Jornal da Aldeia - edição 67

Page 1


página 2

Ano 8 número 67 Prezados irmãos de fé e caros leitores, acreditamos ser crucial salientar a importância de ser amigo e de se ter amigos, e, portanto, dedicamos este espaço para reveialrenciar r esta bênção. o

it d E Muito mais que válido e cabível, de forma constante, louvar a opor-

tunidade de ser amigo e de se ter amigos.

Amizade real, verdadeira, e não apenas parceria corriqueira, é dádiva de Deus, é proteção aos olhos em meio a tempestade de areia, é linha guia diante de escuridão, é toque de razão frente à insensatez, é esteio de conforto em momentos de dificuldade e dor, é festejar a alegria de um grande companheiro, é abençoar a vitória de um honrado guerreiro.

Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos. Tenhamos em nossos pais e irmãos grandes amigos, relação esta que vai muito além do parentesco consanguíneo. Viva a amizade e os bons amigos, sendo certo que assim reverenciamos, de igual maneira, o amor e a família, pois, a amizade verdadeira e os amigos leais são notoriamente construções do amor, bem como os verdadeiros amigos são os entes queridos que escolhemos para serem nossos familiares, embora não tenham o vínculo de sangue, no entanto, claramente possuem conosco o laço celeste do espírito. Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi!

Necessário e fundamental destacar a necessidade de ser amigo, de ser leal, de se fazer presente, de ser efetivamente solidário, de amparar sem julgar, de estar pronto para colaborar ao amanhecer e no silêncio da madrugada, de saber ouvir antes de questionar, de estender a mão e oferecer os ombros sem esperar retorno, de prestar auxílio sem necessidade de suplica ou de presenciar martírio. Amizade, chave mestra para uma vida mais feliz, mais harmônica, mais vibrante, mais humana! Na seara da arte da amizade salutar, igualmente, ressaltar os ensinamentos de um Grandioso, Magnífico Pensador/Filósofo da Humanidade, qual seja, Sócrates:

Alexandros Barros Xenoktistakis

EXPEDIENTE istakis els B. Xenokt Diretor: Eng e: Daniel Coradini Art Direção de ktistakis gels B. Xeno amargo / En Redator: C res: Adriano Colaborado ares e Ronaldo Lin noktistakis s Xe s ro d ndros Barro Alexan rídica: Alexa .106 Ju a ri o ss e 2 Ass 18 m.br s – OAB/SP Xenoktistaki l@aldeiadecaboclos.co a rn jo : to ta con

PREVISÃO BARALHO CIGANO Cartas: pássaros - jardim- serpente

Amor

Excelente momento para atuar com muito romantismo e sedução em seu lado afetivo e relacionamento. Período de muita sensualidade e sexualidade a flor da pele. Relacionamentos sem envolvimentos de futuros compromissos podem aflorar nessa fase.

Profissional e Financeiro

Todo cuidado com perdas ou gastos impensados deve ser bem reavaliado nessa fase. Não será momento de novos projetos ou de iniciar algo novo no profissional.

Saúde Física e Espiritual

Cuidados com órgãos reprodutores nesse momento e até mesmo problemas relacionados à próstata nos homens e nas mulheres útero, ovários e seios. Busque ler mais e se equilibrar através de uma boa meditação. Carol Amorim- Taróloga e Dirigente do Templo de Umbanda Estrela do Oriente. Comunicadora da Radio Mundial. Programa Estrela Luz toda terça às 13h e às quintas-feiras às 15h30. Atendimento online ou presencial. Rua Bengali 29- Parque Novo Oratório Santo André. Informações: 11-23694241 ou via Whatsapp 11-9 4942-4000 c/ Amanda Facebook: Taróloga Carol Amorim / Youtube: Sensitiva Carol Amorim



página 4

Ano 8 número 67

MEMÓRIAS DA UMBANDA XI

it go

Ar

MACUMBA, BRUXARIA E FEITIÇARIA BRUXOS E BRUXAS

A Imprensa (RJ), n. 754, 30 de outubro de 1908 Lembrando-se dos tempos felizes da idade média, em que reinava a alta e negra magia, recordando-se das bruxarias fantásticas de McBeth, em noites soturnas e tempestuosas, aos sons infernais da música do sabbat, Maria Elydia dos Santos (que blasfêmia!), Rita Maria da Conceição, Ann Luiza Pereira da Silva e Abelio Gomes se entregavam ao exercício da feitiçaria, em Bangu, empregando as seguintes drogas: paus de Guiné, caixinha com areia, canecas contendo pedras e água, tábuas com cruzes a giz, facas espeta-

das nas paredes, pólvora, espelhos pequenos, santos quebrados, peles de cobras, batatas secas, bichos de várias espécies, entre os quais um pitecantropos, cuja feição característica e quase humana, não deixou de intrigar as autoridades policiais pela extraordinária semelhança com a espécie racional do nosso planeta. Todos esses bruxos e bruxas, apesar de presos em flagrante, foram soltos pouco depois, por haverem pagado fiança, requerida por uma autoridade policial, o escrivão da 4a Delegacia Suburbana.

FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO A Imprensa (RJ), n. 275, 10 de setembro de 1908

Os santos Xangô, Jurema e Rei Naná

mandando abrir inquérito.

Disse Barroso que na mesma casa moravam outros inquilinos, sendo locatária Alexandrina e que costumava frequentá-la o cabo do Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão, João Henrique de Oliveira em serviço atualmente na Exposição Nacional, pernoitando ali, por este motivo, o cabo Henrique, algumas vezes.

Intimada a depor, Alexandrina e demais moradores da referida casa, disse Alexandrina, que tinha como seus inquilinos Ernesto Barroso e mais os indivíduos citados acima, frequentando ainda a casa dela o cabo Henrique.

Barroso, que não via com muito bons olhos a presença de Henrique naquela casa, começou a implicar com ele até que na quarta-feira, chegando Henrique, tiveram uma altercação, nada havendo, porém, devido à intervenção de outros inquilinos que os apaziguaram. Entre estes estavam os de nomes Pedro Edmundo e Pedro dos Santos, que depuseram no inquérito, retirando-se o cabo Henrique que não mais voltou à dita casa. Sábado, pela madrugada, Alexandrina despertada pelo latido do cão, chamou Barroso, dizendo que vira três indivíduos, dentre os quais reconhecera o cabo Henrique, saírem precipitadamente e, tendo ido verificar o que havia, encontrara uma caveira humana embrulhada em jornais. Barroso saiu então a avisar uma praça de polícia que por ali rondava, indo em seguida dar queixa acerca do lúgubre achado. O Delegado, Dr. Metelio Junior, desconfiado da narrativa que Barroso lhe dera, foi até a casa da Rua Pinto Sayão, 29, onde apreendeu a caveira humana,

Que, quando encontrou a caveira, ficou muito assustada, mesmo porque, segundo disse, sempre que aparece uma caveira em casa, há atrasos e desgraça para os seus donos. Os inquilinos referiram o que sabiam da briga de Henrique e Barroso, julgando isso sem importância, mas, que só viram a caveira humana quando Alexandrina lhes mostrara, dizendo que a foram encontrar à porta da rua. O cabo Henrique declarou que quarta-feira fora à casa de Alexandrina pedir a esta que fizesse com que Barroso deixasse de o andar perseguindo e nessa ocasião Barroso o provocara, não tendo ele feito uso de arma alguma e, no dia que diziam haver aparecido a caveira, ele tomara o trem em Cascadura, onde mora, à 7 horas da manhã, e que só soube do encontro da caveira, quando presente na delegacia. O cabo Henrique contou, então, que Ernesto praticava bruxarias e que dizia possuir remédios com os quais poderia curar qualquer moléstia. Depondo ainda outras testemunhas foram elas unânimes em afirmar que na casa de Alexandrina se praticavam bruxarias. As sessões realizavam-se em fren-

te de uma mesa com vários objetos próprios desses atos, e nelas Barroso defumava os presentes, lendo a sina de todos, invocando os santos: Xangô, Jurema, Rei Naná e a Mãe d’Água. Submetido Barroso a interrogatório, confessou que, de fato, procedia a sessões, a rezas, com intuito de curar, dar sorte e outras tantas sandices. Messias de Moraes, filho de Alexandrina, fez declarações que muito comprometeram a Barroso e Alexandrina, acrescentando que Barroso procedia às sessões substituindo o preto Hermenegildo, que era quem as dirigia a princípio. Alexandrina alega que viu o cabo Henrique atirar no portão de sua casa a caveira, não ficando isso, porém, provado pelas demais testemunhas. Ernesto não soube dar explicações acerca do aparecimento da caveira, pois o soubera por Alexandrina, que o fora acordar, mostrando-a. O Delegado Dr. Metelio Junior apreendeu, além da caveira, um fogareiro próprio para defumar, uma vela, penas de galinha pintada, algas marinhas, búzios, dentes, uma garrafa, tendo dentro uma cruz e escadas, enfim, toda a sorte de mandingas com que Barroso fazia as suas sessões de feitiçaria. O Delegado vai processar Barroso como incurso nos artigos 156 e 157 do Código Penal. Virou-se, portanto, o feitiço contra o feiticeiro!


página 5

Ano 8 número 67

LOUCOS?

A Imprensa (RJ), n. 8 de novembro de 1913 Um caso estranho ocorreu ontem com os moradores de uma casa da Rua da Alegria – O resultado das seitas falsas A Rua da Alegria, ontem, às 3 horas da tarde, esteve em verdadeira rebordosa, com um fato anormal ocorrido na casa n. 171. Àquela hora gritos de desatino partiam do interior da casa e tantos eram eles que um pouco diante da porta da casa juntava-se formidável massa popular. Da Fábrica de Tecidos São João, que fica nas proximidades da casa, saíram quase todos os operários, atraídos pelos gritos. Eram homens, mulheres e crianças, em um número aproximado de mil pessoas que comentavam o que ocorria. As portas da casa estavam fechadas e por isto foi chamada a polícia do 10o Distrito que pouco depois chegava. Ali foram ter o respectivo delegado Dr. Cid Braune, os comissários Rocha e Mello e guardas civis que ao

chegarem, a custo penetraram na casa onde se passava uma cena edificante. Os moradores da mesma pareciam invadidos de uma fúria diabólica! Em altos brados uns blasfemavam, enquanto outros choravam ou entoavam canções desconexas! Quem os visse diria encontrar-se em pleno manicômio, onde das celas fortes se houvessem escapado os mais infelizes dos loucos! Uma criança, a meio da casa, de olhos vendados, pedia socorro em altas vozes. As autoridades procuraram saber qual o mal que atacava àquela gente toda e todos eles diziam-se perseguidos por espíritos maus e afirmavam estarem sendo vigiados por um deus pertencente a lei de Umbanda. Era impossível conduzi-los a pé até a delegacia ou mesmo em um veículo qualquer onde não se encontrassem isolados para evitar desatinos e por isto o delegado requisitou uma “Viúva Alegre” onde os meteu


página 6

Ano 8 número 67 levando-os para a delegacia. Eram eles; João da Silva Lucas, Antonio da Silva Lucas, José Corrêa Louzada, Maria da Silva Louzada, Manoel Correa Louzada, de 6 anos de idade; Manoel Rosa

de Jesus, Antonio Silva, Mario Lucas e Pedro da Silva Lucas. Ali ficou depositada essa pobre gente que à entrada da noite parecia já mais tranquila, embora se mostrassem

arreceados uns dos outros. O comissário Bandeira, que estava de serviço, fê-los guardar por diversos soldados, devendo ser hoje os infelizes remetidos para a Polícia Central.

FORAM TRÊS VEZES AO CEMITÉRIO ROUBAR CAVEIRAS PARA A MACUMBA Última Hora (PR), n. 2178, 16 de maio de 1959

A reportagem de Última Hora deslocou-se na tarde de ontem, para o cemitério de Vila Formosa, a fim de ouvir a administração da necrópole sobre os acontecimentos verificados de quinta para sexta-feira de madrugada, quando, em uma verdadeira orgia, ladrões bêbados profanaram o campo santo e roubaram estatuetas, vasos para túmulos, velas, um grande crucifixo e uma caveira. Foram eles, de acordo com o que publicamos em nossa segunda edição de ontem: Osmar Gomes de Oliveira, de 39 anos, casado, residente no Jardim Nova Iorque, chefe do bando; Hermínio Simões Ferreira, de 28 anos, casado, Rua Sete, 54, Vila Antonieta; Paulo Santos Galvão, 36 anos, casado, compadre de Hermínio e que com ele reside; e Diomid Gargalac, 33 anos, casado, Rua Sete, quadra 8, n. 14, Vila Formosa. Todos foram detidos por uma viatura da Rádio Patrulha, na Avenida Rio das Pedras, defronte aquele cemitério, quando retornavam da pilhagem, tendo a eles se juntado, posteriormente uma mulher, Benedita de Oliveira, esposa do chefe do bando, mas que saíra em busca do marido por causa da enfermidade de um dos filhos menores do casal.

Em palestra com o Sr. Sebastião Cordeiro, um dos administradores do cemitério de Vila Formosa, apuramos que grande parte do roubo ocorreu em uma casinha existente na parte Sul da necrópole, cerca de 300 metros da porta da entrada. Os ladrões, não conseguindo arrombar a porta, quebraram o vitrô e surrupiaram objetos. Antes de se retirarem, profanaram também alguns túmulos, completando assim a obra criminosa. Segundo ainda o Sr. Sebastião Cordeiro, foi esta a primeira vez que houve violação de túmulos no cemitério de Vila Formosa, em contradição com o que afirmaram os ladrões à reportagem, no dia de sua prisão, no plantão do D. I., quando declararam que tinha sido a terceira vez. Continuando, finalizou o Sr. Cordeiro: – A casinha onde se deu a maior parte do roubo, é destinada à guarda de ossos. Consoante a versão dos próprios ladrões no plantão do D. I., a quadrilha roubara todos aqueles objetos com a finalidade de promover sessões de macumba. Em três outras oportunidades, foram bem sucedidos.

PROFANAVAM TÚMULOS EM CENTENÁRIO DO SUL PARA PREPARAR OS DESPACHOS! Última Hora (PR), n. 2178, 16 de maio de 1959

Há vários anos os habitantes de Centenário do Sul testemunhavam assombrados um fato fora do comum, a violação do túmulo de seus parentes e retirada de seus despojos. Diversas queixas foram formuladas ao delegado. A violação, no entanto, não era efetuada frequentemente, o que dificultava o trabalho das autoridades policiais; em 9 anos, 11 cadáveres foram retirados do cemitério. Nunca se sabia o momento que os violadores agiriam. Macumba: Curandeiros Profissionais Designados para efetuar diligências, seguiu para o Centenário do Sul o agente Sebastião Roque, da Delegacia de Investigações e Capturas. Seu trabalho era prestar auxílio ao delegado local, tenente Paulo Vieira, nas investigações. Após vários trabalhos, foram presos, como suspeitos, Bernardo Figueiredo, Maria Branca e Benedito de Lima que, interrogados, confessaram a autoria do delito. Quando instados a esclarecer os motivos que os levavam a praticar tão vil roubo, declararam-se praticantes da macumba. Bernardo Figueiredo era curandeiro profissional. Para efetuar as curas, necessitava esqueletos e

só havia um meio de obtê-los: roubando-os do cemitério. Era auxiliado, neste mister, por sua amásia Maria Branca e por Benedito de Lima. Admitiu, realmente, haver se apossado dos 11 esqueletos. Após usá-los, atirou-os em um rio. Prisão preventiva Os violadores encontram-se recolhidos à cadeia de Centenário do Sul. Foi instaurado inquérito para puni -los. Sabe-se, outrossim, que já foi requerida a prisão preventiva dos indiciados. Serão passíveis, como violadores de sepulturas e vilipendiadores de cadáveres a pena de prisão e multa.

Editor: Diamantino Fernandes Trindade


Dança Cigana (11) 98604-5048 www.dancacigana.com.br @rosmarie.miranda @dancacigana

Roupas Ciganas e Escola de Dança

Siga-nos: www.facebook.com/ceieoficial

A mais bela e completa linha de roupas ciganas

CODM – Curso de Orientação e Desenvolvimento Mediúnico c/ Teologia de Umbanda e Sacerdócio Todas as 3ª feiras às 20:15h

(11) 2091-6608

Curso de Curimba Canto e Toque

www.conchitas.com.br

Ministrado por Severino Sena Todas as 2ª às 19:00

Siga-nos: conchitacigana

   Á             


página 8

Ano 8 número 67

a d n

l a g

Le

ba

Foto: Divulgação

Um

A FUNÇÃO SOCIAL DA UMBANDA Pouquíssimas pessoas se mostram satisfeitas com a própria vida. A maioria não trabalha naquilo que gosta. Os pobres, financeiramente falando, estão cada vez mais pobres. Se levarmos em conta a situação que o nosso país atravessa há muito tempo, a desigualdade, impunidade, injustiça etc., fica difícil pensar num estado de felicidade coletivo, pois quem sabe se colocar no lugar do outro sempre terá preocupações e muitas orações a fazer. De acordo com o levantamento, 82% de toda a riqueza mundial gerada entre setembro de 2016 e setembro de 2017 ficou nas mãos do 1% mais rico da população. O consumismo desenfreado leva as pessoas a fazerem dívidas que não podem pagar. O acesso à saúde fica restrito aos que podem pagar, e bem pago, pois o atendimento para quem tem um plano de saúde razoável deixa muito a desejar. Nos atendimentos por convênio, as consultas devem ser rápidas, os médicos devem pedir a menor quantidade possível de exames – afinal eles nunca podem ter prejuízo, e todo o lucro do mundo é sempre pouco; querem sempre mais. Consulta pelo convênio só daqui há 3 meses; se pagar particular tem data próxima; pelo SUS, com muita sorte, quem sabe um dia... Verbas para compra de equipamentos e remédios para a rede pública são desviadas. Os bancos nada mais fazem do que negar crédito a quem precisa, e oferecer crédito insistentemente a quem não precisa... Se você tiver dinheiro, tem a chave que abre todas as portas por aqui...não importa se que você seja trabalhador e honesto, ou não... Isso tudo se reflete nos terreiros de Umbanda, onde muitas pessoas recorrem na esperança de que seus problemas sejam resolvidos.

Alguns procuram emprego, outros pedem proteção por serem perseguidos no trabalho, por pessoas que ao invés de estenderem a mão para ajudar um irmão, estendem-na para empurrá-lo precipício abaixo... Mães procuram a Umbanda por terem sido abandonadas pelos filhos; filhos procuram a Umbanda por terem sido abandonados pelos pais. Todos envolvidos pela negatividade que os seres humanos mesmos criam, e reclamam como se a culpa fosse sempre dos “outros”. Reclamam dos governantes, mas foram elas mesmas que os puseram lá... Reclamam que nada funciona, mas continuam seguindo a vida porque lutar para mudar as coisas dá muito trabalho. Não meus queridos, nada vai mudar de uma hora para outra, mas se mudarmos o que está ao nosso alcance já será meio caminho andado. Alguém já disse que não há governo corrupto numa nação ética...como dizer que isso é mentira? Alguns podem estar se perguntando o porquê de uma matéria sobre esses temas num jornal de Umbanda...simples, somos todos cidadãos, quer tenhamos consciência ou não. A Umbanda, ao ser pensada, veio com uma função social de dar voz aos menos favorecidos: negros, velhos e índios, entre outros. E entre as pessoas que recorrem aos terreiros de Umbanda estão muitos excluídos, inclusive desencarnados que são expulsos de lugares onde os médiuns se acham superiores aos outros, particularmente os umbandistas. Essas pessoas encontram nas conversas, nas orientações, no abraço das entidades e no acolhimento que sentem, o que muitas vezes procuram na própria família e não encontram. Num terreiro de Umbanda ninguém pergunta para quem chega se ele é rico, pobre, qual a sua

religião, no que ele acredita ou de onde ele vem. E além de oferecer a essas pessoas a aceitação, o desenvolvimento e a prática da própria mediunidade, faz parte da missão da Umbanda incutir nas mentes de seus médiuns que, um bom umbandista é um bom pai, um bom filho, um bom empregado, um bom patrão e um bom cidadão. Isto porque o que somos ultrapassa os limites do terreiro. O que somos nos acompanha onde quer que estejamos, e disso não há como fugir. Então queridos, que nossos terreiros sejam lugares onde o estudo, o esclarecimento e a prática da tão estudada e pouco exercida reforma íntima, que sejam instrumentos para que possamos expandir as consciências, tanto de quem está dentro como de quem está na assistência, para que juntos possamos trilhar um caminho de luz, evolução e ascensão. A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, nasceu aqui e não foi por acaso. Ela é tão rica e diversificada como nosso povo e nossa cultura. Que todos encontrem em nossos templos um lugar onde todas as formas da Luz possam se manifestar, e que as bênçãos que recebemos se estendam a todos aqueles que vierem nos procurar, tornando-nos seres mais conscientes e realizadores. Como diz nosso amado Sr. José Pilintra: “Atrai-se muito mais abelhas com uma gota de mel, do que com um litro de vinagre...” Aprender com quem sabe mais, ensinar a quem sabe menos, e a ninguém negar ajuda, lembram-se? Namastê, Amém, Axé!!!

Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra

Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587


Ano 8 número 67

página 9


página 10

Ano 8 número 67

a n s ia a v lde r E A

O Homem na Natureza Salve sagrados amigos e irmãozinhos em Mãe Natureza. Que o Poder Divino e as Forças Naturais sejam em todos vibração curadora e transformadora para o bem. A natureza do ser humano é o bem, isso é indiscutível. Somos gerados e moldados numa matriz do bem. O bem é relativo e é de acordo com o nosso ponto de vista humano, sem duvidas. Basta olharmos a natureza animal a nossa volta e dedicarmos algum tempo nessa observação para chegarmos a conclusão de que não há nenhum ser vivo, animal, vegetal, ou de qualquer natureza de origem, que seja mal a princípio. Nenhum animal mata pelo prazer de matar, ou caça sem necessidade de se alimentar, exceto o ser humano. Nossa natureza humana vai se moldando, se condensando e cristalizando e formando o caráter humano que conhecemos. Quantas passagens por vidas terrenas temos? Quantas lições temos que aprender? Podem falar o que quiser os especialistas no assunto reencarnação, mas fato é que não temos noção de tempo / espaço suficientes para definir o numero exato, ou mesmo aproximado dessas viagens de ida e volta, passagens de um plano a outro. E porque vemos tanta maldade no mundo? Porque as barbáries, chamadas primitivas, acontecem cada dia mais aos nossos olhos? É só vermos os noticiários que somos banhados com o sangue diário do estado humano de consciência. O ser humano se coloca nesse estado, e precisa vivenciá-lo para poder suplantar a dor de ter conhecido os aspectos negativos da vida. Inevitavelmente todos irão evoluir e voltar ao estado natural cuja natureza primordial é o bem, mas ao voltar, teremos conhecido e vivenciado todos os seus aspectos, nuances, cores, sabores e tons. Isso é vida, essa é a lei. Conhece a ti mesmo e conhecerá seu Criador. As ervas nos ajudam o tempo todo, e principalmente aqueles que estão ligados às religiões naturais, ser-

vem-se do seu poder para facilitar essa viagem pelos sentidos humanos. Mas será que apenas os banhos, defumações e benzimentos podem nos ajudar, da forma ritualística que conhecemos? Qual a ultima vez que você andou pela mata? É claro que a maioria das pessoas não tem como andar pela mata virgem, abrindo trilhas e desbravando a natureza. É utopia eu recomendar aqui essa receita, mas nada impede de você andar num parque, num bosque ou jardim preservado. Muitas cidades tem locais assim, voltados para o lazer do publico, onde pessoas fazem suas corridas, caminhadas, enfim seu lazer e busca de sossego nos finais de semana. Aqui em São Paulo temos Ibirapuera, Aclimação, Parque do Carmo, Trianon e muitos outros verdadeiros santuários naturais. E por falar em santuário, temos o SANU (Santuário Nacional da Umbanda) em Santo André, que é um ótimo lugar para você passear, independente se vai realizar algum trabalho espiritual. Simplesmente vá. Tire algumas horas para relaxar e meditar no SANU. Nas cidades da Grande São Paulo há muitas opções de parques e jardins públicos. Se quiser andar um pouco mais, vá conhecer Paranapiacaba, um verdadeiro paraíso da natureza na Serra do Mar. Há varias cidades no interior que proporcionam descanso e ligação com a natureza. Em Campinas interior de SP, recomendo o Bosque dos Jequitibás. No Rio de Janeiro, a região serrana como um todo. Poderia citar centenas de lugares bacanas para você visitar, mas o objetivo de falar disso é simplesmente levar você a um estado de espírito adequado à cura, à transformação interior, alem de recarregar as baterias para o cotidiano. Ao se preparar para ir á natureza, use nos seus banhos ervas que irão purificar, fortalecer e acelerar o

pulsar do seu chacra coronal, ou a coroa como é conhecido, e seu campo mediúnico, melhorando assim a percepção. Pode ser boldo, folha da costa, algodoeiro, jasmim flor, anis estrelado, casca da jurema preta, folhas de café. Tome um bom banho da cabeça aos pés com as ervas acima no máximo um dia antes de ir. Faça uma alimentação leve, abstendo-se da ingestão de carne vermelha e álcool. Use roupas claras (pelo menos a camiseta) e confortáveis. Se você for fumante, procure também diminuir o cigarro, e aproveitar a oportunidade para arejar os pulmões e pensar na possibilidade de largar o vício. Ao entrar no parque, reverencie mentalmente Mãe Natureza, Pai Criador, seu Poder Divino e suas Forças Naturais, os Sagrados Pais e Mães Orixás, os Sagrados Guardiões da Natureza e peça licença e proteção. Há coisas simples que podemos fazer ao entrar numa mata, deixando um pedacinho de fumo de corda ao pé de uma árvore, por exemplo, mas não é obrigatório. O que é altamente recomendável é uma postura de respeito e comunhão. Planeje o que vai fazer, mas procure não seguir à risca, permitindo assim que a força da natureza aja em seu espírito. Ande pelo parque, observe. Silencie a mente, procure respirar compassadamente, segurando um segundo o ar nos pulmões, e ao expirar, também segurando um segundo os pulmões vazios de ar. Ouça os sons da mata, ouça os passarinhos, barulho de água, enfim, desligue-se do cotidiano urbano e viva o momento junto à mata. Escolha um lugar para sentar, pode ser um banco, ou melhor ainda, embaixo de uma árvore. Se preferir, leve algo para forrar o chão, que pode estar úmido. O importante é que você se sinta bem, e esse ritual deve ser o mais agradável possível. Leve água, apenas


Ano 8 número 67

página 11


Ano 8 número 67 água para beber, evite os refrigerantes. Não estabeleça tempo, mas para você ter um parâmetro, fique uns 30 minutos em silencio profundo, apenas sentindo o ritmo da natureza. Encoste sua mão na terra e sinta seu pulsar, junto com seu coração. Não perca o ritmo da respiração. Sinta como toda a mata está integrada, ligada pelas raízes das árvores e de todas as plantas do lugar. Veja como as copas dessas árvores se ligam pelo alto, enroscando seus galhos umas nas outras. Procure manter a mente consciente, aberta e desperta para o mundo à sua volta e o mundo dentro de você. Quando estiver bem leve e conectado, mande mensagens para seu próprio espírito, programando-o com ações positivas. Por exemplo: Sou filho de Deus Pai, de Mãe Natureza, de Pais e Mães Orixás. Honro meus pais carnais e sou grato pelo dom da vida. A sabedoria do criador flui para dentro de mim, a cura flui para dentro de mim, a luz flui para dentro de mim, a coragem, o ânimo e a motivação fluem para dentro de mim. Minha gratidão a todos que de alguma forma auxiliam minha evolução. Procure definir suas afirmações como verdadeiros mantras, repetindo-os algumas vezes até que se tornem

página 12

parte de você. Defina-as de forma precisa: sou forte, sou saudável, sou determinado, sou próspero, etc.

Tenha certeza que terá muito mais saúde, criatividade e capacidade de prosperar.

Faça afirmações positivas para sua família, trabalho, comunidade, planeta... Purifique-se, cure as formas de vida conscientes ou não que estejam ligadas a você. Enviem-nas para os mecanismos de cura da natureza. Peça proteção.

Para aqueles que trabalham e podem ir a um parque na hora do almoço, procurem curtir a natureza do seu modo, usando pequenas partes desse ritual que recomendei.

Fique nesse estado meditativo e curativo por um tempo, e depois vá percebendo seu corpo, pés, mãos, braços, pernas, rosto, enfim, tudo. Toque seu próprio rosto com a ponta dos dedos, sinta a vida no seu lado material. Resista, não arranque nenhuma folha. Apenas sinta-as com a ponta dos dedos. Não se preocupe se não conhece o nome de todas as ervas, apenas sinta-as. Levante, ande mais um pouco pelo parque, agora contemplando a grandiosidade do Criador manifestado em Mãe Natureza. Agradeça a oportunidade, mantenha um estado de espírito positivo, trazendo para seu dia a dia as afirmações positivas que abençoaram seu espírito no contato com a natureza. Ao chegar em casa, não precisa tomar novo banho de ervas, pois já está mais do que energizado. Defume sua casa com sálvia, alecrim, alfazema, manjerona, e canela.

Principalmente nós Umbandistas temos o dever de conhecer a natureza de elementos e permitir que suas bênçãos façam parte de nossa vida, assim levando-as aos nossos semelhantes. Conhecer a si mesmo é preciso, não basta reclamar do mundo, faça-o melhor. Comece com uma limpeza interior, verdadeira profilaxia da alma. Muita gente vai achar isso difícil, mas depois que conseguir vencer a barreira, verá como é gratificante. Desperte sua força interior, desperte o poder divino contido em você. É isso ai, turminha. Mês que vem tem mais.Sucesso, saúde, alegria e muitas realizações a todos. Adriano Camargo Erveiro da Jurema Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br www.oerveiro.com.br



Ano 8 número 67

página 14


Ano 8 número 67

página 15


página 16 Foto: Divulgação

Ano 8 número 67

o g ti

Ar

O que é ser um médium consciente? Ainda que vivendo no século do avanço intelectual, a quantidade de indivíduos orgulhosamente assumidos como conscientes é escassa e, por vezes, mesmo estes mostram-se inseguros frente aos autodeclarados inconscientes. Estar presente durante a incorporação é como cometer um crime para alguns e, para outros, é como ser um mentiroso mistificador.

Fatalmente, a determinação sábia dada pela espiritualidade além de contrapor esse tipo de atitude também a exclui completamente de seus planos: alguém que não consegue se comportar de forma política é incapaz de ser um médium útil para o propósito dos espíritos luz. Tenha esse alguma ou nenhuma lucidez durante o processo de acoplamento.

A origem do falso fundamento que separa e classifica médiuns de acordo com seu nível de consciência pode ser encontrada, após algumas horas de procura, no poço de sentimentos humanos despertados durante as interações sociais: a falta de intimidade e plena desconfiança entre consulente e médium produziram um dos maiores – senão maior – erro da comunidade umbandista.

Abrir os olhos e enxergar o mundo a partir de uma nova perspectiva cheia de opiniões a serem providas é o presente que recebemos de Deus e dos Orixás; devemos honrá-lo e aceitá-lo de bom grado. Obtivemos a chance de aprender com os mestres e mestras a partir de nossos próprios corpos, como espectadores de um grande espetáculo do pós-vida. Sejamos eternamente gratos pelas possibilidades de evolução que entregaram a nós no momento em que decidimos que trilharíamos o caminho da Umbanda.

Numa tentativa desastrosa de eliminar o encargo de se lidar com a ética comportamental, casas inteiras afirmaram trabalhar sem um pingo de consciência; um “atestado de inocência” para qualquer evento. Nada é mais cômodo do que atrair multidões sem precisar conquistar um a um e ter a quem culpar quando um comentário rude for feito.

Em nenhum tempo a finalidade desta dissertação é acusar ou menosprezar indivíduos que comprovadamente apresentam esse tipo de característica porque de fato a espiritualidade, em determinados momentos, trabalha de modo pouco claro aos olhos

humanos. Mas é objetivo desta expor que a falta de consciência é raríssima e, sendo assim, certamente não será encontrada aos montes nos terreiros afora. Com as décadas a passar e a Internet a surgir, tornou-se fácil espalhar, em mesma proporção, conhecimento e desinformação: o que antes era restrito ao “boca-a-boca“ propagou-se pelos quatro cantos do mundo e causou um descomunal desencontro entre perguntas e respostas. Este é o porquê da teimosa sobrevivência do preconceito velado contra médiuns reconhecidamente declarados despertos e a clara idolatria aos que permanecem em sono profundo. Felizmente o contrapeso da balança existe e continuará a trabalhar incansavelmente para atestar que a beleza da caridade vai muito além das inseguranças do mundo. Alan Barbieri Sacerdote Umbandista do Templo Escola Casa de Lei Alan Barbieri Contato: (11) 2385-4592 barbieri.empresa@gmail.com



Ano 8 número 67

os t n

e Ev

Fraternidade Espírita de Itú No dia 22 de janeiro tivemos a honra de receber na Fraternidade Espírita de Itu o Pai Engels de Xangô e a Aldeia de Caboclos. Foi lindo o nosso primeiro trabalho do ano. Louvamos a nossa mãe Oxum, nosso pai Ogum e os nossos amados orixás! Nosso sincero agradecimento pela visita e participação de todos.

página 18


Ano 8 número 67

página 19


Ano 8 número 67

os t n

e Ev

30ª Festa das Águas de Oxalá No último dia 28 de janeiro os umbandistas se reuniram para louvar e homenagear nosso Pai Oxalá, orixá maior da Umbanda.

Afoxé Filhos do Cacique e inúmeros Terreiros de Umbanda da região metropolitana e interior de São Paulo, assim como simpatizantes.

A 30ª FESTA DAS ÁGUAS DE OXALÁ, foi realizada no Clube Atlético São Jorge (Vila Antonieta, zona leste de São Paulo), esta festa, em 1988, entrou para o calendário oficial do Superior Órgão de Umbanda do Estado de São Paulo – SOUESP, como festividade umbandista de caráter público em homenagem a nosso Pai Oxalá.

Todos vieram prestar sua homenagem e este grande orixá, participando da procissão das Águas de Oxalá que contou com acompanhamento musical das Escolas de Curimba e do Afoxé Filhos do Cacique. A Gira seguiu com a incorporação de várias linhas de Umbanda, dentre elas Caboclo, Preto Velho e Erê.

Sob a regência da Tenda de Umbanda Cacique Pena Vermelha e Ogum Iara, presidida por Pai Isidoro e dirigida por Babá Sebastiana, a festividade contou com a presença do: SOUESP, Primado do Brasil, Federação Espiritualista Reino dos Orixás, Pai Élcio de Oxalá, Escola de Curimba Nilton Fernandes de Aruanda, Escola de Curimba Aldeia de Caboclos,

A Água de Oxalá, abençoada durante a procissão, foi distribuída a todos, a fim de que façam suas firmezas, banhos ou sigam as instruções das entidades espirituais para utilização. A festividade tem como finalidade fortalecer a linha de cura na Umbanda. Saravá nosso Pai Oxalá!

página 20


Ano 8 número 67

página 21


página 22

Ano 8 número 67

b

o nd

m eU

a

d an

d

la Fa

Mãos à obra! Vamos trabalhar? 2018 chegou e nos trouxe uma agenda bem agitada. Uns poucos dias de descanso para um ano todo de muito trabalho em prol de nossa religião e no cumprimento da missão que nos foi confiada.

Igreja Luterana em Santo André/SP. Fomos recebidos pelo Pastor Alberi Neumann com um agradável sorriso e um saboroso café da manhã. Conhecemos todo o espaço, com Paulo Santos nos explicando o significado de cada elemento da igreja Os preparativos para a Festa de Oxossi foram, como sempre, coloridos e saborosos. O Santuário Nacional da Umbanda recebeu a todos e lá estava ele, OXOSSI o Orixá das Matas, da fartura e do nosso sustento. Astuto, sábio e guardião dos caçadores.

Estavam presentes: O Vale dos Orixás ficou vivamente colorido para todos Caboclos se manifestarem e deixarem suas energias, seu axé para os que ali estavam. Fevereiro iniciou a todo vapor e, logo no primeiro dia, participamos de uma reunião com o grupo formado pelo Comitê Interreligioso de Santo André. Este encontro foi no Centro Social Heliodor Hesse –

Paulo Santos - coordenador da Igreja Luterana; dra Rose Zeferino - assessora de Governo; Xamã Joel Zia - xamã; Mari Degiovanni Zia - terapeuta holística; Yalorixá Vera d’Oxum - candomblecista; Cláudio Noronha - assessor Sindicato dos Bancários; Pastor Alberi Neumann; Ademir Mendes - espírita; Babalaô Ronaldo Antonio Linares - umbandista; Maria Apa-

recida Calamari - comunicação SANU/FUG”ABC”. Vários assuntos relevantes e muito necessários foram abordados e ficou estabelecido um plano de ação para que esses temas possam ser debatidos junto aos órgãos competentes. Uma agenda de atividades ficou definida e foram nomeados os responsáveis para que, na próxima reunião, já tenhamos os detalhes de cada evento a serem tratados. Entre estes eventos está o


página 23

Ano 8 número 67

No sábado, dia 03 de fevereiro iniciamos - a todo vapor e com a primeira aula - o 30º Barco de Formação Sacerdotal da Federação Umbandista do Grande “ABC”. A Casa de Pai Benedito ficou tomada por novos médiuns, futuros Sacerdotes Umbandistas. Em cada rosto que nos olhava, víamos um misto de curiosidade e expectativa. Será uma longa jornada e não posso dizer que será fácil. Alguns nos deixarão ao longo do percurso, mas, até isto é esperado. São inúmeros os motivos que fazem alguns desistirem. Na maioria das vezes ainda não é o momento correto, mas, quando esse momento chega, eles retornam e cumprem sua missão. A aula é sempre iniciada com a entoação do Hino à Umbanda e é difícil não se emocionar ouvindo tantas vozes enaltecendo nossa religião. Sejam bem-vindos alunos. Em cada um, um universo; em cada um, uma história; em cada um, um desejo. Espero poder partilhar nesses meses que estaremos juntos, com todos e com cada um, um pouquinho do que a religião me ensinou. Meu axé a vc leitor!

próximo Fórum Interreligioso de Santo André. A reunião foi bem diligente e proveitosa. O tempo passou tão rápido que, quando nos demos conta, já era hora de encerramos. Só posso dizer que foi uma manhã agradável e produtiva, ao lado de pessoas ín-

tegras com visão do todo e que dedicam uma parte de suas vidas para pensar no próximo. Que mais pessoas possam ter em mente que um país melhor só será possível quando pensarmos menos em nós mesmos e mais no ambiente e nas pessoas que estão em nosso entorno.

Babalaô Ronaldo Linares Santuário: 4338-0261 / 4338-3484 Escritório SANU: 4232-4085 Escritório FUG “ABC”: 4238-5042 www.santuariodaumbanda.com.br federacaoabc@terra.com.br


página 24

Ano 8 número 67

io r á

Ca

d n le

11

de Março

rimba u C e d l a v i 2º Fest o Meu Axé Raiz d listana ba X-9 Pau ola de Sam 25, Santana, sc E a d Quadra Araújo, aulo Silva ões: Avenida P SP Mais informaç – 75-5897 São Paulo -1265 / (11) 953 2 (11) 9519 738443 / (11) 981

22 de Abril

47ª Festa Vamos Saravá Ogum rs Domingo, 22 de Abril às 12h José Liberatte ª Prof rtes Espo de sio Giná Osasco - SP Praça Lucas Pavão, s/n –

08 de Abril

14 de Abril

50º Homenagem ao Orixá Oxossi e co To Caboclo Arranca

08 deTAb DO Aril

GO DVD EGraSvaç ão do

Tem Que Ter Fé O Canto do Coração, Teatro Gamaro São Paulo R. Dr. Almeida Lima, 1176 - Mooca,

Abril às 13hrs 5 Domingo, 08 de – Rua Taquari, 63 oca Mo Clube Escola SP – ulo Mooca, São Pa Entrada Franca

24 de Junho

14º Procissão, Homenagem e Louvação para Xangô Domingo, 24 de Junho às 13hrs 635 Clube Escola Mooca – Rua Taquari, Mooca, São Paulo – SP ível Entrada: 1kg de alimento não perec

3º Feijoada de Ogum Beneficente 0hrs Sábado, 14 de Abril às 11:3 Manolo e Templo de Umbanda cigano Pai Benedito de Angola Rua Alto do Parnaíba, 399 – SP Cidade Patriarca, São Paulo

o 08 de Julh

rimba u C e d l a v 6º Festi Batuqueiros e Dança Luz da

hrs Matilde lho às 11 , 08 de Ju amba Nenê de Vila Domingo S e d ola sc E a d Quadra Rinaldi, 1 Paulo – SP Rua Júlio ão Franca, S Penha de



página 26

Ano 8 número 67

o

im x ó r oP

a r o

Am

Templo Espiritual Amor ao Próximo O Templo Espiritual Amor Ao Próximo, visando praticar a caridade que é pregada na nossa Umbanda, iniciou seus projetos sociais no ano de 2000 em Guarulhos e em 2014 em Caraguatatuba. Iniciando com a creche em Guarulhos com meio período para crianças carentes, com capacidade para 35 crianças e um abrigo para jovens desamparados pelos pais.

nece cursos profissionalizantes gratuitos para adultos de 18 à 65 anos, visando a formação estudantil e a possibilidade de geração de renda para auxiliar a família. Na sede do Templo em Caraguatatuba há entregas de cestas básicas, remédios e festas para as crianças nos meses de Setembro, Outubro e Dezembro.

O projeto se expandiu e hoje a creche atende 900 crianças de 06 meses a 04 anos de idade e em junho de 2018 mais 100 crianças, sendo essas especiais, estarão fazendo parte da nossa história.

Finalizando a construção do novo espaço para início do projeto social com idosos, sendo este, o Centro de Convivência do Idoso, onde a família deixa o idoso e o mesmo passa o dia tendo atividades propicias para ele enquanto a família trabalha durante o dia.

O Templo conta também com um projeto na qual for-

O objetivo dessa nova empreitada é fazer com que

os idosos não percam o contato com seus familiares e que os mesmos não precisem deixar de trabalhar, sabendo que seus familiares estão sendo cuidados tendo suas necessidades atendidas e com muito carinho. Venham nos visitar e conhecer nossos projetos, estamos sempre a disposição. Contatos.: Wagner - (11) 94723-0626 Tamires - (11) 94832-1835 Creche - (011) 2431-9696 Sede Guarulhos.: Rua Dilermano Reis, 89 - Inocoop. Sede Caraguatatuba.: Av. José Herculano, 6256 Porto Novo.


Ano 8 número 67

página 27


9 9877-2354 umbanda@tendadeumbanda.org www.tendadeumbanda.org

Fundado em: 18-01-1975

Trabalhos Espirituais aos Sรกbados as 19:00 hrs Avenida Vila Ema, 3248- Vila Ema Sรฃo Paulo/SP Tel.: 11 2604-5524 / 98564-1207

Nextel=78250655 id122*72459

Email-silvio.humberto@hotmail.com

Anuncie conosco! de Caboclos jornal@aldeiadecaboclos.com.br

Endereรงo: Rua Viela Espinard nยบ 17 Picanรงo- Guarulhos cabocloseteflexaebaianoseveria@gmail.com Contato:94726-7609


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.