Comunicare diário 29.06.2016 (quarta)

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Caiu a Luz

Lâmpadas incandescentes vão sair do mercado. Página 03

A estrada é longa

Regularização de Food Trucks demanda quase um ano. Página 06

Vitória ou crise

Sem técnico, Coritiba confia no elenco para vencer o Atletiba. Página 07

Curitiba, 29 de Junho de 2016 - Ano 20 - Número 283 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Está virando novela

Inauguração da Casa da Mulher Brasileira dá lugar a protesto.

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Curitiba, 29 de Junho de 2016

Economia

Um adeus inglês Reino Unido opta por deixar a União Europeia após referendo mostrar 52% do eleitores a favor do “adeus” Vinicius Scott 3º período

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o dia 23 de junho foi realizado um referendo em que 52% dos eleitores britânicos optaram pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE). A decisão marca o fim de mais de 40 anos de cooperação econômica, que visava unir os países após a Segunda Guerra Mundial. O referendo tem sido intitulado Brexit, uma junção das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída).

Com o resultado, o primeiro ministro britânico David Cameron (Partido Conservador) renunciou e um novo líder assumirá seu lugar em outubro. Houve também a renúncia de diversos membros do Partido Trabalhista, que alegam que seu líder, Jeremy Corbyn, realizou uma oposição “branda” contra a separação. Um dia após o referendo, as turbulências econômicas já foram sentidas: a libra esterlina caiu para o seu pior índice desde 1985 e um estudo feito pelo Instituto dos Diretores (IOD) aponta que 25% dos empresários vão interromper contratações por causa das incertezas causadas pelo Brexit. Hoje o parlamento europeu está discutindo a decisão e deseja que o artigo 50 de Lisboa seja ativado imediatamente. Esse artigo foi elaborado em 2009 e contém passos para que a saída de um membro da UE se efetue em até dois anos. O ministro britânico conta, porém, que não deseja ser parte de um processo com o qual discorda e deseja que seu sucessor realize a separação a partir de outubro.

Reino Unido dividido Com o resultado, está havendo uma fragmentação dentro do próprio Reino Unido. A nação é uma união firmada

em 1707 entre Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Enquanto a maioria dos ingleses e galeses foram a favor da separação, os escoceses e norte-irlandeses foram contra. Por causa disso, uma petição pedindo um segundo referendo já recebeu mais de 3,5 milhões de assinaturas.

Xenofobia O estudante britânico Fabricio Scott, que mora há oito anos em Curitiba, conta que a maioria do eleitorado a favor da separação fez uma decisão “sem muito fundamento”. Ele acredita que isso ocorreu em razão da xenofobia e que os britânicos vão se arrepender da saída por causa dos prejuízos econômicos. Já o cientista político Luiz Domingos pensa que a separação é resultado do nacionalismo provocado pela vinda de refugiados na Europa. Ele comenta que a UE sofre financeiramente por ser composta por membros com poderes econômicos desiguais, porém não considera a saída do Reino Unido uma boa opção.

Consequências para o Brasil

Expediente Edição 283 - 2016 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes

COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Talita Souza 1º período

COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)

SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO

Angélica Klisievicz Lubas 4º período

Nicolle Heep 3º período

Domingosacredita que o impacto do Brexit é maior na própria Europa e não afetará a economia brasileira, já que o Reino Unido provavelmente vai estabelecer laços econômicos com países de outros continentes.

PAUTEIROS

A saída também não vai afetar a imigração de brasileiros, que mesmo dentro da área de livre circulação da UE, precisam mostrar documentação ao entrar no Reino Unido. Domingos explica que a imigração é dificultada para pessoas de países empobrecidos ou em situação de guerra.

3º período

Bruna Bonzato 3º perído

Erika Boschirolli 5º perído

Gabrielle Cordovi 1º período

Giully Regina 4º período

Ivo Tragueto Vinicius Scott 3º período

EDITORES

Débora Macedo 3º período

Gabriel Witiuk 3º período

REVISORES

Carolina Pizzaroli 3º período

Daniel Moura 1º período

Julia Detoni 1º período

Vanessa Mikos 4º período


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Fim das vendas de lâmpadas incandescentes no Brasil Vendas estarão proibidas a partir do dia 30 desse mês com o intuito de economizar mais no gasto de energia Gabrielle Cordovi 1º período

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esde 2012, o Brasil está restringindo a venda de lâmpadas incandescentes gradativamente de acordo com a potência. A partir de 30 de junho, será proibido vender lâmpadas incandescentes que são baratas, mas gastam mais energia. Os estabelecimentos serão fiscalizados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e os fabricantes que não atenderem à legislação poderão ser multados. As multas variam de R$100 a R$1,5 milhão. Segundo o Inmetro, uma família que mora em uma casa de dois quartos gasta, em média, de R$ 20,00 a R$30,00 por mês para iluminar a residência com lâmpadas incandescentes de 60W. Se optar pela troca por lâmpadas fluorescentes terá seus gastos mensais reduzidos para até

R$ 4,00. Enquanto uma lâmpada incandescente de 60W custa em média R$ 2,90, uma equivalente de LED varia em torno de R$ 8,90. A troca por fluorescentes e de LED gera uma redução de 5% no gasto mundial de energia, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Mesmo tendo vida útil maior e sendo econômica a longo prazo, os modelos novos são caros. Segundo o engenheiro civil Hirotoshi Taminato, isso tende a mudar. Para ele, a melhor opção é usar as lâmpadas de LED, que são mais eficientes e não contêm metais pesados, como as fluorescentes, que tem mercúrio em sua composição. Nas lojas de Curitiba já é difícil encontrar lâmpadas incandescentes para vender. Andréia Ribeiro, comercian-

te, relata que o estoque de incandescentes se despede definitivamente do mercado nacional e darão adeus aos lares brasileiros. Ela acrescenta “as lâmpadas incandescentes são prejudiciais ao meio ambiente, gastam mais energia e iluminam menos”. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), as lâmpadas incandescentes emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o que prejudica o meio ambiente. A incandescente tem baixíssima eficiência e vida curta. A Abilux afirma que a substituição por lâmpadas LED propicia uma redução de cerca de 10% no consumo de energia elétrica. Segundo a entidade, essa é uma boa opção para quem busca economia na conta de Gabrielle Cordovi

Economia

luz, que apesar de mais caras, consomem menos energia. Outro benefício é a vida útil, o LED é capaz de funcionar por até 50 mil horas. A iluminação LED não emite radiação infravermelha e ultravioleta, o que evita dano à pele. Como não possui em sua composição metais pesados como chumbo e mercúrio, não há necessidade de um descarte especial. Já as lâmpadas incandescentes, ao final da vida útil, são destinadas aos aterros sanitários contaminando o solo e os cursos d’água, além de que seu manuseio incorreto prejudica as vias respiratórias acarretando em intoxicação. De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia, o LED já é adotado em outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Austrália, Argentina, Venezuela e União Europeia.

Thomas Edison Em 1879, Thomas Edison apresentou ao mundo a primeira lâmpada incandescente. Ela foi construída utilizando-se uma haste de carvão muito fina que aquecida até próximo ao ponto de fusão, passa a emitir luz. As lâmpadas de carvão duravam apenas algumas horas. Edison desenvolveu um sistema elétrico completo de distribuição de luz e potência, incluindo geradores, motores, tomadas leves, caixas de junção, fusível de segurança, condutores subterrâneos para o uso de lâmpadas incandescentes. Mulher testa lâmpada incandescente que será proibida a venda dia 30


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Polícia

Nova lei facilita bloqueio de celulares roubados Segundo um dos autores, nova lei tem como objetivo diminuir furto de celulares no Paraná Giully Regina 4º período

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oi aprovada na Câmara de Curitiba, na semana passada, uma nova lei que pretende facilitar o bloqueio de celulares roubados ou furtados. Segundo o código, assim que fosse registrado o Boletim de Ocorrência (BO), a operadora teria um prazo de 24h para realizar o bloqueio a partir do número de telefone e não mais através do código de identificação do celular, o

(PDT) e Tião Medeiros (PTB). Francischini afirma que essa é a primeira lei aprovada no Brasil sobre bloqueios de aparelhos roubados e que a parceria coma Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permite maior agilidade para bloquear os telefones, já que muitos usuários não possuem o número do IMEI. “Assim vai diminuir o número de roubos desse tipo, se o celular ficar

de sua conta no Google, geralmente utilizada nos smartphones com sistema android. Karine efetuou o mesmo login que usava no celular em um computador e conseguiu bloqueá-lo remotamente, pouco depois de realizar o B.O. Mas caso o celular não tenha a opção de bloqueio pela conta do usuário no Google, fica mais difícil inutilizar o aparelho.

O número IMEI se encontra na própria caixa do telefone, embaixo da bateria IMEI. A lei pretende diminuir o número de celulares roubados ou furtados no Paraná. O International Mobile Equipment Identity, também conhecido como IMEI, é um código único em cada aparelho e a partir dele é possível bloquear o aparelho à distância. O número IMEI se encontra na própria caixa do telefone, embaixo da bateria ou pode ser encontrado digitando *#06#. O maior problema do IMEI é ser um número de 15 dígitos, obrigando o consumidor a guardá-lo, em caso de roubo.

inutilizado”, explica. Essa nova tecnologia de bloqueio a partir do número da linha telefônica já está disponível na Bahia, Ceará e Espírito Santo. Karine Sales teve seu telefone roubado, mas conseguiu bloquear o aparelho a partir

Se for roubado Em caso de roubo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sugere ir direto à uma delegacia de furtos e roubos para fazer o boletim de ocorrência. Em caso de furto, o consumidor pode fazer um

A nova lei já foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná e agora espera sanção do governador Beto Richa. A lei entra em vigor 15 dias depois da aprovação. Os autores do projeto foram os deputados Felipe Francischini (SD), Márcio Pauliki

Os aparelhos roubados podem ser bloqueados através do código IMEI

boletim online através da delegacia eletrônica. Depois de BO, o aparelho poderá ser bloqueado. Alguns assaltantes podem hackear ou formatar o celular evitando assim o seu bloqueio e seu desuso. Para ter certeza que seu telefone roubado ainda está bloqueado, basta acessar o banco de dados do Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI), através do site consultaaparelhoimpedido.com. br e digitar o número IMEI do aparelho. Mas as informações só são atualizadas até 72h depois do pedido de bloqueio. O CEMI contém mais de 65 milhões de celulares registrados atualmente. Em uma coletiva de imprensa sobre roubos de aparelhos telefônicos, o presidente da Anatel, João Rezende, afirma que consumidores que obtém celulares usados podem utilizar o serviço do CEMI para verificar a procedência do aparelho. Giully Regina


Curitiba, 29 de Junho de 2016

Cidades

Na Casa da Mulher, homem não entra Inauguração oficial da “Casa da Mulher Brasileira” em Curitiba acaba em protestos Taltia Souza 3º período

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esta última terça-feira (28), a inauguração oficial da Casa da Mulher Brasileira em Curitiba, no bairro Cabral, que estava prevista para a data acabou sendo cancelada por conta de manifestações. O movimento contou com reinvindicações em favor dos direitos da mulher e contra o governo de Michel Temer. Homens, exceto funcionários, não puderam entrar no local durante todo o dia e representantes do governo em exercício, como o Ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que estavam com a presença agendada para a abertura, foram impedidos de comparecer. Por volta das 10h00, cerca de 50 manifestantes, entre atuantes de movimentos sociais, estudantes e simpatizantes (majoritariamente mulheres) se reuniram na Avenida Paraná, 870, endereço da Casa. Eles exibiam cartazes de repúdio à violência contra a mulher e ao presidente Temer, que foram usados para cobrir o lugar. Uma faixa inaugurativa foi improvisada com papel higiênico. Entre os protestantes que discursaram, estava Irene Rodrigues, secretária de meio ambiente da Federação de Sindicatos de Servidores Municipais do Paraná (FESMUC). Para ela, a Casa da Mulher é uma conquista para todas as mulheres e homens que lutam contra o machismo. Já Carolina Simões Pacheco, integrante da coordenação nacional do levante Popular da Juventude, comenta o impedimento de integrantes do governo interino: “falar

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Talita Souza

Mulheres protestam em frente à Casa Mulher Brasileira em Curitiba que eles não são bem-vindos é uma resposta à posição política deles de não reconhecer as questões de violência conta a mulher como um assunto legítimo que deve ser priorizado como uma política de estado", defende. Presente no movimento, Roseli Isidoro, Secretária Municipal Extraordinária da Mulher, afirma que ainda há um grande avanço a ser feito em relação ao preconceito de gênero em Curitiba: “Os desafios que nós temos ainda são muitos, sobretudo para reconhecer o papel que a mulher tem hoje na sociedade. ”, explica. Durante seu discurso, ela deu ênfase ao legado que deve ser deixado pela Casa: atender, de forma humanizada, segura, com respeito e dignidade todas as mulheres da capital paranaense. De acordo com a secretária, o maior desafio para a gestão da instituição será fazer com que quem procurar pelos seus serviços se sinta acolhida e protegida. Apesar disso, Roseli reconhece que ações

realizadas nos últimos quatro anos de gestão do município, como a Patrulha Maria da Penha, o acompanhamento de mulheres em situação de violência por uma equipe da Guarda Municipal e o projeto “Busão sem Abuso”, responsável pela prisão de mais de 150 abusadores no transporte público, representaram avanços nas políticas públicas para mulheres da sociedade curitibana.

lência doméstica e familiar, Defensoria Pública, alojamento de passagem, agência de empregos, central de transportes (encaminhamento de mulheres para outros serviços sócio assistenciais ou de saúde) e brinquedoteca (com acolhimento de crianças de zero a 12 anos). O objetivo é torná-la um centro de apoio psicossocial com profissionais especializados e de promoção de autonomia econômica para qualquer cidadã.

Funcionamento

Na casa também funcionará a delegacia de mulher, mas o órgão ainda não está presente no novo endereço. Segundo a organização do local, o atendimento e a triagem acontecem na hora e não exigem qualquer tipo de cadastro ou agendamento. Desde o início dos atendimentos, no dia 16 de junho, 101 mulheres já foram recebidas e a média de ajudas prevista para os próximos meses é de 250 mulheres por mês. O funcionamento deve ocorrer 24 horas por dia, de domingo a domingo.

A Casa da Mulher Brasileira é um projeto que faz parte do programa “Mulher, viver sem violência” instituído durante a gestão de Dilma Rousseff em 2013 e tem como pretensão a instalação de 27 unidades nas capitais de todo o Brasil, sendo a unidade de Curitiba a terceira do país. Com 3,4 mil metros quadrados de área construída com recursos federais, a entidade visa atender às diretrizes da Lei Maria da Penha e centralizar serviços como Juizado e vara especializados em vio-


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Cidades

Prefeitura lança edital para regulamentar food trucks Documento não foi bem recebido pela APFT Bruna Bonzato 3º período

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Prefeitura de Curitiba lançou no começo deste mês um edital para os interessados em operar Food Trucks na cidade. No entanto, o documento serviu de força motriz para um impasse entre o órgão e a Associação Paranaense de Food Truck (APFT). O vice-presidente da APFT, Antonio Tanaka, afirma que o histórico da insatisfação é anterior à publicação do documento. Ele diz que o edital foi lançado com o mesmo erro da lei e conta que foi solicitada uma audiência junto a Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU). “Teve uma certa demora e não queriam nos atender, por isso os caminhões resolveram fazer uma passeata em frente a Prefeitura na terça-feira (14)”, Tanaka relata que os manifestantes foram atendidos em uma reunião realizada na quarta-feira (22), e que a Prefeitura resolveu fazer uma reavaliação. As principais reinvindicações foram quanto ao tamanho dos caminhões, que não devem ultrapassar os sete metros de comprimento, e da falta de público nos locais e horários oferecidos no edital. “Todos os caminhões medem mais que o estipulado. Simplesmente colocaram um tamanho e nenhum dos trucks hoje atende essa situação. Os trailers são os maiores prejudicados, já que, juntamente com um carro, somam mais do que a quantidade de metros permitida e a Prefeitura não faz essa distinção. No edital existem situações em que o espaço e o horário determinado não são favoráveis

ao comércio dos alimentos. Os pontos devem ser rentáveis aos proprietários. Também têm os valores bastante altos que são cobrados mensalmente dos caminhões”, explica Tanaka. O representante da APFT também revelou que aconteceram reuniões em que o edital esteve em pauta, mas em nenhum momento os comerciantes foram ouvidos. “As nossas sugestões são totalmente diferentes do que está sendo posto no edital, fizemos um pedido de esclarecimento e agora estamos aguardando a resposta”. Tanaka ainda ressalta a dificuldade no momento da regularização. “É um ponto crucial. Todos os caminhões devem trabalhar devidamente legalizados. A grande dificuldade hoje é que a prefeitura tem nove secretarias e passar por cada uma delas demanda de 30 a 45 dias”. Ele ainda cita que a APFT orienta os proprietários a legalizarem seus veículos, apesar da demora na realização do processo. “Queremos trabalhar realmente

tranquilos, pagando todos os impostos, contribuindo para a sociedade”, defende o vice-presidente. O proprietário do Partiu Temaki, um food truck de comida japonesa, Rafael Schroeder acredita que o grande problema é que a legislação não está separando bem a parada pública da privada. “A gente imaginava que, como em outros países, poderia parar em qualquer lugar, claro, respeitando algumas regras. A legislação ficou mais restrita para nós. No meu caso, não adianta parar no Parque Tingui porque não faz sentido para o tipo de comida que eu ofereço. Então, caso eu queira parar em qualquer outro lugar, eu não posso”, explicou ele, que ainda descreveu o edital como inviável. A diretora do Departamento de Controle do Uso do Solo da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), Marise Hoerner Vanqui afirma que existem interesses múltiplos envolvidos. Como de quem está estabelecido há mais tempo em um local e se incomoda com a concorrência

ou com os motoristas, que teriam que dividir as vagas com food trucks. “Colocar isto na balança é uma grande limitação. Estamos trabalhando para que todos tenham o seu direito ao sol. Em nenhum momento foi dito que determinado ponto não era bom. Nós estamos sempre abertos a tentar acertar. A cidade exige uma boa convivência entre as atividades”. Em resposta à solicitação de impugnação do edital, Marise explica que existem limitações no tráfego da cidade, mas que os food trucks maiores de sete metros poderão participar de eventos privados. Quanto ao tempo necessário para o processo de regularização dos caminhões, Marise conta que sempre que um alvará é necessário, as pessoas reclamam da demora. “É uma carta dizendo que as pessoas podem comer no local”. Ela explica também que geralmente o problema não é com a Prefeitura, mas sim com outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros e o Departamento de Transito (Detran). Bruna Bonzato

Lançamento de edital para a regulamentação de Food Trucks gera polêmica


Curitiba, 29 de Junho de 2016

Sem técnico, Coritiba corre para subir na tabela Time pretende ganhar clássico para sair da zona de rebaixamento Rafael Sábio 1º período

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Esporte

Caroline Deina

Coritiba enfrenta seu maior rival, o Atlético-PR, nessa quarta-feira (29), às 21 horas, no Couto Pereira, pela 12ª rodada do Brasileirão. Porém, o Coxa passa por problemas maiores, o time está sem técnico desde que Gilson Kleina foi demitido na 6ª rodada do campeonato. Além disso, o alviverde passa por má fase, pois só venceu duas partidas, contra o Sport Recife, por três a dois, e Cruzeiro, por um a zero. Em coletiva de imprensa, o goleiro Wilson declarou que o clássico tem um gosto especial, dada a situação que o time enfrenta nesse momento. “A gente precisa da vitória de qualquer maneira, e nada melhor que um clássico para nós que possamos arrancar de vez no campeonato” afirmou o jogador coxa-branca. Quando perguntado sobre o comprometimento, Wilson disse que os jogadores se entregam dentro de campo, como contra o Internacional e Palmeiras, mas o esforço não se traduziu em gols. Murilo Silva, torcedor do Coritiba observa que o time venceu duas partidas e na opinião dele isso é muito pouco para um clube de tradição e grande torcida como o Coxa. “A expectativa é grande para todo atletiba. Esperamos vencer a partida e mandar essa zica para o lado do nosso freguês”. Segundo ele, o problema do time é ainda mostrar pouca evolução ao longo do campeonato, “o que está faltando é qualidade dos jogadores, pois raça e vontade eles estão tendo”.

Jogadores do Coritiba treinam no gramado do Couto Pereira Para a próxima partida, a diretoria do Coritiba proibiu a entrada de torcidas organizadas no Couto Pereira. Segundo a diretoria, a decisão vem para evitar os típicos confrontos entre as torcidas dos clubes rivais. Fernanda Glinka torcedora do Coxa lembra que no último Atletiba torcedores com camisetas da Império Alviverde (IAV) foram impedidos de entrar na Arena da Baixada, então acha justo a Torcida Os Fanáticos (TOF) ser proibida no estádio do Alto da Glória Para Silva não é uma roupa, bandeira, faixa ou instrumento que vai mudar as atitudes do torcedor, “se ele quiser brigar ou fazer algo do tipo, pode estar com camisa da torcida, do time ou de nenhum dos dois, isto não interfere”. Além disso, de acordo com ele, a violência entre torcidas é muito mais frequente fora dos estádios.

Se tratando de torcidas organizadas, o Coritiba Futebol Clube também não está em boa condição. A IAV quase atacou o CT da Graciosa no início do mês, devido aos últimos resultados do time.

“Quem briga mesmo não está nem aí para o jogo. A maioria dos confrontos acontecem em lugares distantes aos estádios.” Almeida declara que a proibição não influência em nada e que isso é problema policial, não dos clubes.

Furacão no Atletiba

O rubro-negro vem de vitória por dois a zero contra o Grêmio no último domingo, e quer embalar mais uma vitória para avançar na tabela do campeonato e começar a sonhar com o G-4. O time está em 7º lugar na classificação com 17 pontos.

O Atlético-PR enfrenta o Coritiba nesta quarta-feira (29) pela 12ª rodada do Brasileirão e continuará sem torcida organizada em suas arquibancadas. A diretoria do clube proibiu em abril torcedores de entrarem com bandeiras, camisetas e afins, que fizessem alusão às organizadas. Porém, no Atletiba de quarta, quem decretou a proibição foi o Coxa, devido aos típicos conflitos entre torcedores dos respectivos clubes. Gabriel de Almeida, torcedor do Atlético, acha que as brigas causadas pelos torcedores são fúteis, e quem perde é o clube.

Segundo Almeida, os jogadores do Furacão tem que ficar atentos no Atletiba: “O Coritiba, apesar de não estar em boa fase, não vem fazendo jogos ruins.” Almeida completa dizendo que um clássico sempre dá motivação para um time buscar uma reviravolta.


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Curitiba, 29 de Junho de 2016

Cultura

No meio do festival tinha um aniversário A minha história faz parte da cidade de Curitiba, e o meu público me adora, por isso continuo viva depois de tantos anos Kauany Miguel 7º período

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este ano completei 21 anos. Acho que no meu nascimento, lá em 1994, nem eu, nem meu criador João Luiz Fiani, imaginamos que eu iria tão longe. Na verdade, na minha criação, viveria por um mês, depois morreria, enterrada em alguma gaveta com outros roteiros velhos. Mas fazer o que se o público me adorou? Estreei no ano seguinte em que fui escrita no teatro Novelas Curitibanas, aqui em Curitiba, mas logo me mudei pra minha atual casa, o teatro Lala Schneider. Eu fui ficando conhecida, e hoje sou bem tradicional da noite curitibana. Não tem quem não me conheça, sou a peça A Casa do Terror, e o pessoal já sabe, assim que eu começo uma temporada, nossos encontros estão marcados às sextas e aos sábados, sempre no Lala, e sempre à meia-noite.

Eu já viajei bastante também. Percorri muitas cidades pra conhecer gente nova e pra que me conhecessem também. Para cada cidade uma adaptação especial local. Imagine você, que uma temporada de três meses no Rio de Janeiro, virou cinco anos quando os cariocas me conheceram. Amei o Rio, ótima cidade, mas minha casa é mesmo Curitiba. Com 17 anos, eu entrei pela primeira vez no maior evento que uma peça de teatro deseja estar: o Festival de Teatro de Curitiba. O pessoal gostou tanto da minha participação, que pediu e eu voltei nos anos seguintes até a edição mais recente, em março desse ano, e não é querer me gabar, mas sou a peça curitibana mais antiga ainda em cartaz que participa do festival.

Sabe, não é fácil completar mais de 20 e se manter atual. Eu faço isso me deixando livre. A essência está lá: O vampiro de 300 anos galante, os monstros atrapalhados que vivem na casa, a missão de encontrar uma virgem pra saciar a fúria de seu mestre, e a própria virgem, já velhinha contando sua história, tudo ali no texto, mas a improvisação é livre. Neste ano no festival por exemplo, brincamos com

dos colegas. Mas, talentos se foram e novos chegaram. Acho que é uma característica de quem já é velha de guerra, e novos colaboradores ajudam a manter o frescor jovem. A Bruna Melnik, por exemplo, cursava teatro aqui em casa e foi convidada no ano passado para ficar comigo por um tempo encenando o papel da menina virgem na sua fase novinha. Eu sei que ela ficou nervosa. Afinal, eu

Vinte e um anos de muito amor, sempre que eu sou anunciada a família vem. Sou o um orgulho para o Fiani, nem eu nem ele temos planos de me engavetar tão cedo. Faço tanto parte da cidade, quanto ela faz de mim, nos meus textos e diálogos. Sou patrimônio cultural com certeza. Acho que vou completar os meus 30, 40, e daquele jeito, sempre me rejuvenescendo. É capaz de chegar a um

“Sabe, não é fácil completar mais de 20 e se manter atual. Eu faço isso me deixando livre” a via calma, conheci o meme do “tá tranquilo tá favorável”, e ainda tivemos um dedinho de prosa sobre o cenário politico atual, tudo sem perder o foco da história e para me trazer para o presente. Outra coisa importante que eu gosto de fazer é ter interação. Meus atores conversam com o público, os convidados dessa casa do terror, que olhando assim de perto, é a casa da comédia. A gente fala da vida, faz brincadeira, até chama no palco pra manter a proximidade. Eu já fui encenada por muitos atores, alguns saudosos que já partiram desse mundo, mas cuja presença sinto a cada nova encenação, principalmente quando meu papai, Fiani, se apresenta. Ele é o ator mais antigo ainda encenando a peça, e sei que ele olha para cada cena e lembra

sou tradicional, o público me conhece, mas meus atores a receberam muito bem e deixam ela à vontade. Acho que essa é outra das minhas características marcantes. Meus artistas riem deles mesmos com o público, falam dos bastidores, tiram sarro do time do papai, que é sofredor, quer dizer, torcedor do Paraná Clube... Essa camaradagem fica tão evidente que o público sente a minha “tradicionalidade” mesmo sem que isso seja dito. Ano a pós ano, eles estão lá, meus espectadores. Eu já considero como minha família, sabe? Muitos deles vieram me ver há tempos atrás, e hoje trazem os filhos para me conhecer. Alguns já trazem os netos. Fiquei sabendo que até casal eu já formei, e eles voltaram depois para me apreciarem juntinhos.

centenário se depender dos meus amantes e dos amantes de teatro. Já pensou? Eu uma senhorinha ainda com vitalidade, sendo encenada por uma geração toda de novos atores. Por que não né, Romeu e Julieta estão por aí ainda e, fala sério, é sempre “óh Romeu, óh Julieta” e os dois morrem no final. Eu sempre sou inusitada, no meio surgem coisas que nem quem faz sabia que iria fazer. Mas isso foi só um devaneio, um pensamento solto, sabe? O importante é que, se você não me conhece, ainda vai ter muitos anos e muitas chances de me conhecer, ainda vou participar de muitos festivais de Curitiba e terei muitas temporadas. Afinal, o público me escolheu como queridinha, e eu resolvi aceitar. Sendo assim, nos vemos em breve.


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