Revista Asdap Ed. 09 Mar_Abr 2014

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Jรก somos 31 associados trabalhando pelo mercado independente de autopeรงas.


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As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.

Editor: Claudio Fontoura Reportagem: Rosangela Groff e Ana Paula Megiolaro Fotografia e tratamento de imagem de Capa: Dave Gostisha e Carlos Rema Planejamento Gráfico: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Ilustração Capa: Jean Pierre Corseuil Tiragem: 10 mil exemplares Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor.

4 - Revista Asdap l Março/Abril 2014 l Ano 2 l Número 9

Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati e Thiago Alves

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de Santa Catarina

Asdap recebe a

28 primeira associada

negócio

Bicicletas elétricas:

24 nova alternativa de

20

Organização de estoque: foco na demanda e na tecnologia de armazenagem

Associação Sul-Brasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Endereço: Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: revista@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034

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Conselheiros Celso Zimmermann (zimmermann@asdap.org) Fernando Bohrer (recove@asdap.org)

Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org)

Flávio Telmo - Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org)

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org)

Suspensão da inspeção veicular em São Paulo: prejuízos à saúde e ao meio ambiente

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Henrique Steffen - Presidente (presidencia@asdap.org)

Diretoria Executiva

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Sumário

Expediente



Arquivo Pessoal

Tributação

Alteração na MVA A Margem de Valor Agregado (MVA) ou Lucro Substituído é aplicada para permitir o equilíbrio no preço das aquisições interestaduais e internas. A medida existe em razão da necessidade de se reduzir a vantagem competitiva no preço final da mercadoria sujeita à Substituição Tributária (ST). A alteração na MVA nas vendas para São Paulo foi tema de entrevista realizada por nossa reportagem com o economista Alfredo Ricardo Melo Bischoff, com o presidente do Sincopeças-SP, Francisco Wagner de La Tôrre, e com o presidente da Asdap, Henrique Steffen. Para Bischoff, “não haverá alteração na fórmula de cálculo ou nos critérios de cálculo da substituição tributária do ICMS para as vendas com destino para São Paulo. O que ocorrerá a partir de 1º de junho deste ano é um aumento na MVA ou Índice de Valor Agregado (IVA), termo este mais utilizado em São Paulo". A MVA-ST de 65,1%, nas vendas internas (São Paulo para São Paulo), que está em vigor, deverá continuar até 31 de maio. A partir de 1º de junho, esse número se altera para 71,78% nas mesmas vendas internas (São Paulo para São Paulo). O economista observa que isso já estava previsto na Portaria CAT 127, publica-da no DOE-SP em 16 de dezembro do ano passado. Nesse mesmo documento, Bischoff explica que "a SEFAZ SP abriu a possibilidade de as entidades empresariais apresentarem uma pesquisa de preços na qual poderia ser constatado um percentual diferente. Até 31 de março do ano passado, as entidades deveriam comprovar a contratação da pesquisa em empresa idônea e reconhecida no mercado e, no prazo de 30 de setembro, deveriam apresentar as pesquisas de preços". Caso esses prazos não fossem cumpridos, passaria a valer o novo percentual de

71,78%. "Não sei se houve a apresentação dessas pesquisas. Caso não tenha havido, valerá o percentual de 71,78%", observa. Nas vendas de outros estados com destino ao estado de São Paulo, os percentuais acima deverão ser ajustados conforme critérios já conhecidos (calculadas as MVAs ajustadas). O economista disse que não é de seu conhecimento que haja um instrumento parecido no estado do Rio Grande do Sul com previsão e já definição de uma alíquota maior do que a em vigor, que é de 59,6% nas vendas internas. De acordo com Bischoff, "logicamente, todos os empresários do setor devem estar apreensivos, porque o estado de São Paulo pode liderar essa revisão de percentual de MVA, o que acarreta aumento de custos para as empresas, que precisarão ser repassados nos seus preços ou suportados como redução de margens". Para encerrar, o economista pondera que "esse aumento na MVA de São Paulo, que passa de 65,1% para 71,78%, deverá acarretar um aumento de custos um pouco maior do que 1%. Aparentemente, não é muito, mas é aumento de custos!". Já para o presidente do Sincopeças-SP,

“Empresários devem estar apreensivos, porque São Paulo pode liderar essa revisão de percentual, aumentando custos que serão repassados nos preços ou incidirão na redução de margens de lucro”, diz Bischoff

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Bischof: "Não haverá alteração no cálculo de vendas para SP" Francisco Wagner de La Tôrre, “É de entendimento da entidade que a substituição tributária fere o princípio da tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pois o fato gerador - a venda da mercadoria - já é cobrado na fábrica e ainda vai ocorrer no distribuidor e posteriormente no varejo ao vender para o consumidor final. Muito embora o Supremo Tribunal Federal já tenha se manifestado favoravelmente à substituição tributária, pessoalmente entendo que ela antecipa um fato gerador, portanto, já parte de um conceito, no meu entender, ilegal”, afimar La Tôrre. Resultado de operações A margem de valor agregado nada mais é que o resultado das operações de débito e crédito ao longo de uma determinada cadeia produtiva. Para cadeias mais longas, como é o caso do mercado independente de reposição de autopeças - da fábrica para o distribuidor, do distribuidor para o varejo e do varejo para o consumidor final - a expectativa é que ocorram MVA maiores. “No nosso segmento existe um certo desconforto com relação ao MVA do mercado independente e o MVA do mercado original. É importante que se entenda que no mercado original o substituto tributário não é o fabricante de autope-ças, mas a montadora de veículos. Existe um estepe a menos na cadeia produtiva da peça oriunda do mercado original. Nesse caso, a montadora faz o papel do distribuidor porque a peça sai do fabricante para a li-


Divulgação/Sincopeças-SP

nha de montagem e daí para o consumidor final”, afirma. O Sincopeças-SP entende que o MVA do segmento de autopeças deveria ser único, calculado a partir do peso do canal original e do peso do canal independente, estabelecendo-se uma média ponderada, recolhendo-se um único MVA sobre a peça que segue para a reposição e manutenção dos veículos da frota circulante. “Em São Paulo, e isto é fato, existem vários canais pelos quais uma peça percorre. Tem as operações de uma fábrica que vende diretamente para o varejo; tem operações de um distribuidor que vende diretamente para uma oficina mecânica; tem operações de fabricantes ou distribuidores que atendem grandes frotistas, órgãos governamentais, enfim, considerando a somatória das operações de débito e crédito em cada um desses canais de comercialização de autopeças teremos um MVA ponderado”, diz La Tôrre. Segundo o presidente do SincopeçasSP, a Secretaria de Estado da Fazenda do Estado estabelece um peso muito grande para o canal tradicional da cadeia - da fábrica para o distribuidor, do distribuidor para o varejo, do varejo para o consumidor final. “Entendemos que hoje o peso de outros percursos das autopeças - como descrevi anteriormente, a fábrica que vende para o varejista; o distribuidor que vende para oficina mecânica - tem um peso sobre o total das peças comercializadas muito maior do que o peso da cadeia tradicional. E se isso for verdade, o MVA apurado será menor”, esclarece. “Nós já nos posicionamos com a Secretaria da Fazenda de São Paulo sobre a Portaria CAT 127, como também no Grupo Técnico 34 (que trata do segmento de autopeças em âmbito nacional, no seio do Confaz - Conselho Fazen-dário), que não entregaremos a pesquisa de tomada de preços dentro dos prazos contidos na CAT 127 porque antes iremos considerar a pesquisa de mercado para, somente depois, fazermos uma pesquisa de tomada de preço”, relata La Tôrre. “Neste momento não vamos contes-

autopeças. Como a Secretaria da Fazenda não informa, teremos de medir por conta própria”, concluiu. Aumento de impostos

Segundo La Tôrre, o Sincopeças-SP está trabalhando em uma pesquisa dentro de uma metodologia que reflita a realidade tar o MVA sugerido pela CAT 127, de 71,8%. Vamos acatar, mas estamos trabalhando para fazer uma pesquisa de tomada de preço MVA dentro de uma metodologia que reflita melhor a realidade. Nossa expectativa é que, de posse de uma pesquisa robusta e apresentada por um instituto de pesquisa reconhecido, a Secretaria da Fazenda edite uma nova portaria que acate o MVA contido na pesquisa. Insistimos em apurar qual o peso de cada um dos canais que compõem a cadeia de comercialização de

"O Sincopeças-SP entende que a MVA deveria ser único, calculado a partir do peso do canal independente, estabelecendo-se uma média ponderada: um único índice sobre a peça que segue para a reposição e manutenção", afirma La Tôrre

Contudo, o presidente da Asdap, Henrique Steffen, afirma que “estamos novamente diante de um aumento de Impostos para com certeza sanar dívidas e gastos públicos mal mensurados por nossos políticos, já virou uma tradição no Brasil este tipo de ação, ao invés de fecharem o ralo, muito mais fácil que isto é abrir a torneira. Com a entrada da Substituição Tributária (ST), estamos à mercê de um gatilho com a arma apontada para o povo, a qualquer momento esse gatilho é acionado e vem até nós como uma bala perdida, nos pegando de surpresa e tendo nós a missão de pagar mais esta conta. Nós como Distribuidores e os primeiros na cadeia da ST, esta conta é nossa, se vamos conseguir repassar aos nossos clientes ou se conseguiremos comercializar este produto não sabemos, mas o imposto, este já pagamos”. André Kotoman

Steffen: “Estamos novamente diante de um aumento de Impostos, algo que já virou tradição no país.”

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Gestão

Tempo: maior de todos os bens! No mês de janeiro, o consultor da Action Result e professor universitário Renaldo Souza ministrou uma palestra para os diretores da ASDAP sobre a temática "Administração do Tempo". Iniciou a sua fala relatando a seguinte situação: "Imaginem que vocês usassem um banco que a cada manhã depositasse a quantia de R$ 86.400,00 nas suas contas para que usassem como quiserem. Porém, o que sobrasse não poderia ser utilizado no dia seguinte. Na manhã seguinte iam encontrar mais R$ 86.400,00 em suas contas e assim por diante". O consultor Souza questionou os presentes sobre o que fariam nessa situação. E começou a explicar a metáfora que abriu a sua palestra: "O banco é o tempo e os R$ 86.400,00 são os 86.400 segundos que temos a cada dia, para gastá-los como quiser. Se deixar de usá-los ou utilizá-los erroneamente, eles se vão para sempre". O tempo, segundo Souza, é o maior de todos os bens. Entre as razões porque as pessoas desperdiçam o seu tempo é que elas não possuem métodos nem estratégias para administrar o seu tempo; ou seja, há falta de planejamento. "Uma das melhores maneiras de economizar o tempo é pensar adiante e planejar. Cinco minutos de pensar podem, muitas vezes, economizar uma hora de trabalho! Se você valoriza seu tempo - e você precisa valorizar o tempo se deseja ser bem sucedido -, precisa planejá-lo", afirma o Consultor. 8 - Revista Asdap l Março/Abril 2014 l Ano 2 l Número 9


Administração do Tempo Para o consultor Souza, planejamento é igual a gerenciamento e a Administração do Tempo "é uma ferramenta gerencial que tanto pode ser utilizada nas empresas quanto em nossas vidas, permitindo a organização de metas pessoais e profissionais com menor dispêndio de energia física e mental. A boa administração de tempo é provavelmente o fator mais importante na administração de si mesmo e do trabalho executado". Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna - escritor, professor e consultor administrativo -, foi citado pelo palestrante no que tange a cada um ser gestor de seu próprio tempo. O teórico dizia que "o gerente que não consegue gerenciar seu próprio tempo não consegue gerenciar nada mais".

Passos fundamentais O consultor Souza apresentou os três passos fundamentais para que se possa alcançar um melhor uso do tempo: 1) Quantificar como ele é utilizado atualmente; 2) Eliminar os pontos de estrangulamento com base nesta quantificação; 3) Planejar efetivamente como aplicar o tempo economizado com a eliminação dos estrangulamentos.

Utilização Seguindo a mesma linha de pensamento, o palestrante revelou como cada um

pode controlar a utilização do tempo. A primeira dica é estabelecer responsabilidade, prioridades e objetivos. A segunda, eliminar as atividades desnecessárias e inapropriadas, ou seja, delegue o máximo possível. A terceira é planejar e programar o seu tempo semanal e diário, isto é, deixe espaço para imprevistos; elimine ou reduza as distrações; e, por fim, otimize o uso do horário em que a sua energia está no ponto mais alto.

Benefícios Souza revela quais são os benefícios obtidos com uma melhor administração do tempo: 1) Permite aproveitar mais a vida; 2) Possibilita maior domínio e controle do trabalho; 3) Otimiza o trabalho executado; 4) Segurança e objetividade no trabalho; 5) Aumenta a produtividade; 6) Mantém o equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional. Dessa forma, há um aumento da produtividade que, segundo ele, "significa produzir cada vez mais e melhor, com cada vez menos recursos".

Conscientização De acordo com o consultor, há inúmeros fatores que devem ser observados, pois, através da conscientização, acabam contribuindo para que as pessoas mudem algumas de suas atitudes. Para isso, ele faz cinco questionamentos para que cada

um possa buscar as suas próprias respostas: "Estamos dando o tempo certo às coisas realmente importantes? Estamos mantendo o equilíbrio adequado entre nossas atividades de rotina, melhoria e as de inovação a longo e curto prazo? As interrupções desnecessárias estão sendo permitidas? Estamos realizando tarefas desnecessárias? Estamos pulando de tarefa em tarefa sem concluí-las?".

Desperdiçadores Há uma lista imensa de ações que trazem o desperdício do tempo. Entre essas ações, o palestrante apresenta: "Sobrecarga de trabalho; arquivos desorganizados; não se ajustar a mudanças; excesso de controle e reuniões improdutivas; não saber dizer não; excesso e/ou falta de comunicação; não fazer plano diário; não antecipar acontecimentos futuros e não se preparar para eles; atrasos, barulho, desorganização pessoal; treinamento deficiente; inexistência de padrões / critérios"; entre outras. Encerrando a sua explanação, o consultor apresenta o Método ABC, para que as pessoas possam listar todas as suas atividades em função da prioridade e também se podem ou não delegar a tarefa para outras pessoas realizarem. Na seção de Prioridade A devem ser colocados "os itens urgentes, devido às diretivas da Administração, solicitações de clientes importantes, prazos rígidos ou oportunidades de sucesso ou melhorias". Resumindo: "Prioridade A: somente eu faço".

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Gestão

Na Prioridade B “ficam os itens de valor médio que podem contribuir para a melhoria de desempenho, não são essenciais e não têm prazos rigorosos”. Resumindo: “Prioridade B: alguém tem que fazer”. Na última seção, a Prioridade C, “é preciso incluir os itens de valor baixo, que, mesmo parecendo importantes, podem ser eliminados, adiados ou programados para os tempos mortos”. Resumindo: “Prioridade C: nem eu, nem ninguém precisa fazer”.

Nota final Administrar o tempo é essencialmente gerenciar tudo que fazemos. Gerenciar é controlar rotinas para manter estabilidade dos processos, porém, é preciso, também, controlar as melhorias, pois é a partir delas que nos tornaremos competitivos. Agregrando o gerenciamento e controle da rotina e da melhoria é que garantiremos sobrivivência e prosperidade.

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Renaldo Vieira de Souza é professor universitário e consultor organizacional, formado em Administração, pós-graduado em Gestão da Qualidade, Mestre em Eengenharia. da Produção e MBA em Gestão Universitária. É membro da Câmara de Ensino do CRA-RS e juiz relator do Prêmio Qualidade RS - PGQP. Trabalhou na indústria de grande porte e atua no ensino superior (graduação e pós-graduação) no Unilasalle Canoas e na PUC-RS. É consultor na Action Result, onde implementa nas empresas parceiras/clientes, projetos e sistemas organizacionais, gestão de resultados, certificações ISO, entre outras. Mais informações através do email renaldo@actionresult.com.br.



Indústria

Vipal investe na expansão de mercado 12 - Revista Asdap l Março/Abril 2014 l Ano 2 l Número 9


Indústria dos pneus adquiridos pela Vipal ao longo de mais de quatro décadas e que a posicionaram como uma das mais importantes fabricantes mundiais da indústria da borracha são empregados em toda a linha de pneus de motocicletas”, esclarece Sacco. A comercialização dos pneus de moto iniciou em 2012, especialmente para distribuidores de motopeças. Os pneus Vipal estão disponíveis em todo Brasil na modalidade street (ST200, ST300 e ST400), desenvolvida para o uso em vias urbanas, trail (TR300), indicada para todos os tipos de terreno, e cross (CR300), destinada à prática de trilhas em geral.

de negócio foi a parceria com a Fate. “Essa relação nasceu com a força de dois grandes grupos líderes em seus segmentos nos seus países. Somos sócios nas linhas de pneus para automóveis, caminhões e máquinas agrícolas, produzidos pela Fate, na Argentina. No caso de pneus para motocicletas, estes são 100% marca Vipal, produzidos em Feira de Santana, na Bahia”, frisa.

Projeções de vendas e novos negócios Para 2014, a perspectiva da indústria é crescer além do próprio setor, visualizando uma maior internacionalização dos seus produtos. No Brasil, a projeção é também de crescimento, inclusive em razão da comercialização dos pneus para moto. “Já no exterior, a expectativa é maior, pois estamos passando a ocupar comercialmente mais áreas no globo e instalando novos centros de distribuição espalhados pelo mundo”, aponta o gerente de marketing. “No início do ano, foi inaugurado nosso terceiro Centro de Distribuição nos Estados Unidos, na Califórnia, e está por ser aberto um próximo na Inglaterra. Com estes dois novos CDs, somam-se, no total, 12 unidades de distribuição no exterior. Além disso, nossas equipes próprias passam a atuar mais fortemente em mercados como o Oriente Médio e o Norte da África”, complementa. De acordo com Sacco, na América Latina, a Vipal está expandindo sua rede autorizada, que hoje conta com 310 reformadores autorizados, dos quais 240 estão no Brasil. Outro gran-

Fotos Divulgação/Vipal

C

onforme dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabrites de Motocicletas), foram produzidas mais de 1,6 milhão de motocicletas no Brasil ano passado e a frota circulante, em 2013, passou dos 21 milhões. Apostando nesses números e na diversificação de modelos e medidas de incentivo à compra, a Vipal está investindo no aumento da produção de pneus para motos, apostando no crescimento do setor neste ano. “Para tanto, uma das ações é o reforço de nosso portfólio com o lançamento do modelo ST400”, afirma o gerente de marketing da empresa, Eduardo Sacco. "Neste primeiro semestre, estamos lançando o ST400, um pneu 15% mais resistente que os atuais do mercado, ideal para uso em vias urbanas”, afirma Sacco. Segundo ele, uma das qualidades do produto é a durabilidade tanto da carcaça quanto da câmara de ar. “As lonas que constituem a estrutura têxtil dos pneus Vipal são compostas por fios de nylon mais grossos e em maior quantidade do que os outros modelos do mercado. Na prática, o motociclista conta com um pneu mais resistente a furos e outros danos aos quais os pneus estão sujeitos no dia a dia. A banda de rodagem deste pneu tem desenho esportivo, que lhe garante uma aparência estética mais atraente e lhe garante maior estabilidade nas curvas”, completa o executivo. Sacco relata que a linha de pneus para motos da Vipal, que está há dois anos no mercado, teve excelente recepção desde o primeiro momento. “Isso fica evidenciado se analisarmos os números: praticamente dobramos a nossa participação no mercado em 2013 se comparada aos números do ano anterior. Acreditamos que muito dessa boa aceitação imediata ocorreu pela nossa reputação e liderança como reformadora de pneus na América Latina”, considera. “Todo o conhecimento e tecnologia dos compostos de borracha e estrutura

O pneu ST400 foi desenvolvido para o uso em vias urbanas

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Indústria

Uma história de sucesso Fundada em 1973, a Borrachas Vipal iniciou sua trajetória pelas mãos do empresário Vicencio Paludo, filho de imigrantes italianos. Ele montou uma pequena fábrica de materiais para reparos de pneus e câmaras de ar em Nova Prata, no Rio Grande do Sul. Empreendedor por natureza, Vicencio vislumbrou novas oportunidades, e o que se viu foi uma verdadeira guinada tecnológica e produtiva na Vipal ao longo dos mais de 40 anos da empresa, como o desenvolvimento do camelback, das bandas pré-moldadas, de tecnologias como as Bandas ECO e os pneus para motocicleta. Hoje, além de produtos para reparos, bandas de rodagem e pneus para motos, o mix contempla linhas de piso laminados, compostos de borracha e industrial. Contando atualmente com 3 mil colaboradores, a Vipal é líder absoluta em

reforma de pneus na América Latina. Mantém duas fábricas na cidade de Nova Prata e uma em Feira de Santana, na Bahia, onde produz os pneus para motocicletas, totalizando cerca de 160 mil metros quadrados de parque fabril e três centros de distribuição no Brasil. Além disso, possui em Nova Prata um centro de tecnologia de ponta, o CTV (Centro Técnico Vicencio Paludo), e um laboratório de alta tecnologia que disponibiliza serviços para todo o segmento de pneus novos ou reformados, o VipalTech. No exterior, possui filiais e Centros de Distribuição nos Estados Unidos, México, Espanha, Alemanha, Eslovênia, Austrália, Colômbia, Argentina e Chile. “Todos esses fatores tornam a Vipal uma empresa premium no mercado de pneus, sendo a primeira na América do Sul a ter uma linha de banda de rodagem, a VP130 ECO, validada pela EPA (Environmental Protection Agency), dos Estados Unidos, no Programa Americano SmartWay Transport, que incentiva

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Uma verdadeira guinada tecnológica e produtiva ocorreu ao longo dos mais de 40 anos da empresa, com o desenvolvimento do camelback, das bandas pré-moldadas e tecnologias como as Bandas ECO e os pneus para motocicleta. os transportadores a utilizarem produtos que economizem combustíveis e proporcionem uma redução na emissão de gases na atmosfera”, afirma o gerente de marketing. “Além disso, a empresa adiantou-se a todo o mercado ao produzir todos os seus produtos com o conceito Safe Oil. Ou seja, a Vipal não possui no composto de borracha de seus produtos os chamados 'óleos altamente aromáticos', que contêm componentes que trazem riscos ao meio ambiente. Conforme exigência do Inmetro prevista na Portaria 544, a partir de 2016 todos os pneus novos e importados já devem estar isentos deste tipo de óleo”, esclarece Sacco.


Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2014 l Ano 2 l NĂşmero 8 - 17


Arquivo/Gov São Paulo

Especial

Suspensão da inspeção veicular em São Paulo: prejuízos à saúde e ao meio ambiente 16 - Revista Asdap l Março/Abril 2014 l Ano 2 l Número 9


A

inspeção veicular ambiental na cidade de São Paulo foi temporariamente suspensa a partir de 1º de fevereiro de 2014, com o fim da vigência da liminar que mantinha o contrato da Controlar em vigor até o dia 31 de janeiro. Com isso foi retomado o procedimento licitatório para a contratação de novas empresas para prestar o serviço. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, responsável pela inspeção veicular, não quis dar declarações à Asdap. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a Secretaria só irá se manifestar depois do desenrolar do processo de licitação. O edital está em consulta pública e será publicado nos próximos dias. O calendário da inspeção veicular de 2014 será publicado em portaria da Secretaria da Verde e do Meio Ambiente, a qual definirá a frota alvo para inspeção neste ano de acordo com a nova lei de inspeção veicular, aprovada em abril de 2013. A nova inspeção veicular isenta os carros aprovados de pagamento de taxa, não é exigida de veículos em seus primeiros três anos de uso, será feita a cada dois anos se o veículo tiver entre quatro e nove anos de uso e será realizada anualmente se o veículo for movido a diesel ou se tiver dez ou mais anos de uso. Com a suspensão da inspeção veicular ambiental, surgem insatisfações e críticas de diversos setores, envolvidos direta ou indiretamente com o processo. O presidente do Sindirepa Nacional e do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, diz que o Sindicato lamenta pela suspensão da inspeção veicular em São Paulo e a considera um retrocesso. “Trata-se de uma medida que prejudicou todo o programa voltado à redução de emissão de poluentes na cidade e pode estabelecer uma cultura perigosa junto aos consumidores de negligenciarem a manutenção preventiva dos veículos automotores”, considera Fiola. “Sem dúvida, o ar ficou mais poluído, além do aumento de número de carros quebrados na cidade de São Paulo que complicam ainda mais o trânsito por falta de manutenção, o que também gera mais risco de acidentes”, aponta. Para o dirigente, além da questão indiscutível do impacto positivo na saúde da população, a inspeção ambiental também pode mudar o hábito dos motoristas que passam a cuidar melhor dos seus ve-

Arquivo IQA

itens de segurança, tendo em vista movimentos para a renovação da frota. “O projeto de lei sobre esse tema está em análise no Congresso Nacional há mais de uma década. A fiscalização de itens de segurança já existe em mais de 50 países, com comprovação de índices expressivos de redução de mortes no trânsito. O Brasil precisa avançar e também adotar medidas que possam melhorar a segurança no trânsito que, infelizmente, ainda provoca 37 mil mortes por ano”, completa.

“As oficinas também tiveram de investir em capacitação profissional para que os mecânicos estivessem aptos a identificar os problemas e fazer os reparos de acordo com os padrões adotados na inspeção”, afirma Antonio Fiola ículos, fazendo manutenções periódicas em oficinas de confiança. “A entidade entende que a medida de suspensão e as novas regras representam um enorme retrocesso e recomenda aos Sindirepas que intervenham para evitar que esta imposição da Prefeitura de São Paulo não atrapalhe os processos já adiantados para implantação da inspeção veicular em várias cidades do país”, destaca. Segundo Fiola, o Sindirepa Nacional continuará a lutar pela manutenção do programa e também pela implantação da inspeção técnica veicular para fiscalização de

Os prejuízos causados com a suspensão da inspeção atinge diversos setores, conforme o presidente do Sindirepa. De acordo com ele, na Grande São Paulo, existem 7 mil oficinas que geram 100 mil empregos diretos e indiretos. “Para atender à demanda gerada pela inspeção ambiental veicular, o Sindirepa-SP estima que o setor investiu mais de R$ 50 milhões em equipamentos. As oficinas também tiveram de investir em capacitação profissional para que os mecânicos estivessem aptos a identificar os problemas e fazer os reparos de acordo com os padrões adotados na inspeção”, relata. “O Sindirepa-SP criou um curso gratuito específico”, complementa. Fiola identifica a demanda na comercialização de autopeças no período que durou a inspeção e cita dados dos principais itens e números de venda. “Com a ampliação da inspeção ambiental veicular para toda a frota da capital paulista em 2010, as oficinas registraram aumento médio de 20% na demanda por serviços, de acordo com estimativas do SindirepaSP. Boa parte referente a automóveis que estava há muitos anos sem manutenção. Voltamos a atender carros carburados, o que não acontecia há muito tempo. São veículos antigos que rodavam normalmente sem nenhuma manutenção e tiveram de ser reparados para passarem na inspeção”, explica. Os itens mais checados durante a inspeção são referentes à parte mecânica (velas, filtros, bomba elétrica e correia dentada), itens relacionados à emissão, mas que também interferem no funcionamento do veículo e podem causar quebras inesperadas. “A inspeção, além de ajudar a melhorar o ar da cidade de São Paulo, contribuiu para a redução do volume diário de veículos quebrados nas ruas.

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Jornal Independente

Especial E o impacto gerado por veículos quebrados é considerável. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revelam que apenas um veículo parado em uma avenida de fluxo intenso ou nas marginais, por 15 minutos, provoca 3 quilômetros de congestionamento”, exemplifica. O dirigente afirma que a inspeção ambiental na cidade de São Paulo também contribuiu para coibir a retirada de catalisadores dos veículos, prática comum antes de 2010. Obrigatório no Brasil desde 1990, o catalisador é responsável pela conversão de mais de 70% dos gases poluentes emitidos pelo motor em gases inofensivos para o ar e para a saúde da população. Desde abril de 2011, a portaria nº 322 exige que os catalisadores para o mercado de reposição tenham o selo do Inmetro, assegurando ao consumidor a qualidade dos produtos. Para Fiola, os efeitos da inspeção foram sentidos até no ambiente de trabalho. “Começamos a sentir o ar mais leve na oficina, que é um local fechado”, cita. “Um Gol 1997, 1.0, com motor desregulado polui 10 vezes mais do que outro carro semelhante com a manutenção em dia. Cada veículo regulado equivale a retirar das ruas dez carros. O efeito é o mesmo para o automóvel carburado ou com injeção e representa um enorme ganho para a qualidade do ar da cidade”, especifica.

Resultados confirmam redução de particulados em cerca de 20%

Melhorias na qualidade do ar e economia dos cofres públicos Resultados desde a implantação, em 2010, em toda a frota do município de São Paulo, revelam, depois de estudos realizados pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que houve melhorias com a inspeção veicular na qualidade do ar e na saúde dos paulistanos. Considerando apenas os veículos a diesel que passaram pela inspeção nos anos de 2010, 2011 e 2012, foram evitadas 1.395 mortes por problemas respiratórios na região metropolitana, gerando uma economia de mais de 139 milhões de dólares ao sistema de saúde. Os resultados do programa confirmam a redução nas emissão de particulados dos veículos a diesel na frota inspecionada em cerca de 20% em 2012, evitando assim, segundo a USP, 559 mortes por problemas respiratórios. O levantamento mostra que nos últimos três anos a inspeção veicular ambiental evitou 1.813 internações.

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Em 2010 foram 3.063.876 veículos inspecionados; em 2011, 3.120.414 e em 2012, 3.037.475 carros passaram pela inspeção. Entre 2010 e 2012, o número de reprovações caiu 17,24%, o que pode demonstrar a consciência por meio dos motoristas sobre a importância de manter os carros regulados. No período de fevereiro de 2012 a janeiro de 2013, 51% dos veículos foram reprovados na inspeção pré-visual, 8,2% na inspeção visual e 40,4% na inspeção computadorizada. Na préinspeção visual, etapa onde são verificados itens que podem comprometer a integridade do veículo, a segurança das pessoas ou invalidar o resultado final da medição de gases, os principais motivos da rejeição foram 65,82% por emissão de fumaça visível, 22,89% por funcionamento irregular do motor e 4,51% por vazamentos ou avarias no sistema de escapamento.


Especial

Cientistas apontam índice de emissão de poluentes O doutor Paulo Afonso André, engenheiro do Grupo de Equipamentos e Projetos (NEP) do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental (LPAE) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) acompanha, juntamente com o médico, dr. Paulo Saldiva, os resultados anuais da inspeção veicular ambiental nos veículos a diesel que constitui a frota com maior participação individual na poluição atmosférica por material particulado ambiente nas regiões urbanas brasileiras. Segundo ele, a apresentação dos resultados das inspeções realizadas em 2011 no evento "Seminário pré Rio+20" feita pelo Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental (Inaira) do CNPq tem aplicação, pela mesma metodologia, para os resultados do programa de inspeção veicular até 2012. Os resultados para 2013 não foram divulgados pois não houve autorização para isso pela Prefeitura do Município de São Paulo, conforme o engenheiro. Nesta apresentação, André aponta a redução estimada da emissão de poluentes pelo programa de inspeção veicular em veículos diesel e seu impacto na saúde da população, considerando gás carbônico, hidrocarbonetos e emissão de particulado. “Os veiculos que estavam fora do limite normal de emissão foram rejeitados e reavaliados depois de passar pela manutenção”, explica o engenheiro. “Do ponto de vista ambiental, um dos maiores agravos é a emissão de particulado, da qual houve uma redução de 28% em toda a frota avaliada”, ressalta.

Resultados de 2011 Os principais resultados da frota inspecionada em 2011, relacionando a redução de emissão constatados nos veículos em bom estado de conservação após manutenção corretiva, foram positivos. Os carros a gasolina e etanol apresentaram uma redução de 49% de gás carbônico e 39% em hidrocarbonetos. As motocicletas reduziram em 34% o gás carbônico e 42% nos hidrocarbonetos e os veículos a diesel

tiveram redução de 28% no particulado. A frota a diesel inspecionada pelo Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP tem a seguinte composição: 1% automóvel, 5% utilitário, 6% camioneta, 19% caminhonete, 10% microônibus, 16% ônibus, 5% caminhão trator e 38% caminhão. As estratégias que formatar o impacto à saúde passaram por estimativas da redução na concentração de material particulado ambiente, do impacto em internações hospitalares e mortes (modelos epidemiológicos) e do valor econômico associado. De acordo com Saldiva, chefe do Departamento de Patologia da FMUSP, o paulistano respira quatro vezes o nível de poluição aceito pela OMS, causando alterações não somente no trato respiratório e cardio-vascular, mas na fertilidade, desenvolvimento fetal e desenvolvimento de neoplasias. “Estudos revelam que o trânsito e a poluição do ar são os fatores que mais causam enfarto no paulistano”, estabelece. “A saúde não cabe mais na Saúde. Ela vai além de planejamento urbano e políticas de combustível”, refor-

Banco de Imagens

Do ponto de vista ambiental, um dos maiores agravos é a emissão de particulado, da qual houve uma redução de 28% em toda a frota avaliada ça. “A questão ambiental deve ser vista também como uma questão de saúde para enfrentar os desafios que temos pela frente”, enfatiza o também coordenador do Inaira.

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Gestão

Organização de estoque: foco na demanda e na tecnologia de armazenagem 20 - Revista Asdap l Março/Abril 2014 l Ano 2 l Número 9


C

autela com o estoque. Essa é a recomendação do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS), Gerson Nunes Lopes, em relação à aquisição de produtos. “Ainda mais hoje que os juros estão aumentando, a inflação também, além da necessidade de certificação de peças. Mercadoria na prateleira não faz efeito. Necessário é ter o produto para revendê-lo”, aconselha. Segundo ele, é impraticável um estoque demasiado de produtos que não giram. “O estoque tem que ser adequado à demanda. Produto que sai uma vez por mês tem que ter duas ou três unidades na prateleira. Produto que sai diariamente tem que possuir uma quantidade maior. Esses itens têm que girar, pois gera custo financeiro e não se pode ter mer-

cadoria parada”, enfatiza. “Hoje, a maioria das micro e pequenas empresas possui equipamentos para facilitar o trabalho, como computadores, e algumas trabalham com sistemas de informatização do estoque, mas na maioria o estoque na memória do proprietário”, considera o executivo. Em relação à logística dos estoques, Lopes afirma que na Capital e na Região Metropolitana, o sistema funciona adequadamente, mas no interior há uma dificuldade maior em função da distância a ser percorrida pelo transportador. “O empresário tem que ter um bom relacionamento com o seu fornecedor para que possa pedir de manhã e receber na manhã do dia seguinte”, especifica. Para Nunes, o montante de estoques dos varejistas vem se mantendo como nos anos anteriores, mas gradativamente alguns crescem um pouco mais. “São os empresários que entendem melhor o mercado e organizam o estoque para a clien-

Estoque é dinheiro. É o capital que o dono tem ali. Por isso a necessidade de administrá-lo bem tela específica, com peças atualizadas e de acordo com os veículos que estão no mercado”, cita. “Estoque é dinheiro. É o capital que o dono tem ali. Por isso, a necessidade de administrá-lo bem. O dinheiro está mais caro com as taxas maiores. É preciso mais cuidado para investir somente o necessário para o seu negócio. O estoque não pode ser demasiado e sim conforme a capacidade financeira e de vendas da empresa”, completa o presidente do Sincopeças-RS.


Gestão

Variáveis de venda e softwares de administração De acordo com Rogério Mendes Colla, diretor da Auto Pratense, empresa com filiais em Porto Alegre e em diversos municípios do interior do Estado e com representantes atuando no RS e no Oeste catarinense, os estoques da empresa são abastecidos baseados na média de vendas anteriores (90 dias), geradas pelo sistema e analisadas por cada fornecedor com suas variáveis de produção ou importação sobre seus estoques reguladores. Em relação aos benefícios na logística da distribuidora, o dirigente da Auto Pratense fala sobre o recebimento de produtos das transportadoras e a separação dos produtos na venda. “A logística de recebimento é muito importante, pois, a partir da entrada de produtos bem organizada, nos permite um melhor aproveitamento dos espaços de locação, gerando maior agilidade no momento da venda”, especifica Colla. A distribuidora também se utiliza de softwares e equipamentos na armazenagem das peças, considerando as soluções para cada tamanho, ramo e verba disponível dos itens. “No geral, nos pacotes de ERP de Mercado (TOTVS, SAP, ORACLE, DATASUL, etc.), há módulos de Gestão de Armazéns (WMS) que contemplam todas as rotinas pertinentes à administração do estoque. Bem como muitas empresas desenvolvem in-house sua própria solução, e isto deve facilmente integrar as ideias e os modelos próprios de gestão”, afirma o executivo. Os equipamentos usados pela empresa geralmente são leitores de código de barras, de preferência a laser, com impressoras de códigos de barras, como o Datamax e o Zebra. “Temos opções de terminais móveis com leitores embutidos: Honeywell, Symbol, etc.”, sinaliza. Segundo Colla, a tendência é que muitas empresas passem a utilizar o RFID (etiqueta eletrônica por radiofrequência) para controle do estoque e inventário. “Ao apertar um simples botão, pode-se simplesmente saber no ato o número de peças

exato que se tem, bem como um controle melhor de entrada e saída e segurança. Assim, a empresa tem que investir em leitores especiais de RFID. Seu custo hoje, em grandes quantidades, está entre R$ 0,04 a R$ 0,10 por etiqueta”, salienta. “Os modelos de armazenagem vão desde regras próprias (conforme o aprendizado da empresa ao longo dos anos) a outros, como o Fifo, que identifica o primeiro produto a entrar ou sair, Dedicado, de Classes, etc.”, finaliza.

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Fotos: André Kotoman

A logística de recebimento é muito importante, pois permite um melhor aproveitamento dos espaços de locação, gerando maior agilidade no momento da venda


André Kotoman

Feiras & Eventos

Comissão da Autoparts prepara plano de ações para a sétima edição Em reunião no Sindirepa-RS, no dia 11 de março, a comissão da Autoparts – Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços discutiu questões referentes ao grupo e à exposição e se comprometeu em definir um conceito para o evento, que ocorrerá no próximo ano, de 14 a 17 de outubro. Após a definição e a aprovação dessa proposta pelos seus integrantes da comissão e pelas entidades envolvidas, deverá ser desenvolvido o plano de ações para a sétima edição da feira, a ser realizada em Porto Alegre. “É intenção da comissão contribuir para o desenvolvimento dos negócios na reposição automotiva independente e também

proporcionar ao público-alvo uma valiosa oportunidade de obtenção de novos conhecimentos e aperfeiçoamento profissional”, indica José Alquati, que é coordenador da comissão. Flávio Telmo, da Meridional, ocupa o cargo de coordenador-adjunto. A comissão ainda é composta por Osmar Gottscheffsky (Sama), Lidiane Nunes (Real Moto Peças), Marco Rodrigues (Polipeças), Renê Zanini (Sindirepa-RS), Enio Raupp (Sindirepa-RS), Sérgio Galantin (Roles), Gerson Lopes (Sincopeças-RS), Ana Groth (Sincopeças-RS), Markus Blank (Cobra), João Adam (Auto Pratense), Henrique Steffen (Giros Peças) e Luciano Saldanha (Pellegrino).

Próxima edição já tem data marcada e ocorrerá entre os dias 14 e 17 de outubro de 2015


Mercado

Bicicletas elétricas: nova alternativa de negócio

A

inda um pouco tímidas, as bicicletas elétricas estão chegando à casa de consumidores gaúchos. Elas estão sendo mencionadas como uma das alternativas para melhorar a mobilidade urbana, principalmente a dos grandes centros. Com o seu uso para o trabalho, por exemplo, há possibilidades de redução de congestionamento e, principalmente, andar com algo sustentável. Para falar sobre as bicicletas elétricas, a revista Asdap conversou com o diretor da JR Comércio de Bicicletas e Acessórios Ltda., Jean Laub, que declarou que “o que está em pauta hoje é a bicicleta elétrica. A bicicleta a motor não faz mais sentido, é barulhenta, poluidora”. A empresa do diretor Laub está entrando no negócio das bicicletas elétricas e ele explica que estão fazendo um trabalho inicial de conhecimento do produto: “Ainda não estamos comercializando para clientes. O que aconteceu foi o seguinte: como estou há anos viajando para fora, pegamos umas bicicletas para testar no mercado, com o objetivo de testar para ver se funcionavam bem. Eu uso uma, o meu sócio usa uma também e ela é muito legal". Vale ressaltar que a bicicleta elétrica é praticamente igual a uma bicicleta convencional, exceto a parte da bateria e os componentes eletrônicos. Ela pode ter bateria de chumbo e lítio (relacionada ao peso e à qualidade da bateria). “As bicicletas

boas hoje têm bateria de lítio”, aponta o empresário. De acordo com o diretor Laub, há muitas empresas especializadas nisso, "mas, como todo negócio novo, tem muitos aventureiros que viajam uma vez lá para a China, fecham um container de bicicletas, trazem e não têm condições de dar assistência técnica, não têm peças para reposição. Então, isso aí é algo que o consumidor deve estar atento para ver se a empresa que compra tem condições de dar assistência após a venda". Resolução do CONTRAN A resolução 465/2013 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), publicada no dia 13 de dezembro passado no Diário Oficial da União, equiparou as bicicletas elétricas, de pedal assistido e sem acelerador, às convencionais, de propulsão humana. A norma estabeleceu alguns critérios para as bicicletas elétricas: "Devem ser

equipadas com indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna dianteira, traseira e lateral, espelhos retrovisores em ambos os lados e pneus em condições mínimas de segurança. Passa a ser obrigatório ainda o uso de capacete de ciclista", o que ainda não ocorre com as bicicletas convencionais. Ainda, segundo a resolução, esse tipo de bicicleta pode circular em vias públicas, em ciclovias, em ciclofaixas, desde que respeite o limite de potência que é de 350 watts. O diretor Laub retoma que, "basicamente, uma bicicleta elétrica pode ser definida por andar, no máximo, a 25 km/ h e possuir o sistema pedelec. Antes da resolução do CONTRAN, a bicicleta não deixava de ser comparada a uma moto, porque você acelerava e podia chegar a velocidades maiores, sem fazer uso das pernas, do pedal".

A bicicleta a motor não faz mais sentido, é barulhenta, poluidora. Ecologicamente correta é a bicleta elétrica.

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Banco de Imagens

Custos da bicicleta elétrica

O verdadeiro propósito da bicicleta elétrica é auxiliar o ciclista quando lhe faltam pernas, pulmão, condicionamento e espaço

Bicicletas elétricas x exercício físico O empresário já ouviu várias declarações sobre esse novo veículo e relatou que "muitos lojistas são contra a bicicleta elétrica, porque querem estimular o exercício físico". Em uma análise geral, o diretor Laub acredita que, se pegar 100% das lojas atendidas pela sua empresa, o número das quem vendem o novo produto não chega a 10%. "Até porque o custo de uma bicicleta elétrica é bem elevado." Hoje em dia, com a aprovação da nova norma do CONTRAN, segundo o empresário, "não existe a possibilidade de você acelerar, você só acelera com o uso do pedal, ou seja, à medida que você pedala. No momento em que você para de pedalar, o sistema elétrico para, e para de acelerar. Acho que isso foi muito legal, porque, de certa forma, também, incentivou o exercício físico". O que é interessante na bicicleta elétrica é que o usuário pode optar em desligar a parte elétrica, transformando as-

sim o veículo em uma bicicleta convencional. "O ônus é que ela se torna uma bicicleta mais pesada. Enquanto uma convencional pode pesar uns 15 quilos, a elétrica chega a uns 25 quilos", ponderou. Entre as vantagens desse veículo estão: não polui o meio ambiente; não gera ruído; há um custo baixo de R$ 0,01 por quilômetro rodado; há uso do pedal que permite atividade física; e, por fim, não menos importante, alivia o trânsito das grandes cidades. Observando o último item de vantagens, o empresário declarou que "tudo que puder aliviar um pouco o trânsito é válido. Apesar de que as cidades não estão preparadas para isso. Eu, por exemplo, não me sinto à vontade para andar na avenida. A ciclovia da cidade de Porto Alegre, em muitos pontos, não tem separação física da via dos veículos automotores, então, circular aí acaba sendo perigoso".

Assim como uma bicicleta convencional, a elétrica possui inúmeros componentes diferentes e, dependendo dos que forem colocados, o preço pode alterar significativamente. O diretor Laub apontou o exemplo das bicicletas convencionais de competidores que podem chegar a um custo de R$ 40 mil ou R$ 50 mil: "Eles pagam uma fortuna para baixar gramas do peso da bicicleta, o que garante uma melhora no desempenho do atleta". As peças básicas dos dois tipos de bicicletas são iguais. O que difere é a parte eletrônica, o kit elétrico, também chamado de sistema pedelec, onde está a bateria e todo restante, como foi mencionado anteriormente. O custo desse produto varia de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil. Para entender os preços, só o valor médio de uma bateria de lítio é em torno de R$ 600,00. Há dois tipos de baterias: a de chumbo, que é mais pesada e barata; e a de lítio, mais leve e que dura mais. O tempo médio de duração de sua carga é de 40 quilômetros rodados (esse número pode variar dependendo do terreno e do peso do ciclista). O seu custo final é o que provoca uma desvantagem na sua comercialização. Porém, há uma solução criada pelo Banco do Brasil: uma carta de crédito de consórcio específica para bicicletas elétricas, que oscila entre R$ 1,5 mil a R$ 3 mil, com parcela mínima de R$ 48,00, em um prazo de 36 meses.

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Periscópio

Gauss tem novo CEO A Gauss, que produz e comercializa autopeças com ênfase nas linhas de reguladores de voltagem, retificadores, módulos de ignição, bombas de combustível, entre outros, iniciou o ano com mudança no comando da empresa, nomeando para CEO Claudio Doerzbacher. O economista está na companhia há mais de 8 anos, sendo que nos últimos três comandou a Axion Ferramentas e Materiais, empresa do grupo focada em componentes para movimentação de cargas. Doerzbacher possui grande conhecimento das áreas comercial, financeira, logística, tributária e desenvolvimento de produtos, segundo o conselheiro do grupo Afonso Borgonovo. "Ele tem todos os atributos para realizar um grande trabalho no mercado nacional e internacional", ressaltou. "A Gauss tem uma posição destacada no mercado de autopeças e conta com uma grande estrutura no Brasil e no exterior. Estou muito entusiasmado com o desafio de ampliar os negócios da empresa e fortalecer ainda mais a sua condição de liderança", afirmou Doerzbacher.

Bosch amplia linha de palhetas com o Aerofit A Bosch aumenta seu portfólio de palhetas com o novo modelo Aerofit. O item chega para atender a frota equipada com limpadores de para-brisa que possuem braços de conexão tipo gancho e pode ser instalado de forma rápida e segura graças ao adaptador pré-montado. Para

o motorista, um dos principais benefícios da Aerofit é sua performance de limpeza superior, já que o spoilier aerodinâmico tem mais estabilidade e mantém a pressão uniforme em todo para-brisa. A ausência de partes metálicas expostas, livres do desgaste de pintura e corrosão, faz com que a Aerofit tenha uma longa vida útil. Com o novo produto, a

Bosch passa a oferecer dois tipos de palhetas aerodinâmicas, popularmente conhecidas no mercado como Flat Blades: a Aerofit - voltada para as aplicações universais, com conexão tipo gancho - e a linha Aerotwin - indicada para veículos que já saem de fábrica com palhetas Bosch. Pode ser aplicada em modelos que possuem braços e/ou conexões distintos.

Fras-le inaugura centro logístico que unifica a estocagem A Fras-le, fabricante de materiais de fricção, inaugurou em Caxias do Sul (RS) o centro logístico que duplicará a capacidade de armazenamento de produtos e triplicará a de expedição numa área total construída que passa de 3.400m² para 6.600m². O objetivo do Centro Logístico é unificar todo o processo de estocagem, até então em três pontos diferentes, sendo que o espaço destinado ao mercado de reposição ficava na empresa, enquanto produtos destinados à exportação e às montadoras eram estocados em fornecedores terceirizados. "Trata-se de novo conceito em logística que visa consolidar e permitir total gerenciamento do estoque, além de garantir a competitividade no mercado global", explica Alfredo Lorenzoni, gerente de Logística da Fras-le. O novo espaço, onde questões de sustentabilidade e segurança

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receberam especial atenção, repercutirá em ganhos em todo o processo logístico, através da redução da movimentação dos produtos e da espera excessiva para carregamento de carga, entre outros benefícios.

Cresce o espaço para armazenamento de produtos e a área de expedição, totalizando 6.600 metros quadrados


Periscópio

Gates lança ferramenta para troca de correias elásticas Tecnologia relativamente nova entre os veículos nacionais, a correia elástica ainda causa alguns transtornos quando precisa ser substituída. Pensando nisso, a fabricante de correias, tensionadores e mangueiras Gates mobilizou suas equipes no Brasil para solucionar a questão. Após uma série de visitas e testes em oficinas, desenvolveu uma ferramenta inédita, universal e fácil de usar para a troca de correias elásticas. O produto está presente em todas as

caixas da linha Micro-V Stretch Fit. Além de aplicar qualquer correia elástica, o novo instalador conta com travas que o mantém na posição exata durante a montagem. Dessa forma, as trocas são sempre perfeitas e acabam os problemas do dispositivo esca-

par ou ser arremessado contra o reparador. A oficina e o cliente ganham em agilidade e qualidade do serviço. "Ao longo do ano, pretendemos trazer muitas outras boas notícias para o mercado automotivo. Estamos trabalhando com todos os setores da reposição para solidificar a nova imagem da Gates: diferenciada e inovadora. Seremos uma referência desde as embalagens até a garantia", antecipa o gerente de marketing, Fabio Murta.

DS em clima de Copa do Mundo A DS Indústria de Peças Automotivas está com uma novidade. As embalagens que acompanham os produtos agora estão sendo feitas nas cores da bandeira do Brasil em uma edição especial. A ação vai se estender até o final da Copa do Mundo, no dia 17 de julho. Após essa data, as embalagens nas cores vermelho, preto e cinza voltam a circular normalmente. Em uma das faces está escrito "sou brasileiro", reforçando a torcida pela seleção e a fabricação nacional de todas as peças da indústria.


Periscópio

Primeira Interauto acontece em maio A 1ª Interauto - Centro de Interação e Relacionamento com Indústria de Autopeças do Brasil será uma ótima oportunidade para distribuidores, varejistas e mecânicos gaúchos estarem em contato com indústrias de autopeças e conhecerem produtos e novidades do segmento. O evento, promovido pelo Sincopeças-RS e Sindirepa-RS, tem o apoio da Asdap e ocorrerá no Centro de Eventos do Sincopeças-RS (avenida Paraná, 2435, Porto alegre) nos dias 7 e 8 de maio, das 17h às 22h, com a participação de 18 fabricantes.

Dayco com produtos de reposição para veículos Ford Fornecendo correias dentadas, correias poly v, tensionadores e kits de distribuição a montadoras e para o mercado nacional de reposição, a Dayco está presente com a correia dentada, tensionador de distribuição e damper originais do motor Sigma que equipa os Ford New Fiesta 1.5 e 1.6 flex, Focus 1.6 flex e o New EcoSport 1.6 flex. O novo Ka também contará com

produtos Dayco na linha de montagem e na reposição: correia dentada em óleo, tensionador de distribuição e correia da bomba de óleo. O veículo, com motor 1.0 de três cilindros, deverá ser lançado no Brasil ainda neste primeiro semestre. Inclusive, em novembro de 2013 o Ka Concept - desenvolvido pela Ford Brasil foi apresentado à imprensa brasileira por diretores da Ford americana.

Wurth lança linha de aparelhos de diagnóstico automotivo A Wurth do Brasil apresenta os lançamentos da sua linha de diagnósticos automotivos. Os aparelhos têm alta performance e capacidade para identificar erros nos sistemas eletrônicos de carros, motos, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas. A linha premium dos modelos, nomeada Wurth Scan Pro, é dividida em quatro diferentes atuações, com cobertura de aproximadamente 100 montadoras atuantes no mercado nacional e capaz de testar mais de 300 mil sistemas. Livres de cabos, os aparelhos são compactos e ultratecnológicos, e tem comunicação com o computador via Bluetooth. Assim, o reparador tem autonomia em sua oficina, podendo fazer os testes com até 30 metros de distância em campo aberto e rece-

bendo as informações diretamente no computador. O diagnóstico é realizado através do software Wurth Diag, que possui ampla base de dados com informações técnicas e esquemas elétricos que auxiliam o profissional no momento da reparação. Além de realizar as principais funções de um scanner comum, como leitura e cancelamento de falhas e códigos de erros, teste dos atuadores, ajustes e regulações dos sistemas, os equipamentos possuem funções avançadas que os assemelham aos originais das montadoras com ajustes de combustível e marcha lenta, reset das mensagens de manutenção e serviços, substituição das pastilhas de freio e ajustes de combustível, entre outras funções.

Expansão

Asdap recebe a primeira associada de Santa Catarina A expansão da Asdap para os estados de Santa Catarina e Paraná já é uma realidade, tanto que está recebendo o primeiro associado de Santa Catarina, a Autopeças Cunhados, localizada no município de Lages. O gerente Comercial da Autopeças Cunhados, Alci Tadeu de Liz, em fun-

ção da expansão, afirma que "com certeza estamos unindo forças, o que faz toda a diferença neste mercado competitivo de distribuição". A entrada da Cunhados para a Asdap significa para empresa justamente o que diz o seu slogan: "unidos estamos fazendo a diferença". O gerente continua a

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sua explanação dizendo que a sua empresa "só tem a ganhar estando ao lado de grandes parceiros associados". Para Tadeu de Liz, a Revista da Asdap "ajuda a ficar informado sobre vários assuntos... e as informações passadas nas matérias têm ajudado a divulgar marcas, palestras técnicas, feiras, etc.".



Periscópio

Mahle inaugura centro de distribuição que dobra a capacidade logística Divulgação Mahle

Respondendo ao aumento do volume de vendas e à ampliação do seu portfólio de produtos ocorrida nos últimos anos, no dia 18 de março a Mahle Aftermarket inaugurou seu novo Centro de Distribuição em Limeira (SP), dobrando a capacidade logística do grupo na América do Sul. Situado a apenas 7 quilômetros da antiga planta de Limeira, o novo prédio foi concluído em dezembro de 2013. Alocadas em um terreno de 100 mil metros quadrados, as novas instalações

têm 32 mil metros quadrados de área construída a partir de um moderno projeto criado pelos arquitetos Roberto Loeb e Luís Capote. O novo depósito, que tem 25 mil metros quadrados, comporta quase 19 mil paletes. A área destinada aos escritórios soma 2,5 mil metros quadrados. No novo centro de distribuição, o número de docas cresceu de cinco para 26, o que implica em maior produtividade. O aumento da estrutura física, associado a processos otimizados, encur-

Área do depósito é de 25 mil metros quadrados e a dos escritórios soma 2,5 mil metros quadrados tarão consideravelmente os tempos de processamento desde o recebimento dos pedidos até o seu embarque. Luis Armando Tonioli, gerente da planta de Limeira, destaca um aspecto importante da planta plana: “O novo centro de distribuição reúne em apenas um prédio as funções que antes eram distribuídas em três edificações.” Conforto térmico

Estrutura inaugurada comporta quase 19 mil paletes 30 - Revista Asdap l Março/Abril 2014 l Ano 2 l Número 9

A arquitetura contribui para uma melhora significativa do conforto térmico das áreas operacionais e de escritórios. Algumas partes do prédio incluem telhados “verdes”, que proporcionam uma temperatura interna mais baixa e, as-

sim, menor consumo de energia. No piso do armazém foi usado concreto protendido, que, ao oferecer menos juntas de dilatação, melhorou o uso de equipamentos de movimentação de materiais, reduzindo também sua manutenção. A nova estrutura, que agora tem capacidade para montar, a cada dia, 17 mil kits de pistões com anel e camisas e 160 mil kits de bronzinas e tuchos, tem 43 equipamentos de movimentação, sendo 40 deles elétricos. Até o final de 2014 está programada a entrada em operação de um sistema automatizado para manuseio, organização e armazenamento de peças pequenas como válvulas, bronzinas, anéis, tuchos, guias e sedes de válvulas. O assim chamado Miniload terá capacidade para armazenar mais de 25 mil caixas. O armazém inclui ainda uma área de 9 mil metros quadrados destinada à sua expansão. Entre entradas e saídas, o centro deverá atender um fluxo de aproximadamente 770 caminhões por mês.




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