Comunicare diário 29.06.2015 (segunda)

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Novos radares na br-116

Cinto não é enfeite

Estudar é preciso

Os equipamentos, 18 no total, come- Acessório obrigatório pode salvar çam a multar a partir de hoje. vidas no trânsito. Página 02 Página 04

Embap e FAP retornam às aulas, após quatro meses em greve. Páginas 05

Curitiba, 29 de Junho de 2015 - Ano 18 - Número 262 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Consumo consciente

Casa Cor Paraná 2015 destaca novos meios de utilização de energia. Página 08


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Curitiba, 29 de Junho de 2015

Expediente

Cidades

Novos radares em funcionamento 18 equipamentos fixos instalados na BR-116 passam a aplicar multas Fernanda Ehlke 2º período

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eículos que transitam na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal ligação entre São Paulo e Curitiba, estarão sujeitos a multas se excederem a velocidade permitida a partir da zero hora desta segunda-feira (29). São 18 radares fixos instalados desde fevereiro do ano passado, mas que antes não geravam multas. Os aparelhos estavam em fase de teste para ensino dos motoristas e de acordo com o Policial Rodoviário Federal, Fernando de Oliveira, estão colocados em lugares com maior risco de acidentes ao longo da BR-116. Para ele, a percepção de que está sendo fiscalizado geralmente faz o motorista dirigir com mais prudência. “Ninguém duvida do fato de que os motoristas em geral tendem muito mais a respeitar a velocidade quando há um equipamento de radar em funcionamento, do que quando existem apenas placas de sinalização”, diz Fernando.

Edição 262 - 2015 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br

Em contrapartida, o motorista Carlos Ferreira Nascimento acredita que a rodovia já foi alterada para aumentar e acelerar o fluxo de carros, por isso a medida é incoerente. “A velocidade da via é normal e ninguém vai além da velocidade, só que eles vão colocar radar para reduzir a velocidade de novo a 60 ou 80 km/h, para quê? É desnecessário”, afirma Carlos. Os valores das multas vão de R$ 85, nos casos de excesso de até 20%, a R$ 574, nos casos de velocidades superiores em mais de 50% com relação ao limite máximo. Neste último caso o motorista enfrentará ainda um processo de suspensão da carteira de habilitação. Os motoristas passarão a ser notificados através dos Correios, após a Polícia Rodoviária Federal avaliar e identificar a infração. Fernanda Ehlke

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes

SECRETÁRIOS DE REDAÇÃO Andrey Princival Gabardo Bruna Carvalho 7º período

O caminhoneiro Bianor de França acha válida essa iniciativa. Para ele quanto mais radares melhor, devido ao abuso da grande maioria. Bianor destaca que os imprudentes só irão aprender a respeitar a velocidade se mexer no bolso deles.

Gabriela Jahn

FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Giully Regina 2º Período

Nicolle Heep 1º período

Vinicius Scott 1º período

DIAGRAMADORES Maria Victória

3º período

3º período

PAUTEIROS

2º período

Ana Lucy 1º período

Ana Luiza 1º período

Brenda Iung 3º período

Gabriel Vitti

Fernanda Ehlke Fernanda Akiyoshi 1º período

Mayara Schade 1º período

REVISORES Angela Manfrini

1º período

1º período

1º período

1º período

3º período

1º período

1º período

1º período

Jaqueline Dubas Jehnifer Kammer Mateus Henrique

Aparelho de radar na BR-116

MONITORIA Luciana Prieto

COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)

3º período

Segundo o policial, os limites variam conforme o trecho e o peso dos veículos. Quando não há sinalização, o limite é de 110 quilômetros por hora (km/h) para automóveis, camionetas e motocicletas, 90 km/h para ônibus e micro-ônibus e 80 km/h para os demais veículos.

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade

Julia Lopes Sarah Silva Ruan Felipe


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Cidades

II Encontro de Assessoria de Comunicação aconteceu na PUCPR Mídias sociais foi o tema do Ensecom deste ano. O evento criado por alunos de Jornalismo da PUCPR contou com a participação de renomados profissionais da comunicação Jéssica Felici Maria Cecília Terres Vanessa Gavilan Mikos 2º período

O

Encontro de Assessoria de Comunicação (Ensecom) aconteceu na quarta-feira (17), no auditório Irmão Albano, localizado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Neste ano, o tema foram as mídias sociais e como elas podem ser uma forma de comunicação entre as empresas e seus clientes. Com o objetivo de discutir sobre tendências de mercado, contou com a participação de renomados profissionais da comunicação. O Ensecom está ligado à disciplina de Assessoria de Comunicação e Planejamento ministrada no sétimo período do curso de Jornalismo da PUCPR. Para a estudante Bruna Carvalho, esse é o momento que os estudantes podem ter contato com os profissionais da área. “Ter um evento como o Ensecom é muito bacana para esclarecer várias dúvidas, principalmente sobre o mercado de trabalho”, disse. Os convidados Marianna Greca, Fernanda Ávila, Claudio Stringari e Marcos Giovanella compartilharam suas experiências profissionais com os alunos. Focaram na reflexão sobre o mercado local e os papéis por eles exercidos na sociedade, para auxiliar os estudantes a entender como está acontecendo a comunicação empresarial, institucional e organizacional. De acordo com a professora Suyanne Tolentino, uma das organizadoras do evento, o intuito é unir a universidade com o mercado de trabalho. “Acredito que o tema desse

ano é o maior diferencial. Com esse evento podemos contribuir, em termos de assessoria de comunicação, para a formação dos docentes”.

Os palestrantes A estrategista de conteúdo da Mirum Agência de Comunicação, Marianna Greca, acredita que a conversa é a nova propaganda, por isso, a importância das mídias sociais. “Com as novas tecnologias muito se pensa como e onde as mensagens serão transmitidas. Mas o importante é a essência do conteúdo e a estratégia a ser seguida”, defende. Fernanda Ávila, editora de conteúdo da Pulp Edições, acredita que as mídias sociais são praticamente o mercado. É um veículo que está se descobrindo e inovando rapidamente. “Eu acho que nunca foi tão bom esse mercado, falo isso por mim. Sou formada há 15 anos e no meu ponto de vista é o melhor momento para a comunicação”.

A jornalista acredita que é importante conversar com os futuros profissionais sobre mídias sociais, pois existe grande espaço no mercado e faltam profissionais preparados para escrever na plataforma digital. Os estudantes devem estar atentos as mudanças que são diárias, principalmente na linguagem, do universo digital. Um dos fundadores da empresa de comunicação empresarial Central Press, Cláudio Stringari, afirma que antigamente as empresas não conseguiam conversar diretamente com os consumidores. Os veículos de comunicação publicavam uma matéria e os leitores tomavam aquilo como verdade. Stringari explica que atualmente o público é acessado diretamente e pode comentar, debater e compartilhar conteúdos. Segundo a pesquisa feita pela SurveyMonkey, em 2014, os brasileiros são os que passam mais tempo nas redes sociais. Com isso, as infor-

mações se propagam muito rápido e por isso o mercado digital está crescendo. Marcos Giovanella, diretor de marketing da Prefeitura de Curitiba, é um dos responsáveis pela página oficial da prefeitura no Facebook. Quando contratado, em 2013, o publicitário foi orientado a aproximar a instituição que era distante da população, produzindo um conteúdo de qualidade e criando uma base sólida na questão do relacionamento com pessoas. De acordo com o publicitário, a equipe tenta significar todas as postagens. “Ficamos conhecidos por termos um estilo mais leve de comunicação. Muitas pessoas falam em relação a zoeira, mas não gostamos de falar sobre isso e também não gostamos de falar sobre humor. O que fazemos é usar um canal para enviarmos uma mensagem, em forma de conversa, então tentamos deixar isso mais humano”. Fernando Burigo

Marianna Greca, Fernanda Ávila, Claudio Stringari e Marcos Giovanella foram os palestrantes


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Cidades

Segurança é vida Mortes no trânsito podem ser evitadas com o uso dos cintos de segurança Sophia Cabral Thais Camargo 1º período

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m setembro do ano de 1997, foi aprovado no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a lei que regulamenta a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança no Brasil. A lei veio como uma forma de fiscalização em uma tentativa de diminuir o número de vítimas de acidentes no trânsito. Para isso, campanhas estão sendo realizadas a fim de amenizar esses dados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) elaborou, nessa última quinta-feira (25), na Linha Verde (BR 476), uma ação de incentivo ao uso do cinto de segurança, sobretudo nos bancos traseiros, em que muitas vezes não é utilizado. Segundo pesquisas divulgadas em junho pelo Ministério da Saúde e IBGE, metade dos brasileiros não possuem o costume de utilizar o cinto de segurança no banco posterior, o que causa preocupação aos órgãos públicos de transporte.

A Secretaria Municipal de Trânsito (SETRAN), lançou o projeto Vida no Trânsito, uma ação internacional em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Panamericana de Saúde e Bloomberg Philanthropies (OPAS), visando diminuir as mortes no trânsito. Em 2013, houve 46

rente aos acidentes de 2014, não há um dado específico sobre a utilização do cinto de segurança – os dados desta categoria foram incluídos em uma esfera mais ampla chamada “atitudes imprudentes” e não foram discriminados. Outro caso, que também causou um novo movimento

“A falta do uso do cinto de segurança é falta de amor próprio”

acidentes com vítimas fatais em automóveis (condutores ou passageiros). Desse total, o comitê do projeto analisou 36 acidentes, sendo que em 16 deles (44,7%) a vítima estava sem cinto de segurança. No relatório refe-

quanto ao uso dos cintos, foi a morte do cantor Cristiano Araújo. A instrutora e educadora de trânsito, Anna Maria Garcia Prediger retrata que “Muitos Cristianos e Allanas seriam salvos todos os dias, por conta de um simples movimento, que é o de usar o Gilmar Montargil

cinto de segurança. Para mim, a falta do uso do cinto de segurança é falta de amor próprio”. A instrutora também revela que o cinto não impede o acidente, mas sim que os ocupantes sentados na parte de trás do veículo não atinjam os da frente com um peso sobre-humano, o que aumenta a chance de sobrevivência do motorista e do passageiro em 57% e em 75% para os demais. A motorista Kássia Margarete de Oliveira, revela que utilizava o cinto por ser obrigatório, mas que após o acidente do cantor e sua namorada reviu a relevância de utiliza-los. “Tenho o hábito de usar somente nas estradas, e não no dia-a-dia, pois é corrido.” De acordo com o Soldado Gerson Teixeira, 45 anos, atuante há 19 anos no Departamento de Trânsito do Paraná (DETRAN-PR), mais de 50% das pessoas não utilizam o cinto de segurança no banco de trás. Para ele, o não uso ainda é por uma questão cultural no país, e ainda comenta que, “infelizmente, as pessoas não se dão conta desse grande risco que é andar sem o cinto de segurança.” Segundo o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), dados divulgados na última terça-feira (23), registram que a falta do uso de cinto de segurança é a terceira infração mais cometida por veículos fora do estado de emplacamento. O descumprimento por não utilizá-lo é de natureza grave, resultando na retirada de cinco pontos na carteira de habilitação e R$127 de multa.

Não usar o cinto de segurança resulta em infração grave


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Política/Polícia

Embap e FAP encerram greves Após um dia movimentado, professores optam por retornar as atividades. Estudantes contestam a escolha Joshua Raksa Yuri Braule 1º e 2º períodos

E

m assembleia feita na noite de sexta-feira (26), professores da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap) e da Faculdade de Artes do Paraná (FAP) votaram, por 79 votos a nove, a favor de retornar as atividades, após quatro meses de greve. A decisão ocorreu em uma reunião na sexta-feira (26), na sede da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), na qual o secretário João Carlos Gomes assinou um documento certificando até a próxima quinta-feira (02), o pagamento de repasses relativos a custeios atrasados do segundo trimestre, no valor de R$ 663 mil, sendo R$

338 mil para a Embap e R$ 325 mil para a FAP.

Por causa dos reajustes e atrasos nas contas, a dívida dos dois campus com terceirizadas soma a R$ 2,5 milhões. Devido a isso, as instituições de ensino reduziram o contingente de serviços como a de limpeza e estão sem recursos para adquirir equipamentos. “Nós estamos sobrevivendo de vento, de remanejo, é vergonhoso e uma calamidade”, afirma Roberta Christina Ninin, professora da FAP e integrante do comando de greve dos professores. Dyessica Fillippus, que parti-

Prisão em família Primos são presos com 1,2 quilo de crack, além de maconha e R$ 1,3 mil em dinheiro Vanessa Bononi 2º período

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ois primos foram presos na noite da última quinta-feira (25), em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Marcio Rodrigues, 37 anos e Mauro Sérgio de Araújo, 29 anos, foram acusados de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Foram apreendidos com a dupla, 1,2 quilo de crack e 200 gramas de maconha, mais o valor de R$ 1.372,00 em dinheiro advindo do narcotráfico. A operação foi uma ação conjunta da Força Tarefa do Departamento de Inteligência (Diep), com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Após a denuncia de que havia intensa comercialização de entorpecentes no bairro de Guaraituba, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, foi montada uma operação especial no local. Depois de algumas horas de observação,

policiais abordaram Rodrigues em uma atitude suspeita, que se identificou com um nome falso. Ele foi levado a delegacia de Colombo e lá foi constatado que o rapaz era um foragido da Colônia Penal Agrícola. Parte da equipe de investigadores permaneceu no local. Na sequencia das investigações, localizaram a casa em que o suspeito estava residindo com seu primo Araújo, que já tem condenação por porte de armas e roubo. Ao adentrarem na residência, apreenderam a droga que já estava sendo preparada para a comercialização, comprovando que o local era um ponto de venda e deposito de drogas. Segundo o delegado Rodrigo Brown, a dupla já vinha atuando há algum tempo e lucrariam em torno de R$ 40,00 mil com o crack apreendido. Mesmo após a confissão, os

cipou do comando unificado de greve e agora participa do comando estudantil, relata que a assembleia marcada para sexta-feira pegou os estudantes de surpresa, pois o previsto era que ocorresse posteriormente na semana. A assembleia de sexta também atrapalhou os alunos, que possuíam uma reunião marcada com o Reitor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Antônio Carlos Aleixo, na qual solicitariam a construção de um restaurante universitário e queixariam do atraso de bolsas. Agora Dyessica não sabe o que acontecerá quanto a essa reunião e afirma que “o caso é um desrespeito ao movimento estudantil”.

Por meio de sua assessoria, a Unespar afirmou que o calendário elaborado pela pró-reitoria será aprovado em breve pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A Unespar também afirmou que o próximo vestibular será remarcado de dezembro de 2015 para o final de janeiro em 2016, devido à greve dos professores das escolas públicas.

traficantes negaram, quando perguntados na coletiva de imprensa, que a droga pertencia a eles. “Eu fui levar roupa pra ele na delegacia, me levaram em um lugar lá e voltaram de novo com essas drogas” alegou Araújo, que disse trabalhar como pintor. Ainda segundo o delegado, essa conduta é característica de traficantes que por via de regra, sempre colocam a responsabilidade da proprie-

dade da droga a uma terceira pessoa. Os acusados disseram que só prestaram mais esclarecimentos na presença do juiz.

Também por meio de sua assessoria, a Seti afirmou que sempre defendeu o diálogo e fez várias reuniões com representantes do sindicato, docentes e estudantes, além de responder documentos dos movimentos por escrito.

Os primos permaneceram presos à disposição da Justiça, podendo pegar até 15 anos de reclusão. As investigações continuam para apurar o possível envolvimento de outras pessoas no tráfico de drogas da região.

Ação policial prende primos traficantes em Colombo

Vanessa Bononi


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Curitiba, 29 de Junho de 2015

Economia

Copel lança novos programas Governo estadual faz parceria com empresas para reduzir a tarifa de luz Yuri Bascopé 1º período

A

pós o último ajuste médio de 36,79% registrado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), os consumidores do estado terão de repensar a forma de consumo em suas residências para não sofrerem um impacto tão grande em seu orçamento. Buscando evitar o desperdício de energia, o governador Beto Richa e o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, lançaram na última quarta-feira (24), no Palácio Iguaçu em Curitiba, três novos programas. O primeiro, intitulado Lar Eficiente, tem como objetivo possibilitar os clientes substituírem seus refrigeradores e freezers antigos por novos, mais eficientes, com desconto de 45% no valor do produto. O projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE), aprovado recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que visa incentivar formas de promover a eficiência e o combate ao desperdício de energia elétrica.

de 15,32% na tarifa de energia da companhia. A medida entrou em vigor no último dia 24 de junho, totalizando 52,11% na inflação da energia no estado apenas em 2015. Ainda segundo a Aneel, somente 3,52 pontos percentuais se

nós três”. Já para a Denise Wisoczynski, as recentes altas no custo de energia são um descaso à população, ainda desabafa: “Causou um desgaste total, está complicado agora”.

Projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE) referem ao reajuste deste ano. O restante corresponde aos aumentos deixados de ser realizados nos anos de 2013 (3,64%) e 2014 (8,20%). Os aumentos constantes vêm pesando no bolso da população, como comenta Antônia Ribeiro, do lar: “O impacto foi considerável. Eu moro sozinha, antes morava eu, meu filho e minha nora, e agora eu estou pagando o mesmo que eu pagava quando morávamos

Júlio César Campos, ferramenteiro, criticou o aumento da sua fatura. “A tendência nunca é baixar valor, sempre aumentar. Nunca nos explicam de fato o motivo do aumento”, disse Júlio, que ainda não sabe se irá comprar o eletrodoméstico com desconto oferecido pelo Lar Eficiente. Acionistas passaram a receber maior participação no lucro da empresa.

Já o segundo programa, a Fatura Solidária estimula o consumidor a substituir a conta de luz impressa pela versão digital, que será enviada via e-mail, convertendo um real do custo da impressão destinado a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da escolha do cliente. A terceira e última iniciativa é o Luz na Escola, que trocará as lâmpadas das escolas estaduais por versões mais econômicas. As ações propostas pela Copel têm como objetivo diminuir o consumo e preço da energia elétrica no estado, devido a Aneel autorizar no último dia 16 de junho mais um aumento

Copel lança três novos programas para ajudar na economia de energia

Dados fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), informa que a partir de 2012 os acionistas da Copel passaram a receber 50% dos lucros da estatal, que antes repassava apenas 25%, o mínimo exigido por lei. “Com o aumento do preço da energia e o reajuste de 25% do lucro da empresa, os acionistas estão recebendo mais do que recebiam em 2009. Eles ganham dos dois lados. Nos últimos quatro anos, os acionistas receberam 1,8 bilhões. Será que ao invés de privilegiar os acionistas, a empresa não poderia privilegiar a sociedade?”, questiona o economista Fabiano Camargo da Silva. Nos últimos 4 anos, com exceção de 2012 quando o faturamento foi de 726 milhões de reais, o lucro líquido anual da Copel passou de 1 bilhão.

Ruan Felipe


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Polícia/Esporte

Visita indesejada Motorista embriagado perde o controle do carro e invade casa no Pinheirinho Andrey Princival Gabardo 3º período

N

o último sábado (27), um carro Fiat Tipo invadiu uma casa no Pinheirinho e ficou completamente destruído. O acidente aconteceu na Rua João Bley Filho, por volta das 8h30 da manhã deixando moradores e vizinhos assustados. O carro, que vinha em alta velocidade, colidiu com o muro e destruiu a parede invadindo a casa pela cozinha.

deu na curva e não conseguiu desviar da casa. O condutor do veículo que não possuí habilitação, recusou-se a receber atendimento médico. De acordo com testemunhas, o motorista estava visivelmente embriagado. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Delitos de Trânsito no qual foi feito o flagrante por embriagues.

De acordo com o sargento Taufik da Polícia Militar, no carro havia quatro pessoas, uma menina de 24, outra de 15, um rapaz de 19 e um de 15 anos, que foram encaminhados ao Hospital Evangélico. O motorista contou que se per-

O morador da casa invadida, o aposentado Tadeu Ferreira afirma que o barulho na hora da batida foi muito forte. “Eu estava na cozinha fazendo café, virado de costas para a janela, quando o carro invadiu a minha sala. Minha mãe es-

C

desejam aproveitar o frio com muita energia.

Diversão gelada Pista de patinação no gelo atrai turistas no ParkShopping Barigüi Sarah Lima 1º período

om a chegada do inverno, a tradicional pista de patinação no gelo é ponto de lazer na praça de eventos do ParkShopping Barigüi, em Curitiba. O programa iniciou no dia 23 de junho e estará aberto até o dia 16 de agosto para crianças e adultos que

Os horários de funcionamento da pista são de segunda a sexta-feira das 11h às 23h, aos sábados das 10h às 22h e aos domingos das 12h às 21h. Sarah Lima

Giully Regina

Carro batido ao invadir casa no Pinheirinho tava no quarto ao lado e se assustou muito assim como eu. Estou assustado até agora”. O Sargento Taufik orientou que o morador abra um

A atração oferece circuitos de 30 e 60 minutos no custo de R$ 35 e R$ 60, respectivamente, além da opção de percurso em trenó com valor de R$ 18 que atende crianças de dois a cinco anos com até 1,10m de altura na duração cinco minutos. Patricia Alves estava observando seus filhos na pista de patinação e conta que, apesar de não ser a primeira vez que as crianças visitam a pista, estavam ansiosos pela chegada do inverno para patinarem. Sua filha de sete anos já possui um par de patins próprio e anda na pista sem muita dificuldade. Patricia que patinava quando criança, afirmou aproveitar esse momento e pretende voltar ao local com a família.

Instrutor da pista de patinação

Para Ana Paula Canavier que mora em Francisco Beltrão e está visitando Curitiba, o projeto é criativo. “Estar ali é

processo na justiça contra o motorista. “Creio que o condutor do veículo não possuí recursos para pagar a indenização e por isso aconselhei-o que entre na Justiça”

bem divertido e até os pais se divertem”, complementa. Sua filha Laura, 11, visitou a pista pela primeira vez e, segundo sua mãe, não conseguia andar direito. Porém, Ana Paula garantiu que voltará assim que possível e gostaria que sua filha fizesse aulas de patinação. Segundo o maringaense Fabio Grassi, a atividade é bacana para uma cidade como Curitiba porque o clima frio ajuda. Seu filho, de cinco anos, está pela segunda vez no circuito de trenó e gosta muito do programa. A pista está acessível para crianças a partir de cinco anos e adultos de qualquer idade. Contudo, gestantes, pessoas com problemas cardíacos e deficiência física tem acesso restrito devido a medidas de segurança.


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Cultura

22ª Casa Cor Paraná Este ano o evento tem como tema o consumo consciente com novas fontes de energia e a brasilidade Giully Regina 2º período

C

omeçou no dia 23 de junho, em Curitiba, a mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do grupo Abril, a Casa Cor. O evento acontece anualmente e reúne diversos profissionais da área. Esta é a 22ª edição no Paraná. O tema deste ano é “Consumo Consciente”, chamando a atenção da sociedade para novas fontes de energia. A iluminação de todos os ambientes foi feita com lâmpadas LED e foi usado gás natural como fonte de energia. Outro enfoque do evento é a brasilidade, a valorização do Brasil e tudo que aqui é produzido. “A gente precisa valorizar o nosso país”, afirma Marina Nessi, diretora da mostra. A exposição está acontecendo no espaço A Fábrika, um prédio histórico de Curitiba que foi uma indústria de prestígio nos anos 1930 muito importante na industrialização paranaense. A mostra conta com um espaço decorado pela arquiteta Yara Mendes, com obras do artista paranaense João Turin, que tem esculturas expostas por toda a capital. Turin é um

Giully Regina

artista reconhecido internacionalmente por seus trabalhos sobre a cultura brasileira, em especial obras de índios e animais. “A exposição teve boa repercussão, porém poucas pessoas conheciam o artista”, conta Yara. Segundo a arquiteta, tanto o artista quanto a arte paranaense deveriam ser mais divulgadas. A visitante Fabiana Albuquerque, que já esteve em edições anteriores da Casa Cor, afirma que o espaço deste ano está mais amplo e os arquitetos inovaram com os diferentes ambientes. Sobre o espaço reservado para Turin, afirmou que é importante trazer a cultura paranaense à mostra. A arquiteta gaúcha Marina Perguer visitou a Casa Cor Curitiba pela primeira vez e declarou estar impressionada com as novidades da área. Marina disse que em exposições desse porte é importante observar as tendências e formas de utilizar novos materiais, pois “cada profissional vê o material de uma forma diferente”. A arquiteta contou que apresenta as tendências da exposição para seus clientes e demonstra como foi feita

O evento está na sua 22ª edição e reúne diversos profissionais da área a utilização dos materiais na mostra. Carolina Bastos, arquiteta responsável pela Cozinha Gourmet, esclarece que o seu ambiente tem como objetivo mostrar que a cozinha deixou de ser algo tradicional, “existe algo social, uma tendência a levar as pessoas para dentro de casa, é como se fosse uma sala dentro de uma cozinha”, explica. Carolina afirmou que o evento também é uma forma de expor ideias para o público. Segundo ela, “este ano fomos privilegiados pela infraestrutura, que favoreceu bastante para gente”. Giully Regina

Em sua segunda participação na Casa Cor Curitiba, Simone Stoffa criou banheiros públicos se inspirando nos grandes centros urbanos e aproveitando as paredes altas, “aquela sensação de estar em uma grande cidade, uma metrópole”, conta a arquiteta. O arquiteto Bruno Colle criou o ambiente Quarto do Rapaz, usando como inspiração lofts americanos. “Quando entrei e vi a luz favorável, esse ambiente ligado a fábrica, não teve como não fazer um quarto como os lofts nova iorquinos”, conta. São esperados cerca de 30 mil visitantes durante toda a exposição. A Casa Cor estará aberta todos os dias até nove de agosto e os ingressos custam R$ 40,00.

Serviço De 23 de junho à 09 de agosto, na Rua Fernando Amaro, 60 - Alto da XV Terça à sexta - 15h às 21h Sábados - 13h às 21h Domingos - 13h às 19h Espaços interiores ganham destaque


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