uma academia unida em torno dE UM luto
ACADÉMICO EM PDF
Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 212 / ANO 10 / SÉRIE 5 QUARTA-FEIRA, 30.ABR.14
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Concordas com o cancelamento do Enterro da Gata? Guimarães foi mais um sucesso do projeto do NEMUM SeCão encenado por professor da UM ABC/UMinho perde na Luz e fica mais longe do título “Vai à loja”, mas na internet
FICHA TÉCNICA
SEGUNDA PÁGINA
FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // quarta-feira, 30 Abril 2014 / N212 / Ano 10 / Série 5 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Carvalho, Adriana Couto, Alexandre Rocha , ana Pinheiro, Ana Rita Carvalho, bárbara Araújo, Bárbara martins, Bruno Fernandes, Catarina Hilário, Cátia Silva, César Carvalho, Clara Ferreira, Cláudia Fernandes, Daniel mota, Dinis Gomes, Diogo Pardal, Francisco Gonçalves, Inês Carrola, Joana Videira, João Araújo, João Pereira, Judite Rodrigues, Marta Roda, márcia Pereira e Sara Ferreira, Sara Silva, Tomás soveral. // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Lara Antunes // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: jornalacademico@rum.pt //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12
BARÓMETRO
30.ABR.14 // ACADÉMICO
EM ALTA
EDITORIAL
DANIEL.SILVA@RUM.PT
Não poderia deixar de iniciar este espaço com uma singela mas sentida homenagem aos três estudantes da Universidade do Minho que, na passada semana, perderam a vida. Um local que é associado a diversão, noites de animação fica indubitavelmente associado a um cenário trágico. É triste e chocante. Após este acidente, que muitos (e para contentamento de outros) quiseram associar à praxe, logo se iniciou uma tamanha onda de solidariedade e de pesar que se alastrou a toda a academia. Unida como nunca, a UMinho prestou a última homenagem aos seus colegas. Como se de uma família se tratasse. Porque na verdade é isso que somos, uma grande família. Nesse mesmo dia, a direção da AAUM comunicou o cancelamento das Monumentais Festas do Enterro da Gata. Muito se tem falado , desde aí, sobre esta decisão. É aí que debruço o meu editorial. Antes de mais, quero dar os parabéns ao Carlos Videira, enquanto presidente de uma equipa eleita pelos estudantes. Foi uma das decisões mais humanas tomada pela AAUM. Uma decisão leal, capaz, sensata e altruísta. Sei que não foi fácil tomá-la, sei que, para ele, foi uma das decisões mais difícieis que alguma vez teve necessidade de tomar, por isso mesmo o meu reconhecimento. Não o costumo fazer, mas desta vez é necessário reconhecer. Levantam-se, ainda assim, muitas vozes de descontentamento face a esta imposição. A melhor forma de homenagear os colegas era fazer o que eles gostavam de fazer, dizem. Sorrir, divertir-se, etc, etc. Mas agora pergunto se estariam os estudantes dispostos a sorrir, festejar, beber uns copos, preparar-se para mais uma noite de festa no local onde duas semanas antes haviam morrido três colegas? Penso que não. Infelizmente, e por questões profissionais, passei muitas horas no local onde se deu o acidente. No próprio dia, no seguinte, na semana posterior. As caras dos nossos estudantes disseram-me tudo. As suas palavras descrevem-me um sentimento de lamento. Um sentimento distante da homenagem por intermédio de uma festa. Faltam duas semanas para o Enterro da Gata. A decisão teve de ser tomada o quanto antes até porque este cancelamento terá consequências graves para a AAUM. Quanto mais tarde fosse tomada pior seria o cenário e aquilo que se conseguiu minimizar não seria possível caso se adiasse o timing da decisão. A vida continua. Concordo. Sugiro, por isso, à AAUM, uma homenagem no início do próximo ano. A latada deveria ser de pesar. Feita de silêncio. E a Receção ao Caloiro deveria ser repensada de forma a dar uma verdadeira semana académica aos estudantes. Trazê-la para Braga? Porque não? Concentrar o cartaz em 3 ou 4 noites poderia ser uma solução.
Decisão da AAUM Explico este ponto no editorial desta semana. Volto a lembrar que não foi uma decisão fácil. As consequências irão ser lembradas por muitos e muitos anos. A humanidade de um gesto, para mim, vale muito mais do que os euros de uma festa que se iria realizar em clima de pesar. Um aplauso para a difícil decisão.
NO PONTO
EM BAIXO
A união de uma academia Não me esqueço de uma expressão que me transmitiram no meu primeiro dia como estudante da UMinho: “Sê bem-vindo à família da Universidade do Minho!” Esta semana sentiu-se a verdadeira família num momento que poderia ter sido evitado. As homenagens e vigílias mostram do que é feita a alma da academia minhota.
Aproveitamento mediático As praxes. Sempre as praxes a terem as costas largas para suportar todas as acusações das tragédias com estudantes do ensino superior. Colar este caso a um horrendo que aconteceu nas areias do Meco é querer protagonismo. É ser alguém irresponsável e sem qualquer tipo de bom senso. Evitável.
Neste momento não há cabeça para festa. E não seria uma festa que faria minimizar toda uma dor dos nossos estudantes. Termino a dizer que, ainda assim, consigo e sei compreender todas as palavras daqueles que, neste ano de caloiros ou finalistas, gostariam de ter o seu momento. Sei que as opiniões valem o que valem, mas não quis deixar de expressar a minha. Uma opinião, relembro, pessoal.
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LOCAL “vai à loja”, mas na internet ANA RITA MAGALHÃES anarita-magalhaes@hotmail.com
”Vai à loja” é um projeto inovador que pretende dinamizar o comércio tradicional. Este projeto foi criado por quatro vimaranenses e a plataforma está disponível desde Abril. Esta nova página web trata-se de uma forma de divulgação acessível, uma vez que os pequenos comerciantes nem sempre têm possibilidade como as grandes superfícies. “A ideia é que, [a pessoa] antes de sair de casa, consulte o “Vai à Loja” e veja de que ofertas pode usufruir na cidade. A partir daí, é só imprimir o vale e ir diretamente à loja”, explica um dos fundadores da ideia. Assim, este projeto tem como objetivo servir de ligação entre os comerciantes e os consumidores: “Os comerciantes dizem-nos que descontos e vantagens têm para oferecer, e nós tratamos de publicitar isso junto dos utilizadores da plataforma”. O projeto tem três palavras de ordem: pesquisar, escolher e imprimir. Portanto, os utilizadores podem pesquisar todas as ofertas por categoria, loja ou
DR
localização. Escolher a oferta e obter toda a informação necessária e, por fim, imprimir o vale de oferta ou usufruir diretamente na loja. O conceito nasceu para tentar combater a crise e os sucessivos fechos de lojas. “Não podíamos ficar de bra-
ços cruzados. O “Vai à Loja” permite aos lojistas dinamizar os seus produtos e fazer com que o negócio cresça”, afirma um dos fundadores. Segundo os impulsionadores do projeto, a adesão tem corrido bem, no entanto, destacam que as classes
mais adultas são mais céticas em relação às vantagens das novas tecnologias. Atualmente, o website conta com 40 lojas e cerca de 60 ofertas, nas mais diversas áreas. As vantagens deste projeto, para os comerciantes são “potenciar as suas
vendas através de ofertas, promoções e descontos” e para os consumidores “usufruir de ofertas, promoções e descontos”, pode ler-se na plataforma. Todas estas vantagens e novidades podem ser encontradas em www.vaialoja.pt.
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CAMPUS
guimarães foi mais um sucesso do projeto do nemum FRANCISCO GONÇALVES francisco.mog14@gmail.com
O Largo da Oliveira, em Guimarães, foi o local escolhido pelo Departamento de Ação Comunitária do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), para mais uma atividade no âmbito do projeto “Vamos Rastrear o Distrito”, após o sucesso das ações anteriores em Braga, Barcelos, Esposende e Vila Verde. Segundo comunicado oficial a que o ACADÉMICO teve acesso, “esta ação tem como objetivo realizar uma série de rastreios em várias localidades próximas de Braga, de modo a promover na sua população bons hábitos de saúde, em virtude de uma prevalência cada vez maior de doenças como a Hipertensão Arterial, Diabetes e Obesidade, entre outros”. A atividade, que ocorreu na passada quarta-feira, 23 de abril, entre as 10.30h e as 17h, incluiu rastreios carGACCUM diovasculares, medição de
glicemia, tensão arterial e Índice de Massa Corporal. Para além disso, o NEMUM contou com a colaboração do Núcleo de Estudantes de Optometria da Universidade do Minho (NEOUM), para a realização de rastreios visuais, e de uma nutricionista especializada, para aconselhamento nutricional. De acordo com Victória de Matos, coordenadora do Departamento de Ação Comunitária do NEMUM, o balanço desta ação foi positivo: “fizemos uma média de 300 rastreados” revela, adiantando o sucesso desta edição: “Em comparação com os rastreios de Vila Verde, no passado mês, a população rastreada foi maior, talvez pelo local escolhido ser um ponto estratégico da cidade com mais movimento” e acrescenta: “a recetividade da população é sempre reconfortante”. Victória considera, no entanto, que se pode assistir “a uma mudança de paradigma deste tipo de atividade: mais do que despistar uma possível Hipertensão ou Diabetes não diagnosticada,
Os responsáveis fazem um balanço positivo de uma atividade que teve maior recetividade por parte da população
os 5-10 minutos de rastreio são importantes para fazer uma sensibilização ativa e personalizada a cada caso para estilos de vida saudáveis, alimentação e prática de exercício”, explica Victória. A futura médica enfatiza a importância da comunicação e empatia que é necessário estabelecer com o utente:
“A forma como estes conselhos são internalizados e postos em prática pelas pessoas depende de como os assuntos são abordados, havendo sempre uma preocupação por parte dos alunos para adaptar a linguagem e as propostas de mudança de hábitos de acordo com quem está sentado na sua frente.” Questionada sobre a rea-
lização de futuras edições deste projeto, Victória afirma: “este ano não estão planeadas novas sessões de rastreio isoladas, mas antes inseridas em outras grandes atividades do NEMUM, como na Corrida Vital e na Aldeia Feliz, onde haverá rastreios abertos à população a par da atividade principal”.
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uma academia unida em torno do luto
elsa moura elsa.moura@rum.pt
A Universidade do Minho perdeu na passada quarta feira, de forma trágica, três alunos de Engenharia Informática. O fatídico acontecimento deixou em choque a academia minhota, a cidade e o país. Os “caloiros” da licenciatura de Engenharia Informática festejavam uma “mera” vitória numa guerra de curso com Medicina, na “zona dos bares”. A queda de um muro com caixas de correio divide a opinião pública. Uns criticam o facto desse bloco ainda não ter sido retirado, outros falam em irresponsabilidade dos próprios jovens, quando era visível que o muro não estava nas melhores condições. No dia seguinte de manhã a peritagem ao local do acidente ficou a cargo da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. De acordo com a Câmara Municipal de Braga, a estrutura “não era ilegal”, mas “não constava do processo de licenciamento”. A responsabilidade de tutela dessa “estrutura era do condomínio dos respetivos prédios”, explicou o autarca. Na quinta-feira, e depois de uma reação em comunicado, a Universidade do Minho convocou também uma conferência de imprensa. O reitor António Cunha lamentou a morte dos três
estudantes, apresentando a “solidariedade e condolências às famílias destes jovens” assim como a todos os seus amigos. António Cunha agradeceu a todas as unidades que ajudaram desde o momento da tragédia. As atividades da Universidade do Minho foram suspensas esta terça feira à tarde, altura em que se realizaram as missas de 7º dia dos três estudantes. Ainda para a noite de terça-feira a academia minhota convocou
uma vigília junto à estátua do Prometeu, no campus de Gualtar, em homenagem aos alunos de Engenharia Informática. No entanto, a polémica parece agora centrar-se no cancelamento do Enterro da Gata. O acidente ocorreu precisamente no dia em que o cartaz foi apresentado no BA de Braga. A decisão da AAUM deixou muitos estudantes solidários, no entanto há muitos outros que defendem a continuidade das
festividades, apresentando diferentes argumentos. A decisão não tem volta a dar. Uma atitude “difícil”, mas o representante máximo dos estudantes da Universidade do Minho, Carlos Videira, afirma que é “uma decisão para manter”, numa altura em que é preciso um verdadeiro espírito de solidariedade e união. O Presidente da AAUM reconhece que é uma atitude de “respeito pelas vítimas, pelos colegas e pelas famí-
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lias”. Nesta altura “não estão reunidas as condições para festas”, e o momento, diz Carlos Videira, deve ser também “de reflexão, de repensar tudo daqui em diante”. A AAUM juntamente com o Cabido de Cardeais optou por manter a Imposição de Insígnias, a Missa de Finalistas e as Serenatas, juntando os três momentos no próximo dia 10 de maio. Há duas petições online que exigem uma Reunião Geral de Alunos Extraordinária.
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aiesec recruta jovens para estágios profissionais no estrangeiro TOMÁS SOVERAL tomassoveral@gmail.com
A AIESEC, maior organização internacional de estudantes, está à procura de jovens voluntários, interessados em realizar um estágio profissional ou voluntário noutro país. As inscrições encontram-se abertas desde segunda-feira, dia 28, e fecham no dia 18 de maio. A organização tem como principais valores “ativar a liderança, demonstrar integridade, viver a diversidade, gostar de participar,
ambicionar a excelência e agir de forma sustentável”. Irão realizar-se duas sessões de esclarecimento, na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. De acordo com o Vice-Presidente de Relações Internacionais da AIESEC Minho, Ricardo Peixoto, o objetivo passe por “mostrar os produtos e gerir as expetativas dos estagiários”. Estas sessões são “obrigatórias para quem se inscrever num dos programas”, mas poderão ser um “bom incentivo para quem estiver com dúvidas”. No dia 6 de maio, às 14h30, a sessão será dedicada ao
programa Global Mind, que incide sobre estágios profissionais, e terá lugar na sala 1.11 da EEG. No dia 7 de maio, às 18h, na sala 1.31 da EEG, a sessão irá debruçar-se sobre o programa Connection, dedicado aos estágios de voluntariado. Através do programa Connection, os estagiários poderão “abraçar novas experiências, que irão desenvolver as suas capacidades pessoais e profissionais”. Desta forma, o Vice-Presidente de Relações Internacionais da AIESEC Minho acredita que será possível desenvolver-se “aptidões fora do
background académico, ao mesmo tempo que se cria impacto social, ajudando comunidades locais nos mais diversos temas”. Trata-se de uma experiência com uma duração de aproximadamente 6 semanas, através da qual, o estagiário irá ganhar o “reconhecimento das empresas atuais”, que cada vez mais, “valorizam este tipo de competências”. Ricardo Peixoto afirma, ainda, que o programa Global Mind pode oferecer “um conjunto de oportunidades”, entre elas, a “inserção no mercado de trabalho estrangeiro”. Assim, os esta-
giários podem desenvolver competências “num ambiente de empresa”, algumas delas mundialmente conhecidas, e “no âmbito de uma cultura diferente”. Os estágios são remunerados e podem ter a duração de seis meses a um ano. A grande oportunidade deste programa é a “possibilidade de ficar inserido no mercado de trabalho do país, ou até na própria empresa”. Todos os interessados poderão colocar as suas dúvidas através de geral@minho.aiesec.pt, ou passando pela sala do comité, situado na sala 0.25 da EEG.
aaeum organiza workshop sobre marketing digital inês barbosa ineslp@hotmail.com
A Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho desenvolve este mês uma série de sessões expositivas, onde serão demonstrados exercícios práticos de implementação de conhecimentos na área do Marketing. O Workshop “ABC do Marketing Digital” pretende dar uma perspetiva global do marketing digital, mostrar também como diferenciar as diversas formas de atuação possível nas plataformas digitais, assinalar os canais fundamentais e explorar o modo de funcionamento básico de algumas ferramentas online. Segundo o formador Pedro Vieira, “vão já longe os tempos em
que o marketing era gerido por uma pequena franja de profissionais altamente especializados e tinha como função o simples reconhecimento das marcas empresariais. O mundo digital transfigurou a cara do marketing, democratizou-o, associou-o de forma definitiva à função de vender produtos e serviços e é hoje imperativo, para qualquer pessoa, perceber quais os canais de comunicação adequados para fazer passar a sua mensagem e quais as boas práticas para aumentar a sua eficácia.” O programa de três horas servirá para definir e esclarecer conceitos como SEO, Adwords, Social Media, Newsletters, estratégia de conteúdo, Gamification, transmedia storytelling ou big data, para que estes se possam tornar aliados na
conquista de sucessos futuros dos participantes. “Cada vez mais empresas, instituições e - sobretudo - pessoas, comunicam-se ao mundo através de plataformas e técnicas de marketing digital. Estar alheado desta realidade é caminhar a passos largos para uma analfabetização digital, que poderá ser
extremamente danosa num futuro próximo”, completa Pedro Vieira. Assim, o objetivo principal destes seminários é solidificar a importância da descodificação da informação presente neste meio, independentemente da função que os ouvintes possam exercer nas empresas e no percurso pessoal.
O valor das inscrições é de 10 euros para sócios da AAEUM e 15 euros para não-sócios, tendo em conta de que estas são limitadas. O evento ocorrerá no dia 30 de Abril, entre as 19h e as 22h na sede da Associação de Antigos Estudantes da Universidade do Minho, em Braga.
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“SeCão” de pedro quintas, encenada por professor da uminho
RUTE PIRES rutetpires@hotmail.com
Integrado nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, a Produção Ilimitadas Fora d’Horas (PIF’H), apresenta a sua nova peça teatral “SeCão” com texto de Pedro Quintas, e encenação de José Miguel Braga, professor universitário da Universidade do Minho. Trata-se de uma peça com uma comicidade “ácida” que, através da crítica corrosiva, pretende expor ao ridículo situações da alucinada atu-
alidade. “Perante a iminência da comédia e a extensão do drama, o texto faz-nos percorrer um caminho por entre as situações humanas mais vulgares e mais inóspitas: o desemprego, a tirania, a solidão, o desespero, o sofrimento, a raiva, o crime, o vazio, a fome. Os atores di-lo-ão “cantando a toda a gente”, pois a nossa história também é Internazionale - ‘Europa, Europa’ tu estás mais triste que o fado e um além desse fado se diz também: a alegria dos atores por um mundo melhor.”,
afirma o encenador e professor. “SeCão” é uma peça que surge em seguimento da peça do ano de 2007 do mesmo autor , “Que Seca!” baseada em secas do dia-a-dia como esperas no centro de saúde, no consultório médico, famílias na praia, entre outras situações. A peça em questão recai sobre o atual ponto em que se encontra o país, a austoridade, a Troika, as questões do centro de desemprego, a democracia do faz de conta. À conversa com Pedro Quintas, o ACADÉMICO
soube que a estreia de “SeCão” correu muito bem à luz da ideia original, “foi ótimo, é daquelas coisas que temos certas expectativas desde o início da peça, principalmente ao fim de seis meses de ensaios, a conviver com as mesmas piadas começamos a não nos rir tanto com elas e afinal a peça estava cheia de piada”, comenta. Apesar de apenas contar com meia sala, o escritor afirma que, na estreia, o público “riu-se que chegue”. Para os próximos dias são esperadas mais
pessoas e um igual sucesso de fazer rir os presentes. Assim, a peça, já apresentada nos dias 23, 24, 26 e 30 de Abril, tem mais dois dias de espetáculo nos próximos dias 2 e 3 de Maio às 21h52 no Auditório Sebastião Alba na Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga. O bilhete tem o custo de 2 euros. A questão permanece “apanhamos um grande secão por sermos bem cão portados ou será que fazemos uma revolu cão dos es cravos e mordemos as canelas a alguns donos?”
CAMPUS PÁGINA 08 // 30.ABR.14 //ACADÉMICO
“braga fora do armário” desafia estudantes a criar design de cartaz oficial da marcha lgbt ELSA MOURA elsa.moura@rum.pt
O coletivo “Braga Fora do Armário” acaba de lançar um concurso para a elaboração do cartaz oficial da II Marcha pelos Direitos LGBT em Braga, agendada para 14 de junho. O objetivo passa por desafiar a sociedade para a criação de um cartaz, mas também sensibilizar as pessoas para um tema que continua a ser tabu no nosso país.
Eduarda Sousa, do coletivo, explica que pretende com este concurso “levar toda a gente que tenha gosto pelo design e que goste de desafios que estimulem a cria-
tividade, a criar um cartaz que terá, mais tarde, uma ampla divulgação”. Por isso mesmo, o desafio é deixado a todos os que queiram participar e “destina-se
a estudantes, ao público em geral, ou seja, a quem se sentir com vontade de participar e dar asas à imaginação”, assume a organização. A II Marcha LGBT em
Braga, agendada para 14 de junho já tem tema, e é apresentado aqui por Eduarda Sousa: “O tema é pelas famílias arco-iris. O desafio que lançamos é que as propostas que nos cheguem sejam baseados neste tema”. Os interessados podem consultar todas as informações na página do Facebook “Braga Fora do Armário”, onde consta ainda um vídeo apelativo à marcha. Todos os interessados podem enviar os seus trabalhos para bragaforadoarmario@gmail.com.
Já pensaste qual é o teu Media favorito? Já aderiste à moda das selfies? Então envia-nos uma selfie original e criativa em que te faças acompanhar do teu Media favorito, para os endereços presentes no cartaz, até ao dia 5 de Maio e habilita-te a ganhar um vale de 25 euros em compras na FNAC, para além de veres a tua selfie publicada aqui no ACADÉMICO.
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INQUÉRITO
concordas com a decisão de cancelar o enterro da gata ‘14? “Acredito que a decisão foi precipitada. O dia do comunicado foi difícil para as famílias, amigos, bem como para toda a academia, sendo que não era o momento para pensar nas festividades. Acredito, ainda, que o trágico acontecimento não está diretamente ligado ao evento ou ao próprio cortejo académico, pois estas não deviam, sequer, ser postas em causa. O luto não deverá, em nenhuma instância, ser imposto. Os estudantes deviam ter sido consultados sob a forma como pretendem estar de luto. É um desrespeito perante os caloiros e finalistas!”
Tiago carvalho 2º ano // rel. internacionais
andreia couto 3º ano // educação básica
A decisão de cancelar o Enterro da Gata, na minha opinião, foi tomada muito “em cima do joelho”. Acho realmente que a AAUM deveria ter refletido mais sobre este assunto e convocado uma reunião para perceber qual a opinião dos alunos. É um gesto muito bonito, realmente passa a ideia de que “somos todos UM”. Apesar do gesto ser nobre e bonito não acho que as motivações por detrás desta decisão o sejam. Não quero de todo ser injusta, mas parece-me que há motivações económicas e ligadas à imagem que querem passar, que levaram a este veredito. Também penso que o Enterro, e mesmo o cortejo, poderiam ser momentos de uma grande e sentida homenagem aos três alunos que nos deixaram. Acredito que todos fomos abalados por esta tragédia, uns mais do que outros, claro, e as homenagens que têm sido feitas provam isso mesmo. No entanto, penso que não temos de mostrar nem provar a ninguém, nem a outras universidades, que estamos de luto e que lamentamos o que ocorreu. Certamente que os familiares e amigos dos nossos colegas já sabem que toda a comunidade está com eles e os apoia e isso é o que realmente interessa.
“O cancelamento do Enterro da Gata foi, na minha opinião, uma decisão muito precipitada por parte da associação. Percebo que queiram homenagear os colegas mas é, com todo o respeito por eles e pelas respetivas famílias, uma decisão desta magnitude deveria passar pelos estudantes. O adiamento seria justo, mas o cancelamento não. Para além de que o Enterro da Gata é mais que uma ‘festa’, é uma tradição académica e, no caso dos finalistas deste ano, algo que não vão poder usufruir como deveriam.
sara nogueira 3º ano // ciências da comunicação
joão mota mest. int. eng.electr. e de computadores (fEUp)
DANIEL MOTA danielmotap@gmail.com
Um trágico acidente, na passada quartafeira, vitimou três estudantes da Universidade do Minho. A Academia está de luto.
Estou completamente solidário com esta causa. Contudo, não sei até que ponto possa ter sido uma decisão precipitada da Associação em cancelar quase todos os eventos da academia nessa semana. Há muitas realidades em jogo. O cancelamento do Enterro da Gata parece-me bem, todavia, como finalista que sou, um cortejo é algo sempre ambicionado e desejado pelos estudantes e, aqui, admito que foi um erro. Haveria uma oportunidade imensa para os estudantes triunfarem e melhor, homenagearem estes três amigos.
A AAUM decidiu, portanto, cancelar algumas festividades, assim como o Enterro da Gata e o cortejo académico, mantendo a Missa dos finalistas e a Imposição das Insígnias. O ACADÉMICO foi para a rua saber qual a opinião dos estudantes (do Minho e não só) face a este assunto que tem tanto de mediático como de polémico.
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entrevista
PAULO TAVARES
Paulo Tavares é o entrevistado desta semana do ACADÉMICO. Depois de algumas passagens por clubes portugueses - e pela Rússia, ao serviço do CSKA Moscovo -, o técnico chegou a Braga em 2012 onde, desde então, assume as rédeas do SC Braga/AAUM e das equipas universitárias de futsal da Universidade do Minho. Com um crescimento notável no panorama do futsal português, e sob a sua liderança, o SC Braga/AAUM alcançou este ano um histórico terceiro lugar na fase regular do campeonato, colocando Paulo Tavares na eleição para melhor treinador de futsal da época 2013/2014. ano, se tudo correr conforme está planeado, contamos ter mais gente, como o Nilson, o Tiago Brito, e inclusive o Fábio e o XOT. A equipa poderá ficar bem mais forte, e nosso objetivo passa, na próxima época, por ser campeões nacionais novamente.
SUSANA SILVA msusana.silva@hotmail.com
As equipas universitárias de futsal tiveram um desempenho abaixo do esperado nos CNU’S. A que deveu esta quebra em relação ao ano passado? São dois casos distintos. Na equipa masculina houve uma reestruturação muito grande no plantel, com a entrada de vários atletas e a saída de jogadores muito importantes da estrutura do ano passado. A juntar a tudo isto, tivemos lesões em três elementos fulcrais - André Coelho, Alex e Ivo -, o que nos fez estar extremamente limitados na fase final, realizada na Maia. No masculino prendeu-se muito a estes fatores. No feminino, a equipa quase não treinou esta época e tivemos muitos problemas com as atletas durante a competição: a Vânia foi a dois jogos e num deles chegou apenas a meio; várias atletas estiveram a trabalhar; e a Melissa não pôde compaFPN
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recer. No feminino teremos que repensar como é que nos podemos organizar melhor e sermos mais competitivos. Frustração é a palavra que melhor define aquilo que sente em relação a este momento menos bom das equipas universitárias? No feminino, sim, porque uma equipa que foi campeã
nacional e vice-campeã europeia teria outras responsabilidades, e acho que todos nós podíamos ter feito muito mais em prol da Universidade e da Associação Académica. Não o fizemos. Há que pensar muito bem sobre aquilo que se passou e procurar alternativas. No masculino, era expectável que pudéssemos cair bastante, devido
à reestruturação que a equipa sofreu. De qualquer das formas, tínhamos algumas esperanças, também, em revalidar o título. Infelicidade é a palavra que eu mais aplico aqui, porque as três baixas foram três baixas muito importantes, de jogadores que têm um peso enorme dentro do grupo, e isso limitou a equipa. Acha que algo tem de mudar nestas equipas? Que consequências haverá na gestão e planeamento das mesmas? Sim. No feminino há que encontrar novos caminhos. Tentar criar uma equipa no SC Braga seria um passo, na minha opinião, muito importante, mas teria de existir a vontade de muita gente e tentarmos reunir condições para que isso acontecesse. Acho que passa muito por aí. Por exemplo, a Associação Académica de Coimbra é muito forte porque tem muitas atletas a jogar na Académica. No masculino, o SC Braga/AAUM tem alguns jogadores na equipa e, para o
Como tem sido gerir o facto de alguns atletas jogarem, simultaneamente, no SC Braga/AAUM e na equipa universitária? É simples. Os atletas federados, o André Coelho e o TJ, têm um modelo muito bem definido. O modelo de jogo do SC Braga/AAUM e da equipa universitária é muito parecido. Depois, há uma gestão que tem de ser feita por parte, essencialmente, do SC Braga/AAUM. É lógico que esses atletas, nessa semana, e na semana das competições, não trabalham no SC Braga/AAUM. Não acho que seja muito penalizante, mas tem de se ter cuidado, principalmente no campeonato nacional, porque são muitos jogos, durante uma semana, geralmente muito próximos do play-off. É necessário algum cuidado na gestão física, que é aquilo que nós fazemos. Se é incompatível, eu acho que não. Que prioridade assumem os troféus universitários na mente da equipa técnica que lidera? Muita. A Universidade do Minho e a Associação Académica investem muito neste projeto e a equipa técnica está ciente disso, bem como os próprios atletas. Já são, no masculino, alguns títulos nacionais que a universidade colecionou. No feminino menos, mas a aposta é para
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continuar e, da nossa parte, equipa técnica, tem havido um cuidado na contratação de alguns atletas, essencialmente no masculino, que possam ser universitários. A prioridade máxima é recuperar novamente os títulos, como é óbvio. O SC Braga/AAUM alcançou, esta época, um histórico terceiro lugar na fase regular do campeonato. Este sucesso deve-se a quê, fundamentalmente? A toda a estrutura. A uma direção que é fantástica, que dentro dos seus condicionalismos nos oferece todas as condições de trabalho, e também a um grupo de trabalho excelente, que está, na minha opinião, bem mesclado, entre juventude e experiência. É um grupo que trabalhou muito e, essencialmente, o sucesso passa por aí, bem como pela equipa técnica. Toda a reorganização que foi feita é mérito de toda a estrutura do clube, e muito, também, dos próprios jogadores. Surpreendeu-o a prestação e a maturidade demonstrada por alguns jogadores jovens do plantel? Os jogadores mais experientes acabaram por facilitar um pouco a vida àqueles que são mais novos e que pela primeira vez estavam a competir na primeira divisão. De qualquer das formas, surpreendeu-me que alguns deles tivessem um crescimento tão rápido, mas a qualidades deles também é elevada. São jogadores que se adaptaram bem à cidade, ao clube, e inclusive alguns deles, como o André Coelho e o TJ, são universitários, e já conheciam
As pessoas que na altura falaram comigo - o Professor Paisana, o Rui Gomes e o Luís Resende - apresentaram-me um projeto que eu achei muito engraçado e que tinha muito por onde crescer. Daí, foi fácil aceitar tudo aquilo que me propuseram.
mais ou menos este tipo de meandros. Sinceramente, fico um pouco surpreendido, principalmente pelo crescimento tão rápido que eles tiveram na equipa. Admite algumas mexidas no plantel para a próxima época? Isso é sempre possível. O plantel está bem estruturado, mas poderá ser necessário vir a reforçar um ou outro setor. Há muitas condicionantes, como a financeira, que também tem de se ter em conta aqui. É natural que o plantel venha a sofrer um ou outro toque, mas nada de extraordinário. O que pode prometer e até onde pode ir esta equipa na fase final da época?
Prometo trabalho, desde que cá cheguei. O objetivo do SC Braga/AAUM é, este ano, atingir as meias-finais do play-off. Vamos jogar com uma equipa que trabalha bi-diário, uma equipa que se reforçou muito a meio da época e que tem os mesmos objetivos. Foi terceira, no ano passado, no campeonato, e é um adversário à altura do SC Braga/AAUM. O objetivo do Rio Ave passa, também, por atingir as meias-finais, e vão ser dois jogos, ou três, duros e em que tudo faremos para atingir a nossa meta. Saiu da Rússia e passados alguns meses chegou a Braga para um desafio diferente. O que é que o levou a aceitar este projeto?
Que retrospetiva faz destes dois anos? Foram dois anos bons. Um primeiro ano onde já existia uma reestruturação em curso, com a saída de seis/sete atletas que deram muito a este SC Braga/AAUM, sem dúvida nenhuma, mas que estavam numa idade de parar, ou de pelo menos no SC Braga/AAUM não continuar. Eu acho que o Braga/AAUM, e, certamente, toda a direção, está muito agradecido a essas pessoas, e nesse primeiro ano a meta passava por estar nos play-off, sem mais nenhum objetivo em geral. Neste segundo ano, mais cinco ou seis atletas saíram, de forma a acabar esta mesma reestruturação do plantel, e os objetivos passaram a ser bem mais altos. No início da época passavam, pelo menos, por sermos quintos, como tínhamos sido no primeiro ano, e tentar chegar à final four da Taça de Portugal. Fomos terceiros, e, para chegar às meias-finais do
play-off, vamos ver se conseguimos ultrapassar o Rio Ave. Acho que é um balanço muito positivo. É uma equipa muito jovem, muito virada para o futuro, que tem muito por onde crescer e com esses jogadores jovens muito apetecíveis aos grandes, de certeza absoluta. Alguns deles, no futuro, se calhar não estarão cá, mas a aposta passa também por aí: por termos jovens que nos acrescentem na área desportiva mas que também na área financeira nos possam ajudar. Na minha opinião, é uma retrospetiva muito positiva. Encontra-se nomeado para melhor treinador de futsal de 2014. Considera que este é um reconhecimento do trabalho que tem desenvolvido no SC Braga/AAUM? Talvez, não sei. Estar nomeado é sempre bom, mas deixo isso, sinceramente, para os outros. Já trabalhei em vários clubes, por todos eles deixei a minha marca e a minha imagem, e no SC Braga/AAUM não vai ser diferente, penso eu. Acho que o trabalho deste ano foi muito positivo, bem como desde que cá cheguei. Isso de ser melhor treinador ou não passa-me completamente ao lado, e cabe aos outros, de certeza absoluta, avaliar isso.
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reportagem braga tem um novo conceito de turismo “para convidados”
Chama-se “Cathedral Guesthouse” e é uma nova forma de alojamento na cidade de Braga: sair de casa sem deixar de se sentir em casa. Abriu ao público há duas semanas em Braga.
josé reis jose.reis@rum.pt
O que leva alguém, com um emprego estável no sector financeiro, a trocar a certeza do dia-a-dia por um projecto novo numa cidade que praticamente não conhece ainda o conceito? “Acreditar muito no projecto, ter paixão pelo que se faz e acreditar que este é um conceito que vai de encontro a uma lacuna existente na cidade”. Cristina Vieira é licenciada em Economia e trabalhou, durante muito anos, no sector da construção civil, “na parte financeira”. Um dia decidiu que, afinal, não era aquilo que queria para a vida. “Sempre trabalhei por conta de outrém e já estava maçada deste tipo de trabalho. Surgiu esta oportunidade”, revela Cristina. A “oportunidade” a que se refere não é mais que um prédio em pleno centro histórico, junto à Sé, que decidiu res-
taurar e permitir que a cidade ganhe assim um novo espaço de alojamento: uma guesthouse. “Era algo que sentíamos que Braga não tinha. Tem os hóteis e tem alguns hostels mas um serviço entre os dois era algo de que a cidade carecia”, revela Cristina. No fundo, um sítio onde o sentimento de “casa” se mantivesse, mesmo que distante em quilómetros e quilómetros da verdadeira habitação. Espaço criativo “São três pisos, com quartos individuais, com todas as comodidades que uma casa tem para oferecer”, sintetiza Cristina Vieira, destacando que uma guesthouse é diferente de um hostel. “Há muita confusão entre os conceitos. Neste caso é um alojamento para alguém que privilegia o conforto e alguma privacidade”, reitera a economista, acrescentando que os preços podem
variar. “Depende das épocas do ano”, mas a verdade é que eles podem ir dos “50 aos 175 euros”, conforme o serviço pretendido. “Há uma sala comum onde todos os hóspedes se podem encontrar e partilhar vários momentos.
A ideia é essa mesmo, que um poeta, um jovem artista ou um investigador em viagem se possam encontrar aqui e potenciar contactos e mais criatividade”, espera Cristina Vieira. Por agora, e com cerca de duas semanas
aberto ao público, são mais os estrangeiros que visitam o espaço, “mais familiarizados com este conceito”. Um conceito que Cristina quer implantar na cidade e que espera, “pela novidade”, que seja vencedor.
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especial tutorUM
daniel freitas Daniel Freitas, de 28 anos, é árbitro de andebol e frequenta o 4º ano de Medicina na Universidade do Minho. É natural de Braga e é o convidado do ACADÉMICO neste espaço semanal.
TOMÁS SOVERAL tomassoveral@gmail.com
Como é que começou a tua carreira como árbitro de andebol? Começou em 2003, graças ao meu treinador na Escola Secundária Carlos Amarante. Naquela altura, cada equipa tinha de ter dois atletas a frequentar o curso de árbitro, no Desporto Escolar, e eu fui um dos escolhidos pelo treinador. Realizei o curso nas instalações da Universidade do Minho e gostei bastante de conhecer esta nova faceta da modalidade. Mais tarde, em 2004, frequentei o curso de árbitro regional na Associação de Andebol de Braga e após o estágio, onde arbitrei os primeiros jogos, tive a certeza que queria seguir uma carreira como árbitro. Como tem sido esse percurso? Tem sido um percurso gratificante e de bastante aprendizagem, onde tenho tido a oportunidade de conhecer muitas pessoas e vários sítios diferentes. Já conto com dez anos de carreira e houve dois momentos que foram essenciais neste percurso. O primeiro, em 2009, com a estreia na primeira divisão masculina. O segundo, já em 2012, com a ascensão à categoria de árbitro internacional. Desde então, tenho arbitrado jogos de diversas competições europeias, com o meu colega César Carvalho, uma vez que um jogo de andebol precisa de dois árbitros. Como é que concilias os estudos com a competição? Durante bastante tempo tive muitas dificuldades em conseguir conciliar os estudos com a competição. Depois comecei a ser mais organiza-
do e a abdicar de outras coisas, para dedicar o meu tempo, quase em exclusivo, para o curso e para a arbitragem. Consegues descrever o teu dia-a-dia e a forma como geres o teu tempo? Num dia normal, entro às 9h e saio por volta das 17h. De seguida, durante cerca de uma hora, costumo atualizar a imprensa, navegar um pouco na internet e conviver com os meus amigos. Entre as 18h30 e as 19h30, posso, por exemplo, fazer uma análise, através de vídeos, de jogos arbitrados recentemente ou então, faço a preparação de um próximo jogo. Até cerca das 20h30, costumo treinar, normalmente corrida. No fim de jantar, estudo e, por voltas das 23h30, vou dormir. O que é que te motiva a continuar a carreira de árbitro? Antes de mais, o gosto pela modalidade e pela arbitragem. Quando estou no pavilhão, tenho imenso prazer e sinto uma adrenalina, o que é ótimo para desanuviar da rotina do dia-a-dia. Apesar de ser uma função muito stressante, no fim dos jogos, quando entro no carro, o stress já desapareceu. A não ser que o jogo tenha corrido mal, com erros da arbitragem. Nesse caso, torna-se
necessário ter um período de reflexão com o meu colega, para tentarmos detetar as falhas e prevenir futuros erros. A perspetiva de ter uma carreira com algum sucesso, também é um factor importante de motivação. Quais foram os melhores momentos da tua carreira? E os mais difíceis? Já tive grandes momentos. Penso que o primeiro foi quando recebi a notícia de que eu e o meu colega tínhamos sido aprovados, como dupla, no curso da Federação Europeia, e, com isso, veio a ascensão à categoria de árbitro internacional. Outro momento importante, foi arbitrar a final do European Open Sub-19, na Suécia, num pavilhão com cinco mil espectadores. Em relação aos momentos mais difíceis, no início da carreira, quando sentia que o trabalho em determinado jogo não tinha sido o melhor, ou quando alguma equipa se queixava, tinha alguma dificuldade em lidar com essa situação. Atualmente, já consigo gerir melhor esses momentos, uma vez que já estou mais habituado a conviver com o erro. Mas o pior momento da minha carreira foi num encontro nacional de minis femininos, com idades com-
preendidas entre os oito e os dez anos, onde o treinador e os dirigentes de uma equipa decidiram abandonar o campo, com o jogo ainda na primeira parte, por estarem descontentes com a arbitragem. Em relação ao curso, o que é que te tem motivado a frequentá-lo e porquê a escolha de Medicina? Vejo a Medicina como o meu futuro, já que foi única profissão que, desde criança, me imaginei a exercer. Quando acabei o 12º ano não tinha média para entrar em Medicina e tive de repetir várias vezes os exames nacionais, até conseguir a média necessária. Tem-te ajudado o facto de se-
res aluno/atleta? Nunca senti que o facto de ser aluno/atleta me tivesse ajudado, talvez porque na Escola de Ciências da Saúde são muito rigorosos e não dão grande margem de manobra a alunos com estatuto de atletas. O que tens a dizer sobre o apoio que é dado aos atletas aqui na Universidade do Minho? A nível de acesso às instalações e treinos, o apoio é excelente. A nível académico, se tiver que faltar a aulas ou exames, devido a alguma competição, sei que, à partida, estou em maus lençóis. Dadas as condições, tento prevenir ao máximo que isso não aconteça.
o lado pessoal de daniel freitas Como é que é a tua vida social? Costumas sair a bares ou discotecas? Infelizmente, não saio tanto quanto gostaria. Mas, se não tiver que arbitrar nenhum jogo, nesse fim-de-semana, e se não precisar de estudar muito, vou até a um bar e convivo com os meus amigos. O que gostas de fazer nos teus tempos livres? Tento aproveitar o máximo de tempo possível com a minha família, amigos e namorada. Também gosto de assistir a eventos des-
portivos, conviver em volta de jogos de tabuleiro e viajar, sempre que possível. Queres partilhar algum episódio caricato que tenha acontecido na tua carreira? No início da minha carreira, no final de um jogo de um torneio de Natal, umas espetadoras, que eram atletas infantis de uma equipa, saltaram da bancada e atravessaram o terreno de jogo na nossa direção, minha e do meu colega. Com imenso fair play, oferecerem-nos uns óculos engraçados à frente de todos os intervenientes,
arrancando uma gargalhada geral. Passados uns dias, fomos nomeados para arbitrar um jogo dessa equipa. Combinámos com o seu treinador, que tinha assistido a tudo, e ele convenceu uma das atletas que tínhamos ficado chateados e que nos íamos vingar, mostrando-lhe um cartão vermelho. A jogadora ficou cheia de medo. Instantes antes de começar a partida, nós colocamos os óculos e, com isto, surpreendemos aquele grupo de atletas. Ainda hoje guardo os óculos junto dos meus troféus (risos).
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 30.ABR.14 // ACADÉMICO
liftoff,
http://liftoff.aaum.pt/ facebook.com/aaum.liftoff
gabinete do empreendedor da AAUM Sessão “lidar eficazmente com os conflitos interpessoais” Está agendada a 2ª sessão do programa Alto Desempenho. Trata-se de um programa com cinco sessões de orientação baseado em quatro temas diferentes direcionado para aqueles que são “contentes mas insatisfeitos”. Tem como objetivo principal dotar os participantes com ferramentas práticas de trabalho de forma a construírem o seu projeto com os passos necessários para potenciar o seu sucesso. Num ambiente relaxado mas totalmente focado aprende-se, a 6 de maio no Campus de Gualtar, como
lidar eficazmente com os conflitos interpessoais. Se queres aprender a gerir relações e a encarar e perceber a comunicação como a génese dos conflitos não podes per-
der. A turma está quase completa, garante o teu lugar! Sabe mais em: liftoff.aaum.pt
Curso de Iniciação ao Photoshop O LIFTOFF em parceria com a EditValue®Formação Empresarial, promove o curso “Iniciação ao Photoshop”. Este curso tem a duração de 15 horas e visa dotar os formandos de conhecimentos
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e competências básicas para manipular e criar imagens digitais, usando, de forma eficaz, as principais funcionalidades do Photoshop. Participa e tira partido das ferramentas e efeitos dispo-
níveis no programa, aprender a trabalhar com seleções e camadas, a editar fotografias e a tratar imagens. Sabe mais em: formacao. editvalue.com/formacao
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CULTURA
DR
SALA DE CINEMA Realizador: Joon-ho Bong Elenco: Chris Evans, Tilda Swinton, Jamie Bell, Kang-ho Song Estreou em Portugal: Sem estreia prevista Nacionalidade: Sulcoreano Pontuação: 3/5
Snowpiercer (2013)
o congelamento da utopia CÉSAR CARVALHO z5@sapo.pt
O salto internacional de Joon-ho Bong é também - não que seja sempre imprescindível - o mais ambicioso. O realizador coreano continua na saga das grandes produções (no seu caso, blockbusters com alma que chegue), com intervalo no premiadíssimo “Mother” (2009), e depois de deixar o mundo pasmado com a grandeza do espetáculo de “The Host” (2006) decide apostar num distópico pós-apocalíptico que justifica os quatro anos
que o diretor demorou a voltar às estreias consagradoras. A história é baseada na peça de BD “Le Transperceneige”. Em 2031, o mundo está congelado. Um comboio que nunca pára (a sua autossuficiência não está muito bem explicada) e que demora exactamente um ano a dar a volta ao mundo, é tudo o que resta da humanidade. Lá dentro assiste-se ainda às diferenças de classe, à diversidade de raças e géneros em cada vagão da locomotiva, à subjugação (chegando mesmo ao extermínio contido) de uns pelos outros em prol da manutenção do sta-
tus quo. E o passo seguinte é quase óbvio: revolução. Snowpiercer tem a crítica aberta ao capitalismo, tem a divisão da sociedade em castas, tem o abuso da autoridade e o controlo da informação, tem todos os ingredientes que se tornaram elementos de género em trabalhos com a mesma propensão, ainda que para os fazer figurar seja invocada uma alegoria tal que pode confundir os espectadores, ou pior, que pode cair na excentricidade difusa, sem correlação com a mensagem, que tenta, ainda assim, firmar-se com tom imperial. É talvez esse ponto que
afasta a obra da primazia que lhe parecia destinada. O microcosmos está sobejamente bem montado - chega a ser claustrofóbico – e a própria montagem consegue disfarçar os problemas públicos que Joon-ho Bong teve com o distribuidor americano Harvey Weinstein sobre os direitos do filme, que condicionaram e muito a sua distribuição, mas há um irremediável senso de leviandade conceptual que mantem o filme um pouco afastado da luz (por vezes de forma literal). Tirando isso, é com eminente regozijo que assistimos ao estilo único e revigorante da
ação tão bem montada. É ela que mantém o ritmo e o interesse altíssimos durante mais de duas horas. Ainda que as personagens não se destaquem – com excepção, talvez, na prestação irrepreensível de Tilda Swinton – e o argumento derrape por vezes num exagerado retrato caricatural da sociedade (distopia em estado puro), Joon-ho Bong continua um mestre das fábulas sombrias. Snowpiercer funciona, mesmo imperfeito, e está longe de se preocupar com alegações adversas. É a sorte de se produzir algo comprometido mas que não chega a casar.
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RUM BOX
AGENDA CULTURAL
TOP RUM - 17 / 2014
13 - CEO - Whorehouse
BRAGA
GUIMARÃES
FAMALICÃO
25 ABRIL
14 - COLIBRI Santo António travesti
MÚSICA 30 de abril Lloyde Cole Theatro Circo
MÚSICA
TEATRO
02 de maio The’re heading west CCVF
6 e 14 de maio O memorial do convento Casa das Artes
03 de maio Overdrama CCVF
30 de abril Patinho Feio Casa das Artes
04 de maio E 40 anos depois de abril CCVF
30 de abril e 1 de maio Mostra de teatro escolar Casa das Artes
1 - TEMPLES - Keep in the dark 2 - BECK - Blue moon
15 - MAXIMO PARK Leave this island
3 - CHET FAKER - Talk is cheap
16 - NORTON - Magnets
4 - JAGWAR MA Come save me
17 - REAL ESTATE Talking backwards
5 - WE TRUST We are the ones
18 - JP SIMÕES Gosto de me drogar
6 - JOAN AS POLICE WOMAN Holy city
18 - KURT VILE Never run away
7 - METRONOMY I’m aquarius
20 - PZ + dB Cara de chewbaca
8 - CAYUCAS High school lover
POST-IT
28 abril > 2 maio 9 - LOCAL NATIVES - You & I 10 - ARCADE FIRE - Reflektor
RAPARIGA ELÉCTRICA Quero-te
11 - VOLCANO CHOIR Byegone
SILVA É Preciso Dizer
12 - DEAD COMBO A bunch of meninos
DAMON ALBARN Heavy Seas Of Love
CD RUM
sequín sonha com amores no espaço
JOSÉ REIS jose.reis@rum.pt
Ana “é do rock”. Ou melhor, Ana “também é do rock”. Mas Ana é mais que uma simples rapariga que faz do
rock a sua vida, Ana é uma rapariga que faz da música o motor do seu dia-a-dia. Ana Miró, a voz e cara que (não) se esconde por trás do nome de “Sequín”, é uma rapariga que sabe que a música pode (e deve) ser
04 de maio Braga canta Fado Theatro Circo TEATRO 02 e 03 de maio Um Picasso Theatro Circo
LEITURA EM DIA
Para ouvir de segunda a sexta (9h30/14h30/17h45) na RUM ou em podcast: podcast.rum.pt Um espaço de António Ferreira e Sérgio Xavier.
Deixa dormir o diabo de John Verdon, Porto Editora. Mais um caso para o inspector aposentado David Gurney. Apesar do título, o diabo é humano e uma mente perversa a pedir o génio do inspector para deslindar o caso. O Dom de Gabriel de João Menezes Ferreira, Bertrand. No centenário da I Guerra Mundial, um texto precioso da vivência agónica que os soldados portugueses sofreram
na Flandres. Um retrato irónico, sofredor e único. Os Passos em Volta dos Tempos de Eduardo Lourenço de Carlos da Câmara Leme, Ed.Verbo. Um trabalho académico que nos mostra a importância de um dos maiores pensadores nacionais, e aquilo que se “esconde” na alma portuguesa. Vidas Perdidas de Nelson Algren, Ed.Quetzal. Desconhecido em Portugal,
este romancista retrata os efeitos da Grande Depressão e a vida de um “looser”, e, afinal, até foram milhões de pobres desgraçados e indefesos ; um romance imperdível.
explorada e que os limites são, por vezes, elásticos. Assume que o rock foi a porta de entrada na música “mais a sério” mas as electrónicas dançáveis sempre lhe ocuparam o imaginário e a vontade. Por isso, juntando o gosto à vontade de fazer, acaba de lançar “Penelope”, disco com 10 temas onde a tónica é, assume, a música electrónica “na sua vertente mais dançável”. Com selo da Lovers and Lollypops e com uma “ajudinha” preciosa do produtor Moullinex, que lhe deu as coordenadas certas para não “tombar” perante a sede imensa de abraçar todas as electrónicas (e são muitas...) num só disco, este é o trabalho que Ana sempre quis fazer. Que quis ser. Um disco denso, cheio, pesado (no bom sentido do termo), que enche a alma de quem o ouve. Um disco negro, a espaços, um dis-
co que fala sobre relações. Possíveis, imaginárias, impossíveis. Um disco assim só podia ser feito com o desfaçatez e atrevimento de quem tem apenas 25 anos, sem medo de falar de rela-
ções que podiam ser mas não são. Sequin irá actuar no Milhões de Festa deste ano mas, sabemos nós, essa será apenas uma das muitas datas que terá a reboque do brilhante “Penelope”.
DR
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DESPORTO abc/uminho perde na luz pela margem mínima dIOGO PARDAL diogo_oliveira_pardal@hotmail.com
O ABC/UMINHO deslocou-se na tarde de sábado ao reduto do SL Benfica onde perdeu por 21-20, em jogo a contar para a sexta jornada da Fase Final do Campeonato Nacional de Andebol. A turma minhota até começou bem a partida, conseguindo uma vantagem de 0-2 nos primeiros minutos, mas a pressão dos benfiquistas foi intensa, o que gerou
grandes dificuldades para os comandados de Carlos Resende. O facto de haver várias exclusões para o lado minhoto facilitou a tarefa dos lisboetas, que rapidamente conquistaram a reviravolta no marcador, arrancando assim para uma primeira parte de forte domínio. As equipas recolheram para o descanso, com o resultado fixado nos 15-10, favorável ao SL Benfica. O ABC partiu para a etapa complementar com a consciência de que teria de fazer
Na ponta final do jogo, a eficácia falou mais alto e o Benfica conseguiu marcar um golo a cinco minutos do fim. O ABC/UMINHO tentou de tudo para chegar pelo menos ao empate, mas os remates de Nuno Grilo e João Pinto acabaram por embater no poste da baliza dos encarnados. O jogo terminou assim com uma vitória do Benfica pela margem mínima (21-20) num jogo onde o ABC pecou bastante no primeiro tempo,
indo atrás do prejuízo no segundo. A turma minhota soma assim a primeira derrota nesta fase final, e mantém o terceiro posto, embora com um jogo a menos. Na Ricardo Fernandes próxima quarta-feira o ABC recebe o Águas Santas no Pavilhão Flávio Sá Leite, em jogo em atraso da quinta jornada. Nos restantes jogos, o Sporting venceu no reduto do Águas Santas por 29-36, e o líder FC Porto venceu no terreno do SC Horta por 23-35.
Nuno Gonçalves/UMinho
Plantel do ABC/UMINHO está a ter uma prestação acima das expetativas
mais e melhor para levar de vencida a equipa da capital. Ainda assim, o Benfica conseguiu mais um golo de vantagem e viu-se a ganhar por seis golos de diferença (17-11) aos três minutos. O conjunto minhoto finalmente reagiu e com alma e valentia conseguiu chegar ao empate já na reta final do encontro: o marcador assinalava 20-20 a sete minutos do final de um jogo muito emocionante que valeu principalmente pelo segundo tempo.
We – ESN Minho – would like to express our sincere condolences to all family members, friends or colleagues of the three students who died last Wednesday, near the Gualtar Campus. Since both pain and grief are probably the most universal languages, every single Erasmus student and ESN collaborator couldn’t help but express their most heartfelt solidarity in this particularly difficult moment.
Erasmus National Meeting (POR)
PÁGINA 19 // 02.ABR.14 // ACADÉMICO
De 17 a 20 de Maio de 2014, alunos que frequentam os programas de intercâmbio nas várias cidades de Portugal encontraram-se em Albufeira para disfrutarem da magia do Encontro Nacional de Erasmus (ENM). Foram mais de 800 pessoas que, entre espuma, guerra de almofadas e barcos insufláveis, criaram tsunamis nas piscinas enquanto dançavam de alegria. O Hotel Falésia Mar em Albufeira foi palco de muitas histórias e num ambiente incrível onde a multiculturalidade era eminente a festa fez-se todos os dias, a toda a hora. Em nome da Erasmus Student Network (ESN) Minho agradeço a todos os Erasmus do Minho que viveram esta aventura com os voluntários ESN e tornaram esta 10ª Edição do ENM absolutamente fantástica. Porque “falam português muito bem”, foi fácil encher-nos o coração a gritar “ESN Minho” em todo o lado. Afinal de contas, “quem bate palmas é do Minho” e “o Minho é quem manda aqui”! Um espírito fantástico, de compreensão e de apoio que nos faz trabalhar voluntariamente com gosto e dedicação à rede ESN. Também em nome da ESN Minho felicito a organização do evento que não se deixou vencer pelo cansaço e geriu de forma exímia toda a logística a ele associado. A ESN Minho aplaude ainda de pé todas as secções ESN portuguesas e os seus voluntários, por acreditarem que juntos se vai mais longe, por admitirem que são capazes de fazer melhor, por serem brilhantes no que fazem e, sobretudo, por transformarem a palavra “rede” em “família”. Alexandra Bigotte de Almeida Um muito obrigada a todos. Vice-Presidente da ESN Minho
Erasmus National Meeting (ENG) From 17th to 20th May 2014, students attending exchange programs in various cities of Portugal met in Albufeira to enjoy the magic of the Erasmus National Meeting (ENM). There were more than 800 people, which in between a cushion war and inflatable boats, created tsunamis in the pools as they danced for joy. Falesia Mar Hotel in Albufeira was the scenery of many stories and an amazing environment where multiculturalism was eminent and the party was made every day, all the time. On behalf of the Erasmus Student Network (ESN) Minho I thank all Erasmus Minho who lived this adventure with the ESN and volunteers, who made this 10th Edition of the ENM absolutely fantastic. Because “falam português muito bem,” was easy to fill our screaming hearts “ESN Minho “everywhere. After all , “quem bate palmas é do Minho “ and “ o Minho é quem manda aqui!” A fantastic spirit of understanding and support that makes us work willingly with joy and dedication to ESN network. Also on behalf of ESN Minho I congratulate the organizers who were beaten by the fatigue of the magnanimous way they managed all logistics associated with the event. ESN Minho still stands his welcoming to all Portuguese ESN sections and its volunteers, believing that together they go further by admitting that they are able to do better, because they are brilliant at what they do and especially for turning the word “network “into “family “ . Alexandra Bigotte de Almeida A thank you to everyone Vice President of ESN Minho
ENM RATING Angel Santin, Brazil
“Perfect”
https://www.facebook.com/ENMPortugal?fref=ts
Konstantinos Stylianou, Cyprus
“Inesquecível”
Jesso Singh, Denmark
Fotografias oficias do ENM disponiveis em: Official ENM Pictures available in :
Natalija Kurkhuli, Georgia
“Just awesome”
“Loucura!”
Miglé Gečiauskaitė, Romania
Steve Sheridan, USA
“Crazy!”
“Family Time!”