JORNAL DA BATALHA EDIÇÃO DE SETEMBRO DE 2018

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Empresas do concelho entre as melhores a pagar salários

| DIRETOR: CARLOS FERREIRA | PREÇO 1 EURO | INFO@JORNALDABATALHA.PT | WWW.JORNALDABATALHA.PT | MENSÁRIO ANO XXVIII Nº 338 | SETEMBRO DE 2018 | PORTE PAGO

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Rui Pinheiro

População e autarquias juntas contra a poluição

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Família Novo faz caminhada inédita até Compostela

Município recusa plantação de 20 hectares de eucaliptos

Comunidade intermunicipal quer baixar preço da energia

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setembro 2018

Jornal da Batalha

Espaço Público s Baú da Memória Por José Travaços Santos

A propósito da exposição “Memória Revisitada” na Capela do Fundador Em 1808, o notável pintor português Domingos António de Sequeira, nascido em Lisboa em 1768 e falecido em Roma em 1837, acompanhou numa viagem, pela nossa Estremadura, o conde Luís Nicolau Filipe Augusto Forbin, pintor e arqueólogo francês, oficial do estado-maior do exército invasor de Junot. Para este acompanhamento e para esta digressão, que incluiu Alcobaça e Batalha, a que já fiz referência há bastantes anos nestas mesmas páginas, não encontro explicação que não me deixe inquieto quanto ás intenções do francês. E como compreender esta camaradagem entre o nosso grande pintor e o seu congénere

francês, neste caso um oficial superior dum exército inimigo? A verdade é que visitaram demoradamente o nosso Mosteiro, ainda Convento Dominicano, tendo Domingos de Sequeira aproveitado a ocasião para registar, em preciosos desenhos, alguns valores aqui existentes, entre outros armas e armaduras de membros da família de Avis, valores que então estariam num armário instalado num arco que f ica à direita de quem entra na Capela do Fundador. Na mesma altura, Domingos de Sequeira fez um esboço do quadro que retratava, obra atribuída a Rogier van der Weyden, a famí-

lia dos duques de Borgonha. O duque era então Filipe o Bom e a duquesa a notável Infanta portuguesa, D. Isabel, filha de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, pais de Carlos o Temerário, que também figura neste quadro, em que os três adoram o Menino ao colo da Virgem. O quadro desapareceu, supõe-se que por altura da invasão de Massena (18101811) e das armas e armaduras salvaram-se algumas, que os frades teriam escondido, indo mais tarde, crê-se que pelos terceiro ou quarto quartéis do século XIX, parar a Lisboa, ficando à guarda do actual Museu Militar. Em mais uma iniciativa do dinâmico director do

Mosteiro, Dr. Joaquim Pereira Ruivo, estão de volta ao seu armário, para mais uma notável exposição. Dois elmos, duas espadas e uma réplica dum escudo. Uma espada será de D. João I, outra de D. João II, um elmo será de D. João II e outro do filho deste monarca, o príncipe D. Afonso.

Contudo, o que há para dizer sobre tais relíquias e sobre a iniciativa que teve a coordenação científica de Miguel Sanches de Baena e a intervenção doutros especialistas, é tanto que preencherá várias páginas do jornal. Para já, anote-se que a identificação das peças que acompanhou, pela mão do próprio pintor, os

desenhos de 1808, suscita algumas dúvidas, aliás de pouca monta e que de forma alguma diminuem a importância documental e histórica e, também, da arte de armeiro, revelada nesta exposição, uma das várias exposições que estão patentes no Mosteiro e que os nossos leitores não deverão deixar de visitar.

s Pestanas que falam Joana Magalhães

Vida de gato Adotei um gato. Ele é branco, tem os olhos azuis e com seis meses já é maior que qualquer chihuahua que passeie no jardim. Chama-se Skie (porque tem olhos azuis, como o céu… sim, pouco original, de facto) tem a personalidade mais fofinha e ao mesmo tempo mais rebelde da casa, e muda de um estado de espírito para o outro em segundos. Basta um cordel pendu-

rado, um barulho mais forte e não há quem segure este ser de quatro patas enquanto salta de sofá em sofá com um olho perdido de uma pantufa em forma de gato (irónico, eu sei…) ou um urso de peluche já velhote dentro da boca entalados naqueles dentes que parecem não causar estragos a não ser quando queremos dormir. De madrugada, lá acha por bem saltar para os nossos pés e

Propriedade e edição Bom Senso - Edições e Aconselhamentos de Mercado, Lda. Diretor Carlos Ferreira (C.P. 1444) Redatores e Colaboradores Armindo Vieira, Carlos Ferreira e João Vilhena;

mordê-los. Apesar de todas estas palhaçadas (de que uma pessoa se queixa, mas que, no fundo, no fundo, é o engraçado de ter um gatinho em casa, mesmo quando causa estragos), o Skie é um gato bem mimado. Quando quer comer, mia como se não houvesse amanhã pelo que certamente no espaço de 10 minutos alguém se apressa em dar-lhe comida.

António Caseiro, António Lucas, Célia Ferreira, comendador José Batista de Matos e José Travaços Santos. Entidades: Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes, Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Unidade de Saúde Familiar Condestável/ Batalha. Departamento Comercial Teresa Santos (Telef. 918953440)

Qua ndo quer ág ua apoia-se no bidé até que alguém abra a torneira bem devagarinho e deixe uma pocinha de água para o príncipe beber. Quanto a mimo, espreguiça-se todo o mais perto que conseguir de um dos compa n hei ros de casa, mia baixinho e não há quem lhe resista. De colo, gosta muito, mas só de quem conhece e quando ele quer. Sim, porque é

Redação e Contactos Rua Infante D. Fernando, lote 2, porta 2 B - Apart. 81 2440-901 Batalha Telef.: 244 767 583 - Fax: 244 767 739 info@jornaldabatalha.pt Contribuinte: 502 870 540 Capital Social: 5.000 € Gerência Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos (detentores de mais de 10% do Capital:

mimado mas não deixa de ser gato e os gatos têm a mania que querem, podem e têm. Não é só mania, desengane-se quem pensa que é possível domesticar um gato, ele é que domestica os donos! O Skie é o desassossego de uma casa que vivia em rotina há já uns anos e a verdade é que ambientarmo-nos a ele não foi fácil, mas agora, sempre que chegamos a casa, não

Teresa R. F. M. Santos e Francisco M. G. R. Santos) Depósito Legal Nº 37017/90 Insc. ERC sob o nº 114680 Empresa Jornalística Nº 217601 Produção Gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA Rua Comissão de Iniciativa, 2-A, Torre Brasil, Escritório 312 - 3º Andar, Apartado 3131 - 2410-098 Leiria Telef.: 244 819 950

há quem não faça a figura: “Olá Skie! Então estás bom? O que é que fizeste hoje?” Seguido-se os mimos na barriga.

Impressão: Fig - Indústrias Gráficas, Sa. Tiragem 1.000 exemplares Assinatura anual (pagamento antecipado) 10 euros Portugal; 20 euros outros países da Europa; 30 euros resto do mundo. O estatuto editorial encontra-se publicado na página da internet www.jornaldabatalha.pt


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Espaço Público Opinião

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s A opinião de António Lucas

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_ Editorial Ex-presidente da Assembleia Municipal da Batalha

Novo lar de idosos da Santa Casa A Misericórdia da Batalha iniciou mais um importante projeto, que vem complementar a sua já vasta oferta social, desta feita, através da construção de um novo lar de idosos, agora chamados de ERPI – estrutura residencial para idosos. Trata-se de mais um importante investimento, quer em termos do alargamento da oferta dos serviços à população, quer em termos financeiros, ascendendo este investimento a cerca de 1,5 milhões de euros, incluindo-se aqui a construção e apetrechamento de novas cozinhas e lavandaria para resposta a todas as necessidades, das diversas valências da Santa Casa, como sejam, a unidade de cuidados

continuados, o centro de dia, o apoio domiciliário e num futuro próximo a nova ERPI. Tem sido política do provedor e dos órgãos sociais da Misericórdia, a obtenção de todos os apoios possíveis, quer públicos, quer comunitários, quer ainda privados, para que a comparticipação dos utentes, seja a menos onerosa possível, garantindo sempre, serviços de qualidade. Quer isto dizer, que a filosofia de gestão assenta em pressupostos de otimização de todos os recursos, para que os gastos sejam os menores possíveis, cobrando-se o mínimo possível, mas mantendo a estrutura financeira equilibrada, para que a qualidade

do serviço se mantenha em níveis elevados de satisfação do utente/cliente, sempre com elevadas preocupações de caráter social, por forma a que todos tenham acesso aos serviços prestados pela instituição. Ou seja, não se pretende de forma alguma o lucro como resultado, mas sim o equilíbrio das contas para que o resultado seja um serviço de qualidade para os clientes. A nova ERPI não irá fugir a esta regra. Assim sendo, quando surgem novos investimentos, ou grandes investimentos em renovação, o desafio da gestão aumenta exponencialmente. Congregados que estão alguns e significa-

tivos apoios de entidades públicas e privadas mas de interesse público, fica a faltar o apoio privado, também uma componente fundamental na comparticipação e apoio a equipamentos desta envergadura, especialmente pelo fim a que se destinam. Aqui chegados, utilizo este meio para solicitar às empresas e cidadãos o seu apoio para este projeto. Esse apoio será fundamental para que o endividamento da instituição continue controlado e por essa via com menores gastos em sede de juros, com repercussão direta nas mensalidades dos clientes, com especial enfoque nos de mais baixos rendimentos. Faço este apelo ao vos-

Carlos Ferreira Diretor

Não (h)á poluição grande e pequena so apoio, porque sem qualquer dúvida estamos em presença de um dos mais importantes investimentos em equipamentos sociais, direcionado para a camada mais desprotegida da nossa população, que são os nossos idosos. Apoiem que vale a pena.

s Diacrónicas Por Francisco André Santos

Privar ao luxo Ao longo dos três anos que empenhei o meu verão a ganhar libras britânicas numa escola de verão da língua inglesa, a minha apreciação da ilha, além de correlacionada com o valor da moeda em queda, desenvolveu-se com o detalhar do sotaque de cada um dos meus colegas em relação à sua classe social. Tal como a rainha nasceu para ser rainha, o Francisco nasceu para ser melhor entendido pelos outros europeus continentais, e o Matt para ir a despedidas de solteiro no estrangeiro. Por certo que “o pequeno-almoço inglês” já não é novidade, mas perante a falta de doce, fica a promessa de uma gemada para uma colega. Nessa semana, sou confrontado com um paradoxo pelos trabalhadores da cantina: “nós não usamos ovos. São outros produtos”. Espero que esses produtos sejam tão regulados como todas aquelas portas an-

ti-incêndio ou a constituição Britânica, tendo esperança que também o bacon seja hiper-regulado e que “trazer o bacon para casa” se aplique de maneira igual ao consumidor e ao gerente de algum dos múltiplos oligopólios de bacon e da industria agroalimentar do país. Estando o pequeno-almoço inglês definido - ovos mexidos… sem ovos - percebo que o prato cheio é feito à custa dos olhos e da barriga do consumidor. Na capital de Orwell, são muitas as vezes que encontramos roupa mais barata que comida. Mas os números estão certos: o Reino Unido vive cada vez mais num regime insustentável. O mesmo se passa com a nossa acomodação dos “beefs” no nosso furado e perfurado Algarve. Esse luxo de massas é um paradoxo nacional: é o nosso turismo insustentável, mas com praias secretas; é o vinho que

não tem escala para exportação, mas que completa o almoço, e é a subserviência das latas de sardinha a caminho da Web Summit, num mundo que fala inglês, mas que já não é Anglo-Saxónico. É que existe uma linha que separa o sustentável do insustentável entre o novo, o velho e o antigo. O país resiste numa ruralidade antiga, mas mais moderna que o “AirBnB”, ainda que completa com aquele fogo de artificio que teima em ser necessário. Mas grande parte do país não vive de serviços. Vive noutros luxos incomparáveis àquele javali selvagem que comi no interior da Grécia: “não tem impostos Merkel”. Também essa linha separa o luxo local do luxo biológico. Traduzindo as etiquetas, as laranjas do meu Avô são mais sustentáveis do que as laranjas que vêm de Espanha, tanto pelo custo acrescido do transporte como pelos fertili-

zantes utilizados. Já as laranjas biológicas são um luxo que não assiste à partilha da fruta do Sr. Guilhermino - Quando se sabe partilhar com respeito, encontramos a abundância. O luxo local aparece quando reconhecemos a riqueza da mula da cooperativa e da Maria Albertina - é cá da terra e tem puro encanto. O ocidente va i ter que aprender a “decrescer” para encontrar esse equilíbrio antes que a modernidade nos “apanhe”. Para nossa sorte, o país está além do centralismo Alfacinha, onde se esquece a sua verdura, além daquele ignóbil pedantismo de saber onde fica Leiria pela placa da autoestrada. No final do dia, pagam mais pelo café na “Pastelaria Portuguesa”, pelas “sardines” desses santos da casa, e pelas tais laranjas, esquecendo-se das batatas que têm na cave vieram da gentileza dos primos que pensavam serem tios-avós.

A nossa modernidade está refém do velho. Do compadrio das elites e das estatísticas, da complacência com o capital estrangeiro, assegurando tudo para Inglês e Chinês ver. O antigo está à espera do novo. Não são as Startup privadas da velhinha Web Summit. São as comunidades em rede, essas sim, com vista para outras regiões e capitais europeias que se mantêm atuais. O agente até pode ser da polícia, mas a minha gente é que é um luxo.da Direcção-Geral do Património Cultural. Estará, possivelmente, patente ao público até Outubro próximo.

O ambiente e a sua preservação é um dos temas centrais desta edição. Por boas e por más razões. E a gravidade do tema oscila entre as atitudes daqueles que abandonam uma ‘simples’ garrafa de água nas margens do Lena – depois de uma ecológica caminhada ou corrida – e os que lançam nos recursos naturais efluentes suinícolas sem tratamento. A má notícia: o problema do tratamento da poluição provocada pelas explorações de suínos continua por resolver e, creio, ainda muitos leitões irão ao assador antes que seja resolvido. O presidente da autarquia, insistiu mais uma vez num apelo para que seja encontrada uma solução. Agora apelou ao primeiro-ministro. As boas notícias: um grupo de cidadãos resolveu apanhar o lixo abandonado por outros cidadãos nas margens do Lena. O elogio devido aos primeiros não pode deixar de ser acompanhado de uma forte crítica aos segundos. A 2ª edição da “Caça ao Lixo no Vale do Lena” permitiu recolher 20 sacos de lixo – uma vergonha. O segundo contributo positivo é da loja Pingo Doce na Batalha, uma das aderentes à campanha nacional Reciclar Vale Mais, que permite a troca de embalagens usadas por descontos em cartão. Quanto mais reciclar, mais ganha. Mas ganha, sobretudo, o ambiente. Uma notícia assim, assim. Tem tudo para acabar melhor do que começou, mas a Valorlis querer aumentar as tarifas em 85% em três anos é um ‘pouco’ exagerado. A câmara municipal e os outros municípios da região reclamaram e a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos mandou baixar os preços, para menos de metade. O resultado poderá ser bom, já a proposta inicial...


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Barreira reduziu em 20% o ruído junto ao mosteiro m O anúncio foi feito durante a sessão solene do Dia do Município, durante a qual foram distinguidas diversas personalidades e entidades

A barreira construída em frente ao Mosteiro da Batalha “reduziu em 20% o ruído”, permitindo que a envolvente do monumento património da humanidade “cumpra agora o regulamento geral” sobre a poluição sonora, revelou no dia 14 de agosto o presidente da câmara, durante a sessão solene do Dia do Município da Batalha. Um estudo técnico realizado pelo Laboratório de Ruído e Vibrações (LRV) “confirma a evolução positiva dos níveis do ruído na zona do mosteiro, face a igual análise realizada em 2014, o que permite evidenciar que os parâmetros cumprem os valores regulamentares entre a estrada [EN1/IC2] e o monumento”. “Foi um projeto difícil, polémico, desafiante”, que

constitui “uma vitória da Batalha, da cultura e do património”, disse Paulo Batista Santos, que anunciou os resultados do estudo do LRV “com alegria”. “O monumento, a história e a memória só existem se soubermos preservá-la. Era essa a nossa preocupação, foi esse desafio que colocámos a nós próprios e que concluímos com sucesso”, adiantou o autarca, que retirou da polémica “um ensinamento importante”. Este ensinamento, explicou o presidente do município, “valoriza aqueles que debateram o projeto, estando a favor ou contra (e foram alguns), com paixão e entusiasmo relativamente a uma causa comum, o património cultural”. O autarca considerou que “só foi possível porque houve gente com muita coragem no país”, no governo e noutros organismo do estado, “personalidades portuguesas e estrangeiras”, que disseram ao município, “sem hesitação, que executasse a obra e protegesse o património, porque merece ser defendido”. “É um projeto único no contexto nacional, na defesa de um património também singular”, considerou Paulo Batista Santos, lembrando ainda “aqueles que lutaram contra o projeto”.

p Agrupamento de Escolas da Batalha “A sua critica foi muito importante para que fossemos mais exigentes no trabalho que estávamos a fazer”, explicou. O estudo do LRV revela que “no espaço em redor entre a estrada e o monumento, os parâmetros medidos, cumprem atualmente os valores regulamentares, já que se situam abaixo de 65 dB(A) e 55 dB(A), respetivamente”. As medições representam reduções de 9 e 10 dB(A), respetivamente no descritor das 24 horas (Lden) e no descritor noturno (Ln). As vibrações “registam igualmente uma evolução muito favorável. As de caráter continuado, provocadas pelo tráfego rodoviário no IC2/N1, apresentaram valo-

res inferiores ao limite máximo estabelecido pela norma DIN 4150-3, “pelo que não há risco de dano no edifício decorrente da estrada”. Quanto à incomodidade devido a vibrações, os técnicos consideram “ter havido uma redução significativa da propagação, passando este efeito a estar abaixo do limiar de sensibilidade”. Na cerimónia foram distinguidos com medalhas de mérito municipal o médico Manuel Órfão, o missionário João da Felícia, a pintora Irene Gomes, o restaurante Mosteiro do Leitão e o Agrupamento de Escolas da Batalha. O presidente da Câmara de Trujillo, Alberto Casero Ávila, foi agraciado com medalha de honra municipal.

p Autarca espanhol Alberto Casero Ávila

p Médico Manuel Órfão

p Pintora Irene Gomes

p Representante do Padre João Monteiro Felícia

p Restaurante Mosteiro do leitão


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Atualidade Batalha

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Concelho recusa plantação de mais 20 hectares de eucalipto m Plano de ordenamento propõe que passe dos atuais 475 para 495 hectares

A Câmara da Batalha “discorda” da proposta de Plano de Ordenamento Florestal do Centro Litoral (PROF), nomeadamente no que respeita ao aumento da área de eucalipto no concelho. O município, em comunicado divulgado no dia 11 deste mês, “considera que o plano não cumpre as suas funções ao nível da definição de categorias de espaço florestal, nem se compatibiliza com a legislação de defesa da floresta contra incêndios”.

Para a autarquia, “no âmbito da análise técnica e política da proposta de plano do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, o PROF é muito vago relativamente às regras para a ocupação do solo em função das categorias de espaço previstas nos planos diretores municipais”. Por outro lado, refere o presidente da câmara municipal, “um plano de ordenamento florestal deve categorizar as ocupações do solo em função da sua apetência e de modo a garantir a defesa da floresta e dos aglomerados populacionais relativamente aos incêndios florestais” e o “PROF ignora esse objetivo estratégico nacional e nesse particular é um mau plano”. A autarquia, “como foi

p Conselho tem 475 hectares de eucaliptos igualmente avaliado pelos serviços técnicos da CIMRL, não percebe a opção pelo aumento do eu-

-região homogénea”. Para Paulo Batista Santos, “é incompreensível que para a Batalha seja conside-

calipto nos 10 concelhos abrangidos, principalmente porque o eventual aumento deverá ser definido por sub-

rado um aumento de 20 hectares (dos atuais 475 hectares, propõe-se que passe para 495 hectares) de área a ocupar por eucalipto, quando a área existente já é excessiva”. No parecer aprovado pela autarquia, “este plano é um documento fundamental para o ordenamento do espaço florestal e deve servir de base para a apreciação dos projetos de arborização e rearborização, pelo que entende que deve garantir medidas como “a proibição de arborização com espécies de crescimento rápido nos espaços agrícolas, pelos prejuízos que estas espécies provocam nos solos, na disponibilidade de recursos hídricos e no ensombramento relativamente às culturas agrícolas”.

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Batalha Atualidade

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Municípios unem-se para baixar preço da luz e melhorar acessos m As autarquias admitem “recorrer a mecanismos elétricos e até à ferrovia” para melhorar as acessibilidades entre os diferentes concelhos

O vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) admitiu no dia 3 de agosto a possibilidade de a região “recorrer a mecanismos elétricos e até à ferrovia” para melhorar as acessibilidades entre municípios que a compõem. Paulo Batista Santos, também presidente da Câmara da Batalha, que falava no final de uma reunião do conselho intermunicipal da CIMRL, que decorreu na Aldeia da Pia do Urso, em São Mamede, considerou que os 60 milhões de euros de fundos europeus, destinados à região centro, para a mobilidade urbana e política de cidades podem ser aproveitados naquele contexto. “Agora temos que pensar e trabalhar, naquilo que depende dos municípios, na mobilidade suave, em criar melhores acessibilidades dentro do nosso território, nomeadamente em Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós e Pombal”, adiantou o vice-presidente

p Os representantes das 10 autarquias reuniram na Pia do Urso da CIMRL. Esta entidade, que reúne 10 municípios, pretende, por outro lado, candidatar-se em conjunto à concessão de distribuição de eletricidade em baixa tensão, com o objetivo de reduzir os preços atuais, prestar um melhor serviço e implementar medidas de discriminação positiva para as empresas. Por isso, “aprovou uma ação de colaboração e parceria com a Agência Regional de Energia da Alta Estremadura, com o objetivo de avaliar as potencialidades de um estudo conjunto relativo às concessões municipais de distribuição”. “Este processo é decisivo

para a região, ao nível do preço e da agregação, e vamos fazê-lo em conjunto”, explicou Paulo Batista Santos. A candidatura à concessão, cujo concurso público internacional será lançado no primeiro trimestre de 2019, visa ganhos de escala e “representa uma grande solidariedade dos concelhos mais atrativos do ponto de vista do consumo, para com os restantes”. “Estamos a fazer tudo para que uma redução seja possível, embora sendo certo que o preço é fixado pela ERSE [entidade reguladora] e não pelos municípios”, referiu o autarca, destacando que “as

autarquias podem “facilitar uma melhor qualidade de serviço, através de estruturas mais eficientes, e uma discriminação positiva”, em sectores “mais dinâmicos e indústrias grandes consumidoras”. O conselho intermunicipal da CIMRL “registou com satisfação que obteve mérito a proposta apresentada pela região de Leiria no sentido de reforçar a dotação financeira às prioridades de investimento afetas à mobilidade urbana e à política de cidades (+60 milhões), bem como a necessidade de reforçar as dotações do sistema de incentivos ao empreendedorismo

e ao emprego (+50 milhões), programa lançado no contexto dos apoios às empresas e gerido pelas CIM”. Esta decisão “representa uma oportunidade para a região de Leiria e os seus municípios, porque enquadra novos projetos em áreas como a mobilidade urbana suave, ecovias, cidades inteligentes e interfaces modais, com contributos para a descarbonização e sustentabilidade ambiental das cidades e áreas urbanas complementares”, adianta o comunicado emitido no final da reunião. Neste contexto, a CIMRL “decidiu encetar a revisão do Plano de Ação de Mo-

bilidade Sustentável (PAMUS), destinado à promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação”. Por fim, decidiu participar na Bienal Ibérica de Património Cultural em Valladolid, a realizar de 8 a 11 de novembro, “por ser uma boa oportunidade de apresentação da região, num evento dedicado ao Ano Europeu do Património Cultural”.

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Valorlis obrigada a baixar proposta de aumento das tarifas em 85% m Empresa apresentou o valor de 36,04 euros por tonelada (euro/ton) para vigorar no ano de 2019 e ERSAR propõe 15,18 euro/ton

A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) “confirmou a assertividade da posição dos municípios” da região, incluindo o Concelho da Batalha, que criticaram a proposta de aumento de 85% em três anos das tarifas de resíduos, ajustando em baixa o valor para o período 2019/2021. A Valorlis apresentava o

valor de 36,04 euros por tonelada (Euro/ton) para vigorar no ano de 2019, 46,83 euro/ton para 2020 e 48,95 euro/ton para 2021 (+85,6% face a 2018). Pelo contrário, a ERSAR propõe definir 15,18 euro/ton para 2019, 22,98 euro/ton para 2020 e 22,47 euro/ton para 2021. “Tal como foi preconizado na tomada de posição das autarquias que integram o sistema multimunicipal de tratamento de lixos, os valores e proveitos permitidos e tarifários propostos pela Valorlis não tinham qualquer adesão com a realidade da operação da empresa ou justificação credível nas alegadas exigências do PERSU”, explicou no dia 20 de agosto o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos.

p A Valorlis é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos Numa nota à Imprensa, o Município da Batalha recorda que “das 12 concessões de serviços multimunicipais (11 das quais são detidos maioritariamente pela Empresa Geral de Fomento), as

tarifas em vigor na Valorlis (26,38 euros/ton) ainda são uma das mais caras do país e que comparam, por exemplo, com 19,89 euros/ton da Valorsul, aplicável aos concelhos da região de Lisboa

e sul do distrito de Leiria”. A proposta da ERSAR é suscetível de reclamação por parte da Valorlis, até meados deste mês, “pelo que é relevante que os municípios continuarem a

acompanhar este tema e defenderem os valores que a ERSAR se propõe definir para o período regulatório 2019-2021, porque são ajustados à realidade da empresa e suportáveis pelas autarquias que integram o sistema multimunicipal”, refere a autarquia da Batalha. Para o Presidente da Câmara da Batalha, “os municípios da Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Pombal e Porto de Mós, que integram o sistema multimunicipal da Valorlis, devem continuar exigentes na melhoria do serviço da recolha seletiva e tratamento dos resíduos, porque estratégico para o futuro sustentável da região, mas sem que esse objetivo sirva para penalizar os cidadãos com tarifas excessivas”.


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Voluntários recolhem lixo abandonado no vale do rio Lena m No total foram

Rui Pinheiro

apanhados 20 sacos de lixo, composto, por exemplo, por garrafas de plástico, tubos de plástico usados na agricultura, pneus e garrafas de vidro

p A iniciativa envolveu duas dezenas de pessoas A 2ª edição da “Caça ao Lixo no Vale do Lena”, promovida pelo grupo Aves da Batalha, com a colaboração da junta de freguesia, recolheu durante uma manhã 20 sacos de diversos detritos abandonados nas margens do rio Lena. Nesta atividade, desenvolvida no dia 2 de setembro participaram 18 pessoas (crianças, jovens e adultos), batalhenses e residentes noutros concelhos, que limparam um troço do vale entre a Batalha e as Brancas, bem como uma parte da estrada da Arrufeira. No total foram recolhidos 20 sacos de lixo, composto, por exemplo, por garrafas de plástico, tubos de plástico usados na agricultura,

pneus e garrafas de vidro. “Foi sem dúvida uma manhã bem passada e um momento de união que permitiu tornar o nosso vale bem mais agradável e saudável”, afirma João Tomás, fundador do grupo Aves da Batalha, que agradece aos participantes a sua colaboração na atividade. “Agora há que passar a mensagem de que o lixo tem o seu devido lugar e não custa assim tanto manter o ambiente o mais limpo possível. As gerações futuras merecem-no”, adianta João Tomás. Quanto a atividades futuras, está agendada uma saída de campo para observação de aves no vale do Lena (percurso e data a definir)

ainda este mês ou em Outubro. No que respeita a recolhas de lixo, o grupo vai estudar “locais que estejam a precisar de intervenção”. Na origem desta “caça ao lixo” está o facto de “alguns observadores de aves se queixarem de haver bastante nalguns locais do vale, sobretudo no troço entre a Batalha e a Golpilheira”, explica o fundador do grupo Aves da Batalha. “A existência de locais com lixo e onde ocorre a deposição frequente de entulho contribui para um vale menos saudável e menos atrativo para a realização de atividades na natureza”, adianta João Tomás, explicando que esta foi uma das razões para a realização da

1ª edição da “Caça ao Lixo no Vale do Lena”, que decorreu a 29 de julho. Esta atividade, que surgiu também “para tentar erradicar esses locais poluídos e para alertar a população do concelho para esta problemática”, foi aberta ao público em geral. Numa manhã foram recolhidos oito sacos grandes de lixo, entre garrafas e garrafões de plástico, pneus de carro, peças de roupa e materiais diversos. A recolha, em locais previamente selecionados, considerados os mais críticos, decorreu durante uma caminhada ao longo do vale. Apesar da grande quantidade recolhida, foram detetados mais locais com lixo e entulho e, numa visita

posterior ao segmento do vale Batalha – Brancas, encontraram-se ainda outras áreas que precisam de uma intervenção de limpeza. Por isso, o grupo Aves da Batalha decidiu organizar a 2ª edição da “caça ao lixo”. “Sabemos que este tipo de atividades é fundamental para a preservação dos ecossistemas, podendo ser este tipo de atitudes proativas responsáveis pela salvaguarda dos recursos naturais para as gerações seguintes”, diz João Tomás. O grupo Aves da Batalha visa dar a conhecer e promover a avifauna, mas também os outras espécies que que se podem encontrar no concelho da Batalha. Já realizou duas ativida-

des de observação de aves no vale do Lena, nos dias 6 de maio e 22 de julho, nas quais participou uma dúzia de pessoas, entre observadores, fotógrafos e curiosos. Segundo João Tomás, “o vale do Lena é dos melhores locais do concelho para a prática de passeios na natureza, caminhadas e corridas, possuindo uma grande diversidade de habitats”. Neste vale já foram registadas 115 espécies de aves e observadas lontras, “o que demonstra o quão rico é em termos de fauna e o quão imperativo é a sua preservação por parte do batalhenses”, conclui o fundador do grupo.

Efluentes Suinícolas da Região do Lis (ETES do Lis)”, pelo que solicita ao primeiro-ministro “um derradeiro empenho na viabilização do projeto de construção” da infraestrutura, que beneficiará uma região constituída pelos municípios de Leiria, Pombal, Ourém, Batalha, Marinha Grande e Porto de Mós. O ministro do Ambiente disse, a 7 de agosto, em Abrantes, que “até outubro será consensualizada uma

solução” entre as entidades envolvidas no projeto de despoluição da Bacia Hidrográfica do Rio Lis, que envolve a utilização de ETAR. “Quanto a uma solução final, muito provavelmente”, segundo João Matos Fernandes, “terá de ser construída uma ETAR dedicada [ETES do Lis], ainda que muito mais pequena do que a prevista e com um investimento muito menor do que o previsto” no projeto anterior.

Município pede empenho do governo numa solução para a despoluição A Câmara da Batalha solicitou ao primeiro-ministro, no início deste mês, “a clarificação da posição do governo sobre a execução do projeto de tratamento dos efluentes suinícolas e de despoluição da bacia hidrográfica do rio Lis”. O presidente do município, Paulo Batista Santos, enviou a António Costa uma carta na qual “expressa a sua incompreensão perante as recentes declarações do

ministro do Ambiente”, “garantindo que a opção futura passava pelo tratamento de efluentes suinícolas com recurso a ETAR existentes no subsistema do Lis, hipótese nunca considerada porque tecnicamente inviável”. O autarca destaca que a própria empresa concessionária do sistema multimunicipal de saneamento, sob tutela do Ministério do Ambiente, a Águas do Centro Litoral, afirmou que “o sis-

tema de ETAR da região não comporta o tratamento dos afluentes produzidos”. Numa declaração anterior, o autarca tinha dito que “é uma ficção pensar que é uma solução para a região e qualidade dos seus recursos hídricos, a opção de tratamento dos efluentes das suiniculturas pelas ETAR já existentes na região de Leiria e com a capacidade subaproveitada”. Na sua perspetiva, “a quantidade de resíduos pro-

duzidos pelas suiniculturas da região é insuscetível de ser tratada na ETAR do Coimbrão, que apenas recebe uma pequena quantidade de efluentes, já em estado sólido, e a razão principal da não entrega pelos produtores é o custo do transporte”, adianta. Na carta enviada a António Costa adianta que a solução para a poluição suinícola “passa pela viabilização da Estação de Tratamento de


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Pingo doce dá descontos em cartão, metal e plástico

Escuteiros acampam e fazem voluntariado

p A campanha foi lançada no dia 2 de agosto e dura dois meses

m Os clientes que entregarem as embalagens usadas no ecoponto, em sacos de 30 ou de 50 litros, recebem 0,10 ou 0,15 cêntimos em cartão Poupa Mais A loja Pingo Doce na Batalha é uma das aderentes à campanha nacional Reciclar Vale Mais, lançada a 2 de agosto, que permite a troca de embalagens usadas por descontos em cartão na cadeia de supermercados. A iniciativa, dinamizada pela Environmental Global Facilities (EGF) – na região em parceria com a Valorlis, que trata e valoriza os resíduos do concelho – disponibiliza uma rede nacional de ecopontos “especiais” em 15 lojas da cadeia Pingo Doce, em fase de teste até 2 de outubro. Os clientes que entregarem as embalagens usadas no ecoponto, em sacos de 30 ou de 50 litros, recebem 0,10 ou 0,15 cêntimos em cartão Poupa Mais, para utilização imediata. Por dia, no máximo, cada pessoa pode entregar 15 sacos de 50 litros com resíduos e ganhar 2,25 euros.

Esta campanha piloto está presente em 15 lojas do Pingo Doce, em todo o país, que apoia cedendo espaço nos seus parques de estacionamento. Na região de Leiria, aderiram as lojas da Batalha e Porto de mós. Esta iniciativa, “pioneira em Portugal”, decorre no âmbito do programa nacional de inovação social da EGF, e envolve sete das suas concessionárias (Valorlis, Amarsul, Ersuc, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valorminho), que desenvolvem a ação com o cofinanciamento Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

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A campanha Reciclar Vale Mais “pretende sensibilizar a população para a separação de resíduos e, em simultâneo, alertar para o benefício imediato de colocar as embalagens usadas no ecoponto, demonstrando que a reciclagem tem valor ao devolver ao cidadão uma parte para poder descontar nas suas compras em lojas Pingo Doce”, explica a EGF. O projeto tem o duplo objetivo de aumentar a quantidade de embalagens enviadas para a reciclagem e também que o cidadão faça a separação de resíduos de embalagens.

A Quinta do Escuteiro na Quinta do Sobrado (Batalha) recebeu a quarta edição da atividade “24 Às Cegas”, que teve como principal objetivo a prestação de serviços à comunidade no distrito de Leiria. A iniciativa, que decorreu nos dias 31 de agosto e 1 e 2 deste mês, contou com a participação de 56 escuteiros das regiões de Leiria-Fátima, Guarda, Braga, e Portalegre e Castelo Branco. Os escuteiros, divididos por grupos, prestaram seis ações de serviço nos concelhos de Porto de Mós, Marinha Grande, Ourém e Leiria. A escuteira do agrupamento 127 Sé-Leiria, Joana Monteiro, participou pela primeira vez. “Inscrevi-me por ser uma atividade nos dá muito segundo todos os que já participaram. Fui às cegas e dei o melhor de mim para conseguir deixar o local por onde passámos um pouco melhor do que o encontrámos”, diz a jovem. “Vivi com orgulho todos os momentos e descobri que há um pouco mais para dar em cada um de nós quando nos deixamos crescer”, adianta Joana Monteiro. No mesmo espaço, decorreu no início de agosto o 21º Acampamento Regional (Acareg) da Região Escutista de Leiria-Fátima, com a presença de 1.500 jovens, reunidos sob o lema “Sim-

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p Os escuteiros prestaram serviços à comunidade plesmente Escuteiro”. No final desta semana intensa de atividades, a quinta foi deixada tal qual foi encontrada, cumprindo um dos pressupostos da iniciativa, que se realiza de quatro em quatro anos.

Nos últimos fins de semana anteriores à, dirigentes e escuteiros de agrupamentos da região ajudaram a preparar o espaço, sob o comando do chefe Vítor Moreira (responsável pelas infraestruturas de campo).


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Opinião s Crónicas do passado

A Babilónia No início do segundo milénio antes de Cristo, a Babilónia assistiu à chegada dos semitas ocidentais, os amorreus, que se fixaram nas margens do rio Eufrates, a vinte quilómetros de Kish. Cidade tão falada na Epopeia de Gilgamesh, devido a ser o Reino do seu rival Aga. O deus da cidade passa a ser Marduk, mas continuaram-se a respeitar os antigos deuses sumérios. A Cidade era rica na agricultura, por esta razão tinha um sistema complexo de redes de canais, a água prevalecia. Tinha falta de madeira, pedra e outros recursos minerais, razão que poderá ter sido favorável à

busca de territórios mais ricos. Como Elam que dispunha de: prata; ouro; cobre; e estanho em abundância. Os semitas conquistaram a Cidade denominada de Babilla, que desde logo rebatizaram de Bábilim, ou seja “Porta de Deus”. As muralhas continham oito portas, com decorações majestosas. Centrava-se ao pé do rio Eufrates. A Cidade chegou a ter cinquenta torres e mil templos. O templo dedicado a Marduk, o Zigurate, tinha a altura de noventa metros. A muralha alcançou entre oitenta a cento e vinte metros de altura no reinado de Naboconodosor II, no sécu-

lo VII a. C. A Babilónia é o maior exemplo para definir a cidade suméria. A muralha é mitificada por vários cronistas. Heródoto deu as seguintes dimensões: oitenta quilómetros de perímetro; cento e vinte metros de altura; e com cem portas de bronze. Esta muralha principal era cercada por um fosso onde corria o rio Eufrates. O primeiro Xeque chamava-se Sumuabum, conquistou as cidades de Kazallu e de Dilbat e fortificou a Cidade de Babel. Mas Babel só se consolidou definitivamente no reinado do seu sucessor Sumulailu, através das vitórias contra os seus vizinhos,

possíveis ameaças. Terminou a construção da muralha, o “grande muro”. O seu filho Sabum construiu o grandioso templo de Babel, dedicado a Marduk. Awilsin e Simmuballit, seu filho e neto, respetivamente, prolongaram o trabalho da família e consolidaram a força da Cidade, até nascer Hammurabi, que alcançou o apogeu da Cidade de Babel, desejado pelo primeiro Xeque amorrita. Hammurabi era filho de Simmuballit, subiu ao trono no ano de 1792 a. C. As suas primeiras conquistas centraram-se nos anos de 1782 a. C e 1781 a. C. Como nos

delegam as conquistas da Cidade de Malgum, na região do rio Tigre, no ano seguinte toma as cidades de Rapiqum e Salihi no rio Eufrates. Criou o Código de Hammurabi, ao qual Jean Bottéro batizou, “Tratado cientifico da arte de julgar“. O título dado a Hammurabi e aos reis da época era “grande príncipe“ ou “mensageiro supremo“. Para além de um estratega e guerreiro ímpar, Hammurabi era um exímio administrador. Conservou os canais do curso do rio Eufrates e tomou medidas de avanço agrícola e comercial.

Francisco Oliveira Simões Historiador

s Tesouros da Música Portuguesa

O Ser Maior dos Delfins O místico, enquanto lado oculto ou misterioso da existência, está presente em todo o ser humano. Mesmo aqueles que negam uma realidade suprassensível, têm vida espiritual, já que nenhuma alma se satisfaz com a mera materialidade. Realiza assim a tendência de procurar uma vida interior, em que o próprio se entrega a um poder superior. As palavras misticismo ou místico evocam a ideia de qualquer coisa de secreto, que escapa mais ou menos à razão clara e não pode ser divulgado ou expresso com evidência. O mistério da vida, as dores do crescimento do ser humano, de um golfinho que se torna homem, são tema precisamente do triplo álbum intitulado Ser Maior - Uma História Natural que os Delfins lançaram em 1993. Os Delfins de Miguel Ângelo e Fernando Cunha eram a banda pop por excelência da década de oitenta do século XX, criadora de

álbuns clássicos como Libertação, de 1987, ou U outro Lado Existe, de 1988. Depois de um trabalho polémico como foi Desalinhados, de 1990, poucos esperariam o grandioso capítulo seguinte que a banda haveria de escrever. Isso teve muito a ver com a entrada no grupo de Pedro Ayres de Magalhães, antigo músico dos Heróis do Mar e membro fundador dos Madredeus. Pedro Ayres não só tomou temporariamente o lugar do baixista Rui Fadigas, como trouxe para o seio dos Delfins uma série de ideias e conceitos que sempre lhe foram caros e que já estavam presentes nas canções que havia composto para os Madredeus. Em 1992 começou, pois, a desenhar-se uma obra repleta de misticismo que evocava os rituais iniciáticos da serra de Sintra e os mistérios e lendas da orla costeira da Arrábida. Contando com a assistência na produção de Jonhatan Miller, surgiu à luz do

dia um dos mais brilhantes discos conceituais da História da música portuguesa. A profundidade das letras da sua poesia, em canções como Ser Maior, A Estrela da Vida, Alto na Serra e, principalmente, Novos Rumos, da autoria de Pedro Ayres de Magalhães, onde se canta sobre a procura da força primeira, de um Deus Verdadeiro (O Salva-

dor), faz com que este disco se demarque em certa medida do rumo que os Delfins tinham traçado até aí. Porque, na realidade, quase se trata de um álbum de rock progressivo, construído em redor de uma temática que celebra os mistérios da vida, culminando com a subida à Serra, seguindo a luz que o delfim viu em sonhos. Durante o

percurso do delfim, acompanhamos a sua travessia, de norte a sul sempre junto ao mar, entrevendo revelações e segredos escondidos; sentimentos mais fortes do que a razão, porque o sentido da vida não o sabe explicar. Evidentemente, que tudo isto obedece a uma teatralidade transposta depois para um espetáculo multimédia, mas que nunca perde de vista a iconografia ligada ao delfim ou golfinho, que significa o amor; nem se afasta muito da mitologia grega em que o delfim é o símbolo de Apolo, a luz que dissipa as trevas e desanuvia o céu sobre o oceano. O delfim em si é o símbolo de Neptuno, o deus do mar, e nós sabemos quanto Pedro Ayres de Magalhães tem escrito acerca do mar para o reportório dos Madredeus. Não obstante a complexidade do trabalho discográfico em análise, não podemos omitir que ele também inclui alguns hinos típicos da pop, como

Por João Pedro Matos

são Ao Passar um Navio, A Queda de um Anjo ou 1ª Canção d’Amor. Vinte e Cinco anos sobre a sua publicação, há já algum tempo que o álbum mereceu uma reedição que possibilita que ele possa ser descoberto por um auditório mais jovem, auditório que talvez desconheça que este disco foi apresentado num concerto ao vivo para 40 mil pessoas, ainda hoje um feito notável para uma banda nacional.


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Câmara municipal acusa EDP de querer cobrar eletricidade a mais m Elétrica diz que se verificou apenas uma correção dos valores faturados no primeiro trimestre deste ano

A Câmara da Batalha protestou junto da EDP o valor que a elétrica pretendia cobrar pela eletricidade consumida no segundo trimestre do ano no concelho e a empresa terá “reconhecido erros na faturação”. A autarquia revelou, em comunicado divulgado no final de agosto, que “no âmbito do processo interno de controlo de faturação e consumos da iluminação pública, relativos ao segundo trimestre, identificou situações graves de duplicação de valores faturados por parte do fornecedor EDP”. “Esta situação é absolutamente incompreensível,

nomeadamente dada a expressão do valor em causa, superior a 300 mil euros, e mais grave se torna quanto é exigível à EDP a validação prévia de consumos e faturação, como forma de evitar a faturação irregular”, refere o município, que devolveu a faturação e “está a ponderar proceder a queixa formal junto da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)”. Entretanto, a 30 de agosto, no dia seguinte ao protesto público do município, o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos, atualizou a situação. “A resposta entretanto obtida e após muita insistência junto da administração da EDP, confirma as irregularidades na faturação da iluminação pública na Batalha (e em quase uma centena e meia de municípios!)”. O autarca questiona: “Será que todos identificaram o problema?”, adiantando que “importa acautelar situações futuras e exigir um rigoroso controlo de

p Em causa valor faturado pela iluminação pública no concelho consumos e faturação de energia”. Mas, uma fonte oficial da EDP garantiu ao jornal Região de Leiria que “não existiu qualquer dupla fatura-

ção, mas antes uma correção dos valores faturados no primeiro trimestre de 2018”. A elétrica garante estar “a acompanhar atentamen-

te o caso”, assegurando ter “já prestado todos os esclarecimentos necessários” ao município, explica o jornal, adiantando que, segundo a EDP, a situação resulta de

Investidos 1,2 milhões em estradas e saneamento A Câmara da Batalha anunciou no final de agosto a realização de investimentos em obras em estradas e na construção da rede de águas residuais domésticas, no valor de 1,2 milhões de euros, 526 mil euros dos quais relativos à melhoria das rodovias. Os trabalhos incluem o acesso ao concelho de Leiria (rua das Hortas – Andreus), ruas Padre José Frazão, do Ribeirinho, Casal Benzedor, do Moinho e estrada da Raposeira, bem como reparações e pavimentações noutras estradas complementares.

Estas pavimentações integram a construção da rede de águas residuais domésticas (saneamento) e a execução de infraestruturas em baixa do concelho, que integra parte dos lugares de Colipo, Casal do Alho, Picoto, Cividade, Golpilheira e Bico Sacho, da freguesia da Golpilheira. As intervenções visam o fecho de malha, recolha e condução de águas residuais domésticas do sistema Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Norte - Coimbrão, destino final dos efluentes. Estão também previstos

trabalhos na rede de saneamento dos lugares da Corga, Santo Antão e Faniqueira, na freguesia da Batalha. O investimento global ascende a 1,2 milhões de euros, cofinanciado pelos fundos europeus. “Há mais de 50 anos que os moradores reivindicavam esta obra. Trata-se de uma necessidade básica e de uma melhoria ambiental para todo o concelho, e que junta a requalificação da rede viária que estava bastante degradada com as obras”, considera o presidente da câmara municipal, Paulo Batista Santos.

p A freguesia da Golpilheira é uma da beneficiadas

“uma correção dos valores faturados no primeiro trimestre de 2018 para refletir alterações ERSE, com respetiva emissão de notas de crédito no valor inicialmente faturado e posterior emissão de novas faturas”. O município “alerta os consumidores em geral para verificarem as suas faturas e consumos da entidade EDP” e garante que “realiza um controlo regular dos consumos energéticos e da faturação de todos os fornecedores, o que permite com alguma facilidade identificar situações irregulares”. No entanto, Paulo Batista Santos admite que “existam outras situações de entidades públicas, empresas ou consumidores individuais em que subsistem erros, pelo que é muito importante todos estarem sensibilizados para situações idênticas de sobrefaturação, contando para o efeito com o apoio da câmara municipal”.


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Família da Batalha é a primeira a fazer o caminho Braga-Santiago m Jorge Novo, presidente da associação humanitária dos bombeiros voluntários do concelho, caminhou durante 10 dias com a mulher e o filho pelo Caminho da Geira Romana e dos Arrieiros

Uma família residente na Batalha foi a primeira a percorrer o Caminho da Geira Romana e dos Arrieiros, que liga Braga a Santiago de Compostela, na distância de 240 quilómetros. O filho, de 13 anos, foi o mais jovem peregrino a fazer o percurso até hoje. A família partiu de Braga no dia 16 de agosto e chegou a Santiago de Compostela após 10 dias a caminhar, ou seja, uma média de 24 quilómetros por dia. O professor Jorge Novo, de 53 anos, considera que “de todos os os 13 caminhos que fez este é sem dúvida o que se destaca nas paisagens naturais, pela sua beleza e estado natural”. Para Jorge Novo, também presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha, que caminhou na companhia da mulher, a empresária Lurdes Nunes, de 49 anos; e do filho, António

Novo, de 13 anos, estudante; “é também um mergulhar na história ao passar na geira romana, recebendo a partilha histórica dos antepassados”. “O caminho não é fácil para quem não estiver preparado, dado que não existem muitos pontos de abastecimento/paragem. Este caminho ainda não tendo albergues, também não tem os chamados turigrinos. É realmente o melhor caminho”, destacou o peregrino. O jovem António Novo reconhece as dificuldades e as virtudes do trajeto: ”Apesar de já ter feito cinco caminhos, começando aos nove anos, este é o percurso mais difícil, mas é também o mais rico em história e paisagens naturais.” Para Lurdes Nunes, as “paisagens espetaculares, principalmente o troço da geira romana, a mata da Albergaria, a paisagem lunar até Castro Laboreiro” me-

recem destaque. “É um caminho duro e desafiante, por não estar marcado, o que obriga a andar com o GPS na mão. Não há locais onde se possa reabastecer, beber um café ou comprar algo, o que obriga a um esforço extra para transportar alimentação e água”, constata a peregrina. “Em todo o caminho, o som da água a correr acompanha-nos, bem como muitas borboletas, insetos, aves. Isto é até ao momento, pois nunca se sabe o que o caminho nos reserva amanhã”, adianta a empresária, que chegou no dia 25 de agosto com a família à Praça do Obradoiro, em Santiago de Compostela. O Caminho da Geira Romana e dos Arrieiros (também conhecido como Caminho Jacobeu Minhoto Ribeiro) foi percorrido em 2017 por cem pessoas, estimando-se que o número cresça no corrente ano.

A Associação Codeseda Viva e a Associação do Caminho Jacobeu Minhoto Ribeiro coordenam a investigação histórica e patrimonial do traçado e sobre outros recursos necessários à validação deste caminho, um trabalho iniciado em 2009 que pretendem ver reconhecido com a sua homologação até ao Ano Santo Jacobeu de 2021.

s registo Etapas 1: Braga – Caldelas 2: Caldelas – Campo do Gerês 3: Campo do Gerês – Portela do Homem – Lobios 4: Lobios – Castro Laboreiro 5: Castro Laboreiro – Cortegada 6: Cortegada – Beran 7: Beran – Beariz 8: Beariz - Codeseda 9: Codeseda – A Ramallosa 10: A Ramallosa – Santiago de Compostela

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s Espaço do Museu

Batalha: a alma da vila turística Afonso Lopes Vieira, o poeta e “filho adotivo” da Batalha, referiu-se a esta vila e ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória como o local “onde mais pátria há”, inspirado pela beleza e magnitude do monumento mandado construir por D. João I, após a vitória da Batalha de Aljubarrota em 1385. O lugar onde a obra cresceu durante quase dois séculos trouxe novos habitantes àquela que era uma terra de ninguém, atraindo visitantes de todo o mundo. Hoje, a Batalha recebe milhares de visitantes que vêm conhecer o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, classificado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO desde 1983. Em 2017, o Mosteiro da Batalha foi o monumento mais procurado fora de Lisboa, tendo registado 492.093 turistas, dos quais

cerca de 80% eram estrangeiros (dados consultados na página web da DGPC em: www.patrimoniocultural.gov.pt). O aumento de visitantes tem-se vindo a verificar nos últimos anos, associando-se ainda ao facto de a Região de Turismo do Centro estar “na moda”, seja pelas distinções que lhe vêm sendo atribuídas, seja por acontecimentos atrativos (recorde-se, por exemplo, a vinda do Papa Francisco). Mas é também evidente a aposta dos equipamentos culturais na sua preservação e nos eventos culturais. Na Batalha, assinalam-se os projetos ligados à preservação do monumento. O investimento na instalação de uma barreira na zona frontal pretende minimizar os efeitos causados pelo trânsito da variante do IC2, antiga estrada nacional

n.º1 (EN1). A obra pretende proteger o monumento do ruído, das vibrações e do dióxido de carbono que diariamente é libertado por milhares de veículos. Em 2018, o Ano Internacional do Património Cultural, destaca-se pela programação cultural que tem tido lugar na Vila, com concertos, exposições, congressos, apresentações de livros, entre muitas outras iniciativas. À sombra do Mosteiro nasceu e cresceu a povoação que tem nome de Batalha e que recebeu título de vila e sede de concelho em 1500 por D. Manuel I. A vila que se desenvolveu, que se desmoronou pelo terramoto de 1755 e pelas invasões napoleónicas e que se reergueu procurou manter-se bonita para si mesma e para os outros. Entre línguas estrangei-

ras, entre selfies e souvenirs, entre hotéis e excursões, circulam as mulheres e os homens que aqui nasceram e cresceram; conversam os “chucha-rolhas”; recordam as várias “caras” que a vila teve os habitantes orgulhosos defensores e difusores da sua história; permanecem nas pequenas ruas e vielas os nomes de artistas, políticos, militares, médicos e outras figuras marcantes na Batalha. No coração da vila, instala-se o Museu da Comunidade Concelhia, projeto da iniciativa do Município

da Batalha, inaugurado em 2011, que envolveu investigadores os munícipes. Ergue-se no edifício com uma história de serviço à comunidade batalhense - a antiga sede da Caixa de Crédito Agrícola. O Museu mostra aos visitantes de outras paragens a história de um território com milhões de anos, através de objetos oriundos de todo o concelho. Um museu que, nas palavras de Hugues de Varine, antigo diretor Conselho Internacional dos Museus “permite devolver aos habitantes uma

identidade própria, uma história a um património que estavam obscurecidos pelo Mosteiro da Batalha, um monumento inscrito no Património da UNESCO que atrai multidões de turistas”. Na Batalha, onde a história se constrói todos os dias, o Museu pode ser visitado de quarta-feira a domingo. Nos primeiros domingos do mês, os residentes e naturais do concelho contam com entrada gratuita.

cola à universidade. Antes de Kadafi: apenas 25% dos líbios eram alfabetizados. Durante a sua governação e até 2010, 83% eram alfabetizados. 06. Agricultores iniciantes recebiam terra, casa, equipamentos, sementes e gado, gratuitamente. 07. Na compra de automóvel, o estado contribuía com subvenção de 50%. 08. O preço de gasolina, o litro: 0,10 Euro. 09. Faltando emprego após a formação profissional, o estado pagava salário médio da classe até conseguir a vaga desejada. 10. A Líbia não tinha dívida externa - as suas reservas eram de U$ 150 biliões (dólares). Após a ocupação os valores foram retidos ou desviados pelos bancos estrangeiros, incluindo investimentos em bancos estran-

geiros e reservas em ouro. 11. Kadhafi construiu o projeto GMMR (O Grande Rio Artificial), transportando água dos lençóis subterrâneos do Rio Nilo para irrigar as principais cidades do país, agricultura e parte do deserto. Entretanto, com a aplicação da “primavera árabe”, crê-se que a Líbia sofrerá um atraso de muitas décadas mas, olá!, os desinteressados governos dos EUA, da França e da Inglaterra agora vendem muito mais armas e vão passar a sugar o petróleo e o gás natural desta tal Líbia por mais algumas boas décadas. Como se vê, tudo boa gente!”... NBC

Município da Batalha Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

s Notícias dos combatentes

As migrações: inocentes e culpados De há décadas a esta data que as migrações massivas de gente, especialmente oriunda de África e Médio Oriente, vêm constituindo um sério problema para o dito “mundo ocidental”, com particular ênfase no continente europeu. As migrações africanas, salvo algumas exceções, são devidas, em especial, à ganância e à corrupção, que levam as desigualdades sociais a um patamar desumano, no mínimo; enquanto as geradas no médio oriente terão maioritariamente origem em guerras fratricidas, tendo em vista a obtenção do poder, a hegemonia religiosa, a ganância pelo lucro a qualquer custo e afins, sendo estas as migrações que mais apreensões vêm causando nas democracias ocidentais. Paradoxalmente, este fenómeno

é, em grande parte, provocado por decisões tomadas por estas “democracias”, entre as quais se têm destacado os Estados Unidos da América, a Inglaterra e a França. Basta recuarmos a 2003 e lembrarmo-nos do que aconteceu no Iraque, com o embuste das armas de destruição massiva e as suas consequências para a população local. Ou, ainda mais próximo (2011) e com reflexos até aos nossos dias, com a “estória” da “primavera árabe” em que, mais uma vez e a pretexto de ajudar as populações “oprimidas” por regimes árabes vigentes, algumas democracias ocidentais, de novo com aqueles três países à cabeça, fizeram eclodir revoltas em vários territórios, designadamente no Egito, Tunísia, Líbia e Síria.

O preço pago pelas populações, especialmente em perda de vidas e desestruturação social, tem sido medonho e o grosso dos migrantes árabes vem maioritariamente destes dois últimos países, com a agravante de, por certo, uma boa percentagem dos mesmos entretanto ter sido doutrinada e radicalizada, em termos de ideologia e religião, com as consequências que vários países europeus têm sentido na pele. Sobre a “miséria” em que as populações destes países viviam e que também serviu de pretexto para a intervenção dos “democratas”, permitimo-nos citar excertos de um artigo, que julgamos fidedigno, há tempos publicado pela revista suíça “Schweiz Magazin”, acerca da Líbia, sob o título “So grausam war Gaddafi” (Ka-

dafi foi assim tão cruel?), enumerando as “crueldades” deste para com o seu povo: Eis alguns dos “sofrimentos” que o tirano (segundo os media ocidentais) provocou durante quatro décadas: “01. Não havia conta de luz na Líbia, porque a eletricidade era gratuita para todos. 02. Créditos bancários, dos bancos estatais, eram sem juros (para todos, por lei expressa). 03. Casa própria era considerada direito humano, universal, e o governo fornecia uma casa ou apartamento para cada família. 04. Recém casados recebiam US$ 50.000,00 (dólares) para comprar casa e iniciar a vida familiar. 05. Educação e saúde eram gratuitas, da pré-es-


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Câmara disponibiliza bolsas para estudantes carenciados p As candidaturas estão abertas até 15 de outubro

m No ano letivo passado beneficiaram desta medida 50 alunos, tendo a autarquia disponibilizado 30 mil euros para este apoio

Os alunos do ensino superior podem candidatar-se até 15 de outubro às bolsas de estudo para o ano letivo de 2018-2019. No ano letivo passado beneficiaram desta medida 50 estudantes carenciados, tendo a autar-

quia disponibilizado 30 mil euros para este apoio às famílias do concelho. “A atribuição de bolsas de estudo a estudantes do ensino superior que registam carência económica expressa o forte empenho

da autarquia em proporcionar-lhes e às respetivas famílias, auxílios financeiros bastante significativos”, refere o presidente da autarquia, Paulo Batista Santos. O requerimento e o formulário de candidatura, de-

pois de devidamente preenchidos, devem ser entregues nos paços do concelho, acompanhados dos documentos comprovativos das condições de acesso à bolsa. Os documentos necessários encontram-se disponí-

veis no site do município. Para qualquer esclarecimento, poderá ser contactado Gabinete de Desenvolvimento Social do Município da Batalha, telefone 244 769 110 e e-mail redesocial@ cm-batalha.pt

Programa de voluntariado mobilizou 150 jovens

António Caseiro

Mestre em Fiscalidade Pós-Graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

ALOJAMENTO LOCAL p Câmara prevê estender o programa a novas áreas O Programa Municipal de Voluntariado Jovem envolveu durante três meses 150 jovens, que realizam diferentes tarefas de apoio às instituições locais, bombeiros, serviços municipais e apoio no canil municipal. O programa, que decorreu entre julho e 14 de setembro, é promovido pelo Município da Batalha, em parceria com as instituições sociais locais e os bombeiros, com “o objetivo de pro-

porcionar aos jovens residentes no concelho uma experiência de voluntariado e de participação cívica”. Os jovens, com idades compreendidas entre os 14 e os 25 anos, puderam optar por realizar uma atividade voluntária durante um período pretendido, nas seguintes áreas: apoio a idosos e crianças, saúde, biblioteca, cultura/património, turismo, loja social e canil municipal.

“O sucesso do programa releva bem a generosidade e dinâmica dos jovens, constituindo uma aposta ganha e para reforçar no futuro”, afirma o presidente do município. “Para o próximo ano, estamos a ponderar alargar as atividades de voluntariado a ações de prevenção e promoção da natureza e floresta”, adianta Paulo Batista Santos.

Centro Comercial Batalha, 1º Piso, Esc 2, Edifício Jordão, Apartado 195, 2440-901 Batalha Telemóvel: 966 797 226 Telefone: 244 766 128 • Fax: 244 766 180 Site: www.imb.pt • e-mail: caseiro@imb.pt


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Batalha Opinião

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Jornal da Batalha

s Fiscalidade

Alojamento Local A figura do Alojamento Local (AL), do ponto de vista jurídico até 2007 não existia. O Legislador tinha uma atividade mas não estava legalizada. Era necessário criar um conjunto exigências legais para que funcionasse. (Continuação da última edição). O registo no RNAL deve mencionar, obrigatoriamente, as seguintes informações(…): 3.4 Nome, morada e número de telefone de pessoa a contactar em caso de emergência; 3.5) Cópia simples do documento de identificação do titular da exploração do estabelecimento, no caso de este ser pessoa singular, ou indicação do código de acesso à certidão permanente do registo comercial, no caso de este ser pessoa coletiva e 3.6 Cópia simples da declaração de início ou alteração de atividade do titular da exploração do estabelecimento para o exercício da atividade de prestação de serviços de alojamento correspondente à secção I, subclasses 55201 ou 55204 da Classificação Portuguesa de Atividades Económicas,apresentada junto da Autoridade Tributária e

Aduaneira (AT). O titular da exploração do estabelecimento é obrigado a manter atualizados todos os dados comunicados, devendo proceder a essa atualização no BUE, no prazo máximo de 10 dias após a ocorrência de qualquer alteração. A cessação da exploração do estabelecimento de alojamento local é comunicada através do BUE no prazo máximo de 60 dias após a sua ocorrência. O titular da exploração do estabelecimento está dispensado da apresentação dos documentos previstos no presente decreto-lei e que estejam na posse de qualquer serviço e organismo da Administração Pública, quando der o seu consentimento para que a CM proceda à sua obtenção através da Plataforma de Interoperabilidade da Administração Pública (IAP). Os estabelecimentos registados como AL até à data da entrada em vigor da presente lei, dispõem do prazo de um ano para atualizarem a respetiva inscrição no RNAL, nos termos das normas em vigor. Quanto à autorização e para efeitos de verificação

dos requisitos mínimos para o exercício da atividade de AL, o requerente deve entregar na respetiva CM um requerimento instruído com os seguintes documentos: a) Documento comprovativo da legitimidade do requerente; b) Termo de responsabilidade, passado por técnico habilitado, em como as instalações elétricas, de gás e termoacumuladores cumprem as normas legais em vigor; c) Planta do imóvel, com indicação das unidades de alojamento a afetar à atividade pretendida; d) Nome e número de identificação fiscal do titular do estabelecimento, designadamente para consulta eletrónica de cadernetas prediais e f) Declaração sob compromisso de honra, subscrita pelo titular da exploração do estabelecimento, assegurando que, nos termos do artigo 1422.º, n.º 2, alínea d), do Código Civil, não se encontra expressamente proibida a exploração de estabelecimento de alojamento local no título constitutivo da propriedade horizontal, no regulamento de condomínio nesse título eventualmente contido ou em regulamento de condomínio ou

deliberação da assembleia de condóminos aprovados sem oposição e desde que devidamente registados. No prazo máximo de 60 dias após a apresentação do requerimento a que se refere o número anterior, a CM deve realizar vistoria ao estabelecimento para verificação do cumprimento dos requisitos necessários, sem prejuízo dos demais poderes de fiscalização que legalmente lhe assistem. Se estiver tudo de acordo com a Lei, a CM comunicará esse facto ao requerente, especificando a modalidade, a capacidade máxima, bem como o número de quartos, para efeitos do registo previsto no RNAL. A CM pode solicitar ao Turismo de Portugal, I. P., a qualquer momento, a realização de vistorias para a verificação do cumprimento do estabelecido na Lei. O título concedido pela CM é intransmissível. Nos EAL é obrigatória a afixação, no exterior, junto à entrada principal, de uma placa identificativa. Foi criado com o titulo de “estabelecimentos de hospedagem” os estabelecimentos cujas unidades de alojamento são constituídas

por quartos. Estes estabelecimentos de hospedagem podem utilizar a denominação de “hostel” se obedecerem aos requisitos na Legislação. Só podem utilizar a denominação hostel, os estabelecimentos de hospedagem cuja unidade de alojamento predominante seja o dormitório, considerando-se predominante sempre que o número de utentes em dormitório seja superior ao número de utentes por quarto. Os dormitórios são constituídos por um número mínimo de quatro camas. O número de camas dos dormitórios pode ser inferior a quatro se as mesmas forem em beliche. Os dormitórios devem dispor: de ventilação e iluminação direta com o exterior através de janela; de um compartimento individual por cada cama, com sistema de fecho, com uma dimensão mínima interior de 55cmx40cmx20cm. Os EAL devem dispor de espaços sociais comuns, cozinha e área de refeição de utilização e acesso livre pelos hóspedes. As instalações sanitárias podem ser comuns a vários quartos e dormitórios e ser mistas ou separadas por género, des-

António Caseiro Membro da Assembleia Representantes da OCC Mestre em Fiscalidade Pós-graduação em Contabilidade Avançada e Fiscalidade Licenciatura em Contabilidade e Administração

de que não separadas por género, os chuveiros devem configurar espaços autónomos separados por portas com fecho interior. A nova Lei entra em vigor 60 dias após a sua publicação.

s AMHO A Minha Horta Célia Ferreira

Aproveitar espécies antigas Nestes dias continuamos em época de colher a abundância dos nossos quintais e até em zonas selvagens. Aproveite os passeios a pé e colha umas saborosas amoras das silvas selvagens. Há uns anos comi uns pêssegos pequenos, mas deliciosos. Coloquei os caroços na terra e deixei a planta crescer em vasos e depois, quando tinham um porte já aceitável, coloquei na terra no início da primavera, num local que não tem rega.

Este ano as árvores (ainda pequenas) presentearam-me com uns frutos deliciosos, de calibre pequeno, mas com muita essência. Não foram tratados, nem podados, nem regados. O mesmo está a acontecer com umas videiras que trouxe de uma casa antiga. Isto porque se trata de plantas antigas, que queria manter. Gosto de ter o quintal quase em modo de auto-regeneração e parece que é possível. Hoje colho pês-

segos e uvas que não trato, apenas colho. Se tiverem oportunidade de ter acesso a árvores antigas, não desperdicem e aproveitem ao máximo para as propagar. Aproveito e informo que no próximo dia 29 deste mês, entre as 15 e as 18 horas, no espaço do clube desportivo da Martingança, haverá uma troca de sementes. O que se pretende é partilhar a abundância que a natureza nos oferece. Eu levarei caroços

destes pêssegos. Hortícolas para semear e/ou plantar ao ar livre: agriões, aipo, acelgas, alface de inverno, brócolos, cenouras, cebolas, cenouras, coentros, Couves várias, coentros, espinafres, ervilhas, favas, nabos, nabiças, rabanetes, rúcula, salsa. Jardim, semear: amores-perfeitos, cravos, gipsófilas, calêndulas, miosótis, papoilas. Em bolbo: jacintos, narcisos e tulipas. Dicas de preparados ca-

seiros para a horta. Contra oídio/ míldio: triture 1kg. de alho em 3 lt. de água (se possível da fonte) e 1 lt. de álcool, deixe macerar por 24 horas, de seguida coe e reserve. Use 1 lt. deste preparado para cada 20 lt. de água. Aplicar preventivamente ou em plantas já infetadas, com 15 dias de intervalo entre a 1ª e a 2 ª aplicação. Macerado de folhas de ano de bardana: coloque num recipiente folhas de bardana, cubra de água e

deixe repousar por alguns dias, coe o preparado e pulverize com ele as plantas atacadas como preventivo diluído a 2% e como curativo diluído a 10-20%. Na horta posso cultivar bons alimentos e bons sentimentos! Boas colheitas.


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Economia Batalha

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Economia

Empresas entre as que pagam os melhores salários do distrito Remuneração base média mensal Concelho Posição geral Marinha Grande 12 Leiria 44 Batalha 72 Porto de Mós 86 Óbidos 94 Alcobaça 104 Pombal 115 Caldas da Rainha 117 Peniche 150 Bombarral 163 Nazaré 187 Castanheira de 189 Pera Figueiró dos Vinhos 221 Ansião 245 Pedrógão Grande 255 Alvaiázere 294

Total 2015 2016 990,90 1.003,40 833,20 850,40 780,90 804,90 780,10 786,30 778,50 778,50 746,50 771,50 754,70 766,20 754,60 765,60 731,30 740,10 709,40 727,10 694,80 710,40

Homens 2015 2016 1.101,50 1.121,90 911,30 926,30 849,90 872,20 836,10 841,90 839,10 839,50 812,40 844,80 808,90 817,80 820,10 826,60 815,50 812,10 752,50 759,50 755,50 769,90

Mulheres 2015 2016 797,30 804,10 731,20 750,60 676,70 708,40 702,90 711,80 709,40 711,70 675,00 690,30 682,60 696,20 692,90 707,60 653,50 667,70 665,70 691,70 646,70 663,30

799,90

709,40

877,20

797,00

756,50

650,90

662,10 670,60 651,40 632,70

691,40 680,30 675,20 646,00

690,00 714,10 655,60 641,50

717,30 714,50 684,20 656,30

635,50 624,30 646,30 618,40

666,80 645,60 665,20 628,90

Fonte: Pordata. Trabalhadores por conta de outrem. Valores em €

m Os trabalhadores por conta de outrem do concelho da Batalha recebem 805 euros de ordenado base e ficam apenas atrás da Marinha Grande e Leiria Os trabalhadores por conta de outrem do Concelho da Batalha auferem o terceiro melhor salário base do distrito de Leiria - apenas atrás da Marinha Grande e Leiria - , com um valor de 805 euros, mas, ainda assim, abaixo da média nacional de 922 euros, segundo os dados estatísticos mais recentes, referentes a 2016. Segundo a Pordata, a base de dados de Portugal contemporâneo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, as mulheres continuam a receber em média menos do que os homens. No caso da Batalha, a diferença é de 164 euros, próximo do resultado nacional (156 euros), mas muito longe da média distrital (121 euros). As estatísticas sobre a

“Remuneração base média mensal dos trabalhadores por conta de outrem”, divulgadas no dia 7 deste mês, revelam que um homem empregado na Batalha recebeu 872 euros por mês em 2016, enquanto uma trabalhadora auferiu 708 euros. No total, o concelho é o 72º melhor do país em salário base. Em dois anos, de 2015 para 2016, as remunerações base subiram 24 euros na área do município. No caso dos homens evoluíram 22 euros e no das mulheres 32 euros. Estes resultados superam os verificados nas regiões do Centro, Tejo e Oeste, com exceção dos referentes às mulheres. No entanto, neste período, as empresas do concelho foram aquelas que mais aumentaram as mulheres e ficaram na terceira posição na estatística global, ou seja, incluindo também os homens. Na primeira posição da região encontra-se o Concelho da Marinha Grande, com um salário base médio de 1.003 euros, acima da média nacional de 922

euros. Na segunda posição surge o concelho de Leiria, que apresenta um ordenado mais baixo 153 euros e, no último lugar do pódio está o município da Batalha, com menos 198 euros. O concelho cai para a quinta posição do distrito na remuneração paga às mulheres, sendo ultrapassado Porto de Mós e Óbidos, que pagam mais três euros cada um. No lado oposto da tabela encontram-se três concelhos do norte do distrito: Alvaiázere, onde cada trabalhador recebe menos 357 euros do que na Marinha Grande; Pedrógão Grande, menos 238 euros e Ansião, menos 323 euros. O concelho de Alvaiázere está na 294ª posição do ranking dos 308 municípios. No primeiro terço da tabela nacional, ou seja, aqueles onde as empresas pagam melhor, encontram-se apenas a Marinha Grande, Leiria, Batalha, Porto de Mós e Óbidos. Na média geral dos 16 municípios do distrito de Leiria, o salário base foi de 757 euros, registando-se uma

evolução positiva de 2015 para 2016 de 8,67 euros, com as mulheres a auferirem aumentos de 9,45 euros (para 691 euros), enquanto os salários dos homens subiram 7,76 euros (813 euros) - um sinal de convergência, apesar dar trabalhadoras da região continuarem a receber menos. Os três concelhos que melhor pagam acumulam também a maior diferença salarial entre homens e

mulheres: 164 euros na Batalha e 318 euros na Marinha Grande, com Leiria a registar 176 euros. Por oposição, as diferenças menores notam-se nos municípios onde as remunerações são mais baixas (em Pedrógão Grande é de 19 euros). A região de Leiria apresenta salários base pagos a homens e mulheres abaixo da média nacional, que são, respetivamente, de 994 e 838 euros. As empresas de

Alcochete são as que melhor pagam (2.059 euros). O município de Sátão apresenta o pior valor (618 euros). No contexto da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (10 municípios do centro e norte do distrito), a estatística aponta outra realidade e a Batalha fica abaixo dos valores médios, que são os seguintes: total 840 euros, homens, 917 euros e mulheres 735.


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Saúde A gripe: o que é e como se manifesta? A gripe é uma doença respiratória contagiosa causada por um tipo de vírus, o Influenza. Os sintomas habituais incluem febre ou arrepios, tosse, dor de garganta e dores musculares, por vezes em todo o corpo. É normal também o aparecimento de dores de cabeça, nariz entupido e cansaço intenso. Os sintomas tendem a surgir subitamente, e não gradualmente. Como se transmite e como o posso evitar? Com a tosse, o espirro, ou através da fala, o vírus pode espalhar-se através de gotículas, atingindo as pessoas que estão próximas. Também é possível o contágio através do contacto com objetos ou

superfícies que contenham o vírus, mas com menos frequência. O contágio pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas, correspondendo o período mais contagioso aos três ou quatro primeiros dias de sintomas. Aconselha-se a população a evitar contacto próximo com pessoas infetadas, a espirrar e tossir para um lenço, e a lavar frequentemente as mãos. Outra medida de extrema importância é a vacinação anual contra a gripe. Grupos de risco e complicações? Constituem grupos de maior risco pessoas acima dos 65 anos, grávidas, crianças pequenas e portadores de doenças crónicas,

que podem agravar com a gripe. A pneumonia, a otite ou a sinusite são algumas das complicações possíveis.

A vacina da gripe – a quem se destina e quando tomar? A vacinação é fortemente recomendada para:

pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, doentes crónicos (asma, diabetes e insuficiência cardíaca) e doentes imunodeprimidos, com seis ou mais meses de idade. Pode ser administrada durante todo o outono/inverno, de preferência até ao fim do ano civil. É gratuita para: pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, profissionais de saúde do SNS e bombeiros, doentes com as seguintes condições: diabetes mellitus; trissomia 21; fibrose quística; em diálise; sob quimioterapia; transplantados (ou a aguardar transplante); pessoas residentes

em lares, centros de acolhimento, cuidados continuados, e utentes com apoio domiciliário Para os restantes grupos, é possível comprar a vacina nas farmácias, com receita médica, tendo uma comparticipação de 37%. Tratamento. A maioria das pessoas não necessita de tratamento dirigido, apenas de repouso. Venha à USF Condestável vacinar-se! (Vacinação disponível durante todo o horário de funcionamento, das 8h às 20h). Cristiana Miguel Interna de MGF na USF Condestável Batalha

ACORDOS:

ADSE, PSP, ADMG, Mulicare, Advancecare, Médis, SAD-GNR, SAMES Centro, SAMS quadros, SAMS SIB, CGD, EDP-Sávida

Cirurgia a Laser, Cataratas, Miopia, Diabetes, Glaucoma, Yag, Argon, Retina, Córnea Exames complementares: OCT, Perimetria computorizada, Topografia Corneana, Microscopia Especular, Ecografia, Retinografia.........sábado - manhã Oftalmologia............................................................... Dr. Joaquim Mira............................................. sábado - manhã

Dra. Matilde Pereira........ quinta - tarde/sábado - manhã

Dr. Evaristo Castro...................................................terça - tarde

Nutricionista................................................................ Dra. Ana Rita Henriques.......................................terça - tarde Cirurgia Geral/Vascular....................................... Dr. Carlos Almeida.................................................. sexta - tarde Otorrinolaringologia............................................. Dr. José Bastos.......................................................quarta - tarde Próteses Auditivas...........................................................................................................................................quarta - tarde Terapia da Fala........................................................... Dra. Débora Franco......quinta - tarde / sábado - manhã Neuro Osteopatia /Acumpunctura............... Tec. Acácio Mariano............................................quarta - tarde (Aplicações estéticas, Terapêutica de Relaxamento, Ansiedade, Stress)

Ortoptica........................................................................ Dr. Pedro Melo.................................................. sábado - manhã

Outras Especialidades:

Medicina Dentária

Clínica Geral................................................................. Dr. Vítor Coimbra..................................................quarta - tarde Medicina Interna....................................................... Dr. Amílcar Silva.......................................................terça - tarde Urologia.......................................................................... Dr. Edson Retroz....................................................quinta - tarde

Dra. Sâmella Silva

Dermatologia.................................................... Dr. Henrique Oliveira.................................... segunda - tarde

Terça/quinta-feira - Tarde

Estética ........................................................................... Enf. Helena Odynets.............................................. sexta - tarde

Dr. Evandro Gameiro Segunda/quarta/sexta-feira - Tarde Sábado - Manhã

Cardiologia................................................................... Dr. David Durão....................................................... sexta - tarde Electrocardiogramas............................................................................................................... segunda a sexta - tarde Neurocirurgia............................................................. Dr. Armando Lopes......................................... segunda - tarde

Implantologia

Neurologia.................................................................... Dr. Alexandre Dionísio......................................... sexta - tarde

Cirurgia Oral

Psicologia Educacional/vocacional...........Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde Testes psicotécnicos.............................................. Dr. Fernando Ferreira........................... quarta/sexta - tarde

Ortodontia

Psiquiatria .................................................................... Dr. José Carvalhinho..................................... sábado - manhã

Rx-Orto

Pneumologia/Alergologia.................................. Dr. Monteiro Ferreira............................................ sexta - tarde Ginecologia / Obstetrícia..................................... Dr. Paulo Cortesão.......................................... segunda - tarde

Telerradiografia

Ortopedia...................................................................... Dr. António Andrade...................................... segunda - tarde

Próteses Dentárias

Endocrinologia.......................................................... Dra. Cristina Ribeiro........................segunda / terça - tarde

Rua da Ribeira Calva . Urbanização dos Infantes, Lote 6, r/c frente . BATALHA . Tel.: 244 766 444 . 939 980 426 . clínica_jm@hotmail.com


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Saúde Batalha

setembro 2018

Fisioterapia no domicílio

João Ramos Fisioterapeuta

Neste mês de setembro o assunto abordado é o serviço de fisioterapia no domicílio, os seus objetivos, vantagens e patologias/casos clínicos a quem se destina. A valência da fisioterapia no domicílio tem vindo a crescer no nosso país, dada a importância do contexto domiciliar para a abordagem de determinadas patologias. Felizmente, cada vez mais os pacientes e os seus cuidadores estão informados dos benefícios deste tipo de serviço e, são cada vez mais os profissionais que se dedicam a ao mesmo. Neste ambien-

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Preocupa-se com o sucesso escolar do seu filho?

te mais próximo da realidade do dia-a-dia do paciente, o fisioterapeuta elabora uma avaliação, diagnóstico e plano de tratamento. Assim é proporcionado um tratamento personalizado, no conforto do seu lar e mais vantajoso para o paciente que se encontra em situação de restrição da mobilidade no leito e/ou na incapacidade de se deslocar a uma clínica especializada para o seu caso clínico. A abordagem dos cuidados no domicílio vem exigir do profissional o desenvolvimento de um olhar mais ampliado, para que compreenda o contexto e as nuances das relações parentais, para programar uma metodologia de tratamento em conjunto com a família. A prestação de cuidados de fisioterapia é importante no aumento, ou pelo menos na manutenção, da funcionalidade dos idosos e consequentemente beneficiar

a autonomia, independência e qualidade de vida desta população. Contudo não se destina apenas à população idosa. Vantagens do serviço de fisioterapia no domicílio: não necessita de transportes, flexibilidade de horários, acompanhamento mais próximo do contexto real do paciente, maior conforto e segurança, tratamento individualizado e personalizado. Algumas das patologias acompanhadas no domicílio são: reabilitação de cirurgias ortopédicas, tal como colocação de prótese da anca ou do joelho; reabilitação de quadros clínicos neurológicos, entre eles AVC, paraplegias e petraplegias, esclerose múltipla; geriatria, reabilitação respiratória. Em caso de dúvida consulte um fisioterapeuta que informará de tudo sobre o processo de acompanhamento.

Joana Crispim Mestre em Psicologia Clínica e formada em Hipnose

É um facto de que os professores são os profissionais que estão durante mais tempo em contato com os alunos, no entanto, saiba que o sucesso escolar do seu filho não depende exclusivamente da competência destes. Quer a escola, quer a família são os pilares fulcrais para o desenvolvimento funcional da criança. Neste sentido, é importante compreender que o rendimento escolar do seu filho não depende somente das suas características biopsico-

lógicas e da sua genética, depende igualmente dos contextos em que ele está inserido no seu quotidiano. A família nuclear desempenha um dos papéis mais importantes para a sua contribuição, sendo que a podemos considerar como a fonte mais rica e por vezes a menos utilizada. É uma verdade, que na sociedade atual os pais são submetidos a uma correria do dia-a-dia de tal ordem, que por vezes, vivem a um ritmo alucinante que não lhes permite ter a disponibilidade adequada que os seus filhos requerem. Porém, tenha presente que eles podem “cansar-se” de esperar pela sua atenção. Quando os pais se envolvem genuinamente no desenvolvimento académico dos seus filhos, podem verificar diversos benefícios na relação pater-

nal nomeadamente, um aumento da sua influência; fortalecimento das redes sociais; maior informação adquirida; aumento da sua autoestima e motivação, por forma a darem continuidade ao seu próprio papel enquanto pais. Já refletiu sobre até que ponto, é que se envolve verdadeiramente no rendimento académico do seu filho?

s registo O sucesso escolar do seu filho não depende exclusivamente da competência dele. Quer a escola, quer a família são os pilares fulcrais para o desenvolvimento funcional da criança.

Clínica Dentária e Osteopática Direção Clínica: Dr.ª Ana Freitas - Medicina Dentária Dr.ª Ana Freitas Dr.ª Silvia Eleutério

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Batalha Atualidade

setembro 2018

Jornal da Batalha

Património Os instrumentos musicais do pórtico do Mosteiro (II) Aliás, serão dois assuntos a que vou referir-me na secção deste mês. O primeiro ainda relacionado com os instrumentos musicais do pórtico principal do Mosteiro, tentando enriquecer com novas informações o que disse no mês passado, e o segundo voltando a uma velha questão: a da pedra de armas do Infante D. Henrique esculpida na lateral do seu túmulo. Na segunda arquivolta do pórtico, a contar de dentro, recordo, estão esculpidos doze instrumentos, que chamarei medievais, mas dado que três se repetem, o saltério uma vez, o órgão portativo duas vezes e a viola de arco (violino ou rabeca) uma vez, reduz-se a oito os instrumentos figurados. E porquê oito, havendo espaço para muitos mais? Possivelmente por serem os instrumentos, pensar-se-á, mais vulgares naquele princípio do século XV, mas eu creio que para se representar ali a Corte Celestial teriam de ser escolhidos os que se utilizavam noutra Corte, uma corte terreal mas a que, segundo o que se pensaria na época, mais se aproximava da Corte Divina. Serão pois, julgo, essencialmente instrumentos de salão, não obstante alguns, como seria inevitável, terem passado para o domínio popular. Na min ha constante inquirição das coisas do Mosteiro tenho tido, além da compreensão e do apoio do director Dr. Joaquim Pereira Ruivo, espírito de extraordinária elevação, a colaboração do Luís Matias Ceiça, invulgar sensibilidade, um guardião moderno dos tesouros do monumento. Ora foi ele que me chamou a atenção para uma singular (e não serão todas singulares?) gárgula da ordem debaixo das gárgulas, na parede norte das Capelas Imperfeitas,

curiosa figura de mulher, de boca escancarada como quem canta e tangendo um estranho instrumento de cordas em que a vulgar boca do tampo é substituída por pequenos buracos redondos. O cravelhal é de tal maneira inclinado que forma um ângulo recto com o braço do instrumento. Aparenta seis cordas, e tem algumas semelhanças com a mandola do pórtico, como terá também semelhanças com a viola de cocho, das regiões pantaneiras do Brasil, de que aqui falei no número de Agosto, vindo a propósito lembrar que a vinda à Batalha, anos atrás, do etnomusicólogo brasileiro professor Abel Santos se ficou a dever à recomendação do maior etnomusicólogo português da actualidade, Dr. José Alberto Sardinha, autor duma vasta e completíssima obra, de que sobressai, com especial interesse para nós, batalhenses e estremenhos, o notável livro “Tradições Musicais da Estremadura”, com preâmbulo do saudoso compositor Fernando Lopes-Graça. Esta volumosa edição contém além de notabilíssimos estudos do Dr. Alberto Sardinha, as partituras da sua recolha, uma resenha dos seus informadores ilustrada com as respectivas fotografias e três discos compactos. Para além dos doze anjos músicos do pórtico conventual, há no Mosteiro pelo menos mais três figuras tangendo instrumentos da época: um anjo com mandola, no transepto, outro anjo também tangendo mandola no canto noroeste do Claustro Real, junto ao refeitório conventual (hoje Museu da Liga dos Combatentes) e à passagem para o Claustro de D. Afonso V, e agora a gárgula música, cuja imagem, obtida pelo Luís Ceiça, se reproduz neste apontamento.

Logo que possível, desde que consiga obter mais informações, voltarei a este cativante assunto das figuras, angelicais todas menos uma, que tangem instrumentos musicais medievais. Há bastantes anos, fiz algumas considerações sobre a heráldica inscrita nos túmulos da Capela do Fundador, chamando a atenção para o que parecia, e parece, estar errado nalguns deles. Não sendo eu heraldista, pedia então e continuo a pedir, a intervenção dos heraldistas para se apurar a verdade, e no caso de os haver para se emendarem os erros.

Como distintivo da sua posição na Corte, os filhos segundos dos reis, os denominados infantes, ostentavam na sua perda de armas o lambel ou banco de pinchar, sendo esta a designação mais antiga, uma barra estreita a encimar o escudo com, normalmente, três pendentes onde se desenhavam os sinais que os diferenciavam. Eis alguns exemplos: O Infante D. Pedro tinha como diferença dois arminhos, o Infante D. Henrique três flores de Lis e o Infante D. João um pequeno entalhe. Ora, no lambel do Infante D. Henrique em vez dessas três flores de lis está o

entalhe, diferença do seu irmão D. João. O túmulo do Infante D. Henrique beneficiou em 1929 de restauro, tendo sido então substituído o seu frontal, obra de que foi incumbido Joaquim Jorge Ribeiro, pertencente a uma família de verdadeiros mestres de que era patriarca Pedro Jorge Ribeiro. Diz, a este respeito, o Professor Luís Reis-Santos, na “Iconografia Henriquina”, publicada em 1960, sendo uma das publicações que recordavam o Infante D. Henrique no V centenário da sua morte, que “o frontal que actualmente se vê no túmulo, copiado cerca de 1929, de um anterior, foi meticulosamente esculpido pelo hábil canteiro da Batalha, Joaquim Jorge Ribeiro, que, nos trabalhos executados para o Mosteiro, revelou aptidões excepcionais. O frontal antigo, que os soldados franceses, da invasão napoleónica, arrombaram, está agora no lanço norte do Claustro D. Afonso V”. Este frontal, em que o escudo do Infante está delido e completamente desfeitos os pendentes e, segundo informação que tenho, já tudo estava assim em 1929, não podia ter servido de modelo, pelo menos nos pormenores,

para a sua reconstituição. É curioso referir que se encontra ainda, a par com o do Infante D. João, no claustro referido. O que poderia ter sucedido? Um restauro como este não podia deixar de ter um funcionário superior ou técnico da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais a orientá-lo, de quem, com certeza, partiam as instruções sobretudo quando faltavam os modelos originais. A explicação talvez esteja aí. Mas, estas falhas repetem-se na pedra de armas da Rainha D. Isabel de Coimbra, mulher de D. Afonso V, esculpida no seu túmulo, e de seu marido, túmulo que data de 1901. A diferença inscrita é a de seu tio o Infante D. João e não a de seu pai o Infante D. Pedro. E repetem-se ainda na pedra de armas do Príncipe D. Afonso, seu neto, filho de D. João II, que, como príncipe real, não teria, segundo o pouco que sei, lambel no seu escudo. A heráldica da Capela do Fundador precisa de atenta revisão dos especialistas na matéria. José Travaços Santos Apontamentos sobre a História da

s Casa da Madalena

Peça a peça, o Museu Etnográfico da Alta Estremadura A partir da casa de fóra, subimos a escada que dá acesso ao sótão, também parcela visitável do Museu, onde, entre outras preciosidades, se mostram as peças de vestuário feminino e masculino da recolha do agrupamento, efectuada sobretudo nos anos 60 e 70 do século XX, vestuário que serviu de modelo à confecção dos

trajos que o Rosas do Lena hoje apresenta. A propósito dos trajos lembro aos leitores a Exposição “Ver-a-Deus” que continua patente ao público até Outubro na “Adega dos Frades” do Mosteiro. J.T.S.

Batalha (185)


Jornal da Batalha

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Espada e elmos originais na Capela do Fundador

Cultura

Festival Acaso traz dois espetáculos ao auditório

Uma exposição intitulada “A Capela do Fundador - Memória Revisitada”, que inclui uma espada e elmos originais de reis, foi inaugurada no dia 14 de agosto, no Mosteiro da Batalha, no âmbito das cerimónias do dia do município. Uma espada de D. João I e os elmos de D. João II e do príncipe D. Afonso (também atribuídos a D. João I e a D. João II, respetivamente), estão expostas durante um ano, no lugar onde permaneceram até cerca de 1810. Trata-se de três peças originais de grande valor histórico, patrimonial e memorialista, muito bem preservadas. Para além destes objetos originais, foram feitas reproduções da espada de D. João II (a partir

p A exposição encontra-se na Capela do Fundador dos desenhos do Domingos Sequeira - C. 1800) e do seu escudo de torneio. “Este é um dos principais projetos expositivos do corrente ano, que permitirá o ‘retorno’ de alguns objetos que até 1810 estavam patentes na Capela do Fundador, à vista de todos. São objetos que têm um significado quase diria “transcendente”, porque foram utilizados

pelos reis fundadores”, destaca Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro da Batalha. A exposição resulta de uma parceria entre o Museu Militar de Lisboa/ DHCM e o Mosteiro da Batalha/DGPC, com o patrocínio da Câmara da Batalha, Seguros Lusitânia, Caixa de Crédito Agrícola da Batalha, Golpifer e Vidros Cerejo.

p Lama Teatro encena “Seattle” no auditório municipal

m O Lama Teatro encena “Seattle” e Filipe Crawford apresenta a “A última noite do capitão”

O programa do 23º Festival Acaso, a decorrer até 31 de outubro, prevê um total de 26 espetáculos a apresentar na Batalha (2), Leiria, Marinha Grande e Pedrógão Grande. A iniciativa é organizada pelo grupo de teatro O Nariz. No dia 13 de outubro, à noite, o Lama Teatro encena “Seattle” no Auditório Municipal da Batalha. Trata-se da nova criação de João de Brito, com interpretação de Carlos Malvarez, Cristóvão Campos, João Pedro Dantas e Lia Carvalho. “Seattle tem uma meteorologia própria, aquela gerida pela paisagem interior das personagens. A dinâmica e o ambiente tchekhoviano apontam o frio, o pas-

sar dos dias a fio, sempre iguais, e o difícil divorciar dos espaços de recordação, de convivência e de partilha: em Seattle as mãos e os corações gelam, e a chuva que se impõe é uma tempestade da alma, a mesma que habita e inspira o espírito grunge que aqui se experimenta”, refere o Lama Teatro – Laboratório de Artes e Media do Algarve. No dia 26 de outubro, no mesmo espaço, Filipe Crawford apresenta a “A última noite do capitão”, de Filipe Cabezas. Este monólogo relata a vida de Francesco Andreini, cómico dell’art, afastado das tábuas do palco e nostálgico dos anos de glória da comédia italiana dos finais do séc. XVI. Uma carta que escreve ao seu antigo mecenas é a chave que abre o álbum de recordações dos sucessos obtidos há mais de 400 anos. O festival inclui performances, concertos, apresentações, mas sobretudo teatro, cresceu uma sema-

na e surge com mais sete propostas do que em 2017, com enfoque especial na palavra. “Há uns anos, havia sempre alguém a dizer poesia: chegámos a trazer o Mário Viegas, a Carmen Dolores, o Victor de Sousa. Este ano voltamos à aposta na palavra”, explica o responsável pelo O Nariz, Pedro Oliveira. “Do alto da ponte”, dos Artistas Unidos, é a grande produção desta edição que, em paralelo, conta com a aposta na programação para o público infantojuvenil e faz questão de mostrar à região de Leiria “espetáculos que dificilmente aqui passavam se não fosse o Acaso”, como o teatro Útero, Lama, Urso Pardo ou Tenda Produções. O festival encerra com o grupo de expressão dramática de O Nariz, que mostra “Crimes”, no dia 31 de outubro.

EXCLUSIVO E SEMPRE DISPONÍVEL.


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Batalha Atualidade

GNR apanha roupa ilegal no mercado municipal

setembro 2018

Candeias de caracóis iluminam procissão à Senhora do Fetal m Os mais de 20 mil

p Apreendidos artigos contrafeitos A GNR da Batalha apreendeu centenas de artigos de vestuário contrafeitos e identificou três mulheres “detentoras da mercadoria”, no mercado semanal da vila, no dia 6 de agosto. Segundo um comunicado da GNR, foram apreendidos 457 artigos de vestuário contrafeitos, “durante uma ação de fiscalização a recintos de venda ambulante”. Os militares deteta-

ram e apreenderam “peças de vestuário contrafeitas que estavam expostas para venda, num valor total que ascende os 1.880 euros”. No âmbito da operação foram identificadas três mulheres “detentoras da mercadoria”, com idades compreendidas entre os 23 e 61 anos. O processo foi encaminhado para o Tribunal Judicial de Porto de Mós.

A Festa de Nossa Senhora do Fetal, com as iluminações feitas de cascas de caracóis, é a principal responsável pela divulgação da freguesia a nível nacional. Este ano a chamada procissão dos caracóis está marcada para o dia 29 deste mês e 6 de outubro. A população e as instituições da freguesia em geral mantêm a tradição de iluminar as ruas, casas e monumentos com candeias de caracóis, dando à procissão um envolvimento espetacular. Os mais de 20 mil caracóis são colados com barro

Tiago Santos

caracóis são colados com barro nas paredes, muros e painéis e cheios com o azeite, onde é mergulhada a torcida

p As iluminações são feitas com milhares de cascas nas paredes, muros e painéis e cheios com o azeite, onde é mergulhada a torcida. O programa da Festa em Honra de Nossa Senhora do Fetal começa pelas 20h30 do dia 29 deste mês, com o cortejo para o santuário, missa e procissão; seguindo-se o arraial na Praça da Fonte, com Leonel e Licínio. No dia 6 de outubro, pelas 21 horas, celebra-se a missa

na igreja paroquial, seguindo-se a procissão e o arraial na Praça da Fonte, com Vera e Raquel. No dia 7, pelas 10 horas, há a recolha de ofertas, seguindo-se, às 11 horas, o cortejo para o Santuário de Nossa Senhora do Fetal e a missa. Às 13 horas abre o arraial e há animação com a Filarmónica das Cortes durante a tarde. Às 19 horas realiza-se o sorteio das rifas.

Instrutores do Batalha no campeonato do mundo de karaté Empresa de referência em Fátima pretende contratar para projeto inovador em restauração e hotelaria:

Cozinheiro Ajudante de cozinha Chefe de sala Empregado de mesa e balcão Requisitos: Formação em Hotelaria e/ou Restauração Experiência mínima de 3 anos Gosto pela área de Restauração e Hotelaria Proatividade e dinamismo Orientação para resultados rápidos e eficazes. Oferecemos remuneração atrativa e integração em equipa em expansão com progressão de carreira. Data de admissão: 15 de Setembro Respostas para: geral@casaplatano.pt

O ATSK Batalha vai estar representado por dois instrutores, Bruno e Álvaro Carvalho, no 9º Campeonato Mundial de Karaté da JSKA, que decorre em São Petersburgo, na Rússia, de

27 a 29 deste mês. A seleção nacional, liderada pelo sansei Vilaça Pinto, é constituída por 14 praticantes. O campeonato é aberto a todas formas tradicionais de Karate-ka

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2440 BATALHA - Tel. 244 767 971

Shotokan. “O karaté tem como principal objetivo, não a vitória ou derrota, mas sim o aperfeiçoamento do caráter dos praticantes”, explica o treinador e presidente da assembleia geral do ATSK Batalha, Bruno Carvalho, salientando que, “além de físico e técnico, o karaté é mental, com o respeito, sinceridade, etiqueta, esforço e auto controlo a serem as suas cinco máximas”. A associação Tigre Shotokan Karaté-Do Batalha é membro da JSKA-Portugal e existe desde 2005, sempre sob a orientação do sensei Álvaro Carvalho, e admite novos membros, tanto iniciantes, como praticantes já com experiência e de diferentes idades.

Jornal da Batalha Águas do Lena com concessão prolongada

A assembleia municipal aprovou o acordo delineado entre a câmara municipal e a empresa Água do Lena, que prevê o prolongamento da concessão até 2028 (mais sete anos do que o previsto), com a garantia de que as tarifas sofrerão apenas aumentos pontuais. O município e a Águas do Lena negociavam há três anos o prolongamento da concessão para além de 2021 e a câmara garante que o preço da água não subirá para a esmagadora maioria dos consumidores (domésticas, comércio, indústria e instituições particulares de solidariedade social), podendo, inclusive, descer nalguns caso. Estão previstas reduções nos tarifários especiais e nos primeiros escalões de consumo onde se integram mais de 90% dos consumidores domésticos e não domésticos. Quanto ao aumentos pontuais, “resultam da aplicação do novo regulamento (consumos industriais acima dos 100m3) e incidem apenas nos escalões de maior consumo, como desincentivo ao desperdício e apelo à poupança de água”. O município e a Águas do Lena passam também a partilhar os riscos da exploração (antes quase exclusivos da autarquia), inclusive os grandes investimentos previstos de reposição e conservação da rede de abastecimento. O acordo foi sujeito à aprovação pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.


Jornal da Batalha

Necrologia Batalha

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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas sete a folhas oito, do Livro Duzentos e Trinta e Quatro - B, deste Cartório. José Fernando Vieira Pedro, NIF 110 060 733 e mulher Maria Noémia da Piedade Vieira, NIF 176 704 442, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Alqueidão da Serra, concelho de Porto de Mós, onde residem na Rua do Mourão, nº.3, Alqueidão da Serra, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveiras e mato, com a área de quatro mil e seiscentos metros quadrados, sito em Vale do Carvalho, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com João Saragoça, de sul com Francisco Carvalho, de nascente com José Pedro e de poente com Francisco Correia, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 1673, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €225,03.

Franscisco Vieira Pinhal “Perdigão” (75 anos) N 05-09-1942 F 23-08-2018 Santo Antão - Batalha

AGRADECIMENTO

Sua esposa: Mª Augusta F.Santos Pinhal, filhos: Francisco, Pedro, João e Rui Santos Pinhal, noras, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida agradecer todas as manifestações de carinho nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “ Aqueles que amamos não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós” Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Emília de Jesus Marques (91 anos) N 14-02-1927 F 19-08-2018 Hortas - Golpilheira

AGRADECIMENTO

Seu marido: José Vieira da Silva, filhos: Luís, Mª Teresa, José, Beatriz, Isabel e Gabriel Vieira da Silva, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. As boas memórias são os nossos maiores tesouros e ajudam-nos a suportar a dor da perda… Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Que, o marido, adquiriu ainda no estado de solteiro, o identificado prédio no ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal a Carlos Vieira Saragoça, solteiro, maior, residente em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, contudo, sendo a transmissão meramente verbal, não dispõe de título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entrou na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela compra verbal, o justificante possui o identificado prédio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que

José Manuel Urbano Rodrigues (64 anos) F. 12 – 07 – 2018 Casal do Marra – Batalha

seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos

Augusto de Oliveira Santos (89 anos) N 25-10-1928 F 06-08-2018 Casal do Alho - Batalha

habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriu o referido prédio, por usucapião. Batalha, trinta e um de agosto de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes

AGRADECIMENTO

Sua Esposa, Filhas, Genros, Netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer de forma muito especial a todas as pessoas de suas relações e amizade que neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar.

Liliana Santana dos Santos - 46/6

A todos, o nosso muito obrigado.

Jornal da Batalha, edição 338, 14 de setembro de 2018

Tratou: Agência Funerária Espírito Santo

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas vinte e uma a folhas vinte e três verso, do Livro Duzentos e Trinta e Quatro - B, deste Cartório. João Pedro Rosa Oliveira, NIF 113 602 073, e mulher Maria Aurora Matias dos Reis de Oliveira, NIF 113 802 081, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, ela da freguesia de Fátima, concelho de Ourém, residentes na Rua do Rosário, Fátima, Ourém, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura, oliveiras e pinhal, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, sito em Selada, freguesia de Reguengo do Fétal, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Joaquim Gomes Carreira Júnior, de sul com José Rosa de Carvalho, de nascente com Joaquim Oliveira Menezes e de poente com José Pereira Romão, inscrito na matriz sob o artigo 8.810, com valor patrimonial para efeitos de IMT de €149,87, a desanexar do descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número quinhentos e cinquenta e cinco/Reguengo do Fetal, onde se mostra registada a aquisição a favor de José Nogueira Rodrigues casado com Maria José dos Reis Hipólito, residentes em Casal da Amieira, Batalha, pela apresentação dois, de vinte e seis de Outubro de mil novecentos e sessenta e cinco; Que os outorgantes adquiriram o citado prédio no ano de mil novecentos e noventa e cinco, por doação verbal de António Gomes de Oliveira e Emília Rosa Ribeiro, pais do marido, residentes que foram na Estrada de São Mamede, Vale de Ourém, São Mamede, os quais por sua vez o haviam adquirido, por compra a José Isidro da Silva e mulher Julia Vieira da Luz, por escritura pública outorgada em oito de março de mil novecentos e oitenta e seis, no extinto cartório notarial da Batalha, exarada a folhas noventa e seis do livro C-quarenta e seis; Que, os justificantes desconhecem como o referido prédio veio à posse daquele vendedor, José Isidro da Silva, nem se e onde foi feita a escritura de aquisição, pois apesar de várias buscas efetuadas, nos cartórios e serviços de finanças, não conseguiram encontrar qualquer título formal que a comprove. Que, assim, os outorgantes e anteriormente os pais do marido, estão na posse e fruição do mencionado prédio, há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e com a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento dos impostos e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado prédio por usucapião. Batalha, quatro de setembro de dois mil e dezoito. A funcionária com delegação de poderes Lucília Maria Ferreira dos Santos Fernandes - 46/ 5 Jornal da Batalha, edição 338, 14 de setembro de 2018

AGRADECIMENTO

Sua esposa: Maria de Jesus da Silva Vieira e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida a agradecer todas as manifestações de carinho e apoio nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que com eles acompanharam o seu querido familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. A todos, muito obrigado. “Viverás nos corações e nas lembranças daqueles que ficaram…”

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas

Na edição de julho, na secção necrologia, o anúncio de José Manuel Urbano Rodrigues (64 anos) foi publicado com a fotografia de José Neto Pereira “Zé Tereso” (80 anos). Às famílias e aos nossos leitores pedimos desculpa pelo lapso. Publicamos agora o anúncio correto.

Maria Augusta da Costa Picassinos (95 anos) N 29-11-1922 F 17-08-2018 Faniqueira - Batalha

AGRADECIMENTO

Seus filhos: Irene, Joaquim , José ,Guilherme, João, , Ana Maria, Mª de Fátima e Mª Judite da Costa Oliveira, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que ao longo do tempo demonstraram carinho e preocupação e que agora, na hora do adeus a acompanharam até à sua última morada.

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Para sempre nos nossos corações e nas nossas lembranças. Descansa em paz

Tratou: Funerária Santos & Matias – Batalha e Porto de Mós - Loja D. Fuas


A fechar

B

Visitas guiadas ao mosteiro No dia 22 deste mês, às 10h30, 14h30 e 16 horas, realizam-se visitas guiadas ao Mosteiro da Batalha, sob o tema “Do céu ao solo/Gárgulas: função e forma”. As visitas custam cinco euros e cada uma está limitada a 20 pessoas.

SETEMBRO 2018

Ópera enche de música igreja matriz e mosteiro m A programação inicia-se no dia 20 deste mês no claustro real, com breves concertos pelo Quarteto de Cordas A 2ª edição do projeto cultural “Ópera no Património”, que envolve os municípios da Batalha, Leiria, Viseu, Pinhel, Foz Côa e a Universidade de Coimbra, concretizará mais de 90 concertos e ações operáticas nos diversos territórios envolvidos. A Batalha, à semelhança

de 2017, volta a receber alguns espetáculos, com entrada gratuita. A programação inicia-se no dia 20 deste mês, às 15h00 e às 17h00, no Claustro Real do Mosteiro, com breves concertos pelo Quarteto de Cordas. No dia seguinte, também às 17h00 e no mesmo local, atua o Grupo de Cordas. No dia 22 é apresentada às 21h30, no Largo do Infante D. Henrique, junto às Capelas Imperfeitas, a obra “Visitação à Ópera de Eugene Onegin”, do compositor russo Piotr Tchaikovsky. O programa encerra no dia 23, às 19h00, na Igreja

p Os espetáculos decorrem em diferentes espaços na vila Matriz da Batalha, com a execução de “A Criação”, da autoria de Haydn, que envolverá mais de 50 músi-

cos. Os ingressos para este concerto, atendendo à limitação do espaço, podem levantados no município e

no posto de turismo da Batalha. “A concretização do projeto “Ópera no Património”

resulta da forte vontade dos municípios e demais entidades envolvidas, na democratização da oferta cultural, designadamente através do género musical da ópera”, refere o presidente da câmara municipal. Para além dos espetáculos dirigidos ao público em geral, Paulo Batista Santos destaca que “os alunos da Batalha tomarão contacto ainda em 2018, com este género musical, através de ações pedagógicas, realizadas na escola por consagrados músicos”. A programação pode ser consultada através do endereço: www. operapatrimonio.pt Publicidade

Fábrica e Escritório: Casal da Amieira 2440-901 Batalha Apartado - 201 Telefones: 244 765 217 244 765 526 I 244 765 529 Fax: 244 765 529

Visite a maior exposição da zona centro junto à Exposalão Batalha

Sócio-Gerente Luis Filipe Miguel - 919 937 770 E-Mail: granicentro@granicentro.pt Home page: www.granicentro.pt


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