ANO CXX EDIÇÃO 31 DOMINGO, 01.08.2021
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
Missões Nacionais
Notícias do Brasil Batista
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Recomeço musical
Tempo de celebração
Batistas no Mundo
Missões Estaduais
Cristolândia inicia projeto “Sons da missão”
Convenção Batista Mineira celebra 103 anos de história
Confira as informações da JMM na Argentina e Moçambique
Convenção Batista Sergipana inicia campanha de 2021
pág. 07
pág. 08
pág. 11
pág. 13
2
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
EDITORIAL
Recomeçar Queridos leitores de O Jornal Batista, iniciamos mais um período, mais um mês, o oitavo do ano. E, assim como todos os meses são especiais para nós, Batistas brasileiros, agosto não é diferente. Celebramos o Mês da Juventude. Geralmente, nossas Igrejas permitem que os jovens cuidem de toda a programação neste tempo. Louvores, direção de culto, mensagens, congressos etc. Na verdade, a juventude trabalha além de agosto, não é mesmo? Eles estão inseridos em muitos ministérios em nosso ambiente eclesiástico. Para 2021, a Juventude Batista Brasileira (JBB) traz um tema importante e bem contextualizado. “Recomeçar” fala da própria JBB, após a perda do querido
Amnom Lopes, seu coordenador geral, por conta da COVID-19, e de todos os brasileiros, em seus trabalhos, estudos, atividades e Igrejas. Tudo parou, tudo mudou e, aos poucos iniciamos o processo de recomeçar. O texto de apresentação do Mês da Juventude fala sobre essas questões, que pertencem a todos nós. “Muitas vezes na Palavra de Deus, as pessoas tiveram de RECOMEÇAR: embarcar em uma nova jornada, um novo desafio, uma nova missão. A Bíblia é um livro de muitos recomeços. Em tempos como os atuais, muitos ciclos, sonhos, projetos e vidas têm terminado. Vemos muita coisa sendo encerrada e nem sempre temos a certeza de como
o que restou será daqui em diante. Muitas incertezas e apreensões ocupam nossos pensamentos, sendo necessário coragem para juntar os pedaços que sobraram de uma realidade que foi transformada e, a partir disso, seguir em frente, apesar de todas as dificuldades e dores que ainda nos acompanharão no caminho. Num contexto como esse, a Juventude Batista Brasileira também está começando de novo. E, assim como para você e o restante do mundo, para nós não está sendo fácil. Aprendemos com uma canção da Banda Resgate que “A chance de recomeçar exige não ter medo!” Esta chance está diante de cada um de nós. Não significa esquecer o que passou, nem deixar tudo de
lado, mas juntar o que temos agora, olhar em frente e confiar no Deus que faz novas todas as coisas, Aquele mesmo que renova Suas misericórdias todas as manhãs para, enfim, prosseguir. Apesar de tudo, e em meio a tudo o que tem acontecido, podemos aprender com Deus a recomeçar, seja nossos planos, projetos, nossas carreiras e até ministérios. Que neste Mês da Juventude, a gente possa ser inspirado e fortalecido para RECOMEÇAR”. Esperamos um mês da Juventude incrível da nossa JBB e em nossas Igrejas também. Que seja um tempo de recomeço para todos. n
( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00
O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB
EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com
FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Fausto Aguiar de Vasconcelos DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza
REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557
Fax: (21) 2157-5560 Site: www.convencaobatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);
Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
3
DICAS DA IGREJA LEGAL
16 coisas que toda Igreja deve fazer (1) Jonatas Nascimento A convite do diretor executivo da Convenção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, honrosa foi a minha passagem pelo Conselho Fiscal da CBB no período de 2015 a 2020, quando tive a oportunidade de ampliar a minha visão no campo da administração eclesiástica. Lá utilizávamos uma checklist (lista de conferência ou controle), cuja autoria ainda desconheço, mas desde agora peço vênia para utilizá-la, que foi de extrema utilidade para facilitar o trabalho desenvolvido junto às entidades componentes da grande denominação Batista. Desde então, adotei esse documento, naturalmente com as devidas adaptações, que certamente serão de muita utilidade para todas as Igrejas que primam por uma gestão diferenciada.
Importante que a Igreja faça essa conferência pelo menos uma vez ao ano, no que couber: 1. O estatuto está de acordo com o Código Civil e demais legislações aplicáveis? 2. O estatuto contempla a possibilidade de realização de assembleias virtuais? 3. O estatuto contempla a possibilidade de realização de atividades das Organizações da Sociedade Civil (Saúde, educação e assistência social)? 4. O estatuto prevê a transferência dos bens para outra organização congênere, em caso de dissolução? 5. O estatuto traz claramente a atividade-fim da Igreja, ou seja, adoração, comunhão, serviço, ensino e proclamação ou algo próximo disso? 6. A Igreja possui ou mantém outras organizações, com ou sem personalida-
des jurídicas próprias? 7. A Igreja explora “atividades tipicamente mercantis”, tais como cantina, livrarias, vendas de CD’s... Em caso afirmativo, essas atividades são destinadas somente aos membros e em horários de atividades ou é aberta ao público em geral? 8. A Igreja possui Conselho Fiscal atuante? 9. A Igreja tem em prática um processo de elaboração de orçamento anual para as suas atividades? 10. A Igreja está gozando plenamente dos seus direitos no campo da imunidade tributária e eventuais isenções, tais como IPTU, IPVA, Taxa de Incêndio, Contribuição Sindical patronal etc? 11. O CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) da Igreja está em consonância com estatuto? 12. Atas e outros registros de re-
uniões do Conselho e da Diretoria da Igreja são lavrados regularmente e são levados a registro em Cartório? 13. Existem ações judiciais pendentes contra a Igreja? 14. O mandato da diretoria está de acordo com estatuto? 15. Há fichas, livros e listagem de membros atualizados para definição de quórum nas assembleias estatutárias? 16. O estatuto prevê a realização de assembleias gerais (ordinárias, extraordinárias e solenes)? Este questionário continua na próxima edição. Não perca. n Empresário contábil, diácono Batista e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal” E-mail: jonatasnascimento@hotmail.com WhatsApp: (21) 99247-1227
Os novos pastores em um mundo pós pandêmico Miquéias Lucas Pereira
membro da Igreja Batista da Liberdade em Descalvado - SP
“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina” (II Tm 4.2-3). Algo animador durante a pandemia foi o fato de continuar ocorrendo concílios examinatórios para o Ministério Pastoral no meio Batista. Também foi maravilhoso saber que os trabalhos
missionários conseguiram avançar de forma quase normal. É bom saber que há vocacionados em nosso meio e que a obra não para. Uma coisa a se pensar é a realidade que esses novos vocacionados enfrentarão. Como um recém-formado em Teologia e a caminho do concílio, me preocupo com a nova fase que surge, que é a fase pós pandêmica. Sem dúvida, os pastores que possuem anos de ministério terão dificuldades, mas não quanto os novos ministros que não possuem experiências. Já há um aumento de problemas entre as pessoas,
como crises de ansiedade, casamentos conflituosos, vícios tecnológicos, vícios com pornografia e muito outros causados pelo confinamento. Além disso, diante do perigo das falsas doutrinas em nossas Igrejas, a autoridade da Bíblia precisará ser pregada cada dia com mais intensidade. A pregação apologética deverá ser uma ferramenta muito usada daqui para frente pelos ministros do Senhor. Em meio a tudo isso é preciso reforçar a importância das lideranças se aproximarem de seus vocacionados antes e depois de enviá-los aos estudos teoló-
gicos. O costume bíblico de pastores gerando pastores não pode se perder. Assim como Timóteo foi encorajado por Paulo a pregar a palavra de maneira fiel em um contexto de abandono e afrontas, clamo a Deus para que o povo Batista e as demais Igrejas do Brasil incentivem seus novos pastores a não desistirem e lutar pelo Reino. Que os Batistas Brasileiros não desistam de reconhecer dons e talentos no meio eclesiástico. Da mesma forma, que os discipulem de maneira fiel às escrituras ao ponto de pregarem somente a Palavra. n
4
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
Eis que tudo se faz novo Valdevan Lucas
pastor, coordenador Regional da JBB no Nordeste
Entre tantas garantias que o Senhor, por pura graça e misericórdia nos dá, existe a garantia de que todos nós viveremos um momento de renovação, algo que começa aqui e agora e que se estende aos últimos dias. Jesus nos ensinou isso com a própria vida. Ele mesmo viveu o fim para nos mostrar que o renovo é algo real. Ele morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou. E essa é a prova de que o Senhor renova todas as coisas, pois nem mesmo a morte foi capaz de lhe fazer parar. Deus pode tudo, e isso inclui proporcionar novos momentos e novas oportunidades a cada um de nós. Em tudo somos desafiados. Nos relacionamentos, na vida profissional, em nosso chamado, vocação, propósito e, inclusive, em nossa fé (e aqui entenda fé como a nossa capacidade de confiança). Logo, o que fazer ou pensar diante de cada um deles? A resposta é: buscar no renovo do Senhor a força para recomeçar. Tenha sempre a certeza de que quando os relacionamentos chegam ao fim, Deus pode fazer recomeçar. Ou, se a vida profissional parecer não existir, o Senhor
da provisão abre portas. Quando nosso chamado, vocação ou propósito de vida estiver na fase do “é impossível dar certo”, o Deus que nos chamou se mostra como o grande arquiteto que planejou tudo e sabe exatamente o dia e a hora em que cada coisa deverá acontecer. E quando a barra estiver tão pesada, ao ponto de você duvidar que o Senhor soberano está do seu lado cuidando de tudo, o seu Espírito, que intercede por nós, será a nossa paz e o nosso alívio, proporcionando em nós o reacender da chama que parecia ter se apagado. Esse é o Deus que nós servimos, o Deus que renova todas as coisas e que nos faz recomeçar, mesmo quando tudo parece ter chegado ao fim. Recomeçar é viver a ação de Deus em nós. É permitir que a graça dele, que se manifestou salvadora a todos os homens, atue em nossa vida em todas as circunstâncias, inclusive nas nossas falhas e pecados. “A cada manhã as misericórdias se renovam”, e é por isso que estamos de pé ainda hoje. A nossa existência é a expressão do recomeço de Deus em nós. Peça ao Senhor que lhe faça sensível ao renovo que Ele quer fazer em sua vida. Leitura recomendada: Apocalipse 21. 1-8 | Mateus 28. 1-10 | João 21. 1-25 | Romanos 8.18-25 n
Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
As Cidades De Refúgio Josué 20:4 - E fugindo para alguma daquelas cidades, por-se-á à porta dela e exporá a sua causa aos ouvidos dos anciãos da tal cidade; então o tomarão consigo na cidade; e lhe darão lugar, para que habite com eles. A Lei Mosaica providenciou possibilidade de um recomeço de vida para aqueles que, sem intenção criminosa, se viram na situação de ter que matar alguém. “Disse o Senhor a Josué – Diga aos israelitas que designem as cidades de refúgio, como lhes ordenei por meio de Moisés, para que todo aquele que matar alguém sem intenção e acidentalmente possa fugir para lá e proteger-se do vingador da vítima” (Josué 20:23). A doutrina jurídica da “cidade de refúgio” foi uma grande exceção, na tradicional cultura da Lei de Talião, do “olho por olho e dente por dente”. O conceito da “intenção não dolosa” constituiu um grande avanço na prática antiga da justiça. Não somente o homicida sem dolo adquiria o direito de se explicar, como lhe era concedido um foro de julgamento sem suspeição. Mais ainda, uma vez provada
sua real motivação não homicida, ao refugiado era concedida a chance de recomeçar sua vida, morando entre vizinhos destituídos de preconceito contra ele. Quando a Bíblia afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23), a declaração é universal, sem fazer nenhuma referência a dolo. O que quer que nos separe de Deus é a essência do pecar. Por isso, não existe meio pecar ou pecar inteiro: separado é o que não está unido. A superioridade essencial da justiça divina é que, com ou sem intenção, quando pecamos, a nós é dada uma oportunidade de superação da infração cometida: trata-se do processo do reconhecimento da falta, do arrependimento, do pedido de perdão e o de um começo novo de viver. Já agora debaixo do senhorio do Cristo Redentor, pela força espiritual do Espírito Santo. Mais do que apenas algumas cidades de refúgio, o mundo inteiro é o local de nossa recuperação pelo poder universal de Jesus o Cristo, não importando nossa cultura, o grau de nossa culpa ou o tamanho dos estragos causados por nós.
Recomeçar a jornada (João 21.1-17) Vinicius Vargas
coordenadoria de Capacitação da Juventude Batista Brasileira
O cenário ali era bem conhecido: o mar de Tiberíades era o mesmo mar da Galileia, onde algum tempo antes, Jesus havia chamado Pedro, André e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João (Mateus 4.18-22). Os quatro estavam novamente no mesmo lugar. Mas haviam vacilado feio: eles deixaram Jesus no Getsêmani. À exceção de João, ninguém estava na cena da crucificação, Pedro havia chegado ao extremo de negar conhecer
Jesus. Agora, eles estavam no barco. De novo. Impossível ir até àquela praia e não lembrar de quando foram chamados. Impossível não rever a cena na cabeça e lembrar de como a vida mudou depois daquilo tudo. De quantas aventuras participaram e de quantos milagres e manifestações poderosas foram testemunhas. Mas parece que tudo tinha terminado. Jesus tinha ressuscitado, venceu a morte e tinha sido visto por muitos desde então. Mas, não iria querer assunto com aqueles homens. Pelo menos era isso que eles
devem ter pensado, tanto que retomaram seu antigo ofício. Voltaram ao mar. Não pescam nada. Jesus os chama e faz a incômoda pergunta: “Tem peixe aí?”. Sete homens experientes, uma noite toda no mar. Nenhum peixe. Apenas frio, vergonha e fome. Jesus ordena e eles pescam. Muito. Chegam até a praia e o que veem? Pão e peixe na brasa. Certamente tinham muitas desculpas e vergonha do que fizeram. De terem abandonado o Mestre, de terem voltado a pescar. Jesus deixou claro que sem Ele, eles jamais seriam bons pescadores
de novo. Eles haviam deixado as redes. Não deveriam voltar para lá. Não era ali o seu recomeço. Vamos recomeçar? Na mesma praia, o mesmo Mestre, os mesmos homens. - Você me Ama? - Amo. - Então, faz exatamente aquilo que Eu te mandei fazer. Jesus os encontrou no mesmo lugar para dizer que o chamado ainda é o mesmo. Do mesmo Deus às mesmas pessoas. Era por ali que deveriam recomeçar. n
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
5
É preciso dizer sim
Thiago Mercedes
coordenador do Teen Brasil da Juventude Batista Brasileira
Talvez, o caminho mais difícil seja o de recomeçar, porém, é o caminho mais correto. Pedro negou a Jesus três vezes para pessoas diferentes, abriu mão do que tinha de mais precioso, o amor por proclamar o Salvador. A caminhada de Pedro com Jesus foi recheada de alegrias, tristezas, momentos de medo, superação e muito aprendizado. Podemos dizer, certamente, que era uma relação de amizade profunda, mas isso não impediu
que o medo sobreviesse ao coração do discípulo. Nessa conhecida história, podemos observar que ele teve tempo pra pensar antes de negar a Jesus pela terceira vez, pelo menos uma hora, mas isso não o impediu. Sua mente estava contaminada pelo medo, e impediu que realizasse a atitude correta, de enfrentar aqueles que o questionavam. O tempo passa, e Pedro amarga essas três respostas dadas, e isso o incomoda profundamente. Ele não tinha percebido, mas uma raiz tinha germinado: a culpa. Era algo que o corroía por dentro, e ele precisava fazer algo pra
acabar com aquela sensação. E apenas um encontro com Jesus poderia transformar tudo. Ao encontrar com Jesus, Pedro teve que vencer novamente o medo de encarar Aquele que ele negou e responder a Cristo aquilo que de fato estava no seu coração, servir a Ele e levar a Sua mensagem. Mas, como isso seria possível, se a culpa regada pelo medo já tinha dado frutos de tristeza pelo ato cometido, desconfiança se seria perdoado e até mesmo receio de não ser aceito novamente? Responder a Jesus, aceitando cuidar das Suas ovelhas era um recomeço, uma
mudança de rota e uma transformação de realidade. Talvez, você pode ter deixado a raiz do medo se aprofundar em seu coração, e a ideia de recomeçar parece loucura ou apenas um sonho distante. Eu quero te dizer que é possível, basta falar com aquele que mudou a história desse planeta e dizer “Sim, eu quero tentar”, “Sim, eu aceito andar contigo”, “Sim, eu também me perdoo”. Para começar, é necessário apenas dizer sim e dar os primeiros passos para uma nova jornada, que será vívida e muito produtiva. Texto base: Lucas 22.54-60 / João 21.15-17 n
Há esperança em Cristo! Rayane Correia
coordenadoria de Capacitação da Juventude Batista Brasileira; membro da Igreja Evangélica Batista em Casa Amarela, em Recife - PE
Você já começou a ler um livro ou assistir a um filme e viu que não estava fazendo como deveria? Vamos supor que se distraiu com o celular - ou dormiu - e perdeu uma parte importante da história. Então, resolveu recomeçar, voltar tudo até onde você lembra e desfrutar do jeito certo, dessa vez. Quem dera a vida fosse assim também, não é? Mesmo quando você recomeça algo na sua vida, isso não significa que a perda ou deslize anterior ficará de fato para trás. Recomeçar deixa marcas na gente
e, por isso, também pode ser cansativo… a lembrança, frustração, saudade do passado ou a culpa… tudo isso pode continuar nos atingindo. Entretanto, gostaria de compartilhar verdades que nos ajudam a recomeçar, mesmo que você já tenha vivido vários recomeços e as consequências do que lhe fez tentar outra vez ainda estejam lá. Elas terão fim! I Coríntios 13.10 fala que “quando vier o que é perfeito, essas coisas imperfeitas desaparecerão”. Além disso, nosso aperfeiçoamento começa nessa terra e terminará na eternidade. “Tenho certeza de que aquele que começou a boa obra em vocês irá completá-la até o dia em que Cristo Jesus voltar” (Fp 1.6). A verdade é que, enquanto continuamos aqui, temos uma
missão. Recomeçar é possível porque há esperança em Cristo, que nos dá força e completa a boa obra em nós. C.S Lewis, no livro “Cristianismo Puro e Simples”, explica algo interessante: “nós temos de pedir ajuda a Deus, mas pode ser que tenhamos a impressão de que a ajuda não veio ou veio em dose menor que a necessária. Na verdade, a primeira ajuda de Deus não é de cara o resultado esperado, mas a força para tentar de novo”. Portanto, conseguir tentar de novo, já é uma dádiva. NEle, sempre há possibilidade de recomeço. Ainda naquele trecho, Lewis fala: “[…] esse processo de treinamento dos hábitos da alma é ainda mais valioso. Ele cura nossas ilusões a respeito de nós mesmos e nos ensina a confiar em Deus […]”. Então, lembra
daquelas nossas feridas? Elas podem servir para entender nossa vulnerabilidade. A partir disso, poderemos viver, de uma vez por todas, dependendo única e exclusivamente dEle! Quantas vezes você já tentou recomeçar este ano? Saiba que a vontade e a força para recomeçar vêm dEle e, em Cristo, até nossos fracassos e nossas frustrações poderão glorificá-lo. Mesmo que pareça que faltam forças, mesmo que a dor ainda seja uma lembrança, sempre há esperança em Cristo! Podemos pedir por sua ajuda sem temer. E recomeçar aos pés de Cristo é bem melhor do que reiniciar como se a nossa vida fosse igual ao exemplo do filme ou livro. Pensar desta forma é saber que tudo é passageiro. Mas a gente tem vida eterna garantida numa eternidade perfeita! n
6
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21 VIDA EM FAMÍLIA
Jovens, firmem seus valores! Lembro-me muito bem, numa de minhas férias, ainda bem jovem e solteiro, escolhi para ler naqueles dias um livro de Charles Swindoll que tem como título “Firme seus valores”, publicado pela Editora Betânia. Como aquele livro fez bem à minha vida! Creio que, depois da Bíblia, esse livro deveria ser incentivado à leitura por parte dos jovens em nossas famílias e Igrejas nos dias de hoje. Temos visto, infelizmente, que muitos jovens de famílias cristãs e que frequentam nossas Igrejas estão com seus valores firmados não na Bíblia, a Palavra de Deus, mas em correntes ideológicas que tem suas bases distantes dos princípios judaico-cristãos. Como esse livro, ainda em circulação, foi importante para eu resistir as argumentações de professores ateus durante meus estudos de filosofia na Universidade do Estado do Rio de Janei-
ro (UERJ) na primeira metade da década de 80. Recentemente, presenteei esse livro a uma jovem que estava começando seus estudos de medicina numa universidade pública, pois estou certo de que serão anos de muita provação para que ela negue tudo o que aprendeu de seus pais e em sua Igreja. Recentemente recebi a ligação de um pai derramando suas lágrimas pela filha que tinha se desviado, por completo, dos caminhos do Senhor, após se ingressar numa universidade para cursar medicina. Um outro amigo meu também compartilhou, com tristeza, que sua filha tinha “virado a cabeça” ao entrar para a universidade. Por que isso? Precisamos trabalhar com nossos jovens, em nossas famílias e em nossas Igrejas, a importância de firmarem seus valores, acima de qualquer ideologia, na Palavra de Deus.
Certa vez, pregando em uma Igreja, cantou um lindo coro formado por jovens e adolescentes. Enquanto ouvia a bela música, perguntava a mim mesmo quantos jovens ali condenavam o aborto, a ideologia de gênero, preservavam sua virgindade guardando-a para o casamento, tinham o propósito de casarem “no Senhor”. Com certeza, muitos, mas posso garantir que muitos também não tinham o menor problema em estar na Igreja, mas com seus valores distantes dos ensinos da Bíblia. A tarefa de ajudar os jovens em firmar seus valores é da família, é da Igreja, é da denominação. A família é a primeira linha de fortalecimento dos valores na vida dos jovens. A Igreja deve estar atenta para ser relevante e ajudar os jovens a responderem os questionamentos do mundo com convicção, tendo como fundamento a ética cristã.
A denominação também tem um papel importante. Nos congressos, nas literaturas e nos encontros que realiza temas éticos, com o enfoque cristão, devem ser discutidos, debatidos e ministrados. Que nos preocupemos com essa faceta na vida dos jovens que estão ao nosso redor. Muitos já foram cooptados, outros estão sendo e muitos ainda o serão se não fizermos alguma coisa, em nossos lares, em nossas Igrejas e em nossa denominação. n
são humilde. Não é a criança que precisa se tornar adulta para fazer parte do reino de Deus, e sim, na linguagem de Jesus, é o adulto que se torna criança e, assim, se converte ao Senhor. As crianças foram usadas por Jesus como paradigma de conversão e humildade. Segundo Cristo, receber um pequenino em Seu nome é receber a Ele mesmo (cf. Mateus 18.5). Jesus ama as crianças, e, por isso, combateu o preconceito e desprezo social da época com elas e as incluiu no reino dos céus. Em outro contexto, o Mestre orientou Seus discípulos a não impedirem as crianças de terem acesso a Ele, e a justificativa é esclarecedora e desafiadora:
“dos tais é o reino dos céus”. Quando seguimos os passos de Jesus aprendemos a amar e a investir no mesmo foco do Mestre. A Igreja de Jesus Cristo precisa aprender a valorizar as crianças, tal como o Seu Cabeça. Se Jesus, como dono e cabeça da Igreja, ama e valoriza as crianças, o Seu Corpo também deve priorizar as crianças, uma vez que elas estão e são mais sensíveis e disponíveis para a semente do Evangelho. Se quisermos uma nova geração que levará s mensagem da Palavra adiante e continuará a fazer a vontade de Deus até Jesus voltar, precisamos investir esforços, recursos materiais e
humanos, preparar líderes capacitados e piedosos, a fim de que nossas crianças sejam ensinadas a trilhar o caminho do Senhor, a amar a Deus acima de todas as coisas, e a considerar o Senhor em todas as decisões. Seguir Jesus é nutrir um amor incondicional pelas crianças; é sentir muita responsabilidade com nosso cuidado para com os pequeninos. Somos responsáveis pela nova geração emergente, e como Igreja precisamos ser fiéis na instrução bíblica. Precisamos ensinar as crianças a louvar, amar, celebrar, seguir os passos de Jesus. Que nossas crianças sigam o Mestre! n
Por: Gilson Bifano Preletor, escritor na área de família e casamento. Siga-me no Instagram e no Twitter: @gilsonbifano. Facebook: facebook/gilsonbifano E-mail: oikos@ministeriooikos.org.br
Crianças seguindo Jesus Jeferson Cristianini
pastor, colaborador de OJB
Jesus ama as crianças e demonstrou em Seu ministério. Ele aproximou os pequeninos quando queriam afastá-los da presença dEle; abençoou as crianças enquanto os discípulos repreendiam; colocou a criança no meio, ou seja, no local de destaque e disse assim “Em verdade vos digo que, se não converter e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3). Para Jesus, a entrada no reino dos céus está atrelada ao estado de humildade de uma criança. É necessária conver-
MISSÕES NACIONAIS
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
Projeto Sons da Missão abençoa acolhidos da Cristolândia No dia 15 de julho, uma nova ferramenta missionária se tornou realidade. Em uma tarde de muita alegria e emoção, o projeto Sons da Missão saiu do papel e passou a fazer parte da rotina de 40 acolhidos da Cristolândia do Rio de Janeiro, que agora contam com aulas de música, com foco em orquestra. O Sons da Missão é uma parceria entre Missões Nacionais e o Seminário do Sul, com a missão de multiplicar discípulos de Jesus por meio da educação musical. O objetivo desse projeto é contribuir para a formação musical, cultural, humana e espiritual dos alunos, visando fortalecer os vínculos e a ressocialização por meio da música. Na presença do embaixador da Cristolândia, o músico e pastor Fernandinho, os acolhidos da Cristolândia cantaram com alegria e convicção a verdade de que são livres em Cristo. Nessa liberdade, eles dão agora mais um passo na vida em abundância que o Senhor Jesus oferece. No fim do culto, um violino e um violoncelo foram entregues a dois alunos e os instrumentos foram dedicados ao Senhor. As aulas começaram logo após o lançamento do projeto e todos se dividiram entre as aulas de música coral, violino e violoncelo. A transformação que Deus faz é completa e, agora, a Cristolândia pode contar com mais uma bênção para auxiliar e motivar a caminhada dos acolhidos. Ore por esse projeto, pelos alunos e professores. Glórias sejam dadas a Deus por tantas maravilhas! n
Pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais apresenta as coordenadoras do Sons na Missão. Da esquerda para a direita: Débora Cádimo, Débora Medeiros e Joyce Leão
Pastor Nilton Antonio de Souza, diretor-geral da Convenção Batista Carioca, em oração pelo projeto
7
8
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
Convenção Batista Mineira celebra aniversário de 103 anos Culto de gratidão foi presencial e online. Departamento de Comunicação da Convenção Batista Mineira No dia 19 de julho, a Convenção Batista Mineira (CBM) celebrou, na Igreja Batista do Barro Preto-MG (IBBP), culto de gratidão pelos seus 103 anos. Vários importantes líderes batistas participaram presencialmente e também pela transmissão online via YouTube e Facebook. Os louvores foram entoados pelo Coro e Orquestra da IBPP, que trouxe em seu repertório canções como: “Da igreja o fundamento”; “Pedra Angular”, “Meu querer”, “Teu nome glorioso louvar”, dentre outras. Para realizar as saudações e motivo de culto estava o presidente da CBM, pastor Samuel Amaro e para a oração de gratidão, o presidente de Honra da CBM, pastor Jonair Monteiro. A celebração ainda contou com a apresentação de um monólogo teatral, da Missão IOCO, e um momento para cantar a Música oficial da Campanha de Missões Estaduais “Fale por onde for”, de César Timóteo. A oradora da noite foi Elvira Rangel, diretora executiva da União Feminina
Líderes Batistas participaram da celebração presencialmente ou online Missionária Batista de Minas Gerais (UFMBM), que falou sobre missões e a importância de confiar em Deus, o que chama e sustenta os vocacionados. “Senti firmeza e clareza para transmitir a mensagem que Deus colocou no meu coração e me senti honrada com o convite de pregar em uma noite tão especial”, disse Elvira. Segundo o pastor Marcio Santos, diretor executivo da CBM, e que participou de toda a programação, nesses 103 anos “a missão da Convenção Batista Mineira tem sido servir as Igrejas Batistas de Minas Gerais. E, com a Graça de
Deus, podemos nos alegrar Nele ao ver o crescimento do Seu Reino em Minas, por meio da obra missionária de plantação e revitalização de Igrejas. Agradecemos ao Senhor pelo privilégio de servi-Lo e abençoar Minas Gerais”. Para o pastor Samuel Amaro, presidente da CBM, “foi uma noite de olhar para trás e mais uma vez enaltecer o trabalho de homens e mulheres Batistas que contribuíram para que chegássemos até aqui. E também de continuar plantando boas sementes no presente, visando o futuro da denominação Batista no estado das Minas Gerais”.
Encerrando a celebração, os convidados assistiram o vídeo “Unidade e Diversidade”, mostrando a história da CBM e aqueles que construíram, fizeram e fazem parte da mesma. A bênção apostólica foi concedida pelo pastor Arlécio Franco Costa: “Uma noite bonita de gratidão e honra ao Senhor, o dono, autor e contador dessa grande história dos batistas mineiros”. Hoje, a Convenção Batista Mineira possui 773 Igrejas, 404 congregações, 18 Associações, 1108 pastores filiados e diversas organizações. n
Convenção Batista de Pernambuco promove terceira edição do Encontro Pedagógico na modalidade online Paula Sales
coordenadora da Área de Comunicação da Convenção Batista de Pernambuco; membro da Igreja Batista da Redenção, em Olinda - PE
Pernambuco conta hoje com mais de 800 trabalhos Batistas estabelecidos do sertão ao litoral. A pluralidade de demanda salta aos olhos de quem viaja pelo estado passando de uma região a outra. O cenário nos provoca a preparar lideranças eficazes, que respondam adequadamente às particularidades locais e avancem na proclamação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. O Encontro Pedagógico (EP) visa treinar pessoas para o exercício da liderança eclesiástica; este é um componente da engrenagem da Educação Cristã tão cara aos
Batistas, contribuindo com pastores e educadores na formação de professores de Escola Bíblica, tesoureiros, secretários, diáconos etc. A Área de Desenvolvimento em Educação Cristã (ADEC) da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE) tem colaborado há mais de 20 anos com a formação de líderes Batistas, realizando o Encontro tanto na região metropolitana do Recife, quanto no sertão de Pernambuco. A cada trimestre, o EP reúne pessoas para trocar experiências e afinar as habilidades em reuniões presenciais nas Igrejas ou seminários aqui do estado. Tamanho foi o desafio de repensar o modelo para o ambiente digital! A equipe da Secretaria da CBPE teve que aprender-fazendo, os alunos e professores também. Pagamento, ins-
crição, abertura, aula online... “oi, estão me ouvindo?”. Pela terceira vez, o Encontro Pedagógico, carro-chefe da ADEC, aconteceu remotamente, no segundo sábado de julho (10). Com alunos do nosso amado Pernambuco e alguns outros irmãos de Goiás e Alagoas que se juntaram a nós. Ofertamos 11 Grupos de Interesse para professores de Escola Bíblica e colaboradores da área de Administração Eclesiástica. A abertura foi pelo canal da CBPE no YouTube e falamos sobre “5 princípios multiplicadores”. Essa parte da programação é aberta e está disponível para quem desejar assistir. Tivemos a participação de missionários conveniados à Área de Missões Estaduais (AME), um deles ministrando um dos Grupos de Interesse, pastor Manoel
Messias (Quixaba), e outros como alunos. A ADEC e a AME têm caminhado juntas aqui em Pernambuco, entendendo que alcançar esta geração para Cristo demanda a pregação do Evangelho e o discipulado dos novos crentes, ensinando-os a guardar todas as coisas que o Cristo ordenou. Depois da pandemia, o EP vai continuar online? Ainda não sabemos como será depois da pandemia, mas sabemos da nossa disposição em continuar fornecendo conteúdo, ferramentas, espaços e oportunidades para que as lideranças cresçam, sejam treinadas e deem muito fruto. O Senhor vai nos conduzir quanto a estratégia e ferramentas que vamos usar. Presencial, remoto ou híbrido, vamos continuar servindo, com o que temos e como podemos. n
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
9
10
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21 ARTE & CULTURA
Pickleball, o esporte do momento (parte 2) Como havia prometido, aqui vai a segunda parte da nossa matéria sobre o Pickleball, o esporte do momento. Para nossa alegria, pude entrevistar o presidente da Associação Brasileira de Pickleball. 1. Quem é Toninho Coelho? Nascido em 1945, na cidade de Governador Valadares-MG; economista e empresário; casado com Miriam Miranda, pai de três filhos e com três netos. 2. Como nasceu seu amor pelo Pickleball? A grande influenciadora foi uma amiga americana, Janet Davidson, que ao visitar os amigos aqui no Brasil, me falou do esporte nos Estados Unidos e sugeriu que implantasse em Governador Valadares. 3. Qual a missão da Associação Brasileira de Pickleball? A Associação Brasileira de Pickleball foi fundada em setembro de 2018, com a missão de implantar o esporte em todo o território brasileiro. 4. Qual a importância desse esporte para a comunidade brasileira? É um esporte fácil de se praticar, de custo baixo e atende a todas as idades. 5. Quais os projetos atuais e futuros para esse esporte cativante? É disseminar o esporte através da criação de associações regionais, em parceria com as que já foram criadas: associação mineira, capixaba, baiana, paulista e maranhense (em implantação). Atualmente, está no processo de formação de professores e treinamento de jogadores visando a Copa Mundial de Pickleball em Austin (EUA), em 2022. 6. O que é o Pickleball? Pickleball é um esporte de raquetes, a exemplo do Tênis, Ping Pong e Badminton, mas com gosto de alegria e fascínio. Depoimentos de quem pratica o Pickleball “O Pickleball é o esporte mais democrático do Brasil. Joga homem, mulher, criança de 12 anos com idoso de 70” (Bruno Souza, engenheiro de Segurança do Trabalho e diretor da Associação Brasileira de Pickleball, em Governador Valadares-MG). “Moro, hoje, no berço do Pickleball, em Governador Valadares-MG. Pratico o esporte há um ano e três meses. Sou um jogador intermediário, professor de tênis de mesa, Pickleball e credenciado pela
Associação Brasileira de Pickleball. Em outubro vou me certificar pela Federação Mundial de Piclkleball. Para mim, é um dos melhores esportes da atualidade. Deixei de praticar vários esportes, como futebol, tênis de mesa, peteca… enfim, e nunca pratiquei uma modalidade tão apaixonante como este esporte. Participei dos 38 selecionados para o Brasil, ficando nas quartas de finais, quarto lugar no primeiro BH Open de Pickleball e, hoje, sou o número um no Brasil, acima dos 50 anos. Deixo um conselho: se não tem tempo, não jogue nem uma partida de Picklebal, porque, senão você não consegue mais parar; é simplesmente apaixonante. Um esporte para todas as idades. Um exemplo é o presidente da Associação Brasileira. Tem 75 anos e joga muito. Pratiquem, é muito bom!” (Ronaldo Clementino, número 1 do Brasil acima dos 50 anos).
une uma geração apontando valores ilimitados. Pickleball é o esporte que nos apaixona. Gratidão ao senhor toninho por nos proporcionar esse esporte. É um esporte que constrói amigos de diferentes gerações” (Iorcene Cares). “Pickleball e fonte de saúde e vida, une pessoas e produz valores além do esporte” (Leonardo Coelho - Governador valadares-MG; embaixador do Pickleball; consultor de vendas).
“O Pickleball é um esporte sensacional e nos permite trabalhar nossos valores. Em um bom jogo vivenciamos o companheirismo; a cada lance ou ponto sai aquele sorriso e vamos esquecendo a dureza de dias difíceis e vivenciando momentos felizes e gratificantes, uma vez que o esporte se mostra como ferramenta transformadora quando nos mostra além dos horizontes” (Josiel “Pickleball é o esporte que une gera- Leonardo, 23 anos, formado em Eduções, sem limitações do tempo. Pickele- cação Física - Licenciatura e instrutor ball é o retrato fiel do sr. Toninho e Janet, de Pickleball).
“Olá, me chamo Raphael Fonseca Sousa e sou o presidente da Associação Mineira de Pickleball (A.M.P.K). O Pickleball existe em Belo Horizonte desde maio de 2018. Um esporte fácil de aprender e gostoso de se jogar. Por ser um esporte de jogabilidade simples, ele permite que iniciantes evoluam rápido dentro da modalidade. Além do jogo agradável, em BH ele tem permitido que pessoas interajam, principalmente no tempo atual que estamos vivendo, de internet e pouca contato pessoalmente. O Pickleball vem para agregar. Esperamos você para vir jogar com a gente” (Raphael Fonseca Sousa, presidente da Associação Mineira de Pickleball). n Escreva para: Arte e Cultura CBB Pr. Roberto Maranhão maramuppet@hotmail.com Gerente de Arte, Cultura, Esporte e Recreação da CBM WhatsApp: (31) 9530-5870
MISSÕES MUNDIAIS
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
11
Orações que transformam vidas João Luiz Dutra
missionário na Argentina
A Argentina, assim como outros países, vive uma crise sem precedentes. Vemos famílias desesperadas, sem rumo; pessoas com medo, pânico e sem motivação. O governo não sabe o que fazer; não há respostas ou propostas para conter a população. O sistema de saúde colapsou e não suporta a grande demanda de infectados pela COVID-19. A moeda local, o peso argentino, vale cada vez menos e o desemprego só aumenta. Diversas famílias vivem em condições de vulnerabilidade. O grande desafio que temos como missionários é seguir evangelizando e ensinando a igreja que Deus está nos dando uma oportunidade para responder a essa grande demanda através das ferramentas mais poderosas que Ele nos deu: o Evangelho e a Oração “As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas” (II Co 10.4) Em junho, vivemos o segundo mês da nossa campanha de oração na Igreja. O desafio era que cada família convidasse uma outra família que ainda não conhece o Evangelho e crie um vínculo para, em seguida, visitá-los para levar um pequeno presente. Dessa forma,
compartilhamos a nossa campanha de oração e oramos por eles durante todo o mês. Temos outro desafio, que é a visita aos comércios locais com cartazes da Campanha “Orações mudam histórias”. Damos testemunho de orações respondidas em 2020 e contamos porque as orações têm o poder de mudar a história
de pessoas e de empreendimentos, para a glória de Deus. Estamos catalogando e orando por vários comércios e trabalhadores que aceitaram nossas orações. A Igreja está bem envolvida nessas campanhas, crescendo e querendo que as orações rompam as barreiras. Nosso desejo é que os argentinos conheçam o Evangelho, que é o poder de Deus
para salvar o pecador. As angústias, o medo e a incerteza serão depositadas no Senhor - o único que é capaz de guardar em perfeita paz nossa mente e coração. Para julho, preparamos uma classe de discipulado presencial e virtual para aqueles que responderam positivamente às campanhas. Eles terão oportunidade de conhecer a Palavra e o poder de Deus, que responde as orações. Nossas reuniões de orações semanais têm, cada vez mais, participantes. A jornada de leitura bíblica, que está na segunda edição, também nos dá muita alegria ao ver que muitos estão lendo a Palavra e tendo suas vidas transformadas por meio dela. O Centro de Formação Missionária (CFM) está atendendo virtualmente os alunos. Estamos na disciplina “Missões na Carta de Romanos”, ministrado por minha esposa, Cláudia. É gratificante ver os alunos interessados, aprendendo e se preparando para a tarefa missionária de comunicar o Evangelho de maneira eficaz. No próximo semestre teremos mais uma classe virtual: “Religiões Mundiais e Apologética”. Ore por nós, por nossa família no Brasil, por nossa Igreja e nossos jovens aqui na Argentina, lembrando sempre que orações transformam as circunstâncias da vida! n
Uma pessoa vale muito para Deus Eli Costa
missionário no Norte de Moçambique
No domingo, 11 de julho, fui com dois irmãos moçambicanos, colegas de ministério, a Bandeze, a alguns quilômetros de distância da cidade onde estamos estabelecidos aqui em Moçambique. Ao chegar à região, andamos mais alguns quilômetros até o rio para realizarmos o batismo. Foi apenas um batismo. Parece pouco aos olhos humanos, mas para Deus cada vida importa. O próprio Jesus disse ao falar a sequência das três parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho perdido, que “… há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15.10). Quando o filho volta para casa, quando a moeda é achada ou quando a ovelha é encontrada e resgatada há festa no céu! Então, façamos festa aqui na Terra por esse filho que volta e se aproxima ainda mais do Pai. Amém?
Jesus se preocupava com a multidão, mas não se deixava comover pela multidão e sua fama. Ele se preocupa com aquela pessoa específica, Ele enxergava a necessidade específica daquele ser, até porque Ele conhecia a necessidade daquela pessoa; sabia o que passava no seu interior, naquele particular que ninguém vê e, então, Ele trazia cura, mudança e ensinava por onde andar. Ele era e ainda é um Deus de detalhes. E é isso que Ele ainda quer hoje. Ande com ele, chame-O para perto. E no final daquela manhã de batismo, soubemos ainda que mais quatro “mamás” entregaram suas vidas a Jesus e já estão voltando correndo para a casa do Pai. E no domingo seguinte, 18 de julho, mais batismos foram realizados em Bandeze, em nome de Jesus! Invista, contribua e ore por todos dessa aldeia para que mais ex-muçulmanos conheçam a Cristo, tomem a decisão pelo batismo e alegrem ainda mais o coração de Deus. n
12
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
Livro sobre os Batistas de Várzea - BA mistura história e literatura de cordel Igreja fica na zona rural de Valença-BA. Lidiane Ferreira
jornalista da Convenção Batista Baiana
“Os Batistas de Várzea e o Agir de Deus: uma história contada em prosa e versos”. Este é o título do livro que conta a história da Igreja Batista de Várzea, localizada na zona rural de Valença-BA, e o seu desenvolvimento até a atualidade. A obra tem a autoria de Jorgevan Alves da Silva e Rute Andrade de Oliveira. O lançamento contou com a presença do presidente da Convenção Batista Baiana, pastor Adelson Santa Cruz e do secretário-executivo da Associação Batista Nazarena, pastor Erivaldo Azevedo. De um lado, Jorgevan Alves da Silva utilizou-se de técnicas e métodos de pesquisas históricas, para reconstruir, através de uma narrativa leve e simples, as minúcias e os detalhes dos personagens principais que enredaram esta história; de outro lado, a cordelista Rute Andrade de Oliveira, ao final de cada capítulo, reconta a história de forma lúdica e numa linguagem bem nordestina, como é típica do cordel. Inicialmente, a abordagem gira em torno do personagem Arthur Ramos de Andrade, como ele foi alcançado pelo Evangelho e a sua liderança na organização da Igreja. Em seguida, foi observado o cotidiano da comunidade e as marcas identitárias da Igreja, construída por diversos personagens ao longo dos anos.
Da esquerda para direita - Pr. Erivaldo Azevedo, Gervalinda Nunes, Pr. Aloísio Oliveira, Pr. Adelson Santa Cruz e Pr. Marcílio Andrade Ao final, é apresentada a vida, a obra e as contribuições de Marcílio Ramos de Andrade, “o agricultor que virou pastor”. “Acreditamos que a organização das Igrejas Batistas no Brasil, de forma geral, sempre tem uma bela história a ser contada, não é diferente com a Igreja Batista de Várzea. As histórias e experiências de homens e mulheres que dedicaram suas vidas à comunidade de Várzea, narradas neste livro, certamente lhe farão sorrir, vibrar, emocionar-se, inspirar-se e sentir-se desafiado a uma vida cristã mais dedicada ao serviço de Deus e à comunidade de que você faz parte”, destaca Jorgevan. Rute Andrade é filha do pastor Marcílio Ramos de Andrade, atual pastor da Igreja. Foi ele quem apresentou a proposta de escrever o livro. Para ela, “é uma experiência muito boa narrar em
cordel a história da Igreja onde eu fui criada e me batizei”. Seu avô, o sr. Arthur Ramos de Andrade, organizou a Igreja com o apoio da Primeira Igreja Batista de Valença-BA, no dia 14 de outubro de 1962. “Ele era um homem autodidata, polivalente no serviço, com caráter ilibado e convicção”, comenta. Algumas informações sobre a Igreja Batista de Várzea: ao todo, dez pastores serviram a Igreja ao longo da história, sendo que nove deles foram interinos (José Guilherme de Moraes, Valdemar Francisco Nery, Francisco Santos, Crispim Augusto Barbosa, Nival Queiroz de Azevedo, Domingos Henrique Cerqueira, Otacílo Lopes da Silva, Júlio Rosa Cerqueira e Carlos Antônio dos Santos) e apenas um, o pastor Marcílio Ramos de Andrade, como pastor efetivo e titular da Igreja. O pastor Marcílio tomou posse
em 8 de junho de 1994 e, passados 27 anos, permanece servindo a Igreja. O livro “Os Batistas de Várzea e o Agir de Deus: uma história contada em prosa e versos” está disponível para compra em vários sites de venda online. Você pode entrar em contato com os autores para adquirir o seu exemplar: prorute7@hotmail.com e jorge.van@hotmail. com. n
PIB em Bodocó, em Pernambuco, ajuda famílias através do projeto “Alimentando vidas” Diáconos da Igreja coordenam o trabalho.
Claudia Luna
Diaconisa da Igreja Batista em Bodocó
Deus tem feito maravilhas no Sertão Pernambucano e muitas famílias sertanejas têm provado da verdadeira fonte de água-viva através do projeto “Alimentando vidas”. A Primeira Igreja Batista em Bodocó-PE tem sido levantada por Deus para levar o Evangelho a todo município e servir com alegria as mesas de muitas famílias sertanejas Diversas famílias da região tem sido beneficiadas pelo projeto que necessitam. “Levar a grande boa notícia de Cristo para essas famílias em tempos tão difí- esperança nos deixa sem palavras”. coordenado pelo grupo de diáconos da e tem a missão de levar o Evangelho e ceis e ver olho deles brilhar de alegria e O “Alimentando vidas” é um projeto Primeira Igreja Batista em Bodocó-PE o alimento aos que mais precisam. n
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
13
Convenção Batista Sergipana inicia Campanha de Missões Estaduais em 2021 “Vou anunciar as Boas Novas” é o tema deste ano.
Sheyla Morales
assessora de Comunicação da Convenção Batista Sergipana
No dia 05 de junho teve início a campanha 2021 de Missões Estaduais em Sergipe. O lançamento aconteceu na Sede da Primeira Igreja Batista em Augusto Franco, pastoreada pelo pastor José Nilton de Melo, de forma virtual, transmitido pelo site da Convenção Batista Sergipana e em seu canal no YouTube “Batistas de Sergipe (OFICIAL)”. Como orador o coordenador de Missões no estado de Sergipe, pastor Edson Cerqueira falou da necessidade em alcançar todo o estado para Cristo, e trouxe, à reportagem da Convenção Batista Sergipana (CBS), dados preocupantes quanto ao fazer missões. “O estado de Sergipe é, essencialmente, um campo missionário. Apesar dos 108 anos da presença Batista em solo sergipano, e dos 137 anos desde que os presbiterianos se instalaram em Laranjeiras, ainda continuamos sendo um grande desafio missionário. Recentemente percebi uns dados informando
Celebração de abertura da campanha de Missões Estaduais da CBS que a classificação dos estados menos evangelizados do Brasil é a seguinte: Piauí: 9,7%; Alagoas: 9,9%; e Sergipe: 11,8%”, informou o coordenador de Missões, pastor Edson Cerqueira. Questionado quanto ao motivo para a morosidade, declarou. “Os presbiterianos iniciaram suas atividades evangélicas quase 30 anos antes dos Batistas; mesmo assim, ainda não estão presentes em todas as sedes dos municípios sergipanos. Nós também estamos devendo. Acredito que precisamos de um sério programa de conscientização missionária. As cam-
panhas de Missões deveriam servir pra isso. Quando uma Igreja respira missões o tempo todo, a obra expande; outras Igrejas com visão missionária são plantadas e o Reino de Deus é estabelecido”, alertou. Em entrevista, o coordenador afirmou que essa realidade pode mudar. “Sim, podemos! Mas a Igreja Sergipana precisa se conscientizar que a tarefa é sua. A obra missionária é urgente! Os evangélicos sergipanos (em especial os Batistas) precisam levantar os olhos para esse campo que está branco para ser ceifado. Assim, o nosso povo Ba-
tista sergipano precisa saber que é urgente anunciar as Boas Novas, porque: É ordem do Senhor (Mateus 28.19-20; Atos 1.8); O povo sergipano está longe de Deus, sem salvação (Romanos 3.23; 3.10; 6.23) e porque Jesus Cristo é o único caminho para a salvação do povo sergipano (João 14.6; Atos 4.12; João 3.16; I Coríntios 15.3,4). Para participar do avanço da obra missionária em Sergipe você pode participar, pelo menos, de três ações: 1. Ore: a Bíblia nos orienta a orar ao “Senhor da seara por obreiros para a sua seara”; 2. Contribua: estipule um alvo desafiador em seu coração; contribua para obra missionária com uma oferta generosa. Seja parceiro de Missões Sergipe fazendo sua adesão ao PAM-SE, com contribuições a partir de 20,00 mensais. Leve sua Igreja a fazer um PAM-SE. 3. Vá: viva missões na íntegra; participe de um projeto ou visite um campo missionário. Se você se sente vocacionado para esta obra, prepare-se para servir ao Senhor; coloque sua vida e valores à disposição de Deus. n
PIB em Jardim Paulista - PE promove Culto de Gratidão Pelo Dia da Lei de Libras Todo o culto foi realizado na Língua Brasileira de Sinais.
Natasha Souza
líder do ministério de Libras da Primeira Igreja Batista em Jardim Paulista - PE
No último dia 25 de abril, na Primeira Igreja Batista em Jardim Paulista-PE houve o culto de gratidão a Deus pela comemoração dos 19 anos da Lei de Libras. Esta lei foi promulgada em 24 de abril de 2002, sob o número 10.436 reconhecendo a Língua brasileira de Sinais como língua oficial da comunidade surda brasileira. O culto, que normalmente tem tradução para Libras, foi realizado em Libras, com tradução para português. A direção do culto, realizado em formato presencial, com uso de todos os protocolos de segurança em combate à COVID-19, também teve transmissão pelo Youtube. A direção de culto esteve sob a condução da irmã Mirtis, que é surda; a pregação, também feita em Libras, esteve sob a responsabilidade de Natasha Souza, tradutora intérprete e líder do Ministério de Libras, e o louvor esteve com a equipe de novos
Culto na PIB em Jardim Paulista - PE ressaltou a importância da união e evangelização de todos integrantes do ministério, que usaram o som das mãos para engrandecer o nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Com o tema “União e evangelização para todos os povos”, a Igreja do Senhor e sobretudo, o ministério de Libras, agradeceu a Deus por permitir esta Lei, que abriu caminhos para ações públicas de inclusão, na sociedade, dos irmãos que se identificam com Libras como língua materna.
“Graças a Deus, nossa Igreja tem a visão vinda do alto para promover inclusão dos nossos irmãos surdos, no esteio do orientado, sobretudo, pelas campanhas de Missões Nacionais, que chamam a atenção, constantemente, dessa parcela da sociedade que também precisa do amor de Cristo e da salvação”, disse Natasha. Tudo para mostrar a importância que esta lei teve na comunidade surda e também com o objetivo de mostrar que deve-se
pregar o Evangelho a toda criatura. A equipe de intérpretes é responsável por tornar acessível o culto em Libras aos irmãos surdos que ainda não podem vir presencialmente à Igreja, por terem crianças em idade desaconselhada à presença em culto, assim como pessoas em grupo de risco por motivos de serem portadores de comorbidades. Certamente, o “ide” do Senhor está sendo cumprido por esta porção do povo de Deus. n
14
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
Norton Riker Lages 40 anos à frente da PIB de Manaus - AM
Vanias Mendonça
membro da Comissão Jurídica do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira
No mês de julho, o pastor Norton Riker Lages completou 40 anos de ministério à frente da Primeira Igreja Batista de Manaus-AM, exercido em dois períodos: o primeiro de 1º de julho de 1975 a 1º de dezembro de 1992 (17 anos e 5 meses) e o segundo de 8 de dezembro de 1998 até a presente data. Seu longo pastorado é uma grande bênção para a Igreja em todos os sentidos, com frutos agradáveis a Deus. O pastor Norton nasceu em um lar de cristãos Batistas, onde recebeu as orientações seguras da Palavra de Deus. Converteu-se no dia 12 de outubro de 1955 e foi batizado em 22 de dezembro do mesmo ano, pelo pastor Harold Schaly, na Primeira Igreja Batista do Pará. Pensava em estudar medicina, mas Deus tinha outro projeto de salvar vidas para ele – não apenas a cura das enfermidades físicas, mas também a cura das enfermidades da alma e a salvação de vidas para a eternidade. Sentindo-se vocacionado para o ministério pastoral, fez sua formação acadêmica no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), em Recife-PE. Aprimorou sua formação teológica e pastoral estudando no Houston Baptist College, em Houston, Texas, nos EUA. Tornou-se mestre em Divindades pelo Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth, Texas, nos EUA, e mestre em Aconselhamento Psicológico pela North Texas State University, em Denton, Texas,
Pastor Norton Riker Lages no ano de 1974. Após os cursos, voltou ao Brasil e foi professor de Novo Testamento, Grego e Psicologia Pastoral do STBNB e pastor interino da Igreja Batista do Cordeiro em Recife-PE. No seu primeiro pastorado na PIB de Manaus-AM, a Igreja havia iniciado a construção de um novo templo, mas estava desanimada, com poucos recursos e indecisa sobre o que fazer. Ele exerceu sua liderança administrativa e no dia 05 de outubro de 1976, dia do aniversário da Igreja, foi inaugurado o Edifício de Educação Religiosa. Depois, foi iniciada a construção do salão de cultos, inaugurado em 05 de outubro de 1981. Ambos os imóveis até agora abrigam as atividades da Primeira Igreja. Durante seu pastorado, a Igreja organizou muitas outras Igrejas e congregações. O pastor, em parceria com a Missão Cristã sem Limites e mais alguns membros, ajudou na construção de mais de uma centena de templos no Amazonas e outros estados da região Norte, além de executar outros projetos missionários. Foi o idea-
Templo da PIB de Manaus - AM
lizador dos Ministérios de Música, Pastoral Auxiliar, Educação Cristã e Missões. Marca característica de seu pastorado é a paz que reina na Igreja, resultado de sua extraordinária capacidade de aconselhar e orientar as famílias. Investe em novas lideranças e ministérios. Auxilia a membresia no enfrentamento dos desafios desse século, mas, acima de tudo, no trabalho de manter a Igreja fiel às doutrinas Batistas. A convite de outras Igrejas e ministérios, realizou conferências evangelísticas e para família em várias Igrejas do Brasil e nos Estados Unidos da América, Portugal e África. Durante os dois períodos de ministério, o pastor tem exercido cargos na denominação Batista, tais como presidente da Convenção Batista do Amazonas; membro e presidente da Junta Administrativa do STBE; membro da Junta Administrativa do STBSB; membro da Comissão de Comunicação da Aliança Batista Mundial; representante da Convenção Batista Brasileira no Conselho
Geral da Aliança Batista Mundial (20002005); e presidente da Convenção Batista do Distrito Federal (atual Convenção Batista do Planalto Central). Foi eleito pastor emérito da Igreja Memorial Batista de Brasília, pastoreada por ele de 1993 a 1998. Recebeu o título de Cidadão do Amazonas, concedido pela Lei nº 2.641, de 11 de abril de 2001. Recebeu também a Ordem do Mérito do Estado do Amazonas, no grau de Comendador, de acordo com o Decreto nº 23.484, de 3 de dezembro de 2005. Neste momento em que estamos passando por uma pandemia, por conta da COVID-19, com cultos obedecendo às normas sanitárias, não é possível fazer uma festa comemorativa para esta data, mas o coração dos membros da PIB de Manaus-AM é de gratidão ao Senhor pela vida e pelo ministério do pastor Norton Riker Lages, que tem marcado a vida de todos. A Deus toda a honra e toda a glória. n
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 01/08/21
15
A graça de recomeçar Fernando Ecard
missão Batista em Jardim América - RJ
“Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não o percebem?” (Is 43.19). Quando estamos diante da oportunidade do recomeço resistimos em vivenciá-lo, pois caminhar sob a égide dessa jornada pode demonstrar que fracassamos, enlutamos, perdemos algo em algum momento. Diante da oportunidade de recomeçar precisamos reconhecer os momentos do passado que formam nossa experiência entre momentos bons e ruins. Sim! Não há desonestidade com a nos-
sa história em reconhecer que vivemos bons e maus momentos. Altos e baixos fazem parte da vida do homem, da humanidade. É preciso separar os momentos bons dos ruins, não para esquecermos um e exaltarmos o outro, mas, sim, para sabermos para onde olhar quando nos depararmos com experiências parecidas, para realizarmos uma autoanálise e ajudar outros com seus dilemas quando for necessário. Aprendemos com erros e acertos, com ganhos e perdas, não é honesto tentarmos apagá-las. Uma coisa, porém, é necessária para que experimentemos o recomeço: não temer o passado. O que será de nós, agora que novos desafios se
apresentam? É certo que, um Deus Onisciente, nos prepararia um caminho para os momentos em que precisássemos esquecer das coisas que para trás ficarem e levantarmos a cabeça. Pois, bem! Esse caminho se chama Recomeço. O recomeço nos ensina que o passado não é nosso lugar. Recomeçar nos dá o ultimato para que as glórias e perdas do passado fiquem marcados no passado. No futuro, lugar para onde o recomeço leva, existem novas experiências à nossa espera; não vivê-las é assinar uma sentença. Não há porque temer o recomeço. No princípio, no começo, Deus fez o céu e a terra, depois disso tudo é recomeço.
Quando olhamos para o recomeço como bênção divina, entendemos que a Graça de recomeçar foi feita para aqueles que, independente do motivo, decidiram não parar, continuaram olhando para o futuro, e lá, celebrarão dias de luta e de glória. Acreditar em recomeços é lançar luz sobre o nosso próprio futuro. No futuro do próximo. Acreditar em recomeços é perceber que Deus acrescenta dias em nosso calendário para percebermos, justamente, que Ele é Soberano em proporcionar a Graça de Recomeçar. Vejam, depois de tantas experiências, Ele está nos proporcionando o recomeço. Vocês não percebem? Que percebamos o recomeço vindo Dele n
O maior sermão da história Alexandre Henrique Freitas
pastor, missionário da Junta de Missões Nacionais em São Paulo
“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” (Mt 5.13,14) Estes versículos fazem parte do Sermão da Montanha ou Sermão do Monte, o qual dá início ao que entendemos ser o maior sermão da história, pregado, conduzido e ministrado pelo maior pregador da história, o nosso senhor Jesus Cristo, Aquele que é a própria Palavra encarna-
da, Aquele que é a verdade, cujas palavras são transformadoras, cuja vida é um exemplo, cujas obras são verdadeiros milagres, cuja morte e o Seu sacrifício nos trouxe a salvação. O maravilhoso deste sermão é que o nosso senhor Jesus Cristo começa o seu ensino público, a plataforma do Seu reino, falando sobre felicidade, e isso é proposital, porque o cristianismo também tem isso como proposta, a felicidade. E quando olhamos sob a ótica humana, notamos que o ser humano tem por natureza buscar a felicidade a todo tempo, ele procura sentir-se feliz em tudo o que faz, porque, de fato, a felicidade traz um prazer que causa em nós uma satisfação muito grande. Por essa razão, a filosofia do hedonismo, que se
dedica ao prazer como estilo de vida, está tão visível hoje em dia e cada vez mais próximo do ser humano. Contudo, no que devemos refletir profundamente é: onde está esse prazer, onde está essa felicidade? Nas coisas externas, no dinheiro, no conhecimento, nos prazeres, nas viagens, no ego, na vaidade? John Piper diz que o problema não é a busca do prazer, mas o contentamento com um prazer terreno, carnal, raso e passageiro. Veja que, logo após os ensinamentos das bem-aventuranças, Jesus faz duas afirmações ao nosso respeito, nos versículos 13 e 14 do capítulo 5 de Mateus: “vós sois sal da terra, vós sois luz do mundo”. Jesus diz que você é, Jesus não diz “você será o sal da terra e a luz do mundo”. Você é sal da terra e luz do mundo quan-
do vê um necessitado, um excluído pela sociedade e o ajuda, seja na rua, na sua vizinhança ou até mesmo dentro da Igreja. Quando você prega o Evangelho sem se envergonhar, seja em casa, no trabalho, na escola, na faculdade, no trem, no metrô e em muitos outros lugares, seja falando de Jesus ou agindo como Ele. Quando as suas ações falam mais que suas palavras, quando as pessoas que estão ao seu redor veem Jesus Cristo em você, não somente pelo que você diz, mas pelo que você faz e pelo que você é em Cristo Jesus. Você é sal da terra e luz do mundo, quando é agente de transformação de vidas e estende o Reino Deus na terra. “O tempo é chegado”, dizia Ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas-novas!” (Mc 1.15). n