Todo mundo caçando
O esperado jogo Pokemón Go chega ao Brasil. Páginas 04 e 05
Futebol por diversão
Parabéns para o biquini
Campeonatos amadores reúnem novos e velhos jogadores. Página 12
Traje de banho comemora 70 anos com desfile e exposição na PUCPR. Página 14
Curitiba, 19 de Setembro de 2016 - Ano 19 - Número 286- Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
A batalha começou The battle has started
Esquenta a disputa pela Prefeitura de Curitiba The dispute for the city hall of Curitiba heats up Páginas 08 e 09
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Curitiba, 15 de Março de 2016
Editorial
Não somos todos paralímpicos
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o dia 24 de agosto a revista Vogue divulgou uma foto da campanha “Somos Todos Paralímpicos” que causou revolta entre os internautas. A foto mostra os artistas e embaixadores do Comitê Paralímpico Brasileiro, Cléo Pires e Paulinho Vilhena, como paratletas: a atriz perdeu um braço, e o ator ganhou uma prótese na perna direita. Os dois estão representando Bruna Alexandre, do tênis de mesa, e Renato Leite, do vôlei, para incentivar a compra de ingressos para as Paraolimpíadas. A campanha, idealizada pela agência de publicidade África, pode até ter nascido com boas intenções, mas seus criadores deveriam ter antecipado a clara resposta negativa que estava por vir.
Comunitiras
Internautas inundaram as redes sociais dos envolvidos com comentários sobre representatividade, enquanto estes responderam com o argumento da visibilidade. Podemos dizer que a visibilidade foi conquistada, mas não da forma desejada. Artistas globais envolvidos em causas como estas são importantes para trazer à tona problemas que normalmente são ignorados pela mídia. A discussão levantada após o Oscar de 2016 sobre a falta de atores negros indicados em diversas categorias, é um exemplo. A diferença entre os dois casos é que quem apresentou a cerimônia e falou sobre os problemas em questão era um ator negro. Representatividade é importante. Por que não
usar os próprios atletas para a campanha? Uma revista como a Vogue não precisa de famosos para conseguir atenção e cobertura da mídia. Se queriam usar os embaixadores, Cléo e Vilhena, por que não os misturar com aqueles que realmente lutaram para estar na Rio 2016? Não sabemos o que é lidar com a perda de um membro, ou qualquer outro tipo de deficiência. Não somos atletas, muito menos atletas olímpicos. Bruna Alexandre, Renato Leite e outros 4 mil atletas são, e mereciam o devido reconhecimento e respeito. A verdade é que não “somos todos paralímpicos”, e não precisamos ser. Precisamos respeitá-los, admirá-los e, acima de tudo, conhece-los. Artistas da Globo, já conhecemos.
Expediente Edição 276 - 2016 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR
REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto Caroline Deina FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Ivan Tomita
Julius Nunes
CHARGE
COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL
Isabella Beatriz Fernandes 4º Período
Miguel Manasses (DRT-PR 5855)
EDITORES
PAUTEIROS
Beatriz Mira
Lívia Mattos
Heloísa Masetto
Luiz Renato Mourão
Fernanda Arantes
Luis Gustavo Ribeiro
Luiz Felipe Elias
Wesley Fernando
3º Período 3º Período 3º Período
4º Período
4º Período 3º Período 3º Período
7º Período
Patrícia Munhoz 3º Período
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Curitiba, 15 de Março de 2016
Cidades
Semana com muita Vozearte na PUCPR O evento reuniu profissionais de comunicação e estudantes Bruna Kopeski Bruna Toti Bruno Talevi Camilla Ginko 2º período
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Bruna Toti
semana acadêmica da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), este ano com o tema Vozearte, que aconteceu entre os dias 24 e 28 de agosto, trouxe diversas palestras e discussões sobre variados temas aos acadêmicos de comunicação e artes. No dia 24, na palestra sobre o cenário político atual, a psicóloga Maria Rafart e a assessora de comunicação da Polícia Federal Christianne Machiavelli se centraram na produção jornalística da atualidade. Sobre a divulgação das reportagens, Machiavelli disse que publica apenas as notícias que estão devidamente checadas. Sobre a isenção jornalística, Maria completou: “essa onda de se tomar tudo como parcial é nefasta. Não há muita reflexão sobre o que se lê”. Com um olhar crítico e questionador, a jornalista de economia Magalea Mazziotti afirmou que o papel do jornalista é fornecer recursos para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões
Mesa redonda sobre mercado de trabalho, com o professor de Jornalismo, Renan Colombo dução jornalística. As séries Diários Secretos e Publicano foram abordadas durante a palestra. Sobre a operação Lava Jato, Alberti afirmou que a total transparência da operação é algo novo para nossa sociedade. Dando sequência às palestras, a professora Adriana Baggio expôs a sua pesquisa sobre como gêneros e identidade se expressam na mídia. Segundo ela, a forma como a mulher é tratada pelo jornalismo e pela publicidade diz muito sobre a mulher “objetificada” e o
“Nós como comunicadores precisamos perceber a nossa responsabilidade” sobre determinado assunto. Para ela, é necessário acabar com o preconceito que existe a respeito dos números. No dia 25, o jornalista James Alberti falou sobre jornalismo investigativo e Lava Jato. Ele iniciou a palestra explicando o “como fazer” dessa pro-
homem “comprador” e que a repetição desses padrões só esconde quem não se encaixa no estereótipo. Adriana argumentou que a representatividade poderia trazer benefícios para todos. “Nós, como comunicadores, precisamos trazer isso e perceber nossa responsabilidade”.
Professores de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas apresentaram o atual cenário do mercado de trabalho nessas profissões. As palavras que permearam a discussão foram: produção de conteúdo e engajamento. Pouco difere a área, o que vale é o conhecimento, as habilidades e a qualidade do trabalho de quem procura emprego. Renan Colombo, professor de Jornalismo, citou que “os profissionais de RH estão sempre de olho na capacidade de improviso e criação dos candidatos” e da uma dica para os futuros profissionais da área, “recomendo que os estudantes de comunicação social não fiquem restritos a ementas e conteúdos que dizem respeito ao seu curso, mas busquem ampliar esse espectro e adquirir conhecimento de outras áreas para que aumentem as chances de conseguir emprego”. No dia 26, a palestra sobre Educomunicação, do educomunicador Daniel Dipp, se
centrou nas possibilidades que a união entre comunicação e educação podem abrir, com a influência na criação de um mundo novo, em que as relações sociais, políticas e econômicas estão cada vez mais globalizadas, fluídas e facilitadas. Por sua vez, a jornalista Viviane Duarte falou sobre como a comunicação é um agente de transformação social e empoderamento. Ela disse ainda que sua empresa surgiu da incomodação com o estereótipo feminino na mídia, com isso, seu plano é mudar vidas e mentes. Além disso, houve palestras sobre temas de interesse nas mais diversas áreas da Comunicação social e das Artes, tais como a construção e relação com marcas na era da transparência, mulheres na arte, estratégias de negócios para futuros empresários, marketing voltado ao público LGBT, design aplicado à publicidade e empoderamento feminino.
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Cidades
Pokémon Go: vício, aprendizado ou diversão Aplicativo já possui milhões de usuários pelo mundo e divide opiniões entre pais, educadores, especialistas e jogadores
Leticia Garib
Leticia Garib 3º período
A avó de 69 anos Edeluz Maria Alves conta que seus três netos estão jogando Pokémon Go. Para ela o caminho é impor limites, mas não proibir. Ela teme que os jovens se tornem antissociais e alheios ao mundo, mas acredita que isso acontece, muitas vezes, por culpa dos pais que não cuidam mais dos filhos e usam os celulares e aplicativos como uma “babá eletrônica”. Silvana Moreira é mãe e acredita que proibir o uso dos jogos digitais serve para incentivar que os filhos joguem escondidos e, assim, sem supervisão. Ela também joga Pokemón Go e diz não ver problemas no uso do aplicativo pelo filho de 18 anos, mas que poderia ter caso ele fosse mais novo.
Os pokémons invadiram a PUCPR
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as últimas semanas o jogo virtual Pokémon Go foi um dos assuntos mais comentados no mundo. De acordo com o número de downloads registrados no site da Google Play Store já são mais de 100 milhões de usuários que usam o sistema Android e na App Store, da Apple, o aplicativo já é o segundo mais popular, perdendo apenas para o Whatsapp, mas ainda não é compatível com Windows Phone. O jogo funciona com um sistema de realidade aumentada e foi lançado oficialmente em 06 de julho de 2016 em alguns países, mas só chegou ao Brasil em 05 de agosto. De lá para
cá muitas opiniões divergem em relação ao game. O coordenador do curso de Jogos Digitais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Bruno Campagnolo, explica que há diversos motivos para que as pessoas se interessem por realidades virtuais, seja a jogabilidade ou o desafio e isso depende de cada indivíduo. Para Campagnolo as principais razões que fizeram do Pokémon Go um sucesso foram a utilização de uma marca famosa e a apropriação das personagens que pertencem a ela, unidas à interação entre a realidade virtual do jogo e o mundo real.
Porém, o jogo vem provocando controvérsias entre pais, educadores e usuários. Marcelo Assis é pai e não concorda com a utilização de jogos eletrônicos. Para ele os aplicativos servem para inserir os jovens em um mundo de fantasia, incentivando o vício, o egoísmo e a solidão. Assis acredita que os jogos serão capazes de destruir os laços familiares no futuro e que não acrescentam nada de bom ao ser humano. “Hoje observamos jovens na frente da televisão ou celulares totalmente alheios ao mundo e, principalmente, à família”, afirma.
Silvana contou que há alguns anos o jogo Grand Theft Auto – GTA era a sensação do momento, na época o seu filho tinha 11 anos. Como o jogo pode ser violento algumas regras foram combinadas: só jogar junto com a mãe e não matar ninguém. Ela não acredita que o jogo pode contribuir para elevar o nível intelectual dos usuários, mas é o início de uma tecnologia que trará avanços significativos para a sociedade. “Algumas multinacionais já trabalham com projetos semelhantes. Imagine você comprar um sofá e antes poder ver como vai ficar na sua sala. Fantástico”, comenta. Os jogadores de Pokémon Go ignoram as críticas e continuam buscando concluir seus objetivos no jogo. É o caso de Arthur Coninck, designer
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Cidades
“É legal o fato de olhar em volta
e perceber que todos estão ali focados no jogo e fazendo grupos para irem atrás do pokémon” gráfico de 20 anos, que percebeu uma mudança radical na sua rotina por causa do aplicativo. Ele relata que anda mais com o celular nas ruas e está sempre correndo atrás de pokémons raros. Para ele, a única parte ruim é a pequena duração da bateria do celular. Já Flávia Segalla, estudante de 19 anos, optou por jogar durante pouco tempo e por isso ainda não se vê viciada, ao comentar que nada mudou na sua rotina por causa do jogo. Ela o vê apenas como diversão e sonha em conseguir pegar todos os pokémons disponíveis no aplicativo. “É legal o fato de olhar em volta
e perceber que todos estão ali focados no jogo e fazendo grupos para irem atrás do pokémon”, completa. Alexandre Rodrigues é professor e jogador de Pokémon Go em horários livres e diz ter encontrado equilíbrio entre a seriedade da vida e os momentos de diversão. Ele acredita que se há pessoas viciadas no aplicativo é completamente culpa delas e não do jogo. Rodrigues considera este momento uma revolução nos games. “A realidade aumentada é muito interessante, muita coisa nova virá por aí”, acredita.
O professor conta que se interessou no aplicativo por causa do anime e do jogo de cartas baseado no desenho, os quais já conhece há mais de uma década. Além disso, acha divertido viver um jogo ambientado em sua realidade espacial do dia a dia.
Como distinguir o real do virtual? A pedagoga Mary Baki trabalha com crianças de quatro a 10 anos e conta que o uso excessivo dos recursos digitais tem influenciado o desempenho delas em sala de aula. “Muitas crianças não pegam no lápis porque ficam
direto no computador em casa”, relata. Ela acredita que os jogos virtuais podem auxiliar no aumento do raciocínio lógico, mas que hoje há um uso exagerado e sem limites, de uma geração que só quer apertar botão. Já para Carolina Soares, pedagoga de educação infantil, é importante incentivar as crianças a brincar de pular corda, jogar bola e correr, mas acredita que o Pokémon Go trouxe benefícios aos jovens, como andar em parques e se comunicarem mais. “Ouvi de uma professora que utilizou a ideia do jogo para os alunos caçarem questões trabalhadas em sala de aula”, comenta. Leonardo Campoy é sociólogo e não acredita que os jogos virtuais possam prejudicar as relações reais. Para ele o mundo virtual é uma extensão do real e que as pessoas conseguem conviver bem com isso. “O mundo virtual também tem o poder de aproximar as pessoas, de permitir encontros que às vezes seriam Beatriz Mira
muito improváveis. Ele facilita a comunicação entre as pessoas”, declara. A psicóloga Tayana Tanabe acredita que atualmente as pessoas não conseguem mais viver sem as tecnologias das quais usufruem diariamente, como internet e redes sociais. Ela explica que a realidade virtual só é um problema quando se torna mais importante que o mundo real, ou seja, se as pessoas deixarem de realizar atividades físicas ou interagir pessoalmente com outros seres humanos. “Não diria que o uso da tecnologia, ou o mundo virtual seria um problema da sociedade, acho que da mesma maneira que a tecnologia evolui, a sociedade também”, afirma. Ela declara que o equilíbrio é o limite, não se pode permitir ser absorvido pelas realidades virtuais, afinal, nada em excesso faz bem. Mas não dá para esquecer que os jogos virtuais também trazem benefícios e com autocontrole poderão ser utilizados sem maiores problemas.
O que é realidade aumentada? Segundo o estudo Aplicações e Tendências da Realidade Aumentada no Desenvolvimento de Produtos, publicado em 2011, a realidade aumentada funciona como um extensor do mundo real. Acontece como uma sobreposição de objetos virtuais no ambiente real do usuário. Isto gera uma realidade mista, na qual os dois ambientes, real e virtual, se ajustam de forma que pareçam estar no mesmo plano, inclusive com a movimentação
Capturar todos os Pokémons disponíveis no jogo é o sonho da maioria dos usuários do aplicativo
do usuário.
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Cidades
Networking é o tema da terceira edição do SPIN O incentivo da presença internacional através da criação de redes de contatos foi o tema do terceiro Simpósio PUC de Internacionalização Beatriz Mira 3º período
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Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) sediou, no dia 23 de agosto, o Simpósio PUC de Internacionalização (SPIN). O evento reuniu acadêmicos nacionais e internacionais para discutir o processo de internacionalização efetivado pela universidade. A palestra de abertura foi realizada pelo diretor de relações internacionais Marcello Fantoni, da Kent State University, localizada em Ohio, Estados Unidos. Ele introduziu aos presentes o foco principal da conferência, a impulsão da presença internacional produzida pela rede de contatos. O palestrante destacou a importância educacional gerada pela experiência no exterior, e afirmou que o trabalho começa quando o intercambista chega na universidade. Ele enfatizou que a PUCPR é a parceria mais importante da Kent State, e ressaltou que tais parcerias devem ser vistas como um time, e não uma espécie de colonização. Fantoni ressaltou que seu principal plano para a PUCPR é criar uma rede de parcerias com instituições que já trabalham com a Kent State. “Nós não temos medicina na Kent, mas nossa parceira na Coreia do Sul tem, então colocamos a PUCPR em contato com ela, criando assim uma rede”, explicou. A segunda palestra do dia foi ministrada pelo diretor de relações internacionais da PUCPR e organizador do SPIN, professor Marcelo Mira. Segundo ele, ter um grande número de alunos internacionais não significa que a universidade é internacional.
“Ser global é um hábito, não um ato”, afirmou. Ele também ressaltou que muitos pensam que internacionalização é algo acessível para poucos, mas que na realidade o objetivo é juntar as pessoas da forma mais diversa possível. Mira mostrou os valores fundamentais de seu projeto: inclusão, igualdade, diversidade, inovação e solidariedade, e também lembrou ao público que a internacionalização deve complementar, e não substituir a identidade local. O diretor então apresentou as propostas criadas por sua equipe para o futuro da PUCPR, como um campus bilíngue, a construção de dormitórios dentro da universidade e principalmente, a criação de uma rede entre todas as PUCs do Brasil, e com outras universidades de Curitiba. Após um intervalo, Melody Tankersley, também professora da Kent State, falou sobre
a importância do networking, a criação de redes de contatos espalhados pelo mundo. Melody apontou a importância do uso de redes sociais e meios digitais para chamar a atenção do público mais jovem, e também lembrou que a diferença nos calendários acadêmicos entre os países deve ser explorada, com cursos de férias e programas para estrangeiros. Ela afirmou que alunos de universidades internacionalizadas têm mentes mais abertas e possuem uma visão global do mundo. Para ela, a universidade deve ser um espaço não só de aprendizado de uma profissão, mas de desenvolvimento de senso crítico. “Jovens devem entender que da forma como vivemos, nossas ações afetam pessoas do mundo todo”, comentou. O primeiro evento da tarde foi uma mesa redonda que reuniu os diretores de rela-
ções internacionais das PUCs de Minas Gerais, São Paulo, Campinas e Paraná, para que cada uma apresentasse suas propostas e desafios. Os professores Douglas Barros, Priscila Harumi e Rita Louback, contaram que seus maiores problemas são a falta de engajamento de professores e funcionários, o pequeno interesse de estrangeiros no Brasil, e a falta de participação dos alunos locais em iniciativas de internacionalização, como o English Semester (disciplina ministrada apenas em inglês). Atualmente, a PUC Campinas oferece duas disciplinas em inglês, a PUC-SP oferece quatro, a PUC-MG está em 11 e a PUCPR oferece 60. Rafael Benke, o presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), fechou o evento falando sobre os trabalhos de globalização realizados pelo Cebri, e a importância da participação de universidades neste processo. Beatriz Mira
O professor Marcello Fantoni foi o palestrante principal do evento
Curitiba, 15 de Março de 2016
Economia
Os prós e contras da proteção Custos, benefícios e riscos à saúde pelo consumo de anticoncepcionais Stella Prado 3º período
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ançada há 56 anos, a pílula anticoncepcional significou um importante avanço na questão de planejamento familiar e na política de empoderamento de mulheres. Além de prevenir a gravidez, a pílula é indicada em situações clínicas em que os efeitos contraceptivos possam beneficiar as pacientes, como na diminuição do fluxo menstrual, proteção contra alguns tipos de câncer e na reposição hormonal pré e pós menopausa. Como todo medicamento, a pílula apresenta reações adversas que podem prejudicar a saúde da mulher. Segundo o médico ginecologista Francisco Furtado Filho, os maiores riscos são de trombose, que ocorre quando a combinação dos hormônios presentes na pílula entra em contato com as proteínas responsáveis pela coagulação do sangue, e de câncer de mama em pacientes que fazem tratamento de reposição hormonal e apresentaram histórico de familiar de câncer de mama. Considerando a necessidade de se regular o ciclo e amenizar a TPM a jornalista Luiza Lafuente, 30 anos, começou a
tomar anticoncepcional há 10 anos. A pílula que Luiza toma custa R$ 60,00, mas com o desconto fornecido pelo laboratório o medicamento sai por R$ 40,00. A jornalista gasta em um ano o equivalente a R$ 480,00 em anticoncepcional e acha caro, mesmo assim ela considera mais garantido e prático tomar o remédio. Como o programa de descontos que os laboratórios oferecem e que a Luiza se beneficia, existem descontos através do programa Farmácia Popular no qual o governo, em parceria com os varejistas, reduz o custo de remédios essenciais para a população. No caso dos anticoncepcionais 90% do preço é pago pelo governo e os outros 10% pelo paciente, por exemplo, um remédio que custa normalmente R$ 12,36 com o desconto pelo programa do governo sairá por R$ 1,24 e em alguns casos, dependendo do valor no mercado, o medicamento sai de graça. Mas será que o valor pago e os efeitos colaterais compensam os benefícios? O professor e coordenador do curso de farmácia na Pontifica Universidade Católica do Paraná Stella Prado
Farmácia no centro de Curitiba
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(PUCPR), Julio Cezar Merlin, explica que a preocupação da indústria farmacêutica em minimizar esses riscos está presente nas fases de pesquisa laboratoriais, nas informações contidas na bula e no papel do farmacêutico ao apresentar os efeitos adversos e a posologia para os compradores. Muitos medicamentos são retirados do mercado depois de alguns anos quando começam a apresentar muitas reações adversas, acrescenta o professor. “Quanto menos efeito colateral esse medicamento apresentar, mais tempo ele ficará no mercado”. Levando em consideração o que disse Merlin, é proveitoso para quem faz o tratamento continuo e precisa da medicação e para a indústria que visa obter lucros, uma vez que muitos medicamentos são essenciais para a população.
Métodos alternativos de contracepção DIU de cobre e preservativos femininos são opções para quem não consegue se adaptar as pÍlulas Comprada facilmente com receita médica em farmácias ou adquirido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as pílulas contraceptivas possuem diferentes concentrações de hormônios sintéticos estrogênio e progesterona, e a escolha errada oferece alguns efeitos colaterais como um simples enjoo ou uma alteração mais grave como trombose e tromboembolia pulmonar, causada principalmente pela quantidade de hormônio presente que podem afetar a coagulação sanguínea.
Segundo o médico ginecologista Francisco Furtado Filho, os benefícios do uso da pílula compensam esses riscos. Desde que seja realizada uma investigação clínica adequada com a identificação de eventuais fatores de risco pré-existentes que contra-indiquem o uso das pílulas, ela é indicada a todas as mulheres que pretendem evitar a gravidez não planejada, explica o médico. “Procuro também discutir caso a caso as particularidades e melhores indicações, conforme as necessidades individuais de cada paciente”. Ou seja, além do método com pílulas anticoncepcionais, o ginecologista apresenta para as pacientes métodos anticoncepcionais que são livres de hormônios, como o diu e preservativos femininos. A jornalista Luiza Lafuente, 30 anos, conta que começou a tomar a pílula para regular o ciclo e amenizar a tensão pré menstrual, porém tem sentindo na pele alguns desses efeitos colaterais. Luiza conta que tem crises de enxaqueca todo mês e que as vezes é preciso ir ao hospital por conta da dor forte que causa também náusea e vômitos. Por viver episódios parecidos com o da jornalista Luiza, a estudante Maria Clara Bittencourt, 21 anos, trocou a pílula pelo diu há cerca de dois meses. A estudante que já havia testado vários tipos de pílula, relata que sentia muita cólica, teve problemas com alteração de humor e acne. Então com ajuda da ginecologista fez a troca, está se adaptando bem e não sente mais cólicas.
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Política
Sete homens e duas mulheres concorrem à Prefeitura Quem vencer a eleição comandará Curitiba até 2020 Guilherme Almeida 4º período
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stá lançada a corrida eleitoral para a Prefeitura de Curitiba. Os partidos definiram em convenções partidárias os nomes dos candidatos que concorrerão ao cargo de prefeito da capital paranaense, nas eleições do dia 02 de outubro. O Comunicare listou suas principais propostas. O atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, tentará a reeleição pelo PDT, tendo como vice o vereador Paulo Salamuni, do PV, formando assim a coligação Curitiba Segue em frente (PDT, PRB, PTB, PPS e PV). O candidato pretende implantar os Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI’s) de eletromobilidade e o plano “Smart City”, que possibilitará aumento de investimento em questões relacionadas à tecnologia e sustentabilidade. Rafael Greca (PMN) tenta novamente retornar à Prefeitura de Curitiba, cargo que ocupou entre 1993 e 1997, tendo como vice Eduardo Pimentel, do PSDB, formando a coligação Curitiba Inovação e Amor (PMN, PSDB, PSB, DEM, PTN, PSDC e PTdoB). O candidato pretende utilizar recursos disponíveis para melhorar a infraestrutura da educação e da saúde pública, reintegrar o transporte metropolitano e investir em cultura, turismo, mobilidade urbana e novas energias.
as eleições pelo PMDB, tendo Jorge Bernardi, da REDE Sustentabilidade como vice, formando a coligação Curitiba Justa e Sustentável (PMDB e REDE). O candidato pretende reintegrar o transporte coletivo metropolitano, rever os contratos de licitação do transporte público e incentivar os professores a crescer na carreira. Ney Leprevost é o candidato do PSD. O deputado estadual também concorre ao cargo de prefeito pela primeira vez. Ele tem como vice João Guilherme do PSC, compondo a coligação Corrente do Bem (PSD, PSC, PEN, PSL, PTC, PCdoB e PPL). Leprevost quer reorganizar a gestão da saúde, criar um departamento anti-crack, aumentar o efetivo da Guarda Municipal e investir em treinamento para a mesma. Tadeu Veneri é o escolhido pelo PT. O deputado estadual tem como vice Nasser Allan, também do PT. O candidato tem como objetivo buscar a reestruturação do transporte coletivo, regula-
rização fundiária, tratamento de lixo e expansão dos serviços de saúde. A deputada estadual Maria Victoria é a candidata do PP. Ela tem como vice Luciano Pizzato do PRTB, constituindo a coligação Renova Curitiba (PP, SD, PRTB, PR, PHS e PMB). Seu foco é reintegrar o transporte metropolitano, implantando os Veículos Leves sobre Pneus (VLP), que segundo ela, custam menos que o atual transporte metropolitano. A candidata também tem o projeto da Cidade Industrial de Curitiba Família, que visa integrar saúde, educação e esporte na região. O PROS tem como candidato Ademar Pereira. Vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), ele concorre a um cargo público pela primeira vez. Porfirio Vengue, do mesmo partido, está definido como vice na chapa própria. O candidato tem como principais propostas a adoção de um bilhete único mensal no transporte coletivo com viagens
ilimitadas e a distribuição do “vale creche” para zerar a fila por vagas na educação infantil na capital. Xênia Mello é a candidata do PSOL. Advogada e militante do movimento feminista, ela tem Rodolfo Jaruga como vice. O PSOL aliou-se com o PCB, formando a Frente de Esquerda. O viés principal do plano político da candidata é reverter o quadro da desigualdade em Curitiba. Para isso, Xênia pretende cancelar os contratos do transporte coletivo e implantar o bilhete único temporal, e garantir vaga nas creches para crianças que estão na fila de espera. O PRP lançou Afonso Rangel como candidato a prefeito da capital. O empresário debutará em eleições, e terá Rick Villar como vice. A principal proposta do candidato é a modernização da gestão pública, diminuindo o número de comissionados indicados por motivos políticos e aproveitando profissionais concursados na administração da cidade. Guilherme Almeida
Requião Filho concorrerá pela primeira vez à Prefeitura. Filho do ex-governador do Estado, Roberto Requião, o candidato exerce o cargo de deputado estadual e disputará Primeiro turno da eleição para prefeito em Curitiba ocorrerá no dia 02 de outubro
Curitiba, 15 de Março de 2016
Foi dada a largada para a corrida eleitoral Candidatos à Prefeitura de Curitiba participam do primeiro debate na televisão Luiz Mourão 3º período
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Band Curitiba realizou na segunda-feira, 22 de agosto, o primeiro debate com os candidatos a prefeito da capital paranaense. Com a mediação do jornalismo Douglas Santucci, Afonso Rangel (PRP), professor Ademar (Pros), Gustavo Fruet (PDT), Maria Victória (PP), Ney Leprevost (PSD), Rafael Greca (PMN), Requião Filho (PMDB), Tadeu Veneri (PT) e Xênia Mello (PSOL) apresentaram suas propostas e não faltaram também trocas de acusações entre os postulantes ao cargo de chefe do Executivo municipal. A disposição dos lugares, bem como a sequência das perguntas foram definidas por sorteio, e o primeiro questionamento foi sobre a dívida pública de Curitiba. Leprevost perguntou ao atual prefeito, o valor real da dívida da cidade. Fruet assegurou que sua gestão atua com responsabilidade fiscal e atacou o governo que o precedeu. “A dívida não chega a 12% da capacidade de endividamento do município, vamos deixar uma situação, mesmo com três anos de queda do PIB, muito menos
Operação Lava Jato Após uma acusação de que todos os candidatos tinham vínculos com a Lava Jato e parentes na política, proferida pela candidata do PSOL, Xênia Mello, com exceção de Requião Filho, do PMDB, todos os participantes responderam as acusações, declarando apoio à operação baseada em Curitiba e refutando a posição de apadrinhamento político.
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Política
Beatriz Mira
Debate contou com nove candidatos à Prefeitura de Curitiba desequilibrada”, afirmou.Filha da atual vice-governadora, Cida Borghetti, e do ministro da Saúde, Ricardo Barros, a candidata Maria Victória fez referências a inovações tecnológicas, tanto em sua primeira pergunta, a Afonso Rangel, quanto em praticamente todas as suas respostas, mesmo quando o questionamento era diretamente sobre outro assunto. A jovem candidata deixou claro o seu posicionamento, demonstrando que esse será mesmo o grande
Embate ideológico Ao ser indagada por Xênia Mello sobre uma das questões que baseiam sua plataforma de campanha, violência à comunidade LGBT, Maria Victória disse respeitar a todos, independente da “opção” sexual, mas finalizou dizendo que “é importante incentivar aulas de empreendedorismo e programação nas escolas municipais e o wimax, isso colocaria Curitiba a frente das inovações e tecnologias”. Xênia se referiu na réplica, à Maria Victória, como a candidata que andou de camburão.
foco de sua campanha, mencionando tecnologia em todas as vezes que foi solicitada no primeiro bloco. O início do debate se deu com poucas indagações aos planos de governo de cada um e muitas promessas. Greca criticou a decisão que segundo ele fechou 25 berçários e prometeu agir diferente, caso seja eleito. “A minha visão seria fazer em cada uma das escolas municipais da cidade uma sala para crianças de quatro a seis anos”, assegurou o candidato, que julga possível realizar esta ação no primeiro ano de governo. O candidato do PMN seguiu com uma pergunta a Requião Filho, ambos discutiram a questão da segurança no centro da cidade e os problemas relacionados ao crack. Após a resposta, a ordem se inverteu e o peemedebista perguntou sobre planos de Greca para a pasta de Cultura que respondeu “eu quero usar o processo cultural como complemento da educação pública” e finalizou elogiando Maristela Re-
quião, ex-secretária especial do Estado e mãe do candidato do PMDB. O encontro entre Veneri e Fruet em lados opostos representou uma situação peculiar. O PT, de Veneri, faz parte da chapa que está atualmente no comando da cidade com a vice-prefeita Mirian Gonçalves. Talvez por isso a confrontação entre os dois tenha sido leve e, após questionar dados apresentados por outros candidatos, Fruet destacou melhorias realizadas por ele na Guarda Municipal e ouviu novas proposições do petista. “É possível fazer uma segurança que não se limite à repressão. Curitiba tem que olhar para sua guarda de forma diferenciada, eu entendo que nós podemos fazer da Guarda Municipal, uma guarda cidadã”, constatou o atual deputado, que defendeu integração entre as polícias. O próximo debate televisivo entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba ocorrerá no dia 25 de setembro e será realizado pela RICTV.
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Politic
Seven men and two women compete for the City Hall Who wins the election will run Curitiba until 2020 Guilherme Almeida 4th period Translated by Christopher Thomaz Freitas, Leonardo Felipe Salmoria, Luiza Gomes Kormann and Matheus Mauricio Britto Ramos
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he election race for the City Hall of Curitiba has started. It was defined at the party conventions the names of the candidates who will compete for the post of mayor of the capital of Paraná State in the elections on October 2nd . The Comunicare listed their main proposals . The current mayor of Curitiba, Gustavo Fruet, will run for re-election supported by the PDT and having as his vice mayor the Council Member Paulo Salamuni from the PV, thus forming the coalition Curitiba Segue em Frente, “Curitiba Moves On” (PDT, PRB, PTB, PPS and PV). The candidate intends to implement the Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMIs), “Procedures for a Manifest of Interest” of electromobility and the “Smart City” plan, which will enable increased investment in issues related to technology and sustainability.
Rafael Greca (PMN), will try to return to Curitiba city hall as the mayor once again, a position he held from 1993 to 1997. He and his vice Mayor Eduardo Slaviero, from the PSDB, formed the coalition Curitiba Inovação e Amor, “Curitiba Innovation and Love” (PMN, PSDB, DEM, PTN, PSDC and PTdoB). The candidate intends to use available resources to improve the infrastructure of education and public health , reintegrate the metropolitan transport and invest in culture, tourism, urban mobility and new sources of energy . Requiao Filho will compete for the first time for the City Hall . Son of the former state governor Roberto Requiao , the candidate holds the position of state representative and will run for the PMDB , with Jorge Bernardi , from the REDE Sustentabilidade as vice, forming the coalition Curitiba Justa e Sustentável, “Curitiba Just and SustainaGuilherme Almeida
ble” (PMDB and REDE ) . The candidate intends to reinstate the metropolitan public transport , review the bidding contracts of public transport and encourage teachers to grow in their careers. Ney Leprevost is the PSD candidate . The state representative also competes for mayor for the first time . He has as vice João Guilherme from the PSC , composing the coalition Corrente do Bem, “Chain of Goodness” ( PSD , PSC , PEN , PSL , PTC , PCdoB and PPL ) . Leprevost intends to reorganize the management of the health system, create an anticrack department, increase the number of officers of the Municipal Guard and invest in their training. The PT has selected Tadeu Veneri. The state representative has as vice Nasser Allan , also from the PT . The candidate aims to pursue the restructuring of public transportation , land regulation and waste treatment as well as the expansion of health services.
The State Representative Maria Victoria is the candidate from the PP . She has as vice Luciano Pizzato from the PRTB , forming the coalition Renova Curitiba, “Renew Curitiba” ( PP , SD , PRTB , PR, PHS and PMB ) . Her focus is to reintegrate the metropolitan transport , implementing the system VLP (Veículos Leves sobre Pneus), “Light Vehicles on Tires” which, according to her, costs less than the current metropolitan transport . The candidate also has the project called Família, “Family”, in Curitiba The 1st round of the election for the city hall will take place on October the 2nd Industrial City (CIC – Cidade
Industrial de Curitiba), which aims to integrate healthcare, education and sport in the region. The political party PROS has Ademar Pereira as candidate. Vice - president of the National Federation of Private Schools ( Fenep ) , he is running for a public office for the first time . Porfirio Vengue , from the same party, is his vice. The candidate ‘s main proposals are the adoption of a single monthly ticket on public transport with unlimited travel and the distribution of “daycare center vouchers” in order to clear the lines for places in early childhood education in the capital. Xenia Mello is the candidate of the PSOL . A lawyer and a feminist activist , she has Rodolfo Jaruga as vice. The PSOL has teamed up with the PCB , forming the Frente de Esquerda “Left-wing Front” . The main bias of the political candidate’s plan is to reverse the inequality frame in Curitiba. To do that, Xenia wants to cancel the contracts of public transport and deploy a single time ticket, as well as secure a place in day care centers for children who are in the line . The PRP launched Afonso Rangel as its candidate for the capital’s city hall. The businessman will debut in elections, and will have Rick Villar as vice. The main applicant’s proposal is the modernization of public administration, reducing the number of commissioners appointed for political reasons and utilizing professionals approved in civil service examinations in the city’s administration.
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Politic
The election race has started The Candidates for the city hall of Curitiba participated in the first broadcasted debate Luiz Mourão 3rd period Translated by Christopher Thomaz Freitas and Leonardo Felipe Salmoria
The TV Station Band Curitiba held on Monday, August 22, the first debate with the candidates for mayor of Curitiba. With the mediation of the journalist Douglas Santucci, the candidates Alfonso Rangel (PRP), professor Ademar (Pros), Gustavo Fruet (PDT), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (PSD), Rafael Greca (PMN) Requiao Filho (PMDB) Thaddeus Veneri (PT) and Xenia Mello (PSOL) presented their proposals, but there was also an exchange of accusations among the candidates running to become the head executive of the city government The seating arrangements as well as the sequence of the questions were chosen by lot, and the first question was about the public debt of Curitiba. Ney Leprevost asked the current mayor, Gustavo Fruet, the real value of debt of the city. Fruet ensured that his management operates with tax liability and attacked the government that preceded it. “The debt does not reach 12% of the municipality’s borrowing capacity, we will leave
Operation Carwash After the PSOL candidate Xenia Mello made an accusation against all other candidates saying they have bonds with the Carwash as welll as relatives in politics, all participants, except for Requião Filho (PMDB), responded to the accusation declaring their support to the operation based in Curitiba and refuting the position of political patronage.
Beatriz Mira
The debate featured nine candidates for the city hall of Curitiba a situation much less unbalanced, even with three years of GDP decline” he stated. The candidate Maria Victoria, daughter of the current vice governor Cida Borghetti and the Health Minister Ricardo Barros, made references to technological innovations, not only in her first question to Afonso Rangel, but also in virtually all her answers, even when the question was obviously on another matter. The young candidate has made her position clear, showing that this is going to be the main focus of her cam-
Ideological confrontation Ao ser indagada por Xênia Mello sobre uma das questões que baseiam sua plataforma de campanha, violência à comunidade LGBT, Maria Victória disse respeitar a todos, independente da “opção” sexual, mas finalizou dizendo que “é importante incentivar aulas de empreendedorismo e programação nas escolas municipais e o wimax, isso colocaria Curitiba a frente das inovações e tecnologias”. Xênia se referiu na réplica, à Maria Victória, como a candidata que andou de camburão.
paign, mentioning technology every time she was requested in the first block.
Requião, former State Special Secretary and the mother of the PMDB candidate.
The beginning of the debate took place with few questions about the government plans of each candidate, but with many promises. Rafael Greca criticized the decision which closed 25 public infant day care centers and promised to act differently, if elected. “My vision is to put in each of the municipal schools of the city a room for children from four to six years old,” said the candidate, who thinks it is possible to put this idea into action in the first year of his government.
The meeting between Tadeu Veneri and Gustavo Fruet, from opposite sides, represented a peculiar situation. The PT, Venery’s party, forms the current coalition in charge of the city hall with the vice Mayor Miriam Gonçalves. Perhaps because of that, the showdown between the two was so soft and, after having questioned the data presented by the other candidates, Fruet highlighted the improvements achieved by him on the Municipal Guard and listened to the PT candidate’s new propositions. “It is possible to have a security project that does not limit itself on repression. Curitiba has to think of its Guard in a different way, I understand that we can make the Municipal Guard an active citizen Guard”, remarked the current state representative, who defended the integration of the police forces. The next broadcasted debate among the candidates for the city hall of Curitiba will be held on September 25 and produced by RICTV.
The PMN candidate followed with a question to Requião Filho. They discussed the matter of security in downtown Curitiba and issues related to crack cocaine. After the answer, the order was inverted, and the PMDB candidate asked about Greca’s plans on cultural issues who answered “I want to use the cultural process as a complement of the public education” and concluded by paying compliments on the work of Maristela
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Esportes
Futebol como profissão ou esporte por diversão? O futebol amador em Curitiba e nos campos de várzea se transformou em lugar de diversão, uma maneira de passatempo e de reencontrar os amigos Luis Gustavo Ribeiro 3º período
O
futebol sem sombra de dúvidas é o esporte mais popular no Brasil. Nessa modalidade existem os jogadores amadores, que muitas vezes não são remunerados e praticam a atividade como passatempo, uma forma de reencontrar amigos e esquecer os problemas diários do dia a dia. No país, os campeonatos amadores proporcionam ao público a oportunidade de prestigiar jogos com acesso gratuito aos estádios. Desse modo, o esporte amador é caracterizado pela alegria das pessoas, a competividade dentro de campo e o grande amor pelo futebol. Segundo o diretor de marketing e jogador amador do Esporte Clube Santa Rita, de São José dos Pinhais, Felipe Donizete, os atletas que já foram profissionais disputam os campeonatos amadores da cidade. Em relação ao reconhecimento da Federação Paranaense de Futebol (FPF) aos jogadores, Donizete ressalta que a atividade é valorizada. “Vejo todos os dias divulgações de campeonatos e campos em bons estados em Curitiba e região metropolitana”, afirma o jogador. Segundo o diretor, o futebol de caráter amador tem a função de desvincular a pessoa nos fins de semana da costumeira rotina profissional. O técnico de clubes e advogado, Lucas Reis, atua no futebol por lazer. Ele define que o jogador amador é o boleiro que joga suas “peladas dos finais de semana”. “O peladeiro tem um comportamento completamente diferente do atleta
profissional”, afirma Reis. Sobre a importância desse estilo de futebol para cidade, o técnico ressalta que o futebol amador é uma ótima política pública em nível social. Na questão dos campeonatos amadores, Reis ressalta alguns casos de remuneração a jogadores, como a suburbana, uns dos campeonatos mais importantes de Curitiba. Nesse campeonato especificamente, o nível de esporte e organização apresentado se aproxima muito do profissional, garante o técnico. De acordo com o ex-jogador e treinador em escolinhas de futebol, Manoel Paulo, o futebol amador da capital paranaense deveria ser mais bem estruturado e remunerado pela FPF. Para o jogador, a modalidade é uma oportunidade para se tornar um atleta profissional, além de ser uma forma de deixar a vida com menos sedentarismo.
Revelar atletas ficou complicado A condição financeira atual do país atrapalha categorias de base Todos os anos, os clubes de
hoje prefere jogos eletrônicos
futebol do Brasil surgem com
ao treinamento diário na cate-
jogadores que despontam no
goria de base.
esporte, principalmente atletas formados nas próprias categorias de base. Contudo, ultimamente, revelar atletas está se tornando uma tarefa complicada pela situação financeira que o país se encontra.
Sobre o investimento na base do futebol, o ex-jogador comenta que falta uma integração entre clubes grandes e pequenos. Segundo ele, os pequenos não têm os recursos necessários para dar um bom
“Sinto falta dos campos de
tratamento ao iniciante no
futebol e canchas espalhadas
futebol. Falta investimento,
pelo Brasil”, confessa o ex- jo-
estabilidade no trabalho e
gador do Atlético Paranaense e
oportunidades de clubes para
treinador de escolinhas, Manoel
os atletas se aperfeiçoarem,
Paulo. Para ele, a geração de
afirma Paulo. Luis Gustavo Ribeiro
O futebol amador é disputado nos campos de Curitiba e região metropolitana
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Esportes
Frio e chuva não impedem corrida de lama Desafio Braves leva milhares de pessoas a confrontarem seus limites Breno Soares 6º período
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o dia 20 de agosto aconteceu a MudRace Desafio Braves, em São José dos Pinhais. O evento, já em sua sexta edição, é uma corrida de obstáculos na lama. O Centro de Treinamento Leandro Silva, que costuma ser usado para treinamentos militares e como escola de motocross, foi aproveitado pelos 2,1 mil inscritos que, mesmo com o frio e chuva forte, pularam na lama e correram.
Entre os obstáculos havia muros que deviam ser pulados, barrancos de lama que precisavam ser escalados e descidos, piscinas construídas no barro, além de lugares onde foi necessário rastejar na lama no escuro, e longos tobogãs que acabavam na água.
De acordo com Marcos Douglas dos Santos, um dos organizadores do evento, a prova foi dividida nas categorias Elite, que nesta edição teve sete quilômetros, mas pode ter até 10, e For Fun, com cinco quilômetros.
O casal disse que sofreu em ambas as vezes, mas que o esforço valeu a pena. “Superar seus medos e finalizar a prova é uma sensação maravilhosa, que só a Braves nos permite”, diz Mariana.
Os competidores que completam a prova recebem medalhas e camisetas, e na categoria Elite, também foi entregue um troféu. Santos diz que a prova é exaustiva, mas que qualquer um pode participar. “O objetivo dessa prova é a diversão, a descontração, a superação, o trabalho em equipe. Nós estimulamos a competição, mas de maneira sadia e agradável para todos.
Vitor Specht, 21 anos, e Mariana Lowry, 20 anos, participaram pela segunda vez da prova, na categoria For Fun.
Ela contou que a maior dificuldade nessa prova foi o frio e o medo dos obstáculos com água, mas acredita que a prova de abril, a primeira em que participou, a esgotou mais, pois o calor a deixou desidratada.
Leonardo Meira, 28 anos, é atleta e estudante de educação física, faz parte da organização da prova, e compete na categoria Elite desde a primeira edição, no final de 2014. Ele venceu em primeiro lugar todas elas. “Todo mundo pergunta qual meu melhor tempo, mas não tem como saber. A cada etapa o percurso muda. Não tem recorde, porque a prova sempre muda”, diz ele, mas apesar disso, na edição de abril, Meira percorreu os 10 quilômetros da categoria em 51 minutos. O atleta treina principalmente para corrida de montanha. Ele diz que não tem treinador, mas tem companhia em alguns de seus treinos. Além disso, sem periodicidade ou data específica, ele realiza um treino para o público no próprio Centro de Treinamento Leandro Silva, de duas a três vezes entre
cada edição da MudRace, para que quem quiser possa conhecer a prova e treinar obstáculos específicos. Ele afirma que o treinamento tem o intuito de ensinar as pessoas a passar pelos obstáculos, mas é principalmente psicológico, já que muita gente tem medo e duvida de sua capacidade de disputar a prova. Ao ser perguntado o que leva uma pessoa a se levantar as sete da manhã em um sábado frio e chuvoso de inverno para se jogar na lama, Meira brinca. “Loucura, adrenalina e gostar da coisa. Além de, no caso do pessoal que participa pelas primeiras vezes, ser algo diferente. É sair da selva de pedra e se desafiar. É conseguir se superar”. A próxima edição da MudRace Desafio Braves acontecerá no dia 10 de dezembro.
Ela é construída para que todos consigam fazer, inclusive idosos participam. É feita para gerar o prazer de a pessoa chegar no final da prova e dizer: ‘consegui’”, conclui ele. Existe também inclusive a categoria Kids, que contou com uma pequena pista de lama onde as crianças puderam correr e se divertir. O tobogã Godzilla, de 11,5 metros, fechava a prova jogando os participantes no rio
Breno H. M. Soares
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Cultura
70 anos do biquini é comemorado na PUCPR Traje de banho feminino ganhou exposição e desfile Beatriz Mira Letícia Garib Patricia Munhoz 3º Período
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o ano do septuagésimo aniversário do biquíni a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) comemorou a data com a realização da atividade cultural dos anos 40. O evento, que aconteceu no dia 09 de agosto, marcou a reinauguração do mais antigo edifício do campus Curitiba da universidade, que passou a ser chamado de Tribuna PUCPR, sede do Centro Cultural PUCPR. A produção do evento contou com a participação dos alunos da Escola de Arquitetura e Design da PUCPR. Os alunos do curso de Design de Moda desenharam e confeccionaram conjuntos de biquínis para o desfile, realizado na noite de 09 de agosto e para a exposição que acontece entre os dias 10 de agosto e 27 de setembro.
também que a intenção de reabrir o espaço cultural da PUCPR é proporcionar aos estudantes e comunidade um local para relaxamento e lazer.
mo, Design Gráfico, Design Digital, Design de Produto e Jornalismo da universidade. O objetivo foi promover a interdisciplinaridade acadêmica.
A decana da Escola de Arquitetura e Design, Ângela Leitão, disse que há uma energia muito boa na escola. Ela contou que esse projeto proporcionou a participação de vários cursos. Ângela afirmou que os alunos estavam nervosos, já que “não é fácil pôr em prática o que se aprende em sala”.
O aluno do 8° período do curso de Design de Produto, Thiago Aniceski falou que foi muito importante participar da produção do evento. O estudante afirmou que é gratificante ver o resultado depois de tanto trabalho e pesquisa.
Também houve a participação dos alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanis-
A atividade cultural também expos obras de artistas paranaenses – Luiz Carlos Andrade Lima, Theodoro de Bona e Guido Viaro. O filho de
Luiz Andrade, Luiz Francisco Andrade Lima, foi prestigiar o trabalho do pai. Ele disse que está muito orgulhoso e feliz pelas obras expostas no evento Bikini 70. Também aconteceu a apresentação de uma esquete que tratou do empoderamento da mulher ao longo dos anos. Desde o seu papel na sociedade nos anos 1940, de completa submissão ao homem, cujas responsabilidades eram exclusivamente cuidar da casa e da família, até a década atual da mulher livre para ser quem quiser.
“Isso não é só sobre a história do biquíni, é sobre a história da mulher” Beatriz Mira
Além dos biquínis estão em exposição painéis gráficos, objetos de época e projeções de vídeo. Todos os materiais tratam da evolução histórica e social do biquíni e do papel da mulher. A diretora do núcleo de Cultura e Esporte da PUCPR, Sheila Reinehr, conta que foram mais de três meses trabalhando no projeto. Ela afirmou que a ideia do evento foi muito bem aceita pela universidade, pois o real significado do projeto é contar a história da mulher e a mudança do seu papel na sociedade. “Isso não é só sobre a história do biquíni. é sobre a história da mulher”disse. Sheila revelaou A abertura contou com um desfile e apresentações de teatro
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A cidade esquecida do Norte do Paraná Conselheiro Mairinck é o que podemos chamar de um município fantasma Gilmar Montargil 6º período
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ssa é Rua Brasil, a última rua de Conselheiro Mairinck. Não é tão longa como a Avenida Brasil de Curitiba, nem tão movimentada como a do Rio de Janeiro, mas leva o Brasil em seu nome. Depois da Rua Brasil não há mais nada, somente um grande campo verde com alguns recortes de floresta que terminam na linha do horizonte. Pela manhã, é possível ver a neblina densa se movendo pelos vales do terreno, enquanto as vacas começam a pastar. Ninguém vai à Conselheiro Mairinck. Não é uma cidade turística, não tem empreendimentos que atraiam empresários, não tem um pseudônimo como “cidade do boné” ou “cidade do jeans”, não tem nem mesmo uma rodoviária para que possa-se chegar. Uma estrada mal asfaltada leva da BR-153 até a entrada da cidade. Há um pesqueiro do lado esquerdo – o que pode ser facilmente confundido com uma lanchonete ou happy hour de cidade grande. Uma grande casa de madeira, bem arejada, cheia de mesas e cadeiras de carvalho, serve em seu cardápio pastel de tilápia por R$ 4,50. Mesas e banquetas de plástico vermelho ficam do lado de fora para quem quiser ficar próximo do lago. Do lado esquerdo fica o cemitério. - O único lugar que aumenta aqui - exclama apontando para a esquerda Cezar Ferreira, que está dirigindo o seu Citroen C3 a caminho da casa da família. - Inclusive eu quero ser enterrado aqui!
Apesar dos 204 km/² de área territorial, os 3.636 habitantes se aglomeram em cerca de cinquenta quadras de um tabuleiro de 9 ruas verticais, por 7 ruas horizontais. A maioria delas são de pedras negras e somente a principal, Rua Quinze de Novembro, trechos de asfalto com pedras de cimento em formato de hexágono se misturam. De noite, o lazer é ir até a pracinha. A multidão está lá dentro da Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus ouvindo o sermão do padre, enquanto o coreto e os bancos da praça estão vazios à espera de enamorados. Alguns food trucks estão entorno da praça aguardando o final da missa para lucrar. - Aqui em Conselheiro já existia food truck antes mesmo de se chamar food truck - lembra Camila Ferreira. Há uma zona do outro lado da esquina, onde alcoólatras dão risadas e se divertem e mulheres de vestido curto se vendem por uma pinga ou por muito menos. Na rua de cima, fica a única pizzaria da cidade instalada numa casa de madeira azul, mas como o forno é pequeno, uma pizza pode demorar mais de duas horas. O interior que estamos acostumados a ver em novela não existe mais. A comida é feita em fogão a gás, banho se toma em chuveiro elétrico, o roteador de wi-fi se tornou mais um elemento indispensável. Mas alguns costumes na casa da família Ferreira ainda permanecem. Como fazer xarope
a base de açúcar, gengibre, hortelã e cravo, além de pães e sonhos para comer pela manhã ou no final de tarde acompanhado de um café. Decido fazer um mousse de maracujá. Vou em um dos três mercadinhos do município. Esse é razoavelmente grande e tem até carrinho para desfilar nos cinco corredores de produtos. A capilaridade de algumas marcas me impressiona, como um stand cheio de catchup Heinz e o domínio do refrigerante Fabyane. O açougueiro fica atrás do freezer de carnes com a mão apoiada no queixo à espera de um cliente. Não encontro o maracujá para a minha mousse e também não tinha limão para servir de segunda opção, hoje no hortifrúti só tinha laranjas. No caixa, deparo-me com um costume de infância, clientes pedindo para a caixa anotar no caderninho, ela abre e vai folheando, passa Antônio, passa Carlos, até encontrar Cláudia, o valor é anotado e Cláudia se despede dizendo que irá pagar no final do mês. Viajo cerca de vinte e oito quilômetros em busca do maracujá, em um grande supermercado na região central de Ibaiti. A rotina é comum para os mairinquenses que precisam ir ao dentista, ir ao banco, comprar roupas ou eletrodomésticos, afiar o alicate, ir atrás de um presente, comer um chocolate de uma grande franquia nacional ou um açaí na tijela, entre tantas outras coisas que parecem simples, mas que a cidade onde residem não contempla.
Literário
Já para quem sofre uma emergência, a viagem é ainda maior, a ambulância deve percorrer mais de quarenta quilômetros pela Transbrasilândia para chegar em um hospital em Santo Antônio da Platina ou mais de sessenta para ter atendimento em Jacarezinho. Porém, há uma unidade básica de saúde em Conselheiro Mairinck que conta com o expediente de três médicos, inclusive uma cubana que está atendendo a mais de um ano pelo Mais Médicos. E quando é para votar, o povo vota tudo na mesma escola? - pergunto. Ah não! É dividido, tem duas escolas, mas uma é na frente da outra e a rua fica cheia - responde Heloína Ferreira, mais conhecida como Tia Heloína. A região não tem jornal local e na tevê passa os jornais de São Paulo ou Londrina, as notícias percorrem a cidade por meio de comentários e fofocas de esquina – você ficou sabendo que fulano morreu? – ou – você ficou sabendo que ciclano foi embora? Aliás, ir embora é o que mais acontece em Conselheiro Mairinck, pois com ou sem crise, a oferta de emprego é minúscula, fazendo com que desde cedo os jovens cresçam com o “sonho do interior”. Para aqueles que olham para o norte, a ida é para São Paulo, para aqueles que olham para o Sul, o rumo é Curitiba. E assim deixam a “cidade esquecida” para trás, voltando somente para visitar parentes em datas festivas, ou quem sabe, para nunca mais voltar.
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Ensaio
Projeto Cristão recupera usuários de drogas em Curitiba A instituição Fazendo Diferença é de caráter filantrópico e sem fins lucrativos Luis Gustavo Ribeiro 3º Período
Projeto Fazendo Diferença ensina valores e princípios bíblicos aos dependentes
Os últimos meses de tratamento são dedicados aos trabalhos externos
Cada depende do projeto é responsável por alguma atividade
O projeto é responsável pelo tratamento de dependentes químicos