Revista Asdap Ed. 11 Jul_Ago 2014

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Jรก somos 32 associados trabalhando pelo mercado independente de autopeรงas e estamos crescendo.


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As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.

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Editor: Claudio Fontoura Reportagem: Rosangela Groff e Ana Paula Megiolaro Fotografia e tratamento de imagem de Capa: Carlos Rema Planejamento Gráfico: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Tiragem: 10 mil exemplares Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor.

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Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati e Thiago Alves

Associação Sul-Brasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Endereço: Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: revista@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034

Conselheiros Celso Zimmermann (zimmermann@asdap.org) Fernando Bohrer (recove@asdap.org)

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Asdap participa da Autopar

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Conhecimento é base forte para a gestão de negócios

Remanufatura é tendência para reparação automotiva e sustentabilidade global

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Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org)

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Flávio Telmo - Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org)

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org)

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Henrique Steffen - Presidente (presidencia@asdap.org)

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Resíduos automotivos: 20 qual o destino correto?

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Diretoria Executiva

Expediente

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Garantia nos distribuidores, tão importante quanto a venda

Sumário

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Eventos Asdap

Lei dos Desmanches

foi tema de encontro mensal

N

a tradicional reunião mensal de associados da ASDAP que aconteceu no mês de julho estava na pauta "a regularização dos desmanches de veículos nos estados". Para debaterem sobre o tema, a presidência, conselheiros e associados receberam o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) Adroaldo Loureiro, autor da Lei dos Desmanches. Devido à demasiada importância do tema, o assunto ocupa as páginas da Revista da ASDAP, com informações trazidas pelo responsável da lei e pelo presidente do sindicato do segmento de desmontes. A Secretaria de Segurança do Estado do Rio Grande do Sul pediu que a Brigada Militar (BM) fizesse um levantamento dos desmanches aqui no estado. "A BM foi para a rua e começou a anotar todos os tipos de desmanches, não apenas os automotivos. Então, foi dessa maneira que o número 3 mil surgiu. O que não é a realidade", afirma o presidente do Sindicato dos Centros de Desmonte Veicular do Estado do Rio Grande do Sul (SindCDVRS), Dagoberto Generoso Pereira. Com isso, o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN/ RS) instituiu a Portaria nº 122, de 23 de março de 2011, que tratava sobre a elaboração de um "credenciamento de empresas estabelecidas no Rio Grande do Sul, para atuarem como Centro de Desmanche de Veículos Automotores, Comércio de Peças Usadas e Reciclagem de Sucata - CDV". Em um primeiro momento, explica o presidente Pereira, "740 empresas mandaram documentos, mas apenas 540 enviaram os três documentos mínimos: o contrato social, o CNPJ e a identidade do proprietário. Hoje, são 318 empresas que estão prontas, ou seja, que enviaram todos os 17 documentos solicitados". A partir de 2012, a Lei 12.745 de 2007 - Lei dos Desmanches, de autoria do então deputado estadual Adroaldo Loureiro, hoje conselheiro do Tribunal de Con-

Divulgação

Diretoria da ASDAP e conselheiro do TCE-RS Adroaldo Loureiro (de chapéu)

Só sobreviverão empresas organizadas e estruturadas, porque o estado terá o controle total de tudo

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tas do Estado (TCE-RS), entrou em vigor. "Com essa lei, a gente começou a conversar com o DETRAN/RS e ele, a nos conhecer. O DETRAN/RS dividiu o Estado em sete regiões e visitou cada uma delas, chamando as empresas e explicando o processo de cadastramento", relembra o presidente. "O alto índice de roubo e furto de veículos no estado e a avaliação dos especialistas de que grande parte deles tinham como destino final desmanches e ferrosvelhos motivaram a elaboração do projeto de lei na Assembleia Legislativa, onde foi aprovado por unanimidade e, posteriormente, considerado pelos próprios parlamentares, a lei de maior relevância aprovada no Parlamento gaúcho naquele ano legislativo", relata Loureiro. A lei foi criada em 2007, no mesmo ano que surgiu a Associação dos Desmanches, formada pela união de 20 empresas. O fundador e presidente era José Antônio dos Santos e o vice-presidente da época é o atual presidente do SindCDVRS, Pereira. Apenas no ano passado, 2013, de forma efetiva, a associação foi transformada em sindicato. É o único sindicato de peças automotivas usadas, credenciado pelo DETRAN/RS.


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Eventos Asdap

Credenciamento Sobre o credenciamento, hoje há 318 empresas nesse processo, isto é, estão credenciadas. Desse total, 163 empresas estão 100% prontas no que se refere à documentação e 153 empresas foram treinadas pelo DETRAN/RS, ou seja, capacitadas para operar o Sistema de Gerenciamento de Informações do DETRAN/RS (GID) - sistema criado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (PROCERGS), que é responsável pelo cadastramento das peças que serão vendidas junto ao DETRAN/RS. O Banco de Dados do DETRAN/RS possui, atualmente, em torno de 130 mil peças cadastradas e, das 153 empresas que receberam treinamento para operar o Sistema GID, apenas 50 empresas estão realizando o cadastramento de suas peças. Enquanto isso, 103 empresas ainda estão aguardando a instalação do canal (linha) de dados. O problema hoje é com a operadora Oi, que não está atendendo a demanda. As empresas pedem, mas a operadora não está fazendo a instalação. Em função de um contrato com a PROCERGS, somente a operadora Oi pode fazer a instalação desse Sistema GID. Das 318 empresas, aproximadamente 100 já estão filiadas ao sindicato. Para o presidente do SindCDV-RS, "a princípio o DETRAN/RS nos disse que não abrirá mais o cadastro para novas empresas de desmonte, por isso a exclusividade, pois, são apenas as que já existem que podem efetivamente trabalhar com peças usadas. Esse tipo de negócio está restrito a essas 318 cadastradas". A empresa de desmonte, de acordo com a lei, deve assegurar ao comprador as informações claras e suficientes acerca da procedência e das condições das peças. A lei também autoriza a realização de reparos ou de pintura, adequando as peças às condições exigidas para a sua reutilização. Dessa forma, toda a empresa de desmonte deverá ter um técnico automotivo que fará a análise das peças, ou seja, emitirá um laudo sobre as condições de uso das peças. Aquelas peças que foram avaliadas sem condições de uso, deverão ser encaminhadas para um destino ambientalmente correto. O Estado criou uma força tarefa para

combater os desmontes clandestinos: Polícia Civil, Brigada Militar, Federação das Associações de Municípios do RS (FAMURS), DETRAN/RS, Ministério Público e Receita Federal. "Quando a lei realmente entrar em vigor, o Estado vai ter que cumprir isso e fechar os ilegais, pois, as únicas que serão reconhecidas, serão as 318 cadastradas", disse, confiante, o presidente. Loureiro observa que "nenhum órgão de Estado, seja administrativo ou de segurança, sabia quantas empresas existiam no Estado atuando nessa função de desmanche e revenda de peças, e nem onde elas estavam localizadas. Era um setor totalmente sem controle ou norma disciplinar". No final da entrevista, o presidente Pereira lembrou as palavras ditas pelos representantes do DETRAN/RS: "só sobreviverão empresas organizadas e estruturadas, porque o Estado terá o controle total de tudo".

Os ilegais Segundo o autor da lei, "com ela, passou-se a ter um efetivo instrumento de combate ao roubo e furto, por meio de um controle sobre a atividade de desmanche, medida que obedece a Resolução nº 113 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), de 05 de maio 2000, que apontava para a necessidade de estabelecer procedimentos para a atividade le-

gítima de desmonte de veículos". O Estado vai lacrar esta empresa, recolher todo o material e levar para a siderúrgica, para derreter tudo. O proprietário deverá provar para o Estado que é dono das peças apresentando a nota fiscal de sua compra, provando a antecedência das peças. Assim, o Estado irá indenizar o dono da empresa. O envio para a siderúrgica tem como objetivo evitar prejuízos ao meio ambiente e mais despesas ao Estado.

Compra da sucata Acompanhe os passos que os CDVs precisam dar a partir da compra da sucata em leilão ou em particulares: 1º passo: fazer a descontaminação do veículo (retirar todos os resíduos: bateria, combustível, fluidos etc.). 2º passo: retirada das 23 peças que é obrigatória a retirada e/ou desmonte de cada uma delas e etiquetá-las, desde que estejam em condições de uso. Uma observação é muito importante, na rua só pode ficar a carcaça do veículo, tudo deve estar em local coberto. 3º passo: cadastramento no Sistema GID de todas as peças em condições de uso, para venda. Mais informações: SindCDV-RS, Av. Boqueirão, 756, sala 401, Canoas - RS Fone: (051) 3111-2819 Arquivo/SindCDV-RS

Na antiga sede do SindiCDV-RS em Cachoeirinha: presidente Pereira (centro da foto), conselheiro do TCE-RS Adroaldo Loureiro e integrantes da diretoria

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Eventos Asdap

Gasolina: mudanças na especificação e seus impactos na utilização

Como é costume da ASDAP, toda reunião mensal ocorre com a participação de um palestrante para apresentação e discussão de temas atuais envolvendo o setor automotivo. No dia 14 de julho, a partir das 18 horas, o consultor sênior da Petrobras. Walter Zanchet falou sobre as mudanças na especificação da gasolina e apresentou os impactos na sua utilização. A palestra foi mais um bate-papo do consultor com o presidente, os conselheiros e os associados presentes. Formado em Engenharia Química, Zanchet trabalha com pesquisa, desenvolvimento de produtos e assistência técnica na Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, mas, como consultor acaba atuando no Brasil todo. "A partir de janeiro deste ano de 2014, a quantidade de

enxofre na gasolina mudou de 800 para 50 miligramas por quilograma de gasolina", afirmou. Isso impacta diretamente na redução de emissão de agentes poluentes com a sua queima. O consultor também explicou que há vários tipos de gasolina, por exemplo, "a que a refinaria produz é chamada de gasolina tipo A; quando chega à distribuidora, é acrescentado álcool, formando a gasolina tipo B; e tem também a gasolina tipo C, na qual há um maior teor de álcool inserido".

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Entre as mudanças apresentadas na sua produção, vale destacar que a gasolina mudou a tonalidade e o cheiro, ficou mais clara e com menos odor. Com relação aos benefícios da mudança na produção da gasolina, está a redução da manutenção dos componentes veiculares.

PROCONVE Ainda falando sobre a redução de poluentes, Zanchet citou o Programa de Controle das Emissões de Poluentes Veiculares (PROCONVE), criado pelo Ministério do Meio Ambiente para estabelecer regras ambientais. "Para reduzir a emissão de CO2 (dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico), só tem um jeito, economizar, diminuir a queima de combustível. Aqui você está muito mais na mão de quem fabrica o carro do que quem fabrica o combustível", considerou. Questionado pelos presentes sobre a durabilidade do combustível gasolina, o consultor explicou que "a durabilidade é de até seis meses quando colocado em um tanque de carro, ou em uma lata escura, ou em um recipiente de plástico preto colocado à sombra, longe do sol. O tanquinho de partida a frio é o lugar mais apropriado para a gasolina estragar". Outro apontamento foram os custos com a inserção de aditivos. A diferença em relação a custo é bem baixa, ponderou Zanchet, pois, "a gasolina aditivada custa dois centavos a mais que a do tipo comum, ou seja, a inserção do aditivo custa apenas dois centavos para cada litro". Uma das polêmicas sobre a apresentação do tema pelo consultor foi o aumento do teor máximo de etanol na gasolina, que passou de 25% para 27,5%. Vale lembrar que o número percentual começou em 18 na década de 1990 e, hoje, está em 27,5. Apresentando assim um aumento de 9,5% em menos de 30 anos.



Artigo

Ilegalidade da cobrança do Imposto de Fronteira para as micro e pequenas empresas por Harrison Nagel

Regra constitucional que disciplina o fato gerador e a não cumulatividade do tributo determina que o débito só será feito na saída da mercadoria e só após é que haverá o pagamento do imposto no prazo estabelecido pela legislação

Há muito os empresários lutam contra a carga tributária no país, não importando os mecanismos criados pelo governo para simplificar ou reduzir a tributação, pois, paralelo à simplificação, os estados e municípios criam outros mecanismos para não perderem ou reduzirem sua arrecadação. O clássico exemplo são as empresas enquadradas no Simples Nacional, o qual é um regime tributário simplificado para o recolhimento de tributos de micro e pequenas empresas, pois unifica os impostos (federais, estaduais e municipais). Ocorre que os entes federativos, por meio de manobras, estão realizando na cobrança o diferencial de alíquota do ICMS (Imposto de Fronteira) das empresas enquadradas no Simples Nacional e isso tem deixado o setor empresarial preocupado, pois se acreditava que o

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enquadramento no Simples Nacional traria benefícios e segurança fiscal, o que não ocorreu. A inconstitucionalidade acontece porque os Estados editam Decretos, os quais, não podem legislar sobre matéria tributária, logo, não podem exigir o pagamento antecipado da diferença resultante entre as alíquotas interestadual e interna por meio de Decreto, pois não podem realizar alteração do aspecto temporal da hipótese de incidência tributária. Ao analisar o art. 155, § 2º, inciso II, da Constituição Federal, podemos observar que o fato gerador possível do ICMS como sendo as operações relativas à circulação de mercadorias, sendo que a não cumulatividade, constitucionalmente estabelecida, é a sistemática do imposto. Logo, essa regra constitucional que disciplina o fato gerador e a não cumulatividade do tributo determina que o débito só será


feito por ocasião da saída da mercadoria e só após é que haverá o pagamento do imposto no prazo estabelecido pela legislação. Simplificando a sistemática constitucional do tributo, o pagamento do imposto somente pode ser determinado após a operação de saída (fato gerador) e depois de abatido do imposto incidente na aludida saída, o imposto incidente na entrada da mercadoria (não-cumulatividade). O Estado jamais pode antecipar parcialmente o fato gerador – e muito menos por simples decreto – para então considerar devido parcialmente o imposto e, a partir disso, antecipar o prazo de pagamento. A pretensão do Estado não está autorizada pela Constituição Federal vigente. Apenas em uma circunstância a Carta Política autoriza a cobrança do imposto antes da ocorrência do fato gerador, e apenas em uma outra, autoriza a cobrança de diferença de alíquota mesmo não havendo um fato gerador posterior à operação interestadual. Nas operações praticadas pelas Microempresas ou Empresas de Pequeno Porte optantes do Simples Nacional, a situação é mais delicada, pois é vedada a apropriação de quaisquer créditos. Deste modo, o imposto estadual recolhido pelo ingresso da mercadoria no Estado não é restituível pelo creditamento e soma-se ao ICMS recolhido sobre a receita bruta das Microempresas ou Empresas de Pequeno Porte, em clara e flagrante

bitributação, em desarrazoado aumento de carga tributária e em absoluta desconsideração da garantia ao tratamento beneficiado, concedida pela Constituição Federal, tanto em seu art. 146, inciso III, letra “d”, quanto em seu artigo 170, inciso IX. Felizmente, os Tribunais de Justiças têm julgado improcedente a cobrança desse diferencial de alíquota de ICMS em face de sua inviabilidade por não gozar da melhor técnica, sem mencionar que esta questão teve sua repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal - STF, estando pendente de apreciação naquela Corte. Mas em caso semelhante, o Supremo Tribunal Federal – STF, já julgou inconstitucional, conforme in verbis: “Tem densa plausibilidade o juízo de inconstitucionalidade de norma criada unilateralmente por ente federado que estabeleça tributação diferenciada de bens provenientes de outros estados da Federação”. Assim, tal cobrança para as empresas do Simples Nacional é nada mais do que a cobrança de um ICMS por compra de mercadoria, sem qualquer previsão na Constituição Federal outorgando a competência para que os Estados instituíssem este imposto. Se fosse antecipação de pagamento, como autoriza a Legislação do ICMS do nosso Estado, se deveria apurar segundo as alíquotas do Simples Nacional e excluir esses pagamentos da base de cálculo do pagamento poste-

De acordo com o Supremo Tribunal Federal, tem densa plausibilidade o juízo de inconstitucionalidade de norma criada unilateralmente por ente federado que estabeleça tributação diferenciada de bens provenientes de outros estados da Federação

rior, o que não ocorre. Isso é um abuso do Poder Executivo na cobrança ilegal dessa Antecipação das empresas do Simples Nacional, já rechaçada pelo Poder Judiciário. Existe mecanismo jurídico para a recuperação desses valores pagos indevidamente ao Fisco Estadual, pois se trata de um direito ter restituído aquilo que se pagou a mais. (*) Advogado da empresa Nagel & Ryzeweski Advogados

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Especial

"É um assunto que a gente leva muito a sério porque trata-se do relacionamento com o cliente, que já pagou pelo produto que acabou apresentando problema"

Garantia nos distribuidores, tão importante quanto a venda

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Pegasus, distribuidora de autopeças elétricas na região Sul, trabalha com uma variedade de cerca de 160 marcas em componentes eletroeletrônicos no segmento automotivo. Dentro do processo de atendimento visando à qualidade e à agilidade, a empresa, através do Serviço 14 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2014 l Ano 2 l Número 11

de Assistência ao Cliente (SAC), atende todas as divergências de fornecimento, entre elas, a garantia. "A nível de distribuidor, é um assunto que a gente leva muito a sério porque trata de questões importantes de relacionamento com o cliente, que já pagou pelo produto que acabou apresentando um problema", afirma o gerente de SAC, Omar Schwuchow. Foto: Divulgação


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Especial

Segundo ele, desde 2007, a Pegasus atenta para essa especificidade de atendimento que demonstrava deficiências até então. "Começamos a trabalhar bastante neste segmento, procurando rigorosidade em relação às normas do fabricante", relata. “Hoje há um padrão em todas as unidades da empresa”, frisa. Há 15 anos na empresa, Schwuchow é responsável por implantar normas, dar treinamento para os funcionários e promover melhorias no sistema de garantia, que segue um padrão em todos os estoques da marca. “Temos uma equipe de trabalho que faz uma pré-análise da peça para ver se está dentro do que o fabricante determina. Da entrada da nota fiscal ao próximo pedido já fica disponível para o cliente", destaca. A rapidez na resposta é característica do serviço: "Se a mercadoria entra pela manhã pela garantia, à tarde, se houver um pedido de compra, a peça substituta já vai junto", explica. Se não existir outra compra, o cliente pode receber a troca ao se responsabilizar pelo frete na entrega. "Também o cliente pode ir até a distribuidora com a peça danificada e a nota e já aguarda a análise do item na hora. Uns cinco minutos, o lançamento da nota fiscal é realizada no sistema e já é entregue a nova peça", completa. A Pegasus, matriz, atende por mês em torno de 2 mil garantias de peças, , um montante de R$ 40 mil conforme o gerente. Em junho, ocorreram em torno de mil atendimentos, uma demanda menor por causa da Copa do Mundo. Os itens rejeitados somaram 96 peças. Em maio, a empresa teve uma demanda de 1.362 peças para garantia, que valiam cerca de R$ 56 mil, com rejeição de 137 produtos. A empresa tem a matriz em Porto Alegre e três filiais: Joinville (SC), Curitiba (PR) e Campinas (SP), com apenas um ano de fundação. A unidade da capital gaúcha atende o mercado com 40 mil itens. Atendimento antecipado “Na maioria das vezes, antecipamos a garantia para o cliente antes do retorno do fabricante. Assim, agilizamos o atendimento a esse consumidor final que é cliente de um revendedor que já está comprometido com a venda e quer dar resposta o mais rápido possível. De qualquer maneira, alertamos sempre que, se a fábrica considerar improcedente a ga-

Divulgação/Pegasus

Schwuchow: "A rapidez na resposta é uma característica do serviço. Temos uma equipe de trabalho com estrutura em cada unidade que analisa a peça para ver se está dentro do que determina o fabricante"

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rantia, o cliente se responsabiliza pelos custos. Acontece muitas vezes de a peça não ter defeito e os testes comprovam também na indústria”, complementa. Para Schwuchow, esse atendimento ágil é tão importante como uma venda. “Em alguns momentos com mais prioridade, pois lidamos com um negócio concluído, uma peça que o cliente já pagou”, reforça. “Temos um programa com todas as informações necessárias, como medir, quantas peças, itens enviados, percentual em cima do giro de cada peça, mercadoria que está na indústria, no setor de garantia. Qual cliente que mais solicitou a garantia, qual fabricante que forneceu mais garantias, todos os números, inclusive em gráficos”, identifica. O programa analisa a questão física da peça, sua condição e referências, e toda a passagem do período de garantia. “Temos o controle de todos os procedimentos de cada fábrica, linha por linha, marca por marca. É muito variada a exigência de cada fabricante. Principalmente no que tange à parte fiscal. Como a gente trabalha com vários estados, esse processo muda bastante, e tudo fica rotulado a cada legislação aplicada”, detalha Schwuchow. “Este é o nosso diferencial. Procuramos fazer bem feito, pois a garantia é um pós-vendas. E através deste atendimento observamos que a Pegasus se destaca no mercado, por esse controle, visto que o número de garantias para atender é sempre elevado. A importância dada ao retorno eficiente faz o cliente comprar nossos produtos, já que tem essa cobertura. E esse trabalho é constante e, ao mesmo tempo, evolutivo, pois realizamos melhorias no programa sempre que identificamos alguma deficiência no atendimento”, encerra.


Divulgação/Gasparetto

Processo facilita cadeia de negócios Para a Gasparetto Peças, de Chapecó (SC), a garantia é um serviço que exige muita atenção da empresa, pois qualquer ação que seja tomada pode levar o cliente da satisfação total ao rompimento do vínculo comercial. “Existem fábricas que possuem um atendimento direto ao cliente aplicador, que, por muitas vezes, é um ótimo contato, não tendo mediadores, os distribuidores, porque é quando a informação chega mais 'limpa' a ambos os lados, tanto para o aplicador quanto para a fábrica, tornando muitas vezes mais fácil o processo e com satisfação total do cliente na maioria dos casos”, salienta Maurício Gasparetto, um dos administradores da empresa, responsável pelo comercial e expansão de mercado. “Por outro lado, temos indústrias que por um ambiente melhor e manutenção da sua marca optam pela substituição do produto. Também temos fábricas que analisam 100% dos produtos enviados para garantia. Então, é complicado uma definição de como é esta relação, mas a Gasparetto, independente da marca, sempre faz o melhor para deixar o cliente seguro e satisfeito”, reforça. A Gasparetto, empresa familiar que completa em outubro 40 anos de atividade, possui o setor de garantia desde que iniciou as atividades de comercialização dos produtos. “Com o passar dos anos, foi se aprimorando para deixar o setor mais dinâmico e eficiente, acompanhando as evoluções no mercado de autopeças. Hoje, temos uma cartilha de orientações de processo de garantia individual por marca, facilitando o processo tanto para nossos vendedores e representantes quanto para nossos clientes”, assegura o executivo. Atualmente, a empresa está em processo de sucessão, onde a segunda e a tercei-

Empresa de Santa Catarina completa 40 anos de atividade em outubro ra geração administram juntas o negócio, unindo as experiências adquiridas nestes anos com a jovialidade das novas tendências da gestão empresarial e novidades do mercado. Na década de 70, quando foi fundada, a Gasparetto era uma auto-elétrica que prestava serviços para a região oeste catarinense. Nos anos 80, o empreendedorismo dos fundadores fez com que a empresa, além de prestar serviços, comercializava produtos, surgindo então o atacado de autopeças, com representantes atuando nos três estados do Sul. E em meados dos anos 90, a prestação de serviço não era mais fornecida pela empresa. Em relação a programas específicos para registrar e acompanhar o atendimento à garantia, a Gasparetto possui um sistema ERP que gerencia todo o processo. “Os dados são inseridos no programa através de notas fiscais emitidas pelo cliente, gerando a informação e índices sobre garantias”, esclarece o administrador. Antecipação da garantia De acordo com ele, a antecipação da garantia é feita quando o produto encaminhado pelo cliente atende todos os requisitos estipulados pela indústria: prazo de compra, estado físico da peça, aplicação no veículo correto, etc. “Dependendo da regra de cada marca, porém, muitas indústrias estão seguindo a tendência de análise individual de cada peça, principalmente as que fornecem aparelhos completos, ficando condicionadas à antecipação com o laudo do fabricante. A forma de antecipação segue o mesmo padrão que os demais processos de garantia. A nota fiscal recebida é lançada em nosso ERP e liberada pelo mesmo, desde que todos os requisitos que a indústria solicita para antecipação sejam

atendidos”, completa. “A nossa análise é visual, buscando atender o que a indústria pede neste aspecto. Os funcionários do setor recebem o treinamento para este tipo de análise, mas para qualquer averiguação técnica dependemos de nossos fornecedores. Estes, sim, possuem todos os aparelhos que testam a realidade técnica dos produtos, identificando o problema. Cada fornecedor tem um prazo estipulado mas sempre buscamos antecipar para agilizar a resposta ao nosso cliente quando o produto requer uma análise pela fábrica”, complementa. Quanto aos prazos de entrada e retorno, Gasparetto informa que em um grande portfólio, como é o da empresa, estipular um prazo geral é muito complicado pois cada marca e produto tem sua maneira de ser tratado. Existem produtos que têm garantia antecipada e imediata e outros, garantia antecipada condicionada ao laudo da fábrica. “Há produtos que precisam ser encaminhados ao fabricante e todos são tratados com a maior rapidez. Temos a ciência de que nosso cliente busca agilidade”, ressalta. A Gasparetto não tem números específicos sobre os itens em garantia. “Tratamos a garantia em sua totalidade, não por quantidade de peças, mas sim por percentual de retorno sobre as vendas em valor absoluto, pois a quantidade de peças é analisada somente quando há um nível muito acima da média de retorno normal”, destaca. “Quando isso acontece, usamos índices específicos para diagnosticar qual a marca ou produto está elevando este percentual, sendo identificada a marca que causou a elevação de retorno e, após, o produto e o problema. Nos-so índice geral fica na linha dos 1,3%. Qualquer variação acima, temos que identificar o motivo”,

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Especial

Controle até laudo final

Gasparetto: “cada fornecedor tem um prazo estipulado mas sempre buscamos nos antecipar, para agilizarmos a resposta ao nosso cliente quando o produto requer uma análise feita pela fábrica.” considera o administrador. De acordo com ele, os produtos mais delicados para trabalhar no setor de garantia são todos os aparelhos completos, baterias e faróis, que geram uma necessidade imediata do cliente pelo serviço por serem de alto custo e essenciais ao funcionamento e rodagem do veículo. Hoje, a Gasparetto trabalha na matriz e em três filiais com mais de 120 marcas e um portfólio superior a 25 mil itens, contendo toda a linha elétrica, iluminação, ignição eletrônica, injeção eletrônica, freios, radiadores, acessórios, entre outros produtos.

A Ravas Retífica e Distribuidora de Peças Automotivas, com matriz em Porto Alegre e filiais em Pelotas (RS) e São José (SC), focada exclusivamente na distribuição de peças para linha pesada - caminhões, ônibus, carretas e trucks de todas as marcas - estende aos seus clientes as mesmas garantias recebidas dos fabricantes. “A empresa oferece esse atendimento desde quando iniciou suas atividades e no cumprimento da Lei do Código de Defesa do Consumidor”, cita o gerente Valmir Corso. Segundo ele, desde 1992 a Ravas Distribuidora de Peças atua junto a Savar Veículos, concessionária Mercedes-Benz de Porto Alegre, porém somente a partir de julho de 2008 assumiu sua identidade própria como empresa independente, mas ainda fazendo parte do grupo de empresas Savar. Possui ainda uma retífica, homologada pelo Inmetro e IQA, que atende todas as marcas de motores a diesel. “Nosso portfólio incorpora mais de 180 fornecedores, abrangendo os maiores fabricantes de peças nacionais”, destaca Corso. De acordo com o gerente, a Ravas possui um controle interno de todos os processos de garantia que recebe e envia aos fabricantes, acompanhando até o laudo final de cada item, passando este resultado aos seus consumidores. “A empresa adota um procedimento que proporciona a seus clientes a retirada das peças antes de receber o laudo dos fabricantes”, evidencia Corso. “Nesses casos, é emitida uma nota fiscal de venda das peças e a cobrança fica sujeita ao recebimento do laudo final da fábrica”, complementa. Após o recebimento do laudo, e de acordo com o mesmo, as peças poderão ser cobradas ou poderá ser concedida a garantia, parcial ou total, encerrando-se o processo.

Corso: “A empresa adota um procedimento que proporciona aos seus clientes a retirada das peças antes de receber o laudo dos fabricantes.”

Análise da peças Em relação à análise da peça e o seu encaminhamento ao fabricante, Corso afirma que o procedimento é feito com a conferência do produto e o preenchimento dos formulários onde devem constar as informações exigidas pelas fábricas. “Em nenhum momento a Ravas emite laudo técnico”, frisa. “O prazo de garan-

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tia segue as normas do Código de Defesa do Consumidor, ou seja, as peças têm garantia de 90 dias após a emissão das respectivas notas fiscais de venda e estarão sempre sujeitas às análises efetuadas pelos fabricantes”, encerra.



Banco de Imagens

Meio Ambiente

Resíduos automotivos: qual o destino correto?

A

Revista da ASDAP realizou uma pesquisa para descobrir qual o destino correto dos resíduos automotivos e, principalmente, quais são as leis no país que regulam essa situação. Nesta edição será apresentada a palavra do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e também o trabalho de uma das empresas que realiza o descarte desses resíduos. O diretor geral do DMLU, André Carús, explica que "o regramento nacional a respeito dos mais diversos resíduos provenientes do consumo é dado pela Lei Federal 12.305/2010, conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos. A rigor, todo resíduo proveniente de um produto de consumo deve ter como destinação a própria cadeia que se inicia

Ricardo Giusti/PMPA

Carús: “Distribuidores de autopeças precisam conhecer o conteúdo da lei para entender como cumprir as obrigações delas decorrentes.”

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na fabricação, passa pela distribuição até chegar à revenda". Especificamente, com relação ao setor automotivo, Carús diz que "a primeira coisa a que os distribuidores de autopeças precisam atentar-se é ao conteúdo dessa lei e à forma como procederão para cumprirem as obrigações delas decorrentes, uma vez que integram a cadeia de logística direta dos produtos de consumo. A primeira providência a cumprir seria estabelecer com os seus fornecedores/fabricantes como eles estão disponibilizando o fluxo de tais resíduos aos segmentos dos distribuidores". O diretor Carús observa que na maioria dos casos esses resíduos impregnados com óleo mineral acabam seguindo para aterros de resíduos industriais perigosos, "mas outras soluções, como a blendagem para queima em fornos de clínquer (cimento), também são opções aceitáveis".



Divulgação/IPS

Meio Ambiente

Indústria Petroquímica do Sul A Indústria Petroquímica do Sul (IPS), localizada na cidade de Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre, é única indústria de Rerrefino do estado do Rio Grande do Sul. Ela tem "uma das maiores e mais modernas frotas de veículos, entre veículos leves, caminhões-tanque e carretas. A sua produção é de, aproximadamente, um milhão e meio de litros de óleo lubrificante básico. Desse volume, um milhão e 200 mil litros são vendidos para grandes companhias de petróleo, para formulação de óleos lubrificantes de suas marcas e o restante (300 mil litros de óleo básico) é utilizado pela IPS em sua linha de óleos lubrificantes LOTUS (linha automotiva), ZIRIUM (linha industrial) e LIDERGRAXA (linha de graxas lubrificantes). Para produzirmos todo este volume, temos que coletar, em média, 2 milhões de litros de Óleo Lubrificante Usado e/ou Contaminado (OLUC)", de-

Juliano Caldeira Julião, engenheiro químico da IPS

talha o engenheiro químico, Juliano Caldeira Julião. De acordo com o engenheiro Julião, "os produtores de lubrificantes investem para desenvolver produtos mais eficientes e que proporcionem melhores rendimentos, tanto na indústria como no ramo automotivo. Porém, devido ao tempo de uso, esses lubrificantes perdem suas características iniciais e se transformam em um resíduo que causa grandes danos ambientais, se houver um descarte inadequado. Esse resíduo é chamado de óleo lubrificante usado e/ou contaminado (OLUC). De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR-10004 (2004), o OLUC é caracterizado como resíduo perigoso por apresentar toxicidade elevada". A IPS é um dos cinco maiores produtores de óleos básicos do Brasil e uma das mais importantes empresas da América Latina no setor de lubrificantes. A empresa está no mercado desde 1961, produzindo lubrificantes automotivos, lubrificantes industriais e graxas. A questão da responsabilidade socioambiental é o foco da IPS que, segundo Julião, "desenvolve um trabalho importante através da Coleta e Rerrefino de óleos lubrificantes usados e/ou contaminados". Julião indica que há duas maneiras para as empresas do segmento fazerem o descarte de óleo lubrificante: "Nossos caminhões passam nos pontos de coleta (oficinas, concessionárias, postos de combustível, empresas etc...), mas, também, temos o disque-coleta (0800 721 60 50). No caso, se houver algum gerador de OLUC, nos

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A IPS é um dos cinco maiores produtores de óleos básicos do país e uma das mais importantes empresas da América Latina. A empresa está no mercado desde 1961.


liguem que iremos buscar o resíduo". A coleta é realizada através de caminhão autorizado pelos órgãos ambientais e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "Os caminhões da IPS teêm identificação com placas obrigatórias, número da autorização ANP, tanques de medida, etc., enquanto que um caminhão clandestino não possui nada disso", pondera. Processo de rerrefino O rerrefino é o único processo em que se retira do OLUC todos os contaminantes e devolve ao óleo lubrificante suas características iniciais, por isso, é o método ambientalmente mais seguro para o tratamento desse tipo de resíduo. O engenheiro esclarece que "o óleo gerado pelo rerrefino é um óleo básico rerrefinado, que, assim como o óleo básico de primeiro refino, é utilizado como base para formulações de óleos lubrificantes, seja ele industrial ou automotivo". Ele aponta um problema do

Óleo usado é processado para a retirada de impurezas processo, "o preconceito por parte do mercado brasileiro de lubrificantes quando se fala em óleo lubrificante oriundo do rerrefi-no. Existe a ideia que é um óleo de baixa qualidade quando comparado com o óleo de primeiro refino, gerado diretamente da destilação do petróleo. O que não é verdade". O rerrefino é o processo no qual o óleo usado é processado para a retirada de impurezas, através de processos físico-químicos. Na reciclagem é feita somente uma filtração do óleo usado a fim de retirar contaminantes aparentes, enquanto que

no rerrefino são realizados vários procedimentos que desmetalizam o óleo conferindo novamente os seus parâmetros iniciais. "Tanto que recentes estudos mostram que há um ganho na qualidade do óleo rerrefinado, em relação ao refinado, quanto a sua estabilidade termoxidativa", assegura Julião. Entre as vantagens do rerrefino, o engenheiro aponta: "A economia de divisas, a retirada do meio ambiente de resíduo de alta toxidade e a sua reutilização em formulações de óleos motor, hidráulico e de corte".


Meio Ambiente

Confira aqui alguns dos destinos dos resíduos automotivos Óleo lubrificante: é aproveitado para rerefino, sendo inclusive remunerado o seu fornecimento à indústria especializada. Na Região Metropolitana de Porto Alegre a indústria de rerefino mais próxima é a Petroquímica do Sul, sediada em Alvorada. PETROQUÍMICA DO SUL, fones: 0800 721 6050 e (51) 3201-6050. Pneus: são, igualmente, responsabilidade da cadeia de logística direta. A associação Reciclanip contempla a indústria de pneumáticos e é responsável pela destinação das carcaças. Em Porto Alegre há um ponto de entrega voluntária privado, implantado no Porto Seco. RECICLANIP, Posto de Coleta em Por-

to Alegre: Elmo Pneus, fones: (51) 33443473 e 3344-3484. Lâmpadas de filamento: não são considerados resíduos perigosos, podendo ser encaminhados a aterros para resíduos industriais não perigosos. RECILUX, fone: (51) 3428-2222. APLIQUIM/BRASIL RECICLE, fone: (51) 4063-9958. Lixo eletrônico: segue a mesma orientação genérica da Lei 12.305/2010. Todavia, em muitos locais já há reciclagem deles. Em Porto Alegre, o DMLU conveniou-se com uma empresa especializada, que tem quatro pontos de entrega voluntária para tais resíduos:

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Cap. Gasômetro - Av. João Goulart, 158. Fone: (51) 3224-9724 Sç Norte - Travessa Carmen, 111. Fone: (51) 3268 8330 PROCEMPA - Av. Ipiranga, 1.200. Fone: (51) 3289- 6163 Cap. Glória - Rua Carvalho de Freitas, 1.012. Fone: (51) 3332-0340 Óleos minerais: resíduos impregnados com óleos minerais (como, por exemplo, os filtros de óleo, mas, também, estopas, papéis etc.): são considerados Classe I, ou seja, perigosos, necessitando destinação especial licenciada. AMBIENTUUS, fone (51) 3364-8688 e 3439-4238. PRÓ-AMBIENTE, fone (51) 3219-4000.



Procedência

Só o fabricante é capaz de assegurar que os itens danificados sejam reconstituídos e substituídos por novos

Remanufatura é tendência

para reparação automotiva e sustentabilidade global

A

remanufatura de produtos é uma tendência mundial, essencial para a reparação automotiva de qualidade e a sustentabilidade global. A consideração foi a discussão principal do workshop: “Remanufaturados,

a vez do Brasil” promovido pela Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças (Anrap) no dia 22 de julho em Campinas (SP). O evento reuniu frotistas, mecânicos e profissionais do setor. Os participantes do encontro enfatizaram a necessidade da responsabili-

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dade ambiental em todo o ciclo, desde a fabricação até a execução de serviços, visando o descarte adequado de materiais não mais utilizáveis. Muitas oficinas e frotistas comentaram que já separam o material reciclável, em suas tarefas diárias. Além disso, apontaram que fatores como confiabilidade e pro-


cedência são fundamentais na escolha do componente a ser aplicado na manutenção, a fim de garantir qualidade superior no reparo e transparência no relacionamento com o cliente ou usuário. Segundo Jefferson Germano, presidente da Anrap e gerente de after-market da Knorr-Bremse para o Brasil e América Latina, a remanufatura é uma opção para quem busca por um produto de credibilidade e procedência. O produto remanufaturado possui ras-treabilidade, o que inclui todos os seus dados de fabricação. Adicionalmente, a peça remanufaturada volta para o mercado com a mesma garantia do produto novo. “No Brasil, a remanufatura de produtos começou há cerca de 20 anos. Neste ano, comemoramos duas décadas de fundação e trabalhos intensos para disseminar o conceito da remanufatura no nosso país. Hoje, a disponibilidade de produtos remanufaturados é grande, no entanto, vemos que o mercado ainda sofre com a falta de conhecimento”, disse Germano. “Todos nós, fabricantes e associados à Anrap, realizamos o processo de remanufatura em nossas instalações em conformidade com as normas de preservação ambiental. Cada vez mais o fabricante tem a responsabilidade da correta destinação dos resíduos que produz”, completou. Germano lembrou as dificuldades enfrentadas pelos fabricantes na logística reversa, como a bitributação de impostos e a necessidade da devolução de pe-

ças usadas em bom estado de conservação – já que o casco ou peça usada é a matéria-prima do processo de remanufatura. “O cuidado com a peça usada deve ser o mesmo de um produto novo. O simples fato do aplicador ou mecânico manusear com cuidado a peça usada, nos ajuda a aumentar o volume e obter matérias-primas em bom estado de conservação para viabilizar a remanufatura”, destacou Germano. Segundo a Anrap, ano a ano, a frota circulante no Brasil está mais moderna, com novas tecnologias. Novas tecnologias exigem mais conhecimento. Por isso, só o fabricante que detém este conhecimento é capaz de realizar o processo de remanufatura, assegurando que os itens danificados sejam reconstituídos e substituídos por novos, contemplando todas essas atualizações, garantia e procedência. A entidade, que surgiu em 1994, a partir da associação dos fabricantes Cummins, Bosch, Sachs Automotive e TRW Automotive, procura difundir o conceito e os benefícios do produto re-manufaturado no mercado, como a qualidade na manutenção, maior durabilidade do veículo e mais segurança aos usuários, através da aplicação de peças remanufaturadas com garantia de originalidade e procedência. Atualmente, os principais fabricantes de autopeças

Fatores como confiabilidade e originalidade são fundamentais na escolha do componente a ser aplicado na manutenção

do país estão associados à Anrap, como BorgWarner, Bosch, Cummins, Remy Automotive, Eaton, Garrett, KnorrBremse, Schaeffler Brasil (Divisão LuK), TRW Automotive, Wabco e ZF.


Administração

Conhecimento é base forte para a gestão de negócios 28 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2014 l Ano 2 l Número 11


G

erir um negócio não é tarefa fácil, mas a qualificação para dar uma base ou até mesmo reforçar a administração da empresa não falta no mercado. O Senac, por exemplo, só em Porto Alegre, oferece mais de 40 cursos, números esses que se multiplicam pelo interior do Estado. São qualificações que vão desde técnicas de vendas até lideranças de alta performance. Certamente se enquadram à demanda particular de qualquer negócio, da pequena marca aos grandes grupos empresariais. Cursos a distância, graduação, técnico, Pronatec ou outras opções são ofertas para qualquer profissional, iniciante ou com experiência, mas que, acima de tudo, tem espírito empreendedor e busca o sucesso da empresa. O empresário do varejo ou de serviços também pode contar com apoio de outra instituição: o Sebrae. São ações de gestão direcionadas ao segmento, com projetos específicos para distribuidores e comerciantes de autopeças. Entre as propostas do Sebrae para o setor, estão os estoques nas lojas, indicadores, atendimento, treinamento de vendas e prospecção de clientes, de acordo com a responsável pela Gerência Regional Metropolitana, Clarice Bratz Uberti. “O objetivo é capacitar os empresários para melhorar a produtividade da loja”, salienta Clarice. A instituição assessora atualmente redes de comércio e distribuição de peças automotivas.

Abrir e gerir uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. É preciso entender o mercado, o público e planejar bem o negócio. Para uma boa gestão, é preciso estratégias de marketing, um fluxo de caixa controlado, além de criatividade e inovação. E a orientação do Sebrae caminha nesse sentido ao disponibilizar até um roteiro para facilitar a abertura e gestão da empresa, com um vasto conteúdo técnico e didático para não deixar nenhuma dúvida em cada etapa deste processo. Se a empresa é uma companhia com várias filiais ou um e-commerce que atende todo o território nacional, não importa. O conhecimento é um item primordial para se alcançar a posição desejada no ranking de sucesso ou a cifra ideal no balanço dos lucros. Ir em busca do conhecimento é determinante na sobrevivência e vida longa de um negócio. Planejamento, finanças, pessoas, organização, mercado e legislação devem ser palavraschave do empreendedorismo para que construam uma empresa sadia e forte.

Demandas e deficiências A professora Márcia Brandão, que ministra o curso de Gestão Administrativa na unidade Centro Histórico, do Senac, conta que a maioria das turmas é constituída de jovens que procuram por iniciativa própria as qualificações em suas áreas, o que é um identificação positiva, já que a especialização, desde cedo, colabora com um negócio mais estruturado e

Planejamento, finanças, pessoas, organização, mercado e legislação devem ser palavraschaves do empreendedorismo com grandes possibilidades de dar certo. Segundo ela, o público é bem variado. “As turmas são formadas por graduados, alguns com doutorado. As idades ficam entre 20 a 50 anos, mas o intuito é aprimorar as qualificações e buscar conhecimento nas áreas de Administração e Pessoal. Percebo que, principalmente os alunos graduados, sentem a necessidade de qualificação nas cadeiras que por algum motivo não fizeram parte dos cursos de graduação ou especialização", comenta a docente. "Possuo uma turma na qual todos estão querendo o aprimoramento nas suas deficiências como forma de aborda um funcionário, o que é feedback, como conduzir uma situação de conflito, fazer um planejamento, etc.", exemplifica a professora. Segundo Márcia, para alguns alunos as empresas pagam o curso para trei-


Administração namento nas áreas que atuam. Outros são por iniciativa própria", especifica. As empresas que participam das qualificações vão desde os pequenos comércios até grandes redes de lojas, como Renner, C&A e Dado Bier. Em relação às deficiências na administração dos negócios que fazem esses empreendedores buscarem esse aprimoramento, Márcia identifica que elas atingem gestores e líderes."Não conseguem aceitar uma opinião contrária, principalmente se vem de um subordinado. Muitos não conseguem saber a diferença de Plano e Planejamento. Não conseguem acatar ordens... impactando nas culturas organizacionais", salienta. De acordo com ela, são dois os melhores passos em termos de qualificação para quem quer iniciar uma empresa ou para quem já a tem uma, mas precisa deixá-la mais eficiente. É preciso ter um plano de negócios, ou seja, colocar no papel as ideias para que não abra uma empresa com vida útil inferior a um ano. "O outro item essencial é, em uma empresa individual, cuidar com os sócios", complementa. Conforme a professora, para aqueles que já possuem um negócio, precisam ter atenção com o atendimento. "Ser atencioso e eficiente. Cuidar de seu cliente como se ele fosse um membro de sua família; ter a preocupação de saber se ficou satisfeito, ou, caso negativo, procurar melhorar o que não o satisfez", aconselha. Para Márcia é importante também qualificar os colaboradores em processo contínuo. "Dar feedback positivo e negativo. Como empresário e empreendedor, fazer sempre o melhor que puder. Sempre!", enfatiza.

Conheça alguns dos cursos do Senac em Porto Alegre Unidade Floresta - Coaching Desenvolvimento de Líderes - Gestão de Custos Gestão de Estoques - Gestão de Pessoas e Relacionamento Interpessoal - Gestão Financeira - Gestão Pela Qualidade Liderança e Motivação em Vendas - Marketing Estratégico - Planejamento Estratégico - Qualidade em Serviços Logísticos - Redação Empresarial - RH Estratégico Unidade Centro Histórico - Ações Eficazes em Vendas - Representante Comercial - Técnicas em Vendas e Negociação - Gestão Administrativa - Gestão de Pessoas e Relacionamento Interpessoal - Liderança e Motivação em Vendas - Rescisões Trabalhistas - Rotinas Financeiras e Fiscais

- Negociação e Administração de conflitos o processo de comunicação e sua Influência nos resultados - Desafios da Liderança no Século 21 - Pronatec: Auxiliar Administrativo - Pronatec: Auxiliar de Recursos Humanos - Virei Líder e Agora? Senac Informática - Negociação em Vendas - Coaching - Desenvolvimento de Líderes - Empreendedorismo de Sucesso - Gestão Administrativa - Gestão de Custos - Gestão de Pessoas e Relacionamento Interpessoal - Gestão Financeira - Gestão Pela Qualidade - Liderança com Foco em Resultados - Liderança e Mediação de Conflitos - Liderança e Motivação em Vendas - Liderança Eficaz - Marketing Estratégico - Planejamento Estratégico - Recrutamento e Seleção - Virei Líder e Agora?

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- Auxiliar Administrativo - Auxiliar de Administração de Pessoal



Feira & Eventos

A

7ª Autopar - Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva, realizada no Expotrade, localizado em Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), de 4 a 7 de junho, teve a participação da Asdap nos quatro dias da edição. “Com o estande, a Associação se apresentou ao segmento pela primeira vez fora do estado do Rio Grande do Sul. Foi uma iniciativa da entidade de chegar mais perto tanto do nosso público-alvo, o nosso cliente, quanto criar proximidade também com a fábrica”, afirma o presidente da Asdap, Henrique Steffen. “A feira de Curitiba foi um evento onde chamamos à atenção para novos associados. É realmente uma das melhores feiras que já participei”, ressalta. Segundo Steffen, foram entregues aos visitantes 3 mil exemplares da revista Asdap. A repercussão foi muito boa no meio e o retorno dos fabricantes também.

“A indústria constatou que a revista é um canal estreito de comunicação com o aplicador, reforçando o reconhecimento da credibilidade dessa publicação”, enfatiza. Para o dirigente, a divulgação da associação também se firma no mercado através da revista. “A Asdap tem um nome ‘sadio’ e é vista com bons olhos por todos”, frisa. “Seguidamente recebo comentários a respeito das matérias, consideradas muito interessantes pelos leitores. E é esse o trabalho que queremos fazer, levando a informação para o segmento automotivo”, reitera. De acordo com Flavio da Silva Telmo, diretor administrativo da Asdap e diretor da Autopeças Meridional, de Porto Alegre, um ponto muito positivo da exposição foi a presença cada vez maior de grandes fabricantes de autopeças, que acabam sempre dando mais peso ao evento. “A equipe comercial da Meridional realizou um ótimo trabalho na feira, conseguindo bons

contatos com clientes e fornecedores, além da prospecção de novos negócios para a empresa”, destaca Telmo. Com mais de 500 marcas expositoras, nacionais e internacionais, a Autopar reuniu os principais fabricantes, fornecedores, representantes, distribuidores e prestadores da indústria, comércio, serviços e capacitação profissional do setor automotivo. O público visitante atingiu 50 mil pessoas, entre empresários e compradores da indústria, comerciantes de autopeças e acessórios, representantes de oficinas mecânicas, frotistas e profissionais do segmento de logística. As novidades da sétima edição foram os setores que ganharam destaque especial: Audiotech (acessórios, customização e som automotivo), Motopar (motopeças, equipamentos e serviços para motos), Trator Parts (tecnologias em reposição e reparação para maquinário pesado, agrícola, rodoviário, florestal e de mineração) e Truck Parts (fornecedores para linha pesada). Divulgação/Autopar/Diretriz

Feira reuniu, em junho, na cidade de Curitiba (PR), os principais fabricantes, fornecedores, representantes, distribuidores e prestadores da indústria, comércio, serviços e capacitação profissional do setor automotivo 32 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2014 l Ano 2 l Número 11


André Kotoman

Autoparts a caminho No dia 21 de julho, ocorreu a primeira reunião do comitê organizacional da Autoparts 2015. A Comissão de Apoio à realização da feira reuniu-se na sala de eventos da churrascaria O Laçador, na capital gaúcha, para discutir assuntos relativos à promoção do evento, que é realizado pela Diretriz, de Curitiba. A 7ª edição da Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços acontecerá de 14 a 17 de outubro de 2015, na Fiergs, em Porto Alegre. Participaram do encontro representantes da Asdap, do Sindirepa-RS e do Sincopeças-RS, além de gestores de distribuidoras locais e empresários da área. O presidente da comissão, José Alquati, mostrou números que devem nortear as ações e embasar a decisão da indústria nacional na sua escolha pela feira como plataforma de negócios. “Na ocasião, a Diretriz fez um relato sobre as

últimas edições e a comissão apresentou uma proposta temática que referencia a qualidade do desenvolvimento profissional do mecânico gaúcho. Entreguei um material com dados indicadores potenciais de frota, de consumo de combustível, do mercado gaúcho em relação ao Brasil. Essas informações a Diretriz passará para o departamento de marketing para formatar o conceito da feira e fazer a divulgação”, explicou Alquati. Em cima das decisões tomadas no encontro, os trabalhos iniciais terão como foco o aplicador. O material promocional dará ênfase aos dados estatísticos de todas as regiões do Rio Grande do Sul e das regiões sul e sudeste de Santa Catarina, para as quais serão direcionadas ações intensificadas para incrementar a visitação técnica do evento.


Comércio

Queda nas vendas de veículos impacta a reposição

O

fraco desempenho das vendas de veículos novos para o mercado interno traz apreensões para o segmento de autopeças. No entanto, para Edgar Fraga, diretor da Fraga Marketing e Serviços, empresa especializada na prestação de serviços a profissionais que atuam na área de vendas e marketing da indústria e distribuição de autopeças, o mercado de reposição vai continuar crescendo com índices altos. "Para entendermos melhor o que está acontecendo, é necessário separar o mercado entre Equipamento Original (OEM) e Reposição (AM). A evolução do mercado OEM é medida pela soma da produção de veículos destinados ao mercado interno e exportações em relação ao ano anterior. E o mercado de reposição (AM) é medido pela evolução da frota, que corresponde à soma das vendas de veículos novos nacionais e importados para o mer-

cado interno menos a saída de veículos a título de sucatagem no mesmo período", explica Fraga. Em relação ao Equipamento Original, o empresário cita a produção total da indústria automobilística no período janeiro a maio de 2014, referente a igual período de 2013, que sofreu uma redução negativa de 13,3%. Por segmento de mercado, a queda foi mais significativa nos leves (-13,55%). No segmento dos veículos pesados a queda foi de 9,88%. "A evolução do mercado para OEM é diretamente proporcional à evolução da produção de veículos novos no mesmo período", constata. Quanto ao mercado de reposição, o que define a sua evolução é a média do crescimento da frota e do consumo de combustíveis. "Todo o processo evolutivo, para mais ou para menos, na entrada de veículos novos no mercado vai refletir na evolução da frota proporcionalmente aos ciclos de troca dos diversos componentes do veículo (peças). Em outras palavras, isso significa que, no caso

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de uma peça cujo ciclo de troca é de dois anos, seu potencial somente será afetado no segundo ano após a entrada desses veículos em circulação, e assim sucessivamente para ciclos de troca de 3, 4, 5 anos. Acrescentando-se a evolução da frota (existência dos veículos) e a evolução do consumo de combustíveis (utilização dos veículos), teremos a evolução do mercado de autopeças para reposição", completa. Segundo Fraga, as vendas de veículos novos para o mercado interno, previstas até 2018 e calculadas através de regressão linear simples, onde Y é igual a taxa de veículos por habitante e X igual ao PIB por habitante (correlação de 0,93), mostram um crescimento de 1,3% em 2014 e 18,4,% no acumulado até 2018 com uma margem de erro em torno de 6,56%. No gráfico a seguir, o especialista apresenta os números relacionados à venda de veículos novos (leves e pesados) para o mercado interno entre 1994 e 2018, segmentadas em Reais e Ajustadas, com margem de erro em torno de 6,56%.


Revista Asdap l Julho/Agosto 2014 l Ano 2 l NĂşmero 11 - 35


Comércio

"O gráfico ao lado mostra bem o que acontecerá com a frota de veículos leves nos próximos cinco anos e, consequentemente, no mercado de reposição de autopeças, por faixa de idade, caso tenhamos uma queda de 6,56% nas vendas de veículos novos em 2014", aponta. Neste gráfico, as vendas de veículos novos são representadas pelo fundo azul e são medidas pela escala da esquerda. A frota está representada pelas linhas de acordo com as faixas de idade e devem ser lidas na escala da direita. As linhas interrompidas mostram o impacto da redução de 6,56% nas vendas de veículos a partir de 2014.

Obs: As linhas interrompidas demonstram a Frota após a simulação de queda de 6,56% nas vendas de veículos novos

A tabela abaixo mostra o impacto na frota total de veículos leves com a redução de 6,56% nas vendas de veículos novos a partir de 2014.

De acordo com Fraga, toda a alteração na entrada de veículos novos na frota será sentida pelo mercado de reposição paulatinamente, de acordo com os ciclos de troca das peças, como demonstrado na próxima tabela.

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Conforme o empresário, analisando a evolução da frota de veículos leves prevista até 2018 com a redução de 6,56% na entrada de veículos novos no mer-

"Como podemos verificar, o mercado de reposição vai continuar crescendo a taxas altamente significativas, mesmo que haja uma queda de 6,56% nas vendas de veículos novos para o mer-

cado no mesmo período, verificamos que a redução no mercado será de apenas 0,5% ao ano, como mostra a tabela que segue.

cado interno em 2014", cita Fraga. "O consumo de gasolina e álcool em janeiro e fevereiro de 2014 está 13,4% acima do mesmo período de 2013, o que nos autoriza a concluir que o mer-

cado de reposição de autopeças não deverá ser abalado. O máximo que poderemos ter será um pequeno adiamento no consumo de peças que será compensado mais adiante", conclui.


Memória

Restauração de veículos revela a paixão por carros antigos

Q

uando alguém fala restauração de veículos, os apaixonados, colecionadores e admiradores de carros e motos antigos já brilham os seus olhos imaginando como aquela "lata velha" vai ficar depois de passar por empresas especializadas em restauração, como é o caso da Phoenix Studio Comércio de Recuperação de Veículos Antigos Ltda., localizada na cidade de Curitiba, capital do Paraná. A história da Phoenix Studio começou quando Marcus Vinicius Conte tinha 16 anos e chegou à sua casa com um Ford década de 1920 para mostrar ao seu pai, o empresário Oscar Conte. No começo de tudo, a paixão por carros antigos era encarada como um passatempo, ocupando os finais de semana e as horas vagas da família. Com o passar do tempo, essa atividade tornou-se um negócio. Aos poucos, surgiram os primeiros carros, em seguida os primeiros artesãos da oficina e também os primeiros prêmios. O filho se tornou proprietário da Phoenix e o pai, colecionador. A empresa, fundada em 2004, sofreu uma transformação em 2006, passando por uma maior profissionalização, "Criamos um novo conceito de restauração, com tudo que se precisa dentro de sua própria sede. Então, hoje, a Phoenix Studio é a única empresa que atende, dentro do mesmo espaço, desde a restauração em lataria, pintura, estofaria, mecânica e cromagem. Além disso, temos

Fotos Divulgação

Eduardo Cotrim está responsável pelo Departamento de Importação os serviços de localização e importação de veículos, importação de peças, tanto para os carros que estamos trabalhando, para outros clientes e terceiros que nos procuram. Também somos exclusivos na importação de pneus para carros antigos, com a famosa faixa branca", explica o responsável pelo Departamento de Importação de Veículos, Eduardo Cotrim, que está na empresa há seis anos. A Phoenix Studio possui uma moderna oficina, que comporta até 30 veículos, com toda segurança para essas relíquias que estão em processo de restauração, ou seja, possui sistema de combate a incêndio, alarme monitorado e segurança 24 horas.

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Cotrim conta que, além de restaurar, a empresa também é uma importadora de veículos e peças, uma maneira de oferecer mais facilidades e conforto aos clientes. Acompanhe a seguir mais detalhes sobre o trabalho de restauração na entrevista realizada com Cotrim: Revista ASDAP - Desde quando trabalham com restauração? Como surgiu a ideia de fazer restauração de veículos? Eduardo Cotrim - A ideia da restauração de carros surgiu da paixão do Sr. Oscar Conte, pai do dono da Phoenix Studio, Marcus Conte, em


carros antigos. Eles compravam os carros para a coleção deles e os restauravam, na oficina que tinham, junto a outra empresa deles. O Marcus começou então a levar esses carros (sempre Cadillac) para os eventos mais importantes do Brasil e a ganhar prêmios, como, por exemplo, THE BEST OFF SHOW, que é o melhor do evento. Com isso, outros colecionadores começaram a perceber que ele é um dos maiores conhecedores da marca Cadillac no Brasil e pedir conselhos e, principalmente, ajuda para a restauração. Assim, começou a restaurar carros para terceiros. Sempre com o capricho e detalhe que é marca registrada da Phoenix Studio.

tas aqui por nós. Sempre lembrando que primamos pela qualidade.

Revista ASDAP - Quais são os modelos que a empresa restaura? Eduardo Cotrim - O forte da empresa é a restauração de Cadillacs, mas, também, reformamos Mustang, Corvette, Lincoln, entre outros carros de outras marcas.

Revista ASDAP - Qual o perfil dos clientes? Todos são colecionadores? Eduardo Cotrim - Hoje o perfil dos colecionadores inclui desde os novos clientes até os mais velhos. Os clientes novos, da faixa etária em torno de 35 a 45 anos, estão ansiosos para ter o primeiro carro, normalmente são muscle car, Mustang, Corvette, Camaro, ou seja, carros mais esportivos. Em seguida, ainda no perfil primeiro carro, porém de faixa etária um pouco mais adiantada, de 40 a 50 anos, querem carros mais clássicos, como, por exemplo, Cadillac, Lincoln, Jaguar. Por último, temos os colecionadores que querem aumentar a sua coleção, ou estão se desfazendo de alguns modelos para se fixar em uma marca. Alguns desses novos clientes citados, tomam gosto pelo antigomo-bilismo e começam a sua coleção.

Revista ASDAP - Quais são as peças que podem ser restauradas pela empresa? Ou a restauração é completa, peças e lataria? Eduardo Cotrim - Normalmente, as peças de lataria são restauradas a mão, dentro da empresa, ainda no sistema antigo. Algumas chegam a ser feitas a mão mesmo, sempre copiando a original, para que se tenha, desde o encaixe à vedação, perfeitas. Dessa forma, depois do carro terminado, não se percebe que a peça foi refeita. Já outras peças podem ser compradas no mercado de reposição americano e, quando não há disponíveis para compra, podem ser fei-

Revista ASDAP - "Carro também é uma das paixões do povo brasileiro". Poderia descrever a reação de algum cliente que tenha ficado emocionado com o resultado do trabalho de vocês? Eduardo Cotrim - Além de ser uma paixão, o que motiva um cliente a ter um carro antigo é a sua ligação com o seu passado, desde o carro que ele via na rua, o seu pai tinha, ou parente, uma estrela de algum filme e assim por diante. Depois vem o colecionador, onde o carro passa a ser um objeto de desejo em sua coleção pessoal. A reação é a mes-

ma, sempre de uma criança, andando em volta do carro, olhando cada detalhe, entrando no carro, sentindo o tecido, olhando o painel, colocando-se em posição de dirigir com as mãos ao volante. Em seguida, ligando o carro, acelerando, sentindo o motor, o seu ronco. Por fim, saindo para dar uma volta ou levando ele para casa. Revista ASDAP - Gostaria que descrevesse (de uma forma emotiva) a sua satisfação em realizar esse trabalho de restauração de veículos. Eduardo Cotrim - Trabalhar com o sonho das pessoas, ver o carro chegando em péssimo estado, sendo restaurado, passo a passo, da lataria ao friso, do motor ao interior, a batalha que é sempre para se chegar à perfeição. Depois, como falei, ver o ar de criança de seu dono ao ver o carro pela primeira vez, a sua satisfação. Alguns até nos encontram na rua depois com um seu sorriso e muita alegria, de que foi a um lugar e como foi recebido, o que os amigos comentam, etc. Enfim, saber que realizamos o sonho de adultos que se transformam em crianças. Mais informações pelo telefone(s) (41) 3362-7457 e 3089-9191 ou pelo e-mail atendimento@phst.com.br. Endereço: Rodovia BR 116, 6000, Bairro Tarumã, Curitiba-PR.


Periscópio

Mastra aumenta portfólio na reposição

Bosh ganha Prêmio Expressão de Ecologia

Para ampliar ainda mais a abrangência de veículos GM atendidos nos modelos Onix, Prisma, Cobalt e Astra, a Mastra lança novos produtos requisitados pelo mercado para a reposição. Dentre as novidades, estão itens complementares, como catalisadores, tubos de extensão, intermediários e traseiros. Outros lançamentos são os catalisadores “manifold”, oito modelos lançados para aplicação em vários veículos das marcas Volkswagen, Fiat e GM. O catalisador “manifold” é acoplado diretamente ao bloco do motor, constituído normalmente por tubos coletores em aço inox, que transportam os gases da combustão em alta temperatura diretamente ao núcleo cerâmico do catalisador. Para a linha pesada, a novidade é

A Bosch é uma das vencedoras da XXI edição do Prêmio Expressão de Ecologia, a maior premiação ambiental da região Sul do Brasil e certificado pelo Ministério do Meio Ambiente como o principal do País em seu segmento. O case da Bosch "Redução de CO2" foi o ganhador deste ano na categoria Controle da Poluição. A responsabilidade socioambiental no Grupo Bosch está baseada nas estratégias de sustentabilidade da organização e nos seus objetivos de longo prazo. No final de 2008, a direção global lançou o desafio de reduzir, a partir de 2009, 25% das emissões de CO2 de todo o grupo até o ano de 2020, sendo que 15% das emissões deveriam ser reduzidas já em 2012. "Os resultados alcançados até o momento demonstram que o projeto está no caminho certo para alcançar o objetivo estabelecido e esperado pela organização, já que houve reduções de 45% nas emissões de CO2 e 35% no consumo de energia nos processos fabris", destaca Theophilo Arruda, gerente de Engenharia de Segurança e Meio Ambiente da Robert Bosch América Latina.

o silencioso para ônibus Volkswagen 15.180E / 15.190E /24.250 / 17.210E motor dianteiro. Os produtos fabricados pela Mastra têm a tecnologia Duramax, que utiliza o Galvalume, um material de alta resistência, inclusive à corrosão, e um ano de garantia. Todos os catalisadores são homologados pelo Inmetro e estão em conformidade com a resolução do Conama 282, de 2001. Mais informações sobre aplicações pelo 0800-166127 ou no catálogo no site www.mastra.com.br.

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Sabó lança novas mangueiras

Complementando o portfólio de produtos para as linhas Fiat e General Motors, a Sabó lança para o mercado de reposição novos modelos de mangueiras do filtro de ar, responsáveis pelo envio de ar à câmara de combustão do motor. Entre os novos pro-

dutos estão as mangueiras para motores Fiat de modelos como Fiorino, Uno, Palio, Siena, Idea e Strada. Para a marca GM, há mangueira com sensor para Celta e Corsa, mangueira com bocal para sensor e sem bocal para os mesmos veículos, incluindo o Prisma.

40 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2014 l Ano 2 l Número 11


Periscópio

Ecoturbo Biagio na Feira do Carreteiro A Ecoturbo Biagio apresentou na Feira do Carreteiro, no Pátio do Santuário Nacional Aparecida, em Aparecida (SP), que ocorreu entre 17 e 19 de julho, alguns modelos da linha Econômica e Ecológica, que proporciona maior torque em bai-xas rotações, menos troca de mar-chas, redução no consumo de combustível em até 12% e redução de emissões em até 50%, o que aumenta o desempenho e a vida útil do motor. Todos os dias foram ministradas várias palestras técnicas e instrutivas abordando manutenção preventiva e vantagens dos produtos da empresa. Além de ganhar brindes, os carreteiros, ao assistirem as pales-

tras, concorreram a um Ecoturbo Biagio no final do evento. Segundo Maicon Pelozio, coordenador de Marketing da empresa, hoje o profissional do trecho está buscando cada vez mais informações e conhecimentos. “Nossas palestras têm o papel fundamental na conscientização do motorista de que ele pode optar por um produto que contribuirá na economia de combustível, na redução do cansaço ao dirigir, pois irá reduzir as quantidades de troca de marcha necessárias no trecho. O importante para nós é que um motorista, ao instalar o Ecoturbo Biagio em seu caminhão, tenha melhor qualidade de vida e economia de dinheiro”, ressalta.

ZF patrocina Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação A ZF América do Sul, fabricante de sistemas de transmissão para a indústria automobilística, renovou seu patrocínio ao Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação, criado pelo Departamento de Inovação e Tecnologia (DIT) da Câmara Brasil-Alemanha (AHK), com o objetivo de identificar e reconhecer esforços inovadores realizados por empresas brasileiras e alemãs instaladas no Brasil. As inscrições vão até o dia 22 de agosto, e os projetos participantes serão avaliados pelo seu grau de inovação, impacto na empresa, na sociedade e meio ambiente, assim como potencial para patente, entre outros critérios. A entrega do prêmio será no dia 12 de novembro de 2014.


1º Fórum do Mercado de Som e Acessórios

A feira vai apresentar novidades para o varejo, 4 de setembro são mais de 10 mil produEspaço Immensità - São tos de mil marcas em um Paulo (SP) evento único, direcionado ao fortalecimento de parEncontro tem como procerias e à geração de negóposta reunir varejistas, repre- cios. Divididos entre linha sentantes, distribuidores, im- branca, marrom, portáteis, portadores e fabricantes para telefonia/celulares, bemdebater com autoridades e estar, utilidades doméstirenomados especialistas os cas, automotivos, brinqueprincipais problemas que dos, TI e serviços, os proafetam o mercado. Ao mesdutos serão destaque nas mo tempo, o evento tamvitrines do varejo no últibém permitirá que os partici- mo trimestre do ano. pantes se encontrem e rela“A expectativa é grande, a cionem para uma oportuniEletrolar Show tem impordade de networking direciotância estratégica. Reúne nada ao segmento. As inscrios maiores players de tecções já estão abertas e ponologia do mercado e púdem ser feitas unicamente blico altamente qualificapela internet no endereço do”, afirma Nelson Godoy, revistaautomotivo.com.br/ gerente de vendas em vaforum. rejo da Pósitron. “Nos últimos quatro anos, o merEletrolar Show cado de som automotivo 9ª Feira de Negócios para cresceu em média 3% a a Indústria e o Varejo de 4%, acompanhando o Eletrodomésticos, Eletromercado de automóveis”, eletrônicos, Celulares e TI completa o executivo. 15 a 18 de setembro No setor de aparelhos auTransamerica Expo Center tomotivos, expositores co– São Paulo (SP) mo Amvox, Aquarius Brasil, Britânia, Dazz Maxprint Gothan, Frahm Hinor, Garmin do Brasil, Harman, Leadership Goldship, MiA feira vai apresentar chelin Master novidades para o varejo

Chef, Multilaser, NewLink, Phaser, Pósitron e Unicoba mostram para o consumidor o que há de mais inovador para o ano de 2014. Na edição anterior, a exposição recebeu mais de 28 mil visitantes.

12º Simpósio SAE Brasil de Testes e Simulações na Indústria da Mobilidade 17 de setembro São Paulo (SP) O evento abordará os temas “Durabilidade e Eficiência Energética”, “Otimização”, “Simulação no Setor Aeronáutico” e “Viabilidade da Realização de Testes Físicos”. Mais informações pelo e-mail regionais@saebrasil.org.br

Sema Show 4 e 7 de novembro Centro de Convenções em Las Vegas – Estados Unidos O Sema Show é um dos eventos de acessórios e personalização automotivos mais importantes do mundo. É lá que a indústria do setor busca inspiração para reproduzir em seus países o que há de mais moderno em se tratando de acessório. A edição de 2014 será realizada no mesmo local dos anos anteriores. Além


Divulgação

Segunda edição do evento, voltado para os Evento acontece na cidade de amantes de veíLas Vegas, Estados Unidos culos modificade tendência, também são dos, deverá reunir 110 lançados muitos produtos; marcas nacionais e interacontecem seminários e fónacionais ligadas ao segruns de discussão. A edição mento automotivo, que de 2013 atraiu mais de 60 ocuparão uma área de mil compradores nacionais 30.000 metros quadrados. e internacionais. Carros tunados, muscle cars/hot rods, dragster, AutoEsporte veículos clássicos e acessóExpoShow rios automotivos são 20 a 23 de novembro personagens principais do evento organizado pela Pavilhão de Exposições do Reed Exhibitions Alcantara Anhembi - São Paulo (SP)

Machado, em parceira com a Rede Globo. O público poderá ver de perto a evolução e as principais novidades do segmento de acessórios automotivos. São inovações em pneus, rodas, injeção eletrônica, som automotivo, combustíveis e lubrificantes, ceras, ferramentas, pintura automotiva, funilaria, dispositivos e softwares, produtos para limpeza, equipamentos náuticos e esportivos. Além dos

produtos, a AutoEsporte ExpoShow contará também com fabricantes de autopeças e motopeças, centros automotivos e oficinas mecânicas. Divulgação

Público poderá ver de perto novidades em acessórios



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