Jornal da Aldeia - edição 66

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Ano 8 número 66 Prezados irmãos de fé e caros leitores, um novo ano se inicia e com ele recarregamos as nossas forl ria ças, renovamos as nossas energias, rogamos por maior ti o compreensão entre as pessoas, por mais atenção e respeito Edàs nossas crianças, futuro do planeta, seguimos firmes em nossa fé e em nossos objetivos, ampliamos nossas esperanças por dias mais harmônicos e mais prósperos, bem como por um mundo mais pacífico e por uma sociedade mais solidária e mais justa. Que as nossas diversas experiências passadas nos tornem pessoas mais serenas e compreensivas, assim como nos tragam maior capacidade e competência para resolver os problemas cotidianos. Que nesse novo período possamos ser agraciados pelo universo espiritual com a necessária sabedoria para superar os óbices, obstáculos e barreiras que encontrarmos em nossos caminhos. Que as diferenças de pensamento não sejam motivo de discórdia ou inimizades, e sim oportunidades de crescimento interior e bons diálogos.

Que haja maior consciência política por parte dos cidadãos, que haja grande reflexão no tocante a quem eleger para nos representar, frise-se, para que todos juntos passem a exigir uma efetiva guinada ultra positiva em nossa nação, repelindo os atos gerais de corrupção, repugnando àqueles que se vangloriam de se beneficiar por terem engando, ludibriado o seu próximo. Busquemos esta guinada não aceitando e lutando de forma maciça e conjunta contra a degradação de nossas cidades e veementemente contra a destruição da nossa magnífica natureza. Sigamos adiante trabalhando e disseminando o entendimento que todos nós somos responsáveis por um país mais digno e por uma sociedade mais honrada, mais respeitosa e mais humana. Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis

Que a voz dos oprimidos possa ser verdadeiramente ouvida, que aos excluídos seja dada a real possibilidade de inclusão, e que passem a ser geradas condições para que estes possuam meios próprios de suprir suas necessidades básicas.

EXPEDIENTE istakis els B. Xenokt Diretor: Eng e: Daniel Coradini Art Direção de ktistakis gels B. Xeno amargo / En r: Redato C o n res: Adria Colaborado ares e Ronaldo Lin noktistakis s Xe s ro d n ndros Barro Alexa rídica: Alexa Assessoria Ju OAB/SP 182.106 m.br s– Xenoktistaki l@aldeiadecaboclos.co a rn contato: jo

PREVISÃO BARALHO CIGANO Cartas: livros-pássaros-caixão

Amor

Momento de renascimento no lado afetivo e emocional. Romper com mágoas de relacionamentos passados só vai ajudar no atual presente, seja no atual relacionamento ou até mesmo para algo novo em sua vida.

Profissional e Financeiro

Novas oportunidades e rompimentos com antigos caminhos profissionais. Ideal momento para recomeçar em algum projeto antigo, retomar os estudos ou até mesmo se aprimorar em sua área profissional.

Saúde Física e Espiritual

Momento de procurar limpar suas energias e se desbloquear mentalmente para que toda essa negatividade não atrapalhe fisicamente em formas de doenças. Exigirá um certo cuidado com a parte respiratória dentro desses 30dias.

Carol Amorim- Taróloga e Dirigente do Templo de Umbanda Estrela do Oriente. Comunicadora da Radio Mundial. Programa Estrela Luz Atendimento online ou presencial. Rua Bengali 29- Parque Novo Oratório Santo André. toda terça as 13:30 e as quintas-feiras as 15h30. Informações: 11-23694241 ou via Whatsapp 11-947393262



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o g i t r A

O CULTO DA CABULA Nesta edição interrompemos a série Memórias da Umbanda para escrever sobre o Culto da Cabula e suas influências no ritual umbandista. O culto da Cabula é um exemplo que aponta para a fusão dos ritos bantos com o Catolicismo/Espiritismo. Este culto, praticamente extinto, generalizou-se após a Lei Áurea e é o precursor das primitivas macumbas. Originária da Bahia passou a ser conhecida no final do século XIX após o fim da escravidão e apresentava caráter secreto e religioso. Em diversos locais recebeu a influência do Catolicismo formando uma amalgamação sincrética onde se ouviam muitos termos utilizados nos terreiros de Umbanda. No final do século XIX, a Cabula já era amplamente presente como atividade religiosa e passou a receber influências do Espiritismo. Esse sincretismo afro-católico ocorreu, principalmente, nas áreas rurais da Bahia e do Rio de Janeiro. Pesquisas históricas dão conta de que a Cabula refere-se aos rituais negros mais antigos, que envolviam imagens de santos católicos sincretizados com os Orixás. Foi uma herança reprimida dos cultos africanos nas senzalas. Nestas práticas os antigos sacerdotes mesclavam suas crenças e culturas com o catolicismo para conseguirem praticar e preservar sua crença. No Rio de Janeiro, do final do século XIX e início do século XX, eram comuns as práticas afro-brasileiras similares a Cabula e também ao que ainda se conhece como Almas e Angola. Na obra Kitábu, Nei Lopes

(Kitábu: o livro do saber e do espírito negro-africanos. Rio de Janeiro: Editora Senac, 2005). registra sobre o culto Omolokô e o culto Cabula. Sobre a cabula, é relatado: A Mesa e o Santé – a Cabula é uma confraria de irmãos devotados à invocação das almas, de cada um dos kimbula, os espíritos congos que metem medo. Também se dedica à comunicação com eles por meio do kambula, o desfalecimento, a síncope, o transe enfim. Toda confraria de cabulistas constitui uma mesa. O chefe de cada mesa é o embanda, a quem todos devem obedecer. Cada embanda é secundado por um cambone. A cabula é dirigida por um espírito, Tata, que encarna nos camanás, iniciados. Sua finalidade é o contato direto com o Santé, o conjunto de espíritos da natureza que moram nas matas. Por isso, todos os camanás devem trabalhar e se esforçar para receber esse Santé, preparando-se mediante abstinência e penitências. Cada um dos espíritos que formam o Santé é um Tata. Todo camaná tem e recebe seu Tata protetor, seja ele o Tata Guerreiro, o Tata Flor de Carunga, o Tata Rompe Serra, o Tata Rompe Ponte. Na mata moram os Bacuros, anciãos, antepassados, que nunca encarnam (incorporam). A reunião dos camanás forma a engira (…). O Omolocô é um ramo da cabula, da mesma for-

ma que a cabula é um ramo do omolocô, ciência dos antigos nganga-ia-muloko, que controlavam a maldição dos raios. O omolocô tem Zambi como Entidade Suprema. E cultua entidades como Canjira, o senhor dos caminhos e da guerra; Quimboto, o dono da varíola e das doenças; Caiala, senhora do mar; Pomboê, dona dos raios; Zambanguri ou Sambariri, senhor do trovão; Quiximbi ou Mamãe Cinda, dona das águas doces. No Omolocô todo pai é um Tata; seus auxiliares são os cambones; todo filho é um caçueto; e toda médium, intermediária entre o Santé e o mundo dos vivos, é uma cota. E todos são malungos, amigos, companheiros. A bandeira do Omolocô é verde, atravessada em diagonal por uma linha branca e com uma pena branca no centro (…). O camutuê, cabeça, do futuro caçueto não será raspado, recebendo apenas uma pequena tonsura (…). De alguma forma a Umbanda tem influências da cabula, pois mantém forte a presença do Orixá em sua pratica doutrinária. No Rio de Janeiro, antes mesmo de Zélio F. de Moraes incorporar o Caboclo Sete Encruzilhadas, no ano de 1908, já era bastante comum à prática dos rituais afros similares aos que conhecemos hoje como Cabula, Omolocô e Almas e Angola. Talvez com o


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Ano 8 número 66 surgimento da Umbanda tenha-se obtido uma maior organização no que se refere ao desenvolvimento mediúnico, à prática da caridade e o auxílio ao nicho populacional menos favorecido. A cabula foi perseguida ferozmente pela polícia. O pesquisador Roger Medeiros diz que o temor e, consequentemente, a perseguição à cabula vêm lá de trás, ainda por ocasião da escravatura, quando ela foi usada pelos negros como força revolucionária nos seus confrontos com os fazendeiros. A cabula era um ritual para abater os inimigos com feitiço, executando continuamente líderes escravagistas, especialmente aqueles que perseguiam os negros fugidos da senzala. Era, em verdade, um instrumento de luta manejado por um guerreiro invisível e intangível, de demônios constituído. O ódio era maior, principalmente se esse feiticeiro fosse remanescente dos vindos da África. Manter o segredo sobre o ritual era como uma lei para não ser desobedecida nunca pelos seus adeptos. Há inúmeras histórias de adeptos da cabula presos e torturados pela polícia, mas que jamais revelaram os segredos de seus rituais. A longevidade da cabula andou, inclusive, por conta desse pacto da sociedade negra para com a sua religião, segundo o historiador Maciel de Aguiar. Maciel divide em dois momentos

distintos a cabula: uma em que ela mantinha a chama revolucionária e outra servindo às rixas entre suas próprias comunidades.

escaparam dele outros líderes revolucionários, entre eles Benedito Meia Légua e Clara Maria do Rosário, que só seriam mortos depois da ida à região do bispo diocesano do Estado, Dom João Batista Correia Nery. Mas o bispo só chegou lá depois da abolição da escravatura, movido pelo momento por que passava o país, ainda tomado pelo alvoroço religioso-fanático de Antônio Conselheiro no sertão da Bahia. Desconfiavam os dirigentes católicos da terra que este mesmo fanatismo do sertão baiano seria transportado para a região do vale do Cricaré, onde existiam, na época, cinco mil escravos libertos.

Em meados do século XX a cabula passou a sobreviver com outros propósitos. Mas o seu começo foi realmente o de servir à luta pela libertação dos escravos. Sua eficiência foi tamanha nesta etapa que o governo da Província, instigado pelo padre da região, Duarte Pereira Carneiro, instituiu a guerrilha de São Mateus para o extermínio da cabula. Ainda segundo Maciel, essa guerrilha remanejou para São Mateus capitães do mato de outras regiões do país. Entre eles veio um dos mais temidos, o cearense Francisco Vieira de Melo, que executou o Negro Rugério, chefe do Quilombo de Santana. Mas

Por esse tempo, a Cabula havia crescido muito, tinha deixado de ser apenas religião dos negros fugidos, passando a ser, também, dos negros libertos e praticamente de toda a população negra. A partir desse novo contingente de frequentadores, ela dedicou-se também ao culto aos seus heróis revolucionários, com a sistemática encarnação nos cabuleiros dos espíritos revolucionários de Benedito Meia Légua, Negro Rugério e Maria Clara do Rosário. Por esse período da grande afluência dos negros a cabula, que vai da abolição da escravatura (1888) ao inicio do século XX, passando pela transição da Monarquia para a República, o bispo Dom João Batista


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Nery conseguiu que o governo pusesse em execução a maior perseguição policial a cabula, sob suspeita, novamente, de que ali estaria também para surgir um novo Canudos, com outro fanático à frente do tipo de Antonio Conselheiro. A intervenção do bispo chegou ao ponto de fazer o governo considerar a cabula uma atividade criminosa. E a cabula defendeu-se caindo na clandestinidade, disfarçando sua atividade na prática do Espiritismo, que era tolerado pelas autoridades policiais. O Bispo Dom João Corrêa Nery fez, no início do século XX, em uma pastoral, a descrição deste culto onde diz que a Cabula é semelhante ao Espiritismo e à Maçonaria, reduzidos a proporções para a capacidade africana e outras do mesmo grau. O tema foi retomado por Nina Rodrigues apontado para a explicação de que o Espírito que comanda os trabalhos é chamado de Tatá. Seus adeptos, chamados de Camanás, devem guardar sigilo absoluto sobre os rituais sob pena de morte por envenenamento. Tal qual no Catimbó, as sessões são denominadas mesas e o chefe de cada mesa é chamado de Embanda, sendo auxiliado pelo Cambone. A reunião dos camanás (cabulistas) forma uma Engira. Todos devem obedecer cegamente ao Embanda sob pena de castigos severos. Usam calças e camisas brancas e lenços amarrados na cabeça. O templo é denominado de Camucite. O local é secreto, sempre embaixo de uma árvore frondosa no meio da mata, em torno da qual é limpa uma extensão circular de aproximadamente 50 metros. Feita uma fogueira, a mesa é colocada do lado leste, rodeando pequenas imagens com velas acesas, simetricamente dispostas. As velas são denominadas estereiras e são acesas iniciando-se pelo leste, em honra ao mar (calunga grande), depois para o oeste, norte e sul. Logo após a abertura do ritual, o Embanda, ao som dos nimbus (pontos cantados) e palmas compassadas, se contorce, revira os olhos, bate no peito com as mãos fechadas até soltar um grito estridente. Vejamos um desses nimbus: Dai-me licença, carunga Dai-me licença, tatá Dai-me licença, báculo Que embanda qué quendá O cambone traz então um copo com vinho e uma raiz. O Embanda mastiga a raiz e bebe o vinho. Serve o fumo do incenso, queimado neste momento em um vaso e entoa o segundo nimbu:

Báculo no ar Me queira na mesa Me tombe a girar O Embanda, ora dançando ao bater compassado das palmas, ora em êxtase, recebe do cambone o candaru (brasa em que foi queimado o incenso), trinca nos dentes e começa a emitir chispas pela boca, entoando então o nimbu: Me chame três candaru Me chame três tatá Sou Embanda novo (ou velho) Hoje venho curimá É a hora das iniciações. Os pleiteantes (caialos) a camanás (iniciados), vestidos humildemente com calças brancas e camisa da mesma cor e descalços, são levados pelos seus padrinhos até o Embanda e tão logo adentram o círculo, passam três vezes por baixo das pernas do Embanda. Este aspecto do ritual é denominado tríplice viagem, que simboliza a fé, a humildade e a obediência a seu novo pai. O Embanda recebe a emba (pemba pilada) e com ela fricciona os pulsos, a testa e o occipital do caialo, que depois mastiga a raiz e bebe o vinho oferecido pelo Embanda. Após esse ritual o Embanda toma uma vela acesa, benze-se e começa a passá-la por entre as pernas, por baixo dos braços e pelas costas do camaná. Se porventura a vela se apagar diante de um dos camanás, esse deverá ser castigado com várias pancadas na mão com o kibandan (palmatória), até que a vela não mais se apague. Esses castigos são frequentes e o Embanda manda aplicá-los sempre que julga conveniente, para o aperfeiçoamento dos camanás. Então, avaliada a fé de todos os camanás, prossegue-se com a tomada do santé, que é a parte principal das reuniões. Entoam um nimbu apropriado e o Embanda dança, com grandes gestos e trejeitos para que o Espírito se apodere de todos. De tempos em tempos todos lançam ao ar a emba, para que se afastem os “maus espíritos” e fiquem cegos aos profanos, não devassando assim os seus segredos. Os espíritos que baixam nos adeptos identificamse como Tatá Guerreiro, Tatá Flor de Carunga, Tatá Rompe-Serra, Tatá Rompe-Ponte etc. Este culto praticamente não existe na atualidade e foi absorvido pelo Catimbó Jurema e pelas macumbas, principalmente no Rio de Janeiro.

mas, em consequência do sincretismo católico, que trouxe as palavras “almas” e “espírito”. Passaram então, os cabulistas a fazer as suas obrigações para as “almas”, mas dentro do seu culto. Na Lei das almas, os homens são chamados de mucambos e as mulheres de mucambas. O médium de modo geral é camba. Os cambas, quando em trabalho de culto, usam um largo cinturão, onde trazem, embutidos, diversos amuletos, pedaços de aço, de ferro, ferraduras pequenas, duas estrelas de prata etc. Os seus auxiliares diretos são os embandas, os cambonos de gira e outros. Os espíritos da natureza que habitam nas selvas são chamados de Santé e têm, nos nomes, algumas semelhanças com os demais cultos. Assim, Tata Veludo corresponde a Exu. Tata das Matas, a Oxóssi, Tata da Pedreira, a Xangô etc. Os que vão iniciar nesse culto recebem o nome de camanás, para os homens, e mucambas, para as mulheres. Os seus trabalhos são realizados embaixo das árvores consagradas no culto, dentro das matas. Esse trabalho chama-se mesa e é assistido pelos sacerdotes menores, como os embandas. A mesa (trabalho) é aberta três dias antes ou depois da Lua Nova, conforme a natureza do trabalho. Acendem uma vela na direção Norte-Sul, riscando um grande signo de Salomão, de 35 ou oito pontas e colocando uma cruz nesse local. Na mesa, debaixo das árvores consagradas, colocam espelhos, pedras, cachimbos grandes e pequenos, um alguidar com uma infusão de raízes, como guiné, e outras, além de tocos e banquinhos. Os Santés, quando arriados, batem no peito, emitindo um ronco oco, acompanhado pelas palmas ritmadas dos presentes. Os Pretos Velhos, espíritos de velhos Tatas, dançam flexionando os joelhos. Percebem-se algumas diferenças em relação ao que foi relatado por Nina Rodrigues. Com a urbanização do Rio de Janeiro, ficou cada vez mais difícil a pratica da cabula nas matas e o culto passou a ser praticado nos terreiros, acabando por amalgamar-se com as macumbas. É um culto praticamente extinto.

Tata Tancredo Silva Pinto e Byron Torres escrevem sobre o ritual dos cabulistas: Os cabulistas faziam os seus trabalhos nas matas virgens e eram conhecedores profundos dos pontos cabalísticos de leitura muito difícil. Desse culto originou-se, mais tarde, a Linha das Al-

Editor: Diamantino Fernandes Trindade



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O AXÉ DE PAI OXÓSSI Deus dos caçadores, Pai Oxóssi é apontado em algumas culturas como irmão de Ogum e Exu. Na África, o arquétipo do caçador representado por Pai Oxóssi, assume enorme importância perante a sociedade por diversos fatores. Ao sair em busca de alimento, são os caçadores que descobrem lugares onde futuramente possam ser instaladas novas aldeias ou vilas. Neste aspecto Oxóssi é o desbravador, o que expande os caminhos. Vivendo na floresta, entra em contato com Ossaim, o dono do Axé vegetal, e com ele aprende a manipular as ervas para os mais diversos fins, trazendo cura para diversos males. Pouco cultuado atualmente na África, no Brasil segue como um grande Orixá, principalmente por capitanear a regência de uma das linhas mais fortes da Umbanda – a Linha dos Caboclos. Todo caboclo, independentemente da linha na qual trabalhe, tem a regência de Oxóssi. Temos caboclos de Ogum, Oxalá, Xangô, etc., mas todos eles, em essência, estão ligados ao Mistério Vegetal do qual Oxóssi é detentor. A manifestação dos caboclos nos terreiros é um dos principais pilares da Umbanda, pois este arquétipo deu vez e voz aos índios, nativos de todas as partes do planeta, que perderam a representatividade com a chegada dos colonizadores e até hoje estão sendo cada vez mais encurralados pela ganância e falta de humanidade do “homem branco”. Que fique bem claro que nem todas as entidades que se apresentam nos terreiros de Umban-

da foram de fato índios; porém, entre eles, existem nativos das mais variadas procedências e épocas, pois até mesmo das religiões antigas vieram entidades que de fato cultuavam as forças da natureza e através delas entravam em comunhão com o Grande Pajé – uma das definições indígenas para “Deus”. Como o Grande Caçador - Pai Oxóssi está ligado à prosperidade e à fartura, é a ele sempre devemos fazer oferendas para que nunca falte na mesa o alimento de cada dia. Pai Oxóssi é o sustentador dos espíritos que não perderam a conexão com o que realmente é vital para a nossa existência, ainda que a maioria não se aperceba disso. Caboclo conversa com os espíritos da mata, com os animais, com a Mãe Terra, com o sol, a lua e os elementos. Respeita a natureza tirando dela apenas o que necessita, e devolvendo com gratidão novas sementes que germinarão, num ciclo infinito de amor e respeito. Ouso prever que chegará um dia em que a humanidade voltará a fazer oferendas, numa tentativa desesperada de forçar os regentes da natureza a trazer a chuva, a semente, o grão, o alimento. Desconectado de sua essência divina, o homem apenas tira da terra, sem cuidado, respeito ou gratidão; sem se dar conta de que este planeta é uma macro célula, viva e pulsante, e portanto, possui um espírito sagrado. Até quando o aspecto físico do planeta vai suportar a violência humana, não sabemos. Mas

sei que devemos agradecer à presença dessas entidades que nos direcionam, tal qual as suas flechas rasgam o ar, e aprender com eles a respeitar a Deus e à vida em todas as suas formas. Pai Oxóssi é tudo isso: DIRECIONAMENTO, CONHECIMENTO, EXPANSÃO, FARTURA E PROSPERIDADE. Que o seu Axé Divino nos traga uma nova consciência, e a certeza de que aquilo que realmente sustenta nossas vidas em todos os sentidos, nós não podemos comprar, somente cultuar e respeitar. O simples ar que respiramos nenhuma tecnologia humana pode nos dar. A sabedoria da internet não tem a capacidade de nos amparar. Quanto mais o homem precisa das coisas, mais complexo ele se torna. E quanto mais complexo ele se torna, mais se afasta da simplicidade daqueles que precisam de pouco, mas compreendem muito. Que os filhos de umbanda compreendam, através do estudo e do conhecimento, tudo o que for necessário para a nossa evolução e ascensão.

Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra

Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587


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Meta = sonho com data marcada! Salve sagrados amigos, leitores, irmãos nas ervas, em Mãe Natureza e na nossa Sagrada Umbanda. Um mês já se passou desse novo ano e o que você já fez? A maioria de nós se preocupa com as resoluções de final de ano. Se preocupa em tirar as coisas velhas do caminho, limpar, reformar, pintar a casa; doar as roupas que não usa mais, equipamentos obsoletos ou que não funcionam vão para o lixo ou para algum bazar de caridade, enfim, todo o descarte costumeiro. Promessas de mudanças, transformações, mas ai e pergunto novamente - após alguns dias do novo ano, quando percebemos que os fogos de artifício já terminaram seu show, os enfeites de natal já foram para a caixa em cima do armário, pisca-piscas desligados, e ai, o que você já fez? O que colocou em prática efetiva? Ou as coisas já estão voltando ao “normal”, como sempre foram? Pois é, passou o fim de semana com comida diferente, as férias vão ficando para traz e tudo volta ao normal. Muitos de nós sofrem com a procrastinação. O que é esse palavrão? Simples, procrastinar é adiar, é deixar para manhã o que podemos fazer já, agora mesmo, com senso de urgência, com senso de poder realizador. Algumas coisas que combinamos com a gente mesmo no final do ano vão ficando para depois porque damos prioridade ao momento, aquilo que deve ser feito na hora, ou mesmo ao direito (justo por sinal) à preguiça. Eu mesmo, depois de alguns anos, me dei o direito a alguns dias de férias e outros de preguiça, direito ao sofá, televisão, além da bacia de pipocas,

sorvete e outras coisas que engordam. A família sempre acostumada com a ausência até acha estranho, diferente. Todos nós temos o hábito e o direito a adiar alguma coisa, desde que não seja prejudicial a si mesmo, a outros ou ao meio que você participa. É natural apertar o botão de soneca do despertador, mas não é adequado atrasar-se sempre com seus compromissos pois credibilidade é algo que se perde em segundos. Como voltar à rotina sem perder o pique das resoluções de ano novo? Sem se acostumar com a natural calmaria e a eventual preguiça das férias? Algumas dicas podem ser interessantes se você também não adiá-las e colocá-las em prática imediatamente: * - Procure escrever suas tarefas. Meta é sonho com data marcada. Coloque prazo para atingir seus objetivos, prazos coerentes e compatíveis com todas as atividades que você deve cumprir. * - Compartilhe seus objetivos com alguém de confiança que poderá te ajudar a lembrar deles. Não enxergue isso como uma cobrança e não se incomode por alguém te lembrar que deve cumprir algo, isso mostra que você está vivo, é capaz de fazê-lo e que tem alguém que se importa com isso além de você. *- Separe e divida as grandes tarefas em pequenas realizações. Acabamos por não começar uma tarefa grande porque sabemos que uma coisa leva a outra, as vezes dependem de terceiros, consomem tempo, irão encavalar com outras tarefas de igual ou maior importância, então vão ficando para traz. Quebre as grande tarefas em pequenas e, se puder,

divida-as com pessoas que podem te ajudar de alguma forma. Um exemplo disso é a pessoa que resolve sozinha pintar sua casa: olha as paredes e vê que antes da pintura propriamente dita é necessário passar massa corrida para tirar os defeitos, tapar os buracos, precisa resolver uma infiltração que está causando uma umidade e bolor de aparência desagradável, por isso antes de pintar precisa subir no telhado, trocar as telhas quebradas, passar impermeabilizante e só depois mexer na pintura interna. Acaba não fazendo porque, mesmo tendo habilidade para a pintura não se sente apto a fazer a manutenção no telhado. Mas isso pode e deve ser tarefa de um especialista, um profissional da área. Mesmo que demore ou que tenha um custo num primeiro momento, se planejado pode ser executado e ficará pronto um dia. Se olhar para a tarefa e vê-la como um todo, a probabilidade de desanimar é alta. Mas se entender que pode num mês consertar o telhado, pagando nos próximos 3 meses, e assim que terminar esse pagamento ai sim posso investir no manutenção interna, tudo fica mais simples e barato, pois acabamos diluindo o custo e o tempo. Pode ser que não possamos dedicar tempo integral à pintura, mas podemos planejar a cada final de semana, ou dia livre enfim, dedicado a um cômodo, ou a um conjunto de paredes. Esse exemplo da pintura é uma forma de vermos que tudo é possível quando planejamos, assim como a aquisição de um bem de consumo de valor elevado. Talvez não consigamos faze-lo de uma vez, mas se planejarmos uma forma de economizar, quem sabe não podemos alcançar esse objetivo num tempo menor do que o previsto, não é? Planejamento evita frustração, é anti-depressi-


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Ano 8 número 66 vo e motivador. Se você pensar no planejamento como algo chato de ser feito ele será, mas se vê-lo como a ferramenta que leva à realização, com certeza irá amar planejar sempre.

sas vidas antes de acordarmos na matéria. Os guias espirituais sabem dessa programação e nos guiam nesse caminho. Confiança e verdade pessoal são indispensáveis para que essa decisão seja assertiva.

Na nossa vida religiosa vemos situações onde o planejamento é necessário. Algumas pessoas me perguntam, por email, no facebook ou mesmo pessoalmente, se devem abrir seus terreiros, ou se devem trabalhar como médiuns, ou se devem desistir de tudo, ou se é o momento de estudar.

Algumas pessoas abrem um terreiro para resolver seus problemas de convivência e sociabilidade, atraindo assim apenas aquelas pessoas que consigo concordarão e rezarão sua cartilha. Que acreditarão nas suas palavras e não perceberão seus atos. Mesmo assim essas pessoas estarão contribuindo com a religião mostrando até mesmo o que não deve ser feito, pois muitos que serão atraídos pelas palavras doces, perceberão o fel de seus corações e seus objetivos verdadeiros e naturalmente encontrarão seu caminho na religião.

Muitos falam pra mim: faz um tempão que quero fazer curso com você! Mas sempre vou deixando pra depois. Hoje temos oportunidade de fazer cursos presenciais, virtuais, com aulas mensais, enfim, dá pra planejar sim uma boa formação durante um ano. Não só os cursos de ervas, mas de teologia, curimba, etc. É possível planejar uma formação sacerdotal. Um curso de formação tem duração de dois a três anos, mas se você não começar agora, vai demorar mais para terminar. Assim como um pessegueiro plantado hoje demora seis anos pra dar frutos, se for plantado daqui a um mês demorará seis anos e um mês... daqui a um ano serão sete anos... Vale lembrar que abrir um terreiro é missão. É tarefa que trazemos na programação (planejamento) de nos-

Outra coisa, estudar é preciso sim! As criticas em relação às formações de sacerdotes e médiuns normalmente vem de quem não oferece nada para a religião. Portanto, vamos estudar, aprender sempre, afinal o conhecimento ninguém tira de você. Enfim, use seus recursos para o bem. Essa matéria pode ser uma ferramenta para você. Seu computador, a internet, as redes sociais podem ser para o bem, desde que não façam seu tempo ir para o ralo com coisas fúteis e sem aproveitamento. Equilibrar é preciso, viver a vida como ela é, conviver com a família e os amigos, ter tempo para a vida. Descansar e acordar disposto. A vida passa

rápida demais. Viaje, conheça novos lugares, mesmo que seja através de um livro. Leia mais, converse mais, acrescente conteúdo, aprenda sobre as ervas, sobre religião, sobre Umbanda. Faça caridade da forma que você se sinta bem fazendo e não por obrigação, nunca. Seja verdadeiro mas, cuidado para que seu excesso de verdade e sinceridade não magoe pessoas que sorriem pra você quando gostariam de apontar seus defeitos mas não fazem por caridade. Quero aproveitar e dividir com todos que nesse ano falarei muito mais sobre as ervas, escreverei textos inéditos e colocarei filmes curtos na internet sobre cada erva, teremos novos cursos virtuais e novo conteúdo apostilado nos cursos tradicionais. Esse é um pedacinho dos meus planos pra 2018, 19... sei que muitos me ajudarão a não esquece-los! Muitíssimo obrigado! Bênçãos de Mamãe Natureza em nossas vidas! Forças de Jurema! Sorrisos e olhos brilhantes no caminho! Gratidão imensa e sempre! Adriano Camargo Erveiro da Jurema Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br www.oerveiro.com.br



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Os Caboclos e a Natureza Estamos no século XXI, com nossos celulares, carros automáticos, Wi-Fi, televisão inteligente de muitas e tantas polegadas e computadores com resfriamento de alta tecnologia. Sem tempo para dois segundos de demora no carregamento de uma tela ou para escutar barulhos que não sejam os do fone de ouvido altíssimo. Sem tempo para pensar em como o progresso tem afastado a natureza de nós e como nossa essência esvai-se a cada rejeição de contato com uma folha sequer que seja. Caboclos já foram como nós, seja nesta época ou em outra, cheios de seus próprios afazeres e apetrechos, afinal, são seres humanos. E vem ao nosso encontro para nos alertar, através de seu arquétipo, sobre a

gravidade deste erro. Quando ele dá seu brado, bate no peito, usa das ervas e vegetais no seu trabalho, caminham descalços, reverenciando Tupã e as Divindades das matas, está nos dizendo em claro e bom tom: “não tenho que ignorar a minha casa, minha natureza, para fazer um bom trabalho”. Por que então nós temos?

a nós é mais que um ato obrigatório; é a demonstração máxima de amor e empatia pelos índios que aqui morreram para proteger essas terras. É responder aos Caboclos: “e eu vou fazer um bom trabalho respeitando e continuando a cuidar da sua casa, da sua natureza, meu pai!” Alan Barbieri Sacerdote Umbandista do Templo Escola Casa de Lei Alan Barbieri Contato: (11) 2385-4592 barbieri.empresa@gmail.com

De modo nenhum se está sendo imposto aqui que largue seus aparelhos e vá viver na mata, todavia deixar-se ser carregado pelo achismo ilusório que preenche tantas mentes com ideias irreais sobre a a falta de importância da fauna e flora é, honestamente, sabotar a si mesmo e às próximas gerações. Valorizar o presente que nossos antepassados deram

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5º Festival de Direitos Humanos Ocorreu no último dia 15 de dezembro no Auditório da Prefeitura Regional Campo Limpo, a mesa de debate inter-religiosa, sobre Tolerância e Diálogo entre Religiões. Com a participação do Pai Engels de Xangô, Heitor Sertão Prefeito Regional de Campo limpo, Pastor Diego Barreto, Padre Silvestre e Ângela Maria Bianco Diretoria da União das Sociedades Espiritas do Estado de São Paulo e Rogério da Secretária de Direitos Humanos.

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2018 chegou! Enfim 2018! Acredito que todos ansiávamos pela “virada do ano”, pelo encerramento do “ciclo 2017” juntamente com seus dias difícieis e adversos. Ainda que no dia seguinte nossas vidas não sofram grandes transformações, o simples fato de iniciar uma nova agenda já é, para muitos, o suficiente para carregar energias e ter uma perspectiva otimista para o futuro (e me incluo neste grupo). Já ouvi e li muito que para 2018 as palavras–chaves são conquista e mudança. Pois bem, mas sabemos que só é possível mudar quando nos auto-analisamos porque as mudanças têm que ser internas, para serem verdadeiras e efetivas têm que vir de dentro. Quando entendemos que

alguns de nossos conceitos são antigos e superados, que antigas estruturas já não se encaixam na vida que vivemos atualmente, a mudança é racionalmente necessária e, portanto, libertadora para novas experiências. É como se subissemos um degrau em direção ao crescimento espiritual e assim a transformação é benéfica e estimulante. Juntamente com o ‘Ano Novo’ (logo no dia 20 de janeiro), vem a comemoração a Oxossi - Orixá das matas e florestas. Oxossi é caçador e por isso sábio, ágil, astucioso. É o Orixá que nos garante o alimento. Mas também é o caçador das boas influências, das boas e edificantes energias. Aproveitemos a data para uma auto-análise e uma res-

truturação dentro de nós mesmos. Deixemos que Oxossi nos alimente com sua sabedoria, agilidade e astúcia. Que Oxossi nos transforme em verdadeiros caçadores de oportunidades, nos provenha de perspicácia e nos abasteça de malícia na medida correta, afim de darmos os passos certos na direção que desejamos percorrer. Feliz 2018. Feliz dia de Oxossi, OKÊ CABOCLO!!! Maria Aparecida Linares Santuário: 4338-0261 / 4338-3484 Escritório SANU: 4232-4085 Escritório FUG “ABC”: 4238-5042 www.santuariosaumbanda.com.br federacaoabc@terra.com.br


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Instituto Cultural Confraria dos Pretos Velhos de Umbanda Todos os anos, desde 2001, próximo ao Natal, com a importante contribuição de todos, entregamos para famílias carentes do entorno do Terreiro, famílias estas que são cadastradas e assistidas durante o ano, aproximadamente 150 cestas básicas e 130 kg de frangos. Além claro, de alimentos que são repassados para Instituições na qual temos parceria. Nosso intuito é que nessa data tão especial, possamos contribuir com um pouco de alegria a essas famílias. Nossas atividades são gratuitas e para que possamos realizar nossos trabalhos assistenciais, contamos com a ajuda de amigos e parceiros.

Tenda de Umbanda Pai Joaquim D'Angola e Exú Tiriri, na sede do Instituto Cultural Confraria dos Pretos Velhos de Umbanda, fizemos essa ação, que graças a Oxalá, conseguimos bater a meta e acabamos ajudando mais famílias e Instituições. Gratidão a todos que nos ajudaram a realizar esse trabalho. Obrigado por doarem tempo, carinho e dedicação. Nosso desejo é que outras casas, outras searas, tomem como incentivo e passem a fazer algum trabalho social ainda que algo menor, para cada vez mais atingirmos números maiores de pessoas. Afinal de contas, Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade.

Até que ponto devemos expor nossos trabalhos sociais?

Devemos fazer nossas ações de forma sincera, tendo a consciência que ao ajudarmos o próximo é um dever como irmão, fazer ao outro o que gostaria que lhe fizessem.

Quando mostramos apenas o que possuímos e não o que doamos, podemos passar uma mensagem errada, uma mensagem de egoísmo... Há uma diferença entre querer honras e glórias para si, e querer ser aplaudido; E entre fazer uma divulgação de um trabalho social para incentivar outras pessoas a também ajudarem e a fazerem. No último dia 19 de dezembro (terça-feira), nós da

Ajudar ao próximo por consciência de que se cada um ajudar um pouco, muitas vidas podem ser salvas do frio, da fome, da doença e etc... Acima de qualquer religião, respeitamos o ser humano. Se tivermos uma consciência, então estaremos no caminho certo.

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20 de janeiro

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a b m i r u C e Louvação a Oxóssi e ival d t s e F º 2 EU AP Axé u e 37º Aniversário da M o d z i Ra

Sábado, 20 de Janeiro às 18:00 Catarina, Rua Romildo Finozzi, 137 - Jardim São Paulo – SP Mais Informações: (11) 2911-8650

o r i e n a J e 28 d das 30ª Festa xalá O Águas de

às 13:00 de 2018 o ir e n ja , 28 de Domingo orge o Paulo tico São J 7-010 Sã tl Clube A é rros, 1828, 0347 15 Ba 2721-30 Rua Rêgo ções: (11) mail.com a rm fo in Mais ue@g osdocaciq e-mail: filh

stana X-9 Pauli a b m a S e a, a Escola d 5, Santan Quadra d Araújo, 2 a v il S : lo s u e a õ Avenida P SP Mais informaç – 75-5897 lo 3 u 5 a 9 P ) o 1 (1 Sã / 5 6 2-12 (11) 9519 738443 1 8 9 / (11)

08 de Abril

Gravação do DVD Tem Que Ter Fé O Canto do Coração, Teatro Gamaro São Paulo R. Dr. Almeida Lima, 1176 - Mooca,



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Umbanda é Solidariedade A Associação Espírita Alfa e Ômega realizou o cadastro de 1591 crianças no ano de 2017 obtendo um grande sucesso e acolhimento mediante ao apadrinhamento de todas essas crianças. Gratidão é o sentimento mais puro e sincero que nós da família Alfa e Ômega podemos sentir e expressar a todos que nos ajudaram com o apadrinhamento das crianças e que de alguma forma colaboraram para que esse projeto desse certo. Que todos que precisaram da nossa ajuda tenham suas vidas mudadas e restauradas pela espiritualidade e que possam levar adiante este gesto de bondade para com o próximo. Desejamos a todos os nossos amigos frequentadores, colaboradores um Natal com

muita saúde, paz, amor, prosperidade e que nosso pai Oxalá mantenha a chama do amor entre as famílias fortalecendo nossa fé e nos guiando para nos tornarmos pessoas mais perseverantes e melhores. Que o ano de 2018 possa abrir novos caminhos para todos.

AXÉ Telefone para contato: (011) 2018-0879 E-mail para contato: ass.alfa.omega20@gmail.com Página no facebook: Associação Espírita Alfa & Ômega

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9 9877-2354 umbanda@tendadeumbanda.org www.tendadeumbanda.org

Fundado em: 18-01-1975

Trabalhos Espirituais aos Sรกbados as 19:00 hrs Avenida Vila Ema, 3248- Vila Ema Sรฃo Paulo/SP Tel.: 11 2604-5524 / 98564-1207

Nextel=78250655 id122*72459

Email-silvio.humberto@hotmail.com

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