Revista Asdap Ed. 01 Nov_Dez 2012

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Investimento e profissionalização para conquistar o futuro

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Tecnologia ........................................................................ 11 Mercado .......................................................................... 16 Especial .......................................................................... 18

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Seções

Gestão ............................................................................ 24 Ferramentas .................................................................... 27

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Meio Ambiente ............................................................... 28 Panorama ...................................................................... 29

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As matérias assinadas da edição são de inteira responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução total ou parcial dos textos sem autorização do veículo ou autor. O conteúdo dos anúncios é de inteira responsabilidade das empresas ou criadores que os publicam.

Editor: Claudio Fontoura Reportagem: Rosangela Groff Planejamento Gráfico: Carlos Rema Revisão: Gustavo Cruz Capa: Felipe Onzi Fotografia: André Kotoman Tiragem: 10 mil exemplares Circulação e Distribuição: Gratuita e circula nos Estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A Revista ASDAP é editada pela empresa Esporte Motor.

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Componentes na reta final de novos quesitos de segurança

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Conselho Editorial Celso Zimmermann, Henrique Steffen, José Alquati e Thiago Alvez

Associação Sul Brasileira dos Distribuidores de Auto Peças (ASDAP) Endereço: Rua Domingos Martins nº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS Site: www.asdap.org E-mails: atendimento@asdap.org executivo@asdap.org Telefone: (51) 3059-8034

Conselheiros Celso Zimmermann (zimmermann@asdap.org) Fernando Bohrer (recove@asdap.org)

Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro (financeiro@asdap.org)

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Flávio Telmo - Diretor Administrativo (administrativo@asdap.org)

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente (vicepresidencia@asdap.org)

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ASDAP comemora uma década priorizando a representatividade

Henrique Steffen - Presidente (presidencia@asdap.org)

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Índice

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Diretoria Executiva

Expediente

4 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1



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ASDAP comemora uma década priorizando a representatividade André Kotoman

ASDAP festeja em 2012 dez anos de fundação estruturando projetos que, entre os objetivos principais, estabelecem o fortalecimento do setor e de sua representatividade no mercado e na atuação junto a empresas, órgãos governamentais e sociedade. Um dos instrumentos para buscar essas metas é a Revista ASDAP, que chega para levar aos clientes dos distribuidores informações que possam contribuir com o seu trabalho. Dentro dos eventos comemorativos do decênio de atuação, um jantar promovido pela ASDAP reúne em 23 de novembro distribuidores e fabricantes, criando laços mais próximos dentro da cadeia produtiva. Em dezembro, o grupo realiza reunião extraordinária para indicar os nomes que deverão concorrer à próxima gestão da entidade. A ASDAP fecha a década de aniversário com uma história de iniciativas, desafios e conquistas e o presidente da associação, Henrique Steffen, também diretor da Giros Peças, faz um balanço da participação no grupo, seu aprendizado e suas expectativas que permearam os cincos anos dentro da instituição e, em especial, 2011 e 2012, enquanto dirigente. Steffen afirma que, acima de tudo, a ASDAP é um lugar onde ele conquistou amigos e cresceu profissionalmente. “Fui convidado a participar dessa mobilização que eu desconhecia. Mas gostei muito do ambiente, das propostas de trabalho e do empenho dos envolvidos”, cita. “Daí em diante, abracei a causa”, reforça Steffen. “Para a gente que é distribuidor é muito bom se relacionar com as empresas no mesmo patamar funcional das atividades que a gente desempenha”, complementa. Ele salienta a efetividade das reuniões, nas quais os profissionais com know how

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Steffen destaca a revista como ferramenta para fortalecer a entidade disponibilizam seus conhecimentos aos empresários associados. “A troca de informação é algo valioso nesses encontros, nos quais conhecemos melhor o mercado e aprendemos com as experiências dos nossos colegas”, indica. “Através desse relacionamento, vemos que os nossos problemas não são só nossos. Outras empresas também passam por isso e muitas já os resolveram e nos indicam as soluções”, reitera.

Novos projetos Esse ano, a associação, sempre focada na questão tributária, também passou a identificar outras ideias a serem discutidas e desenvolvidas, como a representatividade para dar força à ASDAP na defesa de suas propostas. Outra aquisição foi a contratação da Action Result, que assessora a associação em gestão e marketing. Uma das atuações da consultoria é a organização do evento comemorativo anual, em que cada participante escolhe

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“Dentro da associação, vemos que os nossos problemas não são só nossos. Outras empresas também passam por isso e muitas já os resolveram e nos indicam as soluções.”

uma fábrica para ser convidada. Outra ação programada é a participação da ASDAP em feiras e congressos do segmento, assim como o envolvimento em comissões de visitação a empresas. Uma iniciativa para chegar mais perto do distribuidor, muitos deles no Interior do Estado, é a Revista ASDAP. “Vejo, com


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André Kotoman

bom olhos, a publicação, que vai levar o nome da ASDAP mais longe. É um veículo que vai fortalecer a entidade através da sua divulgação. Um ótima oportunidade para que os nossos parceiros conheçam as fábricas e, principalmente, os produtos e as novidades do mercado”, afirma. “Uma aproximação maior com o Sincopeças e o Sindirepa é outra meta que queremos alcançar, assim como um bom relacionamento com órgãos governamentais”, exemplifica. Steffen também ressalta que a ASDAP irá buscar visibilidade por meio de publicidade em mídias impressas e jornais do setor. A inspeção veicular ambiental também preocupa a entidade, assunto que ainda depende de legisladores para obter aprovação. “Não vou negar que tenha o lado comercial, mas os fatores social e ambiental são urgentes. E toda a poluição que atinge as cidades, como Porto Alegre, gera danos à população e despesa para o governo. E isso pode ser atacado de maneira preventiva, com um custo menor e com resultados benéficos para as pessoas e o ambiente”, especifica. Steffen aponta a certificação de peças como um ponto importante para os distribuidores. E chama a atenção uma questão: o estoque. “Como ficam esses produtos não certificados que já estão com os impostos pagos?”, indaga. O dirigente da ASDAP ressalta uma das atividades imediatas. “Queremos atender as principais solicitações dos nossos associados, identificadas em uma pesquisa que realizamos. Entre elas, começar a colocar em prática um programa de treinamento em vendas”, aponta. Outra meta é aumentar o número de associados para dar mais força à entidade, que conta hoje com 30 associados. Steffen acredita na realização de reuniões com empresários de cidades interioranas. “Acho importante ouvir o que eles têm a dizer. Já visitamos vários associados esse ano. E foi bom ver que o objetivo é o mesmo: ajudar a unir o grupo”, frisa. “Queremos criar comissões e entrar pelo RS afora, fazendo o convite corpo a corpo. A nossa classe não tem representatividade, não tem um sindicato específico”, comenta Steffen. “Está na hora de termos o nosso próprio lugar”, encerra.

“Dentro da proposta de buscar mais associados, comissão irá visitar distribuidores no Interior do Estado, ouvindo o que os profissionais têm para dizer à entidade.” Inspeção veicular, certificação de peças e impostos preocupam dirigente

Uma associação idealista que nasceu vencedora

André Kotoman

Em 2002 nascia a Associação Sulbrasileira de Distribuidores de Autopeças, a ASDAP, de uma necessidade de união do segmento no Rio Grande do Sul. Mesmo enfrentando pensamentos contrários à mobilização, considerada por alguns como uma ação inviável entre concorrentes, Ricardo Krolikowski e os empresários Celso Zimermann e Fernando Bohrer, hoje conselheiros da entidade, formaram uma frente de combate a questões fiscais que atingiam os distribuidores no estado. O resultado evidenciou a representatividade junto ao governo estadual e um fortalecimento para o grupo que reunia em torno de 12 distribuidores. Engenheiro agrônomo, mas com raízes familiares na área automotiva, e sócio-diretor da RKL, em Porto Alegre, Krolikowski nunca desistiu de sua meta de ter voz diante das autoridades e buscar soluções que beneficiassem os distribuidores. “O que nos motivou foi a dor comum, a questão fiscal concedida a unidades da Federação como o Distrito Federal, no âmbito do ICMS, e que nos atingia direta-

Segundo Krolikowski, grupo articulou luta por prazos mais longos no pagamento de tributos mente”, descreve o empresário. “Se o 'efeito Brasília' já era drástico para o ramo de distribuição atacadista de qualquer natureza, maior ainda a interferência no setor

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André Kotoman

“Falta despreendimento. Existe muito comodismo, medo de dividir e não multiplicar, de doar um pouco do tempo por questões que atingem o próprio associado.”

de autopeças”, identifica. Daí em diante o trabalho desenvolvido na ASDAP foi permeado por esta busca incessante pela preservação da competitividade. “Entendemos que empresários e empregadores produzem riqueza e esta deve ser aplicada dentro do seu estado. Não é certo o Rio Grande do Sul perder arrecadação e nós, faturamento”, reforça. Em 2007, muda o jogo de novo, e a Substituição Tributária exige que o ICMS deva ser pago pelo fabricante. Outra determinação da norma é a cobrança do imposto sobre o estoque. Mais uma vez, a associação articula uma luta no sentido de reivindicar prazos mais longos para o pagamento do tributo. “Conseguimos quatro meses de carência para começar a pagar e 30 meses de parcelamento, sem juros”, afirma Krolikowski, com orgulho. Assim, a ASDAP iniciava como uma vencedora, beneficiando associados e distribuidores, inclusive de outros estados. Na opinião do ex-presidente, ainda falta ao setor visão: a força e o poder do grupo decidindo estratégias e objetivos em conjunto e não individualmente. “Existe muito comodismo, medo de dar e não receber, dividir e não multiplicar. É uma posição individualista, onde há falta de confiança e despreendimento. Doar um pouco de seu tempo por questões que atingem o próprio associado”,

O ex-presidente enfatiza que a entidade deveria receber outros estados salienta. e acredita também na profissionalização Krolikowski também reconhece que exis- implantada nas empresas que trabalhem a te uma falha no trabalho de convencimento, qualidade e na gestão bem administrada. de trazer mais representantes para a entidade Krolikowski cita também que é necese evidenciar a cultura da percepção de co- sário elaborar estatutos e preparar a entidamunidade. Mas ele é otimista e acredita em de para receber outros estados, como Santa atitudes voluntariosas, na boa vontade de Catarina e Paraná. Mas ele faz uma ressalva: empresários corajosos como os que anteri- “Eles têm que ter o comprometimento que ormente saíram de sua zona de conforto, que- nós temos. Devem ter pensamentos similabraram a inércia e viram que eram colegas e res aos do nosso grupo. Maturidade de não concorrentes. “Acredito que há uma cha- ambos os lados”, enfatiza. ma própria em cada indivíduo, o impulso Em relação ao tempo e ao trabalho na próprio de força individual em prol da cole- ASDAP, ele considera que o saldo foi absotividade”, complementa. lutamente positivo. “No lado pessoal foi um Quando relembra o início de tudo, Kro- privilégio, apesar do óbvio desgaste, da reslikowski fala sobre dois conselheiros da as- ponsabilidade e do tempo dedicado. Quansociação como polinizadores do grupo e do tu te comprometes em um trabalho para que os instigaram a alavancar a associação. um grupo, tens o retorno posterior. Tive “Celso Zimermann e Fernando Bohrer fo- mais ganho do que perda. Do investimenram catalizadores, incentivadores que nos to, tive muito mais bônus do que ônus. O ajudaram a enxergar a necessidade de nos coletivo traz sempre o benefício individuunirmos. Eles nos incentivaram a ir em fren- al”, conclui. te em busca de nossos objetivos”, salienta. Para Krolikowski, acima de tudo, o ideaPassados nove anos, além de ações no âm- lismo é a grande chave-mestra que abre as bito fiscal, Krolikowski acredita que exis- portas para as decisões e os objetivos na vida. tem muitas lutas a serem enfrentadas, como “A essência de tudo é a alma e isto não deveo combate ao comércio ilegal de autopeças, mos perder nunca. Os valores mais íntegros assim como às cargas roubadas, e a legaliza- e transparentes devem ser a base para qualção dos desmanches. “Dar destaque à con- quer trabalho ou projeto. Antes da quantidacentração de venda com nota”, exemplifica. de, deve vir a qualidade. Só assim temos a O empresário destaca a importância da ins- sensação do dever cumprido. E esta emoção peção veicular e da manutenção preventiva vale mais do que qualquer coisa”, encerra.

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Arquivo pessoal

Incentivo e apoio foram a base do começo Fernando Bohrer, da Recove Representações, foi um dos mentores da ASDAP e, como não poderia deixar de ser, tornouse conselheiro da associação. Foi com as suas palavras de apoio e estímulo que conseguiu motivar um pequeno grupo de distribuidores a criar uma associação que defendesse os seus direitos. Na opinião unânime de Ricardo Krolikowski e Henrique Steffen, presidentes da entidade, Bohrer e Celso Alexandre Zimmermann foram incentivadores e orientadores no processo de formação da entidade, a qual não teria iniciado sem a dedicação destes dois empresários. A necessidade de maior participação na área comercial, entre distribuidores e órgãos governamentais, para que a entidade seja reconhecida no mercado sempre foi, para Bohrer, uma das principais finalidades da associação. “Essa integração dos associados e a criação de uma proximidade entre eles darão maior importância ao grupo, certamente”, aponta. Para o conselheiro, o trabalho desenvolvido dentro da associação e a sua divulgação, através da Revista ASDAP, irá contribuir para o estreitamento ainda maiAndré Kotoman

Bohrer: “Integração entre participantes dá maior importância à associação”

or dessa relação. “Com as informações em um produto impresso, que fica mais próximo ao empresário, teremos mais uma ferramenta de serviço e de interatividade com o segmento”, finaliza. De acordo com Celso Alexandre Zimmermann, é preciso profissionalizar e melhorar o mercado no qual os distribuidores atuam. E foi dentro dessa linha que a ASDAP teve o seu começo quando os empresários perdiam benefícios fiscais para o Centro-Oeste do país. “A gente precisava de uma associação que desse a cara para apanhar, reivindicando como entidade, e não como empresário, isoladamente”, salienta. Mas o maior lucro, para o conselheiro, é o consenso entre os associados e as empresas que entenderam o valor do associativismo. “Esse é o foco de hoje: implantar na mente de cada empresário esse sentido de coletividade para que os distribuidores tenham representatividade dentro do segmento”, reforça o conselheiro. Frederico Westphalen, Santa Maria, Bento Gonçalves e Nova Prata são cidades que participam da associação e trazem sua experiência para os profissionais da Capital. A troca de informações e a apresentação de ideias novas adicionam mais força ao grupo, que deverá encontrar outras soluções para manter o contato entre associados das mais diversas regiões do Estado. “Estamos estudando propostas para facilitar as participações nas reuniões da ASDAP. Esse é um dos objetivos do próximo ano”, adianta Zimmermann. E o avanço não deverá ser apenas no extenso território gaúcho. “Há possibilidades de abrirmos a associação em estados como o de Santa Catarina e, em um segundo momento, no Paraná. Temos vários associados que têm filiais nestes estados, assim como empresas de lá que possuem unidades aqui no Rio Grande do Sul”, informa. Proprietário da Guido

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Zimmermann aponta que é preciso profissionalizar e melhorar o mercado Zimmermann Comércio e Representação Ltda., Zimmermann considera que o mercado pode ser mais homogêneo e ter uma opinião melhor a respeito das questões que envolvem a distribuição de componentes. Nesse sentido, a associação, que se mantém atenta à incidência e à projeção de impostos, fornece assistência tributária e agrega uma consultoria empresarial que dá apoio completo ao grupo. “Também estamos nos empenhando para em 2013 buscarmos a qualificação dos funcionários de distribuidoras, analisando formatos de treinamento para cumprir esse objetivo”, especifica Zimmermann, considerando a meta maior da entidade: “Se fortalecermos a nossa união, já estamos à frente. Já é uma vitória”.

“Estamos nos empenhando para buscarmos a qualificação dos funcionários de distribuidoras, analisando formatos de treinamento para cumprir esse objetivo.”


Tecnologia ○

Inovar Auto realinha projetos da indústria automobilística

mbora o regime automotivo denominado pelo governo federal de Inovar Auto começa a definir o processo de fabricação na área automotiva, as grandes marcas já caminham em direção à inovação e às novas tecnologias. Montadoras se unem para trocar conhecimentos, marcas fortes erguem rapidamente fábricas de equipamentos e equipes de engenharia dedicam-se a propostas modernas, econômicas e sustentáveis. A indústria automobilística se adianta em sistemas mais eficientes, antes mesmo da medida implantada. Um exemplo é a união da Ford com a General Motors para produzir uma caixa automática de câmbio com até dez velocidades. O projeto, envolvendo os dois maiores fabricantes dos Estados Unidos, tem por objetivo desenvolver

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em conjunto uma caixa de dupla embreagem, sucesso atual naquele mercado, os produtos deverão chegar ao Brasil em 2015. O acordo prevê que a Ford crie uma gama de transmissões de até 10 velocidades para automóveis, SUVs, caminhões e modelos esportivos. A GM, por sua vez, desenvolverá uma caixa de nove velocidades para os modelos compactos. O projeto promete, também, um significativo ganho de consumo e emissões e que as novas caixas manterão a performance, mesmo em modelos de menor cilindrada. Elas atenderão os veículos com tração dianteira e traseira, de ambos os fabricantes. A cooperação permitirá considerável economia nas áreas de desenvolvimento e design para as duas marcas. E a concorrência segue acirrada no mercado. A Chrysler, por exemplo, pretende produzir uma caixa automática de nove velocidades, de origem ZF, já no próximo ano. Por outro lado, há rumores que a Honda também tem meta de desenvolver uma caixa de câmbio de nove velocidades. E a Hyundai confirmou o desenvolvimento de uma caixa de dez velocidades. Três anos atrás, a ZF produzia a caixa de oito marchas para carros e utilitários com motores longitudinais, que, em comparação com transmissões de seis velocidades, apresentou uma redução de até 11% de gasto de combustível. Quando o assunto é motor, as novidades não param em todos os segmentos, leves ou pesados, incluindo veículos comerciais de porte médio. O novo motor Duratorq 2.2 lançado neste final de ano com a Transit, uma van Ford, tem emissões reduzidas, dentro do padrão Proconve L6, e também ficou mais forte e econômico. Ele gera 125 cv (a

3.500 rpm), um ganho de 10 cv, e elevou o torque para 350 Nm (a 2.000 rpm), com 40 Nm adicionais. A ideia é ampliar a economia operacional e a agilidade do veículo com lotação parcial ou completa, reforçando as vantagens para o frotista. O novo motor foi projetado para funcionar com Diesel de baixo teor de enxofre, o S50 (ou S10, a partir de janeiro de 2013), para evitar danos ao sistema do catalisador. Também sob um momento de expectativas, o setor de autopeças pode aguardar uma fase positiva. No final de outubro, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu a extensão aos fabricantes de autopeças dos benefícios concedidos à indústria automobilística no programa Inovar Auto e pediu a prorrogação, por mais um ano, do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). As sugestões foram apresentadas na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) realizada no Palácio do Planalto. De acordo com Andrade, é preciso fortalecer medidas voltadas para incentivar os investimentos. “Assim como criamos fortes mecanismos para promover o consumo, precisamos focar agora em medidas que estimulem os investimentos”, destacou. O presiden-

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te da CNI alertou que, no caso da indústria automobilística, as medidas para atrair investimentos precisam ser repassados para o setor de autopeças. “Caso contrário, teremos montadoras no Brasil, mas continuaremos importando todos os componentes”, completou. Essa pode ser uma saída para um mercado que apresentou um desempenho negativo na última pesquisa divulgada pelo Sindipeças: o resultado acumulado de janeiro a agosto de 2012 apresentou queda de 15,5% na comparação com o mesmo período de 2011 e de 12,2% nos últimos 12 meses. Na comparação do mês de agosto com o mês anterior, houve um crescimento de 6,7%. O desempenho por segmento, no acumulado de janeiro a agosto de 2012 com mesmo período do ano anterior foi de -19,9% nas vendas para montadoras, -10,7% na reposição, -7,7% na exportação e -18,5% nas vendas intrassetoriais. Oitenta e sete empresas associadas que representam 29,3% do faturamento total da indústria de autopeças no país fizeram parte desse levantamento. No faturamento dividido por estados, o Paraná foi o único com variação positiva, de 8,1% no acumulado do ano em relação a igual período do ano anterior. As demais unidades da federação, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, tiveram redução nos índices, com quedas de 20,2%, 19,5%, 16,9% e 16,2%, respectivamente.


Tecnologia ○

Autopeças poderá ter incentivo dentro do programa Também sob um momento de expectativas, o setor de autopeças pode aguardar uma fase positiva. No final de outubro, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu a extensão aos fabricantes de autopeças dos benefícios concedidos à indústria automobilística no programa Inovar Auto e pediu a prorrogação, por mais um ano, do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). As sugestões foram apresentadas da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) realizada no Palácio do Planalto. De acordo com Andrade, é preciso fortalecer medidas voltadas para incentivar os investimentos. "Assim como criamos fortes mecanismos para promover

o consumo, precisamos focar agora em medidas que estimulem os investimentos", destacou. O presidente da CNI alertou que, no caso da indústria automobilística, as medidas para atrair investimentos precisam ser repassados para o setor de autopeças. "Caso contrário, teremos montadoras no Brasil, mas continuaremos importando todos os componentes", completou. Essa pode ser uma saída para um mercado que apresentou um desempenho negativo na última pesquisa divulgada pelo Sindipeças: o resultado acumulado de janeiro a agosto de 2012 apresentou queda de 15,5% na comparação com o mesmo período de 2011 e de 12,2% nos últimos 12 meses. Na comparação do mês de agosto com o mês anterior, houve um crescimento de 6,7%.

O desempenho por segmento, no acumulado de janeiro a agosto de 2012 com mesmo período do ano anterior foi de -19,9% nas vendas para montadoras, -10,7% na reposição, -7,7% na exportação e -18,5% nas vendas intrassetoriais. Oitenta e sete empresas associadas que representam 29,3% do faturamento total da indústria de autopeças no país fizeram parte desse levantamento. No faturamento dividido por estados, o Paraná foi o único com variação positiva, de 8,1% no acumulado do ano em relação a igual período do ano anterior. As demais unidades da federação, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, tiveram redução nos índices, com quedas de 20,2%, 19,5%, 16,9% e 16,2%, respectivamente.

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Certificação ○

Componentes na reta final de novos quesitos de segurança prazo para fabricantes e importadores de autopeças se adequarem à certificação obrigatória dos componentes está chegando ao fim. Em janeiro de 2013, essas empresas deverão oferecer produtos com o selo do Inmetro, que estabelece os requisitos mínimos de segurança para peças e acessórios automotivos. Além da confiabilidade garantida às empresas, ganha o consumidor que adquire um produto com tecnologia e qualidade. O comércio terá até julho de 2014 para disponibilizar no varejo os itens em conformidade. A exigência é uma continuidade do Programa de Certificação Compulsória de Componentes Automotivos, através da portaria nº 301, de 21 de julho de 2011. Estão isentos componentes para linha de

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montagem, recall ou de veículos de produção descontinuada fabricados até 31 de dezembro de 1999. Amortecedores da suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos fazem parte da nova lista que contribuirá para a inibição do comércio ilegal de peças falsificadas. Vidros de segurança de para-brisas (temperado e laminado), pneus, catalizadores, fluido de freio e rodas automotivas já são produtos regulamentados. O grande potencial de risco de acidentes, por conta de não atendimento dos itens de segurança, foi o principal motivo para que o Inmetro iniciasse um programa para avaliar a qualidade das autopeças. Na deci-

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são pesou também um pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), que demonstrava preocupação com a qualidade de alguns artigos encontrados no mercado. O Inmetro se baseou nas normas americanas e europeias de certificação de autopeças para elaborar a versão brasileira da obrigatoriedade. “Os componentes utilizados nos veículos novos são submetidos a um processo de qualificação dos fornecedores, feito pelas montadoras. No entanto, era preciso tornar obrigatória essa qualidade nas autopeças usadas no mercado de reposição”, afirma o diretor de Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo. A medida, apesar de novidade no Brasil, já é uma realidade em estados-membros da União Europeia e em países como Estados Unidos e Austrália.


Certificação ○

Empresas que estão à frente Diversas empresas já se adiantaram ao mercado e se ajustaram à legislação. Uma delas, a Corven, foi certificada, em agosto passado, pelo IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e, em setembro, pelo Inmetro para a produção de amortecedores de suspensão. Segundo a marca, entre os componentes com o certificado estão amortecedores A convencional, B estrutural, C semiestrutural e D cartucho. A OSRAM também está preparada para essa nova fase de consumo. “O selo é necessário para o controle da qualidade, evitando diversos riscos para os motoristas. Desta forma, o custo-benefício desses produtos acaba sendo desvantajoso para o consumidor”, decla-

ra o gerente nacional de Vendas da OSRAM do Brasil, Ricardo Leptich. Para ele, ficar atento ao selo é buscar tranquilidade também. “As lâmpadas falsificadas têm menor durabilidade. Vale mais a pena adquirir produtos que vão garantir a segurança e viabilizar a baixa frequência na troca”, complementa. Segundo Leptich, em relação às lâmpadas usadas nos faróis, um produto pirata traz riscos ao condutor do veículo e aos outros motoristas. “Isso acontece porque os dispositivos originais têm as lâmpadas com posicionamento extremamente calculado, tanto que o facho de luz do lado direito é maior para a visualização das placas de sinalização. Uma lâmpada pirata tem o facho de luz em todos os sentidos, assim, causa o ofuscamento no motorista que transita em direção contrária. Esta sensa-

ção de cegueira pode durar até 3 segundos, que, em uma velocidade de 100 Km/ h, faz com que o motorista dirija até 25 metros sem enxergar nada”, ressalta. Entre os fabricantes de componentes obrigatórios que são comercializados com o selo Inmetro desde abril de 2011 está a Tuper, que produz itens para o sistema de exaustão, como tubo de motor, flexível, catalisador, silencioso intermediário e traseiro e ponteira. “Lojistas e reparadores devem ficar atentos na hora de adquirirem catalisadores. A peça, responsável por transformar os gases tóxicos provenientes do motor em gases que não são nocivos ao meio ambiente e à saúde da população, deve vir com o selo do instituto gravado na peça”, adverte o gerente de Engenharia de Produtos da Tuper, Henry Grosskopf.


Indústria de autopeças aquecida e pronta para a Automec 2013


Merca do ○

mercado automotivo atravessa uma fase positiva e esse resultado direciona o segmento de autopeças na mesma direção. Em 2011, o consumo de autopeças no Brasil gerou um faturamento total de R$ 91,506 bilhões. No mesmo ano, o capital nacional impulsionou 32,6% dos investimentos e o capital estrangeiro, 67,4%. E um sinal desse aquecimento são os salões e as feiras que se tornaram balcões para ótimos negócios. A Automec (Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços), que acontece em 2013, já tem 70% da área reservada por empresas que participaram da última edição, em 2011. O evento deverá estimular ainda mais o mercado de inovações e soluções nas áreas de peças e sistemas, acessórios e tuning, entre outras. O evento, que será realizado de 16 a 20 de abril no Anhembi, em São Paulo, e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, evidencia uma indústria das mais expressivas. O setor automotivo representa um quinto de toda a indústria brasileira e, de janeiro a agosto deste ano, foram montados mais de 2 milhões de carros. Apenas em agosto de 2012, a indústria registrou 10,6% de alta, a maior da história no país, resultado da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Entidades ligadas ao setor estimam que a produção alcance até 3,475 milhões de unidades ao final do ano. O novo Regime Automotivo, a ser implementado no Brasil entre 2013 e 2017, funcionará como uma importante alavanca no fomento às oportunidades de negócios na Automec. Segundo esse novo conjunto de regras, as montadoras brasileiras terão que elevar o índice de nacionalização dos veículos, aumentando o número de peças regionais na sua composição. Com isso, peças fabricadas no Brasil, no Mercosul ou no México ajudarão a manter os 30 pontos de desconto no IPI.

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As fábricas terão de cumprir quatro requisitos: aumento de conteúdo regional, estímulo à pesquisa, aumento dos gastos com engenharia e tecnologia industrial e elevação da eficiência energética do veículo. As exportações também têm papel relevante para o crescimento sustentado dessa indústria. Segundo o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), a América do Sul ocupa a maior participação nas exportações brasileiras, com 46,8%. A macrorregião que possui o maior crescimento é a Ásia e Oceania, com aumento de 25,36% de janeiro a agosto de 2012 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em tempo, o ranking 2011 de principais países de destino de autopeças brasileiras, segundo o sindicato, tem em primeiro lugar justamente a Argentina, com R$ 4,343 bilhões em negócios com o Brasil, seguido pelos Estados Unidos (R$ 1,526 bilhões), México (R$ 1 bilhão), Alemanha (R$ 879,5 milhões) e Venezuela (R$ 388,697 milhões).

Feira exibiu mais de 1.100 marcas A edição passada da feira reuniu 66.491 visitantes e compradores de diversas regiões do Brasil e de outros países. Entre os profissionais presentes, 40% tinham poder de decisão e mais de 90% ocupavam cargos executivos: 25% eram sócios; 15% presidentes; 17% diretores; e 25% gerentes. Os visitantes encontraram nos estandes lançamentos e soluções de 1.142 marcas expositoras da indústria automobilística, além da chance de participar de atividades como as Rodadas de Negócios, que contou com 47 empresas brasileiras e 30 compradores internacionais. Ao todo, foram realizadas 436 reuniões. Os setores que participaram da exposição foram os de autopeças e acessórios; máquinas, equipamentos e serviços para a indústria automotiva, concessionárias; oficinas mecânicas, postos de ser-

viços; máquinas, equipamentos e serviços para a indústria de retíficas, de pintura e solda de máquinas; máquinas, equipamentos e serviços para a indústria de vulcanização e recauchutagem de pneus; ferramentas; aparelhos e sistemas para diagnóstico, medição e alinhamento; automação (robôs); informática; óleos lubrificantes e aditivos; componentes para lubrificação; bancos, entidades, publicações, serviços e outros.

Serviço Automec - 11ª Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços Data: 16 a 20 de abril de 2013 Horário: Segunda a sexta, das 10h às 19h, Sábado, das 9h às 17h Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209 Santana - São Paulo (SP)

Fotos: Divulgação/Reed Exhibitions Alcantara Machado

Evento recebeu mais de 66 mil visitantes

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Especial ○

MVA elevada deflagra discussão no setor e exige ações imediatas André Kotoman

MVA (Margem de Valor Agregado), a partir de agosto de 2012, passou para a 59,6%, elevando o índice de implantação da metodologia, que era de 40%. O percentual aplicado sobre o preço de compra da mercadoria inclui despesas acessórias constantes na NF e também o frete e define a base de cálculo que deverá ser utilizada para apurar o valor a ser pago pelo comerciante. Esta base de cálculo (preço de compra mais acréscimos, mais o percentual de MVA) é uma estimativa do valor que o governo pesquisou como sendo o preço médio praticado no mercado no último elo da cadeia de comercialização (consumidor final). Para o presidente da ASDAP, Henrique Steffen, a MVA é mais um imposto pesado que os distribuidores têm que enfrentar. “Ficamos à mercê de que a cada ano haja um novo aumento em cima de uma cobrança que já pesa demais para o nosso segmento”, considera. “Precisamos mais do que as pesquisas, como a de São Paulo que deu base aos reajustes. Falta a sensibilidade de conhecer os mercados e saber o que é o melhor para cada um. Os números para servirem de base a esse tributo devem considerar a economia de cada estado e o fortalecimento destes mercados, concentrando a renda e os investimentos dentro de-

A Segundo Steffen, esse novo índice é mais um imposto pesado que os distribuidores têm que enfrentar

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les”, reforça o dirigente. “Ainda temos toda essa diferença da MVA cobrada do segmento em relação ao imposto pago pelos concessionários, com um índice que dobrou para os distribuidores, favorecendo as autorizadas”, relaciona Steffen. Ele enfatiza, porém, que a “saída” para o setor é o cuidado na emissão da nota fiscal. “Devemos saber como usá-la corretamente dentro deste processo de substituição tributária, para que não tenhamos perdas ainda maiores do que as taxas que já estamos pagando”, evidencia.

Compreender as normas e buscar alternativas de reversão Em entrevista à Revista ASDAP, o economista Alfredo Bischoff, especialista em Gestão Empresarial, falou sobre diversos aspectos da Substituição Tributária do ICMS, da MVA e de relações comerciais no segmento de autopeças. Bischoff tem mais de 30 anos de experiência nas áreas de finanças e comercial e atua há 12 anos no ramo atacadista do setor.


Especial ○

Divulgação

O que é a substituição tributária do ICMS? É uma metodologia de apuração do imposto em que o ICMS que anteriormente à sua implantação era apurado e pago na venda das mercadorias pelo comércio é agora apurado e pago pelo fabricante ou importador quando da venda da mercadoria para o mercado atacadista ou varejista. O fabricante (chamado de “substituto tributário”) apura e paga o ICMS que seria pago pelo comerciante (que é chamado de “substituído tributário”). O peso do ICMS aumentou com a implantação da substituição tributária? Atendo a algumas empresas do ramo e eu posso dizer que para muitas a carga do imposto aumentou. Isso deve ser analisado comparativamente ao mark-up (margem bruta sobre o preço de compra para calcular o preço de venda) que a empresa vinha utilizando. Na implantação da metodologia, se a empresa operava com um mark-up menor do que 40%, houve um aumento da sua carga do imposto, porque passou a pagálo sobre uma margem de 40% quando vendia com um ganho menor. Em alguns casos houve pequenos ganhos, como nas empresas que conseguiam trabalhar com markups maiores do que 40%. Quais as repercussões da substituição nos resultados das empresas do setor? Falando apenas do custo da mercadoria, as empresas que operavam com um mark-up inferior a 40% e que não conseguiram repassar a diferença de custos nos seus preços sofreram perdas. As que conseguiram fazer o repasse mantiveram os seus resultados. Além do custo da mercadoria, que outras repercussões ocorrem? Quando da implantação do sistema, as empresas tiveram que pagar (puderam fazê-lo parceladamente) o ICMS sobre o valor agregado dos seus estoques totais. Isso reduziu as disponibilidades das em-

lização é maior do que 59,6%. Isso pode ocorrer pelo simples fato de que as empresas tiveram que repassar o aumento superior a 3% que ocasionou a passagem de 40% para 59,6%.

Bischoff atua há 12 anos no ramo atacadista do setor presas para o giro dos negócios. Empresas com estoques altos e que só pagariam o ICMS quando vendessem os produtos tiveram que apurar e fazer o pagamento antes da data esperada. Houve também repercussão no fluxo de caixa das empresas, já que pelo sistema implantado o ICMS sobre o valor estimado na venda dos produtos passou a ser pago para os fornecedores (substitutos tributários) nos prazos de compra das mercadorias ou até antes do embarque das mesmas em guias separadas. Que tipo de reflexos a alteração na MVA de 40% para 59,6% pode causar? Com essa alteração, houve um aumento de custos para o atacadista ou varejista que compra os produtos com substituição tributária do ICMS um pouco acima de 3%. Quem conseguiu repassar esse percentual mais os custos diretos com vendas (comissões, etc.) para os preços não sofreu perdas. Quem não conseguiu teve prejuízo. No futuro podem ocorrer novos aumentos da MVA? Podem ocorrer, no meu entender. A necessidade de obter recursos por parte do governo é grande e uma nova pesquisa ou interpretação de bases de dados pode chegar à conclusão de que a margem média praticada na última cadeia de comercia-

O que levou o governo a aumentar a MVA? Na realidade não foi só o governo do RS que aumentou. Há um acordo entre as Secretarias de Fazenda de diversos estados (a maioria) para tentar harmonizar esses percentuais. O que leva o governo a elevar a taxa é a necessidade de obter recursos via tributação e o aperfeiçoamento nos mecanismos de controle sobre as operações das empresas. Que outros fatos podem ocorrer e para os quais os empresários do setor devem estar atentos? Pode ocorrer uma segmentação de produtos com o uso de várias MVAs, como já ocorre em outros ramos, abandonando o padrão de 59,6% e causando um aumento médio. Um outro assunto para ficar atento é a recente entrevista do ministro da Fazenda sobre alterações que proporá aos estados sobre o balanceamento entre as alíquotas internas e interestaduais. O que as empresas podem fazer para não correr riscos ou para minimizá-los? Inicialmente, compreender que as normas tributárias são impostas (daí o nome de imposto) pelos governos e que isoladamente há ínfimas chances de conseguir revertê-las. O associativismo dos empresários, com o fortalecimento das entidades que os representam, pode resultar em um melhor e mais produtivo diálogo com as Secretarias de Fazenda. Agora, todos têm que fazer a sua “lição de casa” bem feita, ou seja, calcular corretamente os seus custos, preços e margens e fazer uma boa avaliação dos seus resultados para identificar repercussões negativas ocasionadas por esse sistema de tributação e por suas alterações e buscar meios lícitos e viáveis de revertê-las.

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Especial ○

Sefaz valoriza a discussão sobre os tributos Divulgação

De acordo com o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) tem trabalhado no sentido de implementar mecanismos através da discussão do tema em fóruns nacionais e de estabelecer estratégias para a tributação de cada produto. “Por meio de pesquisas, fornecidas pelos próprios distribuidores, poderemos definir margens desta distribuição tributária de uma forma mais adequada”, especifica Pereira. O subsecretário aposta em um estudo para achar a equação certa. “Queremos que o setor realize um levantamento para apurar dados que possam ser aplicados a esse cálculo”, frisa. “É preciso uma metodologia, com base científica, que esteja de comum acordo com o preço da indústria e do varejo”, complementa.

Pereira diz que pesquisas podem definir margens mais adequadas

“O setor de autopeças tem sido bastante parceiro das fazendas estaduais, incentivando mecanismos para inibir a informalidade do setor ao cobrar a substituição tributária. Isso equilibra o nível de

valores”, destaca. Quanto à Margem de Valor Agregado (MVA), Pereira entende que o tributo nos concessionários é menor do que o da rede independente, prejudicando a categoria.

Na possibilidade de alguma mobilização junto a outros estados para igualizar estes índices para a cadeia de distribuidores, o que amenizaria custos de comercialização e preço ao consumidor final, o subsecretário considera que cada estado deveria fazer uma pesquisa para chegar a resultados que beneficiem a distribuição, porém, o custo acaba sendo um entrave a esta iniciativa. Em São Paulo há uma portaria que determinou uma percentagem maior à MVA e o segmento gaúcho teme que esta elevação da taxa possa refletir aqui. Em relação à possibilidade de haver um aumento para os distribuidores do Rio Grande do Sul, Pereira é taxativo: “O índice deve se manter. Não existe nenhuma movimentação no sentido de mudar a margem”.

Gerenciamento das notas fiscais é essencial Em 2008, quando surgiu no Rio Grande do Sul a Substituição Tributária, através do protocolo ICMS 41/08, foram incluídos diversos produtos, entre eles as autopeças. Antes, as alíquotas fixavam taxa interna para os componentes de 40% e para os que vinham de fora de 48,40%. “Hoje, nova determinação estabelece que cada estado que faz parte do protocolo pode ter uma pesquisa de avaliação e refazer percentuais, o que será passado em legislação para os contribuintes”, explica a assessora tributária da ASDAP, Daisy Mara Marques Machado. Segundo ela, São Paulo realizou uma nova pesquisa e identificou valores mais altos, majorando as alíquotas da MVA (Margem de Valor Agregado), o que foi definido por força do convênio para os

outros estados do protocolo. Conforme Daisy, a Substituição Tributária é uma antecipação do imposto devido. “Antes, pagava-se em cima da diferença, entre interna e interestadual. O débito de ICMS é pago (e vinculado ao destino). Pedir de volta para o estado, quando se realiza nova operação com o tributo, demanda conhecimento técnico. Tem que saber a legislação do estado, de quem compra e para quem vende”, salienta a contadora. Para a consultora tributária, a busca por índices mais baixos da MVA não basta e resultaria em um desconforto entre os estados, uma guerra fiscal. “É preciso olhar o estado dentro do mecanismo gerencial. Onde estão as indústrias. O que vai resultar na alteração de

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André Kotoman

Contadora aponta a importância da legislação estadual


Especial ○

percentuais de impostos. Temos que pensar no retorno ao longo prazo. Se a empresa vai ser atrativa ou não, o que dependerá de estatísticas de mercado, empresas, fornecedores”, enfatiza a especialista. Como não existem muitas ferramentas de negociação, a ASDAP vem tentando com a área técnica do governo estadual uma presunção de crédito a fim de movimentar o mercado interno. Mas, para Daisy, o mais importante é ter a consciência da lei, agregar especialistas que entendam o que deve ser feito dentro das empresas e no estado que se encontra. “Devemos conhecer o estado que estamos trabalhando, saber sobre as implicações do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), estar a par da legislação como se apresenta e ter cuidado na emissão de notas fiscais”, reitera a contadora. Daisy aponta a necessidade de as empresas fazerem a verificação de seu ponto-chave: o balcão. “É este setor que tem relevância para a empresa e suas questões tributárias. É o administrativo, é quem compra, vende e faz a nota fiscal”, reforça. Segundo a assessora, a associação vem atuando neste sentido. “Realizamos reuniões na qual alertamos os associados sobre assuntos como a MVA, substituição da escrituração em papel pela Escrituração Contábil Digital, entre outros, para conscientizar os empresários que devem se envolver com estas questões como gerenciadores, não só com os tributos, mas com as informações sobre os sistemas”, descreve a consultora. “Vamos continuar trabalhando com a Secretaria da Fazenda, com a fiscalização, e ouvindo os associados. Todas as mobilizações em prol de viabilizar o que seja bom para todos, vamos continuar a acompanhar”, finaliza a consultora.

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Entrevista ○

Investimento e profissionalização para conquistar o futuro Divulgação

“Tenho uma satisfação gigante de ver como a Anfape caminha. E a vontade sempre de arregaçar as mangas e tocar. Mas não dá para somente deitar nos louros. Se não fizer por onde, as coisas não acontecem.”

ormado em Administração, com pós-graduação em Marketing, Márcio Codogno, aos 44 anos de idade, é um empreendedor por natureza que estabeleceu uma forte ligação entre o seu trabalho, como consultor da Cofran, e a Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças, da qual é vice-presidente. O executivo, que trabalha desde os 14 anos no segmento e em 1994 integrou o quadro de funcionários da fabricante de componentes, uma companhia familiar, fala com orgulho das modificações estruturais aplicadas à empresa a partir de 2007, revisando diversos itens como avaliação de crédito e risco, profissionalização e reformulação gerencial. O trabalho desenvolvido por ele resultou em uma mudança de 200% no perfil da produção, que é basicamente de espelhos retrovisores e lanternas, para o mercado independente de reposição. “Alteramos a política comercial, reestudamos os investimentos na fábrica, valorizamos mais o mercado”, relata. Com essa iniciativa e disposição, ele chegou à Anfape e enfrentou uma demanda em torno do design de produtos. “Em 2006, diversos empresários sofreram ações judiciais ou extrajudiciais por estarem infringindo um registro de desenho nas peças que produziam. Isso atingia capôs, para-lamas, maçanetas, faróis e

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Anfape é referência, segundo Codogno para-choques”, cita. Diante destes problemas, surgiu a reunião de empresas que não se sentiam representadas no Sindipeças. “Cerca de onze distribuidores se mobilizaram para se defender e tomar providências conjuntas a fim de neutralizar a situação”, narra Codogno. “O sistema pesava e estávamos órfãos de representação”, complementa o vice-presidente da associação com mais de 200 participantes. “No nosso entendimento, a montadora tem todo o direito de registrar o desenho da peça para proteger o seu projeto. Porém, quando desenvolve um carro, ela poderá ter vários concorrentes que


produzam itens similares na categoria. Sem isso, não há oferta de produtos. E ao se configurar um monopólio de venda das peças, diminui a oferta e não há concorrência para definição de preço”, contesta. “Devemos priorizar as determinações da ABNT e do Inmetro, reforçar a posição de homologação de peças de design e deixar claro que existem produtos com tanta qualidade quanto os originais”, relaciona. Segundo o empresário, a maioria dos países entende que para a reposição o design não deveria valer. E a Anfape deve ter uma decisão aglutinadora diante deste impasse. “Temos que trabalhar junto para que essa essência permeie a sociedade. Mas estamos bem contentes, pois temos angariado o ramo empresarial, acadêmico, institucional, assim como associações de defesa do consumidor. Com o passar do tempo, a Anfape acabou se tornando referência de consulta de mercado, de informações”, salienta. Codogno cria um laço de referência profissional entre a empresa, que cresce na América Latina e, segundo ele, se mantém saudável, e a associação, que se fortalece e que avança com o trabalho desenvolvido, que é similar ao europeu. “Estamos em evidência no processo de internacionalização de mercado e devemos valorizar a qualidade, o respeito ao consumidor, a integração entre indústria, distribuição, varejo e reparador”, especifica. É a ideia da cadeia produtiva mais organizada e mais colaborativa. Para Codogno, falta conscientização da necessidade de ter um diálogo mais próximo, fortalecer as posições associativas e desenvolver trabalhos mais sólidos. “Hoje, o empresário está bastante concentrado na realidade individual, no seu dia a dia. Esquece um pouco de olhar para o lado, pensando mais na segurança e na estabilidade”, aponta. Em relação ao futuro, Codogno evidencia um conceito paradoxal: “Se for para

“Devemos priorizar as determinações da ABNT e do Inmetro, reforçar a posição de homologação de peças de design e deixar claro que existem produtos com tanta qualidade quanto os originais.” olhar tudo o que precisamos fazer ainda, é para ficar deprimido, mas se for ver o que já foi feito, ficamos felizes”. De acordo com o executivo, o jogo tem que ser jogado. “No outro dia temos que começar tudo de novo. Não dá para somente deitar nos louros. Se a gente não fizer por onde, as coisas não acontecem”, determina. Codogno ressalta que a vida é muito dinâmica, assim como sua posição à frente da empresa e da associação. “Tenho uma satisfação grande com a Cofran e gigante de ver como a Anfape caminha. E a vontade sempre de arregaçar as mangas e tocar”, enfatiza. O dirigente destaca a importância da profissionalização, da educação, da desoneração e do investimento em infraestrutura, que muitas vezes exige custos gigantescos de produção. Dificuldade de mão de obra melhor preparada, custos de logística vultuosos, tributos altos: se forem abordados com ações paliativas, resultarão em um crescimento baixo, não consistente. “Se não tivermos estrutura racional, a máquina não dá resultados. Precisamos de iniciativas focadas no desenvolvimento, em estudos e investimentos. Reduzir impostos que geram resultados estrangulados, o que acaba em um quadro sem fôlego para o futuro mais longo. A regra é ir em busca de propostas mais consistentes para pleitear resultados mais robustos”, conclui.

Divulgação/Chevrolet


Gestão ○

Foto: Ariel da Silva Parreira

Controle de TI como ferramenta eficaz de gerenciamento segurança das informações de uma empresa, seja ela de pequeno ou de grande porte, assim como a produtividade de seus funcionários, são itens imprescindíveis à administração eficiente de todos os setores. Hoje, as tecnologias de gerenciamento existente no mercado ajudam, e muito, na administração dos bens e recursos humanos das empresas. Um software que é um aliado deste trabalho é o Neteye, como o próprio nome diz, os olhos da rede. O programa é baseado no controle de TI e é gratuito para até cinco computadores. Para as empresas que trabalham com grandes estoques, como é o setor de au-

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topeças (distribuidores e revendas), o software corporativo foi desenvolvido para atender às demandas de gerenciamento, customização de investimentos e aumento da produtividade na rede de pequenas, médias e grandes empresas. Através de sua utilização, todo o parque de hardware e software fica transparente e a equipe de TI ganha agilidade ao atender remotamente os usuários, possibilitando o fácil monitoramento de estações de trabalho e garantindo a segurança das informações armazenadas. “O fácil monitoramento das estações de trabalho possibilita o diagnóstico das áreas que necessitam de atenção especial, seja para realizar investimentos em upgrades, ou otimizar gastos”, identifica o di-

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retor e idealizador do software que leva o nome da empresa, Fábio Duarte Santini. A alta tecnologia do software também garante a segurança das informações armazenadas através do controle do que está sendo distribuído, copiado e compartilhado. Perdas, trocas e eventuais desvios, relatados com frequência pelos gestores do setor de autopeças, desde a indústria até a prestação de serviço, podem ser evitados a partir do eficaz monitoramento proporcionado pelo Neteye. A economia gerada a partir da aplicação do programa também é um item que merece destaque. “Navegando 30 minutos por dia na internet, um colaborador gasta duas horas e trinta minutos em uma semana e dez horas no mês. Uma empre-


Gestão ○

sa de 100 colaboradores de R$ 10 valor/ hora teria um prejuízo anual de R$ 120 mil. Através da implantação do Neteye, o gestor tem informações precisas sobre o uso do tempo gasto em cada software disponibilizado à equipe, podendo detectar exageros e valorizar a eficiência de seus funcionários”, salienta Santini. Inventário, segurança, produtividade, monitoramento e desempenho

altamente necessária no mercado competitivo, o Neteye tem controle avançado das entradas USB e mídia removível, envio de e-mails e impressão de arquivos, de acordo com a permissão de cada setor e/ou colaborador. “As liberações podem ser definidas por horário, como, por exemplo, na hora de almoço, período em que os funcionários podem acessar qualquer site”, exemplifica Santini. Política da empresa

Conforme o diretor da Neteye, o sistema é uma ferramenta de grande funcionalidade, com módulos que atendem a todos os formatos de controle e gerenciamento: inventário, segurança, produtividade, monitoramento e desempenho. O primeiro possibilita inventariar todo o parque de hardware e software instalados, além de notificar as mudanças feitas. Inclui também o gerenciamento de licenças, com total controle sobre aquisições e renovações. O item segurança define regras que autorizam e bloqueiam acessos a USBs, sites e softwares. Emite ainda um alerta quando há tentativa de violação da regra. Quanto à produtividade, o software gera um histórico detalhado da utilização de cada computador. E o monitoramento permite atendimento remoto aos usuários, acompanhando cada estação de trabalho ou setores inteiros. Por fim, o desempenho fornece gráficos com os rendimentos das estações de trabalho promovendo comparações entre elas. E os resultados de sua aplicabilidade na prática são a capacidade de medir a produtividade, identificando o uso adequado e os tempos perdidos pelo funcionário no computador. Ele também bloqueia o necessário, deixando a vida do gestor muito mais fácil. Com isso a empresa identifica, através de relatórios, o tempo gasto em cada software disponibilizado à equipe, detectando exageros, recursos subutilizados e computadores ociosos. Na área de segurança da informação,

Segundo o advogado Filipe Pereira Mallmann, entre os cuidados que o empresário deve tomar em relação ao sistema está o de informar seus colaboradores da implantação do software, deixando claro que a equipe será monitorada e de que forma isso será feito, para que não incorra em problemas com a Justiça do Trabalho. “O importante é que o funcionário tenha total conhecimento de que seu computador passa pelo controle do gestor, com regras de segurança e de leitura de produtividade”, salienta o advogado. Ele recomenta também a inclusão dessa ciência no regimento interno da empresa. “O texto deve ter, inclusive, a indicação das penalidades para infrações das políticas estabelecidas”, complementa Mallmann. Empresas de diversos portes e diferentes segmentos podem utilizar o Neteye, colocando na prática a sua política de segurança da empresa. Para isso, aplicam as regras de acordo com essa política, fazendo o bloqueio e liberações de acessos a sites, impressoras, dispositivos móveis conforme a necessidade de cada setor ou colaborador. “No segmento dos distribuidores de autopeças, a Ravena, de Taquara (RS), integra nosso portfólio de clientes desde 2010. A exemplo de outros clientes, de diversos segmentos, a Ravena utiliza o Neteye principalmente para monitorar o acesso à internet, sites e redes sociais”, indica Santini. O gerente de TI da Ravena Distribuidores de Autopeças, Isaias Castro, con-

ta que o software foi implantado há mais de dois anos na empresa, com módulos de controles de sites, produtividade e monitoramento. “Com este pente-fino, a produtividade mudou da água para o vinho. Foi uma reeducação dos nossos funcionários”, comenta Castro. A empresa possui 30 estações acompanhadas pelo programa. O software é um facilitador da vida do gestor, pois fornece relatórios precisos de tempo de desperdício em outras atividades não relacionadas ao trabalho. “Temos dados que comprovam que ambientes corporativos com monitoramento tiveram redução de até 90% de uso indevido dos computadores. Com mais foco nas tarefas, os profissionais darão maior retorno para a empresa”, considera o empresário. De acordo com Santini, o programa auxilia a empresa na busca de melhores resultados, oferecendo dados valiosos que muitas vezes o gestor não consegue mensurar. “No mundo corporativo de hoje, o sucesso empresarial está cada vez mais ligado à tecnologia. A empresa que não se utiliza de ferramentas eficazes de gestão corre o sério risco de desaparecer do mercado em pouco tempo”, conclui.

Bando de Imagens

Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 25


Foto: Hector Landaeta


Ferramentas ○

A dinâmica na renovação do ferramental s inovações tecnológicas na área automotiva exigem cada vez mais qualificação dos profissionais do setor, assim como o ferramental específico para a execução do trabalho. E essas ferramentas passam por diversas segmentações, da manual à eletrônica, renovando-se, rapidamente, para acompanhar o desenvolvimento dos produtos. Segundo Sandro Machado, promotor técnico da Ferramentas Gerais (FG), de Porto Alegre (RS), é essencial a constante atualização desses equipamentos. “A evolução é muito rápida no mercado automotivo. O ferramental tem que disponibilizar condições de absorver essas novas tecnologias e não tornar-se obsoleto em pouco tempo”, afirma. O técnico enfatiza que, nos últimos anos, a eletrônica invadiu os automóveis, tornando-os mais econômicos, seguros e potentes, e as ferramentas também se sofisticaram. Por essa razão, aumentou o interesse por equipamentos portáteis de diagnóstico dos sistemas de injeção, ABS e outros itens da eletrônica embarcada. Seguindo esse conceito de modernização, a FG receberá em breve a linha de ferramentas pneumáticas TMX, que agrupam chaves de impacto, esmerilhadeiras e lixadeiras. “São itens profissionais e com características que respondem à forte demanda por produtos de qualidade com preços competitivos, uma procura que cresce mais e mais a cada dia”, explica Machado. De acordo com ele, o mercado brasileiro conta com duas marcas consagradas, Gedore e Tramontina, que oferecem muitas novidades na linha de ferra-

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mentas manuais, torquímetros e carros de produtos com módulos adaptados para cada tipo de ferramenta e cores-padrão das concessionárias. Também agrega a Raven na linha de ferramentas para manutenção automotiva, entre as quais chaves multiplicadoras de torque, extratores, suportes de motor e macacos hidráulicos. Complementando as soluções profissionais, existem as linhas de ferramentas pneumáticas, elevadores automotivos, equipamentos para testes, scanners e uma completa linha de adesivos. “Não poderíamos deixar de citar os equipamentos de proteção individual (EPI), cada vez mais utilizados para garantir a segurança dos profissionais do segmento”, cita. No segmento de pintura e reparo automotivo, existe a linha de pistolas de pintura Devilbiss, com tecnologia HVLP, menor pressão de trabalho e menor desperdício de tinta. Na funilaria, martelos de chapeador, tassos, limas para rebate, repuxadores car spotter e os esticadores hidráulicos para chassis. “Para o motor, a novidade são os kits de ferramentas para troca de correia dentada, condicionadas em embalagens de madeira onde cada ferramenta possui seu lugar, facilitando a vida do mecânico. Além do recente lançamento do scanner diesel da Raven”, complementa o promotor. A FG, conforme Machado, aposta muito em um mix de produtos completo, que passa por ferramentas especiais, abrasivos, elevadores automotivos, balanceadores, desmontadoras de pneus, linha de borracharia e postos, material elétrico, adesivos e travas químicas. “Além desses equipamentos que aten-

dem totalmente o segmento, possuímos promotores técnicos treinados em cada linha, para o acompanhamento e o desenvolvimento dos produtos”, salienta. E como a dinâmica no segmento automotivo também atinge outros assuntos, como o tráfego urbano e rodoviário, Machado adianta: “Com a implantação da inspeção veicular, que visa ao controle da emissão de poluentes, a FG está buscando fornecedores de equipamentos com tecnologia para atender as demandas que devem surgir nos próximos anos. Em breve teremos novidades”.

“A evolução é muito rápida no mercado automotivo. As ferramentas têm que disponibilizar condições de absorver essas novas tecnologias e não tornarem-se obsoletas em pouco tempo.”

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Meio Ambiente ○

Inspeção veicular aponta frota com índices altos de reprovação Divulgação/EPTC

Linha de Inspeção Veicular e Ambiental realizada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) chegou a números preocupantes, depois de uma série de verificações em veículos que circulam em Porto Alegre (RS). Os automóveis de frota privada foram submetidos aos mesmos padrões de vistoria aplicados aos táxis da Capital e apresentaram índices de reprovação acima de 75%, enquanto esse percentual não passa de 27% na frota de táxis. O programa avaliou 201 veículos na primeira etapa do piloto. A análise do monitoramento apontou também que 70% dos veículos que utilizam GNV têm problemas na queima de combustível líquido (álcool e gasolina) por falta de utilização do sistema de injeção convencional. E mais: 37% deles são reprovados nos itens emissão de gases, freios suspensão e alinhamento; 15% possuem emissão de poluentes acima do limite estipulado pelo fabricante. “Em termos de uma cidade como Porto Alegre, identificar e corrigir os defeitos indicados pela linha de inspeção pode gerar redução significativa de acidente e da emissão de gases tóxicos à atmosfera”, afirma Almir Raupp da Rosa Júnior, engenheiro da Coordenação de Inspeção Veicular. Segundo o

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Carros particulares são submetidos a mesmos padrões dos táxis engenheiro, a EPTC deverá reNa avaliação alizar outros programas de visde 201 veículos torias em breve, mas ainda sem data prevista. em caráter Em relação à inspeção ameducativo, 75% biental, Rosa considera que antes de tudo é uma questão dos automóveis de saúde pública. “Veículos não passaram desregulados lançando toneladas de gases tóxicos como CO, na vistoria. HC e NOx (compostos nitroOs itens emissão genados) afetam toda a sociedade, ou seja, todo o cidadão. de gases, freios, Independente de possuir ou suspensão e não automóvel, sofre as consealinhamento quências da poluição veicular”, ressalta. Para ele, ainda faltam reprovaram 37% definições políticas na Assembleia Legislativa e no Executivo do Estado que definam a data de implantação e a forma de trabalho. Por meio da Coordenação de Inspeção Veicular, a EPTC realiza vistoria periódica nos veículos que operam o transporte público da capital Gaúcha. São 3.900 táxis, 1.600 ôni-

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bus, 600 escolares, 400 lotações e 600 veículos locados à Prefeitura de Porto Alegre. Para realizar cada vistoria o permissionário paga uma taxa (valor variado dependendo do modal de transporte). No caso dos veículos particulares a inspeção tem caráter educativo e gratuito, sem punição para defeitos e problemas encontrados nos veículos. As inspeções na frota pública ocorrem diariamente, de segunda a sexta-feira, avaliando aproximadamente 130 veículos/dia. As inspeções nos carros particulares acontecem aos sábados, sob agendamento, atendendo aproximadamente 20 veículos por dia. Os carros são diagnosticados por equipamentos computadorizados em tempo real, por meio de softwares baseados em normas como ABNT NBR 14040, Resolução CONAMA 418/09 e Instrução IBAMA 06/10, além de regulamentações do Inmetro. O tráfego de veículos no Rio Grande do Sul já ultrapassou a marca de 5 milhões de veículos emplacados, dos quais 61% automóveis. Em Porto Alegre já são mais de 520 mil automóveis. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), mais de 4 milhões de veículos da frota circulante em todo o país possuem mais de 18 anos de uso.


Panorama ○

SFK: 200 milhões de rolamentos produzidos no Brasil A SKF do Brasil deverá atingir a marca de 200 milhões de rolamentos produzidos, graças ao bom desempenho das montadoras de automóveis e às vendas no mercado de reposição de autopeças. Além desse registro histórico, a SKF bateu recorde de produção mensal em maio deste ano com 3,1 milhões de rolamentos fabricados no país, a melhor marca alcançada até hoje pelo complexo industrial de Cajamar (SP). A unidade acumula bons índices de produção no ano de rolamentos de roda com sensores eletrônicos de primeira geração. Em agosto, houve uma alta de 11,5% em relação a julho.

Nos oito primeiros meses do ano, a fábrica já soma mais de 800 mil peças produzidas, 77% acima do registrado no mesmo período do ano passado. A SKF do Brasil também produz e comercializa rolamentos de suspensão. Há pouco mais de três anos começou a investir em sua fábrica para atender a demanda local e o mercado internacional. Além do Brasil, apenas as subsidiárias da França e da China produzem rolamentos de suspensão desse tipo. Em outubro de 2011, a SKF inaugurou sua segunda unidade de manufatura no país, no complexo industrial de Cajamar, destinada à produção de rolamentos de roda de segunda geração (HBU2), todos com sensores de ABS, antecipando a exigência da legislação brasileira que prevê adoção do uso do dispositivo nos carros fabricados a partir de 2014. Em 2011, a companhia produziu 29,6 milhões de rolamentos para atender todos os seus mercados. E este ano deve chegar à marca de 32 milhões de rolamentos produzidos.

Taurus lança capacete branco Acompanhando a tendência de mercado, a Taurus lançou recentemente o capacete Apribile na cor branca, dando aos motociclistas mais uma opção de produto para a sua segurança. O Apribile tem acabamento interno composto por forração removível, lavável e fabricada com tecido antialérgico. A viseira possui engate rápido, permitindo maior agilidade na troca, e apresenta alta qualidade ótica, que reduz as distorções causadas pelos faróis dos veículos. O modelo também traz adesivos decorativos em vinil ou decal e adesivos retrorrefletivos na parte frontal, lateral e traseira. Está disponível nos tamanhos 56, 58, 60 e 62.

Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 29


Panorama ○

Fabricantes de autopeças debatem importância do remanufaturado A Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças (ANRAP) discutiu a importância do uso do remanufaturado na manutenção de veículos em um workshop realizado, em Belo Horizonte (MG), em outubro. BorgWarner, Bosch, Cummins, Delco Remy, Eaton, Garrett, Knorr-Bremse, Schaeffler Brasil (Divisão Luk), TRW Automotive e ZF (com a linha de embreagem SACHS) uniram-se a frotistas, distribuidores de autopeças, montadoras, aplicadores, profissionais de manutenção e usuários do mercado automotivo.

O encontrou abordou também atuais e futuras tendências do mercado de autopeças no Brasil e no mundo, efeitos de recondicionamento para a segurança e durabilidade dos automotivos e desafio da logística reversa de qualidade. “É fundamental que as empresas façam o recolhimento de carcaças de maneira responsável, pré-selecionando o material de acordo com o segmento e destinando-o às devidas empresas”, indicou Jefferson Germano, presidente do Comitê ANRAP e gerente de Aftermarket da Knorr-Bremse para o Brasil e América Latina.

Nova lâmpada para faróis com 60% mais luz A OSRAM acaba de apresentar ao mercado brasileiro a lâmpada automotiva Silvestar 2.0, indicada para uso em faróis modernos de lentes transparentes. Disponível nas versões H1, H4, H7 e H11, a nova tecnologia possui até 20 m a mais de projeção de luz na estrada, aumentando a visibilidade e o poder de reação frente aos obstáculos. Tem potência de 55 ou 60W, referência que está de acordo com as normas de certificação, que proíbe o uso de dispositivos de 100W. A lâmpada possui emissão de luz 60% maior quando comparada à tradicional Standard e tem duração em dobro do tempo, sem exigir a instalação do relé.

30 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1

Divulgação Bosch

Cursos são direcionados à reparação automotiva

Mão de obra: capacitação e reciclagem O Centro de Treinamento Técnico Automotivo Bosch e o Senai fecharam parceria para a capacitação e a reciclagem da mão de obra no mercado de reparação automotiva. Unidades do Senai em Porto Alegre (RS) receberam equipamentos e componentes, além de ferramentas para dar suporte à realização dos cursos técnicos da Bosch. Em outubro, o treinamento abordou o Common Rail - Diagnose Veicular. Para dezembro, o curso previsto, entre os dias 4 e 6, é o de sistema de injeção eletrônica: sensores e atuadores. Informações e inscrições estão disponíveis no site www.superprofissionaisbosch.com.br. Caso as vagas para o curso escolhido tenham se esgotado, o candidato pode manifestar seu interesse em ser acionado futuramente, quando uma nova turma for programada. Mais informações pelo telefone (19) 2103-1419.




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