O valor da raridade
Brasil que dá certo
Em busca da boa forma
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Mais do que um hobby, o multicolecionismo é uma paixão.
País possui oito das 20 empresas mais inovadoras da América Latina.
Setor fitness está atraindo cada vez mais adeptos.
Curitiba, 31 de Maio de 2019 - Ano 22 - Número 319 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
À beira da extinção On the brink of extinction
O prefeito Rafael Greca apresentou um projeto de lei que pretende implementar a bilhetagem eletrônica no transporte coletivo de Curitiba. Se isso ocorrer, os ônibus da cidade não terão mais cobradores e mais de 6 mil profissionais poderão ficar desempregados. O sindicato da categoria se mostrar preocupado e pede revisão na proposta, que foi encaminhada à Câmara municipal.
Greca justifica afirmando que a proposta visa melhorar a segurança dos usuários do transporte público, reduzindo os assaltos e a violência.
Política | pag.4
Andrey Ribeiro
50 anos de pura dança O
Balé do Teatro Guaíra (BTG) completa 50 anos em maio. A data é celebrada com uma Mostra de Repertório com quatro dos principais espetáculos da companhia: trechos de O Grande Circo Místico, Carmen, O Segundo Sopro e A Sagração da Primavera, com participação da Orquestra Sinfônica do Paraná. A diretora do BTG Cíntia Napoli afirmou que as apresentações escolhidas para representar as 150 obras do repertório do balé são como homenagens para todos que fazem ou já fizeram parte da companhia. A bailarina Glória Candemil conta que é intenso e desafiador reproduzir os clássicos do BTG, e ressalta a colaboração
Tour religioso
com a Orquestra Sinfônica do Paraná, algo que, de acordo com ela, unifica o público. A celebração da história do BTG está presente nas pessoas que compõem esta jornada. O ensaiador Airton Rodrigues afirma que nos 50 anos, a linguagem da companhia mudou. O que antes era clássico, agora aceita o contemporâneo. Porém apesar da mudança de linguagem, os valores do BTG continuam os mesmos. “A missão de difundir cada vez mais a arte da dança” permanece intacta, é o que afirma a idealizadora do BTG, Yara de Cunto.
Cultura | pag.10
Mostra de Repertório do BTG homenageia todos os integrantes da companhia
Foi retomado pela Secretaria Municipal de Educação (SME) o passeio “Trilha do Sagrado”, que visa fazer um percurso por monumentos religiosos de Curitiba, destacando a diversidade cultural que existe nas inú-
meras religiões presente na cidade. Os passeios são realizados todo último sábado do mês. Cultura | pag.11
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Editorial
Menos balbúrdia governamental! Mais investimento educacional! O
ministro da educação Abraham Weintraub surpreendeu a comunidade acadêmica das instâncias federais no final do mês de abril, ao anunciar um corte de 30% nas verbas destinadas a três universidades federais do país. A “Balbúrdia” do ministro não parou por aí, a surpresa da declaração foi ampliada quando o corte passou a valer para todas as universidades e institutos federais brasileiros. Onde essa caixinha de surpresas vai parar? Curioso é que, Weintraub afirmou que o sistema educacional é prioridade no governo, mas parece ter
esquecido que o aprendizado está presente em todos os âmbitos da educação. O argumento falho do ministro para apaziguar o tumulto causado é pautado na prioridade do estudo básico, vale salientar que a educação brasileira precisa de investimentos severos na base, pois é de um ensino básico eficiente que se reproduz uma geração capacitada. Mas e o ensino acadêmico? Responsável pelas pesquisas do país, desenvolvimento de capital intelectual, geração de empregos, mão de obra qualificada.
Opinião A sorte de possuir lucidez Isabella Decolin 3º período
É
preciso agir Bertold Brecht (1898-1956)
Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários Mas não me importei com isso Eu também não era operário Depois prenderam os miseráveis Mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados Mas como tenho meu emprego Também não me importei Agora estão me levando Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém Ninguém se importa comigo. 15 de maio de 2019 foi um dia em que milhares de manifestantes em 205 cidades do Brasil, após horas de manifestação contra a redução de cortes nas verbas da educação pública, tiveram que ouvir de nosso Presidente da República que são idiotas. Que mal sabem a fórmula da água. Será que excelentíssimo senhor presidente sabe o quão difícil é entrar numa universidade pública? Teria ele noção de quantas fórmulas estes “idiotas” tiveram que aprender para poder dizer
Expediente
A posição de alta relevância que as universidades e institutos federais ocupam prova que o setor acadêmico não deve ser esquecido. Cortar qualquer tipo de verba de um sistema educacional que já enfrenta desafios comprova a ineficácia das ações do governo. Vale ressaltar que as universidades sempre tiveram um papel de resistência na sociedade brasileira, esse perfil, adquirido na década de 1960, perdura e deve continuar incessantemente, uma vez que em 2019 ainda se questiona os investimentos destinados a educação.
Comunitiras Isabella Decolin 3º período
que estudam em uma universidade federal? Será que ele conhece o esforço que cada um deles fez para conquistar a chance de estar no ensino superior, por não ter como pagar por um ensino privado? Creio que não sabe. Se soubesse, entenderia que um país não se faz tirando investimento no que se é mais necessário. Países como Alemanha, Noruega e Canadá promovem o bem estar social como a única alternativa de crescimento da sociedade, investindo em saúde, educação, sustentabilidade, previdência social, etc. As preocupações atuais do chefe do Executivo são acabar com o problema da segurança pública armando a população para que ela mesma se defenda e proibir empresas de utilizar gírias LGBTs em seus comerciais. O Brasil não retrocede, ele cria um novo patamar de crise e caos que talvez nunca tenha existido na história da humanidade para que possamos entender melhor nosso presente. A sorte, única palavra que tenho para utilizar, é que alguns milhares de brasileiros ainda conseguem pensar, falar e serem ouvidos, nem que para isso tenham que escutar coisas absurdas. Se somos úteis? Sei que sim. Idiotas, não tão cedo.
Edição 319 - 2019 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br
Pontifícia Universidade Católica do Paraná | R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR
REITOR
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO
PAUTEIROS
PAUTEIROS
Waldemiro Gremski
Rafael Andrade
DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES
MONITORIA
Andressa Carvalho 3º Período Carla Tortato 3º Período Gabriel Fabro 3º Período Giuliana Rossi 3º Período Laís da Rosa 3º Período Lucas Couto 3º Período Lucas Grassi 7º Período Maria Cecília Zarpelon 3º Período Sofia Magagnin 3º Período
Alice Putti 3º Período Ana Cláudia Iamaciro 3º Período Andressa Carvalho 3º Período Anna Pires 3º Período Gabriel Fabro 3º Período Laís da Rosa 3º Período Lucas Couto 3º Período Lucas Grassi 7º Período Maria Cecília Zarpelon 3º Período
Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO
Lamartine Lima 6º Período CHARGE
Suyanne Tolentino De Souza
Isabella Decolin 3º Período
COORDENADORA EDITORIAL
FOTO DA CAPA
Suyanne Tolentino De Souza
Anna Pires 3º Período
COORDENADORES DE REDAÇÃO /JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Miguel Manasses (DRT-PR 5855) Renan Colombo (DTR-PR 5818)
TRADUÇÃO Beatriz Mira 8º Período
A educação no Brasil é limitada aos reajustes, cortes de verbas e diminuição dos salários dos professores. O ensino público engatinha lentamente e muitas vezes regride, pela falta de infraestrutura e pelo déficit dos estudantes que frequentam as escolas, na maioria das vezes originado pela falta de escolaridade dos responsáveis, dado isso pode-se afirmar que a importância do fomento à educação no sistema brasileiro é mais que primordial, é uma questão de sobrevivência para o país.
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Cidades
Movimento de multicolecionismo se fortalece em Curitiba
Sofia Magagnin
Em sua maioria, as peças colecionáveis que são comercializadas não têm valor financeiro estipulado Sofia Magagnin 3º Período
O multicolecionalismo promove a preservação de peças antigas ou raras
E
m Curitiba, o muticolecionismo, movimento que une pessoas que têm um acervo de peças antigas, exclusivas ou raras, se mantém forte apesar das dificuldades enfrentadas pelos profissionais em relação a incentivo e novos lançamentos.
em trabalho já atua há 20 anos no mercado e começou a colecionar pelo gosto de conservar o antigo. “O colecionador, em si, guarda um pedacinho da história na casa dele. Quem não coleciona não ajuda a conservar a história”.
João Marcelo Arriola é um dos responsáveis por manter a chama do multicolecionismo acesa na cidade. Arriola é antiquário, numismata, presidente do
Em sua maioria, as peças colecionáveis que são comercializadas têm valor financeiro porque quando foram produzidas tiveram edições exclusivas,
Clube de Moedas de Curitiba e um dos responsáveis pela Casa do Colecionador. No espaço que mantém junto com um amigo no Centro de Curitiba, o colecionador realiza avaliações de peças colecionáveis, além de comprar e vender artigos de diversos segmentos. Para ele, sua loja se enquadra no ramo do comércio nostálgico. “Tem gente que chega aqui e chora. As pessoas vêm aqui para matar saudade”, relata. O colecionador que transformou o seu hobby
tiragem baixa ou sofreram alguma alteração que as diferenciam das demais e por isso são disputadas, conforme explica o colecionador de cartões telefônicos raros, Tarcísio Coelho, que mantém um acervo com 60 mil exemplares. Para ele, sua coleção não tem preço. “Não vendo, não dou, não troco”, brinca.
os produtos prejudica o hobby. Muitas áreas do multicolecionismo vêm sofrendo com a falta de lançamento de novas peças. No entanto, Coelho acredita que o colecionismo não vai acabar, porque apesar dessa dificuldade, novos produtos podem vir a ser colecionados. “Sempre vão aparecer coisas novas”, finaliza. Além dos próprios colecionadores, lojas, clubes e eventos têm sido responsáveis por promo-
Para o profissional, o ato de colecionar vai muito além de manter peças guardadas. “Colecionar, além de ser um lazer, é cultura, você aprende muito e é um grande investimento”, comenta. A área de moedas e notas conta, em Curitiba, com a sede da Sociedade Numismática Paranaense (SNP) aproxima pesquisadores e colecionadores que têm gosto pelo segmento.
“Tem gente que chega aqui e chora, as pessoas vêm aqui para matar saudade”
Quase ideia unânime entre os colecionadores, a falta de incentivo por parte do governo ou das empresas que produzem
ver a troca de conhecimento e de peças colecionáveis entre os interessados pela área para incentivar esse tipo de trabalho ou hobby. O ramo da numismática, que é o estudo de tudo que tem ou já teve valor financeiro, como moedas, selos, notas e afins é um dos mais fortes entre os comerciante e colecionadores em Curitiba, de acordo com o numismata Carmelino de Souza Gomes, que trabalha na área desde 1977. Sofia Magagnin
“A ideia é promover o ponto de vista científico e social e colocar as pessoas em contato”, explica o diretor de divulgação da Sociedade e professor de história, Edgar Bruno Franke Serratto. Além dos comerciantes, clubes e instituições, que facilitam a vida dos colecionadores na busca por peças exclusivas, para incentivar o multicolecionismo em Curitiba, o colecionador de miniaturas Antônio Percegona promove, mensalmente, encontros de colecionadores. Para ele, a promoção desses encontros é importante porque incentiva que outras pessoas comecem a colecionar. “Se a gente não faz um encontro, acaba diminuindo a quantidade de pessoas que iniciam”, reflete. Muitos colecionadores aproveitam o espaço para vender, trocar e fazer contato com outros profissionais da área.
Leia mais Encontro de multicolecionismo acontece mensalmente em Curitiba. portalcomunicare.com.br
Carmelino já produziu quatro catálagos de moedas e notas
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Política
Projeto de lei prevê fim dos cobradores de ônibus Anna Pires
Se a proposta for aprovada, mais de 6 mil profissionais podem perder seus empregos Anna Pires 3º Período
Estação-tubo Eufrásio Correia
D
esde o início da nova gestão de Rafael Greca (PMN), em 2018, o prefeito de Curitiba tramita na Câmara dos Vereadores um projeto de lei sobre a bilhetagem eletrônica em toda capital paranaense. O projeto altera a Lei nº 10.333 de 2001, que prevê a permanência de cobradores de ônibus em estações-tubo, terminais e no interior de coletivos. No início do mês de abril, o projeto chegou para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) e o debate sobre a manutenção destes profissionais está em aberto. O projeto
projeto de lei aborda a facilidade e comodidade para usuários, e também o debate sobre a profissão dos cobradores. Segundo o vereador Pier Pretruzziello (PTB), é um projeto autorizativo que dinamiza o processo da população. “O principal ponto positivo da proposta é que ela resulta em um processo menos burocrático, fazendo com que as pessoas usem o transporte coletivo de forma eficaz em um sistema modernizado”, aponta. Sobre o futuro desses profissionais, do ponto de vista do emprego, Petruzzielo ressalta que a Prefeitura de Curitiba já está
Por sua vez, Adão Farias, secretário-geral do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), afirma que o projeto é extremamente preocupante. “Estamos aguardando a aprovação do projeto, mas a categoria irá sofrer sem uma solução adequada, por isso pedimos para rever alguns pontos”, esclarece Farias. Para o vereador Rogerio Campos (PSC), os cobradores são uma categoria de extrema importância para o transporte coletivo, formando uma dupla de trabalho complementar com
materiais dos usuários e não na caixinha do cobrador, como diz o prefeito”, ressalta. Para Elisiane de Souza, varejista de uma rede de shopping na região central de Curitiba e usuária do transporte público, embora o sistema possa ajudar e melhorar a eficiência do transporte, a Prefeitura de Curitiba precisa divulgar as opções de compra dos bilhetes e se preparar para incluir turistas, visitantes e usuários esporádicos do transporte coletivo. “Acredito que da mesma forma que irá ajudar, precisa ser divulgado, fazer com que cada pessoa
“O cobrador é quem vai auxiliar o motorista,
avisar, ajudar uma pessoa com deficiência, ou alguém que ficou preso em uma porta” também prevê a instalação do sistema de bilhetagem única nos transportes coletivos de toda capital, não havendo assim a necessidade de cobradores. A justificativa apresentada pelo prefeito Rafael Greca é que a proposta visa melhorar a segurança dos usuários do transporte público, diminuindo os assaltos e a violência. O
tomando atitudes cabíveis para evitar o desemprego. “Temos que deixar claro que nos preocupamos sim com a ccategoria. Precisamos criar um mecanismo para eles se adequarem às novas funções de acordo com as empresas de ônibus, fazendo com que a bilhetagem seja inserida, conforme a relocação de cada um”, conclui.
o motorista. “O cobrador é quem vai auxiliar o motorista, avisar, ajudar uma pessoa com deficiência, ou alguém que ficou preso em uma porta”. Sobre a relocação, Campos acredita que várias famílias serão prejudicadas. “Hoje há mais de 6 mil cobradores em toda capital e o custo é R$ 0,80. Este projeto não terá benefício algum, pois os assaltos hoje estão voltados para bens Anna Pires
que não possui acesso, possa ser inclusa, sem danos maiores. Uma vez que, acaba facilitando a viagem de quem usa uma vez ou outra”, afirma. O projeto, cujo nome foi dado de “Lei da bilhetagem eletrônica” nos ônibus da capital paranaense, foi adiado. E um dos argumentos defendidos pelo prefeito Greca era para evitar um reajuste maior na tarifa do transporte. Porém, a tarifa que antes era R$ 4,25 foi reajusta no dia 25 de março, subindo para R$ 4,50.
Saiba mais Jornada excessiva causa danos à saúde mental de motoristas e cobradores. portalcomunicare.com.br
Desde março a tarifa de ônibus na capital paranaense é de R$ 4,50
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Politics
Bill foresees end of bus collectors
Anna Pires
If approved, the project can cause more than 6,000 professionals to lose their jobs Anna Pires 3rd Período: Translated by: Beatriz Mira 8th Period
Eufrásio Correia tube station
D
Desde Since the beginning of the new management of Rafael Greca (PMN), in 2018, the mayor of Curitiba suggests in the City Council a bill on electronic ticketing in all of Paraná’s capital. The bill amends Law 10333 of 2001, which provides for the permanence of bus collectors in tube stations, terminals and in the interior of collectives. At the beginning of April, the project came to the analysis of the Constitution and Justice Commission (CCJ) of the Municipality of Curitiba (CMC) and the debate about the mainte-
addresses ease and convenience for users, as well as the debate over the profession of collectors. According to Alderman Pier Pretruzziello (PTB), it is an authorizing project that revitalizes the population process. “The main positive point of the proposal is that it results in a less bureaucratic process, causing people to use collective transportation effectively in a modernized system,” he says. Regarding the future of these professionals, from the point of view of employment, Petruzzielo points out that the Curi-
Adão Farias, secretary general of the Union of Drivers and Collectors of Curitiba and Metropolitan Region (Sindimoc), says that the project is extremely worrying. “We are waiting for the approval of the project, but the category will suffer without an adequate solution, so we ask to review some points,” explains Farias. For councilman Rogerio Campos (PSC), collectors are a category of extreme importance for collective transportation, forming a complementary pair of work with the driver. “The
at material goods of users and not in the box of the collector, as says the mayor”, he points out. For Elisiane de Souza, a retailer of a shopping mall in the central region of Curitiba and a public transportation user, although the system can help and improve the efficiency of transportation, the Curitiba City Hall needs to publicize ticket purchase options and prepare for include tourists, visitors and sporadic users of public transport. “I believe that in the same way that it will help, needs to be publicized, to make every per-
“The conductor is going to help the driver, warn, help a disabled person, or someone who has been trapped in a door”
nance of these professionals is open. The project also foresees the installation of the system of single billing in collective transportation of all capital, thus not requiring the need for collectors. Mayor Rafael Greca justifies the proposal by claiming it aims to improve the safety of public transport users, . The bill
tiba City Hall is already taking appropriate action to avoid unemployment. “We have to make it clear that we are concerned about the category. We need to create a mechanism for them to adapt to the new functions according to the bus companies, causing the ticket to be inserted, depending on the relocation of each one”.
conductor is going to help the driver, warn, help a disabled person, or someone who got stuck in a door.” About the relocation, Campos believes that several families will be harmed. “Today there are over 6 thousand collectors in all capital and the cost is $ 0.80. This project will not have any benefit, because the robberies today are aimed Anna Pires
son who does not have access, can be included, without major damages. Once, it facilitates the trip of those who use one time or another”, he says. The project, whose name was given the “Electronic Ticketing Law” on buses in the capital of Paraná, was postponed. And one of the arguments defended by the mayor Greca was to avoid a greater readjustment in the tariff of the transport. However, the tariff that before was R $ 4.25 was readjusted on March 25, rising to R $ 4.50.
Learn more Excessive journey causes damage to the mental health of drivers and collectors. portalcomunicare.com.br
Since March the bus fare in the capital of Paraná is R$ 4,50
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Política
Câmara de Curitiba aprova a flexibilização de temporários Projeto foi aprovado em segundo turno com 29 votos favoráveis e apenas oito contrários Leonardo Cordasso 5º Período
F
Leonardo Cordasso
oi aprovado em segundo turno, na Câmara dos Vereadores, um projeto de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que flexibiliza a contratação de servidores para suprir a demanda no serviço público. A proposta apresentada pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca, obteve 29 votos favoráveis e oito contrários. A proposta altera a redação do inciso 10, artigo 80 da LOM, item esse que proibia a contratação de servidores para atividades que poderiam ser exercidas por servidores públicos, autorizando o Processo Seletivo Simplificado (PSS) como forma de ingresso para exercer temporariamente profissões efetivas. O vereador Euler de Freitas Silva Júnior (PSD), conhecido como Professor Euler, tem um posicionamento favorável à contratação de temporários pelo PSS, mas contrário ao formato proposto, que possibilita a contratação de temporários para o exercício de cargos que anteriormente eram exclusivos de concursados públicos. “O que eu não acho certo é você contratar um temporário para exercer qualquer tipo de serviço dentro
Vereadores entendem que a proposta é benéfica para Curitiba segurança à comunidade, e que esse vínculo estaria comprometido com a contratação de temporários nessas áreas. Em contrapartida, o vereador Pier Petruzziello (PTB), líder do prefeito Rafael Greca na Câmara, se mostra favorável à proposta de emenda à Lei Orgâ-
pública continue trabalhando de maneira eficiente. “O tempo de elaboração do concurso público é muito longo e a necessidade da população não pode esperar”. Petruzziello ainda criticou os representantes dos sindicatos, afirmando que deveriam estar trabalhando e não acompanhando a sessão.
está na direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), é contrária ao projeto. Para ela a aprovação do projeto é uma precarização na área dos servidores públicos e defende a contratação de profissionais através de concurso público. “O pouco de informação que chega para nós é que os PSS
“O prefeito Rafael Greca justificou a alteração
da LOM com uma ampliação da capacidade de resposta da Prefeitura às demandas da sociedade” da administração pública”. O vereador explica que na administração pública, profissões como médico e professor exigem uma relação de confiança que passe
nica do Município e não acredita na desvalorização do servidor público. Petruzzielo afirma que a flexibilização é necessária para que a administração
Greca justificou a alteração da LOM como uma ampliação da capacidade de resposta da Prefeitura às demandas da sociedade, porém Walli Wanessa, que Leonardo Cordasso
não assumem total responsabilidade no ato do trabalho, então quem assume essa responsabilidade é o servidor público e isso vai gerar muito desgaste entre os servidores e os contratados temporários”. Outro detalhe importante para Walli é a previdência dos servidores públicos, que será afetada, já que os PSS não contribuem, gerando um encolhimento na renda dos futuros servidores públicos aposentados. Após debate na Câmara, o projeto foi aprovado, a nova lei já vigora na LOM e daqui algum tempo poderá ser feito uma análise completa mostrando se a flexibilização de servidores é positiva ou não para Curitiba.
Leia mais Curitiba é a capital com o menor número de cargos comissionados. portalcomunicare.com.br
Projeto foi aprovado na Câmara Municipal por ampla maioria
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Inovação
Brasil lidera em inovação na América Latina Lucas Couto
O país se destaca, principalmente, na indústria de pagamentos e na forte inserção ao mundo digital
O que diz Pontes O Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, demonstra preocupação com a inovação empresarial e tecnológica no país
Lucas Couto 3° período
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‘‘Orçamento paraciência, tecnologia e inovação é investimento’’ - disse, em entrevista para a Associação de Engenheiros do Instituto Tecnológico de
A inovação é um tema muito discutido em eventos de empreendedorismo
S
egundo pesquisa da empresa de serviços financeiros Visa, realizada em março deste ano, o Brasil possui oito das 20 empresas mais inovadoras da América Latina. O levantamento de dados aponta que a maior parte da lista é formada por empresas que não necessariamente nasceram no ambiente digital (com destaque para grandes redes varejistas e bancos tradicionais), como Itaú, Magazine Luiza, Mercado Pago e Easy Taxi. Porém, a pesquisa também revela que os meios digitais se tornaram indispensáveis para fins de inovação empresarial, inclusive para as empresas que não nasceram no meio tecnológico.
Destaque em inovação na indústria de pagamentos, de acordo com a pesquisa relizada pela Visa, o Brasil utiliza cada vez mais o pagamento digital. Já segundo pesquisa da Minsait (empresa espanhola de consultoria de transformação digital), realizada em fevereiro de 2019, 56, 9% dos brasileiros pensam em usar aplicativos para realizar compras. Em Lages, Santa Catarina, foi criado o conceito do Troco Simples (empresa que opera hoje em Curitiba): o negócio criou um aplicativo que possibilitou o troco digital através do CPF, e pode fazer o dinheiro depositado render 6% ao ano. A Troco
Adam, que doa 1% do que vende para trabalhos sociais. “Tem que quebrar o paradigma de que o empresário brasileiro é bandido: ele tem que ganhar muito dinheiro para contratar muitas pessoas, criar inovações, conhecer o que está acontecendo pelo mundo, e se possível ser milionário, pois assim ele vai fazer muitas doações’’, diz Juliano Santos, criador do Adam Robô e fundador da Prevention. A startup lançará a versão automatizada do Adam Robô em 2020, e será o primeiro robô com habilidade sonora do mundo. Considerado um dos países mais conectados do mundo (segundo dados de um relató-
“Antes, para uma companhia crescer, precisava de espaço e funcionários. Já hoje dá para automatizar tudo”
O consultor de inovação Edson Mackeenzy diz que a inovação tecnológica e a renovação empresarial do Brasil estão caminhando cada vez mais juntas: “a tecnologia dá às empresas o ambiente necessário para que elas possam ganhar tração (demanda por um determinado produto) e visibilidade. Antes, para você fazer uma companhia crescer, você precisava de mais espaço físico e mais funcionários, e hoje você pode automatizar atendimento com robôs, ampliar as fronteiras da empresa com um website, e principalmente ampliar o seu time de fornecedores trabalhando de maneira remota e interconectada, o que ajuda a desenvolver um trabalho cada vez mais ágil e integrado’’.
Simples possui parcerias com algumas empresas de Curitiba (e de outras cidades, como Belém e Porto Alegre), como a Los Paleteros e a hamburgueria Whatafuck. Para Guilherme Belloto, um dos fundadores da startup, o Brasil é um bom celeiro para novas empresas, e está recebendo muitos investimentos empresariais no atual governo. Também localizada em Curitiba, a startup Prevention lançou em abril de 2018 o Adam Robô, equipamento portátil que identifica problemas de visão e detecta condições que podem levar à cegueira, sendo capaz de contribuir com a prevenção de uma cegueira evitável. Além disso, a empresa possui uma associação chamada Mundo
rio divulgado pela Conferência das Nações Unidas, em 2017), o Brasil possui 67% de sua população com acesso à Internet, sendo que 44% deste acesso é feito por Smartphones. Porém, segundo pesquisa da consultoria Americana Mckinsey realizada em abril deste ano, apesar de ser um país conectado e empreendedor, o Brasil ainda sofre com falta de infraestrutura, e também deveria investir mais em inovação. Mesmo com os recentes avanços, o país ocupa o 45º lugar entre as nações mais inovadoras do mundo, segundo o ranking anual Bloomberg Inovation Index (tabela realizada pela Bloomberg, empresa Norte-Americana de tecnologia e dados sobre o Mercado financeiro), de 2019.
Aeronáutica (AEITA), em novembro de 2018.
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‘‘Sem pesquisa não há inovação, vamos nos empenhar para recuperar os investimentos em pesquisa, inclusive com um diálogo constante com a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes’’, afirmou para a revista Galileu, em abril de 2019.
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‘‘Dentro do ministério, a formação e motivação de jovens para as carreiras de ciência e tecnologia é extremamente importante. Já temos um problema de pesquisadores se aposentando, mas esse problema vai aumentar se não formarmos os jovens’’ - disse Pontes, durante a feira de educação
Bett Educar, a maior da América Latina.
Leia mais A relação do marketing com o desenvolvimento empresarial portalcomunicare.com.br
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Internacional
Coreia do Sul: sociedade de competição Não é estranho encontrar estudantes virando a noite em cafés 24 horas estudando para melhorarem seus créditos nas universidades Bruno Talevi 7º Período Intercâmbistas em Kyonggi University Seoul, Coréia do Sul
A
Bruno Talevi
cultura sul coreana é fortemente influenciada pelo global, mas ainda muito enraizada em suas tradições. O crescimento da influência da Hallyu (na língua, “onda coreana”) pelo mundo traz consigo influências budistas, taoístas e confucionistas de um país “escondido” até o século XX, redescoberto nos anos 90 e pautado na competição, passada de pai para filho, para ser o melhor. O aspecto “competitivo” da cultura é algo relativamente novo – diferentemente dos outros, não foi desenvolvido milenar e isoladamente, e sim nasceu do desejo de reconstruir a Coreia depois da guerra. É uma mentalidade constante de querer estar numa posição de superioridade aos demais, seja em relação a roupas, acessórios, família e emprego. O “vestibular” deles, o Suneung, é tão concorrido quanto a versão brasileira, mas o tempo gasto estudando é facilmente o triplo. O professor de Cultura e História Coreana, WiYong Jon, explica: “quando a Coreia foi destruída pela guerra, todo mundo foi nivelado. Independente de qual família fosse, todo mundo ia precisar se recuperar do zero – mas não havia dinheiro, emprego e investimento suficiente para todas as pessoas ocuparem
A cultura coreana se desenvolveu de forma isolada até o século 18 e não teve suas raízes no cristianismo face) seria uma forma de manter a harmonia, em que você mantém a descrição e mostra apenas o lado positivo para os outros, conformando com as normas da sociedade e guardando o lado ruim para não desequilibrar a harmonia.
Com isso, clãs perderam sua influência secular. Os bon-gwans (como são chamados os clãs familiares coreanos) no passado limitavam a um seleto grupo de elite certos trabalhos que pagavam bem na sociedade feudal. Hoje em dia, a sociedade moderna coreana divide, no mesmo
triarca), enquanto o descendente da última dinastia hoje em dia trabalha como guia turístico.
espaço, antigos templos de imperadores e templos da tecnologia – descendentes de reis são, por vezes, subordinados a CEOs de gigantes da tecnologia. O presidente da Hyundai, por exemplo, é chamado de Sijo (pa-
que há de mais novo; os coreanos são facilmente os primeiros a adotar e a testar – e não se limitam apenas em tecnologias. Eles são muito conscientes sobre estilo e importam muito do que se usa nos Estados Unidos, já que são expostos a produtos culturais e expansão de marcas norte-americanas no mercado coreano. Para Jon, é um misto de confucionismo tradicional e ideologia pós-guerra. “A ideia é se livrar de tudo que é velho, reconstruir a partir de algo novo. Isso dá muita brecha para obsolescência de produtos, mas é comum encontrar idosos usando aplicativos que vão ser tendência nos Estados Unidos daqui uns três meses”.
A segunda face dessa moeda é a necessidade de exagerar o seu valor em sociedade para não ser abandonado, aumentar sua influência ou não demonstrar que está passando por dificuldades. Chamado de Jalancheok, o ato de exagerar o que você possui está atrelado a essa necessidade de mostrar uma boa imagem.
Secular e isolada
Os coreanos tendem a ser mais próximos do seu próprio núcleo pessoal, e mesmo numa sociedade tão conectada como a sociedade da informação desenvolvida no país do 5G, não há uma abertura para conhecer novas pessoas. Em contrapartida, o passado é muito bem conectado com o futuro – museus, institutos, famílias e produções culturais mantém viva a história milenar da península.
Outro aspecto de competitividade é a cultura Palli-Palli: um desejo constante de se manter atualizado. Telefones, gadgets, jogos, aparelhos, enfim: tudo
“Apos a guerra todo mundo foi nivelado, todo mundo ia precisar se recuperar do zero” bons cargos”. Não é estranho, por exemplo, encontrar estudantes virando a noite em cafés 24 horas estudando e tomando doses e doses de café expresso para melhorarem seus créditos na universidade.
Bruno Talevi
A “competitividade” nasceu do desejo de reconstruir a Coreia depois da guerra
A cultura coreana, como a maioria das culturas asiáticas, se desenvolveu de forma isolada até meados do século 18 e não teve suas raízes no cristianismo. O modo de pensamento coreano deriva do confucionismo – focado na moral, na política e na harmonia. Portanto, os coreanos são mais isolados e não tendem a demonstrar muito seus problemas – de maneira geral, o conceito de Chemyon (manter a
Para Angelica Tostes, que vive há três anos na Coreia, a faceta cultural do país asiático que mais se distancia do Brasil é o individualismo. “Não tem muito um pensamento coletivo; as pessoas se esbarram, ninguém segura a porta, ninguém pede desculpas. Vida que segue”, afirmou.
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Esportes
Setor fitness cresce no Brasil Gustavo Ferraz
No ano de 2017 o país registrou mais de 34 mil academias em funcionamento Gustavo Ferraz 3º Período
qualidade de vida. “Se ela quer emagrecer, se quer melhorar seu condicionamento para uma prova física”, o objetivo é o que leva a pessoa buscar atividade física, conclui o professor. Proprietário de um centro de treinamento, localizado em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, Nelson Martins Bueno Junior conta que seu estabelecimento têm 1.336 alunos e possui quatro unidades. “A ideia é expandir mais, o próximo passo é conquistar dois mil alunos”. Sobre a procura de pessoas pelas academias, Bueno diz que isso se deve ao aumento de produtos industrializados.
Outro setor que vem crescendo é o alimentar, pela procura das pessoas por uma vida saudável
O
mercado fitness está em constante crescimento, devido às novas tendências que movimentam o setor. Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Academias (ACAD), no ano de 2017 o setor
Um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e disponibilizado no site do órgão, mostra que de 2009 a 2016 o crescimento chega a 127% em número de academias, enquanto
prática do esporte por conta das atividades diferenciadas. “É onde supero minhas dificuldades dentro do esporte e me incentiva a querer sempre mais e mais”. Flávia argumenta que o valor da mensalidade é
fit cresceu 6% comparado ao ano anterior. Ainda de acordo com os dados disponibilizados no site da ACAD, estima-se que no ano de 2030 tenham no mundo aproximadamente 230 milhões de pessoas praticantes de atividade física, justificando o crescimento do setor .
o crescimento mundial foi de 50%. O setor fitness brasileiro corresponde a 25,5% de todo o mercado mundial .
um dos problemas enfrentados na modalidade esportiva que ela pratica.
Doutor em Educação Física Sérgio Luiz Carlos dos Santos explica que a procura pelas academias se deve à conscientização das pessoas com relação ao efeito nocivo do sedentarismo, pelo estresse enfrentado todos os dias. Santos reforça sobre a relevância das atividades físicas: “atividade física é uma medicina preventiva”, enfatiza o professor, que fala da importância do acompanhamento de um profissional formado na área. O economista Daniel Rodrigues Poit diz que o crescimento do setor fitness deve-se ao padrão
“No esporte é onde supero minhas dificuldades, me incentivando a sempre querer mais” A estudante de educação física Flávia Alessandra começou a treinar crossfit no ano de 2018. Flávia conta que deu início à
Já o professor de crossfit Lucas Back diz que embora a maioria das pessoas busque o esporte por se tratar de algo novo, há quem procure a modalidade pela Gustavo Ferraz
estético definido pela imagem, tornando o mercado fit relevante. O economista argumenta que o Brasil é potencialmente um país onde as pessoas são motivadas pelo apelo da propaganda e pelo consumismo. “A propaganda faz um ataque aos desejos e preferências das pessoas”, afirma. Poit analisa as condições climáticas do país e considera que esse é um fator influenciador do crescimento. O economista argumenta que além das academias, outro setor que cresce e tende a crescer mais é o alimentar, pelo número de pessoas que têm optado por uma vida saudável.
Leia mais Confira como está a procura por estabelecimentos que oferecem comida saudável. portalcomunicare.com.br
Segundo dados do Sebrae, entre 2009 a 2016 houve um crescimento de 127% em número de academias
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Cultura
Balé do Teatro Guaíra comemora seus 50 anos com Mostra de Repertório Andrey Ribeiro
Quatro dos principais espetáculos foram escolhidos para celebrar a história da companhia de dança Anna Caroline Padilha 3º Período
Mostra de Repertório do BTG homenageia todos os integrantes da companhia
O
Balé do Teatro Guaíra (BTG) completa 50 anos em maio. A companhia comemora a data com uma mostra de repertório, que terá apresentações de grandes sucessos de sua história. A programação contém trechos de O Grande Circo Místico, Carmen, O Segundo Sopro e A Sagração da Primavera, com participação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP). A diretora do BTG, Cíntia Napoli, afirma que a seleção das coreografias para as apresen-
Para a bailarina Glória Candemil foi intenso e desafiador reproduzir as obras da história do BTG. Ela contou que os espetáculos da noite de estreia foram trabalhos bem distintos em questões coreográficas e dramatúrgicas: “em O Grande Circo Místico interpretamos ex-bailarinos do BTG da década de 80. A coreografia e dramaturgia são leves, felizes e emocionam a quem assiste. Logo após trocamos rapidamente o chip para algo mais denso em A Sagração da Primavera, traba-
Os estudantes de música Jhony Deloso e João Paulo da Silva compareceram à noite de estreia da mostra de repertório, e contam que não frequentam espetáculos de balé tanto quanto gostariam, mas que acompanham a orquestra há algum tempo, e decidiram prestigiar este trabalho em conjunto. Para a aposentada Marlene Lima foi interessante acompanhar o espetáculo: “era como se estivéssemos assistindo à história do BTG, conta”.
lho que exigiu um nível muito alto de concentração e presença em conjunto”.
A história do balé no Teatro Guaíra está presente não apenas nos espetáculos, mas em toda a equipe da companhia. A professora de balé Regina Kotaka conta que fez audição para entrar no BTG em 1979, e que sua história faz parte do que é contado na mostra: “comecei dançando no fundão, e fui concretizando minha carreira até que em 1987 eu fui promovida a bailarina principal. Muito do repertório do BTG foi criado comigo e para mim, então colaborei muito, inclusive nessas que iremos apresentar agora nos 50 anos”.
O ensaiador Airton Rodrigues afirma que o BTG vivenciou mudanças nos 50 anos, principalmente na linguagem da companhia. “apesar de ter como base a linguagem clássica, cresceu muito o pensamento em relação a outras maneiras de dançar dentro da estrutura do grupo. A direção trouxe essa proposta de avançar no pensamento da dança, do que é a dança contemporânea e como o Teatro Guaíra pode participar desse movimento”. Apesar das mudanças de linguagem, a idealizadora do BTG, Yara de Cunto, afirma que os valores da companhia continuam os mesmos: “o amor, a persistência, a dedicação que os integrantes da companhia têm pelo trabalho que realizam, pelo amor à dança. Isto era muito forte nos primeiros integrantes do balé e talvez tenha ficado como herança aos novos intérpretes. Esta é a característica forte desta companhia. A missão de difundir cada vez mais a arte da dança”. O crítico de arte Júlio Mota afirma que o aniversário de 50 anos da companhia merece ser comemorado não apenas pela
“O amor, a persistência, a dedicação que os integrantes da companhia têm pelo trabalho que realizam” tações, dentre as 150 obras do repertório do balé, foi baseada nos critérios de afetividade e representatividade: “as obras escolhidas são, antes de mais nada, resgates afetivos para todos nós que de alguma maneira vivemos essa história, não só os artistas envolvidos, mas também o público que teve oportunidade de ser tocado por elas”. Durante um discurso feito na estreia da mostra de repertório, a diretora ainda destacou que as apresentações homenageiam todos os artistas, técnicos e gestores que passaram ou estáo no balé.
Glória ressalta a importância do trabalho em conjunto com a (OSP). Para ela, existe uma unificação do público: “leva uma pessoa que só assistia espetáculos da orquestra a enxergar a dança com outros olhos e vice-versa”. Para o bailarino João Bicalho, o trabalho de sincronização com a orquestra é desafiador e grandioso, dando a oportunidade de ir além do superficial.
Anna Padilha
comunidade de dança, mas por todos os cidadãos. Mota comenta que apesar do estereótipo popular, o balé não é uma arte elitista: “esse é um preconceito decorrente do desconhecimento que a maioria das pessoas têm em relação às artes ditas eruditas. Essa ignorância é em grande parte resultado da falta de acesso que o público tem a esse tipo de manifestação artística”. Mota afirma que a solução para que o balé seja mais acessível e apreciado está no reconhecimento e apoio dos governantes, através de políticas de fomento e divulgação. O acesso ao balé pode resultar em potenciais praticantes e consumidores desta forma de arte, assim como o BTG fez por 50 anos, finaliza o crítico.
Leia mais Confira como a dança vai da expressão artística ao esporte e condicionamento físico. portalcomunicare.com.br
Teatro Guaíra lotado dutante a mostra de repertório em comemoraçao dos 50 anos do Balé
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Cultura
Passeando pela diversidade religiosa de Curitiba Andressa Carvalho
Caminhada tem o objetivo de mostrar tradições e crenças religiosas
do tanto de religiões das pessoas que vivem na cidade, mas também pela carga de história de cada monumento”, observou. Sheik Mahdi, diretor religioso da Mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, localizada no bairro São Francisco, afirma que passeios que visam transmitir conhecimento para as pessoas são importantes, pois sem conhecimento as pessoas não entendem e não respeitam as outras religiões. “Apenas com o entedimento, a ignorância e o preconceito podem ser diminuídos”, diz Mahdi. O diretor fala que através da pesquisa e leitura sobre o Islamismo, as pessoas podem tirar o pensamento ruim sobre o estereótipo da religião e dos fiéis.
Andressa Carvalho Laís da Rosa 3º Período
Serviço Grupo que participou da “Trilha do Sagrado”, no mês de abril
F
oi retomado no dia 27 de abril o passeio “Trilha do Sagrado: Redescobrindo o Centro Histórico de Curitiba”, um projeto realizado pela Secretaria Municipal de Educa-
dos Pinhais, passa pelos irôkos (árvores sagradas do Candomblé) da Praça Tiradentes, pelas igrejas da Ordem, Presbiteriana Independente e do Rosário, pela Arquidiocese de Curitiba e ter-
programa era voltado apenas para os professores da rede municipal, só que a comunidade começou a ligar na secretaria e pedir que fosse aberto para o público geral, e foi feito isso,
ção (SME), que visa destacar a diversidade religiosa que existe nas culturas e nos patrimônios históricos da cidade. A caminhada ocorre sempre no último sábado do mês e é aberta para a comunidade.
mina na Mesquita Imam Ali ibn Abi Talib, localizada no bairro São Francisco.
tanto que no primeiro encontro teve mais de 40 pessoas, ficamos surpresos até”, afirma Karin.
A coordenadora do projeto e de ensino religioso, Karin Willms, relata que no início o passeio era voltado somente para professores da rede municipal e que logo depois da procura de pessoas da comunidade, o projeto foi aberto para todos que tivessem interesse em participar. “O
A arquiteta Francielle Bilinoski ficou encantada com a proposta da “Trilha do Sagrado”. Ela conta que aprendeu muito mais do que esperava, que enriqueceu o seu conhecimento e de todos que estavam participando da caminhada. “É tudo muito interessante não só pela questão
Os passeios ocorrem sempre no último sábado do mês. Para participar da visitação guiada é preciso fazer inscrição pelo e-mail: ensinoreligioso@edu.curitiba. pr.gov.br. Também é necessário informar nome completo, data de nascimento, RG e telefone para contato.
“Apenas com o conhecimento e sabedoria, a ignorância e o preconceito podem ser reduzidos e evitados”
O percurso da trilha é de 1,2 km com duração de aproximadamente duas horas. O passeio começa na Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz
As vagas são limitadas, em *caso de chuva, o evento é sujeito a cancelamento.
Leia mais Curitiba abrange grande diversidade religiosa. portalcomunicare.com.br
Laís da Rosa
Templo religioso da comunidade árabe em Curitiba, Mesquita Imam Ali ibn Abi Talib
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Curitiba, 31 de Maio de 2019
Ensaio
O movimento pelo olhar de quem fica Milhares de pessoas passam diariamente pelo terminal do Carmo, um dos menores de Curitiba. Quem vai têm uma visão diferente de quem fica, os trabalhadores do Carmo Stephanie Friesen 1º Período
Taiane Caroline, vendedora de banca Wellington da Silva, vendedor de lanchonete
O terminal pelos olhos de Taiane
Terminal do Carmo, situado na região sudoeste de Curitiba
O terminal pelos olhos de Wellington