Revista Asdap Ed. 05 JUL_AGO 2013

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As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.

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4 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2013 l Ano 1 l Número 5

Editor: Claudio Fontoura Reportagem: Rosangela Groff e Gustavo Cruz Planejamento Gráfico: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Capa: Felipe Onzi Fotografia: André Kotoman Tiragem: 10 mil exemplares Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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autopeças importante ligação entre indústria e comércio varejista

20 Distribuidores de

Especial

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A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor.

Como calcular o Custo das mercadorias

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Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati e Thiago Alves

Daisy Machado, diretora da Planper Assessoria

Associação Sul-Brasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Endereço: Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: atendimento@asdap.org executivo@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034

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Conselheiros Celso Zimmermann (zimmermann@asdap.org) Fernando Bohrer (recove@asdap.org)

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Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org)

Flávio Telmo - Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org)

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org)

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Certificação Digital: tecnologia que dá validade jurídica em transações eletrônicas

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Henrique Steffen - Presidente (presidencia@asdap.org)

Diretoria Executiva

receber número recorde de visitantes

12 Autoparts espera

Expediente

ÍNDICE



ENTIDADE

Asdap quer ampliar quadro de associados na região Sul

C

om a proposta de ampliar a representação da entidade, a Asdap realizou no início de 2013 uma alteração no seu estatuto social, possibilitando aos distribuidores de autopeças e acessórios dos estados de Santa Catarina e do Paraná a participação no quadro de associados da entidade. “Em 2012, a Associação apresentou aos seus associados um Plano de Trabalho e entre as atividades propostas destacava-se a ampliação da entidade para os outros dois estados da região Sul, em busca de aumentar a representatividade da associação e, consequentemente, expandir a força de atuação na defesa dos interesses em comum”, explica o executivo Thiago Alves. Segundo ele, os distribuidores interessados em associar-se devem entrar em contato com a entidade através do e-mail atendimento@asdap.org ou pelo telefone da entidade, (51) 30598034, preencher uma ficha cadastral e aguardar a aprovação da matrícula. "É também objetivo da entidade promover e fortalecer o segmento de reposição independente da região Sul e, para isto, a associação lançou em dezembro de 2012 a Revista Asdap, importante veículo de comunicação que apresenta ao mercado regional informações sobre produtos, serviços, lançamentos e práticas de gestão", completa Alves. De acordo com Evandro Júnior Cerveira, diretor-proprietário da Impave, distribuidora de autopeças de Chapecó (SC) com filial em Passo Fundo, seria muito interessante fazer par-

Divulgação/Impave

te de uma associação que venha a reforçar a categoria diante do atual mercado. “A associação de classes se faz necessária para os negócios em todos os âmbitos, inclusive governamentais, através da qual é possível sugerir e debater questões empresariais e até sociais”, afirma Cerveira. “Hoje, a distribuição de autopeças está sofrendo muito com a carga tributária elevada e a dificuldade de se ter operações comerciais com isso já que o mercado não trabalha uniformemente. Precisamos da força de barganha para resolver estas questões”, enfatiza. “Diversas alterações nos impostos exigem constantes adequações na empresa em geral (organização contábil, fluxo de caixa, etc.). Hoje, você tem que estar sempre atento para se organizar e é

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Cerveira fala do reforço da categoria no mercado quase impossível atender essa demanda”, complementa. Esse ano de 2013, com a certificação do Inmetro, ocorre que uma dificuldade muito grande para o segmento, pois não aconteceu uma variação do que certificar. Não houve nenhuma brecha no sentido de analisar os produtos que não existem no Brasil. Uma nova norma vem para melhorar a qualidade na ponta e, ao mesmo tempo, o país sofre com a falta de abastecimento de autopeças”, reclama.

Alteração no estatuto visa aumentar a representatividade da associação e, consequentemente, expandir a força de atuação na defesa dos interesses do setor.



VENDAS

Mercadoria não pode ter circulado para cancelar NF-e No atual momento, a grande diversidade de tipos e modelos de veículos da frota brasileira provoca uma situação que está se tornando comum. Revendedores compram determinado produto e somente na hora do reparo é constatado que o item não serve. Como consequência a empresa compradora retorna ao distribuidor solicitando o cancelamento da Nota Fiscal. Este fato pode gerar conflito na relação com o distribuidor fornecedor, uma vez que o lojista ou aplicador desconhece a legislação. O cancelamento de nota fiscal eletrônica só pode acontecer em menos de 24 horas da concessão da Autorização de Uso da NF-e, desde que não tenha ocorrido a circulação da mercadoria ou a tentativa de prestação do serviço, ou seja, para poder cancelar a nota, o cliente não pode ter dado o aceite de recebimento das mercadorias advindas do distribuidor - é o que determina a legislação, por meio do Ato Cotepe ICMS 13, de 17 de junho de 2010, e da Instrução Normativa 98 RE, de 28 de dezembro de 2011. Apesar destas normas não serem exatamente uma novidade, é muito comum existirem dúvidas ou desentendimentos

entre comprador e vendedor por diferenças na compreensão da legislação, pois em alguns casos o comprador acredita que pode fazer o cancelamento da NF-e em 24 horas mesmo após ter recebido a mercadoria. (Confira a legislação no quadro abaixo.) A opção correta é a emissão da Nota Fiscal de Devolução da Mercadoria Nos casos em que a legislação impede o cancelamento, a opção para as empresas é a emissão da Nota Fiscal de Devolução da Mercadoria, conforme os prazos previstos, que variam de empresa para empresa. Na nota fiscal, uma das informações fundamentais na devolução é indicar corretamente na nota o número de Código Fiscal de Operação (CFOP),

de acordo com a finalidade que a empresa comprou o produto do distribuidor (para industrialização, comercialização ou uso e consumo). Além disso, é necessário que seja informado o número da nota fiscal de origem no campo de dados adicionais da nota fiscal de devolução. Se for caso de mercadorias com substituição tributária, não existe destaque de nenhum imposto, independente do enquadramento federal do cliente (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real); já para as situações de devoluções de mercadorias sem substituição tributária existe o ICMS, que deve ser destacado conforme a nota de origem, exceto para as empresas optantes do Simples Nacional, que não devem destacar os valores referentes a alíquota de nenhum imposto, independente de o produto ter ou não substituição tributária.

O que diz a legislação Instrução Normativa 98 RE: 20.4.1 - A NF-e poderá ser cancelada em prazo não superior a 24 horas, contando do momento em que foi concedida a respectiva Autorização de Uso da NF-e, desde que não tenha ocorrido a circulação da mercadoria ou a prestação do serviço.

Ato Cotepe ICMS 13: Artigo 1º - Passa a vigorar com a seguinte redação o art. 1º do Ato COTEPE/ICMS nº 33, de 29 de setembro de 2008:"Art. 1º - Poderá o emitente solicitar o cancelamento da NF-e, em prazo não superior a 24 horas, contado do momento em que foi concedida a respectiva Autorização de Uso da NF-e, desde que não tenha ocorrido a circulação da mercadoria ou a prestação de serviço e observadas as demais normais constantes do Ajuste SINEF 07/ 05, de 5 de outubro de 2005."

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Marcelo Bertani/Agência ALRS

LEGISLAÇÃO

Mais rigor na lei de proteção e prevenção contra incêndio Os comerciantes gaúchos deverão se adequar à nova lei estadual de segurança, proteção e prevenção contra incêndio no Rio Grande do Sul, que chega mais exigente e cuidadosa, estabelecendo parâmetros rigorosos para licenciamentos e sanções. E, no segmento do varejo de autopeças, a regra já pode ser conhecida e implantada por administradores e proprietários de lojas para que tanto os recursos humanos quanto os patrimoniais sejam preservados em caso de sinistro. A maior novidade é a carga de incêndio, que afere o potencial de combustão da edificação. Agora, além dos critérios anteriores de classificação do prédio (área e altura), estão incluídos os elementos da capacidade de lotação, que estabelece o número de pessoas; do tipo de ocupação e uso, que identifica a finalidade do imóvel, e da carga de incêndio, que remete para o potencial de combustão da edificação. Esse último afere os materiais que compõem a construção do prédio, móveis e utensílios no interior, como madeira, espuma, borracha, plástico, papel, etc., e aquilo que o imóvel armazena. Também incorporados à legislação que substituirá a lei estadual 10.987, datada de 1997 e superada pelos avanços tecnológicos das últimas décadas, o controle e a extração de fumaça passará a inovar a nova lei. Já está protocolado junto à Superintendência Legislativa da Assembleia gaúcha o Projeto de Lei Complementar (PLC), resultado do relatório final da Comissão Especial de Revisão e Atualização de Leis Contra Incêndio da Assembleia Legislativa. Agora, seguindo a tramitação regimental, o projeto de lei será publicado no Diário Oficial da Assembleia, período em que

Deputado Adão Villaverde: "Será exigido o que cada cada edificação realmente necessita" recebe emendas dos deputados. Depois disto, o PLC será enviado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que designará um relator para emitir parecer.

Contribuições De acordo com o deputado Adão Villaverde (PT), que preside a Comissão, a proposta de legislação de caráter essencialmente técnico, que incorporou contribuições de profissionais reconhecidamente habilitados e referências na segurança e na prevenção contra incêndios, é clara e justa. “Clara em relação aos conteúdos, critérios, competências e responsabilidades. E justa porque exigirá especificamente de cada edificação aquilo que ela realmente necessita para proteger a vida das pessoas e dar condições de funAndré Kotoman

Lopes diz que Sincopeças-RS cobra dos empresários elaboração de PPCI

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cionamento ao prédio em questão”, declara Villaverde. Toda edificação só poderá ter sua autorização de funcionamento se esta vier precedida do Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (APPCI) fornecido pelo Corpo de Bombeiros da Brigada Militar (BM). Portanto, não haverá nenhum instrumento intermediário de exceção, excepcionalidade ou transitoriedade. Quanto às sanções, a partir da nova lei não haverá mais a atual reincidência de multas de baixo valor. Depois da primeira notificação, deverá ser aplicada multa, de alto valor (a ser regulado pelo Executivo) e, em caso de nova desobediência, se passa à interdição, também a cargo do Corpo de Bombeiros, e, em última instância, ao embargo do imóvel, desta vez por ação e responsabilidade do município. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincopeças-RS), Gerson Nunes Lopes, adianta que a entidade tem consciência da existência de uma vasta legislação a ser cumprida por parte dos empresários e que as leis, portarias e normas regulamentadoras que regem a prevenção e o controle de incêndios já foram pautas de publicações oficiais do Sindicato, na busca por orientar o setor. “O Sincopeças-RS tem trabalhado no sentido de nortear os empresários e indicar profissionais para a produção do Plano de Proteção e Prevenção Contra Incêndio (PPCI), para que ele cumpra os objetivos de avaliar situações contra incêndios e reduzir a possibilidade de ocorrência, proteger a vida dos ocupantes das edificações, minimizar a propagação do fogo e reduzir os danos materiais”, afirma Lopes.



Divulgação/Diretriz

FEIRA

Autoparts deverá mobilizar grande número de expositores

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André Kotoman

A Autoparts, uma das principais feiras do país, direcionada ao mercado com grande frota de automóveis e demanda por autopeças, equipamentos, acessórios e serviços de reparação, acontece esse ano em Porto Alegre, de 16 a 19 de outubro, na Fiergs. A data de realização foi reformulada para que o público possa acompanhar as demais exposições do segmento. “Temos uma feira com dimensões de evento de médio para grande porte. Poucas são as feiras técnicas, em qualquer segmento fora de São Paulo, que acomodam mais de uma centena e meia de expositores. Contamos já com mais de 60% da área reservada e com o envolvimento dos principais agentes do mercado gaúcho da reposição e da reparação automotiva”, informa Cássio André Dresch, diretor comercial da Diretriz, que promove a feira. “Nas últimas edições, adotamos como estratégia a organização de caravanas, objetivando facilitar o deslocamento dos profissionais de todo o Estado. Estas continuarão sendo montadas tendo como premissa a solicitação do Sindirepa-RS, que sempre protagonizou a logística das caravanas”, completa. Quanto às perspectivas de negócios, Dresch não antecipa números. “O que podemos afirmar é que poucas vezes presenciamos uma mobilização tão grande por parte do mercado demandador de tecnologias em produtos e serviços relacionados à reparação e à reposição automotiva”, relaciona. “De fato, como já dissemos, percebese o envolvimento quase emocional da esmagadora maioria das distribuidoras que atua na região. Tanto as ditas 'nacionais', que emprestam sua força ao evento através da sua participação via comissão organizadora, quanto as cada vez maiores distribuidoras com sede na região Sul do Brasil e que não abrem mão de ter na Autoparts o seu evento de referência”, especifica Dresch. Para o diretor comercial, falar do envolvimento dos reparadores é tornar repetitivo o relato de dedicação a um evento que, literalmente, foi adotado pelo profissional gaúcho. “Com todas as prerrogativas, estamos nos preparando para receber um número recorde de visitantes, seguramente acima da casa de 18 mil pessoas. Mais do que isso, tanto a Diretriz quanto as entidades que emprestam,

Dresch: "Visitantes devem superar 18 mil pessoas" historicamente, apoio ao evento, como Asdap, Sindirepa-RS e Sincopeças-RS, mantêm a preocupação de conferir à feira um caráter extremamente profissional que explore o lado comercial e técnico do evento em toda a sua extensão”, complementa Dresch.

Mudança de data beneficia mercado “A mudança de data é estratégica e está ligada a alguns eventos que ocorrerão na cidade no mesmo período em que ocorre a Autoparts”, indica Dresch. Segundo ele, atendendo a pedidos da indústria e observando necessidades mercadológicas do Rio Grande do Sul e do extremo sul de Santa Catarina, a Diretriz resgatou o mês tradicional da realização da feira, mudando o ano primeiramente escolhido. Para essa definição, a empresa teve o apoio da Asdap, do SindirepaRS e do Sincopeças-RS. “Desta forma, nos anos ímpares, sempre em outubro, a Autoparts passa a ser o evento centralizador das atenções dos mercados de reposição e reparação automotiva no Sul do Brasil, deixando a tarefa, nos anos pares, para a Autopar, no Paraná”, explica. “Podemos afirmar, sem medo de errar, que tanto o reposicionamento geográfico da feira, que volta a acontecer nas

“Nesta edição contamos já com mais de 60% da área reservada e com o envolvimento dos principais agentes do mercado gaúcho da reposição e da reparação automotiva” instalações da Fiergs com ocupação de 12 mil metros quadrados de sua área, quanto a reconquista do mês ideal para a realização da feira constituem-se nos grandes diferenciais do evento em relação à sua última edição”, aposta.

Crescimento Para o executivo da Diretriz, a área automotiva não para de crescer em ofertas e fomentar a produção nacional. “O Brasil terminou 2012 como o quarto maior fabricante de carros do mundo. São quase 4 milhões de unidades que passaram a integrar uma frota próxima de 40 milhões”, enumera Dresch. Segundo ele, no entanto, o setor de autopeças ainda carece de medidas governamentais que reduzam o imposto e permitam às empresas fazerem frente à concorrência com os produtos importados. “É um desafio que o setor vem conseguindo sobrepujar, mas que demanda tempo para obter resultados. Creio, também, que passamos pelo pior. Acredito que a transição já está feita e que, a partir de agora, com a entrada no mercado da reposição independente da enorme frota produzida pelas montadoras nestes últimos três anos, o crescimento dos negócios é inevitável, com reflexos diretos para a imensa maioria dos nossos expositores e visitantes”, enfatiza.

Revista Asdap l Julho/Agosto 2013 l Ano 1 l Número 5 - 13


André Kotoman

GESTÃO

A contadora Daisy Machado explica que os certificados se definem por chaves pública e privativa e Autoridade Certificadora

Certificação Digital, uma necessidade inadiável para as empresas A Certificação Digital é uma tecnologia que dá validade jurídica em transações eletrônicas. Com características de agilidade e sigilo, o reconhecimento através do ambiente eletrônico é identificado por uma chave criptográfica ligada a uma pessoa física ou jurídica, máquina ou aplicação, em uma relação exclusiva. Os certificados digitais se definem por chaves pública e privativa e assinatura de uma terceira parte confiável, a Autoridade Certificadora (AC). Assim, a tecnologia se aplica a diversos registros ligados à identificação e à realização de operações fi-

nanceiras, como o e-CNPJ e a NF-e. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas se beneficiam do processo em atividades como acompanhamento de processos legais, verificação de autenticidade de informações fiscais, obtenção de certidões, assinatura de contratos digitais, consultas e regularização de situações cadastrais e entrega de declarações. A diretora da Planper Assessoria, Daisy Machado, fala das aplicações da certificação digital e das exigências em torno dela. A contadora explica que o sistema público de escrituração fiscal instituído pelo de-

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creto 6.022, de 22 de janeiro de 2007, através do artigo 2º, informa que o Sped é um instrumento unificador das atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal de empresários e pessoas jurídicas. Assim, esses registros devem ser emitidos em forma eletrônica. De acordo com Daisy, que também é tributarista Junior do IBPT/PR, a garantia está no art. 1º da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públi-


cas Brasileira (ICP-Brasil), para garantir autenticidade, integridade e validade jurídica de documentos em forma eletrônica das aplicações de suporte e habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. “O arquivo digital gerado para o Sped e demais obrigações acessórias devem ser assinados por meio de certificado digital, tipo A1 (arquivo) ou A3 (cartão ou token), emitido por autoridade certificadora credenciada pela ICP-Brasil e transmitido”, aponta a especialista. Segundo ela, os tipos de certificados aceitos são o e-PJ ou e-CNPJ que contenha a mesma base do CNPJ (8 primeiros caracteres) do estabelecimento; o e-PF ou e-CPF do representante legal da empresa no cadastro CNPJ e a pessoa jurídica ou a pessoa física com procuração eletrônica cadastrada no site da RFB, por estabelecimento. “A assinatura digital será verificada quanto a sua existência, prazo e validade para o contribuinte identificado como responsável no arquivo. Podem ser utilizados os diversos tipos de certificados para fazer o envio. Tanto o Sped Fiscal quanto o Sped Contribuições podem ser enviados utilizando e-PJ, e-CNPJ, e-PF, e-CPF, procuração eletrônica repassada a um eCPF ou e-CNPJ”, especifica. Há também o Sped Contábil, conforme Daisy, indicado para o e-CPF do responsável e do contador, assim como o FCONT. Também existem conectividade ICP (CEF) e Nota Fiscal Eletrônica para eCNPJ. Outro tipo é o Sped IRPJ e o Sped Social indicado para e-PJ, e-CNPJ, e-PF,

e-CPF e procuração eletrônica repassada a um e-CPF ou e-CNPJ. As demais obrigações acessórias, como DCTF, DIPJ, DMOB, DACON(LR), RAIS, DMED, são apropriadas para e-PJ, e-CNPJ, e-PF, eCPF, Procuração eletrônica repassada a um e-CPF ou e-CNPJ. A contadora afirma que as empresas optantes pelo Simples Nacional que possuem empregados também estão na obrigatoriedade por força da transmissão das NFe, acesso ao Conectividade-ICP da Caixa Econômica Federal e envio da RAIS Anual. “Por isso, é recomendado que as empresas comerciais, tão logo iniciem suas atividades, façam a compra do Certificado e-CNPJ necessário para a emissão da NF-e. Quando estas optarem pelo regime tributário do lucro real, o empresário responsável deve fazer o certificado e-CPF obrigatório para a entrega do Sped Contábil. Ao contratar empregados, as empresas de serviços e sociedades simples que ainda não têm o e-CNPJ devem fazê-lo para ter acesso aos dados dos seus funcionários”, orienta. De acordo com a tributarista, quando nenhum dos itens acima for necessário, a empresa deve fazer a procuração eletrônica para habilitar seu contador a ter acesso ao serviço e-CAC, no site da Receita Federal, de seus dados cadastrais e entrega das demais obrigações acessórias. A compra pode ser realizada com qualquer empresa certificadora (Serasa, Safeweb, Correios, Sescon, SCPA, etc.). “Todo o processo ao final é simples, mas empresas devem estar atentas às necessidades e às orientações de seu contador/contabilista”, adverte Daisy.

"É recomendado que as empresas comerciais, tão logo iniciem suas atividades, façam a compra do e-CNPJ necessário para a emissão da NF-e. A assinatura digital será verificada quanto a existência, prazo e validade."

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VENDAS

Calculando o custo das mercadorias Divulgação

Nessa edição, a Revista Asdap dá prosseguimento à série de matérias sobre formação de preços de venda, com o economista Alfredo Bischoff. O cálculo do custo das mercadorias será o tema desta editoria. Segundo Bischoff, o conceito de custo da mercadoria compreende o valor da mercadoria em si, mais os acréscimos referentes a impostos, fretes e todas as despesas diretas para colocar o produto na prateleira da empresa compradora, deduzindo-se os impostos recuperáveis estes são deduzidos do preço de compra para cálculo do custo porque, realmente, são aproveitados para deduzir do valor da guia do imposto a pagar ou para ser abatido no cálculo da substituição tributária (no caso do ICMS). "Vamos revisar o conceito de custo da mercadoria da matéria da edição anterior comparativamente ao conceito de preço de compra. O preço de compra é o constante da lista de preços do fornecedor e em geral não contempla descontos, impostos ou acréscimos como as despesas com frete", indica Bischoff. Segundo ele, o custo da mercadoria é calculado a partir do seu preço de compra, sendo considerados os impostos pagos e os recuperáveis, as despesas com frete e outras despesas acessórias, que possam existir, além do valor do ICMS-ST (ICMS referente à substituição tributária) pago ao fornecedor junto com a NF de compra ou diretamente à Secretaria da Fazenda da UF de destino. "Por outro lado há o preço de compra bruto e o preço de compra líquido. O preço de compra bruto é o valor constante das tabelas de preços dos fornecedores antes de possíveis descontos que serão concedidos quando da realização da compra. Por sua vez, o preço de compra líquido é calculado a partir do preço de

Para Bischoff, preço de compra não contempla descontos, impostos ou acréscimos

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VENDAS

compra bruto, do qual são deduzidos os descontos (ou desconto) concedidos pelo fornecedor", salienta o economista. Por exemplo: Preço de compra bruto = R$ 1.500,00 Descontos de 6,82% + 10% + 5%. Preço de compra líquido = R$ 1.500,00 - 6,82% - 10% - 5% = R$ 1.195,03 Para obter-se o custo da mercadoria, a partir do preço de compra líquido, conforme o especialista, são somados todos os acréscimos diretos ou por rateio (como veremos adiante) e deduzidos os impostos recuperáveis, quando for o caso. O quadro ao lado exemplifica uma mercadoria não sujeita à substituição tributária do ICMS, cujo preço de compra bruto constante da lista do fornecedor é de R$ 1.500,00 e o mesmo concede descontos de 6,82% + 10% + 5% e é ainda tributado pelo IPI a uma alíquota de 8% e com uma alíquota de ICMS destacada na NF de 12%. O cálculo do custo da mercadoria, neste modelo, é feito somando-se ao valor de compra líquido o valor do IPI (R$ 95,60) e deduzindo-se o ICMS recuperável de R$ 143,40. É o caso da apuração do custo da mercadoria antes do advento do regime de substituição tributária ou, atualmente, para os itens não alcançados por este regime. Com a introdução do regime de substituição tributária do ICMS, este imposto que antes era apurado e pago quando da venda dos produtos, passou a ser pago antecipadamente a esse fato, ao fornecedor, junto com a nota fiscal de compra das mercadorias ou através de guia própria para arrecadar o valor referente à substituição tributária. "Utilizando o mesmo exemplo do preço de compra líquido de R$ 1.195,03 e as mesmas alíquotas de ICMS e IPI, vamos agora calcular o custo, se a mercadoria estivesse sujeita ao regime de substituição tributária do ICMS. Vamos considerar inicialmente que a mercadoria seja adquirida de dentro do RS e que a MVA (margem de valor agregado) seja de 59,6%", explica Bischoff.

A

B

1

PREÇO DE COMPRA BRUTO

1.500,00

2

(-) Desconto de 6,82%

- 102,30

3

(-) Desconto de 10%

4

(-) Desconto de 5%

5

PREÇO DE COMPRA LÍQUIDO

1.195,03

6

ICMS destacado na NF de 12%

143,40

7

IPI de 8% sobre o produto

8

CUSTO DO PRODUTO

1º Passo: calcula-se o IPI e soma-se ao preço líquido de compra para obter o valor-base sobre o qual incidirá a MVA. Caso houvesse despesas com frete, estas também seriam incluídas nesse valor-base. No exemplo, soma-se 8% ao valor de R$ 1.195,03. Valor-base = R$ 1.195,03 x 1,08 = R$ 1.290,63 2º Passo: aplica-se a MVA sobre o valor-base calculado acima, encontrando a base para cálculo do ICMS-ST. Base para ST = R$ 1.290,63 x 1,596 = R$ 2.059,85 3º Passo: calcula-se o ICMS bruto sobre a base para ST aplicando a alíquota de ICMS de destino (local onde está chegando ou chegará a mercadoria) sobre a base para ST.

- 139, 77 - 62,90

95,60 1.147,23

ICMS sobre a base para ST = R$ 2.059,85 x 0,17 = R$ 350,17 4º Passo: Calcula-se o valor do ICMS destacado na NF de compra. ICMS destacado = R$ 1.195,03 x 0,12 = R$ 143,40 5º Passo: Calcula-se o valor da ST (substituição tributária do ICMS). Valor da ST = R$ 350,17 - R$ 143,40 = R$ 206,77 6º Passo: Calcula-se o custo da mercadoria. Custo da mercadoria = valor do produto + IPI + ICMS ST Custo da mercadoria = R$ 1.195,00 + R$ 95,60 + R$ 206,77 = R$ 1.497,40 O cálculo é demonstrado no quadro a seguir:

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VENDAS

A

B

1

PREÇO DE COMPRA BRUTO

1.500,00

2

(-) Desconto de 6,82%

- 102,30

3

(-) Desconto de 10%

4

(-) Desconto de 5%

5

PREÇO DE COMPRA LÍQUIDO

1.195,03

6

ICMS destacado na NF de 12%

143,40

7

IPI de 8% sobre o produto

8

PRODUTO + IPI

1.290,63

9

Base de cálculo para a ST

2.059,85

10

ICMS sobre a base para ST

350,17

11

Valor da ST

206,77

12

CUSTO DO PRODUTO

"O cálculo do custo da mercadoria vendida, se for feito de forma errônea, acaba refletindo no preço de venda, na análise de margens, na apuração do custo das mercadorias vendidas (CMV) e também de impostos sobre o lucro real"

- 139, 77 - 62,90

95,60

1.497,40 O economista chama a atenção dos empresários e gestores para o cálculo do custo do produto quando em uma mesma NF aparecem itens sujeitos e itens não sujeitos à substituição tributária do ICMS, itens importados e itens de origem nacional, itens com e sem IPI ou com alíquotas diferenciadas, itens com MVAs diferentes e outras particularidades. "Temos visto alguns sistemas de informática fazer 'rateios' (distribuições proporcionais para todos os itens) de valores que se referem a apenas um ou alguns itens da NF. Esse erro faz com que alguns itens fiquem com seus custos maiores e outros, menores. Daqueles itens que ficaram com custos menores, serão calculados, possivelmente, preços menores. Daqueles itens em que foram calculados custos maiores, serão, também possivelmente, calculados preços maiores. Sobre estes últimos, talvez a empresa tenha que dar descontos para se adequar ao mercado. Em resumo: o cálculo de custos errados pode ocasionar perdas significativas para a empresa", destaca. Com o advento do regime de substituição tributária do ICMS, o custo nominal das mercadorias alcançadas por este regime aumentou, de acordo com Bischoff. Isso não quer dizer que houve obrigatoriamente perdas para as empresas no

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que se refere à margem bruta com a venda da mercadoria. As perdas ou ganhos irão depender da comparação da MVA utilizada para o cálculo do ICMS com o mark-up prático da empresa (margem bruta aplicada sobre o preço de compra para calcular o preço). Para proporcionar essa comparação, o mark-up deve ser aplicado sobre a mesma base que a MVA. Dependerá também de como ficaram os preços no mercado após o advento do regime de ST. "Nos casos em que houve perdas (o mark-up é menor que a MVA) e a empresa conseguiu repassar isso nos seus preços, não houve perdas. Nos casos em que não conseguiu, houve. Por outro lado, há casos em que houve ganhos (nos casos de mark-up maior que a MVA utilizada)", especifica. Outro fator a observar nos cálculos de custo das mercadorias é a tributação pelo PIS e pela COFINS (ou pelo PIS/Cofins como se costuma dizer). Quando o item é sujeito à tributação de PIS/Cofins e a empresa é tributada pelo sistema de lucro real, deve ser descontado do custo da mercadoria o crédito de PIS/Cofins, que, por sua vez, será calculado sobre o preço de venda, posteriormente, para apurar o valor a pagar. Quando a empresa compradora é tributada pelos regimes de lucro presumido ou simples nacional, não se credita de PIS/Cofins. "Na próxima matéria, na qual será abordado o cálculo do preço de venda, veremos como funciona a tributação de PIS/Cofins sobre as vendas nesses três sistemas de tributação (real, presumido e simples)", adianta o economista. O cálculo correto do custo da mercadoria vendida é muito importante, segundo Bischoff, pois, quando feito de forma errônea, repercute no cálculo do preço de venda, na análise de margens, na apuração do CMV (custo das mercadorias vendidas) e também na apuração de impostos sobre o lucro real. "É importante o empresário se reunir com seu contador e com o desenvolvedor de seu sistema de informática para conferir os cálculos de custos, verificando se estão sendo seguidos os critérios adequados e se o sistema o está calculando de forma correta", aconselha.



ESPECIAL

Importância do distribuidor vai alÊm de levar o produto do fabricante ao lojista


N

o mercado de autopeças, os distribuidores têm uma função fundamental: são responsáveis por levar os produtos da indústria para os varejistas. Mas esta definição é apenas um resumo das atribuições deste elo da cadeia automotiva. Além de comprar das fábricas e oportunizar aos varejistas a aquisição de mercadorias com bons preços, independente da quantidade desejada pela loja, o distribuidor evita o desabastecimento do mercado, pois estoca os produtos em grandes quantidades, o que seria inviável para o varejo, pois as lojas não teriam espaço para isso. "Não é possível termos estoque de alguns tipos de produtos, entre outras razões, por falta de ter onde colocar o material. Se fosse feita a compra direta com as fábricas, seria

mais difícil, porque se não vendesse o produto, ficaria estocado e seria prejuízo. Por isso, precisamos deles sempre", explica Rogério Pacheco, gerente da Dolby Som, de Porto Alegre, que há 23 anos oferece aos clientes películas, som, alarmes, acessórios, vidros e travas das mais variadas marcas. O gerente da Dolby também destaca o fato de o distribuidor agilizar o processo na hora da compra, o que é de suma importância no mercado de autopeças, em função da necessidade dos reparadores de ter os itens à mão o mais breve possível. Para atender à necessidade de crescente diversificação dos produtos oferecidos pelas autopeças, as empresas de distribuição têm feito grandes investimentos na especialização de atendimento, em logística e amplo portfólio de produtos. Tudo isso

para oferecer ao mercado automotivo um abastecimento com a máxima rapidez e a qualidade necessária. "Atualmente, a maioria dos distribuidores são nacionais, possuem dezenas de filiais em todo Brasil e consolidam de maneira inteligente suas compras através da matriz. A existência deles é de extrema importância para a comercialização de nossos produtos, pois sem eles os produtos não chegariam ao consumidor final", destaca Mariangela Fratta, gerente Executiva de Vendas e Marketing para Reposição da Arteb, empresa que sediada em São Paulo que tem 79 anos atuação e atende praticamente todas as montadoras instaladas no Brasil, sendo reconhecida em todo o mundo por sua história de constante inovação no desenvolvimento e produção de sistemas de iluminação para o setor automotivo.

Distribuidor favorece o atendimento em todas as regiões do país Outro fator que demonstra a importância da distribuição na cadeia automotiva é a retirada de obrigação do varejista de ter elevado capital de giro, o que seria uma necessidade caso este tivesse que comprar mercadorias de valor elevado em grande quantidade. Sem o distribuidor, não haveria espaço para as pequenas empresas no mercado de autopeças, pois os valores necessários para atender à clientela de forma eficiência seriam muito elevados, devido à grande variedade de marcas e modelos. Paralelamente, as autopeças e as fábricas precisariam ter um canal direto, o que poderia ser inviável em função da quantidade mínima de produtos necessária para que a indústria faça a venda. "Sem a figura do distribuidor, acreditamos que seria mais difícil chegar às regiões menores e fracionar a venda e entrega de produtos. A indústria, de um modo geral, trabalha com volume mínimo de negócios, o que inviabiliza o relacionamento direto com o pequeno comprador, tanto em questões financeiras quanto de armazenagem dos produtos", considera Ricardo Leptich,

gerente Nacional de Vendas e Marketing da Divisão de Lâmpadas Automotivas e Especiais da Osram, uma das duas principais fabricantes de luz do mundo, com mais de 100 anos de fundação e contando em seu portfólio com componentes de engrenagens eletrônicos de controle, luminárias completas, sistemas de gerenciamento de luz e soluções de iluminação, entre outros. Leptich identifica ainda como importante a questão da regionalização, pois "um dos segredos do sucesso é identificar as necessidades de cada mercado". Neste sentido, Mariangela Fratta, da Arteb, acredita que o mercado não seria tão bem atendido regionalmente sem a figura do distribuidor: "Sua existência e participação são fundamentais, pois são os respon-

sáveis pela distribuição de todas as peças de reposição no mercado. Os distribuidores possuem uma capacidade de alcance geográfico superior às concessionárias, além de trazer competitividade e diversidade a cada linha de produto para o consumidor final", enfatiza.

Revista Asdap l Julho/Agosto 2013 l Ano 1 l Número 5 - 21


ESPECIAL

Funções do distribuidor vão além do abastecimento Se a indústria percebe a atuação dos distribuidores como os responsáveis pelo atendimento qualificado em todo o país, o varejo valoriza o outro aspecto do trabalho deste elo da cadeia automotiva. Para Fausto Lemmertz, proprietário da BL Auto Peças, cuja empresa mãe presta serviços em soluções automotivas desde 1964 e está há 17 anos no mercado de peças automotivas para veículos nacionais e importados da categoria leve - como frisos, acessórios, lanternas, lâmpadas, faróis, sinaleiras, lataria, parachoques, tapetes e peças de mecânica -, com atendimento em suas lojas próprias nas cidades gaúchas de Novo Hamburgo (3 unidades), Ivoti e Dois Irmãos e também em suas duas franquias, uma em Sapiranga e outra em Parobé, o distribuidor evita o desabastecimento do mercado e a deficiência de atendimento, impedindo o desgaste na relação da indústria e do varejo. Mas, o proprietário da BL considera que sua atuação deve ir muito além de oferecer diversidade de estoque, o que, sem dúvida, é fundamental. Para ele, os distribuidores devem oferecer outras vantagens para se tornarem parceiros de toda a hora

das autopeças: "Os verdadeiros parceiros de mão cheia são aqueles que oferecem, também, disponibilidade, proximidade na relação, flexibilidade na negociação, agilidade... As parcerias de mão dupla, nas quais um respeita o outro, têm sido muito boas, pois estas crescem muito". Lemmertz explica que "o distribuidor é de total importância quando não faz varejo, pois, quando o distribuidor se desvia de sua função, é ruim para toda a cadeia. Felizmente, na loja, nós temos verdadeiros parceiros". Em relação ao atendimento das necessidades do mercado de autopeças, o responsável pela BL Auto Peças considera que no Rio Grande do Sul os distribuidores estão realizando um trabalho qualificado, mas que há algumas deficiências pontuais em alguns segmentos que ainda precisam de mais empresas de distribuição parceiras do varejo. "Temos dificuldade de encontrar parceiros de mão dupla nas áreas de lataria (funilaria e pintura), para-choques e iluminações, borracha e guarnições, por exemplo. Nestes segmentos, os que podemos contar atendem em torno de 30% da necessidade do mercado", destaca. André Kotoman

Investimentos constantes são feitos em atendimento e logística 22 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2013 l Ano 1 l Número 5

Cursos aproximam os elos da cadeia Uma das funções do distribuidor que não fica tão evidente é fazer a ponte entre a indústria e o varejo para a realização de cursos de especialização, o que cada vez se torna mais importante quando o mercado exige um profissional que esteja em constante capacitação. Apesar de considerar que deveriam ser realizadas mais palestras e cursos, Fausto Lemmertz, da BL Auto Peças, considera que, além de oportunizar conhecimentos fundamentais para o varejo executar sua função, a informação, a qualificação e o treinamento oportunizados pelas fábricas, por meio dos distribuidores, fortalece a ligação entre os elos, evitando que se vejam com concorrentes e passem a desenvolver, cada vez mais, parcerias fortes.



ESPECIAL

Distribuidores são braços da indústria Divulgação/Arteb

Além de serem essenciais para suprir toda a cadeia automotiva, os distribuidores também são fundamentais para o bom relacionamento com o público final dos produtos da indústria e para potencializar os resultados dos canais de venda. "São eles quem representam nosso portfólio de atuação global em determinadas regiões com peculiaridades e necessidades diferentes. Em suma, podemos dizer que os distribuidores são a ponte de ligação entre a indústria, os pequenos varejistas, atacadistas e, consequentemente, consumidor final. Prova disso, hoje, possuímos esses canais de venda em todos os estados do país, espalhados em diversas cidades", explica Ricardo Leptich ao destacar que a Osram "preza pelo bom relacionamento com seus distribuidores e os enxerga como

um braço da empresa integrado aos processos e estratégias da companhia". O executivo observa, também, que "sem a figura do distribuidor, seria mais difícil chegar às regiões menores e fracionar a venda e entrega de produtos". Mariangela Fratta também valoriza o bom relacionamento com os distribuidores e os considera de vital importância que os consumidores recebam os produtos de alta tecnologia produzidos pela Arteb através de seus parceiros, pois é uma das formas de comercializar o mix da fábrica em todos os pontos de venda: "Nossa relação com os distribuidores é ótima, saudável, transparente e justa. Os benefícios de comercializar com os distribuidores são diretamente relacionados à venda que fazemos", explica.

“Nossa relação com os distribuidores é transparente e justa”, declara Mariangela

Divulgação/Osram

Ricardo Leptich, da Osram, lembra ainda os benefícios mais diretos aos pequenos varejistas e atacadistas, que se tornam evidentes nesse ciclo, como, por exemplo, controle facilitado de estoque, rápida reposição de produtos e formas de pagamento variadas. Por isso, "manter essa boa relação nos rende ótimos resultados não apenas em números, mas também em credibilidade e confiança do consumidor, pois nossos produtos são encontrados em diversos pontos de venda pelo país com facilidade".

“Eles são a ponte de ligação entre a indústria, os pequenos varejistas, atacadistas e, consequentemente, consumidor final”, aponta Leptich ○

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LEGISLAÇÃO

Unificação interestadual do ICMS contra a guerra fiscal Alina Souza/Especial Palácio Piratini

A unificação das alíquotas interestaduais do ICMS em 4%, de forma gradual, até 2021, em operações com mercadorias importadas tem levantado questionamentos e expectativas, já que a questão ainda não se definiu totalmente. A tramitação do projeto no Senado bate de frente com a vontade do governo federal de não deixar passar as alterações feitas pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, que mantêm os 12% para a Zona Franca de Manaus e estabelece a alíquota de 7% para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o estado do Espírito Santo. Em relação ao Rio Grande do Sul, hoje existe uma instabilidade jurídica generalizada nas empresas e empresários em função destas indefinições, o que prejudica investimentos em todo o país e, consequentemente, prejudica a economia como um todo, na opinião do sub-secretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira. "Nossa posição é de que o fim da guerra fiscal e beneficiará todo o país, inclusive o RS. Assim, o reestabelecimento da normalidade promoverá o crescimento econômico e beneficiará o Estado e a sociedade gaúcha", salienta. Segundo ele, a unificação da alíquota interestadual em 4% tem o objetivo fundamental de transformar gradativamente o ICMS em um imposto mais voltado para a tributação sobre o consumo, diminuindo a parcela sobre a produção. "Com a concentração da arrecadação no consumo, mitiga-se os efeitos do que se convencionou chamar de guerra fiscal, ou seja a concessão de benefícios fiscais para atração ou manutenção de empresas, normalmente do setor industrial, mas também existiam vários benefícios concedidos para empresas com operações comerciais ou de importação", considera Pereira. "Com a unificação das alíquotas em 4%, gradativamente as operações interestaduais que são tributadas a 12% - no caso de uma operação do RS para SP, por exem-

plo -, serão tributadas com base em uma alíquota de 4%, ficando a diferença para o estado de destino, ou seja, para o estado consumidor das mercadorias", explica o sub-secretário. Pereira acredita que, com a unificação do imposto, todos os setores serão beneficiados - indústria, atacado e comércio , pois esses segmentos estão sendo prejudicados com a guerra fiscal. "No RS, por exemplo, tivemos que, nos últimos tempos, desenvolver medidas para proteção de vários setores, inclusive relacionadas ao comércio, como foi o caso das alterações tributárias feitas para o setor atacadista", aponta. "Ganham todos os setores, especialmente por criarmos um ambiente concorrencial em que todos terão as mesmas condições e o fator tributário não criará artificialmente uma vantagem competitiva diferenciada para as empresas", conclui.

A legislação Em 26 de abril de 2012, foi publicada a Resolução nº 13 do Senado Federal, que reduziu para 4%, a partir de 01/01/2013, a alíquota do ICMS incidente nas operações interestaduais com produtos importados. De acordo com a Resolução, será de 4% a alíquota do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro, não tenham sido submetidos a processo de industrialização ou, ainda que submetidos a qualquer processo de industrialização, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40%. Não será aplicada a alíquota de 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Con-

“Fim da guerra fiscal beneficiará todo o país”, aponta Pereira teúdo de Importação inferior a 40%. Também não se aplica a lei aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) Resolução 79/2012; aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos básicos (Decreto-Lei 288/67ZFM, Lei 8.248/91 - Informática e Automação e Lei 11.484/2007 - PADIS/PATVD e respectivas atualizações) e às operações que destinem gás natural importado do exterior a outros estados. É obrigatório o preenchimento da FCI quando o Conteúdo de Importação for menor que 40%. Todos os contribuintes que realizem operações interestaduais com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização no seu estabelecimento deverão preencher a Ficha de Conteúdo de Importação - FCI, independentemente do Conteúdo de Importação apurado.

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FORMAÇÃO

Qualificação urgente: mercado exige profissionais treinados Fotos André Kotoman

Hoje, a falta de mão de obra especializada em diversos segmentos, entre os quais o varejo não é exceção, faz com que os colaboradores das empresas, muitas vezes, não tenham as competências necessárias para as suas funções devidamente desenvolvidas, o que acarreta em falha no atendimento e, consequentemente, insatisfação do cliente. O perfeito atendimento com profissional bem treinado e com bom conhecimento no contexto de suas atividades é o caminho para a fidelização do cliente, que, uma vez satisfeito, traz outros novos clientes. A opinião do gerente de Novos Negócios do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), de São Paulo, Alexandre Xavier, faz parte de uma constatação geral do segmento que evidencia a necessidade urgente de capacitação dos profissionais do setor. E, buscando soluções imediatas para essa deficiência, o mercado oferece diversos cursos e treinamentos, que também irão colaborar para que o funcionário estimule-se a ficar na empresa. Segundo Xavier, a participação e a permanência do funcionário estão ligadas a vários fatores, desde ambiente de trabalho, reconhecimento, treinamento a ferramenta de gestão para exercer a função, salário, entre outros fatores. “O investimento em treinamento em qualquer atividade é o mínimo que o empresário deve fazer visando ao aprimoramento profissional nas funções das atividades para as quais o funcionário foi contratado”, relaciona. De acordo com o gerente do IQA, muitas vezes o empresário preocupa-se com o investimento em qualificação de funcionários pelo eventual aumento no risco de perda do profissional para o mercado. “Mas o não investimento em treinamento incorre no risco da perda de muitos clientes devido ao mau atendimento. Daí a importância do empresário considerar adequadamente as duas situações”, ressalta. Xavier salienta os temas mais abordados nos cursos do Instituto. “Todos os conhecimentos necessários para implantação e manutenção de um sistema de ges-

O Senai Automotivo oferece diversos cursos de qualificação profissional no RS tão da qualidade em varejo de autopeças são abordados em treinamentos: atendimento, tratamento de reclamações, gestão de estoque, retenção e motivação de equipe, entre outros”, enumera. Segundo ele, há abordagens mais procuradas pelo segmento atualmente. “Para distribuição de autopeças (distribuidores

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e varejo), o tema de maior interesse é o curso 'Marketing e Vendas'. Em paralelo, '5S e Housekeeping' (prática básica para qualquer sistema de gestão da qualidade) também é buscado pelo setor e há ainda aumento crescente do interesse em 'Legislação e Aspectos Ambientais'”, destaca o executivo.


Rio Grande do Sul com boa oferta de cursos A Escola de Educação Profissional Senai Automotivo, de Porto Alegre, mantém parceria de cooperação técnica com as principais montadoras e empresas produtoras de componentes automotivos como uma base de informações para os cursos direcionados aos profissionais da área. A cooperação proporciona que a instituição receba veículos, motores, transmissões e outros componentes automotivos utilizados para o desenvolvimento dos treinamentos. O Senai Automotivo possui 13 salas de aula, sete módulos-oficinas, oficina de chapeação e pintura, biblioteca e videoteca. Os cursos têm carga horária que vai de 15 a 2.000 horas/aula. Em Porto Alegre o Senai oferece o curso de iniciação em Funilaria Automotiva Leve - Martelinho de Ouro e as qualificações: Básica de Mecânico de Manutenção Automotiva, Funilaria - Chapeação Básica, Manutenção em Sistemas Eletroeletrônicos Automotivos, Mecânica de Motocicletas, Mecânico em Manutenção Diesel, Noções de Climatizador Automotivo, Repintura Automotiva, Suspensão e Geometria e Técnico em Manutenção Automotiva. Os aperfeiçoamentos são Injeção Eletrônica Automotiva e Injeção Eletrônica Programável Fuel Tech. As capacitações na Região Metropolitana e no interior do Estado estão especificadas na tabela ao lado. Em Caxias do Sul, os cursos de iniciação disponíveis para o público são Aplicação de Película Automotiva para controle Solar, Condicionador de Ar Automotivo, Eletricidade Automotiva, Instalação de Alarme, Trava e Vidro Elétrico Automotivo, Instalação de Película Automotiva, Instalação de Som Automotivo, Funilaria Automotiva Leve - Martelinho de Ouro, Mecânica de Motocicletas (básico), Mecânica Preventiva Automotiva para Mulheres, Polimento Espelhamento Automotivo e Suspensão, Geometria, Freios e Rodas Automotivo (básico). As qualificações passam pela Manuten-

Região Metropolitana e interior do Estado Alegrete - Básico de Injeção Eletrônica Antônio Prado - Instalação de Alarme, Vidro e Trava (básico) Bento Gonçalves - Eletricidade (básico) e Instalação de Película Automotiva Cachoeira do Sul - Injeção Eletrônica (aperfeiçoamento) Campo Bom - Funilaria Automotiva Leve Canoas - Mecânica de Manutenção Diesel Carazinho - Eletricidade de Automóveis e Injeção Eletrônica (básico) Cruz Alta - Eletricidade e Injeção Eletrônica Automotiva Dom Pedrito - Mecânica de Automóveis Erechim - Eletricidade Automotiva Frederico Westphalen - Mecânica de Motocicletas Guaporé - Eletricidade Automotiva Ijuí - Eletricidade e Injeção Eletrônica Automotiva (básico) Itaqui - Mecânica a Diesel (básico) Lajeado - Eletricidade Automotiva Marau - Instalação de Som, Alarme e Película Automotiva (básico) Nova Prata - Aplicação de Película Automotiva para Controle Solar Passo Fundo - Instalação de Som, Alarme e Película Automotiva (básico) Pelotas - Eletricidade de Veículos Automotores Rosário do Sul - Mecânica de Automóveis Santa Maria - Mecânica de Automóveis a Álcool e a Gasolina Santa Rosa - Injeção Eletrônica (aperfeiçoamento) Santana do Livramento - Mecânica de Motos (básico) Santiago - Eletricidade Automotiva Santo Ângelo - Eletricidade Automotiva (básico) São Borja - Mecânica de Motores e Injeção Eletrônica (básico) São Leopoldo - Eletricidade Automotiva São Marcos - Instalação de Alarme, Trava e Vidro Elétrico Automotivo Sapiranga - Mecânica de Automóveis (básico) Uruguaiana - Mecânica de Motores a Diesel Vacaria - Eletricidade Automotiva Veranópolis - Eletricidade Automotiva ção de Motores a Álcool e a Gasolina e pela Manutenção de Motores a Diesel. Os aperfeiçoamentos são: Eletrônica Automotiva, Geometria Avançada, Injeção Eletrônica para Motocicleta, Mecânica Avançada de Motocicleta, Motor Diesel Eletrônico, Multímetro Automotivo e Injeção Eletrônica e Multiteste e Injeção Eletrônica Automotiva. Há ainda o curso Técnico em Manutenção Automotiva. Revista Asdap l Julho/Agosto 2013 l Ano 1 l Número 5 - 27


Divulgação

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Klüber tem nova estrutura de marketing

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A RP Fabiana Maciel assumiu a coordenação de marketing como correntes, engrenagens, barramentos, contatos elétricos, rolamentos, válvulas, sistemas pneumáticos e hidráulicos. A empresa fornece graxas e óleos (sintéticos e minerais) para uma ampla gama de indústrias: automotiva, rolamentos, têxtil, siderúrgica, madeira, papel, bionergia, energia eólica, alimentícia, fabricantes de equipamentos, mineração e cimento.

A Klüber Lubrication anuncia a formatação de uma nova estrutura de marketing para a América do Sul, onde possui unidades industriais no Brasil (Alphaville, Barueri, SP), na Argentina e no Chile. Sob a liderança do gerente de vendas, marketing e engenharia de aplicação, Jorge Efrain Rey de Oliveira, a empresa informa a contratação da relações públicas Fabiana Maciel para a coordenação de marketing. A missão da equipe, segundo Oliveira, é fortalecer a imagem dos pontos fortes da companhia, como o atendimento personalizado, a preocupação com a máxima qualidade dos produtos desenvolvidos, produzidos e fornecidos, o foco contínuo no desenvolvimento de soluções inovadoras, de alta tecnologia e o respeito às pessoas (clientes, fornecedores, colaboradores e comunidade). A Klüber, empresa de origem alemã presente em mais de 60 países, fornece soluções em lubrificação para assegurar o perfeito funcionamento e a preservação de elementos mecânicos de equipamentos para atividades industriais,

A DHB Indústria e Comércio, fabricante de componentes automotivos, associou-se à indiana RSB Transmissions, o que resultará na DHB Global Sistemas Automotivos SA, com o controle estrangeiro de 58% do capital. Conforme comunicado assinado pelo diretor de relações com investidores da DHB, Paulo Gilberto Fernandes Tigre, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), o negócio surge do interesse do grupo indiano de ingressar no mercado automotivo brasileiro. A combinação das partes permitirá elevar o volume de negócios e a presença global das empresas. Não se sabe se a RSB Transmissions assumirá a maior parte do negócio atual da DHB, com unidade em Porto Alegre, ou se haverá novos investimentos. A joint venture está entre as controladas dos dois grupos, a DHB Componentes Automotivos e a RSB Brazil Holding Ltda.

Indiana RSB Transmissions tem o controle da DHB

PANORAMA

Perfect é Empresa Amiga da Oficina A Perfect Peças Automotivas fechou parceria com o programa “Empresa Amiga da Oficina”, que foi criado para as empresas que trabalham em prol da melhoria contínua do setor de reparações de veículos. A iniciativa é do Sindirepa-SP, entidade que representa quase 15 mil oficinas. Criado em 2010, o projeto visa

melhorar a capacitação dos profissionais da reparação de veículos, levando conhecimento técnico aos reparadores, através de empresas participantes que contribuem com informações técnicas para a atualização do banco de dados da entidade, o Centro de Documentação e Informações (CDI). Divulgação

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SPAAL recebe prêmio da Cummins Na IX Conferência Nacional de Fornecedores da Cummins Brasil, a empresa apresentou a retrospectiva e dados confirmando sua consolidada presença de maior fabricante independente de motores diesel no país, os desafios que se apresentam com a adequação dos fabricantes de veículos à fase de motores com tecnologia “Euro 5” e a perspectiva de retomada de crescimento para 2013. A SPAAL, vencedora na categoria de Vedações e Estampados, e mais seis fornecedores, em outras categorias, foram os premiados. A Diretoria da Cummins, representada por Antonio Zanardo, entregou o prêmio à SPAAL por meio do engenheiro Daniel Pimenta Arroyo, que representou a diretoria da fabricante.


PANORAMA

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da qualidade de vida dos profissionais da estrada. A Feira do Carreteiro acontece anualmente e oferece uma programação extensa, com palestras técnicas, cursos profissionalizantes, truck-test, truckservice, sala do motorista, entre outras atrações que visam também ao lazer e à interação com a família, como salão da criança, shows musicais e a tradicional Romaria de São Cristóvão e Nossa Senhora da Aparecida.

A KS já está comercializando, para todo o mercado nacional de reposição, as bombas de óleo e de água dos motores Volvo D13A utilizados nos modelos FH400 (400 cv), FM400 (400 cv), FH 440 (440 cv), FM 440 (440 cv), FH 480 (480 cv), FM 480 (480 cv) e FH 520 (520 cv). A bomba de óleo KS é comercializada com o código 7.29532.03.0 e a bomba de água com o código 7.03394.06.0 Os produtos da marca KS são comercializados no mercado brasileiro de reposição pela MS Motor Service Brasil, divisão do Grupo KSPG AG responsável pelas atividades de vendas e prestação de serviços para o aftermarket.

A Ecoturbo Biagio apresentou na 34ª Feira do Carreteiro, que ocorreu em São Paulo de 10 a 13 de julho, alguns modelos de produtos das linhas Econômica e Ecológica. Os equipamentos proporcionam maior torque em baixas rotações, menos troca de marchas, redução no consumo de combustível em até 12% e redução de emissões em até 50%, o que aumenta o desempenho e a vida útil do motor. A empresa ministrou diariamente palestras técnicas e instrutivas abordando manutenção preventiva e vantagens do Ecoturbo. As orientações passadas por técnicos da fábrica abordaram assuntos pertinentes ao estilo de vida do carreteiro e também como os equipamentos podem contribuir na melhora

Ecoturbo Biagio participa da Feira do Carreteiro em São Paulo

Bombas de água e óleo para motores volvo

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Sustentabilidade, Gestão de Mercado, Gestão de Negócios, Manufatura e Supply Chain e Gestão de Pessoas. Entre os objetivos do Instituto estão desenvolvimento de competências e complementação da formação de gestores, especialistas e outros profissionais da cadeia automotiva. A entidade pretende ser um centro de referência capaz de transformar conhecimento em resultados para o negócio e fortalecer o conhecimento e a modernização da gestão nas pequenas e médias empresas.

O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) apresentou em junho ao mercado o Instituto Sindipeças de Educação Corporativa. A iniciativa representa novo passo para capacitar profissionais do setor de autopeças, oferecendo cursos, de curta e longa duração, e palestras para elevar a competitividade e a sustentabilidade das empresas. O novo formato para as tradicionais ações de educação corporativa do Sindipeças divide-se em cinco escolas: Inovação e

Mercado ganha Instituto Sindipeças de Educação Corporativa

Divulgação/KS

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AGENDA

VUC Expo 2013 Salão Internacional de Veículos Urbanos de Carga, de 17 a 19 de setembro, no Expocenter Zona Norte, São Paulo.

Salão Duas Rodas 12º Salão Internacional de Motocicletas, Peças, Equipamentos e Acessórios, de 8 a 13 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, São Paulo. Evento reúne expositores do segmento como Motocicletas, scooters, motociclos, bicicletas elétricas, equipamentos, acessórios, óleos e lubrificantes, além de publicações e serviços especializados. O Salão é ponto de encontro também para associações, empresários, pilotos, órgãos governamentais, compradores e fornecedores. Divulgação/kawasaki

Simpósios SAE Brasil Além dos temas Operações de Excelência e Robótica, que entram na agenda de simpósios da SAE Brasil no segundo semestre de 2013, a Associação promoverá outros 14 encontros técnicos nos próximos seis meses que serão realizados pelas dez seções regionais, localizadas em polos desenvolvedores de tecnologia do país - São Paulo, São Carlos/Piracicaba, São José dos Campos, Campinas, Rio de Janeiro, Minas, Bahia, Paraná/Santa Catarina, Porto Alegre e Caxias do Sul. ”Acreditamos que os objetivos finais do desenvolvimento científico e tecnológico são pautados e delimitados pelas realidades econômica, social e política. Daí os simpósios da SAE Brasil oferecerem oportunidades para debates técnicos conectados com as demandas da sociedade”, afirma o presidente da associação, engenheiro Ricardo Reimer. Confira abaixo o calendário completo dos eventos: Agosto 12 e 13 – Simpósio de Powertrain – Sorocaba (SP) 20 – Simpósio de Manufatura e Logística - Bahia 21 - Simpósio de Gestão do Conhecimento - São José dos Campos (SP) 28 – Fórum de Tecnologia de Motores Diesel – Curitiba (PR) 29 - Simpósio de Manufatura – Minas Gerais 29 - Simpósio de Máquinas Agrícolas – Porto Alegre (RS) Setembro 6 – Simpósio de Operações de Excelência – Rio de Janeiro 10 – Simpósio de Manufatura – Caxias do Sul (RS) 10 - Fórum de Tecnologia em Meio Ambiente – Bahia 16 - Simpósio de Testes e Simulações – São Paulo 26 – Fórum de Off Road – Minas Gerais Outubro 17– Simpósio de Robótica – Rio de Janeiro 23 – Simpósio de Manufatura Sustentável - São José dos Campos (SP) Novembro 7 – Simpósio de Tendências - Minas Gerais 11 – Simpósio Veículos Elétricos e Híbridos – São Paulo 12 – Fórum de Mobilidade Urbana – Curitiba (PR)

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Autoparts 6ª Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços De 6 a 19 de outubro Na Fiergs, Porto Alegre. 30 - Revista Asdap l Julho/Agosto 2013 l Ano 1 l Número 5




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