Brasília Capital 248

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Ano VI - 248

Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016

Fuga de capital O DF perdeu 43 mil empregos na construção civil no primeiro ano do governo Rollemberg. Empresas estão saindo de Brasília devido à insegurança jurídica e a burocracia. E a tendência é piorar. Páginas 4 e 5

Fuga da Papuda Página 8

Depois que dez presos fugiram do presídio, na madrugada de domingo (21), eclodiu uma crise na Segurança Pública. Raimundo Ribeiro (esq.) entregou 650 cargos e rompeu com Rollemberg. Página 8


E

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e

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CARTAS

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A falta que faz Brizola Brizola era um ser humano e um político autêntico. Esses outros por aí são oportunistas. Lembro do dia em que foi divulgado o resultado do primeiro turno da eleição para presidente, da qual ele participou, e Lula e Collor foram para o segundo turno.

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Pelai

Política

A

O sofá da sala – 1 O episódio da exoneração do secretário de Justiça, João Carlos Souto, do subsecretário do Sistema Penitenciário, João Carlos Lóssio, e do diretor da Penitenciária 1, Mauro Cézar Lima (foto) - leia matéria na página 8 - deu o tom de como o governador Rodrigo Rollemberg tenta escamotear a verdade e esconder o desastre administrativo do seu governo – sempre com um viés de culpar subordinados pela sua deficiência como gestor.

O sofá da sala – 2 Até as pedras do Palácio do Buriti sabem que a secretária de Segurança não tem aptidão para exercer um cargo de tanta relevância. Ficou claro, portanto, que as exonerações foram, na verdade, retaliações contra o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB). Ou seja, Rollemberg preferiu tirar o sofá da sala a punir a mulher pega em flagrante com o amante.

Mobilização palaciana

renovação do contrato de locação do prédio onde funciona a Secretaria da Criança, no SAAN, publicada no DODF de quarta-feira (24) é o indício mais forte de que o GDF não transferirá sua estrutura para o novo Centro Administrativo em Taguatinga ao longo deste ano. O novo compromisso tem validade de 12 meses.

Todo o primeiro escalão do Buriti foi posto de sobreaviso para o encontro que o governador marcou para segunda-feira (29) com os 24 distritais. Rollemberg quer passar aos parlamentares a impressão de que seu time está unido e determinado a atender as demandas dos distritais. Em troca, pedirá mais apoio aos projetos prioritários do Executivo em tramitação na Casa.

No momento em que soube do resultado, ele declarou que apoiaria Lula, mesmo com todas as restrições que ele tinha ao petista, sem negociar nada de vantagem. Isto chama-se coerência. E olha que eu nunca fui pedetista. nJoão Batista Pontes, via Whatsapp

todas as palmas! Pena ele não ter sido presidente... nÂngela, via Whatsapp

A capa do Brizola merece

Dor de cabeça à vista Novos casos de equívocos administrativos surgirão em breve na Secretaria de Saúde, onde os pareceres jurídicos dos processos são produzidos sem que o subscritor tenha formação acadêmica para tal. Essa Turma do Maranhão ainda vai dar dor de cabeça ao governador... Aguardem!

Credibilidade tem nome. Imitado, mas nunca igualado. nPedrinho Alegria, via Facebook Nunca essa frase dele foi tão certa nRosalva Nunes, via Facebook

Ajustes para 2018 A preferência por um partido deveria ser embasada por uma ideologia política, e não por uma projeção para as próximas eleições. Caso o político não tenha espaço para se projetar para algum cargo nas próximas eleições em seu partido, ele não deve-


Política

3 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Bater pra crescer Virou consenso entre os opositores que o momento é oportuno para bater em Rollemberg e, assim, crescer no conceito do eleitorado brasiliense. Os petistas Chico Vigilante e Wasny de Roure divulgaram, durante a semana, levantamentos mostrando que existe R$ 1,5 bilhão no caixa do GDF, enquanto serviços da Saúde andam pela hora da morte.

Joga pedra na Geni Na linha de ataque também apareceu o ex-vice-governador Tadeu Filippelli. Ele usou as inserções do PMDB no rádio e na TV para mostrar suas realizações desde a época em que foi secretário de Obras dos governos de Joaquim Roriz e, assim, realçar a ineficiência da atual gestão. Mesmo caminho foi adotado pelo deputado Alberto Fraga (DEM), destacando as falhas na Segurança Pública. Ou seja, Rollemberg virou a Geni.

Cristovam Buarque (*)

Para enfrentar os golpistas Os petistas brasilienses Roberto Policarpo (E), Antônio Sabino (C) e Chico Floresta participaram na sexta-feira (26) da reunião do Diretório Nacional do PT, no Rio. O encontro discutiu orientações para a militância no enfrentamento com as forças oposicionistas. “Os golpistas, não passarão!”

R

osilene Corrêa apagou as velinhas na quinta (25), celebrando mais um aniversário. Ela continua sua luta pela educação na capital federal como diretora no Sinpro/DF.

Procura-se um pênis

Sobe, Dilma!

A direção do Centro de Atenção Psicossocial (CAP-2) de Taguatinga Sul instaurou sindicância interna para localizar um pênis furtado. O aparelho era usado pelas assistentes em aulas de Educação Sexual para os pacientes em tratamento na unidade. Segundo as professoras, trata-se de um membro em formado real e tamanho avantajado, confeccionado em silicone da cor da pele humana. As aulas têm sido ministradas com um pênis reserva, cor-de-rosa, feito de plástico, que não despertou interesse do ladrão.

A Confederação Nacional do Transporte divulgou, na quarta-feira (24), pesquisa da MDA mostrando ligeira recuperação na imagem do governo Dilma. A avaliação positiva variou de 9% em outubro para 11,4% em fevereiro. Caiu de 70% para 62,4% a avaliação negativa. A taxa de desaprovação do desempenho pessoal da presidente caiu de 80,7% para 73,9% e a aprovação subiu de 15,9% para 21,8%. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 16 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2%, com 95% de nível de confiança.

ria trocá-lo como se estivesse trocando de roupa. O ideal tem que estar à frente da ambição de cada um. Reguffe, Cristovam Buarque e Celina Leão deram uma aula de como não se portar em uma legenda. É por isso que a cada semana aparecem novos partidos, em sua maioria de aluguel. nMarcelo Torres, via e-mail

STF autoriza prisão em 2ª instância A prisão preventiva é necessária para que acabe com essa farra de recursos pedidos pelos políticos, o que pode resultar em prescrição do crime ou em um período muito longo desses ladrões fora da cadeia. Luiz Estevão e Benedito Domingos, que

recentemente foram atingidos com pedidos do Ministério Público ao STF para decretarem suas prisões, já são provas que essa jurisprudência vai dar certo. Não podemos deixar políticos condenados há quase 10 anos transitarem por aí normalmente. E o pior: continuarem exercendo influência na vida política. nAline Pacheco, via e-mail

Desconstrução da esquerda Os constantes noticiários sobre a Lava-Jato têm levado militantes dos partidos do governo a dizerem que está em marcha uma campanha de desconstrução do PT e da imagem do ex-presidente Lula, cujo objetivo seria a desconstrução da esquerda. É até possível que as oposições estejam usando as notícias com esta intenção; mas a desconstrução foi feita pela própria esquerda, contando com a colaboração do Lula, do PT e demais partidos de apoio ao governo. A desconstrução da esquerda ocorreu por causa da aceitação da corrupção, sob o argumento de que todos a praticam; pela perda do vigor transformador e o consequente acomodamento; a falta de imaginação para formular nossas alternativas para avanço social; a incapacidade para perceber e entender a vertiginosa transformação tecnológica e política no mundo e o desprezo por compromissos programáticos e ideológicos. A esquerda não foi capaz de entender o pleno significado da queda do Muro de Berlim, do fim do socialismo pela distribuição da produção e o consumo industrial depredador; a consolidação do poder sindical da aristocratização do proletariado em contraposição aos interesses das grandes massas; não entendeu a dimensão da crise que vai além da luta de classes e contesta a própria base da civilização industrial; não tem proposta para a ampliação do bem-estar, combinado com o equilíbrio ecológico; não percebe a força da globalização implantando o livre comércio, quebrando as fronteiras nacionais; nem a realidade da economia atual, onde o principal fator de produção é o conhecimento, não o capital financeiro, nem os recursos naturais.A esquerda desconstruiu-se ao adotar a voracidade pelo poder e seus cargos e privilégios, envenenando os músculos de sua militância por estupidez e imoralidade. Faz parte deste esforço da autodestruição, a anulação, pela cooptação, dos movimentos sociais como UNE, CUT, MST. Somado à irresponsabilidade fiscal que provoca a maldade da inflação; o aparelhamento e a má utilização do Estado; a degradação de estatais símbolos da nação, como a Petrobras e os Correios; o desmantelamento do funcionamento e a desnacionalização do parque produtivo. No lugar de criar novas utopias, formular novas propostas, a esquerda preferiu cair nos braços do sistema tradicional, reduzindo seus programas a meras transferências de renda; colocou o poder como meta suficiente, não como etapa necessária; aceitou qualquer aliança, desconstruindo a própria imagem. A foto de Lula no jardim de um palacete para eleger seu candidato poderá ser um dia mostrada como marco da desconstrução da esquerda no Brasil, tanto quanto as fotos de jovens derrubando as pedras do Muro de Berlim significou a desconstrução do socialismo real na Europa. (*)Professor emérito da UnB e senador pelo PPS-DF


Política

4 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Atrasos na emissão de alvarás e de habite-se afugenta empresas e aumenta o desemprego no DF

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insegurança jurídica e o excesso de burocracia no Governo de Brasília são os dois principais motivos apontados por empresários para reduzir os investimentos na capital da República e prospectar investimentos em outras unidades da Federação. Desde o ano passado, são 13 mil unidades residenciais e comerciais pendentes de Habite-se. Somente 3.400 unidades foram liberadas, sendo 2.160 unidades liberadas na Justiça, segundo a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF). Outros 120 projetos ainda aguardam aprovação. Apenas a Brasal Incorporações, uma empresa genuinamente brasiliense, investiu R$ 1,5 bilhão fora do DF nos últimos dois anos – R$ 1 bilhão em Goiânia, a capital de Goiás, e R$ 500 milhões em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Outras grandes incorporadoras também fizeram o caminho de saída de Brasília, como a paulista Tecnisa e a carioca João Fortes Engenharia. Ambas tratam apenas de concluir as obras já lançadas para encerrar suas operações. Ao todo, o mercado local perdeu mais 43 mil vagas na construção civil. E a tendência é de aumento do desemprego nos próximos meses. Segundo o diretor comercial da Brasal Incorporações, Dilton Junqueira, as dificuldades enfrentadas no mercado local motivaram a busca de novos espaços nas cidades goianas de Anápolis e Rio Verde. “Estamos concentrando esforços nesse novo eixo de desenvolvimento do mercado da construção civil, onde as dificuldades burocráticas são bem menores e o poder aquisitivo da população tem capacidade de

O medo que afasta investidores absorver empreendimentos de alto nível”, diz o executivo. A João Fortes Engenharia, que tem obras em Taguatinga e Águas Claras em fase final de acabamento, com mais de 95% já concluídas, não cogita fazer novos lançamentos no DF. No início do mês, segundo denúncia dos operários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, a empresa chegou a atrasar o pagamento dos salários

de cerca de 400 funcionários. Mas, de acordo com a assessora de imprensa da empresa, Regina Zeitoune, os serviços não foram interrompidos e o prazo de entrega das cerca de 500 unidades está garantido. “A João Fortes concluiu mais de 25 obras em 2015, inclusive no DF, sempre seguindo a legislação e cumprindo suas obrigações, o que demonstra o seu comprometimento em entregar o que promete aos seus

clientes”, diz a nota enviada pela assessora para o Brasília Capital. Outro exemplo de temor com as dificuldades do mercado local impostas pela burocracia do GDF é relatado pela empresária Janine Brito. Presidente do Grupo Ferragens Pinheiro, ela pretendia construir prédios-garagem para atender à demanda por vagas de estacionamento no centro de Taguatinga e no Setor de Indústrias e Abastecimento


Política

5 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

“Adiamos os dois projetos por não termos garantia de que obteremos a tempo os documentos que assegurem a entrada em funcionamento desses espaços”. Janine Brito /Presidente do Grupo Ferragens Pinheiro

(SIA). “Adiamos os dois projetos por não termos garantia de que obteremos a tempo os documentos que assegurem a entrada em funcionamento desses espaços e, assim, conseguir o retorno do investimento”, diz ela, que também é delegada sindical do Sindiatacadista-DF. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit), Justo Magalhães, cita vários empreendimentos na cidade à espera da documentação que deveria ser emitida pelo governo. “Enquanto isso, os adquirentes continuam pagando aluguel, os incorporadores são obrigados a pagar multas e outras taxas por descumprimento do prazo de entrega e o próprio governo perde, por deixar de arrecadar impostos como IPTU, ITBI, ISS e ICMS. Afinal, todo mundo que recebe um apartamento novo sempre faz algum tipo de acabamento ou compra móveis para mobiliar a casa nova, além de precisar registrá-lo em cartório”, aponta. GDF - Procurada pela reportagem do Brasília Capital, a assessoria de imprensa da Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth) repassou a pauta para o Palácio do Buriti. A Subchefia de Relações com a Imprensa preferiu não se pronunciar. Os questionamentos eram a respeito das propostas que o GDF teria para solucionar o problema da burocracia e quando isto seria feito. Enquanto isso, pesquisas da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) registram o crescimento do desemprego na capital da República. E os setores mais atingidos são a construção civil e o comércio, que deveriam ser impulsionados justamente por esses lançamentos imobiliários. De acordo com a Codeplan, em janeiro de 2015 o índice de desemprego no DF era de 12%. A marca subiu para 15,4% em dezembro do mesmo ano e cresceu para 16,6% em janeiro deste ano. Isto significa que cerca de 270 mil pessoas estão fora do mercado de trabalho na capital da República atualmente. No início de 2015 eram 198 mil.


o kujuba

Política

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sse episódio de combate ao mosquito e á mosquita da dengue parece piada de salão – Delúbio Soares. Era cantado em verso e prosa que essa epidemia tinha prazo para se instalar no país. Anos e anos a fio, e a mesma falta de planejamento. O combate à dengue e outras epidemias decorrentes desse inseto tem que ser diário e ininterrupto, para que não sejamos vencidos por um mosquito ou mosquita de 5mm.

6 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Bitoque

Precedente muito perigoso – 1 divulgação

O Conselho Nacional do Ministério Público tem entre suas atribuições, regulamentadas pela Constituição nos artigos 103-B, § 4º e incisos, e 130-A, § 2º e incisos, as seguintes funções e vedações: “Cabe-lhes o controle da atuação administrativa e financeira das respectivas instituições, assim como do efetivo cumprimento dos deveres funcionais de seus integrantes – e só. Lhes é vedado usurpar funções especificas de juízes de direito e promotores de justiça, no que diga respeito a atribuições funcionais indelegáveis e próprias às respectivas investiduras”. Nesse episódio em que Lula e sua mulher Marisa Letícia foram desobrigados de prestar esclarecimentos ao membro do Ministério Público do Estado de São Paulo na investigação em curso, a liminar concedida sem os fundamentos jurídico/constitucional afrontou a ordem jurídica e levanta questões altamente preocupantes. Não pode o Conselho Nacional do Ministério Público interferir nas funções de execução da promotoria, incorrendo em grave risco à ordem jurídica. Portanto o Conselho Nacional do Ministério Público pode, mas não pode tudo!

Precedente muito perigoso – 2 O Supremo Tribunal Federal atropelou o Congresso Nacional ao fazer emenda constitucional e violar Cláusula Pétrea em julgamento do dia 17 de fevereiro de 2015, ao decidir mudar sua jurisprudência e passar a permitir que, depois de decisões de segundo grau que confirmem condenações criminais, a pena de prisão já seja executada. A Constituição Federal é literal ao dizer, no inciso LVII do Art. 5º, que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Por outro lado, o Congresso Nacional tem se recusado a aprovar modificações na tramitação de processos. Ali são perpetradas as mais variadas postergações ao trânsito em

julgado nos processos criminais ou de outros. Bastaria que se corrigissem essas anomalias processuais, não permitindo que fossem recebidos os mais variados recursos, que ao final não servem para nada, a não ser a postergação do cumprimento da sentença de segundo grau. São recursos e mais recursos que emperram a aplicação imediata da sentença condenatória decidida por maioria do colegiado dos tribunais de segundo e terceiro graus. Um exemplo claro e contemporâneo é o processo do Sr. Luiz Estevão, que nunca termina porque algum ministro não determina a publicação do acórdão. São embargos declaratórios e auriculares sem precedente.

O mundo particular do petismo Com a prisão do marqueteiro-mor João Santana e da sua mulher, descobrimos porque o Sr. Luís Inácio Lula da Silva é tão desinformado. Lula nunca sabe de nada, não ouve nada, não

tem amigos, e quando os tem os despreza. Não é proprietário do apartamento no Guarujá e nem do sitio de Atibaia. Não conhece José Dirceu, Delcídio do Amaral, José Genoíno etc. etc.

Quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e alguém montava um chapa para concorrer com seu grupo, o inocente Lula mandava seus assessores perguntarem ao

concorrente: Veja o que esse rapaz quer? Se o carro for velho, dá um novo para ele! Veja se não está precisando de algum dinheiro. Assim nasceu a alma mais honesta de que se tem notícia na história contemporânea.


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Política

8 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

O paradoxo de Raimundo Ribeiro Toninho Tavares /Agência Brasília

Ex-líder sai da base de apoio do GDF dizendo que não troca voto por cargos, embora tivesse feito 650 indicações para funções comissionadas no Executivo Gabriel Pontes

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rimeiro líder do governo Rollemberg na Câmara Legislativa, o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) está fora da base de apoio desde terça-feira (23). O tucano se irritou com a demissão do secretário de Justiça e Cidadania, João Carlos Souto, do subsecretário do sistema penitenciário, João Carlos Lóssio, e do diretor da Penitenciária I do Distrito Federal (PDF I), Mauro Cézar Lima, indicados por Ribeiro. O trio foi demitido após a fuga de dez presos da Papuda na madrugada de domingo (21). Raimundo Ribeiro diz que abriu mão dos 650 cargos que possuía na estrutura do governo. Segundo o parlamentar, todos os servidores solicitaram exonerações, inclusive o adminis-

O distrital tomou a decisão após um encontro com sua equipe em uma casa no Lago Norte trador de Sobradinho (principal base eleitoral do tucano), Divino Sales, e o diretor do Procon, Oscar Silva. Em seu primeiro discurso como oposicionista, Ribeiro condenou, paradoxalmente, o loteamento de cargos no Executivo. “Não faço parte de uma base alugada. Não vou trocar voto por cargos no governo”, disse o deputado, apontado pelos aliados do governo como o maior detentor de funções comissionadas até então. “Todos os cargos que o governador me conferiu estão, como sempre estiveram, à

disposição dele”, finalizou. O atual líder do governo, Júlio César (PRB), rebateu as críticas do seu antecessor e afirmou que era preciso tomar uma atitude com relação às falhas na segurança do presídio. “Quando há um fato desta gravidade, o governador precisa tomar decisões pontuais”, disse. O deputado Roosevelt Vilela (PSB) também saiu em defesa do governo. “A fuga dos presos foi um atestado de incompetência da equipe”. Os novos secretários foram nomeados na quarta-feira (24) pelo Diário Oficial do DF. A Secretaria de Justiça fica com Guilherme Rocha de Almeida Abreu, perito criminal e ex-diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Civil. A Subsecretaria do Sistema Penitenciário será comandada pelo diretor-adjunto da Polícia Civil, Anderson Espíndola, enquanto o PDF I fica a cargo de Johnson Kennedy. Todos são indicações do próprio governador. Dança das cadeiras - Além da fuga dos presos e da necessidade de dar uma resposta à população sobre o

ocorrido, há nos bastidores uma forte disputa entre o governo e a base aliada já mirando a campanha de 2018. Ribeiro era um dos parlamentares mais fortes da base governista e também um dos campeões de cargos no Executivo. Entretanto, as tratativas que têm tido com o senador Cristovam Buarque e a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, recém-filiados ao PPS, incomodaram o governador, que decidiu reduzir o poder político do tucano. Rollemberg chegou a convidar Raimundo Ribeiro para filiar-se ao seu partido, o PSB. Ribeiro afirma que tem vários convites, mas ainda não decidiu o seu futuro e pensa mesmo em não sair de onde está. A base de apoio a Rollemberg já chegou a 20 dos 24 distritais, em junho de 2015. Atualmente, esse número pode estar reduzido a dezesseis parlamentares. E o Legislativo tem se mostrado mais independente desde o final do ano passado, quando a presidente Celina Leão proclamou-se independente em relação ao Palácio do Buriti.

Recesso coletivo por falta de dinheiro nas creches Gustavo Goes

M

ais de 15 mil crianças ficaram sem aula na segunda-feira (22). O recesso não fazia parte do ano letivo das creches conveniadas ao Governo de Brasília. Ele foi consequência da falta de recursos dos administradores das 82 instituições, que interromperam suas atividades à espera de um repasse de verba do governo. O problema está no próprio contrato, que prevê um pagamento quadrimestral das atividades, podendo ser efetuado até o último dia desse período. Ou seja, os responsáveis pelas creches têm que contrair a dívida para de-

pois quitá-la. O GDF repassou 25% do total, porém administradores se queixam da falta de condições de trabalho, já que o montante repassado não é suficiente para custear a folha salarial dos funcionários. O pagamento de 25% no final de fevereiro e os próximos repasses previstos apenas para março e abril são, na verdade, adiantamentos, já que o montante total poderia ser transferido apenas no final de abril. “Reconhecemos que esse contrato tem que ser revisto, já que os administradores dessas creches não poderão arcar com a folha salarial e outros gastos até o fim de um quadrimestre. O pagamento teria que ser feito no início do quadrimestre ou, no mais tardar, no início do segundo

mês”, disse a presidente do Conselho de Entidades de Promoção e Assistência Social (CEPAS), Daise Moisés. O CEPAS possui 53 instituições associadas, que atendem 11 mil crianças. São 82 convênios firmados pelo GDF para 101 creches. Apenas em Planaltina, foram 718 crianças de 4 meses a 5 anos de idade sem ter como estudar, mesmo com a força-tarefa de alguns pais que doam alimentos e bebidas para que o atendimento não seja interrompido. Segundo Ana Patrícia de Oliveira, que administra a creche Hotelzinho São Vicente de Paula, os 25% repassados pelo GDF só custeiam o pagamento de funcionários. “Administro creches há 10 anos e o pagamento re-

alizado desta maneira não é a melhor forma de gerir os gastos na educação. Atendemos 600 crianças em quatro localidades, sendo uma sede e três franquias, e temos que gastar não só com os funcionários, mas com cinco refeições diárias, telefone, água, luz e material de limpeza”, disse. A Secretaria de Educação, por meio da assessoria de imprensa, reforçou que está cumprindo o acordo firmado no contrato e que todas as entidades conveniadas receberam o adiantamento da primeira parcela. “O repasse às creches é feito individualmente pelas instituições mantenedoras, responsáveis também pela gestão e retorno das atividades”, diz, em nota.


Política

9 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

ECOM/Sinpro

Mario Pontes (*)

Conspiração contra o riso

E

m 1980, de passagem por Paris, entrei numa livraria e comprei Il nome della rosa, que acabava de ser publicado pela editora Bompiani, de Milão. Primeiro encanto: o límpido italiano em que o romance foi escrito. O que, aliás, não devia me surpreender. Afinal, quando jovem, Umberto Eco (1932-2016), o recém-falecido autor do romance, tinha sido um dos criadores e o mais persistente animador do Grupo 63, que se atribuíra, entre outros objetivos, o engrandecimento da linguagem, o elevado sentido ao seu uso. E agora, no prefácio de seu romance ele advertia: “Esta é uma história sobre livro e não um conto sobre as misérias do cotidiano”. O romance (que é apenas um dos muitos livros de Eco) passa-se em 1327, quando o cristianismo europeu vivia uma séria crise, à qual muitos dos seus líderes reagiam com ações que só faziam piorá-la. Eram numerosos, por exemplo, os que só enxergavam a saída no castigo de quem quer que fosse considerado um heterodoxo, quem quer que não seguisse ao pé da letra os dogmas da Igreja. É nesse clima sufocante que o monge inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem discípulo Adson fazem uma peregrinação que os leva a um mosteiro do norte da Itália, considerado o mais belo de toda a Europa cristã, cuja planta labiríntica o leitor encontra logo na entrada do volume. Dotado de uma inteligência indagativa, que tudo quer saber, frei Guilherme, ao mesmo tempo que se encanta com a arquitetura, a decoração e a biblioteca do mosteiro, a maior do mundo cristão, estranha a atmosfera que envolve os habitantes do lugar.

Logo ela irá tornar-se insuportável, devido a uma série de sete assassinatos ocorridos em apenas uma semana... Frei Guilherme não demora a descobrir o motivo dos crimes e a identidade do criminoso. A causa de tudo é um milenar manuscrito grego, nada menos do que uma cópia da segunda e desconhecida parte da Poética de Aristóteles. Na parte conhecida, o filósofo dera grande ênfase à tragédia, gênero poético que se alimenta da tristeza, da infelicidade, do destino cruel que torna os seres humanos sisudos, fechados em si mesmos, incapazes de lidar com a felicidade, a leveza, a alegria do riso. Esse homem entristecido pelo peso de suas ações, que vive apenas para lamentar seus pecados, enxugar as próprias lágrimas, tornara-se o padrão, o fiel desejado pela Igreja medieval; e essa escolha levaria à Inquisição, com seus milhões de condenados, torturados, queimados vivos nas fogueiras. Mas voltemos ao romance. Os frades que ouvem os boatos sobre a existência do manuscrito procuram o bibliotecário do convento para saber se o livro de fato existe e, em caso afirmativo, se podem ler seu conteúdo. Como guardião da sisudez, o bibliotecário simplesmente os assassina. Afinal, ele está convencido de que muito riso é sinal de pouco siso. Céptico, democrata, Umberto Eco escreveu O nome da rosa como uma advertência contra a estreiteza de espírito e a intolerância que ela costuma provocar. A intolerância, os rios de lágrimas, os lagos de sangue, os compridos períodos de treva que ela costuma trazer consigo.

(*) Mario Pontes foi durante muitos anos editor do suplemento literário do Jornal do Brasil. É autor de várias obras e tradutor dezenas de livros originalmente escritos em inglês, francês e espanhol.

Aulas retornam, mas a mobilização prossegue Nesta segunda-feira começa o ano letivo de 2016. São esperados quase meio milhão de alunos nas escolas públicas do Distrito Federal. É uma ocasião importante do ponto de vista pedagógico para toda a comunidade escolar, mas também momento de ressaltar algumas pautas defendidas pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) neste reinício do ano letivo, para o avanço da educação no DF. A categoria encerrou a greve em novembro de 2015. E agora em 2016, no dia 17 de março, os professores e orientadores educacionais se reúnem em assembleia, na Praça do Buriti, para a discussão dos pontos acordados ao final da greve do ano passado. E também será discutida a Campanha Salarial de 2016. As dificuldades para a categoria já são conhecidas. Faltam cerca de 2 mil professores nas salas de aula. A questão dos pedagogos-orientadores educacionais é crítica. Nin-

guém foi chamado após a homologação do concurso, de 2014. Muitas unidades de ensino estão sem este profissional e outras, estão com um número bem aquém do ideal, deixando o orientador educacional sobrecarregado. Outra questão de suma importância é para que o GDF cumpraas metas aprovadas no PDE (Plano Distrital de Educação).O PDE é o instrumento de planejamento, gestão e integração do sistema de ensino do Distrito Federal, construído com a participação da sociedade, para ser executado pelos gestores educacionais. São 21 metas que precisam ser implementadas nos próximos dez anos, para que a cada reinício das aulas, a educação pública no Distrito Federal esteja cada vez melhor para educadores e estudantes. A mobilização do Sindicato permanece e ele dá as boas-vindas a todos os alunos, professores e orientadores educacionais nesta volta às aulas.


Cidades

10 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Sebastião Nery Um Museu do Homem RIO - A Turquia não é um país. É um mapa. É o único país do mundo que já teve 12 capitais: Troia, Hattusa, Xanthos, Sardes, Pergamo, Amaseia, Bizâncio, Constantinopla, Bursa, Edirne, Istambul e Ancara, hoje. De belos e estranhos nomes, viveram desde o começo dos tempos naqueles 780 mil km² com hoje 65 milhões de habitantes. São uma enciclopédia da humanidade, herança de civilizações superpostas, desde o início dos tempos. Ali há marcas do homem 100 mil anos antes de Cristo. A Turquia é “o maior museu a céu aberto do mundo”. Cada cidade um pedaço de eternidade. Em cada canto um resto de civilização que se perdeu nas dobras da história e no sopro dos ventos, cobrindo de terra e tempo cidades e civilizações. Toda a história antiga girou em torno de brutais batalhas pela conquista de ligações de terras e mares, nos estreitos de Gibraltar, Peloponeso, Dardanelos, Bosforo. Hoje, entre a Europa e a Ásia há um novo estreito, feito de terra e chão, a Turquia. Toda ela é patrimônio histórico e cultural da humanidade. Ali a Grécia esteve durante séculos, o Império Romano deixou marcas e garras, a Mesopotâmia virou Europa, o Cristianismo viveu seus três primeiros séculos de perseguições e exílio e viveu seus três primeiros séculos de poder oficial. Ali a humanidade acendeu fogueiras eternas de cultura e sabedoria. Ali nasceram Homero, o poeta; São Paulo, o jornalista; Tales de Mileto, Pitágoras, Anaxímenes, Anaximandro. Ali ensinaram Platão e Apelikon. Ali Hipódromos criou o urbanismo. Ali se fez a primeira Escola de Escultura. Ali Cleópatra e Marco Antonio se amaram. Quando Noé ancorou sua arca, foi ali, no monte Ararat (5.165 metros). O Tigre e o Eufrates são dali. O templo de Artemisa e o Mausoléu de Halicarnasso estão (estavam) ali. Para se asilarem, Nossa Senhora e São João fugiram para lá, e lá morreram. São Pedro falou ali, pela primeira vez,

a palavra cristão. A gruta do patriarca Abraão, padroeiro dos judeus, era em Urfa, ali. E o manto, as espadas, uma carta, o estandarte, pelos da barba, dente e pegadas de Maomé estão ali. Ali houve uma biblioteca de 200 mil volumes, antes de Cristo, a mais importante do Império Romano. O terrorismo sangra a Turquia porque ela é o rosto da humanidade.

Prêmio Nobel - Com imenso atraso, mas ainda em tempo, academias e acadêmicos, poetas e escritores brasileiros e gentes d’além mar lançam o nome da suave e brilhante Lygia Fagundes Telles (foto) para o Prêmio Nobel de Literatura. Não sei se a gélida Fundação Nobel vai perceber que já premiou gente talentosa mas com menos talento que a genial escritora paulista, que há décadas faz literatura de qualidade incomparável. Lygia nos presenteou com obras monumentais: “Ciranda de Pedra” (1954), “Antes do Baile Verde” (1969), “As Horas Nuas” (1989) e outras já consagradas entre o que há de melhor na literatura em língua portuguesa. Quando entrou na Academia Brasileira de Letras, Lygia já era imortal há muito tempo. Conheci Lygia nos anos 1950, então casada com outro monumento da cultura nacional, o jurista Goffredo da Silva Teles. Impossível saber o que é mais belo, se a literatura que ela produz ou ela mesma. Passado meio século, Lygia enve-

lheceu linda, nobre, bela, simples, vitoriosa. Seria uma boa oportunidade de os frios suecos quitarem uma dívida com o Brasil. Eles já nos calotearam em casos históricos: em cientistas como César Lattes e Miguel Nicolelis, escritores como Jorge Amado e Guimarães Rosa, nosso monumental Carlos Drummond de Andrade, e os Nobel da Paz, merecidos e jamais concedidos aos irmãos Villas-Boas, os maiores sertanistas de todos os tempos; o marechal Cândido Rondon, um arauto da paz; o inesquecível Dom Hélder Câmara (com veto da ditadura militar por intermédio do Itamaraty, agora revelado em documentos históricos e vergonhosos); nossa santa Irmã Dulce da Bahia; o incomparável humanista Paiva Netto, líder da aguerrida LBV, distribuindo fraternidade e salvando milhões de brasileiros longe dos holofotes da mídia e dos cofres públicos; os educadores Paulo Freire e Anísio Teixeira, e o professor Josué de Castro, brasileiros celebrados nos cinco continentes. Que o Senhor do Bonfim impeça a Lygia de entrar para essa absurda galeria de injustiçados. Tio Patinhas - João Santana (foto), o marqueteiro do PT e de Dilma Rousseff, com seus fluidos olhos de peixe, que vende faturas políticas a partir da sinistra e amoral teoria de que “em eleição vale tudo”, imaginou que iria intimidar e atropelar o tranquilo e bravo juiz Sergio Moro como já fez com frágeis candidatos em outras campanhas. Recebeu de Moro a sutil resposta: - “Foram instauradas investigações que ainda tramitam em sigilo. Medida como rastreamento financeiro demanda para sua eficácia sigilo sob risco de dissipação dos registros ou dos ativos. Como diz o ditado: dinheiro tem coração de coelho e patas de lebre”... Acertou no queixo. Na Bahia, o nome de João Santana é “Tio Patinhas”.

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Geral

11 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Saúde tem a ver com a Consciência

O

ser humano é integrado em todos os seus aspectos: físico, mental, psicológico, social e espiritual. Antigamente, os médicos não tratavam apenas o corpo físico. Curavam as doenças com conhecimento clínico, mas levavam em conta a idiossincrasia de cada um dos pacientes, permitindo uma interface entre corpo e alma. Hoje temos médicos e excelentes profissionais. Porém, cada um atua em áreas específicas, o que dificulta a visão do todo. Por isso, talvez, não se consiga encontrar a solução do

Fernanda Sampaio (*)

problema. Os profissionais da saúde precisam aprender a trabalhar seu conhecimento de forma integrada e complementar. Nenhuma das abordagens que olha para o ser humano em apenas um dos seus aspectos é capaz de cuidar dos pacientes integralmente. A idéia de se especializar em um saber único pode ser boa, mas precisa estar associada a outros questionamentos e a outras formas de perceber o ser humano e as suas

necessidades, para que o resultado seja eficiente. A maioria dos profissionais de saúde precisa praticar um pouco mais o exercício da humildade. Como terapeuta na área da Psicologia, a cada especialização chego à conclusão de que muito tenho ainda a aprender. A cada conhecimento, entendo que mais preciso trocar informações com meus colegas. A permuta abre um novo horizonte de ajuda aos nossos pacientes. E a nós, cuidadores, a capacidade

de compreender que, juntos, somos mais fortes e devemos trabalhar em sintonia, nunca desqualificando o trabalho do outro. Quando isto acontece, o paciente fica perdido e não vê solução para o seu problema. Para aquele que busca cuidados, é importante refletir sobre a idéia de ser integral, para que entenda a situação e busque respostas olhando para o todo, ouvindo várias opiniões, até mesmo de profissionais diferentes. Com a

referência de profissionais sérios e comprometidos, certamente ele conseguirá identificar aquele que poderá ajudá-lo a encontrar um caminho para a solução do seu sofrimento. A saúde está no autoconhecimento, mas também envolve outros cuidados considerados essenciais. Entre eles, o cuidado com a alimentação, com o corpo (atividades físicas), com o equilíbrio mental e emocional, com as relações interpessoais, incluindo o cuidado com o lado espiritual, não importando qual seja a sua fé. O importante é buscar todas essas ajudas.

(¨*) Psicóloga, Psicodramatista, Terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR

Dê um salto de qualidade em sua vida Pedro Costa

V

ivemos um tempo de grande pessimismo coletivo. A monotemática da crise nos tira a esperança. Por isso, trago uma proposta contrária! O desafio é estimular, inspirar e desafiar nosso leitor a dar um salto de qualidade em sua vida. Qual foi sua conquista pessoal mais importante dos seus últimos anos? Quando percebeu que era responsável pelo próprio crescimento e tomou atitude neste sentido? Todos nós temos um

potencial subutilizado! Quero fazer um convite para que, assumindo a responsabilidade sobre a própria vida, você possa dar um grande salto rumo à realização! Rumo à felicidade! Rumo ao autoconhecimento! Só podemos mudar aquilo que conseguimos encarar... Qual qualidade

sua está escondida atrás da timidez, da insegurança e do medo da rejeição? Imagine-se por uns instantes realizando seus sonhos, encontrando um propósito de vida tão estimulante que te faça acordar na segunda-feira com vontade de realizar! Com sede de contribuir para algo que você acredita! Como seria ser a pessoa mais importante para o projeto mais importante da sua vida?! Parem de imaginar e assuma essa realidade! Quem pode ser mais importante no projeto mais importante da sua vida do que você mesmo

(a)? Quem pode ser mais responsável pela sua felicidade do que você mesmo (a)? Não quero parecer insensível, ignorando a realidade dura que você possa estar passando. Pelo contrário, quero te ajudar a honrar sua dor e seu passado e transformá-los em um trampolim para esse salto de qualidade! As melhores estórias de vitórias vieram de contextos de quedas e desafios. Vieram de pessoas que souberam usar os recursos que tinham, no contexto em que se encontravam, para tirar o melhor de si

mesmas. Meu convite é que façamos o mesmo e que por, ironia ou rebeldia, ousemos crescer e sermos felizes em tempos de crise. Se não posso mudar o mundo à minha volta, posso mudar minha realidade interna e abraçar a oportunidade de aprendizado e desenvolvimento que estes tempos nos proporcionam. Seja o protagonista de sua vida. Como diria José Roberto Marques, “ouse ir além e o poder lhe será dado”. (*) Psicólgo e Coach na Clínica Diálogo - www.clinicadialogo.com.br


Geral

12 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Fernando Pinto (*)

Quem disse que Inesita Barroso morreu?

N

a incursão jornalística à Amazônia a serviço da revista Manchete, na década de 1970, fui o primeiro repórter a chegar à mina do bamburro de ouro (descoberta de jazida), localizado na inóspita mata virgem da serra de Jacaréacanga. Com a intenção de dar um furo na concorrente O Cruzeiro, mesmo enfrentando uma noite de desconfortável viagem com a bunda molhada no fundo de uma pequena canoa a remo, contratei

um caboclo para me levar em sua igarité pelo leito azul do rio Tapajós até Santarém, onde embarcaria no avião de volta ao Rio de Janeiro. De repente, em plena madrugada, afugentei o cansaço ao ouvir a voz de Inesita Barroso no radinho de pilha colado ao meu ouvido, cantando: “Certa vez de montaria, eu descia um paraná, / O caboclo que remava não parava de falar. / Ah ah, não parava de falar, não parava de falar, / Ah ah, que caboclo falador!

/ Me contou do lobisomem, da Mãe D’água, do Tajá / Disse do Jurutahi, que se ria pro luar. / E contou, com pavulagem, que pegou o Uirapurú. / Ah, ah, que caboclo falador!...” À época, duas coincidências: fã de Inesita, porque sempre fui apaixonado por música folclórica; e o caboclo que remava na proa da canoa também não parava de falar, inclusive tentando me convencer do mito ribeirinho (**): - Eu sou filho de Boto Encantado, dotô! Voltando a Inesita, leitor inveterado, sei tudo sobre a vida da menina-precoce, nascida no berço de uma família aristocrática de São Paulo e que desde os sete anos de idade começou a tocar violão e cantar numa rádio local. E nunca deixei de acompanhá-la em toda a sua trajetória artística, como atração nos programas folclóricos televisivos, interpretando canções

imortais. Segundo o noticiário, Inesita Barroso faleceu em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês, na noite de 9 de maio de 2015, aos 90 anos, depois de 63 de carreira. Tudo não passa de “barriga” da imprensa (notícia falsa). Se é verdade que morreu, ela ressuscitou no recente domingo de fevereiro, 21: eu a vi e ouvi cantando (“ao vivo”) na TV Cultura, no programa Viola, Minha Viola. E, apesar da idade, sua voz de contralto continua mais linda do que nunca! (**) Na região do Tapajós, quando as donzelas perdem a virgindade com os namorados e engravidam, elas justificam: “Papai, o Boto me fez Mal!” E os pais acreditam. (*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Tancredo Maia Filho (*)

D

epois de uma boa passarinhada e muita conversa, numa manhã ensolarada de fevereiro de 2005, no Parque de Águas Claras, os amigos Marcelo Monteiro, Rodrigo D’Alessandro, Carlos Correia e Aristótéles resolvem criar o Observaves – Observadores de Aves do Planalto Central. Estavam bastante animados e otimistas. Ainda assim, nos primeiros anos o grupo ficou resumido aos quatro fundadores e alguns participantes que entravam e saíam do grupo. “Hoje temos a satisfação de ver em nossas atividades um grande número de pessoas animadas e super colaboradoras. Se hoje a observação de aves faz sucesso, deve-se muito à riqueza de emoções associadas. Quando saímos para passari-

nhar, entramos em contato com a incrível diversidade de aves de nossa região, com a possibilidade de encontrar espécies raras, ou então uma espécie comum que pousa perto da gente fazendo uma bela pose para uma foto, o que é igualmente emocionante. A sensação é de quem atravessa um portal para outra realidade”, diz Marcelo. Passados 11 anos, o grupo tornou-se bastante eclético. Tem gente de várias cidades e de alguns países, profissões e faixas etárias. São mais de 250 associados. O mascote da turma é Arthur Goulart, 15 anos, que começou a passarinhar acompanhando o pai, Carlos Goulart. Semana passada, Arthur viveu uma grande emoção: fotografou o pavãozinho-do-pará, ave rara no DF. É a espécie 210 registrada por Arthur, que destaca

as orelhas, parece um coelho e pode ser encontrada em todo o Brasil. Tomara que eu a veja em Brasília”. A festa dos 11 anos do Observaves será neste domingo (28/2), no Parque Olhos D’Água, a partir da 8h, com abertura de uma exposição de fotografias e o lançamento do calendário virtual. Participe! Você, caro leitor, é nosso convidado especial. Seja um observador de aves. Junte-se a nós! não ser necessário ter nenhum conhecimento para participar do grupo. Basta ter disposição e paciência para passarinhar. A queniana naturalizada brasileira Margi Moss é a participante do grupo com o maior número de espécies registradas no Wikiaves (www.wikiaves.

com.br): 1027 espécies, registradas em 24 estados do Brasil. Das 433 espécies que os observadores já registraram no DF, Margi só não fotografou 26. Mas ela não tem pressa. “É muito bom ter desafios guardados na manga! Estou ansiosa para ver a coruja-orelhuda que, ao levantar

(*) Preserve as aves livres! Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www.observaves. blogspot.com.br Observaves – Observadores de Aves do Planalto Central - 11 anos ajudando a preservar o meio ambiente.


Geral

13 n Brasília, Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

José Matos

Amor também se aprende Nada causa mais sofrimento aos seres humanos do que as chamadas “relações amorosas”. A atrasadíssima humanidade da terra chama de amor o comércio descartável de emoções e sensações entre as pessoas. Mas amor não causa sofrimento. Amor é o bem do outro quando não se pensa em retribuição. Um Mestre intergalático assim se expressou por intermédio do médium Roger Bottini: “eu nunca vi uma humanidade como esta da terra. O Mestre de vocês (Jesus) envia os maiores missio-

nários para educá-los, mas os ídolos de vocês são atores de novelas, jogadores de futebol, cantores sertanejos, etc. Parece que vocês gostam mesmo é de sofrer”. Sim, o Mestre está certo. No meio de um pálido sentimento de amor inclui-se apego, posse, expectativas, intolerância e caprichos de todos os tipos. São essas coisas que causam sofrimento e não o amor em si. É preciso passar da sensação para a emoção, e desta para o amor. “Só há amor na relação quando

o casal se eleva por meio dele. Caso contrário, é algo feio e desprezível”, ensinou o Mestre Osho. Jesus, Buda, Lao-Tsé, Confúcio, Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier, etc. foram Mestres que vieram para nos ensinar a amar. “O mundo nunca teve falta de Mestres; o mundo sempre teve falta de discípulos. Chame 1.000, 100 escutarão, 10 caminharão e apenas 1 chegará”, ensinaram os Mestres do Oriente. Viemos à Terra para cumprir uma

série de tarefas e fazer um aprendizado, principalmente em amor e sabedoria, como ensinou Emmanuel, o Mestre de Chico Xavier e de todos os que lerem seus livros. A prática do bem, desde os mais simples gestos, como a oferta de um copo d’agua, eleva o ser que beneficiará automaticamente o casal. Amor também se aprende e se aprende observando, refletindo e praticando. A terra é a nossa escola de vida e cada um é professor e aluno um do outro.

O brasileiro consome muito sal Quando alguém é questionado sobre a quantidade de sal consumida, normalmente a resposta é de que tem um consumo moderado. Ao questionarmos sobre o consumo de sal, nas entrelinhas, estamos tentando estimar a quantidade de sódio ingerida pelas pessoas. Aproximadamente 50% dos brasileiros consideram seu consumo de sal adequado e cerca de 30% consideram seu consumo baixo. Porém, dados da Pesquisa em Orçamentos Familiares mostra que, em média, o consumo de sal no Brasil é de 12g por dia. Sabe qual é a quantidade recomendada de sal

por pessoa? Apenas 5g por dia. Isso significa que, na média, o brasileiro consome mais do dobro do que é recomendado. O consumo excessivo de sal está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas, como a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doenças renais. A maioria dos alimentos industrializados possui quantidades mais altas de sódio, que é o principal componente do sal, mas pode aparecer em outras associações muito usadas pela indústria de alimentos para conservar e realçar sabor.

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Caroline Romeiro

Saúde e Nutrição Itens como temperos prontos, presuntos, mortadelas, salame, macarrão instantâneo, salgadinhos de

pacote, colaboram para o aumento da ingestão de sódio. Reduzir a quantidade de sódio consumida diariamente pela população brasileira é a meta do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados, que já conseguiu, em sua segunda fase, reduzir em até 10% o teor de sódio presente em 839 produtos. Em três anos, 7.652 toneladas de sódio foram retiradas dos produtos alimentícios. A meta é que até 2020 as indústrias do setor promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas desse mineral do mercado brasileiro.


Lazer

14 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

ENTRETENIMENTO quadrinhos

Cruzadas

Microconto Por Luís Gabriel Sousa

Aprendendo a viver

A

chuva caia como se fosse a última vez que iria aparecer: intensa; forte; destruidora. Como eu não tinha opção, afinal, tinha prova, peguei meu guarda-chuva e sai rumo à faculdade. Dois passos à frente, um piso em falso, um buraco fundo e uma perna atolada. Caderno, roupa, dignidade, cara, tudo na lama. Não sabia se eu me levantava ou me afundava de vez no buraco. Não precisei reagir sozinha, um ser humano abençoado me estendeu a mão. Fui salva. Hoje em dia, cada vez que chove, me escondo da água. Já sou craque em lidar com essas coisas traiçoeiras que me aparecem! (Baseado na leitora Larissa – Riacho Fundo II/DF)

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: redacao.bsbcapital@gmail.com).

Quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, pediu a um índio que estava sentado debaixo de um coqueiro: - Amigo, como chamas? O Índio responde numa calma. - Mim chamar Bah. - Pois bem, senhor Bah. A vela do meu barco rasgou. Preciso que o senhor vá nadando até aquele outro navio e avise aos meus companheiros que descobrimos uma nova terra. Em troca dos seus serviços nomearei essa terra de Bahfoi, para que o mundo não se esqueça do seu nome. O índio, sem sequer mover a cabeça, responde: - Oh, meu rei, Bah ta com uma preguiça, numa

Piadas

lesera, melhor o senhor chamar a terra de Bahia, porque Bah não vai. O velho acaba de morrer. O padre encomenda o corpo e faz muitos elogios: - O finado era um ótimo marido, um excelente cristão, um pai exemplar. A viúva se vira para um dos filhos e lhe diz ao ouvido: - Vai até o caixão e veja se é mesmo o seu pai que está lá dentro. - Padre, vim me confessar! - Diga, filha.

Respostas - Transei com padre de outra igreja. - Fizeste muito mal filha, tu sabes que a tua paróquia é esta. O chefe pergunta para o empregado: - Você acredita em vida depois da morte? O empregado responde: - É claro que não, chefe. Não existem provas disso, pois nunca alguém voltou para provar que está do outro lado. E o chefe diz: - Pois é, mas você está muito enganado! Ontem, depois que você saiu mais cedo para o funeral do seu tio, ele veio aqui te procurar.


Cultura

15 n Brasília, 27 fevereiro a 4 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

s o c i a l

T

rinta amigos reunidos em petit comitê comemoraram, na sexta-feira (19), o aniversário do empresário Clésio de Oliveira. A festa foi na casa do anfitrião, no Lago Sul, e a mesa parecia uma extensão dos bons tempos do antigo Restaurante Piantela (202 Sul). A esposa Lúcia Lóccio homenageou o marido com um belo bolo, antecedido de farta rodada de bons vinhos, tiragostos e do almoço. Foram servidos bacalhau, pato e leitoa assados. Apesar de o aniversariante propagandear ser o responsável pelo preparo da comida, quem pilotou o forno e o fogão foi o Cheff Palito. Entre outros, foram levar seu abraço ao Clésio os jornalistas Toninho Drumond, Pedro Rogério, Silvestre

O Happy Birthday do Clésio divulgação

Gorgulho e Ricardo Noblat, os advogados Reginaldo Oscar de Castro e Paulo Castelo Branco, o ex-senador e ex-ministro Guilherme Palmeira, os empresário Alex Gonçalves e Luiz Bezerra e

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com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os comensais tinham muito mais detalhes do que o revelado na entrevista à publicação espanhola. Também muito se falou a

o presidente da Terracap, Alexandre Navarro. O assunto predominante foi a recente entrevista da jornalista Miriam Dutra revelando detalhes de seu relacionamento amoroso

divulgação

Placa para Tolentino

O primeiro Fla-Flu do Arthur

O ex-diretor da Imprensa Nacional, Fernando Tolentino (de chapéu), que esteve à frente do órgão de 2003 a 2015, foi homenageado na segunda-feira (22) com o descerramento da placa com o seu nome na galeria de ex-presidentes do DIP. A cerimônia foi acompanhada de abraços e felicitações, já que naquela data Tolentino completou 68 anos.

Embora batizado com o nome do maior ídolo rubro-negro, o menino Arthur, de 10 meses, neto do jornalista Silvestre Gorgulho, entrou

no gramado do Mané Garrincha, no domingo (21) no colo do artilheiro Fred, do Fluminense. O avô, cruzeirense de carteirinha, torceu para o

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respeito da operação Lava-Jato. Mas ninguém sabia da iminente deflagração da 23º etapa, na qual foi preso o marqueteiro João Santana. Mas o palpite de todos é de que Lula acabará preso.

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Tricolor. Mas não deram sorte. O Flamengo venceu a partida por 2 a 1. Mas a imagem fica eternizada. Afinal, o primeiro Fla-Flu ninguém esquece.


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