Jornal Aldeia de Caboclos - Edição 82

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Prezados irmãos de fé e caros leitores, não l desistir, não desaminar, não a ri achar que a perda o de boas oporit Ed tunidades significará que outras tantas não nos restam, não esmorecer, não se dar por vencido de maneira alguma diante das dificuldades e adversidades que se fizerem presentes ao longo de nossas vidas, não deixar de acreditar em nosso incomensurável potencial de crescimento e evolução, não parar de crer no bem, não ceder diante das tentações do mal, em especial daquelas que possam afetar acentuadamente o nosso espírito e a nossa honra, eis uma fundamental meta e um conjunto de constantes ações a serem praticadas por todos nós. Fundamental meta e cruciais ações, igualmente, que podem ser claramente entendidas como a missão mor, destaque-se, de não perder a fé em Deus,

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bem como, não perder por consequência a fé em nosso Pai Oxalá, nos Orixás e nos Guias de Luz.

luirmos como seres humanos evoluindo natural e concomitantemente o nosso espírito.

Por mais difíceis que sejam as provas a que sejamos submetidos, por mais dolorosas que sejam as dores que sintamos, por mais complexos que sejam os problemas que nos circundem, por mais desgastantes que sejam as relações que nos envolvam, por mais sufocantes que sejam as pressões impostas contra as nossas pessoas, saibamos que teremos condições e forças para suportá-las, e principalmente, para superá-las e para vencê-las, com hombridade e compreensão, sem perder o prazer na prática caridade, pois, Deus está e sempre estará conosco, nos alimentando de luz, serenidade, força e amor!

É sempre tempo de semearmos bons frutos, e sempre será tempo de sermos melhores! Verdadeira Fé em Deus, condição basilar esta para caminharmos não só em mais esta existência terrena, mas sim para seguirmos disseminando o bem e evoluindo de forma incessante pela eternidade espiritual!

Estejamos certos que a cada amanhã é uma nova chance, uma nova oportunidade de realizarmos boas ações, de promovermos o bem, de corrigirmos erros, de perdoarmos e pedirmos perdão, de evo-

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EXPEDIENTE istakis els B. Xenokt Diretor: Eng e: Daniel Coradini Art Direção de ktistakis gels B. Xeno amargo / En Redator: C res: Adriano Colaborado ares e Ronaldo Lin noktistakis s Xe s ro d ndros Barro Alexan rídica: Alexa .106 Ju a ri o ss e Ass 182 m.br s – OAB/SP Xenoktistaki l@aldeiadecaboclos.co a rn jo : to ta con

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Oferendas aos Deuses O ato de fazer oferendas aos deuses é muito antiga. Desde tempos remotos, sobretudo, quando pouco se sabia sobre os fenômenos da natureza como chuva, vento, sol ou mesmo sobre as estações do ano, fazia-se oferenda para agradecer a chuva, por exemplo, que fertilizada a agricultura, ou ao Deus Tupã para agradecer que o sol tinha nascido mais uma vez.

Com o desenvolvimento da ciência e a compreensão dos ciclos da natureza, veio a compreensão que mesmo que não se fizesse oferendas, o sol e a chuva viriam da mesma forma. Assim a prática de se fazer oferendas a esses elementos da natureza ficou cada vez menos popular. Os hebreus acreditavam que era necessário oferecer sacrifícios a Deus como forma de pedido de pro-

teção. A Bíblia Sagrada em Êxodo, no Antigo Testamento, narra que os hebreus deveriam pintar os umbrais de suas portas com o sangue de um cordeiro novo, macho de até um ano e a mancha do sangue nas portas serviria como um sinal de que aquela casa tinha a proteção Divina. Assim o anjo da morte não tocaria nenhum filho que estivesse dentro daquelas casas. Posteriormente, Jesus foi interpretado como o Cordeiro de Deus que vinha libertar o mundo dos pecados e o sangue que Ele derramou por nós libertaria toda a humanidade, assim não necessitando mais derramamento de sangue.

Naturalmente, essa é uma reflexão cristão sobre o sacrifício de Cristo e existem segmentos religiosos que não seguem as premissas de Jesus.

O Islamismo, por exemplo fundado pelo profeta Maomé, tem como evento religioso mais importantes a Festa do Sacrifício que marca o fim da peregrinação anual dos mulçumanos a Meca, quando ovelhas, cabras, vacas e camelos são sacrificados como símbolo da disponibilidade de Abraão em sacrificar seu filho Ismael para o Deus Allah. Na hora de ser sacrificado o menino foi substituído por um carneiro. De modo, que a tradição se perpetua até os dias atuais.

O Candomblé, seguindo a tradição Iorubá cultuada no continente Africano e trazida pelos negros escravizados ao Brasil, a imolação dos animais acontece para alimentar os ancestrais e essa mesma energia protege e alimenta os fiéis. Muitas


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Ano 9 número 82 outras oferendas de alimentos são oferecidos aos Orixás, como o amalá de quiabos para Xangô, a inhame com feijão fradinho de Ogum ou o acarajé de Iansã, o axoxó de Oxóssi ou o omolocum para Oxum, dentre tantos outros.

ou sem entender o seu significado mais profundo.

Em razão disso a frequência aumentou e atual-

A oferenda nada mais é do que um ato de amor e fé. Deve ser feita com respeito e devoção. Em cada etapa de sua elaboração, desde a escolha da fruta

mente, felizmente, temos um grande números de religiosos utilizando-se do espaço. A alegria de ver toda a comunidade se apropriando do Santuário, traz uma preocupação: a manutenção e a limpeza. Muitos frequentadores são conscientes e severos nas questões religiosas, fazem suas oferendas da forma correta e com todos os cuidados com a natureza, que é a principal preocupação da Umbanda, juntamente com a caridade. Mas, infelizmente, uma grande maioria que não estuda a religião, mas a procura quando tem problemas em suas vidas, são orientados a fazerem algum tipo de oferenda, acender uma vela, tomar um banho de cachoeira, etc...

O que são as oferendas na Umbanda e como elas acontecem? A premissa número um de todo umbandista é o respeito a natureza. De modo, que qualquer oferenda umbandista deve respeitar em primeiro lugar a natureza. Então, o Umbandista consciente de seu papel de guardião da natureza não deve utilizar materiais que não sejam biodegradáveis em suas oferendas. Há muitos anos já abolimos o barquinho de isopor para Iemanjá, por exemplo, que só polui o mar e não se decompõe. Ao invés disso, oferecemos rosas e perfume de alfazema (sem o frasco) como forma de agradecimento e de demonstração do nosso amor a mais querida e cultuada de todas as yabás no Brasil, que a nossa Mãe Iemanjá.

Essas pessoas, por puro desconhecimento fazem suas oferendas em sacolas plásticas, em copos descartáveis, deixam as flores envolvidas nas embalagens que trazem das floriculturas, achando que é a melhor forma de fazer. Não podemos culpá-los, mas sim é nosso dever orientá-los. Nunca deixe material descartável junto com a sua oferenda; Como a Umbanda é cristã, aceita, portanto, o Mestre Jesus na figura sincretiza de Oxalá, dispensando o sacrifício animal (tese defendida por Pai Ronaldo em Congresso umbandista e aceito por unanimidade). Respeitando totalmente a Umbanda que aprendemos com o Pai Zélio de Moraes dispensamos essa prática. Nossas oferendas costumam ser, em seu maioria, flores, frutas, velas, fumo e bebidas que oferecemos aos Orixás ou aos Guias como forma de agradecimento ou homenagem, pois sabemos que a energia daquele elemento e sobretudo, a energia de amor e fé que é colocada naquela oferenda, será manipulada pelos Guias Espirituais conforme a nossa necessidade. O que há de mais sagrado em qualquer oferenda é, sem sombra de dúvidas, a intenção. Podemos oferecer um banquete de amor com uma simples rosa e uma vela, ou uma oferenda sem qualquer axé, se entregamos apenas por obrigação,

que será oferecida ao mimo com a qual se corta, até a forma de apresenta-la, em um alguidar de barro ou em folhas diretamente no solo. O tempo que a oferenda fica arriada não importa, o que importa de verdade é o quanto do seu tempo e energia você depositou naquele ato. Oferendas no Santuário Nacional da Umbanda Após uma longa jornada e muito empenho Pai Ronaldo Linares, através da Federação Umbandista do Grande ABC, conseguiu que a municipalidade destinado o espaço da antiga Pedreira Montanhão para os rituais das religiões de matrizes africanas. No início da utilização do Santuário, a frequência era basicamente dos filiados da FUGABC , já que foi o primeiro espaço com essa destinação e muitos não conheciam. Ao longo dos anos o Santuário passou a ser referência para as religiões de matrizes africanas, tornando-se mundialmente conhecido.

Nunca coloque alimentos em sacos plásticos ou no chão, para isso temos alguidares e pratos de barro ou de louça. Copos também podem ser entregues de vidro. Alimentos para oferendas não podem ser processados (como lanches de fast-foods) entregues nas embalagens recebidas nos estabelecimentos.; As águas das cachoeiras não podem receber óleo de dendê, que apenas sujam a água, inclusive para o próximo que for utilizá-la. Dentro do Santuário existem vários recipientes para lixo. Leve uma sacolinha quando for fazer sua oferenda e deixe seu lixo na lixeira. Longe de sua oferenda. Nosso Saravá Fraterno, Babalaô Ronaldo Linares Presidente da F. Umbandista do Grande ABC Mantenedora do S. Nacional da Umbanda www.santuariodaumbanda.com.br E-mail: federacaoabc@gmail.com casadepaibenedito.blogspot.com


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NOSSO INFINITO PARTICULAR Coletivamente falando, o planeta Terra é nosso mundo. Porém, cada um de nós traz em si um universo particular, diferente de todos os outros. Mais de 7 bilhões de universos absolutamente singulares, mas entrelaçados entre si. Dentro de cada um de nós cabem tantas lembranças, sentimentos e sonhos que nem podemos contar, e, no entanto, nos tornamos escravos de nossas próprias vontades. Segundo nossa Constituição Federal, todo trabalhador tem direito a receber um salário mínimo, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Aposto que a maioria dos leitores não sabia disso, o que significa que, para o governo, 998 reais seriam suficientes pra suprir todas as necessidades citadas acima. Mas Mãe Valéria, o que isto tem a ver com espiritualidade, afinal? - Tudo, eu respondo. Nós somos um conjunto formado por corpo, mente e espírito, mas fomos condicionados a procurar apenas as necessidades básicas do corpo físico, deixando as coisas espirituais de lado. Num dia de 24 horas, se tirarmos o tempo gasto para nos locomover do trabalho pra casa e vice-versa, as horas necessárias ao sono e algumas com compromissos entre uma coisa e oura, quanto sobra? Nem tempo pra pensar nisso a maioria de nós tem. Pior, o problema não é apenas tempo...trata-se e energia, da nossa força vital, empregada apenas na

luta diária de atender ao básico, enquanto a vida passa, e a idade chega.

A Luz está disponível a todos, ricos e pobres, bons e maus, reis e mendigos, e só não vive nela quem não quer...

Aí é que entra a necessidade de expandirmos nossas consciências. No nosso universo pessoal estão todos os anseios de nossas almas. Podemos e devemos continuar trabalhando, pois é a forma mais digna de obtermos nosso sustento, mas não podemos cometer o erro de relegar as coisas divinas sempre ao segundo plano.

Enquanto espíritos somos infinitos, e a única forma de nos livrar tudo o que nos limita é a liberdade que o conhecimento traz.

No nosso infinito particular somos divinos, infinitos, somos deuses. Nós viemos da Perfeição, fomos emanados do Criador de tudo e de todos, e só Ele pode nos suprir de tudo o que precisamos. Mas, pra isso, precisamos colocar nosso espírito também como prioridade. Orar, meditar, olhar pra dentro. Nosso ori, nossa centelha, fala o tempo todo conosco, mas estamos ocupados demais pra ouvir. Não importa que sejam 5 minutos, pare pra ouvir sua centelha, a porta-voz de seu infinito particular. Enquanto estivermos ocupados demais com as necessidades físicas, as necessidades espirituais continuarão a ficar de lado.

Conhecer as leis que regem nossas vidas e evoluções, e viver de acordo com elas, eis a solução pra todos os nossos problemas. Saber que somos, de onde viemos e porquê estamos aqui deveria ser o principal objetivo de cada um de nós. Me parece surreal que as pessoas vivam em média 70 anos sem se preocupar com estas questões, como se apenas sobreviver importasse, quando na verdade o verdadeiro objetivo é viver, desfrutar deste planeta lindo, viver as experiências, aprender com elas e crescer como seres humanos e espíritos. Se o anseio da sua alma for sair do lugar comum, ser mais, fazer mais, seja e faça. Não são necessárias grandes mudanças, mas mudanças sutis, de dentro pra fora. Infinitas são as possiblidades para aquele que crê, Axé!

Encontrar o equilíbrio entre as duas não é fácil, mas necessário. Nos momentos mais difíceis nos lembramos de Deus, mas talvez esses momentos nem chegassem se estivéssemos sempre com Ele. E eu falo de conexão através do que vibramos, pensamos e sentimos. O tempo dedicado ao nosso trabalho nos dá sustento, mas o que dedicamos ao nosso espírito nos eleva.

Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra

Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587


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As Ervas e as Forças da Jurema Salve turminha das ervas! Salve irmãozinhos em Mamãe Natureza. Que a força viva da Jurema nos abençoe. Quando falamos em Jurema, somos automaticamente remetidos ao universo religioso e lembramos de imediato dessa fantástica linha de trabalhos espirituais das Caboclas Juremas. Sabemos que Jurema alem dessa fantástica falange, é também o nome de uma árvore, a “Jurema Preta” Mimosa hostilis é seu nome científico. Há várias confusões em relação a essa árvore sagrada. Acredito que a principal seja a confusão com outros tipos de jurema, ou acácias. É uma árvore bastante característica da região Norte – Nordeste do Brasil. Gosta de calor intenso, e por isso sua propagação em São Paulo (região Sul – Sudeste) é muito difícil, e mesmo que essa árvore cresça por aqui, perde parte das características de cor, aroma, etc. A vibração da árvore jurema, é associada aos Orixás Oxóssi, Obá e Oxalá. Sua casca é considerada “quente”, com alto poder de limpeza, principalmente para o chacra coronário

de médiuns, ou seja a “coroa mediúnica”. Dentro dos ritos do Catimbó, essa sagrada religião da natureza, pautada no culto tanto à árvore da Jurema, (sua essência energética e ao que ela representa para o juremeiro), quanto aos Mestres da Jurema, espíritos de grau iniciático no seu culto e manipulação ritualística de elementos ligados a ela; seu uso é bastante amplo, passando das beberagens, fumos sagrados e ritualísticos, banhos e defumações.

sas receitinhas são extremamente básicas, fato que se alguém tiver interesse em aprender mais sobre ervas, jurema, etc, procure os locais e pessoas habilitados a falar sobre o assunto. Essa beberagem de Jurema é apenas um vinho misturado com cascas e não uma bebida inicática, ok. E apenas um agrado que se faz à linha de caboclos na Umbanda, que por definição, são os juremeiros por excelência.

A própria presença da erva já é uma benção para o juremeiro, ou o praticante do culto à Jurema.

Aquele que acha que sabe tudo, perde uma grande oportunidade de aprender o que não sabe.

Jurema também é o nome dado ao espírito vegetal, à força viva da erva, à sua energia elemental básica.

Jurema é um Mistério Divino em Sí. E Mistério não é algo escondido, é algo não compreendido em totalidade, principalmente por nós, seres humanos limitados ao entendimento humano das coisas Sagradas.

Podemos dentro dos terreiros usar a jurema preta de forma bastante simples e direta, seja nos banhos de defesa e limpeza; nas defumações de desenvolvimento, ou mesmo em dias de festa de caboclos, colocando algumas cascas de jurema em vinho tinto, deixando descansar por uma semana pelo menos em local escuro, e servindo aos caboclos. Vale lembrar que aqui não podemos, e não temos a pretensão de ensinar ninguém a ser um juremeiro, mesmo porque isso não se ensina, se vivencia. E es-

Por falar em mistérios, vale continuar alertando sobre os donos dos mistérios. Isso mesmo, os que se auto intitulam donos de determinadas forças da natureza. Prestem bastante atenção: não se quebra um dogma criando outros. Uma folha é uma enciclopédia em si mesma. Numa folha está todo o código de uma raça elemental inteira. Reconhecer a energia numa folha, não estamos fa-


Ano 9 número 82 lando da energia física, como aprendemos no colégio, mas a energia etérica, espiritual mesmo, enfim reconhecer essa energia é um dom, que pode ser desenvolvido sim. Existem pessoas que nascem com um dom para a música, com uma invejável voz afinada ou com uma habilidade nata para tocar determinado instrumento. Da mesma forma existem pessoas que tem uma sensibilidade natural para os elementos. Sentem as pedras, a água ou as ervas. Esta sensibilidade não é um benefício que Deus dá de presente àquela pessoa em especial, mas sim conquista dela em sua caminhada de aprendizado e conhecimento. Negar seu dom seria a mesma coisa que vendar um dos olhos e se negar a enxergar com ele. Ou mesmo tapar uma das narinas, ou um dos ouvidos, ou mesmo os dois para não ouvir nada. Muitas pessoas gostariam de nascer com esses dons, mas tem a oportunidade de aqui, nessa jornada carnal, desenvolver pelo menos em parte, uma dessas capacidades. A mediunidade, ou sexto sentido, ou como chamei aqui simplesmente de sensibilidade, pode ser desenvolvida dentro das suas condições e merecimento. E isso não está diretamente ligado ao plano espiritual humano. O dom de entender e reconhecer as reações

das plantas é muito mais comum do que imaginamos. E sempre há quem afirme: acho que não tenho mão boa para plantas... Digo o contrário: pratique! Tenha alguns instantes diários de contato com suas ervas e plantas ornamentais. Lave as mãos em água fria, com seu sabão ou sabonete preferido, enxágüe com bastante água e sem tocar em nada espalme suas mãos sobre as folhas de uma planta... relaxe... solte os ombros, os braços... afrouxe os músculos... respire fundo pelo menos umas três vezes... feche os olhos e sinta a erva... sinta sua aura, sua vibração. Na desista se não sentir nada na primeira vez... a persistência fará com que dia a dia sua sensibilidade aumente. Quando menos esperar, estará em contato com um mundo fantástico, disposto a lhe ensinar, dentro também daquilo que você puder aprender, todo o conteúdo armazenado por milhares de anos de existência. Os elementos vem participando da evolução humana a incontáveis eras. Uma das formas de entrarmos em contato com essas vibrações é o meio religioso. A Umbanda como religião da natureza, proporciona um desses meios. Os guias espirituais, caboclos, pretos-velhos, crianças, exus, etc, são manipuladores, senão naturais, preparados para tal. Conhecedores de como ativar

página 9 os elementos, mesmo sem muita ritualística, sem folclore, estão ali, com uma folha, uma flor, semente, pedra, enfim, com um elemento natural ativo para o benefício de seu semelhante. Quando oferendamos um Orixá, seja em seu ponto de forças ou mesmo dentro de nossos terreiros, os elementos ali colocados são manipulados de forma que proporcionem ligação, irradiação ou absorvência de vibrações também. Não há conhecedores absolutos desses elementos, porque se alguém assim se intitula, se auto intitula de próprio Criador da Natureza. Somos instrumentos de mais alto, aprendizes do amor pela Mãe Terra, e por todas as Mães que compõem esse magnífico quadro natural. Bençãos de Mamãe Jurema em nossas vidas! Bençãos de Papais e Mamães Orixás também! Saúde, sucesso e muita magia realizadora a todos. Adriano Camargo Erveiro da Jurema Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br www.oerveiro.com.br


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A UMBANDA E OS CULTOS AFRO-BRASILEIROS EM SÃO PAULO – PARTE 3 PAI RONALDO LINARES

Pai Ronaldo Antonio Linares nasceu na década de 1930, na cidade de São Paulo e, quando jovem sofreu um sério acidente que lhe comprometeu a coluna vertebral. Conheceu e frequentou o primeiro Centro Espírita na Rua Luís Gama, no bairro do Cambuci, em São Paulo, o Centro de Seu Fabrício, como era conhecido na região. Frequentava as sessões espíritas, mas não deixava de ir à missa aos domingos. Certo dia resolveu ir para o Rio de Janeiro. Foi uma época difícil, pois não conhecia ninguém naquela cidade. Em função do acidente, usava muletas e tinha muitas dificuldades de locomoção e certa facilidade de comunicação. Sonhava em fazer carreira no rádio. Não conseguiu emprego e passou a dormir na gare da Central do Brasil. Um dia, uma mulher, a Maria, o acordou e disse que ali não era um bom lugar para dormir. Chamou um táxi e o levou para um barraco no Morro do Pinto onde fizeram uma refeição e pode dormir, pela primeira vez no Rio de Janeiro, em uma cama. Com o passar dos dias passou a fazer pequenos serviços que lhe possibilitava ganhar alguns trocados. Maria, preocupada com a sua saúde levou-o a um médico conhecido dela, o Dr. Nelson. Depois de al-

gum tratamento, ele disse que já havia feito tudo que era possível pela medicina. Perguntou então, se não queria conhecer um Pai de Santo que, segundo algumas pessoas, fazia milagres. Foi apresentado a João Alves Torres Filho, o famoso Joãozinho da Goméia, o Rei do Candomblé, figura polêmica e que era muito procurado por artistas, políticos e outras celebridades. Passou a morar na sua Roça de Candomblé, onde foi raspado, cortado, catulado, feito no santo e consagrado Babalaô. Durante o convívio diário com Joãozinho da Goméia, percebeu que quando as coisas ficavam difíceis, no âmbito espiritual, este procurava o “velho” na Pedra de Sepetiba. Com o tempo, Ronaldo foi se aproximando do “velho” que morava nas areias da praia. Sua cama era o fundo de uma canoa e seu teto algumas folhas de palmeira. Tinha uma memória extraordinária e conhecia como ninguém a arte do jogo de búzios. Foi com ele que Ronaldo aprendeu esta arte milenar e que exerce até hoje com maestria. No âmbito da Umbanda, Ronaldo destaca-se como presidente da Federação Umbandista do Grande ABC, desde novembro de 1974. A FUGABC foi fundada em 13 de maio de 1972, por orientação do general Nelson Braga Moreira e tem atualmente mais de duas mil tendas filiadas, não só na região do Grande ABC, em São Paulo, mas em várias cidades brasileiras. Radialista especializado em programas de divulgação da Umbanda e do Candomblé na Rádio Cacique de São Caetano do Sul, participou dos seguintes programas: Iemanjá dentro da noite, Ronaldo fala de Umbanda e, por quase dezoito anos consecutivos, Umbanda em Marcha, além da programação diária Momento de Prece. Foi o primeiro a mencionar a figura de Zélio de Moraes em jornais de grande circulação em São Paulo: Diário do Grande ABC e Notícias Populares. Foi colunista do jornal A Gazeta do Grande ABC. Na televisão participou durante quase quatro anos

do programa Xênia e você na TV Bandeirantes. Participou como produtor e apresentador, durante seis meses, do programa Domingos Barroso no Folclore, na Umbanda e no Candomblé, programa dominical com duas horas de duração, na TV Gazeta. Foi porta-voz oficial do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo (SOUESP), título que lhe foi concedido pelo General Nelson Braga Moreira. Recebeu diversas honrarias, dentre as quais destacamos a de Cavaleiro de Ogum, concedida pelo Círculo Umbandista do Brasil. No entanto considera a maior honraria de sua vida, haver conhecido em vida e privado da amizade do senhor Zélio Fernandino de Moraes, considerando-se filho espiritual de sua filha Zilméia de Moraes Cunha. Em 1982, no Terceiro Congresso Paulista de Umbanda, apresentou uma tese sobre a proibição da matança de animais nos cultos umbandistas. A tese foi aprovada, porém conhecemos muitos terreiros de Umbanda que fazem sacrifícios animais. Em 25 de janeiro de 2013, durante os eventos comemorativos do aniversário da Cidade de São Paulo, foi celebrada uma missa na Catedral da Sé onde autoridades de diversas religiões estiveram presentes a convite do Padre José Bizon, cônego da Arquidiocese de São Paulo. Pela primeira vez uma autoridade umbandista foi convidada para o evento: Pai Ronaldo Linares. Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo, recebeu Pai Ronaldo pessoalmente no centro da nave da catedral. A Federação Umbandista do Grande ABC é uma entidade beneficente que tem a finalidade de congregar templos de Umbanda da região do ABC Paulista. Em razão da excelência de seus serviços, transformou-se na maior entidade federativa de Umbanda no Brasil, estando apta para registrar templos em todo território nacional. A sua sede localiza-se à Rua Visconde de Inhaúma, 354 – Vila Gerty, São Caetano do Sul, São Paulo. O templo sede, Casa de Pai Benedito de Aruanda, está situado no mesmo município, na Rua Marechal Cândido Rondon, 21 – Bairro Oswaldo Cruz.


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Ano 9 número 82 Ronaldo Linares que fundou o Santuário Ecológico.

As festas de Iemanjá

O Santuário Nacional de Umbanda Quando há quase quarenta anos, Ronaldo Linares observou uma enorme cratera formada pela exploração da brita na antiga pedreira Montanhão, vislumbrou que, com muito trabalho e dedicação, poderia transformá-la num local ideal para cultuar os Orixás. A FUGABC promoveu a recuperação ambiental desta área de 645.000 m2 localizada na Estrada do Montanhão, 700, no Parque do Pedroso, em Santo André, São Paulo. O Santuário Nacional de Umbanda é parte integrante do Santuário Ecológico da Serra do Mar. No site da FUGABC podemos ler a respeito da missão do Santuário: A missão do Santuário Nacional de Umbanda é construir e disponibilizar um espaço propicio para o desenvolvimento humano e espiritual de todos aqueles que fazem parte de nossa da comunidade umbandista ou aos que desejam conhecer nossa religião, preservando o meio ambiente (fauna e flora), cultuando a religião de forma respeitosa, levando a palavra e os ensinamentos de Deus e de Zélio de Moraes a todos, zelando para que as práticas umbandistas sejam realizadas sempre para o bem. Tudo é muito grande, muito bonito e, sobretudo, muito bem cuidado. São ao todo, atualmente, onze monumentos medindo, em média, 10 metros de altura cada. Christiano Carvalho, do Diário do Grande ABC, escreveu em 2000: Natureza e religião se unem em uma área verde de 645 mil m² na Estrada do Montanhão, em Santo André. Trata-se do Santuário Ecológico da Serra do Mar, mantido há 20 anos pela Federação Umbandista do Grande ABC, cujas instalações para a realização de cultos religiosos se espalham por 5% da área. O restante, composto por Mata Atlântica intacto, é preservado por meio de um esquema de segurança montado pela Federação. Há um posto de observação, fincado em um dos muitos morros do terreno. Nem os usuários do Santuário Nacional da Umbanda, como é chamado o complexo religioso lá instalado – onde são praticados os cultos – , tem acesso a essa área de proteção de manancial. No início dos anos 1960, uma pedreira que funcionava em uma parte do terreno foi desativada. Nesse local, houve um grande desmatamento com o consequente empobrecimento do solo. A preservação da natureza é o principal lema do presidente da Federação,

Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, as festas de Iemanjá atraem multidões às praias brasileiras. A festa que ocorre todo final de ano na praia de Copacabana faz parte do calendário turístico do Rio de Janeiro. Na Bahia, a festa de Iemanjá do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares do ano e atrai às praias do Rio Vermelho, em Salvador, uma multidão imensa de fiéis e admiradores. No entanto, as festas de dezembro, no litoral paulista são as mais tradicionais, para os adeptos da Umbanda e do Candomblé. A primeira festa em homenagem à Iemanjá, na Praia Grande, foi realizada em 1953 por Félix Nascentes Pinto, fundador do Primado de Umbanda em São Paulo. O local foi denominado oficialmente de Vila Mirim, em homenagem ao Caboclo Mirim. Os festejos à Iemanjá, de cunho oficial, na Praia Grande, tiveram início em 1969, na administração do prefeito Dorivaldo Lória Junior e contou com aproximadamente 15 mil pessoas. Em entrevista concedida à Marques Rebelo, da Revista Espiritual de Umbanda, Ronaldo Antonio Linares fala sobre os aspectos históricos dessa importante festividade: Por volta de 1957, 1958, iniciaram-se as festividades umbandistas em uma faixa do litoral sul de São Paulo. Criou-se, posteriormente, na cidade de Santos, uma federação, mas nesse início ainda não existia. A Federação Umbandista do Estado de São Paulo tentou realizar alguns eventos, mas sem sucesso. Depois, a Cruzada Federativa do Estado de São Paulo, na pessoa de seu presidente, o Sr. Barbosa, começou a realizar as festividades na Praia Grande. Mas o germe disso tudo foram algumas tendas que faziam as homenagens à Iemanjá sem a participação de federações. Não existiam ainda a Federação Umbandista do Grande ABC, nem a Associação Paulista de Umbanda, que depois viria a se tornar líder nessa área. As poucas federações que existiam, como a União das Tendas e o Primado de Umbanda, não haviam ainda demonstrado interesse. Nessa época, as festividades eram realizadas na Praia das Vacas, que fica entre a Ponte Pênsil e a Praia Grande. Ali havia alguns estabelecimentos militares, e, a princípio, não se importavam que o pessoal fizesse ali os seus ritos à noite. Por volta de 1964, no período posterior à revolução, começaram a criar dificuldades para que se fizesse as festividades naquela região, que era considerada militarmente estratégica. Passou-se então a se realizar as festividades na Praia Grande; primeiramente, começavam no Boqueirão e iam até a outra extremidade, sem muita organização. Algumas tendas se estabeleciam aqui e ali, sempre no dia 8 de Dezembro. O erro do dia 8 de Dezembro, dife-

rente de 2 de Fevereiro, que é a data em que é festejada na Bahia, e o sincretismo lá é feito com Nossa Senhora dos Navegantes, e não com Nossa Senhora da Conceição, aconteceu porque, na verdade, a primeira entidade que se interessou em organizar e realizar as festividades foi a Liga Umbandista do Estado de São Paulo, dirigida pelo saudoso Pai Jaú, que tocava um rito que nós poderíamos hoje classificar como Umbanda Mista ou "Umbandomblé", porque tinha muito mais elementos do Candomblé. Mas era um visionário, e tinha um interesse saudável nas festividades. Ele imaginou fazer uma festa que fosse o encontro de Oxum e Iemanjá, por isso era realizada na data em que se comemora a Imaculada Conceição. Esse encontro era feito no fim da Avenida Costa e Silva, bem na entrada da Praia Grande, porque dali para frente ainda era muito selvagem, não estava tão edificada, não existia ainda Cidade Ocian. Pai Jaú realizou essa festa por vários anos naquele local e eu descia, naquela época, só com a Casa de Pai Benedito. Não havia a Federação do Grande ABC. Por volta de 1967, conheci o Demétrio Domingues, e, naquela época eu fazia um programa de Umbanda na Rádio Cacique. Fizemos amizade e ele me levou ao Superior Órgão de Umbanda. Lá eu conheci muita gente boa, contávamos com um pessoal muito bom, principalmente o General Nelson Braga Moreira que, por orientação do Demétrio, o coordenador geral do SOUESP foi quem realmente organizou os festejos à Iemanjá. O grande mérito das festas devemos ao Sr. Demétrio Domingues. À medida que essas festividades foram avançando, conseguimos levar um número impressionante de gente para lá, havia um terreiro de Umbanda em cada quadra de São Paulo. Nessa fase, chegamos a levar aproximadamente 750 mil pessoas para a Praia Grande, o que causava um transtorno, pois a ocupação da praia era total, praticamente uma tenda a cada 15 metros. Foi o grande boom da Umbanda, isso, a partir de 1970. As décadas de 1970 e 1980 foram as mais ricas, foi a época das grandes festividades no litoral. Em 1972, quando foi criada a Federação Umbandista do Grande ABC, nós já tínhamos organizado, em nome do programa radiofónico que eu comandava, uma alegoria para a festa. Atualmente a Federação Umbandista do Grande ABC realiza a Festa de Iemanjá no Município de Mongaguá.

Pai Ronaldo em festividade em São Caetano do Sul Jornal Aruanda, n. 14, outubro do 1976

Editor: Diamantino Fernandes Trindade


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A TENDA ESPÍRITA MIRIM

A EDITORA DO CONHECIMENTO traz aos leitores um importante livro sobre dois baluartes da Umbanda: Caboclo Mirim e Benjamim Figueiredo. Diamantino Fernandes Trindade, na sua constante tarefa de resgate da memória da Umbanda, apresenta um histórico da fundação da Tenda Espírita Mirim e o profícuo trabalho do Caboclo Mirim e Benjamim Figueiredo. Outros autores também abordam o tema. Selecionamos algumas matérias jornalísticas relevantes para esse resgate histórico. Apresentamos também a relação das filiais da Tenda Espírita Mirim. Resgatamos quatro livros raros, publicados por Benjamim Figueiredo e abordamos a sua famosa obra Okê, Caboclo!,

publicada em 1968 e que fez muito sucesso, na época, entre os umbandistas de todo o Brasil e, ainda, a brilhante obra Reflexões sobre a escola de Caboclo Mirim, de Sérgio Navarro, publicada pela EDITORA DO CONHECIMENTO, em 2015. Apresentamos também o importante trabalho desenvolvido pelo Primado de Umbanda, fundado por Benjamim Figueiredo e o Primado de Umbanda em São Paulo, fundado por Félix Nascentes Pinto. O vocábulo Umbanda é analisado pela ótica de Diamantino Coelho Fernandes, da Tenda Espírita Mirim, e Ramatis. Uma rica galeria de imagens encerra a obra. A obra pode ser adquirida no site http://edconhecimento.com.br



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18 de Agosto

4º Cultura de Te r

reiro

Horário: 14H0 0 Local CONI - CO MU DE INDAIATUBA NIDADE NEGRA Endereço: Rua Comendador An tônio Nagib Ibrahim , 341 - Núcleo Hab. Brg. Faria Indaiatuba - SP Lima, Entrada: 1 litro de leite Organizador: Te nda de Umband a Arautos da Luz – TuaLuz Maiores inform ações: (19) 98 826-9169

25 de Agosto 15º Prêmio Atabaque de Ou ro Horário

: 13H00 Local: Acadêm icos do Grande Rio Endereço: Rua Walace Soares , 5 e 6 Centro Duque de Caxia s – RJ Organizador: IC APRA Maiores inform ações: (21) 26 63-5815 (21) 97032-92 89

22 de Setembro Curador da Alma Força – Fé - Amor

Horário: 12H00 Local: Tom Bras il Endereço: Rua Br agança Paulista, 1.281 São Paulo, SP Organizador: Tem plo de Umbanda Caboclo Tupinam bá e Sultão das Matas Maiores informaç ões: contato@sandro luizumbanda.co m.br

15 de Nov

embro

10º Sema n e do Umba da Umbanda cidade deandista na São Paulo Sexta-feir a, 15 de N

ovembro Clube Esc às ola Mooc a – Rua Ta 13hrs Mooca, S quari, 63 ão Paulo 5 –S Entrada: 1kg de ali P m Maiores In ento não perecível fo (11) 947 rmações: (11) 279 26-7609 6-4374

04 de Agosto

Festival de Cur imb de Sousas a

18 de A

gosto

1º Enco ntro de V “Quand Curimbas ozes e o o ata Horário baque : Local: 13:30 as 1 Soa” 6:00 Teatro Santo Rua A

Horário: 14H0 0 Local: TUCKL Endereço: Rua Miguel Abrahã o Keiralla, 66 Jardim Concei ção (Sousas), Ca mpinas - SP Entrada: 1kg de alimento não pe pe Ag recível Organizador: So Conta ninos nº 118 ostinho a Curimba e TU to: 98 CKL Maiores inform 2 73-04 Email: ações: (11) 94 0 t 852-6545 Entrad ucbieptreme 6 terra@ a: 1º L gmail.c ote R$ Organ iza 25 om Caboc ção: Templo ,00 lo Trem de Um e Terra banda

15 de Setembro

10º Festival de Um Grito de LibCurimba erdade! Domingo, 16

de Setembro às 13hrs Clube Juventus – Rua Juventus , 690 Mooca, São Pa ulo – SP Maiores Inform ações: (11) 27 96-4374 (11) 94726-76 09


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PARTICIPANTES CONCORRENTES

xú pério de E Im a b im r u C Escola de m, o que é os entenda

r o men ara nós, po tam ou pel portante p e todos sin im u se é q s o es o d iã g o em li o palc Nós quer anto essa re os subir n ar dista e o qu mente irem a mos repass v o re n ta ser umban , n ta te lu e s sa o cl es a o n h b s o de Ca ue ven o isso estam l da Aldeia sso Axé! Q a o v n ti o es e F r so o m ista! maravilho o nosso A o umband presentes leça a uniã a rt fo a todos ali se e u Festival e q

ro hos do Ou il F a b im r Cu

r honra faze ma grande , u a é d n a ro b u O m nossa U Filhos do ra a ia p íl o m s” a rc á a F x da Ori mm “Para nós e é mais u dos nossos bandista e história qu m sa U es ra d u e lt rt pa da cu valorização trazendo a

ete Oguns S a b im r u C icipar do cia de part

de a importân nda, a troca ete Oguns S a b m ri o da umba m si cu çã a s a a lg d u m s iv ó ir d n "Para compet oclos é a só b a o ã C n e e d a fé ei e s irmãos d festival Ald religião" nhecer novo rixás e nossa amada co s, ia g er O en os louvar noss

Escola de Curimba Primeira Louvação “Quero louvar Guias e aos Orixás e fazer ecoar o meu cantar"


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Escola

de Cu

rimba

Uma N ação m ovida p ela

Cent ro de

Nação

Tambo

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batida do tam bor!

Parti Umb cipar anda d nado esse fest Cent ival é s no mesm "C ro de o pro elebrar a Arua pósit u n iã o, so nda b a b o, o respe ençã i t o e o do a pai O fé, irma xalá"

Templo de U mbanda Pai João de Ang Para nós do T.U Pai João ola de

Angola será uma satisfaç aquilo que pr ão representa ofessamos. r

Escola

de Cu "Ontem rimba estáva Unive mos m aravilh rso de ados c Ogã om o parte d baile, a festa hoje s !" omos

Irmandade Caboc lo Ubirajara Guerr eiros de Aruanda

"Para nós da Irman dade Ubirajara e Cu rimba Guerreiros de Aruanda, entrarmos nesse festival é um grande salto, é sairmos da nossa casin ha para o mundo ( o mundo da umband Estamos muito felize a). s em mostrarmos a nossa Curimba, nossa música e a nossa energia! A Umband a precisa de eventos como esse, onde nó s podemos nos unir em alegria, música, amor e muito Axé!! !! Que Oxalá nos pr oteja"!


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T.U Geração de Luz Oxossi Oxum O Cru T.U C zeiro ruzei uma de Lu fo ro de z uma rma de e sempre a Luz xpan preci forma d o ir u nossa d partic e congreg e desmis o Festival tifica Oxos armo de Cu ra si, O ipação c sn rim dos. " rixá da e om a apre ossas casa Umbanda ba, por s er , além senta Ataba xpan s . E sse sã çã q Os at d abaqu ue sempre o, conhec o em Hom ano inici e ser imen arem enage es vã pront to os o soa m r e as o, agora va e dos tam ao senh or mos s bores vozes audar eco Pode : Oke sagraAcred ar, somo Arô!" s Cru itar. zeiro de Lu z,

Vamos Movimentar a Nossa Umbanda, louvando aos Orixás na Aldeia de Caboclos! O Mundo está nas mãos daqueles que tem a coragem, de sonhar e de correr o risco de viver seus sonhos. " É Geração de Luz guiados por 7 flechas, Pai Oxossi e Mãe Oxum"

boclo

e

s Verd

olha Sete F

a alma cura d a ê a u al Pai Ob z do os ao u L m a . m U a cl o! T. ração, e do coraçã uma o é o t O pon

Ca Luar e

Templo da L uz Divina

"Após 7 anos o Templo D a Luz Divina a alegria de tem a honra participar do e 10° festival grito de liber de curimba dade, muito um obrigado alde pela oportun ia de cabocl idade de leva os rmos nossa m ensagem"

a ba Toque do Cik m ri u C e d la co Es do tambor". ntro "A magia mora de




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PARTICIPANTES ESPECIAIS

Nucleo de Curimba Força Maior "A importância de participarmos do festival é para semearmos e preservarmos a semente dos nossos sagrados guias, mestres e orixás"

do Oriente s e r o b m a Curimba T Grupo de

m"! iros de Ogu o dos lance çã te ro p a sob do Oriente "Tambores

Pai Élcio

D’ Oxalá “Uma ale gria esta r fazendo maravilho parte no so! Viva o vamente s tambore desse fe s. Viva a n stival ossa Umb anda! ”

Escola de Curimba Espaço do Oga Agradecemos a fam ília Aldeia de Cabo clos pelo acolhimen da nossa escola de to curimba, alunos e terreiros que cada representa. Juntos um representamos nossa religião, levando po mais um ano mens r agens de paz, amor e união. Celebramos com muita alegria e satisfação, manifest ando de forma abert a nossa crença e fé.

Escola de

Curimba

Ta

mbor Sol O Festiva e Lua l de Curi m b sempre ap a proporc rendendo io n a Alegria, In com os irm centivos ãos ponto e s novos p mos nos te ara tocarrreiros.


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T. U. O

Tião Casemiro “ Meus irmãos de São Paulo, dia 15 de setembro estarei novamente no 10º Festival de Curimba da Aldeia de Caboclos. Vai Vendo!”

ixá bor de Or m a T l a r u lt u indo icipar desse Instituto C poder part

em nde alegria tambor de orixá” te uma gra ia en íl m m fa va o à “N nto festival, ju

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lo S Caboc

Julian “O fes a D’ P tiv Aldeia al de curim assos ba, sem de Cab oclos p nidade p r e muit ro ú cantad nica de ver e porcionando o bem orga os. For n m um dia só ao público U izado pela m família uma in mband alegria amos novas crív is , união a e paz q mizades, con el diversida ta a oportuue tran g d scende regamos, cele e de pontos m nos sos ter bramos com reiros! ”

Associação Espirita Alfa e Omega

"É sempre especial nos apresentarmos num festival e com alegria subiremos muita no palco esse ano do 10* Festival de Aldeia de Caboclos Curimba para homenagear a linha dos boiadeiros trando através da Cu , mosrimba Alfa e Ômega, nossa fé, missão e am nossa Umbanda. Ax or à é e Gratidão"



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Roupas Ciganas e Escola de Dança A mais bela e completa de roupas ciganas CODM - Curso de Orientação e Desenvolvimento Mediúnico com Teologia de Umbanda e Sacerdócio Todas as 3ª feiras às 20:15h

Curso de Curimba Canto e Toque Ministrado por Severino Sena Segundas às 19h Loja e Curso:

Dança:

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ALIMENTOS ARRECADADOS, DISTRIBUIDOS PARA QUEM PRECISA Em Jun/2019 recebemos os alimentos arrecadados na 15* Procissão de Xangô, evento organizado pela Escola de Curimba Aldeia de Caboclos. Em Jul/19 conseguimos doar 400 cestas básicas no projeto de Doação Mensal de cestas básicas, uma das regras desse projeto é ajudar a família por 3 meses consecutivos. Logo, na entrega que fizemos em 6/7/19 doamos cestas básicas para 133 famílias. Essa parceria da Associação Espírita Alfa e Ômega com a Procissão de Xangô Aldeia de Caboclos foi muito importante para ajudar famílias que já estavam na fila de espera de nosso projeto. Aldeia de Caboclos, representada por Pai Engels, nós expressamos através desse texto nossa gratidão, respeito e admiração pela garra, empenho em homenagear Xangô, em levantar a bandeira da nossa religião Umbanda, em juntar milhares de pessoas, não apenas umbandistas, mas adeptos das religiões afro-brasileiras, praticantes ou mesmo aqueles que gostam, mas não são frequentadores. Enfim, vocês merecem nosso respeito, a Procissão a cada ano cresce e suas apresentações são ainda melhores. Passamos um domingo de muita emoção, amor e muita energia positiva. A Associação Espírita Alfa & Ômega desde o ano de 2013 recebe os alimentos arrecadados na Procissão de Xangô, evento realizado pela Aldeia de Caboclos, essa confiança e parceria nos deixa muito felizes, afinal já são 07 anos consecutivos que conseguimos aumentar o número de famílias auxiliadas no 3º trimestre de cada ano. Desde 1996, ano em que a Associação Espírita Alfa e Ômega foi fundada pelo José Edson Rodrigues e Rejane Martins de Oliveira Rodrigues, com objetivo de realizar atendimentos espirituais tendo por base os ensinamentos da doutrina espírita Umbandista, transmitindo os valores da caridade entre seus associados e visitantes, temos conseguido ajudar mais e mais famílias. Sempre visamos à desmistificação do espiritismo

como forma de arrecadar somente ganhos financeiros e ao longo de anos trabalhando em prol do próximo tem conseguido levar essa ideia adiante, baseando-se sempre no princípio do amor e respeito ao próximo. Nossa casa tem crescido consideravelmente e graças ao nosso Pai temos conseguido não só ajudar as pessoas que necessitam de auxílio, como também tem transformado a vida de muitas pessoas. Além dos trabalhos espirituais que realizamos nos atendimentos e nas palestras, temos alguns projetos voltados para as crianças carentes da nossa sociedade, tais como: PROJETO DE INSERÇÃO CULTURAL “CAPOEIRA”: Esse projeto visa levar até as crianças (5 até 15 anos) o senso de disciplina, respeito, sendo também uma forma de mostrar a cultura de nosso país. Acontece semanalmente as terças e quintas-feiras no período das 19h às 21h, sendo totalmente gratuito, mas com a exigência da criança estar matriculada numa escola pública. No ato do cadastro, o qual realizamos a cada semestre solicitamos a apresentação do boletim escolar, a fim de comprovar a frequência nas aulas, pois mais importante do que a criança praticar um esporte é a criança estudar, visto que os estudos são imprescindíveis para a formação da cidadania e a busca de um futuro melhor. PROJETO NATAL SOLIDÁRIO “APADRINHE UMA CRIANÇA”: Sempre em dezembro de todo ano realizamos uma festa, onde os médiuns da comunidade, os associados e todos que frequentam nossa associação tem a oportunidade de apadrinhar uma criança carente, presenteando-as com roupa, calçados, brinquedos aqueles que muitas vezes não sabem o que é a magia do Natal, transformando esse dia num sonho realizado. Para que esse dia aconteça, fazemos o cadastro de em média 1500 crianças durante o mês de outubro. Nesse cadastro o responsável deve trazer a carteira de vacinação atualizada e comprovante de assiduidade escolar. No dia da entrega realizamos uma festa para as crianças e familiares. Desejamos que vocês sejam sempre o combustível

e que essa chama nunca se apague, que os terreiros, templos, etc, sigam o exemplo de amor que a Aldeia transmite. Parabéns, gratidão e Axé. Associação Espírita Alfa e Ômega Rua Augusto Giorgio, 222 São Mateus São Paulo - SP CEP 03965-050 | (11) 2018 0879 Nos envie um e-mail para ser DOADOR SOLIDÁRIO: ass.alfa.omega20@gmail.com Visite nosso SITE: http://www.associacaoalfaeomega.org Nos siga nesse facebook: https://www.facebook. com/alfa.eomega.56 Nos adicione nesse facebook: https://www.facebook.com/jose.edsonrodriguesii.5 Curta nossa página: https://www.facebook.com/AssociacaoEspiritaAlfaOmega/


Fundado em: 18-01-1975

Trabalhos Espirituais aos Sรกbados as 19:00 hrs Endereรงo: Rua Viela Espinard nยบ 17 Picanรงo- Guarulhos cabocloseteflexaebaianoseveria@gmail.com Contato:94726-7609



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