Comunicare diário 03.12.2015 (quinta)

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Que a força esteja com você

Autor de Star Wars vem a Curitiba para sessão de autógrafos. Página 02

Menores dirigindo

Mesmo conscientes dos riscos pais e filhos infringem a lei. Página 04

Curitiba também tem gingado

Dia Nacional do Samba reúne curitibanos na Boca Maldita. Página 08

Curitiba, 03 de Dezembro de 2015 - Ano 18 - Número 273 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Sala de aula para todos A partir de janeiro escolas serão obrigadas a aceitar alunos com deficiências

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Curitiba, 03 de Dezembro de 2015

Expediente

Cidades

Uma noite com a estrela Mais do que uma série de filmes, a Saga Stars Wars é um universo fantástico, cheio de estórias, vida própria e personagens Maria Victória Lima 4‘ período

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a noite da última terça feira (01) o autor da trilogia Thrawn, Timothy Zahn, veio à Curitiba para uma noite especial para os fãs do universo de Stars Wars. Originalmente lançados entre 1991 e 1993, os livros da trilogia contam alguns acontecimentos que sucedem o último episódio dos filmes da saga, O Retorno do Jedi (1983). “Herdeiro do Império”, “Ascensão da Força Sombria” e “O Último Comando” são os livros publicados até agora, com tradução de Fabio Fernandes, que esteve presente intermediando a conversa entre Zahn e os fãs. O evento começou as 19h30 e se encerrou perto das 23h. Durante este período rolou o bate-papo com o escritor e

Edição 273 - 2015 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br

teve o momento de autógrafos e fotos. Nos dias anteriores ao evento foram distribuídas 300 senhas para os autógrafos. No bate-papo o autor respondeu perguntas como “dentre todos os personagens, qual é o seu preferido? ” e “qual foi a primeira coisa que passou pela sua cabeça quando foi escolhido para escrever os livros?”. Com muito bom humor e demostrando o amor pelo que faz e pelos fãs, Zahn respondeu que não possui um personagem favorito, que não poderia escolher apenas um e deixar todos os outros de lado; e que quando soube que foi o escolhido, ficou com muito medo de fazer/ escrever algo muito ruim e acabar com a saga, mas que com sorte tudo deu muito certo.

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Beatriz Mira 1º período

COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)

Maria Victória Lima SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO Ana Lucy Fantin 2º período

Angélica Klisievicz Lubas 3º período

EDITORES Andréa Ross 4º período

Renata Martins 3º período

REVISORES Luiza Romani 4º período

Letícia Garib 1º período

Vários fãs de Star Wars foram ao encontro de Timothy Zahn

PAUTEIROS Beatriz Mira 1º período

Caroline Paulart 5º período

Fernanda Maldonado 6º período

Sophia Cabral 2º perído

Yuri Braule 3º perído


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Curitiba, 03 de Dezembro de 2015

Mercados retrô e vintage ganham força em Curitiba Lojas apostam no marketing emocional para atrair clientes apaixonados por produtos antigos ou que remetem ao passado Natalia Flippin 3º período

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esmo em meio à crise econômica, um obstáculo para a criação de novos negócios, pequenos e médios empresários apostam em antiquários, brechós e lojas de produtos vintage, exemplos de empreendimentos cada vez mais comuns em Curitiba. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) não possui dados sobre quantas pessoas empreendem nesta área atualmente, porém, Marielle Rieping, consultora do Sebrae, ressalta que as grandes marcas não investem em mercado de nicho até que ele se consolide, o que gera oportunidade para pequenos empresários, que não precisam competir com companhias conceituadas. Segundo Marielle, no Paraná, existe espaço para quem quer apostar nessa tendência, mas requer bastante planejamento em comparação com quem investe em produtos de massa. A consultora ressalta que é essencial fazer uma análise do comportamento do consumidor e da concorrência antes de abrir o negócio. Depois, ter capital de giro de seis a 12 meses, já que os produtos não saem com tanta frequência. “O primeiro passo é caminhar para o digital, como investir em ferramentas de divulgação online e lançar um e-commerce para vender além dos limites da sua região e depois, o caminho é apostar em franquias”, pontua a consultora. Há meio ano, Felippe Assunção, 31 anos, abandonou seu emprego de segurança para fazer o que realmente gosta, mexer com peças vintage e

retrô. Ele já possui uma grande coleção de objetos antigos, porém sua meta é até o ano que vem montar uma loja e começar a vender antiguidades como roupas e objetos para os amantes do passado. “Acredito que é um mercado promissor, aos poucos as pessoas estão optando pelas relíquias para decorar suas casas ou simplesmente guardarem peças únicas de um tempo que não volta mais”, relata. Marcelo Ricciardi é colecionador de peças retrô e vintage desde sua adolescência. Hoje, proprietário da Nova Garagem Brechó e Antiguidades e também de uma padaria no Bacacheri, conta que sua loja é uma mistura de decoração, brechó e roupas vintage. Para ele a crise não chegou, pois seu público é restrito, normalmente são colecionadores que buscam peças antigas que tem um valor agregado e os clientes estão sempre dispostos a pagar pelos produtos.

Em 2013, Ricciardi recebeu o prêmio do Sebrae como exemplo de inovação no ramo e segundo ele, os jovens são os que mais procuram o estabelecimento para decorar suas casas ou apenas viajar pelos objetos do antiquário. “Em uma padaria há movimento o dia todo, o que resulta em pequenas compras, já aqui na loja retrô se fizermos uma boa venda de alguma peça única na cidade ou no país, garantimos o mês inteiro”, pontua. Já o proprietário do Antiquário Caçadores de Relíquias, Adriano José Viana, afirma ter cerca de 40 mil peças retrô em um estabelecimento na Cidade Industrial de Curitiba e conta que o investimento ao longo dos cincos anos de existência do local foi de R$ 300 mil e seu faturamento mensal de R$ 30 mil, resultado da venda de cerca de 300 itens por mês. Ele também comercializa os itens em uma loja na internet que recebe

Economia

pelo menos 150 visitas por dia e pedidos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “Aqui no antiquário não contamos a história de nenhum objeto para os clientes, porque sabemos que cada pessoa pega a peça e lembra alguma coisa particular de seu passado”, completa Viana. Para a designer de moda Helena Gutin, cliente árdua de lojas vintage e retrô, não há crise para esse tipo de estabelecimento, pois tudo o que é antigo normalmente foi produzido com uma qualidade especial, para durar de geração em geração, de avó para a mãe, de mãe para a filha e assim por diante. “Eu mobiliei minha casa toda com peças deste tipo e sempre que tenho tempo venho comprar roupas, biquínis, sapatos, ou alguns presentes para meus familiares. É uma loja que dá dinheiro e atrai muita atenção”, diz Helena.

Coloridas e chamativas, as lojas vintages oferencem uma grande diversidade de produtos

Natália Filipin


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Polícia

Responsável um tanto irresponsável Crianças e adolescentes quebram as regras legais de trânsito, com ou sem o consentimento de seus pais Caroline Deina de Farias 2º período

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hegar aos 18 anos é um momento aguardado ansiosamente por muitos jovens, é nessa idade que eles passam a ter acesso livre em alguns locais, criam certa “independência” ao responder pelos seus próprios atos e também podem tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), concedida pelo Departamento de Trânsito (Detran). Porém, alguns adolescentes não aguardam o tempo correto e insistem em infringir a lei ao dirigir sem os documentos e autorizações corretas. Gabriel Weber, que trabalha em um lava car, é um exemplo de que a falta de paciência pode gerar consequências negativas. Aos 17 anos ele foi pego pela polícia, levado para a delegacia e teve o carro apreendido. Ele afirmou que já recebeu autorização de seus pais, mas que em outros momentos dirigiu o veículo sem permissão. De acordo com o rapaz, a abordagem foi correta, o que serviu como aprendizagem para que ele não dirija mais enquanto não tirar a carteira de motorista. Com relação aos procedimentos realizados nessas operações, o soldado Gerson Teixeira, que é auxiliar da comunicação social do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTRAN), relata a existência de duas notificações. A primeira é realizada no momento em que a viatura policial aborda o veículo sendo conduzido por um menor. Já a segunda cabe ao responsável ou dono do veículo, que permitiu a infração. Posteriormente, será aplicada uma multa no valor de R$ 540,00 emitida e enviada na hora pelo Detran, e ambos

terão que responder pelo crime de trânsito, segundo o soldado. Teixeira acrescenta que a partir do momento em que o agente abordou o veículo e percebeu que o motorista não é habilitado, a notificação deve ser feita, caso contrário, a responsabilidade sobre o crime fica para o policial. Outra história relatada é a do estudante Rafael Gomes, 17 anos, que foi surpreendido no ano passado por policiais militares enquanto dirigia. Ele mencionou que, ao aborda-lo, o agente pediu a sua habilitação. No momento em que o oficial percebeu que se tratava de um menor de idade ele questionou o estudante sobre a consciência de seu responsável e cobrou propina em troca da liberação. “Mesmo falando que estava sem dinheiro ele insistiu e pediu para que eu entregasse algo de valor. Depois ele viu meu moletom, que estava no banco de trás e chegou a perguntar o tamanho. Então ele falou que se eu entregasse o moletom,

eu poderia ir embora naquele momento”. Gomes também já presenciou irregularidades em outras áreas. “Trabalhei em empresas em que eles nem perguntam se você tem habilitação. Eles só me entregaram a chave do carro e mandaram eu ir entregar uns documentos”. Mesmo entendendo o risco, o menor nunca parou de dirigir, pois levava em conta a autorização de seus responsáveis.

que o administrador recebeu do seu pai. “Desde muito cedo ele me ensinou a dirigir. Eu pilotava sozinho, com muito cuidado e nunca me envolvi em nenhum incidente”. O Detran informou, por meio da assessora Emily Kravetz, que no ano de 2013, 64.168 habitantes do Paraná foram punidos por estarem dirigindo sem habilitação. Uma queda foi registrada em 2014,

Mesmo entendendo os riscos, Carlos Lima permite que seus filhos, 13 e 17 anos, dirijam Mesmo entendendo os riscos, o administrador Carlos Lima permite que seus filhos, 13 e 17 anos, dirijam. Por medo de ser apanhado pelas autoridades, ele procura locais alternativos, como fazendas e propriedades particulares, para ensinar os adolescentes, a fim de que recebam a mesma experiência

com 62.735 pessoas. Desde janeiro de 2015 até o mês atual, cerca de 43.600 paranaenses já foram notificados. Com relação à pena, eles afirmam que o responsável pelo menor poderá sofrer uma detenção de seis meses a um ano. Caso o delito seja repetido, o procedimento será o mesmo. Sophia Cabral

Jovens sem carteira de habilitação utilizam veículos sem autorização do responsáveis


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Curitiba, 03 de Dezembro de 2015

Caixas eletrônicos devem receber reforço na segurança Apesar da iniciativa da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, bancários tem reinvindicações maiores pedindo segurança e população não tem confiança ao ir em caixas eletrônicos Paulo Pelanda 4º período

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número de ataques à caixas eletrônicos aumenta ano após ano no Paraná. Em 2013, foram realizados 210 roubos, no ano seguinte, 352, o que significa um crescente de 67,7%. Esse fato levou a Secretaria de Segurança Pública a repensar os métodos de segurança e, com isso, os bancos terão até o final do ano para instalar dispositivos de segurança em caixas eletrônicos. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, reiterou a importância desse dispositivo e também comentou sobre a ajuda que os bancos têm fornecido para aumentar a segurança. “Os bancos têm de ajudar no combate a esta atividade criminosa, uma vez que a grande maioria dos caixas eletrônicos não dispõe de qualquer dispositivo de segurança – tornando-se alvos fáceis de organizações criminosas”, disse o secretário.

Polícia

“Nós tentamos acompanhar todos os casos de assaltos, e o sentimento atualmente é de medo generalizado” Até o mês de setembro, cerca de 178 estabelecimentos haviam sido atacados, sendo que 79 foram na capital Curitiba. O estudante Guilherme Gorges afirma que na maioria das vezes tem medo de ir até os caixas eletrônicos. “A confiança e principalmente a segurança que você tinha de ir até um caixa eletrônico acabou. Eu só vou em casos extremos e de muita necessidade, pois já tive diversos colegas que foram assaltados após sacarem dinheiro”, completou Gorges.

Via assessoria de imprensa, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, afirmou que a reclamação por parte dos bancários com os seguidos assaltos é muito grande e que diversas manutenções na segurança são necessárias para todos trabalharem com tranquilidade. Segundo o sindicato, “as reclamações são incontáveis. Nós tentamos acompanhar todos os casos de assaltos, e o sentimento atualmente é de Renata Martins

medo generalizado. Um plano de segurança deveria prever instalação de iluminação externa, vidros blindados nas fachadas dos bancos, câmeras de filmagens camufladas, entre outros”. Porém, o sindicato também avalia como positiva a iniciativa da Secretaria Estadual de Segurança Pública, mas acredita que é necessário um plano mais elaborado e completo por parte da secretaria para ser realmente eficiente. “A iniciativa é positiva, aliás, já deveria ter acontecido há muito tempo. Porém consideramos como limitada essa exigência de instalação de dispositivos de segurança apenas em caixas eletrônicos. Os ataques a bancos não são apenas nos caixas eletrônicos, mas também assaltos a mão armada a agências e postos de atendimentos, crimes de “saidinha de banco” e etc.”. A reportagem do Comunicare também entrou em contato com a Federação Brasileira de Bancos (Febran) e não obteve respostas até o fechamento dessa edição.

O aumento de assaltos gera medo ao usuários de caixas eletrônicos


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Curitiba, 03 de Dezembro de 2015

Política

Deficientes ganharão espaço em salas de aula comuns A necessidade de que os professores estejam capacitados para atender os novos alunos diverge opiniões entre especialistas e é motivo de preocupação para pais Beatriz Mira Patrícia Munhoz 1º período

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Beatriz Mira

partir de 2016 nenhuma escola, seja pública ou privada, poderá negar matrícula ou cobrar taxas adicionais para alunos com deficiência. A lei da Inclusão, segundo o Plano Nacional da Educação (PNE), irá incluir alunos de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou superdotação em salas de aula comuns. A coordenadora de atendimento às necessidades especiais da Secretaria Municipal, Elda Cristine Bussi, afirma que o município está preparado para orientar os professores que precisarem de ajuda, mas a preocupação dos pais com a capacitação desses profissionais ainda existe. Segundo Elda, o número de alunos em inclusão cresceu nos últimos anos, hoje existem cerca de 800 estudantes em turmas comuns. Professores que não têm especialização em educação especial devem procurar a Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (Cane) para receber orientações. A coordenadora conta que a rede municipal possui oito centros especializados com salas multifuncionais, e também oferece cursos, palestras e assessoria pedagógica. Ela acredita que a lei dará visibilidade aos direitos das crianças. Entretanto, o professor Manoel Santos, da escola estadual Papa João Paulo I de Almirante Tamandaré, já teve diversos alunos especiais e revela que o governo nunca o ofereceu assistência e nem cobrou do corpo docente um cuidado com educação especial. San-

Atenção especial aos alunos com deficiência é um passo para inclusão tos conta ainda que um aluno cadeirante e com dificuldades na fala se desenvolveu em sala e se formou, mas teve muitas dificuldades com a estrutura da escola e com a falta de capacitação dos professores. Ana Paula Costa, mãe de Pedro Henrique que tem seis anos e possui Síndrome de Down, afirma que a experiência do filho estudando em uma classe comum influenciou positivamente no seu desenvolvimento, mas, apenas porque teve o encaminhamento de um profissional adequado. Para Ana, ter alunos especiais em salas de aula comuns é um passo para diminuir o preconceito e faz com que a criança se sinta parte do grupo. A mãe conta que Pedro Henrique era separado da turma em diversas ocasiões, mas bastou uma conversa com a equipe peda-

gógica da escola para mudar a atitude dos professores. Identificar as necessidades específicas de cada aluno é o melhor caminho, de acordo com a psicóloga especializada em educação especial, Rejeane Karam. “A escola comum deve ter condições de atender e promover condições adequadas às necessidades de cada aluno”, explicou. Porém, Rejeane acredita que a grande maioria dos professores não está bem preparada, mas que isto não pode ser um empecilho para que a pessoa com deficiência possa desfrutar de uma educação de qualidade. “Cabe ao professor estar preparado ou preparar-se para atender necessidades educacionais”, defende a psicóloga. Assessoras Educacionais do Sindicato Dos Trabalhadores em Educação Pública do Para-

ná (APP), Maria Rosa Chaves e Juliana Costa afirmam que o sindicato é favorável à inclusão, porém que é fundamental a construção de escolas especiais, para casos mais severos. Explicam que esses centros devem ser interdisciplinares, combinando saúde, lazer, trabalho e esporte. “Professores fazem esforços redobrados para atender os alunos, uma vez que o Estado não oferece condições ideias”. Existe uma grande diferença na estrutura dos colégios públicos para os particulares. Segundo a coordenadora da Educação Especial do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), Fátima Chueire, as escolas estão se adaptando gradativamente ao novo sistema de inclusão e diz que a iniciativa de procurar assistência deve vir da instituição, seja pública ou particular.


Curitiba, 03 de Dezembro de 2015

Coritiba Crocodiles faz “vaquinha” virtual Clube paranaense precisa de recursos para conseguir disputar Brasil Bowl em João Pessoa Yuri Braule 3º período

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Esporte

Yuri Braule

unto com a alegria de ter vencido o Cuiabá Arsenal e ter se classificado para a disputa do Brasil Bowl 2015, veio a preocupação para o Coritiba Crocodiles. O time está em busca de recursos para conseguir ir até João Pessoa, na Paraíba. Para enfrentar o João Pessoa Espectros, no dia 13, o clube iniciou uma campanha virtual com o intuito de conseguir R$ 10 mil em doações de pessoas que não são próximas aos jogadores, pois estes já estão fazendo ações como rifas para captar recursos. Segundo a mensagem do “Croco” em sua arrecadação, cada jogador custará R$ 775 apenas com as passagens, um total de R$ 35 mil, sem contar hospedagem e alimentação. Fundador e presidente do Coritiba Crocodiles, Vicente Brasil, acredita que o time conseguirá captar o dinheiro necessário por já ter conseguido outras vezes, mas espera que não precise desse tipo de recurso no futuro. Brasil ainda dá um recado para quem quiser ajudar: “todos que nos apoiam são tão campeões como nós, afinal participam diretamente da nossa caminhada. Iremos honrar com muita raça a contribuição de cada um”. Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), Gustavo Sousa, para evitar que os times tivessem gastos mais elevados, o campeonato tem uma primeira fase regionalizada. Ainda conta que, para que as viagens pudessem ser arcadas pela confedera-

Qualquer pessoa pode colaborar com a equipe curitibana ção, ela teria que possuir um “grande patrocinador”, o que não ocorre atualmente. “É importante deixar claro que nas mais importantes competições nacionais, inclusive em esportes profissionais, as despesas com viagens são de responsabilidade dos próprios times. A situação não poderia ser diferente no caso do futebol americano, que é um esporte amador no nosso país. Nenhum atleta, técnico ou dirigente recebe para atuar”, complementa Souza. Delmer Zoschke, Right Defensive End do time e do Brasil Onças - nome dado a seleção brasileira de futebol americano - conta que, desde quando começou no futebol americano, a situação já melhorou muito, mas, ainda assim, os jogadores precisam equilibrar trabalho e/ou estudos com o

esporte, uma vez que a modalidade é amadora no país. “A gente não tem apoio financeiro de nenhum lugar, então a gente precisa realmente dar um jeito de conseguir o dinheiro, amamos demais esse esporte para deixar uma final passar”, afirma Zoschke.

“Croco” participou de todos Brasil Bowl Organizado pela Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), o Brasil Bowl é disputado desde 2010 e é a final do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano. Desde então, o Coritiba Crocodiles não ficou de fora de nenhuma final, foram 5 disputas, sendo 3 derrotas e duas conquistas, em 2013 e 2014. Para disputar o troféu, o time encarou algo inédito na his-

tória: um estádio com 14 mil torcedores. O segundo maior público da Arena Pantanal no ano, sendo que o local recebeu três jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol. O jogo contra o Cuiabá Arsenal, válido pela Superliga Centro-Sul, foi vencido nos acréscimos, por 13x7. Dia 13, o time paranaense joga contra o João Pessoa Espectros pelo terceiro Brasil Bowl seguido. Delmer Zoschke acredita que a equipe está bem preparada para o jogo contra o Espectros e que o último jogo foi determinante para essa confiança. “Depois do jogo contra o Cuiabá, o time deu uma melhorada a nível motivacional, porque o jogo de lá foi fora de série, 15 mil pessoas e ganhar na prorrogação foi totalmente diferente para nós”.


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Curitiba, 03 de Dezembro de 2015

Cultura

Dia Nacional do Samba é comemorado embaixo de chuva O evento contou com apresentções com músicos da cidade e escolas de samba Sophia Cabral 2º período

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a última sexta feira (27) com O Dia Nacional do Samba foi criado em homenagem ao sambista Ary Barroso. O dia 2 de dezembro, marca o dia em que o compositor visitou a Bahia pela primeira vez. Para os que pensam que Curitiba não comemora, ontem foi dia de festa na cidade, com cavaquinho, violão e todos os elementos que caracterizam o samba, em um palco montado no Calçadão da Rua XV de Novembro. O Presidente da Associação Cultural dos Sambistas e Ritmistas do Paraná, Ciro Moraes, um dos responsáveis pela organização do evento, conta como foi a preparação para o dia. “Temos uma base de músicos que tocam a noite e alguns deles vão estar presentes. Nós já temos um palco montado, daí conforme os músicos vão chegando, vamos anunciando para tocarem ou cantarem. Também terá a presença de alguns elementos de escolas de samba. Como o

tempo é muito curto e não dá para levar todas, nós escolhemos uma. Esse ano a Leões da Mocidade estará lá”. O presidente ainda diz que esperam um grande público nessa edição, já que ano passado, cerca de 5 mil pessoas compareceram, segundo informações da Polícia Civil.

uma coisa nacional, tem que ser diversificado mesmo, tem que ser tocado”. Para Grabovski, deveriam existir ainda mais eventos relacionados ao samba, não somente em datas especiais.

O jornalista Lucas Grabovski, destaca a importância

Músico curitibano, Lúcio Nascimento toca em grupos de samba há 17 anos, e também reitera a relevância da festa para “acostumar Curitiba”

do evento como forma de divulgar o estilo de música. “Curitiba não está acostumada a ouvir samba tão popularmente. Não se ouve se não for em uma casa de shows, que são poucas na cidade também. Mas eu acho que o samba é

com outros gêneros que não o sertanejo. “Queremos divulgar mais o samba aqui de Curitiba, porque nós aqui no sul não temos muito o costume de ouvir. Então estamos tentando unir o pessoal, tocar mais, para divulgar mais. Tem

uma galera nova também que está começando a tocar com a gente. Mas o legal mesmo é ver que as pessoas estão começando a ouvir mais”. Mesmo com as chuvas durante o período de apresentações, a aposentada Irene Mageroski, não deixou de prestigiar a festa. Irene acompanha o samba desde pequena e já frequentou várias vezes o

“Eu estava passando por aqui e vi que estava tocando samba. Isso me chamou atenção, porque não é um ritmo que estamos acostumados a ouvir aqui na XV”

Sophia Cabral

Músicos se reunem para festejar o dia do Samba em Curitiba

sambódromo da cidade do Rio de Janeiro. Como uma verdadeira apaixonada pelo carnaval, destaca que, apesar de algumas dificuldades, Curitiba vem sim crescendo nesse cenário. Apesar da interação do público quanto ao assunto, ainda há quem desconheça data comemorativa. O alfaiate Luiz Gonzaga, não estava ciente do evento ocorrido mas aproveitou a oportunidade para conferir a programação. “Eu estava passando por aqui e vi que estava tocando samba. Isso me chamou a atenção, porque não é um ritmo que estamos acostumados a ouvir aqui na XV. Somente depois de perguntar, descobri que dia era hoje”. Gonzaga também acentua a importância de incentivar a população com outros estilos, já que, segundo ele, o rock predomina na cidade.


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