Brasília Capital 256

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Brasília, 23 a 29 abril de 2016 - Ano VI - 256

O Brasília Capital presenteia seus leitores com uma homenagem à capital da República no seu 56º aniversário. Veja o que Rodrigo Rollemberg, Celina Leão e Renato Rainha dizem sobre a cidade.

Pelaí

Sinpro

Marcela, a bela, recatada e do lar esposa de Temer PÁGINAS 2 e 3

Professores debatem racismo e LGBT Fobias PÁGINAS 7

Lula Marques/ Agência PT

A revolução das rosas

H

á exatos 32 anos, em 25 de abril de 1974, ocorria em Portugal a Revolução dos Cravos, resultado de um movimento social que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, que vigorou desde 1933. Na segunda-feira, 25 de abril de 2016, o Senado brasileiro define a comissão especial que apreciará a admissibilidade encaminhada pela Câmara dos Deputados para afastar a presidente da República. Uma semana antes, na terça-feira (19), cerca de mil brasilienses foram

ao Palácio do Planalto hipotecar apoio a Dilma Rousseff, a primeira mulher a chefiar a Nação. E podem ter iniciado, ali, a Revolução das Rosas, embora tudo leva a crer que os dias de Dilma no poder estejam contados. Uma das motivações do ato foi se solidarizarem à presidente contra o voto do deputado Jair Bolsonaro, que, ao se declarar favorável ao impeachment, citou o coronel Brilhante Ustra, que torturou Dilma no DOI-CODI durante a ditadura militar (19641984). Em Portugal o movimento foi liderado

por capitães das Forças Armadas. No Brasil, os primeiros movimentos populares desta quadra histórica surgiram em 2013, culminando com os pedidos de impeachment. Em Roma, os Cravos têm o nome de Flor de Júpiter, por apresentar características do deus de mesmo nome na mitologia romana (Zeus, na Grega). Têm um aroma peculiar e delicado. Já a rosa, conhecida como a Rainha das Flores, tem perfumes variados conforme suas cores, sendo a vermelha, presenteada a Dilma, a mais forte. /PÁGINAS 4 e 6


E

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e

Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). Circulação aos sábados. SRTVS Quadra 701, Ed. Centro Multiempresarial, Sala 251 Brasília - DF - CEP: 70340-000 - Tel: (61) 3961-7550 comercial.bsbcapital@gmail.com.br www.bsbcapital.com.br

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CARTAS

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Esplanada é fechada Eles poderiam aproveitar e aprovar projetos, já que estão tão unidos. Pelo amor de Deus, é tanta violência, tanto estupro, tanta coisa que nem sabemos mais o que fazer. Nosso Brasil está vivendo uma verdadeira guerra. Na verdade, o brasileiro já se acostumou com isso. nLuana Cristina, via Facebook.

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Pelai

Política

O

gestor público Marcelo Lourenço Coelho de Lima é o novo secretário de Justiça e Cidadania, que era comandada por Guilherme Rocha Abreu. Ele assumira interinamente em fevereiro, após a saída de João Carlos Souto. Este era indicação do distrital Raimundo Ribeiro (PPS), agora na oposição ao GDF na Câmara Legislativa.

Morador do Sudoeste encontrado na Bahia Agradeço a todos que se movimentaram e que se sensibilizaram pela causa. Com a ajuda de vocês, encontramos me padrasto Marcus Vinícius Medeiros. nLucas Cunha, via Facebook

divulgação

Rollemberg descarta metrô... Durante a entrevista ao Brasília Capital na terçafeira (12) – leia no caderno especial do aniversário de Brasília encartado nesta edição –, o governador Rodrigo Rollemberg descartou a possibilidade de seu governo construir um ramal do metrô para a parte Norte do DF.

... e aposta no BRT Norte “O Estado não tem capacidade de investimento”, disse. E destacou a declividade do terreno como outro dificultador do empreendimento. “Tenho a impressão de que a solução para o transporte público do Plano Piloto para Sobradinho e Planaltina é o BRT norte, que tem condições de atender de forma mais adequada àquela região”.

José Flávio na articulação legislativa A Casa Civil do GDF ganhou a sua quarta secretaria-adjunta. Na quarta-feira (20), o governador Rodrigo Rollemberg anunciou a criação da pasta de Assuntos Legislativos. Quem vai comandá-la é o experiente José Flávio de Oliveira, que já exerceu a mesma função nos governos de Joaquim Roriz na década de 1990.

Os pupilos de Sérgio Sampaio Os outros três adjuntos são Fábio Rodrigues Pereira (Casa Civil); Igor Tokarski (Relações Institucionais e Sociais); e Oskar Klingl (Ciência, Tecnologia e Inovação). Todos sob a batuta de Sérgio Sampaio.

Obras para todos os lados Ainda não vi nada. Só campanha do mosquito e plantando ipês. nAna Brau, via Twitter Rollemberg deu sorte que a crise nacional abafou qualquer problema na capital federal. Mas a verdade é que, assim como a presidente, tudo que

ele prometeu fazer em sua campanha eleitoral não foi cumprido. Cadê a expansão do Metrô? Interbairros? O trem Brasília-Goiás? nManoel Castro, via email Sem pai nem mãe Perfeita leitura do atual cenário político brasileiro feita pelo Brasília Capital. Todos estão


Política

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O Brasil tem jeito...

Até tu, Marx?

Durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, dezenas de deputados exaltaram a família antes de votar a favor do impeachment. Entre eles, Raquel Muniz (PSD-MG), que antes de começar a dar pulinhos gritando “sim”, “sim”, “sim”, agitando a bandeira do Brasil, exaltou as qualidades do marido Ruy Muniz (PSB).

Apesar de carregar o nome do principal filósofo e revolucionário socialista, Marx Beltrão (PMDB-AL) votou pelo afastamento de uma presidente da República de esquerda. Ele defende eleição para presidente ainda neste ano.

... Teje preso! Na segunda-feira (18), Ruy Muniz foi preso pela Polícia Federal, acusado de desvios de verbas da Saúde em Montes Claros (MG), onde é prefeito.

Revisão constitucional Na terça (19), foi divulgado um perfil da esposa do vice-presidente Michel Temer, Marcela Temer (foto), com o título “bela, recatada e do lar”. Na quarta, a Câmara abriu investigação sobre a prostituição dentro de suas instalações. Entre marido preso, belas, recatadas, do lar e prostitutas, as redes sociais não perdoaram, e os posts irônicos explodiram. A Câmara precisa revisar o conceito de família na Constituição. Urgentemente!

Indecisos? Entre os 38 indecisos da lista divulgada na sexta-feira (15) pelo PT pelo Facebook, apenas 10 votaram contra a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Seis deputados se abstiveram e 22 votaram “sim”. Faltaram 26 votos para Dilma se livrar do processo.

preocupados com seus interesses, mas ninguém com o bem maior da população. O Brasil é um filho órfão. Enquanto isso, nós vemos os principais corruptos do País se aproximando do poder, mas, com a moralidade de todos em xeque, o Parlamento está fadado a um mesmo julgamento popular. Os políticos se tornaram fari-

nha do mesmo saco. nRita Duarte, via email Por mais que eu torça pela permanência da presidente, achei o seu governo muito ruim. Ela cavou sua própria cova. Mas torço para que, caso o Temer assuma, faça um bom governo e que, realmente, o Brasil cresça. É fundamental

Achacador O TJDFT reverteu a condenação do ex-governador Cid Gomes (PDT-CE) contra o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cid havia sido condenado a pagar R$ 50 mil a Cunha por tê-lo chamado de “achacador”. Cid alegou que usou a palavra “achaque” para se referir à manobra de pressão política do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, com a intenção de subjugá-lo e de enfraquecê-lo politicamente. E não uma referência direta à pessoa de Cunha.

DF, só suplentes Os senadores Cristovam Buarque (PPS) e Hélio José (PMDB) serão suplentes na Comissão Especial de Impeachment. Reguffe, por estar sem partido, não pode participar do colegiado. Os três brasilienses já adiantaram que votarão pelo acatamento do processo de investigação na Casa.

a manutenção das conquistas dos últimos 13 anos de governos petistas. nMário Araújo, via email Já passou da hora dessa presidente sair do poder. Sociedade burra que apóia um governo cujo principal objetivo é desviar dinheiro público. nAldo Barbosa, via email

José Euclides Queiroz Ferreira (*)

O dia seguinte Assistimos no domingo (17) a votação para a admissibilidade do processo de afastamento da presidente Dilma Roussef. Brasileiros indignados, honestos, desonestos, torcedores fanáticos (dos dois lados) e representantes de grupos politiqueiros pagos usaram as redes sociais para debater suas ideias e defender ou atacar a presidente. Ou seja, as redes sociais se transformaram em verdadeiras feiras de discussões. Vimos de tudo no domingo, como as declarações dos votos “por Deus”, “pela família”, “porque ela não me atendeu”, “porque o partido mandou”. Tivemos de tudo. Foi uma reprodução online dos embates que ocorreram nas ruas. Como existia um clima de guerra entre torcidas raivosas, temia-se pelo pior. Felizmente, nada disto aconteceu, embora tenhamos identificado três grupos preponderantes nas redes sociais: os radicais (apoiadores de quem quer que seja, desde que tirem o PT do poder); os torcedores fanáticos e os grupos politiqueiros pagos. O restante é a classe dos indignados honestos. Este último grupo, com adeptos por todos os cantos do Brasil, foi o responsável pela maior surpresa na segunda feira, o “dia seguinte”. Os apoiadores de Dilma estavam certos de que seriam “gozados”, pessoalmente ou pela internet, como é comum ocorrer com os torcedores dos times derrotados nos jogos de fim de semana. Mas, ao contrário, os “dilmistas” não foram alvos das brincadeiras entre vencedores e vencidos. O mais comum foi a avaliação do comportamento dos deputados. Uns diziam que não sabiam que nossos representantes no Congresso eram daquele jeito, com aquela qualidade moral e ética. O que mais se ouvia eram frases do tipo: “com este Congresso, não tem presidente que governe, pode ser qualquer um”, “parecia um fila de pedintes desavergonhados por Deus e pela família, por meu gato, cachorro, papagaio, periquito, por não ter feito o que eu queria, etc.“ E assim, cabem as perguntas: pedindo o quê? Para si ou para o Brasil? Pelos interesses do povo ou de seus umbigos? Foi então que a apatia trouxe a indignação e esta trouxe consigo a falta de credibilidade. E agora, estes que antes apoiavam o impeachment, estão pensativos. E não adianta os meios de comunicação tentarem justificar nada, pois foi demais. Deputado fazendo homenagem a torturador, deputado levando Cunha nos braços e já sugerindo anistiá-lo, como se anistiando o presidente da Câmara estivessem anistiando a si mesmos. Outros pregaram a legitimidade de Temer, que está em xeque pelos seus próprios atos. Parafraseando Eduardo Cunha, quando ele proferiu seu voto: “Deus tenha misericórdia do Brasil”. (*) Empresário, brasileiro, nordestino e pernambucano


Política

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Lula Marques/ Agência PT

Pelos campos há fome em grandes plantações Pelas ruas marchando indecisos cordões Ainda fazem da flor seu mais forte refrão E acreditam nas flores vencendo o canhão

Flores contra a tortura

Orlando Pontes

M

ovidas pelo sentimento de repúdio à declaração de voto do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército durante o regime militar (1964-1984), mais de mil mulheres, segundo as organizadoras (400, de acordo com a Polícia Militar), foram ao Palácio do Planalto levar sua solidariedade à presidente Dilma Rousseff na noite de terçafeira (19). Ustra foi considerado o maior torturador da ditadura, tendo como uma de suas vítimas

a própria Dilma. Entre outras barbáries, ele teria introduzido um rato vivo na vagina da atual presidente da República numa das sessões de tortura nos porões do DOI-CODI. A ideia da manifestação no Planalto partiu de uma integrante do grupo “Moradores de Águas Claras”, no Facebook. “Já no domingo à noite, nós debatíamos o absurdo de um deputado homenagear um torturador em meio a uma votação tão importante e em plena democracia”, conta Leila Moraes, moradora do setor P-Sul, de Ceilândia. De acordo com ela, na segunda-feira pela manhã surgiu a proposta de darem um abraço no Planalto pela democracia. O evento acabou batizado de “Abraçaço”,

inspirado na capa de um disco do cantor Caetano Veloso. A partir daí, passaram a confeccionar camisetas e bandeiras com a marca. A mobilização prosseguiu pelo Facebook e por outras redes sociais. Mais de mil pessoas confirmaram presença, mas apenas vinte tiveram autorização da Casa Militar para entrar no Palácio. No entanto, durante a cerimônia, enquanto a comissão entregava flores à presidente, as demais gritavam palavras de apoio do lado de fora. Dilma, contrariando a segurança, resolveu descer a rampa. Cumprimentou as manifestantes, disse estar muito feliz com o gesto e que iria dormir “com a alma lavada”.

O ato de terça-feira teve o simbolismo de reagir ao ódio não com a mesma moeda, mas retribuindo-o com o amor representado pelas rosas. E lembra os versos (acima) do compositor Geraldo Vandré – também torturado durante o regime militar – na canção “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores”. Para as integrantes do “Moradores de Águas Claras”, o resultado da votação no plenário da Câmara (367 votos a favor e 147 contra o encaminhamento do processo para o Senado) não significa o fim da mobilização dos segmentos sociais contrários ao impeachment. E a iniciativa já ganha adeptos para ser reproduzida em cidades como o Rio de Janeiro e Porto Alegre. “A decisão da Câmara, tampouco, significa que a sociedade brasileira aceita o retrocesso, com a volta de ditadores e torturadores ao poder”, disse uma jovem, que entregou à presidente uma cópia do poema Intertexto, de Bertolt Brecht: Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários Mas não me importei com isso Eu também não era operário Depois prenderam os miseráveis Mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados Mas como tenho meu emprego Também não me importei Agora estão me levando Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém Ninguém se importa comigo.


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Política

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Poesia pela democracia Caberá ao Senado, a partir da segunda-feira (25) decidir se afasta Dilma do cargo e entrega a presidência da República ao vice Michel Temer. Dilma continuará morando no Palácio da Alvorada até a decisão final de sua destituição. O julgamento que será comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que deve ocorrer no máximo

seis meses após o afastamento temporário da presidente. Até lá, ela certamente guardará com carinho o “Abraçaço” que recebeu das brasilienses. E poderá “dormir com a alma lavada” embalada pela composição “As Rosas Não Falam”, de Cartola, ou envolvida pelos versos do poema “A Rosa Desfolhada”, de Vinícius de Moraes:

Os números do impeachment Resultados por Estado Estado A favor Contra Abstenção Ausência Acre 4 4 0 0 Alagoas 6 3 0 0 Amapá 3 4 1 0 Amazonas 8 0 0 0 Bahia 15 22 2 0 Ceará 9 11 1 1 Distrito Federal 7 1 0 0 Espírito Santo 8 2 0 0 Goiás 16 1 0 0 Maranhão 10 8 0 0 Mato Grosso 6 2 0 0 Mato Grosso do Sul 5 3 0 0 Minas Gerais 41 12 0 0 Pará 10 6 1 0 Paraíba 9 3 0 0 Paraná 26 4 0 0 Pernambuco 18 6 1 0 Piauí 5 5 0 0 Rio de Janeiro 34 11 0 1 Rio Grande do Norte 7 1 0 0 Rio Grande do Sul 22 8 1 0 Rondônia 8 0 0 0 Roraima 7 1 0 0 Santa Catarina 14 2 0 0 São Paulo 57 13 0 0 Sergipe 6 2 0 0 Tocantins 6 2 0 0 Total 367 137 7 2

Resultado por Região Região A favor Contra Abstenção Ausência Norte 46 17 2 0 Nordeste 85 61 4 1 Sudeste 140 38 0 1 Centro Oeste 34 7 0 0 Sul 62 14 1 0 Total 367 137 7 2

Resultados por Partido Partido A favor Contra Abstenção Ausência PMDB 59 7 0 1 PSDB 52 0 0 0 PP 38 4 3 0 PSB 29 3 0 0 PSDB 29 8 0 0 DEM 28 0 0 0 PR 26 10 3 1 PRB 22 0 0 0 PTB 14 6 0 0 SD 14 0 0 0 PSC 10 0 0 0 PPS 8 0 0 0 PTN 8 4 0 0 PDT 6 12 1 0 PHS 6 1 0 0 PV 6 0 0 0 PROS 4 2 0 0 PSL 2 0 0 0 PT do B 2 1 0 0 REDE 2 2 0 0 PEN 1 1 0 0 PMB 1 0 0 0 PC do B 0 10 0 0 PSOL 0 6 0 0 PT 0 60 0 0 Total 367 137 7 2 Resultados por bancada Bancada A favor % Contra% Abstenção/ ausência% Evangélica 84 13 3 Rulalista 83 17 0 da Bala 81 17 2 Defesa dos Direitos Humanos 59 40 1 Indústria 70 28 1 Movimento anticorrupção do MPF 82 17 0 Ambientalista 74 26 0 Média % 76,14 22,57 1

As Rosas Não Falam Bate outra vez Com esperanças o meu coração Pois já vai terminando o verão Enfim Volto ao jardim Com a certeza que devo chorar Pois bem sei que não queres voltar Para mim Queixo-me às rosas Mas que bobagem As rosas não falam Simplesmente as rosas exalam O perfume que roubam de ti, ai Devias vir Para ver os meus olhos tristonhos E, quem sabe, sonhavas meus sonhos Por fim

A Rosa Desfolhada Vinicius de Moraes folhada Tento compor o nosso amor Dentro da tua ausência Toda a loucura, todo o martírio De uma paixão imensa Teu toca-discos, nosso retrato Um tempo descuidado Tudo pisado, tudo partido Tudo no chão jogado E em cada canto Teu desencanto Tua melancolia Teu triste vulto desesperado Ante o que eu te dizia E logo o espanto e logo o insulto O amor dilacerado E logo o pranto ante a agonia Do fato consumado Silenciosa Ficou a rosa No chão despetalada Que eu com meus dedos tentei a medo Reconstruir do nada: O teu perfume, teus doces pêlos A tua pele amada Tudo desfeito, tudo perdido A rosa desfolhada


Política

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Sinpro debate racismo e LGBT Fobias Seminário será realizado nos dias 25 e 26 de abril

A

luta por uma educação antirracista e contra todo tipo de discriminação é uma bandeira histórica e uma política que o Sindicato dos Professores no Distrito Federal defende com toda dedicação. Nos dias 25 e 26 de abril, o Sinpro-DF realizará o seminário “Por uma Educação Antirracista e sem LGBT Fobias”. Os professores e pedagogosorientadores educacionais poderão se inscrever no site

www.sinprodf.org.br, no link disponibilizado ao final deste texto. O seminário é uma importante iniciativa de combate ao racismo, à lesbofobia, bifobia, homofobia, transfobia. Serão três dias de debate com professores para promover a formação dos filiados interessados. A atividade é realizada por intermédio da Secretaria para Assuntos de Raça e Sexualidade e tem também o objetivo de subsidiar e empoderar professores e pedagogos-orientadores educacionais para atuar no combate ao racismo e à LGBT fobias na execução do magistério.

Com esse seminário, a Secretaria de Raça e Sexualidade busca trazer temas pulsantes e delicados para o debate, como, por exemplo, o enfrentamento do racismo e da LGBT Fobia no âmbito do currículo escolar, não somente na documentação existente, mas também no dia a dia na sala de aula. Um dos palestrantes, Edson Cardoso, é professor-doutor da Universidade Católica de Brasília (UCB) e já lançou vários livros sobre a questão racial. Também estão confirmadas a professora e sindicalista paulista Anatalina Lourenço; Ieda Leal,

representante da CNTE, que participará do primeiro dia; e Roberta Fernandes de Souza, psicóloga e mestre em saúde mental pela Universidade de Campinas (Unicamp). Todos são militantes do movimento negro. Durante o seminário, a diretoria do Sinpro realizará o “Abraço Negro”: uma campanha antirracista em curso, iniciada em 21 de março e que vai até 20 de novembro. As inscrições para o seminário serão feitas por turno. Para realizá-la acesse o site do Sindicato: www.sinprodf.org.br . Mais informações no telefone (61) 3343-4206.

Como ficaria Moscou sem Dilma? Alexandre Massi (*)

A

política externa brasileira passou a ter, a partir do Barão do Rio Branco (ministro das Relações Exteriores entre 1902 e 1912 e maior expoente da diplomacia brasileira), três orientações básicas: a política da boa vizinhança, a prioridade às relações com Washington - em um período histórico ainda sob a “Pax Britannica”, no qual ainda não era evidente que o século 20 seria dominado pelos EUA - e o apoio ao primado do Direito Internacional sobre as relações de força. Nessa linha, o Brasil deu prioridade à Organização das Nações Unidas (ONU), desde sua fundação em 1945, bem como à Organização Mundial do Comércio (em sua formação inicial, em 1947, como GATT, ou “General Agreement on Tariffs and Trade”). Nas décadas de 1970 e, sobretudo, de 1980, uma quarta orientação básica foi adicionada à política externa brasileira: a promoção das exportações. Isto derivou do acelerado processo de industrialização brasileiro a partir da década de 1960, pois, antes, o

país exportava basicamente commodities: café, açúcar e outros. E a Rússia? Nessas quatro orientações, onde se encaixa a relação atual com a Rússia? Em primeiro lugar, na de promoção comercial. As exportações brasileiras para a Rússia situam-se na faixa dos US$ 4 bilhões anuais, e os principais produtos enviados são carnes (bovina, suína e de frango), café, soja e derivados, açúcar e tabaco. A Rússia é uma das dez maiores economias do planeta, com potencial para absorver ainda mais produtos e serviços brasileiros. Empresas como a Rosneft (petróleo e gás) e a Miratorg (alimentos) também já investiram no Brasil, sendo ainda enorme o potencial de investimentos de outros grupos russos no país. Mas, além da promoção comercial, há o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que virou uma das prioridades da política externa do Brasil. Ainda é cedo para saber se o Brics veio para ficar ou se é modismo com prazo de validade reduzido. Seja como for, o bloco reflete a transição de um

mundo unipolar (centrado nos EUA) para o multipolar, em que alguns grandes países, incluindo os do Brics, deverão ter crescente influência nos assuntos regionais e globais. A importância que o Brasil confere ao Brics se deve, portanto, ao fato de se tratar do primeiro clube com protagonismo global do qual é sócio-fundador e parceiro em igualdade de condições. Isso não acontece, por exemplo, na ONU, onde o Brasil não é membro permanente do Conselho de Segurança. Tampouco no Fundo Monetário Internacional (FMI), onde o poder de voto do país é muito inferior ao das potências ocidentais, sobretudo os EUA. Dito isso, a pergunta inicial deste artigo fica já encaminhada. A promoção comercial com a Rússia continuará, sem dúvida, em qualquer novo governo que venha, porventura, a assumir o Brasil. A prioridade dada aos Brics deve permanecer também, a não ser que a agenda do grupo passe a confrontar abertamente os EUA - algo improvável, já que China e Índia têm parcerias econômicas essenciais com Washington. Por fim, as relações políticas com a

Rússia sempre foram cordiais e positivas - desde o Império, por exemplo, quando D. Pedro II visitou São Petersburgo, em 1876. Durante a Guerra Fria, o Brasil manteve-se relativamente neutro quanto à disputa Leste-Oeste e teve um diálogo fluido com Moscou. E nos últimos vinte anos de pós-Guerra Fria, o relacionamento político bilateral estreitou-se cada vez mais. Portanto, em caso de afastamento da atual presidente, substituída por seu vice, Michel Temer, que já visitou Moscou diversas vezes, ou mesmo por algum político de oposição, a relação do Brasil com a Rússia deverá manter sua orientação atual, que historicamente veio sendo pautada por interesses de Estado.

(*) Professor de Relações Internacionais

Este material foi originalmente publicado pelo portal Gazeta Russa, parte do projeto RBTH, que leva notícias da Rússia para 17 línguas, em 29 países, inclusive o português brasileiro. www.gazetarussa.com.br


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