Jornal da Aldeia Edição 71

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Ano 8 número 71 Prezados irmãos de fé e caros leitores, em uma época de tanto desespeial ro, de tanta selvageria, de tanta r ito insegurança, de tantas calamidades d E na política nacional e mundial, em um período de tantas catástrofes para humanidade, a nossa fé inabalável deve se fazer ainda mais presente e pulsante. A importância de manter esta crucial chama acesa deve ser emanada com maior intensidade por todos nós, principalmente àqueles que se mostram entregues ao completo negativismo e às sombras do desânimo. É natural que possamos balançar diante de grandes possíveis choques ao longo de nossas vidas, mas, nunca será natural e nem aceitável nós darmos por vencidos diante das adversidades. Pois, com fé real em Deus, em Jesus, nos Orixás, nos Guias de Luz,

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acreditando, igualmente, em nossa capacidade de superação e trabalhando de maneira honesta, efetiva e de forma constante por dias melhores, cabal e notoriamente, seremos capazes de transpor quaisquer dificuldades, de superar quaisquer barreiras, óbices e obstáculos que surjam em nosso caminho, tendo como resultado a vitória interior, bem como os frutos exteriores. Propaguemos e disseminemos o amor a vida, o amor ao próximo, a importância de agradecermos a Deus a cada amanhecer pela oportunidade de estarmos vivos, primeiramente, e em sequência sempre válido de joelhos agradecermos por nossa saúde e pela daqueles que tanto amamos. Busquemos adquirir o salutar hábito de irradiar Ultra Positividade por onde passarmos. Apliquemos em nossa existência, como princípios, ao menos, dois dos vastos valiosos ensinamentos do espírito André Luiz, quais sejam: “Abençoe o dia para

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que o dia lhe abençoe” - “A vida é aquilo que você deseja diariamente”. Assim, certamente passaremos a viver e a conviver com mais alegria, prazer, harmonia e produtividade. Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis

EXPEDIENTE istakis ção els B. Xenokt Diretor: Eng e: Dinâmica Comunica rt A e d Direção ktistakis gels B. Xeno Redator: En s: Adriano Camargo / re Colaborado ares e n Li o Ronald s Xenoktistaki ndros Barros Alexandros xa le A : a rídic Assessoria Ju OAB/SP 182.106 – s ki ta os.com.br is kt o Xen eiadecabocl ld a l@ a rn jo contato:

11 2796-4374 / 11 94785-5874 / 94726-7609 www.aldeiadecaboclos.com.br aldeiadecaboclos@gmail.com

PREVISÃO BARALHO CIGANO Cartas: Navio- Jardim- Foice

Amor

Excelente fase para renovar seu relacionamento, colocar fim em atitudes negativas e o que prejudica o relacionamento a dois. Momentos de alegria e felicidade, rompendo com o que não te faz bem.

Profissional e Financeiro

Oportunidade de mudanças na sua área profissional e principalmente com relação à parte positiva. Continue se esforçando para pensar na renovação profissional e com isso a colheita da sua prosperidade em sua vida virá como consequência.

Saúde Física e Espiritual

Pensamentos positivos e a busca pela energia positiva em sua vida será algo constante. Trabalhe muito na mudança de seus hábitos e rotinas com sua saúde, saindo da preguiça. Carol Amorim- Taróloga e Dirigente do Templo de Umbanda Estrela do Oriente Comunicadora da Rádio Mundial 95.7 FM Face: Taróloga Carol Amorim. Atendimento com Tarô e Baralho Cigano. Site:www.carolamorim.com.br WhatsApp: 11 94942-4000 ou 44786398. Atendimento presencial em Santo André ou a distância. Instituto Estrela do Oriente - Santo André.



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“VÁRIAS FORMAS DE SEMEAR O MESMO PROPÓSITO” O dia 14 de junho amanheceu imbuído de benevolência, tolerância e resiliência, principalmente para os participantes do Fórum Inter-religioso de Santo André enquanto se dirigiam ao Teatro Municipal Andreense para seu IV evento. Neste ano, diferentemente dos anteriores, organizou-se uma exposição religiosa no saguão do teatro, afim de que as pessoas pudessem interagir com as diferentes confissões religiosas.

de informações e questionamentos muito importantes, envolvendo sociedade, religião e responsabilidade social. Finalmente, o último tema “Gênero” foi também brilhantemente abordado por Angélica Tostes (militante da REJU – Rede Ecumênica da Juventude), iniciando uma discussão indispensável sobre esse assunto tão mplamente discutido, porém, ainda muito longe de receber o entendimento acertado e o merecido acolhimento.

Estavam ali expostas, com seus ícones e símbolos: Associação Brasileira de Bruxaria - Casa De Bruxa / Espiritismo / Fé Bahá’í / Grande Fraternidade Branca / Igreja Católica Apostólica Romana / Igreja Evangélica de Confissão Luterana / Islamismo / Umbanda / Xamanismo. Infelizmente Seicho-no-Ie e Candomblé não puderam estar presentes durante o dia em razão de problemas de particulares.

Houve muita participação dos presentes nesta última palestra e precisou ser interrompida (após já ter passado do prazo estipulado) pois os grupos convidados para as apresentações da “Dança dos Orixás” e da “Dança Xamânica” já estavam a postos.

Além da exposição, tivemos a formação de três rodas de conversas com temas atuais e relevantes envolvendo a religião, com participação intensa e proveitosa dos presentes. Para o tema “Meio ambiente” foi convidado o Profº Murilo Andrade Valle, que dis-

correu brilhantemente sobre a responsabilidade social, não apenas da sociedade, mas também das religiões e que defendendo que ações são e podem ser tomadas nessa direção. O tema “Resiliência em tempos de caos” foi abortado de forma envolvente pelo convidado Humberto Loboda Fasoli, quando provocou os presentes a se expressarem sobre a forma como compreendiam essa palavra (tão usada ultimamente). Foi uma hora inteira


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Ano 8 número 71 O Babalaô Ronaldo Linares fez a fala de abertura ressaltando a importância do Fórum para a cidade e, emocionado, relatou as experiências vividas durante esse diálogo inter-religioso e como essas atitudes repercutem na sociedade.

Quando os convidados começaram a chegar para o evento noturno, o músico Nader Shaikhzadeh Vahdat os recebia tocando lindamente seu violino e emocionando a todos. Enfim, com todos devidamente ocupando seus lugares, a mestre de cerimônias, dra Rose Zerefino, fez a abertura oficial do IV Fórum Inter-religioso de Santo André. O Presidente da Câmara Almir Cicote e o Vice-Presidente Luiz Zacarias realçaram a importância desse evento, enfatizando a necessidade da continuidade deste diálogo baseado na fé e no amor.

Vivemos três momentos excepcionais quando fomos presenteados pelas apresentações dos Corais: Meimei (CEOS – Centro Espírita Obreira do Senhor) e da Igreja Luterana, que enterneceu a todos, enchendo nossos corações de júbilo, além da Dança Cigana que animou a todos colorindo e alegrando o ambiente com sua música envolvente e suas roupas coloridas. Sem esquecer do lindíssimo solo de violino enquanto o grupos se preparavam.

Tânia Gori fez uma importante explanação sobre “Responsabilidade Social” – tema deste Fórum – e Ademir Mendes leu a carta de princípios deste Fórum. Para finalizar o Dema (Valdemir Marçola) leu um poema lindíssimo de Bráulio Bessa falando sobre intolerância religiosa, encerrando o evento com calorosos aplausos da plateia, além de deixar em todos o gostinho de “quero mais”. A todos os participantes do Fórum, ao público carinhoso que compareceu e prestigiou o evento e à municipalidade andreense, nos s o s mai s sinceros agradecimentos.

Tivemos uma breve apresentação de todas as lideranças religiosas presentes, quando oportunamente, puderam deixar suas mensagens de fé e principalmente de amor ao próximo, ao meio ambiente e aos diferentes, exercitando a resiliência e os ensinamentos divinos, em prol de uma sociedade sofrida mas jamais desesperançosa, pois quem tem fé e amor no coração, não anda só e nem nas trevas.

Babalaô Ronaldo Linares Santuário: 4338-0261 / 4338-3484 Escritório SANU: 4232-4085 Escritório FUG “ABC”: 4238-5042 www.santuariodaumbanda.com.br federacaoabc@terra.com.br


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Aos médiuns super-heróis: Nem todo mundo quer ser salvo Leva tempo para compreender que as pessoas são seres complexos o suficiente para buscarem ajuda, mas ignorarem a solução dada. Seja por um conflito interno, experiências anteriores ou ambos, sempre existirão aqueles que se deslocarão até o terreiro, sentarão de frente para a entidade, desabafarão, ouvirão os conselhos e irão embora sem seguir nada do que foi dito. E não há qualquer obrigatoriedade de o médium duvidar de si ou de sua entidade por conta disso, pois a ele cabe somente servir como canal para o aconselhamento e apresentação de um novo ponto de vista ao consulente; quantas vezes forem necessárias.

O objetivo do terreiro é proporcionar mais uma chance de evolução aos encarnados – sejam estes os que estão à frente da corrente camboneando, dando consultas ou procurando um sentido para o que vivem. Sem que metas sejam estabelecidas, expectativas criadas e frustrações adquiridas ao final do dia. A prática da caridade não traz em sua essência a indispensabilidade do atendimento ideal, perfeito, primoroso, sem igual e sensacional, assim sendo questionar o trabalho dos espíritos de luz a cada retorno do consultante é o mesmo que desperdiçar esforços numa guerra que em nenhum momento requereu a participação do consultor.

Embora cause indignação ver aqueles indivíduos cometendo as mesmas faltas já apontadas, é fundamental que o médium os encare como encara a si mesmo: alguém ainda aprendendo a viver. É um conceito fácil de ser explanado, entretanto extremamente árduo de ser experimentado uma vez que se tende a tentar ajudar até começar a interferir no livre-arbítrio concedido aos humanos por Deus. Há momentos em que é preciso calar a revolta interna para com a “falta de conselhos” do Guia e prestar atenção no silêncio e no abraço aconchegante que ele dá.

Nem todo mundo tem a capacidade de se desvencilhar imediatamente da realidade em que encontra-se, nem todo mundo quer abdicar dos momentos bons que tem junto à raiz de seus problemas, nem todo mundo é tão confiante para fechar os olhos e se jogar de cabeça numa nova realidade; nem todo mundo quer ser salvo. Todo mundo quer ter um porto-seguro, alguém que possa ouvir sem demonstrar qualquer tipo de preconceito ou julgamento, algo que destoe do ambiente confuso em que se fechou. Mais ajuda um sorriso doce acompanhado de um olhar sincero do que uma lista de afazeres para quem nem sabe por onde começar.

No instante em que aquele responsável por receber o suplicante se indispõe com as ações do mesmo frente à dificuldade relatada, considerando-o fraco por evitar tomar atitudes decisivas, estará simultaneamente ignorando as ocasiões em que esteve preso no mesmo dilema e buscou a opinião de outrem. Seguramente essa análise fantasiosa feita por quem possui pouca empatia e que considera apenas um resultado sem variáveis é completamente dispensável. Ver-se como o provedor do direcionamento talvez provoque a sensação de certa superioridade sobre o outro, ainda que o tratamento oferecido pelo Guia ao consulente tenha total serventia para o aparelho que transmite suas falas.

Alan Barbieri Sacerdote Umbandista do Templo Escola Casa de Lei Alan Barbieri Contato: (11) 2385-4592 barbieri.empresa@gmail.com


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MITOS DA MEDIUNIDADE Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que as bênçãos de Mamãe Natureza sejam em vós todos como é em mim.

a cura, a prosperidade e a tranquilidade necessária para que ele alcance seus objetivos luminosos e permaneça em sua evolução contínua.

Quantas vezes a gente não tem vontade de desistir de tudo, não é?

Uma erva não anula a outra e esse mito só é verdadeiro se mudar o propósito. Desde que você se mantenha no propósito luminoso da cura espiritual, as ervas convergirão para a direção indicada.

Há muito mitos em relação à mediunidade, o sacerdócio religioso, a Umbanda e todas as formas que Ela nos conduz, mas não entrarei nesse detalhe, pois esses assuntos são sempre tratados aqui no Jornal da Aldeia de forma direta e profunda, por vários colaboradores como eu. Se minha especialidade é o mundo das ervas, e nela eu baseio todo o meu trabalho, tenho na minha religião, em minha amada Umbanda a base formadora e fundamentadora de todo esse trabalho. Toda a inspiração vem de Mãe Natureza na forma de bênçãos de luz do conhecimento das coisas divinas, e as ervas são as portadoras e mantenedoras dessas bênçãos, trazidas por espíritos preparados para isso, que se apresentam na forma de Caboclos, Pretos Velhos, Exus e Pombas Giras entre outros. Sabemos que essas formas plasmadas respeitam seu arquétipo e são a forma “visual” de alcançar nosso íntimo, nosso emocional. Se um caboclo trabalha com as ervas e, na sua forma plasmada, as traz em sua mão astral, ele também nos incentiva a termos as ervas necessárias para os trabalhos religiosos, pois as ervas materiais serão as condensadoras e darão permanência à vibração que eles conduzem a partir do etéreo. Quando levamos flores ou ervas para o trabalho espiritual, estamos colaborando com os guias e mentores para essa permanência. As flores e ervas facilitam a abertura de portais vivos por onde transitam energias, vibrações, luzes e cores das mais diversas, e, essas manifestações a partir desses organismos vegetais, condensam um padrão fluídico capaz de ser assimilado pelo nosso organismo humano. Um maço de ervas na mão dos guias incorporados são ferramentas capazes de dissolver larvas e miasmas astrais, através dos passes energéticos. Esses mesmos passes produzem no campo astral do atendido, uma aura de magnetismo capaz de proporcionar

A magia só faz sentido se tiver um motivo, um propósito. Deixe isso muito claro para a erva. Consagre seus banhos e defumações antes de usá-los. De forma simples e objetiva isso é feito, com rezas espontâneas e sempre em nome de Pai Criador e Mãe Natureza – o Princípio Masculino/Feminino da Criação, o Princípio Pensante e Manifestante do Universo. Nossos amados Pais e Mães Orixás, manifestações do Criador em Mãe Natureza, para nossa natureza humana dos sentidos, estão em vibração latente em todas as ervas. Quando nos servimos dos banhos e defumações, estamos condensando essas vibrações no nosso padrão humano de permanência e entendimento. Recebemos, por email, dúvidas freqüentes e pedidos de auxílio para males do dia a dia, enfraquecimento da vontade, síndrome do pânico, medos generalizados. Primeiro vença o desanimo acreditando que és um filho do Criador, portanto a bondade, a cura, a perseverança, o animo e todas as virtudes divinas são tuas também e fluem de forma incessante no universo e fluem para dentro de você o tempo todo. Aceite que és merecedor de bênçãos divinas e elas lhe serão verdadeiras. Relaxe e esvazie sua mente de tudo. Acenda um incenso ou queime um pouco de Sálvia num refratário e defume ligeiramente o ambiente. Coloque uma música suave e faça a reza que quiser. Não esqueça, por mais simples que pareça, o poder das orações já estabelecidas em nosso meio humano. Pai Nosso, Ave Maria, Salve Rainha entre outras, são preces poderosíssimas quando declaradas com convicção. Se sua vontade e autoestima estão em baixa, tome banho com: arruda, picão preto, guiné, hortelã, manjericão, cravo da índia e orégano. Se são os medos que lhe atormentam, use nos banhos: calêndula, hortelã, alfazema, noz moscada,

açafrão (cúrcuma), casca de jurema preta e angico Após esses banhos, para abertura de caminhos e facilidade de compreensão de que também depende de você sua cura, use: louro, carapiá, jasmim, rosas brancas, samambaia ou abre-caminho, pitanga e folhas de goiabeira. Para auxiliar na cura de doenças físicas fortalecendo o espírito, use: assa-peixe, sete sangrias, sabugueiro, capim cidreira ou melissa, rosas vermelhas, arruda e casca de alho. Essas receitas são para banhos e defumações. Use-as com propósito firme. Vença os pensamentos negativos e aqueles que insistem em lhe subtrair a fé. Não parem seus tratamentos médicos, pois são importantes para a cura, mas peça, ao tomar seus banhos, que sejam encaminhados para sua vida os médicos da terra que terão discernimento, boa vontade e visão para lhe trazer a cura que precisa. Vamos todos juntos criar uma poderosa egrégora de uso das ervas com consciência e sabedoria, e certeza de que realmente funcionam de forma simples e objetiva. Lembre-se de que os banhos são da cabeça aos pés e que, tanto eles como as defumações, não exigem mais do que Amor e Bom Senso! Eu vim para falar das ervas, e você? Eu vim para quebrar os grilhões que escravizam e nos tiram do caminho natural, e você? Menos do que isso não interessa, e somos filhos de Deus e de Mãe Natureza. Acredite e vença suas dificuldades! Sucesso, saúde e muitas ervas em sua vida! Até o próximo mês turminha! Ajudem-nos a direcionar os assuntos aqui tratados enviando as suas dúvidas e sugestões ao e-mail abaixo. Gratidão imensa e sempre! Adriano Camargo Erveiro da Jurema Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br www.oerveiro.com.br



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XANGÔ – O PAI DA JUSTIÇA Impossível falar em Xangô sem pensar em justiça. Ele é lembrado sempre como aquele que bate o martelo, fazendo justiça por assim dizer... O que é esta justiça que todos evocam quando se sentem de alguma forma prejudicados por alguém? Pai Xangô, enquanto regente do Trono da Justiça defenderia um filho em detrimento do outro, tendo em vista que dentro dos princípios individuais cada qual acha que tem razão? Xangô, Orixá da Justiça, não toma partido de ninguém. Existem Lei Divinas imutáveis e infalíveis que regulam nossa existência através das eras, e que registram nas paginas do Livro da Vida tudo o que é nosso por direito... E o que é nosso por direito? Tudo o que criamos pois somos co-criadores, ainda que inconscientes, e a falta dessa percepção seja talvez o que mais atrapalha a evolução da humanidade. Quando intencionamos, pensamos ou desejamos algo, isso já foi registrado pela leis divinas. Esse é o motivo do conselho de Jesus: “Orai e vigiai”. E são essas mesmas leis divinas que darão a cada qual segundo as suas obras. Simples assim. Um dos aspectos de Pai Xangô é que ele atua diretamente no karma das pessoas, pois assim é dito: “Quem deve paga, quem merece recebe”... E tão justo e incorruptível ele é, que se alguém acioná-lo para pedir justiça em qualquer causa que seja, quem pediu será cobrado primeiro. Querem que a justiça seja feita nas causas em que pensam sair vencedores, mas não querem essa mes-

ma justiça nas causas em que devem. Aí está o erro! O mais sábio é prestar atenção do que se pensa, se deseja e se diz. Palavras são sentenças e o verbo é ação. O pensamento cria a um nível mais sutil por assim dizer, mas a palavra dita não volta, lembram? A forma mais inteligente de se defender de qualquer injustiça que possa ser intentada contra você é ser consciente da dualidade que escolhemos vivenciar e saber lidar com ela, de forma que possamos crescer e evoluir. Vejo tantas discussões infrutíferas e imprestáveis no meio espiritualista, sobre qual Umbanda é a correta; uns dizendo que a Umbanda Esotérica é a correta, outros dizendo que a Umbanda Sagrada é melhor que as outras, outros acham que a Umbanda Branca é a “boa” e as outras não servem...isso sem falar no julgamento sobre o que vestem nos terreiros, se tem que ter atabaque ou não, imagens de santos católicos ou africanos, por exemplo, enfim, uma infinidade de questionamentos, julgamentos e condenações que simplesmente não levarão a lugar algum... Perante o Regente Trono da Justiça – Pai Xangô, o que significa tudo isso? Cegos guiando outros cegos? O que interessa para um filho de um terreiro o que é praticado no outro? Que tipo de anotação as críticas dele em relação aos outros terreiros vai gerar no livro desse filho? Tudo o que é feito dentro de cada terreiro, tudo o que vibra cada filho, cada consulente, todo o trabalho que é desenvolvido, tudo o que foi realizado, e qualquer que seja o resultado de tudo isso, está devidamente anotado pela Justiça Divina, e ela não precisa, definitivamente, de juízes com “j” minúsculo para

auxiliá-la...ela basta a si mesma e cumpre sua divina função com maestria. Entre quem está certo ou errado, a Pai Xangô só importa o que vai pesar mais na balança dos seus feitos. Ajudou mais do que criticou? Realizou mais do que falou? Estendeu a mão mais do que apontou o dedo? Fez mais orações do que fofocas? Cultuou mais aos Orixás do que às demandas? Acrescentou ou subtraiu dos terreiros que participou? Nessa hora, as questões sobre as quais se debruçam os que se acham emissários da justiça serão absolutamente irrelevantes, pois a prestação de contas é individual, e contra os registros da tela divina que reflete o que você é, não há argumentos. É triste ver, dentro do meio umbandista, pessoas que ainda não entenderam que a Umbanda veio para unir, e não para dividir. Desconhecem que por trás do arquétipo da linha que uma entidade escolheu pra trabalhar, pode estar qualquer espírito, de qualquer época, e de qualquer lugar do universo. E enquanto discutem o que e quando pode ser feito no terreiro do outro, esquece de cuidar do seu. Não se esqueçam nunca que aquele que toma conta da horta do vizinho se esquece de regar as próprias sementes, Axé!

Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra

Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587


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Mesa de Exú

Procissão pelas ruas do Clube Escola Mooca

Aldeia de Caboclos Dança para Xangô

Público

Pai Engels de Xangô e Mãe Fernanda

Sandro Luiz - Dança tem que ter fé

Curimba – Instituto Cultural Tambor de Orixá

Instituto Cultural Nação Tambor

Pai Engels de Xangô e Mestre Severino Sena

Representantes de Curimbas, Templos e Parceiros


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Douglas Noldor

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14ª HOMENAGEM, LOUVAÇÃO E PROCISSÃO AO ORIXÁ XANGÔ O ENERGIZADOR E AGREGADOR EVENTO RESPLANDECEU A UNIÃO, A FORÇA E A MAGISTRAL EXPANSÃO DA NOSSA AMADA UMBANDA, BEM COMO TRANSBORDOU SOBRE TODOS OS PRESENTES AS BÊNÇÃOS DO NOSSO PAI XANGÔ! O tradicionalíssimo e tão esperado evento ocorreu no dia 24/06/2018, no Ginásio do Clube Escola Mooca na cidade de São Paulo-SP, agraciado por luzes da divina espiritualidade, alicerçado na força das pedreiras do nosso Pai XANGÔ, acompanhando por uma corrente de ultra positividade e conduzido sob o maciço, harmônico e vibrante som das vozes e atabaques da Aldeia de Caboclos. Esta integradora festividade teve como seus organizadores a Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos e o Templo Amor e Caridade Caboclo Pena Verde, sendo seu idealizador nosso estimado, guerreiro e atuante irmão umbandista Engels Barros Xenoktistakis (Engels de Xangô). O belíssimo evento ampliou a marcante mostra de cultura afro-brasileira que o integra desde de sua primeira edição, bem como seguiu crescendo e superou a fantástico público da última edição, pois, neste ano foi alcançada a marca de cerca 5.000 (cinco mil) pessoas, segundo a estimativa do Corpo de Bombeiros ali presente. Todos irmanados em uma corrente de amor e paz tiveram o prazer de juntos louvarem de maneira emocionante e inesquecível o Grande Orixá Xangô – Rei da Justiça! O empolgante, atento e vibrante público presente se

confraternizou e se maravilhou com as apresentações das Curimbas: Instituto Cultural Tambor de Orixá, Sandro Luiz, Curimba Filhos Do Ouro, Tambores do Paraná, Instituto Cultural Nação Tambor e APEU, realizadas ao longo do evento! A Escola de Curimba Aldeia de Caboclos e Arte Umbandista uma vez mais emocionou a todos com um irretocável conjunto de apresentações, e como sempre, fez com o que os irmãos de fé cantassem como se fossem uma só voz, tamanha era a harmonia e integração existente entre os presentes. Destacamos as presenças das seguintes distintas autoridades religiosas e civis: AUEESP - Sandra Santos UNIÃO DE TENDAS DE UMBANDA E CANDOMBLÉ DO BRASIL: Pai Jamil Rachid e Pai Milton Aguirre U.R.U.Z.O.G.S.P - Pai Cláudio Franco PRIMADO DO BRASIL: Mãe Cidinha SOUESP - Pai Varela FENUG – Ogã Oscar Garcia ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE UMBANDA - Pai

Edson dos Anjos COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA PAI BENEDITO DE ARUANDA - Mãe Alzira e Estela Saraceni Federação Umbandista do Grande ABC Tenda De Umbanda Cacique Pena Vermelha e Ogum Iara - Mãe Sebastiana e Mãe Cassia Federação Umbandista Carapicuibana - Franklin Barreto Templo de Umbanda Cacique Xingu - Mãe Nair Saturnino Centro Espírita Urubatan - Mãe Mariusa e Pai João Dias Instituto Cultural Confraria dos Pretos Velhos de Umbanda - Pai Evandro Fernandes e Mãe Zilda Dias Fernandes Deputado Federal Floriano Pesaro Vereador Quito Formiga Secretária de Direitos Humanos e Cidadania do Município de São Paulo - Dra. Eloisa Arruda Coordenadora da Igualdade Racial do Município de São Paulo – Mayra Belmonte


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Ano 8 número 71 Administrador do Clube Escola Mooca – Gilberto Bandolin Salientamos o importante apoio das seguintes autoridades no evento: SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ESPORTES – Jorge Damião SECRETÁRIA DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – Dra. Eloisa Arruda GUARDA CIVIL METROPOLITANA DE SÃO PAULO - Comandante Regional Claudemir Frassão

Sandro Luiz

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO – Major Robson Castropil A Aldeia de Caboclos agradece imensamente a todos os familiares, queridos amigos e alunos, aos filhos do Templo Amor e Caridade Caboclo Pena Verde, aos dirigentes espirituais, templos, federações, associações, decanos, mídias/veículos de comunicação em geral, divulgadores, ao espetacular público presente, aos imprescindíveis colaboradores e a Espiritualidade como um todo, por conjuntamente terem agraciado com extremo êxito mais esta edição deste incrível e abençoado evento!!!

Sandro Luiz - Dança para Oxóssi

"OS MAIS DE DOIS MIL QUILOS DE ALIMENTOS ARRECADADOS FORAM DOADOS PARA A ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA ALFA E ÔMEGA, DISTINTA ENTIDADE QUE REALIZA PERMANENTES RELEVANTES TRABALHOS SOCIAIS NA CIDADE DE SÃO PAULO".

A Escola de Curimba de Arte Umbandista Aldeia de Caboclos e o Templo Amor e Caridade Caboclo Pena Verde agradecem imensamente a presença de todos! Um forte abraço e até o próximo ano! Sarava Xangô, Kaô Cabecilê!!!

Pai Engels de Xangô saudando o andor


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Aldeia de Caboclos - Coral

Aldeia de Caboclos - Mãe Ivone

Saída do Andor para a Procissão pelas ruas do Clube Escola Mooca

Mãe Juveni e Pai Engels de Xangô - Procissão pelas ruas do Clube Mooca

Aldeia de Caboclos - Dança para Xangô

Procissão pelas ruas do Clube Escola Mooca

Família

Aldeia de Caboclos - Dança para Xangô

Mãe Fernanda e Pai Engels de Xangô

Aldeia de Caboclos - Dança para Xangô

Aldeia de Caboclos - Dança para Xangô


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Aldeia de Caboclos Dança para Xangô

Aldeia de Caboclos - Dança para Xangô

Aldeia de Caboclos - Dança para Exú

Defumação

Aldeia de Caboclos - Dança para Exú


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Decanos e Representantes da nossa Religião - Mesa de Honra

Pai Jamil Rachid, bate cabeça à Xangô.

Pai Engels de Xangô e Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania Dra. Eloisa Arruda em discurso sobre a cultura de Paz

Decanos e Representantes da nossa Religião

Aldeia de Caboclos - Dança para Xangô

Aldeia de Caboclos - Bate Cabeça

Pai Engels de Xangô e Pai Silvio - A.P.E.U

Procissão pelas ruas do Clube Escola Mooca


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T.U. Ogum Guerreiro e Caboclo Sete Lua, realiza casamento na Umbanda O casamento é a celebração de um pacto de amor, ou podemos dizer, uma união voluntária de duas pessoas, nas condições sancionadas pelo direito, de modo que se estabeleça uma família legítima. E quando o casamento é feito na sua fé, na sua religião, qual o sentimento, qual a intenção? No dia 02 de junho de 2018, no Espaço Vila Borghese, Jardim Tremembé, em São Paulo, aconteceu o casamento de Lídia Sanches e Diogo Mazzuco. Um casamento religioso na fé da Umbanda. Esta foi a 10ª cerimônia que o terreiro de umbanda “Ogum Guerreiro e Caboclo Sete Lua” celebrou. O dia foi providencial. A temperatura estava agradável e tinha um céu de brigadeiro. Como a cerimônia foi em um espaço completamente aberto, tudo ajudou para o dia mais importante da vida de Lídia e Diogo. Ao som dos atabaques as vozes de Simone Felix Sanches e Tiago Sanches, ambos filhos da casa, entoavam as louvações aos Orixás e faziam a pré-abertura do ritual de núpcias e contagiava a todos os presentes. Como manda o figurino, tanto os padrinhos, como os irmãos estavam de branco e com a guia de Oxalá ao peito. Já as madrinhas homenagearam as cores que representavam os santos dos noivos. Durante o casamento foram várias as emoções. O cortejo com a entrada do noivo, padrinhos e parentes dos noivos já previa que seria um lindo acontecimento. O protocolo da celebração começou com a “Prece de

Caritas” declamada por Sheila Meli, irmã e médium do terreiro. Um dos pontos marcantes foi a entrada da florista, avó da noiva, Maria Sanches, que provocou grande comoção em todos os presentes. O ápice foi a entrada da noiva, acompanhada de seu pai, o Babá da casa, Pai Walter de Ogum, onde trouxe muita emoção ao casamento.Esplendorosa, como uma noiva deve ser, levou várias pessoas as lágrimas. O matrimônio foi conduzido com total maestria pelo marinheiro Sr. “Zé do Mar”. Um orixá da marinha que espetacularmente teve o êxito, mais uma vez, de trazer ao mais alto patamar um ritual de casamento na Umbanda. Para selar a união, a troca das alianças. A responsável pela entrada das alianças foi a tia da noiva, Sandra Sanches. Dentro da religião da Umbanda existem rituais e preceitos em uma cerimônia de casamento. O primeiro foram as coroas. A jovem irmã da noiva, Yasmin Sanches, foi a encarregada de levar as coroas. As coroas simbolizam os caminhos da nova vida, caminhos abertos banhados com flores e com o perfume da vida. As coroas foram entregues ao Sr. Zé do Mar que as colocou na cabeça dos noivos. O segundo ritual dentro da religião, talvez o mais importante, é a entrada dos pombos. Izabela Moraes e Patricia Felício, filhas da casa, foram incumbidas de entrarem com os pombos. Eles são entregues aos noivos que são soltos logo após. Os pombos simbolizam o divino espírito santo, abençoando a união. Depois de terminado a cerimônia, um último ritual

é realizado nos preceitos da Umbanda. É ritual do peixe. O casal saboreia um peixe. O peixe simboliza a fartura material e espiritual que é rogado presente na vida do casal. Diante destes vários dogmas religiosos, a cerimônia dentro da fé da Umbanda diz que o compromisso assumido aqui na terra seja registrado no plano espiritual, ou seja, unindo os espíritos pera lei do Pai Maior. O terreiro de Umbanda “Ogum Guerreiro e Caboclo Sete Lua” contou com a mobilização de todos os seus filhos em mais uma bela celebração de casamento nas leis da sagrada Umbanda. Sarava Umbanda.


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MEMÓRIAS DA UMBANDA XV MÚSICA DO BRASIL: 1816-1850 A INFLUÊNCIA NEGRA Adolfo Morales de Los Rios Filho Vamos Ler! n. 18, 3 de dezembro de 1936

A música do negro é acentuadamente rítmica, e, portanto, pobre em melodias.

vam os espíritos, se faziam preces ou eram consultados os oráculos.

O compasso, marcado pelo ritmo permanentemente cadenciado dos instrumentos de percussão – ganzás, atabaques, gonguês, e piútas – e pelos batimentos de pés e mãos, é demasiado uniforme e até enervante.

Nas danças ginásticas, os negros imitavam por meio de pulos, movimentos bruscos e atitudes belicosas, não só combates, como cenas de caça. Os dançarinos, que evoluíam no meio da roda, eram quase sempre homens e acentuavam, com as suas curiosas e imprevistas atitudes, o caráter do ato coreográfico.

Sofre, porém, algumas vezes e imprevistamente, uma ligeira mutação ou síncope. É uma exclamação de estrema sensibilidade, um rumor, grito ou sussurro. É uma ligeira modificação no ritmo geral, um improviso dos tocadores. É o eco africano transportado no dorso das nuvens para as terras americanas. É a Etiópia, a Hotentotia, o Senegal. O canto – que sempre acompanha as danças, pois o negro não canta sem dançar – é rico de ritmos e de acentuado colorido. É, entretanto, triste. Saudade chorosa das terras da África. Canto dolente da Flórida, Jamaica, Cuba, Haiti e Brasil: terras da escravidão. Ao som do banzo ou pandeiro, do carimcó, do cracachá, do berimbau, da marimba, do adufo, do mulungo, do caxambú, do chequerê, da viola e de inúmeros tipos de chocalhos inspirados no maracá – os negros e negras, uns frente a outros, volteavam, requebravam as ancas, roçavam ombros e traseiros, contorciam-se, rebolavam, faziam tremelicar peitos e seios, mergulhavam, deslizavam, sapateavam e oscilavam; – quer fosse no candomblé, no côco, no chorado, na fofa, na chocaina, quer na capoeira, que simbolizava o combate, no quizomba: dança nupcial angolense, no lundu, lúbrico e tremelicante movimento coreográfico, e no jongo, que, sendo uma espécie de candomblé, constituía a dança das fazendas. As danças dos negros eram coletivas – apresentando, também, as duas feições principais: mímicas e ginásticas – e de pares e emparelhadas. Nas danças mímicas, os negros personificavam cenas amorosas e os atos fetichistas. Quando se tratava destes últimos, elas tinham caráter mais grave, solene, como é o caso dos realizados nos candomblés, onde se evoca-

Foi daí que surgiram os quicumbres e os quilombos, nos quais se simulam os combates entre negros fugidos e indígenas. Mas, tudo se foi transformando e surgiram as danças de ritmo sincopado e de origem luso-espanhola: a cana verde, o miquirão e o chula-fado. Aproveitando esse ritmo, o negro formou o batuque, que constitui a exteriorização do amor. O batuque, o batucajé ou batucada, é a mais alta expressão coreográfica dos afro-brasileiros. As vozes esganiçadas das mulheres têm como contraste as vozes roucas dos homens. Palmas, lamentos, exclamações, berros, uivos, assobios e batimentos dos pés, acentuam ou quebram, abruptamente, o compasso. A excitação, o frenesi, vai apoderando-se de negros e pardos. Todos se lançam doidamente à dança e ao canto, invocando nesse, os seus fetiches e santos, os animais, o sertão, a noite, a lua...

Bordada de ouro Macumbebê Olha macumbebê, olha macumbaria Naturalmente se compreende que o negro não diz brilha e olha, como foi escrito e dito para melhor apreensão, e sim bria e oia. O toque aumenta de intensidade. A aceleração com que os instrumentos são percutidos é, também, cada vez maior. Ferve a macumba, arde o candomblé. O pai do terreiro dirige os cantos e as cerimônias. Invocam-se os gêmeos e lá vêm os dois santos eternamente unidos. São Cosme, São Damião Cadê Doum Doum, Doum Tá na mesa da Umbanda, Umbanda Umbanda, Umbanda Eu vou conta a vovô Que a maradinha chegou Foi Doum, foi Doum Foi Doum, o merecedô

As cantigas – acompanhadas do toque, ou ruído martelante dos instrumentos de percussão – explodem em uma linguagem estranha e complexa; em uma algaravia. Eis um exemplo bem característico: Viado no mato É corredô Cade Ochoça É cacadô Ô! Bamba eu vai tirá Ô! Bamba eu tira memô Outras são mais compreensíveis e poéticas. Haja vista a que segue, com invocação à lua. Brilha no Céu a lua nova

Negra dançando Negro dançando Vamos Ler!, n. 18, 3 de dezembro de 1936



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ORIXÁS E MACUMBAS Vamos Ler! n. 426, 28 de setembro de 1944 Todos os povos criam suas religiões à altura do seu estado cultural. O negro africano, de civilização primitiva, encontrou nos seus fetiches e mandingas a forma religiosa que melhor se adaptava à ignorância em que vivia. Mas, mesmo primitivíssima, essa religião é, como todas as outras, baseada em princípios aprimorantes. A prova está em que não foi condenada pelos jesuítas quando iniciaram a catequese no Brasil. Com habilidade e inteligência, os missionários católicos procuraram estabelecer uma conjugação entre a forma rudimentar religiosa do índio e do negro com o catolicismo. Assim, ligaram o crucifixo a Zambi ou Nzambi, deus maior dos africanos, que recebia várias outras denominações ente as inúmeras tribos negras que para aqui vieram. Os pretos passaram a usar o crucifixo ao pescoço como “iteque”, ou melhor, talismã. Aliás, essa adaptação é constatada na grandiosa obra de José de Anchieta, nas primeiras festas do Brasil-Colônia, nas coroações dos reis negros, nas congadas e taleras. Da grande massa negra entrada no Brasil, as levas chegadas ao Rio de Janeiro eram constituídas de tipos mais feios, ignorantes e atrasados – os bantos. Eles nos trouxeram as macumbas, ritual fetichista paupérrimo. Como os bantos vieram em menor proporção e eram inferiores, absorveram muito da religião dos yorubás e dos malês da Bahia, conservando apenas os traços fortes do culto original. O ritual dos negros do Rio está preso aos mortos – animismo – daí a ligação com o espiritismo, aos animais – totemismo e o mais perigoso: a medicina mágica. Do culto fetichista conservaram a adoração das pedras e da luz, sob a materialização do girassol, tão empregado nos préstitos carnavalescos dos ranchos e escolas de samba. Oxalá ou Zambi é o deus maior nas macumbas cariocas. Não confundir com Zumbi, maléfico espírito das trevas. Os orixás correspondem aos santos, são numerosos. Tantos, que quase sempre “baixam”, “descem” ou “incorporam” em grupos ou falanges e pertencem a várias “nações” ou “linhas”. O grande sacerdote, o “pai de santo”, chama-se também “embanda” ou “umbanda”. O acólito, sacristão, ajudante de cerimônias, é o “cambone” ou “cambono”. Os que, encarnam os espíritos são os médiuns, filhos de santo, aparelho ou cavalo. Não é de estranhar a interpretação da religião negra pelas religiões superiores como o catolicismo e o espiritismo. Não existe religião pura, todas elas se prendem aos cultos mais antigos, primitivos. A religião negra do Rio apresenta, em similitude com os santos católicos, os seguintes orixás: Oxalá – Jesus Ogum – São Jorge Xangô – São Jerônimo Oxóssi – São Sebastião Iemanjá – Nossa Senhora da Conceição Exu – Satan, diabo, espírito maligno

Aguará – Santo Onofre Ibeji – São Cosme e São Damião Nanamburucú – Nossa Senhora do Rosário Iansan – Santa Bárbara Oxum – Nossa Senhora da Aparecida O lugar onde se realiza a macumba toma o nome de congá ou terreiro, seja no chão batido dos caminhos e encruzilhadas ou no assoalho dos compartimentos onde está armado o pegi, altar ornado com flores e fetiches que materializam os orixás. Sobre o pegi devem permanecer as guias, colares de contas coloridas, pontos de firmeza que os chefes ou guias de linhas entregam aos aparelhos. As contas podem ser de vidro, de madeira ou sementes. Para cada linha há uma guia característica. Assim para a linha de Ogum as contas são três encarnadas, duas vermelhas, três brancas e uma azul e, para a de Iemanjá, três brancas, três verdes, três douradas e uma azul. Todas as guias devem ter, no mínimo, 52 contas e, no máximo, noventa e nove. Há objetos e utensílios indispensáveis à cerimônia – citemos a pemba branca – espécie de giz que vem da África, pemba de várias cores, ponteiros ou punhais de aço, coités, invólucro de coco cortado ao meio e polido, moringas de barro, velas, fitas e cadarços das cores do arco íris, barbantes, otás ou pedras de rio, conchas, defumadores de toda a espécie, bodoques, flechas, capacetes de penas, charutos, fósforos, pólvora, plantas e raízes. Durante a cerimônia tiram-se pontos cantados ao ritmo de tambores, caxambus, batus, catecás, tantãs e chocalhos. Esses pontos são firmados com pemba, recobertos com pólvora, à qual se ateia fogo no momento máximo da solenidade. Há vários pontos tradicionais característicos desse ou daquele orixá. O mais comum é o signo de Salomão ou ainda signo salmão ou ainda signo saimão, constituído por dois triângulos entrelaçados em forma de estrela. Os pontos, tais como os brasões, as insígnias de nobreza, os escudos de armas, encerram a história e os preceitos dos orixás. Os velhos embandas africanos como os conhecedores da heráldica, sabiam decifrar os traços, estrelas curvas e entrelaçamentos dos pontos que traçavam. Durante as macumbas, muitas vezes preparam-se comidas, nas quais prevalecem o fubá de milho, o azeite de dendê e a pimenta. As bebidas preferidas são cerveja branca ou beja, cerveja preta chamada mijo de porco, parati ou marafa, água ou mazá, aluá, bebida feita com milho verde, mel de abelha e vinho tinto e branco. Os trabalhos são sempre iniciados no último quartel da noite ou às vinte e quatro horas precisamente. Os crentes devem permanecer descalços sobre a terra nua. Os melhores dias para os trabalhos da macumba são segunda e sexta feira. A cerimônia e a duração dependem da imaginação do macumbeiro – não há um ritual pré-estabelecido. Nela, sob a sugestão dos ritmos, cantigas e passes cabalísticos, desenvolve-se, no impressionismo dos assistentes, cenas e lances que, partindo da supraex-

citação, chegam à loucura. Todos os orixás são festejados nos dias dos santos católicos a que correspondem. Ontem, 27 de setembro, dia de São Cosme e Damião, as macumbas cariocas festejaram Ibeji, os gêmeos, os “dois dois”, como são conhecidos pelo povo. Desde agosto que, pelas ruas dos bairros e subúrbios da nossa cidade, andam mulheres e crianças munidas de bandejas forradas com panos de crochê enfeitadas com flores de papel, sobre as quais descansa a imagem conjugada de São Cosme e Damião, que foram, respectivamente, médico e cirurgião, ambos mártires da Igreja. Os milagres atribuídos à intervenção dos gêmeos árabes são notáveis. Bastava que tocassem com as mãos para que os doentes ficassem curados. É crença popular que, onde há Cosme e Damião, não entra epidemia, malefício e feitiçaria.

Na religião negra, Cosme e Damião são os protetores das crianças, principalmente dos gêmeos. Nesse dia, as macumbas enchem-se de crentes, recebem dádivas e doces a granel. São presentes dos que ali vão render homenagens aos seus orixás e protetores. O interessante é que há muito marmanjo e velhota sabida que, para poderem gozar sem peias as delícias das guloseimas, encarnam durante a festança apenas espíritos de crianças e, como se tal fossem, falam em tatibitabi (Uma forma de fala caracterizada pela articulação defeituosa de certas consoantes), pulam, fazem travessuras – e atiram-se, vorazmente, aos doces e salgadinhos, como garotos mal educados. Não resta dúvida que o que prejudica as boas intenções é a especulação.

Editor: Diamantino Fernandes Trindade


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ALIMENTOS ARRECADADOS UMA VITÓRIA DA SOLIDARIEDADE Aldeia de Caboclos, representada por Pai Engels, nós expressamos através desse texto nossa gratidão, respeito e admiração pela garra, empenho em homenagear Xangô, em levantar a bandeira da nossa religião Umbanda, em juntar milhares de pessoas, não apenas umbandistas, mas adeptos das religiões afro-brasileiras, praticantes ou mesmo aqueles que gostam, mas não são frequentadores. Enfim, vocês merecem nosso respeito, a Procissão a cada ano cresce e suas apresentações são ainda melhores. Passamos um domingo de muita emoção, amor e muita energia positiva. Desejamos que vocês sejam sempre o combustível e que essa chama nunca se apague, que os terreiros, templos, etc, sigam o exemplo de amor que a Aldeia transmite. Parabéns por serem e por fazerem a diferença em nossa UMBANDA! A Associação Espírita Alfa & Ômega desde o ano de 2013 recebe os alimentos arrecadados na Procissão de Xangô, evento realizado pela Aldeia de Caboclos, essa confiança e parceria nos deixa muito felizes, afinal já são 06 anos consecutivos que conseguimos aumentar o número de famílias auxiliadas no 3º trimestre de cada ano. Desde 1996, ano em que a Associação Espírita Alfa e Ômega foi fundada pelo José Edson Rodrigues e Rejane Martins de Oliveira Rodrigues, com objetivo

de realizar atendimentos espirituais tendo por base os ensinamentos da doutrina espírita Umbandista, transmitindo os valores da caridade entre seus associados e visitantes, temos conseguido ajudar mais e mais famílias. Todo o trabalho que temos não se compara a ótima sensação de dever cumprido no momento da entrega das cestas. Ver o sorriso das crianças que vieram buscar as cestas com seus pais, o olhar de agradecimento desses pais de família que por diversos motivos, inclusive de saúde, não têm condições de sustentar seus lares é algo que nos motiva a continuar nessa caminhada de entrega, caridade, dedicação e amor ao próximo. Sempre visamos à desmistificação do espiritismo como forma de arrecadar somente ganhos financeiros e ao longo de anos trabalhando em prol do próximo tem conseguido levar essa ideia adiante, baseando-se sempre no princípio do amor e respeito ao próximo. Nossa casa tem crescido consideravelmente e graças ao nosso Pai temos conseguido não só ajudar as pessoas que necessitam de auxílio, como também tem transformado a vida de muitas pessoas. Além dos trabalhos espirituais que realizamos nos atendimentos e nas palestras, temos alguns projetos voltados para as crianças carentes da nossa sociedade, tais como:

PROJETO DE INSERÇÃO CULTURAL “CAPOEIRA”: Esse projeto visa levar até as crianças (5 até 15 anos) o senso de disciplina, respeito, sendo também uma forma de mostrar a cultura de nosso país. Acontece semanalmente as terças e quintas-feiras no período das 19h às 21h, sendo totalmente gratuito, mas com a exigência da criança estar matriculada numa escola pública. No ato do cadastro, o qual realizamos a cada semestre solicitamos a apresentação do boletim escolar, a fim de comprovar a frequência nas aulas, pois mais importante do que a criança praticar um esporte é a criança estudar, visto que os estudos são imprescindíveis para a formação da cidadania e a busca de um futuro melhor. PROJETO NATAL SOLIDÁRIO “APADRINHE UMA CRIANÇA”: Sempre em dezembro de todo ano realizamos uma festa, onde os médiuns da comunidade, os associados e todos que frequentam nossa associação tem a oportunidade de apadrinhar uma criança carente, presenteando-as com roupa, calçados, brinquedos aqueles que muitas vezes não sabem o que é a magia do Natal, transformando esse dia num sonho realizado. Para que esse dia aconteça, fazemos o cadastro de em média 600 crianças durante o mês de outubro. Nesse cadastro o responsável deve trazer a carteira de vacinação atualizada e comprovante de assiduidade escolar. No dia da entrega realizamos um



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Ano 8 número 71 almoço para as crianças e familiares. PROJETO SOLIDÁRIO MENSAL : Para efetivação do cadastro de famílias que necessitam receber as cestas básicas, realizamos todas as segundas-feiras das 9h às 12hs o recolhimento de informações pessoais (trazer RG e comprovante de endereço atualizado), com base nessas informações, trimestralmente realizamos uma visita pessoalmente na casa dessas famílias, a fim de verificar se realmente tais pessoas necessitam receber as cestas, passando pela aprovação do responsável da visita, essas famílias recebem uma cesta por mês durante três meses. Esses cadastros ficam armazenados para consultas posteriores e havendo necessidade maior essas famílias tem a oportunidade de receber novamente as cestas. Todos os meses são beneficiadas em torno de 50 famílias fixas que recebem a cesta básica enquanto o projeto existir, pois são pessoas com doenças graves ou especiais. Atualmente nosso PROJETO SOLIDÁRIO MENSAL DE DOAÇÃO DE CESTAS BÁSICAS, recebe mais solicitações de famílias que precisam de auxílio do que solicitações de doadores, pessoas para abraçar nossa causa. Por esse motivo, está suspenso o cadastro nas segundas-feiras, visto que não temos conseguido doar mais que essas 60 cestas mensalmente.

Esses trabalhos sociais realizados em nossa comunidade não vinculam caridade à religião, atendemos e auxiliamos todas as pessoas, independentes de sua raça, cor e opção religiosa. Caso as pessoas que receberam o auxilio material queiram conhecer nossa casa e participar de nossos trabalhos espirituais, deixamos sempre nossas portas abertas. Nosso objetivo maior é levar a todas as pessoas o princípio fundamental da Umbanda: paz, amor, respeito ao próximo, caridade e evolução espiritual. Pretendemos mostrar que nossa religião é tão importante quanto as outras. Deixamos uma mensagem a todos os UMBANDISTAS: “Ser Umbandista é uma luta árdua contra o preconceito que sofremos através dos meios de comunicação e também de outras religiões que pecam no sentido de julgar o nosso trabalho baseando-se em suas crenças, sem ao menos conhecer qual a verdadeira missão da Umbanda. Em nosso conceito não acreditamos que exista religiões ruins, mas sim pessoas de índoles duvidosas, logo não importa qual a religião que essa pessoa frequente, pois o bem e o mal estão dentro do coração e da mente de cada um” Vamos concentrar nossa energia, nossa força e nossa disposição para fazer a diferença, para ajudar a quem

necessita, vamos praticar a caridade e amar uns aos outros como a si mesmos, pois somente com AMOR venceremos as muitas barreiras que enfrentamos nessa caminhada de muita luta. Axé a todos e que nosso Pai Oxalá abençoe de maneira grandiosa cada um de vocês. Por fim, agradecemos a Aldeia de Caboclos pela confiança em nosso trabalho e por nos dar essa maravilhosa oportunidade de auxiliar mais pessoas. Esperamos que a cada ano possamos firmar ainda mais essa união e multiplicar o resultado nos próximos anos. Associação Espírita Alfa e Ômega Rua Augusto Giorgio, 222 São Mateus São Paulo - SP CEP 03965-050 Brasil (11) 2018 0879 Nos envie um e-mail para ser DOADOR SOLIDÁRIO: ass.alfa.omega20@gmail.com Visite nosso SITE: http://www.associacaoalfaeomega.org Nos siga nesse facebook: https://www.facebook. com/alfa.eomega.56 Nos adicione nesse facebook: https://www.facebook.com/jose.edsonrodriguesii.5 Curta nossa página: https://www.facebook.com/ AssociacaoEspiritaAlfaOmega/


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08 de Julho

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19 de Agosto

Lançamento do DVD Sandro Luiz Domingo, 19 de Agosto às 13hrs Clube Esperia - Marec hal Leitão de Carvalho Parque Anhem bi Santana, São Paulo SP

29 de Julho

7ª Procissão de Nanã Pai Élcio de Oxalá

de 03 à 12 de Agosto 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Pavilhão de Exposições do Anhembi ana Domingo, 29 de julho às 15h Avenida Olavo Fontoura, 1.209 – Sant Clube Atlético São Jorge res informações: Maio Rua Rêgo Barros, 1828 http://www.bienaldolivrosp.com.br/ Vila Antonieta, São Paulo/SP (11) 99822-1497 Mais informações: Whatsapp: 009 15-9 990 (11)

26 de Agosto

aos 7º Homenagemileiros s Caboclos Bra

hrs de Agosto às 12 ão Domingo, 26 aç uc Ed da ia ár cret Auditório da Se 245 – Jd. Marilu, ia, de Al da Estrada SP Carapicuíba 70-9600 ações: (11) 86 rm fo in s re Maio

16 de Setembro 9º Festival de Curimba Um Grito de Liberdade!

Domingo, 16 de setembro às 13h Clube Juventus: Rua Juventus, 690 Mooca, São Paulo/SP Mais Informações: (11) 2796-4374 94785-5874 Whatsapp: (11) 94726-7609 / (11)


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