Inclusão
Apenas áreas centrais de Curitiba têm equipamentos e estrutura de acessibilidade para pessoas com deficiência. Página 03
Política
Sociedade civil se mobiliza contra a PEC 5, que tira autonomia e limita atuação do Ministério Público Página 06
Esportes
Volta dos torcedores aos estádios de futebol é marcada por ingressos com preços elevados. Página 08
Curitiba, 07 de Dezembro de 2021 - Ano 25 - Número 333 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Passaporte da vacina Vaccine passport
Projeto de Lei discutido em Brasília propõe restrição na circulação de pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19. Ideia é controlar a exposição de cidadãos mais suscetíveis a se contaminar e, simultaneamente, estimular a vacinação, que já está em fase avançada no País.
A Câmara de Vereadores de Curitiba rejeitou um projeto que pretendia implementar um “passaporte municipal da vacina“
Cidades| pag.04
Música do Paraná volta ao Grammy A
pós oito de jejum, o Paraná volta a ter uma banda finalista do Prêmio Grammy Latino, considerado um dos mais importantes da música mundial. A representante do estado é a banda Tuyo, formada por três irmãos naturais de Londrina e que produz música pop. O grupo foi indicado pelo álbum “Chegamos Sozinhos em Casa”, na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo de Língua Portuguesa.
Diversidade no vôlei
Juh Almeida / Divulgação
A última indicação de uma banda local ao Grammy havia acontecido em 2013, com a banda Nevilton, de Umuarama, indicada na categoria Melhor Álbum de Rock Brasileiro. A construção da carreira da banda Tuyo é considerada um modelo de gestão e, na avaliação de críticos, simboliza o profissionalismo que caracteriza a atual geração de músicos paranaenses.
Cultura| pag.11
Em contraste com as declarações homofóbicas do jogador Maurício Souza, o Curitiba Vôlei, que disputa a Superliga Feminina, dá exemplo de inclusão e diversidade. O time conta com jogadoras de perfil
variado e não convencional. Destacam-se uma atleta de 45 anos e outra refugiada. O clube também tenta contratar uma jogadora trans, mas esbarra em entraves jurídicos. Esportes | pag.9
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Editorial Estado de vingança Ivan Cintra 2 ° período
C
omplexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro: oito corpos foram retirados do mangue por moradores. A chacina já totaliza nove mortos. De acordo com residentes do complexo, as execuções aconteceram dentro do Salgueiro; policiais pegavam as pessoas na rua, e as torturavam e matavam. O motivo aparente é uma “operação vingança” pela morte de um policial militar. Morto em confronto, o sargento Leandro Rumbelsperger da Silva foi baleado por criminosos durante um patrulhamento, e morreu no hospital, após ser socorrido.
A “operação vingança” é considerada um padrão de represália da polícia do Rio de Janeiro. Chacinas não são mais notícias que causam espanto na população. Talvez nunca tenham sido. Chacina, morticínio e genocídio são termos tão comuns no Brasil que são normalizados; tão comuns no cotidiano do brasileiro quanto a violência, o tráfico e a fome. Não é a primeira vez que se vê moradores carregando o corpo assassinado de um parente. Em maio deste mesmo ano, ocorreu um massacre na comunidade do Jacarezinho que resultou em 29 mortes; o maior massacre em operação policial da cidade do Rio.
A palavra “vingança” não existe na Constituição da República, mas é institucionalizada pela polícia. Enquanto policiais puderam decidir o que é de lei e o que não é, a “bala na cara” continuará sendo advogado, promotor e juiz.
Os mortos foram, em sua maioria, pretos, pardos e descendentes de indígenas, tanto no Salgueiro quanto no Jacarezinho. Não é novidade
Opinião Desabrochar da orquídea Lívia Berbel 2 ° período
N
o Brasil, em meio a uma pandemia infindável e um descaso contundente, nós, os estudantes e professores brasileiros, tentamos defender a educação como flores que desabrocham perfurando a terra. Somos, parafraseando Drummond, insetos que cavam sem alarme e, no fim, em verde, sozinhos, antieucledianos, formamos-nos orquídeas.
Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE BELAS ARTES
TRADUÇÃO
Suyanne Tolentino De Souza
Ivan Martins Cintra
FOTO DA CAPA COORDENADORA EDITORIAL Lorena Kikuti Suyanne Tolentino De Souza
Até que está cheio!
Está meio vazio!
Edição 333 - 2021 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br
Pontifícia Universidade Católica do Paraná | R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO
COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO
Tayná Luyse
O descaso com a educação brasileira é o motivo do nosso cansaço, insetos que cavam em busca de mudança. Mas não desistamos. A existência de pessoas que ainda acreditam e investem na pedagogia brasileira será o motivo do desabrochar das orquídeas.
Renan Colombo (DRT-5818-PR)
Rafael Andrade
Comunitiras
É certo que o descaso com a educação brasileira não vem de apenas três anos ou de um governo. Em meio às discussões ideológicas, às brigas por poder que permeiam toda a história brasileira, a educação é sempre deixada à margem. No entanto, fato é que o governo atual também é nutrido por falácias: a educação não melhorou, não temos um governo honesto, sério e, muito menos, competente.
COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL
Ângela Leitão
Relatos de agressão e tortura por parte de policiais sempre surgem após as chacinas. A atuação da polícia nas comunidades evidencia o total desprezo pelos padrões de conduta; eles querem ser autônomos e desregulamentados. Junto com essa síndrome de poder armado, fissurados por controle público, aliam-se a uma narrativa ideológica de que o Brasil utópico só pode ser alcançado com a literal purga dos criminosos. Tomam o manto que deve ser da Justiça, querem ser vistos como heróis dentro da limpeza social. Tornam o país em um estado de vingança.
Segundo o último IBGE, 731 mil crianças ainda estão fora das escolas. Ainda, com a pandemia, o cenário piorou: 4,3 milhões de estudantes brasileiros não tinham Internet para acessar às aulas remotas. Muitos não conseguiram estudar.
Aqui o foco é questionar a posição do governo frente à situação educacional do país. Diante das afirmações dos representantes, eu me pergunto: será a suposta educação desse governo tão
REITOR
De acordo com pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os Ministérios Públicos do Rio e São Paulo pedem o arquivamento de 90% dos assassinatos cometidos por policiais, o que anula a chance de haver punição ao servidor na Justiça. Impunidade gera onda de violência policial generalizada, e totalmente parcial,
em que o pobre é sempre o elo mais fraco no que tange ao acesso à Justiça.
falsa, tão decadente, tão desbotada quanto ele mesmo?
Neste mês de novembro, mais uma vez a prova do ENEM foi aplicada para cerca de 2,3 milhões de estudantes no país. Dias antes da aplicação, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a prova, a partir deste ano, passaria a ter a “cara do governo”. Logo depois, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, corrigindo a fala do presidente, declarou que a prova seria dessa forma em sentido de “competência, honestidade, seriedade”, como é, nas palavras dele, a atual regência do país.
Expediente
que a polícia brasileira mata mais negros do que qualquer outra etnia. Segundo o Atlas da Violência, o negro tem três vezes mais chances de ser morto do que o branco, representando 75,7% das vítimas de homicídios. A letalidade policial só cresce, e, de acordo com o Monitor da Violência, oito em cada dez mortos em intervenções policiais são negros. A violência no país não é imparcial.
Estudantes 2º Período de Jornalismo Adriano Sirius Amanda da Silva Ana Carolina Augusto Annelise Mariano Bernardo de Souza Bruna N. Pelegrini Bruno Akio Tossa Caio Yuke Remza Eduardo da Silva Enrique Guinart Felipe Tomaz Felipe Lunardi Gabriela de Jesus Giovanna Catapan
Gustavo Vale Igor Barrankievicz Ingrid Lopes Isabela Lobianco Isabella Elias Ivan Cintra Janaína Furtado João Américo Goulart João Caetano Guimarães João Vitor Vieira José Henrique Garlet Julia Moreira Julia Barossi Julia V. Sobkowiak Juliana Boff Laura Siqueira Lívia Santana
Lorena Kikuti Lua Beatriz Martins Luis Gustavo Bocatios Maria Fernanda Dalitz Maria Luisa Cordeiro Mariana Santos Mariana Bridi Marina Zocolotte Natália Volaco Nicolas de Oliveira Pietra Gabiatti Pietra Pozzetti Tayná Luyse da Silva Thaynara da Graça Valentina Silva Nunes Victor Augusto Dobjenski Vinicius Setta
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Cidades
Apenas região central de Curitiba é acessível para PCDs Um em cada cinco curitibanos possui algum tipo de deficiência, mas regiões periféricas sofrem com falta de acessibilidade Bruna Pelegrini, Felipe Lunardi, Ivan Cintra e José Souza 2º período
Lucília Guimarães/ Divulgação Prefeitura de Curitiba
A
penas os bairros centrais de Curitiba são acessíveis para pessoas com deficiência - em Curitiba e região, cerca de 20,5% da população possui algum tipo de deficiência, conforme estudo realizado pelo IBGE. A estimativa é de que 661.832 pessoas sejam portadoras de deficiência visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. A periferia da cidade e zona metropolitana, porém, têm problemas de mobilidade urbana para essa parcela da população.
No ano passado, a prefeitura de Curitiba lançou o Plano Municipal Decenal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em prol da acessibilidade nos espaços públicos. O documento se volta a fomentar a capacitação dos servidores para lidar com portadores de deficiência, à criação de serviço de audiodescrição para equipamentos da prefeiCerca de 87% das estações-tubo possuem elevador ou rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida tura e à adequação de piscinas municipais para pessoas em to, os ônibus com acesso por não garantem acessibilidade aqui, há 20 anos, eu notei um cadeira de rodas e nanismo. tubo e que são acessíveis para em toda a cidade; muitos usuavanço na inclusão e acessibilicadeirantes atendem, em sua ários ainda encontram difidade de Curitiba”, diz Denise. Mais recentemente, a Fazenda maioria, aos terminais dos bair- culdades. “A acessibilidade se Urbana do Cajuru - inaugurada ros e à região central. Nas linhas mantém em pontos e terminais Em Curitiba, pessoas com em junho de 2020 e dedicada à de ônibus, “alimentadores” nos que se encontram próximos de mais de 65 anos ou pessoas educação e agricultura sustenbairros afastados os automóveis grandes áreas urbanizadas dos deficientes que se enquadram tável -, anunciou um cronoque possuem elevador estão eixos estruturais da cidade. nos critérios estabelecidos pelo grama de visitas para pessoas disponíveis apenas em horários Entretanto, à medida que se município estão isentas do valor com deficiência. Apesar disso, limitados. “Geralmente esses aumenta a distância dessas retarifário do transporte. Hoje, os muitos espaços públicos ainda ônibus são lotados, e o espaço giões, os problemas de acessiisentos representam 15,56% de são criticados pelos moradores. que é destinado ao cadeirante é bilidade também aumentam”. todos os usuários de transporte público da cidade de Curitiba. “A grande maioria da cidade não é acessível, principalAplicativa ajuda PCDs mente a periferia”, diz Leila Lima, membro do Movimento No ano de 2018 foi criado na Brasileiro de Mulheres Cegas cidade um aplicativo chamado (MBMC). A opinião é de que MoovDis, que funciona através a gestão de Curitiba não vê a de um sistema de geolocalização acessibilidade como prioridado celular, identificando trajetos de. Para Leila, “quanto mais mais acessíveis para pedestres afastado um bairro é do centro, com deficiência e permitindo menos cuidado e preocupação que usuários compartilhem ocupado por diversas pessoas”, Para Denise Moraes, da Direcom acessibilidade tem”. informações de obstáculos nos diz Leila Lima. toria de Direitos da Pessoa com trajetos para os outros. Deficiência, muitos espaços de Desde 2018, foram incorporaEm relação às estações-tubo, Curitiba são acessíveis, princidos ao RIT (Rede Integrada de O aplicativo foi testado com cerca de 87% são equipadas palmente prédios da Prefeitura, Transporte) ônibus específicos auxílio da Associação dos Deficom elevadores ou rampas escolas e pronto-atendimentos. que disponibilizam aos seus cientes Físicos do Paraná (ADFP) de acesso. Para o arquiteto, “Curitiba ficou entre uma das passageiros algumas adaptações e pode ser aplicado em qualquer urbanista e gestor urbano Vítor melhores cidades [do Brasil] em em seus veículos, para poder cidade. O Moovit em 2021 comePereira Morandin, os dados inclusão. Desde de que eu entrei atender os cidadãos. No entançou a disponibilizar em Curitiba a informação de quais ônibus Daniel Castellano/ Divulgação Prefeitura de Curitiba têm acessibilidade e suas rotas, ajudando os usuários a descobrir se o transporte que está chegando é compatível com suas necessidades.
“O espaço destinado para
cadeirantes é ocupado por diversas pessoas”
Leia mais Veja o mapa interativo de lugares inclusivos de Curitiba.
portalcomunicare.com.br
A Fazenda Urbada do Cajurú foi projetada para ser inclusiva e está aberta à visitação de PCDs
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Política
Arquivado em Curitiba, “passaporte da vacina” é discutido no Senado Estrutura federativa faz com que, mesmo após rejeição de projeto na Câmara de Curitiba, documento seja exigido na cidade, caso proposta seja aprovada em Brasília Júlia Amaral Lívia Berbel Thaynara Goes Victor Gambetta 2º Período
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Lívia Berbel
discussão sobre a adoção obrigatória do chamado “passaporte da vacina” está ativa em Brasília e, se o projeto for aprovado, deve valer em todo o Brasil. Já em âmbito municipal, um projeto de lei semelhante havia sido proposto em junho deste pelo vereador Dalton Borba (PDT), na Câmara Municipal de Curitiba, mas acabou sendo arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no último mês de setembro. Em Brasília, o projeto de lei (PL) 1674/2021 apresentado por Carlos Portinho (PL-RJ) foi aprovado no Senado e, agora, aguarda aprovação na Câmara dos Deputados. Proposto em maio deste ano, o PL estabelece o Passaporte Nacional de Imunização e Segurança Sanitária (PSS). Segundo o texto da proposta, o documento permitirá que pessoas vacinadas ou testadas com resultado negativo para Covid-19 circulem em espaços públicos ou privados onde haja restrições de acesso. Os senadores Álvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães, que representam o Paraná, votaram a favor da proposta, que foi aprovada em junho, com unanimidade, no plenário do Senado, Foram 72 votos favoráveis e nenhum contrário. Segundo o autor do projeto, a proposta vem sofrendo resistência na Câmara, devido às bases ideológicas de alguns deputados. Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que cerca de 13,4% das 1,8 mil prefeituras consultadas implantaram o “passaporte da vacina”.
Em Curitiba
Em junho deste ano, o vereador Dalton Borba (PDT) protocolou um Projeto de Lei que pretendia criar o Certificado Municipal de Imunização e Segurança Sanitária (CMISS) em Curitiba. O projeto, no entanto, foi arquivado pela CCJ da Câmara Municipal de Curitiba. A votação do PL recebeu um parecer de sete votos contrários, frente a dois favoráveis. Os dois votos favoráveis pertencem ao vereador autor do projeto, Dalton Borba (PDT), e a Renato Freitas (PT). Já os votos contrários foram dos vereadores Denian Couto (Pode), Beto Moraes (PSD), Noemia Rocha (MDB), Mauro Ignácio (DEM), Indiara Barbosa (NOVO), Pier Petruzziello (PTB) e Marcelo Fachinello (PSC). O principal argumento da relatora Indiara Barbosa (NOVO), foi de que o projeto feriria o direito constitucional da liberdade individual. O presidente da comissão, Osias Moraes (Republicanos), colocou em votação o arquivamento do projeto ao re-
Se a lei for aprovada, comprovantes de vacinação deverão ser apresentados para frequentar estabelecimentos com restrição ceber parecer de Indiara Barbosa (NOVO). Após longa discussão sobre a proposta, a CCJ votou pelo arquivamento definitivo do projeto. A CCJ é a única comissão da Câmara Municipal que tem poder regimental para arquivar projetos já protocolados no legislativo. De acordo com o vereador Dalton Borba (PDT), o passaporte da vacina é uma medida que possui aval de diversas entidades sanitárias ao redor do mundo. Para ele, o Brasil demorou para adotar este protocolo sanitário,
bou rendendo o arquivamento do projeto”, completa. Relatora da proposta, a vereadora Indiara Barbosa (Novo), que votou pelo arquivamento do projeto durante a reunião remota da comissão da CCJ, afirmou em seu relatório que existem medidas sanitárias menos danosas ao direito à livre locomoção e liberdade, como distanciamento social, uso de máscaras e a limitação da capacidade dos espaços. Em outro momento a vereadora afirmou: “Gostaria de deixar
lhamento de competências, já que os municípios são um ente federado do Brasil: “Se há uma lei federal e uma lei estadual, tem que se adequar à federal. Se há uma lei estadual e uma lei municipal, deve-se adequar-se à estadual”, explica. “Em questões sociais, de comportamento e de saúde, a decisão é compartilhada e, se houver, uma lei federal, é essa lei que fica valendo”, acrescenta. Para o cientista da UFPR é curioso aplicar o direito de ir e vir para justificar o arquivamen-
“Você tem o direito de tomar a sua decisão, mas você precisa respeitar os outros” que é fundamental para o controle do contágio e proteção da saúde da população.
O vereador acredita que o projeto será aprovado pela Câmara Federal. “Acredito também que deve passar na Câmara Federal, embora exista uma resistência muito grande por conta da base de apoio do presidente da República, que é um negacionista”. Dalton diz, ainda, que o projeto de lei proposto na Câmara Municipal não foi vetado por um critério técnico, já que o texto da lei contava com o devido embasamento constitucional. Ele afirma que o PL foi rejeitado pela CCJ devido a um apelo de um grupo específico de eleitores. “Foi uma demonstração clara de que a CCJ se rendeu ao apelo de um grupo de radicais que fez uma pressão popular muito grande, inclusive constrangendo a democrática manifestação política, o que aca-
claro que sou sim favorável à vacina [...]. Entendo que a vacina é eficaz e que só vamos sair dessa situação com ela. No entanto, a realidade é que nem todas as pessoas foram tomar a vacina. Como disse em meu parecer, as pessoas não se vacinam por diversos motivos e não só porque não querem[...]. As pessoas devem se vacinar por vontade própria e serem incentivadas a isso, receber informação e não serem obrigadas por leis impositivas.” Caso a Câmara volte a discutir a proposta arquivada, é preciso que o ponto considerado inconstitucional apontado pela relatora Indiara Barbosa (NOVO) seja modificado para, então, a ideia ser reapresentada.
Curitiba x Brasília
Cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerson Cervi explica que, no Brasil, existe um comparti-
to do projeto em Curitiba, já que ele não é absoluto e não se aplica à propriedade privada. De acordo com ele, o combate à pandemia é uma decisão coletiva. “A gente age coletivamente, respeitando e evitando que quem não quer se vacinar não entre em contato com outros.No fundo, esse é o objetivo do passaporte da vacina. Você tem o direito de tomar a sua decisão, mas você precisa respeitar os outros. Infelizmente, nem todo mundo consegue entender o que é conviver em sociedade, de fato”.
Leia mais Vídeo explica as relações entre os três poderes. portalcomunicare.com.br
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Politics
Unapproved in Curitiba, “vaccination passport” is discussed in the Senate In the federative state regulation, even after the rejection at the Curitiba Chamber, the bill would be active in the city if the proposal is approved in Brasília Júlia Amaral Lívia Berbel Thaynara Goes Victor Gambetta 2º Período Translation: Ivan Cintra
T
Lívia Berbel
he discussion about the mandatory enforcement of the so-called “vaccination passport” is active in Brasília and, if the project is approved, it should be valid throughout Brazil. At the municipal level, a similar bill had been proposed in June of this year by councilor Dalton Borba (PDT), in Curitiba City Council, but it was discontinued by the Constitution and Justice Commission (CCJ) last September. In Brasília, the bill 1674/2021, presented by Carlos Portinho (PL-RJ), was approved by the Senate and is now awaiting approval of the Deputies. The bill enforces the National Immunization and Health Security Passport (PSS). According to the text of the proposal, the document will allow people vaccinated or tested negative for Covid-19 to circulate in public or private spaces where there are access restrictions. Senators Álvaro Dias, Flávio Arns and Oriovisto Guimarães, who represent the state of Paraná, voted in favor of the proposal, it was approved unanimously in June by the Senate. There were 72 votes in favor and none against. According to the author of the bill, the proposal has found some resistence due to the ideological bases of some deputies. A survey carried out by the National Confederation of Cities (CNM) indicates that 13.4% of the 1,800 city halls implemented the “vaccine passport”.
In Curitiba
In June of this year, councilor Dalton Borba (PDT) started a bill that would create a City wide Certificate of Immunization and Sanitary Security (CMISS) in Curitiba. The project, however, was discontinued by the CCJ of Curitiba. The PL vote received seven votes against and two in favour. The two votes in favor belong to the councilor who authored the project, Dalton Borba (PDT), and Renato Freitas (PT). The votes against were voted by councilors Denian Couto (Pode), Beto Moraes (PSD), Noemia Rocha (MDB), Mauro Ignácio (DEM), Indiara Barbosa (NOVO), Pier Petruzziello (PTB) and Marcelo Fachinello (PSC). Referendary Indiara Barbosa’s main argument was that the bill would violate the constitutional right of individual freedom. The president of the commission, Osias Moraes (Republicanos), voted for the discontinuation of the project after receiving Barbosa´s report. After a lengthy discussion about the bill, the CCJ voted
If the law is approved, the proof of vaccination must be an obligatory requirement to attend to restricted places for the definitive discontinuation of the project. The CCJ is a single commission of the Curitiba City Council that has the power to end projects that have already been initiated in the legislative. According to councilor Dalton Borba (PDT), the vaccine passport is a measure that has the approval of several health entities around the world. For him, Brazil took a long time to adopt this sanitary protocol, which is essential for controlling infec-
Referendary of the proposal, councilor Indiara Barbosa (Novo), who voted to end the project during the remote meeting of the CCJ, stated in her report that there are sanitary measures that are less harmful to the right to peoples’s freedom, such as social distance and the use of masks.
in Brazil: “If there is a federal law and a state law, it has to be adapt to the federal. If there is a state law and a city law, it must be adapted to the state one”, he explains. “Social issues, health behavior, every decision is shared and if there is a federal law, it will remain in action”, he adds.
At another time, Barbosa stated: “I want to make it clear that I am in a vaccine supporter [...]. I understand that the vaccine is effective and that
For the political scientist, it is strange to apply the right to come and go to justify the ending of the bill in Curitiba, as it is not absolute and does
we are only going to get out of this situation with it. However, the reality is that not all people have been getting the vaccine. As I said in my steatment, people don’t get vaccinated for many reasons, not just because they don’t want to [...]. People should be vaccinated of their own whiling and be encouraged to do so, receiving good information and not be obliged by imposing laws. ”
not apply to private property. According to him, fighting the pandemic must be a collective decision.
“You have the right to make your decision, but you need to respect the others” tion spreading and protecting the health of the people.
The councilor believes that the project will be approved by the Federal Chamber. “I also believe that it should pass the Federal Chamber, even though there is great resistance due to the supporters of the President, who is a denialist”. Dalton also says that the bill proposed at the City Council was not denied by any technical criteria, the bill had a proper constitutional basis. He claims that the PL was rejected by the CCJ due to an appeal from a specific group of voters. “It was a clear demonstration that the CCJ surrendered to the appeal of a group of radicals that has great popular pressure, including constraining the democratic political demonstration, which ended up causing the project to be ended”, he completes.
If the CCJ goes back to discussing the proposal, it is necessary that the parts considered unconstitutional by the Referendary Indiara Barbosa (NOVO) be modified so that the idea can be re-presented.
Curitiba x Brasília
Political scientist at the Federal University of Paraná (UFPR), Emerson Cervi explains that, in Brazil, there is a sharing of competences, as cities are a federated entity
“We must act collectively, respecting and preventing those who don’t want to get vaccinated from contacting others. Basically, this is the objective of the ‘vaccine passport’. You have the right to make your decision, but you need to respect the others. Unfortunately, not everyone can understand what it means to live in a society”.
Leia mais Video explains the relationships between the three political powers. portalcomunicare.com.br
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Política
Câmara rejeita PEC que ameaçava autonomia do Ministério Público Proposta de Emenda à Constituição ampliaria de 14 para 15 membros a composição do CNMP, com interferência de membros do Poder Legislativo, limitando a independência do órgão
Lorena Motter Maria Fernanda Dalitz Natália Volaco Valentina Nunes 2º Período
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comunicacao.mppr.mp.br
Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 5, apresentada pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em 25 de março de 2021, propondo a alteração do artigo 130-A da Constituição, que dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A alteração se resumia em ampliar de 14 para 15 membros a composição do CNMP, com interferência de membros do Poder Legislativo, limitando o Ministério em sua independência pública e tirando-lhe o papel de autônomo na fiscalização dos poderes públicos.
Houve diversos atos públicos de pressão aos deputados para que rejeitassem a proposta
Público, André Glitz, diz que a PEC 5 tinha a intenção de O deputado propôs a PEC com desequilibrar e avançar sobre o objetivo de criar mecanismos o modelo de controle externo de controle para moderar abu- e interno, afetando, assim, a sos cometidos por promotores autonomia e a independência e procuradores, tendo assim funcional dos membros do
“Há uma clara tentativa de o Poder Legislativo tentar influenciar esse controle de atuação do Ministério Público. Isso pode ser visto na proposta da escolha do corregedor nacional do Ministério Públi-
“Um MP menos independente traria um prejuízo enorme a investigações criminais, especialmente de crimes do colarinho branco’” a função de garantir controle externo sobre o Ministério Público.
Teixeira criticou, por exemplo, os métodos de investigação adotados pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Segundo ele, os acusados acabam tendo suas reputações destruídas antes mesmo que pudessem se defender durante o julgamento. Após intensa mobilização das entidades representativas do Ministério Público, dos integrantes da instituição e de boa parte da população, a PEC foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. O Ministério Público é o órgão responsável pela defesa da ordem jurídica, dos interesses da sociedade e pela fidelidade da Constituição. Diferentemente de outros órgãos, ele é independente. Por ser um órgão fiscalizador do poder em todas as esferas, não é possível que o Ministério Público esteja subordinado a qualquer um deles.
Especialistas ressaltam soberania do MP O Presidente da Associação Paranaense do Ministério
Ministério Público. Com isso, impediria a revisão dos atos dos promotores de Justiça do Brasil por parte de um órgão sob forte domínio do poder Legislativo.
co e à eventual interpretação de que atos relacionados ao exercício da função poderiam ser controlados pelo próprio CNMP (algo que invadiria a esfera de atuação do Judiciário)”
Ele também fala sobre a mobilização organizada a nível nacional por entidades nacionais como, CONAMP (Associação Nacional dos membros do Ministério Público), que é filiada à APMP (Associação Paranaense do Ministério Público). A mobilização teve por objetivo levar ao conhecimento da sociedade quais eram os riscos da PEC 5 para o exercício autónomo do MP. Isso ocorreu, principalmente, a partir de manifestações em redes sociais, veículos de comunicação e formadores de opinião, gerando um movimento fundamental para a rejeição da PEC 5.
Outra crítica feita à PEC é o fato de que faltou um debate público mais transparente e com dados estatísticos para justificar as alterações propostas. A alteração traria um impacto significativo ao MP, mas, mesmo assim, muitos nem sabiam sobre a existência da proposta.
De acordo com o advogado Gustavo de Almeida Flessak, é de extrema importância a independência do Ministério Público para a fiscalização do estado. “Um MP menos independente traria um prejuízo enorme a investigações criminais, especialmente de crimes do ‘colarinho branco’, e às demais áreas de atuação, como meio ambiente e saúde.”
Além da PEC 5, já houve uma proposta de emenda constitucional, chamada PEC 37/2011, que também foi rejeitada. De acordo com a 2 ª vice-presidente da APMP (Associação Paranaense do Ministério Público), Nayani Kelly Garcia, com a proposta da PEC 37, somente os delegados de polícia poderiam conduzir investigação de crimes no Brasil. Ela acrescenta que a atuação ministerial nas investigações é motivada pela necessidade de realizar apurações que a polícia judiciária tem dificuldade de executar, como investigação de crimes praticados por policiais e, também, por agentes políticos detentores do Poder do Estado.
“Sem o poder da investigação criminal supletiva, o Ministério Público seria impedido de desenvolver com a liberdade devida a sua função constitucional de ingressar com a ação penal contra os criminosos, diante da ausência de indícios mínimos de autoria e materialidade, não colhidos pela polícia.” explica Nayani. O Ministério Público promoveu o debate junto à imprensa e à opinião pública diante da possibilidade de aprovação da PEC, apresentando a proposta como um incentivo à impunidade, especialmente nos casos de corrupção.“Foram mobilizadas a imprensa, parlamentares, instituições de governo, da área jurídica e organizações da sociedade civil, até chegar às manifestações de junho de 2013”. Assim, a votação na Câmara dos Deputados rejeitou a iniciativa em 26 de junho de 2013. Nayani conta que, além das PECs, houve cerca de outras cinco propostas de alteração legislativa que afetariam a independência e funcionamento do Ministério Público. Por desconhecimento das questões técnicas e legais envolvidas, grande parte da população não sabe das consequências que essas propostas e leis aprovadas podem causar ao combate do crime e à defesa da democracia, não havendo, portanto, mobilização para que ocorra um processo legislativo mais participativo e transparente. Tais propostas demonstram a evidente, frequente e contínua tentativa de enfraquecer o Ministério Público, impedindo ou dificultando seu trabalho de defesa da sociedade.
Leia mais Entenda asfunções do Ministério Público e conheça as principais investigações no Paraná. portalcomunicare.com.br
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Comércio se anima com vendas de fim de ano, apesar da crise Msmo estando mais otimistas do que no ano de 2020, comerciantes que ainda se recuperam dos impactos da pandemia se preocupam com a situação da economia brasileira
Annelise Mariano Giovanna Catapan Mariana Bridi 2° Período
Economia
C
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erca de 70% dos comerciantes paranaenses vinculados à Associação Comercial do Paraná (ACP) estão mais otimistas com as vendas de fim ano, na comparação com o ano de 2020, mostram dados da ACP. Entretanto, eles ainda demonstram cautela a respeito da crise econômica que o Brasil está passando. De acordo com um boletim do governo do estado paranaense, no ano de 2020, as empresas tiveram queda de 54% nas vendas. Em 2021, conforme dados da Associação, 53% ainda não se recuperaram dos prejuízos gerados pela pandemia, contra 36% que afirmam ter conseguido se restabelecer. Os comerciantes estão mais atentos ao fato de que, de modo geral, o impacto negativo da
Muitos comerciantes ainda não se recuperaram dos prejuízos da pandemia
“O comerciante está receoso pela inflação e pelos juros. Sabe que o valor médio das vendas vai cair” pandemia não será tão grande neste ano como foi ano passado. Com a melhora da saúde pública, a convivência social será retomada, estimulando o comércio. Ainda assim, 38% dos varejistas associados à ACP afirmam estar preocupados por conta da inflação e 38% citam a situação política como um foco de alerta. O professor de economia da PUCPR Wilhelm Meiners explica que a inflação está corroendo o poder de compra dos consumidores e afetando seus planos de consumo. O orçamento, agora, está limitado e o custo do endividamento é alto, com os juros em elevação. Por isso, a inflação acarreta diminuição das vendas,
Fonte: Associação Comercial do Paraná
principalmente de bens e serviços não essenciais. “O comerciante está receoso pelo momento da inflação e de juros elevados. Sabe que o valor médio de vendas vai cair. As vendas serão melhores do que em 2020, mas o que mais atrapalha: os custos de reposição de estoques (preços em alta, real desvalorizado), dificuldades de repor estoque (importações da China estão mais lentas), necessidade de repassar custos ao cliente (está com poucas reservas para comprar no mercado), o consumidor está com orçamento restrito (renda real em queda, desemprego elevado)”, explica o economista.
Para a dona dos dois brechós “Maria Brechó Curitiba” e “Maria Brechó Curitiba Kids”, em Curitiba, Maria Vitória Fonseca, os danos do ano pré-pandêmico ainda estão sendo restaurados. “Tivemos de fechar uma unidade e também demitir uma funcionária; agora estamos nos restabelecendo. Houve uma queda tanto de movimento quanto de faturamento”, conta a empresária. As expectativas de Maria Vitória estão altas para os dois últimos meses do ano. Entretanto, ela reconhece que a população está vivendo um momento vulnerável financeiramente. “Acreditamos que, com a melhora do quadro de saúde da cidade e com a economia atual, existem dois cenários possíveis: as pessoas podem não comprar, por estarem vivendo uma situação difícil financeiramente, mas também podem comprar por estarem vivendo a melhor situação no quadro de saúde dos últimos dois anos”, avalia Maria. Para a consumidora Ana Paula Segato, o planejamento desse final de ano não foge muito das previsões. Neste ano, os gastos serão maiores do que em 2020, considerando que, no ano em questão, não houve encontro com toda a família. “Em 2020, estávamos no auge da pandemia e, consequentemente, os gastos com presentes e até mesmo com a comida da ceia de Natal foram muito menores do que comparados aos dos outros anos”, comenta a radiologista.
“Pretendemos gastar mais que no ano passado, pois queremos ter mais pessoas junto com a gente para comemorar tudo o que passamos nesse tempo de pandemia. Mas, consequentemente, vamos buscar economizar também, considerando que teremos mudanças na nossa família, principalmente nas compras de presentes, para não extrapolar”, conta Paula.
Recuperação de vendas em 2021 No primeiro semestre de 2021, o comércio varejista paranaense cresceu 14%, comparado a 2020, de acordo com o Fecomércio-PR. Os principais setores que se recuperaram foram: Óticas, imagens e som: 29,87% Materiais de construção: 26,42% Concessionárias de veículos: 22,17% Móveis e decoração: 19,66% Combustíveis: 18,70% Autopeças: 18,45% Farmácias: 17,33% Calçados: 12,72% Vestuário: 7,55%
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Esportes
Preços altos afastam cada vez mais o torcedor do estádio Acompanhar e apoiar o time do coração impacta cada vez mais o orçamento dos torcedores brasileiros Caio Remza, João Vitor Luchesi, Nicolas Kirilov de Oliveira e Vitor Marcolini 2º Período
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João Vitor Luchesi
retorno da torcida aos estádios de futebol recolocou em pauta o problema do preço dos ingressos no Brasil, que se tornam cada vez mais um empecilho para o torcedor na hora de apoiar o clube de coração. Cada vez mais o torcedor precisa reservar quantias maiores de dinheiro para frequentar a jogos. Para o torcedor assistir Flamengo x Palmeiras, pela final da Copa Libertadores da América, ele precisaria desembolsar mais de R$ 20 mil em passagens, hospedagem e ingresso apenas para uma pessoa, de acordo com estimativas de preço levantadas para a reportagem. O especialista em marketing esportivo Guilherme Coimbra alega que os preços altos não vão mudar tão cedo, tendo em vista que a demanda por jogos assim, decisivos, sempre é alta. “Se o ingresso da final Palmeiras x Flamengo for vendido a R$ 2 mil e tiverem 40 mil lugares no estádio, haverá 40 mil torcedores. O que muda é só o perfil desse torcedor. Também, por isso, esse preço continuará sendo mantido”. O torcedor não sofre apenas para apoiar in loco o time nos grandes jogos; o ingresso para ir até a Arena da Baixada acompanhar jogos do Athletico Campeonato Brasileiro varia de R$ 75 a R$ 150, dependendo do setor. Para ir ao Couto Pereira, apoiar o Coritiba, os valores variam de R$ 50 a R$ 100, também com o preço oscilando de acordo com a localização no estádio. Coimbra explica que os valores altos de ingresso se devem ao custo operacional para se sediar uma partida de futebol, que é muito alto. Ele também esclarece que a diferença de preços nos ingressos entre times da mesma cidade se deve a muitos fatores, como competições disputadas, quantidade de jogos e conforto oferecido no estádio. “Hoje, o Couto Pereira é um estádio magnífico e histórico, porém a Arena da Baixada é uma nova arena, um estádio que foi reformado, que atende aos padrões da FIFA. Então, quando você vai ao evento, você está pagando o custo desse evento.” O especialista também destaca o impacto desse custo no orçamento do torcedor. Segundo ele, o ticket médio dos times da cidade de São Paulo varia de R$ 50 a R$ 70.
Em estádios como a Arena da Baixada, que atendem ao padrão FIFA, os ingressos são ainda mais caros
“Sempre vai ter um apaixonado, e o apaixonado vai consumir tudo. ”
“Trazendo a discussão para a realidade brasileira, na qual o salário mínimo é de R$ 1,1 mil, aproximadamente, o valor do ingresso mais barato é cerca de 5% de um salário mínimo. Se o torcedor levar a família toda, com ingresso, transporte, tudo que envolve o match day, essa conta pode chegar a 20% ou 30% de um salário mínimo, falando de apenas um jogo no mês; geralmente, são quatro ou cinco. A questão aqui não é o preço do ingresso; é o peso que ele tem no bolso do torcedor brasileiro, porque, infelizmente, a nossa realidade é bem diferente da realidade lá de fora.”
Uma alternativa ao ingresso é aderir aos planos de sócio-torcedor. Cada time tem planos muito variados em todos os quesitos, desde preço até os benefícios. O Athletico, por exemplo, tem planos que variam de R$ 90 a R$ 350, e oferece acesso a todos os jogos na Arena da Baixada, entre outros benefícios, que variam de acordo com o valor pago. Já o Coritiba oferece planos com valores que variam de R$ 54 a R$ 299, que diferem no setor que cada sócio pode usufruir nos jogos, entre outros benefícios. O Atlético Mineiro é, atualmente, o clube no Brasil com maior número de sócio-torcedores, com quase 100 mil torcedores. O clube oferece planos que variam de R$ 10 a R$ 55, e os benefícios incluem descontos proporcionais ao plano na compra de ingressos e até a garantia de uma camisa oficial por temporada com o plano mais caro, já esgotado.
Coimbra explica que a liderança no ranking de sócio-torcedores no Brasil varia de acordo com qual clube gera mais expectativa de resultado no torcedor. O especialista, contudo, cobra dos clubes, principalmente os com grande expressão, mais nacionalização dos benefícios, para engajar o torcedor não só da cidade e região onde o clube está localizado. “Eu sou muito adepto ao sócio-torcedor. É uma prática de muito sucesso no mundo. O desafio é trazer o torcedor para perto e oferecer mais benefícios. Por exemplo: você pega times com um alcance nacional muito grande, como Flamengo, Corinthians, São Paulo e Vasco. Esses clubes
poderiam entregar vantagem aos torcedores que não estão somente na cidade em que este clube está localizado.” Entretanto, Coimbra reconhece que, independentemente dos preços impostos por cada clube, sempre haverá torcedores para sustentá-los, ainda que em menor número.
Leia mais O torcedor está deixando de ir ao estádio?
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Presidente explica sucesso do clube no interior: “nós optamos por ter um produto acessível à comunidade” No interior do estado, existem muitos times apresentando evolução esportiva e financeira. O presidente do Futebol Clube Cascavel, Valdinei Antonio da Silva, diz que o clube se preocupa em não deixar o futebol muito caro de se acompanhar para o torcedor. Ele explica que esta pode ser a razão do crescimento do clube. O FC Cascavel tem, atualmente, a terceira maior média de público no estado do Paraná. Segundo o presidente, a conquista se dá pelo fato do preço do ingresso ser apenas R$ 20, preço comum entre os times
no interior como Londrina, Operário e Cianorte. Silva também destaca como é positivo também para a cidade e região que o clube se desenvolva. “Nós temos a visão aqui de que o FC Cascavel é uma instituição a favor do desenvolvimento da cidade de Cascavel. Então, todas as nossas ações são pautadas visando a aproximação da comunidade não só de Cascavel, mas da região Oeste todam através de ingressos com preços mais baixos”.
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Esportes
Curitiba Vôlei dá exemplo de representatividade no esporte Em contrapartida à polêmica causada pelos comentários do jogador Maurício Souza, o clube da capital promove diversidade na composição do elenco Ingrid Caroline Isabela Lobianco Julia Moreira Mariana Gomes 2º Período
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Reprodução Curitiba Vôlei
jogador de vôlei e campeão olímpico Maurício Souza foi demitido do Minas Clube no final de outubro, após fazer comentários homofóbicos sobre um personagem bissexual em uma revista de quadrinhos. Em contraste com essa situação e às vésperas do início da Superliga Feminina, o Curitiba Vôlei buscou reforços que quebrassem os estigmas do esporte, com a presença de uma atleta com 45 anos e de outra regufiada, além de tentar a contratação de uma jogadora trans. Assim, a equipe conta com Valeskinha, que, aos 45 anos, faz sua última temporada no vôlei; e Nelmaira Valdez, refugiada da Venezuela, que também contribui para a diversidade no esporte. Já Mabelly Gonçalo de Souza, atleta trans recém-contratada pelo time, teve a inscrição barrada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) por não apresentar a comprovação necessária para atuar. No caso de Valeskinha, a professora de Educação Física da PUCPR Keith Urbinati comenta que, para ela se manter em alto nível aos 45 anos, deve redobrar os esforços durante a preparação. “Fatores como a menopausa, decaimento de massa muscular e a maior suscetibilidade a lesões fazem com que ela tenha que treinar muito para manter-se ao nível de Superliga”, comenta a especialista. Nos últimos anos, a campeã olímpica de vôlei (título conquistado em 2008) passou por duas cirurgias: no joelho esquerdo, em maio de 2013; e no joelho direito, em fevereiro deste ano. Ambos
Jogadoras do Curitiba Vôlei se reúnem após a vitória contra o Osasco na temporada 2020/2021 os procedimentos foram para a reconstrução do tendão patelar. Conheça o caso de Mabelly No final de outubro, a Comissão Médica Nacional (Conamev) da CBV reprovou a inscrição de Mabelly alegando que a atleta não apresentou a comprovação do nível de testosterona inferior a 10 nmol/L em 12 meses antes da primeira competição oficial. Para ser inscrita, ela deveria apresentar pelo menos 12 testes, por meses consecutivos, dentro do limite do Comitê Olímpico Internacional. Portanto, a Superliga permanece com apenas uma atleta trans, Tiffany Abreu, do Osasco. Para a professora Keith Urbinati, só o nível de testosterona não seria suficiente para aprovação ou reprovação de uma atleta trans. “Mesmo com a supressão de testosterona de dois a três anos, não é o suficiente para diminuir ao nível do feminino”, afirma. “Comparado aos homens, o nível de testosterona fica bem abaixo; mas ,em relação às mulheres,
ainda fica um pouco acima.” Apesar do movimento a favor de atletas trans nas ligas, a presença delas ainda é questionada. Cientificamente, os estudos sobre a presença de transgêneros tem evoluído a ponto de compreender que somente o exame de testosterona não valida a presença delas. “Testes de força e de aptidão física no geral também devem ser realizados para averiguar se a atleta está na mesma condição física que a das colegas”, segundo a professora Keith. A jogadora da seleção de vôlei Tandara disse, em entrevista a um podcast, que não acha justa a regulamentação de atletas trans nas categorias que eles se identificam, mas também afirma que é contra a criação de um projeto de lei que impeça essas pessoas de jogar. A atleta acrescentou que seu relacionamento com Tifanny é muito bom e de respeito, porém não concorda com a escolha da liga de vôlei feminina de incluir as atletas trans.
Contudo, a participação de mulheres trans faz um grande serviço à representatividade da comunidade transgênero. Em 2020, o número de homicídios de pessoas trans subiu em 41% do ano anterior, classificando o Brasil em primeiro lugar no ranking de países que mais matam transexuais e transgêneros. De acordo com a presidente da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-SP, Marina Ganzarolli, a expectativa de vida de uma pessoa trans no país equivale à da Idade Média. Enquanto o povo brasileiro vive, em média, até os 74 anos, a média da comunidade trans não passa dos 35.
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Entenda o caso de Maurício Souza Após ser acusado de homofobia por comentários nas redes sociais, o atleta foi demitido pelo Minas Clube
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jogador de vôlei Maurício Souza, 33 anos, foi demitido do Minas Tênis Clube em 25 de outubro. após ser acusado de homofobia. devido a postagens em redes sociais. O atleta compartilhou em seu Instagram a cena de um beijo entre o personagem Superman e outro homem em uma nova história em quadrinhos da DC Comics. “Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar...”, comentou na postagem do dia 12 de outubro. Após a repercussão do caso, o companheiro de Seleção Douglas Souza, jogador assumida-
mente LGBT+, comentou também em seu Instagram sobre a cena. “Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito mas eu tenho uma novidade pra sua heterossexualidade frágil”, disse, em resposta à repercussão do caso. As jogadoras Gabi e Carol Gattaz também repudiaram o comentário de Maurício. Entretanto, apesar da notoriedade do caso, o Minas Clube se posicionou apenas no dia 25, quando afirmou ser um clube apartidário, apolítico e que se preocupa com inclusão, diversidade e demais causas sociais. “Não aceitamos manifestações homofóbicas, racistas ou qual-
quer manifestação que fira a lei. A agremiação salienta que as opiniões do jogador não representam as crenças da instituição sociodesportiva”, declarou, por meio de uma nota oficial. Crescimento nas redes sociais e apoiadores Em 25 de outubro, data da demissão do jogador, a conta dele no Instagram possuía 241 mil seguidores. Após uma semana, o atleta somava 2,6 milhões de seguidores. Já a Fiat, patrocinadora que rompeu o contrato em meio a polêmica, recebeu 28 mil dislikes no vídeo do lançamento do novo carro da marca, o Pul-
se, publicado em 3 de novembro. Nos comentários do vídeo no YouTube, houve comentários como “pelo Maurício, pela família Brasil” e “Fiat nunca mais”. Os apoiadores de Maurício não se limitam ao apoio nas redes sociais. A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) anunciou, em 5 de novembro, que propôs a criação da Lei Maurício de Souza (PL 3911/2021). A proposta promete punir quem censurar ou punir alguém por pensamentos e opiniões. Segundo a deputada do PSL, o objetivo do projeto de lei é acabar com o cerceamento ilegítimo e defender a liberdade de expressão.
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Cultura
Curitiba tem volta de shows com quebra de protocolos sanitários Já nos jogos de futebol, que também tiveram retorn de público, os relatos são de que a maior parte das regras está sendo efetivamente cumprida
Igor Barrankievicz Vinicius Setta Enrique Ceni 2º Período
Divulgação
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retomada de shows musicais em Curitiba tem acontecido em meio a relatos diversos de desrespeito a protocolos sanitários, o que é fiscalizado pela Prefeitura de Curitiba, em conjunto com a Polícia Militar, que comandam as ações da AIFU Covid. Marcando a retomada de shows com público na capital, a dupla Jorge e Mateus se apresentou no início de novembro na Live Curitiba. Foi o primeiro grande show na cidade, após a flexibilização de regras da Prefeitura. Em torno de 3 mil pessoas estiveram no show, que tinha como proibição principal o comércio de bebidas alcoólicas. Contudo, a estudante Heloísa Ormeneze, que esteve no evento, relata que a medida não foi respeitada. “O pessoal ficava em pé, cada um na sua mesa, mas havia muita gente sem máscara. Houve, sim, venda de bebidas alcoólicas”. No evento, também esteve presente Alana Bortolazza, de 18 anos, que relatou outra quebra de protocolo: segundo a estudante, ninguém no local estava de máscara, e nos camarotes não houve distanciamento. “Não tive de fazer teste de Covid para ir. Só tivemos que usar máscara na portaria. Não medimos temperatura e não teve que passar álcool gel. Não teve nada”, disse. “O nosso camarote ficou uma hora lotado, lotado! Não tinha nenhuma fiscalização pedindo para controlar as pessoas que entravam nos camarotes e para colocar máscara”. Antes do show, a casa havia relatado que o espaço seguiria todas as normas previstas no decreto: “A casa foi adaptada e o evento será com mesas e cadeiras, prevendo o distanciamento social e por isso, com a capacidade reduzida”. Após o evento, o espaço foi procurado pela reportagem; entretanto, não houve resposta. A volta dos shows acontece devido à estabilização da pandemia na cidade, levando em consideração o baixo número de casos ativos de Covid-19 na cidade (cerca de 20 a menos do que período passado), a oscilação no número diário de casos (queda de 6,3%) a taxa de transmissão (abaixo de 1) e o número de vacinados na cidade (que chega a 93%). “Os casos baixaram, e com muita alegria liberamos a volta do público e shows na cidade”, disse a secret;aria de saúde Márcia Huçulak, em entrevista coletiva junto o prefeito Rafael Greca.
Shows musicais foram retomados em Curitiba no início de novembro.
“Só tivemos que usar máscara
na portaria. Não medimos temperatura e não teve que passar álcool gel. Não teve nada” volta de 20% do público nos estádios, com proibição da venda de bebidas alcoólicas e capacidade máxima era de 5 mil pessoas. O primeiro jogo após a retomada da torcida foi Coritiba e Guarani, pela vigésima sexta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, tendo como público total cerca de 1.701 pessoas. Diferentetemente dos shows, o decreto da volta de público aos estádios de futebol foi respeitado pela maioria das pessoas, conforme relatos de torcedores presentes. As lanchonetes e bares estavam realmente fechados e o uso de máscara era constantemente vigiado por fiscais que pediam para que o torcedor colocassem a máscara.
Com o avanço da vacinação na cidade, um novo decreto, publicado em 4 de novembro, prevê a flexibilização máxima, permitindo 100% da capacidade de público nos estádios. Para Matheus Alipio, que esteve presente em um dos jogos após a liberação, “95% das pessoas que observei respeitaram o uso de máscara e o distanciamento. Em poucas oportunidades as pessoas tiravam a máscara: casos como comemoração de gol ou até ofender o árbitro da partida”. O torcedor Natan França, de 18 anos, voltou a frequentar jogos na Arena da Baixada recentemente: “Pelo menos na Arena, as cadeiras estavam separadas com fitas”. Ele também desta-
cou que as pessoas cumpriram o distanciamento na hora do jogo. “Como o estádio não estava tão cheio, eu vi que as pessoas ficavam de máscara a maioria do tempo e não estavam amontoadas”. O estudante ainda fez um apelo: “A vida tem que seguir. Agora que a maioria da população já está vacinada, não tem
Leia mais Veja os showns programados para Curitiba. portalcomunicare.com.br
Divulgação
Volta de público no futebol Após um ano e seis meses sem a torcida presente nos estádios, decreto da prefeitura publicado no dia 18 de agosto permitiu a Antes da realização dos shows, as casas noturnas de Curitiba prometeram cumprir os protocolos sanitários
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Música paranaense retorna ao Grammy Latino com banda Tuyo Após oito anos, o Paraná voltou a ser representado na premiaçã, concorrendo pela categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa Ana Rossini Eduardo Albano Gustavo Américo Marina Poland 2º Período
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banda curitibana Tuyo esteve presente no Grammy Latino de 2021 concorrendo ao prêmio de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, com o disco “Chegamos Sozinhos em Casa”. Esta foi a primeira indicação de uma banda do estado, após oito anos. A última nomeação de uma banda paranaense ao prêmio havia acontecido em 2013, com a banda Nevilton. A Tuyo representou o Paraná na categoria ao lado de artistas como Anavitória, Nando Reis, Duda Beat, Fernanda Takai e Vitor Kley. O vencedor foi o duo musical Anavitória, com o álbum “Cor”. O Grammy Latino 2021 aconteceu dia 18 de novembro, em Las Vegas, Nevada (EUA). Apesar de a Tuyo não ter vencido a premiação, a indicação foi celebrada por artistas e produtores independentes locais, que vislumbram espaço para projeção do panorama musical curitibano.
com aportes que viabilizaram a produção de lançamentos e formaram uma base de fãs sólida em praticamente todas as regiões do país. Por consequência disso, os convites para festivais e participações importantes em outros projetos passaram a surgir.
As arrecadações com direitos autorais por meio das plataformas de streaming e a venda de produtos personalizados ajudaram os artistas a conseguir passar por esse momento.A lei Adir Blanc, de 29 de junho de 2020, destinou para o setor cultural o valor de R$ 3 bilhões.
Cultura
empresários migraram de outros setores para o show business - um mercado que agora está super aquecido”. O ticket médio de consumo do público curitibano nas casas de show é alto. De acordo com o produtor, esse público está disposto a pagar os valores praticados, o que não significa necessariamente que exista uma recuperação imediata do
“Profissionalismo, acima de tudo, é a marca que essa geração trouxe” Editora do blog Toca Cultural, Lana Seganfredo analisa o futuro da banda Tuyo. Ela diz que é preciso dar
A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) lançou editais como o Programa FCC Digital, que viabilizou, através
que foi perdido nos últimos 14 meses parados; a retomada, porém, está acontecendo de forma animadora. Luiciano Meirelles
Naturais de Londrina (PR), Jean Machado e as irmãs Lilian e Layane Soares formam a Tuyo desde 2016, quando já moravam em Curitiba. O disco da banda que esteve concorrendo ao prêmio se chama “Chegamos Sozinhos em Casa” e é o terceiro da banda, que já havia sido indicada ao prêmio Multishow 2021 na categoria “Canção do ano” com a faixa “Sonho de Lay”. A música integra o disco indicado ao Grammy. Proprietário do estúdio Rec`n Roll, onde grande parte do disco foi gravado, Otávio Madureira conta que o relacionamento com a banda já vinha de longa data. A escolha do estúdio para que o processo de gravação acontecesse foi devido à convivência que construíram, que fez com que a banda se sentisse em casa. O reflexo imediato da indicação reverbera em todo o circuito cultural de Curitiba, como diz Madureira: “Todo o pessoal envolvido vem de uma geração que foi criada junta. Eram amigos de escola e chegaram muito mais preparados do que, por exemplo, a minha geração. Essa galera nunca se preocupou em tocar cover em lugar nenhum. Profissionalismo, acima de tudo, é a marca que essa geração trouxe.” A construção da carreira da Tuyo se tornou um modelo de gestão. Todas as ações e materiais que a banda lançou abriram espaço para investimentos de grandes empresas por meio de editais, como a Natura e a Petrobras,
A banda paranaense Tuyo é formada por Jean, Lay e Lio Soares, e foi fundada em 2016. continuidade ao bom trabalho de mídias sociais aliado a boas composições, o que oferece ao grupo grandes chances de continuar sendo um sucesso e consolidar uma carreira importante.
de recurso financeiro, a manutenção das necessidades básicas dos artistas e produtores, selecionando projetos para exibição em lives durante o período de quarentena.
A reportagem entrou em contato com a banda, mas a assessoria informou que o grupo não está aberto para entrevistas neste momento.
A volta do público às casas de show contribui para o aquecimento do mercado musical. Inúmeros artistas locais estão retornando aos palcos e projetam um bom número de oportunidades de trabalho. Se, para músicos e bandas locais, as projeções são animadoras; na mesma medida, os grandes produtores também estão animados com o retorno gradativo do público.
Como a pandemia afetou os músicos independentes A indicação ao prêmio veio em boa hora, devido à flexibilização das medidas sanitárias da Covid-19 relacionadas à realização de shows e eventos, que são fator fundamental para a manutenção da carreira dos artistas independentes. Durante o período pandêmico, eles foram afetados diretamente por não poderem subir aos palcos.
O produtor de shows de uma das principais casas de shows do Paraná, a Live, Franco Júnior comenta a respeit. “Esse cenário da retomada das casas de shows está acontecendo de um jeito novo, já que muitos
Franco analisa como a pandemia serviu de filtro para os profissionais qualificados: “Em um momento pré-pandemia, existia a movimentação de alguns eventos que eram feitos de qualquer forma. Nesse sentido, a pandemia acabou eliminando esse tipo de serviço e deixou no mercado somente os profissionais que levam a sério o entretenimento, o que acabou qualificando a mão de obra e melhorando a maioria dos serviços prestados.”
Leia mais Resultado da Tuyo no Grammy Latino 2021 portalcomunicare.com.br
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Curitiba, 07 de Dezembro de 2021
Ensaio
Torcedores athleticanos fazem festa no entorno da Arena da Baixada Em jogo contra o Peñarol pelas semifinais da Copa Sul-Americana, Athletico vence a partida por 2 a 0 e torcedores comemoram no entorno do estádio Julia Barossi 2ª período
Multidão fazendo a recepção do time rubro-negro
Transporte com o time chegando na Arena da Baixada, com a festa dos torcedores
Torcedores carregando faixas e instrumentos para ajudar na torcida
Ônibus com delegação Athleticana chegando na Arena da Baixada
Torcedores com bandeirões na caminhada pela rua Brasílio Itiberê