À CONVERSA COM...
ACADÉMICO EM PDF
Estelita Vaz, Presidente da Escola de Ciências
Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 217/ ANO 10 / SÉRIE 6 TERÇA-FEIRA, 23.SET.14
academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico
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BENVINDOS À MELHOR ACADEMIA! academia
campus
desporto
Dois mil caloiros recebidos na UMinho Pág. 03
Academia acolhe dádiva de sangue
Minhotos empatam na Madeira
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Nuno Gonçalves
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FICHA TÉCNICA
SEGUNDA OPINIÃO PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho // terça-feira, 23 setembro 2014 / N217 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Lénia Rego // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , Ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, Bárbara Araújo, Bárbara Martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Diana Silva, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Florbela Caetano, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Inês Neves, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Maria João, Marta Roda, Norberto Valente, Pedro Ribeiro, Rute Pires, Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás Soveral, Virgínia Pinto. // COLABORADORES: Abel Duarte, António Ferreira, Daniel Silva, Elisabete Apresentação, Elsa Moura, Lara Antunes, Paulo Sousa e Sérgio Xavier // CRONISTAS: Joana Arantes, Paulo Reis Mourão // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Lénia Rego // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
Joana Arantes Docente da Escola de Psicologia da Universidade do Minho
Como superar um relacionamento à distância O início do ano para os estudantes universitários é muitas vezes caracterizado por uma confusão de sentimentos e emoções, nomeadamente alegria, excitação e impaciência, entre outros. E depois de um Verão repleto de amor e paixão, pode também ser sinónimo de inquietação e saudade por estar longe de alguém amado. Deste modo, a questão que muitos colocam é: Como é que se mantem um relacionamento à distância? Embora nem sempre seja fácil, a boa notícia é que os relacionamentos podem superar a distância. Quando se está fisicamente longe do outro regularmente, tem de se
pensar em alternativas para manter o relacionamento; de outra forma, o relacionamento deixaria simplesmente de existir. É fundamental que ambos os membros do casal cultivem os sentimentos de afeto, carinho, ternura e amizade pelo seu parceiro, e que cuidem do seu relacionamento.
altera a maneira como os membros do casal interagem, porque os obriga a trabalhar em áreas do relacionamento como a comunicação e a partilha de situações do dia-a-dia e de emoções, que casais que vivem geograficamente perto acabam por descuidar. E isto pode tornar a comunicação do casal mais positiva.
O meu conselho é que invistam na criatividade, e para isso podem recorrer às novas tecnologias, como o telemóvel, as mensagens, o skype, o facebook, o twitter. O envio de mensagens e vídeos, os jantares à distância e o cinema a dois são apenas alguns exemplos.
O que parece ser mais importante para que os relacionamentos à distância sejam bem-sucedidos a longo prazo é a certeza que cada um tem que eventualmente no futuro vão ficar juntos geograficamente.
Muitas vezes, estar longe do outro
O importante é saber que esta separação física é apenas uma fase, algo temporário.
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CAMPUS
Dois mil caloiros na abertura PEDRO RIBEIRO pedroeribeiro.96@gmail.com
Foram dois mil os caloiros que no passado dia 15 de setembro assistiram à sesssão de boas-vinda que decorreu no Pavilhão Desportivo da UMinho. António Cunha, reitor da academia minhota e Carlos Videira, presidente da Associação Académica foram os oradores, numa cerimónia que contou com atuações de grupos culturais da universidade. A fim de abrir o ano letivo aos novos estudantes da academia, realizou-se, como já é hábito de anos anteriores, uma cerimónia dedicada exclusivamente aos mesmos, sendo o seu número aproximado de 2300. Dois ex-alunos, do curso de Comunicação Social, agora, Ciências da Comunicação, foram os responsáveis pela condução do dito evento. Entre várias apresentações digitais explicitadoras da realidade universitária, o presidente da AAUM e o
reitor discursaram perante o público estudantil. Carlos Videira reforçou a necessidade de “aproveitar as oportunidades”, bem como a “formação académica de referência” aliada à complementaridade das atividades extracurriculares, seguidos de “momentos de convívio, de companheirismo e de amizade”. Além disso, sublinhou que “temos que ter o dever de ser exigentes com nós próprios” e alertou para o conhecimento dos “direitos e dos deveres”. Já António Cunha aproveitou para acrescentar que a universidade se revela “diferente pela sua qualidade”, “pela sua inclusão”, lembrando que “os prémios nacionais e internacionais de estudantes, professores, investigadores confirmam-no”, “assumindo um constante compromisso com o desenvolvimento social, educativo, económico da região e do país”. A estes depoimentos sucederam-se atuações do Coro Académico,
da Tuna Académica e do conjunto musical de percussão ‘Bomboémia’. Atuações que agradaram aos novos alunos, mas também aos antigos, que não pouparam aplausos. No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, o reitor António Cunha manifestou-se orgulhoso pela “sala cheia”, mas assumiu que “são números abaixo do que seria expetável e abaixo das necessidades de mercado”. No seguimento destas declarações, afirma ser “uma questão que nos [à comunidade educativa] preocupa bastante”, esperando uma melhoria na segunda fase de concurso ao Ensino Superior. Confrontado com os números de
colocações no curso de Engenharia Civil respondeu: “a queda abrupta da procura levanta preocupações significativas (…) mas continuam a ser necessários engenheiros civis (…) pelo que nada justifica a queda da procura”. Também entrevistados no fim do evento, alguns alunos revelaram estar satisfeitos com as atividades promovidas no âmbito do programa de acolhimento. Iniciativas que os ajudam sobretudo numa melhor ambientação à instituição de ensino superior. Ao fim da tarde, as boas-vindas voltaram a ser dadas, só que, desta vez, ao corpo de estudantes em regime pós-laboral.
CAMPUS PÁGINA 04 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
ICS acolhe novos alunos rute pires rutetpires@hotmail.com
Realizou-se pela primeira vez, na passada quarta e quinta-feira, o acolhimento por parte do ICS aos novos alunos de Ciências da Comunicação, contemplando atividades direcionadas para satisfazer a curiosidade dos alunos quanto à Universidade do Minho, o que é o curso de Ciências da Comunicação e o que se pode realmente fazer dentro das diferentes áreas da licenciatura. Elsa Costa e Silva, professora do departamento de Ciências da Comunicação foi a principal responsável pela organização deste acolhimento, incluindo o “CC tem talento” e o peddy paper pela Universidade do Minho. Admite que esta é uma fantástica oportunidade para os alunos se conhecerem uns aos outros e ao campus. “Nós percebemos que os alunos do 1º ano quando chegam cá vêm de diversas partes, a maior parte não se conhecem uns aos outros, não conhecem os alunos dos outros anos e então o que nós pensamos é que podíamos organizar algumas atividades que fossem divertidas, que fossem mais agradáveis do pon-
Foto: Alberto Sá
to de vista do convívio, da partilha”, confessa. O peddy paper foi uma das atividades realizadas neste âmbito. Uma atividade onde se pretendia que os novos alunos percorressem “os serviços e as instituições aqui da uni-
versidade, para que os começassem a conhecer no terreno e também envolvendo alunos dos outros anos de forma a que pudessem interagir uns com os outros.”, afirma. Esta atividade foi bastante bem recebida pelos novos alunos que aderiram em força. “Achei engraçado”, disse
Juliana Ramalho, “o meu grupo foi o último a chegar mas achei giro e deu para conhecer”. Carla Daniela concorda: “foi muito bom para conhecermos a universidade, os sítios, as pessoas. Foi ótimo”.
Erasmus chegam à UMinho
Foto: Nuno Gonçalves
CAMPUS PÁGINA 05 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
INQUÉRITO O que esperas da praxe? A praxante de Educação Básica considera que apesar das recentes restrições, a sua comissão de praxe pretende fazer aquilo que se fazia em anos anteriores, incluindo muita diversão.
christelle rocha 1º ano // COntabilidade
Patrícia Rocha comprova que houve uma diminuição de caloiros em relação ao ano passado, algo que vê como uma consequência do decremento do número de vagas, “temos 21 caloiros em 38 que entraram”, fundamenta.
O que menos gostou foi de estar à chuva e “de encher”. Por outro lado, o que mais gostou foram as músicas e brincadeiras. Paulo considera a praxe uma boa forma de os “caloiros” se relacionarem uns com os outros e admite que tem sido uma mais valia.
As alterações previstas são um aumento de jogos, “não ser assim tão dura como em sido nos últimos anos”, confessa. Devido a isto, Patrícia Rocha antevê que este ano poucos vão ser os “caloiros” a desistir da praxe.
patrícia rocha 3º ano // educação básica
O aluno do 1º ano de Ciências do Ambiente frequenta a praxe, no entanto não tem expectativas sobre esta. “Já sei que se fosse para a universidade, os doutores me iam perguntar se queria ir à praxe, por isso decidi experimentar”, afirma Paulo Araújo.
O aluno pretende continuar na praxe, no entanto, não sabe se a acabará.
Christelle Rocha que tem frequentado a praxe diz não ter nada de mal a apontar. “Tem sido boa”, afirma. A estudante do 1º ano de Contabilidade, que sempre quis experimentar atividades praxísticas, tem como expetativa que não a “mandem encher muito” e considera que a praxe é uma boa ferramenta de integração, principalmente nos primeiros dias. “Não mandam fazer coisas que achamos que não devemos fazer. Se achássemos, pelo menos eu não fazia. Aliás, se eu achar que me mandam fazer algo que seja contra os meus ideais, prefiro sair da praxe”, garante. Apesar disso, Christelle Rocha espera continuar na praxe.
paulo araújo 1º ano // ciências do ambiente
rute pires/ Inês Carrola rutetpires@hotmail.com ineshitv@gmail.com
Estamos no início de um novo ano para a academia minhota. O Acolhimento preparado para os novos alunos está em curso, com o objectivo de integrar mais e melhor quem aqui chega pela primeira vez. Mesmo assim persistem algumas dúvidas. Esta é, para os novos alunos, uma época marcada não só por bons momentos como também pelo receio do desconhecido. Na Universidade do Minho os cânticos já se ouvem à distância e os “caloiros” multiplicam-se. O ACADÉMICO saiu à rua para tentar perceber quais são as expetativas para este novo ano e o que se espera dos habituais rituais praxísticos, numa altura em que a “praxe” tem estado debaixo do olho atento de todo o país e o seu mediatismo se tornou inegável.
CAMPUS PÁGINA 06 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
Português para estrangeiros rEDAÇÃO jornalacademico@rum.pt
O BabeliUM – Centro de Línguas da Universidade do Minho tem abertas até ao dia 1 de outubro as inscrições para o 22.º Curso Anual de Português Língua Estrangeira. A formação tem uma componente letiva semanal de 14 horas, acrescida de várias atividades culturais como visitas de estudo e tertúlias. O curso é lecionado em três níveis de aprendizagem e visa dotar os participantes de competências linguísticas, ao mesmo tempo
que lhes dá a conhecer aspetos da cultura portuguesa. A sessão de abertura desta edição é no próximo dia 1 de outubro, às 10:00, no auditório do Instituto de Letras e Ciências Humanas da UMinho, em Braga, onde será aplicado um teste diagnóstico para avaliar as capacidades linguísticas dos participantes em Português. Encontram-se, igualmente, abertas as inscrições para o Curso Semestral de Português Língua Estrangeira, lecionado nos campi de Gualtar (Braga) e Azurém (Guimarães). Este possui uma componente
letiva de 6 horas de aulas por semana e disponibiliza três níveis de aprendizagem. O período de inscrições decorre de 6 a 10 de outubro. No final dos cursos, os participantes serão avaliados de acordo com os parâmetros do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, sendo-lhes atribuído um certificado comprovativo da assiduidade e dos níveis atingidos. As inscrições e pormenores sobre os cursos podem ser consultados através da secretaria do BabeliUM, do site www.babelium.uminho.
pt, do email portbabelium@ ilch.uminho.pt ou dos telefones 253601668 e 253601662.
Dia extra no Medical Meeting SARA SILVA sara.daniela.gs@gmail.com
A sétima edição do Minho Medical Meeting (MMM) realiza-se já entre os próximos dias 24 e 26 de outubro, contando portanto com mais um dia que o habitual. Iniciativa do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), o Minho Medical Meeting trata-se de um congresso, destinado a estudantes das ciências
da saúde, que aborda, a cada ano, diferentes assuntos. Depois de “A Dor”, “Cirurgia”, “Emergência Médica”, entre outros, a edição deste ano, que terá lugar no Hospital de Braga, dedica-se ao tema “Da Conceção ao Recém-Nascido”. Os participantes neste evento terão a oportunidade de ouvir especialistas em áreas como a ginecologia, obstetrícia e neonatologia, e até de debater algumas das questões abordadas. Para além disso, pode-
rão esperar algumas novidades. Desta feita, o programa inclui uma visita cultural à cidade de Braga e também um jantar de gala, onde será anunciado o/a vencedor/a de um concurso de posters, também organizado pelo NEMUM. Os interessados em participar nas palestras, workshops e atividades deste sétimo Minho Medical Meeting poderão consultar mais informações e inscrever-se até dia 19 de outubro no site do NEMUM (www. nemum.com/mmm).
CAMPUS PÁGINA 07 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
Alumni reencontram-se VIRGÍNIA PINTO maria_devesa_21@hotmail.com
O 1º encontro de antigos alunos da Universidade do Minho – também conhecidos como Alumni, realizou-se no Largo do Paço, no passado dia 20 de setembro. O evento teve início pelas 17:00, tendo sido um marco na celebração das 4 décadas de existência da Universidade do Minho. Cerca de 400 ex-alunos reuniram-se em pleno centro de Braga para reviver os tempos de estudante e apoiar a Uminho nesta data. Entre os vários participantes encontramos algumas personalidades, entre eles António Murta, Silvina Alves, Luís Jerónimo, Pedro Fraga e Francisco Pimentel (Associação de Antigos Estudantes da UMinho), que promoveram uma tertúlia moderada por José Pedro Marques. O encontro começou com o check in nos claustros, adornado com uma exposição alusiva às inúmeras atividades culturais, às instalações e à evolução da Universidade do Minho nos últimos 40 anos. Seguiu-se a atuação da Azeituna e da Gatuna, dois dos muitos grupos culturais da academia. Antecipando o jantar contamos com um discurso por
Foto: Virgínia Pinto
parte do atual reitor, também ele ex-aluno. O jantar, servido no salão medieval da Reitoria, contou com vários pratos tradicionais como bacalhau espiritual, rojões à Minhota e arroz de Pato. O espaço foi decorado com requinte e não faltou ma exposição fotográfica intitulada “Belief” de Natan Dvir, fotógrafo israelita conceituado cujo trabalho está focado nas inte-
Foto: Virgínia Pinto
rações humanas, políticas sociais e culturais. O final do encontro contou com a presença de António Zambujo e Márcia. Este evento foi muito bem recebido entre a comunidade Alumni. A maior parte aderiu sem hesitar e está recetiva a uma eventual sequela deste sumptuoso encontro. “Acho que é uma iniciativa a saudar e a repetir” comenta João Dourado,
professor na Uminho há vários anos e também ex-aluno. Foi evidente o ambiente de saudade e o reviver de memórias ao longo de todo o evento, assim como o respeito à academia . “A universidade do Minho foi sem dúvida um marco para sermos bons profissionais” diz Catarina Mesquita, licenciada em Administração Pública pela UMinho.
Foto: Virgínia Pinto
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Inaugurado círculo de debates PEDRO RIBEIRO pedroeribeiro.96@gmail.com
No passado dia 19 de setembro, realizou-se o debate inaugural da “Sociedade de Debates”, no campus de Gualtar, com a participação de alunos dos mais variados anos e cursos. A presidente desta associação aproveitou para sublinhar que "os estudantes não conhecem as suas vantagens". Como o próprio nome indica, esta troca de ideias, a primeira do presente ano letivo, permitiu recuperar o contacto quer com alunos de anos anteriores quer com novos associados, contando, ainda, com a presença de importantes figuras do panorama nacional do debate competitivo. Várias participantes tiveram a oportunidade de realçar que se trata de um "mundo maravilhoso", onde se cria, cite-se uma das intervenientes, "uma grande rede de pessoas". Depois de uma troca de ideias intensa e participativa, cujo tema foi a obrigatoriedade do Gap Year, o debate continuou por cerca de duas horas. Inicialmente, foi explicitado o método específico, seguidor do regime britânico, assim como certas regras e princípios a ter em conta. Terminadas as intervenções, foi altura de um
descontraído coffee-break. Sofia Laranjeiro, a atual presidente da Sociedade de Debates da Universidade do Minho, explica ao 'Académico': "a nossa primeira expetativa é divulgar isto o máximo possível, porque nós achamos que é ótimo para os estudantes e que muito poucos deles têm conhecimento". Já a segunda passa por "começar a mandar o máximo número de pessoas
possível para o estrangeiro, porque isso dá um enorme currículo e contacto aos sócios". Questionada sobre a divulgação, Sofia indica novidades, tais como "a aposta em formação quinquenal, para pessoas que, mesmo que não queiram debater, aprendam algumas coisas" ou "tertúlias com temas onde se possa participar, não necessariamente a debater mas a dar a sua opinião", vocacionadas para um público mais tímido e me-
nos comunicativo. Justificando a ausência de alguns elementos com outras atividades do momento, a satisfação é, igualmente, visível: "achei que correu bastante bem (...) foi bom para perceberem o que é que conseguimos ganhar com os debates". Presente esteve também a portuense Joana Carrilho, campeã nacional de debate competitivo de 2013. A própria declarou que "é um movimento que está em crescimento no país", revelando -se "uma oportunidade para qualquer jovem compreender melhor o mundo que o rodeia", sem esquecer o papel no "desenvolvimento pessoal", na argumentação ou na prática quotidiana, como "o tirar notas". Além disso, "é uma ótima maneira de fazer novos amigos", no seguimento de uma atividade "extremamente divertida". Os próximos debates decorrem nos dias 23 de setembro, pelas 18:00 e 24, à mesma hora. Fica ainda a promessa de se promoverem mais encontros em datas a agendar. Para mais informações basta aceder à página do Facebook.
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Infidelidade em estudo podendo manifestar-se não só em atração sexual, mas ainda em relações emocionais, relativas à troca de mensagens e a mentiras diante dos companheiros, por exemplo, verificando-se que os indivíduos que mantinham vários parceiros consideravam não estar a trair nenhum deles.
FLORBELA CAETANO florbelamc@gmail.com
O mais recente estudo de Joana Arantes, fundadora do Grupo de Investigação de Psicologia Evolutiva da UMinho, revela que uma em cada quatro pessoas já foi infiel, pelo menos uma vez. Ora, para chegar a esta conclusão, a doutorada em Psicologia Experimental e Ciências Cognitivas, serviu-se de uma amostra bastante heterogénea de cerca de 500 participantes, que incluiu representantes femininos e masculinos de todas as zonas do país, entre os 18 e os 82 anos e que contou com 13 homossexuais e 14 bissexuais. O trabalho, intitulado “Infidelidade: A sua influência no desejo sexual, na qualidade do relacionamento e na atratividade”, acabou por demonstrar que, apesar de a maioria
Foto: DR
das pessoas condenar a infidelidade, reprovando-a veementemente como ato moralmente incorrecto, 26% admite já ter traído o(a) companheiro(a), sendo que, neste aspeto, os homens superam as mulheres, quando a diferenciação da situação entre géneros é analisada, uma vez que 39% dos representantes masculinos afirma já tê-lo feito em detrimento de 20% das mulheres.
O estudo visa, ainda, perceber de que forma a infidelidade afeta as relações futuras, pelo que se chegou à conclusão que, após uma traição, os indivíduos passam a atribuir uma maior importância à atração física e ao desejo sexual – aspetos aos quais se somam relacionamentos de qualidade inferior. Segundo a investigadora, a perceção sobre a traição também varia,
Fazendo o ser humano parte de vários contextos, ao longo da sua vida, a interação que se estabelece nesses meios é contínua e influencia, inevitavelmente, a forma como pensa e age, transformando-se a si próprio e aquilo que o rodeia. No caso da infidelidade, tais transformações são evidentes, constatando-se uma grande incoerência entre o que é considerado ético e as situações que se verificam na prática. Por último, há ainda que referir que metade dos inquiridos já foi traído – e uma terça parte destes afirma que tal aconteceu mais do que uma vez.
Física lança concurso MARIA JOÃO maria_joao_2@hotmail.com
O ano de 2015 foi proclamado pela 68ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas na Luz. Deste modo, o Departamento e o centro de Física da UMinho participarão neste Ano Internacional da Luz propondo uma iniciativa orientada às escolas básicas e secundárias do país, incentivando-as a participar num concurso de elaboração de um poster alusivo à Luz. Sendo a luz uma presença fundamental na vida do ser humano e tendo em consideração que serão muitos os acontecimentos relacionados com a mesma celebrados em 2015, não é de admirar que em
2013, a UNESCO tenha decretado 2015 como o Ano Internacional da Luz. Assim sendo, durante este ano serão promovidas atividades que proporcionem um maior e melhor entendimento da luz e de como esta molda o ser humano e o seu bem-estar. Espera-se, portanto, uma participação de toda a comunidade académica, já que a luz influencia todos os aspetos da vida humana. O concurso de elaboração de um poster referente à luz aceita como participantes alunos individuais ou equipas de alunos, do ensino secundário e básico, havendo, para tal, dois escalões. Para além disto, o concurso é composto por duas fases. A primeira consiste na apresentação de um poster em forma-
to eletrónico (pdf ) e a segunda diz respeito à entrega dos posters admitidos, em papel. No final, todos os projetos admitidos receberão um certificado de participação e os vencedores de cada escalão receberão o respetivo prémio, ainda que o júri possa atribuir menções honrosas. Numa primeira etapa, o envio do poster tem como data limite o dia 18 de outubro, pelo que as equipas terão de enviar por e-mail (ail@fisica.uminho.pt) o poster em formato pdf e um documento onde se possa encontrar a autorização de cedência dos direitos de utilização para o ano de 2015 à Universidade do Minho e a ficha de candidatura ao concurso com o nome e contacto dos autores, nome e contacto da
escola ou agrupamento de escolas e o nome e contacto do professor coordenador ou do encarregado de educação. Até dia 31 de outubro, os alunos serão informados da decisão do júri sobre a admissão à segunda fase dos projetos apresentados, pelo que até 10 de novembro os autores dos projetos admitidos à segunda fase do concurso deverão entregar o poster em papel na secretaria do Departamento de Física da UMinho. Durante a semana da Ciência e da Tecnologia em novembro, estarão expostos os posters na Universidade do Minho, em Braga. Para terminar, o escalão 1 terá livros como prémio e o escalão 2 irá receber um tablet.
ENTREVISTA PÁGINA 10 // 23.SET.14 //ACADÉMICO
ENTREVISTA
ESTELITA VAZ DANIEL SILVA/LÉNIA REGO daniel.silva@rum.pt lenia.rego@rum.pt
Porquê a Ciência na sua vida? A Ciência é estruturante na vida das pessoas. Eu entendo que desde muito cedo os miúdos começam a fazer perguntas sobre “porquês”. Porque é que o sol é azul, porque é que chove, porque é que há trovoadas, muitas coisas. E começanos a interessar desde muito jovens saber o porquê das coisas e aprender os diversos domínios da Ciência, que acabam por estar todos interligados. Realmente acabei por fazer um percurso na Ciência, porque acho que a Ciência é apaixonante. A partir do momento em que começamos a perceber o que se pode saber e o que falta saber e o papel que a Ciência desempenha nessa situação, acho que é verdadeiramente apaixonante. E muitas vezes acaba por se tornar realmente aquilo que estrutura a nossa vida profissional. Dentro da Ciência há vários ramos. Escolheu a Matemática Aplicada. Porquê? Eu acho que os ramos são todos extremamente interessantes. O que acontece é que quando escolhemos alguma coisa, rejeitamos todas as outras que estão à volta. Muito deles acabam por estar muito longe uns dos outros... Estão mas ao mesmo tempo estão perto, relacionam-se. Nós quando estudamos ou fazemos Ciência temos que nos especializar, porque hoje em dia o conhecimento científico não pode ser feito de outra forma. Mas penso que a Ciência esteve sempre ligada. Os ramos da Ciência sempre estiveram ligados ao longo da história, até com a própria filosofia. E neste momento, a especialização é fundamental, mas é importante que não se perca,
Estelita Vaz, presidente da Escola de Ciências da UMinho revelou ao Académico quais os projetos que existem para esta escola e não se perde, a visão de todas as outras áreas que estão à volta. Teve um percurso que também passou pelo estrangeiro... Fiz o curso de Matemática em Coimbra, tive alguma hesitação, porque gostava de várias áreas. Também gostava de Física e devo dizer que o que me afastou do curso de Física foi a componente de química, não porque não gostasse, mas porque tinha muito medo de me distrair nos laboratórios e que acontecesse um acidente. Biologia nunca me atraiu tanto. Atraia-me muito a Geologia, mas acabei por entender que entre a Física e a Matemática estava o meu interesse principal. Acabei por chegar um bocadinho à Física através da Matemática. Cumpre este percurso em Coimbra e depois? Coimbra era a cidade onde vivia. Não tive que me deslocar para
fazer o curso. Depois quis ter um conhecimento mais abrangente e fazer outras coisas, casei e saí de Coimbra. Quando tive o primeiro filho achei que precisava de fazer o doutoramento, que a minha vida não era só aquilo. Na altura era muito difícil arranjar um orientador em Portugal, porque a Ciência não estava muito desenvolvida nesse ponto de vista. Estavamos a falar em setembro de 1979, altura em que fui para o estrangeiro. Tive uma bolsa do INIC, acabei por ter também uma bolsa da universidade onde fiz o doutoramento e tive um supervisor extraordinário, do ponto de vista humano e de formação que me fez alagar horizontes e interessarme por aquilo que é a ligação universidade às escolas, a ligação da universidade à sociedade. E depois, volta a Portugal, para a UMinho? Sim, onde já tinha tomado posse como assistente em novembro de 1979.
Foto: Nuno Gonçalves
Em 1997 torna-se professora catedrática na UMinho e poucos anos depois assume a presidência da escola de Ciências, o que tem sido um desafio complicado, mas também desafiante... Concerteza que os desafios têm essa vertente e queremos fazer sempre mais um bocadinho do que aquilo que conseguimos. A fasquia tem que ser sempre posta um bocadinho mais alta, porque há sempre muita coisa que fica por fazer de cada vez que fazemos algo. Considera que o nível de qualidade da escola tem subido nos últimos anos? Quem faz a escola somos todos nós. É uma estrutura que serve de base ao ensino, à investigação, às atividades em que todos se empenham. O serviço de presidência é realmente um serviço desafiante do ponto de vista de estrutura, de motivação das pessoas, de lhes dar um pouco de
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ânimo nos tempos de hoje, que não são fáceis. Não haveria uma escola tão forte se os investigadores não estivessem a fazer um trabalho de investigação de qualidade. Não haveria escola de Ciências, se os alunos não estivessem a fazer o seu trabalho e os programas de ensino não fossem programas de qualidade. O que realmente torna a escola forte é o pessoal que ela tem. A preocupação maior é dar condições para que as pessoas possam trabalhar. O que temos é um corpo doutorado de 100 % e isto mostra que a escola tem qualidade na sua base. A escola de Ciências tem cinco Departamentos, sete Centros de Investigação, mais de 184 docentes, mais de 1.800 alunos. São números muito representativos. Há também muita investigação. Sim, os colegas são muito ativos em termos de projetos de investigação. Há a capacidade de ter alunos
Foto: Daniel Silva
de doutoramento, de mestrado, pós docs, investigadores a formar equipas. Há uma capacidade instalada desenvolvida ao longo dos anos, de as pessoas se relacionarem com investigadores doutros países, doutras universidades de referência. Não há realmente uma boa universidade, sem uma boa investigação. É uma bandeira universidade...
da
própria
Exatamente. E a investigação tem que ser o ponto de partida do trabalho de uma universidade e do seu sucesso. E realmente a universidade está muito bem posicionada neste momento em termos de rankings. Tem havido um aumento do número de publicações. Tínhamos cerca de 300 publicações em 2010/2011. Este ano chegamos às 445, mais 144 publicações em atas de congressos. É um número bastante significativo. A escola faz 40 anos em fevereiro do próximo ano. Nas comemorações deste ano apontaram-se problemas estruturais que é preciso resolver. Como é que está essa questão? A escola precisa sempre de outras estruturas. No ano letivo que acabou deu-se mais conta que havia mais necessidade de fazer melhorias nas instalações existentes. Trabalhou-se ativamente nesse processo durante todo o ano. Foram feitas intervenções a nível da circulação do ar, a nível se sistemas de refrigeração, de obras de requalificação em alguns locais. Concerteza que há aqui duas etapas: há uma etapa que é ir tentando fazer investigação com
Foto: Daniel Silva
aquilo que já existe, porque não aparecem instalações novas de um dia para o outro. E há uma segunda etapa que está a preocupar a universidade toda - preocupar no sentido de atuar – que é a obtenção de infraestruturas melhoradas, novas, criadas de raíz. Temos que continuar a trabalhar no que existe, porque foi melhorado. O processo de obras é sempre complexo. Mas há em vista instalações novas de raíz? Há um processo já sinalizado a nível do plano estratégico da universidade e que envolve a criação de infraestruturas novas
para a escola de ciências. Mas neste momento quais são os espaços mais críticos, que necessitam de um melhoramento urgente? Eu diria que tudo o que é laboratorial tem que ser melhorado. Há laboratórios em melhores circunstâncias do que outros, mas o que é laboratorial terá que ser melhorado. Eu penso é que isto terá que fazer parte de um plano elaborado. Temos que estar sempre a intervir nas estruturas, porque com o grau de ocupação que elas têm, é necessário fazer intervenções mais regulares e que não deixem
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não se tem baixado os braços, quando há alunos e projetos com que trabalhar e se tem de procurar financiamento para manter os laboratórios a funcionar. De uma forma mais difícil do que já foi no passado, porque realmente o financiamento em Portugal era mais amigo da Ciência do que é hoje em dia.
deteriorar o espaço. Mas não podemos parar os projetos. Temos que conseguir conciliar. Temos que perceber as regras que trazem melhor segurança, otimização de espaços e de laboratórios. Isso tem que ser um processo em que a escola intervém e concerteza que tem que haver um processo de angariação de financiamento, para que seja possível executar estas obras. E há trabalho da reitoria a ser feito neste sentido.
Desde 2010 que Portugal está a investir cada vez menos na Ciência. Isto nota-se no dia a dia. Como é que pode mudar?
Sente que este processo terá sido acelerado com o que aconteceu nos laboratórios de Química há algum tempo atrás? Do ponto de vista prático é capaz de ter sido acelerado, até porque as pessoas passaram a estar mais atentas às suas práticas, às necessidades que os laboratórios tinham e do ponto de vista profissional. Por outro lado, houve uma atenção muito especial (não sei se por causa disso ou não) por parte da reitoria, que neste momento tem um pró-reitor para as instalações, que é uma pessoa com quem se trabalha muito bem e muito sensível para estas áreas. A prevenção já foi feita? Há condições mínimas necessárias para se voltar a trabalhar nesses espaços? O espaço onde decorreu o incêndio não foi reabilitado, mas por opção inicial da reitoria. Foram reabilitados todos os espaços à volta. E em relação ao Fundo Financeiro anunciado em fevereiro? Como está esse processo? Foi um processo de identificação de um valor que permitisse criar condições em áreas suscitadas pela Autoridade para as Condições de Trabalho. Foi um fundo que o senhor reitor disponibilizou e que tem vindo a ser gasto com aparelhos que fazia falta serem atualizados. Não é um valor idêntico ao que se usa para equipar laboratórios novos. É um valor que se usa para fazer face a equipamentos que ficaram deteriorados e que precisam de reintervenção, assim como para intervenção de parcelas relativamente pequenas, mas que somadas vão criar essas condições.
Muito se tem dito sobre o papel da Ciência no desenvolvimento de um país. É extremamente importante que um país que se quer desenvolvido, faça investimento em Ciência. Foto: Daniel Silva
O processo de criação de um Complexo Multidisciplinar passa pela criação desses laboratórios? Sim. Onde pode nascer? Não tem ainda definida a localização exata, pelo menos que eu saiba, porque ele exige um estudo prévio para perceber as necessidades e a estrutura que deve ter uma aula laboratorial. Por exemplo, de que forma devem coexistir no mesmo edifícios laboratórios de Física ou de Química, gabinetes e laboratórios. Há um estudo deste tipo a fazer. Os aspetos têm que ser sinalizados pelos especialistas e só depois é que os engenheiros civis e arquitetos poderão intervir.
o conhecimento base adquirido ao longo da licenciatura. Há aqui uma mudança grande de paradigma, a que todos temos que nos habituar. Eu acho que a Ciência consegue pairar acima disto, se as pessoas tiverem condições para a fazer. A Ciência não divide pessoas. A guerra divide. A Ciência junta pessoas de diversas nacionalidades, raças, crenças, à volta de um projeto comum. É vista como um meio para conseguir a Paz. Como se luta? Trabalhando e enfrentando os problemas que temos todos os dias. Não podemos baixar os braços. Acho que na Escola de Ciências
Mas é um problema dos últimos anos? É um problema essencialmente dos últimos anos. Nos anos em que o professor Mariano Gago era Ministro da Ciência e depois Ministro do Ensino Superior, houve nitidamente uma aposta mais forte na Ciência, do que existe atualmente. Mas considera que os últimos Governos mudaram a sua estratégia ou isto foi um reflexo da crise? Não há dúvida que as medidas tomadas são medidas que criam desinvestimento em Ciência, nomeadamente nas universidades.
Falou há pouco do desânimo dos investigadores, fruto dos tempos que correm. Como se luta contra isto, ao mesmo tempo que se reinventa uma escola? O desânimo diria que está instalado na população em geral. Há interrogações que se colocam aos próprios alunos: o que vão fazer quando acabarem os cursos, porque temos aqui uma mudança de paradigma relativamente grande. Antigamente, um curso até se chamava licenciatura, o que significa licença para exercer. Hoje há conhecimentos adquiridos e competências adquiridas para entrar no mercado de trabalho, fazer tarefas que podem estar mais ou menos próximas daquilo que é
Foto: Daniel Silva
CAMPUS PÁGINA 13 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
UMinho acolhe Noite Europeia dos Investigadores DIANA SILVA diana_silvas@hotmail.com
A noite Europeia dos Investigadores (NEI) é um projeto promovido pela Comissão Europeia que acontece no mesmo dia em várias cidades europeias e cujo objetivo é promover a ciência e aproximá-la dos cidadãos, dando a conhecer a comunidade científica e os seus métodos através de jogos e atividades. As iniciativas começaram no início do mês um pouco por todo o país e vão culminar na grande Noite Europeia dos Investigadores que irá, pelo terceiro ano consecutivo, ser celebrada pela Universidade do Minho. A Escola de Ciências da Universidade do Minho está a planear um grande conjunto de atividades que terão lugar na Plataforma das Artes e Criatividade, em Guimarães. Esta será uma ótima alternativa para uma noite de sexta-feira passada entre amigos e família à descoberta da ciência. O programa começa às 17:00 com várias atividades interativas, onde o público de todas as idades pode “pôr as mãos na massa” e experimentar ser cientista por um dia. Mais tarde, com o início do programa noturno, pelas 21:30, será
projetada a ópera “Breath Freely” e haverá uma tertúlia onde vários cientistas convidados discutirão o papel da “Ciência em Tempo de Guerra”. A noite termina com um Speed Dating onde vários cientistas se darão a conhecer, num clima descontraído e informal. A entrada é livre. Cientistas ouvem ópera “Breathe Freely” é uma ópera de
câmara da autoria do compositor ulian Wagstaff baseada no livro homónimo de James Kendall sobre o uso bélico de gases tóxicos. A ópera, cuja acção decorre em Edimburgo durante a Segunda Guerra Mundial, levanta a questão do papel dos cientistas em tempo de guerra. A composição desta ópera destinou-se a comemorar o tricentenário da fundação da célebre Escola de Química da Universidade de Edimburgo.
A estreia, com grande sucesso, aconteceu a 24 de outubro de 2013 na Universidade de Edimburgo, numa co-produção com a Scottish Opera. No passado mês de junho, “Breathe Freely” foi gravada em estúdio, estando previsto ser editada comercialmente em CD no início de 2015. A versão que estará disponível no dia 26 de setembro será legendada em português.
CAMPUS PÁGINA 14 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
Investigador premiado na área alimentar PEDRO RIBEIRO pedroeribeiro.96@gmail.com
Saído da Universidade do Minho, o jovem investigador Miguel Cerqueira recebeu o prémio ‘Outstanding Young Scientist’, na 17.ª edição do Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, na cidade canadiana de Montreal. A mesma condecoração é da autoria da União Internacional de Ciência e Tecnologia de Alimentos, a mais importante organização científica da área. O prémio desta organização destina-se ao reconhecimento de avanços importantes na área da indústria alimentar. Não só Portugal mas também o Quénia, a Malásia, a Sin-
gapura, a África do Sul, o Canadá e a Alemanha estiveram representados neste congresso da IUFoST. No caso português, o jovem investigador do CEB, centro universitário relevante na conciliação da engenharia com as restantes ciências, apresentou investigações estratégicas quer para o futuro da indústria dos alimentos quer para o futuro dos consumidores, como assunto central “Research and Resonates”. Com data marcada para agosto de 2016, na Irlanda, o ‘World Congresso of Food Science and Technology’ continuará com distinções. Segundo Pingfan Rao, presidente da IUFoST, o ‘Prémio Jovem Cientista’ concentrar-se-á “em estimular a próxima geração de cientistas de alimentos”. Este foi instituído pelo
w w w. a a u m . p t /g i p gip@aaum.pt
Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), associado da anterior instituição, em 2006, no 13.º Congresso Mundial de Alimentação, decorrido em Nantes, França. A sua função é premiar jovens com
idade inferior a 35 anos, no início do seu percurso académico ou no decorrer de pós-doutoramentos, que submetem um trabalho com um determinado tema, acompanhados por outros profissionais.
Ofertas de emprego
Informática de Gestão | Estágio Emprego | M/F| Porto
Marketeer |M/F | Braga Contabilidade | Estágio Profissional |M/F | Braga Perfil:
Perfil:
Perfil:
- Licenciatura ou Mestrado Integrado em Informática de Gestão, Informática, Engenharia Informática, Tecnologias de Informação ou similares; - Média igual ou superior a 14 valores, e quer integrar uma equipa dinâmica e inovadora, envie o seu CV detalhado (com informação sobre média final de Licenciatura); -Idade inferior a 30 anos.
-Deverá possuir formação de nível superior, experiência pro- Licenciatura em Administração fissional mínima de 2 anos na Pública e pós-garduação em Gestão função, com bom conhecimenPública; to da actividade de marketing; - Elegível para Estágio Emprego/ IEFP; - Bons conhecimentos de Inglês. Dá-se preferência regional (locali- Bolsa de estágio e possibilidade de dade de Braga). carreira como TOC.
Outras oportunidades: - Programador WEB | M/F| Braga.
Eng. Civil | Estágio Profissional |M/F | Braga Perfil: -Licenciatura em Engenharia Civil; -Dinâmico; -Carta de condução; -Línguas: Inglês/Francês.
Outras oportunidades:
Outras oportunidades:
- Customer Service |M/F | Zona Norte.
- Engenharia Civil ou Mecânica | Estágio Emprego | M/F | Braga.
CAMPUS PÁGINA 15 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
Dê +: seja solidário superior a 50kg.
LÉNIA REGO lenia.rego@rum.pt
Sabias que os homens podem doar sangue de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4?
Os Serviços de Ação Social (SASUM) e a Associação Académica da Universidade do Minho, em colaboração com o Instituto Português do Sangue e com o Centro de Histocompatibilidade da região Norte lançam mais uma vez o repto a todos os alunos para que sejam solidários e participem em mais uma campanha de dádivas de sangue e recolha de sangue para análise de medula.
Sabias que em circulação temos cerca de 5 a 6 litros de sangue e durante a doação são apenas colhidos 450ml que rapidamente são repostos pelo organismo? Sabias que não precisas de estar em jejum para dar sangue? Pelo contrário, deves alimentar-te bem antes e depois das doações. Sabias que não existe qualquer possibilidade de contraíres doenças através da dádiva de sangue?
A ação decorre a 23 de setembro, das 9:30 às 19:00, na Escola de Engenharia em Guimarães, e no dia 30 de setembro, das 9:30 às 19:00, no Pavilhão Desportivo Universitário de Gualtar, em Braga. Decorrerá ainda em três unidades móveis de colheita junto ao Prometeu, Complexo Pedagógico II (CP II) e cantina. A campanha chama-se “Dê +” e apresenta-se como um desafio para que todos adquiram uma “cultura de dádiva” e comecem por se aliar à iniciativa. Só com a participação de todos é que a academia minhota poderá mais uma vez bater um novo recorde neste tipo de campanhas. É que a Universidade do Minho chegou em 2002 ao topo do ranking nacional de dadores inscritos em instituições de ensino superior. Um lugar que nunca mais deixou. É ainda a instituição que
Doação de medula óssea Sabias que qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, com bom estado de saúde, pode doar medula óssea? Sabias que se decidires ser doador de medula só tens que retirar uma pequena amostra de sangue? Depois de analisada a tua amostra de sangue e de avaliada a compatibilidade genética dador/ paciente procede-se à doação de medula. mais dadores inscritos oferece por ano ao Centro Regional de Sangue do Porto. Acima de tudo é preciso recordar: há muitos que precisam destas dádivas para sobreviver ou até mesmo para melhorar a sua qualidade de vida.
Doar para ajudar! Sabias que todas as pessoas dos 18 aos 65 anos podem doar sangue? Basta estarem bem de saúde, manterem hábitos de vida saudáveis e com peso igual ou
Sabias que a medula é retirada do interior dos ossos da bacia e é reposta pelo organismo em apenas 15 dias? Para o dador, será apenas um incómodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
liftoff,
http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff
gabinete do empreendedor da AAUM StartPoint@UM A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) promove a StartPoint@UM cuja coordenação está a cargo do LIFTOFF – Gabinete do Empreendedor da AAUM. A iniciativa contará com a presença de empresas/entidades de diversas áreas de atividade que dedicam os dias 14 e 15 de outubro a conhecer os alunos e os ex-alunos da nossa academia. Se procuras emprego, se queres ob-
ter informação sobre certificação e formações, se precisas de apoio para o teu negócio ou se simplesmente queres conhecer empresas da tua área de interesse não podes deixar de participar. Entre as cerca de 60 entidades presentes estarão o Grupo Casais, a Deloitte, a Delphi, a Efacec, a Lactogal e o SpinPark. A entrada é livre! Sabe mais em www.liftoff.aaum.pt
Prémio Produto Inovação COTEC 2014 O Prémio Produto Inovação é promovido pela COTEC e pela NORS e tem como objectivo central premiar e divulgar publicamente produtos (bens ou serviços) inovadores ou famílias de tais produtos desenvolvidos por empresas nacionais ou estrangeiras, de qualquer dimensão, que operem em Portugal.
empresas nacionais ou estrangeiras que nele operem, que sejam resultado de uma actividade consistente e continuada de inovação empresarial, dirigidos a mercados globais, e cuja comercialização se tenha iniciado no período de cinco anos que precede o início do período de candidaturas
São elegíveis para o Concurso produtos ou famílias de produtos desenvolvidos no nosso País, por
As candidaturas deverão ser submetidas até ao dia 15 de outubro de 2014. Sabe mais em www.cotec.pt
Energia de Portugal Após duas edições que ajudaram mais de 400 empreendedores a lançar o seu negócio, chega agora a 3ª edição do Energia de Portugal desta vez a nível internacional.
A candidaturas das melhores startups tecnológicas Portuguesas estão na recta final! Se tens uma startup de tecnologia web, cidades, mobilidade, energia, ambiente, comunidade ou clean tech, o Energia de Portugal é a tua oportunidade. Durante o programa de aceleração irás desenvolver e testar o modelo de negócios do teu projecto
através da metodologia FastStart da Fábrica de Startups. Vais poder receber constante feedback de outros empreendedores em sessões de partilha de conhecimento, reunir com mentores com experiência de negócio e tecnologia e poder apresentar o teu projecto a investidores. No final do programa as melhores startups vão fazer um pitch a investidores e a melhor startup será premiada com 20.000€ para desenvolver o seu negócio! Tens até 25 de setembro para te candidatares. Sabe mais em www.liftoff.aaum.pt
Agenda > 15 SET ‘14 Candidaturas Energia de Portugal
> 14/15 OUT ‘14 StartPoint@UM - Gualtar e Azurém
> 15 OUT ‘14 Candidaturas Prémio Produto Inovação Cotec 2014
CULTURA PÁGINA 17 // 23.SET.14 // ACADÉMICO
CULTURA Música invade Braga norberto vAlente norbertosavalente@gmail.com
É já na sexta-feira, 26 de setembro, que a Braga Music Week volta a invadir a cidade durante nove dias. Esta é a segunda edição deste evento que traz até Braga diversos artistas de música portuguesa, destacando-se este ano presenças como as de Mão Morta, Memória de Peixe, Fachada, Sequin, Quelle Dead Gazelle, entre outras boas surpresas. Para além da música, o festival vai oferecer aos espectadores feiras urbanas, cinema, exposições e quiz nights. A programação da Braga Music Week é diária e, no total, terá perto de 50 atuações a encher os diversos pontos da cidade com música. Assim sendo, os espetáculos acontecerão em diferentes espaços – AENIMA, Insólito Bar, Livraria Mavy, Juno Café, Shair, TOCA, Espaço Quatorze, GNRation, Convento do Carmo e também no Centro Histórico de Braga. Tal como no ano passado, este festival abrange o dia 1 de outubro – Dia Mundial da Música. E qual a melhor maneira de passar este dia? A organização responde: ouvindo música de diversos artistas portugueses consagrados, aproveitando para conhecer melhor a cidade. Para além disso, é uma maneira dos festivaleiros esquecerem o fim do verão e continuarem a divertir-se com os seus artistas preferidos. O objetivo da organização da Braga Music Week é simples: inundar a cidade de música. Quanto a nós, resta-nos marcar presença neste festival de 26 de setembro a 4 de outubro.
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DESPORTO
Minhotos empatam na Madeira diogo pardal diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
O Sp. Braga empatou este sábado a uma bola na deslocação à Madeira para defrontar o Nacional, em jogo referente à quinta jornada do Campeonato Nacional de futebol. Tanto minhotos como madeirenses precisavam de pontos à partida para esta jornada (o Braga com 7 pontos somados e o Nacional com apenas uma vitória contabilizada), pelo que se revelou uma partida bastante equilibrada.
A história da segunda parte viria a revelar-se diferente. Aos 53 minutos o central bracarense Aderlan Santos viu o segundo amarelo e o Braga viu-se reduzido a dez elementos para o resto da partida. Na sequência da falta cometida, Gomaa abriu o marcador para os madeirenses. O médio egípcio bateu o livre direto, a bola embateu na barreira e, na recarga, desfeririu um potente remate de pé esquerdo que só parou na baliza dos minhotos. Estava feito o 1-0 à passagem do minuto 57.
O Nacional foi a primeira equipa a criar perigo logo aos quatro minutos, com Rondón a não conseguir aproveitar uma saída em falso do guardião Kritciuk. O central André Pinto salvou em cima da linha de golo. Pouco tempo depois Boubacar rematou forte de muito longe com o esférico a passar perto do alvo.
O técnico do Braga, Sérgio Conceição viu-se obrigado a mexer equipa e tirou Alan para fazer entrar o central francês Sasso. Mesmo com menos um elemento, o Braga tentou pressionar procurando pelo menos o golo do empate, e aos 67 minutos teve uma excelente oportunidade para faturar. Contra-ataque rápido iniciado por Éder, mas o colombiano Pardo não conseguiu bater Rui Silva e atirou ligeiramente ao lado da baliza insular.
A primeira parte terminou sem golos, sem grandes ocasiões, num jogo bastante disputado, com um ligeiro ascendente para os homens da casa.
Aos 68 minutos, Sérgio Conceição fez entrar o avançado Zé Luís em detrimento de Éder, na tentativa de refrescar o ataque minhoto. Logo depois o Braga podia ter chegado
Foto: Homem de Gouveia/LUSA
novamente ao empate em mais um contra-ataque rápido, mas Rafa atirou cruzado e por pouco não fez o golo. O Braga tentou até que conseguiu chegar ao tão desejado golo aos 82 minutos. Jogada de Rafa, com este a rematar e a bola a bater num jogador do Nacional sobrando depois para Zé Luís, que sozinho na cara de Rui Silva, não facilitou e fez o 1-1 na Choupana. Os últimos minutos foram emocionantes, com ambas as equipas a procurarem o golo que daria os três pontos. Primeiro, Rondón cru-
zou para Sequeira, mas este chegou ligeiramente atrasado e não conseguiu concluir, e depois, já nos descontos, Pardo quase chegou à vantagem, mas o jogo acabaria mesmo por terminar empatado. O Nacional com mais um elemento não conseguiu aproveitar, enquanto que os bracarenses mostraram um bom futebol, curiosamente a partir do momento em que se viram reduzidos a dez unidades. Na próxima jornada os minhotos recebem o Rio Ave. A partida realiza-se dia 27, às 20:30.
SC Braga/AAUM tropeça na “aldeia do futsal”
diogo pardal
diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
Os bracarenses não foram além de um empate frente à equipa do Burinhosa, em jogo a contar para a segunda jornada da Liga Sport Zone de Futsal. O Braga esteve melhor na primeira
parte, chegando à vantagem no decorrer do nono minuto de jogo, por Amílcar. Sensivelmente ao quarto de hora da partida, Amílcar ampliou a vantagem dos visitantes, levando o Braga para o descanso a vencer por
duas bolas.
do, por Bruno Cintra, aos 26.
Na etapa complementar os homens da casa reagiram e chegaram ao empate em apenas dois minutos.
Foi o primeiro empate em todos os jogos disputados nas duas jornadas da Liga.
O primeiro golo foi apontado por Pimpolho, aos 25 minutos. O segun-
O SC Braga/AAUM enfrenta no dia 27, o Boavista FC.
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RUM BOX
AGENDA CULTURAL
TOP RUM - 38 / 2014
eyes
19 SET
13 - DAMON ALBARN - Heavy seas of love
1 - METRONOMY - I’m aquarius 2 - CADEIRA ELÉCTRICA - O teu fim 3 - AU REVOIR SIMONE - Somebody who 4 - NORTON - Magnets 5 - KEVIN DREW - Good sex 6 - BECK - Blue moon 7 - ST. VINCENT - Digital witness 8 - LYKKE LI - No rest for the wicked
14 - B FACHADA - Já o tempo se habitua 15 - BLONDE REDHEAD - Dripping 16 - DIABO NA CRUZ - Vida de estrada 17 - JOAN AS POLICE WOMAN - Holy city 18 - RUSSIAN RED - Casper 19 - SAMUEL ÚRIA - Eu seguro 20 - ALT-J - Hunger of the pine
BRAGA MÚSICA & ARTES VISUAIS “Paul Klee, Pintor e Músico” Violoncelo: Jed Barahal; Palestra: Elisa Lessa 24 de setembro - 19:00 Theatro Circo CINEMA “O Fim do Outono” de Yasujino Ozu 29 de setembro – 21:30 Theatro Circo TEATRO “Sabe Deus Pintar o Diabo” Companhia de Teatro de Braga 25 a 27 de setembro – 21:30 28 de setembro – 16:00 Theatro Circo
9 - MAC DEMARCO - Brother
Post It – 22 a 26 de setembro
10 - ALLAH-LAS - Had it all
XINOBI - mom and dad (1975 / MÚSICA discotexas) RYAN ADAMS - gimme something Orquestra de Guimarães good (ryan adams / sony) 25 de setembro - 22:00 CCVF JUNGLE - time (jungle / xl)
11 - PS I LOVE YOU - For those who stay 12 - WAR ON DRUGS, THE - Red
CD RUM
SÉRGIO XAVIER sergio.xavier@rum.pt
O regresso aos discos do músico sudanês, mas há muito radicado nos EUA, não traz diferenças de substância. Sinkane continua a baralhar referências e a transgredir géneros com uma fluidez notável. Compa-
FAMALICÃO MÚSICA GNR 27 de setembro – 21:30 Parque da Devesa
BARCELOS TEATRO “As Criadas” A Capoeira – Companhia de Teatro de Barcelos 27 de setembro – 21:30 Teatro Gil Vicente “Fábrica de Malucos” A Capoeira – Companhia de Teatro de Barcelos 28 de setembro – 17:00 Teatro Gil Vicente
LEITURA EM DIA
Sinkane - Mean Love – DFA (2014) Foi há dois anos, aquando da edição de ‘Mars’, que tomámos contacto com a música de Sinkane, alter-ego de Ahmed Gallab. Um som singular, que projectava um sem-número de influências. A partir da matriz africana estruturava uma série de sonoridades, integrando o jazz, dub, funk, música electrónica, krautrock, o psicadelismo ou a soul. Um imenso caldeirão de referências tratadas de forma exemplar e com mestria.
GUIMARÃES
DANÇA “Vontade de Ter Vontade” Cláudia Dias 25 de setembro – 22:00 CCVF
rativamente a ‘Mars’, o registo deste novo disco é mais descontraído e relaxado, onde a soul, o funk e o afro-beat assumem maior preponderância mas onde há ensaios notáveis como em ‘Moonstruck’ (uns pozinhos de bossa nova) ou em ‘Galley Boys’ (incursão nos territórios da country e da folk), temas que acrescentam ainda mais cor à paleta bem colorida de Sinkane.
Para ouvir de segunda a sexta (9:30/14:30/17:45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt. Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
22/9 - Tudo é Sempre Outra Coisa, de João Pedro Mésseder (editora Caminho). Um dos mais importantes e criativos autores da literatura juvenil, por exigente e estimulante para meninas e meninos, regressa com um trabalho cheio de sensibilidade e imaginação.
Um primeiro romance admirável.
23/9 - Arcádia, de Jim Crace (editora Gradiva). Um dos finalistas do Booker Prize e o retrato de uma certa Inglaterra cheia de ganância, frieza, onde as pessoas são tratadas como meros objetos para usar e deitar fora. Demolidor.
25/9 - O Filho, de Philipp Meyer (editora Bertrand). O aclamado autor de Ferrugem America, o Velho Oeste e o extermínio dos índios americanos, o Texas e o petróleo, a saga de uma família, num romance genial.
24/9 - A Beleza das Coisas Frágeis, de Taiye Selasi (editora Quetzal). Uma tragédia abate-se sobre uma família ganesa, bem sucedida nos Estados Unidos da América, e no regresso às origens vê-se confrontada com um mundo e vida estranhos.
26/9 - Hoje Sinto - me..., de Madalena Moniz (editora Orfeu Negro). Uma jovem autora portuguesa e um livro para ler, reler, imaginar, criar e recriar. Numa palavra, uma pérola de sensibilidade, uma obra-prima.