página 2
Ano 8 número 73 Prezados irmãos de fé e caros leitores, em nossas análises e reflexões ial cotidianas, cada vez mais, ver ito rificamos a rapidez e a brevidade d E com que os pensamentos e entendimentos acerca das mais diversas questões têm sofrido alterações. É incontroverso o fato de que estamos passando por transformações acentuadas nas mais diversas áreas, nos mais distintos campos. Sendo notórias e cabais as alterações comportamentais, sociais, educacionais, profissionais, e inclusive ambientais pelas quais seguimos passando. Igualmente, sólido é o entendimento de que quando verdadeiramente paramos refletir sobre a nossa existência neste plano, nos atentamos para o fato invariável de que o nosso estado de ser humano em matéria, em uma fração de segundo, pode sofrer a alteração para o estado de pura energia espiritual, ou seja, podemos deixar mais esta existência terrena para adentramos ao campo da eternidade espiritu-
LEIA SIGA ACESSE ANUNCIE
al. Entenda-se, podemos transcender da matéria ao espírito de forma muito breve na nossa jornada de incessante evolução através do tempo. Importante e salutar reflexão esta para aprendermos a cada vez mais trazermos conosco uma necessária clareza de entendimento, qual seja, que esta nova experiência material a que temos a oportunidade fantástica de viver, é motivo, primeiramente, de agradecermos a cada instante ao nosso Criador, ao Pai Maior, ao autor do incomensurável Encantador Universo, isto é, de agradecermos a Deus pela vida que temos, por nos conceder mais uma oportunidade de resgatarmos obrigações não cumpridas em vidas passadas e podermos concluí-las da melhor maneira possível nesta atual existência. A vida, em tese, por ser entendida como um sopro, tendo como base para tal entendimento a relação de tempo encarnado e tempo em espírito. Portanto, façamos valer cada segundo do sopro entendido como nossa vida, façamos com que este sopro seja o mais vibrante, o mais caridoso, o mais compreensivo, o mais amoroso, o mais empolgante, o mais empe-
20.000 impressos mensais, + 12.000 visualizações
nhado, o mais compromissado, o mais respeitoso, o mais competente, o mais solidário, o mais amigo, o mais irmão, o mais vencedor, o mais honrado, o que mais gere bons frutos, o mais Ultra Positivo! Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis
EXPEDIENTE istakis ção els B. Xenokt Diretor: Eng e: Dinâmica Comunica rt A e d Direção ktistakis gels B. Xeno Redator: En s: Adriano Camargo / re Colaborado ares e n Li o Ronald s Xenoktistaki ndros Barros Alexandros xa le A : a rídic Assessoria Ju OAB/SP 182.106 – s ki ta os.com.br is kt o Xen eiadecabocl ld a l@ a rn jo contato:
11 2796-4374 / 11 94785-5874 / 94726-7609 www.aldeiadecaboclos.com.br aldeiadecaboclos@gmail.com
PREVISÃO BARALHO CIGANO Cartas: Sol - Peixes - Foice
Amor
Momento de recomeçar dentro do relacionamento ou se você está sozinho ( a) de começar a pensar em novos amores. Muito romantismo, paixão para essa mês mas deixe oque passou pra trás. Renove sua relação através das suas atitudes. Reconquiste.
Profissional e Financeiro
Período de fartura e abundância. Caminhos novos, colheitas de todas as dificuldades que você já passou nesses últimos meses. Poderá surgir novidades em seu caminho profissional, fique atento. Entrada de dinheiro inesperado, utilize com sabedoria.
Saúde Física e Espiritual
Disciplina com relação a alimentação e atividades físicas serão necessárias nesse período. Cuide da sua energia, faça uma boa limpeza espiritual e renove suas forças e energias estagnadas. Uma boa leitura e uma boa meditação podem te ajudar muito a se equilibrar. Carol Amorim- Taróloga e Dirigente do Templo de Umbanda Estrela do Oriente Comunicadora da Rádio Mundial 95.7 FM Face: Taróloga Carol Amorim. Atendimento com Tarô e Baralho Cigano. Site:www.carolamorim.com.br WhatsApp: 11 94942-4000 ou 44786398. Atendimento presencial em Santo André ou a distância. Instituto Estrela do Oriente - Santo André.
Ano 8 número 73
o nd
a
d an
b
m eU
página 4
d
la Fa
ESPAÇO ECUMÊNICO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS Federação Umbandista do Grande ‘’ABC’’ marca presença na inauguração do Espaço Ecumênico do Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo/SP O Hospital de Clínicas José de Alencar em São Bernardo do Campo/SP inaugurou no último dia 14 de agosto de 2018, o Espaço Ecumênico do hospital.
A formalidade inaugural, conduzida pelo mestre de cerimônias Luiz Henrique Watanabe - assessor da Secretaria de Assuntos Jurídicos de São Bernardo do
Campo, contou com a presença de autoridades e representantes de diversas religiões além de colaboradores, médicos e enfermeiros do hospital. Estiveram presentes o Dr. Roberto Ramos - Diretor Técnico do Hosp. de Clínicas, Dra. Agnes Ferrari - Diretora Geral do Hosp. de Clínicas, Dr. Geraldo Reple - Secretário Municipal da Saúde de São Bernardo, Oswaldinho - Conselho de Saúde do Hospital de Clínicas. A Federação Umbandista do Grande “ABC” se fez presente através da Babá Dirce Paludetti Fogo - Diretora Espiritual de nosso Templo-sede Casa Pai Benedito de Aruanda, além de outras lideranças religiosas como Denise de Almeida do Conselho Espírita de São Bernardo, Pastor Luiz Florentino - Presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil e o Pastor Zezinho Soares. O assessor Luiz Watanabe recebeu a todos e explicou a importância do evento, chamando cada convidado religioso para que dissesse algumas palavras de fé ao coração dos presentes. Na sequência o Dr. Roberto falou do compromisso do Hospital com a população, dos esforços para que continue sendo referência no município, bem como a preocupação da instituição aos tratamentos físico e espiritual de cada paciente, sempre respeitando sua fé e sua religião. Dr. Geraldo enalteceu a importância da presença de um Espaço Ecumênico num local onde as pessoas procuram quando estão fragilizadas por estarem doentes ou por acompanharem parentes na mesma situação e, citando as palavras da Babá Dirce, ressaltou que não apenas pacientes estarão ali para pedir ou agradecer,
página 5
Ano 8 número 73 mas que também será utilizado pelos colaboradores do hospital, pois são raras vezes que, médicos e enfermeiros são tocados pelos sofrimentos de seus pacientes e, recorrem à fé buscando forças internas para continuarem seus trabalhos. A cerimônia ocorreu de forma simples e discreta, como assim deveria ser. Uma placa foi descerrada todas as mãos ali presentes, para abençoar e garantir o bom funcionamento da instituição. O Hospital de Clínicas José de Alencar – maior unidade municipal da região do ABC foi inaugurado em 2013 e atualmente tem 257 leitos. Em abril de 2018 tornou-se um centro de referência para cirurgias cardíacas infantis no Estado de São Paulo através de uma parceria entre o Governo e o Município de São Bernardo do Campo. Assim que a cerimônia terminou o Dr. Roberto levou os religiosos para conhecer a ala cirúrgica infantil. Bem decorada, é um espaço lúdico para que os pequenos pacientes possam se distrair e melhorar mais rapidamente. Tem uma brinquedoteca e espaço para as mães descansarem enquanto acompanham e aguardam a melhora de seus bens mais preciosos. Neste espaço todos se uniram numa prece para fortalecimento da instituição, dos seus colaboradores e de todos aqueles que ali chegarem em busca de auxílio. Em nossa opinião, a diretoria do Hospital e a municipalidade merecem ser parabenizadas pela iniciativa. Enquanto pelo país assistimos diariamente casos de desrespeito ao ser humano, violência desmedida e a falta de amor entre as pessoas, construir esse espaço já seria uma boa iniciativa. A solenidade de inauguração, a atitude de convidar diferentes líderes religiosos para estarem juntos nesse evento, são a melhor forma de mostrar a todos que o Hospital de Clínicas José de Alencar está atenta para as discussões sociais contra intolerâncias. Além de não se preocupar apenas com a cura física de seu paciente (o que é, sem dúvida, sua principal função), também preocupa-se com a alma, com a cura interior e com o fortalecimento espiritual, pois desta forma, certamente, terá menos suscetibilidade às doenças simples e corriqueiras do dia-a-dia. Uma curiosidade muito agradável: Assim que acabamos de atravessar o saguão, uma moça se aproximou e
tomou a bênção da Babá Dirce que a perguntou se ela estava ali para o evento. - “Não Babá, fiz uma cirurgia aqui e vim para o retorno. Só quis cumprimentá-la e vou voltar porque vão chamar minha senha.” Saiu sorrindo e deixando a Babá também sorridente e surpresa, em saber que uma Filha de Fé estava sendo atendida. A Federação Umbandista do Grande “ABC” agradece ao convite do GSS – Gabinete da Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo e aos diretores do Hospital de Clínicas José de Alencar por ter estado presente num dia tão importante para a população. O Dr. Roberto Ramos colocou o hospital à disposição
para qualquer pessoa que quiser conhecer as instalações e o trabalho que tem sido realizado com muita habilidade e comprometimento por todos seus colaboradores. Basta ligar para 4353-1500 e agendar a visita com o responsável Tainam.
Babalaô Ronaldo Linares Santuário: 4338-0261 / 4338-3484 Escritório SANU: 4232-4085 Escritório FUG “ABC”: 4238-5042 www.santuariodaumbanda.com.br federacaoabc@terra.com.br
página 6
Ano 8 número 73
b
Um
a
d an
l a g
Le
ERÊS – RENOVAÇÃO E ESPERANÇA A devoção a Cosme e Damião é uma manifestação popular muito forte em nosso país.
troca de energias e informações que os preparam para um novo estágio em suas evoluções.
nos permite mudar nossa visão sobre tudo, inclusive sobre nós mesmo.
Quando chega próximo à data e comemoração de São Cosme e São Damião tem bala e bolo pra todo lado.
E seu poder de atuação é enorme porque eles trabalham em um plano encantado e puro.
Esta linha de trabalho é fortíssima na Umbanda, ainda que não assimilada pela maioria dos umbandistas em sua essência.
É difícil explicar aos médiuns que essas entidades não são familiarizadas com as mesmas coisas que as crianças encarnadas, por exemplo, um erê não vai usar um tablet nem pedir uma Barbie, pois eles não conhecem tecnologia nem marcas.
E quando sentimos o mistério da renovação atuar em nossa alma, aprender e descobrir se torna essencial e necessário, assim como fazem as crianças, não é mesmo?
Ainda assim, os infantes que se apresentam quando invocados trazem, sem dúvida, um axé todo especial e envolvente. O arquétipo criança desperta em nós inúmeros sentimentos e emoções, mas principalmente traz simplicidade. Quando perguntamos algo a uma criança, as respostas são tão assustadoramente simples, que nos questionamos em que momento perdemos a capacidade de ver a vida assim. Nos tornamos adultos e ficamos patinando pra resolver problemas que nós mesmos criamos, e criamos mais problemas tentando resolvê-los. Criança não tem conflitos porque vê o mundo com olhos de amor e simplicidade. As “crianças” que se apresentam na Umbanda não são crianças humanas, mas seres de um plano anterior da vida que, em relação a nós, que vivemos a dualidade do plano natural, são considerados infantis. Na verdade, quando baixam nos terreiros, há uma
Mas aceitam com alegria os adereços que lhes são oferecidos por serem de tamanho pequeno e realmente remeterem à infância, que de certo modo é o estágio em que eles estão em relação a nós. De qualquer maneira, tanto em forma de entidades como humana, criança é renovação e esperança. Tenho visto tantas crianças iluminadas, que respeitam a natureza e os animais, que têm uma visão tão simples e amorosa do mundo, que peço a Pai Olorum que sejam nossos governantes de amanhã, pra termos leis justas e igualdade para todos. Apesar de termos erês de todos os Orixás, eles trazem a regência de Oxumarê, sendo a renovação, portanto, um de seus maiores mistérios. A Umbanda está em constante renovação; seus médiuns nem sempre, infelizmente. Estudar, por exemplo, traz renovação de conceitos e
Todos deveríamos pedir aos erês pra que nossa criança interior nunca morra dentro de nós nem fique sufocada e esquecida, pra que não percamos a capacidade de ter esperança e de vermos o mundo com simplicidade. Para isso, aqui vai um axé da Aninha pra todos vocês: Pegue um pires, ponha 7 balas sem a embalagem em volta, acenda uma vela azul e rosa no meio, e faça seus pedidos, sempre para o bem, é claro. Quando a vela acabar, deixe as balinhas num jardim florido. Façam com fé e amor, e que tudo que pedirem seja concedido na luz e amor dessas entidades maravilhosas, Axé!
Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra
Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587
Ano 8 número 73
página 7
página 8
Ano 8 número 73
b
Um
a
d an
l a g
Le
UMBANDA – UM CAMINHO DE ASCENSÃO A Umbanda se popularizou com uma espécie de pronto-socorro espiritual que socorre pessoas aflitas, aconselhando, direcionando e ajudando-as a seguir suas vidas. Sim, esta é uma das funções da Umbanda, mas é apenas a base de um plano maior, infinitamente maior. Mais do que dar um peixe pra alguém comer, é fundamental ensinar a pescar, e muitos terreiros estacionaram na primeira opção. A Umbanda propicia àqueles que conseguem enxergar além, crescimento e evolução. Muitas pessoas julgam a Umbanda um lugar onde as entidades têm obrigação de resolver os problemas que elas mesmas criaram, e vagueiam de terreiro em terreiro sem terem a menor noção da riqueza da nossa religião. Muitos médiuns também acreditam que a Umbanda se limita a isso. Mas eu pergunto: vai ser sempre assim? Uma boa referência é o fato das pessoas acharem que podem ir aos terreiros de shorts e decotes, roupas que jamais usariam pra ir na missa, por exemplo. Ou o fato de se ofenderem ao ouvir algumas verdades, como por exemplo quando têm que mudar as próprias atitudes diante das dificuldades. Por essas e outras, a Umbanda pra muitos estacionou no patamar de pronto-socorro e nada mais.
E muitos Umbandistas concordam com essa visão, e acham que ir nas giras, incorporar e voltar pra casa é suficiente pra evoluir e representar a nossa religião. Se não houver expansão de consciência, nada disso faz sentido. Se um terreiro não promove a mudança de paradigmas, tanto dos filhos quanto dos consulentes, o ciclo vicioso de resolver problemas que serão novamente criados porque a mentalidade dos consulentes não mudou vai continuar se repetindo. A Umbanda não é uma religião estática, e sim dinâmica. E quando nos abrimos pra todas as suas possibilidades descobrimos coisas incríveis. E quanto mais descobrimos mais encantados ficamos. Nos tempos atuais estão sendo abertos tantos mistérios, há tanta literatura disponível, leiam, estudem, aprendam e cresçam irmãos umbandistas. Levem o conceito universal de Orixá além das paredes do terreiro, mergulhem nas infinitas possibilidades que nascem da compreensão e do conhecimento e expandam seus horizontes.
evoluir realmente. Já houve um crescimento enorme da Umbanda com a literatura de mestres como Pai Rubens Saraceni, por exemplo, mas muito do que foi revelado ainda não foi compreendido. Eu mesma, ao reler o mesmo livro tempos depois, percebo que algumas coisas que lá atrás não fizeram sentido hoje fazem, e a partir de alguns conceitos sou capaz de formular os meus, e tudo vai se encaixando. E o mais encantador de tudo isso é ler de tudo, ouvir o que os estudiosos de todos os setores, religiosos ou não, têm pra dizer, e perceber que todos os caminhos levam ao mesmo lugar, assim como a casa do Pai tem muitas moradas... A Umbanda é um caminho de ascensão incrível pra quem souber desvendar seus segredos, mas isso só é possível pra quem estiver disposto a ver além do que a maioria vê e saber além do que a maioria sabe, Axé!
Deem chance e condições pra que as entidades que se apresentam através de arquétipos possam abrir mistérios anda não revelados simplesmente porque não estamos preparados pra entender. Entender as leis que regem nossa existência no plano terrestre, o porquê de estarmos aqui, de onde viemos, até onde podemos chegar, deveria ser a aspiração de todos, pois só assim poderemos
Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra
Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587
Ano 8 número 73
página 9
página 10 Foto: Divulgação
Ano 8 número 73
a n s ia a v lde r E A
O PODER DAS ERVAS O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las. Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito às essas regras. No entanto, as ervas estão a disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana. Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos, dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista. A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso não cultua nossa amada Mãe Orixá Egunitá (ou Oroi-
ná), como ele poderia identificar uma erva ligada a essa mãe?
do Orixá, linha de trabalho ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.
Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidades e atitudes dos seus identificadores.
Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente, certo?
Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evocadores humanos. No entanto essa erva pode pertencer a um Orixá de magnetismo positivo, a Pai Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seus aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos. Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pomba Gira ou Mirins, é no mínimo passível de analise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos (magnéticos) negativos de toda a criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades, e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo
Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo energético de ação, resumindo, seu Orixá. Então temos, rosa branca é de Oxum e de Oxalá. Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como caboclos, pretos velhos e crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética. Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magneticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca.
página 11
Ano 8 número 73
Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu. Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pomba Gira em seu aspecto “estimulador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. Pomba Gira tira das rosas vermelhas em velocida-
de incrível aquilo que precisa para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima. Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras Mães Orixás com rosas vermelhas, ok. Vamos dar algumas ervas preferenciais dessas vibrações à esquerda:
Srs. Exus
amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras
Ervas preferenciais:
Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.
Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras. Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extinguir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.
Sras. Pombagiras Ervas preferenciais:
Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela,
Srs. Exus Mirins Ervas preferenciais:
Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras. Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.
Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados a sua vibração, em velocidade e tempo de resposta. Nos números anteriores do JUS, onde publicamos as fichas de ervas e orixás, em cada orixá colocamos elementos de fixação à esquerda, que são os elementos preferenciais para assentamento e firmeza dessas vibrações ligadas a seus pares orixás á direita. É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombas Giras, e Mirins. Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estimulo e ganho verdadeiro. Sucesso, saúde e muita alegria a todos!
Adriano Camargo Erveiro da Jurema Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br www.oerveiro.com.br
Ano 8 número 73
o g i t r A
EXU MOSTROU SUA FORÇA NA MAIOR FEIRA DE LIVROS DO BRASIL No mesmo dia 9 de agosto em que o Supremo Tribunal Federal julgava um recurso sobre abate religioso, a maior feira de livros do Brasil, a Bienal do Livro de São Paulo, dobrava-se aos poderes de Exu.
A impressionante aceitação do livro de Cumino é mais do que um feito literário e cultural: é um ato revolucionário, que rompe com a ideia de que nossa religião deve permanecer nas margens da sociedade.
Sediada no Anhembi, a Bienal do Livro investiu 32 milhões de reais, reuniu 300 escritores nacionais e estrangeiros e foi visitada por 700 mil pessoas, das quais 100 mil alunos e 15 mil escolas agendadas.
Uma religião com a história de resistência do Candomblé e da Umbanda deve estar no centro das atenções, nos holofotes da sociedade, da literatura, do Judiciário e do Executivo, e não somente na culinária, na música e no cotidiano.
Nesse grandioso cenário, palco do conhecimento, da literatura e da cultura, Exu surpreendeu a todos com uma demonstração de força e poder: o livro “Exu não é diabo”, de Alexandre Cumino, foi um dos mais vendidos da Bienal e foi o campeão de vendas da Editora Madras. Neto de negros, casado com uma mulher negra e Sacerdote Umbandista, Alexandre Cumino é um afrodescendente que alcançou sucesso como escritor, formador de opinião e incansável guerreiro da luta contra a intolerância religiosa. Há alguns anos atrás um livro com esse título sequer entraria na Bienal, dominada historicamente pela elite dos escritores e pensadores brasileiros e estrangeiros. Mas eis que Exu, Orixá da comunicação, resolveu lembrar-nos que o conhecimento é sim uma importante arma na luta pela afirmação e empoderamento das religiões afro-brasileiras.
Na condição de escritor e formador de opinião, Cumino travou na Bienal a mesma batalha que o Povo de Axé travou nas ruas do país e na Praça dos Três Poderes no dia 9 de agosto: a luta por respeito e pela dignidade das religiões afro-brasileiras. No próximo dia 28 de agosto, às 19 h., o livro “Exu não é diabo” será lançado na imponente Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, n. 2073. Todos(as) devemos colaborar para que esse lançamento seja mais uma demonstração de poder e força das nossas divindades, da nossa cultura e do nosso povo!!! HÉDIO SILVA JR., Doutor e Mestre em Direito pela PUC-SP, ex-Secretário da Justiça do estado de São Paulo, é Advogado das Religiões Afro- brasileiras no Supremo Tribunal Federal.
página 12
página 13
Ano 8 número 73
SONG BOOK A Umbanda assume o sincretismo religioso com a Pajelança do índio, com o culto aos Orixás do negro africano, com a vertente Católica dos europeus e, de certa forma também com o Espiritismo, visto que os médiuns incorporam espíritos durante os trabalhos. Fato é que, embora no passado alguns terreiros trabalhassem os cânticos apenas com vozes, hoje o uso de instrumentos de percussão é praticamente geral e existem toques precisos para cada objetivo. O trabalho apresentado neste songbook coleta e fixa cânticos praticados pelos umbandistas, bem como os toques específicos que devem ser feitos em cada caso. Trata-se de uma obra de grande importância. Pela primeira vez se dá forma musical a canções que ao longo das décadas vêm sendo transmitidas por tradição oral, estando assim sujeitas a variações e modificações.
Entre as diversas vertentes de religiões influenciadas pela cultura africana, destacam-se a Umbanda e o Candomblé. A Umbanda pode ser considerada uma manifestação religiosa totalmente brasileira agregando influências dos cultos africanos, mais incorporando crenças também, evocando o aspecto miscigenado do país.
O uso de cânticos em trabalhos religiosos é um fenômeno humano em todas as diferentes culturas. Mesmo povos que nunca tiveram contato, entre si mostravam, desde o mais remoto passado, que a utilização de cantigas, cânticos, canções, etc., ajudam a obter um estado místico mais profundo e, ao mesmo tempo, facilitam a memorização, pois é comprovado que as melodias auxiliam a fixar os textos na memória. Dessa maneira o Ogã e musicista Severino Sena e a Maestrina e Dirigente Espiritual Luciana Barletta
compilaram e deram forma litero-musical aos cânticos utilizados na Umbanda. A importância deste trabalho não se restringe ao aspecto religioso, mais também como uma importante ferramenta para estudo musical, social, artístico e folclórico deste vasto repertório. A preocupação dos autores com a precisão se mostra já desde o início pela manutenção dos “erros” de português comuns nesse tipo de obra. Os Caboclos e entidades muitas vezes falam de forma abreviada e mostram características próprias. Palavras como “vancê”, “zinfio”, “trabaiá”, por exemplo, são comuns nos terreiros, e os outros mantiveram a forma popular dos textos e versos em todas as canções da obra. É um trabalho de grande envergadura, pois são muitas dezenas de cânticos transcritos em notação musical e, embora não se utilizem instrumentos de harmonia nos terreiros, tiveram a preocupação de escrever também a parte harmônica, pois isso auxilia a quem está tendo contato com as obras a entender melhor as escalas utilizadas. Assim, é com grande orgulho que apresento essa compilação, ou songbook, pois se trata de uma obra de enorme relevância, seja para a própria religião e seus praticantes, como também para músicos e estudiosos das diversas manifestações da música brasileira.
página 14
Ano 8 número 73
o g ti
Ar
QUEM É O CULPADO? Mesmo que “pais de santo” afirmem o contrário, a espiritualidade em nenhum momento é responsável pelos acontecimentos infelizes que rondam constantemente a vida terrena. Seja o indivíduo católico, evangélico, budista, kardecista, agnóstico ou ateu, imprevistos ainda ocorrerão durante sua caminhada enquanto encarnado. Chorar, sofrer, revoltar-se consigo mesmo e com o universo, acreditar que as forças do mundo lutam pelo seu fracasso e perder-se dentro de si próprio faz parte do ser humano; somente assim criaturas tão curiosas e teimosas aprendem sobre os encantos dos sorrisos, alegrias, contentamentos internos, sucessos e encontros com o “verdadeiro eu”. Afirmar que uma força superior é a autora impiedosa por trás de todas as catástrofes que ocorrem na existência de alguém é o mesmo que assinar sua sentença de eterna estagnação e sofrimento inútil, pois a transferência de responsabilidade impede que o sujeito se enxergue como algo além de uma pobre vítima injustiçada pelo mundo covarde. Falhas em tempo nenhum serão corrigidas e qualquer ínfima esperança de melhora sumirá em meio a crescente ilusão de perfeição. Indubitavelmente o “líder religioso” obterá – ainda que precise desmantelar cada
uma das crenças sensatas de seu médium em potencial – o que quer: um fantoche disposto a sustentá-lo sem pedir nada em troca. Há certa facilidade velada em aceitar uma constatação tão favorável quanto a entregue pelos angariadores de fiéis quando em comparação aos obstáculos (egoísmo, ego, orgulho, rancor etc.) que carecem serem traspassados para que algo simples como “me desculpe, eu também errei” seja mais que um murmúrio esquecido no fundo da garganta cheia de nós. Como explanado anteriormente, esse comodismo evoluirá aos poucos, como uma doença negligenciada, até que as únicas palavras disponíveis sejam “se desculpe, você errou” e a infelicidade tortuosa contamine e afaste aqueles que verdadeiramente se importam com o bem-estar daquele que estará sem rumo. A sociedade a qual pertencemos desde que respiramos pela primeira vez explicita aos quatro ventos o quão significativo é nos encaixarmos de modo primoroso no quebra-cabeça global: seja calmo, seja educado, arrume sua postura, vista as roupas da moda, troque seu corte de cabelo, sorria e acene, mas não seja – em hipótese nenhuma – você. Fomos ensinados a agarrar com unhas e dentes objetivos compor-
tamentais utópicos até estabelecermos padrões tão altos que nem mesmo com uma escada gigante tocaríamos sequer na base; um sistema impossível de ser seguido, vantajoso para aquele que o estabelece e traiçoeiro para o resto. Permitir-se falhar, voltar atrás e tentar de novo demonstra maturidade para com as questões complexas do cotidiano que exigem mais do que apontamentos infantis e respostas vagas dadas por quem pouco ou nada sabe sobre a genuína missão altruísta dos espíritos de luz – além de preservar o corpo e alma em relação a futuras dores de cabeça muito mais persistentes do que as causadas pelo carro que quebrou ou a prestação da casa que atrasou. Não há nada mais benéfico do que tomar em ambas as mãos a própria carruagem com tonéis de preocupação e levá-la para além do rio da ignorância.
Alan Barbieri Sacerdote Umbandista do Templo Escola Casa de Lei Alan Barbieri Contato: (11) 2385-4592 barbieri.empresa@gmail.com
página 16
Ano 8 número 73
o g i t r A
MEMÓRIAS DA UMBANDA XVII
A BRUXA DE ÉVORA Lenda ou realidade? Com certeza a Feiticeira ou Bruxa de Évora, ainda conhecida como a Moura Torta, é uma das figuras mais notórias e rodeada de mistério no âmbito da magia e povoou o imaginário dos ibéricos e depois os brasileiros com a chegada dos colonizadores. É um daqueles casos onde há muita incerteza e contradições quanto à sua biografia. A falta de registros históricos confiáveis impede uma pesquisa concludente sobre a sua vida e, portanto, não deve ser considerada uma figura histórica, nem precisar uma época em, presumivelmente teria vivido. No entanto, sua reputação basta para ser classificada como arquétipo mítico de uma determinada qualidade de feiticeira ou bruxa. Diversos livros foram escritos sobre ela. Recomendamos para quem quiser conhecer melhor o tema a seguinte obra: A Bruxa de Évora, de Maria Helena Farelli, publicada pela Editora Pallas. Na obra, a autora resgatou um pouco desse saber para trazê-lo progressivamente para o grande público que em pleno século XXI procura cada vez mais a ajuda da magia e dos fenômenos sobrenaturais e paranormais para transformar seu cotidiano. A autora cita: Era uma vez a poderosa Bruxa de Évora que conquistou e aterrorizou gerações de corações luso-brasileiros por séculos e que possuía um caderno completamente abarrotado de poções, feitiços, bruxedos, encantamentos, banhos, rezas etc. Sua fama singrou barreiras cronológicas e físicas e aportou no Brasil com os navegantes portugueses... Sua magia criou raízes e ramificações se entrelaçando com as religiões ameríndias. Apesar de temida, as pessoas sempre buscaram conhecer os poderes dessa Bruxa: seus feitiços, sortilégios, banhos, amarrações, conjuros etc., com a finalidade de obter cura, proteção e sucesso no amor e na vida. É difícil precisar a época em que teria vivido a Bruxa de Évora. Contos ibéricos dão conta que essa poderosa bruxa viveu em Portugal, na época de Dom Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, que nasceu em 1109 em Coimbra e faleceu em 1185 na Galiza. “Era a bruxa da cidade, que andava com um mocho às costas e que tocava harpa nas noites frias de inverno. Aliada do Tinhoso era ao mesmo tempo temida e adorada. A bruxa árabe era chamada de Moura Torta, nome que fazia os portugueses se arrepiarem, fazendo o sinal da cruz; e como moura e bruxa passou à história” (Farelli). Para muitos ela detentora de pode-
Pintura sobre a Bruxa de Évora rosos segredos e feitiços do Oriente. Ainda Farelli nos diz: “Vivia como eremita, sempre só em sua casa, com suas galinhas e coelhos, com chapelão, saia e avental, com sapatos golpeados, murmurando rezas estranhas”. Mais uma vez citamos Farelli: Os gatos também eram acusados de demônios. O gato era considerado um animal mágico, parente da lua, pois o gato surge para a vida à noite, perambulando pelos telhados, com seus olhos brilhantes na escuridão. A Bruxa de Évora tinha um gato preto, chamado Lusbel (Lúcifer). Era belíssimo, dengoso e lascivo. Não corria atrás do mocho que sempre a acompanhava. Certa feita, quase mandaram queimar viva a Bruxa, sob a acusação de que ele penetrara na casa do reverendo em forma de gato preto. A Moura Torta, falava o árabe, o português e o latim e lia o Alcorão. Tirava a sorte nas areias, nas estrelas e fazia feitiços e curas. Ainda hoje as pessoas procuram pelos poderes dessa feiticeira, lendária ou não: seus feitiços, sortilégios, banhos, amarração e conjuros, para obter cura, proteção e sucesso no amor e na vida. Conforme creem algumas pessoas, no Brasil fez adeptos no Catimbó-Jurema acostando nos médiuns. No lugar dos linhos usava suas fortes rezas. Também foi acolhida na Umbanda e nas macumbas cariocas entre as Pombagiras, como uma velha sábia, curadora e mandingueira. Essa é a roupagem fluídica de muitas Pombagiras, no lugar da deturpada imagem de prostitutas sedutoras. Devido ao seu poder e sua influência seu nome tornou-se referência para os praticantes de bruxaria em vários momentos da história. Alguns acreditam que a Bruxa de Évora foi apenas um dos corpos em que viveu Nanaime. No blog http://wwwjaneladaalma.blogspot.com podemos ler:
Mocho Real
Nanaime é uma essência da magia sempre ressurgida para restaurar o poder da magia, mesmo que em pequena escala, mas a magia é eterna e com isso as pessoas que fazem parte da magia ou de sua herança sempre recebem esta qualidade de "ser da magia" mesmo a magia estar sem poder há sempre algo que a faça ressurgir e estas pessoas envolvidas pela antiga história sempre tendem a novamente vivenciá-la mesmo sendo em pequena escala ou grau inferior, mas as coisas sempre ocorrem para se garantir um fim.
página 17
Ano 8 número 73
UMA REZA INTERESSANTE Com três te botaram o olho mau, Três espinhos te enfiaram, inveja, tremura e amarelão. Com três eu te tiro dessa aflição, Na força da Bruxa de Évora Eu abro o portão onde mora Arcangel e São Cipriano E fecho a porta do Cão. Xispa, Tinhoso!
Prezados leitores. Para conhecer melhor a Bruxa de Évora convido-os a ler o instigante livro A Bruxa de Évora, de Maria Helena Farelli. Outra bruxa famosa, esta com certeza não lendária, foi Maria Gonçalves Cajada, portuguesa que veio desterrada para o Brasil no Século XVI para cumprir pena por feitiçaria. Era mais conhecida pela alcunha de Arde-Lhe-o-Rabo. Conforme Esmeralda Martinez (http://www.esmeraldamartinez.com.br): As mulheres apelavam ao sobrenatural, protagonizando em vários sentidos a vida amorosa na Colônia. Algumas usavam de tais expedientes para maltratar e vingar-se de homens indesejáveis, e, até mesmo aniquilá-los como no caso de Catarina Froés, moradora da Bahia e casada com um antigo escrivão em fins do século XVI. Catarina havia procurado a Arde-lhe-o-Rabo, com o firme propósito de matar um genro. A Catarina foi quem denunciou a pobre da Maria Arde-lhe-o-Rabo colocando todas nós, as suas clientes, em polvorosa, todas temendo o pior e preocupadas, ainda mais, como seriam as reações dos nossos maridos e companheiros. A desgraçada havia dito: que há um ano que nesta cidade cometeu e acabou com Maria Gonçalves, d’alcunha Arde-lhe-o-Rabo, mulher não casada, vagabunda, ora ausente, que lhe fizesse uns feitiços para que um seu genro Gaspar Martins, lavrador morador em Tas-
suapina ou morresse ou o matassem ou não tornasse da guerra de Sergipe, sertão desta capitania, na qual então estava, por não dar boa vida à sua mulher moça, filha dela confessante por nome Isabel Fonseca, e isto entendendo que os ditos feitiços haviam de ser arte do diabo. Arde-lhe-o-Rabo teve uma condenação branda, pois como consta do Processo, logo no primeiro fólio parece que tudo são embustes e enganos as culpas desta ré os quais constam de sua confissão extrajudicial, sem as testemunhas lhe haverem visto coisa alguma por onde parece que, o conhecimento desta causa pertence mais ao ordinário que à Inquisição. Por despacho da Mesa de 24 de janeiro de 1593, na Bahia, em visitação procedida pelo Inquisidor Heitor Furtado de Mendonça, a ré irá auto público em corpo com uma vela acesa na mão e com uma carocha infame na cabeça, ficará em pé enquanto se celebrar a missa e ouvirá ler a sua sentença, será embarcada para o reino, cumprirá penitencias espirituais, instrução na fé e pagamento de custas.
Editor: Diamantino Fernandes Trindade
Ano 8 número 73
página 18
Ano 8 número 73
página 19
Ano 8 número 73
os t n
e Ev
7º PROCISSÃO EM HOMENAGEM A DIVINA MÃE NANÃ idealizado e desenvolO belíssimo evento foi . ista Pai Élcio de Oxalá vido pelo ícone Umband ima edição, que ocorEsse ano, sendo a sét no a no dia 31/07/2018, reu com grande alegri go Rê a Ru na , situado Clube Atlético São Jorge . SP – ulo Pa tonieta, São Barros, 1828 - Vila An a ensamente a presenç Pai Élcio agradece im , Fé de Curimbas, Irmãos de todos os Templos, , ral ge , Autoridades em Meios de Comunicação esentes! apoiadores e amigos pr
página 20
Ano 8 número 73
página 22
os t n
e Ev
7° HOMENAGEM AOS CABOCLOS BRASILEIROS lizou-se na FALC - FaNo dia 26 de agosto, rea a rapicuíba - São Paulo, culdade da Aldeia de Ca . ros lei asi boclos br 7º Homenagem aos ca de Matrizes Africanas, O povo Umbandista e ita fé e fervor para prescompareceram com mu seu sétimo evento. tigiar a festividade em organizado pela FeO destacável evento foi eCarapicuibana e coord deração Umbandista n esidente Ogan Frankli nado pelo seu atual pr D’Ogum. s, as entidades e parceiro Com o apoio de divers e or am ito lizado com mu mais um evento foi rea harmonia!
Ano 8 número 73
página 23
página 24
Ano 8 número 73
otoss t nn e e v EEv
LANÇAMENTO DO DVD - TEM QUE TER FÉ O CANTO DO CORAÇÃO
Umbandista que nos Agradeço a toda família ssa para ampliação da no ajudaram no projeto há o Nã mento do DVD. casa e foram no lança iz fel ou est o quanto eu palavras para expressar todos vocês. pelo apoio e carinho de pinambá e Sultão das Em nome da família Tu ado. Muito axé! Matas meu muito obrig ençoe a todos nós. Que nosso Pai Oxalá ab
Arte-Cigana-REVISTA.indd 1
23/08/2018 17:15:08
Ano 8 número 73
página 25
Ano 8 número 73
página 26
otoss t nn e e v EEv
36ª FESTA DA MÃE OXUM - VALE DOS ORIXÁS Associação Paulista de A União de Tendas e a s agosto de 2018, no do Umbanda no dia 27 de a sim lís aconteceu uma be Orixás em Juquitiba, as Mamãe Oxum, onde homenagem a nossa ros rei ter ns de diversos louvações e homenage fez todos se emocionae curimbas ali presente onia como sempre. rem e em grande harm e ricamente todos voQue Mãe Oxum abenço os os dirigentes de todos cês e principalmente ram ive est curimbas que templos, terreiros e menagem! presente nessa linda ho
página 27
Ano 8 número 73
io r á
Ca
d n le
16 de Setembro 9º Festival de Curimba Um Grito de Liberdade!
Domingo, 16 de setembro às 13h Clube Juventus: Rua Juventus, 690 Mooca, São Paulo/SP Mais Informações: (11) 2796-4374 94785-5874 Whatsapp: (11) 94726-7609 / (11)
23 de Setembro
16 de Setembro
16ª Festa de Cosme e Damião
Domingo, 16 de Setembro às 14hrs ntes Ginásio Esportes de Clube Subtene Rink, 187 e Sargentos do II Exército – Av. Luiz Vila Ayrosa, Osasco – SP . Entrada Franca: Aceitamos doações banda Maiores Informações: Templo de Um Ogum Beira Mar (11) 97251-9770
13 de Outubro
14º Atabaque de Ouro
s Sábado, 23 de Setembro às 12:30hr es, 160 alhã Mag nte Tradição – Estrada Intende RJ – eira Vila Valqueire, Rio de Jan Entrada: Ingresso Maiores Informações: 9 (21) 2663-5815 | (21) 97032-928
14 de Novembro
Festa de Erê Sábado, 13 de Outubro às 18hrs Tenda de Umbanda Ogum Beira Mar, Iemanjá, Caboclo Pena Branca e Vovó Maria das Virgens Rua Telemaco Borba, 145 Vila Vessoni, São Paulo – SP Maiores Informações: (11) 98170-8171
Juliana Passos e a Macumbaria Gravação do CD ao vivo
às 13hrs Domingo, 18 de Novembro s De Felice ngo mi Do es Ginásio de Esport - Jd. Santo André Rua Albino Buzolin, S/Nº Limeira - SP não perecível Entrada: 1kg de alimento to Cultural titu Ins es: Maiores Informaçõ Umbanda de s ho Vel Confraria dos Pretos tupjaet@hotmail.com
15 de Novembro
9º Semana da Umbanda na Cidade De São Paulo Quinta, 15 de Novembro às 13hrs 635 Clube Escola Mooca – Rua Taquarí, SP – lo Mooca, São Pau cível Entrada: + 1kg de alimento não pere 374 6-4 279 (11) : ções Maiores Informa 4 (11) 94726-7609 | (11) 94785-587
e Novembro d 8 1 17 de Novembro da Mestre Exú Rei Tirirí
Sábado, 17 de Novembro às 21hrs Arouca São Paulo Clube Rua Vila do Arouca, 306 – Cachoeira, São Paulo – SP Entrada: Convite + 1kg de alimento não perecível Maiores Informações: (11) 2241-8808 | (11) 2241-7721
6º Dia da Umban
às 13hrs Domingo, 18 de Novembro ngos De Felice Ginásio de Esportes Domi - Jd. Santo André Rua Albino Buzolin, S/Nº Limeira - SP não perecível Entrada: 1kg de alimento to Cultural Maiores Informações: Institu s de Umbanda Confraria dos Pretos Velho tupjaet@hotmail.com
Ano 8 número 73
página 28
página 29
Ano 8 número 73
PARTICIPANTES
CENTRO DE UMBANDA ESTRELA DE ARUANDA
"A importân cia de partic ipar deste ev ento é a de fa som da alma zer revelar o e do coração"
"Um CUR IMBA dese sonho na jamo 7 OU s mo sce e se ROS strar co noss ncretiza o am c o m o venh r ao sagr o primei a o fe r a stiva do atravé o passo, l." a s do toqu ssim e, qu e
XÚ ÉRIO DE E P IM A B IM E CUR palavras pressar com s. VieESCOLA D seguimos ex do
n sifica que não co e sons diver ém, que até s um amor s cantados gu to n in o n “Nós temo p e u m um as sim co elhor do q utar do Aje fr ou frases, m rar que ninguém é m es d e u g se n sos st co ó o er N m da Fé. de nasc mos para ue acabou esma força q m s!” a cê ém n u vo á lg x s a o ri mesmo Axé a tod var um O u o it lo u m em s d o o sp ejam e que todo EXÚ e des PÉRIO DE IM a d s o m
GA FA E ÔME L A A IT ÍR P ÃO ES so se grandio ASSOCIAÇ
ano des éar mais um ip ic rt a s. Por interm , p r de Caboclo ratos po o g a sã s ei is o ld m -n A o a a ss m b “Senti e Curim canto no d e l d a v a ti rá rm es se F fo a é os em !! Ess evento que duas vezes ba, levarem m za ri re cu a ta n ss dio de no é. Quem ca cável” ligião e ax cia inexpli ên iv v a verdade, re m u mais a e Ômega Espírita Alf Associação
CURIMBA FILHOS DO OURO
“Para todos nós da família Filhos do Ou ro, é uma grande honra a cada ano qu e passa, fazer parte dessa história que Aldeia de Caboclos o faz para nossa Umba nda. A família Filho do Ouro estará sem s pre junto para fortal ecer e disseminar a nossa religião com pontos e apresentaç ões maravilhosas! ”
página 30
Ano 8 número 73
DA BA UMBAN IM R U C E ESCOLA D RA VIVER terá o imenso RAZÃO PA ara Viver ,
P oP anda Razã rimba de S mília Umb stival de cu fa s, fe a ro r s, ei io o a rr n a m te r do las e "Após 5 a participa rupos, esco a, r g d a s n lt o a o b ri v á m e v U d m prazer e amada união co a id em s er ao u to q m re nossa serão en aonde esta , fortalecer tados, que o n v ti ca je s b !" to o n ta o p ndis em um só s toques e povo umba energia do a fé à todo it u m e através da r o uito am dos com m
A BAND M U E D RRA ME TE TENDA E R T CLO ” amor! CABO ência e ss nda é e “Umba
“Um PAI mos a honra ÉLC nova todo IO D s jun m tos n ente po ’OX de essa ALÁ lind r canta noss a festa r ness e lin a Um ! Viv do a ban da!” os tam festiva bore l. s, Sa Valve a
T.U. GERAÇÃO DE LUZ OXÓSSI E OXUM “Somos todos soldados dessa nova geração”
BOCLO TU A C A D N A E UMB TAS "TEMPLO D O DAS MA Ã T L U S E Á no PINAMB rá presente Matas esta -
Sultão das irmãos e ir pinambá e r com todos ta n ca a ar p “Família Tu clos energia! ” eia de Cabo festival Ald uito amor e mãs com m
INSTITUTO CEU ESTRELA GUIA “Respire amor e suspire paz!”
JULIANA D PASSOS
página 31
Ano 8 número 73
INSTITUTO
CULTURAL T AMBOR DE “Para nós do ORIXÁ Tambor
de Orixá é se val da Aldeia, mpre uma al pois reúne os egria particip amigos e é se ar do festimpre bom es tar entre am igos!”
ESCOLA DE CURIMBA E CANTO ESPAÇO DO OGÃ “O festival de curimba, sempre muito bem organizado pela família Aldeia de Caboclos proporcionando ao público Umbandista a oportunidade única de ver em um dia só uma incrível diversidade de pontos cantados. Formamos novas amizades, congregamos, celebramos com alegria, união e paz que transcendem nossos terreiros! ”
TIÃO CASEMIRO bro estarei aí com “Alô meus amigos de São Paulo, dia 16 de Setem clos, fazendo um Cabo de a Aldei – ba Curim de val vocês no 9º Festi o!” Vend sarava maravilhoso. Vai
ITO PAI BENED O D A S A C ae ossa querid
n contro da dos grande en dia, honra m u se é es n a s ei te ld n A se a nird u re l p s a o s ais n taremo " O Festiv cada vez m a e nós es ra d a n p a b ir u m ib U ião" amada mos contr nossa relig ar e poder a beleza da s o em particip rm ra st mos e mo
A URIMB C E D A LA ESCO R SOL E LU r participar no-e ss de ando e TAMBOmuito grande poom partilh !”
c s ivilégio alegria estar ossos irmão n um pr a s é o s m s ó u o n e d “Para estival e axé com to te do f d vamen ento cheio mom
CURIMBA TA MBORES DO ORIENTE “Umbanda E scola da
Vida!”
Ano 8 número 73
página 32
o
o a r
im x ó Pr
o
Am
CASA AMOR AO PRÓXIMO, DIA DO REFUGIADO O Dia Mundial do Refugiado é comemorado no dia 20 de Junho por todo o mundo, com isso a Casa Amor Ao Próximo visando intensificar essa comemoração e conhecer esse universo de vivências diferenciadas que existe muito próximo de nós promoveu uma ação social com um grupo de mulheres refugiadas do Haiti, para um dia de aprendizado no curso de Panificação. Aprendizado esse de ambas as partes, onde as Haitianas passaram conhecimentos sobre sua culinária típica e histórias de vida, assim como a professora Marisa Alves Reis transmitiu seu conhecimento na panificação às refugiadas, chamando a atenção de todos os colaboradores ali presentes com todo o carisma, entusiasmo e histórias, finalizando o dia com a Presidente da Instituição Maria Raimunda A. dos Reis e o Diretor
Administrativo Everaldo Wagner A. dos Reis cantando o hino nacional do Haiti, com muita emoção. O objetivo da ação é acolher o imigrante e transmitir conhecimentos que podem vir a se tornar uma fonte de geração de renda, visando facilitar a condição de vida, dando força para um novo recomeço. Nos primeiros quatro meses do ano de 2018, Guarulhos recebeu mais de 220 solicitações de refúgio, onde muitas vezes a família é separada devido a situação do país de origem e o intuito da ação social promovida em conjunto com a Prefeitura de Guarulhos é auxiliar à essas famílias e encoraja-las a começar uma nova etapa com mais força, determinação e a esperança de que o sol pode nascer de novo para todos.
Venha conhecer o nosso Templo e nossa ONG. Nós estamos localizados no endereço: Rua Dilermano Reis, nº 89 – Inocoop – Guarulhos. Nossos contatos para ajuda e doações são: (011) 2600-9699 – (011) 24319696 (011) 94723-0626 (Wagner - Diretor) E-mail:casaamoraoproximoadm@gmail.com - casaamoraoproximo@gmail.com Horário de Funcionamento da ONG: Seg. à Sex. das 07h às 17h. Funcionamento do Templo: Todas as quartas-feiras às 20h. Sábados a cada 15 dias às 16h.
Fundado em: 18-01-1975
Trabalhos Espirituais aos Sรกbados as 19:00 hrs Endereรงo: Rua Viela Espinard nยบ 17 Picanรงo- Guarulhos cabocloseteflexaebaianoseveria@gmail.com Contato:94726-7609
Ano 8 número 73
página 34
Dança Cigana (11) 98604-5048 www.dancacigana.com.br @rosmarie.miranda @dancacigana
Roupas Ciganas e Escola de Dança A mais bela e completa linha de roupas ciganas
(11) 2091-6608 www.conchitas.com.br Siga-nos: conchitacigana
瘀漀挀 攀 猀攀甀 猀愀渀琀漀 瀀爀漀琀攀琀漀爀 洀攀爀攀挀攀洀 攀猀猀攀 挀愀爀椀渀栀漀℀
䄀猀 椀洀愀最攀渀猀 攀猀琀漀 猀攀洀瀀爀攀 攀洀 搀攀猀琀愀焀甀攀 渀漀猀 愀氀琀愀爀攀猀 攀 攀洀 渀漀猀猀愀 搀攀瘀漀漀⸀ 䔀氀愀猀 爀攀昀氀攀琀攀洀 琀漀搀漀 漀 愀洀漀爀 焀甀攀 猀攀渀琀椀洀漀猀 瀀攀氀漀猀 渀漀猀猀漀猀 猀愀渀琀漀猀 攀 攀渀琀椀搀愀搀攀猀 焀甀攀爀椀搀漀猀⸀ 준 瀀漀爀 椀猀猀漀 焀甀攀 渀猀Ⰰ 愀爀琀攀猀漀猀 愀瀀愀椀砀漀渀愀搀漀猀 瀀漀爀 渀漀猀猀漀 琀爀愀戀愀氀栀漀Ⰰ 甀琀椀氀椀稀愀洀漀猀 洀愀琀攀爀椀愀椀猀 攀猀挀漀氀栀椀搀漀猀 愀 搀攀搀漀 挀漀洀漀 漀 最攀猀猀漀 挀攀爀洀椀挀漀 爀攀猀椀渀愀搀漀 瀀愀爀愀 昀愀稀攀爀 愀猀 洀愀椀猀 氀椀渀搀愀猀 椀洀愀最攀渀猀⸀ 一猀 猀愀戀攀洀漀猀 漀 漀 焀甀漀 昀漀爀琀攀 漀 猀攀甀 愀洀漀爀 愀漀 猀攀甀 猀愀渀琀漀 瀀爀漀琀攀琀漀爀℀
眀眀眀⸀椀洀愀最攀渀猀戀愀栀椀愀⸀挀漀洀⸀戀爀 ⠀⤀ 㐀㘀㜀㐀ⴀ㜀㤀㤀 倀爀漀挀甀爀攀 䤀洀愀最攀渀猀 䈀愀栀椀愀 渀愀猀 洀攀氀栀漀爀攀猀 氀漀樀愀猀 搀攀 愀爀琀椀最漀猀 爀攀氀椀最椀漀猀漀猀 漀甀 挀漀渀猀甀氀琀攀ⴀ渀漀猀⸀
Siga-nos: www.facebook.com/ceieoficial CODM – Curso de Orientação e Desenvolvimento Mediúnico c/ Teologia de Umbanda e Sacerdócio Todas as 3ª feiras às 20:15h
Curso de Curimba Canto e Toque
Ministrado por Severino Sena Todas as 2ª às 19:00
Ano 8 número 73
página 35