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Começa a campanha Agasalho Solidário 2015. Página 02
Ajudando a encontrar
Projeto integra base de dados para intensificar buscas por desaparecidos. Página 04
Basquete sob outro ângulo
A busca pela reabilitação através do esporte. Página 08
Curitiba, 02 de Julho de 2015 - Ano 18 - Número 265 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Isenção em risco Gratuidade na passagem de ônibus pode ser revista.
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Expediente
Cidades
Solidariedade que aquece Campanha Agasalho Solidário vai até o dia 31 de julho em Curitiba Gabriel Vitti 1º período
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omeçou na terça-feira (01) a campanha “Agasalho Solidário”, com o objetivo de arrecadar agasalhos e cobertores para pessoas necessitadas. A ação é uma iniciativa da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba com o apoio da Fundação de Ação Social (FAS) e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). Segundo a coordenadora da campanha, Cleonice de Fátima Minaif Gonçalves, o projeto é uma ação de contrapartida social realizada pelos beneficiários da Lei Municipal de Incentivo ao Esporte, e faz parte do conhecido projeto do IPCC, “Doe Calor”. Os atletas beneficiados pelo recebimento da bolsa de incentivo ao esporte disponibilizado pela prefeitura podem realizar doações em todos os postos de arrecadação, é preciso apenas assinar a lista disponível nos lugares para a validação da ação. Apesar disso, a coordenadora afirma que a campanha está aberta à toda a população, e lembra que o objetivo é atingir o maior número possível de doações.
Edição 265- 2015 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Para o estudante Guilherme Viana, 19 anos, doar agasalhos deveria ser uma prática comum, principalmente devido aos problemas enfrentados em nossa sociedade. “Minha mãe sempre fez isso comigo desde pequeno. Íamos em orfanatos e creches para doar meus brinquedos antigos e em postos doar agasalhos para as pessoas mais necessitadas. Então, isso meio que virou costume para mim”, afirma ele. Entretanto, Viana acredita que a atitude não deve ser feita de forma obrigatória, mas por aquelas pessoas com condições de ajudar. A campanha Agasalho Solidário vai até o dia 31 de julho, e a população pode realizar as doações de agasalhos novos e seminovos, além de cobertores, em todas as lojas da rede Leve Curitiba, Vitrine Curitiba e Bistrô Curitiba. É possível, também, comprar vale-cobertores pelo valor de R$ 10,00 cada, podendo ser pago nos postos de arrecadação tendo os vales usados na compra de cobertores. Todas as peças arrecadadas serão doadas para abrigos e instituições cadastradas no Instituto Pró-Cidadania. Gabriel Vitti
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR
REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes
MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Yuri Braule 2º Período
COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)
SECRETÁRIOS DE REDAÇÃO
DIAGRAMADORES
Andrey Princival Gabardo
Andréa Ross
3º período
3° período
7º período
REVISORES
3º período
Adriana Barquilha
Bruna Carvalho Gabriela Jahn
3° período
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Ana Lucy Fantin
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1° período
1° período
1° período
1° período
1° período
1° período
3° período
Ana Luiza Moraes Nicole Heep Vinicius Scott 1° período
Agasalhos em caixa de arrecadação
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade
Ruan Felipe Jehnifer Kammer
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Cidades
Controle biométrico UFPR estabelece medidas no Hospital das Clínicas após 10 médicos serem indiciados por não cumprirem seus horários de trabalho Fernanda Ehlke 2º período
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pós o indiciamento de 10 médicos do Hospital das Clínicas (HC), por não comparecerem ao trabalho e atenderem em clínicas particulares, funcionários do hospital serão obrigados a usar o sistema biométrico para confirmarem suas presenças no local. A iniciativa será implantada pela Administração da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em nota publicada na última terça-feira (30) para esclarecer as medidas que estão adotando em relação às acusações a instituição cita que abriu Processos Administrativos Disciplinares individuais contra os 10 citados pela Justiça Federal e garante que os indiciados poderão recorrer à defesa. Após as investigações serem concluídas, a institui-
Fernanda Ehlke
ção promoverá a imediata apuração de responsabilidades e eventuais punições estabelecidas pela Lei. A Reitoria da UFPR reuniu-se com a Controladoria-Geral da União (CGU) para apresentar as ações que adotou e definir um plano de providências a ser aprofundado. Assim, junto com a Direção do HC aderiu como uma das medidas o ponto eletrônico e em breve irá implantar o controle biométrico para os servidores. De acordo com a paciente Regiane Fischer a biometria é uma boa forma de fiscalização para controlar a presença dos médicos no hospital. Para ela, essa iniciativa pode melhorar e agilizar o atendimento à população, pois a demanda
O ponto eletrônico verifica as digitais dos funcionários de atendimentos é alta e tem pacientes do Brasil inteiro no local. Entretanto, Regiane
acredita que é preciso muito mais para melhorar o serviço.
eles ainda não são totalmente confiáveis como os táxis, que
são revisados e sofrem vistorias constantes.
Parceria digital Prefeitura lança junto à associação dos táxis aplicativo dedicado a deficientes. Joshua Raksa 1º período
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a manhã desta quarta-feira (01) estreou o aplicativo Central Táxi, desenvolvido pela Associação das Centrais de Rádios Táxis (Acert) em parceria com a Prefeitura de Curitiba. O software almeja auxiliar a comunicação dos usuários com os taxistas e ainda oferece uma calculadora que mostra ao cliente o valor da corrida. O objetivo principal é ajudar as pessoas com deficiência, pois permite que essas chamem um dos 20 táxis exclusivos com espaço para cadeira de rodas. No lançamento o prefeito Gustavo Fruet ressaltou a importância da parceria e de programas que facilitem a mobilidade urbana como o serviço de transporte individual.
Para João Nunes, autônomo, 40 anos, é preciso cuidado e monitoramento, “uma vez um aplicativo como este não me informou o endereço correto e em outra não achou o endereço. Isto dificulta ao invés de ajudar”, finaliza.
Joshua Raska
A apresentação reincide com o fato da empresa dona do aplicativo Uber, uma ferramenta similar ao serviço que dispõe de táxis de luxo, estar contratando profissionais, o que indica que essa possui planos para tornar Curitiba a terceira sede da empresa aqui no país, depois de Rio de Janeiro e São Paulo. O taxista e conselheiro do Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditáxi-PR), Erasto Luiz Ribas, afirma que apesar dos carros do Uber serem de luxo,
Aplicativo facilitará a vida de pessoas com deficiência ao chamar um táxi
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Política
Procura por desaparecidos ganha reforço Tramita na Assembleia projeto de aplicativo, que visa localizar pessoas desaparecidas no Estado Maria Victória Lima 3º período
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esta quarta-feira (01), aconteceu na Assembleia Legislativa do Paraná uma audiência pública sobre o projeto de lei 476/2015. A proposta é sobre um aplicativo de uso exclusivo da Polícia Civil, Militar, Federal, Guarda Municipal, Polícia de Fronteiras e de órgãos como o Conselho Tutelar, e será usado na busca de pessoas desaparecidas. O projeto que foi apresentado publicamente ontem (01), de autoria do deputado Marcio Pacheco, pretende integrar em uma plataforma todos os órgãos competentes para agir em caso de sumiços de pessoas. “Hoje não há nenhum lugar do Brasil, onde a polícia tenha uma ferramenta que seja integrada, mas todas possuem condições de seguir investigações em caso de desaparecimentos”, afirma o assessor de imprensa do deputado, Jefferson Lobo. O aplicativo apenas não será público para que milhares de falsas denúncias não sejam geradas. Pacheco afirma que a ideia do projeto surgiu de uma preocupação sobre um tema delicado, que é um drama, que gera angústias inimagináveis. “Como diz no livro
do Major Marcus Roberto Claudino — o coordenador do SOS Desaparecidos da PM de Santa Catarina —, Mortos Sem Sepulturas, a falta de informações é pior do que ter a certeza da morte”, declara. Hoje a polícia tem a cultura de só começar a investigar 24 horas depois de feita a ocorrência. O problema se agrava se for um caso de crime como homicídio e violência sexual, pois, normalmente, o ato vai acontecer dentro da primeira meia hora. Esse aplicativo vai possibilitar que a busca comece imediatamente após a denúncia. O Capitão Daniel Lorenzeto (responsável pelas buscas iniciais em caso de desaparecimentos) informou que o Corpo de Bombeiros é oficialmente responsável por busca e resgate de pessoas. “Muitas vezes os familiares das pessoas desaparecidas acreditam que estas se perderam e, caso aconteça em local próximo à mata e a rios, chamam imediatamente os agentes. Então, com esse aplicativo, o trabalho de todos será facilitado”. A audiência contou com a participação de Ivanisse Esperidião da Silva Santos, presidente da ONG Mães da Sé, Associação Brasileira de Crianças
Desaparecidas (ABCD), que, em seu depoimento, contou o motivo de seguir o caminho de formar a ONG e elogiou o trabalho de toda equipe envolvida no projeto. Como as informações partirão de órgãos oficiais, alguns dados que não interessarão às pessoas comuns ficarão privados. E depois que a pessoa é localizada os alertas serão retirados do sistema, mas as informações continuarão para que possa ser feita uma análise e estudos dos casos e estatísticas para complementar o trabalho policial. “A ideia para um futuro próximo do projeto é expandir para os outros estados e com o passar do tempo formar uma rede nacional”, declara Lobo. “Tentamos construir um projeto que fosse extremamente alinhado e ouvir todas as pessoas possíveis para termos o auxílio da população. A dificuldade maior está daqui para frente, na hora da implementação” comenta o deputado sobre as dificuldades de construir o projeto. Agora começa o trâmite ordinário dentro da Casa, no qual a comissão de justiça pode, em um breve espaço de tempo, declará-lo constitucional ou não. Caso Maria Victória Lima
Próximo passo do projeto é ser aprovado pelo Plenário da ALEP
seja considerado constitucional irá para a deliberação do Plenário, e sendo aprovado vai para a sansão do Governador. O aplicativo possibilitará a inclusão de fotos e vídeos e georreferenciamento das informações no Google Maps.
Como funciona Qualquer um que tenha uma queixa de desaparecido pode chegar para qualquer agente policial e registrar boletim. O policial vai entrar no aplicativo e cadastrar os dados do indivíduo: idade, sexo, etnia, altura e a hora e o local do desaparecimento. Sendo assim o cadastro vai para o sistema, que faz uma geolocalização do ponto de partida; os dados vão para a central, que em tempo real, faz uma distribuição dos dados fornecidos para as delegacias especializadas e todos os agentes. Ao mesmo tempo as informações irão para os sites públicos e redes sociais para que os civis possam ajudar na divulgação. Caso seja localizado um possível desaparecido, qualquer agente que tenha o aplicativo no celular pode entrar no histórico e passar o aleta de suposta localização. Esse alerta vai ser enviado para as delegacias especializadas, as quais farão a verificação das informações. Confirmado, o alerta cai na central e é redistribuída para todos os policiais. Não havendo notificações de localização no prazo determinado, o sistema pode ser programado para lembrar o agente que registrou a ocorrência e aos órgãos responsáveis. O status pode ser atualizado quando necessário.
Curitiba, 02 de Julho de 2015
Gratuidade no “busão” está ameaçada Após determinações do Tribunal de Contas do Estado, isenção no preço da passagem pode deixar de existir Yuri Braule 2º período
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Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) impôs 14 determinações para a Urbanização de Curitiba (URBS), retirando assim itens do preço da tarifa de ônibus. Porém, com essas alterações poderão ser revistas e retiradas, entre outros itens as gratuidades, afetando idosos, pessoas com deficiência, carteiros, Policiais Militares e trabalhadores da própria URBS. A possibilidade começou a ser levantada quando a Urbs divulgou uma nota à imprensa, comunicando que “as gratuidades (que beneficiam idosos, pessoas com deficiência, trabalhadores do transporte, estudantes, carteiros e Policiais Militares) serão revistas conforme decisão do TCE”. A provável revisão não foi bem recebida por quem utiliza o transporte em Curitiba, o principal ponto citado foi a chance dos idosos perderem o benefício. Elza Moreira, 67 anos, possui o cartão isento, e acha inadmissível a possibilidade de perder a gratuidade, que pode afetar todo o seu salário. “O que mais eles querem tirar do idoso? Aposentadoria também? Vão tirar a isenção por quê? Para o governo roubar mais?”. Já André Luiz, 17 anos, pensa que o passado dos idosos deveria contar. “As pessoas estão aposentadas porque elas trabalharam a vida inteira e acho que elas têm o direito de andar de ônibus gratuitamente, mesmo que seja só por uma quadra”. Em comunicado divulgado à imprensa, o TCE rebateu
essas afirmações, argumentando que não determinou a revisão na gratuidade de todas as classes. “Em momento algum, essa corte de contas determinou a revogação das gratuidades oferecidas a idosos, pessoas com deficiência, trabalhadores do transporte e estudantes, mas tão somente, a revisão, quanto à fonte de custeio, daquelas gratuidades que não possuem amparo constitucional, como é o caso dos trabalhadores dos correios e oficiais de justiça”. O tribunal não calcula o preço da passagem, mas informa que se a Urbs cumprir as 14 determinações o preço da tarifa deverá diminuir. Informa também que é necessário que as medidas sejam cumpridas, caso contrário, a entidade sofrerá sansões por parte do estado. Na mesma nota feita para a imprensa, a Urbs afirmou que “Qualquer alteração na tarifa do usuário dependerá da definição da tarifa técnica e avaliação do impacto da retirada dos itens apontados pelo TCE, que estão sujeitos inclusive a questionamentos administrativos e judiciais pelas partes envolvidas.”
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Economia
Descrença na redução da passagem
tarifa, os veículos ecológicos podem sair de circulação.
Apesar da expectativa do TCE apontar para uma redução da passagem, os usuários do ônibus em Curitiba não acreditam que o preço da tarifa irá cair. Perguntado a respeito da possibilidade de redução, Henrique Pereira da Silva, 25 anos, acha que a tarifa “vai aumentar mais ainda”. Já Luciene Ribeiro, 32 anos, acredita que “são tantas promessas e, na hora de cumprir o que prometeu, não faz, então eu acho que não vão reduzir a passagem”.
A entidade responsável pelos ônibus de Curitiba afirma que “como consequência da determinação do Tribunal e inviabilidade financeira da continuidade da operação, os ônibus híbridos serão retirados de circulação”.
Apesar disso, se o preço da tarifa cair, os usuários irão aprovar a medida. Gina Ferreira Pedreira, 53 anos, acredita que “Além de ser extremamente necessária, eu não tenho dúvidas que é possível trabalhar com uma passagem com um valor mais baixo”.
Fim do HibriBus Outra medida da Urbs a qual o TCE pretende que não seja mais considerado no preço da tarifa é o “HibriBus”, ônibus com tecnologia híbrida movido a biodiesel e eletricidade. Com a retirada no preço da
Idosos e pessoas com deficiência seriam os mais afetados com as mudanças
André Luiz acredita que, se for financeiramente inviável, os híbridos devem sair. “Tem que olhar as informações e os dados, se valem a pena estar na rua ou não”. Gina, pelo contrário, acha que os benefícios para o meio ambiente são mais importantes. “Eu acredito que trabalhar com meios alternativos é uma necessidade, não só para agora como para o futuro” O TCE comunica que “o valor referente a esse investimento e ao risco dessa operação deve ser excluído da planilha de cálculo da tarifa, por se tratar de custo a ser suportado pelo empreendedor, não sendo justo seu repasse ao usuário final”.
Yuri Braule
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Economia/Polícia
Passagem mais cara Tarifas interestaduais e internacionais sofreram um reajuste de 7,7% Giully Regina 2º período
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partir de ontem (01), as passagens de ônibus interestaduais e internacionais sofreram um reajuste de 7,7% nos percursos de longa distância. O reajuste ocorre anualmente e em julho do ano passado foi de 4,7%. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou em diário oficial uma tabela base para os aumentos. O passageiro deverá multiplicar a distância da linha pelo coeficiente da tabela. Depois adicionar a tarifa de embarque específica do terminal e o ICMS estadual sobre a tarifa e o rateio do pedágio, se houver, por passageiro. Os coeficien-
tes têm como base, se o veículo é convencional, executivo, semi leito ou leito. De acordo com o representante da Viação Cometa Gilmar dos Santos, o aumento não é tão significativo a ponto de alterar as vendas. A empresa tem rotas de Curitiba para São Paulo e Curitiba para Belo Horizonte. O representante ainda aponta que a ANTT postou em diário oficial sobre o reajuste. Biamara Ivanovsky encarregada da empresa Eucatur, afirma ser um reajuste necessário, “houve aumento no combustível e nos mate-
riais para manutenção dos ônibus, a empresa teve um gasto maior, e o preço é justo”. Biamara ainda relata em não ocorrer riscos de diminuição na compra de passagens: “Quem realmente tem que viajar não tem outra escolha, porque o ônibus ainda sai mais barato que avião”. O economista Marcelo Poit assegura que o ajuste de 7,7% é modesto quando comparado as altas da inflação e levando em conta o aumento dos gastos das empresas, incluindo o salário dos funcionários e combustível. Para manter a margem de lucro o reajuste foi necessário.
Porém, mesmo não parecendo um aumento significativo, o economista afirma que para o usuário é mais um aumento. “Para quem precisa viajar e não teve aumento de salário vai ter uma diferença no orçamento. Por exemplo, uma passagem que antes custava R$ 100,00, agora vai custar R$ 107,00”, sustenta Poit. Ainda ontem a maior parte dos passageiros frequentadores da rodoferroviária de Curitiba não estavam cientes do aumento no preço das passagens.
Terror no ônibus Onda de furtos está se tornando cada vez mais comum no terminal do Pinheirinho Cristielle Barbosa Yasmin Soares 1º período
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assageiros que utilizam o transporte público de Curitiba estão cada vez mais amedrontados com os casos de furtos e roubos, principalmente na região Sul da cidade. Geralmente, os anúncios de assaltos são realizados por homens armados abordando tanto os operadores quanto os usuários dos ônibus ao chegarem em lugares mais isolados e sem movimento, obrigando-os a entregar seus pertences de valor. Segundo informações fornecidas pela Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS), sempre houveram situações isoladas de arrastões, porém no último mês esses atos se tornaram mais frequentes, tornando-se mais graves no bairro Pinheirinho. Para fazer a abordagem e a voz de prisão aos suspeitos, os guardas municipais param os ônibus
Andréa Ross
dessa região e revistam todos os passageiros, sem exceção, para certificar de que não há nenhum indivíduo portando material ilícito, como drogas ou armas de fogo. De acordo com os dados apresentados pela SMDS, a operação de policiamento ao transporte coletivo e estações tubo ocorreram do dia 11 de junho até o último domingo (26), na qual foram abordadas 76 linhas de ônibus,10 estações tubo e o terminal Pinheirinho, tendo feita a revista de 2467 pessoas, sendo 879 mulheres e 1588 homens. Foram detidas pela Guarda Municipal (GM) seis pessoas, sendo duas por porte de substância ilícita, uma por munição de arma de fogo, uma por imitação de arma de fogo, uma por roubo no ponto de ônibus e uma por estar participando de roubo dentro do coletivo no bairro Cajuru.
Passageiros ficam inseguros ao utilizar o transporte público Para evitar esse tipo de acontecimento, há uma frota da GM exclusiva para realizar rondas entre os terminais que estão sofrendo com os arrastões, além do botão do pânico próximo ao cobrador
e ao motorista que quando há situação de perigo, como assaltos, ele é acionado e a GM mais próxima é solicitada para atender a situação e se possível, prender os suspeitos.
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Cultura
Heróis de brinquedo Fundação Cultural de Curitiba transforma a imaginação dos quadrinhos em realidade através de esculturas Thais Camargo 1º período
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Fundação Cultural de Curitiba apresenta desde o dia 19 de maio até domingo, a primeira exposição individual do escultor Thiago Provin na Gibiteca de Curitiba. A exposição conta com cerca de 20 trabalhos retratando a trajetória do artista através de esculturas de personagens de quadrinhos, vídeo games, cinema e cultura pop. A exposição encontra-se na Sala Lápis (Sala 3), e apresenta não somente as esculturas, mas as ferramentas utilizadas pelo artista, além de contar com os esboços de Provin. Gabriela Ferreira, 28 anos, administradora e moradora de Blumenau, veio visitar Curitiba e aproveitou para conhecer a mostra. “Meu marido gosta de quadrinhos, então vim com
Thais Camargo
ele para conhecer”. Gabriela comenta sobre as esculturas que mais a impressionaram, sendo as do personagem da Marvel Comics, Wolverine. “As esculturas do Wolverine estão muito bonitas, e os esboços bem feitos”. A exibição conta com personagens como Batman, feitos em resina e fibra de vidro, até Ban e Fei Long. Ficará exposto até neste domingo (05), de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h. A entrada é franca.
O escultor Thiago Provin, nascido em Curitiba, é formado em Escultura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), trabalha como escultor
Esculturas produzidas pelo artista Thiago Provin desde 1999 e atua no mercado europeu e norte americano de brinquedos colecionáveis “Toy Art” e “Action Figures” desde
2008. Desenvolveu projetos para empresas como Image Comics e Marvel Comics.
Com o objetivo de valorizar os hábitos saudáveis e a comida local, o festival conquista o público a cada edição. Além de ajudar na divulgação dos
arrecadado é doado para instituições de caridade.
direito de todo o ser humano: o direito à vida, em suas mais variadas dimensões”.
mais de 30 restaurantes participantes e movimentar o mercado, o Week oferece a oportunidade do público comer em lugares cobiçados por preços reduzidos.
pe, instituição beneficente do evento, Ety Cristina Forte Carneiro, declarou que “ao investir em um projeto do Complexo Pequeno Príncipe, o Restaurant Week está contribuindo, não apenas com um objetivo específico, a parceria permite investir em algo muito maior, o bem mais valioso e primeiro
Banquete do bem Evento de gastronomia, que abrange mais de 15 cidades, está em sua última semana em Curitiba Erica Hong 1º período
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11ª edição do festival de gastronomia Curitiba Restaurant Week teve início no dia 15 de junho e termina neste domingo, 05 de julho. Este ano o tema apresentado é “Gastronomia Saudável”. Os melhores restaurantes terão em seus cardápios refeições com entrada, prato principal e sobremesa por R$ 37,90 no almoço e R$ 49,90 no jantar. O Restaurant Week surgiu em 1992 na cidade de Nova York e está no Brasil desde 2007, em São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Recife, Vitória, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza.
Em nota, a diretora-executiva do Hospital Pequeno Prínci-
“A parceria permite investir em algo muito maior”
O evento ainda conta com uma ação social na qual sugere uma doação de R$ 1,00 por cliente. Todo o recurso
“A Curitiba Restaurant Week ajuda muito na divulgação do restaurante. O cliente tem oportunidade de adquirir produtos de qualidade por preços mais em conta”, diz Edimilson Pedro de Souza, gerente do Avenida Paulista pizzeria, um dos restaurantes participantes do evento. Nesta edição a maioria dos restaurantes aderiram ao serviço de reserva online que pode ser feita através do site oficial do evento: restaurantweek.com.br.
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Esportes
Basquete sobre rodas ganha visibilidade Modalidade esportiva Paralímpica é destaque no Paraná Caroline Farias Sophia Cabral 1º período
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os últimos anos, as modalidades esportivas praticadas por deficientes físicos vêm tendo destaque no Brasil. Entre elas, está o basquete em cadeira de rodas, que tem forte presença na história do movimento paralímpico, sendo a primeira modalidade praticada, desde 1958. Em Pinhais, cidade localizada na Região Metropolitana de Curitiba, o ex-bancário conhecido como João Carlos Pinguin é o responsável pela Associação Desportiva dos Deficientes Físicos Pinguins do Sul, criada em 13 de novembro de 2004. A motivação para formar o time começou em 1996 e Pinhais foi escolhida pela relação que o fundador mantinha com a cidade, exercendo o papel de coordenador da pessoa com deficiência. Ele conta que, no início, o esporte praticado era o vôlei — modalidade em que os jogadores ficam sentados no chão —, mas com a falta de estrutura adaptada para os atletas somada as condições climáticas desfavoráveis, eles acabaram mudando de esporte, passando a praticar o basquete, principalmente após a chegada das cadeiras
de rodas apropriadas. Foi então que os atletas obtiveram maior destaque, somando pontos positivos em todos os aspectos.“Depois de todo o desenvolvimento, montamos a instituição Pinguins do Sul. A ideia é que futuramente seja desenvolvido um centro de reabilitação, com mais modalidades”, almeja Pinguin. Atualmente a equipe conta, entre homens e mulheres, com 17 atletas, nos treinos que ocorrem três vezes na semana. A comissão técnica é formada por nove pessoas. Para o fundador, o esporte torna-se uma reabilitação não só para o deficiente, mas para toda a família.
Força de vontade O capitão do time, Fabio Amaral, chegou aos Pinguins na época em que eles ainda praticavam vôlei e já completa 10 anos de associação. Aos 11 anos de idade, o atleta foi atropelado e perdeu o movimento do joelho para baixo de sua perna direita. O jogador conta que a princípio sua adaptação foi difícil, mas que encontrou no esporte um recomeço: “Para mim isso foi uma opção de vida. Não é porque eu tenho atrofia numa Sophia Cabral
Atletas do Pinguins do Sul treinando
perna que eu sou menos importante que um camarada que corre. Sou capaz de fazer as mesmas coisas e só dependo me mim”, argumenta. Amaral ainda fala sobre a importância que sua família e, principalmente, seu filho, que nasceu com deficiência, tem para ele não somente como jogador, mas também como pessoa. “Devido a ele vir com esse problema, vir especial para mim, eu aprendi a ver o basquete com outros olhos. Meu filho é que me leva para frente”, se emociona.
O campeonato O Campeonato Paranaense de Basquete em Cadeira de Rodas 2015 está divido em quatro etapas. A primeira aconteceu em Pinhais de 29 a 31 de maio, com oito times, no ginásio Caic, local onde os Pinguins do Sul treinam. A classificação ficou com ADFP/Fênix, de Curitiba, em primeiro, Tubarões/MM/Fundesp/LDPG, de Ponta Grossa, em segundo e Pinguins do Sul em terceiro. A segunda etapa será realizada em Foz do Iguaçu, de 21 a 23 de agosto, com mais nove partidas da fase de classificação. A terceira etapa será em Ponta Grossa, de 25 a 27 de setembro, e as finais, em novembro, na capital paranaense. Além dos Pinguins do Sul, o campeonato conta com a participação de equipes de Londrina, Cascavel, Castro, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba. A grande maioria dos atletas é do sexo masculino, mas tem algumas mulheres escaladas nos times que fazem parte do campeonato.
Conheça as regras duração de cada 1 Apartida é dividida em quatro quartos com dez minutos cada;
da quadra 2 Ae aextensão altura da cesta seguem o modelo do basquete convencional — 28 metros de comprimento por 15 metros de largura e 3,05 metros de altura do chão até as bordas da cesta;
de rodas, 3 Astantocadeiras para homens quanto para mulheres, são adaptadas segundo o padrão da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF);
proibido segurar 4 Éa bola e dar mais de duas impulsões na cadeira sem arremessar ou passar a bola.