Artefato - 10/2012

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o t a f e t r a

º6 Ano 13, n ão ç a ic n de Comu rasília do Curso B o e ri d tó a c ra li bo ade Cató ita Jornal-la ão gratu Universid distribuiç de 2012 Social da utubro Brasília, o

destino limpo

Foto: Gabriella Avila

Reciclagem do óleo de cozinha transforma produto em outros materiais e ainda impede descarte de maneira inadequada. p.12 e 13

Roller derby Foto: Ana Ribeiro

Esporte diferente reúne garotas com atitude e estilo sobre patins. p. 18 e 19

Casamento por atacado Cerimônia social organizada pela Sejus une pessoas que não têm a oportunidade de realizar sonho por conta própria. p. 11

Mães independentes Aumenta o número de mulheres solteiras que engravidam por meio de bancos de sêmen. p. 14 e 15


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OP

editorial

I N I ÃO

artefato

Expediente Jornal-Laboratório do Curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Brasília Ano 13 nº 6, outubro de 2012 Reitor: Dr. Cicero Ivan Gontijo Diretora do Curso de Comunicação Social: Prof.ª Angélica Córdova Machado Miletto Editores-chefe: Gabriella Avila e Guilherme Assis Editora de arte: Fernanda Xavier Editores web: Bruno Bandeira e George Magalhães Editores de fotografia: Giullia Chaves e Rayna Fernandes Subeditores de fotografia: Alex Santos, Ana Ribeiro, Flávia Simone, Giovana Carolina Gomes, Simone Sampaio e Thalyne Ribeiro Editores de Texto: Arthur Scotti, Carolina Meneses, Gabriela Costa, Marília Lafetá, Rosália Almeida, Suélen Emerick Diagramadores: Bianca Lima, Natália Alves, Silvânia Sousa e Wilma Mendonça Checadores: Sheylla Alves e Kleyton Almeida Repórteres: Alana Araújo, Aline Baeza, Alexandre Magno, Aline Marcozzi, Bárbara Nascimento, Everton Lagares, Francisco Daniarle, Jéssica Paulino, Jussara Santos, Lincoln Maia, Lorena Vale, Ludmila Rodrigues, Mayra Rodrigues, Paula Morais, Rafael Alves, Samanta de Lima, Thiago Baracho, Vinícius Rocha Fotógrafos: Anna Cristina, Débora Amorim, Flávia Fonseca, Guilherme Azevedo, Igor Bruno, Jusciane Matos, Murilo Lins, Nikelly Moura, Raiane Samara, Renato Gomes, Rhayne Nunes, Ricardo Felizola, Shizuo Alves e Victor Maciel Monitora: Fabiana Sousa Professoras Resposáveis: Karina Gomes Barbosa e Fernanda Vasques Orientação Gráfica: Prof. Moacir Macedo Orientação de Fotografia: Prof. Bernadete Brasiliense Tiragem: 2 mil exemplares Impressão: Athalaia Editora UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA EPCT QS 07 LOTE 1 Águas Claras - DF CEP: 71966-700 Tel: 3356-9237 - artefato@ucb.br

Quem é o leitor do Artefato? Gabriella Avila e Guilherme Assis

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ós, estudantes de Comunicação Social, produzimos este jornal para que ele chegue a todos os cantos de Brasília. Você pode tê-lo recebido numa estação de metrô, na sua faculdade ou no seu trabalho. Pode ser que o pegou por curiosidade ou até por educação.Não conhecemos seus interesses, mas pensamos no que pode te atrair, te informar sobre algo que

você não sabia. Algo que possa fazer parte de suas conversas, te levar a uma reflexão e contribuir de alguma forma para o seu dia-a-dia. Não temos resposta à pergunta do título. Inclusive, gostaríamos de conhecer cada um de vocês que recebem nosso trabalho. Como isso não é possível diretamente, você pode comentar o que achou das pautas e matérias dessa edição e das próximas na nossa página no Facebook: Artefato UCB ou no twitter @

Artefatoucb. Estamos na torcida de que nosso conteúdo alcance o objetivo de despertar seu interesse. Essa é parte da nossa missão enquanto novos jornalistas. Esta edição traz de tudo um pouco: uma reflexão sobre meio ambiente, um esporte curioso e pouco conhecido, alertas sobre a saúde do corpo e dos cabelos, entre outros assuntos. Esperamos encontrar o elo entre o que achamos interessante e o que, de fato, é interessante pra você!

COLUNA DO HERALDO Serejão será casa da seleção na Copa

Fifa e CBF confirmam estádio taguatinguense na competição mundial de futebol

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stá decidido. Em Brasília, membros da Fifa e da CBF confirmaram que o CT da seleção brasileira na Copa de 2014 será em Taguatinga, no Serejão. Critérios como clima, proximidade do setor hoteleiro e do comércio local fizeram com que o estádio, um primor da arquitetura, fosse escolhido. Roberto* garante que após determinação de que a capital não sediaria o jogo de abertura do evento, um clima pesado ficou instaurado no Comitê Organizador da Copa. O presidente da CBF, José Maria Marin, disse estar satisfeito após elogios vindos de Joseph – manda-chuva – Blatter em relação ao rápido início de reformas nos arredores do estádio. Ronaldo, o rechonchudo membro do Comitê Organizador da Copa 2014, esteve no canteiro de obras e se emocionou ao ver como está o hotel cinco estrelas que alojará os jogadores durante a preparação e os jogos. “Realmente foi uma boa escolha. Com certeza os prazos serão cumpridos, a obra será entregue e a seleção brasileira será bem recebida na região”, disse. O ex-jogador não quis entrar em

Foto: Michele Brito

A pedido de Ronaldo, cantina [ao fundo] é o primeiro prédio do CT a ser construído

assuntos relacionados à permanência de Mano Menezes na seleção. Entretanto lamentou a falta de um substituto à sua altura para a camisa 9. “Descobri recentemente que o Kaká não está bem pelo mesmo problema que eu em 1998. O Neymar ainda é novo e não tivemos um atacante que conquistasse a vaga que deixei”, lamenta. O herói do penta ainda comentou a má situação da seleção brasileira, que segundo ele está com mais sorte contra times sem expressão. O fenômeno de peso encheu

de esperança o torcedor que sonha vê-lo novamente nos campos. “Se a seleção continuar sem um camisa 9 fixo vou voltar a treinar. E já vou avisando que brigo por uma vaga. Mas só faço isso se a comida no CT em Taguatinga for boa, então caprichem na recepção”, obtemperou. O contestadíssimo técnico da seleção brasileira não quis comentar protuberância do ex-jogador. *Roberto é um nome fictício e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.


S AT É

Infraestrutura

Águas Claras: projeto ainda incompleto

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LITES

Com 135.683 habitantes, região não oferece saúde pública. Além disso, serviços públicos são escassos e falhos Rayna Fernandes e Silvânia Sousa

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rojetada pelo arquiteto e urbanista Paulo Zimbres, Águas Claras foi planejada como cidade dormitório para abrigar a classe média. Famosa por ser o maior canteiro de obras do Brasil, a região administrativa de Águas Claras abriga cerca de 135 mil pessoas. Em sua criação era apenas um bairro da região administrativa (RA) de Taguatinga, mas desde 2003 a cidade foi emancipada e tornou-se a RA-XX. Águas Claras completa em 2012 nove anos de independência, mas enfrenta problemas com a falta de infraestrutura e planejamento urbano.O número de moradores triplicou em seis anos, e a cidade já dá sinais de inchaço populacional, o que, sem dúvida, gera inúmeros transtornos. A renda bruta domiciliar mensal média de Águas Claras é de R$6.823,00 correspondendo a 13,4 salários mínimos. Os níveis de escolaridade da população variam conforme os setores. Em Águas Claras Vertical (centro), o grau de instrução é proporcionalmente elevado, sendo considerado um bairro de classe média, onde se pode encontrar vários condomínios luxuosos. Cássio Fernandes, 24 anos, estudante de Cinema e Mídias Digitais e morador da cidade há três anos, está produzindo um curta-metragem sobre a história da cidade. Segundo ele, Águas Claras é um bairro intermediário e as pessoas que moram aqui são pertencentes à classe média, porém, não podem morar no Plano Piloto.

Pouca estrutura, muita gente Apesar de tantos lotes vazios que estão destinados a empreendimentos imobiliários, a cidade não possui escola pública, posto de saúde e outros serviços públicos essenciais. Além disso, os moradores vêm sofrendo constantemente com a falta de energia. A administração reconhece o problema e afirma que tem buscado melhorias. “Para aumentar a confiabilidade no sistema de distribuição de energia, estamos em constante contato com a CEB. Em nossa última reunião ficou acertado que serão instaladas 75 estações transformadoras”, informou a assessoria. O crescimento desordenado gerou problemas, como a ausência de serviços básicos, o trân-

sito complicado, poucas vagas de estacionamentos e a falta de segurança publica. Além disso, a urbanização da cidade é bastante escassa, com poucas calçadas, poucas ciclovias e ruas desordenadas. Mayra Karina, 19 anos, mora e trabalhada em Águas Claras: “por interesses comerciais, especulação imobiliária, aqui pode se construir tudo o que querem”. Redes sociais O jeito é botar a boca no trombone, ou melhor, no twitter. O músico e morador de Águas Claras, Cleber Barreto, 31 anos, iniciou, há cerca de três anos, um perfil no twitter para registrar os principais problemas da cidade.

A iniciativa deu certo e conta com aproximadamente 2.400 seguidores que estão em constante diálogo e colaboração para buscar soluções. “Os seguidores são fiscais da cidade e o tempo todo estão de olho em tudo que acontece. Dessa forma, acreditamos que estamos ajudando a melhorar nossa cidade”, explica. “Sofremos com as chuvas e com a poeira no período da seca. Nos serviços públicos, acho que vamos ter uma melhora após termos a inauguração do Batalhão da PM e instalações de postos de saúde, porém com a exoneração do Administrador Manoel Carneiro, acho que tudo isso ficou um pouco mais longe”, afirma o músico. Foto: Ricardo Felizola

Região administrativa de classe média, a cidade ainda sofre com problemas como apagões e falta de segurança


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E T I L É S AT

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Perfil

Sr. franciSco, trajetÓria de traBalHo e ética

Hoje com 64 anos, o ex-funcionário da limpeza do Aeroporto de Brasília que encontrou mala com US$ 10 mil garante que ganhou mais com a honestidade Foto: Agência Brasil

Lula autografou a camisa do funcionário no Palácio do Planalto. Francisco presenteou o presidente com uma caneta

mou para si nenhum centavo e, de forma honesta, devolveu a bolsa. rancisco Basílio Cavalcante, 64 Logo, a Infraero encontrou o dono, anos, encontrou uma bolsa de um turista suíço. Demoraria sete couro que conanos para tinha US$ 10 o servente mil em 2004. juntar essa Aqui ainda existem Ao fazer a rotiquantia repessoas de bem. Acho neira inspeção cebendo nos banheiros apenas R$ que os políticos devem no Aeroporto 370 por agir com honestidade, Internacional mês. não pegando ou de Brasília – Depois tarefa realizadisso, Chimexendo no que da em 26 anos co – como não é deles de serviço –, o é chamado ex-funcionário por coleFrancisco Basílio Cavalcante da limpeza gas – ficou poderia ficar nacionalcom o equivalente a cerca de 30 mente conhecido por sua ação mil reais, a época. Quando viu a ética. Após o acontecido, o presimala, chegou a abri-la, mas não to- dente Luís Inácio Lula da Silva o

Vinícius Rocha

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encontrou em quatro momentos, certa vez em uma condecoração no Palácio do Planalto. Em 2006, o funcionário foi homenageado pela Câmara Legislativa com o título de Cidadão Honorário de Brasília. Antes, passava por despercebido pelos passageiros e frequentadores do aeroporto, mal ganhava um bom dia. O ex-servente virou celebridade. “Hoje pedem para tirar fotos, me procuram para perguntar por que eu não fiquei com o dinheiro, mas eu respondo com facilidade isso: não fiquei porque não era meu”, justifica. Chico ainda mora com a mulher em Céu Azul (GO) e diz que, apesar de não ter ficado com o dinheiro, a vida melhorou. Com uma promessa do até então presidente Lula, Francisco

foi promovido. Passou de servente para encarregado geral da limpeza, com um salário de R$ 1.805, mais alguns auxílios, como créditos para passagens, que segundo ele, servem para visitar o “grande e lindo Ceará”. “Eu ganhei muito mais em devolver o dinheiro. Recebi um aumento que estava precisando, ganhei um notebook e passagens para Fortaleza onde fui para Sobral. Fora tudo isso, hoje eu posso deitar tranquilamente a cabeça no travesseiro”, conta Francisco, que chegou a ser garoto propaganda do governo federal, onde popularizou o slogan “Sou brasileiro e não desisto nunca”. Brasília demonstrou, pela atitude de Francisco, que aqui ainda existem pessoas de bem. “Acho que os políticos devem agir com honestidade, não pegando ou mexendo no que não é deles. Eu tenho uma ideia em mente, de nunca julgar ninguém, cada um tem que olhar pra si, fazer a sua parte, assim o Brasil poderá melhorar”, disse. Ao ser perguntando se voltaria para a faxina, Chico não hesitou e logo respondeu: “Com certeza iria. Não nego de onde eu vim. Tenho um amor muito grande pelo meu trabalho, mas já estou velho, quero aposentar e curtir os meus oito netos”, conclui. Francisco Basílio completou, em 2012, 34 anos de trabalho no Aeroporto de Brasília. Além disso, trabalhou na construção civil quando morava no Rio de Janeiro e com estruturas de ferro em Fortaleza. Chico está organizando toda a papelada para iniciar o processo de aposentadoria ainda este ano.


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Internet

LITES

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“AJUDEM A DIVULGAR. PRECISO QUE SAIBAM DISSO”

Redes sociais são palcos de compartilhamento de crimes. Autoridades não fiscalizam on-line, mas indicam outra forma de denúncia George Magalhães

Isso é um absurdo”. “Faça com que isso chegue à polícia para esta pessoa ser presa”. Frases como essas são cada vez mais comuns em redes sociais. O objetivo da ação é fazer com que a informação chegue às autoridades competentes para julgamento. Mas qual a real eficácia deste método? A polícia de fato fiscaliza e se utiliza das redes sociais como forma de investigação? O estudante Jackson Mendes, 21 anos, confessa já ter compartilhado conteúdos com a ideia de levar adiante para que chegasse a alguém que pudesse tomar alguma providência. “A última vez foi quando fui a uma festa aqui em Brasília. Aconteceram alguns furtos e conseguiram a foto das pessoas, então compartilhei”, conta. O caso ao qual Jackson se refere aconteceu cerca de um mês atrás em uma festa no Lago Sul. Na ocasião, os bandidos aproveitaram o momento para praticar o crime, mas foram flagrados pela câmera de um dos celulares furtados, que tirou fotos quando eles erraram diversas vezes a senha do aparelho. As imagens chegaram ao email do dono, que divulgou no Facebook. “Acabamos dividindo essas informações, mas depois nem eu mesmo acompanhei para saber o que aconteceu. A gente só torce para que dê em algo”, afirma Jackson. Ele também espalhou outras denúncias, como a da mãe

apontando a arma para a cabeça da filha no colo, diversos carros roubados e locais em que aconteceram roubos ou sequestros. “Não dá para saber se é montagem ou se é de verdade, mas compartilho acreditando que alguém vai verificar”, diz Jackson. Ferramenta de denúncia Segundo a Assessoria do Ministério Público e Territórios, não existe uma promotoria específica para investigar crimes cibernéticos, bem como monitorá-los. Ainda segundo o órgão, a ação lhe cabe só quando envolve direitos coletivos. O caso,

primeiramente, necessita passar pela polícia, para que seja iniciado um inquérito. Para a instituição, as redes sociais ainda são um assunto novo a ser explorado. A Polícia Federal, por meio de sua assessoria, informou que não utiliza nenhuma rede social ou denúncias on-line para achar algum criminoso. Ainda segundo a PF, o que já aconteceu foram investigações sobre o comportamento on-line de alguém que já estava sob investigação, mas partindo das redes nunca foi feito nada. Já a Polícia Militar declarou que age, atende crimes e ocorrências que Foto: Murilo Lins

Só compartilhar nas redes sociais não surte efeito

estão acontecendo no momento, ou seja, flagrantes. Quando o crime já passou – normalmente casos como os das redes sociais –, a investigação fica por parte da Polícia Civil. Contatada, a Polícia Civil do Distrito Federal informou não haver monitoramento. O órgão já chegou a ter um twitter com informações ao público, que funcionava como canal e atendia ocorrências desse tipo, mas está desatualizado. A orientação para os que desejam fazer denúncias é o modo tradicional: o telefone. Quem quiser, deve ligar para o 197 ou se dirigir diretamente às delegacias. Somente a partir desse procedimento eles podem agir e apurar o caso. Do outro lado Um compartilhamento levantou polêmica nas redes sociais nas últimas semanas, mas dessa vez por ter sido feito por policiais militares. Um adolescente de 17 anos confessou ter assassinado um agente da corporação e foi preso. Logo após, a foto do rapaz foi publicada no Facebook com diversas mensagens indignadas e ofensivas por partes dos amigos do policial morto. O caso chegou ao conhecimento da Corregedoria da PM, que afirmou ter iniciado uma investigação interna para descobrir quem publicou a foto e tomar alguma medida. O processo deve durar 30 dias, no mínimo.


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Pdot

cÂmara legiSlatiVa aproVa mudançaS no plano diretor de ordenamento territorial Qualidade de vida é colocada em pauta e áreas urbanas são definidas como rurais. Em compensação, parque ecológico não é mais área de preservação ambiental

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Câmara Legislativa aprovou em 14 de agosto a atualização do Projeto de Lei Complementar que determina a divisão de terras do Distrito Federal em duas classificações, rural ou urbana. Entre as mudanças realizadas no texto está a simplificação nos processos de regularização das áreas irregulares, a criação de novas áreas para habitação, como Nova Colina e Nova Petrópolis, ambas em Sobradinho, a criação da outorga de mais valia para a transferência de áreas rurais para urbanas (quando há grande valorização) e a criação de novos vetores de desenvolvimento econômico. Das 39 emendas apresentadas pelo Executivo local, 38 foram aprovadas pela Câmara Legislativa. Segundo a assessoria da Casa foram registrados 17 votos favoráveis, três abstenções e quatro ausências na votação final da proposta. A atualização corrige artigos considerados inconstitucionais pelo Tribunal de Justiça do DF, por meio de ação movida pelo Ministério Público. Uma delas foi assinada por quadro deputados distritais, mas contrariou a sugestão do Governo, de converter certa área urbana para rural, o que desvaloriza o terreno. Em 29 de junho deste ano, quando foi realizada a última sessão parlamentar do primeiro semestre, 27 emendas foram apresentadas. Mas a Comissão de Assuntos Fundiários derrubou 23 das 38 emendas apresentadas ao projeto. A asses-

rísticas essenciais de preservação e estava classificada como urbana. A área de 10 mil hectares, equivale a 10 mil campos de futebol. O projeto prevê a redução da zona urbana e a criação de novas áreas rurais. Desse modo, a qualidade de vida na cidade será preservada, os espaços para os produtores ficarão maiores e haverá redução do crescimento urbano exagerado. O espaço que fica entre o Gama e Santa Maria, próximo ao antigo Núcleo Rural Alagados, também voltará a ser rural. Mesmo sendo uma área urbana desde 1997, não teve ocupação. Outra mudança acontecerá em um espaço que fica próximo ao Vale do Amanhecer, em Planaltina, às margens da DF-130, porque possui Deputada distrital pelo PSD, Eliana Pedrosa se opôs à desapropriação da área rural grande área verde, com cobertura que abrange o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará vegetal preservada. O ideal, segunsoria do plenário recebeu outras do pesquisas, é que essa área volte a 11 emendas. O objetivo era alterar ser classificada como zona rural. no projeto aprovado há quase três O meio ambiente perde anos, regulamentações questionaO caso do Parque Ecológico Ezedas judicialmente sobre que tipo de tentei uma ocupação poderia ocorrer em cada chias Heringer, no Guará, é embleação na Justiça para mático. Com a votação do PDOT, ponto do DF. a área não é mais de preservação impedir a votação ambiental. “Tentei evitar este equíEm nome da qualidade de vida em plenário do O GDF sugeriu que o Polo de voco. Apresentei emenda, que foi pdOt, mas o juiz Modas do Guará II fosse regula- rejeitada. Tentei uma ação na Justirizado, já que a área era destinada ça para impedir a votação em pleentendeu que para comércio, com residências nário do Projeto de Lei do PDOT, poderia ser votado apenas para os comerciantes, mas mas o juiz entendeu que podeEliana Pedrosa há tempos foi tomada por prédios ria ser votado, mesmo não tendo residenciais. Com a falta de projeto cumprido o prazo estipulado pela para parcelamento urbano a região Lei Orgânica do DF para a revisão, sul do Distrito Federal, próximo ao que só deveria ser feita em 2013”, Setor Tororó, terá de volta sua área pondera a deputada distrital do rural, porque manteve as caracte- PSD Eliana Pedrosa. Foto: Fernando Fidellis

Ludmila Rodrigues e Wilma Mendonça


EDUC

Cientistas da informaÇÃo

carreira promiSSora

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Aç ÃO

Cursos de Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia despertam interesse pelas vantagens competitivas. Saiba quais são

O

De acordo com o Conselho Federal de Biblioteconomia(CFB), há um notável número de concursos para o setor. Uma estimativa aponta,aproximadamente, 50 por ano. A faixa salarial varia entre R$ 1.500 a R$ 20.000. OCentro-Oeste está com as seguintes ofertas: 22 vagas para a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), com remuneração de R$4.135,18. Além disso, há vagas de cadastro reserva para a Companhia de Saneamento Ambiental doDistrito Federal (Caesb), com salário de R$ 5.462,15. Além do elevado número de concursos públicos, o analista da informação conta com a aptidão profissional na hora de se preparar para as provas. “Pela facilidade na busca de informação e em organizar esquemas de estudos, com certeza esse profissional tem uma vantagem em relação a outros que não têm essa experiência da nossa área”, pontua Taisa. Em alguns casos, o estudante chega receoso na universidade, mas o curso desperta o interesse pelas práticas desenvolvidas. “Até o segundo semestre quis mudar para psicologia. Mas depois comecei a fazer estágio dentro das próprias bibliotecas da universidade e tomei gosto. Me formei em biblioteconomia. Amo a área”, revela a coordenadora de Serviços aos Usuários da UCB, Elizabeth Vilarino.

cientista da informação ganha espaço no mercado de trabalho. As áreas de atuação, Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, são responsáveis por proporcionar ao engenheiro, ao médico, ao dentista, ao jornalista e a diversos profissionais acesso às fontes de pesquisa que contribuem para o desempenho de suas funções. Desde o vestibular, em que a concorrência não é tão alta, até a inserção no mercado de trabalho,o profissional da ciência da informação encontra considerável vantagem na disputa por uma vaga frente aos demais profissionais. De 2006 a 2012, o número médio de inscritos para vestibular do curso de Arquivologia foi de aproximadamente 356 candidatos. A concorrência foi de 16,02 candidatos por vaga. Já o curso de Biblioteconomia apresentou 211 inscritos, com 9,93 candidatos por vaga. Por sua vez, o curso de Museologia, que deve início no segundo semestre de 2009, apresentou cerca de 90 inscritos, com 4,69 candidatos por vaga, em cada um dos vestibulares realizados, de acordo com dados do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da Universidade de Brasília (UnB). Os universitários destes cursos, no Distrito Federal, encontram frequentemente propostas de estágio remunerado. Bibliotecária na Universidade Católica de BraPerspectiva sília (UCB), Taisa Tomazini, afirApesar do crescimento do merma: “Na verdade, a pessoa pode escolher e trocar, cada ano esta- cado de trabalho da Ciência da Informação (CI),no Distrito Fegiar em um lugar diferente”. As vantagens não param por aí. deral, a iniciativa privada não tem

Foto: Anna Cristina

Taísa Tomazini é bibliotecária há 9 anos e destaca as oportunidades que a área oferece

perspectiva de o desinteresse crescimento. As na formação. Até o segundo universidades semestre quis mudar Comumente e instituições outro tipo de para psicologia. particulares profissional Mas depois comecei contratam poué contratado cos profissio- a fazer estágio dentro como responnais. sável por mudas bibliotecas da Assim como seus e bibioteas bibliotecas, universidade e tomei cas”. gosto. Me formei em os museus não Além de reidespertam invindicar maior biblioteconomia. teresse para espaço no seAmo a área realização de tor privado, os investimentos cursos necessiElizabeth Vilarino da iniciativa tam de adaptaprivada. Para a ções às novas estudante de museologia da UnB, plataformas informativas e uma Roberta Dannemann, este tipo de reformulação curricular. “A teoria instituição apenas sobrevive. “As que está sendo repassada na graáreas da CI no Brasil ainda não duação não está atendendo à desão valorizadas como acontece manda das instituições no tocante na Europa e nos EUA. É comum ao desenvolvimento de políticas a falta de conhecimento acerca de gestão documental”, assegura a da função destes profissionais e arquivista Samara Cruz.

Mayra Rodrigues


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ES ão T ç I L É AT ESduca

Concerto

Debussy para crianças

Fotos: Débora Amorim

Projeto homenageia 150 anos do músico francês Francisco Daniarle e Samanta de Lima

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m sua quinta edição, o projeto Concerto para Crianças apresentou a vida e a obra do compositor francês Claude Debussy. O espetáculo reuniu música, teatro e dança contemporânea. Entre os meses de agosto e setembro foram realizadas sessões gratuitas exclusivas para escolas públicas que tiveram um pré-agendamento. Também houve sessões abertas para o público em geral, que ocorreram na Sala Martins pena do Teatro Nacional, nos dias 15 e 16 de setembro. O projeto tem patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal (FAC). A proposta é aproximar as crianças da música clássica e do mundo lúdico do teatro, por meio de um espetáculo com diversos elementos,

desde efeitos sonoros até objetos de ilusão, como bolas que dão a impressão de estarem flutuando e bonecos que se movimentam pelo palco. A peça prioriza a música, portanto os atores não falam no momento da encenação. Música na infância Segundo o coordenador do curso de musicalização para crianças da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Dourado Freire, 45 anos, “a música na vida da criança dá outra dimensão, porque ela relaciona tanto a percepção auditiva quanto a questão emocional, trabalha o equilíbrio interno entre o que vê, ouve e o que se sente”. Ele explica que espetáculos como esse trabalham todos os sentidos e as sensações são benéficas para o desenvolvimento interno da criança. A variedade de

Efeitos lúdicos do show despertam a imaginação das crianças

Os pequenos espectadores interagem com os atores durante o espetáculo

músicas ajuda a parte emocional, desenvolvendo sensibilidade e concentração. A importância da musicalização na infância é algo que é priorizado no curso lecionado por Ricardo. Uma das espectadoras do espetáculo, Roberta Lara Resende, 30 anos, mãe de Ian Rudá Resende, 4 anos, conta que o filho participa do projeto desde os dois anos. Ela explica que o menino teve uma sociabilidade maior e que recebeu estímulos rítmicos e musicais que o ajudaram no processo de desenvolvimento da fala. Encantamento Ana Beatriz Dantas Pinto,10 anos, toca piano e já havia frequentado outros concertos, mas não como esse. A garota conta que gostou de todos os momentos do espetáculo, mas o que despertou sua atenção foi o momento de magia em que a bola flutuava das mãos do ator para as do boneco. O diretor do espetáculo, Zé Regino, 50 anos, conta que a concepção da peça surgiu a partir de pesquisa aprofundada da obra e vida de Debussy, feita em um processo colaborativo que requeria a participação de todos os envolvidos no projeto. Ele afirma

que só se justifica fazer arte para crianças se houver uma experiência pessoal que você queira compartilhar. Naná Marins, produtora geral do evento, afirmou que o projeto Concerto para Crianças surgiu de forma despretensiosa, durante conversa entre colegas, após perceber uma carência de concertos ligados ao público infantil. Partindo desta falta de mercado, a produtora começou o primeiro concerto em outubro de 2005, com homenagem a Beethoven. Desde então Naná percebe que o público vem aumentando a cada apresentação e, na medida em que isso ocorre, o desafio se torna maior, pois a cada espetáculo existe uma experimentação para avaliar se a linguagem está sendo passada de maneira interessante e é um verdadeiro laboratório de criatividade artística. Serviço: Para informações a respeito do curso de musicalização para crianças da Universidade de Brasília (UnB): listadeespera. mpc.unb@gmail.com


TRAb

leGislaÇÃo

lei pode Beneficiar maiS de 300 mil concurSeiroS

projeto está na mesa do governador para sanção

Lincoln Martins e Kleyton Almeida

tuda há dois anos para concursos. Aluna assídua, enxerga na nova lei um benefício para todos os que queiram concorrer a uma vaga no serviço público. Sobre o intervalo mínimo de 90 dias entre o lançamento do edital e a realização da prova, outra novidade da lei, Mariane acredita ser “um tempo razoável para quem vem se preparando. Podemos focar em matérias específicas que são cobradas para alguns cargos”. Mara Alexandra, 35 anos, psicóloga, deixou tudo em sua cidade natal em Mato Grosso. Há um ano e meio mora em Brasília e a rotina é estudar no mínimo oito horas por dia para obter a tão sonhada classificação. Mesmo tendo nota suficiente para entrar no quadro de reservas de um concurso local ela é contra esse tipo de cadastro, pois há mais de um ano está na fila, sem expectativa de ser chamada. “Só pelo fato de garantirem que os candidatos aprovados sejam chamados, já evitam falsas expectativas”, pondera. Wilson Granjero, dono de cursinhos preparatórios para concursos há mais de 23 anos, lembra que a lei contou, inclusive, com sua participação em 13 itens. O assunto foi aprovado em 2005, sancionado e publicado, mas na época a lei foi considerada inconstitucional por vício de iniciativa – esse tipo de matéria é de iniciativa apenas do Executivo, e não de deputados. O professor garante que o concurso público ainda é o processo mais isonômico que existe. Segundo o educador, este tipo de certame não discrimina as pessoas em relação a aparência, classe social ou cor, além de não exigir experiências anteriores. Granjero resExpectativas Mariane Souza, matemática, es- salta que em Brasília, por diversos

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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que, em quase todo país, serão abertas mais de 36 mil vagas de concursos nos próximos semestres. Desse número, mais de nove mil estão na capital devido à aposentadoria de servidores ativos tanto na esfera federal quanto na distrital. Uma estatística atrativa para quem pensa em ocupar uma vaga no serviço público. Por conta de a cidade possuir as principais esferas do governo, seja no Legislativo, Executivo e Judiciário, investir em carreira pública tornou-se um bom negócio. Cresce o número de candidatos que desejam trabalhar no setor público devido aos altos salários e, principalmente, à estabilidade adquirida após três anos no emprego. Nos últimos anos ingressaram no serviço público, segundo o Ipea, mais de 155 mil brasileiros e cerca de 30 milhões prestam concursos todos os anos. Em breve, a abundância de concursos no DF pode mudar. Na Câmara Legislativa foi aprovada a Lei Geral dos Concursos, PL nº 964/2012, do Executivo, que estabelece normas gerais para a realização de concurso público no Distrito Federal. O projeto, aprovado por unanimidade, segue agora para a sanção do governador Agnelo Queiroz. A proposta foi concebida a partir de audiência pública com governo, membros de entidades como cursinhos preparatórios, sociedade civil e concurseiros. O texto determina novas regras nos editais lançados pelo GDF como, por exemplo, a proibição de dois concursos em um mesmo dia.

anos, esse foi o setor que mais empregou e hoje é o segundo. Só perde para o mercado de serviços. “A lei só traz transparência e legalidade aos certames realizados, garantindo o cumprimento de normas que garantam direitos para os concursandos em todo DF”, diz. Em entrevista ao Artefato, o deputado Chico Leite (PT), um dos articuladores da proposta aprovada este ano, comenta que a lei é um marco para a legislação de concursos no país. “A clareza, transparência e fiscalização em concursos públicos é unanime por parte da sociedade e a nova lei veio para atender e corrigir abusos, sejam do próprio Estado ou de entidades ligadas à indústria de concursos na capital”, enfatiza. Contrapartida Enrique Dias, coordenador de uma rede de cursos preparatórios para concursos em Taguatinga, comenta que a nova lei é necessária para a moralização dos concursos em Brasília. Entretanto, discorda da proibição do cadastro reserva. “Concursos com cadastro reserva trazem mais alunos a nossas salas, assim podemos contratar mais professores, movimentando a economia da cidade.”

ALHO

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Foto: Victor Maciel

Muito estudo: cenário comum para os concurseiros em bibliotecas do DF

principaiS regraS Que paSSam a Vigorar: 1. Fim do cadastro reserva; 2. Obrigatoriedade de contratação dos aprovados dentro do prazo de validade da seleção. Ou seja, acaba a prorrogação de validade; 3. intervalo mínimo de 90 dias entre a publicação do edital e a realização da prova; 4. proibição de dois concursos do GdF no mesmo dia; 5. proibição de repetição de questões já cobradas em outros exames, e direcionamento de provas; 6. proibição de concurso só para cadastro reserva; 7. Bibliografia específica para facilitar o estudo e evitar direcionamentos.


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IA m O CO N Foto: Rhayne Nunes

leGislaÇÃo

o calVário para receBer BenefÍcioS da preVidÊncia

Se você sofre de algum problema de saúde, pode pedir assistência ao inSS. Mas ser aceito é outra história! ma renal e a descoberta da diabetes. Os médicos disseram que se eu fizer muito esforço posso sofrer um infarto irreversível”. Por conta do seu problema de saúde Edmilson conseguiu receber o auxílio saúde previdenciário. Complicações Edmilson explica que não teve problemas para conseguir o benefício: “Fui bem atendido e, como levei toda documentação necessária, meu processo foi Maria do Carmo recebeu o benefício do INSS após uma cirurgia no joelho mais ágil”. Mas, devido ao grande número de fraudes Sheylla Alves por pessoas que fingem estar doColaboração: Jéssica Paulino entes, o INSS está mais rigoroso rabalhadores que sofreram al- com o processo. Pessoas que regum problema de saúde e por almente precisam acabam ficando esse motivo estão impossibilita- sem o dinheiro por tempo indeterdos, por determinado período, de minado. É o caso do ex-pedreiro continuarem com suas atividades, Ricardo Santana. Aos 48 anos, já podem receber por meio do Insti- enfrentou muitos problemas de tuto Nacional de Seguridade Social saúde. “Quando completei 43 anos (INSS) benefícios como o auxílio doença ou a aposentadoria por in- descobri que sofria de hipertensão, validez. Porém, durante esse cami- depois disso tive uma série de crinho existem obstáculos. Ser apro- ses e acabei descobrindo que tamvado na perícia médica é uma das bém estava com problema renal. dificuldades que alguns enfrentam. Tive que retirar os dois rins e hoje O auxílio doença, segundo o site vivo por hemodiálise, esperando da Previdência, é um dos mais pro- um doador para fazer o transplancurados no INSS. Pode ser dividi- te. Não é uma situação fácil”, conta. Os problemas de Ricardo codo em dois grupos: por acidente de trabalho; ou previdenciário: aqueles meçaram pela perícia médica: foi que sofrem de alguma doença, não reprovado na primeira avaliação. adquirida durante o trabalho. Ed- Segundo o INSS, para agilizar o milson Ribeiro, 44 anos, trabalhava processo de benefícios e receber o como vigilante e conta: “Tive um auxílio doença ou se aposentar por problema cardíaco e após isso outros invalidez, o beneficiado deveria ter problemas surgiram, como proble- contribuído, por no mínimo, 12

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meses. O caso de Ricardo era delicado, pois ele não havia cumprido o tempo. “Fiquei sabendo disso quando precisei do benefício. Resolvi pedir ajuda para os familiares e passei a contribuir com o INSS”, relata. Quatro meses depois conseguiu o auxílio doença. Porém a angústia de Ricardo não terminou: após seis meses o benefício foi cortado. A justificativa que o INSS deu foi que Ricardo precisaria renovar a perícia médica. O auxílio é pago enquanto a perícia é válida; se vencer, o beneficiário fica sem o dinheiro. Normalmente uma perícia médica dura cerca de seis meses. Após isso deve ser feita a renovação ou o pedido de prorrogação. O INSS afirma que, quando é constatado que o assegurado estará incapaz de trabalhar pelo resto da vida, o auxílio doença torna-se aposentadoria por invalidez. Ricardo conta como foi o fim da trajetória: “Finalmente consegui marcar o exame no INSS do Gama e a aprovação foi imediata. Fui beneficiado com a aposentadoria por invalidez. Mas foi difícil conversar com o INSS, durante todo o percurso tive problemas em conseguir informações corretas e isso atrapalhou muito o meu processo”. Às margens da sociedade Trabalhadores rurais que necessitam de ajuda financeira também podem fazer o pedido no INSS. Maria Donizete, 50 anos, sofreu um acidente enquanto trabalhava. Moradora da área rural, em Ponte Alta Sul, no Gama, é fabricante de ração

para animais. Em um dia normal de trabalho perdeu o dedo indicador no desintegrador de ração. “Uma semana depois do acidente consegui informações de que trabalhadores rurais também poderiam receber o auxílio saúde. Precisava dele para conseguir manter a minha renda financeira”, afirma. O incidente ocorreu em novembro de 2011 e até agora não conseguiu receber nada do INSS. Maria até foi aprovada pela perícia, mas uma funcionária preencheu o formulário errado. Em vez de marcar a opção de “trabalhador rural” foi marcada a opção “trabalhador urbano”. Segundo o INSS, isso contribuiu para que o processo fosse negado. Maria diz estar cansada de correr atrás: “Ainda não estou nem 80% recuperada. As minhas contas só aumentam e diante das humilhações já voltei a fazer esforço para manter o sustento da casa”. Segundo o INSS, Maria só conseguiria aposentadoria por invalidez se tivesse perdido nove dedos das mãos.

passo a passo para o benefício: O primeiro passo é agendar a perícia médica, ligando no número 135 ou acessando o site da previdência social. O requerente pode entrar com o pedido caso a doença o impeça de trabalhar por mais de 15 dias. www.mpas.gov.br


cidadania

Realizando sonhos

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PRAÇA DOS TRÊS PODERES VIRA PALCO PARA CEM CASAMENTOS

Quarta edição de projeto une casais com direito a marcha nupcial e bolo Foto: Raiane Samara

Depois do “sim”, Noemi e Raimundo escutam conselhos do juiz de paz Aline Baeza

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ltar, tapete vermelho, decoração com flores, damas de honra, marcha nupcial e noivos. Um casamento comum, certo? Não para cem 100 casais brasilienses. Sim, cem, que se casaram na Praça dos Três Poderes. Eles

fazem parte do programa Alma Gêmea, da Secretaria de Justiça (Sejus), que realiza casamentos coletivos para pessoas que desejam oficializar a união. Desde a criação do projeto foram realizadas três edições, mas a festa de 22 de setembro foi a pri-

meira em frente aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O secretário de justiça, Alírio Neto, teve a ideia do projeto ao passar em frente a um cartório e ver uma fila de pessoas para se casar. Comentou com um amigo: “Vamos fazer um casamento pra essas pessoas, com direito a cerimônia, músicas, vestido de noiva?”. Assim nasceu o projeto Alma Gêmea, que realiza o grande sonho de muitos homens e mulheres. As noivas passaram o dia se arrumando em um salão montado na antiga Rodoferroviária, atual sede da Sejus. Perto da hora do casamento, já na Praça dos Três Poderes, os pretendentes aguardavam suas futuras esposas. Valdenir de Lima, 65 anos, era um dos mais ansiosos: “Quero ver logo a Rosineide. O sonho dela é se casar, e hoje vamos conseguir”. O casal está junto há oito anos e tem uma filha, Clara, de sete. “Convidamos a família toda pra vir. Daqui vamos comemorar com uma galinhada caipira. Tá todo mundo convidado!”, vibrava, enquanto as noivas desciam dos ônibus. Os noivos ficaram em silêncio, mas os olhares curiosos e atentos procuravam pelas respectivas mulheres vestidas de noiva. “Estou podendo! Vou casar no lugar mais poderoso do Brasil”, dizia Noemi Maria de Oliveira, entre sorrisos, flashes e fotos com seus convidados. Ela e Raimundo dos Reis estão juntos há 18 anos e têm três filhos: Gabriel, Gabriela e Graziele, que foi dama de honra dos pais. Antes de dizer o “sim”, a divertida Noemi não conseguia acreditar no que estava aconte-

cendo: “Vou realizar meu sonho, casar na Praça dos Três Poderes e ainda vou sair no jornal? Ai, meu Deus, nunca pensei que isso fosse acontecer, nem nos meus sonhos mais românticos! Sou muito chique!”, gargalhava. Ao pisar o tapete vermelho, ao som de sax, trombone e trompete, que tocavam a marcha nupcial, Noemi e outras 99 noivas emocionaram as quase mil pessoas presentes. Principalmente Elza e Élio Montezzo, ex-patrões de Noemi. Ela trabalhou como doméstica durante oito anos na casa de Elza. “Ela sempre foi muito carinhosa. Sei que ela está muito feliz, pois está realizando o grande sonho.” Elza conta que Noemi e Raimundo tentaram se casar duas vezes. Tudo estava preparado, mas um erro no nome dos pais do noivo e a falta de condições financeiras adiaram o sonho. Mas a vez dela chegou. Noemi teve tudo que sonhou sem precisar gastar dinheiro. Parcerias da Sejus com o Senac, cartórios, lojas de vestido de noiva e decoração viabilizaram o casamento. E garantiram as unhas feitas, cabelo e maquiagem da noiva. E ela comemorou muito depois do “sim”. E agora, Noemi, onde será a festa? “Agora a festa vai ser só de nós dois!” Seu Valdenir e Rosineide comemoraram com bolo e refrigerante, oferecidos aos noivos no final da cerimônia: “É só o começo. Daqui a pouco vamos à galinhada”. Como terminou a noite de cada casal não sabemos ao certo, mas certamente cem casais voltaram felizes e realizados para suas casas naquela noite.


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mbiente a meio

Responsabilidade amb

Para onde escorre a gordura Após fritar alimentos em casa, é comum o óleo ser descartado no ralo da pia. Saiba como evitar prejuízos ambientais e aliviar o bolso Foto: Gabriela Avilla

A coleta na Ecoforte, empresa de Moacir Geraldo, é realizada em barris com cerca de 160 litros como os da foto Gabriella Avila e Guilherme Assis

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espejar óleo no ralo pode causar entupimento do encanamento, poluição da água, danos ao solo e produção de gás metano, que polui a atmosfera. Para se ter ideia, 1 litro de óleo contamina um milhão de litros de água. Para o tratamento dessa água contaminada, as empresas de saneamento gastam 40% a mais do que gastariam normalmente, o que encarece seu custo final. Um peso na saúde e outro no bolso. Na tentativa de diminuir o problema, pesquisadores e empresas

têm buscado formas de reaproveitamento do óleo usado na fritura. As soluções vão desde produtos de limpeza, como detergentes e barras de sabão, a biocombustível e até massa utilizada em vidraçarias. No exterior é comum o uso do óleo reciclado na produção de rações para animais. Mas esta forma não é aconselhável e causa danos ao ser humano. Lirany Gonçalves, chefe do Laboratório de Óleos e Gorduras da Unicamp-SP, explica: “O retorno da matéria-prima para a dieta de animais gera doenças em quem se alimenta destes. O ciclo de recolocar o

óleo em etapas de alimentação de quem quer que seja é o pior que existe. Fico feliz que o Brasil não tenha o hábito de destiná-lo para esta finalidade alimentícia”. Alternativa limpa Para dar uma finalidade adequada ao óleo, existem empresas que recolhem, filtram e o transformam em novos produtos. Em Brasília, são poucas que se dedicam ao trabalho. Uma delas é a Ecolimp, localizada no Recanto das Emas. Há quinze anos a empresa faz o recolhimento do óleo de fritura de restaurantes, lancho-

netes e condomínios organizados, contando com mais de quatro mil colaboradores. O fundador e diretor, Ozanir Gonçalves, conta ao Artefato como funciona a coleta: “Nós fornecemos os recipientes gratuitamente para o armazenamento do óleo e, no momento de buscar, pagamos em dinheiro (R$ 20 para cada 50 litros) ou em produtos de limpeza”. Outro exemplo é a Ecoforte. Localizada em Taguatinga, ela conta com uma equipe de apenas três pessoas para recolher 40 toneladas/mês de óleo de cozinha no DF. O proprietário, Moacir Geraldo, conta que sua função é a primária no processo de reciclagem. “Compramos o óleo a R$0,50 o litro e trazemos aqui para a central de coleta. Muita gente resiste em vender ou até mesmo doar o óleo por falta de conscientização. Esse é um grande ponto negativo”, questiona. Conscientização Vender ou doar óleo usado são as maneiras mais eficazes de descartá-lo sem poluir o meio ambiente, mas pela falta de campanhas de conscientização que informem melhor a população, poucos sabem que isso pode ser feito. Moacir gostaria de fazer o recolhimento em outros locais além dos estabelecimentos que já trabalha, mas dificilmente as pessoas aderem ao serviço. “Só atendo quatro ou cinco supermercados na região. Eu poderia fazer coleta em condomínios, escolas, mas as pessoas não têm interesse. Só se houver maior retorno financeiro para elas”, reclama.


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ade amBiental Foto: Guilherme Assis

colaBore! A conscientização começa em casa, e pode se expandir por toda a rua. O procedimento de armazenamento do óleo é simples, veja os passos: 1 - Após a fritura, espere o óleo esfriar; 2 ‒ Com a ajuda de um funil, despeje-o em um recipiente seguramente vedado, como uma garrafa pet ou a própria embalagem do produto (como mostra a foto).

Descartado diretamente na pia, o óleo causa entupimento e outros prejuízos

Criado em 2010, pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), o Projeto Biguá tinha como objetivo recolher o óleo usado de casas e restaurantes para transformar em biodiesel. Procurada pelo Artefato, a responsável pelo Biguá, Mariane Menusier, explicou que hoje em dia são apenas ONGs e empresas que retiram óleo de residências e comércios: “A coleta

é feita só por empresas privadas hoje em dia. A Caesb não faz mais esse tipo de coleta”, esclarece. Moacir acredita que o apoio da Companhia poderia popularizar a prática de doação de óleo. “A Caesb deveria incentivar o trabalho. O serviço que faço auxilia o saneamento básico, pois diminui o risco de contaminação da água e ainda economiza dinheiro público”, finaliza.

Convença seus vizinhos a fazerem o mesmo, e ao fim do mês chame uma empresa de coleta para recolher as garrafas das casas. não custa nada e sua contribuição ajuda o meio ambiente.

serviço

ecoforte QsC 19 chác. 25 conj. B lote 2 - taguatinga 8546 6852 ecolimp avenida Buriti quadra 4 lote 4 – recanto das emas 3333-3591


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O T N E Am T R O COmP

ProduÇÃo indePendente

mãeS SolteiraS por opção

Foto: Nikelly Moura

Arthur Scotti e Mayra Rodrigues

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Queria ter um filho, mesmo que eu não casasse. nunca pensei em adoção, pois queria que ele parecesse comigo Karla Almeida

falta de marido deixou de ser um obstáculo para a mulher que pretende ser mãe. É crescente o número de brasileiras que, sozinhas, recorrem aos bancos de sêmen para concretizar o sonho da gestação. A clínica de reprodução Pro-Seed, localizada na capital paulista, aponta um crescimento de 20% no número de mulheres solteiras que procuram esse procedimento. A responsável pela clínica, Dr. Vera Féher Brand, afirma que antes de 2005 não havia registros dessa espécie computados na Pro-Seed. A Resolução nº 1.957/10 do Conselho Federal de Medicina (CFM) permite que solteiros sejam beneficiados pelas técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro e a inseminação artificial. A mulher não precisa ter algum problema de infertilidade para poder se beneficiar dessa técnica. Antes, o CFM só permitia a realização do procedimento em casais heterossexuais e oficialmente casados. Agora, amparadas pela Resolução, mulheres com até 35 anos podem receber até dois embriões para tentar engravidar. Mulheres entre 36 e 39 anos podem receber até três; e as que possuem idade igual ou acima de 40 anos, até quatro. Apesar da figura emblemática do pai na sociedade brasileira, a aparição dos movimentos feministas, a partir dos anos 70, contribuiu para que essa figura perdesse força e para que a mulher ganhasse autonomia. “Ela adquire independência econômica, se sente capaz de dar educa-

O procedimento é feito em clínicas especializadas. No processo, o sêmen é descongelado, preparado e depositado no útero


CO m

PORT AmEN

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TO

Cresce o número de mulheres solteiras que engravidam por meio de bancos de sêmen de doadores anônimos ção para a criança e percebe que pode criá-la sozinha, e criar muito bem”, afirma a pesquisadora de gênero da Universidade de Brasília (UnB), Liliane Machado. Em geral, as mulheres que procuram esse procedimento têm o mesmo perfil: possuem estabilidade profissional e financeira e chegam a uma idade limite entre 35 e 40 anos, mas não encontram o parceiro ideal. Dessa forma, optam pela gravidez por meio do processo de fertilização e recorrem a doadores anônimos de sêmen. Sonho realizado Há dezenove meses a servidora pública Karla Almeida, 40 anos, realizou o sonho de ser mãe. “Eu queria ter um filho, mesmo que não casasse. Nunca pensei em adoção, pois queria que ele parecesse comigo”, conta. A mãe afirma que começou a se preocupar com a idade e decidiu fazer o congelamento de óvulos: “Já tenho minha independência financeira. Vou fazer o congelamento porque se um dia aparecer o tal do príncipe encantado, pelo menos os óvulos estão guardadinhos lá.” A médica, no entanto, alertou-a sobre as dificuldades da fertilização após os trinta anos e sugeriu que ela fizesse o procedimento logo. A paciente decidiu não esperar mais. Hoje, Karla segura em seus braços um garoto que já vai completar oito meses: Inácio Caetano. Ausência do pai Apesar da modificação do papel da paternidade, a família composta por pai, mãe e filhos, permanece como um parâmetro social. A criança educada sem a figura do pai pode adquirir traumas. “De-

pende de como a mãe trabalha isso. Se for uma mãe tranquila com família grande, a figura do pai pode ser substituída. Algumas fazem questão de ser pai e mãe também”, afirma Liliane. De acordo com a psicóloga Eveline Cascardo, a falta do pai na composição da família não trará necessariamente prejuízos à formação da criança:“Já que a presença paterna pode ser substituída por outro homem, como um tio ou o avô”. Karla Almeida afirma que vai se esforçar para suprir a ausência do pai. “Eu não acho que seja tão importante. Tudo que um pai poderia passar para ele, eu também posso. Minha família também pode”, diz. Mesmo tendo optado pela produção independente e sentir-se satisfeita com o resultado, Karla não descarta a possibilidade de que seu filho Inácio possa ter um pai. “Se o parceiro chegar, já vai encontrar a família completa”, brinca. A escolha Segundo o CFM, no Brasil sêmen, óvulo e embrião não podem ser comprados nem vendidos e a doação é sempre anônima. Os tratamentos de reprodução assistida em clínicas privadas variam entre R$ 10 mil e R$ 30 mil. O procedimento de fertilização é feito após uma avaliação para verificar se existem óvulos ou se a mulher possui alguma doença, assim como histórico familiar restringente. Feita a investigação, a receptora do sêmen recebe uma listagem de perfis físicos de doadores anônimos, com cerca de trezentas opções. Após confirmação da disponibilidade do doador, “preserva-se o sêmen congelado,

estimula-se o círculo, no caso de inseminação, e no período fértil esse sêmen é descongelado, preparado, e no consultório é depositado dentro do útero”, esclarece a ginecologista Hitomi Miura. No processo de inseminação, a mãe tem a opção de escolher as características do doador, como altura, raça, cor dos olhos, religião e até mesmo hobbies. Para Karla, a escolha do pai de Inácio não foi fácil. “Na listagem, escolhi o doador com a mesma religião que a minha, pois sou espírita; com 1,80 m de altura, paraquedista e enfermeiro. Mas esse processo é muito difícil”, conta. Em Brasília, o Hospital Materno Infantil (HMIB) oferece os procedimentos gratuitos de Reprodução Assistida (RA): inseminação intrauterina (IIU), fertilização in vitro (FIV), congelamento de embrião, punção de testículo/epidídimo, congelamento de sêmen (apenas dos pacientes em tratamento de reprodução assistida) e doação anônima de óvulos.

para Quem Quer doar

• ter idade entre 18 e 40 anos • não ter doenças hereditárias •ter tido apenas uma parceira nos últimos 12 meses •Heterossexual

receber

•Solteiras na faixa dos 30 a 40 anos •Casadas com homens que não produzem espermatozóides •Homossexuais

Serviço hospital materno infantil de Brasília/ serviço de reprodução humana Centro de ensino e Pesquisa em reprodução assistida sGas Quadra 608 sul avenida l2 sul – ambulatório CeP: 70.203-900 (61) 3445-7654 / 7604 cepra.hmib@gmail.com


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mento Comporta

perfil

HOBBIE QUE DEIXA DE SER SÓ BRINCADEIRA

Foto: Igor Bruno e Renato Gomes

“Quando você investe em uma coisa que realmente gosta, pode dizer que tem o melhor emprego do mundo”

Carlos começou a montar cubos mágicos por diversão e hoje trabalha com eles Marília Lafetá

H

obbie é a denominação dada a uma atividade de entretenimento livre que as pessoas desenvolvem sozinhas ou na companhia de outras. É um passatempo, que não envolve regras ou obrigações. Foi assim que começou a brincadeira de montar cubo mágico na vida do empresário Carlos de Alcântara, 25 anos. Brincadeira que chegou a ser tema de monografia no final do curso de Ciência da Computação. Para quem não conhece, o cubo mágico - também conhecido como o Cubo de Rubik -, foi inventado pelo húngaro Ernõ Rubik em 1974. Foi ícone na década de 1980 e é um

dos brinquedos mais populares do mundo, atingindo hoje a marca das 900 milhões de unidades vendidas do cubo original e suas variações no mundo inteiro. Para o jovem empreendedor, o cubo não é só passatempo. É um esporte que, ao mesmo tempo, diverte, treina a mente e os reflexos, ajuda a encontrar novas amizades e - por que não? - a lucrar um pouquinho. Mas não foi fácil chegar onde ele chegou. Depois de muito esforço, hoje seu site é um dos maiores e mais completos sobre o assunto no Brasil. É possível encontrar os links dos tutoriais no youtube (um dos mais acessados), a monografia explicando passo a passo

de como montar o cubo. Os fóruns disponíveis são possibilidades para conhecer outros cubistas. Foi em 2007, quando Carlos ainda tinha 20 anos e estava na faculdade, que essa história toda começou. Mandaram para ele o vídeo de um japonês resolvendo o cubo de olhos vendados. Todo mundo perto de Carlos ficou incrédulo, mas ele decidiu que também queria tentar aquilo. Como sempre gostou de testes de QI e desafios de lógica, achou que tinha tudo a ver. Começou a busca para tentar comprar um cubo de qualidade. Procurou em lojas de brinquedo e até na feira dos importados, mas foi em uma loja quase do lado de casa que ele conseguiu encontrar. Com o cubo em mãos, era hora de procurar tutoriais na internet para aprender. Que complicado! Os poucos que conseguia encontrar eram totalmente teóricos e difíceis de entender. Cansou e desistiu. Tempos mais tarde, quando o filme À procura da felicidade foi lançado, Carlos viu o ator principal, Will Smith, resolvendo o cubo e se lembrou do seu. Tentou de novo, mas dessa vez não se deu por vencido. Duas semanas depois finalmente conseguiu. Depois de conseguir a primeira vez, começou a treinar para aprender movimentos diferentes. O objetivo era fazer cada vez mais rápido. Ele começou a procurar pessoas que sabiam montar. Na internet, buscou algum fórum de bate-papo onde pudesse conversar sobre o cubo mágico com outras pessoas, mas como não existia nenhum, resolveu criar um e o agregou ao site - criado como trabalho de conclusão de curso.

Campeonato Levando a brincadeira realmente a sério, Carlos chegou a organizar, em 2009, um campeonato oficial - já foram mais de 20 em todo o país. No Brasil, mais de 500 pessoas são “cubistas” e já participaram dos campeonatos. A quantidade de quem monta só como passatempo e não participa de eventos assim é bem maior. A quantidade de cubos e modalidades em campeonatos é enorme e Carlos tem alguns recordes no currículo. No último campeonato oficial, realizado em setembro em Goiânia, ele voltou para casa com medalha de ouro na categoria “menos movimentos”. Por enquanto esse é seu grande destaque, mas ele não fica atrás na modalidade mais popular: cubo 3x3x3 com as duas mãos. Seu recorde é de 10 segundos - um pouquinho acima do recorde mundial atual, de 5 segundos e 66 milésimos. Empreendedorismo divertido A ideia de montar a própria loja veio ao acaso. Desde que Carlos aprendeu a montar o cubo, ele ensinou para os amigos e familiares. A partir daí, começou a organizar encontros só de cubistas nos shoppings de Brasília. Quando os participantes apareciam com um cubo muito bom (importado), ele pedia um igual na próxima compra da pessoa. Quando percebeu, já estava vendendo. O endereço do site é www.cubomagicobrasil.com. Depois de cinco anos, já são mais de 50 mil acessos mensais no endereço. Prova de que, mesmo não sendo considerado esporte oficial, o cubo pode ser um negócio e se tornar mais popular.


monumento

C U LT

acerVo cultural ou arena para SHoWS?

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URA

O Museu nacional chama atenção com formato semi esférico e é palco para eventos culturais. Mas a eficiência quanto às exposições na parte interna é colocada em xeque Suélen Emerick

C

om seis anos de inauguração, o Museu Nacional Honestino Guimarães e a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola formam o que na teoria é chamado de Conjunto ‘Cultural’ da República. O monumento contemporâneo arquitetado por Oscar Niemeyer em forma de cúpula chama atenção na Esplanada dos Ministérios e pode ser considerado um dos pontos mais badalados da capital. Mesmo com entrada franca, as exposições que o museu oferece não são as principais responsáveis por essa movimentação no local. Os festivais promovidos na área externa são os campeões de público. Até aí, sem muitos problemas. A questão preocupante é constatar que a maioria das pessoas que frequenta os eventos culturais sequer conhece a parte interna do monumento. Com os shows gratuitos, o ponto turístico vira local propício para encontro de jovens antes das baladas e também opção para a prática de modalidades esportivas. Caso de Ruan Diego Sande, 22 anos, que usufrui da área para andar de skate

Foto: Giullia Chaves com os colegas. Ele alega que o espaço oferece boas condições para os adeptos do esporte. O estudante de História percebe que nos dias dos festivais o movimento no local é maior, principalmente à noite, quando a temperatura está amena. Porém, mesmo com o hábito de frequentar a área externa do Museu Nacional, ele confessa nunca ter visitado uma exposição ali. “Penso que essa minha falta de interesse seja devido à pouca divulgação do que é e do que se tem lá dentro. Meus colegas nunca tocaram no assunto da parte interna do museu, então acho que eles tamFestival Celebrar Brasília, mesmo em noite chuvosa, reuniu mais de 14 mil pessoas bém pouco se interessam”, justifica o estudante. estudo sistemático de público. Esse é um dos nem sabiam o que tinha dentro do imenso globo”, opina. O Artefato procurou o Fundo desafios da museologia”, endossa. O lado de dentro Quanto aos aspectos físicos, a especialista de Apoio a Cultura (FAC) e o Ministério da Monique Magaldi, 31 ressalta que a arquitetura do museu compõe Cultura (MinC). Ambos não se pronunciaram anos, mestre em Museo- a obra de arte e já faz parte da exposição. “A sobre o assunto. logia e Patrimônio, atua rampa externa é muito inclinada e não muito eVento eXterno na área há quase dez anos. acessível para os cadeirantes, mas eles podem A museóloga acredita que usar o elevador interno. A iluminação segue Satélite 061 duração público os eventos artísticos são um padrão de preservação do acervo. O excesdo evento geral ações positivas. Além de so de luz pode prejudicar as obras”, justifica. (virada 24h 50.000 dar visibilidade, atraem Lucas Ribeiro de Sousa, 20 anos, estudante cultural) público e aproximam o de Espanhol, acredita que os eventos realizados museu da sociedade. “Os impulsionam a cultura local e involuntariaeXpoSição interna eventos que acontecem na mente incentivam a visitação do lugar. “Grangeometrias da duração público área externa e as exposi- de parte de pessoas chega mais cedo nos dias transformação ções internas têm propó- de shows e se concentra nas proximidades. do evento geral sitos diferentes. A posição Com isso, muitas acabam entrando no mu2 meses 88.172 central do museu é favorá- seu e vendo as exposições apenas para passar e meio vel. O que falta é fazer um o tempo. Isso acaba atraindo até pessoas que


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Sobre rodas

E T R O ESP

Meias, patins e arranhões Fenômeno nos EUA, o roller derby ainda é pouco conhecido no Brasil, mas já atrai mulheres para a modalidade que une esforço físico e estilo Foto: Fernanda Xavier

Carolina Meneses e Fernanda Xavier

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visual das garotas chama a atenção. Com maquiagem, meias estilosas, shorts curtos, capacetes – e, às vezes, cabelos – coloridos, elas capricham na aparência até para os treinos. No roller derby, as jogadoras têm a oportunidade de mostrar força e personalidade em uma modalidade que exige certa agressividade e representa o verdadeiro girl power. A modalidade estilosa já deu as caras no cinema. No filme Garota Fantástica, a texana Bliss (Ellen Page) decide tentar a sorte no jogo, disputado entre duas equipes sobre patins em pistas ovais. Bem longe do Texas e das telonas, aqui no Distrito Federal duas ligas treinam com muito empenho a modalidade que foi criada nos Estados Unidos na década de 30, mas chegou há pouco tempo no Brasil. Predominantemente feminino, o esporte é jogado por dois times com cinco integrantes que, entre corridas e esbarrões, disputam cada ponto da partida. No DF A gerente Lidyanne Beresnistzky, 27 anos, descobriu a competição há um ano, ao ler uma matéria em uma revista de tatuagens. “Estava à procura de um esporte para praticar, e achei que esse combinava comigo”, conta. Lidyanne pediu patins apropriados à irmã que mora nos Estados Unidos, e começou a revezá-los entre amigas. “A ideia inicial era viajar ocasionalmente para parti-

A Savanna Foxes foi a primeira liga de roller derby criada no DF. Atualmente está recrutando garotas para o time

cipar de jogos com a liga de São Paulo, mas muitas garotas daqui se interessaram pela modalidade”, acrescenta. Assim foi fundada a Savanna Foxes, a primeira liga de roller derby do DF, que já chegou a ter 25 integrantes. Criada há pouco mais de um mês, a Wing City Angels também representa o roller derby na capital. A liga nasceu a partir de uma divisão da Savanna Foxes. A professora Karla Machado, 35 anos, foi uma das fundadoras. “Conheci

o esporte por meio do Facebook de uma amiga. Fiquei encantada com o visual colorido das jogadoras”, conta a moça, que sempre se interessou por patinação. Atualmente a liga tem nove integrantes. Como o livro de regras ainda não foi traduzido para o português, as competidoras aprendem a teoria no site da associação americana que comanda o roller derby no mundo, a Women’s Flat Track Derby Association (WFTDA). “As regras ainda não es-

tão muito claras porque o jogo é novo no país. Estamos aprendendo juntas”, explica Karla. A liga brasileira mais antiga, Ladies of HellTown, recebeu a função de traduzir o livro. Durante os dias 12, 13 e 14 de outubro ocorre no Rio de Janeiro o primeiro Campeonato Brasileiro de Roller Derby. A ideia surgiu com as ligas brasileiras que disputaram o Mundial no Canadá em 2011. Três jogadoras do DF participarão do evento nacional.


Um esporte diferente certa vantagem. “Se aprendermos Além de um visual que mistura no concreto, teremos facilidade elementos retrô e punk com em um jogo oficial na pista certa”, aspectos esportivos, o roller derby comenta Nirvana Santos, 18 anos, apresenta outras peculiaridades. estudante de arquitetura. As jogadoras possuem apelidos, Aos domingos, as Wing City conhecidos como Derby Names. Angels treinam no ginásio do Cada garota escolhe seu próprio Cave, no Guará. “Tivemos mui“nome de guerra” a partir de ta sorte em conseguir a liberação características e gostos pessoais. da Secretaria de Esportes. GeralLidyanne é Cat mente existe Vader e Karla, certo preconBelly Roller. ceito. Eles têm É um esporte para Para o apelido medo de os ser aceito, é patins estramulheres fortes. não é preciso registrágarem a quaqualquer uma que se lo em um site dra, mas isso que avalia a não acontece”, sente atraída por esse força do nome e comenta Kartipo de jogo verifica se ele já la. “As pessoKarla Machado está registrado. as estão mais A maioria acostumadas das garotas descobriu a modali- com o futebol e outros jogos com dade na tentativa de encontrar bola, então quando veem algo diuma alternativa aos tradicionais ferente, acham que pode danificar jogos com bolas. “Não gosto de o local”, emenda. academia, mas precisava praticar Elas também enfrentam probleum esporte. Como sempre gostei mas na hora de adquirir os equide patinar, me interessei pelo rol- pamentos. Além de caros, existem ler derby”, conta Graciele Pache- poucas opções nacionais. Mesmo co, 29 anos, estudante de marke- com muitos equipamentos de ting e gerente de uma livraria. proteção, alguns acidentes acontecem. A estudante de Psicologia Jackeline Souza (18) já fraturou o Obstáculos As competidoras encontram di- pulso durante um dos treinos. As ligas brasilienses não receversas dificuldades para a prática e difusão do esporte. A principal bem patrocínio. O dinheiro para delas é a falta de local apropriado equipamentos e treinos vem do para treinamento. Muitos treinos próprio bolso das integrantes. acontecem no pátio em frente à Isso não as impede de tratar o Biblioteca Nacional, que não é roller derby como algo sério. As adequado, pois possui uma incli- Foxes estão com um projeto para nação que dificulta curvas e ma- arrecadar dinheiro para a liga, nobras. Segundo algumas jogado- vendendo camisetas, bottons e ras, no entanto, isso pode trazer chaveiros da equipe com o apoio

como funciona o jogo

O jogo consiste em uma série de corridas entre dois times de cinco jogadoras, e acontece em uma pista oval. Cada time é composto por uma jammer, três bloqueadoras e uma pivô. A jammer (atacante) é representada por uma estrela no capacete, e é a única capaz de marcar pontos. O objetivo é dar o maior número de voltas possível nas jogadoras do time adversário. As bloqueadoras tentam parar a jammer oposta, ao mesmo tempo em que abrem caminho para a do seu próprio time. A pivô, representada por uma listra no capacete, é responsável por controlar a velocidade da equipe e liderar o jogo defensivo. As funções não são fixas, podem mudar a cada rodada.

da loja Kingdom Comics.

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CAPACETE

Poder feminino R$70 Para Lidyanne, essas não são as únicas dificuldades para a popularização da competição no Brasil: “Os patins e o kit de proteção são caros, mas o mais difícil é encontrar garotas que tenham a mes- PROTETOR ma garra, vontade e compromisBUCAL so para treinar”. Nos últimos três R$20 anos, o interesse brasileiro pela modalidade tem crescido, e a tendência é continuar avançando. As participantes das duas ligas são receptivas com novas integrantes. Muitas chegam aos treinos sem nunca terem nem mesmo calçado patins, e lá aprendem. Para fazer parte, basta comparecer com os equipamentos. É preciso ter no mínimo 18 anos. “O roller derby é mais que um esporte, é um estilo de vida. Para mulheres fortes, já que não é qualquer uma que se sente atraída por esse tipo de jogo”, comenta Karla.

savanna foxes treinos todas as terças e sextas-feiras, às 18h30 em frente à Biblioteca nacional facebook: www.facebook.com/savannafoxes

KIT DE PROTEÇÃO treinos todas as quintas- Cotoveleira, feiras, às 18h30 em frente munhequeira e joelheira à Biblioteca nacional, e aos Wing City angels

domingos, às 16h no Ginásio do Cave, no Guará

R$170

facebook: www.facebook.com/wingcityangels

PATINS QUAD

R$ 380

Foto: Shizuo Alves


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inClusÃo soCial

E T R O ESP

centroS olÍmpicoS: competição aliada À cidadania tranSforma realidadeS Menos jovens nas ruas, mais jovens nas quadras. O projeto da Secretaria de Esportes projeta atletas no mundo do esporte e reduz riscos sociais

O

Foto: Shizuo Alves

s Centros Olímpicos fazem parte do programa da Secretaria de Esportes do Distrito Federal, que tem como principal objetivo formar cidadãos por intermédio do esporte, promovendo a inclusão social e melhorando a qualidade de vida das comunidades atendidas. O público-alvo é constituído, principalmente, por crianças e adolescentes, entretanto, pessoas portadoras de necessidades especiais, adultos e idosos também são atendidos. O Distrito Federal conta com nove centros construídos: Brazlândia, Ceilândia (Parque da Vaquejada), Estrutural, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião. Estão em construção mais dois novos centros: um em Ceilândia Norte, que fica na

QNO 09, e outro em Planaltina. De acordo com o diretor do Centro Olímpico de Ceilândia, Hélio Quidute, 2.300 alunos estão matriculados. “Atualmente, cerca de 1.200 vagas estão disponíveis. A pessoa interessada nestas vagas deve procurar a secretaria do centro e fazer a pré-matrícula. Serão solicitados os documentos como declaração de escolaridade e comprovante de residência”, orienta o diretor. Para o secretário de Esportes, Célio René, é possível formar competidores vindos dos Centros Olímpicos por intermédio de parcerias. Uma das parcerias em teste é com o Instituto Joaquim Cruz, que realizou peneiras entre alunos dos diversos centros, selecionando 30 entre os 1.500 inscritos, que receberão treina-

Das ruas para as quadras: crianças veem no esporte a chance de ter uma vida melhor

Crianças que tinham baixo rendimento na escola, idosos com dificuldades motoras e famílias que eram desestruturadas. Hoje eu não vejo mais isso

Ricarda Lima

Bárbara Nascimento e Lorena Vale

mento específico com o objetivo de participar de competições nacionais e internacionais na busca por medalhas. O secretário também destacou que as melhorias nos equipamentos esportivos do DF e a regulamentação do Fundo de Apoio ao Esporte e a Lei de Incentivo – em discussão na Câmara Legislativa consolidarão as políticas públicas do GDF na busca pela descoberta de atletas de alto rendimento. Cidadania em movimento Os Centros, ao contrário do que muitos pensam, não foram feitos exclusivamente para formar atletas de alto rendimento. Segundo Francisco Barbosa, diretor do Centro Olímpico de Samambaia, o objetivo é formar cidadãos. “O nosso principal objetivo é dar oportunidades para o jovem seguir no rumo certo, mas isso não quer dizer que daqui não possa sair um possível atleta tam-

bém”, afirma. É o que acredita, também, Ricarda Lima, ex-atleta olímpica, medalhista de bronze no vôlei em Sidney 2000, e uma das organizadoras do projeto. Segundo Ricarda, os Centros Olímpicos são oportunidades de uma vida melhor: “Amo demais o programa, porque ele contribui com valores muito importantes, como a disciplina, o esforço e a responsabilidade pelas escolhas feitas. O programa ajuda a formar o caráter desses jovens”. A atleta ainda se emociona quando afirma que a qualidade de vida de muitas pessoas mudou a partir do projeto. “Crianças que tinham baixo rendimento na escola, idosos com dificuldades motoras e famílias que eram desestruturadas. Hoje eu não vejo mais isso”, avalia a atleta. A Gerência de Apoio Social (GAS) e o Conselho Tutelar são parceiros dos Centros que ajudam no acompanhamento dos jovens que frequentam as aulas. Além desses órgãos, cada centro conta com duas psicólogas, uma pedagoga e uma assistente social. Também possuem parceria com a Secretária da Criança que, junto com as Unidades de Atendimento em Meio Aberto (UAMAS), selecionam jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas que vão aos centros duas vezes por semana, auxiliando os professores.


Be m -

Músculos

estar

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A ilusão dos anabolizantes Em busca de um corpo supostamente perfeito, pessoas utilizam substâncias que prejudicam a saúde Everton Lagares

M

úsculos grandes e definidos, baixo índice de gordura corporal, pernas torneadas e braços fortes. Para as mulheres, o bumbum deve estar bem trabalhado e a cintura mais fina; já os homens querem os bíceps crescendo, ombros largos e peitoral estufando – bem definido, de preferência. Há limites para alcançar esses objetivos? Esses “preguiçosos” usam e abusam de substâncias tóxicas para conseguir resultados rápidos. A vontade de alcançar o objetivo do suposto corpo perfeito faz com que o usuário não leve em consideração o acúmulo de problemas físicos ocasionados pela falta de acompanhamento médico nos exercícios e pelo uso de suplementos sintéticos, que são prejudiciais à saúde e até ilegais. É o caso de Márcio Gonzaga, 33 anos, mais conhecido nas academias e lojas de suplemento alimentar como Márcio Bomba. Ele foi usuário de anabolizantes entre os 17 e os 27 anos, até que foi parar numa UTI com gordura no fígado e pressão alta. “Eu era o mais franzino na turma, me achava o patinho feio. Entrei na academia para ganhar corpo e não via resultados. Foi aí que comecei a usar anabolizante, até que parei no hospital”, relata. A busca do corpo perfeito fez com que Bomba começasse com os anabolizantes chamados Deca Durabolin e Hemogenin. O primeiro é injetável, ajuda a ganhar peso. É feito para pessoas com

raquitismo, problemas de ossos e de crescimento. O segundo é um comprimido e serve para ganhar massa muscular. Ambos são sintéticos, tóxicos e prejudiciais à saúde, se utilizados sem estrito acompanhamento médico. Márcio destaca que, em menos de dois anos, ganhou cerca de 25kg, alcançando 80kg de massa corporal, mas tudo não passava de ilusão. “O músculo retém líquido e fica inchado. É apenas água. Se você para de tomar anabolizante e não se alimenta bem, perde o que ganhou, pois não houve o desenvolvimento da fibra muscular. Isso vira uma doença. Quanto mais tem, mais você quer”, diz. Para o nutricionista esportivo Rodrigo Valim, a lista de problemas gerados em usuários de anabolizantes é enorme. “O fígado, os rins e o coração, órgãos vitais, são os que ficam mais comprometidos. É normal aparecer diabetes e hipertensão, problemas hepáticos e renais. Sem contar a supressão na produção natural de testosterona, o aparecimento de tumores (câncer) e até levar à morte”, destaca. Jeferson de Oliveira, 36 anos, conhece bem esses problemas. Além de usar anabolizantes junto com o amigo Márcio, ele aplicou insulina, que faz uma pessoa saudável aumentar o apetite em cinco vezes, gerando aumento de peso muito rápido e nada saudável, já que a substância é utilizada no tratamento da diabetes e também só pode ser usada com prescrição médica. Em excesso, pode causar

Foto: Guilherme Azevedo

Acompanhado por especialistas, Márcio Bomba usa oito suplementos diferentes por dia

problemas no pâncreas e no fígado. Jeferson, que em 1998 saiu em uma revista nacional exibindo os músculos, teve edema cerebral e parada respiratória em 2004, resultado do uso indevido de anabolizantes e insulina, sem prescrição médica. Um amigo em comum de Márcio e Jeferson teve sorte diferente e o corpo não venceu os problemas causados pelas bombas. Em 2002, foi internado na UTI após uso constante e indiscriminado de anabolizantes. Roberto tinha 23 anos, pesava 105 kg e morreu no mesmo ano com câncer no fígado. Corpo definido e saudável Atualmente, há mais de 100 lojas no DF destinadas à venda de produtos para suplementação alimentar – preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, entre outros. Os suplementos alimentares devem ser prescritos por médicos ou nutricionistas. Assim os profissionais podem avaliar a necessidade do paciente, além de indicar a forma correta de uso de cada produto.

Rodrigo Valim também faz questão de explicar a diferença entre suplemento alimentar e anabolizante: “Suplementos são vitaminas, minerais, fibras, proteínas, que podem ser encontrados também nos alimentos. Anabolizantes são hormônios, são sintéticos e prejudiciais a saúde”, destaca o nutricionista. Portanto, é possível ter um corpo tonificado e saudável ao mesmo tempo. Porém, Rodrigo ressalta que nada substitui a alimentação equilibrada. “Posso afirmar que 50% do resultado de um treino dependem da alimentação. Cerca de 40 a 45% dependem de um bom treino e de 5 a 10% conseguimos melhorar com o uso seguro de suplementos alimentares”, calcula. Márcio acredita que as dicas dadas em redes sociais e por pessoas comuns não possuem credibilidade, caso os autores são sejam capacitados para isso. “Depois de tudo que eu vivi e estudei posso dizer que anabolizantes fazem mal e que é possível ter um corpo legal com a alimentação, atividade física e suplementação”.


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ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

m - estar

Centro de Convivência: aliado da terceira idade Idosos se unem em grupos para combater problemas de saúde de uma maneira inusitada

Bianca Lima e Rosália Almeida

S

egundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 14 milhões de pessoas acima de 60 anos. Diabetes, pressão alta, problemas na coluna e depressão são algumas das doenças que costumam afetá-las. Pensando nisso, o governo criou nos postos de saúde o Centro de Convivência de Idosos (CCI), um programa que, reúne, em média, três vezes na semana, um grupo para exercitar o corpo e a mente. O programa acontece na maioria dos postos de saúde do Distrito Federal e, além da ginástica, conta com palestras sobre pressão alta, diabetes e outros problemas físicos e mentais. Alguns postos oferecem ainda cursos de artesanato, bordados, aulas de alfabetização, automassagem, dança e terapia comunitária, entre outras atividades. Os grupos são divididos por regionais. No DF existem 15, cada uma com um coordenador em saúde do idoso. Cada regional tem autonomia para desenvolver suas atividades, podendo também interagir com outras regionais. Em Ceilândia as atividades são desenvolvidas nos centros de saúde 7, 8, 9 e 10. Com exceção do Centro nº 3, todos possuem um professor de Educação Física para aulas de ginástica. Na manhã do primeiro sábado de cada mês acontece a “escola de idosos”, quando uma equipe interdisciplinar faz avaliação dos participantes e são realizadas atividades de educação em saúde. Outra ação im-

portante é a oficina de prevenção de quedas, que ocorre somente para idosos que foram avaliados e inseridos no grupo. Ceilândia conta ainda com dois Centros Olímpicos, onde existe o programa Bombeiro Amigo. São desenvolvidas atividades como ginástica, dança, coral, horta, artesanato e informática. A inscrição para participar do programa pode ser feita no Corpo de Bombeiros da Hélio Prates. Na Regional do Gama são oferecidos programas de pintura às segundas-feiras, das 14 às 17h. No período da manhã, atividades de passeio e viagens. Em Taguatinga acontecem capoterapia, oficinas de estimulação da memória e hidroginástica, entre outras atividades. As sessões de ginástica costumam acontecer em quadras de esporte das escolas públicas e pracinhas perto dos centros de saúde. Os participantes enxergam nesse projeto uma oportunidade de esquecer os problemas e se distrair com amigos. A aposentada Luzinete Santos Leite (72), frequenta as atividades há dois anos no Centro de Saúde nº 2 de Samambaia. Ela diz que o Centro é um lugar muito divertido onde ela pode esquecer as dores na coluna e conversar sobre a vida. Ainda conta que antes de começar a participar do programa se sentia muito sozinha. Luzinete também participa das aulas de ginástica e do curso de bordados que o posto oferece. Dentro do programa, os idosos fazem amigos, trocam experiências e conseguem se distrair de

uma maneira saudável. Os médicos apreciam essas iniciativas do governo, pois são uma possibilidade dos idosos se cuidarem de uma forma divertida. A ginástica é uma aliada no tratamento de doenças crônicas como a pressão alta. “Além do benefício cardíaco, a atividade física melhora a densidade óssea, evitando osteoporose e fraturas. Melhora a força muscular, o equilíbrio e o desenvolvimento das atividades diárias, promovendo maior independência ao idoso”, afirma a médica Thais Amancio, vice-coordenadora do programa Saúde do Idoso, da Secretaria de Saúde. Os CCIs funcionam há 20 anos e são bastante frequentados, até por pessoas ainda não consideradas idosas. Juliana Santos, por exemplo, tem 45 anos e já participa das atividades. “Eu adoro fazer parte do Centro. É uma boa oportunidade de me distrair e cuidar

da saúde ao mesmo tempo”, declara. Juliana conta que não era uma adepta da atividade física, mas aprendeu a gostar depois que entrou para o programa. Investimento Ainda existem propostas de melhorias. A Secretaria de Saúde está finalizando a compra de equipamentos para montar um Circuito Multissensorial em cada regional, com o objetivo de evitar quedas em idosos. Além disso, está sendo firmado um contrato com a Secretaria de Educação para a realização de atividades físicas em pacientes encaminhados pela Secretaria de Saúde. A participação nos Centros é gratuita. Basta o idoso procurar o posto de saúde mais próximo de casa e se inserir no programa, que hoje abrange todo o Distrito Federal. Todos os grupos podem se juntar para realização de uma só atividade. Foto: Flávia Fonseca

Aula de ginástica reúne idosos no CCI do Recanto das Emas


bEm-

estÉtiCa

oS perigoS do formol

E S TA

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R

Em alta concentração e frequência, a substância produz células cancerígenas Foto: Jusciane Matos

conservar produtos e pode trazer graves problemas para a saúde do cliente e do cabeleireiro. Devido aos riscos de intoxicação, a venda do formol foi proibida em 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o formaldeído é considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para desmistificar alguns assuntos e esclarecer das dúvidas comuns, o Artefato foi atrás dos salões Em grandes concentrações, o formol age quebrando a e descobriu que queratina dos fios e pode causar danos irreversíveis a saúde a média de formol usada para o alisamento é de 37%, quanNatália Alves do a legislação sanitária permite 0,2%. “Mesmo com a proibição, Unilever, em parceria com muitos profissionais continuam o Ibope, realizou a pesquisa usando a substância, o que preju“Brasileiras e os Cabelos” e nela dica a nossa imagem, pois quando foi detectado que 49% das brasi- não se respeita uma determinação leiras optam pelo liso absoluto, o prejuízo é de todos nós”, revela a 22% preferem os cachos, 21% o cabeleira Marciana Rodrigues. A Anvisa informa que o consuondulado e 8% o crespo. Para domar os fios, as mulheres recorrem midor pode denunciar salões que à escova progressiva com formol. fazem uso do formol às vigilâncias A substância, também conhecida sanitárias locais ou à ouvidoria da por formaldeído, formalina ou agência reguladora. aldeído fórmico, é utilizada para A empresária Léa Nascimento

A

acreditou no investimento pesado da indústria para chegar a fórmulas quase mágicas e ter fios domados para melhorar o visual. Seu sonho transformou-se em gastos excessivos com médicos para recuperar o couro cabeludo, que foi queimado e teve queda parcial dos fios e a autoestima. “Achei que fosse morrer, não me reconheci quando vi meu reflexo no espelho. Os efeitos do formol tiraram o meu sono, sem contar as lesões na pele e nos olhos. Acreditei na eficiência de um produto que não foi proporcional às minhas expectativas”, afirma. O dermatologista Erasmo Tokarski adverte: “O formol é neurotóxico (prejudicial ao sistema nervoso), nefrotóxico (prejudicial aos rins), altera a função cardíaca, provoca ardência nos olhos, irrita a pele, descama o couro cabeludo e pode levar, inclusive, a uma queda de cabelo irreversível. Quando inalado, também prejudica os pulmões”. Cabelos com formol ficam sem nutrientes, já que tratamentos hidratantes não aderem ao fio. “O formol altera a estrutura do DNA do cabelo, deixando-o liso, com brilho e aspecto de hidratação, porém é só uma ‘maquiagem’ que cria uma espécie de capa que encobre os estragos internos”, acrescenta o médico. O uso inadequado do formol tem causado muito mal estar, por isso a indústria cosmética desenvolveu fórmulas de alisar os fios sem causar prejuízos à saúde, como ácido hialurônico e cisteína, mas a dermatologista Luciana

Vasconcelos alerta: “Não existe uma forma absolutamente segura, existem fórmulas que não são tóxicas, mas ainda assim são componentes químicos que podem afetar a saúde. O ideal é aceitar o cabelo natural e investir em hidratações e em uma alimentação saudável, que vão refletir em um cabelo bonito”.

riScoS contato com a pele (couro cabeludo) - Causa irritação à pele, dor e queimaduras; contato com os olhos - Causa irritação, vermelhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis; inalação - pode causar câncer no aparelho respiratório. dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, irritação e sensibilização do trato respiratório. pode ainda causar graves ferimentos nas vias respiratórias, levando a edema pulmonar e pneumonia. Fatal em altas concentrações; exposição crônica - Frequente ou prolongada exposição pode causar hipersensibilidade, levando a dermatites. Contato repetido ou prolongado pode causar reação alérgica, debilitação da visão e aumento do fígado. fonte: Agência nacional de Vigilância Sanitária ‒ Anvisa


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C

IO P Á D AR

refeiÇÃo

a QuentinHa de todo dia

preparar a marmita em casa e levar para o ambiente de trabalho é um hábito comum entre os brasileiros. porém, o costume exige cuidados especiais Foto: Lucas Ribeiro

Uma marmita saudável inclui usar recipientes de vidro e separar legumes e verduras em vasilhas diferentes Bárbara Nascimento e Suélen Emerick

Q

uem trabalha sabe que o corpo precisa de um tempo para descanso e alimentação. E nada melhor para repor as energias do que um bom prato de comida quentinha. Entretanto, a preparação por vezes duvidosa dos alimentos e o preço que alguns restaurantes (quase sempre lotados) cobram, transformam o horário de almoço em dor de cabeça. Por esses motivos, a boa e velha marmita ainda é uma alternativa para quem precisa comer fora de casa. Iranilda Menezes, 50 anos, é servidora pública há quase 30 e du-

rante toda trajetória trabalhista, sustentou o hábito de preparar a própria refeição. Para ela, o costume de levar a marmita feita em casa não constitui nenhum desconforto ou vergonha. Ao contrário, Iranilda vê muitas vantagens: “Eu gosto do meu tempero. Comer na rua é bom em ocasiões especiais, mas todo dia acaba enjoando. É bem melhor comer algo que sabemos como foi preparado”. A marmita pode se tornar foco de bactérias nocivas à saúde. O alerta vem do nutricionista especializado em Tecnologia da Alimen-

tação, Marcus Vinicius Cerqueira. Segundo ele, a comida deve ser bem conservada e a preparação deve ser feita, de preferência, horas antes do

consumo. “Se a ingestão do alimento for feita, pelo menos, no mesmo dia em que ele foi preparado, as chances de intoxicação diminuem significativamente”, explica. Jeitinho brasileiro Iranilda sai de casa 7h30 para ir trabalhar. Como não tem tempo pela manhã, ela prepara sua refeição no dia anterior e guarda na geladeira. Em casos como esse, a dica é aquecer os alimentos antes de colocá-los na marmita. “O aquecimento impede o crescimento de microorganismos indesejáveis. É importante que saia aquela ‘fumacinha’ da comida”, aconselha Marcus Cerqueira. Arroz, feijão, carnes e salada são indispensáveis no prato do brasileiro, entretanto, é recomendável que folhas e hortaliças sejam levadas em um recipiente separado. É o que diz Cerqueira: “O ideal é separar alimentos perecíveis, ou seja, que estragam mais facilmente, de alimentos que, em geral, vão na marmita”. Iranilda tem esse costume. “Sempre separo as verduras em vasilhas diferentes, coloco as refogadas em uma e as cruas em outra. Só tempero pouco antes de comer”, afirma.

4 dicaS para preparar Sua marmita:

1. preparar a marmita no mesmo dia que for consumir; 2. Aquecer a comida antes de colocar na marmita e de

consumi-la; 2. Evitar alimentos que levam molhos, como macarrão, lasanha e estrogonofe; 3. Usar recipientes de vidro ou de alumínio. Recipientes de plástico acumulam bactérias; 4. Colocar a salada em um recipiente separado.


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