PALAVRA DO PRESIDENTE
Boas notícias para um segundo semestre promissor Que orgulho chegar à 17ª edição da Revista Asdap e ter o 2º Painel Asdap como matéria de capa. Foi um evento produtivo, uma oportunidade ímpar de debatermos o atual momento do mercado de reposição independente na presença de mais de 130 participantes e painelistas experientes. São ocasiões como essa que nos fortalecem ainda mais como associação e empresários do setor. Recebemos feedbacks importantes para continuarmos aprimorando nossos encontros, tornando-os cada vez melhores e completos. Valorizamos muito a crítica construtiva e as sugestões encaminhadas por todos. Desde agora começamos a pensar e a desenvolver o nosso 3º Painel Asdap. Em outubro, temos outro importante evento pela frente, a Interauto 2015. Promovido pelo Sincopeças-RS e pelo Sindirepa-RS, com o apoio da Asdap, o encontro tem o objetivo de incentivar o relacionamento entre os diversos elos do setor de autopeças e acessórios para veículos e também ganhou as páginas desta edição. A Revista da Asdap traz ainda uma entrevista com Nelson Piquet Junior, primeiro campeão de Fórmula E, que encerrou a temporada em junho desse ano. Além dessa matéria, a Revista também traz uma reportagem sobre reciclagem automotiva, um mercado que está em pleno crescimento e uma outra sobre o Torpedo, primeira caminhão da Mercedes-Benz produzido no Brasil. Para driblar a crise e aproveitar as oportunidades que surgem, elaboramos uma matéria com dicas de planejamento e gestão de desempenho. Tivemos ainda uma conversa com o especialista em desenvolvimento de equipes Carlos Fortes sobre as dificuldades de empreender e a necessidade de liderar, ser criativo e se reinventar para vender mais. Tudo isso e muito mais pode ser conferido a seguir. Esperamos que as boas notícias sirvam de incentivo para um segundo semestre de muitas conquistas, novidades e superação. Boa leitura a todos!
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Henrique Steffen Presidente
Diretoria Executiva Henrique Steffen Presidente (presidencia@asdap.org) Rogério Mendes Colla Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org) Flávio Telmo Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org) Ricardo Krolikowski Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org) Conselheiros Celso Zimmermann, e Fernando Bohrer Suplentes Marcelo Zambonin e Silvio Cohn Assessor de Imprensa Cristina Rispoli d’Azevedo, R & A Comunicação Associação Sul-brasileira dos Distribuidores de Autopeças (ASDAP) Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: revista@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034 Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati, Silvio Cohn e Thiago Alves
A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor. Editor: Claudio Fontoura Editor Reportagem: Rosangela Groff Diagramação: Carlos Rema Revisão: Daniele Alves Inácio Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Gráfica e Editora Palotti Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.
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ENTIDADE
Painel Asdap
debate mercado, marketing, vendas e tecnologia
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Associação Sul-brasileira de Distribuidores de Autopeças realizou no dia 10 de agosto o 2º Painel Asdap com o tema “As Oportunidades e Desafios do Segmento de Reposição Independente”. O evento anual promovido pela Associação reuniu quatro palestrantes que discutiram questões de mercado, marketing, vendas e tecnologia e teve a participação de mais de 130 pessoas, incluindo executivos de indústrias de todo o país, além dos associados e representantes de entidades. O presidente da Asdap, Henrique Steffen, ressaltou a importância do setor de distribuição e reposição independente em agregar iniciativas nesse sentido. “Estamos sempre observando experiências em outras regiões do país e queremos trazê-las aos nossos associados para contribuir com o desenvolvimento dos seus negócios. É uma ação de apoio aos empresários, uma oportunidade de ter uma visão mais ampla do que está acontecendo no mercado, para questionar o momento e agregar conhecimento com as discussões”, salientou. Steffen falou sobre o início do projeto. “Este painel, que nasceu da inspiração coletiva, criado no ano passado, tem por objetivo proporcionar aos nossos associados a oportunidade de
Fotos: Muriell Custódio
Steffen: “Precisamos acreditar no avanço e na retomada do crescimento”
trocar ideias e informações sobre o mercado de reposição e serviços. A primeira edição, em 2014, foi muito produtiva e trouxe pontos importantes para o debate. A diversidade de painelistas colaborou para o enriquecimento das discussões, pois tínhamos representantes dos setores do agronegócio, da comunicação, indústria, reposição e redes concessionárias”, explicou. Para o dirigente da Associação, crises vêm e vão. “Precisamos acreditar no avanço e na retomada do crescimen-
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to. Porém, não de braços cruzados! Temos que ser criativos e pensar juntos em novas soluções. Devemos somar nossas capacidades e competências. Apenas assim teremos condições de tomar as melhores decisões coletivas e individuais”, afirmou. “Esse foi o principal fator motivador para realizarmos este segundo painel de debates. Por isso, queremos a cada ano fazer um encontro ainda melhor e mais proveitoso. Projetos como esse precisam ser multiplicados”, complementou.
ENTIDADE
Painelistas abordam as oportunidades e o enfrentamento da crise As palestras iniciaram com um debate sobre mercado. O primeiro a falar foi Pedro Lutz Ramos, economista sênior do Sicredi, que analisou o momento atual da macro e microeconomia, especialmente na região Sul. “Vemos um efeito de renda, de elevação de taxa de juros, que é um inibidor, e podemos perceber uma reversão do consumo das famílias, que adiantaram o consumo ao longo dos anos de 2012, 2013 e 2014 e, agora, tiveram seus incentivos revertidos. Da parte dos bens de capital, eu destacaria ainda os benefícios gerados, os subsídios principalmente do BNDES, que fizeram muitos consumirem ônibus e caminhões antecipadamente nos últimos anos”, disse. Sérgio Feltraco, diretor executivo da Fecoagro, comentou os resultados obtidos pelo agronegócio no primeiro semestre do ano e de que modo o setor vive agora com as incertezas econômicas que atingem ao país. “Entendo que talvez o setor do agronegócio não esteja sendo tão afetado quanto aos outros setores da economia, diante do cenário atual. Essa é uma visão que nós devemos ter”, pontuou. “Uma questão que não devemos nos preocupar é o fato da China estar reduzindo a taxa de crescimento populacional, pois ela não é importadora de commodities e sim de água. Eles tem área para produzir soja e milha, mas a água eles não possuem. Acredito que nós não vamos ter competência para impedir o crescimento populacional do Brasil a médio e longo prazo, e isso, sim, é preocupante. O cenário
que a agricultura se coloca nesse momento adverte para essa possibilidade”, alertou. O terceiro painelista foi Cassio Hervé, diretor presidente do Grupo Oficina Brasil, que apresentou muitos dados e índices sobre a frota circulante nacional e as possíveis alternativas para o mercado de reposição independente. “Nunca na história deste país houve uma frota circulante tão significativa e o número per capita de carros por oficina nunca foi tão grande”, afirmou. Segundo ele, as oficinas mecânicas estão perdendo mercado para o canal concessionário. “Para vocês terem uma ideia, a compra no canal concessionário, em 2009, girava em torno de 8%. No mês
passado, bateu 25%, ou seja, um quarto das peças compradas na oficina mecânica hoje vai para a concessionária. Por isso é importante, para a gente entender o que realmente nos impacta, avaliarmos o que acontece na oficina mecânica independente. Minha sugestão é essa: vamos estudar a cadeia a partir do seu nascedouro, ou seja, a partir da oficina mecânica independente”, indicou. Hervé também chamou a atenção para a influência que o mecânico exerce na decisão de compra do consumidor de automóveis. “Algumas montadoras se deram conta de que, ao se relacionar com o reparador independente, elas podem conquistar a preferência pela marca”, ressaltou. “A opinião
Mais de 130 participantes prestigiaram a segunda edição do evento Revista da Asdap l Julho/Agosto 2015 l Ano 3 l Número 17 - 7
ENTIDADE
do mecânico é diretamente proporcional à experiência que ele tem com aquele carro. Se ele não consegue a peça, ele condena o veículo. Por isso, é melhor para as montadoras que o consumidor tenha uma experiência positiva na oficina mecânica independente, porque a pós-venda é o maior fidelizador que existe”, considerou. Em relação ao marketing e vendas, Pedro Lutz Ramos analisou o cenário a partir dos pedidos e concessões de empréstimos e financiamento e salientou que ao contrário do que parecem, os índices de inadimplência não apresentaram até agora uma grande deterioração. “Mas é claro que, como as principais instituições financeiras do Brasil tomaram medidas para tornar o crédito mais restritivo, isso se reflete no mercado de automóveis”, relacionou. Quanto à tecnologia, Felipe Andreolla, supervisor de Educação e Tecnologia do Senai Automotivo, falou sobre uma
Associação reuniu palestrantes que discutiram questões de mercado
das principais tendências da manutenção automotiva. “As montadoras chamam de manutenção inteligente, que não é aquela preventiva, em que a pessoa se antecipa à troca de alguns componentes para preservar aquele sistema. Não é a preditiva, relacionada à quilometragem do carro, e não é a corretiva, que espera quebrar para trocar”, frisou. A manutenção inteligente se antecipa a tudo isso e usa o ponto ótimo, que é
uma inteligência que monitora uma série de fatores, como temperatura do motor e trajeto utilizado, para indicar o melhor momento de trocar o óleo ou fazer a manutenção, de acordo com a condição de uso do veículo”, relatou. Andreolla enfatizou ainda a importância da capacitação e qualificação dos profissionais do segmento para conseguir acompanhar as atualizações e mudanças do mercado e das organizações.
Encontro teve resultados positivos Após os debates e o esclarecimento de algumas dúvidas encaminhadas pelo público, o evento contou com a palestra “Riscos vs Ganhos – Como e porque é importante fugir da estagnação em tempos de crise”, com o coach Leonardo Franceschini. A apresentação teve por objetivo inspirar os participantes a pensarem em soluções criativas para os seus problemas, medindo os possíveis riscos e perdas que isso representa para os seus negócios, a fim de se antecipar a estas questões e colocar antigos e novos
projetos em prática, evitando a estagnação. De acordo com o presidente da Asdap, o evento foi muito bem elaborado e, principalmente, muito bem divulgado pelos associados. “Eles deram valor ao painel repassando-o para integrantes do segmento independente. São pessoas que se mostraram envolvidas com o nosso setor e aderiram à causa. E souberam chamar convidados selecionados. O mérito do sucesso do painel é todo dos associados envolvidos.”
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Steffen também destacou a qualidade dos painelistas. “Os temas propostos pela Associação foram apresentados de maneira eficiente, com dados relevantes que vieram a acrescentar muita informação para o público presente em relação ao mercado e à situação econômica atual”, afirmou. Segundo o dirigente da Asdap, já está sendo trabalhado o terceiro painel. “Começamos a nos reunir para identificar o que deve ser corrigido e de que forma podemos estabelecer assuntos de interesse do nosso segmento”, adiantou.
Segundo Frasson, 30% da frota brasileira estĂĄ prĂłxima da necessidade de reciclagem
Reciclagem automotiva, um mercado em crescimento
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ENTREVISTA
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stima-se que 30% da frota brasileira esteja próxima da necessidade de reciclagem e apenas 1,5% seja reciclada. Muitos dos veículos que saem de circulação acabam em desmanches ou aterros, na maior parte das vezes ilegais, colocando o meio ambiente em risco. Utilizando um processo de desmontagem sustentável, é possível reaproveitar e reciclar a maioria das peças e componentes de um carro. As informações são de Fabio Frasson, pósgraduado em administração de empresas e negócios e com 15 anos de experiência no setor de seguros. Gerente de sinistros e salvados do Grupo Porto Seguro, ele é responsável pela operação Renova Ecopeças, uma empresa pioneira, segundo o executivo, na reciclagem automotiva e reaproveitamento de peças no Brasil. A criação da Renova aconteceu a partir da necessidade de reciclagem automotiva no país, de acordo com o gerente da empresa. “O modelo de atuação, precificação e padrão de qualidade da empresa foi estabelecido com base em pesquisas de mercados como do Japão, dos Estados Unidos, da Argentina e da Espanha, de modo que a Renova reúne as melhores práticas desses mercados em uma operação em conformidade com a lei e o mercado brasileiro”, cita Frasson. O início da operação, com desmontagem dos carros, e a montagem do estoque de peças tiveram início em janeiro de 2013, com o começo da atividade comercial, venda das peças, em atividade a partir de junho de 2014, após aprovação da Lei do Desmanche. De acordo com o gerente, o processo inicia com a descontaminação dos carros, com a retirada das sobras de combustível, óleos, fluídos e gases de forma segura, evitando o risco de contaminação do meio ambiente. Esse material é coletado por
empresas especializadas, seguindo para as etapas de processamento e transformação, para ser aproveitado em diversos segmentos e aplicações. O carro segue então para desmontagem e triagem das peças. Os itens em perfeito estado ou com pequenas avarias são registrados no sistema conforme a Lei do Desmanche e encaminhados para venda. As peças rejeitadas pelo processo de qualidade ou que não podem ser reaproveitadas, como itens de segurança, são enviadas aos fabricantes para remanufatura ou reciclagem, assim como o restante da lataria e carcaça que não for possível a reutilização. Todas as peças passam por uma triagem para classificação quanto à qualidade, originalidade e condição de reaproveitamento. Cada item é identificado e ganha uma etiqueta que garante a sua procedência, rastreabilidade e histórico. A partir daí, seguem para estoque e venda. O preço de uma peça Renova é até 70% menor do que uma nova, original, variando de acordo com seu estado de conservação. As peças são comercializadas no balcão de vendas da Renova ou pelo e-commerce. Há também um canal B2B, onde montadoras, oficinas reparadoras e retíficas podem optar pela gestão da logística reversa ou descarte controlado. Para Frasson, a compra on-line de peças automotivas tem uma boa aceitação entre os consumidores. “Hoje, a categoria ocupa o 2º lugar no ranking de setores do e-commerce, perdendo apenas para a moda”, informa. Quanto à área de atuação da Renova, Frasson afirma que a empresa atende somente São Paulo, mas a ideia é ampliar o serviço para o país, mas ainda não há previsão de data ou região confirmada. A Renova comercializa desde pequenas peças de acabamento e acessórios até motores e câmbios. “Em geral todas essas peças têm um bom giro, pois proporcionam
“O modelo de atuação, precificação e padrão de qualidade da Renova foi estabelecido com base em pesquisas de mercados como o do Japão, dos Estados Unidos, da Argentina e da Espanha, em uma operação em conformidade com a lei e o mercado brasileiro”
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ENTREVISTA
economia na ordem de 70% em relação a uma peça nova”, indica. Frasson acredita que a economia brasileira volte a crescer no próximo ano. “O Brasil está passando por um momento importante e muito em breve a confiança do mercado exterior deve ser retomada. Com isso, o investimento deve voltar a acontecer. Voltando investimento, a produção nacional também deve ter uma retomada, assim como o consumo, contratação de serviços e demais segmentos”, aposta o executivo.
Conforme o executivo, objetivo é oferecer peças de baixo custo, com garantia e descarte adequado
Peças de baixo custo A Renova tem capacidade para reciclar mensalmente 500 veículos e potencial para 1,5 mil veículos em três turnos de trabalho. A capacidade atual é de 300 veículos por mês, todos provenientes do grupo Porto Seguro. Em pouco mais de um ano de operação comercial, a Renova já reciclou mais de 2 mil veículos. A operação de desmontagem e estoque conta com 50 funcionários. O volume de veículos reciclados em 2014 foi 50% maior comparado a 2013 e a Renova reciclou, como sucata ferrosa, 995 veículos de sinistro de incêndio acumulados nos pátios da seguradora. “O objetivo da Renova é oferecer peças de baixo custo, com garantia e qualidade, seguindo um padrão de responsabilidade ambiental, com descarte adequado a veículos em final de vida útil. A ideia é reduzir o consumo de recursos naturais, evitando o risco de poluição do meio ambiente, além de contribuir com a Lei do Desmanche”, explica Frasson. As peças recebem uma etiqueta, com um sistema de identificação e rastreabilidade, além de uma Nota Fiscal. Elas são destinadas ao consumidor final, oficinas reparadoras ou revendedores. “É importante lembrar que as seguradoras não podem utilizar peças recicladas. A função dessas peças é servir como alternativa para redução de custo de peças automotivas compradas diretamente pelo consumidor”, alerta o gerente. Em relação ao mercado, Frasson identifica o retorno de consumo. “Na verdade, o mercado já esperava por uma solução como a Renova, tanto pela necessidade do abastecimento legal do mercado de autopeças como pela urgência de um programa completo de reciclagem automotiva e compro-
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misso ambiental. Agora, com a regulamentação do setor por meio da aprovação da Lei do Desmanche, a probabilidade é que a venda de peças usadas registre um bom índice de crescimento. O sistema de rastreabilidade de peças, como o que a Renova possui, é exigido pela lei, o que contribui com o avanço da reciclagem automotiva, que é uma necessidade mundial”, especifica. Conforme o gerente, no Japão, por exemplo, que a reciclagem é obrigatória, há o reaproveitamento de cerca de 3,6 milhões de veículos anualmente, com grande parte destinada à exportação. “A Porto Seguro está otimista em relação ao futuro, uma vez que a Lei do Desmanche passou a vigorar em âmbito nacional, a partir de junho desse ano, e pode impulsionar a aprovação do Seguro Popular, que está sob avaliação da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Uma vez aprovado, a modalidade permitirá que as seguradoras utilizem peças de reuso nos consertos dos carros nas oficinas, o que atualmente não é permitido. Com isso, o custo da apólice pode ser reduzido em até 30%, proporcionando assim a inclusão securitária para cerca de 20 milhões de carros com mais de cinco anos, que não possuem seguro. No Brasil, apenas 30% da frota em circulação é segurada”, observa. A queda do roubo e furto reflete no custo do seguro, principalmente na modalidade que cobre exclusivamente a garantia de Roubo, Furto e Incêndio. No entanto, ainda não é possível estender essa redução à modalidade de cobertura total dos veículos, pois existem fatores como alto custo de peças, inflação e alta do dólar, que não permitem a diminuição do custo do seguro.
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Banco de Imagens
Planejamento e gestão de desempenho
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para enfrentar a desaceleração econômica
m um período de desaceleração econômica, assim como esse vivido atualmente em nosso país, as organizações devem manter-se atentas aos resultados obtidos com a operação. Manter o ponto de equilíbrio financeiro é fundamental para a manutenção e a viabilidade do negócio. Gerenciar uma empresa em períodos de turbulência externa requer planejamento e uma gestão de performance que permita ao
empresário e gestor otimizar os recursos disponíveis. Essa é a posição do sócio-fundador e consultor da Action Result, Thiago Alves. Ele enumera algumas dicas para enfrentar as dificuldades que atingem aos empresários e o mercado como um todo. E indica uma colocação do guru da administração, Peter Drucker: “Para sobreviver e ter sucesso, cada organização tem de se tornar um agente da mudança. A forma mais eficaz de gerenciar a mu-
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dança e criá-la». Alves cita como um dos tópicos importantes no gerenciamento da empresa em tempos de crise o planejamento de contingência e cenários. “Examine os resultados atuais, construa um simplificado cenário comercial e financeiro para os próximos meses e avalie os resultados que a empresa deve esperar. Defina metas para o curto prazo, como por exemplo, faturamento desejado, quantidade de clientes atendidos, ticket
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médio de vendas, lucro da operação. Envolva as equipes da sua empresa no processo de implantação do plano. Chame o pessoal para conversar e aponte as necessidades de melhorias. Escute sugestões, e se possível, insira algumas delas no planejamento”, aconselha o consultor. Quanto à gestão de performance, Thiago ressalta que para saber se estamos conseguindo atingir determinados objetivos é necessário possuir controles gerenciais efetivos, preferencialmente indicadores de desempenho. Um indicador tem como proposta auxiliar na administração de determinado desempenho organizacional. “Com o planejamento para o curto prazo em mãos, defina alguns indicadores de controle para acompanhar e avaliar os resultados mensalmente. Você pode estabelecer índices comerciais, financeiros e administrativos como faturamento, recebimento financeiro, percentual de compras, percentual da folha de pagamento, inadimplência, percentual de endividamento, margem de contribuição, custo das mercadorias vendidas, entre outros”, enumera. “O planejamento e a gestão de performance são importantes instrumentos para gerenciar a mudança, mas lembrese que as pessoas são a chave do sucesso em qualquer organização. É preciso têlas envolvidas em todo o processo, engajadas e comprometidas com o momento atual, e acima de tudo, capazes de multiplicar as boas práticas e resultados”, encerra Alves.
Política de formação dos profissionais Psicóloga com pós-graduação e MBA em Gestão Empresarial, Helena Camacho, da Camacho Consultores, que atua desde 1979 na área de Recursos Humanos, fala como gerenciar os negócios em tempos de crise. “Esse processo eco-
De acordo com Alves, para sobreviver e ter sucesso, cada organização tem de se tornar um agente da mudança. A forma mais eficaz de gerenciar a mudança é criá-la nômico que vive o país atinge diretamente o setor de RH pela restrição de negócios que impacta no headcount das empresas. Muitas acabam fazendo uma espécie de juniorização, trocando os profissionais mais seniores pelos mais juniores mesmo com o risco de perder conhecimento, mas gera economia financeira rápida no primeiro momento”, explica. Segundo Helena, a alternativa é a empresa ter uma política de formação dos profissionais, onde se identifica e se estrutura um pool de talentos continuamente formando sucessores nas áreas, que possam assumir maiores desafios.
“Isso vale para tempos de crise e para tempos de bonança. É uma prática que dá sustentação ao negócio, motiva aos funcionários e cria um dinamismo que se reflete nos resultados da companhia. Mas, nem todos têm essa política que deveria ser um dos pilares do trabalho de RH nas empresas”, argumenta. A especialista descreve de que forma as empresas devem se posicionar em relação aos funcionários, contratações ou demissões. De acordo com ela, os processos de avaliação de desempenho e acompanhamento ajudam muito pois mantêm mapeamentos atualizados sobre as performances dos funcionários e fornecem inputs sobre o potencial dos colaboradores para trabalhos mais complexos ou de maior desafio. Para ela, desempenho sempre remete ao passado, ao que o foi feito e potencial é um prognóstico de desempenho futuro baseado em algumas informações do funcionário, onde se inclui o que já fez, como fez, o que gerou de resultado, a qualificação e as atitudes. “O passado não garante o futuro, mas dá inputs do que pode acontecer no futuro. É uma base para prognóstico”, especifica. “Essa prática colabora nas decisões de substituição, remanejamento, e se for o caso, desligamento. Claro que precisa ser feito em cima de critérios que muitas vezes são as competências que se verificam nos resultados obtidos pelos trabalhadores nos vários períodos, sua formação e conhecimentos técnicos ou específicos e as competências comportamentais, como trabalho em equipe, maleabilidade, flexibilidade, etc.”, considera. A psicóloga afirma que quanto mais se cresce nas estruturas das empresas, menos se depende de conhecimento e experiência e mais da capacidade de tomar decisões e para tanto de capacidade de julgamento. “Formar um pool de talentos exige ter uma visão de 360 graus sobre o funcionário e fazer os investimentos direcionados para os gaps
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Para Helena, processos de avaliação de desempenho e acompanhamento mantêm mapeamentos atualizados sobre asperformances dos funcionários e fornecem inputs sobre o potencial dos colaboradores
Critérios passam por competências como trabalho em equipe identificados e manutenção das fortalezas ou pontos fortes de cada um”, sinaliza. Assim os investimentos de treinamento não devem ser massificados a partir de um determinado nível nas empresas, respeitando o entendimento do perfil daquele funcionário. “Será que todos precisam do mesmo curso de liderança? Mas dá menos trabalho massificar, embora também não gere o resultado esperado. Por isso algumas empresas estão realizando os PDIs (Planos de Desenvolvimento Individual) como forma de obter mais retorno sobre os investimentos no desenvolvimento do colaborador”, ressalta. Em relação a uma tendência de cortes no setor ou a adequação das empresas com outras iniciativas, Helena esclarece que muitas desistiram dos cortes pelo impacto negativo que gera seja no clima interno da empresa, seja no custo
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exigido e na perda de conhecimento que muitas vezes coloca o negócio em risco. A imagem perante os clientes também pode ficar abalada, conforme a profissional. Outras iniciativas estão ligadas a otimização de processos, maior capacitação dos profissionais para serem multitarefas, desenvolvimento de novos fornecedores, investimento em maquinários mais modernos. A análise da forma de realizar o trabalho, a forma de execução, metodologias, maquinários e formação multidisciplinar costumam gerar ganhos em escala do que simplesmente focar o headcount como solução. “Olhar a concorrência, as tendências de mercado e fazer ajustes contínuos é fundamental. Dependendo da empresa, fazer parcerias com as universidades focadas em pesquisas de novos materiais pode ser uma saída interessante”, completa.
ADMINISTRAÇÃO
Notícias do período por Daisy Machado O ano de 2015 continua e as novidades não param de surpreender. O eSocial agora com prazo de início, tornou-se mais fácil para estabelecer os períodos de realização de cada meta e esclarecimentos das mudanças para todos da empresa, pois ele vem mexendo com alguns costumes e com a cultura de empresas e de pessoas na relação de empresa x empregado. Então, em meados de 2016, iniciarão as empresas obrigadas ao Lucro Real e em 2017 as demais, não poupando ninguém, desde ao Lucro Presumido, Simples Nacional, MEI e Empregador Doméstico. Depois de passado o ECD em junho, na sequência segue o Sped ECF que substituiu a DIPJ. Estão obrigadas as de regime de tributação pelo Lucro Real, Lucro Presumido, Imunes e Isentas que serão entregues a EFD Contribuições. Por sua complexidade se recomenda iniciar em agosto e não adiar para o mês de setembro. Lembrando que a ECF abrangerá parte da escrituração contábil entregue das empresas em geral, de Lucro Presumido, inclusive. A IN 1574 de 24 de julho de 2015, preconiza que a informação não deve ser negli-genciada, e é necessário que as pessoas revisem seus sistemas, associem o plano de contas da empresa ao plano de
contas referencial, mesmo tratando-se de Lucro Presumido e que tenham atenção com as novas versões que ainda estão surgindo, o PVA ainda não é definitivo. Ainda há outros SPEDs, mas a grande novidade é que foi publicada a MP 685/15 criando o Programa de Redução de Litígios Tributários - PRORELIT, que cria a obrigação de informar à administração tributária federal as operações e atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou deferimento de tributo. O requerimento deverá ser apresentado até 30 de setembro de 2015, mas a forma, o prazo e as condições de apresentação da declaração de que trata o art. 7º, inclusive hipóteses de dispensa da obrigação, serão disciplinadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. A SEFAZ RS nos presenteia com a alteração na IN DRP 45/98 Tit.I, Cáp.XI, 20.4.1 – onde autoriza o cancelamento de Nota Fiscal Eletrônica em até 7 dias contados do momento em que foi concedida a respectiva autorização.
(*) Contadora Mais informações www.planper.com.br
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
2015, um ano para profissionais que estão em movimento
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ma área que tem aumentado muito o volume de vendas no momento é a de peças automotivas, pois os brasileiros estão voltando aos velhos hábitos de permanecer com um veículo por mais anos. Sendo assim, o segmento deve se preparar para o aumento de vendas que vem por aí. Esse é o pensamento de Carlos Fortes, palestrante e conferencista, especialista em desenvolvimento de equipes e diretor da Forte Treinamentos, empresa especializada em capacitação para vendas e atendimento ao cliente, liderança e motivação de colaboradores das empresas. Com mais de 11 anos de experiência, Fortes considera que a crise é “um novo mundo de oportunidades”. Segundo ele, com o mercado em recessão, principalmente para os fabricantes, estamos vivendo um momento de transformação por parte do consumidor final. “Alguns anos atrás quando o carro estragava uma ou duas vezes, na terceira vez o consumidor já o trocava por um carro novo. Nos dias atuais, se o veículo desse consumidor estragar mais de três vezes, com certeza vai mandar consertá-lo, pois o mercado não está propício para financiamentos e é aí que surgem novas oportunidades e outras cadeias de negócios começam a se movimentar”, considera. Para enfrentar as dificuldades e “vencer”, o palestrante disponibiliza algumas dicas para ajudar no processo de atendimento e aumento dos negócios, lembrando: 2015 está sendo dos profissio-
Divulgação
nais que estão em movimento, de profissionais que não se deixam levar por notícias de crise. “Treine sua equipe de vendas continuamente. O treinamento leva à perfeição e a perfeição leva a resultados positivos. Estudos mostram que equipes treinadas rendem até 40% a mais do que equipes que não recebem treinamentos”, indica. “Não deixe influenciar-se por notícias e atitudes negativas. O positivismo deve fazer parte da sua postura como profissional de vendas, sem contar que devemos considerar a lei da atração: se você se concentrar em coisas ruins é bem provável que atrairá coisas ruins. Porém, se concentrar as suas energias em coisas positivas, atrairá coisas positivas”, aconselha.
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“Cumpra com tudo que prometer ao seu cliente. O mercado não tem mais espaço para amadorismo e nem promessas que não serão cumpridas”, explica o palestrante Carlos Fortes.
Fortes orienta que sejam criados motivos ou pretextos para entrar em contato com a carteira de clientes. “Esses motivos podem ser uma promoção semanal, aviso de lançamento de uma nova marca, um produto ou convite de um treinamento em uma área específica que agregará algo ao seu cliente”, exemplifica o conferencista que ainda adverte: “Cumpra com tudo que prometer ao seu cliente. O mercado não tem mais espaço para amadorismo e nem promessas que não serão cumpridas”, afirma Fortes.
“Quando atender um cliente atue como um consultor de vendas e não como um vendedor propriamente dito. O consultor procura entender as necessidades dos clientes e satisfazê-las, já o vendedor empurra produtos que, muitas vezes, os clientes não estão procurando”, explica. Fortes ainda ressalta que ao negociar com um cliente, nunca se deve dar o desconto inteiro no início. “Comece negociando com menos desconto e crie condições para aumentar esses descontos. Por exemplo, para uma peça o valor é X, mas a partir de dez
peças o valor passa a ser Y”, afirma. O especialista salienta que é preciso vender mais para quem já é cliente. “Crie pacotes, kits, cartão fidelidade e condições especiais para fomentar, principalmente, vendas casadas”, especifica. “Seja um profissional de ação diária, ou seja, desenvolva prospecções diariamente, pois quanto mais entrar em contato com os seus clientes e também com os novos as suas chances de vender mais aumentará significativamente, pois toda ação gera uma reação”, complementa.
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FEIRA
Interauto,
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um evento de oportunidades para o setor de autopeças
mpresários e profissionais do setor de autopeças reuniram-se no dia 4 de agosto, na sede do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindirepa-RS), em Porto Alegre, para planejar ações da Interauto 2015. O evento acontecerá nos dias 20 e 21 de outubro, também na Capital, e será um espaço de relacionamento entre indústrias que apresentarão seus produtos e serviços e outros integrantes da cadeia, como varejistas e aplicadores. O diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS), Eduardo de Oliveira, recepcionou aos convidados e falou sobre os participantes do evento já confirmados. Entre eles estão Ampri, Anéis Hastings, Arca Retentores, Arpe Indústria Eletrônica, Binsit, Dayco, DBH Retentores, DNK Automotive, ECS – KRUG, HS Vedações, Juntas Illinois, Mahle Turbos, Mecabrazil, Reflex & Allen, RPD Borrachas, Sulcarbon, Valclei, Viemar Indústria e Comércio, Vip Car Aromatizante, WD40 e Willtec. Promovido pelo Sincopeças-RS e pelo Sindirepa-RS, com o apoio da Associação Sul-brasileira dos Distribuidores de Autopeças (Asdap) e da regional do RS do Sindipeças/Abipeças, o evento terá como sede a Unik Eventos (avenida
Fotos Carlos Rema/Revista Asdap
Benito Franche, tesoureiro do Sindirepa-RS, Gerson Nunes Lopes, presidente do Sincopeças-RS, Henrique Steffen, presidente da Asdap, e Eduardo Oliveira, diretor do Sincopeças-RS Viena, 375, bairro São Geraldo). Para o presidente do Sincopeças-RS, Gerson Nunes Lopes, a atuação do grupo é fundamental para o êxito do evento. “A Interauto tem por objetivo a interação de todos os integrantes da cadeia. Essa ideia também deve ser levada para o Interior do Estado nos próximos anos”, afirmou. Entre os participantes do encontro, Guilherme Aliprindini, representante da Brekapeças Representações, destacou que a Interauto é um evento muito importante para o mercado no sentido de
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integrar o segmento. “Parabenizo ao Eduardo pela iniciativa, pois este encontro é importante para a união de todos: aplicadores, lojistas, distribuidores, representantes e indústria”, afirmou. O diretor da Brekapeças, Ronaldo Breda, falou sobre o momento econômico. “Temos que admitir que o mercado está parado. Estamos atravessando por uma crise. Nós da Brekapeças estamos trabalhando para atingir nossos objetivos. Para nós não existe crise. Continuamos visitando nossos clientes, con-
Guilherme Aliprindini, representante Brekapeças
Nauraci Almeida da CR Almeida Representações
tinuamos investindo em nossas fábricas fazendo um elo entre elas e os nossos clientes da melhor maneira possível. Crise existe para os outros, nós da Brekapeças não”, salientou.
Nauraci Almeida da CR Almeida Representações, também ressaltou a importância do evento. “Apostamos na primeira edição da Interauto e continuamos acreditando. Achamos importante a possibilidade de alternativas, acreditamos no trabalho e estamos apostando nos resultados deste evento”, destacou. “Com relação a esse momento de crise, há um ano, já discutimos essa possibilidade. E qual foi a nossa decisão? Planejar e trabalhar por uma mudança de postura. Tudo isso para chegar até aqui preparados. Hoje optamos por vender lenços e deixar os outros chorarem”, declarou. Nei Fonseca, da Neix Representações, considera a Interauto uma oportunidade de estar atento ao mercado, fazendo novos contatos ou mesmo trazendo empresas de menor porte para o evento em favor de uma visualização maior. “Toda a cadeia junta fazendo e
Ronaldo Breda, diretor da Brekapeças
participando desse evento. Provocando uma interação, como diz o nome Interauto, uma interação com toda a cadeia. Podemos dizer que é algo singelo, simples, mas ao mesmo tempo muito forte, que aproxima e agrega”, disse. Para ele, esse período de crise é um momento de oportunidades. “Atuamos com uma grande variedade de linhas e produtos. Então, quando surgem momentos de crise como esse, temos que ter alternativas de negócios e buscar novas oportunidades. E não adianta, temos que criar e trabalhar”, afirmou.
Nei Fonseca, da Neix Representações
Torpedo abre a produção de caminhões Mercedes no Brasil 22 - Revista da Asdap l Julho/Agosto 2015 l Ano 3 l Número 17
RETROVISOR
O
L 312, conhecido como Torpedo, foi o primeiro caminhão da MercedesBenz produzido no Brasil, em 1956, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), inaugurada no mesmo ano. O potente motor diesel de 100 HP, de seis cilindros, tornava o veículo veloz para os padrões da época e permitia um bom torque, de 28 mkgf. O Torpedo tinha um ótimo fator de carga e um vantajoso consumo de combustível. Seu moderno desenho e os equipamentos da cabine facilitavam o seu manejo, aumentando ao mesmo tempo a segurança no trânsito. O modelo fez tanto sucesso que em 1957, a Mercedes-Benz do Brasil conquistava sua primeira marca histórica: 1000 veículos produzidos. O ponto-chave desse caminhão era a antecâmara de combustão, que proporcionava melhor queima do combustível, evitando a exaustão de fumaça negra. A antecâmera melhorava notavelmente a qualidade da pulverização do combustível, permitindo uma combustão adequada, o que resultava em maior rotação dos motores e maior potência com menor peso do motor. O L 312 tinha freio-motor, inexistente na concorrência, e um grande benefício operacional que elevava a vida útil dos freios e dos pneus do veículo. O Torpedo trazia cabine com calefação, sendo o primeiro caminhão da categoria com aquecimento, o que dava mais conforto ao motorista e mais segurança ao veículo, ao colaborar com o desembaçamento do para-brisa. O freio era hidro-pneumático, primeiro freio hidráulico altamente confiável para caminhão, como os utilizados nos veículos americanos da época. O câmbio era o ZF AK5-33, com cinco marchas, não sincronizado. A primeira marcha do L 312 tinha 15% a mais de força do que os caminhões produzidos nos Estados Unidos. A caixa de direção mecânica com esferas circulantes era um refinamento do projeto mecânico alemão. Muito mais suaves para dirigir, especialmente durante as manobras. Com carga útil de 5 a 6 toneladas, era equipado com cabine do tipo semiavançada, de linhas clássicas que marcaram um período de evolução e crescimento do país. O L 312 tinha uma distância entre eixos de 4,20/4,80 metros e um peso bruto de 8.500 kg. A velocidade máxima atingia 75 km/h e a capacidade de subida era de 30%.
A caixa de direção mecânica com esferas circulantes era um refinamento do projeto mecânico alemão. Muito mais suaves para dirigir, especialmente durante as manobras.
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RETROVISOR
Primeiro movido a óleo diesel “Um motor a óleo que até pega de manhã cedo quando está frio. Nem precisa puxar!”. Assim era citado o L 312, o primeiro caminhão no Brasil movido a diesel, cuja publicidade do modelo ressaltava essas qualidades. “Movido a óleo diesel, o Mercedes-Benz é também um campeão da economia, pois seu consumo de óleo é mínimo por quilômetro rodado. E quando falta diesel, qualquer outro óleo vegetal - babassú, mamona, caroço de algodão, etc. - pode ser usado com os mesmos resultados” , dizia um “reclame” de venda.
Fábrica de São Bernardo do Campo (SP) foi inaugurada em 1956 Um exemplo do rendimento do veículo foi estampado em um cartaz de propaganda do modelo: percorrendo a distância de 525 km com uma carga de 5 mil kg o L 312 gastou apenas 89.2 litros de diesel, uma média de 17 litros por 100 km. Além de confiável, o sistema de partida Mercedes não necessitava de manutenção. O L 312 foi sucedido pela família de caminhões médios L/LK/LS-1111, com
cabina semi-avançada, na década de 60. Depois foi a vez do L 1214 e dos caminhões cavalo-mecânico LS-1934 e motor OM 355/6LA. O maior valor agregado ao L 312 e a todas as linhas que o seguiram na produção foi a montagem de uma rede de concessionários em assistência técnica e atendimento completo. Assim consolidouse a marca com sua “estrela-guia” em qualquer estrada.
Aumenta o número de Recalls O mercado automotivo brasileiro está registrando um crescimento de 130% no número de Recalls em 2015. Nos sete primeiros meses do ano, de janeiro a julho, foram 70 convocações e quase 2 milhões de veículos envolvidos, contra 47 campanhas de Recall em todo o ano de 2014 e cerca de 800 mil veículos chamados. Os principais problemas são em sistemas de injeção de combustível e nos airbags.
Volkswagen Jetta passa a ser nacional Começa a desembarcar nas concessionárias Volkswagen de todo o Brasil, a versão do automóvel Jetta produzido no Brasil. Equipado com motor 2.0 Flex de 120 cv de potência, o Jetta brasileiro é igual ao modelo importado, oferecendo entre os equipamentos, câmbio automático de seis velocidades, ar-condicionado digital e sensores de estacionamento na dianteira e traseira. Ainda esse ano, o Jetta deverá ganhar uma versão equipada com motor 1.4 turbo de 150 cv de potência.
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Um carro com diamantes e ouro Um super carro com diamantes nos faróis e ouro nos bancos. Assim é o superesportivo automóvel árabe Lykan. Criado pela empresa W Motors de Dubai, o supercarro tem motor com mais de 700 cv de potência, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de três segundos e atinge a velocidade final de 385 km/h. Entre os detalhes do carro estão faróis com pedras preciosas de rubi e esmeraldas e os assentos são costurados com fios de ouro. Se você gostou e quer comprar um desses carros árabes, pode ir separando algo em torno de 11 milhões de reais.
Jeep brasileiro é nota máxima em segurança O Jeep Renegade conquistou a nota máxima em segurança pelo Latin NCap, órgão que faz os testes de colisão dos veículos na América Latina. O Renegade ganhou a nota cinco estrelas tanto na proteção de adultos como na proteção para crianças, se tornando o veículo mais seguro em produção no Brasil e o primeiro nacional a ganhar nota máxima em todos os itens avaliados.
Aparelho auxilia na locomoção Fabricante de carros e motos, a japonesa Honda está colocando no mercado um aparelho para ajudar pessoas com dificuldades de locomoção. Chamado de Honda Walking Assist Device, o aparelho vem sendo pesquisado desde 1999 e possui uma função que estimula o paciente a caminhar de forma mais eficiente devido ao modelo de pêndulo invertido, que é uma teoria do andar bípede. O aparelho está sendo testado desde 2013, com a colaboração de cerca de 50 hospitais e outras instalações médicas do Japão.
Levando o cachorro para passear Muitas pessoas gostam de passear levando seus cachorros no carro. Pois saibam que existem normas de segurança para o transporte de animais. Os artigos 235 e 253 do Código de Trânsito Brasileiro dizem que o transporte indevido de cães pode gerar infrações médias ou graves, com quatro pontos na carteira.
Ford comemora 80 anos de Design A norte-americana Ford está comemorando os 80 anos do seu Estúdio de Design, onde foram criados diversos ícones da indústria automotiva, como o Thunderbird, o Mustang e o Ford GT. No centro de Design Ford também foram criados o sistema de navegação e o teto retrátil elétrico. Revista da Asdap l Julho/Agosto 2015 l Ano 3 l Número 17 - 27
Fórmula E
tem um brasileiro como primeiro campeão 28 - Revista da Asdap l Julho/Agosto 2015 l Ano 3 l Número 17
Divulgação
AUTOMOBILISMO
N
elson Piquet Júnior é o primeiro campeão da Fórmula E que encerrou a temporada em junho passado. O piloto brasiliense conquistou o título no ePrix de Londres, quando superou o suíço Sebastien Buemi por um ponto na tabela de classificação. É a primeira conquista de um piloto brasileiro em campeonato mundial de monoposto chancelado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) desde o tricampeonato mundial de Ayrton Senna na F1 em 1991. Em entrevista à revista Asdap, Nelsinho falou sobre como é dirigir o SRT_01E Spark-Renault e ao mesmo tempo dar a sua colaboração para o meio ambiente na utilização de um motor com tecnologia sustentável. “É muito divertido e desafiador pilotar o carro elétrico. As pistas são todas novas e em centros urbanos e com carros idênticos é maior a margem para os pilotos fazerem a diferença. A questão da sustentabilidade é importantíssima e a Fórmula E inseriu o automobilismo nesta agenda”, destacou o piloto. “Foi a primeira experiência realmente competitiva com carros elétricos e fico contente em ser o primeiro campeão da categoria, que mostrou enorme potencial em sua temporada de estreia. O desenvolvimento para a segunda temporada já está em andamento e a motivação é grande. Mais e mais empresas mostram interesse na Fórmula E e o esforço de cidades como Paris e Cidade do México para entrar na segunda temporada mostra que estamos no caminho certo”, comentou.
A Fórmula FIA E Championship é um campeonato de monolugares que inaugurou a primeira série de corridas com carros totalmente elétricos do mundo. São dez equipes de competição que disputam provas em algumas das principais cidades do mundo, incluindo Buenos Aires, Berlim e Paris. Em circuitos de rua e temporárias, as disputas criam para os espectadores um espetáculo emocionante projetado para atrair a nova geração de fãs do desporto motorizado. A Fórmula E tem como objetivo representar uma visão para o futuro da indústria de motor, servindo de quadro de investigação e desenvolvimento de veículos elétricos, promovendo o interesse geral pelos carros desse segmento e firmando um compromisso com a energia limpa e a sustentabilidade. A segunda temporada da Fórmula E começa em Pequim, em 17 de outubro de 2015 e vai até ao final da temporada double-header em Londres, em data a ser definida em 2016. As próximas cidades-sedes são Putrajaya na Malásia, Punta Del Este no Uruguai, Buenos Aires na Argentina, Long Beach nos Estados Unidos, Paris na França, Berlim na Alemanha e Moscou na Rússia.
“É muito desafiador pilotar o carro elétrico. As pistas são novas e em centros urbanos. E com carros idênticos é maior a margem para os pilotos fazerem a diferença”, comenta Nelsinho. Segundo ele, a questão da sustentabilidade é importantíssima e a Fórmula E inseriu o automobilismo nesta agenda
Revista da Asdap l Julho/Agosto 2015 l Ano 3 l Número 17 - 29
AUTOMOBILISMO
SRT_01E Spark-Renault:
emissão zero
O SRT_01E Spark-Renault é o primeiro carro totalmente elétrico a ser homologado pela FIA. Utilizando a mais recente tecnologia, o SRT_01E, de emissão zero, visa alongar as fronteiras do que é atualmente possível no automobilismo elétrico, assegurando um equilíbrio entre rentabilidade e sustentabilidade, além de lidar com as demandas de corridas em circuitos no centro das grandes cidades. Ele foi construído pela empresa francesa Spark Racing Technology, liderada por Frédéric Vasseur, juntamente com um consórcio de algumas das empresas líderes no automobilismo. A empresa italiana Dallara, que conta com mais de 40 anos de experiência no automobilismo, foi a responsável pela construção do chassis e monocoque. Feito de fibra de carbono e
alumínio, o chassis é ao mesmo tempo super leve e incrivelmente forte e totalmente em conformidade com os mais recentes testes de colisão da Federação o mesmo usado para regular a Fórmula 1. O motor elétrico e componentes eletrônicos são fornecidos pela McLaren Electronics Systems, fabricante mundial de tecnologia de alto desempenho para o desporto motorizado. Enquanto isso, a Williams Advanced Engineering, parte do grupo de empresas da Williams que inclui a famosa Williams F1 Team fornece as baterias produtoras de 200 kw, o equivalente a 270 bhp. O pacote de baterias é ligado a uma caixa sequencial de cinco velocidades, fornecido pela Hewland, com relações fixas para ajudar a reduzir ainda mais os custos.
Pacote de baterias é ligado à caixa sequencial de cinco velocidades 30 - Revista da Asdap l Julho/Agosto 2015 l Ano 3 l Número 17
Supervisionar toda a integração de sistemas é responsabilidade da Technical Partner Renault, que atua com veículos elétricos e é especialista em automobilismo, graças aos seus programas Sport Technologies e Renault Sport F1. Especialmente concebido para rodas 18’’, os pneus recauchutados são fornecidos pela parceira oficial Michelin, capaz de proporcionar um ótimo desempenho em condições molhadas e secas. O carro tem aerodinâmica otimizada para facilitar a ultrapassagem e suspensão configurada para enfrentar as vias urbanas. Medindo 5 metros de comprimento e 1,8 m de largura, o SRT_01E acelera de zero a 100 quilômetros horários em 3 segundos e atinge a velocidade máxima de 225 km/h. A potência máxima do carro está disponível durante treinos e sessões qualificativas. Durante as corridas, o modo de economia de energia é aplicado com o sistema FanBoost permitindo temporariamente potência máxima (de 150kw a 180kw) por um período limitado de cinco segundos por carro. A quantidade de energia que pode ser entregue ao MGU pelo RESS se limita a 28kwh. O MGU (unidade geradora do motor) é vinculado apenas ao eixo traseiro e não usa controle de tração. O RESS é um sistema de armazenamento de energia recarregável projetado para impulsionar o carro através do motor elétrico. O peso máximo das células de baterias ou capacitor do RESS não deve ser superior a 200 kg. Todas as células da bateria devem ser certificadas com padrões de transporte da ONU como requisito mínimo.
ECONOMIA
Dificuldades e oportunidades para o empreendedor por Hovani Argeri (*) Mês a mês, as expectativas sobre a economia pioram. A recessão deve ser maior que a prevista no primeiro semestre, a inflação também deve ficar bem longe da meta, a tendência de alta de juros se manterá e deixa dúvidas se haverá recuperação em 2016. Mas é evidente que o país não vive e não entrará na maior crise de sua história. Pensar nisso é desconhecer a história econômica brasileira e achar que o mundo foi criado juntamente com o Real. A combinação de retração econômica com inflação e consequente elevação dos juros contamina todas as expectativas e gera um círculo vicioso que piora a conjuntura como um todo. Abordagens inovadoras na ciência econômica apontam que o comportamento dos agentes e a influência de suas expectativas impactam nos indicadores macroeconômicos. Como o governo não se mostra capaz de reverter essas expectativas, há um círculo vicioso. É fato que palavras como desemprego e inflação que, até anos atrás, eram pouco comuns no vocabulário dos brasileiros, voltaram. Mas esses fantasmas retornam com um porte muito inferior ao que ostentavam num passado não tão remoto. Ainda assim, surgem os profetas do caos a anunciar um cenário econômico catastrófico e a prever o quanto a situação ainda irá piorar. Somos, de fato, afeitos à desgraça, principalmente se pudermos culpar alguém, desde que não seja a nós mesmos. Todos esses elementos acabam por desanimar potenciais empreendedores. Abrir um negócio no Brasil não é fácil hoje. Mas nunca foi. Há uma burocracia monstruosa, uma das maiores cargas tributárias do mundo e tantos outros obstáculos característicos de nosso país. Porém, há incontáveis oportunidades em qualquer segmento, até por conta da falta de competitividade a que boa parte dos empresários nacionais está habituada. Dessa forma, há incontáveis formas de se diferenciar no mercado. As empresas brasileiras, de modo geral, não buscam a inovação. Embora dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) relacionem o país entre os 20 que mais pediram registros de patente em 2013, ano em que apresentou o quarto crescimento consecutivo no indicador, um estudo apresentado em maio último pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que, para 62% dos empresários consultados, o Brasil tem um grau de inovação baixo ou muito baixo. Entre as justificativas elencadas por esses industriais, figuram a defasagem tecnológica acumulada em anos,
que acaba por incentivar a importação, falta de cultura inovadora e baixo nível de escolaridade entre os profissionais. A inovação não passa necessariamente pela criação de um novo produto ou pela destinação de um percentual significativo do faturamento a P&D. Para o pequeno empresário, pode significar a revisão de processos, a utilização de softwares e aplicativos – muitos deles gratuitos – na operação e a integração entre departamentos. Mesmo a adoção de metodologias, como a observação dos custos totais envolvidos ao longo do tempo na aquisição de um bem ou serviço (treinamento, manutenção, consumo e custo dos insumos) pode resultar em vantagens competitivas relevantes. Ações como essas podem elevar a produtividade da empresa e sua produção, reduzir custos e, consecutivamente, aumentar a competitividade. A eficiência se refere a obter o máximo do resultado utilizando o mínimo de recursos e deles extraindo o resultado máximo, o que reduz as perdas. É um conceito óbvio, mas, na cultura empresarial do país, sua adoção representa um diferencial. Um levantamento do Conference Board, entidade que realiza pesquisas econômicas em cerca de 60 países, apontou que o crescimento médio da produtividade no país, entre 2003 e 2012, foi de 1,1%, o menor entre os chamados BRICs, e, em 2013, a produtividade do trabalhador brasileiro foi a menor em toda a América Latina. Há dificuldades para quem quer empreender, mas elas já foram maiores. As empresas nacionais, em sua grande maioria, operam sob conceitos ultrapassados, cultivados durante o período em que nossa economia era fechada. Agir de forma diferente possibilita que se conquiste destaque. O cenário econômico dificulta, mas há grandes oportunidades. Quem sobreviver a este período com a adoção de modernos conceitos de administração estará forte quando a crise passar: será mais eficiente, terá mais chances de conquistar mercado e uma produção mais barata e competitiva. Difícil é, mas, como diz o ditado, só peixe morto não nada contra a maré. ........................................................................................... (*) Consultor de empresas, mestre em finanças e atua há mais de 20 anos como gestor comercial em multinacionais.
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Periscópio
Manual Completo do Automóvel, um guia sobre motores
Kostal lança kit original de faróis de neblina A Kostal Brasil, fabricante de sistemas eletroeletrônicos, lançou mais um acessório original para a linha Volkswagen: o Kit Farol de Neblina para o Novo Fox 2015, que auxilia na iluminação e garante maior visibilidade e segurança em situações adversas, como nevoeiro, chuva intensa e pistas esburacadas. Incluído no catálogo de acessórios VW Tech e compatível também com o VW Space Fox, o kit é formado pelos mesmos componentes fornecidos às linhas de montagem. Por isso, não compromete as características originais do veículo. O acessório possibilita aos proprietários das versões básicas do Novo Fox 2015 a mesma experiência de direção mais segura e confortável proporcionada pelas configurações topo de linha do modelo, nas quais os faróis de neblina são oferecidos como equipamento de série ou opcional. Além do par de faróis auxiliares, o kit original para o Novo VW Fox 2015 distribuído pela Kostal Brasil inclui as molduras para encaixe no para-choque (com opções em preto ou cromado para os aros das lentes), interruptor rotativo com função farol de neblina incorporada, chicote (fiação elétrica) e manual de instalação.
DS participa de shopping on-line A DS está agora no Canal da Peça. Uma parceria que ajuda vendedores de autopeças a vender mais e consumidores de todo o país a encontrarem tudo o que precisam com rapidez e facilidade, em um ambiente seguro e com todas as certificações digitais da internet. Com o lançamento do portal da DS (ds.canaldapeca. com.br), o consumidor tem mais um canal para encontrar a sua loja. A DS disponibilizou todo o seu catálogo, com conteúdo técnico, imagens, vídeos e aplicações dos produtos, para que o varejo possa comercializar estes produtos com qualidade do próprio fa-
bricante em sua loja on-line. Além disso, a DS está investindo em marketing digital, divulgando sua marca na internet e trazendo mais consumidores para comprar na loja online dos varejistas. Essa novidade também ajuda consumidores de todo o país, que agora podem adquirir pela internet todos os produtos DS, como sensor de nível de combustível, regulador de pressão e muito mais. No Shopping Canal da Peça os consumidores ainda podem contar com serviços de televendas e atendimento ao consumidor, para auxiliar o comprador antes e depois da compra.
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Foi lançado no final de julho, pela editora Hemus, o “Manual Completo do Automóvel – Motores”, escrito pelo engenheiro mecânico Fernando Landulfo, que traz uma abordagem atualizada do automóvel. A publicação descreve o funcionamento do motor e seus componentes em linguagem simples e didática. Aborda também questões referentes à combustíveis e lubrificantes, também tópicos sobre manutenção preventiva e corretiva. O livro se destina a leigos, entusiastas, estudantes de cursos profissionalizantes, profissionais da indústria da reparação automotiva e autopeças, instituições de ensino regular e profissionalizantes, oficinas de reparação e preparação além de postos de serviço e abastecimento. O Manual produzido em conjunto com a equipe técnica da Hemus, aborda diversos tópicos sobre o tema distribuídos em oito capítulos: Motores (funcionamento e elementos), Sistema de alimentação, Sistema de escapamento, Sistema de arrefecimento, Sistema de lubrificação, Sistema de distribuição mecânica, Outros tipos de motores e Balanceamento de motores. Landulfo é docente do curso Técnico de Automação Industrial do Senai-SP e dos cursos de engenharia de produção mecânica, engenharia civil e engenharia mecânica da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), de São Paulo, e perito judicial nas áreas de Engenharia e Contabilidade. Possui vasta experiência na área automotiva (mais de 25 anos), em gerência de manutenção de frotas de veículos leves e pesados, também como projetista de ferramentas e equipamentos para oficinas mecânicas.
Periscópio
Tekonsha lança conector elétrico para engates A Tekonsha by Reese, marca do Grupo Cequent, fabricante de acessórios automotivos elétricos, apresenta ao mercado o seu mais novo produto: o Modulite®, conector elétrico para engates. A engenharia do conector foi projetada para evitar curtocircuito e sobrecarga elétrica (proveniente de falhas de instalação em modelos convencionais), protegendo o acessório e também o painel do automóvel. A durabilidade do acessório é garantida pela encapsulação do produto, o que evita
a entrada de água, poeira ou sujeira e proporciona a instalação segura tanto no interior quanto no exterior do veículo. O conector também foi projetado para suportar até 4,2 amperes para cada circuito de seta e freio e até 7,5 amperes para os circuitos de lanterna traseira. A energia é obtida diretamente da bateria e consome menos que 5 miliamperes do circuito do veículo para as funções de ligar e desligar o reboque. Outra inovação está no circuito elétrico
de luz traseira. Há um sistema em que o circuito trabalha com veículos que usam tensão modulada por amplitude de pulso (PWM), o que permite que o conversor ligue completamente e proporciona iluminação completa das luzes do reboque durante sua ativação. O Modulite® funciona tanto com lâmpadas de LED quanto incandescentes, seja do carro ou da carreta. Mais informações no site www. cequentgroup.com.br/tekonsha ou pelo telefone (11) 4646-7300.
Periscópio
Mann: novo catálogo de filtrantes para leves e pesados Já está disponível a nova edição do Catálogo Mann-Filter 2015/2016, atualizado com todas as aplicações para novos modelos de linha leve, pesada, motocicletas e aplicações fora de estrada. Além da versão impressa, o novo material também pode ser consultado no site da companhia e ainda em versão para celular. O download é gratuito e pode ser feito pelo endereço www. mann-filter.com.br. A Mann é um dos maiores fabricantes mundiais de filtros automotivos e detentora das marcas Mann-Filter e Purolator. Dentre o extenso catálogo da linha incluemse elementos filtrantes para veículos leves, pesados e motocicletas, como filtro do ar, filtro do óleo, filtro do combustível e filtros de cabine para manutenção de veículos. Para localizar a aplicação do filtro certo para cada veículo é possível pesquisar a partir da marca, modelo e ano do veículo. Para ter acesso aos lançamentos, os interessados deverão contatar os distribuidores dos produtos. Outras informações podem ser obtidas pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) pelo 0800-7016266 ou através do site da Mann.
TMD/Cobreq com pastilhas de freios para 24 modelos A TMD Friction do Brasil apresenta ao mercado nacional de reposição, pastilhas dianteiras de freio Cobreq para veículos Honda, Citroën, Fiat e Peugeot. Na Honda e com a referência Cobreq N-1457, os produtos são para o Civic 1.8 16V ESX, LXL e LXS (2012 em diante); e Civic 2.0 i-VETEC EXR e i-VETEC LXR (fabricados a partir de 2014). E com a referência N-1480, o lançamento também abrange o Civic 1.8 16V ESX produzido entre 2009 e 2011. Na Fiat, as pastilhas são para os modelos Gran Siena Attractive 1.4 8V e Gran Siena Tetrafuel 1.4 fabricados a partir de 2012; Palio 1.0 Attractive Evo,
Palio 1.4 Attractive Evo – com produção a partir de 2011; e com produção de 2010 em diante os veículos Uno 1.0 Vivace Evo, Uno 1.0 Way, Uno 1.4 Attractive, Uno 1.4 Attractive Evo e Uno 1.4 Way. Já na Peugeot, o lançamento com a referência Cobreq N-1770 é para os carros 208 modelos Active, Allure, Feline e Griffe - todos com motorização 1.5 e fabricados a partir de 2012. Também para veículos produzidos a partir deste ano e com a mesma referência, as pastilhas Cobreq são para o Citroën C3 Origine Flex 1.5 e C3 Tendance 1.5 Flex.
Vini atualiza catálogo para motos A Vini, marca associada ao Grupo Controlflex, anuncia novas peças de reposição para o mercado de motocicletas. Os produtos, disponíveis para os modelos das marcas Honda e Suzuki, incluem a oferta de novos raios e niples dianteiro e traseiro e contemplam as engrenagens do motor bomba de óleo e biela. Entre as novidades está a biela disponível para o modelo da Honda PCX 150 2014, com caráter praticamente exclusivo no mercado de reposição para motos. Outra peça anunciada e que atualiza o catálogo da Vini é a bomba de óleo para os modelos da Suzuki: Burgman 123 05-10 e YES 125 04-14.
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A descrição dos novos raios e niples atestam as particularidades positivas do produto. Com resistência reforçada e rosca original, o conjunto é cromado e possui aço SAE 1045 temperado – resistente a ensaios de ácido acético, garantindo a vida útil. As peças conservam a qualidade, o alto desempenho e a segurança que acompanham os padrões da engenharia mundial.
Agenda
Salão Duas Rodas de 7 a 12 de outubro Pavilhão de Exposições do Anhembi Rua Professor Milton Rodrigues, 13 - Santana São Paulo (SP)
Conferência Internacional SAE Brasil de Tecnologia e inovação 2015 Do Aeroespacial e F1 ao Automotivo 12 de novembro Centro Brasileiro Britânico Auditório Cultura Inglesa Rua Ferreira de Araújo, 741 Pinheiros, São Paulo (SP)
Simpósio SAE Brasil de Veículos Elétricos e Híbridos 2015 17 de novembro Club Transatlântico Rua José Guerra, 130 Chácara Santo Antônio São Paulo (SP)