Comunicare diário 01.12.2015 (terça)

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Meia-entrada tem nova lei

Limitação a 40% do total dos ingressos em eventos gera polêmica. Página 03

Amadores apaixonados

Clubes de bairro de Curitiba sobrevivem mesmo com pouco patrocínio . Página 07

Natal do Palácio Avenida

Apresentações do Coral acontecerão até o dia 13 de dezembro. Página 08

Curitiba, 1º de Dezembro de 2015 - Ano 18 - Número 271 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Preconceito não se ensina Casos de homofobia entram na pauta de discussão das escolas

Páginas 04 e 05


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Curitiba, 1º de Dezembro de 2015

Expediente

Economia

Black Friday x Black Fraude Descontos duvidosos incomodaram alguns consumidores no final de semana que prometia oportunidades especiais Caroline Deina 2º período

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onhecida mundialmente pelos descontos, a Black Friday 2015 chegou com características diferentes, que impressionaram tanto os consumidores quanto os lojistas. A gerente Fabiana Alves, responsável pela loja Hering do Shopping Crystal, no Batel, afirmou que no ano anterior os descontos renderam mais, já que atualmente existe uma queda no fluxo de clientes e comércio. Porém, a franquia contratou mais funcionários para o período da Black Friday e para o Natal, por acreditarem que, apesar da crise, a demanda de procura ainda deve aumentar. Diferente de Fabiana, Patrícia Melz, gerente da loja Arezzo, no mesmo shopping, preferiu não arriscar e contratou mais funcionários. De acordo com a comerciante “a crise é mais psicológica do que verdadeira. As pessoas compram essa ideia e acabam segurando a economia. Existe crise, mas não tanto, quando a cliente entra e se interessa, ela gasta sem dó nem piedade”. No ponto de vista do consumidor, a professora Francieli da Silva analisa que alguns estabelecimentos estiveram com um pequeno desconto, mas nada fora do normal. Por

Edição 271- 2015 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br ter pesquisado antes de ir as compras, concluiu que as lojas não estão sendo sinceras. “Eu e o meu marido pretendíamos comprar algumas coisas e pesquisamos pela Internet. Sabíamos o preço, aí eles aumentaram duas semanas antes e diminuíram agora”. O bancário Ismael Pereira estava acompanhando os preços há um mês. “Tenho visto muito que eles aumentaram para demonstrar um desconto maior. Há promoções, mas não são tudo aquilo”. Por outro lado, a psicóloga Sandra Katchan não realizou uma pesquisa, mas chegou à conclusão de que os preços estão bons, e que os pontos de venda estão sendo francos com os seus clientes. Para não cair na dúvida, Jackson Bittencourt, professor responsável pela coordenação de ciências econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), aconselha que a população compare os preços atuais com os antigos e que procure o mesmo produto em outras lojas, para avaliar se vale a pena. Ele julga que muitas empresas estão fazendo a “falsa Black Friday”, utilizando a data para vender sem dar desconto.

Black Friday procurou surpreender os consumidores

Beatriz Mira

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Caroline Deina 2º período

COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)

SECRETÁRIOS DE REDAÇÃO

PAUTEIROS

Ana Lucy Fantin

Jaqueline Dubas

2º período

2º período

Angélica Klisievicz Lubas

Beatriz Mira

3º período

1º perído

EDITORES Andréa Ross 4º período

Renata Martins 3º período

Sophia Cabral 2º perído

Virgínia Freitas 3º período

REVISORES Luiza Romani 4º período

Giordana Chemin 4º período


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Economia

Lei limita número de meia-entradas Nova medida garante prever faturamento para produtoras de eventos, mas não agrada a todos Amanda Mann 2ºperíodo

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ntra em vigor hoje (01) o decreto sancionado pela Presidente Dilma Rouseff no dia 06 de outubro, que reduz para 40% o número de ingressos disponíveis em meia-entrada em eventos culturais e esportivos. O benefício da entrada pela metade do preço é assegurado aos jovens de baixa renda, estudantes, idosos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes. Além disso, para que o espectador saiba se no momento da compra do seu ingresso constam ou não, entradas disponíveis por um preço reduzido, essa informação deverá ser exposta de forma clara e visível no bilhete. A lei que regulamentou o princípio da meia-entrada estabelece que se essas medidas não forem cumpridas, a empresa responsável pelo evento estará sujeita a penalidades administrativas, pelo código de defesa do consumidor. Fernando Kumode, advogado, menciona a importância de ponderar os interesses dos promotores de eventos e dos usuários, tendo em vista que o intuito da lei é a criação de previsibilidade de faturamento das empresas. Caso contrário, sem essa definição, a venda de ingressos poderia ser 100% destinada à meia-entrada ou 100% destinada ao pagamento total do bilhete. O advogado expõe que os 40% designados à meia-entrada deverão ser reservados a partir do momento de início das vendas, até 48h de antecedência, com expectativa de público de até 10 mil pessoas. Se a demanda ultrapassar esse limite, os convites poderão estar disponíveis até 92h antes.

Ele cita que o verdadeiro fiscal desse novo método de cobrança será o próprio consumidor, atentando-se às regras impostas pela lei e certificando-se que estão sendo praticadas. A lei ressalva, porém, que os reais encarregados da supervisão serão os órgãos públicos federais e estaduais. Kumode

as normas de transparência da lei serão devidamente cumpridas. Por fim, 63% das pessoas que responderam à pesquisa se dizem desestimuladas pela lei para comparecer em eventos futuros.

ainda aponta que a tendência é que ocorra uma redução no preço dos bilhetes, mas isso dependerá de cada empresa.

cia em cinemas e shows, se diz contra a nova lei. ’’Todos os estudantes deveriam ter seus direitos garantidos. Isso é desnecessário e absurdo’’. Ele também defende que os eventos em geral são elitizados e a nova regra política parece uma manobra para o público gastar mais dinheiro.

O estudante Vinicius Doca, que costuma ir com frequên-

dorismos nesse ramo, pois os produtores sempre encontrarão alternativas que prendam a atenção do freguês. Entre os entrevistados pelo Comunicare, 63% sentem-se desestimulados a comparecer em episódios culturais futuros devido à nova lei estipulada.

“Parece uma manobra para o público gastar mais dinheiro” Desestímulo Em uma enquete realizada pelo Comunicare, com 46 pessoas, 84,8% delas se mostraram insatisfeitas com a medida. Questionados sobre a possibilidade de redução do preço do ingresso, 93,5% acreditam que isso não irá ocorrer. Além disso, apenas 19,6% dos cidadãos creem que

O sócio proprietário da empresa de shows Pin’A Produtora, Aly Maltaca, fala que a margem reduzida de ingressos de meia-entrada não será empecilho para empreende-

A produtora geral da empresa Zeropila Produções, Natasha Durski, declara que há chance de aumento da lucratividade da empresa e ressalva que o objetivo é reduzir o preço das entradas. ”Um dos maiores problemas em oferecer meia-entrada para eventos é ter que aumentar o preço final para cobrir custos, uma vez que muita gente burla a lei para se beneficiar e, no final, boa parte dos tickets acaba sendo de meia–entrada, deslegitimando um benefício extremamente válido’’. Vinicius Scott

Alguns estudantes estão insatisfeitos com a nova lei


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Especial

Escola do preconceito Instituições de ensino tentam combater a homofobia dentro das salas de aula Sophia Cabral 3º período

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esconstruir o preconceito. Num ambiente que tem como papel ensinar o direito de escolher sem julgar, de respeitar e de acolher, as escolas ainda têm como um dos seus grandes desafios ensinar a diversidade. A homofobia, caracterizada como o preconceito contra homossexuais, está presente também na educação de base e, por isso, procedimentos e medidas vêm sendo tomadas não só para combater, mas também discutir o problema.

pedagógica da instituição de ensino deverão ser informados do ocorrido e tomar as providências cabíveis. Quanto à prevenção sobre casos relacionados à homofobia nas escolas, os professores devem promover debates de formação para estarem preparados quando enfrentarem situações de preconceito durante as aulas. A assessora ainda diz que, normalmente, a APP tem em todas as escolas, alguém ligado ao sindicato para mais orientações sobre o tema.

De acordo com a assessora da Secretaria de Gênero, Relações étnicos-raciais e Direitos LGBT da APP-Sindicato, Marilda Ribeiro da Silva, se algum aluno passar por qualquer situação de intolerância devido à sua orientação sexual, dentro da escola, a direção, assim como a equipe

Professora da escola particular Atuação, em Curitiba, Priscila Sanglard conta já ter presenciado em aula situações de preconceito e, destaca, que o professor deve ser “firme o bastante” com os alunos para que não se sintam livres para ofender ou constranger algum colega. A professora ainda diz

que todos devem ser vistos da mesma forma. “Um aluno vítima de homofobia não deixa de ser como outro qualquer”. Para Ronaldo Rodrigues Mello, diretor da escola pública municipal Polivalente, localizada no Boqueirão, ainda se faz necessário um trabalho mais incisivo na luta contra o preconceito. “É uma coisa que não pode parar, tem que estar sempre se atualizando e melhorando”. O diretor, que também disse já ter presenciado situações de discriminação, afirma que casos assim, “não são tolerados na escola” e, quando acontecem, as famílias são chamadas para somente então, alguma decisão ser tomada da melhor forma, a fim de resolver o problema.

Por trás da psicologia Educador do programa Aprendiz Legal da Fundação Roberto Marinho, o psicólogo Matheus Cross Bier, afirma que, em alunos que sofrem com a homofobia, pode haver uma diminuição da autoestima, desenvolvimento de tendências a depressão, além de sentimentos de desvalorização e insegurança. O psicólogo ainda diz que é possível, variando de caso a caso, que as vítimas deste tipo de discriminação desenvolvam algum tipo de trauma. “Dependendo da frequência e intensidade que o ato de preconceito seja praticado, podemos desenvolver traumas leves, porém, também podemos desenvolver traumas muito pesados. Tudo depende de como o sujeito lida com o Thais Camargo

Mobilização de jovens pela luta contra o preconceito


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Especial

Thais Camargo

preconceito”. Ele complementa relatando que, grande parte das pessoas que desenvolvem algum tipo de trauma ou até mesmo síndromes, não procuram ajuda. “As vezes por terem o pensamento de que de um psicólogo ou um psiquiatra tratam apenas de pessoas loucas ou ainda por insegurança e até mesmo preconceito com os profissionais da área, não procuram ajuda”. Quanto à conduta que as escolas devem ter ao atender alunos que são homossexuais, Bier é categórico. “Devem proceder da mesma maneira como procedem com os outros alunos. A pessoa homoafetiva não necessita de uma maior atenção, ou uma atenção diferenciada pelo simples fato de ser homoafetiva. Não devemos tratar de maneira inferior ou superior, mas sim, de maneira igual”. O educador conclui afirmando que um grande problema enfrentado pela sociedade, atualmente, é a banalização que foi dada ao termo homofobia. “Em muitos lugares hoje se uma pessoa tem uma opinião contrária a de um homoafetivo a mesma

bém está muito presente, seja por falta de conhecimento, ou muitas vezes, por influência da própria mídia.

Quebrando o silêncio Apesar de ainda ser um tema delicado, principalmente para as vítimas, na medida em que o assunto é abordado ou debatido, abrem-se as portas para uma diminuição nas práticas discriminatórias ou homofóbicas. Segundo a pedagoga Regina Lélia Demario. Fernando Luiz Silva, 19 anos, modelo, relata já ter sofrido preconceito quando estudava em um colégio estadual, em Curitiba, devido à sua orientação sexual. Ele conta que, na época, levava as brincadeiras somente como “piadas de mal gosto” e que ainda não compreendia que eram, na verdade, preconceituosas. “A partir de um momento vi que era preconceito. Apenas coloquei meus pés no chão e lutei para ter minha identidade”. O modelo diz nunca ter levado os casos ao conhecimento do colégio e que, apesar de ter resolvido sua situação, acredita que as escolas deve-

Orgulho LGBT nas ruas de Curitiba em prol da igualdade ido para a aula usando um cropped (tipo de blusa curta), gerou grande repercussão até mesmo nas redes sociais.

dias depois do ocorrido, uma nova regra que, segundo os alunos não existia, foi criada. “Usar roupas inadequadas que

“ A partir de um certo momento vi que era preconceito. Apenas coloquei meus pés no chão e lutei para ter minha identidade” já é taxada de homofóbica, taxada de preconceituosa. Neste caso, possivelmente não teremos uma vítima de homofobia, mas sim teremos o simples fato de alguém não compreender que não sofreu preconceito, mas sim, banalizou o termo”. Para ele, dentro das salas de aula essa generalização da palavra tam-

riam ser mais suscetíveis a esses assuntos e oferecer uma reeducação aos alunos quanto ao tema. Casos de preconceito, como relatados pelo jovem modelo, não são exclusivos de escolas públicas. Em setembro deste ano, o fato de um aluno de um cursinho de Curitiba ter

Dimi Verona ,17 anos, relata que nesse dia, escutou frases como “vá colocar uma roupa de homem”, além de risadas e ofensas vindas de um funcionário da própria instituição. Sobre o posicionamento do colégio, Dimi disse que o diretor lhe garantiu o direito de escolher o que vestir. Três

chamem a atenção. A direção, a seu critério, poderá advertir ao aluno(a) que tais vestimentas são inadequadas para a ocasião, podendo solicitar a troca ou a sua retirada dentro das instalações do Curso”. De acordo com a assessoria do grupo educacional, a prescrição citada não tem qualquer

relação com o ocorrido. “Somos completamente contra a homofobia. Temos alunos de todas as classes sociais,, bolsas de estudo, raças e todas as minorias”. A assessoria disse ainda que qualquer aluno que falte com respeito a algum colega será punido, como ocorreu no caso relatado acima. Para a madrasta de Dimi, Viviane Stenzel Ratti, também educadora, a atitude tomada pelo Curso não foi a ideal. “Eles tinham que ter tido outra postura e no mínimo chamado os pais”. A escola ainda informou, por meio de uma nota oficial que, “como instituição educacional, repudia quaisquer manifestações de preconceito ou discriminação de ordem religiosa, política, étnica, cultural ou de orientação sexual - e busca orientar seus alunos para que tais práticas não aconteçam”.


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Polícia

B.O. eletrônico é opção contra a tentativa de furtos e roubos Muitas pessoa não fazem o boletim de ocorrência por falta de informação Maria Victória Lima 4º período

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Maria Victória Lima

primeira atitude a ser tomada em caso de perda ou furto de algo é o Boletim de Ocorrência (B.O.). Todavia, não é isso que vem ocorrendo ultimamente em Curitiba, depois de ser apresentada uma média de sete assaltos diários em ônibus e estações tubos, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP). Mais especificamente a furtos e roubos durante arrastões em ônibus e estações-tubo, a função da Polícia Civil é identificar e prender os suspeitos dos atos que estão fazendo os cidadãos repensarem o modo de comportamento durante a estadia no transporte público de Curitiba. O delegado da Delegacia de Furtos e Roubos, Rafael Vianna, afirma que a melhor maneira de evitar esses incidentes é a mesma dada para quem anda na rua. “Não deixar objetos de valor à vista, não andar com a carteira em bolsos que o acesso de terceiros seja fácil, andar com a mochila na parte da frente do corpo, dentre outras atitudes”, explica. Vianna diz que a solidariedade entre os usuários do transporte coletivo, também é uma boa solução preventiva contra esse tipo de ação criminosa. Muitas pessoas não fazem o B.O. porque não sabem como fazer, ou porque desconhecem a importância desse documento. O delegado Vianna explica que o relato do acontecido às autoridades é importante na elaboração de estatísticas e na tentativa de identificação dos autores do crime. Além de ajudar

Com assaltos em onibus e estações-tubos, passageiros tomam maior cuidado com seu bens no mapeamento exato dos crimes e ações preventivas produzidas corretamente. Uma vítima, que pediu para não ser identificada, relatou que estava dentro de um ônibus, mas só percebeu que foi furtada quando chegou em casa. “Não fiz Boletim de Ocorrência (B.O.) porque o celular era velho, não valia a pena relatar. Mas, tirando esse acontecido, nunca ocorreu algo grave, então eu não parei de andar de ônibus, só comecei a andar com a mochila para frente”. Morador de Pinhais e usuário do ônibus Pinhais/Rui Barbosa, Gilmar Montargil, conta que geralmente nas portas quatro e cinco, os passageiros presenciam alguns assaltos. “O que eu vi ocorreu na vinda para Curitiba. Havia um grupo de jovens que estava de olho em uma senhora que estava mexendo no celular. Quando o ônibus parou no Tubo Prof. Maria A. Teixeira, próximo ao Terminal Capão da Imbuia, este grupo pegou

o celular da mulher; esta se assustou e começou a gritar que foi assaltada, pediu para que o motorista não abrisse a porta, coisa que não aconteceu, permitindo a fuga dos suspeitos. A vítima, ainda em choque saiu correndo atrás dos rapazes”, relata o rapaz que vem todos os dias estudar em Curitiba. Sophia Cabral, estudante de jornalismo, teve uma péssima experiência em uma estação-tubo. Voltando de um passeio em um shopping, às 17h30, percebeu um homem pegando o seu celular, que estava na parte de fora da bolsa. Mas com o tumulto, não pode fazer nada. “O pior é que ele acabou entrando no mesmo ônibus do que eu e sentou do meu lado até o terminal”. Mesmo com o evento assustador, a estudante não fez o B.O. por não sentir necessidade. “Hoje vejo que deveria ter feito, por ser o correto, não para ter meu celular de volta”. A Polícia Civil possui uma maneira prática de registrar

Boletins de Ocorrência online por meio da Delegacia Eletrônica, dispensando assim a ida até uma delegacia física. Mas, por falta de conhecimento, a maioria das pessoas não registra a ocorrência que pode informar a perda ou furto de placa de veículo, objetos, referências financeiras (cartões de banco), além de poder fazer denúncias anônimas ou denúncia com identificação para retorno da investigação. Esse procedimento tem o mesmo valor de um B.O. feito em uma delegacia física. Em caso de testemunho de um assalto, a pessoa deve observar o máximo de características marcantes dos suspeitos e qualquer informação relevante à polícia, e “ depois comparecer à delegacia mais próxima e fazer um retrato falado”, segundo Vianna. Caso seja a vítima, o importante é não reagir ao assalto, pois o agente pode estar armado e se tornar violento, e depois do ocorrido comparecer a um distrito policial e elaborar um boletim de ocorrência (B.O.).


Curitiba, 1º de Dezembro de 2015

Esporte

Paixão que move o futebol amador Torcedores patrocinadores movem os time. Federação Paranaense de Futebol deixa os clubes de lado Felipe Santos 2º período

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futebol é uma das paixões do brasileiro e isso ninguém dúvida. Não importa a situação ou divisão que o time esteja, o torcedor estará lá, torcendo, vibrando, chorando e comemorando. Um esporte brilhante que muitas vezes acaba sendo estragado por pessoas aproveitadoras. Mas existe o outro lado também, aqueles que movimentam o futebol por causa da paixão e é isso que observamos no futebol amador. Mesmo com dificuldades financeiras, empecilhos e pouca ajuda da Federação Paranaense de Futebol (FPF), jogadores, torcedores e dirigentes mostram que o amor pode mover montanhas por um único time. Em Curitiba o campeonato amador é a prova viva desse sentimento. Leandro Gonzaga, diretor de futebol do Urano Futebol Clube, da Vila São Pedro no Xaxim, nos conta como é a realidade do futebol amador em Curitiba. “O futebol amador é muito mais movido pela paixão do que pelo dinheiro, hoje, temos um elenco que está aqui pela amizade e não pelo dinheiro. Existem casos, em que ex-jogadores profissionais pedem muito dinheiro pra poder jogar por um time. Temos os nossos patrocinadores, que ajudam financeiramente e também com gastos extras quando possível. Porém quem nos patrocina hoje são empresas de torcedores e ex-dirigentes. Temos também outras formas de arrecadação, como, aluguel do campo, bar, venda de camisas oficiais, entre outros. Também somos o pioneiro do sócio torcedor no

futebol amador, que será uma renda extra para o clube. ” Leandro fala também do descaso da FPF e dos clubes grandes da capital com o futebol amador. “Para registrar um juvenil é igual no profissional, temos que ir lá na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e registrar o jovem no Boletim Informativo Diário (BID), é uma baita burocracia. A federação é quem coordena os campeonatos e cede os árbitros, mas nos cede apenas 1 bola por jogo, enquanto no profissional são enviadas centenas de bolas por semana. Esse é um custo extra no nosso orçamento, pois temos que comprar mais bolas tendo em vista que são perdidas cerca de 3 bolas por jogo. Os times grandes, quando uma bola está murcha, jogam fora, poderiam doar essas bolas para o amador, iríamos fazer um bom proveito. Outra ajuda que poderiam nos oferecer, era dar uns três caminhões de terra no final do campeonato,

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para podermos arrumar o gramado, mas isso não acontece e temos que apelar para os nossos patrocinadores. ” A estrutura do futebol amador atualmente em Curitiba, conta com duas divisões, com 12 times cada. Ex-jogadores profissionais optam pelo amador, pela vontade e paixão de continuar atuando. A visão de José Roberto, atual Diretor de Futebol e ex-presidente do Operário Pilarzinho, não destoa muito da opinião dada por Gonzaga. Para ele o futebol amador é movido pela paixão e o torcedor é apaixonado pelo seu time do bairro. Além de nos falar um pouco sobre o quesito financeiro do time. “O pessoal da comunidade é tão apaixonado pelo clube do bairro quanto pelo seu clube profissional. A procura de patrocinadores acaba sendo um pouco complicada, ela gira mais em torno do amor pelo clube do que pelo retorno que a empresa tem.

Partida realizada entre CA Nacional x ACE Urano

A retribuição do torcedor para essas empresas que patrocinam o clube depende muito da divulgação, é uma via de duas mãos, o torcedor colabora com o estabelecimento e o estabelecimento com o clube. E existem patrocinadores que as vezes não podem colocar dinheiro vivo no clube e acabam fazendo permuta, como o caso de tintas, panificadoras, açougues, entre outros. ” O campeonato amador da série A e B de Curitiba está na segunda fase, onde oito equipes divididas em dois grupos disputam quatro vagas para a semifinal. Os clubes que estão na disputa da série A são: Novo Mundo, Iguaçu, Nacional, Urano, Renovicente, Vila Fanny, Santa Quitéria e Trieste. E os que lutam pelo acesso são: Capão Raso, Uberlândia, São Braz, Gente da Gente, Imperial, Vasco da Gama, Ipiranga e Combate Barreirinha. Henrique Bastos


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Cultura

Aberta a temporada do Coral de Natal do Palácio Avenida Apresentações deste ano comemoram os 25 anos do evento Yuri Braule 3º período

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a última sexta feira (27) começaram as apresentações do Coral de Natal do Palácio Avenida. Para 2015, o tema escolhido foi “O Natal dos Natais - 25 anos de história para contar”, com referências às bodas de prata realizadas neste ano.

ção das crianças que irão participar, e que as apresentações de novembro e dezembro são apenas a “finalização” do projeto. “Por trás disso, também existe a educação musical, que é trabalhada com as crianças, a disciplina, a música, entre outras coisas”, conta.

A principal novidade fica por conta da orquestra de cordas, com as crianças do coral tocando instrumentos musicais, além da exposição de fotos que irá contar a história do espetáculo em Curitiba.

Além das crianças do coral, estão presentes 200 anjos de natal, voluntários que auxiliam os menores durante os ensaios e as apresentações, e o balé de natal, também formado por crianças, que se apresenta junto com o coral.

O evento conta com a participação de 130 crianças, entre sete e 16 anos, das instituições parceiras do Programa HSBC e de crianças integrantes do Projeto Coral, da rede municipal de ensino de Curitiba. Araceli Butcher, pedagoga do Lar Herminia Scheleder, instituição parceira do Programa, informa que a preparação dos integrantes do coral começa já no início do ano, com a sele-

Elizandro Maronesi é morador de Campo Largo, está acompanhando o coral pela segunda vez e gostou do que viu. “Uma apresentação muito bonita, muito divertida, alegre e colorida, a cada ano está surpreendendo”. Já Larissa Schimidt, que levou um grupo de intercambistas japoneses para assistir as apresentações, disse que

algumas músicas tradicionais foram esquecidas, mas gostou do que viu. “Eu senti falta de algumas músicas mais natalinas, que nem “Pinheirinho”. Teve muita música cultural brasileira, mas não teve muitas de Natal mesmo, mas a apresentação estava muito bonita”, avalia. O Coral continuará até o dia 13 deste mês, com apresentações nas sextas, sábados e domingos. As apresentações começam às 20h15, e tem duração aproximada de 45 minutos. O Palácio Avenida fica localizado na travessa Oliveira Belo, número 34, no centro de Curitiba.

Coral de Natal já foi investigado O Coral de Natal do Palácio Avenida já foi alvo de investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que fez uma investigação após suspeitas de exploração de mão de obra infantil. Yuri Braule

Com isso o HSBC fez mudanças na programação para atender as nove demandas, entre elas, a diminuição de apresentações, de 12 para por ano, a duração de cada apresentação, de uma hora para 45 minutos, e o aumento no número de crianças, para haver um revezamento maior entre elas. A pedagoga Araceli Butcher classificou as acusações do Ministério Público como “falta de informação”, e citou os serviços que o Instituto HSBC oferece para os seus parceiros, como plano de saúde para as crianças. “Eu acredito que sem o Instituto a gente estaria penando, principalmente na fila de postinho de saúde no atendimento com os nossos adolescentes”. Por meio de sua assessoria de imprensa o Ministério Público afirmou que requisitou os ajustes com o objetivo de preservar as crianças, e que não vê mais problemas no Coral com as mudanças feitas. Elizandro Maronesi, que acompanhou o coral pelo seu segundo ano, acredite que o MPT deveria se preocupar com outros assuntos, e não acredita que as crianças são exploradas. “Eu creio que elas fazem isso porque gostam de fazer, e não porque são obrigadas a fazer”. A reportagem do Comunicare entrou em contato com a Administração do Palácio Avenida mas não obteve resposta até o fechamento dessa edição.

Coral continuará no Palácio Avenida até o próximo dia 13


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