Comunicare diário 01.07.2015 (quarta)

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Bicharada bem alimentada

Alimentação especial de inverno para os animais do zoológico. Página 02

Maioridade penal: prós e contras

Mesmo em fase final de votação proposta ainda divide opiniões. Página 05

Feirinha de inverno

Praça Santos Andrade têm diversas atrações. Páginas 06

Curitiba, 1º de Julho de 2015 - Ano 18 - Número 264 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Para dar conta do recado

Decisão sobre sexta aula para completar ano letivo em 2015 fica a cargo dos colégios. Página 04


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Curitiba, 1º de Julho de 2015

Expediente

Cidades

Inverno no zoo Devido as quedas de temperaturas, animais do zoológico recebem cuidados diferenciados Sophia Cabral 1º período

A

ssim como as pessoas, com a chegada de temperaturas mais baixas, os animais necessitam de cuidados especiais. Pensando nisso, o Zoológico de Curitiba tem uma organização própria para atender a carência de cada animal nessa época do ano. O período do tratamento se concentra nos meses de julho e agosto, com os funcionários do zoológico procurando sempre antecipar os preparos para a chegada do frio. A bióloga e chefe do zoológico, Nancy Banevicius, conta o porquê dos cuidados especiais no inverno. “No frio, naturalmente, o organismo exige mais nutrientes, por isso tentamos garantir uma boa alimentação e protegê-los das temperaturas extremas para evitar que eles fiquem debilitados e doentes.” Os principais animais que exigem cuidados diferenciados são os de pequeno

Edição 264 - 2015 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR

porte, como papagaios e araras, por perderem calor mais rapidamente, além de pequenos e médios primatas. Eles possuem casas aquecidas e uma área de indoor, para que em dias de previsão de baixas temperaturas possam ser retirados. Há também, para a maioria dos felinos, camas com feno para auxiliar no aquecimento a noite. A dieta para essa época do ano é diferenciada e baseia-se em alimentos mais calóricos e com mais energia, como castanhas, coco ou pinhão. Segundo a bióloga, nos dois últimos anos, não foi preciso retirar nenhum animal de exposição devido à temperatura. Quase dois mil animais precisam de cuidados no inverno, incluindo os do passeio público. O zoo conta com nove setores, cada um contendo um tratador, além de técnicos e cozinheiros. Ao todo, há cerca de 50 pessoas em serviço. Sophia Cabral

jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Giully Regina 2º Período

COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)

SECRETÁRIOS DE REDAÇÃO Andrey Princival Gabardo 3º período

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PAUTEIROS Brenda Iung 3° período

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REVISORES

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Adriana Barquilha

Vinicius Scott

1° período

3° período

1° período

1° período

DIAGRAMADORES

1° período

Andréa Ross

Fabiola Junghans Ruan Felipe Jehnifer Kammer 3° período

3° período

Paulo Pelanda 3° período

Renata Martins 2° período

Os animais do zoo de Curitiba estão recebendo atenção especial


Curitiba, 1º de Julho de 2015

Arco-íris invade redes socias Internautas do mundo todo comemoram decisão de legalizar o casamento gay nos EUA Andrey Princival Gabardo 3º período

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uem entrou nas redes sociais nos últimos dias, notou a presença das cores do arco-íris em perfis de diversos usuários. No mundo todo milhares de pessoas, incluindo celebridades e políticos, também aderiram a prática como forma de comemorar a legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo pela Suprema Corte dos Estados Unidos. A decisão veio dias antes da data em que é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBT, 28 de junho. Mas o que muitos podem não saber é que o casamento gay é legalizado no Brasil desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconhe-

Wifi no busão Proposta que prevê instalação de wifi no transporte público de Curitiba está em trâmite na Câmara Municipal Caroline Deina de Farias 1º período

A

s empresas que compõe o transporte público de Curitiba poderão ser obrigadas a inserir roteadores wifi em todos os seus veículos, terminais e estações-tubo. Essa é a proposta apresentada na Câmara Municipal, pelo vereador Aldemir Manfron, do Partido Progressita (PP), afim de trazer conforto e inclusão digital aos usuários que dependem da internet em seu cotidiano. “A tecnologia faz parte da modernidade e se tornou uma importante ferramenta na vida dos cidadãos”, explica o vereador. Patrícia Bonato, 19 anos, já presenciou uma experiência semelhante com o ônibus Curitiba/São José dos Pinhais durante a Copa do Mundo, o qual possuía wifi gratuito e ar condicionado, e diz ter gostado da iniciativa. “Seria bacana isso em todos os ônibus na época”.

ceu a equiparação da união de casais homossexuais com

Para Alan César de Morais, representante da Organização

“Gays e simpatizantes da causa se mobilizando e lutando em defesa dos direitos LGBT é sinal de que estamos deixando de ser preconceituosos

os heterossexuais. Em 2013 o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que nenhum cartório brasileiro poderia recusar-se a realizar a união estável e nem se opor em convertê-la em casamento.

Não Governamental (ONG) Dignidade, fundada em 1992 em Curitiba, o motivo pelo qual o casamento gay no Brasil não teve a mesma repercussão se comparado ao dos Estados Unidos, se deve a dois

Já a estudante universitária Nataly Pivorar, que utiliza o transporte público todos os dias, relatou nunca ter visto um ônibus com esse tipo de tecnologia. Contudo, ela acha importante a implantação, principalmente em uma época em que as companhias telefônicas não estão conseguindo atender a grande demanda de dados móveis exigida pelos

clientes. Nataly ainda sugere a possibilidade de inserção de carregadores para celular. Alguns estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, por exemplo, já instauraram roteadores wifi em redes de transporte público. A proposta, em Curitiba, ainda está em tramitação.

Passageiro utilizando rede móvel através do celular

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Cidades

fatos. “Acredito que a mídia não deu importância quando o casamento homoafetivo foi legalizado aqui, sem contar que o brasileiro é apaixonado por coisas estrangeiras e não dá o devido valor as coisas nacionais”. Mesmo assim, ele avalia de forma positiva a repercussão que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos teve no Brasil e no mundo, por meio das redes sociais. “Gays e simpatizantes da causa se mobilizando e lutando em defesa dos direitos LGBT é sinal de que estamos deixando de ser preconceituosos e vendo que o casamento igualitário não é um privilégio, mas sim um direito”, se entusiasma Morais.

A assessoria de imprensa da Urbanização de Curitiba (URBS) anunciou que não comenta projetos do legislativo antes da aprovação, mas afirmou que a empresa estuda a possibilidade da criação de um projeto próprio, para que os novos ônibus já venham com roteadores. Maria Victória Lima


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Curitiba, 1º de Julho de 2015

Cidades

Reposição das aulas Escolas poderão aplicar a sexta aula para terminar o ano letivo ainda em 2015 Fernanda Ehlke Giully Regina 3º período

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pós 21 dias do fim da greve dos professores da rede estadual, os alunos estão tendo dificuldades para repor todo o conteúdo perdido. Os calendários das escolas foram ajustados, e as aulas deveriam terminar no início do próximo ano, mas a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) deixou em aberto para que cada colégio decida se a sexta aula será implantada ou se continuam com o calendário de reposição terminando o ano letivo em 2016. A secretária educacional da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, menciona que o conselho estadual concedeu um parecer as escolas para que possam cumprir apenas 800 horas e não os 200 dias letivos. “Para executar as 800 horas e as escolas cumprirem ainda em 2015, podem organizar uma sexta aula”, explica. Segundo a secretária, os diretores foram orientados a consultar a comunidade escolar. Nas escolas que não tiveram aprovação da sociedade não será adotado o projeto. “Cada escola vai fazer a avaliação

a partir da sua realidade”, diz Walkiria. O diretor do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, Pedro Billó disse que fará uma assembleia com os pais nesta quinta-feira para constar em ata o que os pais desejam. “Preciso que a comunidade dê sua opinião”, afirma.

“Alguns professores que eram a favor do projeto agora são contra, porque esses terão que trabalhar em fevereiro, independente se terminarem o ano letivo este ano ou não”, explica o diretor. Porém a decisão final cabe aos pais. “Se os pais acharem que vai ser massacrante a sexta aula, nós não fazemos”, afirma Billó.

“Primeiro ano que vejo um ano letivo não terminar no ano” De acordo com o diretor, serão apresentadas três propostas aos responsáveis. A primeira é ter aulas aos sábados, uma semana de recesso e terminar as aulas no dia 19 de fevereiro. A segunda opção é ter 40 dias com sexta aula, não trabalhar aos sábados até o dia 28 de agosto e terminar o ano no dia 19 de fevereiro. A terceira e última opção é a partir da próxima semana todos os dias com sexta aula até o dia 04 de dezembro e acabar o ano letivo em 2015.

Reposição de aulas causa desordem na grade escolar

A maior vantagem do projeto seria que os estudantes conseguiriam finalizar o ano letivo ainda em 2015, o que é preferencial para os alunos de terceiro ano, que prestarão vestibular. De acordo com Walkiria alguns alunos de Pinhais compareceram à audiência pública, na assembleia legislativa, da última segunda-feira para pedir à secretaria da educação que tenha a sexta aula. “Como eles vão fazer vestibular em Giully Regina

outros espaços, eles querem a sexta aula para concluir o ano letivo neste ano”, cita. A aluna Dora Alice do Nascimento afirma que prefere que tenha a sexta aula, para que o ano letivo acabe em 2015. Dulci do Nascimento Rosa, mãe da aluna, concorda com a filha pois dessa forma não haverá interferência na rotina da família, resultando em menos tempo de reposição e assim os estudantes terão um período de descanso no mês de janeiro. “A única desvantagem é que é muito conteúdo em um dia só, mas vai ser a melhor maneira de repor as aulas perdidas”, finaliza Dulci. O diretor Pedro Billó afirmou que já passou por várias greves e que algumas duraram até mais do que a desse ano e nunca teve que repor aula no sábado, e o ano letivo nunca terminou no começo do ano seguinte. “Depois de 35 anos quase que tenho de estado é o primeiro ano que vejo um ano letivo não terminar no ano”, informa. Segundo ele, o maior problema em terminar o ano letivo, é parar para as festas de fim de ano, porque o aluno ainda não tem certeza se passou de ano, e tem que retornar em fevereiro para mais 13 dias de aula, para fazer as avaliações finais, recuperar as notas perdidas, se não o aluno é reprovado. “Mesmo sendo cansativo, nós tínhamos que terminar este ano. Vamos começar em março, vai ficar cansativo e no final das contas vai ter mais greve e ai vai atrapalhar tudo de novo”, desabafa.


Curitiba, 1º de Julho de 2015

Aluguel Social aprovado Programa visa beneficiar moradores de baixa renda e desabrigados na Capital Stephanie Abdalla 1º período

O

s vereadores de Curitiba se reuniram em seção na manhã de ontem (30) para votar em segundo turno a aprovação do projeto Aluguel Social, proposto pelo vereador Jorge Luís Bernardi. Todos os votos foram a favor da ementa. A medida institui que famílias de baixa renda e desabrigadas recebam uma quantia em dinheiro para poderem, pagar o aluguel de uma nova residência. De acordo com Bernandi, as famílias a ter direito desse benefício são as que perderam suas casas por conta de obras públicas, vítimas de despejo coletivo ou habitantes de regiões de risco. O auxílio

é de até um salário mínimo por família, correspondente à R$780,00, e com duração de até 24 meses. O prazo só poderá ser excedido caso o

elaboração da proposta. As maiores áreas ocupadas por esse movimento são as vilas Nova Primavera e Tiradentes, além de aglomerados na

Auxílio terá duração de no máximo 24 meses por família município não tenha resolvido os problemas dentro do período máximo, tendo como obrigação a continuidade do financiamento pelo Estado. Desde 2013, quando o projeto começou a ser tramitado na Câmara, o Movimento Popular de Moradia participou na

região da Cidade Industrial de Curitiba. Segundo Fernando Marcelino, líder do grupo, há tempos as pessoas esperam pela aprovação do projeto, e agora será necessária uma fiscalização para ter certeza que de a lei entrou de fato em vigor.

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Política

Antes da aprovação, a Câmara anunciou que a medida consistia em transferir pessoas em situação não habitacional para imóveis desocupados na cidade de Curitiba, mas a emenda votada não menciona essa afirmação. Ao ser questionado sobre o tema, o vereador Bernardi afirmou não existir nenhuma medida pública oficial garantindo a ocupação de prédios abandonados, apesar de esse ser um dos assuntos já previstos para discussão no próximo Plano Diretor, uma vez que existem 40 mil locais desabitados apenas na Capital.

Polêmica da maioridade PEC 171 segue em votação na Câmara dos Deputados Erica Hong 1º período

N

a tarde de ontem (30), ocorreu votação no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171, referente à redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, aos que praticarem crimes graves. De um lado, os favoráveis acreditam que adolescentes de 16 anos têm capacidade para discernir seus atos e arcar com as consequências. Do outro, os que não aderem a redução consideram que há outras soluções, como o investimento em educação. João Henrique de Souza Arco-Verde, advogado e especialista em direitos humanos, acredita que a medida, além de não ser humana é pouco inteligente para um estado democrático. “Creio que quando se trata de políticas voltadas para a juventude, penso que deveríamos tratar de políticas educacionais, de saúde, de

esporte, de cultura, não pensando em colocar a juventude brasileira atrás de grades insalubres, fazendo com que respondam de forma mais grave do que já respondem. Se é para alterar alguma coisa, que alterem as medidas de sócio educação, para que elas possam melhorar os números de reincidência, pois é comprovado que medidas sócio educativas são mais eficazes do que medidas judiciais. Colocar o jovem nesse ambiente, baseando-se num discurso de que ele tem consciência daquilo que ele faz é literalmente matar a juventude brasileira”, defende. Para o Deputado Estadual José Rodrigues Lemos, “a solução está na educação e na segurança, mas principalmente em assegurar o direito de vida digna para os adolescentes”. Já o Deputado Estadual Luis Felipe Bonatto Francischini,

“reduzir a maioridade não irá prejudicar os jovens e trará benefícios para a população”. Em enquete realizada pela redação do Comunicare, das 50 pessoas ouvidas, 32 foram a favor e 18 contrárias à aprovação. Para o estudante Pedro Giulliano, 23 anos, “é como querer curar câncer com aspirina, sou completamente contra, pois é uma discussão muito rasa que não aborda as causas do problema. É uma solução fraca e paliativa, que esconde os problemas reais e soluciona a curto prazo, mas que na frente se transforma em uma bomba”. A favor da redução, o locutor Maicon Leitão da Silva, 27 anos, afirma que “a partir de 16 anos, o adolescente já é capaz de decidir o futuro do país, através da votação, portanto, é capaz também de responder pelos seus atos. Com essa idade, o menor não é mais inocente e é

dificilmente influenciado por outros”. Diversos órgãos manifestaram seus posicionamentos sobre a medida em seus sites. O Ministério Público do Paraná se posicionou contrário à medida. Além de expor argumentos, por meio de nota, o MP-PR alerta o retrocesso social e jurídico que a criminalização de jovens implicaria ao Brasil. No último dia 23, o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná (COPEDH/ PR), entidade formada por integrantes da Secretaria de Justiça e do Departamento de Direitos Humanos do Estado, encaminhou aos deputados federais e senadores do Paraná um ofício demonstrando apoio ao manifesto, assinado por dezenas de outras instituições paranaensescontrárias à redução da maioridade penal.


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Curitiba, 1º de Julho de 2015

Economia

Lâmpada proibida Visando a economia e o meio ambiente, Brasil proíbe a fabricação de lâmpadas incandescentes Cristielle Barbosa 3º período

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ntrou hoje em vigor a proibição de vendas das lâmpadas incandescentes de 60 watts (W) no Brasil. Essa decisão do governo tem como objetivo reduzir o consumo de energia. Desde junho de 2014, ocorreu a petição do encerramento de produção e importação dessas lâmpadas, com o prazo máximo expirado ontem (30). Este tipo de lâmpada têm vida útil pequena e apesar de serem mais acessíveis financeiramente, aumentam o consumo de energia e emitem calor, influenciando no efeito estufa por lançarem gás carbônico na atmosfera. Uma das opções de troca da população

Cristielle Barbosa

é pelas fluorescentes, que são 80% mais econômicas comparada as incandescentes, além de possuir uma vida útil mais longa, com durabilidade de 6 a 15 mil horas. André Lira e Michele Colaço de Paula, usuários das lâmpadas mais econômicas, optaram devido à durabilidade que proporcionam e potência de sua iluminação. Além disso “ao fazer a troca de lâmpadas, houve redução de 30% na conta de luz”, relata André, que trocará todas as lâmpadas no próximo mês. Outra alternativa é a versão de led, com redução de até 90% no consumo de energia.

Lâmpada incandescente é de 80 à 90% mais cara que as demais Segundo Leandro, da loja Br Lux em Curitiba, as vantagens de aderir a lâmpada de led são relevantes, como a economia obtida no consumo de energia, a não agressão ao meio ambiente por não emitirem

raios infravermelhos e ultravioleta, além de trazer benefícios na questão eletrônica. A durabilidade dela é de 50 a 60 mil horas, não havendo outra lâmpada de duração igual.

da cidade. Benilde ressalta a importância da tradição do local. “A disposição das barracas e os produtos não deveriam ser mexidos. Se mudar, a feira pode acabar perdendo a tradição”.

A Feira Especial de Inverno acontece até o dia 18 de julho na Praça Osório. De segunda a sábado das 10h às 21h e aos domingos das 14h às 19h.

Feirinha aquece inverno curitibano Feira especial de inverno, além de reunir diversos artesãos paranaenses, é um evento esperado pela população, que a cada ano comparece em maior número Angela Manfrini Julia Lopes 1º período

D

esde 19 de junho acontece a Feira Especial de Inverno da Praça Osório, que movimenta o mercado turístico de Curitiba durante 30 dias. Com 61 barracas, o evento é disputado entre os artesãos que querem divulgar e vender o seu trabalho que passa por uma avaliação e somente artesanatos próprios são liberados. As artesãs Sueli Sarnozki e Vilma da Silva, acreditam que a feira atrai turistas, especialmente por estar localizada no centro da cidade, e a cada ano, mesmo com crises econômicas, as vendas aumentam. As barracas de quentão e pinhão são exclusivas para as

associações e o valor arrecadado é destinado para os projetos sociais. Claudia Silveira, voluntária da Fênix Ações Pela Vida, conta que os 30 dias de feira faz a diferença. “É muito importante, nós ajudamos portadores do vírus HIV, vítimas de violência sexual e doméstica”, explica Claudia. Há cinco anos participando da feira, Ariadne Costa, percebeu uma diferença entre os públicos das praças. “O Largo da Ordem tem bem mais turista, aqui tem bastante fluxo, mas é gente que está de passagem pelo Centro”, explica. Benilde Daniel, 39 anos, acredita que a feira movimenta o mercado econômico

Feira de Curitiba atrai diversos turistas

Angela Manfrini


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Curitiba, 1º de Julho de 2015

Prisão em Curitiba Denúncias de práticas ilegais no local resultaram em reclusão de moradores de invasão na capital paranaense Maria Victória Lima 3º período

N

esta segunda-feira (29), cinco pessoas foram presas pelos investigadores do 7º Distrito Policial (DP), no Alto Boqueirão. Os policiais receberam uma denúncia anônima de que havia uma ocupação ilegal na Rua Nair Ferraz Cazelatto, em um terreno pertencente à União próximo à uma ferrovia. Ao chegar ao local, os policiais constataram o desvio de energia elétrica e entraram em contato com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que verificou três postes fornecendo energia ilegalmente. Por causa da situação, os responsáveis pelas residências foram levados à delegacia,

mas foram liberados sob fiança no mesmo dia. Os acusados não tinham passagens pela polícia, todavia podem pegar até quatro anos de prisão por terem sido presos em flagrantes (caso condenados). O delegado-chefe do 7º Distrito, Matheus Laiola, afirmou que durante a ação policial foi encontrado um simulacro de arma de fogo (arma de fogo falsa) em um dos barracos. “Provavelmente é o mesmo usado por um dos ocupantes ilegais para ameaçar os outros moradores da região, pois estes estavam reclamando para órgão competentes sobre a ocupação. E como atuamos juntamente com a Copel,

Polícia/Cultura

a ilegalidade foi interrompida imediatamente”.

prioridade a garantia de segurança do bairro.

Laiola ainda declarou que pretende fazer uma parceria permanente com a Copel para que possam ser feitas mais ações assim, e tendo como

A ocupação é formada por, aproximadamente, 10 residências e estava instalada desde 2014. Maria Victória Lima

Simulacro foi encontrado em um dos barracos durante a operação

Feira Hortifruti Edição “Brasil show & Foods Brasil” está em Curitiba e conta com diversos stands de produtos orgânicos Thais Camargo 1º período

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ntre 30 de junho e 02 de julho acontece no Centro de Eventos do Sistema FIEP, no bairro Jardim Botânico, das 13h30 às 20h00, a nova edição da Feira Hortifruti Brasil Show & Foods Brasil 2015. A principal proposta do evento é expor produtos agrícolas e orgânicos, como frutas, hortaliças, cosméticos, além de equipamentos tecnológicos. Rodrigo Viana, produtor agrícola especializado em goiaba de mesa, uma espécie da fruta, no município de Carlópolis/PR, participante da Associação dos Olericultores e Fruticultores de Carlópolis (APC), conta que a Associação é focada na produção de goiaba. “Estamos no processo de identificação geográfica, que seria onde nossa fruta

teria uma marca diferente da outra, nós vamos inserir a fruta no mercado com o selo diferencial”. Na feira é possível encontrar diversos stands, cada um deles voltado para um tipo de produto, entre eles está o Cativa Natureza, uma linha de produtos cosméticos voltado ao público que opta por itens naturais. “O nosso público alvo são pessoas alérgicas, que busquem qualidade de vida, ou optam por usar produtos sem uso de teste em animais”, confirma Rosi Bedecria, funcionária da empresa. O ponto principal dos cosméticos é a produção totalmente natural, sem o uso de corantes e fragrâncias artificiais e sem ingredientes derivados do setor petroquímico ou de origem animal.

Os stands são de toda região Sul, entre eles está a Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira, criada em

2001, especializada na produção de uva e vinhos, localizada no município de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul. Thais Camargo

Stand Cativa Natureza focado na produção de cosméticos naturais


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Curitiba, 1º de Julho de 2015

Cultura

Integração cultural Evento visa condicionar um relacionamento cultural mais intenso entre a capital e as cidades da Região Metropolitana e litoral Gabriel Vitti 1º período

Gabriel Vitti

R

ealizado na última terçafeira (30), no Teatro do Paiol, o encontro “Integração Cultural das Cidades – Curitiba, Região Metropolitana e Litoral” reuniu secretários, gestores municipais da cultura e artistas dos principais municípios da região com o objetivo de debater propostas para proporcionar a integração cultural entre a capital paranaense e as cidades da Região Metropolitana e litoral. De acordo com Marcos Cordiolli, presidente da Fundação Cultural de Curitiba, a cultura das cidades da Região Metropolitana é ofuscada pelo grande destaque que a mídia oferece às manifestações culturais da capital. Poranto é dever dos secretá-

Organizadores querem união entre os municípios para fortalecer a cultura Cada uma dessas ações tem como base o compartilhamento entre as cidades, no qual peças teatrais, amostras, produtores técnicos e até professores poderiam ser partilha-

“Nos fortalece e

porciona um ganho à população” rios organizar projetos que proporcionem um processo de integração entre essas cidades no menor tempo possível, como forma de diminuir as diferenças. Para os organizadores, as principais maneiras de se concretizar o projeto é a troca de experiências, a realização de convênios que partilhem as produções entre os municípios, ações regionalizadas como a criação de feiras, e, principalmente, consórcios intermunicipais que intensifiquem o compartilhamento geral dos setores culturais.

dos. Tudo isso está previsto na legislação dos consórcios, de abril de 2005, que já permite o compartilhamento entre municípios no setor da saúde. Segundo os organizadores, a integração visa elevar a cultura como bem acessível a todos os grupos sociais, permitindo que as cidades compartilhem o conhecimento técnico para despertar o interesse pela fiscalização de elementos culturais em seus cidadãos. Para o secretário de cultura de São José dos Pinhais, Amarildo Rosa, a troca de ideias, informações e realidades

diferentes são ações simples que poderão aumentar a produtividade cultural nos pequenos municípios. É o que afirma, também, a escritora, atriz e psicóloga Carla Ramos, pertencente à mesa que abriu o evento. Segundo ela, cada vez mais os artistas estão ganhando espaço nos grandes e pequenos centros, principalmente devido aos incentivos que são cada vez mais constantes. A inclusão das cidades da RMC e litoral no Sistema Nacional de Cultura foi outro tema de destaque. Para o palestrante Elton Luis Barz, o Sistema Municipal de Cultura de Curitiba, baseado no Sistema Nacional, pode ser implementado em cidades menores possibilitando uma aproximação entre a cultura e a educação. Ainda segundo Barz, é essa educação que movimenta o setor produtivo, gerando práticas de valorização da cidadania e diversidade como programas de economia criativa. Apesar da inciativa buscar apoio nos próprios gestores e secretários, sem a intervenção do Governo Estadual ou Mu-

nicipal, o evento conta com o apoio do Instituto Federal do Paraná, Secretaria de Estado e Cultura e o Serviço Social da Indústria do Paraná (Sesi-PR). Cada instituição parceira também apresentou propostas para fortalecer a integração entre os municípios, como o incentivo à cultura estadual desenvolvido pelo Sesi, que realiza programas de cinema com programação estadual. A mudança dos programas de ação social para os núcleos regionais, descentralizando os grandes centros, é outra proposta defendida pela Secretaria de Cultura. Apesar de toda a discussão, o encontro é uma iniciativa que ainda deve ser debatida nos próximos anos. Com apresentações de peças teatrais e declamações de poesias durante a programação, o evento reafirmou que a cultura está presente em todos os lugares. Sobre o evento, a secretária de cultura e turismo da cidade de Araucária, Irena Zanon, comenta que “trocar essas diferentes formas de cultura nos fortalece e proporciona um ganho à população”.


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