Descanso é prejuízo? Varejo curitibano se preocupa com perdas nos 16 feriados municipais.
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Mais um concorrente Aplicativo de transporte Cabify começa a operar em Curitiba.
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Ouro depois do pódio Sonho das Paralimpíadas motiva portadores de deficiências a manterem vida ativa.
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Curitiba, 04 de Abril de 2017 - Ano 20 - Número 291 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Segue o baile And the party goes on Projeto Balada Protegida reduz violência nos principais pontos da noite curitibana Protected Clubbing Project reduces violence in the main places of Curitba nightlife Páginas 08 e 09
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Editorial
Facebook lança novo modo de compartilhamento de imagens T
udo começou com o Snapchat. Era inovação: um aplicativo de fotos e vídeos que duravam até 10 segundos e que desapareciam após a visualização dos seguidores ou depois de 24 horas. Artistas e “pessoas comuns” habitavam harmoniosamente em uma profusão de conteúdo, sendo ele planejado ou espontâneo. De lá, surgiu a webcelebridade Thaynara OG, que inventou um jeito diferente de fazer os vídeos: começava sempre em plano aberto e terminava sempre em plano fechado. O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, vendo que havia um concorrente com muito potencial, tentou comprar o Snapchat em novembro de 2013 pela quantia de três bilhões de dólares. A oferta foi recusada por ter sido considerada baixa. Se naquela época, a decisão foi considerada uma grande estupidez, 2016 provou o contrário: o aplicativo
Comunitiras
de imagens instantâneas foi avaliado em 19 bilhões de dólares. Zuckerberg, não sabendo ser bom perdedor, traçou um plano para “se vingar” de tal derrota. Ele começou lançando o Slingshot no mercado em 2014. A diferença para o Snapchat era que, para poder ver as imagens enviadas por outros usuários, era necessário enviar uma também. Não deu certo. O grupo empresarial do dono do Facebook, que havia comprado o Instagram em 2012 por um bilhão de dólares, e o WhatsApp em 2014 por US$ 16 bilhões, resolveu, então, mudar de tática. Em agosto de 2016, o Instagram apresentou o Instagram Stories, a mesma função utilizada no Snapchat, porém integrada no aplicativo que já tinha público cativo. Não satisfeito, o WhatsApp introduziu o WhatsApp Status em fevereiro de 2017, com a mesma possibilidade de enviar fotos e vídeos disponíveis por 24 horas.
Na semana passada, a vingança chegou ao ápice com a estreia do Facebook Stories. Agora, os mais de 1,65 bilhão de usuários dessa rede social poderão usar e abusar da função. Se por um lado, a popularização dela parece finalmente ter atingido a grande maioria dos internautas, por outro, ela ficou banalizada. Tanto, que foi motivo para diversas piadas no Twitter, justamente a única rede social entre as mais utilizadas que ainda não aderiu à moda. O que resta é perguntar: Para quê? Para que colocar stories em todas as redes sociais do grupo? Para que confundir as pessoas dessa maneira? E por que não integrar a função em todas as redes, de modo que, quando a pessoa poste em um, apareça em todas? Talvez esse seja o próximo passo para a conexão entre as pessoas e o que elas estão fazendo neste exato momento.
Expediente Edição 291 - 2017 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR
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Literário
O ofício da graxa
jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR
REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes COORDENADOR ES DE REDAÇÃO /JORNALISTA S RESPONSÁVEIS Miguel Manasses
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Caroline Deina 5º Período
Bruno Talevi 3º Período
FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos CHARGE Isabella Beatriz Fernandes 5º Período
FOTO DA CAPA Deborah Neiva 3º Período
(DRT-PR 5855) Renan Colombo (DRT-PR 5818) EDITORES
PauteiroS
Deborah Neiva
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Eluiza Brunnquell
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Isadora Look
Evelise Muncinelli
Júlia Detoni
Guilherme Osinski
Julyana Lara Dal’Bó
Lolita Mafra
Raphaella Piovezan
Maria Clara Braga
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Rafael Sábio
Sergi Prat
Yasmin Graeml
3º Período 3º Período 3º Período 3º Período
8º Período 3º Período 3º Período 3º Período
3º Período 3º Período 8ºPeríodo
8º Período 3º Período 3º Período 3º Período 3º Período
Entre escovões e flanelas, uma profissão tradicional cai em desuso no Centro de Curitiba Cecília Tümer 7º Período
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e testa franzida e olhar cansado, seu Juarez de Oliveira se apressa em atender um chamado que vem de debaixo da marquise: “olha o teu freguês ali, homem”. Cabeça baixa e andar determinado, larga a prosa que trocava com os colegas de rua para começar mais uma sequência de vai vem de flanelas. Depois de ajeitar uma velha espuma amarela sobre o banquinho de couro onde passará pelo menos os próximos 20 minutos sentado, nem precisa de muita conversa com o cliente engravatado para saber como deve prosseguir. Nenhum tino que os 42 anos de experiência como engraxate não tenham aguçado. Graxa posta no escovão e, em seguida, nos sapatos à sua frente, dá início aos gestos que entregam o capricho que garante a fidelidade dos amigos-clientes. “Como todo tipo de profissão, se não é bem feita, os clientes não voltam”, ensina o senhorzinho, que do alto de seus 68 anos acumula experiências que vão de vendedor de maçã do amor a segurança de loja sempre engraxando sapatos em paralelo. Hoje, se dedica inteiramente à profissão, mas entende que os anos dourados do serviço já foram: “a crise pegou a gente também”. Um colega que não atendeu ninguém por dois dias seguidos, outro que decidiu vender a cadeira e mais um que achou melhor nem aparecer mais por ali integram a lista de desistentes do ramo. Também pudera. Das oito cadeiras que ocupam a marquise logo depois da Rua XV de Novem-
Cecília Tümer
Engraxates trabalham em uma marquise no centro de Curitiba bro cruzar a Monsenhor Celso, do lado esquerdo de quem vai sentido Praça Osório, em Curitiba, apenas quatro têm engraxates disponíveis em uma tarde amena de um dia de semana. Com o olhar distante de quem engraxa sem precisar pensar muito, faz as vezes de psicólogo e vai deixando o freguês falar o quanto precisa. Talvez, junto do trabalho bem feito, a característica de bom ouvinte tenha ajudado Juarez a construir a carteira de clientes que garante a renda que a aposentadoria não dá conta. Cobrando R$ 10,00 por par, usa o dinheiro do trabalho para o que define como “tapar buracos”, como a compra de verduras, pão e leite. Entre um cumprimento e outro à quem caminha pelo calçadão da Rua XV, mais um cliente aparece. Novamente um engravatado, que é mesmo o perfil do público que atende. Entre as personalidades que já passaram pelo trono de couro, delegados, diretores de banco, advogados e políticos. E Juarez achou até graça o dia em que o então
senador Osmar Dias (PDT -PR) sentou na poltrona azul, acompanhado de quatro seguranças. Entre os clientes mais ilustres, também encontra-se o atual prefeito de curitiba, Rafael Greca (PMN-PR). “Ele não me deu uma boa gorjeta, não. Esse dá tchau assim, ó”, gesticula, mostrando os dedos bem cerrados em uma das mãos, entregando uma dose de ceticismo no olhar.
Por volta das 16 horas, o senhor de sorriso bondoso se dá ao direito de encerrar o dia de trabalho. O esperam em sua casa em Colombo, na região metropolitana de Curitiba,três dos quatro filhos, os netinhos bagunceiros, e a lembrança sempre presente da viúva, que faleceu há sete anos e ainda enche seus olhos de lágrimas.
Surradas flanelas laranjas são esfregadas nos calçados do terceiro cliente seguido da tarde. O trabalho vai sendo finalizado com passadas de cima para baixo e de um lado para o outro, e, quando é preciso, Juarez não hesita em usar as próprias mãos para tornar o acabamento impecável.
Com a certeza de ter dado seu melhor mais uma vez, Juarez guarda latinhas de graxa, esfregões, flanelas e almofadas em uma bolsa preta. Tira uma corrente da gavetinha de baixo da poltrona e encaixa todos os equipamentos de trabalho em uma torre esquemática ao lado de uma pilastra, onde ficarão presos até o dia seguinte.
Olhando para as mãos sujas de graxa, conta já estar cansado do ofício, e que seu sonho hoje em dia seria ter uma moenda de cana e sair vendendo o caldo por toda a cidade. Até porque, que os dias dos engraxates estão contados, seu Juarez já imaginava há muitos anos.
Assim, o local de trabalho se torna mais um entre o grupo de cadeiras de engraxates sem alguém para realizar o serviço. Mas seu Juarez promete que, pelo menos no dia seguinte, ainda estará acordado às cinco horas para voltar a lustrar sapatos. Até quando, porém, nem ele sabe.
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Economia
Economia
Para mal ou para bem, feriado é o que tem
Peso na consciência x Peso no bolso E Talita Souza
Recorde de feriados neste ano causa impacto em diferentes áreas da economia Talita Souza 3° período
Empresários ajustam as contas para lidar com feriados prolongados deste ano
O
calendário curitibano de 2017 conta com 16 feriados, 15 deles em dias de semana. Só em abril, são três finais de semanas prolongados. Essa situação pode afetar a recuperação de setores econômicos como indústria e varejo. Por outro lado, o turismo receberá incentivos com as datas. A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) estima dano de R$ 3,185 bilhões devido à quantidade de
de acordo com levantamentos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) e Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), respectivamente. Em contrapartida, uma observação do Ministério do Turismo propõe ganho de R$ 21 bilhões para o setor. Para o comerciante Gabriel Francisco Peixoto, 27 anos, dono de uma loja de rua no Água Ver-
Na análise do economista Eduardo Cosentino, parte das indústrias e empresas produzem em períodos antecipados para que o comércio possa lucrar com os feriados. “É como uma troca de moedas, em alguns setores estes feriados são compensados com vendas antecipadas para o comércio”. O especialista aponta o planejamento como melhor caminho para manter as contas estáveis, mesmo com
feriados chega a receber até 200 clientes a mais do que os 400 atendidos em dias úteis. “A diferença da um acréscimo de 30%”, explica. O preço cobrado, 15% mais alto em feriados, também contribui com o ganho da empresa.
Otimismo do contra Em pesquisa de opinião realizada de novembro a dezembro de 2016, pela Fecomércio
“É como uma troca de moedas, em alguns setores estes feriados são compensados com vendas antecipadas para o comércio” feriados. Além das indústrias, há prejuízo previsto de R$ 13,7 bilhões para o comércio varejista, segundo estudo da Federação ds Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) realizado em janeiro deste ano. No cenário nacional, os feriados provocarão perdas de R$ 10,5 bilhões para o comércio e R$ 68 bilhões para indústria,
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de, não há vantagem em abrir durante os primeiros feriados do ano, já que a maioria de seus clientes viaja. Porém, as vendas no período do Natal chegam a gerar o dobro do faturamento e compensam esses prejuízos. “Nessas épocas mantemos os 20 funcionários e chegamos a contratar mais pessoal para dar conta da demanda”.
o período sazonal. “É possível criar estratégias de cunho econômico e financeiro aliadas a um plano de marketing para compensar as perdas”. A mão de obra nos feriados também fica mais cara porém, em alguns casos, manter o empreendimento aberto pode valer a pena. Renato Alves Bezerra é dono de um restaurante e conta que em
do Paraná, a expectativa de venda dos comerciantes para o primeiro semestre de 2017 é a mais alta desde o início de 2015. Quase metade (49,4%) dos 450 empresários paranaenses entrevistados prevê aumento no faturamento e 24% pretende investir nos negócios. A área mais otimista é a de serviços, seguida por turismo e comércio.
m setembro do ano passado, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou petição da Câmara Municipal de Curitiba para garantir o feriado do Dia da Consciência Negra na cidade. O pedido foi feito pela Casa em resposta à uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para o Sindicato da Indústria da Construção Civil e Associação Comercial do Paraná (Sinduscon-PR e ACP) que recorreram à Justiça alegando que a data “geraria sério e expressivo impacto negativo à atividade econômica e à atração de novos investimentos no município”. A tentativa para instituir o feriado é antiga. Em 2012, o ex-vereador Clementino Vieira (PMDB) apresentou o projeto como forma de combate ao racismo. No mesmo ano, Sinduscon e ACP se posicionaram contra a decisão. Paulo Salamuni (PV), presidente da Câmara na época, foi responsável por promulgar a lei. Segundo o ex-parlamentar, a medida seria a correção de uma injustiça histórica: “o intuito desse feriado era resgatar algo histórico de tudo que essa mesma comarca legislou numa verdadeira discriminação institucional legal da raça negra”. A cantora e organizadora da Marcha do Orgulho Crespo de Curitiba, Michele Mara Domingos, também não gostou da decisão da Câmara. Para ela, foram motivos econômicos que causaram a escravidão no Brasil. “Se o povo ficar um dia sem trabalhar, é dinheiro a menos no bolso desses barões racistas dessa cidade, porque a massa trabalhadora ainda é preta”.
Talita Souza
Na época da decisão, a ACP se pronunciou em nota oficial dizendo que entendia a importância da data dedicada a Zumbi dos Palmares, porém que implantar mais um feriado na cidade não era algo viável, pois geraria uma perda econômica muito grande. “Conclamamos aos nossos legisladores que não sejam adotadas iniciativas que signifiquem desincentivo à atividade empreendedora em nossa cidade e evitem que tal discussão chegue ao Judiciário”, disse o então presidente da ACP, Edson Ramon. O feriado acabou não sendo celebrado. Em 2016, parlamentares ajuizaram uma ação de Reclamação Constitucional no Supremo contra a decisão do TJ. Salamuni também explica o pedido feito pelos vereadores ao STF, já que a lei não apresenta ilegalidades e existe em outras cidades paranaenses, como Guarapuava.
Marcha do orgulho crespo em Curitiba, em 2016
O que os curitibanos pensam Em enquete realizada pelo Comunicare com 19 moradores de Curitiba 78% dos entrevistados concorda com a instituição do feriado do Dia da Consciência Negra.
21,1% Não
78,9% Sim
Na sua opinião, o Dia da Consciência Negra deveria ser feriado?
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Política
A luta pelo reconhecimento dos direitos femininos A lei mais famosa no Brasil relacionada aos direitos humanos é a Maria da Penha, considerada a terceira melhor legislação do mundo no combate à violência doméstica Daniel Moura 3° período
A
través do decreto nº 21.076 instituído no Código Eleitoral Brasileiro, o voto feminino foi adotado no Brasil em 1932, mas mesmo 85 anos depois muitos direitos ainda são reivindicados pelas mulheres. Além da lei Maria da Penha, o direito de amamentar foi conquistado por mães lactantes no estado do Paraná e o feminicídio agora tem penas mais pesadas.
tem três meses, e desde que eu soube da lei amamento ele onde eu bem entender no shopping, restaurante e outros lugares, uma vez só em um restaurante foi pedido para que eu fosse no fraldário amamentar o bebê, e como eu conhecia a lei me recusei e amamentei meu filho ali mesmo”, conta a arquiteta.
A pena para esse crime terá aumento de um terço até a metade se for praticado durante a gravidez ou nos três meses posteriores ao parto; contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência e na presença de ascendente ou descendente da vítima.
A lei Maria da Penha foi considerada a terceira melhor lei do mundo no combate à violência doméstica, em 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU), perdendo apenas para Espanha e Chile. A advogada especialista em direito da mulher e violência doméstica Patrícia Leitão relata que atualmente tem muitos mais casos corriqueiros do que antigamente. “Ultimamente eu percebo que as mulheres estão mais cientes de seus direitos do que antigamente, casos como assédio sexual no trabalho sao os mais presentes”, relata.
Mas a realidade das mães paranaenses mudou em 2016, agora elas têm total liberdade para amamentar seus bebês em qualquer espaço no Estado, independente se o local é público ou privado. Esse direito é garantido pot lei e o estabelecimento que constranger ou proibir a amamentação em suas instalações pode sofrer sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor.
Maria Fernanda Guerra, militante feminista e estudante de ciências políticas revela suas experiências vividas. “Várias vezes já fui vítima de assédio sexual em ônibus, táxi, faculdade e na própria rua. Antigamente eu não fazia nada, ficava totalmente assustada e inerte. Hoje continuo ficando assustada em situaçõesassim, mas eu tento me defender do jeito que posso”, afirma.
Tereza Cristina Motta, que deu a luz em dezembro de 2016, ficou sabendo da lei um mês depois de seu bebê nascer e conta como foi sua experiência amamentando seu filho em público. “Meu bebê agora
Desde 1932, as mulheres começaram a ter seus direitos reconhecidos. Atualmente, elas têm maior noção dos seus direitos, e com isso, conseguem exercê-los de forma mais efetiva.
O feminicídio é considerado um crime hediondo e ocorre quando for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo, menosprezo ou discriminação
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Alunos surdos buscam cursos pré-vestibular em Curitiba
A cada 10 mulheres no mercado de trabalho
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Tem espaço no mercado de trabalho Não tem espaço no mercado de trabalho Fonte: Mulheres freelance
A denúncia por elas A proteção contra a violência doméstica feminina tem um número - “180”. O ligue 180 foi criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em 2005, oferecendo orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo país, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área. O programa desempenha papel ao lado do projeto ‘Mulher, Viver sem Violência’, lançado em março de 2013 pelo governo Dilma Rousseff, e tem o objetivo de levar serviços públicos integrados em todo território nacional.
Maria Regina Costa, professora do curso de ciências políticas, vê a importância do anonimato no disque denúncia. “Briga de marido e mulher se mete a colher sim, o anonimato é uma forma segura que as pessoas podem ajudar mulheres que sofrem com a violência doméstica”, relata. Em 2014, o Ligue 180 se transformou em disque denúncia, contando com o apoio financeiro do projeto ‘Mulher, Viver sem Violência’, com o envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado.
Falta de intérpretes de Libras nos cursinhos dificulta o aprendizado dos estudantes Bruna Kopeski 3 º período
P
ara ingressar nas universidades e faculdades de Curitiba alunos surdos tentam se matricular em cursos de pré-vestibular. Porém, ao procurar esses cursos, os estudantes passam por problemas em conseguir intérpretes nas aulas. De acordo com a lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, as instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutores e intérpretes de Libras. Essa lei, porém, não se aplica aos cursos privados e ou livres de ensino, como pré-vestibulares, causando confusão e indignação entre os estudantes. Segundo o tradutor e intérprete da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Jonatas Medeiros, deve-se sem dúvida ter a inclusão dos surdos em cursos de pré-vestibular bem como a incrementação da obrigatoriedade de intérpretes nestes cursos. “É necessário fomentarmos as instituições a uma mudança cultural em relação ao que temos posto como “acessibilidade”, não apenas por uma questão legal a ser cumprida, mas por um ato que é acima de tudo humano e acolhedor”. Miriam Gonçalves, mãe do estudante surdo Felipe Gonçalves, conta que ao colocar o filho no curso pré-vestibular Dom Bosco, esperava uma preparação melhor do cursinho, que, mesmo agindo de acordo com a lei, não disponibiliza intérpretes. “Eles (o cursinho) avisaram que na matrícula não poderiam dar intérprete, pois
como são cursos livres, não têm obrigatoriedade de acordo com a lei”.
Cidades
Isadora Look
Ela ainda relata que, para aprender as matérias, seu filho pega as informações escritas no quadro e nas apostilas e não consegue entender o mesmo que os colegas, por falta do intérprete e de uma explicação oral. A reportagem do Comunicare entrou em contato com o cursinho Dom Bosco, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
Inclusão no vestibular Em Curitiba e Região Metropolitana, no ano de 2016, foram matriculados 164 estudantes surdos no ensino médio com a presença de tradutores intérpretes, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e o Departamento de Educação Especial (DEE). Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) no último ano foram necessários 3.562 intérpretes de Libras solicitados no Exame nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil, destes, 194 foram no Paraná.
Apoio especial Para se preparar para as provas de vestibular, os estudantes surdos podem se matricular nas aulas de apoio da UFPR, que têm o objetivo de explicar ao estudante surdo questões do vestibular, de cotas, vagas especiais e o funcionamento da redação e da prova. Segundo a coor-
Apostilas de cursos pré-vestibulares denadora de Letras Libras da UFPR, Sueli Fernandes, desde 2008 a instituição vem adotando ações e cursos para inclusão destes alunos nos seus campi.
Há ainda um programa de acompanhamento para aqueles alunos que têm dificuldade na leitura e na escrita do português.
Aluna surda bilíngue se forma na UFPR A
os 22 anos, Carolina Carvalho Palomo Fernandes foi a primeira pessoa surda a se formar na UFPR. A estudante, graduada em pedagogia, fez parte do programa de apoio Letras Libras durantes os quatros anos de graduação. A formatura foi toda preparada para o melhor conforto da aluna. A coordenadora do curso, Sueli Fernandes, que ajudou na inclusão de Carolina na universidade durante esses quatro anos, relata sobre os preparativos da graduação. “Os intérpretes tinham que se dedicar, conhecer os discursos, saber
os protocolos das formaturas, pois eles seriam como a voz da Carol”. A estudante, agora graduada, conta que mesmo a rotina da formatura sendo corrida, a sensação da colação de grau, de pegar o diploma, foi recompensadora. Ela relata também o processo universitário desses quatro anos como estudante. “Nas matérias, eu sempre tive muita ajuda da universidade, que me apoiou em vários momentos. Carolina finaliza contando que espera um dia ser professora universitária, mesmo sabendo que é um grande desafio.
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Maioria dos curitibanos aprova Balada Protegida Projeto é focado na educação e na cooperação
“Eles entraram na balada, ficaram um tempo dentro e pouco tempo depois os organizadores da festa saíram, dizendo que a polícia havia fechado o James”.
Bruno Talevi
Bruno Talevi 3° período
Viatura do Setran patrulha Avenida Vicente Machado
O
peração da Secretaria Municipal de Defesa Social de Curitiba (SMDS), a Balada Protegida comemora três meses de atuação em meio a aprovações e críticas. A presença da Balada Protegida é escolhida de acordo com a demanda da população e com as denúncias do público à polícia. As ações envolvem a educação e a prevenção, como o bafômetro simulado aos pedestres para evitar acidentes e conversas sobre a importância de denunciar crimes e infrações. Como explica Ubiratan Teixeira, coordenador da gestão integrada de segurança da SMDS, a Avenida Vicente Machado é o coração da noite curitibana, tornando-a um ponto fixo da atuação. “A Avenida é o ponto da cidade com a maior concentração de
bares, restaurantes, baladas e pessoas na noite. O nosso foco não é acabar com a festa, e sim torná-la segura, torná-la referência”. Ele reitera que um dos pilares da operação é a prevenção; com a presença dos policiais, reduz-se o furto, o roubo e os assédios. Outro pilar é a educação: como explica Algacir Mikalovski, secretário municipal de Defesa Social e Trânsito. Toda operação traz alguma forma diferente de atingir os transeuntes sem os coagir. Seja com o bafômetro simulado para indicar os perigos do trânsito ou conversas sobre o problema das drogas para evitar o vício e a violência, o foco gira em torno do equilíbrio entre o direito de quem
frequenta e se diverte na rua, de quem quer descansar e mora no entorno e dos comerciantes que ali trabalham. As ações do projeto já apresentam mudanças no comportamento. Segundo o secretário, no começo das adequações às regras houve resistência e/ou a retaliação da população, que foi inicialmente contra o gasto com pulseiras de identificação e banners. “Não podemos deixar que algo como a boate Kiss aconteça novamente por negligência de fazer o que é preciso que seja feito”. Para ele, é melhor que se conscientize agora do que ter que autuar pela mesma infração posteriormente. Para o futuro, Mikalosvki afirma que as prospecções são de expansão. Os planos
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são que a Balada Protegida se expanda para todas as 10 regionais de Curitiba, respeitando as demandas de público e denúncias. Aos estabelecimentos que respeitarem as regras, será lançado um selo de aprovação e garantia. Além disso, novas ações de conscientização são planejadas. Por outro lado, as críticas envolvem a falta de clareza na ação, a disseminação de informações desencontradas e o caso do fechamento da balada James, no cruzamento da Avenida Vicente Machado com a Rua Coronel Dulcídio. João Vitor, estudante de Biologia, estava presente no dia da ação. Segundo ele, os agentes chegaram em grupo e pararam todo mundo, revistando as pessoas a pé e os carros também.
Nesse caso, não foi uma ação da Balada Protegida, e sim da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu).
Radi, responsável pelo Aurora Bar, também localizado na avenida. “A gente começou a perder público pela violência, por gente na rua bebendo, incomodando e brigando. A ação veio para apresentar segurança para nós e para quem passa por aqui”.
Resultados até agora Bruno Talevi
- Público: 10 000 pessoas - 15 notificações de infração de veículos em movimento
A confusão surgiu de um post do perfil do prefeito Rafael Greca, que intitulou a ação de fiscalização como participante do projeto. A Balada Protegida não tem poder de fechar estabelecimentos, e sim de notificar para que se retifiquem os documentos.
A resposta do público e dos comerciantes é positiva. Segundo pesquisa divulgada no site da Prefeitura, a aprovação é de 56%. Murilo Botelho, estudante de Psicologia, era contrário à medida. “Não sei até que ponto os jovens estão sendo protegidos - a polícia passa em meia dúzia de baladas e fecha no meio da noite”.
- 24 estacionados fora das normas
O projeto foi uma ação conjunta da Prefeitura com os estabelecimentos, respondendo a pedidos tanto da população quanto das casas noturnas -- conforme explica Taher
Após esclarecida a confusão entre a ação da Aifu e da SMDS, a aprovação foi imediata. Para Botelho, a ideia é muito boa e passa segurança para quem frequenta balada.
- Quatro fiscalizações em estabelecimentos e seis ambulantes
- Três vistorias e um auto de infração sobre a lei antifumo e condições de higiene - Três notificações para interrupção imediata pelo excesso de som
- Uma apreensão de propaganda irregular
Agente do Setran executa autuações
Luta contra a violência na São Francisco Ponto de encontro clássico do Centro Histórico sofre com altos índices de violência Bruno Talevi 3° período
A
Rua São Francisco, próxima da Praça de Bolso do Ciclista, é um lugar problemático para a Prefeitura. Ponto de encontro da noite curitibana, o local tem sofrido com a violência do tráfico de drogas. Os estabelecihmentos amargam ameaças constantes. Segundo Claudio Motta, gerente do Jokers Bar, existe violência há 25 anos, junto com tráfico de drogas, prostituição, roubos e furtos. “O que afasta os clientes é a ocupação da rua, com barzinho vendendo bebida da porta para fora e enchendo a rua de lixo e sujeira”.
Rafael Sábio
Bruno Bond, estudante de Publicidade e frequentador da rua, conta que o clima de insegurança já foi presente e constante na área. O secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Algacir Mikalovski afirma que “esse não vai ser um trabalho que será concluído em um ano, tendo em vista que a rua é um dos pontos mais críticos no tocante a drogas e violência, mas que o caminho, por mais longo que seja, é o certo”. Ele finaliza afirmando que, nesse caso, é preciso adotar medidas mais repressivas contra o tráfico, como a inteligência policial ou o uso de cães farejadores, visualizando a proteção do indivíduo.
Viaturas da Setran se deslocam para as ações
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Cities
Cities
Most people in Curitiba approves Protected Clubbing The project focus on education and cooperation
and then the party organizers left, saying the police had closed James”.
Bruno Talevi
Bruno Talevi 3rd period
In this case, it was not an action of the Protected Clubbing, but of the Integrated Action of Urban Inspection (Aifu - Ação Integrada de Fiscalização Urbana). The confusion arose from a post of the profile of Mayor Rafael Greca, who called the inspection action as part of the project. The Protected Clubbing does not have the power to close establishments, but to notify in order to rectify the documents. The project was a joint action of the City Hall with the business establishments, responding to requests from both the population and nightclubs - as explained Taher Radi, in charge of Aurora Bar, also located on Vicente “We started
Setran car patrols on Vicente Machado Avenue
A
n Operation of the Municipal Department of Social Defense of Curitiba, the Protected Clubbing celebrates three months of acting in the midst of approvals and criticisms. The Protected Clubbing acts according to the demand of the population and the public denunciations to the police. The actions involve education and prevention, such as the simulated breathalyzer used on pedestrians to avoid accidents as well as conversations about the importance of reporting crimes and infractions As explained by Ubiratan Teixeira, coordinator of the integrated security management of the Municipal Department, Vicente Machado Avenue is the heart of the night in Curitiba, making it a fixed location for action. “The Avenue
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is the location of the city with the highest concentration of bars, restaurants, clubbing and people at night. Our focus is not to end the party, but to make it safe, to make it referential”. He reaffirms that one of the pillars of the operation is prevention; with the presence of the police, theft, robbery and harassment are reduced. Another pillar is the education: as explained by Algacir Mikalovski, municipal secretary of Social Defense and Traffic. Every operation brings some different way of reaching passers-by without coercion. Whether with the simulated breathalyzer, to indicate the dangers of traffic, or the conversations about the drugs’ problem, to avoid addiction and violence, the focus is on the balance between
the right of those who go and enjoy the street, who want to rest and live in the surroundings, and the shopkeepers who work there. The actions of the project already show changes in behavior. According to the secretary, at the beginning of the adjustments to the rules there was a resistance or retaliation of the population, which was initially against spending with identification wristbands and banners. “We can’t let something like the Kiss nightclub happen again because of the negligence of doing what needs to be done”. To him, it is better to be aware now than to have to file for the same infraction in the future. In the future, Mikalosvki says they expect to expand. The plans are that the Protected
Clubbing will expand to all the 10 regionals of Curitiba, respecting the public demands and denunciations. For establishments that comply with the rules, a seal of approval and guarantee will be issued. In addition, new awareness actions are being planned. The criticism involves the lack of clarity in the action, the dissemination of conflicting information and the case of the closure of the James nightclub at the intersection of Vicente Machado Avenue and Coronel Dulcídio Street. According to Joao Vitor, a biology student, was present on the day of the action, the agents arrived in a group and stopped everyone, searching people on foot and cars too. “They went into the nightclub, they stayed inside for a while
to lose public because of the violence and the people on the street drinking, disturbing and fighting. The action came to give security for us and for those who pass by here”. The public and shopkeepers response is positive – according to the City Hall, the approval is of 56%. Murilo Botelho, psychology student, was against the measure. “I don’t know to what extent young people are being protected – the police go to half a dozen of nightclubs and closes them in the middle of the night”. After clarifying the confusion between the action of the Aifu (Integrated Action of Urban Inspection) and the Municipal Department, the approval was immediate – for him the idea is very good; the safety for those who go clubbing is fundamental.
Results so far Bruno Talevi
- Public: 10 000 people. - 15 notifications of infringement of moving vehicles - 24 parked outside the standards - Three inspections and an infraction notice on the anti-smoking law and hygiene conditions - Three notifications for immediate interruption due to excessive sound - Four inspections in establishments and six street vendors - An uneasy propaganda seizure
Setran agent gives fines
Fight against the violence on São Francisco Street Classic meeting point of the Historical Center suffers with high rates of violence Bruno Talevi 3rd period
S
ão Francisco Street, near the Bolso do Ciclista Square, is a problematic place for the City Hall. Being a meeting point of the nightlife in Curitiba, the place has suffered with the violence of the drug trafficking. Business is constantly threatened. According to Claudio Motta, manager of the Jokers Bar, there has been violence for 25 years, along with drug trafficking, prostitution, robbery and theft. “What makes things worse is the occupation of the street, with bars selling drinks out the door and filling the street with garbage”. Bruno Bond, an advertising student and a regular frequenter of the street, says
Rafael Sábio
that the climate of insecurity has already been present and constant in the area. Algacir Mikalovski, the municipal secretary of Social Defense and Transit, states that “this will not be a job that will be completed in a year, given that the street is one of the most critical points regarding drugs and violence, even if the operation takes long, it is the right way to go”. He concludes by stating that in this case it is necessary to adopt more repressive measures against drug trafficking, such as police intelligence or the use of sniffer dogs, visualizing the protection of the individual.
Setran cars move into action
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Curitiba, 04 de Abril de 2017
Curitiba, 04 de Abril de 2017
Inovação
Cabify começa a operar em Curitiba A empresa garante que o seu o principal diferencial é a qualidade
Raphaella Piovezan
Thamiris Mottin 8º perióodo
O Cabify promete mais transparência e segurança para o usuário
C
riado na Espanha em 2011, e em operação no Brasil desde a metade do ano passado, o Cabify, a nova plataforma de transporte, começou a operar em Curitiba e promete concorrência com o Uber. Segundo Daniel Velazco Bedoya, diretor-geral da Cabify no Brasil, o principal diferencial do aplicativo é a qualidade do seu serviço
em todas as cidades que atua. “Nós temos um sistema rígido de seleção de motoristas, durante esse processo, eles passam por exames médicos, toxicológicos e só aceitamos carros com ano a partir de 2012 e mínimos itens de conforto”, explica Bedoya. Ao contrário de seu concorrente, a plataforma começou a operar se adequando às exi-
Segundo o diretor o conteúdo dessas palestras vai desde as funcionalidades do aplicativo até técnicas e boas práticas de atendimento.Por fim, o diretor geral promete mais transparência como diferencial um valor fixo sem variações. “Nossos motoristas também participam de palestras informativas para os motoristas parceiros antes deles iniciarem a operação”. Para Rafael Kubis, motorista do Uber, o novo concorrente não é uma ameaça. “Acredito que o novo aplicativo não vai nos afetar, nós temos uma quantidade considerável de
clientes no momento”, diz. Julcimar Francisco Zambon, delegado do Estado do Paraná pelo SindiTaxi Paraná, acredita que o novo aplicativo não vai interferir em nada no trabalho dos taxistas e sim, será mais desafiador para o aplicativo Uber. “O mercado de transporte já está saturado. Ainda não conhecemos como o Cabify trabalha, mas acredito que afetará mais o Uber, pois os táxis estão passando por uma fase de transição. Acredito que o usuário que nos escolhe ou está preocupado com a segurança ou procura utilizar um serviço legal”. Para o delegado, as duas plataformas possuem pontos positivos, mas por se tratar de aplicativos não legalizados até o momento, a segurança desses passageiros pode acabar sendo afetada.
Capital ganha ônibus elétrico O hibriplug entrou em fase de testes no meio do ano passado Thamiris Mottin 8º perióodo
O
hibriplug, novo transporte coletivo de Curitiba, 100% elétrico, é um projeto iniciado em 2016 realizado pela Prefeitura de Curitiba em parceria com a Volvo, governo sueco, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Universidade Positivo (UP). O coletivo é um novo modelo de ônibus que pode reduzir em até 75% o consumo de diesel. O veículo passou pela fase de teste de junho a dezembro do ano passado.
Importada da Suécia, a tecnologia usada promete trazer alguns benefícios como autonomia do veículo, tempo de carregamento de seis minutos na estação de recarga e a possibilidade de rodar 10 km com a carga completa, além disso o veículo garante a redução de ruídos, mais conforto e até acesso à rede wi-fi. “A linha teste foi a Água Verde/Juvevê, que conta com 21 km, ou seja, ele consegue rodar metade do trajeto usando energia elétrica”, explica Elcio Luis Karas, gestor da área de tecnologia de transporte público da URBS.
Inovação
Matando a fome com rapidez gências do poder municipal, pois a ideia é regulamentar o funcionamento do aplicativo. “Atuamos diretamente ao lado das prefeituras nas cidades onde operamos”, diz Bedoya.
Ainda segundo o gestor, a tecnologia plugin permite que dentro da área central (área calma) o veículo não ultrapassasse os 40km/h, sem precisar de intervenção do motorista. Ela também permite que sejam definidas regiões próximas a escolas e hospitais para trabalhar no modo elétrico, assim sendo mais seguro e produzindo menos ruídos. Quanto ao valor da tarifa, Karas acredita que tenha um impacto considerável. “Ainda precisamos analisar o valor do sistema como um todo. Eu creio que ele possa ser utilizado dependendo do local, mas
é uma coisa que a gente vai aguardar os resultados operacionais para fazer uma análise financeira”, explica. Para o gestor, é possível recorrer a algumas alternativas para que esse impacto seja o mínimo possível. “Hoje você tem uma vida útil do veículo de 10 anos, o hibribus é de 12 anos e do hibriplug em torno de 15 anos”, diz. Quem já andou, aprovou. Para Barbara Rodrigues, a viagem foi ótima, e a sensação era de estar em alguma cidade da Europa.
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Entrega rápida e qualidade dos alimentos são os diferenciais do SpoonRocket
Sergi Prat
Jaderson Policante 8º período
Os aplicativos permitem o acesso a uma grande diversidade de alimentos
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SpoonRocket, aplicativo de delivery de comida do grupo iFood, está presente em Curitiba há três meses, prometendo um serviço diferente dos aplicativos já existentes e consolidados no mercado. A plataforma, além de conectar clientes e restaurantes, apresenta uma mudança em relação a outros aplicativos similares no mercado. A empresa agrega a operação completa de delivery, disponibilizando profissionais para fazer as fotos dos produtos, logística, motoboys e também as embalagens. Aplicativos mais conhecidos, como HelloFood, PedidosJá e o próprio iFood, fazem a ponte entre a pessoa e o restaurante, facilitam o pedido, mas não cuidam da entrega. “[O aplicativo] traz o melhor da gastronomia, abrindo a possibilidade de delivery em restaurantes que não disponibilizavam essa opção”, destaca Roberto Gandolfo, CEO da companhia de entregas.
Justamente por essa facilidade, o Chef do Restaurante DUO Cuisine, localizado no Batel, Rodrigo Cavichiolo, optou por cadastrar a empresa no aplicativo visando a maximização de vendas. “Isso só foi possível por ele oferecer o serviço logístico de entrega”, diz Cavichiolo. Atualmente, a SpoonRocket conta com 50 restaurantes cadastrados na capital paranaense, sendo que, para fazer parte da lista, tanto o estabelecimento quanto as comidas passam por uma seleção criteriosa de especialistas. O objetivo é avaliar quais pratos podem ser entregues sem a perda da integridade dos alimentos no caminho, de modo a garantir a qualidade da entrega. O usuário Thiago Rodrigo conta que, apesar de nem sempre pedir pela SpoonRocket, prefere o aplicativo pelo cuidado dispensado com as refeições no caminho até a casa dele. “Elas chegam quentinhas, como se eu tivesse saboreando no local”, elogia.
Em Curitiba, os planos da empresa são de crescimento e expansão.“Nosso objetivo na cidade é expandir para mais bairros, conquistar mais restaurantes e oferecer a experiência para mais usuários”, explica o CEO da SpoonRocket.
Meta é expandir Por enquanto, o aplicativo está disponível em apenas cinco cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. A SpoonRocket iniciou o processo de expansão para outras regiões do Brasil. Desde que chegou ao país, já foram registrados 70 mil downloads e 60 mil pedidos. A maior concorrência é com o Uber Eats, braço do Uber no segmento de entregas de comida presente somente em São Paulo, e que possui conceito similar. A tecnologia de entrega rápida surgiu no Vale do Silício, criada por ex-alunos da Universidade da Califórnia. Em março de 2016, o grupo
iFood adquiriu a tecnologia e adaptou para o mercado e para a realidade brasileira. A logística inteligente permite que os clientes recebam o pedido em um tempo médio de 35 minutos e o trajeto pode ser acompanhado em tempo real no mapa do aplicativo. “O usuário fica a par do que está acontecendo, desde o preparo até a chegada”, comenta Gandolfo. A dificuldade para os restaurantes está no recebimento de feedback dos pedidos, que é fraco, na opinião do Chef Rodrigo Cavichiolo, do DUO Cuisine. “Todo o atendimento virtual, como as empresas estão se comunicando hoje, é o pior canal possível. Os usuários estão tão ocupados que não disponibilizam tempo para emitir opinião, e isso não gera desenvolvimento”, critica Cavichiolo. O aplicativo SpoonRocket está disponível para download gratuito na Apple Store e na Google Play.
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Esportes
Biblioteca Pública do Paraná completa 160 anos
Legado das Paralimpíadas promove inclusão Atividade física reafirma a sua importância no processo de reabilitação de atletas com necessidades especiais Gabrielly Zem 3º período
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Gabrielly Zem
cidade do Rio de Janeiro serviu de sede, em 2016, para as Olimpíadas e Paralimpíadas, maiores eventos do esporte mundial. A versão com esportes adaptados contou com 286 paratletas brasileiros, ocupando 22 modalidades diferentes e conquistando 72 medalhas. No início de 2017, um reality show trouxe a participação de uma atleta paralímpica, fato que colocou em foco a importância do esporte como meio de inclusão. Seis paratletas de Curitiba competiram no Rio: um da bocha, dois do tênis de mesa e três da esgrima. Todos fazem parte dos times da Associação de Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), local que traz o esporte como alternativa de reabilitação e inclusão. Paratleta de esgrima, também da equipe da ADFP, Scheila Mattik, conta que não era atleta antes de sofrer um acidente em 2006, mas durante seu processo de reabilitação ela acabou conhecendo a atividade física. Para ela, ao sofrer um acidente desse tipo é comum se ver sem chance de alcançar outros objetivos. “Muitas pessoas se acidentam, ficam deficientes e não se ligam a nenhuma associação. Ficam em casa deprimidas”. Para Scheila, o esporte foi essencial em sua recuperação. Scheila fala também sobre a importância de associações que promovem o esporte, pois isso permite que a pessoa que faz fisioterapia acabe tendo contato com a possibilidade da prática esportiva e perceba o quanto os paratletas se
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Mesmo com os avanços digitais, a BPP possui grande número de livros físicos
Cultura
Victoria Bittencourt pois possuem características que o fazem essencial como a textura, o cheiro e o prazer de folhar as páginas, e além disso, o preço também têm sido um fator importante como é o caso da leitora Claudiane Cruz.
Victoria Bittencourt 3º período
“Leio muito mais livros pelo celular do que impressos, mas é mais por necessidade do que por preferência”.
Treino de esgrima da ADFP tornam pessoas ativas, que têm ânimo para viajar e fazer diversas atividades. No entanto, desenvolver projetos de esportes adaptados possui um alto custo, de acordo com o presidente da ADFP, Clodoaldo Lima. “É um desafio do dia a dia ter que manter uma instituição sem fins lucrativos. Para que ela se sustente dependemos de ações que arrecadem fundos para a entidade’’. Ele explica que ao mesmo tempo que precisa lidar com essas dificuldades financeiras, também não pode deixar de lado a qualidade de atendimento para os pacientes e os equipamentos de qualidade para os atletas treinarem. Lima finaliza afirmando que a maior dificuldade para chegar na Paralimpíada é a falta de estrutura básica para treinamento. O investimento do próprio bolso é enorme, e mesmo com bolsa atleta e patrocinadores, o retorno não é garantido.
O prédio da Biblioteca Pública do Paraná foi tombado como Patrimônio Cultural em 2003
TCC vira instituição para deficientes físicos
Maria Clara Braga 3º período om o objetivo de mostrar a trajetória dos atletas paralímpicos antes das competições surgiu o projeto “Antes do Ouro”, idealizado por Heitor Vaselachen, estudante de Terapia Ocupacional (T.O.). O “Antes do Ouro” sugere projetos de inclusão por meio do esporte e busca expor a importância da reabilitação através da T.O. e do esporte.
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Vaselachen diz que a ideia inicial era um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em forma de documentário, mostrando a vida das pessoas com deficiência, especialmente dos atletas paralímpicos e a relação com a T.O. “As pessoas têm dificuldades de locomoção, de realizar atos do dia a dia
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Biblioteca Pública do Paraná (BPP) completou mais um ano de história no dia 7 de março. O espaço recebe uma média de 2,5 mil pessoas por dia e conta com cerca de 630 mil livros. Contudo, o avanço da tecnologia e a possibilidade de leitura em celulares e smartphones tem provocado uma discussão entre os adeptos das leituras em livros físicos e aqueles que preferem as obras virtuais.
e no esporte elas encontram outros indivíduos que têm os mesmos problemas. O esporte também é uma motivação a mais para ultrapassar essas dificuldades”, afirma o estudante. De acordo com o paratleta Rodrigo Massarutt, o documentário de Vaselachen pode ajudar na rotina e na visibilidade dos atletas. “As pessoas devem buscar entender como é a vida de alguém com deficiência e saber quais são suas dificuldades, para assim respeitarem seus direitos”. Ele conheceu a iniciativa Antes do Ouro durante as Paralimpíadas do Rio, em 2016 e, desde então, participa de todos os eventos do projeto.
Para o chefe da Divisão de Difusão Cultural da BPP, Luiz Rebinski,os livros impressos nunca serão substituídos e a biblioteca nunca será extinta, pois é uma instituição cuja função vai muito além do mero empréstimo de livro, ainda que esse seja um serviço importantíssimo. “A biblioteca é uma instituição cultural, que promove encontro com escritores, shows de música, exibição de filmes, oficinas de criação literárias
e uma programação intensa para as crianças. Portanto, o empréstimo de livro é um serviço em meio a vários outros. Ainda assim, são 1,3 mil empréstimos diários”. As opiniões se dividem quando o assunto é a leitura dos livros online ao invés dos impressos. Mesmo com os avanços tecnológicos, muitos leitores ainda preferem ler os exemplares impressos,
Para a professora Eliana Alves, os livros online são recursos de grande utilidade, desde que todos os alunos possam dispor de um equipamento eletrônico. “Não considero que uma leitura de texto digital prejudique a concentração, desde que o aluno saiba usufruir a tecnologia de maneira correta”. Já a redatora Adrielli Almeida acredita que os aparelhos online, como o Kindle e o Kobo, podem auxiliar e incentivar à leitura porque são programas que possibilitam ao leitor fazer leituras online e adquirir livros pelos aparelhos.
Quatro anos das Tubotecas Livros podem ser emprestados de graça, sem prazo para devolução Victoria Bittencourt 3º período
A
s Tubotecas, que foram inauguradas em 2013, comemoram mais um ano de existência.
emprestados de graça, sem tempo para devolver. É motivado que se compartilhem outros livros.
As mini bibliotecas ficam localizadas dentro de algumas estações-tubo de Curitiba. Os livros encontrados lá são doações de leitores, empresas e da Prefeitura e podem ser
As Tubotecas recebem público de diversas idades e estratos sociais por estarem em um lugar de grande circulação diária. Antes quem reclamava do tempo de espera dos ôni-
bus nas estações-tubo, agora tem um jeito mais agradável de se entreter. É o caso do aposentado Antônio Souza. “Antes eu ficava entediado esperando o ônibus, agora posso escolher o que quero ler e ainda posso levar para casa. Sempre que tem livros que me interessam
eu pego emprestado”. No ano passado, o projeto foi vencedor do Brasil Design Award, evento que elege as propostas que mais se destacam no mercado brasileiro, e também sagrou-se vitorioso no prêmio internacional iF Design Award 2016, prêmiação de design mais renomada em todo o planeta.
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Ensaio
A arte pelo movimento na berlinda No final de 2016, o Ballet Teatro Guaíra (BTG) estava ensaiando a ópera Carmen, para o espetáculo de fim de ano. Já o início de 2017 foi marcado por protestos e manifestações contra a paralisação do grupo, determinada pelo TJ-PR Beatriz Mira 4º período
O Ballet foi inaugurado em 1969, e já realizou cerca de 150 coreografias
O grupo ensaiava das 13:00 às 19:00 todos os dias
Hoje, o BTG está com as atividades congeladas, e seu futuro é incerto
Governo promete abrir seleção para a contratação de novos artistas em abril
Carmen é a história de uma cigana que usa a dança para enfeitiçar homens