita de uma comissão, no âmbito das comemorações do Ano Europeu do Património Cultural. Um estudo de ruído realizado pela autarquia em 2014, evidenciava leituras no mosteiro que ultrapassavam os limites legais de ruído e que chegavam a ultrapassar os 70 decibéis.

Jornal da Batalha

p Palmeira derrubada por tempestade A segunda edição do Prémio Municipal de Arquitetura Mateus Fernandes pretende revitalizar o largo central do Reguengo do Fetal que, em dezembro de 2017 perdeu uma palmeira centenária por efeito da tempestade Ana. O prémio tem o valor de cinco mil euros e o concurso pretende premiar propostas de “operações de requalificação do espaço público, na zona envolvente do Largo da Praça da Fonte”, em Reguengo do Fetal. A prioridade será “para

obras de intervenção em espaços exteriores de uso público que se destaquem pelas soluções adotadas para a melhoria da qualidade urbana e das relações vivenciais e funcionais”. As propostas podem ser recebidas até meados de junho e o vencedor deverá ser anunciado a 14 de agosto. A primeira edição do prémio, lançado em 2016 pela Câmara da Batalha, ficou por atribuir por falta de propostas que se enquadrassem no espírito da iniciativa.

Distância dificulta integração de alunos

p A polémica inicial parece ter diminuído de intensidade

A distância da freguesia de São Mamede à escola sede do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) será o principal problema para a integração dos alunos, segundo noticiou o jornal Região de Leiria. No início do ano letivo, o AEB passou a receber crianças da freguesia de São Mamede, em resultado das alterações

às regras dos contratos de associação do Estado com as escolas privadas. Até essa altura, os alunos frequentavam estabelecimentos em Fátima. O transporte destes alunos ficou a cargo do município e custa 40 mil euros. A autarquia instalou, entretanto, abrigos de passageiros em Lapa Furada, Demó e Casal Suão.


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

abril 2018

Maria Fernanda Afonso

Manuel Ildefonso de Sousa Oliveira

(96 anos) N 03-02-1922 F 09-03-2018 Alvados

(66 anos) N 23-01-1952 F 27-03-2018 Arneiro - Batalha

AGRADECIMENTO Sua esposa: Mª Idalina Santos Ligeiro, filhos: Gonçalo, André e Raquel Santos Oliveira e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Viverás nos corações e nas lembranças daqueles que ficaram…”

AGRADECIMENTO Suas irmãs, sobrinhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo vêm por este meio agradecer todo o apoio e carinho que lhes foi dedicado nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigada. “Permanecerás viva nos nossos corações. Descansa em paz.”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Matilde Maria Henriques Moreira

António Monteiro Valverde

(95 anos) N 19-07-1922 F 24-03-2018 Rebolaria - Batalha

AGRADECIMENTO Seus filhos: Mª Idalina, José, Mª do Céu, Mª de Fátima e Joaquim Moreira Ruivo, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada. Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

HERCULANO REIS SOLICITADOR

(74 anos) N 22-10-1943 F 01-04-2018 Moinho de Vento - Batalha e Frankfurt

AGRADECIMENTO Sua Esposa, Filhas, Genro, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar. A todos, o nosso muito obrigado. Tratou: Agência Funerária Espírito Santo Loja 1 Batalha - Loja 2 Maceira - Loja 3 Pataias Tel. 916 511 369

PARA MOÇAMBICANOS

Kanimambo.

2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

Para mais informações 912 333 854.

Comercialização e Reciclagem de Consumíveis informáticos Com a garantia dos produtos O.C.P. gmbh Rua de Leiria · Cividade · Golpilheira 2440-231 BATALHA Telef.:/Fax: 244 767 839 · Telem.: 919 640 326

Maria do Rosário de Sousa Costa (64 anos) N 10-06-1953 F 19-03-2018 Casal da Amieira - Batalha e França

AGRADECIMENTO Sua mãe: Odete Pitulante Sousa, filhos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada. Il repose en paix dans la douce lumière de la présence de Dieu. Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Empresa sólida e dinâmica, com equipa jovem e qualidade há 25 anos na indústria de moldes

ADMITE - Programador CNC 5X (3 anos experiência) *Cimatron* - Operador CNC (2 anos experiência) *Cimatron*

Oferece-se: Ordenado compatível com função e experiência Formação e perspetiva de carreira Bom ambiente e condições de trabalho

Lembro a todos os moçambicanos, naturais e ex-residentes (moradores na Batalha), que se vai realizar, no dia 12 de maio próximo, um encontro pic-nic no salão da Casa do Benfica a Batalha e que a animação musical está a cargo de Bar Musical de Rogério Paulo.

Rua Infante D. Fernando, Lote 3, 1ºA

23

Envie o seu CV para: geral@pmm-moldes.com tel: 244 545 790 / fax: 244 545 795 www.pmm-moldes.com


A fechar

B

Ruivo reconduzido no mosteiro A recondução de Joaquim Ruivo na direção do Mosteiro da Batalha foi formalizada no dia 23 de março, em Diário da República. Joaquim Ruivo dirige o monumento desde 1 de abril de 2013. E deverá ficar na Batalha pelo menos até 2021.

ABRIL 2018

“Autarquia apresenta uma boa situação económica e financeira” m A dívida total fixou-se agora em dois milhões de euros, inferior em 19,7% comparativamente a 2014 A Câmara da Batalha terminou o ano passado com meios libertos líquidos (resultados líquidos + amortizações + provisões) de 2,3 milhões de euros, “um forte crescimento” na execução orçamental das Grandes Opções do Plano (GOP) de 13,1 milhões e uma redução

da dívida total em 508 mil euros, afirma a autarquia em comunicado. A dívida total fixou-se agora em dois milhões de euros, inferior em 19,7% comparativamente a 2014 (2,6 milhões), o que representa ”apenas 14,9% do valor máximo permitido para o ano passado”, adianta o documento divulgado na sequência da aprovação, no dia 9 deste mês, do relatório e contas da autarquia. Para o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos, “o ano de 2017 confirmou a trajetória de

crescimento do investimento municipal em áreas estratégicas para o desenvolvimento local, sem perder de vista o objetivo do equilíbrio das contas municipais”. A autarquia apresenta “uma boa situação económica e financeira – por exemplo, o cash-flow patrimonial (2,3 milhões de euros) é superior ao total das dívidas a terceiros, que totalizam 2,2 milhões)”. O comunicado adianta que também ao nível da liquidez o município apresenta valores “bastante significativos” – o saldo final dos

p Loja do Cidadão entre os principais investimentos depósitos em instituições financeiras atingiu 2,9 milhões de euros, “superior ao valor de todas as dívidas”. “Estes bons resultados revelam que os níveis de execução financeira e operacional são fruto da aplicação de políticas sérias, com um nível de investimento consistente, de grande exigência e rigor e tem sido o pilar fundamental do desenvolvimento integrado e

sobretudo sustentável do município, sem comprometer as aspirações das gerações vindouras”, adianta Paulo Batista Santos. Em termos do património municipal verificou-se um aumento líquido de 4,1 milhões de euros. Como principais investimentos realizados (sem os saldos iniciais transitados de 2016), encontram-se o Centro Escolar do Reguengo do Fetal

(744 mil euros), a requalificação da Escola Sede do Agrupamento escolar da Batalha (827 mil euros) e a adaptação do edifício municipal para a Loja do Cidadão (418 mil euros). Os meios libertos líquidos do município serão aplicados no financiamento de projetos aprovados e cofinanciados por fundos europeus no âmbito do Portugal 2020.

Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.