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Ano 7 número 65 Prezados irmãos de fé e caros leitores, é notório que atravessamos uma ial época de enormes temores e r ito conflitos no mundo, sendo certo d E que em nosso amado Brasil estamos passando por um período de desestímulo ao crescimento econômico, de desrespeito e graves violações aos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, de afronta a uma vida digna como um todo, e de agressão frontal ao direito elementar do ser humano, isto é, o direito de viver. Estamos cercados, lamentavelmente, por uma classe política em degradação total e que em sua larga maioria se esquece do povo e dilapida a nação. Salientando que não generalizamos, pois, é certo que existem homens de caráter e cumpridores do dever dentro de nossas casas legislativas e do executivo, porém, está claro que estes, atualmente, são minoria. É fato cabal e inequívoco que lutamos bravamente para sobreviver diante de uma violência sem precedentes, consequência de uma assombrosa desigualdade social, da falta de eficácia das leis, do declínio da estrutura que compõe os Poderes Legislativo, Executivo e do eminente Poder Judiciário, e de uma alarmante impunidade que abre espaço para uma corrupção sem limites. Todavia, não devemos nos afastar de maneira alguma
dos princípios e valores do ser humano de bem, ou seja, devemos com muita fé nos mantermos solidários aos mais necessitados, fomentar a paz e a compreensão entre os povos, zelarmos e protegermos as nossas criancinhas, prezarmos e valorizarmos a honestidade, o compromisso, a competência, a educação e o respeito mútuo, a amizade, as nossas amadas famílias e os nossos sagrados pais. Não nos esqueçamos, igualmente, que o nosso voto deve ser consciente e fruto de grande análise, e que temos a missão de cobrar exemplaridade, probidade, ação, honradez e competência de todos aqueles que nos representam nas esferas governamentais, entenda-se, devemos estar vigilantes e cobrando assiduamente todos os políticos e suas equipes de trabalho. E diante dos sábios e basilares ensinamentos do universo espiritual, frise-se, devemos ter firme em nossas mentes a clareza de nunca perdermos a fé e a esperança, pois aliado a estes sentimentos o nosso trabalho cotidiano nos gerará um amanhã melhor. Válido e salutar sempre enfatizar um dos tantos ensinamentos do eterno mestre das lições do Amor e da Fraternidade, Francisco Cândido Xavier: Confie Sempre Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de
ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia. Chico Xavier Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Salve Zambi! Alexandros Barros Xenoktistakis EXPEDIENTE istakis els B. Xenokt Diretor: Eng e: Daniel Coradini Art Direção de ktistakis gels B. Xeno amargo / En r: to a Red C o n a ri res: Ad Colaborado e s are Ronaldo Lin noktistakis Xe s ro d n s Barros xa le A : Alexandro a ic d rí Ju a ri Assesso 182.106 m.br s – OAB/SP Xenoktistaki l@aldeiadecaboclos.co a rn jo contato:
PREVISÃO BARALHO CIGANO Cartas: chave- ramalhete- homem
Amor
Reconheça e elogie. Seu fortalecimento no relacionamento dependerá da sua ação e do seu agora. Procure emanar mais confiança em suas palavras em relação a pessoa amada. Você terá o reflexo da pessoa amada de tudo o que você agir. Não cobre amor se não sabe dar amor. Seja explicito em suas comunicações para um bom entendimento a dois.
Profissional e Financeiro
Novas portas e novas oportunidades surgirão nesse mês. Evite desperdícios. Não dispense nenhuma oportunidade e muito menos em ouvir o que o outro quer lhe falar. A chave do sucesso está em seu otimismo e em acreditar em sua força.
Saúde Física e Espiritual
Busque seu eu interior. Reconheça e agradeça. Por mais que esteja difícil sempre temos mais para agradecer do que para reclamar. Cuidado com joelhos e pernas e em homens cuidado com a próstata.
Carol Amorim- Taróloga e Dirigente do Templo de Umbanda Estrela do Oriente. Rua Bengali 29- Parque Novo Oratório Santo André. Atendimento online ou presencial. Informações: 11-23694241 ou via Whatsapp 11-947393262
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MEMÓRIAS DA UMBANDA 10
Nesta edição mostramos a matéria do Jornal de Umbanda sobre a fundação do Templo de Ogum Timbiri, dirigida por João Severino Ramos. Apresentamos, também, algumas considerações e matérias jornalísticas do Diário do Paraná sobre o Hino da Umbanda.
TEMPLO DE OGUM TIMBIRI Jornal de Umbanda, n. 80, junho de 1958 Do irmão João Severino Ramos recebemos a seguinte missiva, comunicando a fundação desta nova casa de caridade. Prezado Senhor: Apraz-me levar ao conhecimento de Vossa Excelência que, no dia 1 de abril do ano em curso, após a leitura e aprovação de seu estatuto realizada em assembleia ordinária, foi fundado o Templo Espiritual de
Ogum Timbiri que teve eleitos os seguintes membros: João Severino Ramos, presidente; Alda Apparecida Campana, secretaria; Nídia Lopes Pinto, tesoureira. Esta nova filiada procederá dentro das normas da Unidade Espiritualista de Umbanda, isto é, visando tão somente um ambiente favorável ao desabrochar de uma aurora de Paz e Harmonia.
O Templo Espiritual Ogum Timbiri, terá a sua sede, provisoriamente, na Casa de Nossa Senhora Monte do Carmo, à Rua Dom Gerardo, 43, onde funcionará às terças e quintas feiras. Agradecendo a visita de Vossa Excelência, permanecerei sempre ao inteiro dispor. João Severino Ramos – Presidente.
José Manoel Alves no Primado de Umbanda de São Paulo na década de 1970
JOSÉ MANOEL ALVES E O HINO DA UMBANDA No primeiro volume do livro História da Umbanda no Brasil, escrevi sobre os aspectos históricos do Hino da Umbanda e sobre o autor de sua letra: João Manoel Alves. Alguns registros, não comprovados, da época diziam que ele em busca da cura, para sua cegueira, foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Não conseguindo a cura, por ser o seu problema de origem cármica, escreveu a letra do Hino da Umbanda para mostrar que poderia ver, a partir do seu contato com a Umbanda, o mundo e a religião de outra maneira. Até hoje ninguém comprovou esta história e, também as fotos que temos dele não mostram que ele era cego. Havendo a comprovação dessa história, faremos as devidas correções históricas.
José Manoel Alves, compositor e instrumentista nasceu em Tangil, Freguesia do Concelho de Monção situada no Minho, no norte de Portugal. Dos 12 aos 22 anos tocou clarineta na Banda Tangilense, em sua terra natal. Em 1929, veio para o Brasil, indo residir no interior do Estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, em que ocupou vários postos, aposentando-se como capitão. Foi autor de diversas músicas populares e pontos de Umbanda. O seu maior sucesso, em parceria com Mário Zan, foi o dobrado Quarto Centenário.
Trindade Reis, maestro tenente do Grande Conjunto da Policia Militar do Rio de Janeiro.
A maravilhosa letra do Hino da Umbanda, escrita por José Manoel Alves, foi musicada por Dalmo da
O Diário do Paraná, publicou matérias sobre o tema duas vezes. O autor da primeira matéria, 1972, ainda
No Segundo Congresso Nacional de Umbanda, em 1961 no Rio de Janeiro, a música foi oficialmente reconhecida como o Hino da Umbanda. Originalmente tinha como título: “Refletiu a Luz Divina”, sendo cantada nos Terreiros como um ponto comum.
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Ano 7 número 65 não conhecia a autoria do Hino.
Desidério Peron Diário do Paraná, n. 5038, 25 de abril de 1972 O Hino da Umbanda, executado domingo pela primeira vez por uma banda de música, por ocasião do encerramento do I Congresso de Umbanda do Paraná, não tem autor conhecido. Antigo, o maestro da Banda da PMEP, capitão Acyr Tedeschi teve que se valer, para o arranjo, de um antigo disco 78 rotações. Embora sua melodia seja conhecida por quase todos os que frequentam os trabalhos de terreiro do Brasil, a execução desse Hino por uma banda de música, não deixou de sensibilizar os quase cinco mil presentes ao Ginásio de Desportos do Tarumã, que aplaudiram a execução, de pé, enquanto cantavam a letra. O Hino da Umbanda, composto de quatro estrofes com quatro versos cada, é uma composição poética denominada de Redondilha Maior (sete pés poéticos).
Dirce Alves Diário do Paraná, n. 7027, 24 de outubro de 1978 Poucas pessoas sabem quem é José Manoel Alves. É compositor, clarinetista e já fez muita música. Está com 67 anos e começou a compor em 1938, quando lançou a marcha carnavalesca Olha a Alva. De lá até
1978 já se passaram 40 anos e 100 músicas populares foram gravadas. Mas o grande sucesso de José Manoel Alves foi em 1954 quando gravou o Hino do IV Centenário de São Paulo, em parceria com Mario Zan, que vendeu dois milhões de discos. Em 1962 o segundo sucesso foi o Hino da Umbanda para o Segundo Congresso Nacional de Umbanda. Com o cantor Araripe Barbosa e a orquestra de Hélcio Alvares e o Coral de Eloá. José Manoel Alves lançava, em 1962, o hino que hoje é cantado por milhões de umbandistas em todo o Brasil.
Zan o dobrado "Quarto Centenário", seu maior sucesso. Ao longo de sua carreira, compôs diversos pontos de Umbanda e pontos de terreiro, gravados por diversos intérpretes. Em 1961, Otávio de Barros gravou o ponto de terreiro "Saravá Banda". Em 1962, a cantora Maria do Carmo gravou a curimba de Umbanda "Prece a Mamãe Oxum". Outras melodias umbandistas foram compostas por ele: “Saravá Oxóssi”; “Saudação aos Orixás”; “Xangô rolou a pedra” e “Xangô, rei da pedreira”.
Vejamos agora alguns dados colhidos no site http://www.dicionariompb.com.br Sua primeira composição gravada foi "Olha a alva", por Januário Pescuma e Arnaldo Pescuma com acompanhamento do Grupo X na RCA Victor. Em 1945, Osni Silva gravou na Continental, com acompanhamento da Banda da Força Pública de São Paulo, a marcha "Pela Pátria", composta em parceria com Antônio Romeu. Citamos outras de suas composições: em 1957, realizou sua única gravação, acompanhado de sua Banda: gravou pela RCA Victor, de sua autoria, os dobrados "Craveiro Lopes" e "Domingo em festa". No mesmo ano, Zaccarias e sua Orquestra gravaram dele e Mário
Na foto não é possível garantir que José Manoel Alves era cego. Podia no máximo ter alguma deficiência visual.
José Manoel Alves
Editor: Diamantino Fernandes Trindade
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Pilão de Ouro – 40 anos de Tradição No dia 25 de novembro, aconteceu a festa em comemoração a 40 anos da tradicional loja Pilão de Ouro. Hoje a loja fica localizada na Estrada do Campo limpo em São Paulo. Mas a 40 anos atrás a Pilão de Ouro começava as suas atividades na Getúlio Vargas em Taboão da Serra. Parabéns Pilão de Ouro, pelos seus 40 anos de sucesso!
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Casa de Caridade Filhos da Umbanda Há 9 anos espalhando a paz e o amor na Umbanda através da caridade Ser Umbandista não é algo simples ou uma religião fácil a seguir. Ser Umbandista é um estilo de vida, é a crença naquilo que se sente, é a doação de si próprio, é a aceitação, é a permissão para que a espiritualidade tome a frente e trabalhe, é o pisar antes e confiar que lá estará o chão para te sustentar, é o mergulhar de cabeça sem ao menos experimentar se a água está fria, é a fé sempre em dia para que se possibilite entrosamento e realização. São batalhas diárias travadas, não só com o inimigo que ataca ou o obsessor que sintoniza para atrapalhar, mas, acima de qualquer coisa, o provar constante em tudo que se faz e para todos que observam que se é do bem e não há prática do mal em nenhuma circunstância. O preconceito e as opiniões formadas a respeito do que se ouve dizer por aí dos que se intitulam erroneamente “Umbandistas” ainda se materializa diante dos reais Umbandistas em forma de grandes muros e os afastam, aos olhos humanos, de serem reconhecidos como servos de Deus que através das manifestações da natureza (nossos amados Orixás), dos Guias (Caboclos, Pretos Velhos e Crianças), dos Protetores (Hindus, Doutores, Ciganos, Marinheiros, Boiadeiros e Baianos) e dos Guardiões (Exús e Pombogiras) intermediam a prática da caridade, do amor e da fraternidade que são os legados que o Pai Maior deixou. Exatamente assim é a caminhada de todo Umbandista e não poderia ser diferente nem menos árdua com a Dirigente Espiritual da Casa de Caridade Filhos da Umbanda, a médium Elisabete Arioso, umbandista desde os 14 anos de idade e Mãe de Santo há exatos 9 anos. Guerreira e destemida, a Mãe Bete li-
dera as Giras, dirige o Grupo de Eventos que além de financiar custos e despesas da Casa, ainda mantém os Guardiões do Bem, que é o grupo de assistência social da Casa de Caridade Filhos da Umbanda responsável por assistir aos consulentes menos favorecidos, moradores de rua, asilos e orfanatos e atendê-los em todas as suas necessidades. Comanda também o desenvolvimento mediúnico dos mais de cem Filhos passando adiante suas experiências e ensinamentos através dos estudos constantes oferecidos a todos. Ministrando o Curso Básico de Umbanda, a Mãe Bete recebe a todos que precisam entender os processos mediúnicos ou simplesmente já sabem de sua missão e só precisam passar por esse processo obtendo
aprovação para serem aceitos na Corrente Mediúnica da Casa. Há também o Curso de Mediunidade, ministrado pela Mãe Pequena Renata Santos, onde são abordados assuntos mais aprofundados e temas mais complexos que dão continuidade ao que a Mãe Bete iniciou porque não há fim na busca do conhecimento nessa Casa. Há nove anos não nasceu apenas uma Mãe de Santo, uma pequena porta se abriu, a pedido do Sr. Caboclo Sete Pedreiras que é o Mentor da Mãe Bete, para o auxílio dos encarnados e dos desencarnados e a oportunidade de trabalho a todos que buscam a prática da caridade. Concretizou-se nesse Plano, um Templo Magístico de amor, caridade e trabalho. Sob
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Ano 7 número 65 o comando do Pai Sete Pedreiras e sua filha, abriuse espaço às Sete Vibrações das Linhas de Umbanda, firmando e assentando o coração da Oxum no solo sagrado e automaticamente no Astral através do Portal que se abre com um coração que estampa em destaque o Ponto Riscado que é o símbolo da Casa de Caridade Filhos da Umbanda e significa que é Ela a dona da Casa. Inaugurou-se a Casa do Pai Sete Pedreiras em setembro de 2008, na primeira Festa de Cosme e Damião, no solo da recém-montada Casa de Caridade Filhos da Umbanda, inicialmente bem pequena em outro endereço e com apenas 11 Filhos, mas foi assim que tudo começou... Na dirigência do Caboclo Sete Pedreiras se fez reinar o comando de sua filha Elisabete e suas entidades. As portas dessa Casa, em outra sede, foram abertas pela primeira vez para receber os convidados e festejar e, até hoje, com seriedade, comprometimento e amor essa mesma simples porta tornou-se uma grande porteira, não só aqui em nosso Plano. Essa majestosa porteira acolhe sem distinção de cor, raça ou credo a todos que nela adentram ou a procuram, por qualquer que seja o motivo, atualmente atingindo a marca de quase 200 pessoas toda sextafeira que são atendidas nos Passes e Consultas. Por quase uma década, além de doces, guloseimas, bolo e guaraná que são servidos em grande fartura para as crianças e todos os presentes na Festa de Cosme e Damião / Aniversário da Casa, são distribuídas externamente também para as comunidades da Zona Leste quase 2000 sacolinhas de doces, confeccionadas pelos Filhos e Voluntários da Casa, com a ajuda também da Assistência que sempre realiza doações, participando e impulsionando a grande corrente da Casa de Caridade a conquistar sempre mais e mais metas e objetivos. O começo foi fisicamente pequeno, mas tudo foi crescendo, ampliando e ganhando maior espaço desde a inauguração. A área física do Terreiro, a quantidade de membros, os atendimentos, as variações e modalidades dos Trabalhos, o conhecimento
e o aprimoramento dos Médiuns são as mais gratificantes conquistas. Pode-se citar o Trabalho da Linha Médica como exemplo disso, atualmente recebendo cerca de trinta pacientes, uma vez por mês, com duas macas (uma de cirurgia espiritual e outra de energização) atendendo os mais diversos e desafiadores casos que são encaminhados pelo Plano Superior. Nesse mesmo Trabalho, junto à Corrente Mediúnica que compõe a mesa de Psicografias e Pictografias, a maioria das solicitações são atendidas e através de cartas ou pinturas, muitos desencarnados conseguem enviar uma mensagem, uma saudação e também um pedido de socorro a quem está do lado de cá ainda de luto ou sofrendo pela perda ou partida inesperada de um ente querido ou alguém muito próximo. Igualmente importante, há também em todos os primeiros sábados do mês, um trabalho específico para o atendimento das crianças de 0 a 15 anos chamado de Evangelização Infantil em que desde a abertura do trabalho até o final dele tudo é explicado para os presentes: o significado do Ponto Cantado, as preces realizadas, a manipulação dos materiais, etc. Nesse ano, nas aulas que acontecem após os atendimentos dos consulentes mirins, o tema foi elucidar a todos de forma prática e lúdica a importância e o papel de cada Linha de Trabalho que se apresenta na Umbanda. E, na última aula, todos são avaliados, presenteados e recebem um Certificado de Conclusão do Curso. O resumo de toda essa história tem seu foco no progresso. Todos os anos, a busca é incessante para que se alcance, se sinta e se perceba o progresso e a maturidade da Corrente Magística de Umbanda composta nessa Casa e também de todos que a frequentam. Sabe-se que diante do progresso e da evolução da Espiritualidade, todos ainda se encontram na fase infantil, em busca de superação da adolescência e seus conflitos, porém, sempre aceitando novos desafios para quem sabe alcançar a fase adulta. Há um Pai Espiritual e uma Mãe Carnal que cuidam e zelam para que isso se faça possível. Sr. Sete Pedreiras junto de seus amigos, os trabalhadores espirituais de cada
médium, trazem sempre uma orientação e um ritual para o equilíbrio e o retorno ao caminho adequado de cada um. Mãe Bete, uma médium muito guerreira, organizada e inundada de muita fé e experiência sempre cobrando postura, responsabilidade e comprometimento no intuito de mostrar que a Umbanda vai além do branco e das incorporações, na realidade, ela deve estar dentro de cada um que assume e aceita fazer parte da "Grande Corrente Astral de Umbanda" sem paredes, sem competições, cargos ou prêmios, superando o desafio de viver em grupo e tendo a certeza de que o que deve prevalecer é sempre o amor e o respeito. O desejo de todos os Filhos e membros da Casa de Caridade Filhos da Umbanda é que essa grande egrégora de amor, caridade e fraternidade se faça sempre presente e que todos os envolvidos possam cumprir com muito louvor suas funções, missões e trajetórias não só junto ao Plano Espiritual, mas também no Plano Físico para que a evolução e o progresso tão almejados sejam alcançados aqui para que se cumpra o que foi determinado. Saravá as Sete Linhas da Umbanda, os Orixás, os Guias, os Protetores e os Guardiões! Saravá a Casa de Caridade Filhos da Umbanda!! Axé! Grupo de Comunicação Social Casa de Caridade Filhos da Umbanda SEDE: Rua Areião, 279 - Vila Carrão / SP contatofilhosdaumbanda@gmail.com Elisabete Arioso Canal Mãe Bete - OFICIAL
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O que realmente é necessário? O mundo mudou. Tem mudado a cada minuto, o que ontem era regra, hoje já não é mais. Estamos de cabeça para baixo, e as coisas vão mudando de lado e direção o tempo todo. A velocidade da informação tem ditado as regras. Impérios ditatoriais caindo, pessoas se reunindo em busca de um ideal político. Vimos nos últimos dias a queda do governo egípcio, entre outras transformações políticas, terremotos e tsunamis que mudam a geografia física e espiritual do mundo. A internet, email, redes sociais, tornam tudo muito mais rápido e próximo. O Google é o oráculo dessa era digital. Antes, os oráculos eram consultados para dar uma direção, um prisma do que fazer, e todos confiavam nos seus mentores oraculares. Hoje se você precisar de uma informação imediata, o pai Google estará á disposição no ponto de acesso mais próximo. Dia desses estava preparando uma aula e repassando o assunto oferendas e relembrando alguns pontos importantes desse assunto. Desde criança aprendi que oferenda-se o que podemos ter de melhor: a melhor bebida, o melhor charuto, etc. Lembro de uma pessoa com quem trabalhei num terreiro, que todos os anos fazia uma oferenda à esquerda que era “invejável”. Isso mesmo, eu olhava a forma dela preparar aquilo e me achava um incompetente com as minhas, pequenas e humildes ofertas. Ela preparava as toalhas da entrega bordando e costurando-as à mão, charutos e cigarros das melhores marcas, bebidas importadas e taça e copos da melhor qualidade, todos dispostos de forma rigorosamente milimétrica, com a devida descrição do destinatário. Só faltava uma cartinha para cada Exu ou Pombagira, agradecendo formalmente pelo ano decorrido. Eu via aquilo e imaginava... ano que vem faço assim... e no ano que vinha, lá estava eu correndo (pra variar) para fazer as oferendas, simples como sempre. Vale lembrar que simplicidade não é simplismo, ou relaxo mesmo, falando claro. Nunca fiz minhas entregas de “qualquer jeito”, mas confesso, nunca fui um “designer de oferendas”. Cada vez temos menos tempo e menos locais ade-
quados na natureza para oferendarmos nossos Orixás. Ainda bem que ainda há locais, como o Santuário Nacional de Umbanda, em Santo André SP, onde ainda podemos ter boa infraestrutura e locais adequados para as práticas litúrgicas, assim como o Vale dos Orixás em Juquitiba, entre outros. Dependendo do que se oferenda hoje, isso se torna o lixo de amanhã. Garrafas, pratos e copos, tecido, enfim, vão virando um amontoado de material inorgânico de difícil decomposição. Esse conceito de que trabalho bem feito, em termo religiosos, são as poderosas e ricas oferendas, em tamanho e capricho, vão dando lugar às bênçãos da simplicidade e vemos que cada vez mais a espiritualidade tem colocado condições em nossa vida para sermos práticos, objetivos e assertivos. Dei esse exemplo das oferendas para falar da simplicidade que precisamos ao lidar com as ervas. Aesde o conhecimento do simples até a forma de colhe-las ou adquiri-las e prepará-las. Num passado não muito distante, tínhamos tantos terrenos desocupados apinhados de ervas boas para a prática ritualística, que nem nos preocupávamos quando um guia espiritual recomendava um banho, pois sabíamos que estava lá à disposição e que sempre tinha alguém que conhecia a erva solicitada. Pois bem, o mundo mudou e hoje recorremos a maioria das vezes à produtos adquiridos nas casas de artigos religiosos, muitas vezes confiando apenas nos péssimos descritivos das embalagens artesanais, que acusam a erva pelos seus nomes populares e ritualísticos. Vale lembrar que para fazer um bom banho, defumação ou outros preparos não é preciso ser um expert no assunto. Se a exclusividade do uso das ervas fosse do pai de santo, elas cresceriam só no quintal dele, não é mesmo? Nossa amada Mãe Natureza nos permite essa fantástica ferramenta, mas é preciso alguns cuidados. Mesmo que você adquira suas ervas num comércio de sua confiança, é impossível saber quem plantou, colheu e em que condições emocionais isso foi feito,
quais cuidados seu manipulador teve, enfim, é improvável que essa erva venha “pronta” para seu uso. Antes do preparo de um banho, procure olhar a erva para ver se não está mofada, com sujeiras, pedriscos, e se está com uma aparência agradável. Rejeite embalagens amassadas e empoeiradas, sem etiqueta de validade e identificação do produtor. Mesmo que seja para defumação, use apenas ervas de boa qualidade e procedência. Lembro uma vez conversando com um lojista do ramo religioso, e ele falava que não se importava com a qualidade do que estava vendendo, pois era pra banho mesmo... Assim como você não vai comer um alimento estragado, não jogue no seu corpo algo inadequado. Concentre-se nas ervas, espalme suas mãos sobre elas e faça uma oração para purificação do seu preparo. Chame como quiser. Reza, prece, oração, evocação, determinação mágica, enfim, o importante é a ativação da força vegetal contida na erva. Vamos lembrar do poder da palavra. Isso me remete a uma máxima oriental que diz que Deus, só diz uma palavra: SIM. Deus diz sim para todas as nossas afirmações, positivas ou não. Desde que nos dirigimos a Ele com Amor e Bom Senso, as realizações também se multiplicam. A palavra tem tanta força que criou o mundo, de acordo com a gênese católica. Nossa mente é extremamente poderosa e nossa palavra também. Quando determinamos o rumo que a energia deve tomar, damos direcionamento a ela. Isso é respeito. Ao respeitar a energia, ela devolve como uma reação física: Para toda ação existe uma reação de igual ou maior intensidade. (Newton) Quando rezamos, colocamos ali nossa Fé, e damos direcionamento para a energia. As ervas têm alma, personalidade e sentimentos tão envolventes como qualquer ser vivente na natureza, inclusive o homem. É essa a energia, a força que evocamos. O espírito vegetal. Há muitas rezas e evocações maravilhosas, mas para
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Ano 7 número 65 o que pretendemos aqui, há uma evocação básica. Eu evoco Deus, nosso amado Pai Criador, evoco a Mãe Terra, vossas forças vegetais, o sagrado espírito vegetal e peço que abençoe esse banho, defumação, chá, etc, para o meu benefício e benefício de meus semelhantes, assim seja, e assim será. Essa reza, bastante simples requer apenas mais duas coisas: Amor e Bom Senso. Cada religião costuma envolver seus ritos em roupagens folclóricas e verbalizações incontestáveis, chamando-as de ciência oculta, sabedoria milenar do oriente ou de outro lugar místico, e tentam mostrar que as outras religiões, suas concorrentes, são falsas porque não têm o segredo dos mistérios. Seus místicos se consideram uma minoria privilegiada pelo esclarecimento divino, superiores em compreensão e inteligência e rejeitam invariavelmente a crítica de supersticiosas. Mas qual a diferença entre suas criaturas místicas e as da cultura popular? Então, a reza tem efeito sim! Perdoem-me os místicos de plantão, mas VIVA A SIMPLICIDADE!
suas preces, ótimo! Eles com certeza estarão presentes na ativação da erva. Clame aos Santos de sua conveniência, e estará tudo certo. Deus responde à sua criação da melhor forma que sua criação possa entender. Para o negro africano, Deus será também negro. Para o oriental, terá feições orientais e assim por diante. Suas divindades, representação viva de Deus, se apresentam da mesma forma, com variações culturais e regionais, mas sempre a mesma essência. Não há magia sem ativação. É necessário desencadear o processo de ação da erva. Ao colher a erva, devemos mentalmente pedir licença ao espírito vegetal que a anima, dizer-lhe que esta sendo colhida e será útil a um ser vivente, parte da criação divina. Esse espírito irá responder com toda sua força, e concentrará na parte a ser colhida as essências necessárias para a cura. Desde que ele entenda que você se dirige com Amor e Bom Senso, as ervas se doam pela causa da criação.
Deus está e se manifesta nas coisas simples. Você não é obrigado a fazer a evocação dessa forma que está aqui. Mas use o bom senso. Desenvolva seu critério de oração.
Crendice popular? Duvido. Contra os fatos não há argumentos.
São nos Sagrados Anjos que você ancora sua fé? Então reze a eles. São aos Orixás que você clama em
Oração misturada, sem critério, é que nem raizeiro que não conhece raiz... Pode matar pela falta de
Fato é que a ação da erva comprovadamente aumenta se for ativada com uma oração.
conhecimento, ou tornar a raiz inerte, sem efeito. O escritor Hugo Prata comenta que é mais fácil acreditar em lobisomem do que em Deus, "porque ninguém nunca viu Deus, mas lobisomem, muita gente já viu”. E nós dizemos: “Qual o alcance que você quer em sua magia? Esse deve ser o tamanho da sua Fé!” Pra não perder o costume, vamos dar algumas receitinhas de banhos, defumações e amacis na vibração dos nossos amados Orixás: Ervas do Orixá Oxalá: boldo, folha da fortuna, folhas de oliveira, algodoeiro, anis estrelado, alfazema, jasmim. Ervas do Orixá Ogum: aroeira, quebra demanda, guiné, folhas de café, capim cidreira, cavalinha, peregun verde (dracena). E isso turminha! Na próxima edição tem mais! Que nossos amados Pais e Mães Orixás nos abençoem hoje e sempre! Sucesso, saúde e alegria a todos! Adriano Camargo - Erveiro da Jurema Sacerdote de Umbanda, autor do livro Rituais com Ervas, banhos defumações e benzimentos. adriano@ervasdajurema.com.br www.oerveiro.com.br
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Dia da Umbanda 109 anos de amor e caridade A agenda umbandista de novembro esteve bastante agitada, principiando no dia 07 pela outorga da Câmara Municipal de Diadema do merecido título de Cidadão Diademense ao presidente da Federação de Umbanda e Candomblé Afro-brasileira de Diadema – FUCABRAD, nosso irmão Babalaô Cássio Lopes Ribeiro.
sentes prestigiando o fraterno e querido amigo Pai Cássio.
Cascatinha em cujo bordão diziam: “Meu garoto! Meu pai-pai!) e salientar que essa homenagem foi mais que merecida. Felicidades grande Pai Cássio – meu garoto!
Pai Cássio é “meu amigo do peito”, “um irmão camarada” de muito tempo e, por esse motivo, foi uma grande alegria participar desse momento tão importante, desfrutando da companhia de outros velhos amigos que, infelizmente, não tenho o prazer de encontrar com maior frequência em razão da vida corrida que envolve a todos diariamente.
A sessão solene conduzida pelo Vereador Joza Queiroz – autor da proposta – foi bastante concorrida, fazendo com que as instalações da Câmara ficassem literalmente tomadas pelos umbandistas e candomblecistas que fizeram questão de prestigiar o amigo-irmão.
Presidentes das diversas Federações religiosas de Umbanda e Candomblé também estiverem pre-
Quero deixar meus sinceros parabéns ao meu querido amigo e companheiro Pai Cássio Ribeiro (que costuma brincar comigo, e me chama carinhosamente de “pai-pai” (parafraseando Chico Anysio e
Também em sessão solene no dia 14 homenageando as Religiões de Matrizes Africanas, na Câmara Municipal de Santo André – em igualmente concorrido evento promovido pelo Vereador Alemão Duarte e brilhantemente organizado pela secretária Rosilei Mantonavi e pela sócia fundadora do Movimento das Mulheres Negras Sônia Maria de Souza Raimundo quando foram destacadas duas datas de extrema importância: o Dia da Umbanda (15 de novembro) e o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). Na ocasião foram homenageados vários Babalaôs e Babás da Umbanda e Candomblé, representando os vários Orixás de quem são filhos e agraciados
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Ano 7 número 65 Vera Lúcia Conceição da Silva (Osún) Aparecido Levi da Silva – Obaluaiê Foi uma cerimônia alegre e emocionante com
Pai Jamil fez uma linda homenagem ao Pai Engels – idealizador do evento que foi, por sua vez, homenageado pelo Caboclo Tupinambá, incorporado na Babá Dirce Paludeti Fogo. com um lindo e delicado troféu de cristal. Da Federação Umbandista do Grande “ABC” destacamos Adriana Alencar (Nanã) e Maria Cristina Baiochi (Inhaçã). Babá Dirce Paludeti Fogo – Diretora Espiritual da Casa de Pai Benedito de Aruanda e madrinha de ambas – foi muito aplaudida ao entregar os troféus às suas filhas de fé. Os demais representantes foram: Antonio José da Silva (Ogum); Cláudio t’Oxossi Odé Ifá Yemi (Oxossi) Benedita Geralda Belisário (Xangô) Valquíria de Oliveira (Yemanjá) Pai Osvaldo (Oxalá)
apresentação brilhante da Curimba da Aldeia Aldeia de Caboclos. O público lotou as galeria, participou e cantou junto e animadamente com a curimba todos os pontos. No dia 15 de novembro – no Dia da Umbanda – o babalaô Engels Xenotiskitakis conduziu a tradicional Semana da Umbanda, já em sua 8ª edição – no Parque da Moóca em São Paulo, com sua habitual Gira de Caboclos, que muito emocionou os milhares umbandistas presentes. Casa lotada, decoração de muitíssimo bom gosto e presença dos mais importantes e tradicionais representantes da Umbanda paulista.
Dentre os presentes quero salientar a participação do criador do Dia Umbanda e também da Semana da Umbanda na Câmara Municipal de São Paulo, o Vereador Quito Formiga, que também participou da gira, incorporando seu Caboclo. Parabéns querido filho de fé, Babalaô Engels, pela festa memorável.
Babalaô Ronaldo Antonio Linares Santuário: 4338-0261 / 4338-3484 Escritório SANU: 4232-4085 Escritório FUG “ABC”: 4238-5042 www.santuariosaumbanda.com.br federacaoabc@terra.com.br
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OBRIGADA UMBANDA! Obrigada Umbanda! Obrigada por me tirar das trevas da ignorância e me mostrar um mundo cheio de magia e encanto.
Obrigada por aceitar todas as linhas e todos os filhos da terra dispostos a ajudar o próximo, sem discriminar ninguém.
Obrigada pelo arrepio que corre pelo meu corpo quando sinto o Axé dos Orixás.
Obrigada Umbanda, por acolher médiuns perdidos, incompreendidos e muitas vezes descrentes, mostrando a eles que mediunidade não é castigo e sim um presente.
Obrigada pelo esclarecimento e estudo que têm sido oferecidos através da psicografia de grandes médiuns. Obrigada por ensinar que o caminho mais curto pra Deus continua sendo fazer o bem e ajudar o próximo, sem perguntar quem ele é ou de onde veio. Obrigada pelo amparo de seus guias e mentores, sempre nos inspirando e intuindo a procurar por coisas que edificam o espírito, nos tornando seres humanos melhores. Obrigada pelo resgate da Magia Divina, através do saudoso e sempre amado Pai Rubens Saraceni, que nos deu a oportunidade de revivermos mistérios que fazem parte da nossa história enquanto espíritos vivendo experiências na fisicalidade. Obrigada pelo som do atabaque, que me permite dançar com O Criador e, por um momento, fazer parte do baile da vida. Obrigada pelos conselhos, pelos abraços e pelo alento que cada consulente recebe em seus terreiros, onde todos são bem-vindos. Obrigada por ajudar as pessoas a resgatarem a autoestima e buscarem, dentro de si mesmas, a própria fé.
Obrigada por me ensinar que fazer o bem ainda vale a pena, e que apesar de todos os obstáculos que possamos enfrentar, sempre seremos auxiliados por seus seres de luz, que jamais nos abandonam. Obrigada por me fazer entender que és uma das muitas moradas da casa do Pai, Divina e Sagrada como qualquer outra religião, não devendo nada a ninguém. Obrigada por chegar de mansinho e conquistar meu coração, mudando minha visão de Deus e da vida através da fé aliada à razão. Obrigada por me escolher como sua sacerdotisa, me iniciando e imantando com seu Axé divino, e me dando condições de crescer como ser espiritual.
chamando-os o tempo todo e por estar sempre de portas abertas quando eles chegam, ou voltam. Obrigada por ser um religião viva, intensa e cheia de Luz! Obrigada por espantar de nós a tristeza e nos dar a certeza de que nossos caminhos são guardados e abençoados. Obrigada pela proteção e oportunidade de ascensão que nos oferece, quando ensina que, o que quer que façamos aos outros, estamos fazendo a nós mesmos. Obrigada pela compreensão de que somos filhos do mesmo pai, viemos da mesma fonte e temos que amar uns aos outros, pois assim o quer O Criador. Obrigada pela demonstração de amor na sua mais simples forma; provocando sorrisos e enxugando lágrimas. Obrigada Umbanda, pois vieste pra mudar o mundo, e ele já não é mais o mesmo desde que provou do seu Axé!
Obrigada por me tornar um ser tolerante, que respeita o direito de cada um e de procurar a Deus como, quando e onde bem entender. Obrigada por nos dar o exemplo, e seguir adiante e de cabeça erguida, apesar das críticas dos inimigos da evolução dos seres ou daqueles que não te conhecem. Obrigada por lutar pelos seus filhos, por continuar
Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra
Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587
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13° Encontro de Médiuns e Curimba da Fenug Ocorreu no dia 12 de Novembro, o tradicional encontro de Mediuns e Curimba, organizado pela FENUG - Federação Espirita Nucleo Umbandista de Guarulhos. Esse ano o encontro foi realizado no Parque Cecap em Guarulhos - São Paulo. Parabéns FENUG por realizar esse encontro que a anos uni cada vez mais as curimbas, templos e irmãos de fé!
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A Corda Bamba da Obsessão
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que os que mais nos interessa é:
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Normalmente, a vida é tão boa assim, sem problemas, dificuldades, sofrimentos, perdas, prejuízos? É realmente um mar de rosas tão grande que somente um obsessor é capaz de destruir tudo?
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Ou será que “não é bem assim”? Não pretendo apontar dedos ou fazer acusações, mas desejo que levem cada uma destas palavras para o profundo âmago individual que possuem e encontrem suas próprias respostas; assim como encontrei as minhas.
Chega a ser poética a visão construída através das décadas sobre do que exatamente se trata uma obsessão espiritual: criaturas maléficas capazes de destruir a vida de qualquer ser humano. Assustador, não? Pois é, eu também acho. E então temos o outro lado da balança, o bem que normalmente combate esses seres trevosos com rituais dos mais variados e trabalhos alarmantes e assustadores de desobsessão e exorcismo moderno. Não é necessário raciocinar por muito tempo para desconfiar que há vários pontos cegos nesta história que inevitavelmente trarão questionamentos e creio
A vida pode ser considerada um mar de rosas, porém, como sabem, rosas tem espinhos e a vida... Tem desafios. Grandes desafios. Estes desafios serão responsáveis por levar o ser humano ao limite emocionalmente e fisicamente para que ele possa se levantar com mais força e não mais cair quando algo semelhante cruzar seu caminho em outro momento; seja este amanhã ou daqui várias encarnações, afinal, tudo fica registrado na alma.
propostos por Deus, não é mesmo? Às vezes, ele está lá porque tem de fazer parte de um deles para que a vítima compreenda sua lição. É uma verdadeira corda bamba conosco em cima dela. Agora eu indago: “E se pudéssemos colocar uma base sólida no local da corda para podermos andar livremente?” Olha só, nós podemos! Este sim é o real final feliz. A solução é simples: Tome as rédeas dos seus dias, meses e anos; tome as suas rédeas. Quando descobrir que você pode, com seu próprio trabalho, construir esta base ao observar o que está a causar tantos rebuliços em seu cotidiano, também entenderá que deve eliminá-los e progressivamente evoluirá emocionalmente o suficiente para afastar o obsessor (caso exista algum) de uma vez por todas. O que curiosamente – ou não – é o desejo de Deus para seus filhos que receberam a maior das dádivas: o livre-arbítrio. Alan Barbieri
Logo que assumimos que a vida pode não ser tão boa, também assumimos que uma entidade maléfica tem pouco papel nela, pois será apenas mais uma espectadora de escolhas e somente agirá quando elas lhe favorecerem ao máximo e, mesmo neste pico, ainda será totalmente reversível.
Sacerdote Umbandista do Templo Escola Casa de Lei Alan Barbieri Contato: (11) 2385-4592 barbieri.empresa@gmail.com
O que é um obsessor no deserto árido dos desafios
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Encontro das Web Rádios Juntos Somos mais Fortes De uma grade união, surge um grande evento. No dia 19/11/2017, no Teatro da Escola Estadual Dom Pedro I, em São Miguel Paulista / SP, aconteceu o 1º Encontro de Curimba e Danças realizado por iniciativa das WebRádio Batuqueiros da Luz, WebRádio Raízes de Umbanda, WebRádio Toques de Axé, WebRádio Vinha de Luz e WebRádio Voz Dos Orixás. O objetivo do evento foi demonstrar a união entre as WebRádios, mostrando assim a divulgação da Umbanda, da Espiritualidade através dos cânticos, pontos cantados e das artes dos Grupos e Curimbas de Terreiro e incentivando o respeito, fraternidade e o incentivo à diversidade tão presente nas casas de Umbanda. Vários grupos apresentaram, de seu
modo, do seu jeito, com sua energia e vibração, a sua forma de louvar o sagrado e praticar a Umbanda. Os grupos presentes Filhos de Jurema, APEU, Tradição da Umbanda, Aldeia de Caboclos e Vinha de Luz abrilhantaram o evento, demonstrando a fraternidade tão desejada e citada entre os religiosos, e confirmando o slogan do evento: JUNTOS SOMOS MAIS FORTES. Os representantes das Web Rádios agradecem a todos os que participaram e incentivaram a realização de mais um evento em prol da divulgação e fortalecimento da Umbanda e da cultura Umbandista, promovendo a união e a fraternidade entre WebRádios, Curimbas, Grupos, Terreiros. Axé. Saravá.
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8º SEMANA DA UMBANDA E DO UMBANDISTA NA CIDADE DE SÃO PAULO A cidade de São Paulo foi brindada mais uma vez com as comemorações da 8 ª S E M A N A D A UMBANDA E DO UMBANDISTA NA C A P I T A L , cujo evento central foi desenvolvido e coordenado pela Escola de Curimba e Arte Umbandista Aldeia de Caboclos, na pessoa de seu estimado, atuante e sempre presente Presidente, Engels Barros Xenoktistakis, o nosso querido Engels D’ Xangô, com sólido apoio e enorme adesão das distintas e atuantes Instituições, Federações, Associações, Curimbas, Templos de Umbanda, e de nossos irmãos de fé, tendo a grande festividade sido realizada no dia 15/11/2017, no Ginásio do Clube Escola Mooca, situado na Rua Taquari, 635, na cidade de São Paulo-SP. Na referida ocasião ocorreu a marcante e emocionante homenagem por serviços prestado à Umbanda ao nosso querido Pai Engels D`Xangô, lindíssima homenagem esta prestada pelos adorados e exemplares Decanos da Umbanda, Pai Jamil Rachid e Pai
Ronaldo Linares. Pai Engels D`Xangô também foi agraciado com o brajá pessoal do Decano Pai Jamil Rachid, brajá usado há mais de 30 (trinta) anos pelo estimado Pai Jamil, motivo de enorme orgulho e alegria para o querido homenageado. O belíssimo e importante evento foi regado a belíssimas apresentações: Tambor de Orixá, Sandro Luiz, Ventos de Aruanda e Aldeia de Caboclos. A oração ficou por conta do Pai Adriano Camargo, e logo após tivemos a benção dos nossos belíssimos caboclos. A 8ª edição deste diferenciado evento foi a que mais mobilizou a Nação Umbandista desde a sua criação no ano de 2010, uma mostra clara de crescimento e fortalecimento da Semanada da Umbanda na cidade de São Paulo.
SEMPRE VÁLIDO DESTACAR Fazendo valer dos direitos outorgados pela nossa Constituição de 1988, salientamos “A Liberdade da
Organização Religiosa”, igualmente, frisamos que é assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. A Umbanda em 109 anos de luta não comemorou no mês de novembro somente o Dia Municipal, e, também, o Nacional da Umbanda, mas sim seu direito de expressão e sua luta por respeito mútuo entre todas as religiões. Passados 109 anos, Decanos e Baluartes da Umbanda, lutaram e foram perseguidos inclusive no período da Ditadura Militar, para que pudéssemos hoje ter nossos direitos preservados. Assim as conquistas Municipais, Estaduais e Federais se deram mediante grandes, árduos e incessantes trabalhos até conquistarmos o Direito de Comemorar e fazer valer a nossa liberdade de expressão religiosa, frise-se, Direito Constitucionalmente Garantido. Equipe Aldeia de Caboclos
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Rio mantém o título de Campeão dos Campeões na 13 edição do Prêmio Atabaque de Ouro O maior encontro de curimba do Brasil este ano aconteceu no espaço show tradição, no bairro de Vila valqueire na cidade do Rio de Janeiro. Já por volta das 10h do último dia 26 de novembro, curimbas de várias partes do Brasil chegavam em caravanas formando uma multidão na porta da casa de show que abriu os portões por volta das 12:50h. Logo na entrada da casa uma feira de artistas afro recepcionava aos convidados que chegavam na sua maioria trajados de branco ou afro. A euforia adentrava a casa com cartazes, faixas de torcidas organizadas, além de atabaques, tambores e muita alegria numa sintonia que enradeava harmonia e paz.
mação o início do show era previsto para iniciar por volta das 13:30h, perto das 14h iniciava o espetáculo, a curimba I.U.L.A., dirigida por Duda Cigano, campeões dos campeões do ano passado, subiram no palco cantando cânticos que falavam de paz e amor. No seu repertório o hino da Umbanda e o ponto de Maria Farrapo, que o consagrou campeões dos campeões. José Carlos de Oxóssi, também participou da abertura relembrando pontos alguns de sua autoria.
O evento teve pouco atraso, pois em sua progra-
Logo em seguida chamou Eloísa de Sobá, de Mato
Pai Renato e Mãe Miriam apresentadores oficiais do evento, entraram no palco dando boa tarde e já chamando os jurados formados por 10 integrantes dos estados: Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.
Grosso para dar início a disputa. Figurino, coreografia, maquiagem, alegorias eram trunfos dos grupos que encenavam a mitologia divulgada através dos cânticos, entoados pelos participantes. A casa já iniciou lotada, mesas e camarotes já haviam esgotados os ingressos. Nos detalhes do figurino percebia-se um cuidado enorme, uma riqueza de acabamentos, que levava o público presente ao delírio. Pai André d’ Oyá, diretor da curimba que levou o prêmio de melhor maquiagem, chegou com seu grupo à partir das 9h, pois cada integrante de seu grupo levou mais de meia hora só na produção de maquiagem. O grupo de curimba JPA, se destacou levando efeitos especiais que tiveram que entrar pela frente do palco, uma Iemanjá com um vestido com uma pintura artística de
mais de 10 metros de tecido, acabou levando o prêmio de melhor figurino, com direção de Marcos Portela. Leandro de Oxóssi, louvando vovó Maria Conga, surpreendeu em sua estreia, ficando em quarto lugar e levando o troféu de revelação. Coreógrafas profissionais desenvolveram excelentes trabalhos que abrilhantaram o grande show, este quesito ficando como campeã a curimba do Caboclo Flecheiro. O melhor curimbeiro foi para Carlinhos Batukada, ogã e produtor de festival, há 13 anos esperava pela premiação que tardou, mas chegou, Beatriz Nascimento levou o prêmio campeã de títulos, pelos números de títulos adquirido em sua carreira, o prêmio do melhor festival foi para a escola de curimba e arte Aldeias de Caboclos, imbatível nesta categoria pelos sua grandiosa produção, melhor letra foi para Genário de Xangô, Interpretação foi para o grupo do Xangô das Almas, Cia As d Ouro, que deu um show, voz veterana foi para o ganhador do primeiro atabaque de ouro, pai Jorge e seus Ogãns Odaras, que tiveram participação especial na tarde. Márcio Barravento, deu um show com sua escola com mais de 30 instrumentos, numa grande orquestra de atabaques que seu apito os advertia e guiava. Um prêmio Especial para Willian da rádio web batuqueiros de Luz-SP, pelo seu empenho na difusão da cultura dos festivais. Sebastião Casemiro lançou na tarde de autógrafos um livro com sua trajetória e também teve participação especial, como a curimba Respeitem meu canto da Casa de Caridade Pai Benedito de Angola que lançou cd e teve participação especial no evento com apresentação de cânticos que
falavam de harmonia e paz, curimba que com mais de 130 integrantes acabaram levando o prêmio de melhor torcida. Atabaque de Prata é desempatado pelo critério letra Com 293 pontos Helena de Oyá e o Grupo Emoriô, São Paulo, ficaram empatados, com uma letra que abordava o mesmo tema e o critério determinado pelo presidente do júri Sebastião Casemiro de desempate foi letra, assim dando o atabaque de prata para helena d’ Oyá e o de bronze para o Grupo Emoriô. Estreante pé quente, leva o título campeão dos campeões O nome dele é Ricardo de Ogun, esteou e todos achando que o nervosismo poderia atrapalhar sua performance, que teve ensaios constantes e votos de confiança de amigos e irmãos que o auxiliaram, para que tudo desse certo. A sorte e apoio de grupos o consagrou. O curimbeiro saiu da casa como com a frase de que “a ficha não caiu”. Marquinhos de Osvaldo Cruz Apadrinha o evento O sambista, produtor cultural Marquinhos de Oswaldo Cruz, chegou cedo na casa, pois queria assistir ao show que para ele era algo novo, que despertou carinho e atenção, além da felicidade pelo reconhecimento de seu trabalho como compositor, produtor e militante a favor da cultura popular brasileira. Num show de quase uma hora levou o público ao delírio num repertório popular e contagiante. Amapá não chega ao evento por falta de patrocínio Tristeza para a Curimba Tambores Tucujus do Amapá, pois o patrocinador não honra compromisso e nas vésperas todos são surpreendidos com a tris-
te notícia. Reinaldo de Kaiango, diretor da curimba, triste, mas nem um pouco desmotivado, já negocia sua participação para 2018, “já sai na frente com tudo que foi feito que não será perdido, figurino, gravação de música além de inúmeros ensaios.” Declara Reinaldo que já garantiu a vaga para 2018. Ganhar Festival não será o único quesito para participar do próximo Prêmio Atabaque de Ouro A direção do evento estuda a participações de grupos no evento, segundo o diretor Marcelo Fritz, ganhar festival não será único quesito para que grupos participem do evento, “ cresceu demais os números de festivais em todo país e a intenção da premiação é essa, mas há festivais que trabalham em parceria com a premiação, há uma interação e sintonia. No decorrer do ano surgem ganhadores de festivais que o prêmio nem tomou conhecimento, querendo vaga. Ano que vem será diferente, estamos elaborando um novo sistema, onde é claro os festivais que dialogaram com nossa direção expuseram a logo do evento estão com vaga garantida, mas demais terão que dialogar e infelizmente não terá vaga para todos, vamos diminuir o número de curimbas que este ano foram 18. Penso na manutenção de um grupo que independente de ganharem já são campeões, se preparam o ano todo e já pegaram o time do evento. Acredito que teremos um número fixo de convidados e demais para estreantes”. Conclui o diretor do evento Fritz, que fala que no próximo ano o evento deverá ocorrem em setembro, pois a intenção é trazer para início do ano aos poucos, como nasceu. Texto: Divulgação
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1ª Festival de Curimba – O Ritmo dos Orixás O primeiro festival de música umbandista da cidade de Bauru - SP ocorreu no dia 25 de novembro, no parque Vitória Régia, cartão postal da cidade. O evento contou com a participação dos grupos Balaio de Sinhá, Toques de axé, grupo de curimba infantil Filhos de Ayrá e maracatu Abayomi. O show principal levantou a galera, ficou por conta do Sandro Luiz e Templo de Umbanda Caboclo Tupinambá e Sultão das Matas. O grupo de curimba vencedor na categoria autoral, foi o TUCAJU de Aparecidinha de São Manuel - SP. Na categoria livre houve dois vencedores empatados em todos os quesitos: grupo de curimba Associação União da Umbanda de Botucatu - SP; e grupo de curimba TUCAJU.
A iniciativa e organização ficou por conta do Instituto Jovens de Aruanda e apoio da secretaria de cultura municipal de Bauru. Desde já eu agradeço pela oportunidade. axé!
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5º DIA DA UMBANDA EM LIMEIRA A cidade de Limeira mais uma vez comemorou o aniversário da Umbanda.
- Cabana de Pai Benguela e Casa de Cultura Umbanda do Brasil.
Desde o ano de 2013, amparado pela Lei Municipal 5172/13, é realizado o evento em comemoração ao Dia da Umbanda em Limeira, 15 de Novembro, organizado pelo Instituto Cultural Confraria dos Pretos Velhos de Umbanda, filiado à Federação Umbandista do Grande ABC, com apoio da Prefeitura Municipal de Limeira e parceiros.
Pai Diamantino Trindade foi homenageado por Pai Evandro Fernandes com o Título de Soldado de Aruanda, honraria conferida por sua incansável luta em favor da Umbanda.
Mais uma vez, o evento aconteceu no Ginásio de Esportes Domingos de Felice, no bairro Santo André, e contou com a participação de terreiros das cidades de Limeira, Rafard, Carapicuíba, Serrana, Engenheiro Coelho e umbandistas das cidades da região. Em especial, tivemos a participação de Pai Diamantino Fernandes Trindade, Mãe Tarsila Oliveira e filhos do Templo de Umbanda da Estrela Lilás
Na ocasião, foi lançado o livro Retratos e Registros Históricos da Umbanda, de Pai Diamantino. Os presentes puderam apreciar as apresentações culturais da Capoeira IUNA de Limeira que trouxe toda a riqueza da tradição do Maculelê e da Associação de Capoeira Herança de Bimba com a emocionante apresentação da Puxada de Rede que resgatou as tradições ribeirinhas. Em seguida, ambos os grupos fizeram uma linda roda de capoeira mostrando a união e a força desse Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade reconhecido pela UNESCO.
O rito religioso foi coroado com a manifestação dos Caboclos, Pretos Velhos e Baianos que com toda sua força, sabedoria, humildade e axé abençoaram nossos trabalhos e mostraram para toda a comunidade presente a beleza, a caridade, a fraternidade e o amor da Religião de Umbanda! Durante o evento os visitantes receberam exemplares do Jornal Aldeia de Caboclos gentilmente cedidos por Pai Engels Barros. Agradecemos a participação e dedicação de todos que nos ajudaram na realização do 5º Dia da Umbanda em Limeira. Que o Caboclo das Sete Encruzilhadas (O Chefe), Pai Antônio, Sr. Zélio Fernandino de Moraes e toda a Corrente Astral de Umbanda continue nos amparando e abençoando esse trabalho em prol de nossa amada religião! Saravá fraterno!!!
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Iemanjá – A Mãe da Geração Ano-novo. Todos de branco, champanhe e rosas brancas à mão. Neste momento, pessoas de crenças diferentes pedem à mãe das águas um ano com saúde, prosperidade, amor etc. Poucos sabem, mas esse costume começou quando os candomblecistas prestavam suas homenagens à Iemanjá nas praias. Encantados, os espectadores começaram a imitar, e se tornou uma tradição nas praias brasileiras. Para nós, Umbandistas, Iemanjá é a Mãe da Geração e da Criatividade. A associação com a maternidade é correta, mas o conceito geração, regido por ela, vai muito além. Nós, enquanto consciências imortais, geramos o tempo todo. Nosso poder gerador é imenso e infelizmente ignorado pela maioria de nós. O pensamento cria, gera e, perdidos no ciclo encarnacional no qual nascemos, crescemos, trabalhamos e morremos levando em consideração que para a maioria da população mundial o lazer é um luxo – nos conformamos com o fato de que as coisas são como são...sem nos darmos conta de que elas são exatamente como nós criamos e acreditamos. O fator geracionista de Iemanjá está presente e tudo o que criamos, sejam sentimentos, projetos ou a própria vida. O fato é que sentimentos de ódio, vingança, ira, inveja, egoísmo, ganância etc geram coisas negativas como doenças, por exemplo. E sentimentos de amor, compaixão, solidariedade, fraternidade, fé etc geram coisas positivas. Se os seres humanos tivessem a consciência de que o que se pensa, se cria, talvez tivessem o cuidado de vigiar seus pensamentos e por consequência criar uma atmosfera de luz em torno de si mesmos. O mesmo princípio vale para o que dizemos. Palavras são vibrações e continuam ressonando no universo depois que são ditas, e quando voltam trazem a mesma vibração de quando foram geradas.
Resumindo, recebemos de volta exatamente o que geramos. Assim, sendo, devemos pensar, vibrar, agir e criar o que queremos receber. Assim como quem planta laranjas não vai colher abacaxis, quem gera negatividade nunca colherá coisas positivas. Quer um ano realmente diferente? Peça a esta grande mãe para gerar coisas boas na sua vida, como prosperidade, saúde, amor, paz e tudo de bom que você quiser, e faça sua parte para que aconteça. Ofereça a ela champanhe branca, rosas brancas, velas brancas e azuis-claras, manjar de côco, uvas brancas, agradeça pelo ano que se finda e também pelas bênçãos que estão a caminho. Se relacione com esta grande mãe que representa o sagrado feminino, a mãe da vida, co-criando com ela tudo aquilo que você deseja. Ao pisar na areia, não se esqueça de saudá-la e pedir licença para adentrar no seu campo de força. Tenha consciência. Não suje a casa de Iemanjá. Não jogue no mar elementos que possam fazer mal aos peixes ou emporcalhar seu ponto de força. É deprimente ver, no dia seguinte, a quantidade de lixo que é deixado nas praias depois que a festa acaba. Essa atitude é inaceitável aos devotos dos Orixás, que dizem cultuar a natureza. Ofereça a champanhe e não a garrafa, as pétalas e não os espinhos. Os umbandistas devem dar o exemplo de respeito à natureza, e não fazer dela depósito de detritos. Que Mãe Iemanjá abençoe a todos, e crie nas pessoas uma nova consciência. A consciência de se relacionar com as divindades a partir do íntimo de cada um, em pensamentos, sentimentos e ações. Que suas águas sagradas lavem nossas dores e mágoas, e nos renovem como espíritos mais conscientes e despertos. E que seu axé sagrado gere em nossas vidas fé, amor, conhecimento, justiça, lei e evolução, Odoya!!!
Terreiro de Umbanda Pai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas e Mestre Zé Pilintra
Críticas e sugestões: t.u.paioxossi@hotmail.com Fone: (011) 96375-7587
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Mestre Exú Rei Tirirí No último dia 19 de Novembro, teve à festa em homenagem ao Mestre Exú Rei Tirirí e é organizada pelo Pai Juberli Varela, Presidente do Superior Órgão de Umbanda do Estado. O evento é feito no terreiro com toda a cerimônia e chegada do Exu Tiriri, depois na encruzilhada com um lindo show pirotécnico e logo após a encruzilhada teve um jantar no Arouca Clube. A festa que acontece há mais de 20 anos, tem recebido um número cada vez maior de participantes. “Parabéns Pai Varela, que Exu Tiriri, esteja sempre lhe protegendo e guiando todos que nele tem fé”
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9 /10 de Dezembro 10 de Dezembro Festa de Iemanjá em Mongaguá
Agenor de Campo FUGABC Mais informações: federacaoabc@t erra.com.br Tel.: 4238-5042 / 4232-4085
28 de Janeiro 30ª Festa das Águas de Oxalá
:00 eiro de 2018 às 13 Domingo, 28 de jan rge Clube Atlético São Jo ulo , 03477-010 São Pa 28 Rua Rêgo Barros, 18 ) 2721-3015 Mais informações: (11 gmail.com e@ e-mail: filhosdocaciqu
Tião Casemiro & Samba Do Ofanirê
Domingo, 10 de deze mbro às 13:00 - 17:0 0 Bar Templo - Rua Gu aimbe, 322, 03118-030 São Paulo Mais informações: (11 ) 2601-1441 (11) 2949-8201
Fim de Ano
Santuário Nacional de Umbanda
de Ano Programação de Fim /12/2017 24 Fechamento no dia 2018 1/ /0 Abertura no dia 03
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15º Festa de Cosme e Damião No dia 17 de setembro, comemoramos a 15º Festa de Cosme e Damião do Templo de Umbanda Ogum Beira Mar. A Festa foi realizada no Ginásio de Esportes do clube dos Subtenentes e Sargentos do II Exército que fica localizado em Osasco – SP. Pai Cícero agradece imensamente todos que estiveram presente na nossa 15º festa a Cosme e Damião e todos aqueles que puderam, de alguma forma, contribuir com nossa festa.
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30° Festa em Homenagem ao Senhor Ogum e Mamãe Oxum Os Filhos do Cacique, no último dia 12 de novembro, receberam em sua sede, a Tenda de Umbanda Cacique Pena Vermelha e Ogum Iara, amigos, Templos de Umbanda parceiros e visitantes para juntos festejar e homenagear nosso Pai Ogum e nossa Mãe Oxum. Além da gira para os Orixás homenageados a festividade contou também com um tradicional cortejo para Mamãe Oxum que completou 30 anos de realização, a festividade também comemorou os 50 anos de Umbanda de Mãe Sebastiana de Souza, Pai Isidoro de Souza e Mãe Rita De Cássia.
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Umbanda é Solidariedade O projeto “Umbanda é Solidariedade” é realizado pela “Tenda de Umbanda Pai Justino das Almas e Exu Calunga”, cuja intenção é ajudar as pessoas menos favorecidas, que moram nas ruas. Com a ajuda de membros do terreiro e voluntários de nossa comunidade, o projeto começou em Abril de 2015, após a Festa de Ogum, onde entregamos 20 marmitas de feijoada e, hoje conseguimos entregar cerca de 300 a 350 marmitas por mês. Nesses 2 anos, já entregamos mais de 7 mil marmitas, água e sucos aos nossos irmãos mais necessitados. Acreditamos que com pouco, conseguimos levar fé e esperança àquelas pessoas que muitas vezes são excluídas da sociedade. Alguns vêm de outros Estados para São Paulo a procura de uma vida melhor com suas famílias, e acabam em situação de extrema pobreza. Por isso, levamos a eles uma palavra de consolo, um abraço, uma mão estendida, a esperança de uma vida melhor, fazendo-os acreditar em um mundo melhor.
deveriam estudar para ser o futuro de nosso país, passando por tal dificuldade, mas mesmo assim lutamos a cada dia para que possamos ver a alegria e a benção destes seres iluminados, que nos ensinam que com pouco ainda é possível ser feliz e nos passam um ensinamento de que jamais podemos reclamar de nossa vida. Estamos levando nossa Umbanda para fora de quatro paredes, praticando o bem e a caridade, dando amor, carinho aos que precisam. A Umbanda nos ensina a amar nosso próximo como a nós mesmos e estender a mão a todos e a ninguém virar as costas.
O que nos parte o coração é ver crianças que
Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá!
E para dar continuidade a esse projeto, contamos com a ajuda de doações para nossos queridos irmãos necessitados. O que vale é a intenção da doação e não o tamanho dela. “Sozinhos somos soldados, juntos somos um exército!”
Para mais informações sobre nosso projeto e/ ou doações acesse nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/tendadecalunga/ Ou ligue para (11) 94749-2149 Pai Diego de Oxossi
Foto: Divulgação
Ano 7 número 65
página 39
OS NOSSOS AGRADECIMENTOS Prezados irmãos de fé, caros leitores, anunciantes, colunistas, patrocinadores, parceiros, colaboradores, queridos amigos e familiares, mais um ano se aproxima do fim e isto nos remete a um crucial momento de análise e de reflexão, mas, acima de tudo, de profundos agradecimentos. Fundamental destacar que vocês juntos foram imprescindíveis para a concretização de um ano de 2017 de muita informação de grande conteúdo e qualidade, de muita integração, troca de experiências, ajudas mútuas, crescimento, expansão, de exemplares serviços prestados à Nação Umbandista, fortalecendo e valorizando a nossa Amada Umbanda, bem como combatendo os atos de desrespeito e violência religiosa, promovendo a União e a Concórdia entre as religiões, e por fim, estimulando a Paz e a Compreensão entre os povos em todas as nossas ações. Tivemos mais um ano de árduos trabalhos, de superação de barreiras, óbices e obstáculos, todavia, ao final mais um ano de grandes vitórias, fazendo valer a máxima: “Não há vitória sem sacrifício”. Elementar ensinamento de que deve estar sempre presente em nossas mentes. As cortinas de 2017 vão se fechando, e a visão segue sempre positiva enxergando os bons e produtivíssimos frutos que virão no ano 2018. O nosso Muito Obrigado de todo coração aos nossos caros leitores, anunciantes, colunistas, patrocinadores, colaboradores, parceiros, queridos amigos e amados familiares. Os nossos profundos agradecimentos ao sagrado Universo Espiritual por todo suporte, amparo e contínuos magníficos e salutares ensinamentos. Desejamos a todos um Natal de Paz, Amor e Harmonia em Família, e um Ano Novo de Muita Saúde, Alegria e Máxima Prosperidade!
9 9877-2354 umbanda@tendadeumbanda.org www.tendadeumbanda.org
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