Jornal da Aldeia edição 51

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Editorial Prezados irmãos de fé e caros leitores, com as energias renovadas iniciamos mais um ano de muito trabalho, no qual teremos inúmeros degraus a serem subidos, diversas barreiras a serem transpostas, divergências a serem resolvidas, questões controvertidas a serem dirimidas, e muitos êxitos a serem alcançados, sendo tudo isso conduzido com muita fé, serenidade, respeito, competência e amor por todos nós, e sempre com as vitais bênçãos da Espiritualidade. Em um tempo de incertezas políticas e econômicas e de notórios abalos financeiros em nosso país, sejamos diligentes, atentos, participativos e proativos em busca de colaborar para uma nação mais justa, onde sejam respeitados os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos. Portanto, com firmeza, legalidade e serenidade defendamos nossos direitos, façamos as devidas cobranças aos políticos por nós colocados no poder, estampemos através dos veículos de comunicação e em nossas ações nossa indignação contra os absurdos postos à nossa frente incessantemente por órgãos governamentais e, também, por instituições privadas.

Diante da notoriedade das epidemias de dengue, febre chikungunya e zika vírus que assolam neste momento não só o nosso país, mas, inúmeros países da américa do sul, e se estendem por alguns países do globo, façamos a nossa parte com assiduidade, civilidade e senso de ação coletiva, combatendo dentro de nossas possibilidades as causas de proliferação do mosquito aedes aegypti. Pois, a obrigação do governo em todas as suas esferas em combater esses males e buscar rapidamente vacinas contra tais enfermidades é absoluta, porém, é cristalino, igualmente, o dever de cada um de nós no engajamento ao combate diuturno ao aedes aegypti. Tendo em vista a triste e deplorável, vexatória e humilhante sequência de tragédias humanitárias que devastam nosso planeta, tragédias humanitárias como o êxodo forçado da grande parte da população síria diante da guerra por poder no referido país, guerra entre o governo atual, rebeldes contrários ao citado governo e o grupo terrorista denominado Estado Islâmico, bem como as inúmeras vítimas de massacres étnicos e religiosos em inúmeros países da África,

frise-se, dentre outras, rezemos e emanemos energias ultrapositivas e fluídos de paz a todos os que sofrem incomensuravelmente nestes abomináveis conflitos, e roguemos para que estes atos mais do que atrozes cessem o mais breve! E que sejamos amparados por todos Guias Espirituais e Orixás em nossa jornada pelo ano de 2016! Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis EXPEDIENTE istakis els B. Xenokt Diretor: Eng e: Daniel Coradini Art Direção de ktistakis gels B. Xeno amargo / En r: to Reda C o n a res: Adri Colaborado e ares Ronaldo Lin noktistakis Xe s ro d Barros n xa Ale Alexandros : a ic d rí Ju a Assessori 182.106 m.br s – OAB/SP Xenoktistaki l@aldeiadecaboclos.co a rn contato: jo

PREVISÃO BARALHO CIGANO Cartas: Caixão- Foice- Navio

Amor - Para quem esta vivendo uma relaçao de insegurança, será momento de um rompimento, de novos amores através de um término. Não tenha medo do novo, e nem fique arrastando algo que não está sendo produtivo, nem pra você e nem para a pessoa que você está se relacionando. Recomece, tenha coragem! Muitas vezes para recebermos algo novo, temos que nos desapegar do que não está nos fazendo bem. Não deixe a sa carência falar mais alto e muito menos o medo de ficar só. Excelente momento para eliminamos mágoas do passado, esquecer o que nos marcou tristemente e partir para o novo. Profissional e Financeiro - Momento de transição, de cortes profissionais, de novos projetos. Financeiramente será um periodo onde você terá algumas surpresas como gastos inesperados ou não planejados. Cuidado com tudo oque possa a levar você a gastar com supérfluos, será um período onde levará a todos nós a gastar dessa forma. No aspecto profissional, surgirão com certeza rupturas, mudanças à vista, por isso não tenha medo, mudar é necessário para renovar. Saúde - SAÚDE- Na saúde as cartas exigem cuidados em especial com a parte cardíaca ou circulatória, coluna e aspecto psicológico. As pessoas nesse período tendem a ficar mais tensas ou depressivas. Muito cuidado com os excessos. Procure uma forma de relaxar, aliviar as tensões decorridas nesse mês. Sugestão nessa fase é buscar um tratamento alternativo para a busca do seu equilibrio mental e espiritual. Faça uma mentalização, coloque ordem e mais que isso trace suas metas acreditando na vitória. TEMPLO DE UMBANDA ESTRELA DO ORIENTE CAROL AMORIM CONSULTA DE TARO E BARALHO CIGANO- ONLINE OU PRESENCIAL fones: 11 23694241 ou 999226794 ou whatsapp 947393263 Atendimento com hora marcada e totalmente personalizado. Rua Bengali, 29, Parque Novo Oratório - Santo André – SP


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Artigo Escrito por Diamantino Fernandes Trindade

A Perseguição da Ditadura Vargas e a Primeira Federação de Umbanda O início da expansão da Umbanda coincidiu com a subida ao poder de Getúlio Vargas em 1930. O seu regime autoritário se consolidaria em 1937, com a criação do Estado Novo. Os primeiros lideres da Umbanda foram direta ou indiretamente defensores desse regime. Alguns terreiros da época exibiam em suas paredes, fotos do Presidente. Apesar do apoio do Governo, os umbandistas sofreram a perseguição e repressão que caracterizava o Estado Novo, que duraria até 1945. Uma lei de 1934, enquadrava a Umbanda, o Kardecismo, as religiões afro-brasileiras, Maçonaria etc., na seção especial de Costumes e Diversos do Departamento de Tóxicos e Mistificações do Rio de Janeiro. Essa seção lidava com álcool, drogas, jogo e prostituição. Essa lei vigorou até 1964. Todos esses cultos acabavam sendo vitimas da extorsão em troca de proteção policial. A policia agia, resguardada na justificativa de que a macumba tinha ligações com a subversão e dava cobertura a grupos comunistas. Segundo esses mesmos policiais, Ogum (divindade guerreira), representado por São Jorge, que usava uma capa vermelha, era identificado, na década de 1930, como Cavaleiro Vermelho. Pai Jaú declarou, em uma reunião do SOUESP, que várias vezes, durante a repressão policial da Ditadura Vargas, havia sido preso e a sua liberação ocorrera por ordem direta do Presidente, com quem mantinha relações cordiais. Um fato importante surgiu dessa repressão. Ela concorreu para a união e organização dos adeptos da Umbanda, para sua própria proteção. O Caboclo das Sete Encruzilhadas iniciou uma nova tarefa, determinando que se fundasse uma organização que abrigasse as tendas de Umbanda. As tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, já citadas anteriormente, se reuniram e, com a liderança de Zélio de Moraes, fundaram a Federação Espírita de Umbanda (FEU) com o objetivo principal de oferecer proteção

aos seus filiados contra a repressão policial. No artigo 1o do Estatuto da Instituição podemos ler: a) Unificar e superintender as suas tendas ou cabanas filiadas; b) Orientar o ritual e a liturgia de todas essas tendas e cabanas, bem como estudar-lhe os fenômenos que dizem respeito às manifestações espirituais; c) Proteger e amparar a doutrina de Umbanda, unificando-a em todos os seus aspectos essenciais. O primeiro presidente da FEU foi Eurico Lagden Moerback e a primeira sede de fundação, em 26 de agosto de 1939, foi na Rua General Justo, 32. Teve desde então diversas sedes como: Rua São Bento, 28 – 1o andar, Rua do Acre, 47 – 6o andar – sala 608. Em 1942 mudou-se para a Praça Tiradentes, 60, conforme podemos ver no jornal A Noite, de 29 de setembro de 1942: A instalação da sede da Federação Espírita de Umbanda (29/09/1942) A Federação Espirita de Umbanda inaugurou sua sede à Praça Tiradentes n. 60, 3o andar, sábado. As solenidades obedeceram ao seguinte programa: Às 15 horas – Inauguração da sede. Sua abertura e franqueamento à Imprensa, sendo nessa ocasião oferecido uma taça de champanhe aos seus representantes. Às 19 horas – Reunião Confraternizadora – Prece de abertura – Concessão da palavra aos presentes; e Às 21 horas – Prece de Cáritas para o encerramento.

Atualmente funciona na Rua Conselheiro Agostinho, 52. A partir de 22 de julho de 1947, mudou a sua denominação para União Espiritista de Umbanda do Brasil. Destacamos alguns presidentes desta instituição: José Venerando da Graça Sobrinho, Jayme S. Madruga, Reynaldo Xavier de Almeida, Floriano Manoel da Fonseca, Marcos Vinicius Estrela. Atualmente é dirigida por Pedro Miranda. Floriano Manoel da Fonseca acompanhou Zélio de Moraes na instalação de Federações Umbandistas em São Paulo e Minas Gerais. Foi a pioneira em termos de reconhecimento e afirmação institucionais da Umbanda. Em 1954, Zélio de Moraes atuava na Instituição como inspetor, com a função de supervisionar as entidades estaduais vinculadas com a instituição. Em 1941 a UEUB, promoveu o Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda. Após o evento sofreu uma temporária desarticulação para em seguida reestruturar-se como União Espiritualista Umbanda de Jesus (UEUJ). No site Registros de Umbanda encontramos: Como União Espiritualista Umbanda de Jesus (UEUJ) teve em 1944 o papel preponderante na organização, edição e elaboração do livro O Culto de Umbanda em Face da Lei, entregue ao presidente Getúlio Vargas onde apresentava os anseios e direitos desta comunidade religiosa perante a constituição e a sociedade brasileira; a criação do primeiro periódico sobre o assunto, o “Jornal de Umbanda”, em 1949, pelos mesmos organizadores da União Espiritista de Umbanda do Brasil (UEUB) – nome que permanece até hoje.


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Em São Paulo, a expansão da Umbanda teve início na década de 1950. Nessa época a Igreja Católica, através do Frei Kloppenburg, desferiu forte perseguição aos cultos umbandistas e ao Kardecismo, excomungando aqueles que frequentavam essas religiões, enquadrando-os no chamado pecado mortal. Pai Jaú, Sebastião da Costa e o Tenente Vereda, que haviam participado do Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda, fundaram a Liga de São Jerônimo em 1942. Em 1953 foi registrada em cartório a primeira federação de São Paulo, com o objetivo de enfrentar os ataques do Poder Escarlate. Reunião na Sede da UEUJ na Rua do Acre na década de 1940. Ao centro Jaime Madruga e Floriano Manoel da Fonseca Umbanda e por isso não haviam sido convidados os lideres das religiões afro-brasileiras. Em 1950, Tancredo da Silva Pinto, defensor dos cultos afro-brasileiros, fundou a Confederação Espírita Umbandista do Brasil, com sede provisória na Rua do Lavradio, 102, aí ficando até o final de 1967. Após a instauração do Regime Militar no país, a partir de 1964, a entidade vivenciou dificuldades de relacionamento entre elementos da sua administração. Tancredo, insatisfeito, desligou-se, vindo a constituir com outros companheiros, em 20 de janeiro de 1968, a Congregação Espírita Umbandista do Brasil (CEUB). O livro O Culto da Umbanda em Face da Lei foi elaborado por Leal de Souza, Capitão Pessoa e vários umbandistas ilustres, entre eles militares, políticos, intelectuais e jornalistas. Uma das finalidades do longo memorial era obter esclarecimentos sobre o entendimento da Policia em relação à Umbanda para que União apresentasse o pedido de autorização para o se registro e funcionamento. O livro teve grande repercussão no meio umbandista. Vejamos as palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas, em 1973, sobre a Federação: Depois das tendas criadas, criei a Tenda Nossa Senhora da Guia de Euxoce, criei a Tenda de Oxalá, a Tenda de Ogum, a Tenda de Xangô, a Tenda de Santa Bárbara, enfim criei sete tendas. Depois de elas funcionarem, depois de tirar os médiuns dessa tenda, para que os médiuns pudessem trabalhar em outras tendas. Formadas essas tendas, criamos a Federação Espírita de Umbanda. Chamei Idelfonso Monteiro, Maurício Marco de Lisboa, Major Alfredo Marinho Ravajo, hoje general, era major naquele tempo. Enfim, botei cinco pessoas para se fazer a Federação de Umbanda do Brasil. Criou-se a federação e ela começou. Então a Federação Kardecista veio embargando porque não poderia ser espírita, não podia ser o nome, enfim, essas coisas do mundo, mas a Federação de Umbanda foi criada, está criada e está funcionando. O ano de 1945, que marcou o fim da Ditadura Vargas, foi o ano em que começou a ocorrer a rápida expansão da Umbanda em nível nacional. A partir daí passou a ser praticada livremente. Novos terreiros e federações foram fundados no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 1950 começou a expansão no Rio Grande do Sul, através de Moab Caldas, que chegou a ser eleito Deputado Estadual. Um dos objetivos do Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda era desafricanizar a

A fundação da instituição ocorreu na residência de Tata Tancredo, onde funcionou de forma provisória, transferindo-se em 1968 para a Rua Pedro Alves, 117, no bairro de Santo Cristo, onde permaneceu até 1970. Mudou-se, em seguida para a Rua do Riachuelo, 373, sala 403, no Centro, permanecendo neste local até 1998, quando se instalou na Rua Sampaio Ferraz, 29, no bairro do Estácio de Sá, ali permanecendo até os dias de hoje. Após o desencarne de Tata Tancredo, Martinho Mendes Ferreira assumiu a instituição, a qual transferiu para Fátima Damas, a atual presidente, antes de desencarnar. Na metade da década de 1950, outras seis federações foram fundadas no Estado do Rio de Janeiro, dentre elas, a Aliança Umbandista do Rio de Janeiro (AURJ). Três dessas federações defendiam uma forma de Umbanda africanizada. Tancredo da Silva Pinto, através de sua coluna semanal no jornal O Dia, recomendava uma forma africana para os rituais da Umbanda. Conseguiu grande ascendência sobre os setores mais humildes da religião, chegando a receber o título de Tata de Umbanda. Em 1956, os representantes das duas correntes, a Umbanda Pura e a Umbanda Africanista superaram determinadas divergências e formaram uma coligação, que agrupava as principais federações do Rio de Janeiro, e foi denominada de Colegiado Espírita do Cruzeiro do Sul e tinha a UEUB como principal articuladora. Dessa coligação participou também Tancredo da Silva Pinto chegando mesmo a ser um dos seus presidentes. Essa coligação conseguiu certa influência política. Em 1960, os umbandistas conseguiram eleger vários candidatos em alguns Estados. Anteriormente, em 1958, foi eleito, no Rio de Janeiro, Attila Nunes. A Umbanda atravessou bem a ditadura instaurada pelo regime militar de 1964. Foi nesse período que o registro de templos de Umbanda passou da jurisdição policial para a civil e passou a ser citada no Censo Oficial como religião.

Essa organização, a Federação Umbandista do Estado de São Paulo (FUESP), fundada por Costa Moura, abriu o caminho para a criação de novas entidades, tais como: União de Tendas Espíritas de Umbanda do Estado de São Paulo (UTEUESP), fundada por Luís Carlos de Moura Acciolli; Primado de Umbanda, de Félix Nascentes Pinto; Associação Paulista de Umbanda, de Demétrio Domingues. Em 1968, a UTEUESP passou a registrar Roças de Candomblé e mudou a denominação para União de Tendas Espíritas de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo (UTEUCESP) sob o comando de Jamil Rachid. Em 1973 surgiu a Federação Umbandista do Grande ABC (FUGABC), presidida por Ronaldo Antonio Linares. Em 1961 ocorreu o Primeiro Congresso Umbandista do Estado de São Paulo, organizado pelo General Nelson Braga Moreira, evento que contou com a participação de aproximadamente 12000 umbandistas. Nesse mesmo ano, ocorreu no Rio de Janeiro o Segundo Congresso Nacional de Umbanda. Nesse evento foi organizado o Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo (SOUESP) que abarcava várias federações desse Estado. Por causa de divergências políticas, algumas federações se uniram em torno do Tenente Hilton de Paiva Tupinambá e, em 1976, fundaram o Supremo Órgão de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo (SOUCESP) que se tornou forte oponente do SOUESP. Em 1970, no Rio de Janeiro, ocorreu a tentativa de congregar organizações do tipo Colegiado Espírita do Cruzeiro do Sul, SOUESP, SOUCESP etc., em uma entidade denominada Conselho Nacional Deliberativo da Umbanda (CONDU), fundada em 12 de setembro desse ano e que se instalou inicialmente à Rua Sá Viana, 69, Grajaú. O CONDU, entretanto, fugiu de seus objetivos e passou a aceitar registros de federações. Essa entidade não conseguiu ser o órgão representativo, em nível nacional, da Umbanda, exercendo apenas alguma influência no Rio de Janeiro. A primeira federação, fundada por Zélio de Moraes, estabeleceu certa orientação sobre a padronização de cultos e doutrina. Dentre essas orientações estabelecia a simplicidade do ritual, o uso de uniformes simples de algodão etc. Muitos conflitos internos colocaram por terra estas orientações, em função de cada uma das tendas querer determinar rituais próprios, fortalecendo a vaidade pessoal dos dirigentes. Cada uma das federações existentes disputavam, junto a cada terreiro, a legitimidade da Umbanda, passando a representar visões diferentes do ritual e deturpando os princípios que justificaram a fundação dessas entidades.


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Falando de Umbanda Escrito por: Pai Ronaldo Linares

Recomeçando um novo período Começamos o ano! Ótima oportunidade para colocar “a casa em ordem” e seguir em frente. 2016 não será um ano fácil tanto política e economicamente quanto para as relações sociais, a contar pela quantidade de casos que chegam ao nosso conhecimento de invasões a Templos, depredações e mais e mais casos de discriminação e intolerância religiosa. E nós, praticantes de religiões de origem afro, estamos “no olho do furacão”, somos os alvos, “a bola da vez”. É muito preocupante e séria a situação e devemos estar em constante vigília porque a discriminação religiosa – muitas vezes - começa com pequenos atos que vão se tornando toleráveis ao longo do tempo. Ter a mente aberta para novas experiências é uma excelente forma de enxergar o diferente; a partir daí temos a chance de conhecê-lo e formar uma opinião pessoal. Não temos o dever de gostar de tudo ou de todos o tempo todo. As diferentes personalidade e características de cada pessoa é o que traz a mágica do encontro, da empatia e dos sentimentos. Porém, devemos ter em mente duas coisas: nem tudo que é diferente é bom nem tudo que é diferente é ruim Por isso a necessidade de entender e ter uma opinião a respeito. O que for bom assimilamos, do que

for ruim nos afastamos. O que não podemos (nem devemos) é aceitar, conviver ou praticar o que não gostamos apenas porque “todo mundo faz”, “todo mundo gosta”, “todo mundo aceita”. É importante não corromper nossos caráteres para ficar igual a todos. Cada ser humano é único e com características especiais. Por isso é que “cada panela acha sua tampa”, “cada metade de uma laranja acha a outra” e cada um o seu par perfeito. Nos dias de hoje não é fácil viver de acordo com nossas convicções porque os demais nos tratam como se fôssemos verdadeiros “Ets”: “Como assim não gosta disso? Como assim não faz aquilo!” e por aí vai... Mas sempre será possível sermos quem realmente somos; sempre será possível conviver com diferentes; sempre será possível sermos aceitos. Deixo aqui alguns ditados que ajudarão a não nos afastarmos dos nossos próprios caminhos, aqueles que sonhamos e que gostaríamos de trilhar: As paredes que nos aprisionam são mentais, não reais; Nossos inimigos não são os que nos odeiam, mas aqueles que odiamos; A maior parte das vezes, os defeitos que vemos nos outros são os nossos próprios defeitos;

Quem dá poder ao Medo somos nós mesmos; A Felicidade é subjetiva e sua medida cabe a cada um. O que para um é felicidade, a outro pode ser comum; As pessoas nos tiram apenas o que permitimos que seja tirado. Desejo a todos um excelente ano de muito trabalho, dedicação, conquistas e apropriação de nós mesmos. Pai Ronaldo Linares santuariodaumbanda.com.br federacaoabc@terra.com.br facebook.com/ santuariodaumbanda.fugabc


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Ervas na Aldeia Escrito por: Adriano Camargo

Conhecer para Entender Salve turminha das ervas! Quero aproveitar a oportunidade na coluna desse mês e relembrar um texto já escrito a alguns anos, com algumas adaptações que servem ao momento. "Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em crer que se sabe, reside a ignorância.” Hipócrates filósofo grego (460 a.C. - 377 a. c.) Já diziam os filósofos que os semelhantes se atraem, e aprendemos isso dia a dia dentro da religião de Umbanda. Cada um capta não só o conhecimento, mas toda a renovação, a alegria da mudança, a novidade do renascer, de uma forma, de acordo com sua capacidade de assimilação e acima de tudo, de acordo com sua vontade de aprender, de sair do quadradinho em que se encontra, e alçar vôos mais altos. Um desconhecido iniciado disse uma vez: “A sabedoria é como uma flor da qual a abelha fabrica o mel e a aranha, o veneno, cada um de acordo com sua natureza.” Pois é, baseado nisso, temos usado essas bênçãos do conhecimento para passar mês a mês nesse espaço, e em outros cedidos por irmãos de caminhada, bem como nos vários cursos e palestras que ministro em várias cidades, a simplicidade do conhecimento sobre as ervas. Insisto em dizer: simplicidade não é simplismo, é entendermos que as coisas de Deus são simples. Nosso Amado Pai Criador se manifesta no simples, nós, seres humanos ainda na busca da perfeição, que gostamos de complicar, valorizar, dar efeito àquilo que já é divino por si só. Vejo o uso das ervas ser definido em torno de dogmas e preceitos religiosos. Vejo e sinto os ataques dos pseudo conhecedores desse universo natural, dizendo que o que fazemos é heresia, e criando novos dogmas que atendem unicamente aos seus íntimos viciados e ansiosos pelo poder. No entanto estamos aqui, firmes e fortes, levando essa bandeira adiante. Quem estiver preparado para isso, junte-se à nós, venham para nossos cursos, venham sentir em seus espíritos a Essência Divina das ervas. Permitam à suas almas, o despertar para esse conhecimento simples e que é de todos nós, pois senão, as ervas cresceriam apenas

no quintal do iniciado, em não em todos os lugares. Para não perder o costume, vamos falar um pouco sobre as ervas e os Orixás. É fato e verdadeiro que cada Orixá tenha sua erva, mas é fato também que cada erva pertença aos seus Orixás. Aprendemos muito observando. Deus se manifesta de formas variadíssimas na criação. Seus elementos concentram suas energias individuais ou sentidos: a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça (ou Razão), a Lei (ou Ordem), a Evolução (ou Sabedoria), a Geração (ou Vida). Respectivamente nos seus elementos: Cristal, Mineral, Vegetal, Fogo, Ar, Terra, Água. Ao Elemento Vegetal é atribuído o sentido Divino do Conhecimento, e é simples entendermos isso vendo pelo próprio ângulo da ciência. Os vegetais habitam o planeta a cerca de quatrocentos milhões de anos, ou seja, estavam aqui muito antes do surgimento do homem (ser humano), como é conhecido hoje. A estrutura orgânica espiritual das ervas, permitem que seja animadas por um espírito próprio, não como o humano, mas uma Imanência Divina com capacidade de ação e reação, um pouco diferente dos outros elementos. (Recomendo aqui o livro: A Vida Secreta da Plantas). Esse organismo espiritual, participou passivamente de todas as mudanças e transformações que ocorreram no planeta. Acompanhou a evolução do homem nesse milhares e milhares de anos. Viu tudo, aprendeu com tudo e guardou em seus registros ancestrais, ou seja, o vegetal sabe, conhece o homem, o planeta e sua história melhor que ele mesmo. Ao Orixá Oxóssi é atribuído o Sentido do Conhecimento, é o Sagrado Guardião dos Vegetais e do Saber Divino. Se Oxóssi é esse Pai, manifestador do Saber Divino, com certeza é o guardião de nossas histórias ancestrais. E se cada Orixá tem sua erva, cada uma delas conhece e guarda em si, a parte correspondente ao Orixá, relativa a sua manifestação Divina desde que o mundo é mundo. Resumindo, uma erva é atribuída a Oxalá, por exemplo, por reunir em sua energia individual, elementos manifestadores, através do vegetal, das energias desse Orixá. Uma erva de Oxalá é, acima de qualquer outra ação,

cristalizadora e ativadora da Fé; construtora e formadora de outras energias, assentadora de forças e de outros fatores Divinos, assim como Oxalá. Como qualquer energia, tem seu aspecto positivo e negativo. É só lembrarmos quem são os manipuladores naturais dos aspectos negativos das energias que entenderemos porque algumas ervas são atribuídas a Exu ou Pombagira. É isso turma, recomendo que aprendam e se dediquem ao estudo da Teologia de Umbanda, das Ervas, da Magia, enfim, estudem, busquem e verão como esse fantástico universo se abre diante de seus olhos. Leiam e releiam essas colocações acima e entenderão algumas definições que já foram dadas às Ervas e aos Orixás. As definições de ervas quentes, mornas e frias tem origem em nosso trabalho e estão disponíveis em outras matérias, nos sites, e no livro Ritual com Ervas – Banhos, defumações e benzimento. Vale lembrar que as definições de Orixás, Tronos, Fatores, Verbos atuantes, enfim, a Teogonia usada para esse trabalho, tem origem no fantástico trabalho de Pai Benedito de Aruanda, entre outros mestres do astral, que através da psicografia do Mestre Rubens Saraceni (em honra e memória) – que sem dúvida nenhuma é o grande percussor e incentivador do nosso trabalho e de muito outros irmãos - pôde nos abençoar com esse conhecimento, e servir de base para tudo isso. Tenho muita gratidão a todos que tem elevado esse trabalho ao patamar da realização, pois somente realizando é que algo faz sentido. Não adiantaria ficar aqui, mês a mês, ocupando esse espaço com um conhecimento vazio e dedicado a poucos. Faz real sentido quando recebo, sem exagero, centenas de emails dando retorno a práticas simples e com resultados fantásticos, que de forma objetiva são colocadas por aqui. Gratidão, sinceridade, e muito poder realizador a todos! Bênçãos de Mamãe Natureza em nossas vidas! Adriano Camargo - Erveiro da Jurema – É Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br

www.oerveiro.com.br


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Foto: Divulgação

Umbanda Legal Escrito por: Valéria Siqueira

Pai Oxóssi e seus Mistérios Em 20 de janeiro comemoramos o dia de Pai Oxóssi na Umbanda, sincretizado com São Sebastião.

através da manipulação dos elementos vegetais tais como raízes, folhas, ervas diversas etc.

Popularmente, Pai Oxóssi é conhecido como o grande caçador, mas ele é muito mais que isso...ao lado de Mãe Obá, rege o Trono Masculino do Conhecimento, e possui inúmeras outras qualidades reveladas ao plano material através da literatura de Pai Rubens Saraceni.

Pai Oxóssi representa o humilde nativo, que realiza milagres através da sintonia e amor pela natureza, onde na floresta encontra tudo o que precisa, guardando uma sabedoria por poucos conhecida.

Sim, ele é caçador, representa o provedor que vem da floresta com a comida que alimentará a aldeia. O agricultor que tira da terra seu sustento, isso é verdade. Mas também é verdade que Pai Oxóssi é um grande “caçador” de almas, sendo que os caboclos que trabalham em sua linha são grandes doutrinadores. Sob a regência de Pai Oxóssi os caboclos vão em busca das almas perdidas na própria ignorância, oferecem doutrinação, cura e encaminhamento, realizando um importante trabalho dentro da Umbanda. Presentes também nas linhas de trabalho dos outros Orixás, são guerreiros, curadores, desmancham magias negativas, por isso são muito procurados na Umbanda. Amplamente conhecida também é sua regência sobre as matas e florestas. Pai Oxóssi é o guardião da flora e fauna também (notadamente os felinos). Se o mundo é azul, poderíamos dizer que o Brasil é verde...brincadeiras á parte, podemos apenas imaginar a magnitude desse Orixá, por intermédio do qual o ar que respiramos se recicla e purifica... verde é vida! Sob sua irradiação muitas curas se processam,

e assimilar o que já foi passado, ou seremos como aqueles aos quais Jesus se referia como “crianças”, que entendiam as parábolas como estorinhas, mas não alcançavam a mensagem oculta por trás delas... O saber e a evolução devem andar juntos, pois um é consequência do outro.

Sob sua regência, o Trono do Conhecimento irradia o tempo todo para nós seu fator expansor, que nos permite obter o conhecimento em todos os sentidos da vida, trazendo uma compreensão maior das leis que regem nossas vidas.

Paradoxalmente, a lei e a justiça abraça o ignorante, mas cobra dos que sabem. Sim, quem tem um conhecimento e entendimento maior das coisas espirituais deve, antes de tudo, praticar o que aprendeu para ser exemplo a ser seguido.

O que seria da fé sem o conhecimento? Como amar o que não se conhece? Como professar uma religião cujas respostas se resumem à interpretação pessoal, unilateral e tendenciosa de um líder religioso que não permite a seus seguidores o direito de pensar por si mesmos?

Ninguém neste plano sabe tudo, nem os guias. Sabemos que existem escolas no astral destinadas às entidades de Umbanda e quaisquer outras que queiram continuar estudando e aprendendo.

Não por acaso nossa amada Umbanda foi fundada no plano material através do Caboclo das 7 Encruzilhadas, regido pela Trono do Conhecimento. Nossas entidades e guias espirituais nos incentivam o tempo todo a buscar novos aprendizados e a termos nossas próprias experiências em relação ao sagrado. Chegará um tempo onde não haverá mais lugar nos templos sérios de Umbanda para aqueles que se recusam a estudar, achando que sabem tudo ou que basta ir rodar no terreiro que suas missões estarão cumpridas. A Umbanda tem pouco mais de 100 anos...imaginem quantos mistérios e Orixás estão ainda por serem revelados, mas para isso temos que aprender

O conhecimento é um meio, e não um fim. Conhecer é buscar, descobrir, experenciar, sair do lugar-comum e passar a fazer parte de um restrito grupo de seres que conseguem ver além, pois não se conformaram em entender o mundo e a si mesmos pelos olhos dos outros. Busquem o conhecimento, e ele vos libertará, Axé!

Por Mãe Valéria Siqueira

Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra

Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com



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Eventos

Passeata pelo dia 21 de Janeiro dia do Combate a intolerância Religiosa em São Paulo.

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Calendário Datas e Eventos

12 de março

13 de março

NA BATIDA DO TAMBOR

5° HOMENAGEM EM COMEMORAÇÃO AOS CABOCLOS BRASILEIROs

Data: Sábado, 12 de março de 2016 Local: Quadra da Escola de Samba X-9 Paulistana, a, Rua Paulo Silva Araújo, 30, Cantareira, São Paulo - SP Horário: 16h Organização: Sol de Aruanda Artigos Religiosos Contato 011 2924-9628/3798-3699

17 de abril 45º Festa de Ogum U.R.U.Z.G.S.P Data: Domingo, 17 de abril de 2016 Local: Ginásio de Esportes Prof. José Liberatti Endereço: Praça Lucas Pavão s/n Presidente Altino –Osasco Contato: 011 3682-6679

Data: Domingo, 13 de março de 2016 Local: FALC - Faculdade da Aldeia de Carapicuíba São Paulo, Estrada da Aldeinha, 245 - Jd. Marilú, Carapicuíba – SP Horário - 8h às 15h Organização: Federação Umbandista Ogã Franklin CarapicuibanaCar : 11 9 98670-9600 Contato Con Co

22 de maio

1° FESTIVAL DE CURIMBA RAIZ DO MEU A16XÉ maio de 20 Data: Domingo, 22 de , Samba X-9 Paulistana De ola Esc Local Quadra a, reir nta Ca , , 30 Rua Paulo Silva Araújo io: 12h São Paulo - SP - Horár oriô Em po Gru ão: Organizaç / 9 8173-8443 65 2 2-1 519 9 to: nta Co

3 de abril 3º FESTIVAL DE CURIMBA 3 UMBANDA JOVEM 2016 a a: Domingo, 3 de abril de Dat D Samaritá, 1040, Rua e uch Per ocal: Quadra da Loc L - SP Po te do Limão, São Paulo Po Pon o ário: 13h H Hor da Jovem rganização: Curimba Umban O Org 4-4174/ 474 /9 o tato: 9 5761-9307 C Con 9 7617-4760

10 de julho

BA 4º FESTIVAL DE CURIM DIO E DANÇA DA WEB RÁ BATUQUEIRO DA LUZ

10 de julho de 2016 D Data: Domingo, Da cola de Samba L cal: Quadra da es Lo e tild Ma N nê de Vila Ne SP Penha, São Paulo – i ald Rin lio Rua Jú Horário: 11h da Luz Radio Batuqueiros Organização: Web 709 Contato: 9 6027-3


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Eventos 28ª Festa das Águas De Oxalá O tradicionalíssimo evento ocorreu no dia 31 de janeiro de 2016, sob a organização da Tenda de Umbanda Cacique Pena Vermelha e Ogum Iara, no Clube Atlético São Jorge, situado na Rua Rego Barros,1828, Vila Antonieta, Zona Leste – SP.

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Eventos

Batucada da Prosperidade O empolgante evento ocorreu em 23 de janeiro de 2016, na Loja de Artigos Religiosos Sol de Aruanda, situada na Avenida Leôncio de Magalhães, 846, Jardim São Paulo, São Paulo – SP.

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Eventos Escrito por: Rodrigo de Luca

Umbanda está em festa em Campos do Jordão – SP Há 3 anos e 4 meses começamos os trabalhos de Umbanda (atendimento) no rancho de minha casa. Improvisamos um congá, arrumamos cadeiras e assim começou a caridade. Nessa mesma época eu já pensava como iríamos continuar os trabalhos em um espaço tão pequeno. Um dia olhando para o terreno ao lado de minha casa onde existia uma antiga casa que estava caindo aos pedaços, decidi, será aqui que iremos construir um local apropriado pra que nossos Orixás e guias possam trabalhar. E assim começamos a demarcar o local e a fazer a fundação sem interromper com os atendimentos no improvisado rancho. Os anos se passaram e a obra ficou paralisada devido à falta de recursos. No ano de 2013 nossa casa ingressou na egrégora de Caboclo Pena Branca ao qual Mãe Márcia Moreira é sacerdotisa. Um apoio não somente em minha prepa-

ração sacerdotal mas também na construção física de nossa casa. O Templo de Caboclo Pena Branca nos transferiu toda arrecadação de roupas para a pechincha e a partir daí começamos a ter renda financeira para nossa obra. Além disso promovemos também rifas, bingos e festa junina. Vários mutirões aconteceram com a mão de obra realizada pelos próprios filhos de Pena Branca e Flecha Dourada. E assim em janeiro de 2015 decidimos marcar uma data para a inauguração. Muita coisa faltava terminar, mas meu desejo de inauguração estabeleceu a data para o mês de abril. Embora nossa casa seja regida por Xangô, os caminhos são de Ogum e foi por novos caminhos que conseguimos dar continuidade ao nosso projeto. Fomos abençoados pela determinação, coragem e disciplina que Ogum nos oferece razão pela qual escolhi esta data para homenageá-lo. E a vitória chegou no dia 18 de abril de 2015 onde com toda família reunida


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Ano 6 número 51 entregamos o Templo à Umbanda. As casas irmãs, de Taubaté – SP o Templo de Umbanda Caboclo Pena Branca e Templo de Umbanda Caboclo Cipó dirigida por Mãe Suzana. De Campos do Goytacazes –RJ Templo de Umbanda Vovó Maria Conga dirigida por Pai Luis Franco estiveram presente nesse momento de grande emoção e gratidão. Nossos irmãos mais distantes fisicamente também manifestaram suas presenças e alegrias. Pai Norberto Peixoto do Triangulo da Fraternidade de Porto Alegre e Mãe Leni Winck do Templo de Umbanda Vozes de Aruanda de Erechim, ambos do estado do RS. Nesse encontro inaugural, sob os tambores da Escola de Curimba Caboclo Girassol, Sr. Caboclo Flecha Dourada radiante e feliz, ajoelha em frente ao congá e com as mãos tocando o chão diz “Agora tenho um chão” e dirigindo a todos conclui “Temos muito trabalho pela frente”. Nesse momento percebi que a importância de construir um terreiro ultrapassa as paredes e portas. É doação do suor, do vigor físico, da superação dos medos e decepções que a vida tem. É botar a mão na massa e construir materialmente uma estrutura que por tantas vezes é realizada pelas entidades na espiritualidade. O quanto é desprendido por nossas entidades energias para se adequar ao ambiente doméstico ou mesmo para criar novas estruturas. Entregamos à Umbanda um chão que é somente dela. Sem influências domésticas e fundamentadas de acordo com as forças dos Orixás e das entidades que compõem a nossa egrégora.

Nossa casa religiosa também é uma casa social pois o nosso compromisso é com o bem comum. Como expôs Mãe Márcia, a Umbanda nasce nos fundos de quintais, nos ranchos e em quartinhos cedidos com muita boa vontade porém oferecer a ela um local adequado seguindo as normas técnicas exigidas é construir na história uma nova fase dessa religião que se estabelece a cada dia com mais discernimento, ética e organização. Temos uma história que nasce das margens da exclusão e da opressão porém é nosso dever construir agora um novo caminho sem esquecer nossas origens. Conquistamos a liberdade religiosa e devemos fazer dela uma história de vitória que supera a opressão sem perder a essência. Simplicidade não é sinônimo de instalações sujas, desorganizadas e relaxadas. Cantamos vitórias em sete linhas e sete cores. Cantamos vitórias com mãos que se estendem aos outros. Mãos que se unem para o trabalho, para o compromisso, para enfrentar a dor e para viver o fraterno amor. Saravá Umbanda. Pai Rodrigo de Luca gratidão é a memória do coração. Preserve nele toda sua história, sua essência e sua fé e viverás a plenitude da Umbanda. Oxalá abençoe . (Mãe Márcia Moreira).


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Eventos

Formatura de Sacerdócio de Umbanda do 4º Barco do Templo Escola de Umbanda Ventos de Aruanda A belíssima formatura ocorreu no mês de janeiro de 2016 sob a direção de Pai Adriano Camargo e Mãe Andréa Camargo, e contou com a presença de mais 400 pessoas.


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Lista dos Formandos

Eventos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.

Albina Nicolaci Silva Aldo Giovani Garcia Alex Sandro José Firmiano Alexandra Gomez Rodriguez Ana Paula Rodrigues Aparecida Catarina de Sato Camila Cordeiro Lopes Carlos Alberto Ferraz Dias Carlos Henrique Handa Caroline de Freitas Falcão Cássia Maria de Freitas Falcão Claudemir Saraiva Claudinei Ribeiro Moraes Claudio Rodrigues de Sá Denis de Souza Leão Divania Lisboa Biganzoli Elenira Candido de Jesus Eliane de Mauro

19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36.

Eliete Ramos da Silva Fábio Belarmino Fernandes Fernando Augusto Sanches Inês dos Reis Buananotte José Marcelo Carvalho Karen Juliana Perez Luciana Neves Aureliano Marcelo Barbosa Leme Marcos Donizete dos Santos Marcos Paulo da Silva Margarete Pellegrini Margarete Rodrigues de Lima Maria Aparecida Garcia Masamitu Sato Mauricio Shebalj Michele Garrido Carvalho Miriam Takeuti Patricia dos Santos Rinaldi

37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53.

Priscila Parede Rafael Leonardo Gomes Renata Pereira Vendramini Renato Souza Ramos Roberta Paixão Rosângela Moraes Sandra Sacramento Selma Lúcia Gião dos Santos Sheila de Jesus Siqueira Sheila Honório Jerônimo Shirley Carrassari Sidnei Oliveira Falcão Sueli Pereira da Silva Tânia Aparecida da Silva Tânia Martins Vasconcelos Tânia Maria Zimmermman Vladimir Ribeiro


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Foto: Divulgação

Amor ao Próximo Por: Associação Alfa &

Ômega

Entrega das Sacolinhas de Natal 2015: 1000 crianças apadrinhadas Pelo 5º ano consecutivo conseguimos colocar em prática e finalizar com sucesso esse projeto que cresce a cada ano, mil (1000) crianças apadrinhadas que ganharam kit de roupa, sapato, alguns brinquedos, livros, itens de higiene pessoal. Não há como não se emocionar com esse trabalho, meses de luta para conseguir os padrinhos, cada um dos médiuns e freqüentadores da nossa associação fazendo a sua parte, apadrinhando e o mais importante, compartilhando esse trabalho com seus irmãos, amigos, colegas de trabalho, familiares, vizinhos. Realmente conseguimos fazer uma grande

corrente de amor e caridade. Gratidão é o sentimento que nos define após a conclusão desse projeto.... Agradecemos a todos que participaram, fazendo com que essa ação se tornasse realidade, 1000 crianças radiantes nesse Natal. Esse ano foi ainda mais especial, pois todas as crianças foram apadrinhadas, tivemos ajuda tanto dos filhos de nossa casa, como padrinhos que freqüentam outros terreiros e “amigos do facebook” que nem conhecem nossa associação, mas que acreditaram no nosso trabalho.

A todos os padrinhos e madrinhas, sem exceção, muito obrigada e que nosso Pai conceda bênçãos e fartura para cada um de vocês. Que em 2016 possamos aumentar nossa meta! Um Natal repleto de amor, paz, saúde e alegria.... Que Oxalá vos abençoe!!!

Muito obrigada a todos!!!


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