Brasília Capital 250

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Distribuição gratuita Brasília, 12 a 18 de março de 2016

Ano VI - 250

Fora Dilma

Pelaí

Excesso de honestidade derruba presidente da Terracap PÁGINAS 2 e 3

o kujuba

Antônio Albuquerque: a vitória da toga da dignidade PÁGINA 4

sebastião nery

Pecado da gula levou João Santana, o Tio Patinhas, para a cadeia PÁGINA 6

Não vai ter golpe O ar vai ficar pesado em Brasília no domingo (13). Manifestações contra e a favor do governo vão tomar conta das ruas. Se os dois grupos se cruzarem,

A cobra vai fumar PÁGINAS 7 a 9

José Maurício dos Santos Rollemberg sofre sem diálogo PÁGINA 10 Fernanda Sampaio O segredo da felicidade PÁGINA 12

Tancredo Maia Filho Conversa de passarinheiro PÁGINA 12

Claudio Sampaio Lei anticorrupção exige nova cultura PÁGINA 13

José Matos Brasil dividido PÁGINA 14


E

x p e d i e n t e

Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Diretor-Executivo Daniel Olival danielolival7@gmail.com Cel: 61-9139-3991 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e

Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo

Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste,

Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante,

Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/Taquari, Gama, Santa

Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas

(GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO) e Luziânia (GO).

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CARTAS

Jararaca deita e rola Hoje a programação da Globo é: Bom dia Lula, Mais Lula, Bem Lula, Encontro com Lula, Lula TV, Lula Esporte, Lula Hoje, Vídeo Lula, Sessão do Lula, Vale a Pena Ver o Lula de Novo, Lulação, Eta Lula Bom,Totalmente Lula, Jornal Lula, A Regra do Lula, Big Lula Brasil, Lula Repórter e Jornal

2 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Pelai

Política

A

chapa da CUT, encabeçada pelo funcionário do Banco do Brasil Eduardo Araújo, venceu a eleição no Sindicato dos Bancários de Brasília. A chapa derrotada era formada pelos bancários ligados ao Conlutas. Foram 4.556 votos para a chapa 2 e 4.385 para a 1. Eduardo Araújo integra a tendência petista Articulação Unidade e Luta.

do Lula. nNoé Sampaio Ferreira, via Facebook A Lava Jato nunca teve nenhum compromisso em combater a corrupção. Ela foi estruturada para tentar atingir o Lula. Basta observar que as menções ao Aécio, ao FHC e ao Álvaro Dias são solenemente jogadas para

Rollemberg demite Navarro O presidente da Terracap será a próxima baixa na equipe do governador Rodrigo Rollemberg. Alexandre Navarro perderá o emprego “por ser muito honesto” e por discordar do formato das garantias que seriam fornecidas pela estatal para a entrada em funcionamento do Centro Administrativo (Centrad) do GDF, em Taguatinga.

Portas abertas Desde que assumiu a presidência da maior estatal do GDF, Navarro adotou como regra atender audiências na presença de, no mínimo, dois diretores da Terracap. Assim, inibe qualquer tratativa não-republicana a portas fechadas e garante total transparência nos negócios da empresa. Mas isto não agrada a muita gente do meio empresarial e do alto escalão do governo.

Centro Administrativo A União, detentora 49% das ações da Terracap, já informou, taxativamente, por meio da Secretaria de Patrimônio (SPU), que a empresa é proibida, pelo seu Estatuto Social, de dar garantias ou avais, de alienar bens e outros penduricalhos, como vem sendo proposto pela Diretoria Colegiada para investir no Centrad.

Substituto já escolhido No Palácio do Buriti já se sabe que o substituto de Navarro é executivo de uma grande Incorporadora com débitos enormes junto à Terracap. A expectativa, agora, é ver como ficará a situação do diretor de Fiscalização da estatal, Júlio César Azevedo Reis.

Induzido a erro Especialistas consultados pelo Brasília Capital avaliam que a Procuradoria-Geral do GDF está induzindo Rollemberg a cometer um “erro grosseiro” no caso do Centrad. “Isto pode levar muita gente para a Papuda”, disparou um advogado.

debaixo do tapete do tucanato. Quer dizer que um barco de lata é mais importante que um aeroporto familiar construído para facilitar a chegada de mercadoria em segurança na casa do consumidor? A Lista de Furnas é ignorada. A amante dizer que recebia mesada de FHC por meio de empresa do amigo pode? Como diz o Lula: que enfiem a

Lava Jato no c... n Alfredo Bessow, via Whatsapp Acho que a porrada na cabeça foi tão forte que a jararaca, que na verdade é um calango, está delirando. A cara dela não denota força. É como o bicho golpeado fortemente que, ao ser acuado, ruge e blefa que vai avançar.


Política

3 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Janela partidária

Cheio de ódio

Na sexta-feira (18) encerra-se o prazo da janela partidária para os políticos que queiram mudar de legenda. Os três senadores do DF já viraram a casaca: Hélio José saiu do PSD para o PMB; Cristovam Buarque do PDT para o PPS e Reguffe mantém-se sem filiação, depois de sair do PDT.

Ao final da sessão de terça-feira (8), os distritais foram surpreendidos pela visita do ex-senador Valdir Amaral, que assumiu o mandato de 2000 a 2007, depois da cassação de Luiz Estevão, de quem era suplente. Visivelmente transtornado, o empresário pedia para deputado Raimundo Ribeiro convocálo para depor na CPI dos Transportes. Amaral atacou o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e o vice Tadeu Filipelli (PMDB).

Distritais em revoada Na Câmara Legislativa pelo menos um terço dos distritais terá trocado de legenda após esse período: Chico Leite e Cláudio Abrantes deixaram o PT para ingressar no Rede; Celina Leão seguiu Cristovam para o PPS; Liliane Roriz desistiu do PRTB e foi para o PTB e Raimundo Ribeiro abandonou o ninho tucano. Diz ter convites de cinco legendas.

A dança continua Robério Negreiros oficializou sua saída do PMDB na sexta-feira (11). Ele analisa o convite de cinco legendas. O distrital Cristiano Araújo do PTB também deve abandonar o seu partido. Provavelmente assinará a ficha do PSD; Israel Batista está descontente com o PV e seu destino pode ser o retorno ao PDT. Wasny de Roure foi sondado pela Rede e pelo PDT, mas não admite sair do PT. “O cenário é adverso, mas não se trata de resolver um problema pessoal”, explica.

nGeraldo Couto, via Whatsapp Na boa: o Brasil é corrupto desde o dia em que surgiu a democracia. nLuana Cristina, via Facebook Saiu com o rabo ferido e pelo visto perdeu o chocalho. nDanielle Veras, via Whatsapp Lamentável a situação que

Propina no DFTrans Aos gritos, afirmava que seu pai, Dalmo Josué do Amaral, já falecido, pagava “de R$ 15 mil a R$ 20 mil” de propina para Filipelli enquanto o Grupo Amaral possuía concessões no GDF. Segundo ele, o “mensageiro” do ex-vice-governador era o então diretor do DFTrans, Marco Antonio Campanella, presidente regional do PPL. Raimundo Ribeiro não descartou ouvi-lo na CPI.

Reincidente Foi a segunda vez que Valmir Amaral invadiu a Câmara para esbravejar contra os ex-mandatários do DF. Na outra oportunidade, ele saiu com seu carrão em alta velocidade e quase morreu ao provocar um acidente no Lago Sul. Os advogados de Agnelo e Filipelli afirmam que vão entrar com ações judiciais contra o empresário por calúnia, injúria, difamação e crime contra a honra. Campanella não se pronunciou.

nosso País atravessa, mas a jararaca tem o dom da palavra, aproveitou a brecha, chamou a mídia para si e saiu como vítima. Falou o que quis e ainda reacendeu o lema: A luta continua! Obrigado por mais uma edição do Bsb Capital. nAciol Martins, via Whatsapp

O cara se acha mais do que Deus. Deu uma explícita demonstração de tirania. Agora é que vão ferrar com ele de vez. Marcos Machado, via Whatsapp É o triste fim de um país que tinha tudo para ser melhor. Espero que, com tudo isso, dias melhores possam vir. nAloisio Bevilacqua

Cristovam Buarque (*)

Cardápio de medos Com exceção de tempos em guerra, as gerações costumam deixar futuro melhor para seus jovens; sobretudo, um futuro alentador. Mas, de todas as dificuldades que os adultos de hoje estão deixando para os jovens brasileiros, nenhuma é mais imperdoável do que o medo. Nosso legado é um cardápio de medo. Não estamos sendo capazes de oferecer as ferramentas necessárias para os jovens enfrentarem as incertezas criadas pelas mudanças no mundo, e ainda estamos criando novos medos brasileiros. Por força das transformações no mercado de trabalho, devido ao avanço técnico, os jovens estão com medo de desemprego, sem um sistema educacional capaz de enfrentar os desafios criados pelo avanço tecnológico; e ainda estamos provocando desemprego conjuntural, devido à recessão econômica criada pelo governo atual. Os jovens têm medo de andar nas ruas, usar tênis da moda ou um relógio que o pai presenteou. Todos estão com medo de epidemias, especialmente dengue, ainda mais as mulheres jovens, assustadas com o risco de seus filhos sofrerem microcefalia. E a imensa maioria, que depende do sistema de saúde pública, teme pela falta do necessário atendimento médico. Estão com medo de que não terão um sistema sólido de aposentadoria, porque começam a perceber que a vantagem de uma vida mais longa vai exigir reformas que lhes obrigarão a trabalhar por mais tempo. Como todos os brasileiros, os jovens estão assustados com a inflação. Eles cresceram acostumados à estabilidade monetária e agora temem, com razão, o que vai acontecer no país se não conseguirmos recuperar essa estabilidade. E temem também as consequências que o enfrentamento deste problema provocará, devido aos cortes de verbas na educação, na saúde, na infraestrutura. Sofrem com o medo da recessão econômica, que diminuirá a renda per capita que lhes caberá, diminuirá a posição do Brasil no mundo, degradará nossa infraestrutura econômica e social, reduzirá o nível de consumo e o bem-estar. Estamos deixando aos jovens o medo do desequilíbrio ambiental, o aquecimento global – um dia enchentes, noutro falta de água. Os recursos naturais estão ficando escassos. Não fomos capazes de acenar para eles um futuro no qual o progresso não signifique degradação ambiental, concentração de renda, violência, desigualdade social. Medo do trânsito que ameaça a vida por acidentes, e rouba a vida silenciosamente pelas perdas de tempo no dia a dia dos engarrafamentos. Também têm medo da corrupção e suas consequências, inclusive de nós, dirigentes, que hoje estamos construindo o futuro em que eles viverão, com medo. Medo de que em 2018 nenhum candidato a presidente prometa e ofereça, transmitindo confiança, credibilidade e competência, os caminhos para assegurar aos jovens que eles terão um país sem medo. Pelo menos isto: um Brasil sem medo. (*) Senador (PPS-DF)


o kujuba

Política

L

auro Jardim, no Globo, informa que A Silverado Asset, que tem R$ 650 mi em patrimônio nos cinco fundos creditórios que gere, está preocupando o mercado e, seus cotistas. O presidente, Manoel Carvalho, sumiu com parte do dinheiro. A Silverado é uma gestora de ativos especializada na gestão de carteiras de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios FID. O piloto sumiu. E agora?

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A vitória da toga da dignidade divulgação

Antônio Albuquerque (*)

N

ão conheço a formação acadêmica do juiz Sérgio Moro(foto), muito menos a sua predileção por livros clássicos. Nunca me ative aos seus dotes intelectuais. Passei a admirá-lo mais pela sua eficiência jurídica, coragem, valentia e, sobretudo, pelo seu empenho em passar o Brasil a limpo, o que para mim já é o bastante. Mas, alisando com mais profundidade o seu trabalho à frente da Lava Jato, arrisco a dizer que se trata de um leitor voraz de Nicolau Maquiavel. Só uma pessoa com o conhecimento do escritor renascentista italiano, que escreveu sobre a política de Estado, teria essa sagacidade e a esperteza para destroçar o Partido dos Trabalhadores. Por isso, ele age com sobriedade e adota um estratagema de forma a não permitir que as suas decisões sejam contestadas pelos tribunais superiores, a exemplo do STF e do STJ. Moro descasca lentamente a personalidade política de Lula e desnuda com precisão a fanfarronice do ex-presidente, mostrando-o à sociedade como um farsante, cumplice do maior escândalo da história do Brasil. Sérgio Moro aprendeu tudo com Maquiavel, certamente devorando o Príncipe, seu livro mais conhecido. Aprendeu, inclusive, a atacar seu alvo no momento certo, com a precisão cirúrgica para manter a sua caça na toca. Veja: ele descama a popularidade do Lula desde que começaram as investigações da Lava Jato, encurralando-o no canto do ringue sem dei-

xar soar o gongo salvador. Hoje, não se sabe de quem é a maior rejeição – se do seu partido, o PT, ou a dele, o que abre o caminho para o bote final de Moro, ao chegar mais próximo da intimidade de Lula com os empresários e lobistas que roubaram a Petrobrás. Moro foi envolvendo Lula na Lava Jato a conta-gotas, com a colaboração dos delatores que o deixaram na vitrine da corrupção.Não se precipitou, como bom estrategista, em chamá-lo para depor antes de ter em seu poder confissões de investigados que o colocavam na cena do crime como um personagem influente da trama da corrupção. Trabalhou com paciência, como um exímio enxadrista, para acuar o ex-presidente até o xeque-mate que se aproxima com a movimentação cuidadosa das peças no tabuleiro. Lula detém hoje uma re-

jeição de mais de 55%, segundo o Ibope, índice que o coloca praticamente fora do páreo na disputa da presidência em 2018. O PT carrega a pesada cruz da corrupção e certamente nas eleições municipais deste ano vai experimentar o porrete do eleitor. O ex-presidente se mantem na mídia diariamente como o sujeito que “não sabe de nada”, que vive às custas dos “amigos” e que tem as suas despesas pagas por um colegiado de empresários corruptos e condenados, muitos na cadeia, como, por exemplo, Marcelo Odebrecht. Com a imagem abalada, lambida pela Lava-Jato, Lula ainda conta com o suporte do “Exército Vermelho” do Stédile e de alguns pelegos das centrais sindicais que no momento oportuno deverão ser contidos pela própria sociedade. Da Câmara e do Senado vem a resposta à sua maldição com a redução da banca-

da de deputados e senadores, que fogem do PT como o diabo da cruz. E, agora, para o seu desespero, vai ter que torcer para João Santana não ponha a boca no trombone, como fez Duda Mendonça ao depor na CPI do Mensalão. É assim que o juiz Sérgio Moro está montando o quebra-cabeça do maior escândalo da história do país, organizando o jogo de xadrez com inteligência e a paciência de um monge. A prisão de Lula, se vier a ocorrer, será apenas o coroamento dessa operação incansável do nosso Eliot Ness. Com a imagem deteriorada, Moro não acredita que o povo proteste nas ruas contra a prisão de Lula no desfecho da Operação. Ao STF e ao STJ não resta outra alternativa que não seja a de aplaudir Sérgio Moro, o magistrado que veste a Justiça com uma nova toga, a da Dignidade. (*) Escritor


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FINAL DA PLACA

ou cota única

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2ª parcela

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14/03/16

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IPVA 2016

Secretaria de Fazenda


Política

6 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Sebastião Nery A bala de ouro RIO - Era uma vez dois amigos, Patinhas e Gereba. Lá em Tucano, no sertão da Bahia. Colegas de escola, inteligentes, talentosos, brilhantes, faziam música juntos. Patinhas escrevia, compunha e cantava, Gereba tocava instrumentos, compunha e cantava. Em 1973, fizeram um disco juntos: “Bendengó”, um LP com 12 faixas. Era uma homenagem ao meteorito “Bendengó” que caiu na cidade no final do século 19, grande e belo, e que está até hoje no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Música de maior sucesso: “A bala de ouro”. Um dia, foram juntos para Salvador e a vida os separou: Gereba continuou fazendo sua música, cada dia melhor, e Patinhas foi ser jornalista, também cada dia mais experiente e escrevendo melhor. Descobriu o mestre Duda Mendonça e o marketing político. Era a “A Bala de Ouro”, o caminho de ganhar dinheiro, muito dinheiro, formulando, escrevendo, criando a magia política: 50% de talento, 50% de mentira. Duda- Duda Mendonça (foto), catedrático do marketing, explodiu na campanha presidencial de Lula em 2002, quando o PT lhe pagou os serviços com 5 milhões de dólares do Mensalão em Caixa 2, nos Estados Unidos. Na reeleição de 2006 já era o auxiliar Patinhas quem comandava o espetáculo. Patinhas já estava de nome novo: João Santana, herdeiro político e profissional do talento de várias gerações de Santanas na Bahia. Saiu de Lula, colou em Dilma. E nela encontrou terreno fértil para aplicar dissimulação, audácia e mentira. Na cabeça disfarçada de fingida inocência, plantou violência nunca vista na política brasileira: 1 - “Eleição é para ganhar, custe o que custar”. 2 – “A política é a sublimação e o exercício

da violência”. 3 – “Os candidatos são às vezes mais frágeis do que o eleitor”. 4 – “Ninguém gosta de levar bordoada. Ou reage ou se quebranta”. Do Mensalão Santana pulou para o Petrolão. Em 2010 e 2014, transformou-se no Rasputin, no grande conselheiro da presidente.

Santana - João Santana é uma das raríssimas pessoas que têm intimidade com a presidente e ela ouve sem gritar. Pede conselhos: - “Vou com roupa de que cor”? Ele não gostou do primeiro programa presidencial de 2014 na TV: - “Tive que ser duro com ela”. Na última campanha, a empresa de Santana recebeu R$ 88,9 milhões. Uma bala de prata derrubou Duda Mendonça. Uma de ouro derrubou João Santana. Gula demais levou João Santana, o Patinhas, para a cadeia. Lula - Lá no Nordeste o povo avisa: “sabedoria quando é demais vira bicho e come o dono”. É espantoso o espetáculo promovido pelo ex-presidente Lula no escândalo da Petrobrás. A cada semana a Operação Lava-Jato apresenta novos fatos, novas provas contra Lula. Nem os mais crédulos aliados já não toleram o mistério que leva Lula a negar-se a dar uma versão, qualquer que ela seja, sobre o triplex do Guarujá, o sítio de Atibaia, as contas secretas do Instituto Lula, as palestras milionárias que ninguém soube, no contubérnio libertino com

as grandes empreiteiras. Se é tudo natural, tudo correto, por que ele não diz, não explica? Vem sempre com uma conversa atravessada, despistada, de “cerca Lourenço”, de quem não tem explicação. Se a solução é a fórmula Dilma, de inventar uma história, mentir, mentir sempre, permanentemente, que ao menos lance mão dela. Mas esnobar a opinião pública, fazer de conta que ela não existe, convocar os tolos para a rua sem saberem do que se trata, é maldade, é explorar até o fim a ignorância popular. Um dia vão pagar. Tancredo - Três horas da manhã, toca o telefone na casa de Tancredo Neves (foto). Era o ex-ministro Gustavo Capanema, de Brasília: - Olhe, Tancredo, estou acordando você porque estou com um problema e não consigo dormir. Talvez você tenha uma ideia mais clara. Fui chamado hoje à tarde ao Planalto, e durante três horas discuti o projeto do Voto Distrital com o ministro Leitão de Abreu. Ele estava muito interessado nos meus estudos e acha que o Distrital pode ser um bom instrumento para aperfeiçoar a representação política no Congresso. - Embora eu seja contra, reconheço que o assunto é importante e precisa ser discutido. Só não entendo é por que você não consegue dormir. - Pois é, Tancredo. Não consigo dormir. O ministro me deu pressa. - Ah, deu pressa, deu? Então deve haver mais coisa. - Você também acha, Tancredo? Ótimo. Agora, vou dormir. O desastre deste governo é que nem projeto tem.Nem se pode dormir

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Política

7 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

O

Brasil está dividido. E o reflexo desse racha será percebido nas ruas de Brasília neste domingo, 13 de março. São esperadas mais de 300 mil pessoas nos atos contra e a favor do governo. De um lado, os movimentos como o Vem Pra Rua, Brasil Livre, Movimento Limpa Brasil e outros que cobram o combate à corrupção, defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e apóiam a Operação Lava-Jato. Do outro, a Frente Brasil Popular, formada pelo Partido dos Trabalhadores, pelo Partido Comunista do Brasil, Central Única dos Trabalhadores, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. São mais de 40 entidades dispostas a tudo pela manutenção do projeto de esquerda instaurado no País há 13 anos, desde a primeira eleição de Lula. A expectativa é reunir 50 mil pessoas, a partir das 8h, na Torre de Televisão. “Temos força e vamos mostrála nas ruas no domingo para protestarmos contra o golpe e a falta de respeito com o maior presidente que o Brasil já teve”, disse América Bonfim, integrante do FBP. “Vamos fechar o caixão desse governo”, garante o radialista Ricardo Noronha, coordenador do Movimento Limpa Brasil. Ele acredita que 200 mil pessoas atenderão ao chamado para comparecer à Esplanada dos Ministérios. A concentração começa às 10h, no Museu da República. A Secretaria de Segurança do DF não autorizou o ato convocado pelos defensores do governo. Mas o presidente do PT, Roberto Policarpo, e o deputado Chico Vigilante, mantiveram a mobilização. “A Constituição nos assegura esse direito”, disse o distrital. “Esperamos que o GDF garanta a segurança de todos e a PM cumpra seu papel, completou Policarpo.

Ou você vai ou ela fica Zilta Marinho

Briga de rua Movimentos pró e contra o governo marcam manifestações para o mesmo dia. Em Brasília, a Esplanada será tomada pelo verde e amarelo. A torre de TV ficará coberta de vermelho. Polícia vai manter os grupos separados. Temor é o uso de armas. Por isso, todos que chegarem passarão por detectores de metal

Após a condução de Lula para depoimento à Polícia Federal na sexta-feira (4), aumentou a adesão às manifestações que ocorrerão no domingo (13). Artistas como Suzana Vieira, Marcelo Serrado, Daniele Suzuki, Juliano Cazarré, Juliana Paes, Malvino Salvador, Dudu Azevedo, Evandro Mesquita e Marcio Garcia divulgaram vídeos convocando a população. Políticos como Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Roberto Freire (PPS), e o senador Álvaro Dias (PV-PR) também fazem coro nas redes sociais e em discursos É necessário mostrar nas tribunas do aos que estão no Congresso Naciogoverno, neste nal convocando momento triste da o povo para as nossa história, que a ruas. maioria da população Reforçando os quer um Brasil justo, movimentos conético e que a coisa tra o governo, os pública pertence à caminhoneiros Nação e não ao grupo anunciaram que que se instalou no param a partir poder”. do dia 11. Essa Paulo Abi-Ackel greve é nacional Deputado Federal em apoio à Operação Lava Jato e pela “deposição do governo” de Dilma Rousseff, conforme divulgado nas redes sociais pelo grupo Avança Brasil Maçons BR. Instituições como Fiesp, as OABs estaduais e a Associação Comercial de São Paulo também aderiram aos protestos, como informou o site O Antagonista, do jornalista Diogo Mainardi.


Política

8 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

fotos: divulgação

Os movimentos formados por grupos de voluntários convocam a população. Seus integrantes se distribuem entre tarefas como organização, comunicação e infra-estrutura. A divulgação ocorre principalmente pelas redes sociais que, entre o curtir e o compartilhar das mensagens, vai agregando simpatizantes. O Vem Pra Rua, movimento formado por um grupo de voluntários, fundado em 2014, reconhece que os ânimos estão acirrados, mas sugere que todos devem ir de verde e amarelo, com suas famílias. Reforça que as manifestações serão pacíficas e ordeiras, como foram as quatro organizadas em 2015. “Pedimos que a população do DF vá para as ruas. Os holofotes estarão sobre a capital e São Paulo”, diz o Vem Pra Rua. Segundo seus organizadores, são esperadas 4 milhões de pessoas em todo o país. As manifestações estão previstas para 452 cidades. Além de suas bandeiras, o Vem Pra Rua demonstrará o apoio à Operação Lava Jato e a luta por políticos corruptos na cadeia. Sobre o Fora Dilma, o movimento informa que reforçará que a saída da presidente deve ser pelas vias legais. Com sede no DF, o Movimento Limpa Brasil (MLB) também integra a mobilização oposicionista. Segundo seu organizador, Ricardo Noronha, essa é a hora de os brasileiros irem para rua demonstrar sua indignação e sua força enquanto cidadãos. O MLB, que tem como bandeiras a luta contra a corrupção, o apoio a instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça, reúne brasileiros em todo o país independentemente de partidos. Segundo o radialista Noronha, apesar da sede ser o DF, o MLB participará das manifestações em 18 estados, juntamente com o Movimento Brasil, que tem sede em Alagoas, o Patriota (Belo Horizonte) e os movimentos paulistas Vem Pra Rua, Revoltados On Line, Filhos da Nova República, Movimento Brasil Livre,

As manifestações de 2013 foram as mais representativas contra o governo. A expectativa é superá-las neste domingo (13)

Os movimentos sociais favoráveis ao governo se mobilizaram em apenas uma semana, mas prometem levar 50 mil à torre Movimento Fora Dilma, Movimento contra a Corrupção, Movimento Ordem Vigília Contra Corrupção, Pátria Amada Brasil e outros. A concentração no DF será em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, a partir das 10h. O grupo se deslocará até a Alameda das Bandeiras, em frente ao

Congresso, onde deve permanecer até as 13h. Serão três trios elétricos, mas somente um será palco das lideranças. Os outros dois reproduzirão os pronunciamentos. Cada líder de movimento terá até cinco minutos para falar. Haverá trios com Djs. “Será uma manifestação para fechar o caixão do governo”, aposta

Noronha, para quem “o Juiz Sérgio Moro foi muito sincero ao afirmar que algumas ações precisam da manifestação do povo”. E finalizou: “o momento é agora”. Com o mote “Ou você vai ou ela fica”, a movimentação dos brasileiros poderá ser determinante para o futuro do país.


Cultura

Em defesa da democracia Gustavo Goes

A

agenda da Frente Brasil Popular previa manifestações nos dia 8, 18 e 31 de março. Entretanto, a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor à Polícia Federal, sexta-feira (4), em São Paulo, acirrou os ânimos de seus seguidores. Por todo o Brasil eles foram às ruas e, em cidades como Brasília e São Paulo, decidiram ir às ruas no mesmo dia da manifestação programada pelas oposições. No sábado (5), em plenária realizada pela Frente Brasil Popular no auditório da Câmara Legislativa, mais de 40 entidades que compõem a organização aprovaram a realização do “Ato em defesa da democracia” para o domingo (13), data anteriormente escolhida pelos movimentos pró-impeachment e contra o governo. Um dos organizadores do ato, o deputado distrital Chico Vigilante (PT), rechaça qualquer intenção de provocar os adversários do governo ou mesmo de estabelecer um clima de guerra em praça pública. “Vamos fazer tantas manifestações quantas entendermos que devam ser feitas. Este é um direito assegurado pela Constituição”. Vigilante repete o chamado de Lula para três mil pessoas no Sindicato dos Bancários de São Paulo, ainda na sexta-feira (4), à noite: “Para nos derrotar vão ter de nos enfrentar nas ruas”. O discurso serviu de estopim para reacender a militância petista em um momento em que o governo estava acuado, sob acusações de corrupção e de impedimento da presidente da República. “Quem de-

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fende o confronto é quem não aceita os resultados das urnas”, completa o deputado distrital. A decisão de marcar o ato para a mesma data dos movimentos de oposição não foi acatada pelo GDF. A Secretaria de Segurança Pública reiterou a ielgalidade do ato. O presidente do PT no DF, Roberto Policarpo, rechaçou qualquer tipo de divisão e afirmou que a falta de apoio de alguns se deu por receio de um possível confronto. E não teme confronto com os adversários: “a PM precisa cumprir o seu papel”. “Teve gente com medo das manifestações no dia 13. Mesmo assim, todos confirmaram presença. Apenas não convocaram suas bases. Esse é um momento muito importante e precisamos dessa sequência de mobilizações para assegurar a democracia no Brasil. Quem quer um país mais justo, solidário e fraterno tem que ir às ruas no domingo. Não podemos retroceder”, disse Policarpo. Segundo a Polícia Militar do DF, são esperados cerca de 110 mil manifestantes no domingo (13), que serão acompanhados pelo Centro de Comando e Controle Regional, na Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social. Assim, dirigentes da pasta, das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Trânsito, entre outros órgãos, tomarão decisões em tempo real e de forma integrada. A Esplanada dos Ministérios ficará interditada desde a alça oeste da Rodoviária do Plano Piloto até o Balão do Presidente, no acesso à L4 Sul, próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. O mesmo vale para o sentido inverso. Redes Sociais - A batalha nas redes sociais começou logo após a deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato. As hashstags “#LulaEstamosComVoce”, “#AecioMaisCitadoQue”, “#LulaValeaLuta” e “#NaoVaiTerGolpe” predominavam nas caixas de comentários das páginas que apoiavam os governistas. Até o Dia Internacional da Mulher ganhou conotações políticas e placas como “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” tomaram as ruas.

Mobilização dos professores começa nesta semana

O

s professores e orientadores da rede pública do DF, que sempre mostraram grande capacidade de mobilização, se reúnem na próxima quinta-feira (17), às 9h30, na Praça do Buriti, com o propósito que norteia todos os educadores: a defesa de uma escola pública de qualidade. Neste intuito, a assembleia irá debater a campanha salarial de 2016, que prevê que o Governo do DF execute o Plano Distrital de Educação, fazendo mais investimentos na Educação, inclusive na carreira Magistério (meta 17). No encontro também serão avaliados os pontos

que encerraram a greve em 12 de novembro de 2015, tendo em vista que o governo Rollemberg apresenta uma morosidade excessiva para cumprir os acordos firmados com a categoria naquele momento. É um momento de reflexão, onde os educadores farão encaminhamentos da luta sindical em 2016. Ocasião na qual a sociedade deve compreender a educação pública como um patrimônio da cidade, que deve ser defendido por todo o brasiliense. O compromisso com a educação pública de qualidade, por parte de professores e orientadores educacionais, é total. E quinta-feira é mais um passo desta luta!


Política

10 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

divulgação

Setor produtivo aponta soluções

U

m debate com a presença de 22 líderes empresariais e seis secretários do Governo de Brasília, quarta-feira (9), no andar executivo da sede do Grupo Ferragens Pinheiro, no Setor de Indústrias e Abastecimento, pode ser o marco de uma mudança de atitude do governador Rodrigo Rollemberg em sua relação com o setor produtivo. “O GDF está se sensibilizando com o grave problema da economia. Vamos nos dar as mãos para que os empresários não se sintam tão desam-

parados a ponto de migrar para outras cidades fora do DF”, avaliou Janine Brito, durante o jantar após as discussões. Rollemberg aproveitou para lembrar as dificuldades que enfrentou no primeiro ano no Buriti. “Quando assumi, a situação era bem pior. O buraco de R$ 6 bilhões hoje caiu pela metade”. Ele prometeu acatar a sugestão de retomada do desenvolvimento a partir de incentivos à construção civil e ao turismo. O governador frisou que 81% do orçamento do GDF são para gastos com o funciona-

Rollemberg e secretários atenderam ao convite de Janine Brito, que levou 22 líderes empresariais ao encontro com o governador lismo público.”Nosso maior desafio é recuperar a economia, e tudo faremos nesta direção. Voltaremos a ouvir o setor produtivo”, disse. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Edson de Castro, reclamou que, “com a crise, muitas empresas estão deixando o DF para se instalar

José Maurício dos Santos (*)

Rollemberg sofre sem diálogo Diz o ditado popular, que errar é humano, mas insistir no erro é burrice. Outro adágio preconiza que os inteligentes aprendem com o próprio erro, e os gênios com os erros dos outros. Partindo dessa premissa, não é difícil chegar à conclusão de que o governador Rodrigo Rollemberg está fazendo de tudo para ser taxado de desumano ou, no melhor das hipóteses, de inteligente. Em artigo anterior, em que apontava os erros do inexperiente Rollemberg à frente de um cargo executivo, ressaltei o equívoco de se colocar pessoas de excelente qualidade técnica à frente de pastas que estão em constante evidência e pressão. Nomes alheios ao processo decisório distrital e que pouco agregam politicamente. Sem o respaldo de aliados, esses téc-

nicos ficam em fogo cruzado, sob o ataque dos insatisfeitos ou contrariados com as suas nomeações. Articular nunca foi o forte de Rollemberg. Nota-se pela sua iniciativa de rebaixar a Secretaria de Relações Institucionais ao status de subsecretaria, sob a tutela da Casa Civil. Aliás, a criação de “supersecretarias” tem se mostrado uma aposta errada do governador. Primeiro, praticamente terceirizou a gestão para Hélio Doyle (ex-chefe da Casa Civil), que, por seis meses, com o seu estilo peculiar de tomar decisões unilaterais e centralizadoras, fragmentou a que seria a base aliada de Rollemberg e estremeceu a relação entre o Palácio do Buriti, a Câmara Legislativa e a mídia local. Depois, apostou em Sérgio Sampaio,

em cidades onde há incentivos. “Isso é grave porque os empregos e a arrecadação de tributos caem”. Para Castro, a não concessão de alvarás e habite-se determina a fuga de empresas. “A cadeia produtiva parou. Há mais de 2.200 lojas e 980 salas comerciais fechadas no DF e 12 mil pessoas desempregadas”.

contemporâneo de GDF de Fábio Gondim, recém-exonerado da Secretaria de Saúde, que por sua vez deu lugar ao médico Humberto Lucena, indicado pelo próprio Sampaio. Em comum, ambos têm no currículo o fato de serem cedidos pelo governo federal e sem influência política local. Essa “nova política” do socialista, que não fala a mesma língua do Legislativo e da sociedade civil organizada, está rendendo mais espinhos do que flores para o seu governo. Nem a criação da Rede, que esfacelou a oposição, e a indicação de Joe Valle para outra supersecretaria, a do Trabalho, foram capazes de reconstruir a base aliada.Pelo contrário. Com a abertura da janela para a troca partidária aprovada pelo Congresso Nacional por meio de Emenda Constitucional, que atropelou a lei de fidelidade partidária, quem mais sofreu foi o PDT, que perdeu as principais lideranças políticas, como a presidente da CLDF, Celina Leão (PPS), e os senadores José Reguffe e Cristovam Buarque (PPS), essenciais para a eleição inédita do candidato de terceira via ao Palácio do Buriti. Mudanças na Secretaria de Justiça

O empresário Rafael Mena, do setor de turismo, disse que a taxa de ocupação de hotéis (existem 9.944 quartos na rede hoteleira do DF) caiu 20% desde 2014. O presidente da Ademi, Paulo Muniz, afirmou falta segurança jurídica para o habite-se. Ele sugeriu a criação de um Pacto de Governabilidade. O presidente da CDL, Álvaro Silveira Júnior, sugeriu a criação de uma unidade do GDF para centralizar o recebimento e a liberação de todos os documentos para o comércio, o que, disse, vai agilizar a abertura de empresas. Edson de Castro cobrou soluções para a falta de estacionamentos. Outros empresários reivindicaram a redução de 3% para 1% do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis para imóveis novos.

afastaram o distrital Raimundo Ribeiro (PSDB) do Buriti e a insistência em manter uma psicóloga na Segurança Pública está custando caro ao governador. São erros irreversíveis. E missões impossíveis dadas aos secretários que, quando veem de perto a profundidade do buraco em que estão metidos, abandonam o barco sem hesitar. Rollemberg precisa, urgentemente, construir pontes para ligar as duas extremidades do abismo que construiu entre o Executivo e o Legislativo. E o diálogo é a melhor alternativa. Do contrário, ele pode cair na ribanceira e soterrar seu mandato. Sem dinheiro em caixa e sob o controle do Legislativo para promover mudanças substanciais nos indicadores sociais e econômicos, será difícil para o governador descolar o DF da crise nacional e melhorar a sua aprovação nas ruas. E nessa toada, tudo indica que a debandada no Executivo ainda não terminou.

(*) Chefe do Departamento de Análise Política da Tracker Consultoria & Assessoria


Política

11 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

8 de março Parabéns, meninas!

Muitas são as histórias referentes à criação do Dia Internacional da Mulher, que se comemorou em 8 de março. A mais conhecida é a do incêndio ocorrido numa fábrica têxtil de Nova York (EUA), em 1911. Outra história é que o primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado nos Estados Unidos em maio de 1908, quando aproximadamente 1.500 mulheres se uniram numa manifestação pela igualdade econômica e política no país. Em reforço a isso, em 1909 o Partido Socialista

Todo dia é dia da mulher

24% menores do que os dos homens, considerando-se as mesmas funções. Esse estudo mostra ainda que fazem parte da população ativa 50% das mulheres com idade para trabalhar e 77% dos homens nessa mesma condição. Elas representam duas vezes e meia a quantidade de homens quando se trata do trabalho doméstico e do referente a cuidar de outras pessoas, trabalhos esses não remunerados. No Distrito Federal, a situação não é diferente. Pesquisa divulgada pelo Dieese mostra que a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos 10 anos de idade, em 2012, era de 56,7%, mesma taxa de 2001. Essa participação teve o percentual mais expressivo em 2008, quando chegou a 60,2%. A partir daí vem caindo anualmente. A jornada de trabalho que hoje é, em mé-

No Brasil foram e são muitas as guerras e as guerreiras. O direito ao voto, por exemplo, foi conquistado em 1932. Já o Conselho Estadual da Condição Feminina, em São Paulo, foi criado em 1985, com o surgimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher. Apesar das conquistas, nem sempre o caminho é fácil no mercado de trabalho para a mulher. O relatório Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), destaca que, em média, os salários das mulheres são

dos EUA, realizou, em 28 de fevereiro, um protesto com mais de 3 mil pessoas no cento de Nova York. O 8 de março se firmou quando, nesse dia em 1917, cerca de 90 mil operárias se manifestaram contra o Czar Nicolau II, na Rússia, por causa das más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O protesto ficou conhecido como “Pão e Paz”. A data foi oficializada como Dia Internacional da Mulher apenas em 1921. Mas...

dia, de 40 horas semanais, era de 39 em 2007, 2009 e 2010, mas já foi de 41 horas semanais em 2001 e 2002. Atualmente, segundo a mesma pesquisa, o rendimento médio real das mulheres ocupadas, assalariadas e autônomas, no trabalho principal, no DF, é de R$ 1.914. Outra das batalhas femininas é na área da saúde. Um exemplo é a reconstrução da mama. Muitas mulheres não sabem que têm esse direito ou levam anos na fila de espera para reconstruir a mama. Com relação a isso, a deputada distrital Celina Leão (PPS) apresentou projeto de lei que obriga estabelecimentos de saúde, públicos e privados, a entregar o encaminhamento para a realização da cirurgia plástica de reconstrução mamária logo após a alta da paciente. Elas sempre lutam por elas.

Associada a todas essas questões está a rotina com filhos, casa, companheiros, compras, dever de casa e tantas outras tarefas que parece que as 24 horas do dia não serão suficientes. Mas mulher é mulher. Com tudo isso, as mulheres não descuidam de si, sempre dão um jeito no cabelo, fazem as unhas, buscam uma roupa bacana e saem por aí. Sabem ser fortes e delicadas, riem e choram, amam e cuidam dos filhos como leoas. Sexo frágil? Só se for pra fazer um charme. É por isso que se diz que todo dia é Dia Internacional da Mulher. Parabéns meninas! Fontes: CIM – Centro de Informação da Mulher DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ONU - Organização das Nações Unidas


Cidades

12 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

O segredo da felicidade

O

que é ser feliz? Como fazer para ser feliz? Como alcançar a felicidade? Tenho abordado com frequência este assunto porque é uma das indagações mais presentes na vida do ser humano. Sabemos que há várias abordagens para tema tão enigmático, e que apenas uma resposta não nos trará contentamento. A proposta deste artigo é refletir sobre o quanto a felicidade pode ser resultado de inúmeros detalhes que compõem a vida.

Fernanda Sampaio (*) Para descrever a felicidade precisamos ter consciência de que ela não é uma, e sim um conjunto de fatores interrelacionados. É comum que uma pessoa, mesmo sendo muito bem sucedida em um aspecto da sua vida, não se sinta feliz. Esse conjunto de aspectos e detalhes sempre está relacionado ao bem-estar dos nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Como nos sentimos

quando escutamos uma música que não gostamos, quando um cheiro não nos agrada, quando ouvimos uma notícia ruim, quando vemos alguma imagem chocante e triste ou quando nos alimentamos de algo que não faz bem ao nosso corpo? Essas informações afetam o nosso sentido de felicidade? E como será se começarmos a trabalhar os nossos dias fazendo coisas que nos fazem bem? Exemplos: ouvir uma boa

música, dar abraços, beijos e carinhos naqueles a quem amamos, alimento saudável, cheiros bons. Nós não temos controle sobre inúmeras coisas que acontecem ao nosso redor. Mas, na maioria das vezes, temos a livre opção de escolher. Podemos escolher o que vemos, o que comemos, o que ouvimos, o que sentimos, o que tocamos e o que deixamos que nos toque. Como diz uma paciente:

“a felicidade é um estado de espírito?” . Reflete menos o que temos, e corresponde mais ao que somos e como percebemos o mundo ao nosso redor. Procuramos a felicidade tantas vezes em grandes feitos e esquecemos que é nos pequenos detalhes que consiste um bom dia. Se começarmos a observar mais tudo aquilo que nos faz bem e usar dos nossos sentidos como um caminho para nos sentirmos bem conosco, descobriremos que o caminho da felicidade pode ser mais curto do que imaginávamos.

(¨*) Psicóloga, Psicodramatista, Terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR

Tancredo Maia Filho (*)

B

rasília recebe, todos os anos, visitantes que fazem a alegria dos observadores de aves. São espécies migratórias que vêm da América do Norte ou do sul da América do Sul. Dos Estados Unidos e do Canadá, voando, às vezes, cerca de 8 a 10 mil quilômetros, chegam a águia pescadora (Pandion haliaetus) e o bacurau-norte-americano (Chordeiles minor), entre outros. Da Argentina chega o príncipe (Pyrocephalus rubinus), e do norte da América do Sul (por exemplo, Venezuela e Guiana), chegam as conhecidas tesourinhas (Tyrannus savana). Há décadas, os pesquisadores buscam entender mais sobre a migração de aves. Mas, a grande maioria dessas pesquisas foi realizada no hemis-

fério norte (América do Norte e Europa), de modo que não temos uma compreensão bem desenvolvida sobre a migração de aves na América do Sul. A tesourinha é uma das espécies de aves migratórias mais comuns no Brasil, chegando para se reproduzir no Distrito Federal, geralmente, entre setembro e dezembro. O pesquisador Alex Jahn, da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro, junto com o professor Miguel Marini, da Universidade de Brasília, vem estudando a migração dessas aves no DF desde o 2013. Na pesquisa são usados pequenos “geolocalizadores”, dispositivos colocados em algumas tesourinhas capturadas que permitem o estudo da sua rota migratória. A pesquisa é financiada pela Fundação de Ampa-

Ave anilhada e com o geolocalilzador. Pesquisa: professor Alex Jahn.

ro à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Segundo Jahn “os resultados preliminares indicam que as tesourinhas que nidificam no Distrito Federal passam a época não-reprodutiva/inverno no norte de América do Sul. O conhecimento das estratégias de migração desta e de outras espécies que migram através do Brasil e da América do Sul permite uma nova perspectiva sobre como as aves evolu-

íram a capacidade de migrar, bem como novas informações sobre um sistema migratório pouco estudado e os desafios que as aves migratórias têm frente à mudança climática global”. Para saber mais deste projeto, visite a pagina: www.avesinternacionales.wordpress.com TESOURINHA (Tyrannus savana – Vigors, 1825) As duas longas penas mais

externas da cauda deram o nome popular da tesourinha, que também é chamada de tesoura, tesoureira e tesoura-do-campo. O voo leve e cheio de graça e a cabeça preta, o dorso cinza uniforme e a garganta branca são muito chamativos. A cauda longa, mais comprida nos machos, é maior que o próprio corpo. No alto da cabeça apresenta uma coloração amarela, na maioria das vezes escondida. Reproduz quando chega a Brasília e outras regiões do país. Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março as tesourinhas iniciam o movimento de migração para o norte do continente.

(*) Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www. observaves.blogspot.com.br


Geral

13 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

Fernando Pinto (*)

No tempo em que o Google não existia

C

onfesso que, com base no saudosismo-masoquista do tempo em que os repórteres sofriam ao pesquisar subsídios específicos para consubstanciar seus textos (lembra, Orlando Pontes?), eu desprezava qualquer tipo de informação com a ajuda da Internet - atualmente fonte essencial para os jornalistas de todo o mundo, incluindo pautas para historiadores. Mas, só após algumas incursões, consegui me atualizar

e compreender a importância do banco de dados Google, descoberta de dois jovens gênios, ambos estudantes da Universidade de Stanford (Califórnia): Larry Page, 22, e Sergey Brin, 21. Hoje bilionários, eles inauguraram sua então pequena empresa na rede eletrônica em 1998, instalando a improvisada sede na garagem de uma amiga. Com uma diversificação abrangente, o Google responde a qualquer tipo de consulta

Consultório

Cláudio Sampaio (*)

Lei anticorrupção exige nova cultura

D

iante de tratados firmados pelo Brasil no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), bem como diante das manifestações populares ocorridas há dois anos, foi aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada em 1º de agosto de 2013, a Lei nº

12.846, mais conhecida como Lei Anticorrupção. Tal diploma legal veio trazer clareza sobre as penalidades administrativas e judiciais aplicáveis às empresas envolvidas em atos de corrupção e fraudes, notadamente no âmbito das licitações, com previsão de reparação integral do dano, de pesadas multas pecuniárias por práticas ilícitas, de desconsideração da personalidade jurídica (para

relacionada a assuntos de interesse geral nos quatro cantos do planeta, com uma rapidez impressionante e embasada em argumentos convincentes, como se fossem formuladas por cientistas. Como sou dono de excelente apetite quando se trata de ingerir alimentos, ontem mesmo perguntei ao Google se comer (leia-se devorar) seriguela fazia mal para um nonagenário guloso (eu). A resposta foi surpreendente: rica em carboidratos, fonte das vitaminas A, B e C, essa frutinha saborosa beneficia nada menos de 10 itens da saúde, inclusive é recomendada para o tratamento de anemias e fortalece o sistema imunológico. Além do que, na complicada teia da Gramática da Língua Portuguesa, o Google conjuga até mesmo os verbos defectivos (os mais difíceis) e oferece sinônimos e antônimos de palavras usuais.

atingir os sócios) e de publicação de decisões condenatórias em meios de comunicação de grande circulação. Outras pesadas penalidades se encontram previstas no art. 19 da referida Lei Federal, entre elas a perda de bens e direitos, a suspensão ou interdição das atividades empresariais, bem como a possível dissolução compulsória da pessoa jurídica e a proibição de participar de licitações ou receber incentivos, subvenções e empréstimos públicos. Todavia, a reboque de aclarar e reforçar a responsabilidade civil e administrativa das empresas e de seus gestores, a Lei nº 12.846/2013 tem também o condão de estimular práticas de probidade e transparência, além de permitir a celebração de acordos de leniência com a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, mediante os quais terão multas

Também em Filosofia, Religião, Literatura e outros ramos da Cultura, o Google satisfaz nosotros, seus cativos alunos, com a mesma sapiência de um professor universitário bem remunerado, o que, infelizmente, não é o caso do Brasil. Mas, há uma exceção: não caia na tolice de pesquisar qualquer tema relacionado à Política Internacional. Simplesmente porque essa área é inteiramente controlada pela Central Intelligence Agency do governo norte-americano, mais conhecida como CIA, que mascara versões do interesse de Washington, pintando heróis como monstros e bandidos como heróis. Fora isso, sinto-me no dever de agradecer: obrigado, amigo Google! (*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

e penas reduzidas as empresas que colaborarem efetivamente nas investigações, ajudando a identificar envolvidos e a fornecer documentos, além de cessar suas participações em fraudes. Tais acordos de leniência podem, por permitir a continuidade concorrencial em processos licitatórios, ser muito favoráveis, inclusive para as empresas envolvidas nas operações “Lava-Jato” e “Zelotes”, mas não se tratam de uma medida de simples postergação dos efeitos da ilicitude, de modo que, tanto o Estado quanto os empresários, devem ter consciência que a mencionada Lei, raramente aplicada até o momento, exige uma drástica mudança de cultura e um firme compromisso com uma duradoura moralização.

(*) Advogado, sócio da Sampaio Pinto Advogados e presidente da Abrami-DF


Lazer

14 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

José Matos

Brasil dividido

O

que já estava ruim, piorou com a determinação do juiz Sérgio Moro de levar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para depor de forma coercitiva (na marra), na sexta-feira (4). Nesta semana, vários ministros do STF ensinaram: “ a coerção só seria cabível caso Lula já tivesse sido intimado e se negado a depor, o que não aconteceu”. A explicação de Moro (segurança de Lula) não convenceu ninguém e, sobre ela, manifestou-se o ministro Marco Aurélio, do Supremo, no programa Canal Livre, da Band: “eu não gostaria

de receber essa segurança”. Desde o início da Operação Lava Jato, Moro tem sido bastante criticado, inclusive pelo ministro Marco Aurélio, que ensina: “prisão é exceção e não regra”. Há também críticas sobre a delação premiada. O ato desnecessário de coagir Lula deveria ter recebido a repulsa de todos, inclusive da oposição. No entanto, recebeu aplausos. Certamente se esqueceram de que vários deles também estão denunciados pelos mais variados crimes, inclusive de corrupção. Mas, pergunta-se: qual é o verdadei-

ro motivo do ódio e intolerância que se instalou no Brasil? Frustração de uma elite podre, de mentalidade colonial e sonegadora de impostos, que perdeu a eleição e não aceita os avanços sociais que têm beneficiado, principalmente, os pobres e negros. Não aceitam ver o ex-pobre viajar de avião, frequentar restaurantes, comprar carros e ter seus filhos na universidade federal. Como são hipócritas, usam o mote da corrupção, como se eles e os seus candidatos fossem honestos. Qual é a diferença entre um corrupto e um sonegador de impostos? Nenhuma. Um

tira recursos públicos e o outro não os põe. No Brasil, de cada dois reais de impostos, um é sonegado. É essa elite sonegadora que esbraveja e bate panelas contra a corrupção, influenciando um bando de inocentes úteis. De um lado e do outro a justiça os alcançará. Segundo Bezerra de Menezes, o trabalho de limpeza não parará até que o País e o Planeta estejam limpos. Aí, então, será cumprida a profecia do apóstolo João Evangelista contida no Apocalipse: “então, eu vi um novo Céu e uma nova Terra”.

Epigenética e a Nutrição

S

eu estilo de vida e o que você come influenciarão no modo de vida dos seus filhos, mesmo que você ainda nem pense em ter filhos. É bastante intrigante a forma como a ciência vem desvendando alguns mistérios. Uma delas é a herança epigenética transgeracional, que é a transmissão de experiências ocorridas com os pais (e alguns estudos mostram que até com avós), para os filhos e netos. Difícil de entender? Vamos lá... de acordo com os conceitos tradicionais, quando um embrião é formado, ele carregará as marcas genéticas de seus pais,

MARCELO RAMOS O REPÓRTER DO POVÃO

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e para alguns genes, as marcas epigenéticas são mantidas. Com isso, podem ser passadas de uma geração para a geração seguinte. Portanto, sua relação com o meio ambiente, a exposição a fatores estressores, carcinogênicos, se você faz exercício ou se é sedentário, tudo isso, modula a expressão de determinadas proteínas, te levandoaalgumaadaptaçãoaoambiente e isso será repassado a outras gerações. Realmente, a forma como isso se dá ainda é uma área muito nova, mas já se sabe que isso pode acontecer. Essas mudanças epigenéticas desempenham

Caroline Romeiro

Saúde e Nutrição

um importante papel no processo de diferenciação celular, permitindo que as células mantenham características estáveis diferentes, apesar de conterem o mesmo material genético. Os principais alimentos que possuem compostos capazes de alterar ou atuar na metilação do DNA são: soja, folhas verdes escuras, açafrão, brócolis, alho, uva roxa. Além desses alimentos, a privação alimentar nos primeiros meses de gestação pode ser determinante para maior risco de desenvolver doenças crônicas, especialmente relacionadas à resistência à insulina.


Cultura

15 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 redacao.bsbcapital@gmail.com

ENTRETENIMENTO quadrinhos

Cruzadas

Microconto Por Luís Gabriel Sousa

Encontro de faces

E

u soltei meu corpo. Na verdade, saí de mim e estou à procura até agora, mas não quero me encontrar. Prefiro ficar perdida em enlevo. Se alguém me encontrar por aí, diga que gostei de ficar perdida. Tá aí, estou esparsa de mim, e estou ótima com essa distância. Encontrar uma paixão e receber um beijo depois de 6 meses de espera é melhor do que saber quem a gente é. Ah se todo mundo que se beija pudesse sentir as pernas tremerem, o coração bater forte e as horas serem eternas... o dia precisaria ter 100 horas, todo mundo um coração puro, e ninguém ia se preocupar com nada, além de se desencontrar da própria vida! (baseado nas leitoras anônimas do Cruzeiro/DF).

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: redacao.bsbcapital@gmail.com).

Quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, pediu a um índio que estava sentado debaixo de um coqueiro: - Amigo, como chamas? O Índio responde numa calma. - Mim chamar Bah. - Pois bem, senhor Bah. A vela do meu barco rasgou. Preciso que o senhor vá nadando até aquele outro navio e avise aos meus companheiros que descobrimos uma nova terra. Em troca dos seus serviços nomearei essa terra de Bahfoi, para que o mundo não se esqueça do seu nome. O índio, sem sequer mover a cabeça, responde: - Oh, meu rei, Bah ta com uma preguiça, numa

Piadas

lesera, melhor o senhor chamar a terra de Bahia, porque Bah não vai. O velho acaba de morrer. O padre encomenda o corpo e faz muitos elogios: - O finado era um ótimo marido, um excelente cristão, um pai exemplar. A viúva se vira para um dos filhos e lhe diz ao ouvido: - Vai até o caixão e veja se é mesmo o seu pai que está lá dentro. - Padre, vim me confessar! - Diga, filha.

Respostas - Transei com padre de outra igreja. - Fizeste muito mal filha, tu sabes que a tua paróquia é esta. O chefe pergunta para o empregado: - Você acredita em vida depois da morte? O empregado responde: - É claro que não, chefe. Não existem provas disso, pois nunca alguém voltou para provar que está do outro lado. E o chefe diz: - Pois é, mas você está muito enganado! Ontem, depois que você saiu mais cedo para o funeral do seu tio, ele veio aqui te procurar.


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