JORNALZEN ANO 7
SETEMBRO/2011
AUTOCONHECIMENTO
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SAÚDE
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nº 79
R$ 1,50
CULTURA
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www.jornalzen.com.br
BEM-ESTAR
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CIDADANIA Silvia Lá Mon
Fotos: Amanda La Monica
ZEN ZENTREVISTA
Taunay Daniel Pág. 3
CÍRCULO VIRTUOSO O evento promovido em Campinas pelo Cenapec, com apoio do JORNALZEN, teve início dia 30 com palestra de padre Haroldo e apresentação da cantora Lyra. As palestras acontecem todas as terças, às 19h30.
Leia na página 9 artigo do psicólogo Mario Celestino de Oliveira sobre hipnoterapia cognitiva (sonoterapia)
BEM NUTRIR Pág. 19
Viva Bem Pág. 18
JORNALZEN
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JORNALZEN nossa missão: Informar para Transformar
DIRETORA Silvia Lá Mon
APITERAPIA 17 e 18/9 – curso com Stefan Stangaciu (presidente das Sociedades Romena e Alemã de Apiterapia), na Tulha do Parque Ecológico de Campinas. Mais informações: (19) 9188-3310 ou ciclosnaturais@gmail.com CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL 23 e 30/9; 7 e 14/10, das 19h30 às 21h30 – série de encontros “O Caminho da Libertação Espiritual”, com Luiz Antônio Trevizani, na MaeveDux (Rua Dr. José Ferreira de Camargo, 244 - Nova Campinas). Inscrições e mais informações: (19) 3396-6414 e 3396-6416 CONSTELAÇÃO FAMILIAR 11/9, das 8h30 às 13h30 – workshop com Antonio Carlos Abreu (Toni). Local: Rua dos Bandeirantes, 318 (Cambuí). Inscrições e mais informações: (19) 3252-1565 CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS 1 em grupo e individuais (familiar, profissional, organizacional e educacional). Local: Maeve Dux (Rua José Ferreira de Camargo, 244 Nova Campinas). Mais informações: (19) 3396-6414 ou vouconstelar@gmail.com CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS 2 curso para autoconhecimento e formação – último módulo (“As ordens do amor na família: casais, pais e filhos, parceiros anteriores). Mais informações: (19) 8126-1870 ou vouconstelar@gmail.com.Programa completo em www.novosvinculos.com.br CULTURA GNÓSTICA * 12/9, às 20h – palestra na Biblioteca Pública Guilherme de Almeida (Rua Cabo Oscar Rosin, 63 - Sousas). Aberto ao público. Inscrições e mais informações: (19) 3381-2034, 33817869 e 8155-7211 ou campinas@ageacac.org.br * 17/9, às 15h – palestra “2012 – Mitos e Verdades”, na Escola Dona Castonina Cavalheiro (Rua Prefeito Passos, 95 - Vila Itapura). Aberto ao público. Inscrições e mais informações: (19) 3381-2034, 3381-7869 e 8155-7211 ou campinas@ageacac.org.br ESTUDOS SOBRE O AMOR 12, 19 e 26/9, às 20h – palestras “Homossexualidade e inclusão social”, com Joaquim Zailton Motta; “Cenas amorosas – um ensaio teatral para o GEA”, com Roque Silveira; e “Leitura dramática”, com Luiz Terribele Jr.; no ISI - Instituto de Saúde Integrada (Rua Barreto Leme, 1.552 - térreo, sala 9). Encontros do Grupo de Estudos sobre o Amor. Aberto ao público. Mais informações: www.blove.med.br GESTANTES 16 e 30/9 – curso com Claudia Gonçalez, na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (Rua Delfino Cintra, 63 - Centro). Mais informações: (19) 9727-2020
EDITOR Jorge Ribeiro Neto
JORNALISTA RESPONSÁVEL MTB 25.508
circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo
AGENDAZEN CAMPINAS
SETEMBRO/2011
IOGA 29/9, das 8h30 às 10h15 – workshop “Ioga no tratamento complementar de distúrbios psíquicos”, com a Maria J. Pagano, no auditório do Museu de História Natural (Rua Coronel Quirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3295-5840 ORDEM ROSACRUZ 23/9, às 20h30 – “Apesar de tantos tratamentos e terapias, porque ainda continuo com incômodos?”, com César Suziganm e Anamaria Ferrari, na Loja Rosacruz Campinas (Rua Nazaré Paulista, 690 - Jardim Paineiras). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3203-9979 ou oacampinas@gmail.com REIKI 25/9, das 9h às 17h – curso tradicional Usui Osho Tibetano (Níveis I e II). Mais informações: (19) 9162-1685, com Roberta De Angelis, ou robertadeangelis.blogspot.com SAÚDE POR INTEIRO 13/9, das 8h30 às 10h – palestra com a médica Eloísa Cavassani Pimentel, no auditório do Museu de História Natural (Rua Coronel Quirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Aberto ao público. Mais informações: (19) 3295-5840 TOQUE TERAPÊUTICO 10 e 11/9, das 9h às 17h30 – curso com terapeuta holística Delmam Assis, na Escola de Artes Pró-Música (Rua dos Alecrins, 301 Cambuí). Inscrições e mais informações: (19) 8815-2970 ou geteocps@yahoo.com.br
INDAIATUBA BULLYING 29/9, às 19h – espetáculo teatral “Bullying não é brincadeira”, na sala Acrísio de Camargo (Avenida Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3.665 - Jardim Regina). Aberto ao público (a partir de 8 anos). Inscrições até 27/9. Mais informações: (19) 3885-7700 (ramal 773) IOGA 1°/10, das 9h às 12h – 2° Yoga é União, no Centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachela (Rua das Primaveras, 210 - Jardim Pompeia). Aberto ao público. Mais informações: (19) 9113-3287, com Leonira
VALINHOS QUÂNTICA 17 e 18/9, das 9h às 18h – curso de Prancha de Análise Quântica (PAQ), com Melissa Brenelli, no Núcleo Vidas Espaço Terapêutico (Rua das Vitórias Régias, 452-F - Jardim das Vitórias Régias). Mais informações: (19) 3869-1311 TARÔ a partir de 24/9 – curso de tarô orientativo (terapêutico), com Denise Bentes, no Núcleo Vidas Espaço Terapêutico (Rua das Vitórias Régias, 452-F - Jardim das Vitórias Régias). Mais informações: (19) 3869-1311
Redação: (19) 3324-2158 Comercial: (19) 3324-2159 contato@jornalzen.com.br www.jornalzen.com.br
PONTOS DE VENDA DO JORNALZEN CAMPINAS ALPHAVILLE CAFÉ VILLA PONTINI - AlphaMall BARÃO GERALDO BANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20 BANCA DO AMARAL - Avenida Santa Isabel, 404 BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283 BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506 GUENA - Rua Manoel Antunes Novo, 778 (Pça. do Coco) IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200 NATURALMENTE - Avenida Albino José Barbosa de Oliveira, 1.905 BOSQUE BANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748 CAMBUÍ BANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado Massa Pura) BANCA DONA SINHÁ - Rua Capitão Francisco de Paula BANCA MARIA MONTEIRO - Rua Maria Monteiro, 1.201 BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37 BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176 BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761 CASTELO BANCA AKAMINE - Rua Barbosa de Andrade (esquina c/ padaria Pão do Castelo) BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão)
CIDADE UNIVERSITÁRIA BANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50 BANCA CIDADE UNIVERSITÁRIA - Rua Ruberley Boareto da Silva, 1.015 FLAMBOYANT BANCA PAINEIRAS - Rua Jesuíno Marcondes Machado, 2.574 BANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente à padaria Abelha Gulosa) GUANABARA BANCA BRASIL Rua Joana de Gusmão, s/nº BANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62 BANCA DO SÉRGIO - Rua Carolina Florence, 241 IGUATEMI LIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi) NOVA CAMPINAS BANCA INCA - Avenida Engenheiro Carlos Stevenson, s/nº PROENÇA BANCA DO ROBERTO - Avenida Princesa D’Oeste, 994 SANTA GENEBRA BANCA SANTA GENEBRA Avenida Pamplona, s/nº
CENTRO ALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259 BANCA ANCHIETA - Rua Barreto Leme, 1.425 BANCA CONCEIÇÃO - Rua Conceição BANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986 BANCA DO ANTÔNIO - Avenida Moraes Sales, 1.122 BANCA DO STEPHAN - Avenida Barão de Jaguara, 1.215 BANCA PUCC - Avenida Francisco Glicério, 1.580 BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325 CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2
SOUSAS AVIS RARA Rua Rei Salomão, 295 BANCA SAN CONRADO Avenida San Conrado, s/nº BANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos C. Barros, 871 EMPÓRIO ROTA JOAQUIM Avenida José Conceição Alves, 33B (Jardim Belmonte)
CHÁCARA DA BARRA CENAPEC - Rua Mogi das Cruzes, 255
VILA NOVA BANCA VILA NOVA - Avenida Imperatriz Leopoldina, 100
TAQUARAL BANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115 BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260
AMPARO
HOLAMBRA
ÁGUA EM FLOR - Rua Barão de Campinas, 237 (Centro) CASA DO NATURALISTA - Largo do Rosário, 131 (Centro)
ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rota dos Bandeirantes, 605
INDAIATUBA*
JAGUARIÚNA*
CENTRO BOTICA ANTICA - Rua Pe. Bento Pacheco, 1.160 BRUMAT - Rua 11 de Junho, 711 CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773) TAPIOCA DA LUA Rua Pedro de Toledo, 239 CIDADE NOVA BAZAR 13 - Rua 13 de Maio, 1.179 HUNGRY TIGER - Avenida Presidente Kennedy, 496 RECREIO CAMPESTRE JOIA UIRAPURU (loja conveniência Posto Shell, ao lado do Habib’s) - Avenida Francisco de Paula Leite, 3.385 VILA NOSSA SENHORA APARECIDA PANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828 SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751
NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro) * e em todas as bancas da cidade
VALINHOS em todas as bancas da cidade
VINHEDO* DUE MONDY - Rua Eduardo Ferragut, 145 (Jardim Itália) EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (Jardim Itália) * e em todas as bancas da cidade
VILA SUÍÇA PANIFICADORA NOVA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855 * e em todas as bancas da cidade
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JORNALZEN
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E
m busca de (mais) conhecimento, o filósofo Taunay Magalhães Daniel decidiu dar uma guinada em sua vida quando deixou tudo que havia conquistado para morar numa casinha no alto da Serra da Mantiqueira, aonde se dirigiu com seu Fusca lotado de livros. “Era uma cabana de madeira sem energia elétrica nem telefone”, lembra. “Fiquei isolado por um ano e todos pensavam que eu estava louco.” Na época, Taunay queria ler todos aqueles livros, mas também fez uma grande descoberta. Percebeu que existem autores que dominam muito bem a língua, a lógica, o pensamento correto e produzem uma espécie de arquitetura das palavras, porém sem nenhum conteúdo. Em outros livros foi possível sentir a alma do autor, seu coração na obra, a envergadura do ser humano por trás das palavras. Isso transformou sua percepção da realidade e alterou os rumos do seu pensamento. Taunay voltou de lá com outra percepção do mundo e da vida. Antes uma pessoa muito ligada à racionalidade, esse paulistano de 63 anos hoje vê a ciência com outros olhos. Passou a dar cursos somente em universidades como Unipaz e Nazaré Uniluz, onde pode exprimir aquilo que realmente pensa. Doutor em Multimeios pela Unicamp, Taunay especializou-se em Epistemologia da Ciência pela Universidade de Belgrano, na Argentina. Diretor, roteirista e produtor de filmes para educação, cultura, ciência e meio ambiente, Taunay realiza periodicamente cursos, palestras, workshops e seminários sobre filosofia, ciência, arte e espiritualidade. “O conhecimento está naquilo que somos”, considera. “Somos uma biblioteca cósmica e hoje estou mais voltado a descobrir como acessá-la.” Em entrevista exclusiva ao JORNALZEN, Taunay Daniel explica porque estamos vivendo um momento muito importante na história, em que a ciência está sendo obrigada a admitir uma dimensão da consciência presente em tudo. O que de mais estimulante está acontecendo na ciência contemporânea? Jung previu no século passado que, no futuro, a psicologia e a física estariam lidando com o mesmo campo de conhecimento e esse futuro nós já estamos vivendo. Hoje os físicos de vanguarda são obrigados a admitir que a consciência está presente no que pensávamos ser o mundo puramente material e, por outro lado, os psicólogos das linhas de pensamento mais avançadas – falo, por exemplo, da psicologia transpessoal – reconhecem que há uma única grande consciência que engloba todas as manifestações. Qual a relação que pode existir entre ciência e espiritualidade? Se a gente pensa do ponto de vista da ciência clássica, que predominou durante séculos, e que se tornou hegemônica nas sociedades contemporâneas, não poderia haver nenhuma relação concebível com a espiritualidade. Ela sempre entendeu que o conhecimento deveria ser puramente objetivo e isso demarcou uma separação profunda, um verdadeiro abismo, entre o ser humano e a realidade conhecida por ele. Essa é a “invenção” básica da ciência: um mundo separado do observador, que segue leis fixas que determinam seu funcionamento, como se fosse uma grande máquina universal, um mecanismo cego e sem sentido. E a ciência continua a pensar desse modo? Uma enorme parte da comunidade científica ainda pensa assim. É muito difícil desmontar
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ZEN ZENTREVISTA Taunay Daniel
UMA NOVA REALIDADE Professor e filósofo observa que a ciência está sendo obrigada a admitir a dimensão de uma consciência que “rege a sinfonia do cosmos” Silvia Lá Mon
um cenário armado durante séculos que envolve muitas instâncias da organização social: as instituições de ensino, os órgãos financiadores, a indústria, a política, o mercado, e tudo o mais. Tudo está montado para que só vejamos a dimensão material da realidade, não há espaço para a aceitação da dimensão mais sutil.
aquela luz era a própria manifestação da vida consciente. Por ter tido uma formação acadêmica fortemente racionalista eu julguei que isso era só uma fantasia. Hoje, após uma profunda transformação em minhas percepções acerca da realidade, tenho fortes razões para supor que havia algo intrinsecamente verdadeiro naquela Mas, você ainda não Taunay: “Quando mudamos o olhar, tudo muda” minha intuição. falou diretamente da Quando mudamos o espiritualidade. olhar, tudo muda. Estamos virando a velha Pois é, a ciência clássica foi sempre página da civilização. Vamos inaugurar um impermeável à dimensão espiritual da vida. novo mundo, reconhecendo a unidade indisMas, essa ciência materialista, racionalista solúvel do universo, os vínculos que unem e determinista vem sofrendo fortes abalos todas as coisas e, quem sabe, a paz e a sussísmicos desde o início do século XX. De mo- tentabilidade da vida na Terra sejam uma do geral, e de forma muito resumida, o que decorrência natural de tudo isso. se pode dizer é que as pesquisas e os experimentos têm revelado algo surpreendente. As escolas estão estimulando essa nova viSujeito e objeto não estão separados como são de mundo? se supunha, mas estão dentro da mesma soInfelizmente ainda não inteiramente. As pa cósmica indissolúvel. De algum modo, nossas instituições são muito pesadas e lenque ainda não compreendemos inteiramen- tas. A tecnocracia e a burocracia imperam e elas te, há uma consciência subjacente que pare- não têm como acompanhar o ritmo desse afloce reger, como um maestro, a sinfonia do ramento de um novo saber. O ensino oficial, cosmos. Os físicos, por exemplo, estão tendo e a palavra “oficial” já diz tudo, é aquele que que aceitar que a matéria não é feita de ma- convém aos velhos padrões, à velha ordem téria, mas de vazio. Um vazio, de onde eclode sedimentada. Não tem agilidade nem flexibilio que costumamos chamar de realidade. dade para acompanhar essa rápida evolução. Grandes físicos contemporâneos como Ber- Isso ainda vai demorar, mas vai acontecer. nard d’Espagnat já admitem que há um mistério insondável, um fundamento que a ciên- Mas se as escolas ainda estão amarradas, cia jamais poderá explicar e que aqueles que onde buscar o novo conhecimento? chamam isso de divino ou sagrado estão Novas escolas estão surgindo. São a prinmais perto de uma verdade fundamental. A cípio informais, não oficiais, e, por isso mespsicologia transpessoal propõe uma carto- mo, livres das matrizes arcaicas do conhecigrafia que reconhece muitos níveis, como mento. Estão abertas ao novo, ao novíssimo. se fossem degraus de consciência, e também Penso que, com o passar do tempo, essas noum nível último, infinitamente profundo, vas organizações sociais tomarão para si as que é o vazio de onde a manifestação emer- rédeas de condução do destino da civilizage. Eu gosto de pensar que todo o universo ção. Isso pode não ser muito evidente ainda, é animado, que tem alma e que um mistério mas suponho que deva acontecer. insondável está na sua essência. Sou mais feliz assim do que seria se o mundo pudesse De que escolas você está falando? Há vários exemplos que despontam aqui ser todo explicado por uma linguagem téce ali. A Uniluz, instituição da qual faço parte, nica e, portanto, esvaziado de sentido. vem se dedicando há 30 anos ao desenvolvimento integral do ser humano. É uma escola E que diferença isso pode fazer? Toda diferença. Certa vez, caminhando aberta, ecumênica. Privilegia o cuidado amonum final de tarde numa região remota da roso, a transparência, a atenção plena, o siSerra da Mantiqueira, tive uma clara percep- lêncio, a convivência grupal como base para ção de que o sol era muito mais do que sim- a produção de um conhecimento mais refiplesmente uma esfera incandescente, que nado e transformador. Tem também a Uni-
paz, que congrega uma rede de escolas por todo o nosso país e também no exterior. E, como estas, muitas outras estão pipocando. Pensemos, por exemplo, em todas as ecovilas que estão surgindo por todo o planeta. De certa forma são escolas também, cujo modelo pedagógico não poderia ser melhor: aprendese a viver em comunidade, a reconhecer o vínculo de tudo com tudo, e busca-se uma relação harmônica entre as pessoas e com o meio ambiente. Iniciativas como essas vão ensinar o conjunto da sociedade pela exemplaridade. Não podemos prescindir do contato humano, de ver o brilho nos olhos. A grande transformação passa pela presença e pela partilha. E o ensino para as crianças? É urgente que desde cedo ajudemos as crianças a reconhecerem a dimensão espiritual da vida em lugar de valorizarmos unicamente o conhecimento formal. Se não lhes abrirmos as portas da dimensão espiritual da vida, não sei se haverá um mercado de trabalho no futuro, se haverá um mundo habitável, se haverá vida no planeta. Felizmente, já existem muitos educadores que estão conscientes e algumas linhas pedagógicas inspiradas nessa necessidade fundamental. A pedagogia Waldorf é um exemplo. O que você sugere que as pessoas façam para expandirem suas consciências? Acho que não tem uma fórmula única. Uma possibilidade é procurar as organizações e instituições que notoriamente têm como perspectiva a promoção da cultura da paz, a humanização, a relação amorosa entre as pessoas e com o meio ambiente e a espiritualidade, mas sem dogmas, sem sectarismo e sem burocracias paralisantes. Farejem onde está jorrando o conhecimento de vanguarda que inspira e vivifica nossos corações. Mas, podese também ser autodidata. Penso que há quatro coisas que podemos tentar fazer para ajudar a transpor as fronteiras do velho padrão de conhecimento: primeiro, o contato com a arte é fundamental, em especial a grande arte, a poesia, a música dos compositores mágicos como Bach, por exemplo; segundo, a prática da ioga e da meditação; terceiro, o contato profundo com a natureza e, por fim, praticar alguma forma de vida comunitária. Acredito que fazendo isso, em pouco tempo, sem que o percebamos de forma muito clara o porquê e o como, nossas vidas se transformarão. Como avalia a proposta do nosso jornal, voltada ao autoconhecimento e à divulgação de iniciativas ligadas ao bem? A pergunta já contém a resposta. Quem poderia se opor a uma iniciativa dessa natureza? Eu diria que este jornal faz parte dessa insurgência de uma nova cultura do conhecimento que vai se lapidando aos poucos. É também uma espécie de escola. Aprende-se a olhar com outros olhos. Isso é muito bom. Que mensagem gostaria de deixar para os nossos leitores? Não deixem de buscar a ampliação do seu conhecimento, não apenas do conhecimento formal e oficial, mas também daquele conhecimento cuja semente habita em nós e que nos cabe fazer germinar, uma espécie de sentimento de que algo nos transcende. Não se trata de “ter” conhecimento, mas “ser” conhecimento. Quando o conhecimento se encarna em nós, tornamo-nos agentes de transformação, porque exalamos o saber como um perfume contagiante. Busquem a fonte da luz. Quero que vocês entendam isso como puderem.
JORNALZEN
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LUZ DA CONSCIÊNCIA
SETEMBRO/2011
Silvia Lá Mon
LUIZ ANTÔNIO TREVIZANI contato@luzdaconsciencia.com.br
Moral e ética A moral é formada por um conjunto de regras, leis ou dogmas para educação do ser humano. Ela é necessária para contenção da sua brutalidade enquanto ele não alcançar o nível da consciência ética/espiritual e perceber por si só os limites que deve respeitar, e a sua responsabilidade sobre os seus atos e as suas repercussões sobre a humanidade toda. Ela forma o conjunto do espectro religioso que norteia a sua conduta ética dentro da sociedade, ensinando-lhe a respeitar e amar o seu próximo. Com a ampliação da consciência a moral deixa de ser contentora e se transforma numa ética responsável, incorporada e refletida, da qual partem todos os princípios que norteiam a vida do ser humano, não mais por força de lei, mas já por determinação e vontade próprias. A moral é do mundo, da vida humana e é temporária, porque muda e evolui com o avanço do progresso da humanidade e com a conscientização. Porém, ela pode se tornar moralidade, quando aplicada para camuflar e ocultar falcatruas, traições e infidelidades. Todo moralista tende a torna-se, em algum grau, autoritário e manipulador, porque é uma maneira de manter um status sustentado na aparência externa e esconder a sua fraqueza interior. O moralismo se encontra impregnado nas religiões, por líderes e sacerdotes que tendem a exagerar nos valores de seus dogmas; na política, por líderes populistas que se apresentam como grandes benfeitores do povo; na família, geralmente por homens autoritários com esposa e filhos. Mas não é só nesses casos, em quase todos os agrupamentos humanos surge algum moralista tentando enquadrar os participantes num sistema à força de pressão moral. A ética é da consciência espiritual, e se desenvolve na medida em que essa consciência ganha qualidades cada vez mais superiores. O ser ético não precisa esperar pela ação da lei para cumprir as suas obrigações, respeitar os direitos alheios e as regras e normas da sociedade. Não precisa de presença da autoridade para ser honesto e ecológico, e sabe por conscientização o que pode e o que não deve fazer. Por todas as razões que se possa imaginar, na presença de sua consciência, cada ser humano torna-se responsável pelo seu semelhante, pelo ambiente em que vive e pela ecologia global, e não escapa dessa responsabilidade por nada que queira justificar. Plantar e colher são dois aspectos refletidos em vida e morte, ação e reação, causa e efeito. Todo movimento pendular retorna ao seu ponto de partida, e modifica a ambos, ponto de partida e ponto final, até alcançar o repouso. Toda ação tem correspondente reação. O plantio é livre, porém a colheita é sempre obrigatória. Essa é a lei, a moral que educa pela força do retorno. Mas quando a consciência aprende a se tornar ciente o ser humano antecipa a qualidade do retorno através de atitudes pensadas e refletidas na extensão que elas podem alcançar e nos resultados que possam produzir – a ética. A moral vem de fora; a ética surge de dentro, da consciência.
Anjos ipês Desde criança vejo as árvores como se fossem seres gigantes do planeta. Até hoje tenho essa visão sempre que observo-as. Mas uma em especial floresce justamente no tempo de estio, antes da primavera chegar – os ipês. Quando deparo com um ipê branco tenho a impressão de estar avistando um anjo, tal sua beleza e imponência. Tenho a sensação de que ele nos lembra que há paz no mundo e esperança de que em breve virá a primavera. E essa primavera não se refere somente à estação climática, mas também à de nossos corações. Sim, sinto tudo isso quando avisto um ipê branco. Nesta época, eles estão por toda parte da cidade. Estamos cercados de anjos gigantes, porém só quem os nota são aqueles que têm olhos de ver! Nos florais de Minas, um dos primeiros sistemas com flores brasileiras, do qual sou adepta por sua eficácia, há uma essência chamada Tabebuia (Tabebuia chrysotricha), feita da flor do ipê amarelo. “É indicada para toda
e qualquer situação especial da vida em que as forças espirituais, psíquicas ou físicas precisam ser concentradas no objetivo de autocura; para todas as condições em que há dispersão energética que impede a transição de etapas ou de um novo recomeço; para quando todas as forças estão aparentemente exauridas; existindo apenas a esperança como única chama acesa; para aquela alma que precisa concentrar e potencializar todos os recursos internos para obter a recuperação; para a personalidade energeticamente solitária, sem a possibilidade de obter ajudas externas, e que, no entanto, anseia por um último esforço interno de salvação; para aquelas situações de conflito psíquico ou físico que exigem muito esforço e concentração, em que parece não haver saídas ou opções.” Portanto, não é por acaso que sinto tudo isso quando vejo um anjo ipê. Salve a primavera!
PANORAMA Acupuntura em teste
Casa Cor e Apae
A Secretaria de Estado da Saúde está testando a aplicação de sessões de acupuntura para tratar a lipodistrofia, efeito colateral do tratamento de pacientes soropositivos com antirretrovirais. O Centro de Referência e Treinamento em DST/ Aids, na capital paulista, promove sessões de acupuntura para outros pacientes da unidade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 5087-9911.
Parte do valor arrecadado com a venda dos convites para a festa de inauguração da Casa Cor Campinas será revertida para a Apae da cidade. O evento está marcado para o dia 21 de setembro, às 19h30, no Páteo Abolição. O convite (100 reais) pode ser adquirido no escritório da Casa Cor – Rua Rafael Andrade Duarte, 208 (Nova Campinas). Mais informações pelo telefone (19) 3295-7508.
Cultura japonesa
Site solidário
A Aliança Cultural Brasil-Japão promoverá, em parceria com Associação Aichi Kenjinkai do Brasil, curso de cultura e etiqueta social japonesa. Ministrado pela professora Lumi Toyoda, a capacitação terá início no dia 4 de outubro. As aulas serão realizadas na unidade Vergueiro. Inscrições e mais informações pelo telefone (11) 3209-6630 ou pelo email alianca@aliancacultural.org.br .
Lançado no mês passado, o site de compra coletiva Desconto Solidário reverte 10% de cada venda em doações para ONGs da região parceiras do projeto. Casa da Criança Paralítica de Campinas, Grupo Caminhar, Amigos dos Animais (Abeac), Clube da Lady e Creche Mãe Cristina são algumas das entidades beneficiadas, com as quais o usuário pode entrar em contato no ato da compra.
Cirandas de Aprendizagem
Yoga é Luz
A organização Iandê promove até o dia 6 de outubro, em São Paulo, uma série de encontros focados no incentivo à transculturalidade, com ênfase na autoconsciência e ecologia integral. Voltados aos interessados no desenvolvimento humano, os encontros acontecem às quintas, das 19h às 22h30, no Espaço Cultural Omnisciência (Vila Madalena). Mais informações: www.iande.net .
A 12ª edição do evento, que celebra o Dia Nacional do Yoga, está marcada para o dia 24 de setembro, no Sesc Campinas. As atividades ocorrerão das 9h30 às 17h, com entrada aberta ao público. As vagas são limitadas. Os interessados devem levar material e fazer inscrição pelo telefone (19) 3254-7033 ou pelos e-mails yogaterapia@terra.com.br e yogaeluz@campinas.sescsp.org.br .
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JORNALZEN
5 INFORME PUBLICITÁRIO
Blog do Berti Tenho hábito de escrever com regularidade há um bom tempo. Normalmente, tenho expressado minhas opiniões nos meios tradicionais, como jornais. A partir deste mês, você pode acompanhar-me pelo blog. É muito fácil: vá ao site www.derosecampinas.com.br e clique no item conversa com Berti. Abordarei vários temas como: relacionamento humano, relacionamento afetivo, qualidade de vida, sustentabilidade, bem-estar, responsabilidade social, entre outros. A ideia fundamental é trabalharmos com ponto de vista. São as minhas opiniões sobre esses temas. Você poderá concordar plenamente, discordar plenamente ou concordar em parte. Meu propósito não é convencer ninguém de nada. O meu intuito é permitir a reflexão.
Quando temos ideias fundamentadas, criamos a oportunidade de elaborar as soluções de maneira diversas. Já dizia o sábio: se você fizer as Clélio Berti mesmas coi- Diretor da Unidade Flamboyant da sas, será insa- Universidade de Yôga (Uni-Yôga) nidade desejar resultado diverso. Para que possamos melhorar nossa performance na vida, teremos de desenvolver soluções diferentes nos nossos pontos vulneráveis. Perceber outras formas de ver a realidade e, com o nosso conteúdo intrínseco, reelaborar as formas de responder à vida. Portanto, leia com a cabeça aberta. Não concorde nem discorde, sem antes refletir.
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PORTAL SAGRADO DARCY CIAMPA HERAS darcylch@gmail.com
Reagir x proagir Quantas vezes nos deparamos com situações que nos tiraram do “eixo”. Mal-entendidos, discussões com o chefe ou colega de trabalho, no trânsito, em casa com filhos, marido, esposa, etc. Ficamos com raiva, impaciência, irritabilidade e com isso, desgastados física e energeticamente. Culpamos sempre o outro ou a situação para justificar nossa raiva ou a nossa reação. Quando passamos por uma situação desagradável, reagimos na maioria das vezes sem pensar despertando algo que está em nós, como raiva, ciúmes, inveja, ira, mágoa, etc. A situação serve apenas de estopim para aflorar o que já existe dentro de nós. Veja bem, para alguém que não tem inveja, nada o irá afetar nesse sentido, pelo simples motivo de não poder sentir aquilo que não possui na sua essência. Devemos tomar consciência e agradecer as situações “desagradáveis”, pois elas nos mostram aquilo que está dentro de nós e que precisa ser lapidado. Com isso, passamos a desenvolver aos poucos a tolerância, a paciência, a compaixão. Como fazer isso? Não reagindo. Reagir é responder a algo que está no piloto automático. Devemos proagir, adotar um rumo diferente daquele previsto. Numa situação conflitante, parar por uns segundos e respirar fundo já é suficiente para tomar as rédeas da situação em vez de nos deixar levar por ela. Não faça a mudança, seja a mudança!
Campanha pelo fim da violência contra a mulher lança concurso A campanha do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon – UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres – está promovendo um concurso que convida homens do mundo inteiro a usarem sua imaginação e criarem designs de camisetas que incorporem os conceitos de igualdade e respeito para mulheres e meninas. Cinco vencedores serão escolhidos por juízes de todo o mundo, e um vencedor será eleito pelo voto do público. Eles viajarão para Nova York (EUA) para receber os prêmios e participar da celebração oficial do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher na sede da ONU,
em 22 de novembro de 2011. Poderão se inscrever no concurso homens com idade entre 18 e 25 anos até a data da inscrição, que termina no dia 21 de setembro, as 23h59 no horário de Nova York. Os interessados devem criar um design para camisetas e enviar a criação para o site, além preencher o formulário de inscrição. Os vencedores serão anunciados em 31 de outubro. Para saber mais sobre o concurso acesse o site http://unitetshirtcompetition.org/ . Para mais informações, incluindo envio de inscrições e regras, entre em contato com info@unitetshirtcompetition.org .
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Virgem: compreensão amorosa O trabalho de Hércules ligado ao signo de Virgem é a tomada do cinturão de Hipólita. Virgem é o signo do acolhimento, cuidado e nutrição, e este trabalho representa a delicada tarefa de acolher, ao mesmo tempo em que procuramos orientar corretamente, tudo o que existe dentro e fora de nós. Hipólita era a rainha das amazonas, uma comunidade de mulheres guerreiras que viviam isoladas dos homens. Ela recebera de Vênus um cinturão, e a tarefa de Hércules era obtê-lo. Logo que chegou ao reino das amazonas, o herói se pôs a lutar com Hipólita. Ele arrancou-lhe o cinturão, matandoa. Só então percebeu que ela não desejava lutar e entregava-lhe livremente o que ele buscava. Desolado com o seu erro, Hércules voltava para casa por uma encosta marítima, quando ouviu os gritos da donzela Hesíone. Um monstro marinho acabava de abocanhá-la. Esquecendo-se de si mesmo e de sua dor, Hércules lançouse ao mar e nadou até o monstro. Ele entrou pela boca da criatura e desceu até o seu estômago, segurou Hesíone com o seu braço esquerdo e com a mão direta usou a espada para abrir a barriga do monstro e retirá-los dali. Assim, Hércules redimiu o seu erro anterior. E só assim o trabalho foi completado. Parte da beleza do mito está no fato de que Hércules às vezes cometia erros, tal como nós, e tinha que voltar atrás e endireitar-se. Vênus é a Senhora do Amor e da Unidade, e o cinturão do mito é um símbolo de união. União é algo que acontece entre dois, e o verdadeiro trabalho de Hércules era unir-se com Hipólita. Mas isto ele não compreendeu, e procurou obter a união, paradoxalmente, sem levar em consideração aquela com quem
deveria unir-se. As amazonas representam o lado material da vida, quando dissociado do espiritual. Hércules representa o Eu Superior ou a nossa essência espiritual. A meta para os seres humanos é a perfeita sintonia entre a vida material e a vida espiritual. No caminho espiritual, o corpo, os hábitos, a família, o trabalho, o dinheiro e tudo mais, não devem ser negligenciados, anulados ou eliminados. Devem ser acolhidos e compreendidos a partir de uma perspectiva mais profunda e mais ampla. Então devem ser amorosamente ajustados para que reflitam os princípios e valores espirituais. Toda a espiritualidade tem a ver com união. A palavra “religião” vem de “religar” (o humano com o divino). O termo oriental “ioga” significa integração ou união. A união acontece por dentro (entre o material e o espiritual em nós) e por fora (entre eu e os outros, eu e a coletividade). Unir-se com o outro é também um grande desafio. Levar o outro em consideração é um grande desafio. Parece simples, mas muitas vezes, não compreendemos que o outro é outro, não é como eu. Ele tem a sua própria história, suas motivações, sua maneira de pensar e de fazer as coisas... Tem a sua própria missão e a sua contribuição. A paz, a justiça e a fraternidade — entre pessoas e entre povos — não podem ser impostas unilateralmente; têm que ser construídas conjuntamente, com a contribuição própria de cada um. A maneira como Hércules salvou Hesíone representa o processo pelo qual o espírito acolhe, eleva, redime e ilumina a matéria. Representa também a disposição de ir em direção ao outro, percebê-lo, manter-se ao seu lado e cooperar com ele. Em sua errônea relação com Hipólita, Hércules procurava obter e tomar, mas em sua correta relação com Hesíone, ele buscou compreender, servir e dar.
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Pensamentos de
Padre Haroldo Profundo silêncio O presidente Roosevelt gostava muito de caçar onças. João Lopes, um grande caçador de Cuiabá, visitou o presidente. Eles conversaram por duas horas. Quando terminaram, um jornalista perguntou ao dr. Lopes como foi a conversa: “O presidente fez boas perguntas?”. Dr. Lopes respondeu: “Ele só perguntou o meu nome”. O governador do Texas perguntou ao presidente Clinton: “Como o senhor pode atender tantas pessoas em um dia?”. O presidente respondeu: “Eu não falo nada.” Quais são os métodos de obter silêncio? 1) Aprender a ouvir. 2) Seja um contemplativo na ação. 3) Imite Pedro e André que foram ouvir a Jesus. “Vinde e vede”. Existiu um templo numa ilha que estava cheio de sinos de todos tamanhos, pequenos e grandes. Quando o vento soprava todos os sinos tocavam juntos numa sinfonia que extasiava os ouvintes. Com o passar dos anos, aquela ilha afundou-se no mar. Diz uma tradição que os sinos continuaram a tocar e qualquer um que tentasse escutar com atenção, ouvia. Um jovem viajou mil quilômetros, determinado a ouvir o som destes sinos. Sentava-se horas e horas com o coração muito atento. Só ouvia o oceano quebrando-se na praia. Passou meses lá e não ficou desanimado porque o povo da aldeia falava que a história era
verdadeira. Com aquelas palavras o seu coração sempre se inflamava. Finalmente cansado, desistiu, pensando que não fosse destinado a ouvir os sinos. Talvez a própria lenda fosse falsa. Resolveu voltar para casa. No último dia o jovem voltou ao posto favorito, lá da praia, para dizer adeus ao mar e ao céu, às gaivotas, aos ventos e aos coqueiros. Não resistiu a beleza dos sons da natureza e se entregou completamente ao repouso. Ouvindo o rugido das ondas sobre a areia, perdeu-se no som do mar e mal tinha consciência de si mesmo. Neste profundo silêncio, ele escutou o bimbalhar de um sino, depois de outro e mais outro... e milhares logo após. Quando queremos ouvir o bimbalhar dos sinos, escutamos o som da natureza. Quando desejamos ouvir Deus, olhamos atentamente para Sua criação. Descansamos em silêncio. Não rejeitamos a beleza da criação; não refletimos sobre ela. Simplesmente em silêncio olhamos para a beleza da Divina criação. Assim, em silêncio dançamos a dança de Deus. Haroldo Joseph Rahm é fundador da Apot – Instituição Padre Haroldo, para pessoas com síndrome de dependência alcoólica e química. Tel.: (19) 3794-2500 - Campinas hrahmsj@yahoo.com
Fitoacupuntura ou fitoestimulação É uma técnica desenvolvida pelo professor Sergio Franceschini, biomédico acupunturista e fitoterapeuta, fundador da Clínica de Acupuntura e Fitoterapia Casa da Terra, no bairro da Vila Romana, em São Paulo. A fitoacupuntura associa a acupuntura com a fitoterapia, utilizando-se das sementes de plantas medicinais para estimular os pontos de acupuntura. A semente tem todo o potencial energético para gerar uma planta, assim, quando pressionada no ponto de acupuntura, ela libera essa energia e auxilia no reequilíbrio do sistema de energia (meridianos). Essa fonte de energia, colocada em cima de um ponto energético, consegue fazer o equilíbrio das energias yin e yang. O equilíbrio energético é gerado através do encontro das duas energias, a energia do ponto que está em desequilíbrio com a energia perfeitamente equilibrada da semente. Essas energias circulam entre a semente e o ponto, favorecendo o equilíbrio do qi (energia). Esta técnica pode auxiliar em vários tratamentos, como dores musculares, tendinites, enxaqueca, gastrite, ansiedade, etc. Há uma grande aceitação pelos pacientes que têm medo de agulhas e também por aqueles que utilizam a fitoterapia como recurso terapêutico. É uma técnica simples, porém exige todo um rigor quanto à qualidade e
escolha da semente, a localização exata do ponto e a indicação adequada com o d e s e q u i l í b r i o Maria Aparecida Torres Mourão Enfermeira sanitarista, a p r e s e n t a d o especializada em acupuntura, cromopuntura e fitoacupuntura pelo paciente. A fitoacupuntura pode ser executada com quase todas as plantas medicinais, levando-se em consideração o efeito principal da planta, utilizando-se a semente ou inflorescência (arnica, cravo, camomila, erva-doce, endro, alfazema, etc.) ou cascas (canela, cânfora, anis-estrelado, etc.), de acordo com tratamento a ser utilizado. A semente é fixada com micropore sobre a pele (ponto de acupuntura) e tem uma duração de aproximadamente sete dias. Na auriculoterapia também podemos utilizar a fitoestimulação com sementes menores como a de alfazema (desequilíbrios do sistema nervoso – ansiedade, insônia), erva-doce (desequilíbrios do estômago), etc. Os efeitos colaterais praticamente não existem. Em pacientes alérgicos, as sementes de plantas aromáticas podem causar leve reação local, mas isso pode até facilitar a absorção dos princípios ativos pela pele.
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METAMORFOSE
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EDUCAÇÃO &da VALORES Tesouros Vida JULIANO SANCHES
JULIANA PERNA E SAULO BRAGA
A arte de transformar ‘verdades’ Por inúmeras vezes na vida somos tomados por sentimentos que contradizem nossa essência, por conta do “eu interior” que muitas vezes nos comanda, dando a impressão de que estamos dominando as “verdades” e que tudo está “sob controle” – sob nosso controle. Seja na vida pessoal ou profissional, manter o controle da situação faz de nós seres mais seguros de nós mesmos... Será? Doce ilusão esta, de acharmos que somos capazes de antever tudo e mantermo-nos equilibrados o suficiente para que nada nos tire dos “trilhos”. No entanto, cedo ou tarde é inevitável depararmo-nos a circunstâncias fortes o bastante para causar em nós um “tsunami” interior, devastando e tirando tudo do lugar, fazendo-nos perder aquilo que mais nos mantinha sóbrios. Nessa hora notamos que essa ‘sobriedade’ pode fazer de nós seres limitados, engessados a ponto de perdermos grande parte do precioso tempo, com banalidades “adultas” e “adúlteras”, que nos traem mais dia menos dia, colocando-nos na posição de “plateia morta”, fazendo-nos perder o mais importante em tudo isso: a arte de inovar. O que ontem era novo, hoje envelheceu! Por isso, neste mundo de tantas inovações não vence quem tem a maior descoberta somente, mas quem é criativo o suficiente a tal ponto de transformar o que tem em mãos em coisas ainda melhores. Portanto, o lema agora é “metamorfosear”... sim, por que não? Tal qual na alquimia, transformamos elementos em outros, que sejamos nós “alquimistas de nós mesmos”; transformadores de situações corriqueiras e aparentemente “controladas” em eventos novos, grandiosos e maiores que pensávamos. Hoje, não é mais esperto quem detém as “verdades” absolutas em suas mãos, mas quem olha para as “verdades” de outrem com olhos atentos e ouvidos bem abertos para receber com respeito a opinião e, juntos, quem sabe, fazerem brotar novas oportunidades. Eis aí a chave: oportunidades! Estas que podem ser encontradas nas mais diversas situações ou até mesmo criadas a partir do convívio e da partilha de diferentes culturas, raças ou até “opiniões”. Encontrar oportunidades no “ócio criativo”, nas diversidades e adversidades da vida faz de nós seres dotados de grande chance de crescer, expandir e alçar novos voos. Afinal de contas, quem é o “dono da verdade”?
O autoconhecimento e o trânsito de veículos Num primeiro momento, pode ser complexo situar uma relação entre o autoconhecimento e o trânsito de veículos nas metrópoles. Mas, por outro lado, eu e você sabemos o valor das alternativas no século 21! As tecnologias sustentáveis conquistam cada vez mais adeptos, numa crescente mescla entre a realização de sonhos, a captação de referenciais a partir do autoconhecimento, a busca por planos de construção de uma condição favorável à continuidade das relações sociais e bioquímicas no planeta. Muitos dos cientistas descobriram as soluções para determinados problemas tecnológicos ou acadêmicos em experiências com o desconhecido, o não-apreendido. Albert Einstein, Carl Jung e tantos outros acessaram respostas através de um relacionamento com um universo de conhecimento à parte. O pensamento e o sentimento sobre o devir, o vir-a-ser, põem em condição de mergulho a consciência, num movimento de engrenagens em prol de soluções, momentâneas, mas assertivas. O carro voador, a geração de novos desenhos de planejamento urbano lançam um profundo desafio aos habitantes da aldeia Terra.
A comunicação atinge patamares cada vez mais complexos. E o transporte? Parou no tempo? É hora de sairmos dos comodismos, zonas de conforto, e nos lançarmos em projetos urbanos ousados. A tecnologia necessita cada vez mais antever. Uma dose de excentricidade cai bem à tecnologia no tempo atual. E o autoconhecimento, o contato com outras esferas e faixas de consciência, se mostra como uma ferramenta de ponta, para desengessar e alimentar o campo de atuação das ciências. Os conhecimentos sobre a diversidade de vidas, as técnicas, os cálculos, os estudos sobre a mente deixam escapar, atualmente, uma sede por uma Era de Ouro do transporte urbano, seja privado ou público. O ser é um edifício existencial e um veículo cósmico. Portanto, é uma microcidade, capaz de se expressar nos níveis das macrocidades. O fluxo sanguíneo, por exemplo, está equiparado ao dos veículos automotores. A questão urbana urge por um desentupimento do tráfego e, assim, aparece uma profunda demanda de ousadia, perspicácia e vontade de quebrar crenças ultrapassadas. Juliano Sanches é jornalista e palestrante casadojulianosanches.blogspot.com julianoluis@ig.com.br
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Hipnoterapia cognitiva (sonoterapia) Muitas doenças nervosas e fisiologicamente ela penetramentais podem se beneficiar rá menos do que a vermelha, de uma conduta terapêutica mas o efeito psicológico está imchamada hipnoterapia cognipregnado em nossos valores tiva, mais conhecida como soculturais e é ele que dá o tom. noterapia, considerada uma Então, recapitulando: o das mais avançadas e das objetivo desse condicionamais antigas terapias cognitimento é diminuir a atividade vas comportamentais. cerebral a níveis alfa e abaixo Essa técnica é uma sofistidele, níveis estes que podeMario Celestino cação da hipnose tradicional, mos encontrar um simples rede Oliveira convencional. Ela foi se aprilaxamento até um sono promorando e tomando corpo fundo, afinal de contas o sono sem modificar suas essências, quando ci- é a inibição protetora do córtex e o que faentistas e pesquisadores começaram a per- zemos é a intensificação dessa inibição. ceber que as induções hipnóticas seriam No condicionamento auditivo, que é a mais rápidas e eficazes com a introdução variável mais importante do processo hipde condicionamentos por instrumentos. nótico, o paciente recebe através de um No condicionamento visual, é feito fone de ouvido um programa pré-elaboraatravés de óculos especiais compostos de do, minuciosamente estudado, com detaleds vermelhos e azuis e com os olhos fe- lhes específicos para uma determinada pachados ate o final da sessão, que farão a tologia a fim de que, ao ser interpretado a função de baixar a atividade cerebral, vari- nível de córtex, a remoção dos estímulos ando as frequências entre 0,5 a 50 Hz e negativos seja praticamente modificada por com intensidade fixa. novas conexões neurais, ou seja, iremos Explicaremos mais detalhadamente o controlar e selecionar os estímulos através porquê dos leds vermelhos e porque pode- dos sintetizadores e do fone, evitando ao mos utilizar de forma opcional a luminosi- máximo aquelas variáveis indesejáveis que dade azul. dificultam o tratamento. As cores não são apenas e tão somente Em nossa clínica, temos experimentado cores. As cores na realidade são espectros com o uso da técnica, por luz e som, para de ondas eletromagnéticas, cada uma de- o tratamento de diversas condições patolólas visíveis a olho nu, que têm o seu compri- gicas, tais como depressão, ansiedade, mento de onda medido em milimícrons. síndrome do pânico, estresse pós-traumáDesde o infravermelho ate o ultravioleta. tico, algumas psicoses, obesidade e tamMuitos podem perguntar o porquê de bém dependência química, na qual cai no se usar o vermelho e não o verde, e por mesmo esquema de novas aprendizagens que temos um opcional que é o azul? para se ter novos comportamentos, ou seja, Tudo que foi falado é pura física, ou seja, fazem novas redes neurais. não existe nada fora a física e a eletricidade. Os resultados até o momento têm sido A luminosidade vermelha possui um extremamente positivos, pois estamos introcomprimento de onda de 800 milimícrons duzindo uma conduta terapêutica não invae transportando isso para a neurofisiologia, siva, pelas invasivas e no mínimo substituíou seja, para o processo terapêutico, ela mos gradativamente os psicotrópicos, favotem a propriedade de penetração cortical recendo uma menor incidência de efeitos comais intensa devido ao seu comprimento. laterais dos mesmos. Atualmente, as pesquiQuando se pede para fechar os olhos na sas científicas mais atualizadas mostram o sessão é porque a pálpebra irá servir de quanto estamos avançando nos processos difusor para a luminosidade para dentro dos não invasivos, tais como as estimulações olhos em que esse estímulo visual vai ser magnéticas transcranianas e a antiga eletrocaptado pelos fotorreceptores, transfor- terapia transcerebral, da qual já falávamos mando-os em estímulo elétrico que cami- anos atrás, estão em franco desenvolvinhará para o tronco encefálico e depois pa- mento em grandes universidades do país. ra o córtex cerebral para ser interpretado. Resumindo: a hipnoterapia (sonoteraJá a luminosidade azul possui um com- pia) é um procedimento não invasivo que primento de onda de 400 milimícrons e con- atua no cérebro, fazendo com que os distúrsequentemente a penetração cortical é me- bios neles existentes sejam eliminados pelo nor, porém psicologicamente trazemos in- processo da renovação das conexões neuformações de nossos antepassados de que rais, ou seja, que os caminhos nervosos o azul acalma, tranquiliza e alivia a ansieda- sejam modificados e o paciente retorne ao de. Quando usamos a luminosidade azul, seu equilíbrio.
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Autoconhecimento: o genograma nas constelações sistêmicas A abordagem sistêmico-fenomenológicointegrativa, desenvolvida por Bert Hellinger e ampliada por alguns de seus discípulos, tem criado vários formatos e caminhos para o autoconhecimento e expansão da consciência, considerando, sempre, que os membros de um sistema – familiar ou organizacional – estão em ressonância entre si, independentemente do contexto de espaço (onde) e tempo (quando). Partindo de modelos desenvolvidos pela antropologia desde o início do século XX, no campo das relações de parentesco, o genograma é um desses instrumentos que permite visualizar, de forma ampla, os vínculos que conectam os membros de um sistema, suas relações, emaranhamentos e informações significativas sobre acontecimentos e dinâmicas. Como representação gráfica de uma constelação familiar multigeracional, essa técnica permite visualizar a estrutura e a origem familiar e desvela, em várias gerações, a repetição de doenças, sintomas, sentimentos, padrões de comportamento, destinos e até mesmo o significado e as razões que levaram pessoas da mesma geração ou de gerações passadas a fazerem certas escolhas e agirem da forma como agiram. Interpretado sob a luz de Hellinger, o ge-
nograma aponta para os desequilíbrios provocados por dinâmicas que, naquele sistema, desrespeitaram as leis sistêmicas básicas (do pertencimento, da hierarElisete Zanlorenzi quia e da equivaFormação internacional em lência entre o dar Constelações Sistêmicas Familiares, Organizacionais, e o receber), desEstruturais e em PNL. velando a vincu- Certificação em treinamentos com Bert Hellinger lação de cada um eavançados Sophie Hellinger. Doutora em a esses aconte- Antropologia (USP), com 22 anos de docência universitária. cimentos, que po- Especialização em Psicoterapia Analítica de Grupo (Unicamp) e dem causar blo- Psicologia Transpessoal (Alubrat). queios, doenças, comportamentos inadequados, em várias áreas da vida. É, portanto, uma fonte inesgotável de autoconhecimento, capaz de transformar nosso olhar e reverter fatos considerados negativos em positivos, já que, ao contextualizá-los, os mesmos passam a ser vistos com compaixão e respeito. É, principalmente, um retrato genealógico da força que impulsiona cada sistema e da capacidade que cada um tem de, ao reconhecêlo, dar um passo adiante.
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SETEMBRO/2011 Silvia Lá Mon
CULTURAZEN Amanda La Monica
Mona Set El Banat ladeada por dançarinos que se apresentaram na comemoração de seu aniversário entre amigos
Luciana Gigliotti, a cantora Lyra, Silvia Lá Mon e Padre Haroldo depois do evento de abertura do projeto Círculo Virtuoso, que está movimentando o Cenapec, em Campinas Silvia Lá Mon
Murilo Nogueira Santamaria, Emílio Olmos e José Henrique Almeida Marques prestigiaram a festa em torno de Mona El Banat
Silvia Lá Mon
A tenente Susane Melissa Meyrer recebe do general Mario Seixas o diploma de posse na Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas
Silvia Lá Mon
Divulgação
Monge Daniel, pai do lama brasileiro Michel Riponche, esteve em Campinas e conheceu o JORNALZEN
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Nena Rampazzo Momento da inauguração de uma das duas ecotecas da Apae de Indaiatuba, projeto de incentivo à leitura de maneira lúdica que utiliza o livro como atividade extraclasse
Arte naïf Uma arte simples que nos leva aos artesãos sem ser artesanato. Ingênua, simples e romântica. O artista plástico dito NAÏF ou INGÊNUO é geralmente um autodidata que se expressa plasticamente de maneira instintiva, espontânea e original. Não se preocupa com conceitos, deixando aflorar naturalmente a sua sensibilidade, os seus devaneios oníricos, as suas emoções e as experiências adquiridas no meio social-cultural registrando de forma marcante e peculiar as situações fantásticas e inusitadas, assim como os acontecimentos simples, singelos, humorísticos e até mesmo trágicos. Reprodução
Artistas: Rousseau, Vitor Henry, Valdomiro de Deus, Lucia Buccini
“Sonho” - sítio da Cecília, trabalho naïf de Nena Rampazzo. técnica: acrílica sobre tela
ATELIÊ: Rua Roberto Simonsen, 275 (Taquaral) – Campinas – Fone: (19) 3251-8698
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Recanto do Poeta Tantos anos depois Adentras o templo de Deus amparada por teu pai. És quase uma menina, mas já trazes no rosto o semblante da mulher. Sonhas um mundo ditoso, quando a mão estendida do príncipe que escolheste te conduz até o altar. Juras de amor, promessas de fidelidade. E o desfile recomeça. Não mais um, mas agora já são dois, caminhando na passarela, entre sorrisos de esperança. E o tempo foi passando. Vieram filhos, netos e bisnetos. Dias de conflito, noites de vigília. A fé sobrepairando em tudo, o carinho vivificado nos gestos. Tantos anos de certeza de que os jovens de ontem são respostas aos de hoje de que enquanto houver ternura e respeito pelo outro, a vida há de ser sempre um sonho para os que creem em Deus e acreditam no amor.
Metamorfoseando? ... metamorfoseei Quando olho para trás, Vejo cenas do caminho... Do tempo em que se desfaz Meu tempo que vivi sozinha! Agora estou a voar, E ninguém mais me segura ‘Casada’ com o novo tempo, Do casulo, sou ‘viúva’! Vivi em outrora trancada, Em meu casulo de seda Segura ali, pendurada... Foi quando vi uma ‘fenda’. A mudança enfrentei... Com meu grito de dor... Com asas, metamorfoseei, Minha metamorfose d’amor. Se tenho medo agora? Só se for de “uma pessoa”: A única capaz de minhas asas... Cessar... enquanto voa! De mim mesma sou aliada... Mas posso ser ‘inimiga’ Depende, qual ‘alimentada’... E então escolhida! Novos voos vou alçando... Sou mulher... sou menina, Poeta... Escritora... Amante: amante desta “mi vida” Juliana Perna
Arita Damasceno Pettená
Caminhos Caminhos agregados aos destinos, livres despreocupados a vagar, estendidos nos tempos peregrinos; labirintos que estão a divagar. Rever caminhos calmos e divinos é impossível; o incerto paira no ar. Tais quais curvas de rios cristalinos, há um talvez, não se sabe o que encontrar. Não importa. Teus passos se esfumacem, nos traiçoeiros tempos cruciais. Caminhe agora vá sem relutância. Ah! Embora os sonhos teus se despedacem, atravesse sem medo os vendavais. Assim atingirás a culminância. Geni Fuzato Dagnoni
MANDALA PARA PINTAR
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SONIA SCALABRIN -
JORNALZEN
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Momento de Reflexão
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JOÃO BATISTA SCALFI scalfi@terra.com.br
SÁTÎT JOTÍ star_ethos@yahoo.com.br
Terapia do amor em relação às drogas Se você surpreendeu um filho usando qualquer tipo de droga, tenha muito cuidado com a maneira de agir. Passado o choque inicial, procure conversar calmamente, em tom de amizade e carinho, buscando saber as causas que o levaram a essa fuga infeliz. Uma atitude de bondade vale mais do que todos os argumentos produzidos pela cólera ou pela agressividade. É provável que ele esteja na fase inicial, necessitando de ajuda mediante a compreensão do problema. Não o faça sentir-se pior emocionalmente, porquanto essa postura levá-lo-á a situação mais grave. Faça-o perceber que a família está aberta ao diálogo, e que ele sempre contará com seu apoio. Dê-lhe uma assistência de vigilância, sem tornar-se um guarda severo ou algoz contínuo em referência ao seu comportamento. Todo aquele que se permitir ao uso de qualquer tipo de vício, encontra-se em conflito pessoal, desconfiado e descontente com a existência. É indispensável fazê-lo valorizar a oportunidade existencial, lentamente, com cuidado e otimismo. Evite a postura de mártir ou de infeliz, que o empurrará para a culpa devastadora. Aquele que se encontra no caminho perigoso, necessita mais de alguém que o auxilie na libertação, do que punição contínua. Sempre, que possível, converse sobre temas edificantes, cuidando de não se tornar cansativo em relação ao problema. Se o seu lar é equilibrado, e, apesar disso, ele optou pela busca de qualquer droga da moda ou não, proponha-lhe a ajuda especializada de um psicoterapeuta, melhor treinado para situações dessa natureza. Se, porém, o seu é um lar atribulado, repleto de conflitos e de instabilidade emocional, busque equilibrar-se e melhorar a situação doméstica, que o empurrou para fora do seio familiar, a fim de trazê-lo de volta. Não transfira a responsabilidade do erro dele para outrem, o que não resolve a questão, somente gerando mais descontentamento e mal-estar. Impeça que ele seja visto pelos demais membros da família como um viciado. Todas as pessoas se equivocam, e tem o direito à recuperação. Ele não é o primeiro e não será o ultimo a atravessar esse portal do infortúnio em busca da fantasia, da ilusão, da felicidade mentirosa... É necessário favorecê-lo com diferente visão da vida, com as bênçãos da responsabilidade para o enfrentamento que tem pela frente, encorajando-o para superar os medos que o estão afligindo, mesmo sem o perceber. Nunca assuma atitude puritana, dando a impressão de superioridade, nem relate as suas experiências triunfantes, de forma que o humilhe. Demonstre que você também tem problemas e busca resolvê-los de maneira saudável. Faça-o perceber que a droga somente leva à destruição... Ame seu filho em qualquer circunstância, demonstrando-lhe que nada no mundo o afastará da sua ternura, do seu devotamento e da sua responsabilidade afetuosa. Ele necessita de segurança emocional. Torne-se esse porto de amparo. Aplique sempre a terapêutica do amor e não tenha pressa. O resultado virá no momento oportuno. Fonte: Diretrizes para uma Vida Feliz (Divaldo/Marco Prisco) João Batista Scalfi é presidente do Educandário “Deus e a Natureza”, de Indaiatuba www.educandariodn.org.br
Clareando De modo geral, setembro apresenta-se como um mês mais tranquilo. Nele, temos o signo de Virgem, que é a energia que discrimina o que lhe faz e o que não lhe faz bem, que purifica, busca a ordem natural como forma de se preparar para se relacionar com o outro. E este momento de relacionamento vem na sequência, quando entramos no signo de Libra, dia 24. No dia 15, Plutão – o planeta que revela (tesouros/potenciais/segredos) sempre com o propósito de evoluirmos para algo melhor – sai de sua posição estacionada, voltando a andar no céu. Quando isso acontece, a sensação de que as coisas estão andando é percebida. Os projetos iniciados ganham dinâmica de solução. Uma configuração planetária acontece nos dias 20 e 21, promovendo atrito e tensão. A necessidade é de conciliar assuntos/questões aparentemente inconciliáveis. Para tirar o melhor proveito desses dois dias, procure reagir menos impulsivamente. Olhe o que aparecer dentro de suas áreas. Se financeira, trate como financeira e não como um valor
emocional ou pessoal. Se pretende inovar ou romper com algo, faça-o, mas sem comprometer sua estrutura ou romper relações amorosas e valores importantes. Claro que se posicionar em uma área acaba interferindo em outras, mas há formas mais integradas de fazer isso. Sobretudo, não se precipite. São apenas dois dias. Se precisar, espere outros. Melhor ainda se puder esperar até o dia 25 e aproveitar o grande triângulo de cura que se forma no céu. Esse triângulo propicia entendimento e facilidades no que se refere a questões de valores materiais, financeiros, econômicos, de trabalho, rotina, profissão. Enfim, ligado à estrutura material. Ele disponibiliza uma forma prática de ver as coisas no real, o que pode ser uma forma equilibrada de olhar sua vida nesse momento. Afinal, no dia a dia tem se falado muito das crises financeiras das nações, Estados, cidades. E isso chega até você de alguma forma. Cultive-se para que possa oferecer sua melhor flor e perfume quando a primavera chegar. Bom mês!
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SETEMBRO/2011
Líricas Bulhufas MARCELO SGUASSÁBIA
Raindrops A chuva mansa e criadeira me levou em correnteza à releitura de Herman Hesse, Machado e Florbela Espanca. Às vezes em pingos fortes, açoitando minhas janelas, chegava lembrando o medo das cucas e lobisomens, sentimento adormecido desde a época em que os lobisomens e as cucas existiam aqui de fato. Serena mas decidida, faz serviço caprichoso de empenar as madeiras, traga os barcos de papel e os de verdade, encharca por onde passa. Tinge de musgo as pedras, provoca o estrago que quer. Perseverante, dura bem mais que os dois volumes capa-dura do Machado, do meu “Sidarta” já em frangalhos e da fininha antologia da Florbela. Finda a faina literária, me faz separar as roupas em uso das que não servem, erguer castelos de cartas, deletar e-mails lidos e um mundo de outras tarefas que jamais levaria adiante se sol houvesse, por tímido que fosse. O chumbo do céu chuvoso, convite mais que aceitável ao nada pra se fazer. Céu que me ilha e me avisa que é inútil tentar sair, tão cedo não irá ceder esse concerto de trovões. E dá-lhe água despencando. Fechadas as portas que dão pra fora, a chuva me ordena a olhar pra dentro, para o que havia de seco e há muito pedia uma rega farta e recompensadora. Ao longo desses dias tão iguais, ela foi moldando minha carcaça no aconchego da poltrona, me trouxe de volta ao piano que há anos nem abria. E reparei naquele Mi desafinado desde nem sei quando. A chuva que também é uma nota só e que marcou novembro em Andante Cantabile, atravessou
dezembro em Allegro Moderato e ao, que tudo indica, encerrará janeiro em Presto Molto Vivace. De garoa a tempestade, a chuva me botou em posição de lótus, com a espinha ereta e o coração tranquilo como o Walter Franco naquele disco anos 70, a Revolver fantasmas. Me deixou menos urbano e instalou narina adentro o pasto e o estrume de vaca, mais raros e intraduzíveis que o mais fino dos Chanel. A chuva tem sido tamanha que borra as letras dos livros mofando nessas estantes. Não autorizou a fazer nada do que havia planejado, mas me mostrou que as urgências não eram assim tão urgentes. Que espera é maturação, que tempo tinha de haver pra escutar sua cantilena. Deito, durmo e sonho aos pingos, enfronhado nos torós. Enquanto os móveis de casa bóiam na enchente insana, eu vazo por todos os poros, choro água da borrasca, viro bica como tudo à minha volta. E o barulho da chuva, que me trouxe o pesadelo, é o mesmo que me desperta. Vejo o bolor nos rejuntes e cogumelos multicores fermentando no quintal. Ela, que impacienta as crianças e apascenta os velhos. A chuva que cai sobre os recém-defuntos, coada por sete palmos de terra. Criando adubo, abrindo poças e transbordando poços nas chácaras que se estendem pra além do alcance da vista. A chuva que não para e que, reinando feito déspota, quer que o assunto seja ela e nada mais. Marcelo Sguassábia é redator publicitário www.consoantesreticentes.blogspot.com www.letraeme.blogspot.com
FREJAT FAZ SHOW EM PROL DO BOLDRINI O ex-integrante do Barão Vermelho se apresenta dia 23 de setembro, a partir das 23h, na Red, em Jaguariúna. O show, que contará com a Orquestra Sinfônica da Unicamp e o maestro Amilson Godoy, terá renda revertida ao Centro Infantil Boldrini. Os ingressos estão sendo vendidos a 60 reais (área vip) e 30 reais (pista). O evento faz parte do projeto Arte do Bem, que permite a parceria de empresas em benefício do Boldrini por meio de leis de incentivo cultural. Mais informações: (19) 3867-7000 ou www.projetoartedobem.com.br
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Corpo e dança na velhice Uma marca da sociedade contemporânea é a dificuldade em lidar com o envelhecimento; na maioria das vezes, a discriminação e o preconceito fazem com que os idosos não se permitam vivenciar sua velhice de forma plena, expressiva e prazerosa. Os idosos, em geral, demonstram ter vergonha de seu corpo e timidez para colocá-lo em movimento; muitos chegam à dança após um longo caminho de esquecimento e desencontros com seu próprio corpo, com uma história de sedentarismo, com posturas que os distanciam cada vez mais da flexibilidade natural, com tensões psíquicas, preconceitos e medos enormes de se mostrar. A maioria se questiona se dançar é algo que vale a pena, já que sentem que perderam toda possibilidade de expressão e movimento no cotidiano. Muitos perguntam: Na minha idade, será que eu posso? Será que eu vou conseguir? A dança é capaz de produzir mudanças nas pessoas. A única coisa que o profissio-
nal faz é estimular as potencialidades que todas as pessoas possuem. Através do movimento, a dança possibilita a Wanda Patrocinio pessoa a se conhecer melhor, Doutora em Educação, Mestre em Gerontologia e graduação a entrar em con- em Pedagogia pela Unicamp; tato com partes extensão em Psicogerontologia profundas de si mesma, com sentimentos muitas vezes difíceis de serem expressados verbalmente, e a explorar novas formas de ser e de sentir. Desta forma inicia-se uma modificação de forma fluida no ser idoso, que passa a se escutar sem julgamentos. A dança pode, assim, contribuir para a qualidade de vida e para o envelhecimento saudável de adultos e idosos.
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Pelos Caminhos do Coração
Identidade, missão e valores (3)
INES S. MÁRTÎMS ines.s.martins@terra.com.br
Coragem para avançar “Medos não passam de pensamentos, e pensamentos podem ser abandonados” Louise L. Hay em seu livro Ame-se e cure sua vida (Ed. Best Seller)
O medo pode ser um grande entrave para quem deseja viver uma vida plena e feliz. Assimilado desde a infância, por ter sido usado, muitas vezes, como uma espécie de arma para educar, crescemos condicionados a temer: o castigo, a rejeição e os ‘perigos’ que a vida oferece a todo o momento. Não adiantaria simplesmente culpar os pais ou educadores, já que eles também cresceram cheios de medo, passando a educar os filhos com base nessa energia que muito limita. Mas, em princípio, precisamos lembrar que o medo é uma reação natural de proteção, presente em nosso “sistema” evitando que caiamos em situações complicadas e, eventualmente, nos machuquemos, física ou emocionalmente. No entanto, quando o medo soa como nota principal em nossa vida e nos mantém agarrados às crenças limitantes que desenvolvemos ao longo da vida, precisamos rever essa questão o quanto antes. Em seguida, importa perceber que o corpo sente aquilo que a cabeça pensa, daí a importância de cuidarmos da qualidade dos nossos pensamentos. Além da educação que recebemos na infância, é fácil observar que a mídia também alimenta o medo ao dar ênfase exagerada aos noticiários sobre catástrofes, violência, doenças e fatalidades diversas. Com isso, os que são muito afeiçoados à TV, por exemplo, tendem a desenvolver um medo maior do que o necessário, e, caso não estejam suficientemente atentos, terão uma visão desproporcional dos acontecimentos cotidianos, que incluem situações felizes e tristes. Viverão apavorados com pequenos incidentes acreditando que tudo é terrivelmente assustador, terminando paralisados diante de situações em que precisariam atuar e colaborar para a solução. Quando pensamos estamos criando o nosso futuro, portanto, se somos tomados por pensamentos de medo e os alimentamos, atrairemos para nós o que mais tememos. Essa percepção traz de volta a consciência de que somos os responsáveis por nossas experiências, assim, cabe a nós promover uma mudança na maneira de pensar e, com isso, imprimir mudanças positivas em nosso estado de ser. Um bom começo é substituir os pensamentos temerosos por afirmações que tragam horizontes e perspectivas mais positivas. É importante desejar estar em paz consigo mesmo e com o processo da vida, buscando abandonar as limitações e ir além, soltar as tensões, os medos, e avançar corajosamente. Você pode!
Valores: para o Espírito, o que primeiro a Divina, de amar a tem preço não tem valor. EstaDeus e ao próximo; depois a mos tornando a Vontade de nossa, se estiver de acordo. Deus e a nossa Uma só. Essa Ordem deve ser A Vontade Divina é que almantida rigorosamente; por cancemos a estatura de Jeisso há Rigor em nós. sus. Os caminhos são sete: A Paciência nos ajuda a amor, sabedoria, vontade aguardar a maturidade sem livre, ordem, rigor, paciência e frustração ou desânimo. misericórdia. São balizados E a Misericórdia é a soma pelo amor e misericórdia, e das seis anteriores. É o camiLuiz Alberto Mortari Médico e Escritor deles fazem parte o bem, a nho que permite auxiliar algo verdade e a justiça. Há que ou alguém a se tornar aquilo desenvolver tudo isso em nós, a que foi destinado a ser. Por e são os nossos valores. exemplo, a mãe educa um filho por todos O Amor tudo criou, sustenta e mantém. esses caminhos. Ela ama o filho, mas usará A Sabedoria é a ferramenta de “amadua Misericórdia (e os outros seis caminhos) recimento”. Com ela, sabe-se que a única para ajudá-lo se tornar pleno. vontade que vale a pena ser feita é a de Bem, observe: a Ordem e o Rigor usaDeus. A capacidade de discriminação nos mos prerferencialmente EM NÓS; o Amor, dirá o que é e o que não é a vontade Dele. a Paciência e a Misericórdia, COM OS OUVontade Livre é a nossa individualiTROS. A Vontade é livre, e a Sabedoria (e dade. Cada um é único pelas escolhas que não a razão!) é a ferramenta de discriminafez, baseado na própria vontade. Desejos são ção de tudo isso. Em dúvida, como regra exercícios da Vontade (se há o desejo de geral saiba que AMOR E MISERICÓRDIA “pular a cerca”, a Vontade não se curvará). VALEM MUITO MAIS DO QUE SABEDOEnquanto as vontades não forem Uma, RIA E JUSTIÇA. E tudo isso deve ser consitrabalhamos nelas em determinada Ordem: derado, no amar e servir.
Apae define início das vendas de boxes da Feira da Bondade A tradicional Feira da Bondade, promovida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Indaiatuba, acontecerá de 17 a 20 de novembro, no pavilhão da Viber. Os comerciantes e artesãos interessados em adquirir os boxes da feira poderão ir até a sede da Apae – Alameda das Crianças, 100 (Vila Vitória) – a partir do dia 12 de setembro, das 9h às 17h. Para escolher entre os 154 boxes disponíveis pelo evento, os interessados poderão consultar a
planta do local. O valor varia de acordo com o tamanho e localização. A edição passada da Feira da Bondada atraiu cerca de 16 mil pessoas. Este ano, a expectativa dos organizadores é que esse número seja ainda maior. A renda arrecadada com a venda dos boxes será revertida para a manutenção dos trabalhos promovidos pela entidade, que atende 575 pessoas em suas duas unidades. Mais informações pelo telefone (19) 3801-8891.
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Campinas sedia simpósio sobre práticas alternativas em saúde Campinas sediou nos dias 18 e 19 de agosto o 1° Simpósio de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde e Racionalidades Médicas. O objetivo do encontro foi debater os rumos do ensino e da pesquisa das práticas alternativas dentro das profissões de saúde, em especial a medicina. As palestras e debates ocorreram no anfiteatro da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Carmem De Simoni, responsável pela Política Nacional da Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde e uma das palestrantes, destacou a importância do evento. Segundo ela, o simpósio é um marco para as práticas integrativas no País. “Aqui estiveram os dois maiores grupos nessa área, o de Racionalidades Médicas, representado pela professora Madel Luz, e o Laboratório de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde, representado pelo professor Nelson Filice de Barros”, informa. “Para o Ministério da Saúde, é bastante relevante essa oportunidade porque daqui saem as várias proposições, e nós viemos colocar as necessidades com relação ao ensino e pesquisa no campo das práticas integrativas e complementares.” “Temos o Sistema Único de Saúde, que é um sistema universal gratuito, e temos a política de práticas alternativas e com-
plementares.” Carmem exemplifica citando a homeopatia, a medicina chinesa, o uso de plantas medicinais, a medicina antroposófica e o uso da água termais. “Eram coisas que antes estavam restritas à classe média ou classe média alta e ao bom pagamento pelo seu acesso”, lembra. “O SUS pode ofertar toda essa gama de procedimentos e serviços gratuitamente.” Carmem informa que o Ministério da Saúde tem critérios para avaliar quais as práticas alternativas a serem incorporadas. “Trabalhamos com base em dois conceitos: as racionalidades médicas e os recursos terapêuticos”, esclarece. “A partir daí, analisamos o que já era uma realidade e encontramos a homeopatia e a medicina chinesa com seus recursos.” No Brasil, ressalta Carmem, há uma grande diversidade de plantas medicinais. “Apostamos na fitoterapia brasileira”, comenta. Segundo ela, o Ministério da Saúde não está fechado a outras práticas, mas elas têm de seguir alguns critérios. “Têm de ter algum reconhecimento das categorias profissionais por meio das especialidades”, informa. “As práticas holísticas geralmente são desenvolvidas por terapeutas. No caso do SUS não há espaço ainda para eles porque não são profissionais de saúde regulamentados. Há sempre um cuidado na observância da segurança e eficácia das práticas que são colocadas no sistema.”
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Dicas de harmonização Você sabia que é a partir da cozinha que flui toda a prosperidade de uma casa? Que não devemos colocar nada debaixo das camas para a energia fluir livremente? Que os móveis da sala devem acolher quem entra? Que as piores energias estão nos banheiros? De acordo com o setor em que estejam localizados, podem causar doenças, perdas financeiras e até crises conjugais. Um vazamento leva seu dinheiro pelo ralo. E seus sapatos então, eles voltam impregnados de energias pesadas vindas da rua e vão direto para o seu armário! Você já ouviu dizer que todos que moraram numa determinada casa tiveram o mesmo tipo de problema: sofreram da mesma doença, o casamento não deu certo, foi só mudar pra esse endereço pra que tudo começasse a dar errado. Ou que aquele ponto comercial é “micado”? Isso ocorre devido à impregnação de antigos moradores ou até mesmo de energias telúricas no subsolo. Se você passa por pelo menos um desses problemas, entre em contato para agen-
dar uma visita. No curso de harmonização para desbloqueio ambiental você aprenderá na prática, pois estará trabalhando na planCélis Garcia ta baixa de sua Terapeuta holística, ministra cursos e palestras de mesa residência e co- radiônica quântica, feng shui, nhecerá técniradiestesia e radiônica e numerologia pitagórica. cas de curas, desimpregnação de memória das paredes, rituais, numeração mais indicada para a residência ou comércio. A radiestesia irá detectar veios telúricos no subsolo do imóvel, o que causa uma infinidade de problemas físicos, psicológicos e financeiros na vida dos moradores, sendo corrigidos imediatamente através da radiônica. Realização em Campinas após formação de turma.
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FI-FLORAIS E FI-ESSÊNCIAS Formulações quânticas para o equilíbrio orgânico e energético Breno Marques da Silva e Ednamara Batista Vasconcelos e Marques
Os Fi-Florais e as Fi-Essências são uma classe única de produtos que se enquadram dentro de uma nova farmacologia quântica. Representam um conceito inovador na terapia floral. Já se passaram quase duas décadas do surgimento dos Fi-Florais, na época denominados Fitoflorais, mas permanece vívida em nossa memória a ideia que permitiu que toda esta inovadora vertente terapêutica se concretizasse. Primeiro vieram os Fi-Florais, para depois de mais de uma década, as Fi-Essências. A intenção, com esta categoria de produto, era agir de forma delicada, vibracional e direcionada para os grandes sistemas do organismo físico, mantendo, contudo, a primazia da ação nos aspectos mais sutis, comportamentais e espirituais. O que se observa na já longínqua prática com os Fi-Florais e as Fi-Essências é que, apesar de sua diluidíssima composição vegetal (essências e cocções florais), eles agem de maneira fabu-
losa no equilíbrio e bem-estar de nossos corpos sutis, energéticos e orgânicos. Certamente, com base no pensamento cartesiano não encontraremos explicações para tal atuação. Tais linhas de produtos resultam da associação sinérgica de essências florais e cocções florais. A combinação de qualidade, os tipos de plantas criteriosamente selecio-
nadas, e de quantidade, as doses diluidíssimas, porém quanticamente ativas, compõem a orquestração harmoniosa do sinergismo curativo que caracteriza de modo ímpar esta classe de produtos. E este sinergismo quântico implica que o efeito global dos complexos Fi-Florais e Fi-Essências não é a soma linear dos efeitos parciais de cada um de seus elementos. Os Fi-Florais e as Fi-Essências estão assentados qualitativamente na Fitoterapia, pois seus princípios são unicamente vegetais, porém diferem radicalmente no que se refere às quantidades. A baixíssima diluição dos princípios vegetais nos Fi-Florais e FiEssências é de grande benefício na medida em que contorna o problema dos efeitos colaterais, os quais estão eventualmente presentes nos preparados fitoterápicos e, principalmente, nos alopáticos. Também, é devida em parte a esta baixíssima diluição, juntamente com a técnica de emaranhamento quântico inerente à preparação, que se tem acesso à raiz ou fonte de vitalidade e germinabilidade presentes no substrato de sustentação dos mesmos, o vácuo quântico, e que fazem com que se observem
efeitos terapêuticos deveras não convencionais e surpreendentes. Em termos práticos, a diferença entre os Fi-Florais e as Fi-Essências deve ser considerada no momento da escolha de um ou outro produto. Os Fi-Florais devem ser orientados quando se nota a necessidade de reequilibrar, além dos aspectos mais sutis, o corpo físico/energético do indivíduo. Eles estão focados preponderantemente nos grandes sistemas energéticos do organismo, os quais formam os moldes para os correspondentes sistemas orgânicos (por exemplo, sistema circulatório, digestório, reprodutor, etc.). As Fi-Essências englobam complexos emocionais emaranhados com a percepção, aprendizado, assimilação, adaptação e transformação. Se deseja mais informações sobre o assunto, recomendamos o livro: FI-FLORAIS E FIESSÊNCIAS – Formulações Quânticas para o Equilíbrio Energético e Orgânico. Breno Marques da Silva e Ednamara Batista Vasconcelos e Marques (criadores e pesquisadores dos FLORAIS DE MINAS)
CONHEÇA A LINHA COMPLETA EM NOSSO SITE: www.floraisdeminas.com.br – PEDIDOS: http://loja.floraisdeminas.com.br ou floraisdeminas@floraisdeminas.com.br
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Instituto Shake: caminho para o autoconhecimento em Valinhos O Instituto Shake, de Valinhos, propõe o encontro do equilíbrio por meio de um método minuciosamente estudado por meio do qual, em um ambiente muito agradável, as pessoas podem se autoconhecer, traçar projetos de vida e realizar seus sonhos. “Para ter equilíbrio, é importante trabalhar todas as áreas que afetam nossas vidas, seja a espiritualidade, respeitando cada crença, ou a psíquica, que envolve o emocional e material e que está relacionada com a saúde física e financeira”, comenta a psicanalista Lourdes Manhani, profissional responsável pelo instituto. Casada há 22 anos e mãe de três filhos, a professora e mestre atuava como contadora quando, em 2005, iniciou seus estudos na área terapêutica. Em 2009, Lourdes investiu na abertura do Instituto Shake. Sua formação abrange mestrado em educação, administração e comunicação; psicopedagogia; pós-graduação em administração financeira; MBA em gestão empreendedora de negócios; bacharelado em ciências contábeis; cursos nas áreas de humanas e gerencial, além de estudos de florais de Bach, reiki, massagem terapêutica e auriculoterapia.
Como palestrante, Lourdes desenvolve temas como “Aprendendo a se Amar”; “Gerenciamento de Mudanças”; “Reorientação Profissional”; “Florais de Bach”; e “Direito de Sonhar”. “Cada ser humano é único e possui capacidade para se desenvolver desde que queira e que busque recursos para isso”, enfatiza Lourdes. “O primeiro ato de amor é o cuidado consigo mesmo.” Entre os serviços oferecidos no Instituto Shake estão a terapia com foco no autoconhecimento, cursos de desenvolvimento pessoal e profissional, orientação vocacional e profissional, palestras, meditação e a “shake-dance”, atividade que engloba relaxamento, alongamento e movimentos corporais. O instituto também oferece serviços na área financeira, com consultoria contábil, orientação financeira e aulas particulares de contabilidade geral e custos. O Instituto Shake está situado na Rua Verônica Giavone, 314 (Jardim do Lago),com entrada pela Rua Madalena Tamarino. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3849-4652 ou no site www.institutoshake.com.br .
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Viva Bem elianamattos@uol.com.br
BATE-PAPO
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enho mania toda vez que estou lendo um livro, de grifar o que acho interessante para depois refletir sobre aquilo. Ou quando assisto a um filme e é citado alguém ou alguma coisa, também anoto para depois fazer minhas buscas, hoje facilitadas pelo Google ou outros sites. Essa mania é resquício dos meus tempos de estudante, uma vez que naquela época muitos professores diziam: “Pense! A cabeça não foi feita só para pentear os cabelos!” Outro dia, assistindo a um desses seriados americanos, uma das personagens cita “o escritor” George Eliot (está entre aspas porque na verdade era uma escritora com pseudônimo. Boa busca para o Google!), com uma frase, talvez já bem batida, que diz: “Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido”. Ia escrever hoje sobre a primavera e todo o renovar que esta estação do ano nos remete. E ao ler esta frase que estava aqui em casa, na minha mesa de trabalho, achei que dava para começar nosso bate-papo com ela. O problema em recomeçarmos como faz a primavera é o medo. Poucas são as pessoas que adoram mudanças. A maioria gosta do sapato velho, ao machucar do novo, que ainda não está amaciado. Eu não fujo à regra. Mas as mudanças sempre servem para alguma coisa. Mesmo que a gente “caia do cavalo” ela vai servir para que aprendamos e não caiamos mais. É sempre crescimento. Muitas vezes estamos tão infelizes numa determinada situação, que qualquer mudança vai ser para melhor. Inda que tenhamos que sofrer no começo com a bolha no pé, até o sapato estar macio como uma sapatilha. Quem sabe a gente não aproveita essa entrada da primavera, esse renovar que se faz na natureza, para mudar o que não está bom em nossa vida. Como diz a Marusca, minha professora de italiano: coraggio! Beijos!
Tango faz bem para o coração Claro que os médicos argentinos são suspeitos em dizer isso, mas estudos feitos naquele país chegaram à conclusão que essa dança faz um superbem para o coração. Eles monitoraram alguns casais iniciantes em dançar tango, com aulas de 20 minutos de duração. Depois de um ano o grupo tinha ganhado muito condicionamento cardíaco. E como é uma dança tão sensual, fica a dica para os casais de qualquer idade começarem. Com certeza vai fazer bem para o coração e para a libido.
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FORNO & FOGÃO Pernil picante Ingredientes: * 750 g de pernil cortado em cubos médios * 3 colheres (sopa) de suco de limão * 2 dentes de algo amassados * 1 colher (café) de páprica picante * 1 colher (café) rasa de pimenta dedo-de-moça picada * 1 colher (café) de molho de pimenta * 1 colher (sopa) de óleo * 1 cebola média picada * 1 lata de molho de tomates (350 g) * 1 cubinho de caldo de carne * 1 ½ xícara (chá) de água quente * Cheiro verde a gosto picado
Modo de fazer: Tempere o pernil com o suco de limão, o alho, a páprica e as pimentas. Deixe nesses temperos por uma hora. Na panela de pressão coloque o óleo e aqueça. Refogue o pernil (sem a marinada). Deixe dourar. Acrescente a cebola e refogue mais um pouco. Junte a marinada, o molho de tomate e o caldo de carne já dissolvido na água quente. Tampe a panela e cozinhe por 20 minutos, após começar a apitar a pressão. Fogo médio. Destampe a panela após esse tempo e se precisar deixe o molho engrossar com a panela destampada por mais alguns minutos. Na hora de servir espalhe o cheiro verde picado.
Dica: esta receita é tão gostosa que, se você não gosta de muita pimenta, diminua a quantidade. Vai ficar uma delícia também.
CHOCOLATE NÃO VICIA Tem gente que acha que o chocolate, se consumido em excesso, pode levar ao vício. Fique tranquilo. Isso não ocorre porque o chocolate não contém níveis tão altos de moléculas psicoativas, as que levam à dependência. Ele se torna irresistível simplesmente porque é gostoso e provoca sensação de bem-estar. O ideal é limitar-se a 30 gramas por dia. Os nutricionistas dizem que esses 30 gramas não pesam na balança e ainda ajudam a melhorar o humor e a disposição diária. Difícil é resistir a só essa quantidade! Agora, escolha: 30 g de chocolate meio amargo=150 calorias; 30 g de chocolate ao leite=159 calorias; 30 g de chocolate branco=164 calorias. É TEMPO DE AMORA! Você já reparou como estão os pés de amora? Aqui perto de casa tem um, que está carregado, fazendo a alegria dos passarinhos e das crianças que se lambuzam com a pequena frutinha. Mas a amora esconde em sua polpa uma substância com excelente atividade antioxidante: a quercetina. Por combater a ação dos radicais livres, o consumo da amora (assim como de cerejas, framboesas, uvas e maçãs) afasta males como o infarto, derrame e o câncer. Além de ficar deliciosa como geleia. Basta levar ao fogo meio quilo de amoras, com duas xícaras (chá) de açúcar e deixar apurar até consistência de geleia.
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Saúde por inteiro: qualidade de vida e o cuidar de si
BEM NUTRIR Nutrição solar Flávio Passos
O desenvolvimento de nossa civilização certamente nos trouxe muitos benefícios e confortos, mas também, como já é de conhecimento comum, severas consequências. Uma das mais significativamente detrimentais à saúde do corpo, da mente e da consciência é sem dúvida a quantidade de tempo que passamos em ambientes fechados, distantes da luz do sol. Estudos recentes comprovam aquilo que muitos já desconfiavam: a exposição ao sol não causa doenças, nem mesmo o câncer de pele (até hoje não foi registrado um único caso de câncer de pele em populações nativas, aquelas que a cada dia realizam a maior parte de suas atividades sob os raios dourados). O que pode acontecer é uma mutação do tecido epitelial causada pela reação dos raios solares com substâncias artificiais presentes no organismo, as quais podem ter sido ingeridas através de alimentos artificializados ou assimiladas de cosméticos com elementos químicos inadequados. Embora os meios de comunicação tradicionais se esforcem em nos convencer do contrário, o fato é que quanto mais nos distanciamos do sol, mais debilitamos nossa qualidade de vida. O assunto do momento no meio especializado é a vitamina D, aquela sintetizada pelo organismo quando este se expõe aos raios solares do tipo UVA, e as implicações causadas pela deficiência desta. Um dos elementos essenciais para o funcionamento adequado do sistema imunológico, da assimilação de cálcio pelos ossos e diversas outras funções, a vitamina D foi detectada em níveis muito abaixo dos recomendáveis em cerca de 80% da população herdeira da cultura ocidental, incluindo crianças. Nutricionistas especializados e médicos conscientes têm recomendado o uso de suplementos de vitamina D3 por todo aquele que não passa ao menos duas horas de seu dia sob a luz do astro-
rei. E com um mínimo de roupas cobrindo a superfície da pele. Se essa prática não se encaixa em seu estilo de vida atual, considere um suplemento de vitamina D3 de boa procedência. Ou um ajuste de seu estilo de vida. São comprovados os efeitos benéficos da luz solar sobre as funções cognitivas e ao equilíbrio psicoemocional, incluindo-se o bom humor e a própria alegria. O sol não é apenas essencial para a vida, mas amigo dela também. Assim sendo, não se deve fugir do sol e proteger-se deste a todo custo, mas conscientemente alimentar-se de sua luz em todos os sentidos. Inclua em sua dieta diária uma generosa e farta porção diária daqueles alimentos especiais que através da fotossíntese capturam a luz do sol em seu interior, combinando-a com diversos elementos e sintetizam vitaminas e enzimas especiais. Refiro-me às folhas verdes comestíveis. Graças aos esforços de diversos educadores de saúde, o suco verde já é conhecido por milhões de pessoas como uma importante ferramenta de saúde. Uma bebida simples, fácil e acessível, de preparo rápido e sabor agradável que traz diversos benefícios à saúde e que é a maneira mais fácil de se ingerir o potencial nutritivo e medicinal das folhas verdes na dieta diária. Um dos fatores nutricionais exclusivamente obtidos através do consumo de folhas verdes é a vitamina K. Até recentemente vista como meramente útil para a coagulação sanguínea adequada, a importância da vitamina K foi recentemente enaltecida como essencial para diversas funções. Uma delas, de acordo com o American Journal of Clinical Nutrition, é a prevenção do câncer. Este instituto publicou estudo que revela 30% na redução de taxas de mortalidade por câncer em organismos com presença de quantidades significativas de vitamina K, especialmente quando esta está associada a níveis saudáveis de vitamina D, pois ambas trabalham sinergisticamente. Flávio Passos é comunicador, especialista em nutrição e chef naturalista
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Eloísa Cavassani Pimentel
“Ando devagar porque já tive pressa e hoje canto porque já chorei demais”...
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ada vez mais o tema qualidade de vida tem surgido e a correlação de estresse, desequilíbrio imunológico e geração de doenças tem se tornado mais conhecida. Atualmente vivemos apressados, cheios de compromissos e obrigações, horários e corre-corres. Nem bem sentimos que cumprimos algo, já se impõem outras tarefas. Giramos em um turbilhão que nos consome. Situações como insônia, desânimo, expectativas e frustrações fazem parte dessa rotina. Onde foi parar aquela tranquilidade das “cadeiras na calçada”? ... A “modernidade” nos roubou, ficamos sujeitos aos excessos de solicitações sensoriais e à vida competitiva dos grandes centros. Sempre voltados para o exterior, respondendo a demandas externas, fomos nos afastando de nós mesmos e de um ritmo na vida. Como reencontrar o equilíbrio? Uma boa dica é observarmos a natureza com seus ritmos marcados, como as estações do ano, o crescimento das plantas – do potencial da semente à floração e aos frutos. Também nos animais verificamos ritmos próprios. O ser humano também tem seus ritmos: do nascimento e cuidados necessários à posição ereta, e as fases da vida, que são marcadas pelos setênios: troca dos dentes, puberdade, etc. Podemos nos propor a observar e a respeitar nossos ritmos e até inserir conscientemente novos hábitos. Tomemos alguns exemplos: Ritmo sono-vigília: o sono cumpre um importante papel reparador no nosso metabolismo, sendo ideal em torno de sete horas por dia (variando com a idade). Sugestões: evite muitos estímulos antes de ir dormir, como noticiários ou filmes de ação ou começar um estudo; evite dormir com aparelhos de som ou TV ligados. Ritmo alimentar: é necessário ter um horário certo para as refeições, evitando atribulações; com calma, se possível conscientes da mastigação, tempo satisfatório (em torno de 20 minutos). Tam-
bém devemos estar atentos aos ritmos urinário e intestinal (processos de eliminação). É recomendada ingestão de líquidos (longe das refeições) e ingestão adequada de fibras, além de frutas e legumes da época e sem agrotóxicos. Devese evitar ainda café em excesso, chocolates e álcool. É importante estar atentos à qualidade do que ingerimos. Ritmo pessoal: Além dos ritmos biológicos, devemos imprimir o nosso próprio ritmo ao dia. Devemos manter um equilíbrio entre o repouso e as atividades físicas e mentais. Uma sugestão é reservar um momento no dia para cultivar uma calma interior, olhar para dentro de si. Ao acordar ou ao se recolher, procurar essa calma, esse “espaço interior”. Procurar organizar as tarefas do dia, fazer uma coisa de cada vez. Ao longo do dia, observar a respiração. Lembrarmos de apreciar a natureza à nossa volta. Contemplar uma obra de arte ou poesia são recomendáveis. Exercitar nossa capacidade de escutar e compreender o outro e olhar para as situações de vários aspectos também são altamente terapêuticos. Observarmos nossas reações e poder atuar de uma outra forma são sinais de saúde. Estar com saúde é bem mais amplo do que simplesmente não estarmos doentes. Então, como você está agora? Observe sua postura, respiração. Cuidar de si mesmo é diferente do egoísmo que nos impele a competir e a lutar para conquistar mais, sem aproveitar o que se consegue ou que já temos de bom ao redor. Cuidar de si mesmo é respeitar seu corpo e assim respeitar o outro. Preservar a qualidade do ar e da água. Preservar o meio ambiente. Os recursos naturais não são inesgotáveis e devemos parar de agir como se assim o fosse. Importantes aliados no estilo de vida e na relação mais justa consigo mesmo são a homeopatia, a acupuntura e o tratamento com fitoterápicos, utilizando plantas medicinais com propriedades calmantes, antioxidantes e outras que auxiliam equilibrando o metabolismo. Eloísa Cavassani Pimentel de Magalhães é médica (FCM-Unicamp) especialista em homeopatia e acupuntura, com formação em medicina antroposófica e fitoterapia e pós-formação em Homeopatia Unicista na Bélgica.
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JORNALZEN
SETEMBRO/2011