ACADÉMICO 215

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propinas não vão aumentar em 2015 na uminho

ACADÉMICO EM PDF

Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 215 / ANO 10 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 21.MAI.14

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico

CARLOS VIDEIRA, EM ENTREVISTA AINDA O CANCELAMENTO DO ENTERRO DA GATA

“foi A decisÃO mais difícIL QUE TOMEI EM TODA A MINHA VIDA” desporto SCBraga/AAUM entra na história e está nas meias finais do campeonato

local Bom Jesus espera atrair jovens para Hotel Boutique

cabido de cardeais vende quase 12 mil lápis da the big hand

campus AAUM em plano de destaque nos CNU’s individuais

tutorUM Hugo Rosário, andebolista do Porto em discurso direto


FICHA TÉCNICA 21.MAI.14 // ACADÉMICO

SEGUNDA BARÓMETRO PÁGINA

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 21 Maio 2014 / N215 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Lara Antunes // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

EM ALTA

NO PONTO

EM BAIXO

Os nossos colaboradores O ACADÉMICO vai de férias. É tempo de concentrar energias na época de avaliações. Os estudantes que tornaram possível o projeto durante todo o ano merecem o meu reconhecimento público. Sem eles o jornal não conseguiria estar todas as semanas cá fora. Somos únicos e sentimos, por isso, um orgulho enorme. Obrigado a todos!

Propinas não sobem na UMinho Um vitória para os estudantes da academia minhota. O facto de não serem aumentadas as propinas é uma execelente notícia que trazemos a público nesta edição. Era demasiado negativo para a comunidade académica haver mais um rombo no orçamento dos estudantes. A todos os que tiveram a sensibilidade da decisão, os meus parabéns.

A necessidade da emigração É o resultado do desinvestimento que, há muito, se tem feito no país... No futuro de todos nós. A educação, salvo raras excepções à boleia de bons ministros, teve sempre um papel secundário quando se pensa o país a longo prazo. Agora, a porta de saída parece ser a primeira que nos é apresentada quando terminamos o curso. Lamentavelmente.


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LOCAL

bom jesus espera atrair jovens com hotel boutique FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com

Três milhões de euros foi a quantia investida pela Sociedade de Hotéis do Bom Jesus, sociedade constituída em 1985 e que detém a concessão de seis hotéis em Braga – Hotel do Elevador, Hotel do Templo, Hotel do Lago, Hotel João Paulo II, Hospedaria Convento de Tibães, Hotel do Parque – e a Colunata de Eventos, para a renovação do oitocentista Hotel do Parque. Com a abertura agendada para o próximo dia 28 de maio, o edifício foi inteiramente reconstruído a partir da sua estrutura original e abre as portas ao público com um novo conceito, que tem ganho cada vez mais adeptos à volta do mundo: a nova instância será um Hotel Boutique. Contará com 44 quartos, salas de reuniões, loja de produtos locais, esplanadas, com vistas privilegiadas para a cidade de Braga e para a Igreja do Bom Jesus. Um investimento que vai tornar a unidade hotelei-

DR

ra uma nova “referência para a região”. Um hotel de “charme” que vai “primar pela qualidade de todo o design” com a preocupação de “manter o aspeto histórico do edifício numa simbiose entre o conforto que hoje se exige e tudo aquilo que são elementos históricos”, explicou Mário Pereira, o admi-

nistrador da Sociedade de Hotéis do Bom Jesus. Um hotel que respeita a traça original, com produtos tradicionais em destaque. O design “é único” assim como o conforto e algumas peças. Para além disso existe uma pequena loja com produtos portugueses e especialmente regionais que

“vão dar a possibilidade de o turista poder fazer compras dentro do hotel”, adianta. Reforçar o mercado existente de estadias na cidade, acompanhando o aumento crescente da procura por parte dos turistas e captar o turismo juvenil para a estância bracarense são alguns dos objetivos pro-

postas para a nova unidade hoteleira. “Queremos que este seja o melhor hotel da cidade de Braga e por isso apostamos em serviços inovadores, que valorizam os produtos regionais e o património local e que enalteçam o valor histórico da Estância do Bom Jesus”, perspetiva Mário Pereira.


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CAMPUS

talentos da uminho promovidos ao mercado de trabalho sara silva sara.daniela.gs@gmail.com

Com o objetivo de dar a conhecer a potenciais empregadores as competências pessoais e técnicas dos alunos do Mestrado em Engenharia Industrial (MEI), realizar-se-á na próxima sexta-feira, dia 23, a sessão de apresentação dos Talentos MEI. Inserida na Semana de Gestão de Projetos, esta é uma iniciativa do Departamento de Produção e Sistemas (DPS) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e conta com o apoio do LIFTOFF, o Gabinete do Empreendedor. Esta atividade, na qual participarão os alunos do 1º ano do ramo de Avaliação e Gestão de Projetos e da Inovação do MEI, contará com a presença de várias empresas, como a DST, a Delphi e a Critical Software, que terão assim oportunidade de ficar a conhecer melhor estes jovens, potencial mão de obra. Para tal, estes estudantes da UM terão de apreGACCUMum pitch de cinco sentar minutos e ainda de responder às questões que possam,

eventualmente, surgir por parte dessas mesmas empresas. De acordo com Ana Ribeiro do LIFTOFF, a ideia para esta iniciativa partiu da diretora do DPS, a professora

Senhorinha Teixeira, que quis “organizar um evento que aproximasse os alunos às empresas” e que auxiliasse os mesmos a encontrar “temas de interesse para as suas teses de mestrado”.

O Gabinete do Empreendedor da AAUM fez ainda questão de se mostrar recetivo a outros projetos do género que possam surgir. “Ao aceitarmos este desafio, o qual nos parece que pode

vir a ter grande impacto e a ser muito útil para os alunos, foi com o objetivo de o poder voltar a replicar em conjunto com todas as outras Escolas da UM”, afirmou também Ana Ribeiro.


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cabido de cardeais vende quase 12 mil lápis da the big hand BÁRBARA MARTINS bjamartins@hotmail.com

O Cabido de Cardeias organizou uma praxe solidária para toda a Académica Minhota. Durante cerca de 2 meses, os praxantes e os caloiros da Universidade do Minho (UM) venderam quase 12 mil lápis para ajudar uma organização não-governamental (ONG), a The Big Hand. Todos os cursos estiveram envolvidos na iniciativa. A The Big Hand é uma ONG que procura a promoção do bem-estar nas crianças que vivem em condições desfavoráveis, garantindo o seu acesso a água potável, alimentação, saneamento básico, cuidados de saúde e educação. Assim, de uma forma simplificada, esta organização “constrói escolas, investe em equipamentos, na formação de professores e desenvolve, em parceria com os agentes locais, programas inclusivos que visam preparar as crianças para os desafios da vida em estreita ligação com a comunidade onde vivem”, tal como se pode ler no site da mesma. Uma das campanhas levada a cabo pela The Big Hand denomina-se de “Escola Amiga”, consistindo na venda de lápis, tendo cada um deles, o custo de 1 euro. A campanha referida tem como objetivo a angariação de fundos para a construção de uma escola em Moçambique. Maria Canelas, Papa da Universidade do Minho, foi contactada por uma voluntária do projeto The Big Hand que lhe deu a conhecer a campanha “Escola Amiga”. “A campanha pareceu-nos

interessante e, como já fizemos em situações anteriores, decidimos abraçar o projeto com o intuito de sensibilizar a comunidade praxista para o voluntariado e a contribuir ativamente nestas campanhas de entreajuda”, afirmou. “Distribuímos os lápis pelas várias comissões de praxe de Braga e Guimarães, tendo por base o número de elementos de cada uma delas. Cada elemento, caloiros e praxantes, comprometeu-se a vender no mínimo 5 lápis. Todos se mostraram empenhados em participar na campanha, tendo a maioria dos participantes conseguido atingir o objetivo mínimo”, explicou Maria Canelas. “O Cabido de Cardeais faz um balanço bastante positivo desta iniciativa. Foi bastante gratificante ver o empenho de toda a comunidade praxista, a consequente quantidade de lápis vendidos e o valor angariado que daí resultou. Acreditamos também que, com este projeto, foi possível consciencializar os participantes para a importância deste tipo de ações de partilha e de solidariedade. Analisando o resultado desta campanha, é possível ainda concluir que com um pequeno esforço de cada um, um grupo unido por um objetivo comum pode alcançar grandes feitos”, afirmou a Papa da Academia Minhota. “É sempre com muito prazer que nos juntamos a este tipo de iniciativa. Como poderíamos ficar indiferentes perante uma causa tão nobre quanto esta?”, questionou Ana Beiramar, elemento da Comissão de Praxe de Psicologia. Fazendo um balanço da campanha, a mesma proferiu: “penso que a campanha resultou bastante bem, mostrando, uma vez mais,

Bárbara martins

o quão solidária a nossa academia é”. “Para mim é realmente importante que se façam este tipo de iniciativas, a praxe serve exatamente para incutir uma série de valores, entre eles a solidariedade, e acho que devemos tirar o chapéu este ano ao cabido de cardeais por ser um dos valores mais passados”, disse Vera Ferreira, Vice-Presidente da Comissão de

Praxe de Ciências da Comunicação. “Acho que fizeram muito bem unirem forças e lutar por esta causa”, acrescentou. “A Comissão de praxe aderiu bem à campanha. Apesar de terem sido os caloiros a vender os lápis, alguns praxantes compraram para ajudar. Os caloiros mostraram-se bastantes recetivos e solidários”, explicou Julie Fernandes, Vice-Presidente

da Comissão de Praxe de Engenharia Biológica. “Na minha opinião é importante todos ajudarmos nestas atividades. O facto de ser o cabido a promove-las faz com que mais pessoas sejam abrangidas pela informação e assim mais facilmente aderem à campanha”, analisou a estudante. “Penso que muita gente é solidária e pelo que sei foram vendidos bastantes lápis“, disse ainda.


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uminho e instituto de matéria médica de shanghai assinam acordo de colaboração elsa moura elsa.moura@rum.pt

A Universidade do Minho (UM) assinou um memorando de entendimento com o Instituto de Matéria Médica de Shanghai (SIMM). A parceria foi protocolada e anunciada no SIMM durante a visita de Estado do Presidente da República Portuguesa, na China. O “SIMM - UMinho MoU” é um acordo que visa criar uma plataforma para promover a colaboração, fornecer oportunidades para a experiência global, para além de proporcionar candidaturas conjuntas a programas de investigação na União Europeia (UE) e na China. Haverá ainda oportunidade

de desenvolver intercâmbio de estudantes e funcionários, entre outras sinergias. Na assinatura dos acordos, António Cunha, reitor da UM, referiu que “a pesquisa de excelência e comple-

mentar realizada no SIMM e na UMinho, bem como o objetivo de ambas as instituições de aumentar o impacto económico dos seus projetos de desenvolvimento, abrirá uma verdadeira

oportunidade para uma colaboração internacional eficaz”. Por outro lado, Hualiang Jiang, diretor-geral do SIMM, explicou que “o objetivo é desenvolver a colaboração de longo prazo com

enfermeiros com olhos postos no reino unido

RELAÇÕES EXTERNAS

INÊS BARBOSA ineslp@hotmail.com

A TFS Healthcare é uma organização especializada na colocação de enfermeiros e profissionais de saúde no Reino Unido sob um prazo fixo permanente e base temporária. Permite a todos os candidatos com formação em Enfermagem, a possibilidade de trabalharem em hospitais privados, lares residenciais, organizações de saúde mental, serviços e prisões comunitárias. Numa altura em que nunca foi tão difícil encontrar um emprego estável como hoje e apesar de possuírem mais habilitações curriculares do que as gerações que os precederam, os jovens portugueses de hoje, correm o sério risco de se tornarem numa geração sem esperança, devido a lacunas socio-

AAEUM

económicas. Desta forma a única saída possível encontrada para este fenómeno anormal, é a procura de empregos no estrangeiro, utilizada por muitos dos estudantes da UMinho. Assim a TFS Healthcare ajuda no processo de recrutamento e de candidatura para a

carreira da saúde. Através de um processo de registo na empresa, esta disponibiliza uma variedade de vagas e informações que possui através dos contactos com os mais distintos Órgãos de Saúde. Com salários, normalmente, compreendidos entre £22000 e £34000, os

instituições e empresas portuguesas, esforço do qual se espera bons resultados num futuro próximo”. O Instituto de Matéria Médica de Shanghai, da Academia Chinesa de Ciências foi fundado em 1932. A sua missão é fornecer uma solução abrangente na descoberta e desenvolvimento de medicamentos. As suas principais orientações da investigação apontam para medicamentos contra doenças que colocam em risco a saúde do povo chinês, como tumores, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas, doenças metabólicas, doenças autoimunes, bem como doenças infeciosas. Outra tarefa do instituto é fortalecer a pesquisa e desenvolvimento da medicina tradicional chinesa.

candidatos podem escolher quais os locais que mais lhes agradam, desde Londres, Peterborough, Cambridge, Oxford, Manchester, Surrey, Kent, entre outros, e dispõem de vagas para as especialidades de Cardiologia, Pediatria, Cuidados Intensivos, Acidentes e Emer-

gência, Unidade de Alta Dependência, Bloco Operatório, etc. Um testemunho verdadeiro revela que “assim que me registei na TFS Healthcare fui contactado por um agente amigável que conseguiu encontrar o papel perfeito para mim de forma eficiente. Foi tudo muito rápido e fácil. O meu agente encontrou um cargo adequado e isso fez-me sentir muito preparado e confiante para comparecer à entrevista. Eu recomendaria definitivamente TFS de saúde”. Assim, também qualquer individuo que esteja interessado em trabalhar no estrangeiro deve enviar um email com o curriculum vitae para carlos.enes@tfshealthcare.co.uk ou consultar a página de facebook “Emprego para Enfermeiros no Estrangeiro” para poder ser auxiliado no recurso a vagas requisitadas para equipas de enfermeiros.


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uminho integra projeto americano que promete tratar doenças do sistema nervoso daniel vieira da silva daniel.silva@rum.pt

A Universidade do Minho está a desenvolver, em parceria com uma universidade americana, um modelo cerebral em fibra que vai ajudar a detetar e tratar doenças do sistema nervoso central. Catarina Guise, estudante de douturamento em Engenharia Biológica explicou ao ACADÉMICO a técnica que está a ser desenvolvida: “Surgiu no âmbito de um outro projecto dos Estados Unidos onde se desenvolcve uma técnica que basicamente é o mapeamento das fibras cerebrais em alta definição. Esta técnica serve para observar ao pormenor

os axónios do nosso cérebro. Por exemplo, quando há um acidente há certas lesões que não se conseguem detectar com uma ressonância magnética, daí a importância desta técnica.” A estudante de douturamento à frente do projeto, em conjunto com o docente Raúl Fangueiro, está a desenvolver as estruturas fibrosas necessárias para criar o modelo cerebral que está a ser liderado por uma universidade dos Estados Unidos (Pittsburgh). Os investigadores americanos estão já a realizar os testes com militares. “Estão a fazer testes que estão a resultar num melhor tratamento para os militares, porque às vezes com alguns traumatismos

crano-encefálicos podemos perder movimento das pernas ou braços, ou até mesmo ver a fala afectada, e tendo uma observação mais pormenorizada do cérebro será possível fazer um melhor tratamento”, garante a investigadora. Desta forma, qualquer problema cerebral pode ser detetado através deste modelo cerebral em fibra, sublinha-nos: “Havendo uma observação do cérebro mais pormenorizada qualquer anomalia poderá ser detectada e consoante essa observação poderão ser feitos tratamentos que serão uma solução mais rápida para o paciente em causa”. A investigadora está agora no segundo ano de douturamento em Engenharia

Biomédica e divide-se entre Portugal e os Estados Unidos. A UMinho está assim envolvida no desen-

volvimento de um modelo cerebral em fibra que ajuda na deteção e tratamento de doenças do sistema nervoso.


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INQUÉRITO

tencionas ir a algum festival de verão? André Menezes vai ao Optimus Primavera Sound. “Optei por este festival pelo seu cartaz e pela proximidade geográfica relativamente a outros festivais”. Bruno refere que, nesta decisão, teve em conta uma conjugação de três fatores “o preço, o cartaz e a proximidade… é claro que há outros festivais que têm preços semelhantes e nomes igualmente sonantes, mas são mais longe… logo, mais caros”. “Optei também por este festival porque na altura em que comprei havia uma promoção e fez com que ficasse mais acessível!”, confessa André. Relativamente a poupanças para a semana académica André garante que não as tinha feito, e mesmo que o evento não tivesse sido cancelado iria ao festival em questão. “Na semana académica não costumo gastar muito dinheiro porque não vou muitas noites”, acrescenta. Por fim, André conclui “Penso que o Enterro da Gata teria mais adeptos se chamasse mais nomes de festivais, e não nomes que já são habituais. Dessa forma as pessoas iam optar por participar na semana académica em detrimento dos festivais de verão”. andré menezes 3º ano // relações internacionais

maciel fernandes 1º ano // ciências da computação

O estudante de Ciências da Computação ainda está incerto quanto à sua ida a festivais de Verão, “de momento não tenho nada planeado para o verão”. “O único que ponderei foi o Optimus Primavera Sound, pela participação de Kendrick Lamar, um artista que valorizo”, diz Maciel. No contexto de contrabalançar os custos, Maciel garante: “O preço do bilhete é justificável… É para nos divertirmos e vale a pena, é música com qualidade!” Para o estudante também é de se ter em conta a distância: “a distância é importante, se o festival for muito longe aumenta os custos. Não há muitos festivais no Norte, e o centro já fica bastante mais caro”, admite. “Não poupei dinheiro para o Enterro, e por isso não tenho uma folga extra de dinheiro, mas se houvesse possivelmente que ia.”, diz o aluno de LCC.

Liliana Ferreira, aluna finalista de Educação Básica, optou por não ir a nenhum festival: “Estou no último ano e preferi gastar o dinheiro numa viagem com as minhas colegas de curso, uma despedida”. “Já tinha poupado dinheiro para o Enterro da Gata, mas devido ao seu cancelamento por causa da tragédia que abalou a academia, irei utilizá-lo apenas na viagem que planeei. Também frequentei outras semanas académicas do nosso país”, garantiu. Quando questionada acerca dos festivais que mais lhe agradam, Liliana diz que o importante está no preço e no cartaz, “a distância anula-se porque o espírito de um festival é contagiante. Uma viagem de autocarro não é impedimento…”. Se cegamente olhasse para os diferentes cartazes, isto é, sem restrições monetárias, Liliana diz que “apostaria no RockinRio, já que tem nomes que aprecio, e tem muita qualidade!”

liliana ferreira 3º ano // educação básica

JOsé gomes 2º ano // educação

clara ferreira clarasofiaf@gmail.com

Aproximam-se os meses de verão, altura de pausa para muitos estudantes da Universidade do Minho. Entre as diferentes faixas etárias, há muitos jovens que aproveitam as férias indo a festivais de Verão, que existem um pouco por todo o país.

Este ano José Gomes não vai a nenhum festival de verão. Os motivos são rapidamente apresentados: “Tenho outras ocupações mais interessantes que planeio para este ano, não desmerecendo os festivais, claro…”. José assegura que o preço destes festivais é um dos principais motivos que o deixa reticente. Se não tivesse em consideração os preços, qualquer dos nomes sugeridos: SuperRock SuperBock, Optimus Primavera Sound ou RockinRio lhe parecem interessantes, apesar de não serem em Braga. “O Enterro da Gata já estava um pouco mais previsto e dentro das minhas opções. Já tinha feito uma previsão do dinheiro que iria precisar para essa semana. Seria mais perto e teria menos gastos”, comentou por fim José.

Nesta semana, o ACADÉMICO entrevistou alguns jovens alunos da universidade e descobriu as opiniões destes acerca da ida a estes festivais. O que pesará mais para eles nesta decisão de ir ou não ir? O preço, o cartaz ou a distância? Alguns dias depois do cancelamento do Enterro da Gata por parte da AAUM, será que os alunos irão utilizar as poupanças guardadas para a semana académica nestes festivais?


especial tutorUM

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hugo rosário

Hugo Rosário, de 23 anos, é atleta de andebol na Universidade do Minho e no Futebol Clube do Porto. É natural de Braga e frequenta o 1º ano de Economia na UMinho. Esta semana é o convidado do ACADÉMICO. TOMÁS SOVERAL tomassoveral@gmail.com

Como é que começou a tua carreira no andebol? Comecei a jogar andebol por causa de um professor, da escola em que eu andava, que estava sempre a insistir comigo para eu experimentar a modalidade. Depois disso, fui fazer um treino e acabei por gostar. Como tem sido esse percurso? Toda a minha formação foi feita no ABC, clube onde estive sete anos. De seguida, fui para o Madeira SAD e, na época seguinte, fui para o FC Porto, onde me encontro há já dois anos.

Como é que concilias os estudos com a competição? Não é nada fácil conciliar! Para além de ter treinos na mesma altura das aulas, ainda tenho o problema de viver distante da universidade. Ainda assim, tento fazer o que posso para não deixar a actividade académica para trás. Consegues descrever o teu dia-a-dia e a forma como geres o teu tempo? Num dia normal, costumo ter treino de manhã. A seguir ao almoço, tento aproveitar a tarde para estudar ou fazer outro tipo de atividades e, ao final da tarde, volto a treinar. Depois do treino, janto e, logo de seguida, vou dormir, para ter energias para o

DR

dia seguinte. O que é que te motiva a continuar no andebol? O que mais me motiva é, principalmente, o gosto pela modalidade, e, também, a constante ambição que tenho em conquistar mais triunfos. Quais foram os melhores momentos da tua carreira? E os piores? Os melhores momentos da minha carreira foram todos aqueles em que conquistei títulos, principalmente, o campeonato nacional. Os piores momentos, sem dúvida alguma que são as lesões.

Jogador ao serviço da seleção nacional

O que significa para ti, representar a Universidade do Minho? É um grande orgulho, porque é, para mim, a instituição mais prestigiante em Portugal. Porque é que o andebol é um bom desporto para se praticar? Eu acho que qualquer desporto é bom para se praticar, tanto para a saúde como, também, para o crescimento de uma pessoa. O desporto ajuda sempre! Em relação ao curso, o que é que te tem motivado a frequentá-lo e porquê a escolha

de Economia? Escolhi este curso porque, para além de ter começado a gostar desta área, desde cedo, sempre foi um objectivo pessoal. O que tens a dizer sobre o apoio que é dado aos atletas aqui na Universidade do Minho? Penso que é uma mais valia, para nós, atletas, pois, como o desporto nos ocupa bastante tempo, é sempre bom ter alguém que nos oriente nas nossas funções académicas. Considero esta iniciativa bastante motivante para um aluno/atleta que não queira só seguir a carreira desportiva.

o lado pessoal de hugo rosário Como é que é a tua vida social? Costumas sair a bares ou discotecas? Costumo sair, de vez em

quando, mas não posso abusar muito porque tenho de estar sempre em forma para os treinos e para os jogos que vou disputar

O que gostas de fazer nos teus tempos livres? Gosto de ver filmes, ouvir música e de ler.



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ENTREVISTA

carlos videira Nuno Gonçalves

A tragédia de 23 de abril foi o tema forte de uma entrevista que fecha o ano letivo do ACADÉMICO

Carlos Videira, presidente da AAUM, falou ao ACADÉMICO acerca de uma das decisões mais difíceis que teve de tomar ao longo da sua vida. Assumiu ser uma decisão de toda a direção e confirmou a manutenção da Receção ao Caloiro em Guimarães. Quanto ao futuro, Carlos Videira acredita que a AAUM não estará finaceiramente em risco depois da decisão de cancelar o Enterro da Gata. daniel mota danielmotap@gmail.com

A decisão de cancelar o Enterro da Gata 2014 foi a decisão mais difícil que tomaste enquanto presidente da Associação Académica da Universidade do Minho? Sim, sem dúvida. Foi uma decisão muito difícil e muito ponderada. O acontecimento que todos vivenciamos foi trágico e marcou a academia de uma forma muito profunda. Com isto,

a Associação Académica entendeu que devia dar um sinal de respeito e solidariedade perante esse acontecimento porque havia valores mais importantes e mais altos do que a realização de uma festa, como é o Enterro da Gata. Foi, certamente, a decisão mais difícil enquanto presidente e foi, de certeza, a decisão mais difícil que tomei ao longo da minha própria vida. Acima de tudo foi uma decisão tomada em consciência sobre uma atividade que todos nós sabemos

aquilo que significa para os estudantes e para a própria Associação. Foram três meses de trabalho intenso a tentar delinear o evento, o cartaz tinha sido apresentado nesse dia e estava tudo a postos para começar a atividade da Associação Académica que chega a mais estudantes, mas entendemos que o devíamos fazer tendo em conta tudo aquilo que aconteceu. Foi uma decisão da direcção ou houve, também, uma

consulta externa? Foi, acima de tudo, uma decisão da direção da Associação Académica que se reuniu e tomou esta decisão. Houve, certamente, um conjunto de pessoas próximas a quem foi pedida a opinião, mas foi sempre uma decisão da direcção. Alguns alunos condenaram e acharam prematura a decisão. Porque é que esta não poderia ter sido adiada para uns dias mais tarde e fazer um referendo, como alguns

alunos solicitaram? A decisão teria de ser tomada naquele momento, qualquer que fosse o seu sentido. Estamos a falar dum trabalho que tinha sido delineado desde janeiro, de uma máquina muito grande ao nível de artistas, fornecedores, entidades e patrocinadores e que não poderiam esperar por uma decisão durante tanto tempo. Tomamos esta decisão embora soubéssemos que nunca iriamos ser consensuais, mas depois de pre-


ENTREVISTA PÁGINA 12 // 21.MAI.14 // ACADÉMICO

senciar a dor de familiares, amigos e de colegas mais próximos e da brutalidade do acidente que causou um choque profundo, entendemos que nesse momento se impunha uma reflexão. É certo que a vida continua e é certo que a vida não se cinge única e exclusivamente ao Enterro da Gata. Como olhaste para as reações negativas nas redes sociais? Sabíamos que qualquer decisão que tomássemos em relação a esta matéria não iria ser consensual. Certamente que houve pessoas que não gostaram e que têm uma posição diferente e a Associação Académica respeita-os. Ainda assim, acho que alguns argumentos utilizados poderiam ter sido, em alguns momentos, um pouco diferentes e mais respeitosos com situação e com a decisão de uma Associação Académica que é a principal prejudicada pela realização deste evento - quer em termos financei-

ros, quer no trabalho desenvolvido pela direcção mas, também, na proximidade aos estudantes. Como te sentiste quando leste o comunicado de apoio dos ex-presidentes? São mensagens como estas que nos dão força para enfrentar as adversidades que enfrentamos ao longo destas semanas. A pressão foi muito grande mas tínhamos a convicção de que esta era a decisão mais acertada ainda que o número de estudantes mais diretamente afetados por esta tragédia estivesse circunscrito a um determinado grupo. A pergunta que eu deixei junto de alguns colegas foi nesse sentido - com que direito é que nós todos seguiríamos para a nossa festa sabendo da dor que estes mesmos colegas sentiam? Felizmente houve um conjunto de pessoas muito importantes para esta instituição, a quem os estudantes e a Associação Académica devem muito, que decidiu solidari-

Nuno Cerqueira

Carlos Videira sublinha que o comunicado conjunto de ex-presidentes foi um “bálsamo” para sua direção

zar-se. Foi um “bálsamo” de força que a direção recebeu com aquela declaração que nos tocou muito e a quem gostaríamos de agradecer o apoio que demonstrou nesta fase difícil. A AAUM vai-se ressentir financeiramente com o cancelamento do Enterro da Gata. O que pode ser feito para minimizar a situação? Que valores em concreto estão em cima da mesa? Havia uma receita que nós queríamos alcançar com este evento e que já não o vamos conseguir alcançar. Essa estaria, também, dependente de um número de circunstâncias que nós não controlamos nem conseguimos prever – condições meteorológicas, adesão aos concertos, etc. Há também um prejuízo decorrente de compromissos que já tinham sido assumidos e de coisas que já tinham sido protegidas que andará à volta de alguns milhares de euros. Neste momento estamos a fazer um levantamento de tudo aquilo que foi gasto e assumido para depois conseguirmos fazer uma reestruturação do próprio orçamento da Associação Académica. É um trabalho que está a ser feito e felizmente esse prejuízo será minimizado graças à grande sensibilidade e compreensão dos artistas e fornecedores, bem como pelo apoio que recebemos da promotora do evento face à situação. Fazer uma Receção ao Caloiro em Braga poderá ser uma solução? A Receção será certamente em moldes diferentes e reforçados, até para tentar colmatar um pouco a quebra

Nuno Cerqueira

de receita que houve com o cancelamento do Enterro da Gata. Neste momento, a realização não está em cima da mesa mas até lá muita coisa pode mudar, sendo que a realização está prevista para a cidade de Guimarães, como nos anos anteriores. Poderão ser algumas atividades da AAUM canceladas ou repensadas? Nós faremos todos os esforços possíveis para que isso não aconteça, procurando fontes alternativas de financiamento ou reajustando algumas atividades e algumas das verbas inscritas em orçamento da Associação, tentando esmiuçá-las ao máximo para que todas as atividades possam decorrer como previsto no plano de atividades. Poderá a AAUM estar financeiramente em risco? Não. Felizmente a Associação Académica, ao longo dos últimos dez anos, consolidou uma estrutura muito forte fazendo com que não dependa única e exclusivamente do Enterro da Gata para sobreviver. Foi um trabalho que várias di-

reções fizeram nos últimos anos que permite à AAUM ter esta independência de poder, face a uma situação extraordinária, e abdicar da sua principal atividade. O que podem esperar os estudantes até ao final do mandato? Poderão esperar um cumprimento do seu plano de atividades nas mais diversas áreas e uma defesa intransigente dos seus direitos – nomeadamente na ação social e na política educativa. O cancelamento do Enterro da Gata não é uma decisão única em si mesma. Neste momento há uma reflexão que tem de ser feita, que é prioritária e não pode ser adiada nem ficar para segundo plano. Os estudantes têm de refletir entre si e retirar as lições que este acontecimento nos dá. A Universidade tem de aprender a lidar melhor com determinados fenómenos e a cidade não se pode, também, demitir de garantir as melhores condições de segurança na zona envolvente ao campus, quer em Braga e em Guimarães. Tudo isto para que uma situação do género nunca vol-


ENTREVISTA PÁGINA 13 // 21.MAI.14 // ACADÉMICO

te a acontecer. Voltando ao dia 23 de abril, percebe-se que tudo podia ter sido evitado. Já houve apuramento de responsabilidades? A quem é que poderá ser atribuída a culpa? O dia 23 de abril ficará marcado, para mim, como o dia mais triste que já vivi nesta Universidade. Todo o cenário foi desolador e trágico, mas é fundamental que as imagens não sejam esquecidas para que, de futuro, se tomem todas as providências para que algo do género nunca mais aconteça. Há um processo de entrada no tribunal pelo Ministério Público e a Câmara Municipal de Braga já se pronunciou sobre o assunto. Aguardaremos com serenidade mais pormenores sejam divulgados acerca das condições em que estava aquele muro e de quem era a responsabilidade da sua manutenção e segurança. A praxe poderá ter motivado a situação? Há um conjunto grande de coincidências negativas que ninguém controla e que acontecem todas ao mesmo tempo e, portanto, não me parece que, apesar dos alunos estarem numa atividade académica de praxe, tenha sido esse o principal motivo para aquilo que aconteceu. Foi um momento de alegria, de euforia que infelizmente acabou da pior forma. O que não quer dizer que não haja momentos, ao longo do ano e em contexto de praxe, em que a euforia do momento também possa levar a alguns riscos que podem ser evitados, apesar de hoje termos a certeza que não foi a praxe que motivou esta situação.

A praxe deve ser repensada na UMinho? Acho, acima de tudo, que tem de ser feita uma reflexão. A praxe é fruto de um exercício de liberdade dos estudantes que decidem aderir ou não a este tipo de práticas que tem fatores muito positivos no sentimento de pertença que incute na academia, no sentimento de camaradagem e união. Por vezes há, também, tipos de situações que incorporam alguns riscos para o bem-estar do estudantes e são essas que devem ser diminuídas ao máximo e, portanto, essas sim devem ser repensadas. Com a decisão de cancelar o Enterro da Gata, vários espaços noturnos criaram alguns eventos, tendo um deles o nome ‘Semana Académica’. Como olhas para esta situação? A AAUM e a sua direção tomou uma decisão muito difícil e dá a cara por ela, respondendo por ela porque é uma decisão sua. Relativamente àquilo que acontece de forma paralela, a Associação Académica nunca se pronunciou sobre eventos de entidades privadas e não é agora que o vai fazer. Portanto, não se pronuncia nem comenta esse tipo de atividades, deixa à consideração dos estudantes o julgamento que possam fazer sobre essas atividades, respeitando qualquer uma das suas posições. Foi um ano importante para o desporto universitário na UMinho. Como olhas para as conquistas dos alunos da academia e para a realização do Mundial de Andebol Universitário na nossa Universidade?

Daniel Vieira da Silva

Tem sido uma aposta muito bem sucedida da direção da AAUM. Pela primeira vez em 2013 conseguimos atingir o ranking da Associação Europeia de Desporto Universitário. Em mais de 400 instituições, a AAUM foi o melhor clube de desporto universitário de toda a Europa e isso é um marco que ficará para sempre recordado na nossa e na própria história da Universidade. Este ano as coisas afiguram-se um pouco mais difíceis, mas continua a ser uma grande prioridade. Continuamos a ter excelentes resultados com os nossos atletas, fruto de um trabalho muito forte em colaboração com o Departamento de Desporto e Cultura dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho. Em relação ao campeonato Mundial Uni-

Carlos Videira considera que a UMinho “tem de aprender a lidar melhor com determinados fenómenos”

versitário de Andebol 2014, esperamos que seja uma grande organização. Com a nossa seleção a jogar em casa esperamos que desta vez seja possível conquistar o tão desejado troféu que nos vem escapando. Em relação às propinas, falou-se sobre um possível aumento do valor a pagar. Sabendo que uma das promessas desta associação foi o não agravamento do valor, vai realmente existir essa subida? E quem queria que isso acontecesse? Foi uma das promessas da Associação Académica que deu seguimento daquilo que tinha acontecido no ano passado, em que felizmente foi possível travar um aumento de propinas. Esta decisão sairá na próxima semana, numa reunião

de Conselho Geral, que terá lugar no dia 26 de maio em Monção. Em conversas com o Reitor da Universidade do Minho, há um compromisso da sua parte de que o mesmo irá propor, novamente, um congelamento do valor da propina o que a Associação Académica vê com muito ‘bons olhos’. Compreendendo as dificuldades de financiamento público que as Universidade têm tido nos últimos tempos e é, certamente, um sinal positivo a Universidade rejeitar voltar a sobrecarregar os estudantes. No entanto, a Associação continua também a dizer que o valor atualmente praticado está demasiado inflacionado relativamente aos rendimentos médios das famílias dos estudantes portugueses.


LOCAL PÁGINA 14 // 21.MAI.14 // ACADÉMICO

DESPORTO

aaum em plano de destaque nos campeonatos nacionais universitários individuais

DIOGO PARDAL diogo_oliveira_pardal@hotmail.com

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) esteve presente nos Campeonatos Nacionais Universitários individuais que tiveram lugar em Évora, de 15 a 18 de maio, destacando-se em algumas modalidades. Em disputa estiveram os títulos de campeão nacional universitário nas categorias de badminton, bilhar, boxe, equitação, karting, kickboxing, setas, taekwondo, ténis, ténis de mesa e xadrez. No ténis de mesa, o aluno da AAUM, Carlos Fernandes, conseguiu arrecadar o ouro, ficando à frente de Celso Almeida (AAUAIg) e de Tomás Law (AEIST). Já no feminino, o primeiro lugar ficou para Ana Torres (UPorto), seguindo-se Andreia Almeida (AAUIg) e Catarina Dias (AEIST), que conseguiram a prata e o bronze, respetivamente. No que concerne ao ténis feminino, a Universidade do Minho levou para casa

FADU

medalhas de ouro, enquanto que no ténis masculino e badminton masculino foram alcançadas duas medalhas de prata. Na modalidade de xadrez, o estudante minhoto Luís Silva arrecadou o ouro, ficando à frente de André Pinto (AEIST) e de André Viela (UPorto).

No karting, João Serra, aluno de Engenharia Eletrónica, conseguiu arrecadar a medalha de prata, com 113 pontos, ficando apenas atrás do seu rival Luís Moreira, da U.Porto. O bronze ficou para o aluno Fábio Ramalhinho (AAUE). Também no karting feminino, Joana Cunha, estudante

FADU

de Arquitetura, acelerou até ao segundo lugar, com 111 pontos somados. Em primeiro lugar ficou a aluna Daniela Bastos (IPLeiria), ficando o bronze para Maria Delgado, igualmente do IPLeiria. O kickboxing minhoto também se destacou com duas medalhas de ouro, duas medalhas de prata e uma de bronze. No que toca ao coletivo (conjunto das duas provas – Light Kick e Low Kick), a AAUM conseguiu ficar com o segundo lugar, com 57 pontos somados, ficando atrás da AAUBI, com 62 pontos e à frente da AAUE, que somou 18 pontos. No feminino, Rita Carvalho (AAUBI) ficou com o ouro, seguindo-se a aluna minhota Maria Sancho. No masculino, na categoria de menos de 63,5 kg, Vasco Ensinas (AAUBI) arrecadou o ouro,

ficando o segundo lugar para Marcos Bonjardim, da Universidade do Minho. A UM destacou-se igualmente na categoria de menos de 67 kg, por intermédio de Eduardo Machado, estudante da UM que venceu o ouro, ficando à frente de Leonardo Barbosa (AAUBI), de Pedro Henriques (AAUE) e do aluno minhoto Paulo Cunha (Pedro Henriques e Paulo Cunha partilharam do terceiro posto). Na categoria de 91 kg, João Brito arrecadou a prata, enquanto que na categoria de menos de 91 kg, o ouro foi para Remi Ferreira, estudante da AAUM. Na categoria de setas masculino, a AAUM não ganhou qualquer medalha, ficando o primeiro lugar para Pedro Rodrigues (AEIST), o segundo para Daniel Marques (AAUE) e o terceiro para João Janota (AAUE).


TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 21.MAI.14 // ACADÉMICO

liftoff,

http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff

gabinete do empreendedor da AAUM

Workshop Benchmarking

O LIFTOFF está a promover o Workshop Benchmarking, inserido no Connecting The Dots, agendado para 28 de maio no Campus de Azurém. A ação tem como objetivo sensibilizar os presentes para a importância da sistematização da análise de referências de atividades que possam servir como

embrião de melhoris de desempenho. No final da sessão deverás ter a consciência da necessidade de aplicação de novas formas de intervenção com as ferramentas de toda a gente fala, como a filosofia LEAN, o Procurement, os Sigmas, os S’s, W’s, P’s, V’s, os ERP’s, as SCM’s, o CRM, o SRM e muitos outros, que não serão mais

do que chaves numa caixa organizada. Para tal, conta com o apoio do formador Jorge Cavaleiro, Mestre em Economia e Gestão de Ciência e Tecnologia, licenciado em Engenharia Industrial e bacharel em Engenharia Eletromecânica. A participação é gratuita, só tens que fazer a inscrição em www. liftoff.aaum.pt.

Sessão de coaching Aproxima-se o final da 2ª edição do programa de Alto Desempenho. O evento encerra com a sessão ligada ao Coaching e porque “o mundo abre caminho ao homem que sabe para onde vai” (Ralph Emerson) não podes deixar de participar. Delmar Almeida, participante das sessões anteriores, refere que “não importa quem somos ou quem queremos ser, este programa está direcionado para todos nós.” Com esta sessão, que decorre a 27 de maio no Campus de Gualtar, termina aquele que é um dos programas de eleição de César Cerqueira, Empreendedor, Business e Lifestyle Coach e Formador nas áreas Comportamentais e de Gestão Estratégica. Não deixes de te inscrever em www.liftoff.aaum.pt.

Sessão organização de processos Está também a terminar o programa Steps To. Mais um programa abrangido pelo Connecting The Dots e que consiste em cinco sessões de orientação independentes com cinco temas distintos direcionado para empreendedores, startups e spinoffs. Vem perceber, com César Cerqueira, a dinâmica da atribuição de responsabilidades e conhecer os melhores planos operacionais. Estamos à tua espera no dia 29 de maio, às 18h, no Campus de Gualtar. Visita o site do LIFTOFF e sabe mais: www.liftoff.aaum.pt.

> 22 MAIO ‘14 Marketing e Vendas Braga

> 23 MAIO ‘14 Talentos MEI Guimarães

> 26 MAIO ‘14 Iniciação ao Photoshop Braga

> 27 MAIO ‘14 Sessão coaching Braga

>

Ofertas de emprego Responsável de produção M/F

Marketing - M/F (Estágio profissional)

R&D Manager - Lisbon M/F

Perfil: - Licenciatura em qualquer área de Engenharia; - Conhecimentos de inglês; - Carta de condução

Perfil do candidato: - Licenciatura em Marketing - Elegível para Estágio Emprego/IEFP - Residente na zona de Guimarães (factor não eliminatório)

Perfil do candidato: - Masters / PhD in Information / Communication Technologies or other related; - Experience in mobile technology; - Good academic and/or professional R&D networking; - Participation and publication of scientific papers in IT is valued;

Outras oportunidades: - Enfermeiro M/F Angola

w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt

- Jr. SW Developers M/F - Comercial Energia M/F | Braga

Candidaturas em: www.aaum.pt/gip


CULTURA ROBOCOP (2014)

Realizador: José Padilha Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton Estreou em Portugal: 13/02/2014

DR

a nostalgia no desencanto CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt

A saga de ficção científica, que nos finais da década de 80 e inícios da seguinte lucrou, e muito, do seu auge mediático, querer-se-ia renascida numa de duas formas mais diretas: ou num tributo minimamente apaixonado ou num remake digno de desenterrar tão grandiosas reminiscências. Porém, neste 2014 não se fez mais do que trazer RoboCop à memória colectiva, ressuscitar velhas ideias e impelir a “sempre garanti-

da” vontade pelo passado. Valha-nos as lembranças! Este novo projeto de José Padilha (“Tropa de Elite” e “Autocarro 174”) fica-se pelo proposta de futurismo e nada mais. A atmosfera tecnológica bem instituída, tão eficiente quanto o bloco maquinal que apresenta, garante o solo perfeito para a premissa do costume se irromper em história. E para isso Padilha esforçou-se muito pouco. No aparente esforço por fazer sobressair mais o lado humano do vilão/protagonista (ainda o mesmo elemento), negligencia-se o único enfoque que poderia valorizar esta

obra em relação às suas anteriores: no melhor empreendimento das questões de autonomia, lógica e (des) virtudes da máquina vs humanidade. Porque elevar o poder do amor (onde já ouvimos esta ladainha?) em detrimento do poder da tecnologia castradora é condenar-se a não ser levado a sério. As questões que de início se percebem como polarizadas – os pontos de vista diferem e a moralidade dos atos é posta em causa -, no final descrêem-se ao serem centralizadas no eterno lugar comum do “humano, demasiado humano”. Mas desengane-se quem sugere

neste exercício um pouco de filosofia. A superficialidade está bem patente. E é irremediável. O punhado de atores secundários – com Gary Oldman em destaque mas sem surpresas – é a arma mais especial do projeto. Os tópicos personificados por estes teriam tudo para valorizar a mensagem: o cientista representando a ética, os polícias humanos a corrupção e a industria tecnológica o consumismo (esta última tal qual a obra original de 1987). Porém, estas três bases de história, por razões sobrepostas à deliberação dos seus princípios, não re-

Nacionalidade: Americana Pontuação: 1/5

sultam nem produzem efeito algum. São, pois, causas ocas. É toda ela uma experiência trivial, sem brilho próprio nem o mínimo reflexo da valia de outrora. Ao contrário da obra original, esta peca também pela incapacidade do uso do humor como arma para a sátira que, no fundo, é objectivo primário. O mais recente “RoboCop” prende-nos unicamente pelos condimentos da ação e da ficção científica e não faz juz, como seria suposto, à promessa da ‘nostalgia’. Ficam somente, para o exercício parcial dessa nostalgia, ternas memórias cada vez mais distantes.


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RUM BOX

AGENDA CULTURAL

TOP RUM - 19 / 2014

12 - JP SIMÕES Gosto de me drogar

BRAGA

09 MAIO

13 - LEGENDARY TIGERMAN Do come home

1 - RAPARIGA ELÉCTRICA Quero-te

14 - MÁRCIA - Menina

2 - BECK - Blue moon

15 - SILVA - É preciso dizer

3 - TEMPLES - Keep in the dark

16 - SOHN - Artifice

4 - CHET FAKER - Talk is cheap

17 - ARCADE FIRE - Reflektor

5 - JOAN AS POLICE WOMAN Holy city

18 - COLIBRI Santo António travesti

6 - AU REVOIR SIMONE Somebody who

19 - GUTA NAKI - Ainda não sei

7 - DAMON ALBARN Heavy seas of love 8 - PZ + dB Cara de chewbacca 9 - DIABO NA CRUZ Vida de estrada 10 - WE TRUST We are the ones 11 - FRANKIE CHAVEZ - Fight

20 - KURT VILE Never run away

POST-IT

19 maio > 23 maio LOS WAVES Darling LITTLE DRAGON Paris THE WAR ON DRUGS Red Eyes

CD RUM

MÚSICA 22 de maio Sérgio Godinho Theatro Circo 23 de maio Capicua Theatro Circo

24 de maio Coro Académico da UM Theatro Circo 24 de maio Brantner FNAC

GUIMARÃES 24 de maio The partisan seed CCVF

“Are We There” é o nome do quarto trabalho de originais de Sharon Van Etten, que será lançado segunda-feira, dia 26, pela Jagjaguwar. O disco foi produzido pela norte-americana com uma pequena ajuda de Stewart Lerman e revela o seu lado mais íntimo. Nascida em 1981 em Nova Jersey tentou licenciar-se em engenhei-

23 e 24 de maio Ode marítima Casa das Artes MÚSICA 31 de maio Tiago Bettencourt Casa das Artes

LEITURA EM DIA

Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.

A mulher de verde de Arnaldur Indridasen, Ed.Porto Editora. O filão nórdico continua a render e temos agora um autor islandês que é um grande romancista, com o seu detective Erlendur. Obrigatório.

Uma outra voz de Gabriela Ruivo Trindade, Ed.Leya. A vencedora do prémio literário mais compensador, financeiramente, em Portugal; a saga de uma família alentejana.

obra admirável?

O elixir da imortalidade de Gabi Gleichman, Ed.Bertrand. A estória de uma família de judeus ibéricos, Espinosa, numa deriva milenar que acompanha a História da Humanidade.

O chamador de Álvaro Laborinho Lúcio, Ed.Quetzal. Quem diria que o antigo ministro e actual Presidente do Conselho Geral da UMinho, ao fazer a sua estreia na ficção, fosse capaz de escrever uma

O fim do poder de Moisés Naím, Ed.Gradiva. Os pensadores conservadores usam títulos heteroxodos, apelativos, para fazerem passar a sua mensagem e é o caso deste. No entanto, está muito bem fundamentado e obriga à nossa leitura atenta.

é mais um disco repleto de melodias calmas orquestra-

das pela voz doce e quente de Sharon Van Etten. Para

ouvir ao longo desta semana no CD-RUM.

are we there

ra do som mas abandonou após um ano por achar não ter perfil. Estreou-se nos discos em 2009 com “Because I Was in Love”, no ano seguinte editou “Epic” e em 2010 lançou “Tramp”, um disco bastante bem recebido pela crítica internacional. Neste novo trabalho conta com as colaborações de Peter Broderick, Jana Hunter, Mackenzie Scott entre outros e utilizou instrumentos na gravação que foram usados por John Lennon e Patti Smith. Distanciando-se um pouco do universo folk, este

TEATRO 22 e 23 de maio Opus 2 Casa das Artes

MÚSICA 23 de maio Gnomos + Days of July + Eggbox TOCA

sharon van etten PAULO SOUSA paulo.sousa@rum.pt

FAMALICÃO

DR


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DESPORTO

sc braga/aaum dá a volta na eliminatória, está nas meias finais do campeonato e entra na história

Em casa, o Sp. Braga/AAUM foi mais forte nos dois jogos e está na meia final do campeoanto. Fez-se história!

susana silva msusana.silva@hotmail.com

No segundo jogo dos quartos-de-final do playoff da Liga Sportzone Futsal, o SC Braga/AAUM bateu, esta sexta-feira, em casa, o Rio Ave por 7-1. Após a derrota em Vila do Conde, a turma minhota recuperou a desvantagem na eliminatória e levou a decisão final para a “negra”, onde garantiu a passagem à próxima fase. O SC Braga/AAUM precisava de vencer para se manter na discussão dos playoff e, neste jogo, mostrou ter mais argumentos do que o Rio Ave. A formação bracarense entrou no encontro bastante pressionante e dominou por completo a primeira parte,

criando inúmeras ocasiões de golo. Aos seis minutos, Amílcar – um dos jogadores que mais agitou o ataque bracarense no primeiro tempo – inaugurou o marcador e Nilson, aos 12 minutos, elevou a contagem para 2-0, resultado que permaneceu até ao intervalo. No segundo tempo, o conjunto minhoto continuou a deter a supremacia do jogo, acabando por aplicar uma goleada aos vila-condenses. Tiago Brito ampliou o marcador para três bolas a zero e Minhoca, quatro minutos depois, fez o 4-0. Aos 27 minutos, Fábio Cecílio também fez o gosto ao pé e colocou o SC Braga/AAUM a vencer por uns confortáveis cinco golos. À entrada dos dez minutos finais, Amílcar bisou na partida, tendo o Rio Ave, pouco

Pedro Benavente

depois, reduzido a desvantagem para 6-1, por intermédio de Eskerda. Com uma exibição bem conseguida durante todo o encontro, os bracarenses terminaram o jogo de feição e, no último minuto, André Machado estabeleceu o resultado final em 7-1, empatando a eliminatória. No jogo 3, o SC Braga/ AAUM garantiu a passagem às meias-finais do play-off Com a igualdade na eliminatória, as equipas voltaram a apresentar-se no Pavilhão da Universidade do Minho, no sábado, para decidir a passagem às meias-finais. Após uma excelente exibição no jogo 2, a equipa arsenalista voltou a entrar melhor no terceiro encontro e, aos oito minutos, já contava com

duas bolas à trave - primeiro por Tiago Brito e depois por Fábio Cecílio. O SC Braga/AAUM controlava a partida e chegou ao golo aos 11 minutos, por intermédio de André Machado. Ainda assim, os vila-condenses não desarmaram e, a 53 segundos do descanso, empataram o encontro, com um tento de Coelho. No início da etapa complementar, o SC Braga/AAUM dispôs de mais um número assinalável de boas oportunidades, que, ainda assim, pecaram na finalização. Após a insistência, a eficácia veio à tona aos 28 minutos: passe de Tiago Brito, com o capitão André Machado a aparecer no segundo poste e a colocar novamente o SC Braga/ AAUM na frente do marcador. Em desvantagem, o Rio Ave

subiu de intensidade e foi levando algum perigo junto à baliza de Beto, principalmente nos três minutos finais, em que Raul Moreira colocou Israel a guarda-redes avançado. Contudo, os rioavistas não conseguiram alterar o registo do jogo, que terminou com o triunfo dos bracarenses por duas bolas a uma. Com duas exibições irrepreensíveis nos jogos realizados em casa, o SC Braga/AAUM conseguiu a reviravolta na eliminatória e apurou-se para as meias-finais do campeonato pela primeira vez na sua história. O conjunto minhoto irá agora defrontar o Sporting, que derrotou o Boavista nos quartos-de-final, sendo o primeiro jogo já no próximo sábado, no Pavilhão da Universidade do Minho.


ESN MESSAGE This is the last edition of ESN Page you are going to see this year. It’s the last ACADÉMICO of this lective year, and we wanted to express our gratitude.

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Se perguntares a qualquer Erasmus acerca da sua experiência, eles dir-te-ão que foram os melhores momentos das suas vidas: eles não iriam trocar a experiência por nada do mundo, uma experiência que lhes mudou a vida e que ajudou a encontrarem-se a si próprios. No entanto, nada que é tão interessante só tem uma faceta. Há dias em que nos senti-mos tristes e depressivos, quando a vida já não parece tão bonita e tudo o que queres fazer é… dormir. Passar um período de tempo inteiro sem veres a tua família e amigos “não é muito doce”, mas intensifica-se durante as férias, mais precisamente as Férias de Natal. As Férias de Natal, que deveriam ser divertidas, “ felizes e prósperas”! Na verdade, quase todos os Erasmus voltam ao seu país e à sua cidade nesta altura a cidade torna-se vazia e literalmente uma “ cidade fantasma”. E há quem não vá ao seu país porque é demasiado distante do resto do mundo. E, é claro, ficamos desesperados à espera que a neve caia porque não parece Natal se não cair mesmo neve. O Tempo no Norte de Portugal é um tanto imprevisível. Uma coisa que aprendi com os meus próprios erros é: nunca sair de casa sem um guarda-chuva. Sobreviver a quatro meses de chuva interminável não foi fácil. Esperava, desesperadamente, o sol todos os dias, ou então apenas um dia sem chuva. É um período em que todo o raio de sol é motivo de FESTA! Mas, provavelmente, o momento mais triste durante o Erasmus é o das despedidas, o final do primeiro semestre quando as pessoas começam a ir embora. Ir à festa de despedida de pessoas com quem partilhaste toda a experiência, com quem esteve lá nos momentos mais felizes da tua vida Erasmus, viajaram juntos, tomaram café juntos e tiveram pequenas conversas antes da aula. Ao escrever no seu diário apercebes-te que há uma pequena hipótese de nunca mais encontrares essas pessoas de novo. Para além dessas falhas, que são em parte dos Erasmus, parte da vida da qual nãos nos podemos esconder, é isto que faz o teu Erasmus ser único. Até a má memória, o café terrível ou o exame que reprovaste faz com que a tua estadia seja inesquecível. E ter a oportunidade de conhecer gente nova fantástica de todas as partes do mundo e partilhar este vida magnifica com eles faz da tua estadia ainda mais valiosa. Sim, dizer adeus é difícil, mas devemos nos lembrar que fomos sortudos o suficiente para termos alguém que faz as despedidas dão difíceis. DR

Natalia Kurkhuli

We want to thank every Erasmus and ESN member that dedicated time and effort to write some articles for this page. It wouldn’t be possible without you. We hope you liked it. This was the first time ESN had a page of it’s own on this journal. We will back next year! See you, friends!

O outro lado da história

VOX POP ERASMUS What do you think about our ESN Page?

Joseph Santos Although ERASMUS students are not from Minho, according to me it is important to have something to represent them, and which association can represent ERASMUS students better than ESN in Braga? So, for me, the ESN Page is really a necessity because ERASMUS students are also an important part of Minho’s community.

The other side of the story

Ask any Erasmus student about their experience and they will tell you that they had the times of their lives: The experience that they would not exchange for anything in the world, life-changing experience, finding yourself experience. However, nothing interesting is completely one-sided. There are the days when you feel blue or depressed, when life doesn’t seem as beautiful and all you want to do is.. sleep. Spending whole period without seeing your family and friends is no sweet, but it becomes even more intense during the holidays, more precisely winter holidays. Winter holidays, which supposed to be fun and “merry and bright”. In fact, almost all Erasmus students leave for their countries and city is completely empty and becomes literally “ghost city”. And you do not go home because your country is way too far from the rest of the world. And of course, desperately “waiting for the snow to fall, because it doesn’t really feels like Christmas at all”. Weather in Northern Portugal is quite unpredictable. One thing I’ve learned from my own mistakes is: Never leave home without umbrella. Four months of endless rain was not easy to survive. Every day hopelessly waiting for the sun, or just a simple day when it does not rain. It’s the period, when every ray of the sun is the reason of “festa”. But probably the saddest moment during Erasmus is saying goodbyes, the end of first semester, when people start to leave. Attending goodbye parties of the people with whom you shared whole experience, who were there for the happiest moments of your Erasmus life, travelled together, had cup of coffee together and little chitchats before the class. Writing in their journal makes you realize that there is a slight chance that you will never meet each other again. Besides these flaws, which are part of Erasmus, part of life that we cannot hide from, this is what makes your Erasmus unique. Even bad memories, about bad coffee or failed exam makes your stay unforgettable experience. And having chance to meet new amazing people from all over the world and share this extraordinary life with them makes your stay even more valuable. Yes, saying goodbye is difficult, but we should remember that we’ve been lucky enough to have someone that makes saying goodbye so hard. Natalia Kurkhuli

Jéssica Angelo

I think the ESN Page shows commitment in welcoming and helping the Erasmus students during their mobility period. When we know that a lot of other people are also going through the same situations and in the middle of so many new things, there’s a feeling that we’re not alone, that we have each other and we become absolutely sure that we’ve made the best possible option when we chose UMinho.



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