16ª edição

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A Coluna, Marรงo 2014 | 1


Sumário Uma nova equipa!

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aro Leitor, Este ano chegamos a ti cheios de vontade para reinventar, divertir-te e informar-te! Com a corrente luta dos estudantes pelos seus direitos, trazemos nesta edição, uma abordagem informativa sobre a crise instalada no Ensino Superior Português. Ao longo deste Jornal poderás encontrar novidades que farão com que fiques agarrado até à próxima edição, onde prometemos voltar a surpreender-te. Porque tu também és parte desta equipa! Juntos, somos informação! Joana Resende Diretora Jornal A Coluna

REWIND III ISCAPADELA Desportiva página 3 XXIV ISCULTURAP página 3

ISCAP

Eleições AEISCAP Carnaval AEISCAP

página 4

página 5 Eleições à Presidência ISCAP página 5 InterIscas’14 - Aveiro página 6 Mais um orgulho azul e vermelho página 8

A EQUIPA

CRISE NO ENSINO SUPERIOR

INICIATIVAS

Fórum de Comércio Internacional página 20 Jornadas de Marketing página 21 Short clycles”, as “meias licenOdisseia de Comunicação ciaturas” página 21 página 10 Tuna de Contabilidade do Porto Empreendedorismo - A receita página 22 para o sucesso página 12 És tu que fazes o país onde vives Por onde andam os teus Eraspágina 14 mus? O Futuro de um Licenciado página 23 página 14 Estado Laico? Programa Retomar página 24 página 16 Iniciativas página 17 Expectativas vs Realidade página 25 página 18

Escrita:

E AINDA...

LAZER

Ana Machado, Andreia Martins, Bruno Cunha, Bruno Pina, Catarina Pinto, Daniel Pinho, Emanuel Santos, Hugo Miguel. Luis Salazar, Márcia Abrantes, Maria Medo, Daniela Araújo, Paulo Torcato, Ricardo Vasconcelos e Rodrigo Meira

Design: Miguel Neves, Patrícia Morais Fotografia: Bruno Cunha Diretoras-Gerais: Ana Silva e Paula Ferreira 2 | A Coluna, Abril 2014


III ISCAPADELA Desportiva

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á lá vão uns meses, mas ainda estão bem presentes as memórias da III ISCAPadela desportiva que decorreu de 24 a 27 de julho de 2013. Durante três dias o parque de campismo do Furadouro recebeu os Iscapianos para mais uma

REWIND

aventura desportiva associada aos prazeres do verão. Depois de montadas as tendas era hora de dar inicio aos jogos e entre desporto e diversão a primeira noite acabou com um jantar no “café Progresso”. Depois de uma noite animada, as competições continuaram e o dia acabou com o tão esperado torneio de Beer pong. O Sol voltou a raiar e sem nos darmos conta já estávamos no último dia desta grande aventura.

Após concluídas as competições, todos se reuniram para um mega churrasco que acabaria com um “caça ao tesouro” pelo Furadouro. Posto isto, era altura de desmontar as tendas e esperar pela IV ISCAPadela. Ana Machado

XXIV ISCULTURAP

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ecorreu de 4 a 8 de novembro no ISCAP o XXIV ISCULTURAP.

Este já tão conhecido evento de 5 dias contou com 6 cursos, 19 oradores e 6 workshops. A Semana Cultural começou na segunda-feira com o curso de Gestão de Atividades Turísticas e acabou na sexta-fei-

ra com o curso de Marketing. Tuna de Contabilidade do PorMas desengane-se quem pen- to e da Tuna Feminina do ISCAP. sa que esta semana foi ape- Além disso, dia 6 e 7 a noite foi de nas conferências e workshops. diversão com o Mega Checkpoint na discoteca Via Rápida, com Kura e Overule e muitos mais a animarem a festa. Com mais de 2500 participantes, o XXIV ISCULTURAP foi notoriamente uma semana cultural de sucesso. Ana Machado A par destas realizou-se na terça-feira dia 5 o Sarau Cultural, onde foi apresentado o ját radicional e divertido sketch da praxe, o grupo de dança do ISCAP, e ainda as sempre mágicas atuações da A Coluna, Março 2014 | 3


ISCAP

Eleições AEISCAP

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o passado dia 9 de dezembro de 2013, realizaram-se mais umas eleições para os órgãos sociais da Associação de Estudantes do ISCAP. Pedro Queiroga, liderando a Lista A, recandidatou-se, mas a novidade destas eleições foi a existência de uma lista concorrente, a Lista M, liderada por Tiago Nogueira, sendo necessário retroceder até ao ano letivo 2010/2011 para encontrar situação semelhante. As coisas começavam a aquecer. Após um exaustivo período de preparação, chegou a altura da campanha. Os dias 5 e 6 de dezembro foram de grande azáfama no ISCAP, com ambas as listas a procurarem os melhores lugares para se divulgarem visualmente, ao mesmo tempo que ocupavam os lugares onde há maior movimentação e maior fluxo de estudantes durante os intervalos das aulas. O debate de dia 5 foi, também, uma boa forma de mostrar as ideias que ambas as listas tinham

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e esclarecer vários pontos que poderão ter sido fundamentais na decisão de voto de muitos indecisos. O fim de semana seguinte (7 e 8 de dezembro) serviu como período de reflexão. Quem ainda não tinha uma decisão tomada, teve tempo para processar toda a informação recebida e decidir em consciência. Chegou, então, o dia da decisão. No dia 9 de dezembro, o Auditório Magno recebeu o ato eleitoral. Foram milhares os estudantes que se deslocaram até ao Auditório das 9h30 às 22h para

exercerem o seu direito de voto. Para o Conselho Fiscal da AE, as listas candidatas foram as mesmas, tal como o vencedor. A Lista A venceu a M por 688 votos contra 408. Por último, a Lista P, única candidata, assegurou a Mesa de Reunião Geral de Alunos com 830 votos. Joaquim Lima (RGA), Rui Ribeiro (Conselho Fiscal) e Pedro Queiroga (Direção AEISCAP) tornam-se, assim, respectivamente, presidentes destes orgãosNo fim, quem ganha é o ISCAP! Emanuel Santos


Carnaval AEISCAP

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elas vinte e três horas do dia três de março, dava-se por iniciada mais uma edição do Carnaval AEISCAP. O evento que se realiza anualmente para as-

sinalar o Carnaval no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto era rotulado com o potencial necessário para se tornar dos melhores jamais realizados. O bar e os balcões estavam apostos para abastecer a imensidão de mascarados, os Dj’s iam aquecendo o ambiente com os seus ritmos e músicas e os fotógrafos registavam momentos em formato fotográfico. Havia monstros assustadores, “gunões” cheios de estilo (ou não) e mulheres polícia muito provocadoras. Os estudantes ade-

riram em massa ao espírito carnavalesco e os disfarces revelaram-se desde os mais bizarros, aos estranhos, passando pelos muito cómicos, até aos repletos de sensualidade. O habitual concurso de disfarces realizou-se com sucesso, tendo o vencedor recebido um bilhete semanal para a Queima das Fitas. Para esta edição foi introduzida a Second Room, uma sala de convívio criada com o objetivo de acolher ainda mais a larga procura que todos os anos se dirige a esta grande festa, criando também um local mais calmo e alternativo ao tradicional espaço de festas do ISCAP. Este novo espaço foi apadrinhado pelo DJ Ricardo Resende. No lado de lá, na Main Room, a festa desenrolava-se ao nível premium a que o ISCAP já nos habituou, contando com a habitual presença de DJ Merce e dos Jah Fumega, que causaram êxtase na

pista de dança. Nesta festa, compareceram também os Put’Armada e as sensuais DJ’s Marta Ruby e Joana Best, que certamente deixaram o público masculino empolgado com alguns dos seus atributos físicos bem evidenciados. A casa estava totalmente cheia e talvez seja esse o preço a pagar pela qualidade, que leva sucessivamente a nossa faculdade a obter picos de procura, nestas alturas. Mas, no final, o rótulo de melhor festa de Carnaval de sempre no ISCAP começava a ganhar sentido, já que os números rondavam as duas mil pessoas. Foi uma marca histórica e nunca antes registada. É caso para congratular a organização responsável pelo evento e despedirmo-nos até à edição do próximo ano. Hugo Ribeiro

Eleições à Presidência ISCAP

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proximam-se as eleições à presidência do ISCAP e até ao momento o único candidato que se encontra na corrida é o atual presidente, o Mestre Olímpio de Jesus Pereira Sousa Castilho. Há 4 anos à frente da presidência, o Dr. Olímpio Castilho apostou diversas políticas com o objetivo de desenvolver a pedagogia, o financiamento e a comunicação, quer internamente

quer externamente, bem como a consolidação do ISCAP como escola empresarial de referência. O próprio, realça no e-mail que enviou a toda a comunidade iscapiana que o balanço deste seu mandato é positivo pois conseguiu a manutenção do número de alunos no ISCAP bem como a conservação da generalidade dos postos de trabalho dos funcionários e docentes do Instituto. Apesar dos fatores desfavorá-

veis que assombram o ensino superior politécnico e dos cortes financeiros, o único candidato à presidência do ISCAP afirma que a sua recandidatura se baseia na experiência, na dedicação e na vontade de vencer desafios e que conta com o apoio de uma equipa dedicada e de confiança. Bruno Pina

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InterIscas’14 - Aveiro -

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100 Atletas, 1 Equipa

róxima paragem: Aveiro. Ainda de madrugada já se reuniam na AEISCAP os atletas ansiosos por mais um Interiscas e, com ele, uma nova história para contar. Quem já foi sabe e sente. Garra, força e amor à camisola. Com o orgulho das 10 Magnas conquistadas, desde o início desta competição, estampadas sobre um brasão em cada camisola, todos estavam sedentos de 3 dias de competição, animação e convívio, mas sempre com um objetivo comum: conquistar a 11ª. Iniciados os jogos, a imensa rivalidade entre ISCA’s foi notória. Após o primeiro jogo, já todos empunhavam bandeiras, tambores e megafones. Com as gargantas afinadas e cânticos ensaiados, a competição nas bancadas tornou-se acesa e cada vez mais entusiasmante. O evento seguiu com alguns con-

tratempos mas sempre com uma grande vontade conjunta de lutar pelo nosso objetivo. Para descontração dos atletas, e de forma a dar a conhecer Aveiro, as saídas noturnas estenderam-se pela cidade, nomeadamente pelo Bar do Estudante e Praça do Peixe onde todos puderam conviver num ambiente mais descontraído. Na hora da entrega de prémios, o ISCAP ergueu-se e aclamou todos os seus atletas. Orgulhosamente os atletas Maria Maia, Rui Monteiro e André Bastos foram nomeados os melhores atletas nas modalidades de Voleibol Feminino, Basquetebol Masculino e Futebol 11, respetivamente. Arrecadando o 1º lugar nas modalidades de Voleibol Feminino e Matraquilhos, 2º lugar em Ténis de Mesa, 3º lugar em Andebol Masculino, Basquetebol Feminino e Mas-


culino, Futsal Feminino, Bilhar e Futebol 11, e, por fim, 4º lugar o Futsal Masculino, Voleibol Masculino e Canoagem, o ISCAP regressou com o mesmo amor no peito. Entregues os prémios individuais, foi então altura para proceder à entrega do prémio que é Rei do evento: a Taça Magna. Lisboa foi então considerada Bicampeã, ganhando a sua 7ª Taça Magna. Arrumadas as malas era hora de

voltar à nossa invicta. Roucos, cansados, mas com o mesmo orgulho, a mesma raça e ainda mais força. Agora? Até para o ano, Coimbra! Joana Resende Bruno Cunha

Juntos, Somos Vitória! A Coluna, Março 2014 | 7


Ma i s um

ORGULHO

azul e vermelho

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esde sempre que o ISCAP é conhecido pela quantidade e qualidade de alunos que forma, qualifica e lança para o mercado de trabalho. Mas não é só por isso que os iscapianos são bem populares. Ainda durante o seu percurso académico, muitos são os alunos que, voluntariamente, trabalham em prol dos estudantes da nossa Academia. Comecemos por Pedro Queiroga, presidente da Associação de Estudantes do ISCAP. O nosso presidente ingressou há uns meses numa lista candidata para a FNAEESP – Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico. Como membro da FNAEESP, Pedro procura defender os interesses dos alunos,

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preocupando-se com os nossos problemas e procurando soluções para estes mesmos problemas. Por outro lado temos: Carlos Guimarães, Mickael Rocha e Rui Martins que enchem também de orgulho os estudantes iscapianos. Mais um ano passou e a AEISCAP, depois de se candidatar e ganhar as eleições na FAP, volta a assumir algumas atividades da Queima das Fitas por meio dos seus estudantes. Executivo das Atividades Académicas, Coordenador das Barraquinhas e Coordenador do Cortejo Académico, foram, respetivamente, os cargos conquistados por estes alunos que farão acontecer mais uma Queima das Fitas com a assinatura azul e vermelha. Por fim, mas não menos importan-

te, contamos com a colaboração de Joana Resende como Secretária da Mesa da Assembleia Geral da Federação Académica do Porto – FAP. Joana testemunha tudo o que se discute, executa e combate numa das organizações com mais peso e importância para o movimento estudantil. A vontade e dedicação destes estudantes são mais que motivo de orgulho para nós, iscapianos, pois, é graças a alunos como estes, que temos uma imagem fortalecida, presença solidificada e uma maior proximidade com a academia. A eles, e a todos que à semelhança destes lutam por um ensino melhor e mais dinâmico, um muito obrigado. Andreia Martins


CRISE NO ENSINO SUPERIOR

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“SHORT CLYCLES”, as

“meias licenciaturas”

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ursos Técnicos Superiores Profissionais, aprovados pelo Conselho de Ministros no dia 6 de fevereiro do presente ano, dando equivalência ao nível 5 do Quadro Europeu de Qualificações e reconhecidos na União Europeia, devem arrancar já em setembro nos Institutos Superiores Politécnicos. Esta nova formação será lecionada no âmbito do Ensino Superior Politécnico. Os cursos serão constituídos por uma componente de formação técnica e por uma componente de formação em contexto de trabalho, realizada através de um estágio com a duração de um semestre. O Governo, ao inserir este tipo de formação, visa alcançar uma melhor adequação da oferta formativa em relação à diversidade da procura e em resposta às necessidades do país em quadros qualificados. Estes cursos estarão disponíveis 10 | A Coluna, Abril 2014

para quem possui um curso de Ensino Secundário, alunos que se teriam submetido a provas de acesso ao Ensino Superior para maiores de 23 anos, e teriam tido sucesso, ou a estudantes com o 11º ano concluído e realizado num curso de Ensino Secundário, que se disponibilizem a realizar uma prova de avaliação de capacidade a ser facultada pela instituição de Ensino Superior. Cabe às instituições de Ensino Superior, onde o curso se integra, fixar as condições de acesso. Com registo obrigatório na Direção Geral do Ensino Superior, os novos cursos terão uma componente formativa dividida em quatro etapas, fazendo corresponder cada etapa a um semestre, perfazendo um total de quatro semestres, ou seja, 2 anos letivos. A componente formativa será composta por uma formação geral e científica e uma for-


mação técnica e irá findar com a formação em contexto do trabalho. O ingresso nos Cursos Técnicos Superiores Profissionais realizar-se-á através de concurso organizado pela Instituição de Ensino Superior. É da competência desta mesma fixar a propina anual, dentro dos limites legais já definidos, e número de vagas a disponibilizar a esta formação. Os Cursos de Técnicos Superiores Profissionais são cursos não conferentes de grau, situam-se no nível 5 do Quadro Europeu de Qualificações para a Aprendizagem ao longo da Vida, e terão 120 ECTS, a completar em dois anos. Embora haja grandes semelhanças com os Cursos de Especialização Tecnológica (CET), o Governo, sem demoras, aprovou os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTSP). Por sua vez, o Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, refuta a semelhança entre os CET e os CTSP argumentando que “Os CET são uma formação pós-secundária não superior que normalmente pode ser entre 60 e 90 ECTS, o que normalmente é um ano de estudos. E um ano de estudos onde está incluída

formação profissional e um estágio, alguma atividade já em posto de trabalho. É uma formação curta”. O Secretário de Estado do Ensino Superior explica que “o objetivo é conseguirmos fazer uma oferta de ensino superior aos nossos jovens e mais diversa do que a que temos hoje. Hoje temos um sistema binário com licenciaturas universitárias e com licenciaturas nos Politécnicos e o que estamos a fazer é criar uma terceira via de ensino superior e pensamos que os institutos politécnicos seriam as instituições que estavam mais bem equipadas para fazer este trabalho”. Apesar da aprovação dos cursos pelo Governo, o Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), em comunicado, indica que os Institutos não apresentam qualquer disponibilidade para ministrar este novo tipo de formação. Se nada se alterar no Decreto-Lei, em setembro ficaremos a perceber se há ou não a adesão esperada aos novos cursos e, consequentemente, disponibilidade por parte das instituições do ensino superior politécnico em ministrar os mesmos. Márcia Abrantes

“Os Institutos não apresentam qualquer disponibilidade para ministrar este novo tipo de formação”. A Coluna, Março 2014 | 11


Empreendedorismo:

A receita para o sucesso!

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95℅ das pessoas fazem de tudo para garantir uma formação académica de qualidade, enquanto os restantes 5℅ são s chamados empreendedores.

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ivemos num mundo em que 95℅ das pessoas fazem de tudo para garantir uma formação académica de qualidade, de forma a que o seu enquadramento num mercado de trabalho super competitivo, em quase todas as áreas, seja o melhor possível, enquanto os restantes 5℅, os chamados empreendedores, se focam em criar projetos, empresas e produtos ou serviços, que ao mesmo tempo, satisfaçam e empreguem os restantes. Mas afinal o que diferencia estes dois grupos? Qual o segredo para ser um empreendedor? Pois, o segredo reside na forma de abordar algumas situações, ora vejamos: Enquanto a maioria procura o seu lugar no mundo existente, o empreendedor não se consegue enquadrar em nenhum sitio pelo que sente que ainda não há lugar para ele, pondo os pés ao caminho e fazendo do mundo um sítio maior. A verdade é que todos sonhamos ser o próximo Mark Zuckerberg

ou o próximo Steve Jobs, mas qual a receita para ser um super empreendedor? Utiliza aquilo que tens, as tuas competências, os teus contactos e a tua identidade e vê onde é que os teus ingredientes podem funcionar melhor quando tentares “cozinhar” o teu futuro. Junta todos os chefs possíveis num processo de sinergia de forma a aumentar as tuas probabilidades de sucesso. E mais importante do que tudo, sê racional no momento do fracasso e pensa no que podes tirar de positivo da tua experiência. E segue para o próximo! Luís Jacob Salazar


És tu que fazes o país onde vives!

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oje escrevo para ti, estudante, questionando-te sobre a tua capacidade de argumentação, persuasão e espírito crítico. Questiono-te se, até mesmo, o realmente fazes e quando o fazes, o fazes bem, se tens a perceção da realidade e da importância que isso te pode trazer. Lembro-me de ter e participar em vários debates, muitas das vezes com temas simples e, digamos, “palermas”, apenas para nos habituarmos a ter uma opinião diferente sabendo fundamenta-la. Ter situações em que, só por ser a favor de um assunto, o moderador colocava-me no lado aposto para

aprender e ganhar a capacidade de ter duas visões de, mesmo não concordando, saber fundamentar e defender se assim fosse necessário. Poderei dizer que cresci num meio em que a chama dos debates e da argumentação permanecia acesa e digo-te que aprendi imenso. Digo-te que soube aproveitar cada oportunidade que me foi dada ao ponto de poder e conseguir representar algo ou alguém, entre escolas e centenas de alunos. Digo-te que, a experiência ganha neste meio é fulcral para o nosso dia à dia e a nossa vida futura. Imagina-te no teu emprego em que te é pedido para defender, apoiar ou, até mesmo, criticar e o souberes fazer de forma a impressionar o teu patrão, de forma a conseguires alcançar o que realmente lutaste e quiseste mudar. É fantástico. É fantástico saberes que o conseguiste de forma excecional porque, antes, aprendes-te a fazê-lo. Se reparares, o ensino está cada vez pior, a generalidade dos alunos não se importa com o que se passa à sua volta, não assiste às notí-

cias, não sabe como o seu país está sem o ouvir pelos pais ou colegas e, ainda pior, como anda o mundo. A generalidade dos estudantes peca pela falta do saber intelectual que, o sabendo inconscientemente, será o que lhes irá fazer viver “no mundo real”. Digo para aproveitares cada oportunidade que te é dada, seja na tua faculdade ou nas faculdades do teu país. De forma a poderes aproveitar já a oportunidade mais próxima de ti, a Sociedade de Debates da Universidade do Porto convida-te a assistir a 9 sessões de palestras, em que poderás debater, sobre “O Curso de Debate e Comunicação”. Terá um custo de 5€ que incluí o teu certificado e irá realizar-se no edifício da Reitoria, uma vez por semana, às segundas, das 18h às 20h. Se quiseres mais informações poderás ir ao Facebook da Sociedade de Debates da Universidade do Porto, e procurar pelo envento no Facebook. Não te esqueças, és tu que vais fazer o país em que vais viver. Paulo Torcato A Coluna, Março 2014 | 13


O Futuro de um Licenciado

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á vai longe o tempo em que o grau académico de licenciatura significava acesso imediato ao mercado de trabalho. O crescimento exponencial do número de licenciados e a ameaça constante de desemprego têm vindo a criar nos jovens recém-licenciados a consciência da necessidade de uma formação extra-académica. Assim, o futuro destes recém-licenciados rege-se pelo princípio dos três Rs: Reciclar aptidões, Reutilizar conhecimentos e Reconverter saberes. Os estudantes devem abraçar a ideia de construção de um novo futuro, cujos objetivos passam por oferecer instrumentos para uma procura de emprego mais proativa e efetiva, criar variados tipos de formação que prezem pelo aumento de conhecimentos e experiências e definição da estratégia

pessoal e profissional futura, valorizar o curriculum vitae acima de tudo e desenvolver competências, motivações e conhecimentos em áreas específicas, criar laços de entreajuda e identidade entre jovens em situação idêntica e permitir o desenvolvimento de novos caminhos profissionais que não consideravam à priori. Problemas que enfrentam? Os estágios profissionais mal ou nem sequer remunerados. O recém-licenciado não pode continuar a contribuir para a fermentação de uma realidade precária produzida na sua procura pelo primeiro emprego como tem vindo a acontecer e que acabou por se voltar contra eles próprios. Os culpados? Eles mesmos. E se isto continuar vai acabar por atropelá-los um a um fazendo-os saltar de estágio em estágio, sen-


do que tal realidade se irá transpor para todos aqueles que ainda ambicionam ter um curso superior. Se o dinheiro é a maior tentação do Homem e a obtenção de lucro a maior máxima das sociedades contemporâneas, por que motivo haverá uma empresa de pagar um salário a um trabalhador contratado se existe a possibilidade de recrutar sucessivos estagiários com custos quase nulos? É simples. A legislação é branda quanto a estas questões e permite quase tudo, o que faz com que até empresas com receitas na ordem das centenas de milhares de euros ganhem o desplante de oferecer a “oportunidade” de trabalhar de graça a jovens que estudaram pelo seu futuro durante pelo menos 15 anos. Todos sabem que os recém-licenciados são mal pagos, mas a culpa não é dos patrões. Eles têm que obter lucro e vão tentar ter a melhor competência pelo melhor custo. Oferecer 1500 euros a um contabilista acabado de sair da Universidade, ou oferecer 750 euros, a alguém com as mesmas competências? “Pouco pão para muitos esfomeados” pode ser uma boa definição para este problema. Se há pouco pão para muitos esfomeados, quando a fome aperta, muita gente se oferece por migalhas. Terás sempre competição, e para vencer necessitas de desenvolver uma vantagem competitiva ou seja, mais-valias, aspirações e realidades de mercado. As tuas mais valias é o que tens para oferecer agora. As tuas aspirações são as tuas visões de futuro, para onde gostarias de ir no futuro. As realidades de mercado são o que as pessoas irão pagar pelos teus serviços. Para a melhor carreira terás que perseguir aspirações valiosas, utilizando as

tuas mais valias, enquanto atravessas realidades de mercado. Ficarás surpreendido ao saber quão valiosas são as tuas habilidades e conhecimentos atuais para aqueles que não as têm. No mundo real, tens que aprender a construir a tua rede de contatos de forma proativa. As relações importam porque todos os empregos e cargos resumem-se à interação com pessoas. As pessoas controlam os recursos, oportunidades e informação. As pessoas com quem passas o tempo irão moldar quem és e no que te tornas. A melhor maneira de te pores a caminho do destino que pretendes é associares-te a pessoas que já estão no caminho para onde queres ir. No mundo real, nunca saberás qual é o melhor plano se não experimentares. Cometer erros faz parte do processo de aprendizagem. Aprende fazendo! Independentemente de qual seja a situação, rege-te por ações e não planos. Estas ajudam-te a descobrir onde queres ir e como lá chegar. Na faculdade, os estudantes bem-sucedidos cometem menos erros, mas os profissionais extremamente bem-sucedidos aprendem a tomar riscos inteligentes. Em vez de evitares o risco assume os riscos inteligentes. Isso dar-te-á uma vantagem competitiva. Por exemplo, não desperdices uma oportunidade de emprego que paga menos em dinheiro mas que oferece uma aprendizagem tremenda. Prioriza os planos que te oferecem a melhor oportunidade de aprendizagem. Cada dia representa uma oportunidade para aprender mais, fazer mais e ser mais nas nossas vidas e carreiras. No mundo do trabalho, todos os dias são dia de exame. Se não estás a avançar, estás a recuar. Desenvolve a tua vantagem

competitiva. Constrói a tua rede e toma riscos inteligentes. Não fiques sentado à espera do teu emprego de sonho. A licenciatura não é o fim da aprendizagem: todos somos trabalho em progresso. Maria Medo

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PROGRAMA RETOMAR 16 | A Coluna, Abril 2014

Programa retomar, muito sucintamente, está a ser elaborado de forma a atribuir bolsas a ex-alunos do ensino superior que abandonaram as instituições por motivos económicos, com o objetivo final de combater o abandono escolar. É certo que este fenómeno é um dos grandes males do sistema de ensino ou, se quisermos, um dos maiores efeitos da crise que o país atravessa. Portanto, tendo em conta esta conjuntura desfavorável, a elaboração de um programa que se propõe a acabar com crescimento deste fenómeno social tende a ser recebido com bons olhos. Mas será este o melhor plano? Numa primeira análise, toda e qualquer luta contra algo mau é sempre bem-vinda, contudo, num olhar mais profundo, surgem algumas questões que põem em causa a justiça de todo o processo. Supostamente, se todos aqueles que abandonam o ensino superior, por motivos económicos, ficam na mesma situação - nem trabalham, nem estudam - de que forma iremos atribuir, com justiça, bolsas de reintegração nos estudos a uns e a outros não? É claro que a resposta pode passar pela utilização de critérios semelhantes aos que são usados na atribuição das bolsas de estudo, mas esses critérios

nem sempre se revelam os mais justos. Consequentemente, é imprescindível definir com rigor e lisura os critérios que melhor responderão à necessidade de justiça na atribuição destas bolsas. Mas será o Programa Retomar o melhor plano para combater o abandono escolar ou será necessário pensar mais à frente? Rúben Alves, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), sublinha que este é o principal ponto em discussão no que concerne a este tema: «A melhor forma de combater o abandono escolar é evitá-lo». A velha máxima de que “mais vale prevenir do que remediar” ajusta-se realmente na perfeição e vai de encontro àquilo que deve ser posto em prática. Não será mais justo, moral e eficaz criar mecanismos de deteção de carências económicas que, num futuro próximo, se traduzirão em abandono, do que ficar à espera que essa mesma realidade se abata na vida dos estudantes e depois remediar-se tentando trazer apenas alguns de volta? Urge, acima de tudo, combater o abandono escolar, mas, para isso, é necessário criar mecanismos irrevogavelmente justos, imparciais e que resolvam o problema no seu todo. Daniel Pinho


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Iniciativas

rise, crise e mais crise. Já todos estamos saturados de ouvir esta palavra e cansados das repercussões que ela tem vindo a ter no nosso mundo académico e, consequentemente, empresarial. Hoje, mais do que nunca, precisamos de investir na nossa formação académica e profissional, de modo a nos diferenciarmos e evoluirmos constantemente. O mercado está em permanente evolução e encontra-se cada vez mais competitivo. As empresas competem entre si e nós competimos uns com os outros. Sempre que existe alguma oferta de emprego é como “sete cães a um osso” e, segundo as leis da natureza, só os mais fortes é que sobrevivem. Nunca a nossa formação foi tão importante e os critérios de recrutamento são cada vez mais exigentes. O factor “experiência” tem sido critério obrigatório o que impossibilita muitos de nós, que nunca trabalharam, de ter o seu primeiro emprego. A pergunta que coloco é “Como é que obtemos experiência se não nos dão oportunidade?”. Não é o mercado de trabalho que se adapta a nós, somos nós que temos de nos adaptar a ele e ser o que as empresas procuram. Somos nós que devemos investir em nós próprios e lutar por uma oportunidade para mostrarmos as nossas capacidades. Dada a conjuntura económica atual, não existe melhor altura para investir em forma-

ção do que agora. E são iniciativas como por exemplo o Porto de Emprego e o Pitch Bootcamp que são capazes de nos dar essa formação, que nos ensinam novas ferramentas para procurar trabalho, formas de melhorar o CV e os cartões de visita, que nos ajudam a perceber qual a melhor forma de abordar empresas, como compreender a sua proposta de valor e como contactar com empresários. E ainda oferecem a oportunidade de conhecer uma diversidade de empresas, algumas delas com intenção de nos recrutar. São já alguns os testemunhos de participantes que afirmam ter recebido até 6 propostas de emprego uns dias após a participação numa destas iniciativas. Até mesmo os diversos eventos, workshops e palestras dadas no nosso Instituto são importantes. Dão-nos a conhecer inúmeros casos de sucesso, testemunhos de grandes empresários e o que se deve ou não fazer em várias situações do mundo empresarial. Neste momento não nos podemos dar ao “luxo” de desperdiçar oportunidades como estas e elas são sempre uma mais-valia. Vale mais investir a mais, do que não investir de todo. Quem sabe se não é a simples participação numa atividade deste género que nos abre portas a uma carreira e nos leva a um futuro de sucesso. Daniela Araújo A Coluna, Março 2014 | 17


Expectativa vs Realidade

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omeçar a frequentar o Ensino Superior é sempre aquela etapa que marca qualquer um. Pela positiva ou pela negativa, há sempre espaço para um monte de novas experiências, emoções, e acima de tudo, para conhecer pessoas novas, e não raramente, bem diferentes das pessoas a que se estava habituado a conviver. Para muitos, há sempre a ideia da praxe. Há estudantes que entram no Ensino Superior tremendamente entusiasmados com a praxe, com um novo modelo de ensino, com uma maior independência… Para alguns desilude, para outros fica até bem acima do que se imaginou, e a vida académica torna-se um mundo a explorar de imensas formas possíveis. Muitas vezes acaba-se por perceber que por muito que se ache que o curso escolhido é o certo, aquilo que se acha nem sempre corresponde à realidade. Cátia Conceição, aluna do 1º ano de Comunicação Empresarial, esteve no ano letivo 2012/2013 em Ciências da Comunicação na FLUP, mas cedo descobriu que o curso em si não correspondia às suas expectativas. “Quando fui para Ciências da Co18 | A Coluna, Abril 2014

municação, pensei que estava a ir para um curso em que a vertente de jornalismo fosse privilegiada. Embora fosse acentuada como seria de esperar, era combinada com outras vertentes que não me interessavam e com as quais não me sentia tão à vontade, tais como a programação ou a economia”. Agora que está no ISCAP, sente que desta vez as suas expectativas foram correspondidas, e em certos aspetos, até superadas: “Tive conhecimento do Curso de Comunicação Empresarial do ISCAP através de uma amiga que entrou no ano letivo passado neste mesmo curso. Como deixei o curso de Ciências da Comunicação resolvi experimentar este porque era uma área da comunicação e pensei que pelo fato de ter bastantes línguas pudesse ser uma forma de entrar no mercado de trabalho, quando terminar o curso. Neste momento, e passados 6 meses, estou bastante contente com o curso, quer com as unidades curriculares quer com os professores e com o próprio instituto. Acho que dá aos estudantes boas oportunidades e tem várias iniciativas importantes, como o ISCULTURAP, por exemplo. Por isso, considero que


“Neste momento, e passados 6 meses, estou bastante contente com o curso, quer com as unidades curriculares quer com os professores e com o próprio instituto. Acho que dá aos estudantes boas oportunidades e tem várias iniciativas importantes, como o ISCULTURAP, por exemplo”.

este curso está a corresponder largamente às minhas expectativas!” Ana Silva é outro exemplo de como o ISCAP pode mostrar o percurso certo após a passagem por outro curso. “Estive no curso de Relações Internacionais na Universidade do Minho e soube logo que não era aquilo que eu queria. Embora tenha ficado até ao fim do ano letivo, nem sequer ponderei a hipótese de continuar. Não sabia que curso deveria escolher, já que a minha primeira escolha, que eu pensava ser a certa, se tinha revelado totalmente errada. Resolvi concorrer ao ISCAP por recomendação de uma amiga, e sem dúvida que agora estou no sítio certo. Para dizer a verdade, nunca teria ponderado entrar para este instituto no ano letivo anterior porque tinha o preconceito de que os institutos politécnicos seriam de alguma forma menos bons do que as universidades. Já há bastante tempo que mudei de opinião, e devo admitir que neste momento até sinto que estou mais bem preparada para o mercado de trabalho. A maioria dos professores aqui apoia-te de uma forma muito mais sólida do que noutras instituições de Ensino Superior.”.

De um modo geral, e como se pode ver através destes testemunhos, é frequente o ISCAP corresponder às expectativas dos estudantes a quase todos os níveis. Contudo, existem sempre exemplos daquilo que precisa definitivamente de ser melhorado. Mário Pereira (nome fictício) frequentou uma das licenciaturas do ISCAP apenas durante um semestre. “Frequentei o 1º ano do meu curso noutro instituto pertencente ao IPP e no 2º ano decidi mudar para o ISCAP porque me apeteceu mudar e porque o curso era sensivelmente a mesma coisa. Mas não gostei do ambiente, que era bastante diferente daquilo a que estava acostumado e fartei-me rapidamente de lá estar. Para além disso tive um problema administrativo que me deixou indignado por ser tão absurdo e que me iria prejudicar. Por isso voltei para o instituto onde estava anteriormente.” Como se pode verificar, este instituto consegue muitas vezes motivar os estudantes a fazerem mais e melhor. Contudo, existem certas incongruências que devem ser corrigidas para evitar situações desagradáveis. Catarina Pinto A Coluna, Março 2014 | 19


INICIATIVAS

Fórum de Comércio Internacional

20 | A Coluna, Abril 2014

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ecorreu no passado dia 20 de março o Fórum de comércio Internacional | ISCAP 2014, promovido pela Licenciatura em Comércio Internacional do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Evento subordinado ao tema Marca Portugal - From Portugal. A projeção internacional das empresas portuguesas levou à abordagem de temas relacionados com o processo de internacionalização, os mercados, a comunicação, a imagem e relatos de experiências de internacionalização por empre-

sas em discurso direto e por especialistas na área. O grupo de trabalho que promoveu esta iniciativa, vai levar a cabo outros projetos que terão como objetivo principal dar a conhecer esta licenciatura às empresas exportadoras e às entidades e organizações relacionadas com o comércio internacional. Devido à elevada aceitação desta iniciativa, a edição de 2015 promete. Paulo Cardo


Jornadas de Marketing

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com pronúncia do Norte e orgulho tripeiro vincado que arranca, na próxima semana, mais uma edição das Jornadas de Marketing. Num ano em que a Cidade do Porto é eleita “O Melhor Destino Europeu 2014”, a Comissão Organizadora não se deixa intimidar e pretende fazer jus ao nome desta. “Marketing à Moda do Porto” traz-te temas sonantes e oradores de renome nacional e internacional. Daniel Serrão, pai do Neuromarketing em Portugal, Ana Côr-

te Real da Universidade Católica Portuguesa, João Borges, Designer Internacional, e Luís Campos, o conhecido Moço de Recados, são um pouco do que te prometemos para mostrar a irreverência, paixão e dedicação ao Marketing e à nossa cidade. Vem conhecer aquilo que o Porto e os Portuenses têm de melhor nos próximos dias 2 e 3 de abril. Comisssão Oraganizadora

Odisseia de Comunicação

E

ste ano, o Seminário de Comunicação Empresarial decidiu virar tudo do avesso! Inovação e ideias fora da caixa trazem até ti a Odisseia da Comunicação. Muito mais que um evento didático, é também uma “aventura” lúdica pelo mundo da comunicação das empresas. Revestido de frescura, este ciclo de conferências, organizado pelos alunos de Comunicação Empresarial do ISCAP, não só se reinventou, como também acres-

centou valor, depois do sucesso do ano passado. A mudança deu-se em vários sentidos, a começar pelo nome, os temas e até o formato, na medida em que se dará lugar a workshops. Contudo, muito mais haverá para descobrir! ”Redes Sociais”, “Comunicação de Crise”, “Responsabilidade Social” e “Cross Media” são apenas um “levantar do véu” daquilo que vais poder ver neste evento. Por outro lado, Pedro Caramez, João Catalão, Rodrigo Saraiva, André No-

vais de Paula e Evandro Oliveira também serão os estreantes neste evento, que certamente elevará o nome do ISCAP mais alto. Marca já na tua agenda: dias 13 e 14 de maio embarcarás na “Odisseia da Comunicação”. Maria Medo

A Coluna, Março 2014 | 21


Tuna de Contabilidade do Porto - V FITI, O Regresso -

O

passado dia 22 de março marcou o regresso de um dos festivais mais importantes do nosso instituto e da cidade do Porto, o Festival Ibérico de Tunas do ISCAP. A organização ficou a cargo da Tuna de Contabilidade do Porto e a concurso estavam as tunas da Universidade de Medicina do Porto, da Universidade de Economia do Porto, da Universidade Católica do Porto e ainda a representar o IPP, a Esepus Tunae. Para além destas ainda participaram como tunas convidadas a Tuna de Engenharia da Universidade do Porto e a Tuna Feminina do nosso instituto. Bem organizadas as tunas passaram grande parte do dia entre o Círculo Católico, na Batalha, as ruas da nossa muy nobre cidade invicta e como não deveria deixar de ser, o palco onde tudo iria acontecer mais tarde, o Teatro Sá da Bandeira, onde estas tiveram a oportunidade 22 | A Coluna, Abril 2014

de mostrar a sua música, a sua alegria, o seu espírito e a sua união. Nos bastidores, o ponto-chave de todo o festival, reinava a calma, a diversão e acima de tudo o rigor e a organização. A conjugação destes fatores todos resultou num festival inundado de glamour, espetáculo, alegria, música e na demonstração de uma das melhores tradições académicas que há memória neste país. Já a noite ia longa e depois de esquemas de pandeireta de cortar a respiração, instrumentais de arrepiar, músicas de solista de deixar qualquer um de boca aberta, serenatas que conquistaram corações e esquemas de estandarte, tinha chegado o momento mais importante de todo o festival, a atuação da Tuna de Contabilidade do Porto. A tuna da nossa casa presenteou-nos com alguns dos seus temas mais marcantes como Vuela Una Lágrima, introduzido recentemente, Vinho do Porto, de Carlos Paião, onde os pandeiretas da nossa casa fazem o seu esquema e como não deveria de deixar de ser, um original da Tuna de Contabilidade do Porto, Amor Eterno.

Com um Sá da Bandeira cheio, a Tuna de Contabilidade do Porto, mais uma vez, deu um espetáculo de qualidade o que contagiou uma plateia repleta de iscapianos e amantes do mundo e música tunante de alegria e animação. Após o final da atuação da TCP, houve a habitual entrega de prémios, onde a Esepus Tunae arrecadou o prémio de melhor estandarte e de tuna mais tuna, a Tuna de Medicina levou para casa o prémio de melhor solista e a grande vencedora da noite com 3 prémios, a Tuna da Universidade Católica que arrecadou o prémio de melhor pandeireta, melhor instrumental e melhor tuna. Para o final da noite ainda estava reservada uma festa no Boulevard onde todos puderam divertir-se e conviver ainda mais após um longo dia de festival de tunas. A Tuna de Contabilidade do Porto mostrou como fazer um festival organizado e com qualidade e ainda mais importante demonstrando o verdadeiro espírito tunante e contagiando o seu público e todos em redor com a sua magia. Bruno Pina


E AINDA...

Por onde andam os teus Erasmus?

A cidade do Porto é uma referência no acolhimento que proporciona à infindável massa de estudantes universitários, quer locais, quer da periferia da cidade, quer da Europa ou do resto do mundo. São muitos os estudantes estrangeiros que escolhem o Porto para fazer Erasmus e é inevitável nos cruzarmos diariamente com eles em locais históricos, em eventos culturais e de lazer, em esplanadas ou festas noturnas, entre tantos outros. No meio disto, a presença intercultural é tão vistosa que abrange alunos desde escandinavos aos da europa central, de hispânicos aos brasileiros, de germânicos aos orientais. O teu ISCAP é também um forte exemplo da presença significativa de estudantes em mobilidade internacional na nossa cidade.

E tu, gostas de conhecer novas culturas e fazer muitas amizades? Gostavas de poder interagir e encontrar-te com estudantes internacionais a residir no Porto? Gostavas de desvendar o que estes preferem na tua cidade e quais as suas maiores dificuldades? Então este artigo também é para ti! 1. Acolhimento É importante reconhecer que o ingresso numa nova cidade, numa nova casa, num sítio, à partida, totalmente desconhecido, acarreta uma série de dificuldades. Entre as quais, destacam-se a primeira chegada ao aeroporto, a obtenção de transportes, o conseguimento de alojamento, a adaptação à cultura, à comida, ao clima e a integração na comunidade local. Para suprir essas dificuldades, existem duas organizações volunA Coluna, Março 2014 | 23


tárias destacáveis que ajudam os estudantes em regime de mobilidade internacional a integrarem-se e a acomodarem-se no Porto, sendo elas a ESN Porto e a Comap. A Comap, Committee for International Students in Porto, foi criada em 2011 por alunos do ISCAP e a ESN Porto, integra a ESN Internacional, Erasmus Student Network, que é uma prestigiada organização distribuída por todo o espaço europeu. Ambas oferecem ajuda na fase de acomodação inicial, sistema de buddies, eventos, atividades e viagens para promover a integração destes alunos na cidade. 2. Buddies Buddy é a palavra inglesa para “amigo” e pode também significar uma oportunidade imperdível para fazeres um amigo, proveniente de um país e língua diferentes dos teus. Ao te tornares um Buddy, estarás a apadrinhar um aluno em regime de mobilidade internacional e deverás acompanhá-lo ao longo da sua jornada na tua cidade e na tua faculdade. 3. Atividades e festas As festas e atividades são, em regra, as que mais adesão obtém por parte dos jovens universitários. Provavelmente também tu gostas de passar um tarde inteira com os teus amigos ou sair à noite para ires beber um copo a um bar ou a uma discoteca. Quem não gosta? E é por essa razão que, todos os semestres, existe um calendário preenchido de eventos para que a estadia dos teus colegas estrangeiros seja inesquecível! A repleção de atividades existente permite, não só a acelerar o processo de integração dos alunos em mobilidade internacional, como também proporcionar momentos de lazer, descontração e diversão aos mesmos. Exemplos dessa mes24 | A Coluna, Abril 2014

ma oferta abastada, são os torneios de bowling, as aulas de surf ou de dança, as nightwalks pela cidade, as idas ao Estádio do Dragão, as visitas às caves do vinho do Porto, os jantares de comida típicas da região e do país e visitas a monumentos ou marcos culturais da cidade, como os Clérigos,Casa da Música ou Serralves. E as festas? Tu que adoras “curtir a noite”, conhecer “malta nova” ou seduzir as “babes”, e que tal tudo isto em formato intercultural? Semanalmente a ESN organiza festas como a Don’t Tell Your Boyfriend ou o Chá dos Erasmus, em discotecas e locais bem conhecidos do público local. 4. Viagens As viagens são também uma forma na qual os Erasmus depositam grandes chances de aprofundarem o conhecimento sobre o país e a periferia, emancipando-se da mera limitação à cidade em que residem. Damos-te alguns exemplos de seguida. Para os dias 21, 22 e 23 de março a COMAP organizou a Lisbon Low-cost Trip! A viagem a Lisboa inclui o transporte, estadia de duas noites com pequeno-almoço, entrada nos Jerónimos, Castelo de S. Jorge e Torre de Belém, noite no bairro-alto e uma visita livre por Lisboa. Para além da visita à capital portuguesa, a ESN organizou em março o Chocolate Festival in Óbidos e terá em abril duas viagens com uma simbologia bem enquadrada com o espírito religioso que se viverá no mês da Páscoa, com os destinos de Fátima e Santiago de Compostela. O mês de abril foi também alvo de uma visita a Braga e Guimarães e um dos eventos mais consagrados com alunos Erasmus e do resto do mundo denominado de ENM, levá-los-á a três dias de sonho a

“Ao te tornares um Buddy, estarás a apadrinhar um aluno em regime de mobilidade internacional e deverás acompanhá-lo ao longo da sua jornada na tua cidade e na tua faculdade.”


Albufeira, no Algarve. Agora que já sabes onde encontrar viagens dos teus colegas em regime de mobilidade internacional, só tens que estar atento ao sítio online e às redes sociais da ESN Porto e da Comap, até porque te poderás juntar a muitos desses eventos com os teus colegas. Não seria magnífico? 5. Social Erasmus O departamento Social da ESN Porto foi especialmente concebido para conjugar a integração de alunos em mobilidade internacional com o contributo que estes podem conceber, para construir uma sociedade melhor para todos. Os projetos de voluntariado disponíveis para os estudantes internacionais, resultam de parcerias com associações de solidariedade como VO.U, a Santa Casa da Misericórdia do Porto e a C.A.S.A e as ofertas vão desde a ajuda doméstica a idosos, ensino de dança e artes marciais a crianças, cuidado de animais, distribuição de comida pelos sem-abrigo e ainda tradução de documentos culturais, atividades audiovisuais e visitas guiadas na Santa Casa da Misericórdia. Para além disso, existem

parcerias com a Câmara do Porto, que possibilitam a esses estudantes, a interação com as crianças das escolas, tanto no seu estudo, como dando a conhecer mais sobre os seus países de origem. 6. Conclusão A presença abundante de tantos alunos estrangeiros na nossa cidade é um mar de oportunidades para ti. A possibilidade de conheceres e interagires diariamente com alunos em mobilidade internacional confere-te o privilégio de observar diferentes culturas, idiomas, hábitos, formas de vida, sem teres que te deslocar da tua cidade. De igual modo, deves pensar nas janelas que esta forma de globalização te abrirá para o futuro. A criação e expansão de uma rede de contactos e amizades pela Europa e pelo mundo todo, poderá ser uma mais-valia para o futuro da tua carreira profissional, para viajares e conheceres o país dos teus amigos internacionais, para conseguires apoio quando te estiveres a preparar para fazeres Erasmus ou, até mesmo, para encontrares o amor da tua vida! Quem sabe… Hugo Ribeiro

“Já sabes onde encontrar viagens dos teus colegas em regime de mobilidade internacional, só tens que estar atento ao sítio online e às redes sociais da ESN Porto e da Comap, até porque te poderás juntar a muitos desses eventos com os teus colegas. Não seria magnífico?” A Coluna, Março 2014 | 25


P

Estado Laico? 26 | A Coluna, Abril 2014

ara os que não sabem ou simplesmente não estão lembrados, um Estado Laico é oficialmente neutro no que às religiões diz respeito, como tal não se revê em nenhuma, quer seja para a apoiar ou para a ela se opor. Vamos parar por um momento, e tentar imaginar um mundo paralelo onde a coerência não fica na gaveta de vez em quando e nada, reafirmo nada, se sobrepõe a um estado que é Laico e acima de tudo soberano. Seria possível haver essa completa divisão entre o que é o Estado e o que é a Religião? Para um estado que se diz Laico, faz algum tipo de sentido cortarem feriados como a Implantação da República ou a Restauração da Independência, feriados esses que representam grandes feitos alcançados ao longo da história e que fazem parte

do que é o nosso ADN enquanto Portugueses e enquanto Portugal? Como é óbvio, é preciso ter em conta o que é a religião, tudo o que representa e tudo o que já representou, mas não estará já na altura de “meter um travão”? Eu compreendo que é algo bastante complicado de se gerir, até pela falta de apoio que um qualquer Presidente iria ter por parte do público caso tentasse tomar as rédeas da situação, mas não será já altura para serem tomadas decisões? Termino como uma última questão: Numa altura em que tanto se fala de crise como a sentimos, e ela existe tanto internamente como globalmente, seria possível a criação de um qualquer taxamento sobre as diferentes instituições religiosas fixadas em território Luso? Rodrigo Meira


LAZER

Horóscopo

Carneiro Amor: Ui mas queres alguém para namorar ou para mandar? É que a querer mandar em toda a gente fica difícil. Dinheiro:A colecionar bugigangas ficas sem dinheiro, pois ficas. Saúde: Deixa-te de mimalhices e bebe mais um copo que isso passa. Gémeos Amor: Se te esqueceres do namorado como te esqueces do resto do pessoal, não vais longe. Dinheiro: Faz de morto, assim ninguém te cobra o que deves. Saúde: És tão desligado do mundo, que toda a gente pensa que és autista. Touro Amor: Com esse feitio?Deixa lá isso. Investe numa relação imaginária com uma celebridade... vai ser certamente mais fácil do que continuares à procura de alguém que te ature. Dinheiro: Já deixavas de comer porcarias no bar do Otávio...fazia-te bem à barriga e à carteira. Saúde: Bicho ruim não morre, não te preocupes. Caranguejo Amor: Passa na farmácia a ver se têm remédio para a bipolaridade. É meio caminho andado.

Dinheiro: Sempre a cravar aos outros, de certeza que tens o teu bem guardado. Saúde: Tirando a hipocondria, estás a rebentar de saúde. Leão Amor: Procurar a cara-metade é só para quem não é perfeito. Dinheiro: Para que precisas de dinheiro se com essa cara te dão tudo de graça? Saúde: Doença é para os seres comuns. Virgem Amor: Sabes que um relacionamento funcional onde predomine a ordem e a limpeza não é amor, é obsessão. Dinheiro: Para o número de vezes que ficas em casa à noite, de certeza que tens uma boa poupança. Saúde: Com tanta preocupação já deverias estar careca. Balança Amor: Encontrar alguém que preencha os teus requisitos? Boa sorte. Dinheiro: Gostas do que é bom não é? Mas o que é bom é caro. Ardeu. Saúde: De equilibrado tens pouco. Escorpião Amor: Se vaidade fosse pessoa, tinhas namoro certo. Dinheiro: Agarrado ao dinheiro como és, não sei como pagas o passe para o ISCAP.

Saúde: Acho que ficar deitado todo o dia não emagrece, mas tu é que sabes. Sagitário Amor: Vá até que a simpatia te dá uns pontos nesta área. Dinheiro: Tens disso? Saúde: Energia não te falta, aproveita para abater a banha. Aquário Amor: Essa autonomia torna a coisa complicada. Dinheiro: Não poupes nos checkpoints que tu vês. Saúde: Assim neurótico não sei se chegas à queima. Peixes Amor: Tanto romantismo enoja. Dinheiro: Vale a pena falar sobre isto? Saúde: Já que vês sempre o lado bom das coisas, que tens a dizer desse fígado? Capricórnio Amor: Com tanto amor às coisas materiais para que queres namorado? Dinheiro: Já pareces o Sr. Otávio a ser unha de fome. Saúde: Pois economizas em tudo, mas nos cremes está quieto. Maria Medo

Palavras Cruzadas Horizontais

1. Relativo ao Tártaro ou Inferno. 7. Contr. da prep. de com o art. def. a. 9. Unidade de medida agrária equivalente ao decâmetro quadrado. 10. Próprio de mim. 11. Piche. 12. Vestido ou xaile ordinário (pop.). 14. Pequeno barco de recreio ou de formas finas e adelgaçadas. 15. Nem um. 17. O espaço aéreo. 18. E não. 19. Cruz de pano que se punha nos sambenitos. 21. Elegeu por meio de voto. 23. Ameaçar ruína. 25. Qualquer instrumento de ataque ou defesa. 27. Designa admiração, cansaço (interj.). 28. Aquelas. 30. Espécie de paio, para se comer cru. 33. Seixo boleado pelas águas. 35. Repetir. 37. Nome da letra F. 38. Grande embarcação. 39. Sacerdote muçulmano. 40. Perigosa. 41. Semelhante ou relativo ao mármore.

Verticais

1. Imposto. 2. Altar cristão. 3. Diz-se de uma variedade de maçã. 4. Assentimento. 5. Ferro do arado ou da charrua que fende, sulca a terra. 6. A minha pessoa. 7. Contr. da prep. de com o pron. pess. ela. 8. Dar cor de aço a caracteres impressos. 11. Polónio (s.q.). 13. Inquietação da consciência por culpa ou crime cometido. 14. Que ainda não tem penas. 16. Traja. 18. Noroeste (abrev.). 20. Obter. 21. Longa jornada. 22. Alguma. 24. Imposto Automóvel (abrev.). 26. Combinar. 29. Canapé estofado. 31. Peixe da família dos escômbridas da ordem dos acantopterígios. 32. Fruto de cereais. 34. Designa diferentes relações, como posse, matéria, lugar, providência (prep.). 36. Deseje. 38. Contr. da prep. em com o art. def. a

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28 | A Coluna, Abril 2014


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