Redes sociais
Esportes
Cultura
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Microempreendedores apostam em divulgação via canais digitais para fortalecer marcas e crescer.
Pioneirismo do Paraná no futebol americano faz aniversário e populariza esporte no País.
Gênero musical se consolida como opção cultural em bares e festivais de música em Curitiba e no litoral.
Curitiba, 29 de Novembro de 2018 - Ano 21 - Número 315 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Jovens empresários Young entrepreneurs Universidades se apoiam em programas de fomento ao empreendedorismo para inovar e lançar start-ups, e defendem ampliação do incentivo no ambiente acadêmico.
Estagnação da economia estimula universitários a empreender e apostar no próprio negócio como estratégia profissional.
Economia | pag. 6
Deborah Neiva
Greca cumpre 50% das promessas de campanha B
alanço exclusivo realizado pelo Comunicare indica que, perto de chegar à metade do mandato, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), cumpriu em torno de metade das promessas feitas e que previam execução até o momento. O levantamento do jornal analisou promessas e realizações das áreas de saúde, segurança e educação. Entre os compromissos ainda não honrados, estão a reestruturação de postos de
saúde; a ampliação do horário de atendimento das UPAS para 24h; e implantação da Faculdade Municipal, para capacitar servidores. As secretarias municipais informam que estão trabalhando para realizar as obras prometidas e informam que parte dos projetos já esta em curso.
Política | pag.4 Prefeito de Curitiba, Rafael Greca, tem mandato até 2020
Saúde em risco
O Sistema Único de Saúde (SUS) se mostra despreparado para o iminente envelhecimento da população brasileira, que tende a sobrecarregar os serviços públicos. Pesquisadores apontam que a mudança na
pirâmide etária do País ocorre de maneira veloz e que adequação ao novo cenário é urgente, sob pena de trazer grandes problemas sociais. Cidades | pag.3
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Curitiba, 29 de Novembro de 2018
Opinião
Quem te viu, quem te vê Caroline Deina 8º período
O
jornalismo é uma profissão singular, que consiste em dar luz a muitas histórias, sejam elas desumanas, insensíveis, bondosas ou inspiradoras, mesmo que por vezes traga consigo uma carreira mal interpretada. O jornalismo bate à porta todos os dias, para te deixar mais sábio do que ontem e te tornar mais esclarecido amanhã. Adquirir conhecimento é um processo complexo e contínuo de ressignificação, que muda a forma como pessoas, objetos e fatos são encarados. Por isso leia, estude, assista e escute. Se você não é jornalista, aceite a importância dessa profissão na sua vida. Sugestões, elogios ou reclamações? Os profissionais sempre estarão dispostos a lhe ouvir e aprimorar essa passa-
gem de informação! Se você é jornalista, obrigada por passar por lugares que muitas vezes você não queria estar, acompanhar histórias que tiram o sono ou até investigar temas de difícil compreensão, só para poder explicar melhor para o seu leitor, ouvinte e telespectador. Obrigada por existir! Agora falo diretamente com os estudantes de jornalismo. Gostaria de pegar suas mãos e ter uma conversa olho no olho. Se não for possível, leiam atentamente as próximas linhas. Não vai ser fácil! Nenhum curso é. É um caminho árduo, no qual vocês vão conhecer muitas pessoas ruins e suas histórias nocivas. Mas também vão esbar-
rar em pessoas generosas com relatos inspiradores. A universidade vai lhes proporcionar tudo isso. Reconheçam seus mestres e se espelhem neles todos os dias. Lutem para fortalecer a categoria e dar continuidade ao trabalho feito pelos que vieram antes de vocês ou ainda virão. Lutem pelo impresso, pelo audiovisual, pelo sonoro e pelo on-line. Pelo cultural, político, econômico e outros segmentos que guiam a informação. Após quatro anos, me despeço do curso. É um sentimento contraditório. Enquanto me sinto realizada por estar perto do título de jornalista, lamento por deixar algo tão significante na minha trajetória. Em especial, destaco aqui o jornal Comunica-
re: o terror daqueles que ainda não entenderam que estão na faculdade e o primeiro mentor daqueles que querem mergulhar no jornalismo. Eu tive a oportunidade de mergulhar durante os quatro anos do cruso, em um primeiro momento como pauteira, repórter e diagramadora e em seguida como monitora, reunindo tudo de melhor que ocurso tem a oferecer. Ele me trouxe noites mal dormidas, mas foi o instrumento que mais me proporcionou conhecimento em toda a faculdade (e não podemos nos esquecer dos prêmios!). Aos próximos monitores: cuidem bem dessa preciosidade. Aos professores Miguel, Renan e Rafael: obrigada pela confiança e pela instrução diárias.
Editorial Comunitiras Sociedade da (des)informação N
unca se viveu tanto, se leu tanto e se compartilhou tanto como atualmente. Tem-se informação na palma da mão, literalmente. Em nenhum momento houve tantos livros como agora, e é possível que nossos filhos vivam até os 100 anos. O acesso à informação nunca foi tão fácil e ágil. Pela lógica, o ser humano está mais inteligente do que nunca. Todavia, os fatos não mostram o mesmo.Uma dupla de pesquisadores do Reino Unido concluiu que, entre 1950 e 2000, a média de QI do mundo caiu 0,86 pontos. E vai cair mais. Até 2050 estima-se que a redução seja de 1,28 pontos. Segundo a International Data Corporation (IDC), o universo digital está dobrando a cada dois anos. Em 2013, eram 4,4 trilhões de gigabytes no planeta. Esse número deve crescer para 44 trilhões de gigabytes até 2020. Mas, de acordo com a mesma pesquisa da IDC, do total de dados no mundo, apenas 22% contêm informação útil. E apenas 5% foram utilizados de alguma forma. Não é necessário ir muito longe para se comprovar, basta observar os movimentos anti-vacinas que vêm se intensificando no mundo inteiro e trazendo de volta doenças já erradicadas do século XX.
Expediente
Quem diria que na sociedade considerada “da informação” os portais teriam que criar setores em suas redações para desmentir notícias falsas de WhatsApp e o governo implorando para pais levarem seus filhos para a vacinação, gratuita por sinal. A impressão é de que o senso crítico está em falta nos postos de saúde. As televisões são cada vez mais smarts, as telas infinitas e a inteligência cada vez mais artificial. As instituições e a imprensa perdem credibilidade conforme o Facebook e outras redes sociais ganham força enquanto propagadores de informação, e não mais de lazer e entretenimento. Mas, como diz aquele velho ditado: quantidade não é qualidade. Isso vale mais do que nunca para a informação.
Ler o texto online como um jornal impresso já não é mais possível, porém ainda há tempo de qualificar as leituras na rede. E-books, cursos e vídeos estão aí para isso: aprender. Diferentemente de redes sociais, que apenas confirmam o ego de quem as usa. A internet não precisa nos emburrecer. E perceber isso já é um grande avanço.
Edição 314 - 2018 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br
Pontifícia Universidade Católica do Paraná | R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR
REITOR
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO
ESTUDANTES
Waldemiro Gremski
Rafael Andrade
DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES
MONITORIA
Alice Putti 2º Período Aline Simon 2º Período Andrey Ribeiro 2º Período Carla Giovana Tortato 2º Período Carolina Bosa 2º Período Gabriela Fontana 2º Período Gabriela Küster Solyom 2º Período Gabriela May 2º Período Guilherme Krukils 2º Período
Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO
Caroline Deina Lamartine Lima CHARGE
Suyanne Tolentino De Souza
Isabella Beatriz Fernandes 8° Período
COORDENADORA EDITORIAL
TRADUÇÃO
Suyanne Tolentino De Souza
Beatriz Mira 6º Período Intercambista em Vic, Catalunha
COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855) Renan Colombo (DRT-PR 5818)
FOTO DA CAPA Damaris Pedro 5º Período
Gustavo Ferreira 2º Período Isabella Decolin 2º Período Isabelli Pivovar 2º Período Julianne Trevisani 2º Período Laura Borro 2º Período Lorena Souza 2º Período Luana Perdoncini 2º Período Luani Ceschim 2º Período Maria Cecília Zarpelon 2º Período
Maria Fernanda Coutinho 2º Período Mariana Castilho 2º Período Marina Prata 2º Período Rafaelly Kudla 2º Período Sofia Magagim 2º Período
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Curitiba, 29 de Novembro de 2018
Cidades
SUS não está pronto para o envelhecimento brasileiro O país, segundo estudo do Ministério da Saúde, deve trabalhar para remover barreiras de acesso à saúde e fortalecer estratégias de prevenção Isabelli Pivovar Laura Borro Maria Fernanda Coutinho 2º Período
O
s serviços de saúde do Brasil não estão conseguindo acompanhar o ritmo de envelhecimento da população. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2042 o País será majoritariamente constituído por idosos, considerados pessoas com 60 anos ou mais. Porém, em contraste, a saúde pública brasileira, representada pelo Sistema
cesso foi mais lento. No Brasil, o processo está sendo muito rápido”, comenta. O alerta foi dado pelo Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), divulgado no começo do mês pelo Ministério da Saúde, órgão que financia o estudo, que se propõe a acompanhar como evoluem os indicadores de saúde da
insatisfação de toda a população, incluindo os idosos, “Nessa faixa etária, os gastos com saúde são maiores, por conta do envelhecimento e também porque se observa mais incidência de doenças crônico-degenerativas que demandam uma complexidade de tratamentos e exames. Tratando-se de idosos, temos de investir em serviços que façam manutenção, prevenção
“O governo e a população não estão preparados para a inversão da pirâmide etária”
Único de Saúde (SUS), não parece pronto para asborver o iminente aumento de demanda.
Em um período de 20 anos, entre 1997 e 2017, a expectativa de vida da população de 60 a 69 anos cresceu 21,6%, e a de mais de 80 aumentou 47,8% no Brasil. A saúde pública, entretanto, apresenta-se de forma atrasada em relação à perspectiva de aumento da população idosa,
população com mais de 50 anos em todo o país. A primeira etapa de observações, feitas entre 2015 e 2016 e cujos resultados vêm à público agora, verificou como viviam cerca de 10 mil pessoas em 70 municípios. Os pesquisadores concluíram que o acesso à saúde no Brasil ainda é desigual: quem pode pagar por serviços privados tem mais facilidades. O País tamIsabelli Pivovar
Pessoas esperando atendimento em uma Unidade de Saúde opina a médica de família e comunidade Marcela Vendramelo, especializada em geriatria. “Infelizmente, tanto o governo quanto a própria população não estão preparados para essa inversão da pirâmide etária que estamos experimentando. A Europa teve mais tempo para envelhecer; então, teve mais tempo para se preparar, e o pro-
bém falha na prevenção, já que 10% dos idosos participantes do estudo relataram ter sido hospitalizados por acidente vascular cerebral (AVC), doença cardiovascular, diabetes e hipertensão - todas doenças preveníveis. De acordo com Marcela, o investimento no SUS tem sido paulatinamente diminuído nos últimos anos, e isso se reflete em
Formas de evitar doenças crônicas Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças crónicas são a principal causa de morte e incapacidade no mundo
•
Alteração das dietas alimentares para o
e reabilitação dos pacientes”. Na opinião da médica, para que haja melhoria no SUS, é necessário investir na capacitação de profissionais, de forma que eles possam atender melhor essa população, otimizando os recursos disponíveis. Em 2016, o SUS realizou 11 milhões de internações. Dessas, segundo um dos artigos produzidos a partir do ELSI, 36% envolveram pessoas com mais de 50 anos e consumiram 48,5% dos recursos destinados para esse fim. A aposentada de 74 anos Igina Ribeiro, mostra-se satisfeita com o atendimento que recebe do SUS, mas reconhece problemas em outros pontos do País: “nunca enfrentei os problemas que a gente vê na televisão. É claro que eles existem, mas nunca me atingiram aqui no Sul. Porém, já morei na Bahia e vejo a diferença em tentar conseguir marcar um exame mais ‘chique’ ou até mesmo uma cirurgia”. Portanto, aprender a prevenir é importante porque evita o sofrimento de quem adoece e porque é mais barato, resultando em investimento melhor aproveitado. Na avaliação dos pesquisadores envolvidos no ELSI, o país deve trabalhar para remover barreiras de acesso à saúde e fortalecer estratégias que já se mostraram eficientes.
consumo de alimentos mais saudáveis e uma
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dieta balanceada. Diminuição dos hábitos sedentários. Praticar exercícios físicos diários é essencial para manter
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a saúde. Cerca de metade das mortes causadas por doenças crónicas está diretamente associada às doenças cardiovasculares provenientes do consumo de tabaco
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e álcool. As doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias, são as principais causa de morte e incapacida-
•
de no mundo. Cerca de 75% das doenças cardiovasculares, de acordo com a OMS estão associadas à tensão arterial elevada, dieta pobre em frutas e
Isabelli Pivovar
vegetais, sedentarismo e tabagismo.
Leia mais Confira, no Portal Comunicare, gráficos ilustrativos. portalcomunicare.com.br
Unidade de Saúde Sabará: estudo mostra que quem pode pagar por serviços privados têm mais facilidades
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Curitiba, 29 de Novembro de 2018
Política
Greca cumpre cerca de metade das promessas de campanha De acordo com seu plano de governo, o prefeito deveria ter realizado mais ações nas áreas de educação, saúde e segurança Alice Putti Gabriela Küster Solyom Guilherme Kruklis 2º Período
A
o menos quatro promessas de campanha do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), que deveriam ter sido cumpridas até a metade do mandato estão em aberto: reestruturação dos postos de saúde; transformação das UPAS em 24h; implantação da Faculdade Municipal e criação de um canal virtual de conteúdo pedagógico. Um levantamento comparativo entre promessas e realizações feito pelo Comunicare aponta que, em três áreas, o índice de realização das medidas anunciadas é de 50%. O Secretário Municipal de Defesa Social, Guilherme Rangel de Melo Alberto, informou ao Comunicare, em nome do secretário, Guilherme Rangel de Melo Alberto, que as quatro iniciativas para a área de segurança foram cumpridas ou estão em processo de realização. A principal proposta era a reestruturação da Guarda Municipal. Por nota a Secretaria informou ao Comunicare que foram criadas 60 vagas neste ano e que 170 estão previstas para o primeiro semestre de 2019. O Sindicado dos Servidores da Guarda Municipal (Sigmuc), porém, diz que os investimentos vão cair de 1,80% para 1,71% do orçamento da Prefeitura no ano que vem. O sindicato também diz que as condições de trabalho também não foram melhoradas, como afirmado pela Prefeitura. A Secretaria também cita que o “programa de policiamento por proximidade”, mencionado por Greca no plano de governo, já havia sido promovido no governo de Gustavo Fruet (PDT) e nenhuma manutenção foi aplicada. A secretária de educação de Curitiba, Maria Sílvia Bacila apresentou a ideia de colocar os guardas municipais dentro dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI): “dentro do possível, os guardas estão ajudando o máximo que podem, até o momento”. O sindicato
Deborah Neiva
contesta a informação e diz que nenhum guarda foi designado para este serviço. A Secretária também afirma que o programa Academia do Professor já havia sido criada junto com um programa formativo, em que os profissionais poderiam escolher os cursos para se aperfeiçoar sobre algum tema específico. Conforme a secretária, mais de 3,8 mil vagas foram ofertadas neste ano para servidores públicos. Porém, não foram localizadas informações sobre as organizações. A Secretaria de Educação informa que ocorreu um aumento no núme-
Prefeito de Curitiba, Rafael Greca, tem mandato até 2020
“O investimento na Guarda Municipal caíra em 2019 de 1,80% para 1,71%” ro de vagas das creches, como prometido no plano de governo. Foram contabilizadas 600 ofertas para crianças de zero a três anos, e também houve aumento para a população de três a cinco, que ainda não foi calculado.
Investimentos da Prefeitura em bilhões
A Secretaria de Saúde, Márcia Cecília Huçulak, informou que todas as 15 medidas apresentadas pelo atual prefeito em 2016 no plano de governo estão esquematizadas para que sejam realizadas. As promessas na área de saúde estavam estruturadas em medidas para serem aplicadas em três períodos: seis meses, 12 meses e 24 meses. Das seis primeiras propostas que deveriam ter sido realizadas até o momento, a com maior sucesso foi o programa Mãe Curitibana que auxilia a gestante desde o início da gravidez. Os 109 postos de saúde que deveriam ter sido reorganizados ainda não foram completamente. Não é possível calcular a porcentagem do que foi feito, pois a medida abrangia a oferta de medicamentos e
Propostas de Rafael Greca
Fonte: Prefeitura de Curitiba insumos para o atendimento à população, a transformação das UPAs em unidades 24 horas e o aumento da qualidade estrutural do posto. Dentro do projeto para o primeiro ano de governo, estava a ampliação de 50 leitos de UTI. Segundo a Secretaria, 57 foram abertos. Também estava previsto reabrir 150 novos leitos hospitalares então fechados por falta de recurso; a gestão afirma já ter inaugurado 313 leitos. Apesar de uma das promessas de campanha ter sido a redução dos cargos comissionados, o número cresceu de 270, em janeiro de 2017; para 472, em junho de 2018. Outra proposta era a redução de secretarias municipais: as pastas passaram de 19 para 12, sendo que deixaram de existir as Secretarias de Trânsito, Trabalho e Emprego, Pessoa com Deficiência e Mulher. Algumas pastas foram transformadas em órgãos diferentes ou tiveram fusões.
Fonte: Prefeitura de Curitiba
A Prefeitura também criou um canal aberto com o prefeito, com o objetivo de ter um meio de comunicação 24 horas por meio do qual a população pudesse fazer sugestões, reclamações e denúncias. O projeto é mantido por uma equipe de atendimento sempre de plantão. A administração municipal informa, também, que o canal precisa ser reformulado, mas que o prefeito usa diariamente as próprias redes sociais para atender à população. O Comunicare entrou em contato com a equipe de assessoria de Rafael Greca, mas não obteve retorno quanto às questões gerais levantadas nem quanto à solicitação de entrevista com o prefeito.
Leia mais Conheça as propostas de Rafael Greca para os próximos dois anos. portalcomunicare.com.br
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Economia
Redes sociais são trunfo para crescimento de microempresários Com o crescimento de empresas abertas no Brasil, a existência de perfis empresariais nas redes traz resultados positivos para microempreendedores Luani Ceschim Maria Cecília Zarpelon Sofia Magagnin 2º Período
O
Maria Cecília Zarpelon
bom uso das redes sociais permite que os mais diversos segmentos comerciais possam ganhar notoriedade, destaque e fidelizar clientes sem precisar de grandes investimentos de marketing. Isso evidencia a necessidade que o microempreendedor tem de, além de entender aspectos financeiros do negócio, preocupar-se com a divulgação do próprio trabalho. Nesse último semestre do ano, os microempreendedores individuais (MEIs) corresponderam a 81% do total de companhias criadas no país, o que equivale a mais de 1 milhão de novos negócios, maior número já registrado desde que o levantamento, que se chama Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, começou a ser feito. Segundo a consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas empresas (Sebrae) Flávia Soares Araújo, um dos aspectos que mais abalam os MEIs é a divulgação da marca. Nesta era tecnológica, isso pode ser feito de forma mais acessível, pois as redes sociais permitem que o empreendedor faça gerenciamento próprio e cuide da imagem do seu negócio. Mas, para isso, alguns cuidados devem ser tomados: é importante que a empresa esteja em redes sociais alinhadas com a proposta do negócio e que um perfil exclusivo para essa demanda seja criado. Além disso, questões relacionadas à imagem da empresa, à formatação do perfil, à qualidade de fotos utilizadas e ao volume de publicações também devem ser analisadas de acordo com a necessidade de cada empresário. Mesmo que muitos microempreendedores sintam dificuldade em dar conta de tudo, por trabalharem sozinhos, é importante avaliar que, se necessário, um investimento deve existir para que se tenha retorno no futuro. Para Flávia “a empresa tem de estar nessas mídias”, avalia. Nas plataformas digitais, também é possível acompanhar as tendências de mercado; por isso, o empreendedor deve estar
Tatiana Peretti investe em produtos personalizados sempre atento e analisando o interesse, a demanda e a rejeição de cada produto ou serviço. “O mercado fala, basta o empresário saber ouvir” conclui Flávia. O Clube da Alice, grupo do Facebook, é um grande caso de sucesso curitibano, pois incentiva o empreendedorismo feminino por meio de um canal gratuito para publicações de produtos e serviços, além de fomentar o debate de assuntos relacionados ao universo da mulher. Foi criado
veio porque, como mãe, Tatiana tinha dificuldade para encontrar produtos de séries, sagas e personagens para as filhas. No cenário atual, ela reconhece que há diversas empresas que atuam no ramo e, por isso, acha importante estar sempre atualizada e acompanhar novas tendências, além de monitorar o comportamento dos consumidores. “O que é lançado eu tento acompanhar. Sempre estou assistindo produções novas, até porque para fazer o personagem, gosto
“O mercado fala, basta o empresário saber ouvir” há quatro anos pela empresária e fotógrafa Mônica Balestieri Berlitz e hoje conta com mais de 500 mil integrantes. Só no último mês, cerca de 88% das participantes atuaram de forma ativa no grupo. Mônica explica que, em tempos de redes sociais, estar o tempo todo divulgando o próprio trabalho é fundamental. “Quem não é visto não é lembrado”, reflete. A microempreendedora Tatiana Peretti abriu a empresa S & T Personalizações há seis anos e pretende investir mais na divulgação em redes sociais. Antes de empreender, trabalhava com comércio, mas, por ficar muito fora de casa e passar pouco tempo com as filhas, decidiu ter o próprio negócio. A ideia de investir em personalização
de conhecer; se não, o fã acaba mais se decepcionando do que gostando do produto”, conta.
Hoje, a divulgação da empresa é feita principalmente em feiras. A empresária possui um perfil comercial em algumas mídias sociais, mas não as movimenta com frequência por conta da falta de tempo. No entanto, como reconhece que as redes podem abrir portas, pretende movimentá-las futuramente. De acordo a Serasa, o resultado nos primeiros meses de 2018 está relacionado com o fenômeno do “empreendedorismo por necessidade”, que abrange a situação da economia brasileira, que é de desemprego e enfrentamento de dificuldades financeiras. Sofia Magagnin
Em 2017, o Sebrae realizou uma análise de Perfil do Microempreendedor Individual que verificou a capacitação do empreendedor. Quase 80% dos entrevistados afirmaram nunca ter realizado um curso na área de educação financeira. Consequentemente, a falta de conhecimento sobre propaganda e marketing, sobre as possibilidades de melhoria da qualidade do produto ou serviço e sobre estratégias de controle financeiro são as principais dificuldades enfrentadas pelos MEIs. A orientação para crédito e financiamento, o atendimento ao cliente e o uso das redes sociais também são fatores que influenciam no bom funcionamento do negócio. Para auxiliar esses novos empreendedores, o Sebrae oferece orientação gratuita focada em abertura e gestão de MEI.
Aspectos positivos do microempreendedorismo A pesquisa de perfil realizada pelo Sebrae constatou que os principais benefícios para os MEIs são os direitos previdenciários, o sentimento de satisfação pessoal e relacionados à possibilidade de emissão de nota fiscal. Além disso, muitos entrevistados argumentaram que o MEI é uma importante fonte de renda e têm perspectivas de ser ampliado. Para a microempreendedora Waleska Saddock de Sá, ter uma empresa formal, um alvará e poder emitir notas fiscais são pontos positivos do MEI. “O tempo de trabalho que eu tinha para os outros agora tenho para mim, além da liberdade e da flexibilidade de horário”, acrescenta. Waleska mantém a empresa Epyfanias Ateliê Criativo há três anos. Quando decidiu empreender, abriu o MEI a partir de uma feira em que atuava.
Saiba mais Entenda como funciona o MEI e suas exigências. Microempreemdedora Waleska Saddock expõe seus produtos em feira da PUCPR
facebook.com/RedeComunicare
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Economia
Jovens apostam no empreendedorismo para ter carreira de sucesso Cenário de crise econômica e desemprego inclina universitários a apostarem no próprio negócio, embora ações de apoio sejam insuficientes Andrey Ribeiro Mariana Castilho, Marina Prata 2º Período
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empreendedorismo tem se tornado uma estratégia profissional cada vez mais comum entre universitários, especialmente em razão das dificuldades econômicas do país. O diagnóstico é feito pelo Sebrae, que, durante a 11ª Semana Global do Empreendedorismo (SGE), realizada de 5 a 9 de novembro, divulgou uma pesquisa que traça o perfil do jovem empreendedor brasileiro. O estudo mostra, entre outras coisas, que cerca de 80% dos jovens empreendedores de até 24 anos já cogitaram empreender antes dos 18. A consultora do Sebrae responsável pelo setor de Startups Universitárias, Marcela Milano, explica que o empreendedorismo serve como alternativa para o futuro do jovem em um cenário de crise econômica e desemprego. “Não apenas geração de renda, mas também para experimentação de novos mercados e possibilidades dentro do segmento que esse jovem optou na graduação”. O professor Paulo Porto, responsável pelo Programa Institucional de Bolsas de Empreen-
Divulgação
dedorismo e Pesquisa (Pibep), iniciativa de germinação de negócios da PUCPR, afirma que a maioria dos estudantes quer empreender, mas não tem um negócio formatado. Assim, o Pibep surge como uma das várias opções para fazer de forma fácil e acessível: “para participar do projeto não é preciso já ter equipe ou uma boa ideia. É um espaço onde o único pré-requisito é vontade de empreender”. A estudante de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR Amanda Ferreira, 22 anos, desenvolveu em seu projeto um espaço colaborativo para pessoas com interesses criativos. O “Tandem” surgiu a partir de uma necessidade encontrada na área depois de seu intercâmbio para a Alemanha. Virou um projeto graças à divulgação da iniciativa do Pibep por um professor em sala: “se não fosse o boca a boca, nunca saberíamos do projeto ou teríamos interesse”, conta Amanda. Marcela Milano desmistifica a necessidade de um investidor para que jovens empreendedores executem suas ideias, e ressalta que o diploma não é
MICRONEGÓCIO
Evento Startup Garage realizado pela PUCPR
“80% dos jovens
empreendedores de até 24 anos já planejavam empreender antes dos 18”
fator primordial dentro deste mercado: “desde negócios tradicionais até os digitais, são priorizadas diferentes habilidades do meio social, articulação com as pessoas, poder de influência e decisão”.
Pouco apoio e medo A iniciativa da PUCPR é exceção no cenário do ensino superior: a pesquisa do Sebrae aponta que apenas 6,2% das universidades têm programas práticos de negócios. Outro dado revelador da pesquisa é que 54,4% das disciplinas de empreendedorismo ofertadas focam somente na “inspiração para empreender”, e não proporcionam mecanismos. O reflexo disso é que cerca de
30% dos estudantes nunca pensaram em empreender porque não sentem direcionamento e incentivo adequados por parte das instituições de ensino. A pesquisa do Sebrae apontou também que alunos que ainda não empreendem se preocupam mais com os desafios do que aqueles que já possuem um negócio.
Leia mais Conheca os programas que incentivam o empreendedorismo na universidade. portalcomunicare.com.br
Estudante cria app para auxiliar no cuidado de idosos
O
Desafios do aluno empreendedor
Fonte: Sebrae
estudante Lucas Teixeira, 25 anos, cursa Administração na PUCPR e foi vencedor da terceira edição do Pibep como o projeto “99 Helpers”. A startup tem como finalidade intermediar enfermeiros, cuidadores de idosos e famílias que querem contratar o serviço.
Após ser aprovado na primeira etapa o projeto, ele encaminhado para São Paulo, apresentado à equipe do “Reclame aqui” e recebeu um convite para passar por uma incubação dentro da empresa.
Lucas conta que começar pequenos projetos traz dificuldades, mas valoriza a experiência universitária. “Às vezes, a gente acha que na faculdade é uma coisa e no mercado de trabalho é outra; mas a realidade de lá de fora vem para dentro da universidade”, afirma. Segundo o estudante, para começar uma startup, não basta ter uma ideia e esperar que ela gere dinheiro: “Tem que estar disposto a participar do projeto toda semana, dedicar horas extras ao programa”, conta Lucas.
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Economy
Younger generation bets on entrepreneurship to have a successful career The economic crisis and unemployment inclines university students to go for their own business, although support actions are still insufficient Andrey Ribeiro Mariana Castilho, Marina Prata 2nd Period Translated by: Beatriz Mira 7th Period Exchange student in Vic, Catalonia
E
ntrepreneurship has become a professional strategy increasingly common among university students, especially because of the country’s economic difficulties. The diagnosis is made by Sebrae, who, during the 11th Global Entrepreneurship Week (SGE), held November 5-9, published a research that traces the profile of the young Brazilian entrepreneur. The study shows, among other things, that about 80% of young entrepreneurs up to the age of 24 have already considered undertaking before age 18. The survey also reveals that the willingness to undertake and expand business among this public still has the potential to grow. Sebrae consultant responsible for the University Startups sector, Marcela Milano, explains that entrepreneurship serves as an alternative for the future of a younger person in a setting of economic crisis and unemployment. “Not only by generating income but also for experimentation with new markets and possibilities within the segment that this generation has chosen this field.”
The student of Architecture and Urbanism of PUCPR Amanda Ferreira, 22, developed in her project a collaborative space for people with creative interests. “Tandem” arose from a need found in the area after her time living abroad in Germany. The project came to life thanks to a professor who encouraged his students to be a part of Pibep: “If it were not for the talk around the university, we would never know about the project or we would have an interest,” says Amanda. Marcela Milano demystifies the need for an investor for young entrepreneurs to execute their
the brazilians are University entrepreneurs
want to be in the future
most in the formation of
MICRO BUSINESSES of undergraduate students consider the incentive to entrepreneurship essential of the entrepreneurial students were encouraged when they did related disciplines
the universities offer study in the area
not have any action linked to undertake
are only awareness activities that inspire entrepreneurship
Student entrepreneur challenges
Source: Sebrae
People management
Financial management
Event Garage Startup conducted by the PUCPR
“80% of young
entrepreneurs of up to 24 years planned to undertake before the age of 18” ideas, and emphasizes that the diploma is not a major factor in this market: “From traditional businesses to digital, different social skills are prioritized, articulation with people, power of influence and decision. “
Little support and fear The PUCPR initiative is an exception in the higher education scenario: Sebrae research shows that only 6.2% of universities have practical business programs. Another revealing fact of the research is that 54.4% of the offered entrepreneurship classes focus only on “inspiration to undertake”, and do not provide the means. The reflection of this is that about 30% of students
Innovation
never thought of trying because they do not feel the incentive of educational institutions. Sebrae’s research also pointed out that students who do not yet undertake care more about challenges than those who already own a business.
Read More Learn about programs that encourage entrepreneurship at the University. portalcomunicare.com.br
Estudent creates app to help elderly care
S
effectively provide mechanisms for creation and management of new business
Access to credit and/or investment
Divulgação
Professor Paulo Porto, responsible for the Pibep (Institutional Scholarship Program for Entrepreneurship and Research), PUCPR’s business germination initiative, states that most students want to act, but do not have a solid business. Thus, Pibep appears as one of several options to make it easy and accessible: “To participate in the project you do not have to have a team or a good idea. It is a space where the only prerequisite is willingness to try. “
tudent Lucas Teixeira, 25, attends Administration at PUCPR and was the winner of the third edition of Pibep as the “99 Helpers” project. The startup aims to intermediate nurses, caregivers of the elderly and families who want to hire the service. After being approved in the first stage of the project, he was sent to São Paulo, presented to the “Reclame aqui” team and received an invitation to undergo an incubation inside the company.
Lucas says starting small projects brings difficulties, but values the university experience. “Sometimes we think college is one thing and the job market is another; but the reality from the outside comes into the university, “he says. According to the student, to start a startup, it is not enough to have an idea and expect it to generate money: “You have to be willing to participate in the project every week, to dedicate extra hours to the program”, says Lucas.
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Curitiba, 29 de Novembro de 2018
Esportes
Pioneiro, Paraná vê futebol americano se popularizar O primeiro jogo com equipamentos oficiais foi disputado há exatos 10 anos, entre Barigui Crocodiles e Brown Spider Carla Giovana Tortato Gabriela May Gustavo Ferraz 2º Período
A
primeira partida de futebol americano full pads no Brasil completa 10 anos. Há uma década, o Paraná se tornou o primeiro estado do país a ter um time full pads, ou seja, que dispunha de todos os apetrechos necessários para o jogo. Anteriormente a 2008, o futebol americano era praticado sem nenhum equipamento, o que era conhecido como off pads. O primeiro jogo full pads foi disputado em 25 de outubro de 2008 entre o Barigui Crocodiles e o Brown Spiders Futebol Ame-
terceiro maior público da NFL (National Football League), principal liga do desporto. São 19,7 milhões de fãs, de acordo com a Global Web Index. O Brasil perde em espectadores apenas para o México, com 23,3 milhões e para os Estados Unidos, com 117 milhões. O estudante de Educação Física Luã Gonçalves acompanha futebol americano desde 2015. Ele conta que gosta do esporte pela emoção que transmite, pela tática, técnica, força e beleza das jogadas.
e de oportunidades que dificultam a prática desse esporte no país. “O custo do esporte, a importação de equipamentos, a canibalização do futebol [tradicional] sobre outros esportes e espaços adequados para treinos e jogos.” Antes dessa partida, já ocorriam jogos desse esporte no país. Segundo Leonardo Siqueira, a prática do futebol americano acontece desde o final dos anos 80, principalmente no Rio de Janeiro, onde era praticado na areia. As partidas de grama
Quanto às competições para mulheres, neste ano o Paraná fez o primeiro Campeonato Feminino de Futebol Americano do país. As equipes femininas também participam do Campeonato Nacional Feminino de Futebol Americano (Copa Sport América do Brasil). Ao longo do ano são realizadas em média de 25 a 30 jogos pelo campeonato paranaense que acontece no primeiro semestre, geralmente de fevereiro/março até junho, segundo FPFA. Nos Brasileiros de Primeira e Se-
“O Paraná sempre foi e será vanguarda no futebol americano nacional” ricano no campo do Flamenguinho em Curitiba. Segundo o jornalista Leonardo Siqueira, especializado no esporte, o Brown Spiders foi o pioneiro no Brasil a ter todos os equipamentos. No entanto, levou cerca de um ano até que outro time -o Crocodiles- se equipasse e o jogo finalmente acontecesse. De lá para cá, a popularidade deste esporte de origem norte-americana vem crescendo no país. Ainda de acordo com Siqueira, o futebol americano chegou ao Brasil pela TV aberta no início dos anos 60 pela Rede Bandeirantes de Televisão. No entanto, ele só se popularizou na década de 1990 por um programa apresentado por Luciano do Valle aos domingos. A audiência do futebol americano no Brasil cresceu 78% entre 2014 e 2018, segundo a ESPN, emissora oficial do esporte no país. Atualmente, os brasileiros são o
Fundador do Crocodiles e um dos responsáveis pela importação dos equipamentos, Vicente Brasil participou do primeiro jogo full pads. Ele afirma que o nível daquele jogo não se compara com os de hoje, mas que aquele foi um espetáculo emocionante e que reuniu, pela primeira vez, um público tão grande. De acordo com Brasil, aquele dia teve entre 1,5 mil a 2 mil pagantes que acompanharam a vitória do Brown Spiders. O fundador do Crocodiles afirma que estado é destaque na organização dos times que formam a Federação Paranaense de Futebol Americano (FPFA). Segundo ele, esse cenário incentiva a criação de novos times e categorias. “O Paraná sempre foi e será vanguarda no futebol americano nacional”, afirma Vicente Brasil. No entanto, o ex-dirigente do Crocodiles aponta problemas de infraestrutura
(como é o da NFL) começaram em 1991 em Joinville, com o Joinville Panzers.
Futebol americano no Paraná Atualmente, o Paraná tem 19 times masculinos e três femininos de futebol americano. Dentre as competições que as equipes paranaenses participam estão o Campeonato Paranaense, o campeonato Brasileiro de Futebol Americano da 1° divisão (BFA), a Liga Nacional (Brasileiro 2° divisão) e a Copa Sul (torneio regional envolvendo os estados do Sul). Os maiores e únicos vencedores do Campeonato Paranaense são o Coritiba Crocodiles (oito conquistas) e o Paraná HP (duas conquistas). O Crocodiles também já foi campeão brasileiro duas vezes, de acordo com a Federação Paranaense de Futebol Americano (FPFA).
gunda Divisão e na Copa Sul há mais 30 partidas envolvendo os times paranaenses, que ocorrem no segundo semestre entre julho/agosto e dezembro. A maioria dos jogos que ocorrem em Curitiba acontecem no Complexo Esportivo Brown Spiders, que está localizado no Complexo do Pinheirão, no Tarumã. A média de público do Campeonato Paranaense é de 800 pessoas por partida, enquanto nas competições regionais e nacionais, cai para 600.
Leia mais Conheça as regras e um pouco da história do futebol americo. portalcomunicare.com.br
Divulgação
Jogo entre Coritiba Crocodiles x Paraná HP
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Erros e falta de planejamento devolvem Paraná Clube à Série B Clube se desfez de jogadores importantes na campanha de 2017 e os substituiu por atletas caros, sem o retorno esperado Aline Simon Lorena Souza 2º Período
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rebaixamento do Paraná Clube para a Série B, que veio um ano depois de a equipe ter feito uma boa campanha e se classificado para a Série A deste ano, é explicado, por torcedores e especialistas, por uma mescla de falta de planejamento e decisões equivocadas. Com um desempenho cheio de recordes negativos, o Tricolor, com 22 pontos e um saldo de
dente segurou muito o Pastana no comando do futebol e isso acabou causando um desastre enorme nos bastidores. Por isso, deu no que deu”. Jogadores baratos, porém com dedicação ao time, como Renatinho, Cristóvão e Eduardo Brock, foram descartados do elenco e substituídos por jogadores caros como Ortigoza, na expectativa de elevar o nível do time.
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Além disso, a rotatividade excessiva do elenco não permitiu uma estabilização e o entrosamento necessário dentro de campo. Em pouco mais de 30 jogos, o Tricolor já utilizou mais de 50 jogadores diferentes; ou seja, quase cinco times completos. O Paraná Clube marcou, até o momento do rebaixamento, menos gols que o artilheiro da competição até então, o santista Gabriel, que havia balançado as
com maior destaque Tricolor, Jhonny Lucas, se firme como titular nessas últimas partidas, para que ganhe mais experiência e, principalmente, tenha visibilidade no mercado. Contudo, novos jogadores como o atacante Andrey e o volante Jhony ganharam espaço no elenco.
redes 16 vezes na temporada. Em 31 jogos, o Tricolor paranaense marcou apenas 14 gols.
e terá que voltar a lidar com uma cota de televisão menor e com dificuldades financeiras decorrentes do péssimo desempenho deste ano. Para piorar, a perda da confiança do torcedor paranista também afeta o desenvolvimento do clube, que perde cada vez mais o apoio para seguir em frente.
As perspectivas são cuidadosas. Uma vez frustrado, o clube está tomando decisões meticulosas
“As coisas não caminharam bem até aqui, mas vamos fazer esses jogos finais com dignidade” gols de -37 até a rodada 35 do campeonato, caiu de divisão faltando mais de cinco jogos para o fim da temporada. Muitos foram os tropeços do time nesta temporada, em que completou a marca histórica de 18 jogos consecutivos sem vencer. Grande parte deles foi fruto do êxtase paranista com o momento de ascensão à Série A, algo que não acontecia há 10 anos. Por causa da euforia
As trocas, contudo, não garantiram o sucesso do Tricolor. Ao invés disso, acabaram por reduzir o orçamento que poderia ser utilizado para outras melhorias e por prejudicar a formação do time. A posição antes ocupada por Brock, em uma postura contraditória à ideia de qualificação do elenco, é ocupada pelo antigo reserva, o zagueiro Rayan. Já Ortigoza solicitou a saída do clube mesmo antes do fim do contrato e já se despediu do time.
A torcida acompanha com decepção a campanha do time que, ao se classificar em 2017, deu esperanças de uma nova fase ao lado da elite do futebol brasileiro. “A gente estava muito feliz com a classificação, mas, de um ponto de vista racional, dava pra ver que a gente não ia segurar na Série A”, diz o torcedor
Uma menor cota de televisão e as dificuldades financeiras decorrentes do péssimo desemDivulgação
Torcedores do Paraná manifestam apoio ao time, no primeiro semestre de 2018 causada pela conquista e na tentativa de se igualar ao nível dos adversários, a diretoria do clube, levando em consideração o nível da primeira divisão, acabou errando em tomdas de decisões importantes. Para o jornalista esportivo e torcedor Diogo Souza, houve um erro de planejamento do time. “Contrataram jogadores a rodo. Muitos reforços sem sentido algum”, diz. Segundo Diogo, a diretoria do clube acreditou no trabalho de apenas uma pessoa: o ex-executivo de futebol Rodrigo Pastana, cujo comando havia dado certo no passado, mas que, agora, não funcionou. “O presi-
Na tentativa de consertar erros e tapar lacunas, foram feitas grandes apostas em nomes como o de Caio Henrique. O jogador, que veio emprestado do time espanhol Atlético de Madrid, não correspondeu ao investimento paranista e não caiu no gosto da torcida. Outros exemplos são o atacante Carlos que, em 19 rodadas, marcou apenas um gol; e o zagueiro Cléber Reis, que participou de apenas 12 rodadas e chegou até a ser advertido por problemas extra-campo, além de sofrer com lesões e não ser relacionado para os jogos.
Murilo Belarmino. O planejamento para a próxima temporada, de acordo com o goleiro Richard Costa, já está iniciado com a comissão técnica. “Só não podemos cometer os mesmos erros”, ele afirma. “As coisas não caminharam bem até aqui, mas vamos fazer esses jogos finais com dignidade!”. Com o intuito de refrescar, o Paraná está dando prioridades para jogadores da base, sendo os principais o lateral-esquerdo Vitinho, o zagueiro Paulo Falles, o meia Alesson, o lateral-direito Kennidy, o atacante Matheus Iacovelli e o meia Warley. Além disso, possivelmente, o jogador
penho deste ano. Para piorar, a perda da confiança do torcedor paranista também afeta grandemente o desenvolvimento do clube, que perde cada vez mais o apoio para seguir em frente.
Leia mais Detalhes sobre o desempenho do Paraná Clube. portalcomunicare.com.br
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Cultura
Curitiba ganha sala de cinema para cegos e surdos De acordo com Censo 2010, 5,1% da população brasileira possui deficiência auditiva, visual ou motora severa Carolina Bosa Gabriela Fontana Julianne Trevisani 2º Período
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Cineplus do Shopping Jardim das Américas, em Curitiba, inaugurou a primeira sala do país com equipamentos que possibilitam a exibição de filmes para cegos e surdos. Aberta na primeira semana de outubro, quase 20 pessoas já utilizaram os equipamentos. O acesso à tecnologia deve ser solicitado individualmente na bilheteria. Assim que o cliente compra o ingresso, é necessário deixar o RG ou um documento com foto na retirada. Quem é surdo ou deficiente auditivo recebe uma pequena tela com acesso às libras que se encaixa no porta-copo da poltrona. Já quem é cego ou deficiente visual acompanha o filme com uma audiodescrição e que é narrado e contextualizado o que está acontecendo nas cenas, além de informações que são importantes para entender o filme e que não são faladas pelos atores. A tecnologia funciona por infravermelho, somente na Sala 6.
“Algumas coisas eu não entendo, porque são muito visuais, mas não tem como perguntar”. Márcio menciona que não sabia da sala com acessibilidade para outras pessoas como ele em Curitiba. De acordo com o Secretário Executivo da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Ricardo Martins, o setor audiovisual ainda tem grandes barreiras que dificultam a acessibilidade de pessoas com deficiência. Por isso, ele diz que a Ancine vem promovendo a acessibilidade comunicacional, a fim de certificar que os exibidores, distribuidores, produtores e fornecedores de tecnologia estejam preparados para cumprir os requisitos. Martins conta, também, que o Brasil é o primeiro país no mundo a exigir carregamento de recurso de linguagem de sinais em salas de exibição, e que a adoção da meida gerou grandes desafios tecnológicos e expectativas. É importante lembrar que a tecnologia não está 100%
Biblioteca Pública disponibiliza sessão
Outro projeto cultural de acessibilidade é a Seção Braille, da Biblioteca Pública do Paraná. Trata-se de um espaço aberto de serviços culturais e educacionais que tem a intenção de contribuir para o desenvolvimento e a formação de pessoas cegas e com visão reduzida. A Seção Braille mantém parcerias com diversas organizações no sentido de colaborar com a implantação e atividades específicas de Braille. “A deficiência está principalmente na sociedade, à medida que esta não garante plenas condições de acessibilidade arquite-
tônica e de comunicação a todas as pessoas com deficiência. Sem essas condições asseguradas, as pessoas com deficiência são impedidas de exercer a plena participação em todas as esferas da vida social”, diz trecho da Cartilha Informativa do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), que retrata bem como a acessibilidade para todas as pessoas é fundamental para o bem estar comum.
Leia mais Marcio Santos conta mais sobre suas idas ao cinema. portalcomunicare.com.br
Deficientes auditivos e visuais no Paraná
“Algumas coisas
eu não entendo porque são muito visuais, não tem como perguntar”
O nadador paralímpico Marcio Santos dos Santos tem 37 anos e perdeu a visão total dos dois olhos quando foi acometido por uma doença. O atleta conta que já foi a alguns parques da cidade, como Jardim Botânico e Parque São José, e que não tem problemas com acessibilidade: consegue subir escadas, pegar elevador e está sempre acompanhado por algum familiar ou amigo. Ele assiste a filmes em casa com a família, que o orienta sobre o que está sendo exibido. No cinema, isso não é possível.
pronta e que ainda é preciso finalizar ajustes técnicos, e que os equipamentos estão em fase de teste. Os fornecedores estão tendo extremo cuidado ao desenvolver os produtos e ainda não estão totalmente preparados para realizar a entrega dos equipamentos. Esta é a fase chamada de “adaptação razoável”, em que são investigadas os impactos e riscos que o aparelho pode gerar. A preocupação com os equipamentos é evidente; afinal, os consumidores finais são pessoas com deficiência.
Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2010 Divulgação
Cineplus do Shopping Jardim das Américas, em Curitiba, foi a primeira sala do país que possibilitou a exibição de filmes para cegos e surdos
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Jazz ganha espaço e se consolida na cena musical paranaense
Cultura
Divulgação
Eventos como o Curitiba Jazz Festival e o Ilha do Mel Jazz Festival estão em ascensão e simbolizam o fortalecimento do gênero Isabella Decolin Luana Perdoncini Rafaelly Kudla 2º Período
O Curitiba Jazz Festival já é considerado um dos principais eventos de jazz do país
O
jazz vive um momento de ascensão e popularização no Paraná, com crescimento de festivais e bares específicos do ritmo. Destacam-se eventos como o Curitiba Jazz Festival e o Ilha do Mel Jazz Festival, que buscam valorizar artistas e bandas locais, fazendo com que as pessoas cultivem a cultura do ritmo. Com duas edições realizadas, o Curitiba Jazz Festival já é considerado um dos principais eventos de jazz do país. A ideia
veio a partir de um evento que era realizado toda sexta-feira em um hostel antigo da cidade, o Curitiba Backpackers, que era administrado por Valdemir Krause, mais conhecido como Jota. “Começamos a fazer aquelas sextas-feiras de jazz e, quando foi aniversário de cinco anos, a gente fez uma maratona de 12 horas de música ao vivo, chorinho e, principalmente, jazz”, conta. Ele completa: “O pessoal gostou e lançamos no mesmo o ano o primeiro Curitiba Jazz Festival lá no hostel mesmo: foi Divulgação
“Nunca vimos um teatro
vazio, a gente sente a vontade do público de conhecer e muitas vezes nos procuram para saber mais a respeito” bem bacana e conseguimos juntar 1,2 mil pessoas na primeira edição”. Ele espera que, neste ano, o número de espectadores do festival seja o dobro do ano passado. Atualmente, Jota administra o Expresso Curitiba Hostel e Coffee Bar, mantendo as apresentações de jazz todas as sextas-feiras, a partir de 20h. As apresentações são gratuitas, porém eles aceitam o pagamento de couvert no sistema “pague o quanto vale”. Um dos nomes de maior destaque dessa cena é o Jazz Cigano Quinteto. O grupo, composto por cinco músicos paranaenses, participou da primeira edição Curitiba Jazz Festival e sempre marca presença em eventos do gênero. Segundo o baterista da banda, Mateus Azevedo, o público paranaense está sempre de braços abertos. “Nunca vimos um teatro vazio; a gente sente a vontade do público de
Curitiba Jazz Festival 2017
Três bares em Curitiba que tocam Jazz O Pensador Bar
Dizzy Cafe Concerto
Full Jazz Bar
Local: Rua Visconde do Rio Branco, 766
Local: Rua Treze de Maio, 894
Local: Rua Silveira Peixoto, 1297
Horário: musica ao vivo todos os dias a partir das 21:30
Horário: musica ao vivo quinta-feira, às 20h30, sexta e sábado, às 21h30
Horário: shows de segunda a quinta, às 19h30, e aos sábados, às 20h30 Segunda a Quinta: 18:00h às 23:30h Sexta a Sábado: 18:00h às 01:00h
Terça a Quinta: 19:00h às 01:00h Segunda a Sábado: 19:00h às 02:00h
Segunda a Sábado: 19:00h às 01:00h
nos conhecer e, muitas vezes, nos procuram para saber mais a respeito.” Ele conta que, em Curitiba, praticamente todo mês surge uma nova banda de jazz e acredita que o gênero vem crescendo ao longo do tempo. Jazz no litoral O litoral paranaense sedia o Ilha do Mel Jazz Festival, que teve sua primeira edição em 2014 e a quinta em agosto deste ano, levando atrações artísticas e atividades para a ilha todos os finais de semana do mês. Na quinta edição, contou com apresentações de Antônio Boldrini, Glauco Sölter, Mário Conde, Bernardo Manita. A cultura do jazz no litoral se fortaleceu quando foi realizado o Nhundiaquara Jazz Festival, em Morretes, em 2015. Em outubro deste ano, o festival realizou a segunda edição, com as apresentações de artistas e bandas curitibanas como Helinho Brandão e Trio D Favett. Não há previsão de eventos de jazz no lit ora l nos próximos meses.
Leia mais Confira uma playlist no Spotify com as bandas de jazz paranaenses. portalcomunicare.com.br
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Ensaio
Catedral: 350 anos de fé A Catedral Basílica de Curitiba está comemorando o Jubileu de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, sua instituição originária. O Ano Jubilar teve início no dia 8 de setembro deste ano e terá como data final o dia 30 de setembro de 2019, aniversário de 125 anos da instalação da Diocese de Curitiba Sofia Magagnin 2º período A Antiga Matriz de Curitiba era feita de barro e de pedra
Os vitrais representam a história de Nossa Senhora
Acredita-se que a Paróquia tenha sido criada em 1668
As Santas Missas acontecem todos os dias da semana
Passou a ser Catedral em 1864